Revista Ensaio Geral nº 07

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Visa. O Cartão Oficíal do Carnaval Carioca 2001 .


Pode ser bateria nota I O. Pode ser temperatura quase O. Visa. Tudo que vocĂŞ precisa.

www.visa.com .br


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ZfJ 6 -Rio de Janeiro, capital mundial da al egria e da paz Mensagens do governador Anthony Garotinho; do prefeito Cesar Maia; do secretário especial de Turismo e presidente da Riotur, José Eduardo Guinle; e do presidente da Liesa, Luiz Pacheco Drumond IH1M1JUlEHTU JURÍDICO t.quE8<mio

8ITOR (lUi)'IUa

DES GRÁFICO Garn.z Heichard, e Elenir da Silva Oliveira CAPA, INFOGRAFIA E ILUSTRAÇÕES Cláudio Roberto

8 - Se liga na Liga 9 - Fala,- Parceiro ',..• .....".,..,

ArtiQ.Çl 'dódiretor de marketing dos Supermercados Guanàbar ;j~lbtiio Andrade de Pinho 1.' -,"\:';.1;':

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ROTEIROS E FICHAS TÉCNICAS José Canos Netto FOTOGRAFIA Henrique Matos, Peter lIicciev e Agência O DIA TRATAMENTO DE IMAGENS Aliomar Gandra e José Ferreira TRADUÇÃO Carolyn Brisset COLABORAÇÕES Ana Cristina Arêde, Bruno Santos, Elaine Matos, Hiran Araújo, Iramar Santana e Patrícia Braga IMPRESSÃO Grande ABC Editora e Gráfica São Paulo TIRAGEM 250 mil exemplares Distribuição Gratuita

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fe o novo S~culo do Samba

~."' 1, 4 - ~hi~~: .", o Síndico da Passarela '

72 - As sete cores de Segunda A segunda parte do desfile do Grupo Especial

73 -Império Serrano

79 - Caprichosos de Pilares 85 - Viradouro 91 - Imperatriz Leopoldinense

97 - Mangueira 103 - União da Ilha 109 - Grande Rio 116 - Crianças abrem a Festa da Paz

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TEXTOS Cláudio Vieira

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70 -

Frisas oferecem mais conforto e privacidade

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O desfile das Escolas de Samba Mirins

18- G'alériâ 'das 'Campeãs

20 - As sete cores de Domingo A primeira parte do desfile do Grupo Especial

21 - Paraíso do Tuiuti 27 - Tradição 33 - Unidos da Tijuca

118 - A Noite das Campeãs 119 - Osonho de ser especial O desfile das Escolas de Samba do Grupo de Acesso A

124 - Botando o bloco na rua 125 - Para tudo se acabar na Quarta-Feira

39 - Salgueiro

Odesfile das escolas de Samba do Grupo de Acesso B

45 - Mocidade Independente 51 - Portela 57 - Beija-Flor 64 - Samba em três tempos

127- Não deixe a Aids estragar a festa Entrevista com o educador Márcio Tadeu, da Uerj

130 - Samba é Cultura 132 - Rio de Janeiro, Capital of Gaiety and Peace

Visite a Uesa na Net: www.liesa.com.br ou www.~tª"m~~ia.çonvcarnaval

Linha direta com o editor: claudiovieira@openlink.com.br LlESA - Av. Rio Branco, 4 - 18° e 19° andares - Centro Rio de Janeiro CEP 20090-000 Tel.: (21) 253-7676 Fax: (21) 253-7409

oRei Momo, símbolo ma/estático do Carnaval, foi a alegoria que encerrou a apresentação da Imperatriz Leopoldinense no ano passado, quandO se sagrou bicampeã. É com ele que abrimos alas aos nossos leitores, desejando que os desfiles de 2001 sejam repletos de emoções. Torcemos para que a ENSAIO GERAL continue sendo a amiga inseparãvel na Avenida e fora dela, fazendo do Carnaval Carioca uma permanente troca entre pessoas .; que fazem, assistem e, acima de tudo, amem este espetáculo.


