Corpo o dono do samba: a batucada em movimento
Chico Santana UFPB - santanachico@gmail.com Resumo: A partir da tese de doutorado “Batucada: experiência em movimento”, o trabalho aponta aspectos analíticos musicais da batucada de samba. O texto discute autores da etnomusicologia e musicologia no intuito de observar diferentes perspectivas acerca do ritmo na música afro-latina. Assim, apresenta-se uma nova perspectiva analítica para a batucada, atenta às nuances desta prática coletiva de percussão, considerando aspectos da corporalidade inerente ao fazer musical de baterias de escola de samba e blocos carnavalescos. Palavras-chave: Samba, Batucada, Corporalidade, Ritmo, Bateria de escola de samba Embodied Samba: Batucada in Movement Abstract: Departing from the doctoral thesis “Batucada: experience in movement”, the work points out analytical aspects of samba batucada. The text discusses authors of ethnomusicology and musicology in order to observe different perspectives on rhythm in Afro-Latin music. Thus, it is presented a new analytical perspective for the batucada’s performance, aware of the nuances within this collective percussion practice, considering aspects of the corporeality inherent in the musical making of samba schools and carnival groups. Keywords: Samba, Batucada, Corporeality, Rhythm, Samba Scholl Drumming
1. Introdução
Este trabalho apresenta um recorte de minha pesquisa de doutorado em música1 (SANTANA, 2018), realizada no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, em parceria com a Universidade de Música Franz Liszt Weimar (Alemanha). Ali, abordei uma série de questões relacionadas à batucada de samba, partindo de minhas experiências como ritmista e diretor de diferentes grupos e agremiações, com destaque para a Bateria de Bamba (da escola de samba paulistana Nenê de Vila Matilde, onde fui ritmista por treze anos) e Bateria Alcalina 2 (do bloco carnavalesco campineiro União Altaneira, onde fui mestre por quinze anos). Apresento a seguir algumas discussões empreendidas nos capítulos de análise musical da tese, onde busquei uma compreensão da batucada enquanto um tipo de prática musical dinâmica, constituída através da interação coletiva entre os ritmistas (percussionistas das baterias de samba). Adoto a perspectiva dos estudo musicais transculturais, que segundo Pinto (2015, p.129) “libera a musicologia histórica das amarras estéticas canônicas de determinado repertório (o clássico) e desobriga a etnomusicologia a se submeter à restrição do contexto
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definido e específico”. Assim, este trabalho lança um olhar à performance da batucada de maneira ampla, com um enfoque na relação entre a estrutura física dos ritmistas e a estrutura rítmica da batucada enquanto prática musical coletiva. Nesse sentido, o presente trabalho aponta a centralidade do corpo, evidenciando que é através dos movimentos do corpo que se configuram algumas características rítmico-musicais de uma batucada de samba. Partindo do título da importante obra de Muniz Sodré (1979) “Samba, o dono do corpo”, proponho observar o corpo como eixo central da batucada, observando o protagonismo do movimento da estrutura física neste tipo de fazer musical - o corpo é o dono da batucada, o dono do samba. Kubik (1979), Pinto (2001), Graeff (2015) e Ferreira (2013), sob uma perspectiva etnomusicológica, discutem em suas pesquisas a relação dos movimentos corporais com a caracterização da música afrobrasileira (e afro-uruguaia, no caso de Ferreira). Naveda (2011) e Haugen (2016) propõe um estudo sistemático dos movimentos da dança de samba, utilizando análises de motion capture. Em trabalho recém lançado com o pesquisador Janco Bystron, discuto possibilidades e modelos para analisar o samba a partir de três “acessos”: visual, auditivo e sensorial (BYSTRON; SANTANA, 2019, p.196) - este último concernente à movimentação do corpo e gestualidade durante a ação de batucar. As reflexões e resultados que apresento a seguir se apoiaram na transversalidade de análises de fontes audiovisuais e da minha própria experiência incorporada. Como apontam Cook & Clarke, "o que geralmente é entendido como conhecimento com base empírica - como ciência - depende não apenas de observação, mas também da incorporação da observação dentro de padrões de investigação que envolvem generalizações e explicações o que transforma dados em fatos" (2004, p.03-04, tradução minha). Além de pesquisa etnográfica e imersão em campo, realizei uma série de gravações, que foram analisadas através do software Sonic Visualiser3 e da observação de registros de motion capture4. Realizei transcrições com notação clássica e alternativa (com pontos e “X”), afim de ilustrar diferentes aspectos do fenômeno da batucada.
