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8eija-Editoria/
Beija-Flor de Nilopolis nasceu nas comemora\,oes do Natal de 1948. Um grupo, formado por Milton de Oliveira (Negao da Cufca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Helles Ferreira da Silva, Mario Silva, Hamilton Floriano e Jose Fernandes da Silva resolveu formar um bloco que, depois de varias discussoes, por sugestao de Dona Eulalia de Oliveira, mae de Milton , recebeu 0 nome de Beija-Flor. 0 nome foi inspirado no Rancho Beija-Flor, que existia em Marques de Valen\,a, Minas Gerais. Dona Euhilia foi admitida como fundadora. Em 1953,0 bloco Associa9ao Carnavalesca Beija-Flor, vitorioso no bairro, foi inscrito por Silvestre David dos Santos (Cabana) , integrante da ala dos compositores, como escola de samba, na Confedera\,ao das Escolas de Samba, para 0 desfile oficial de 1954, no segundo grupo . , No seu primeiro desfile, naquele mesmo ano, foi cam pea, passando para 0 Grupo I, no qual permaneceu ate 1963. Em 1974, retornou para 0 Grupo I e, a partir de 1976, com Joaosinho Trinta, proporcionou uma verdadeira revolu\,ao estetica nos des files das Escolas de Samba. o presidente da escola nos carnavais de 1989 e 1990 foi Aniz Abraao David. Farid Abrao David tPresid~nte
•e Quem
e Quem no Barradio
Nossos astros na Sapucai
Esporte & Lazer na Beija-Flor
Administrntivo)
Presidente de Honra Aniz Abrahao David Presidente Administrativo Farida Abrao David Vice-Presidente Nelson Alexandre Sen nas David Vice- Presidente Administra~ao e Finan~as Joaquim Marques Vice-Presidente Social e Recreativo Augusto Ferreira de Almeida Vicc-Presidente Jurfdico Gilson de Castro Vice-Presidente de Esportes Marcos Fernandes Costa da Silva Vice-Presidente Comunica~ao
e Divulga~ ao Jorge de Carvalho Pierre Vice- Presidente Cultural e Artistico Jose Aparecido de Carvalho Vice-Presidenle de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo Vice-Presidente Feminina e de Assistencia Social Debora Rosa Cruz
A Revista Beija- Florl2000 foi produzida peJa Vice-Presidcncia de Comunicacrao e Divulgac;ao do G_R_E.S _ Beija Flor de Nil6polis Diretor Respons3vel: Jorge de Carvalho Pierre Editor: Tarlis Batista Redac;ao: Lorem Falcao Diretora de Arte: Vania Goular Fotografia: Vania Pedroso Joao Miguel Jr. G.R.E_S. Beija-Flor de NiJ6polis Fundac;ao: 25 . 12. 1948 Cores: Azul e Branco Enderec;o: Prac;a WaJace Pacs Leme, 1025 Nil6poJis
"Brasil· cora~io que Pulsa Forte- Patria ~ de todos, Terra de ninguam uito antes de 1500, nas mai s altas es feras celes tiai s, viu-se que a velha Euro pa nao hav ia co mpree ndido ass mensage ns espirituais de, paz e arnor entre todos os hoinens sabre a terra. Entao, a luz,celes tial manipulou os astros que abriram a porta divina, PaJa • guiarem espiritos evolufdos a criarem em Portugal a escola de n!'vega,iio que transporia
os oceanosm, levand'JPs Lusi tanos a descobrirem uma nova na~ao , oode a semente de uma nova era seria plantada, urn paraiso de beleza natural que, futuramente, c hamaria-se Brasil. Encontrado 0 lugar sagrado, era necessaria ain· da 0 surgimento de uma nova ra~a para urn
novo
recome~o .
o elemento inicial seriam os indios guerreiros de pe le dourada e alma purificada que habitavam este solo colossal. Corsarios , negociantes e aventureiros que invadirarn a terra do cruzeiro, movidos pela ambic;ao, contribuirarn inconscienternente para a mistura de culturas e espfritos. Eles lutaram ( coionizararn, transforrnando esta terra idealiza· da na patria de todos as povos. o elemento final para a fu siio de ra,as foi 0 negro; a se u canto de fe ecoo u mais alto que 0: rufdos das c hibatas, seu sonho de liberdade para ser feliz , era alga laO distante como a
8ei"a-Enredo mae Africa, urn prese nle es tranho dado peJas m ao s brancas a qu e m ro i 0 brac;o fo rt e q ue e rg uc u 11 0SS0 pa is.
Fru to dessa misc ige nayao racia l, nasce u 0 po va bras ile iro. os novos esco lh idos para a mi ssao de co mprec nde r e repassar as mc nsage ns d ivin as.