É o nosso enredo. Para que o conjunto desfile sem medo Com muita harmonia, Faça da vida uma eterna fantasia E não deixe o amor virar uma simples alegoria. É necessária toda concentração Para não permitir Que nossas alas se percam Na dispersão. É como diz o regulamento: Progredir a cada momento É o segredo da evolução!

~

LIGA INDEPENDENTE DAS ~ ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO


o

este primeiro Carnaal do novo milênio, tamb é m o primeiro desta nova administração municipal, ressalto o valor da contribuição de cada sambista e de suas Escolas. Dos foliões e dos que trabalham esforçando-se pela beleza do espetáculo, com ordem, tranqüilidade e segurança, no Sambódromo e fora dele. Todos juntos - iniciativa privada em parceria com a Prefeitura - fazemos do Carnaval do Rio o mais belo do mundo, aliando como atração turística as belezas naturais da cidade.Na certeza de que o carnaval de 2001 será uma festa inesquecível, saúdo em nome de todos os cariocas aqueles que visitam o Rio, oferecendo a generosa hospitalidade desta cidade maravilhosa.

Rio é, sem dúvida, uma das mais belas cidades do mundo e oferece ao turista uma variedade de programas inesquecíveis como, por exemplo, o carnaval. Este ano, a festa promete ser inesquecível, inclusive pela qualidade dos enredos das 14 superescolas. O carnaval carioca é realmente o maior carnaval do mundo. São escolas de samba, blocos e bandas que esperam com ansiedade por esse momento. Nós da Riotur temos o prazer de receber a todos no Rio de Janeiro, uma cidade da qual nos orgulhamos muito pela hospitalidade de seu povo e pela beleza natural de suas praias e montanhas. O carnaval é uma festa onde todos são muito bem-vindos. Onde quem não é carioca se sente como tal. Aproveitem o carnaval, aproveitem a nossa cidade!

CESARMAIA

JOSÉ EDUARDO GUlNLE Secretário Especial de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro Presidente da Riotur

Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro


o desafio de superar a organização e o potencial artístico do carnaval anterior torna-se cada vez mais difícil. Não muito, porém, quando as frentes envolvidas na produção falam a mesma linguagem e lutam pelo mesmo ideal. Aqui vão nossos agradecimentos ao prefeito César Maia e ao secretário de Turismo e presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, que mal assumiram o cargo e se empenharam ao máximo, para que o Carnaval 200 I se constitua num grande sucesso de organização. Nosso reconhecimento também ao governador Anthony Garotinho, que vem prestando todo apoio ao desfile das Escolas de Samba, consolidando-o como a maior festa popular do país. O Carnaval da Paz será uma chance para refletirmos sobre um mundo melhor, maisjusto e fraterno. E assim seja!

A cidade mais musical do mundo está convidando o mundo para o primeiro Carnaval do milênio. O Rio de Janeiro é o melhor exemplo de como um povo trabalhador e hospitaleiro também pode ser o mais festivo. Do imponente espetáculo do desfile das Escolas de Samba às brincadeiras na rua, não faltam atrações. Mais importante pólo turístico do país, o Rio, além de suas belezas naturais, aprimora cada vez mais a infra-estrutura de atendimento aos nossos visitantes. Com o crescente interesse dos investidores no setor, especialmente da rede hoteleira, a atividade turística vem contribuindo fortemente para a geração de empregos. No Rio de Janeiro, lazer e crescimento econômico caminham de mãos dadas

ANTHONY GAROTINHO Governador do Estado do Rio de Janeiro

LUIZ PACHECO ORUMONO Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro


giado .-\pesar de toda propaganda que se em torno do Carnaval 2000, achei que o de 1999 foi melhor. Ano passado, alprrnas escolas deixaram a desejar. .. E importante reconhecer, no entanto, que, do ponto de vista turistico, o Rio de Janeiro estava magnífico. ão sei como é feita a escolha dos julgadores do desfile. Acredito que já esteja na hora da liesa estudar o aproveitamento da opinião do público. O povo poderia votar através da internet, do telefone e preencher um formulário próprio, distribuído a quem estivesse na avenida. Na verdade, o desfile é uma coisa tão bonita que não deveria ser julgado e, sim, exaltado. A liesa deve estar atenta também aos carros alegóricos apresentados por algumas escolas, de qualidade bem inferior às demais. Acredito que em casos tão flagrantes assim, o regulamento deveria ter um dispositivo que aplicasse uma penalidade grave. Gostaria de exaltar o trabalho das agremiações que investem na criatividade, como o Império Serrano, no Grupo A, e a bicampeã Imperatriz Leopoldinense. {'2