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2. Batucada: ritmo como movimento
Na música popular brasileira, “ritmo" pode ser considerado um sinônimo de gênero ou estilo musical: ritmo de samba, ritmo de baião, ritmo de ijexá etc. O termo pode designar também a própria prática musical: "fazer um ritmo", "tocar um ritmo", "o ritmo está bom" e assim por diante. Numa batucada, assim como na música popular, o termo é utilizado de maneira variada, podendo designar as batidas e levadas dos instrumentos, ou seja, seus padrões rítmicos, além da articulação coletiva de todos os naipes de instrumentos: o ritmo do conjunto, da bateria. No universo das baterias de escola de samba e grupos semelhantes, ritmo e batucada podem ser entendidos como sinônimos: "o ritmo da bateria da Nenê" significa o mesmo que "a batucada da bateria da Nenê". Ritmo é um termo com definições teóricas bastante variadas. Sua etimologia aponta para a Grécia Antiga, vem de “rhei”: fluxo, ou ordem do fluxo (PFLEIDERER, 2006). Na teoria musical clássica está relacionado com a organização temporal dos sons, designando ataque e ressonância das figuras musicais, bem como outros aspectos vinculados à agógica. Simha Arom (1991, p.202) afirma que ritmo se define como uma sequência de eventos auditivos determinados por características contrastantes: acentos, timbres (cor sonora) e durações, que normalmente operam simultaneamente - sua abordagem está focada majoritariamente em aspectos morfológicos que que não se conectam, necessariamente, à performance em si. Com uma abordagem empírica, Gabrielsson (1982) propõe um modelo analítico que explica o ritmo como uma relação interativa entre (i) uma performance, que produz (ii) sequências temporais, gerando uma (iii) resposta rítmica na audiência e nos próprios músicos, afetando, assim, a performance. Ou seja, a performance - a prática musical - constitui o ritmo, que não deve ser visto como uma entidade estática, pois possui um caráter relacional. Compreender o ritmo enquanto movimento abre novas perspectivas analíticas, considerando a estrutura física das pessoas envolvidas no fazer musical. Ou seja, "ritmo" não se restringe exclusivamente a aspectos sonoros e musicais, ele pode ser observado no próprio corpo dos ritmistas, afetando também os corpos da platéia. Ao tocar um instrumento numa bateria, ao "fazer um ritmo”, o batuqueiro integra as dimensões sonora e mocional: seus movimentos produzem sons, que incitam seu corpo a se movimentar, mobilizando a platéia,
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que por sua vez afetará seu corpo e consequentemente sua ação de tocar. Sob essa perspectiva, ritmo pode ser visto como movimento corporal engajado com o som, numa relação intrínseca entre ambos. Tiago de Oliveira Pinto (2001, p.101), nas práticas musicais afrobrasileiras, identifica "sequências acústico-mocionais”, isto é, relações dos padrões rítmicos com a movimentação corporal e gestualidade do intérprete. Segundo o autor, "a técnica de execução do samba está fundada em um grande número de 'unidades de ação’, ou seja, de batidas [golpes], pontos de parada, movimentos para cima e para baixo etc., que decorrem simultânea e consecutivamente” (idem). Dessa forma, ritmo pode ser visto como um conceito que integra a sonoridade da batucada e os movimentos corporais implicados na prática musical. Graeff (2015) explica: ritmo, ao mesmo tempo em que resulta de eventos sonoros e mocionais, os estrutura. Luis Ferreira aponta o papel decisivo da corporalidade na produção musical, ao afirmar que é importante colocar em foco a performance, onde a tecnologia musical cobra realidade, dando conta de como é experimentada, produzida e fabricada. Este foco nos introduz à respeito do papel decisivo da corporalidade na produção musical, na interação não apenas com os bailarinos, a dramaturgia e a mímica, mas também entre os próprios músicos enquanto fazem música (FERREIRA 2013, p. 232-233, tradução minha).