Ass im . S. Vice nte vc ia
a e ncantar,
send o a
p rim e ira c idad e. l o rn Oll -se 0 bCT90 d a d c moc ra c ia co m a rC~l li za\=ao da prim e ira e l e i ~ao nas IreS
A mericas. Innuenciados pelos es pfri tos superio res. a rca leza portuguesa ro i cond uz ida ate 0 novo mund o, cO lltribu ind o para a c difi cac;ao da patri a nova. Nasee u a e id ade de S.Sebasli50 do Ri o d e Jan e iro, qu e fUl u ra me nt e torn a ria -se a ca pit a l do
pais. A no va "Te rra Sa nta" ha via side e ncontrada, a nova ra9H se forma u. po re m, 0 processo rai nova me nt c intc rro m pido. Eramos u ma no va ratya m as co nli nuavam os a ser hum anos. novame nte nos pe rd e mos eh tre nossos e rros e os monstros qu e n6s mes ll1 0s c ri a mo s.. E a esco lhi d a pa ra ser a no v~ :'Te rra S an la" tran s fo rm o u- se em um a Terra de 'Ni ng ue m . Bras il int eiro ~mh 3 co m 0 di a no qu a l Se nho r no s da ra a m ao; e nes te dia havcra o rd e rn , prog resso, pc rd ao e um Sc r d e lu z a nos il um inar, E hoj e, es le so n ho, 0 q ue e m ba la 0 nosso "cant o-c lamo r" a nossa patr ia a mada , da qu a l no s e n vo lve m os e m se u manto pa r eS la te rra se m do no. se m le is, para venn os se co nc reti zar 0 qu e so nh a mos. Ent ao , pedim os a lodos q ue ao in ve s de se agredi re m . sc abrace m , faze nd o com 0 ca lor qu e e m ana d e nossos co rpos fa ty a p ul sar forte 0 nosso im e nso co ra<;ao e qu e a partir de ago ra lodo s seremos u rn s6 . Se re mos a 8 c ija Flo r de Ni l6 po li s, esco lhi da para tra ze r a paz g uardad a nos ol hos e na a lma da nova gera 9ao.
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Samba- Enredo
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Brasil, um cora~io que pulsa forte - Patria de todos ou terra de ninguem? Autores: Igor Leal e Amendoim da Beija- flor Intt~rprete: Neguinho da Beija- Flor
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Luz celestial que ilumina Astros abrem a porta divina Guiando a navegal;ao Descobrindo esta nova nat;ao Semente de uma nova era Paraiso de belezas naturais Indios guerreiros de pele dourada E alma purificada Habitam este solo colossal Corsario e aventureiros Invadem Cruzeiro pela ambit;ao Lutaram e colonizaram . A patria de todos os povos entao ,
â&#x20AC;˘ E
"
negro aqui. chegou ...... chegou ecoou .... ecoou Liberdade pra ser feliz o brat;o forte que ergueu nosso pais 0
o seu canto d effe
Assim Sao Vicente veio a encantar (oba, oba) Berl;o da democracia A prime ira cidade do Brasil Meu Rio, eu sonhei! Que 0 senhor havia nos dado a mao Que havia ordem, progresso e perdao E urn ser de luz a iluminar
E hoje eu canto 6 patria amada! Me envolvo em seu manto Por essa terra sem dono, sem leis Pra ver 0 sonho que sonhei Me abral;a amor com seu calor Faz pulsar meu corat;ao Sou Beija¡ Flor e trago a paz Nos olhos da geral;ao
8eija-Lfder r
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Uma familia nota dez ~
Anislo, Fabiola a Gabrlal. Os pals astao anslnando aD IIIho, as passos qua ala dava saguir para se tornar um lidar na Balja -Flor
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\ urn para 0 ourro. Fo!' que chegaram Anisio e Fabiola, quando se
conheceram hji quase uma decada e meia. Companheira e confidente, Fabiola est" ao lado de Anisio em todos os momentos. Sejam eles tristes ou alegres. Ha dois an os e sete meses, nascia Gabriel para consoli dar a uniao do
Ao som do samba Anisio e Fabiola se conheceram e 0 samba, ao longo dos ultimos anos, tern sido urn dos referenciais da uniao do casal nO.l da Beija-Flor. E 0 samba que urn dia uniu os pais, esta sendo, tam bern, a musica preferida de Gabriel, 0 filho do casal. E a uniao se estende ao amor pela Beija¡Flor de Nil6polis. Gabriel vern levando jeito para, brevemente, ser urn eximio passista. casal. Para satisfac;ao dos pais sambistas, desde os primeiros anos de vida J Gabriel mostrou gostar de samba e da Beija-Flor, com intensidade igual a dos pais. Est" pintando urn futuro \ider para a Beija-Flor.
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â&#x20AC;˘ as I ores Na volta ao barracao, ap6s 0 desfile do ana passado , a escola come~ou a produzir 0 deslile do ana 2000. Cada uma das etapas percorridas, e as pessoas nelas envolvidas, ate a conclusao do grande espetaculo que iremos a'presentar na Sapucaf, aqui e agora serao revelados. Sao pessoas que amam.o c ~ rnava l e dedicam 0 seu tempo para que, ao final daJlossa apresenta~ao 0 grito de e campea, ecoe por todo 0 samb6dromo. Sao os her6is dos bastidores do barracao.
Mau ro ( a lmoxerifado )
,
som dos tambor ins ainda ecoava, no car¡ naval do ano
passado, e grande era a ag i ta~iio no barraciio da Beija-F lor, no Centro da cidade. Tinham inicio as preparativos para o des fi l e do a no 2000. A primeira etapa era 0 processo de reciclagem dos carros aleg6ricos. As quase duas centenas de fun cionarios do barradio, na a r rancada final do desfile, agora estavam reduzid as a apenas uma duzia. 0 autro barracao, em Nilopolis, estava fechado. So mados, as funcionarios das duas frentes de produ~iio
Amendoim( aderecista) Beija- Flor 2000
Bei"a- Bastidores material. Os longos anos de exercicio do cargo Ihe conferem uma noc;ao ex ata do que deve e qual a quantidade a ser adquirida. Definido 0 enredo, apos urn longa e minuciosa pesquisa, e concIuida a reciclagem, chegou a hora e a vez da criac;ao dos desenhos, por Ubiratan e Fran-Sergio, dos carros alegoricos e fantasias. Quando ficam prontos, entram em ac;ao as equipes de carpintaria e ferragens. Tourinho e Baiano sao os encarregados de conduzir os soldadores e carpinteiros que sao contratados para dar inicio ao trabalho de e~ecuc;ao dos carros. Enquanto isso, na parte superior do barracao, Cid Carvalho come~a a montar a sua equipe para transportar do papel para os manequins, as prot6tipos das fantasias. A essa altura do processo de produ~ao do carnaval, 0 barracao jii tem mais de 60 funcionaTios, alem do quadro fixo administrati-
Shangai( metais)
Gloria e Fabio( atelier) do desfile, ultrapassam os 300. 0 numero, naquele momento, era pequeno.