Olá, galera da ENSAIO GERAL! Primeiramente, quero parabenizar à equipe da revista pelo trabalho que vem sendo feito a cada ano, divulgando as escolas de samba dos Grupos Especial e de Acesso. Tenho 40 anos, sou apaixonado pelo carnaval carioca e de forma muito especial pela Estação Primeira de Mangueira. No carnaval do ano passado, meu amigo, Edson Almeida da Silva, teve a felicidade de estar no Sambódromo. Conseguiu alguns exemplares e trouxe-os para nós, aqui em Belô. Imaginem a minha emoção em ver esse trabalho de perto! Gostaria de saber o que devemos fazer para obter exemplares atrasados, pois desejo colecioná-los. VALDEMIRJOSÉ DOS SANTOS Av. Amazonas, Centro, Belo Horizonte, MG NR: Infelizmente, os exemplares atrasados estão esgotados. Mas a nº 7 já está reservada para você.

STOCKER DO NASCIMENTO Clarens, Montreux, Suíça NR: Sugestões são sempre bem-vindas, Stocker. As suas já foram encaminhadas à Direção de Carnaval da Liesa.

Parabenizo-os pela brilhante revista ENSAIO GERAL e gostaria de adquirir alguns exemplares, pois o nosso Ia-clube da Liga aqui em Fortaleza está ansioso para saber tudo sobre o Carnaval 2001. TANILSON BARBOSA LOPES Rua Aquiles Beviláqua, Joaquim Távora, Fortaleza, CE NR: Ficamos felizes em saber que, depois de João Pessoa, também formamos um grupo de admiradores na capital cearense. Sobre a revista, ela é distribuida gratuitamente, Tanilson. Já estamos providenciando o envio de alguns exemplares.

Consultor Parabenizo a magnífica publicação da revista ENSAIO GERAL, um grande informativo para quem aprecia a cultura do Carnaval. Não conhecia um trabalho tão admirável quanto este. Sou médico e consultor de escolas de samba e blocos de rua. Torço pela Portela, mas admiro o trabalho de todas as agremiações, de todos os grupos. LACY RAMOS JÚNIOR Rua Santo André, Vila Rubim, Vitória, ES NR: Obrigado, Lacy Tomara que possamos ajudá-lo a ser um doutor em samba também.

As correspondências devem ser enviadas à Revista ENSAIO GERAL, seção Se liga na Liga Av. Rio Branco, 4 - 19º andar - Centro, Rio de Janeiro, RJ - 20090-000 - Tel.: (21) 253-7676 - Fax: (21) 253-7409


Fala, Parceirol

Guanabara leva 3 mil à Sapucaí É gratificante levar ao Sambódromo pessoas que, normalmente, não teriam condições de ver de perto a festa maior de nossa gente. Ano passado, iniciamos nossa parceria com a Liesa. Num empreendimento que também envolvia a Coca-Cola, distribuímos 12 mil ingressos dos desfiles das Escolas de Samba do Grupo de Acesso A e 2 mil do Grupo Especial. A experiência foi tão significante que resolvemos ousar ainda mais neste Carnaval. Distribuímos 3 mil ingressos de cadeiras individuais situadas nos setores 6 e 13, e de frisas no setor 4, nos desfiles do Grupo Especial. As entradas foram sorteadas entre os clientes das nossas filiais das . Zona Norte e Oeste, do Rio de Janeiro, e da Baixada Fluminense - onde, aliás, ficam as comunidades de quase todas essas agremiações que fazem o Maior Espetáculo da Terra. Será fácil reconhecê-los, através das camisetas azuis.