Sob esta perspectiva, ritmo vai muito além de aspectos da agógica musical, dos ataques e durações das notas de uma batida transcrita, mas também se refere à própria prática da batucada, à sua ação performática - constituída na interações entre os ritmistas, no caso de uma bateria. Ferreira (idem, p.255) aponta que a periodicidade dos padrões musicais afroamericanos produz um "contexto de repetição que permite adentrar em um espaço/tempo de micro-percepções singulares onde pulsa o corpo/consciência". Ou seja, a estrutura cíclica dos padrões da batucada ativa um tipo de percepção corporal, com gestos e movimentos relacionados à produção sonora. A ciclicidade das batidas cria um fluxo contínuo de movimentos sonoros e corporais integrados. Segundo Graeff (2015), o pensamento cíclico é um dos fundamentos da performance musical africana, apontado por diversos pesquisadores. Danielsen (2006, p. 163-169) discute o “significado estético inerente à repetição” nos estilos musicais baseados em grooves e vinculados à chamada black music. A ciclicidade é um
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aspecto central da concepção musical e das práticas da batucada, um “traço” de seu vínculo com a cultura africana (KUBIK, 1979). Pelo constante retorno ao mesmo ponto de um padrão (ou de uma forma) musical, a organização cíclica é a base do engajamento corporal com a batucada e um aspecto central deste tipo de experiência Assim, o ritmo da batucada pode ser considerado o próprio movimento dos corpos que tocam e articulam diferentes relações entre as batidas de cada instrumento. A sonoridade da batucada se constitui através destas relações fluidas, pela interação entre as ações individuais dos ritmistas durante o fazer musical coletivo.
3. Aspectos analíticos
Nas análises empreendidas em minha tese, parti das levadas elementares inerentes ao vocabulário rítmico do samba enquanto gênero musical urbano carioca, chegando ao estudo dos padrões rítmicos dos instrumentos de bateria articulados durante um fazer musical coletivo. Foi possível identificar três comportamentos musicais presentes na articulação rítmica da batucada, a conjugação dinâmica entre as levadas no plano individual e coletivo, com variadas personalidades interpretativas dos ritmistas (perceptíveis na dimensão microtemporal), e uma sintonização acústico-mocional através do engajamento à engrenagem rítmica do samba. Dessa forma, procurei compreender a relação intrínseca entre a estrutura rítmica elementar da batucada com a própria estrutura física dos ritmistas, por meio de uma observação rigorosa de gravações audiovisuais, somada à minha própria experiência incorporada. Uma bateria se divide em naipes de instrumentos, cada um com uma levada padrão. Os naipes pesados (formados por surdos em três vozes, caixas e repiniques), também chamados de “cozinha", são os grandes responsáveis pela manutenção contínua do ritmo. Já os naipes leves (especialmente tamborins, chocalhos e agogôs) alternam momentos de execução de suas levadas padrão com trechos em que tocam fraseados diversos, chamados de “desenhos” ou “passagens", parte de um arranjo pré-determinado e ensaiado pela bateria. Ao analisar as batidas padrão de cada instrumento da batucada, é possível identificar suas características relacionadas à densidade (quantidade de notas por ciclo), timbre (as cores e qualidades do som) e intensidade (acentuação e dinâmica). Além disso, as
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levadas de uma batucada assumem dinamicamente uma função rítmica, que transita entre os comportamentos de (i) marcação, (ii) base e (iii) condução.
Fig.1:Grade de batucada de samba com cores indicando os comportamentos musicais de cada instrumento: Marcação: cor laranja / Base: cor azul / Carreteiro/condução: cor amarela
Cada execução individual de uma batida apresenta uma personalidade, isto é um traço interpretativo do ritmista executante. Assim, a sonoridade de um naipe se forma a partir do mesmo padrão rítmico tocado por cada ritmista com pequenas variações individuais: inflexões e nuances relativas à organização temporal de cada toque da batida, acentuação e formas de tirar som do instrumento. Tais variedades interpretativas se conjugam através de uma sintonização entre os ritmistas nos planos acústico e corporal, a partir de uma relação dinâmica de articulação entre pontos de apoio e suspensão rítmica. Tal articulação se conforma em uma engrenagem rítmica constituída pelos movimentos dos ritmistas durante a ação performática, derivada dos comportamentos musicais das batidas/levadas e da interação coletiva durante o fazer musical.
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O comportamento de marcação está presente nas levadas graves dos instrumentos de uma batucada, especialmente nas vozes do surdo de primeira e de segunda. Este comportamento remete a um caráter pendular, pela alternância de toques, com as peles de cada voz de surdo afinadas em duas alturas distintas, marcando os tempos do ciclo e criando uma sustentação rítmica. Segundo Pinto (2001, p.93) a marcação é "a batida fundamental e regular que caracteriza o sobe e desce rítmico do samba”. Ela atua como um pivô da estrutura rítmica ao exercer uma força gravitacional sobre as demais levadas. Com seu caráter pendular e sonoridade grave, exerce uma força com sentido descendente - em direção ao solo - levando a um movimento de “aterramento” e criando pontos de referência fundamentais. Essa força atua tanto na estrutura rítmica, como na estrutura física, isto é, no corpo. A marcação pode ser sentida na parte inferior da estrutura física e se relaciona diretamente à movimentação dos pés (de um músico ou dançarino). A sustentação desta levada na estrutura rítmica é análoga à sustentação dos pés na estrutura física. Ou seja, o movimento de “sobe e desce” configura uma marcação rítmica acústico-mocional. O comportamento de base se relaciona com o conceito de “time-line" (NKETIA, 1974), "patrón de referencia” (FERREIRA, 2013) e “linha-guia” (PINTO, 2001), também identificado como “clave" no universo da música popular afro-latina. No samba, o principal padrão rítmico com este comportamento é o chamado teleco-teco. Esta levada é característica do tamborim - como apontam Barros (2015) e Carvalho (2011) -, pode ser notada na levada de instrumentos como cavaco e violão, bem como na rítmica das melodias de samba. A base do teleco-teco, quando conjugada com a marcação, apresenta um comportamento proeminente de suspensão, isto é, exercendo uma força com sentido ascendente na articulação da estrutura rítmica. Os movimentos internos da batida, através da organização “malemolente" de seus toques, desempenham uma função de tensionar o ritmo com alguns ataques e acentos em pontos suspensos, o que caracteriza sua rítmica sincopada - suspensão que se dá em relação à marcação.