Grande era 0 entusiasmo. "Enquanto a Comissao de Carnaval definia todos os detalhes do enredo, haviamos concluido a reciclagem e estavamos come~ando a guardar 0 que poderia vir a ser reaproveitado", informa Luiz Augusto, que todos conhecem como Saramandaia. Ele e 0 encarregado da compra do
yo.
Quando atinge essa etapa, 0 samba jii foi escolhido e as primeiras reportagens come~am a ser feitas pelos jornais e revistas. Todos querendo saber quais serao as novidades que a Beija-Flor vai apresen tar na Sapucai, inava dora que e em se tratando de enredo e estrutura de carnaval. 0 acesso de estranhos ao interior do barracao come~a a se tornar mais 8eija- Flor 2000
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Beija- Bastidore$
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Os bastidores , dificiJ. Niio e tanto uma questiio de preserva~iio desse ou daquele segredo, mas, sim, impedir que as eonstantes visitas interfiram no ritmo de trabalho . Imagine, por alguns segundos, quais devem ser os gastos de uma empresa com 300 funcionarios, todos com duas refei~iies diarias, nas primeiras eta-
Saramandaia( compras)
â&#x20AC;˘ Tania( cozinheira)
Adriane( secretaria)
Tourinho( ferragens)
Altemir( serv.gerais)
Baiano( carpin taria) pas de produ~iio do carnaval, e que pode, na reta final, quando aumenta 0 ritmo de produ~ao, of erecer tambem jantar. E
Marcos( informa tica 8elja¡ Flor 2000
pagamento das horas extras que venham a ser cumpridas. A soma pode ultrapassar a casa de R$ 1 milhiio. Ou ate ir alem. E quanto a Beija-Flor gasta, em media, nos dais barraeoes, para que voce passa assistir a belos desfiles, marca registrada da nossa escola, orgulho do municipio de Nil6polis.
8eija- Talento
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elo nome ele e desconhe· cido: Luiz Fernando Ribeiro do Carmo. Mas quando e chamado pelo apelido, Lai· la, todos sabem de quem se trata. Ele tinha pouco mais de 10 anos quando a sua mile, destaque da Depois Eu Digo, levou·o para a escola que apos a fusilo com a Pin· ga na Miseria, tornou-se 0 Salgueiro dos nossos dias. Urn dia, quando ajudava Pedro Ceciliano, 0 Peru, na
mudan~a da quadra da rua Born Pastor para a Calc a Larga, este fez a previsilo que anos mais tarde se confirmou: "voce vai ser urn grande sambista". Se 0 envolvimento de Laila era ocasional> virou permanenteo Tanto que aos 14 anos era membro da Ala dos Compositores e em 1965, assumiu a Dire~ilo Geral de Carnaval do Salgueiro. Ficou ate 1975, quando recebeu convite de Nelson Abrahilo David para se transferir para a Beija Flof. Conquistou 0 tricampeona·
to, mas saiu em 1980. Voltou no final de 1988 e ficou ate 1992. Quando todos pensa· yam que a sua passagem pela Beija Flor havia se encerrado, regressou em 1995 para formar a Comis· sao de Carnaval, tres anos depois, com a said a do car· navalesco Milton Cunha. ". Nilo tenho bola de cristal para preyer 0 futuro. Mas se depender apenas do meu interesse, na~ saio mais da Beija Flor", afirma Luiz Fer· nando Ribeiro do Carmo, 56 anos, carioca da Tij uca, mais conhecido como Laila. Beija· Flor 2000
I
Comissao Carnaval
. Cid Carvalho ar nava l sempre exer ceu uma
grande atra~ao para 0 alagoano de Ararapica, Cid Carvalho. Por isso, quando chegou ao Rio, cnco meses a ntes do carnaval de 1990, 0 pri meiro lugar para on de se dirigiu, apos sal tar do onibus que 0 trouxe da sua cidade natal , foi 0 barradio da Beija Flor. Queria trabalhar e apre nde r todos os segredos com Joaosinho Trilltao Chegou e tornou-se um dos candidatos a urn trabalho no barracao, quando ele a inda estava situado no Estacio, pe rtinho da Sapucai. " Que m sa be fazer alguma caisa no barradio?" indagou Laila aos candidatos. Cid foi urn dos poucos que nao levantar am o bra,o, mas perguntou a Laila, quando ela se aproximou: "0 que te rn para se ap re nder e tao diffcil que nao possa assimilar e m pOlleos dias?". Nao obteve res posta, mas compreendeu a deci sao de nao ser aproveitado. E stava indo e mbora qua ndo, no mome nto e m qu e atravessava o portao, Joiiosinho pediu pa ra ele voltar. Desde e ntao, jamais d eixo u de n'aba lhar no carnaval. Em p OlleD tempo sabi a executar todos os traba lhos no barraciio da Beij a-Flor. Com a saida de J oao-
Um alagoano , dois fluminenses e dois carioca s formam a Com issao de Carnaval da 8eija-Flor. Eles sao os responsaveis pela cria~ao e desenvolvimenlo dos enredos que a escola vem moslrando na Sap uca i, nos ullimos Ires anos. No inicio , muilos duvidavam que a formula pudesse dar cerlo . Hoje , varias escolas pensam adolar 0 eslilo da 8eija-Flor.
sinho, foi pa ra a I mperatriz. No ana segujnte, estava na Uniiao da Dha, onde rece be u convite de Lalla para ser urn dos me mbros da Comissao de Carnaval q ue a Beij a-Flor estava monta ndo para 0 carnava l de 98. " Enquanto gostare m do meu tra balho, nao prete ndo sa ir da Beija-F lor", afirma Carvalho.