Para se habilitar ao concurso, bastava fazer uma compra superior a R$ 20 e preencher o cupom. Fácil, não? Ao final de cada dia, eram realizados sorteios em todas as filiais dos Supermercados Guanabara. Ninguém arredava pé. Ficavam todos torcendo pela chance de estar na Passarela, prestigiando a sua Escola de coração. Após o Carnaval de 2000, recebemos muitos elogios de clientes. Foram eles os principais incentivadores para que esta parceria com a Liga Independente se consolidasse ainda mais. Como vocês podem observar, fixamos nossas marcas em diversos pontos do Sambódromo, para assinalar que a presença do Guanabara nesta festa, significa muito mais que uma operação de marketing. É a nossa forma de dizer que estamos do lado do povo, festejando com ele a alegria de ser carioca.

Albino Andrade de Pinho Diretor de Marketing dos Supermercados Guanabara




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de pontos é feita dentro e

vezes, a não obserpequeno detalhe pode cusperda de um titulo ou o rebaixamenruidado é pouco. ~--- DO DESFILE - Será às 21 horas - duas horas mais tarde que nos anos antenores.

CONCENTRAÇÃO - As Escolas de ordem ímpar ficarão do lado do edificio Ba-

lança Mas Não Cai; as de ordem par , do lado dos Correios.

TEMPO DE DESFILE - Cada agremiação terá o mínimo de 65 minutos e o máximo de 80 minutos para se exibir. Penalidade: perda de um ponto para cada minuto que exceder o tempo máximo ou que faltar para atingir o tempo mínimo.

DISPERSÃO - As Escolas terão duas horas e trinta minutos para remover suas alegorias da área compreendida entre a Praça da Apoteose até o Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova. lênalidade. perda de um ponto para a agremiação que ultrapassar este limite. OBRIGATORIEDADES - Desfilar com, pelo menos, 200 ritmistas na bateria; 100 baianas agrupadas em ala; não apresentar carros alegóricos motOl;zados ou equipados com geradores sem que estejam embutidos, encobertos, decorados ou caracterizados na própria estrutura. Penalidade: em qualquer desses casos, a Escola que infrinc gir o regulamento perderá um ponto.

ALEGORIAS - Cada agremiação poderá apresentar o mínimo de cinco e o máximo de oito carros alegóricos. Penalidade: o desrespeito a esses limites importará na perda de três pontos.

Cada minúcia deve ser estudada para não dar chance ao azar MERCHANDISING - Não utilizar, distribuir ou apresentar-se com qualquer tipo de propaganda comercial (implícita ou explícita) em enredo, alegorias, adereços, alas, destaques, samba-enredo ou quaisquer outros meios, exceto: na camiseta dos empurradores, em prospectos do samba-enredo e nas peles dos instrumentos da bateria, desde que seja a marca do fabricante. Penalidade: três pontos.

COMISSÃO DE FRENTE Deve ter, no mínimo, dez e, no máximo, quinze componentes. Penalidade: a agremiação que não obedecer esses limites será considerada como não tendo apresentado o quesito. Ou seja: ganh;rrá nota zero.

RECOMENDAÇÕES • As alegorias devem ter, de largura, no máximo, 8,5 m fixos ou 10 m desmontáveis; a altura não pode ser superior à da Torre de Tv.

• Os carros alegóricos devem ser dotados de equipamento de segurança para proteger figuras de composição e destaques que desfilem acima de 2 m do solo;

JULGADORES - Serão quatro para cada um dos dez quesitos de julgamento, num total de 40. Darão notas que vão de 5 a 10, sendo admitidas as fracionadas em meio ponto (por exemplo: 5,5; 6,5, etc). No dia daapuração, serão descartadas as notas de um jurado por quesito, sendo validadas as outras três.

