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Figura 1: Foto de homem carregando o estandarte –Bloco Turunas do Loyd

Outra curiosidade sobre o casal de mestre-sala e porta-bandeira na história do carnaval é a figura de Maria Adamastor, cujo nome de batismo verdadeiro, aquele com que firmava documentos e papéis oficiais, era Maria da Conceição César. E foi com esse codinome, surgido de mera brincadeira, que ela brilhou nos folguedos de momo integrada, como mestre-sala (baliza), em vários ranchos dos mais famosos entre seus congêneres (CIDADE DAS ARTES, 2014).

A figura abaixo de número 02 (dois) traz Maria Adamastor, indicada por uma seta, vestida em traje masculino, com um chapéu na cabeça com adereços, no desfile do rancho Reinado de Silva por volta de 1921. É importante notar, que a figura de Maria Adamastor, embora feminina simulou em trajes o papel do homem que cortejava a dama. Vale observar que sua cabeça expunha um design alegórico que nos remete a figura masculina. Nesse sentido, a cabeça embora não fosse carregada de simbolismo de temáticas, nesse período, era pensada para idealizar o baliza, como era conhecido nos primórdios do carnaval carioca, aquele que cortejava a dama que carregava o estandarte que simbolizava a agremiação.

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Figura 02: Maria Adamastor (indicado pela seta) como mestre-sala. Disponível em https://cifrantiga2.blogspot.com/2012/03/maria-adamastor.html acesso em: 06/10/2020.

Quando os primeiros concursos de escolas de samba começaram a partir do ano 1929, homens e mulheres já tinham seus lugares bem definidos. Enquanto elas transportavam o pavilhão, eles as cortejavam com elegância e postura. A dança nas escolas ganhou características próprias, e muitos casais deixaram suas marcas na história das

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