Nelson Ricardo Coutinho Andrade Carioca de ] aca re pagua , Nelson nao pode ser consi de rado
urn novato como carnavalesco. Tudo come~ou na Unidos de Jacare pagua, ha 15 anos. Andou circulando por diversas outras escolas do Rio e Sao P a ulo, antes de ingressar na Beija-Flor, como urn dos assiste ntes de Milton Cunha. Quando Mi lton saiu, foi com,jdado por Laila para ser urn me mbros da Comissao de Carnaval. 0 som baixo da voz de Nelson. Eo que me nos cha ma a aten~ao, mas o seu trabalho "e tao importante quanto 0 de mais membros da Comissao de Carnaval" , garante Laila
Fran-Sergio e nilopolltano e formando em Arqullelura. Nelson Ricardo passou por varias escolas ale chegar a Beija-Flor.
Belja- Flor 2000
Comissao Carnaval
Ubiratan Silva
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o alagoano Cid Carvalho come~ou na Beija-Flor, ha dez anos_ Shangai come~ou na Portela e andou em outras escolas_ Ublratan era ator e urn excelente desenhista_ 0 tealro deu urn tempo para ele ser carnavalesco_
Ele era col ega de Milton Cunha no Grupo Teatral Afro. Sua tendEmcia e ra para expressar a sua arte nos pal- . cos, como atar e naD na Sapucai como mem bro de uma Comissao de Carnaval. E foi 0 que aconteceu quando aceitou 0 convite do colega para ser 0 encarregado dos desenhos das fantasias e carros al egoricos . Com a saida de Mil ton, Laila 0 man teve no cargo, acrescentando as suas atribui t;6es de COOfdena~ao dos atores que desfilam na Beija.
Fran-Sergio de Oliveira
Formando em Arquitetura recebe 0 canudo em dezembro - Fran-Sergio desde os oiro an os des fila na BeijaFlor. Nasceu e foi criado em Nilopolis, onde ainda reside, Beija- Flor 2000
e roda a familia . Sempre desfilou na escola do municipio da Baixada Fluminense. E ele quem projeta e faz os caleulos dos carras aleg6ricos, alem de auxiliar Ubiratan Silva, 0 Bira, nos desenhos das fan tasias e alegoriass. Aos 28 anas, chegou a con-. clusao que, e m tefmas de samba, "a Beija sera a minha unica paixao de carnava}",
Shangai No caso de ~ang hai, se repete a historia de Laila: poucos sao tis que 0 identificam pelo seu no~e de batismo. Carlos Fernandez e desconhecido, Shangai e conhecid issimo nos bastidores das escolas de sam ba do Rio, Sao Paulo, Porto Alegre e Manaus, pois em todas essas cidades ele ja teve a oportunidade de mostrar 0 que aprendeu com Fernando Pam pion a e Arlindo Rodrigues, para quem confeccionou fantasias do Salgueiro. Depois foi trabalhar com Pauline na Portela. Passou para ,,60S solos na Tradi~ao e Reino Unido da Liberdade, a ultima em Manaus. Com Laila levaram a Estado Maior da Restinga, de Porto Alegre, a vitoria em 99, apos quatro arras sem ti tulos.
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carreira fora do
navalesco. E 0 Unilcd: entre as escolas Especial, que pretou na Sal~ deenredo escolas. formando Fabiola
carro Abre-,IUa&
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Cavalcanti, Comissao de mada pela ESQIÂť1! ~as Classicas Municipal do
mulal::::
sosea
Royal AcaldeJIll1
DimeyOn .......... culos de bale
sao espanhola. Claudinbo fOnl. de mestre saIa deira nota 10, Com~ ak~a
tigio quando para a Beija. sosastros doprimefro milenio.
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N ossas Raizes
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A hisloria da Beija·Flor pode ser conlada em duas elapas. A primeira come~ou no dia 25 de dezembro de 1948. A oulra quando Nelson Abrahao David foi eleilo presidenle da escola , levando com ele os seus oilo irmaos. Alguns personagens esliveram lado a lado , ombro a ombro , escrevendo a hisloria da escola. Eles sa o as nossas raizes.
uando se reuniam naAv. GetUlio Var· gas, em
,
dezembro de 1948, quase esquina com a Mirandela, aquelas oito pessoas nao imaginavam que estavam estabelecendo as bases de uma das mais famosas escolas de sambas de todos os tempos. 0 que eles desejayam era "formar urn bIDeD
que pudesse ser mais famo· 0 Centemirio",
so do que
Aplis a con· qulsla do prl· melro litulo de campei, em 76, Joiio' slnho Trlnla com os Irmiios quu mudaram a hlsllirla da Bel/a· Aor e de Nillipolls: Miguel, Jacob, Farld, Nulson u Anisio. Ao lado, D. Leo· poldlna, lun· dadora.