Fig.2: levada teleco-teco (linha superior) e marcação (linha inferior), com caráter de suspensão e apoio e relações estabelecidas entre ambas (setas e flechas)5 .
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Algumas levadas de samba atuam no sentido de conduzir o movimento da estrutura rítmica através da articulação sonora das pulsações elementares - ou “subdivisões" do beat. Geralmente tocadas em instrumentos médio-agudos, as levadas com comportamento de condução podem ser chamadas de batidas carreteiras, com sentido análogo ao de conduzir - “carregar”. Em uma bateria, as batidas carreteiras fazem parte do vocabulário rítmico musical do tamborim, repinique e chocalho. O comportamento da condução é determinante para a conjugação das batidas, especialmente pela articulação sonora de todas as pulsações elementares estabelecendo pontos de conexão entre as demais levadas. Além disso, as batidas carreteiras são executadas através de gestos com uma alternância rápida de sentidos/direções: frente-trás, ou direita-esquerda. Os instrumentos são tocados com movimentos contínuos que criam um fluxo de energia, tanto na estrutura rítmica, como na estrutura física do intérprete. Assim como a marcação e a base, a condução pode estar implícita na estrutura rítmica.
Fig.3: movimento rítmico da levada carreteira (condução)
Tais apontamentos analíticos foram identificados através da visualização de ondas sonoras, espectrogramas e imagens de motion capture de registros audiovisuais, confrontadas com transcrições musicais e observações em pesquisa de campo. A engrenagem da batucada é ilustrada com relativa concretude por meio de uma espécie de raio-X da estrutura rítmica, com as relações estabelecidas entre os naipes de uma bateria. Os comportamentos musicais podem ser observados no que tange ao caráter de suspensão e apoio através da conjugação das levadas com suas características. Tais aspectos se articulam através da performance dos ritmistas, por meio da corporalidade presente no fazer musical. Assim, mais do que uma observação de padrões rítmicos isolados, a batucada pode ser compreendida pela relação entre a estrutura rítmica e estrutura física, sob a perspectiva de ritmo enquanto movimento.
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Fig.4: Estrutura física em motion capture, com indicações dos movimentos corporais, e visualização das batidas de caixa e surdo de terceira (ondas, espectrograma e transcrição).
4. Considerações finais
A batucada é um fenômeno complexo e multifacetado, passível de análises sob variadas perspectivas. Este trabalho apresenta sucintamente alguns aspectos analíticos musicais, discutindo a relação entre os movimentos da estrutura física e estrutura rítmica da batucada. Uma compreensão musical densa e profunda da batucada, no entanto, deve estar articulada a aspectos sócio-culturais (não abordados neste trabalho) e pode ser empreendida através do engajamento real com este tipo de manifestação, por meio de uma vivência cotidiana do contexto de escolas de samba e blocos carnavalescos. Ampliar a densidade analítica do fenômeno da batucada, do ponto de vista musicológico, contribui para a valorização de manifestações populares no âmbito acadêmico, rompendo visões reducionistas e preconceituosas acerca de uma prática musical rica e complexa, fundamental na constituição da identidade cultural brasileira.
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Batucada: experiência em movimento. Disponível em http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIT/ 333106 2 mais informações sobre o grupo em: www.bateriaalcalina.com.br www.sonicvisualiser.org vídeo ilustrativo das gravações que realizei com motion capture disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=SeIipGTAiok 3 4
Maiores explicações sobre figuras utilizadas na análise da batucada disponível na tese "Batucada: experiência em movimento”, nos trechos iniciados nas páginas 85 e 98. 5