DESCENSO - As duas últimas classificadas serão rebaixadas para o Grupo de Acesso A, onde desfilarão no Carnaval 2002. As duas primeiras deste Grupo serão promovidas para o Especial.

camaval 2002 - Os desfiles do Grupo Especial no ano que vem serão realizados nos dias 10 e 11 de fevereiro.


ada um dos quatro mil componentes tem a sua cota de responsabilidade Quarenta julgadores estão atentos mínimos detallies. Saiba os crité=de avaliação de cada quesito e ~UA..O~~ o lado técnico do espetárulo. - 1) A manutenção regue a sustentação da cadência em - nância com o samba-enredo; _ _"\. perfeita conjugação dos sons . o pelos vários instrumentos; ersatilidade. ~-":IA"'I:nAEDO -

1) Letra- ade-

q:;:Jç:t-o ao enredo, riqueza poética,

bom gosto, objetividade, pre- e adaptação à melodia; 2) Me- características rítmicas pródo samba, riqueza e capacidaharmonia musical facilitar o . e a dança dos desfilantes.

EVOLUÇÃO - 1) A fluência da apresentação, penalizando a ocorrência de correrias e retrocesso de alas, destaques e/ou alegorias; 2) A espontaneidade, a criatividade, a empolgação, a vibração, a agilidade e o vigor dos desfIlantes; 3) A coesão do desfile. ENREDO - 1) O seu argumento, ou seja, o texto escrito apresentado pela Escola; 2) O seu roteiro, desenvolvimento seqüencial de alas, alegorias, etc., que irão possibilitar o entendimento do tema; 3) A criatividade.

1H&.RII!IOtnA - 1) A perfeita igual-

CONJUNTO - 1) A fluência da apresentação; 2) A uniformidade com que a Escola se apresenta em todas as suas formas de expressão; 3) A coesão do desfIle; 4) O equilíbrio artístico do conjunto. '

o canto do samba-enredo, .dade dos componentes, - nância com o "puxador"; ntenção da tonalidade; 3) li'-!lr.-:onnn'<I do canto, penalizando ~-...~nTlento do samba".

ALEGORIAS E ADEREçoS - 1) A adequação ao enredo, transmitindo o seu conteúdo; 2) A capacidade de serem criativas, mas com significados; 3) Entrosamento, utilização,

exploração e distribuição de materiais e cores; 4) Acabamentos e cuidados na confecção e decoração.

FANTASIAS - 1) A adequação ao enredo, transmitindo o seu conteúdo; 2) A capacidade de serem criativas, mas com significados; 3) Entrosamento, utilização, exploração e distribuição de materiais e cores; 4) Acabamentos e cuidados na confecção. COMISSÃO DE FRENTE - 1) A função de saudar o público e apresentar a Escola; 2) A perfeita coordenação e precisa sintonia de movimentos de seus integrantes. MESTRE-SALA E PORTABANDEIRA - 1) A exibição da dança do casal, considerando-se que não sambam, mas executam um bailado em ritmo de samba; 2) A harmonia do casal, com graça, leveza e m~estade, devendo apresentar uma seqüência de 1',3 , ',' movimentos coordenados.

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Em

1986, quando a Beija-Flor desfilava pelas mas de Paris, um senhor ficou empolgado com o jeito elétrico do mulatinho sambar. Aplaudiu com entusiasmo e pôs-se a gritar: "La machine! Lamachine!" -comparando-o a uma máquina de "dizer no pé". Os sambistas da Escola de Nilópolis acharam aquilo engraçado e não perderam a oportunidade de apelidar o passista. Desde então, José Carlos adotou Machine como sobrenome. Pai de quatro filhas, José Carlos Machine é o morador solitário do Sam- . bódromo. Trabalha e reside na Passarela há mais de dez anos. Seu endereço para correspondências é Rua Marquês de Sapucaí, s/no - Sala da Coordenação de Ensaios Técnicos Liesa/ Riotur - Cidade· Nova, Rio d.eJaneiro, RJ. Seus vizinhos são 30 guardas que se revezam na segurança da Avenida dos Desfiles.