8elja- Flor 2000
conta Ari Rodrigues, atual presidente do Conselho Deliberativo da escoJa, que era muito pequeno naqueles primeiros momentos. Mas lei estavam, ja crescinhas, D.EuhiIia, D.Maria Leopoldina, D.Yolanda, mae preta dos filhos do casal Abrao-Julia David, Edinho do Ferro Velho e Irineu. Os primeiros ensaios aconteceram no terreno baJdio ao lado da casa de Irineu. "Sao duas as versoes para 0 nome da escola. Uma diz que foi a mae de Irineu, D.EuliiIia, qem sugeriu 0 nome porque na terra dela, Marques de Valenc;a, Minas, tinha uma escola de samba com 0 meso mo nome. Outros dizem que na hora em que estavam
decidindo
0 nome que seria colocadon 0 bloco, um beija· flor pousou num dos galhos do terreno baldio e todos consideraram urn bom pres· sagio", canta 0 Dr. Gettilio Sessim, que, nos anos em que a escola foi fundada, tinha apenas oito anos. "As familias importantes de NiI6poIis estavam pendendo mais para 0 lado do Cente· mirio do que do novo bloco que surgia", conta MarH, filha de D. Yolanda. Sendo formado por um grupo peq ueno de seguidores,
,
Nossas Raizes to pelos irmaos David, J oaosinho disse que gostaria de
morar em NiI6polis", acres-
algumas
improvisa~oes
se
tOfnavam necessarias. U rna
delas acontecia na ala das baianas. Nem todas as componentes eram do sexo feminino. Alguns homens alegres se misturavam com elas e aumentavam 0 mime-
' ro de baianas. Mas algumas . reac;oes contnlrias ocorriam, pois nem todos estavam de acordo com a mescla de sexos numa ala tao tradicio-
nal. Urn dos que niio gostavam viria a se tarnar, no
futuro, patrono da Beija Flor, Anisio Abrahiio David. Quando se tornou uma esco-
la de samba, a familia Senas assumiu a lideran~a. 0 chefe da familia era presidente da escola, as filhas passista e porta-bandeira, respectivamente. E foi 0 namoro da filha porta-bandeira, Marlene, com
urn dos filhos do casal Abrao-Julia David, que
\
iria determinar as mudan~as
que
conduziriam a
escola ao destacado posto que atualmente Deupa entre as escolas de samba do Brasil. Nelson Abriio David
acabou casando com Marlene e, em 1972, assumiu a presidencia da escola. Habilidoso, aos poucos foi atraindo os innaos para ajuda-lo na condu~ao dos destinos da Beija Flor. De todos os irmaos, aquele que mais ficou empolgado foi Anisio . Depois vieram Miguel e, logo em seguida, Farid, 0 ca~ula dos David. Com Nelson e Anisio it frente da escola, as coisas come~aram a mudar. Uma das primeiras medidas que os irmaos tomaram foi afastar as componentes que Deupayam postas na dire tori a s6 para poderem beber cerveja de gra~a. A antiga qljadra foi coberta e os dois' come~a ram a pensar nas mtldidas que deveriam ser tomadas para conduzir a BeijaFlor para 0 ~rupo Especial, on de esjavam as famosas Portela, Mangueira, Salgueiro, Imperio e Dutras. Em 1975 0 carnavalesco Joaosinbo Trinta foi chamado para produzir 0 carnaval da escolao Enrusiasmada com 0 desafio propos-
4
centa Ari, 0 presidente de Conselho Deliberativo da Beija-Flor. Anisio e Nelson, en tao, escolheram para cuidar de Joaosinho a mesma pessoa que os havia criado e por eles era considerada a "mae preta", D. Yolanda. "E 0 Joaosinho veio morar na nossa casa, sen do tratado como urn dos nossos. E na nossa casa ele ficou morando por mais de uma decada", revela Marli, a filha de D.Yolanda. "Nossa casa virou uma filial da Beija, apesar de morarmos na frente da antiga quadra. Antes dos ensaios, todo mundo passava 13 em casa para bater urn papo com a mamae ou 0 Joaosinbo. "Foi hi que 0 Nelson passou, momentos antes de morrer. Eu estranhei quando 0 vi entrando . Normalmente Nelson tocava a buzina. Era 0 sinal para mamae levar 0 cafezinho dele na quadra", agrega Marli. Com Nelson, Jacob e Anisio na presidencia a Beija Flor come~ou a conquistar titulos e mais titulos ate se tornar a potencia carnavalesca dos nossos dias. Nesse periodo, entre os sambistas da escola que se tornaram conhecidos Pinah, Neguinho, entre outros -, nenhum conseguiu traduzir nas suas musicas a alma e 0 espirito do nilopolitano como Cabana. "0 enredo que ele compos para 0 nosso desfile de 1978, falando sobre 0 ana 2000, poderia ser usado para definir tudo 0 que se esperava do inicio do terceiro milenio", relembra Ari.
