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Figura 9: Foto de mestre-sala e porta-bandeira Roxinho e Soninha, 1985

No ano de 1985, com o enredo intitulado “Ziriguidum 2001”17 , a Mocidade Independente de Padre Miguel desfilou com o seu casal de mestre-sala e porta-bandeira no último setor do desfile, figura 9 (nove). Algo que não era habitual acontecer na época, pois o posicionamento do casal era geralmente a frente a ala de bateria, com objetivo de aproveitar a proximidade com o ritmo e a emoção das batidas. E também não é o normal na contemporaneidade, uma vez que o casal vem posicionado a frente da escola, no primeiro setor como estratégia de andamento de desfile.

No ano de 1985 o par Roxinho e Soninha trouxe em seus figurinos de carnaval, em verde e amarelo, a representação dos guerreiros de uma batalha carnavalesca no espaço, que levaram a bandeira do samba brasileiro e da Mocidade Independente “e de tudo um pouco para 2001”, especialmente no espaço sideral.

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Notou-se volumes de ferragens que compunham as bases para sustentarem os elementos decorativos com adereços verticais em formatos de elmos, que lembravam capacetes de guerreiros no estilo greco-romano. Essas cabeças foram mais ainda alongadas, com o uso de plumas nas cores verde e branco para finalizarem a decoração do adereço com bastante volumes. A composição na forma do adereço aparentou pouca preocupação, em relação aos dias atuais, com ergonomia, peso, conforto e divisão do espaço com a bandeira, bem como, a aerodinâmica para composição do bailado do casal, como vimos na figura 09 (nove) como casal da Mocidade Independente de Padre Miguel no ano de 1985.

No ano de 1986, o casal Roxinho e Irinéia da Mocidade Independente de Padre Miguel, figura 10 (dez), com o enredo “Bruxarias e Histórias do Arco da Velha” trouxeram adereços de cabeças, mais uma vez, notadamente exagerados.

17 Enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel “Ziriguidum 2001” em 1985. Disponível em: https://www.srzd.com/colunas/jorge-renato-ramos/ziriguidum-2001-a-genialidade-de-fernando-pinto-noespaco-sideral/. Acesso em: 17/12/2020.

Figura 10. Mestre-sala e porta-bandeira Roxinho e Irinéia, 1986. Disponível em: https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRnWJI193jcePA1V33jZLso7kVly3uxuwpSPg &usqp=CAU. Acesso em: 17/12/2020.

Rei e rainha das bruxarias referenciados nos contos de fadas hollywoodianos com as grandes coroas das realezas nas cores nobres do ouro, em suas bases estruturais e alongamentos feitos por recursos de adereçarias como plumas e penas. Esse exercício de observação leva a possível conclusão de que o bailado do casal não era atrapalhado pelo volume e peso dos adereços de cabeça, e ainda, não eram levados em consideração para este fim. A posição que a porta-bandeira segurava seu mastro para girar com sua bandeira também não deveria implicar com os volumes exagerados dos adereços.

Na figura 11(onze) no ano de 1990 o Salgueiro com o casal Dóris e Élcio PV trouxe o enredo “Sou Amigo do Rei”, história de Carlos Magno e dos cavaleiros que o acompanhavam em suas aventuras, chamados de “pares” (Os Doze Pares de França).

Figura 11. Mestre-sala e porta-bandeira Élcio e Dóris, 1990. Disponível em: http://www.salgueiro.com.br/anos-90/ . Acesso em: 17/12/2020

A indumentária e os adereços de cabeças do casal faziam alusões diretas aos trajes da nobreza, com as perucas muito bem estruturadas com cachos laterais que sustentavam

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