Nos dois meses que antecedem o Carnaval, Machine é a autoridade máxima do pedaço. Organiza a agenda de ensaios das agremiações dos Grupos Especial e de Acesso. O trabalho é diário, estendendo-se das 18 horas , 4 da manhã. SelJl a sua autorização ninguém pode entrar na Avenida naquele penodo - nem mesmo os caminhões empenhados nos serviços de montagem de estruturas tubulares. É ele também o responsável pelo sigilo que as Escolas carecem para ensaiar coreografias estudaminuciosamente, com o obtivo de causar impacto na hora o desfile. Não permite que os espiões se instalem, nem mesmo ambulantes que se passam por llieiros". Merece a confiança de - os e, de vez em quando, é contado por diretores a respeito de ovimentos de comissões-de::-ente e da exibição de casais de tres-salas e porta-bandeiras que, aliás, é o seu forte. _ os dois meses que antece-

dem a folia, o entra-e-sai do larescritório é agitadíssimo. O coordenador de ensaios quase não tem tempo de dormir. De dia, recebe a visita de diretores e monta a agenda; de noite, supervisiona a pista de desfile. Dificil é quando passa o Carnaval e o Sambódromo mergulha no silêncio. Ele não gosta nem, de lembrar. Nos dias de desfile, Machine é o responsável pelo funcionamento das salas da Lesa e da Associação das Escolas de Samba. Ainda enc.ontra um tempinho para ir em casa, trocar de roupa e entrar na

o

Machine mora no Sambódromo, coordena os ensaios e faz do lugar uma autêntica casa de bamba

PassareJa para apresentar Robson e Ana Paula, mestre-sala e porta-bandeira da União da Ilha, aos jurados. Apesar do prestígio e do privilégio de morar na Casa do Samba, Machine viu-se em apuros no Carnaval de 95. Saiu para resolver um problema no Centro e se esqueceu de levar a credencial. Na volta, foi barrado pelos seguranças da roleta. Nenhum deles acreditou quando o coordenador disse que morava ali dentro.


Com o objetivo de oferecer ao público e à mídia um desfile competitivo e de alto nível artístico, a Liesa mantém um ranking para estimular as Escolas de Samba a apresentarem um trabalho cada vez melhor. Apenas as dez primeiras colocadas do desfile recebem pontuação. O somatório abrange os cinco últimos carnavais. O sistema de premiação é o seguinte: 1° lugar - 20 pontos; 2° - 15; 3° - 12; 4° - 10; 5° - 8; 6° 6; 7° - 4; 8° - 3; 9° - 2; e 10° - 1. A Imperatriz Leopoldinense lidera a classificação com 73 pontos. A Beija-Flor vem logo atrás, com um pontinho de diferença. Veja o quadro geral.

l/ISA :

Wagner festeja o bi, entre Farid, Ito, Tenório e Horta

ESCOLAS Col Pt Col Pt Col Pt Col Pt Col Pt

1a Imperatriz Leopoldinense 2a Beija-Flor

3a Mocidade Independente

2° 3° 1°

15 6° 12 4°

6 3° 10 1°

20 2°

15 6° 20 5°

12

20 1° 15 2°

20

73

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20

15

72

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6

10 4° 12 3°

10

61

------------------

4a Viradouro 5a Mangueira

13°

6a Salgueiro 7a Portei a

10 3° 12 1° 20 7° 4 7° 4 50 ----------------4 7° 4 5° 8 7° 8 6° 6 30

8° 11 °

3 8° 3 4° 10 8° 1 26 3 10° ----------------1 8° 3 6° 6 9° 2 12 - 10°

14°

- 11°

- 13°

12°

- 12°

6° 15°

6 15°

8a Grande Rio 9a Unidos da Tijuca 1Da União da Ilha Império Serrano 11 a Caprichosos de Pilares 12a Tradição

16°

8

12

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52

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8

1 8°

3

08

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2 10°

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-

06 06

13°

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- 10°

1

9° - 12°

2 11°

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- 11°

- 12°

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Samba de graça Quem não for ao Sambódromo, também pode assistir a desfiles de Escolas de Samba em outros pontos da Cidade. Acompanhe o roteiro.