Ela 101 a mie preta dos irmios David e de Joioslnho Trinta, quando loi para BeQa Aor, Arl Rodrl- 1 gues Ii Presldente do Consolho Dellberativo.,
Beija- Flor 2000
8eija-Hist6ria ,
': As primeiras-damas Foi urn saudoso reenconlro de Ires amigas que nasceram e cresceram em Nilopolis 0 deslino reservou-Ihes a coincidencia de lerem casado com Ires irma os - Jacob, Nelson e Farid - que foram e ePresidenle da BeijaFlor.Para elas loi uma goslosa recorda~ao dos anos em que a escola nao era lao famosa quanlo alualmenle. juventude, elas desfilavam na Beija·Flor sem
vava a continua-
,,
~ao da amizade, atraves de solidos la~os familares. Zeni, Marlene e Jane casaram-se com tres irmaos da familia David, que acabaram exercendo a presidencia da Escola, em dife· rentes epocas, todos levando·a a conquista de titulos. Zeni casou com Jacob; Mar· lene com Nelson e Jane com Farid. "0 destino e realmente muito engra~ado . Se alguem, naqueles anos, contasse que seriam amigas eternas, jamais pensariamos que fosse atraves do casamen to" , comenta Zeni, viuva de Jacob Abrahao David, que era presidente da Beija· Flor quando ela desfilou com 0 enredo Ratos & Uru· bus, ate hoje considerado 0 melhor desfile da escola. Marlene e viuva de Nelson Abrahao David, 0 presidente que levou os irmaos David para a Beija·Flor e determi·
nou novas rumos para a esco-
la, ate entao desconhecida. Foi Nelson, tam bern, ao lado de Anisio, que determinou a constru~ao da creche, edu· candario e do Centro de Apoio Comunitario. "Me considero uma mulher privile. giada. Vivi com urn homem maravilhoso, caridoso e que so deixou boas lembran~as~ diz Marlene. Zeni, Marlene e Jane lem~ bram bern as primeiros anos da Beija·Flor, quando os maridos passavam mais tempo no barracao do que em casa. "Nelson, quando acontecia algurn atraso, fretava urn onibus e saia pelas ruas arrebanhando passistas, ritmistas e diretores para irem ajudar no barracao. E todos iam com prazer. No onibus e durante 0 trabalho, ficavam cantando 0 samba do ano. Forarn tempos alegres",
recorda Marlene. E Zeni complementa: "A fun~ao que dava imenso prazer ao meu marido era a escolha das mulatas que desfilariam nos carros alegoricos. E ,depois do carnaval, ficava euf6rico com as elogios a beleza das mulatas da Beija Flor." • Sempre vivendo 0 dia·a·dia do mandato do marido, Farid, duble de deputado estadual, Jane tern urn tra· balho serio: "A minha mis· sao e a de orientar os meus filhos e netos para os belos exemplos que foram dados pelos seus tios. Parece que estamos no carninho certo, pois Ricardo, meu filho e Nelsinho, filho da Marlene, estao come~ando a exercer cargos na diretoria da esco· lao Eles serao os lideres da Beija· Flor na sucessao do pai e dos tios."
lenl, Marlene e Jane nio imaginavam, quando desIliavam pela BeUa Rlor, na juventude, que acabarlam com Ires Irmias I eles seriam presldentes da eseola.
Beij& Flor 2000
fundacao ataulp,ho de paiva 5l1{0 2000 "
5l1{0 1)0 CE1{IT9\(llCJ{10 •
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Baeilo de Calmette e Guerin uso Intradermlco
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A primeira iniciativa na area social foi a constru~iio da creche. Depois foi 0 educandario. Nos dois, alem da alimenta~iio, as crian~as recebem uniforme , tratamento medico e dentario. De gra~a .
o Futuro da Beija-Flor ,
uando os David e Sessim chegaram a Nilopolis, no inicio dos anos 20, como imigran· tes vindos do Libano, uma das primeiras preocupat;6es foi com a extrema pobreza do municipio. Nao eram ricos, tinham de iniciar uma nova etapa de suas vidas numa terra estranha . Nem por isso deixaram de se preocupar com 0 proximo. E passaram para os filhos a filoso· fia de dividir 0 pouco que
ABRAO DAVID
-se tern para que as bim~iios se jam constantes n as vidas dos que fazem da caridade uma constante em suas vidas. Sempre que dispunha de tempo e recursos, D. Julia distribuia parte do que tinha com as familias mais pobres, dedicando especial aten~iio as crian· ~as. N ilopolis era uma cidade dormitorio, a m aior parcel a da popula· ~iio saia de casa nas pri· meiras horas da manha para os seus trabalhos no Rio, retornando para dor· mir. Nesse intervalo de tempo, os filhos ficavam sem os pais, boa parte perambulando pelas ruas. N as reuniiies da familia
. Futuro-Bei"a
para as refei~oes no final do dia, D . Julia e 0 Sr.Abrao sempre falavam da enorme dor que sentiam por saberem que nem -todas as crian~as pode. dam ter 0 carinho e aten~6es que eles ofereciam aos seus filhos. Mal sabia ela que dois dos filhos - Nelson e Anisio prestavam bastante aten~ao nas palavras dos pais e , anos mais tarde, viabilizariam a construc;ao de
Relel~iies lormutadas par 1IItr1ciIIistas siD olerecldas as crJan~s e lovens da
creche e educandario. AuorlZa~io Ii aplicada nas crian~as. E baixo 0 indlce de carie na crechu e educandario.
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EDUCANDARIO CRECIIE JOllA
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A Beija-Flor oferece cursos profissionalizantes gratuitos, para jovens da Baixada Fluminense • , ~
Os cursos prollsslonall· zantes que a Beija·Flor ole· rece sio des· tinados a suprir caren· clas de mio· de·obra das industrias da Balxada Fluml· nense.