GRUPO DE ACESSO C Domingo - Av. Rio Branco, às 20 horas 1 Acadêmicos do Sossego

2 Alegria da Zona Sul 3 Unidos de Lucas 4 Acadêmicos do Engenho

5 6

7 8 9 10

11 12

da Rainha Moádade de InhaÚIna União do Parque Curiáca Moádade de Santa Marta Unidos de Padre Miguel Arrastão de Cascadura Canários das Laranjeiras Imperial Unidos do Anil

GRUPO DE ACESSO D Segunda-Feira, Rua Cardoso de Moraes, Bonsucesso, 20 horas 1 Acadêmicos da Abolição

2 Acadêmicos da Barra 3 Acadêmicos do Cabral 4 Sereno de Campo Grande 5 Unidos da VIla Santa Teresa 6 Boêmios de InhaÚIna 7 Arrastão de São João 8 Infantes da Piedade 9 Acadêmicos de VIgário Geral 10 Mocidade de J acarepaguá 11 Mocidade de VIcente de Carvalho 12 Unidos de Manguinhos

GRUIPO DE ACESSO E Terça-Feira, Rua CanIoso de Moraes, Bonsucesso, 20 horas 1 2 3 4 5 6 7

Unidos do Uraiti Delírio da Zona Oeste União de Vaz Lobo Gato de Bonsucesso Arame de Ricardo União de Guaratiba Acadêmicos do Dendê 8 Unidos do Valéria

@ 17


Com a vitória alcançada no Carnaval passado, a Imperatriz Leopoldinense passa a ser a maior vencedora desde a fundação da Liga Independente, tendo conquistado cinco campeonatos no Sambódromo. Em segundo lugar vêm a Mangueira e a MocidadeIndependente,mmquatrotítulos cada uma. Depois, é a vez de. Vila Isabel, Estácio de Sá, Salgueiro, Viradouro e BeijaFlor, com uma vitória. Até então, nenhuma agremiação conseguiu colecionar três títulos consecutivos - o tricampeonato - chance que se apresenta pela segunda vez à Imperatriz.

Ano passado, a Imperatriz conquistou o quinto título no Sambódromo

ANO

ESCOLA

ENREDO

1984 (*)

Mangueira Portela Mocidade Independente Mangueira

Yes, nós temos Braguinha Contos de Areia Ziriguidum 2001, Carnaval nas Estrelas

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000

Mangueira

Caymmi mostra ao mundo o que é que a Bahia e a Mangueira têm No Reino das Palavras, Carlos Drummond de Andrade

Vila Isabel Imperatriz Leopoldinense

Kizomba, Festa da Raça Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós

Mocidade Independente Mocidade Independente Estácio de Sá Salgueiro

Vira, virou, a Mocidade chegou Chuê ... chuá... as águas vão rolar Paulicéia Desvairada - 70 anos de Modernismo Peguei um !ta no Norte

Imperatriz Leopoldinense Imperatriz Leopoldinense

Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajéres Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube ... Lá no Ceará

Mocidade Independente

Criador e Criatura Trevas! Luz! A explosão do Universo Chico Buarque da Mangueira Pará - OMundo Místico dos Caruanas nas Águas do Patu-Anu Brasil, mostra sua cara em ... "Theatrum Rerum Naturalium Brasilae " Quem descobriu o Brasil foi Seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval

Viradouro Mangueira Beija-Flor Imperatriz Leopoldinense Imperatriz Leopoldinense

(*) - Em 1984, duas Escolas foram apontadas como campeãs: a Portela, vencedora do desfile de Domingo, e a Mangueira, vitoriosa na Segunda-feira. Num tira-teima

no Desfile das Campeãs, a Estação Primeira foi eleita supercampeã.



e

s ete c

e canautes, mais de

Mais de 28 Ril componentes faIIasiados e mais de 50 CêIITOS alegóricos estarão cruzando os 590 melros da Passarela nas nove pimeiras horas de espetáculo - RÍmeros que se repetirão na segunda metade do desfile, na Segunda-Feia Nas arqlibancadas, cadeiras, frisas

Ida /

20h05 (Correios)

Entre 22h05 e 22h20 Entre 23h10 e 23h40

Unidos da Tijuca

21 h1 O (Balança)

Entre Oh 15 e 1 hora

Salgueiro

22h15 (Correios)