creches par a n ao so retirar os menor es das ruas como ten ta r lhes ofer ecer carinho, at en <;ao e a s cuidados qu e uma c rian ~a mer ece nessa fase d e su as vidas. Foi assim q ue surgiu a Creche Jul ia Abriio D avi d e m 1978, q uando a Beij a Fl or conquistou 0 seu t r io campeo nato . Com 0 passar dos an os, as cr ian c;as foram cr escen do. P e r ce· bendo q ue as escol as do m unicipio nao ofereciam 0
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,Futuro-Beija
Cabelereiro, lornelro mecanieo, sio dois dos 28 eursos prorissionalizanles que 0 Centro de Apoio a Comunidade Nelson Abrabio David, da Beija I Flor, orereee aos jovens da Baixada Flumlnense,
nivel de estudo que as crian~as da creche estavam carecendo, criaram 0 Educandario Abrao David. Pelo menos ler e escrever as crian~as de Nilopolis passaram a aprender. Apos a constru~ao da nova quadra da escola, a antiga quadra ficou praticamente sem qualquer uso. Sabendo ler e escrever mas nao tendo uma profissao os jovens da Nilopolis se tornavam presas faceis dos marginais. Apos levantamento das necessidades das industrias da Baixada Fluminense, cursos profissionalizantes foram implantados para que "quem havia des de a infancia ficado sob a nossa guarda, naD se desviasse
do born caminho", afirma Anisio, que ficou a frente de tudo, apos a morte do irmao Nelson. Hoje, varias das criancras que foram acolhidas na creche da Beija-Flor, sao advogados, professores,
medicos ou exercem
outras profiss6es que aprenderam no CAC - Centro de Apoio Comunitario Nelson Abrahao David. E o lema segue vigente: 0 homem de amanha tern de ser formado hoje. 8elja- Flor 2000
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Ministradas pela prola.Ros¡ sana, as aulas de hldrogimistlca Ii a nova mania entre os nllopolltanos. A grande procura levou a escola a lormar dlversas turmas, Inclusive noturnas.
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Despertar nos jovens nilopolitanos 0 arnor a pratica esportiva e urn dos principais objetivos da diretoria da BeijaFlor, ao irnplantar as suas areas esportivas 8eija- Flor 2 000
s atividades do Gremio Recreativo Escola de Samba Beija Flor de Nilopolisniio estiio restritas aquela que tornou 0 seu nome mundialmente conhecido. Vma escolinha de
nata~ao
ja formou esporti tas que estiio conq ui stando medalha s nas competi~oes estaduais. Alem da forma~ao de atletas, a piscina do Parque Aquatico Jacob David se presta, tambem, para outras atividades. As aulas de hidroginastica
Es orte & Lazer
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l I para ambos os sexos, iniciadas recentemente, ja tern urn numero de aIunos que obrigou a dire~ao de esportes e atividades aqu,hicas da escola a destinar novos horarios e formar novas turmas. Paulinho Carioca,
bossa foi adotada pel a escola e vern alcan~ando estrondoso sucesso. Sao as festas organizadas pelos dez grupos de jovens da Beija-Flor. Como 0 municipio era carente de atividades de lazer e al to e 0 per-
be urn publico medio de 4 mil jovens. 0 maximo foi de 9 mil. Tricolores em sua grande maioria, os irma os Abrao David sempre praticaram esportes. Por isso, quando assumiram os rumos
ex-ponta esq u erda do Fluminense e Corinthians, e 0 tecnico da escolinha de futebol. Duas vezes por sema na sao ministradas aulas de capoeira na quadra. Entre os estudantes dos niveis primario e secundario, a escola promove a disputa da Copa Beija-Flor, em diversas modalidades esportivas. A escola que acumular a maior soma de pontos e a vencedora. Na area de lazer, uma
centual de jovens na popula~ao, cada grupo de jovens utili za as dependencias da quadra na promo~ao das suas festas. 0 ingresso, que da direito a beber e comer a von tade, flaO deve ultrapassar a casa dos dez reais. Cada festa que eles promovem rece-
da Beija-Flor, a area esportiva mereceu aten~ao espec ial de Nelson e Anisio. 0 primeiro profissional a ser contratado foi 0 ex-jogador do FI uminense e Corinthians, Pa ulinho Carioca, para ser 0 tecnico da escolinha de futebol. Tao logo as inscri~oes
, Farid, 0 presidente administratlvo da BeiJa-Flor, Ii um dos grandes Incentlvadores dos esportes amadores na Beija-Flor. Cada menor na escolinha, Ii menDs um menor nas run, Ii 0 lema de Farid_
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ESQortes & Lazer
â&#x20AC;˘ foram abe rt as, mais de 2 mil crian<;as se in screveram. Uma criteriosa tria gem reduziu 0 gr upo para cerca de 600 crian~as . "Quando Serginho, ex-Sao Paulo e at ual Milan, da ItaJia, revelou que nasceu e come~ou a sua carreira em Nilopoli s, aumentou 0 numero de in scri~iies. Ainda hoje as no ss as di sponibilidades sao inferiore s a procura", ressalta Paulinho.
Surpreendetite, tambern, foram 0!i.resultados alcans:ados n l escolinha de na ta~ao_ Seis meses apos a s ua implanta ~ao, e formada uma equipe de compet~ao que tinha por objet ivo so mar experi(~ ncia para futura s provas contra as equipes do Flamengo, Vasco e outros, varios foram os excel entes resultados obtidos pelo s nadadores. "A Baixada F lumin ense e urn imen so ce l eiro d e
atletas para todos os generos de competi~ao esportiva", afirma Noel, diretor de esportes aquaticos da Bei j a Floc. Sem ainda t e r alcan~a do o s r es ultado s da Mang ueira na s areas de atl e tis mo, a Beij a-Flor, a exe mplo do que aconteceu com a Mangu e ira , vern revelando atleta s que b e rn treinados poderao conquistar medal has e ntre os melhores atletas do mundo_
Paulinho Carioca, que jogou no Auminense e Corinthians, vlu-se ror~ado a recusar jovens desejo80S de Iniciar 81 suas carreiras na escollnha de rutebol da Belja-Aor.
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A fama da <B eija-Flor ultrapassou as nossas fronteiras e vern provo cando a media de cinco a seis convites para apresenta~oes pelo mundo inteiro_ Nem todos sao aceitos por nao concordarem em cumprir as exigencias que a escola impoe para viajar com os seus passistas, destaques, bateria e cantores_ Mas os que aceitam, ficarn m aravilhados com os grandes espetaculos que a Beija-Flor apresenta_
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media sao cinco a seis .... convites mensais de paises da Europa, Asia, Americas Central e do Norte. ApcSs uma criteriosa sele~ao - e levantamento da idoniedade dos contratantes - e que a diretoria assina as contratos para apresenta~iies dos seus passistas, ritmistas e destaques. 0 numero de membros das delega~iies da Beija-Flor varia em fun~ilO do interesse e disponibilidade financeira dos contratantes. Um exemplo do alto prestigio que a BeijaFlor desfruta no exte-
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Afrla Dusseldorf, na Alemanha, vlu a temperatura subir durante a apresenta~io das passitas e destaques da Relja-Fllor _
BeFa-Flor Internacional
~ rior foram a recente
apresenta«;oes em Zurique, na Sui~a. A delega~ao foi formada por 220 componentes, 0 que obrigou 0 frete de
urn Airbus. Urn numero menor foi 11 cidade de Dusseldorf, na Alemanha; Dutro para 0 Caribe. Pierre Carvalho, vicepresidente de Comunica<;ao Social, urn experiente globetrotter em delega~oes esportivas, costuma chefiar as delega<;oes. "Adotamos as mesmos criterios dos times de futebol na sele~ao dos hoteis, refei~oes e estabelecimento dos honirios e regras disciplinares. E 0 resultado
Apresenta~iio
numa pista de de hiplsmo_ Mas competi~iio
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tern sido 0 aplauso de todos pelas belas apresen ta~oes nos pal cos e pelo comportamento de todos quando estiio fora dele", exemplifica Pierre, jornalista esportivo.
· pequeno para conter 0 entu: siasmo dos : trios e slsu· dos particl· pantes de um tornela Internacional de hiplsmo em Zurlque,
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, Neguinho, lodos sabem, 8 ligurinha carimbada na escola. 0 Pre· sldenle de Honra, Anisio Abrahiio David, recebe Luizi· nho Drumond, double de Pre· sidenle da Lie· sa e da Impe· ralriz. Nelson Sennas David, Vlce·Presiden· Ie, recepciona Andrezinho, do grupo Molejo.
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Na Beija Flor todos sao recebidos de bra~os abertos e urn generoso sorriso emoldurando todos os hibios. E para que nao pairem dtividas, fomos buscar nos arquivos da escola os registros de alguns momentos que confirmam a tese. AlE~m disso, estamos tornando conhecidas alguns personagens que, somando os seus esfor~os ao dos mais diretamente produzem 0 nosso carnaval, contribuem para os belos espetaculos que a escola apresenta nos seus desfiles.
Bera-Gente Em Imagens do nosso arquivo: Marta Rocha ledeada por Pinah, Miguel David e outros nilopolitanos. Ricardo, IiIho do casal Jane路Farid, aos 10 anos, deslilan路 do na Sapucai. Marta Rocha entre os irmiios Anisio e Nelson. Os mestres na conlec~jjo de lantasias, lezlto e Loya, na quadra da Beija路Flor. Nelsinho David e Ricardo, em outro deslile na Sapucai.
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inda menino, em Nil6polis, tentava e nao conseguia entender a imensa alegria que notava nos olhos e bibios dos meus pais, Julia e Abrao, quando dividiam com os que tinham menos do que a minha familia. "E muito dificil para a etapa egoista que to do menino vive entre os 8/9 anus entender 0 gesto caridoso dos meus pais . Sabia 0 quanto ele tinha de trabalhar, mascate que era, para conseguir os recursos para nao faltar comida, roupa e outras necessidades para os nove filhos. E mesmo assim, dividia com os outros parte do que lutava tanto para conseguir. Era dificil entender. A descoberta das razoes que levavam os meus pais a jamais deixarem de praticar a caridade aconteceu durante uma missa dominical. Na sua homilia, 0 padre disse que a "a verdadeira caridade era aquela em que a mao direita ignora 0 bern que tenha sido praticado pela mao esquerda". Era justamente 0 que os meus pais faziam e Deus nunca nos tinha deixado faltar nada dentro de casa. "Relembro essa fase da minha vida para revelar 0 pilar sob 0 qual a Beija-Flor foi fundada e vern lutando desde 0 dia em que 0 meu irmao, Nelson, assumiu a presidâ&#x201A;Źmcia enos convocou para estar ao seu lado na gestao dos destinos da escola. Caridade e a nossa motiva~ao maior. E a razao maior da existencia da escola. E, tam bern, a explica~ao para 0 enorme sucesso que ela vern conquistando aqui e no exterior. "Muitos sao os que reclamam da pouca divulga~ao que mere cern as nossas atividades sociais. Lamentamos, tam bern, mas nao ficamos abalados. ~ altamente compensador ouvir os gritos de alegria das crian~as quando estao se banhando na nossa piscina ou jogando 'uma animada partida de futebol na e~colinha. Pode haver compensa~ao para 0 sorriso do ftenino ou menina ao descobrir que sabe ler? Ou do jovem que aprende uma profissao e ingressa no mercado de trabalho? Sao apenas duas das muitas alegrias que 0 dia-a- dia na BeijaFlor nos proporciona e que sao resultantes da caridade que os meus pais nos ensinaram a praticar."
Inspirada pelo cenario paradisiaco brasileiro. a Trevo Verde desenvolveu uma Linha de Cosmeticos especialmente criada para combinar as condi~6es ambientais e climaticas do Brasil com 0 seu modo de ser especial.