Entre 1h20 e 2h20

Mocidade

23h20 (Balança)

Entre 2h25 e 3h40

Portela

65 ri pessoas estarão empestando a sua vlJração para que os 80 ninutos paagem de cada Escola sejam de intensa emoção. ÉBim que se faz oMaior Espetáculo da rena ~ oroteiro da lJimeira parte do shovL



BIIJ 'I

'~incrível

nspirado no livro e /àscinante história do Capitão Mouro ", de Georges Bourdokan, o enredo narra a aventura de um personagem que, por uma série de acasos, acabou tendo participação num momento importante da História do Brasil. Seguindo um preceito do Islã ( resignação à vontade de Deus), o árabe nunca se revolta contra a vontade de Alah e, pelo menos, uma vez na vida deve ir à cidade de Meca, em peregrinação, para agradecer o dom da vida, O capitão mouro não chegou a conhecer a cidade sagradá. Em combate com piratas, seu navio naufragou. Foi resgatado por um mercador judeu e com ele veio parar no Brasil. Fugindo à perseguição religiosa, refugiaram-se no Quilombo dos Palmares, misturando-se a ne gros e índios que lutavam pela liberdade . O mouro ensinou táticas de guerrilha para conter o ataque das tropas portuguesas; o judeu insta22 lou um sistema educacional naquele reduto.

@

Para agradecer o sublime dom da vida, o viajante deixou as terras de Granada e acabou naufragando. Descobriu que a sua Meca estava no Brasil


Cante com a gente Um mouro no quilombo: isto a História registra Autores: César Som Livre - Kleber Rodrigues - David Lima - Cláudio Martins Intérprete: Ciganerey Pra agradecer

O dom da vida Omais sublime dom de Alah No mar, um bravo mouro se aventurou Ao risco de tenebrosas tormentas Piratas, batalhas sangrentas Mas naufragou E o destino lhe sorriu Nas mãos de um salvador O trouxe pro Brasil... de Zumbi Ê ô Zumbi Todo o quilombo, coragem É força pra resistir É fé que vem acudir É a fibra que brota em ti... Palmares Assim surgiu Odesejo de escrever A própria história Equem quiser chegar Pra construir essa vitória Um povo mais feliz

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Justiça e igualdade Tu és meu sonho, Tuiuti Tens um destino a cumprir É brilhar no carnaval No desfile principal Todo o poVO a te aplaudir q

Zebra é mascote A Meca do Tuiuti era che!!ar ao Grupo Especial. Fundada em 5 de abril de 1954, resultante da fusão das antigas Paraíso das Baianas (1940) e L nidos do Tuiuti (1933), do _forro do Tuiuti, São Cristóvão, Escola atravessou muitas di-

ficuldades . Por seis vezes esteve por enrolar a bandeira e cerrar as portas de sua quadra, no Campo de São Cristóvão. Em 93, foi parar o Grupo C - a terceira divisão do Acesso. Desde então, vem empreendendo uma incrível recuperação até

conseguir o seu lugar entre as superescolas do samba carioca. A crônica considerou o vicecampeonato no Grupo A, em 2000, uma autêntica zebra - animal que a agremiação passou a 23 adotar como mascote.

e


"Tu és meu s um

VELHA GUARDA - A Meca do Sambista Ala 33 - A Meca do Tuiuti

Ala 32 - A Meca dos índios e Negros

Diretores de Harmonia

o motorista de táxi Paulo Maurício do Nascimento, 34 anos, e o aposentado Ivan Freitas, 65, têm a responsabilidade de organizar SETOR 4 ;

I I

o desfile. Paulo já foi diretor de bateria, tendo passado pela Unidos da Tijuca e Lins Imperial; Ivan foi passista do Império Serrano

.,Iegoria 4 Africa Livre

SETOR 3 ;

Alegoria 3 Judaismo

Mestre de Bateria

o percussionista Renato Marins, 27 anos, Mestre Thor, é cria do Morro do Tuiuti. Já foi o segundo mestre-sala da agremiação e participou do conjunto musical de Ivo Meireles

FIQUE POR DENTRO Sede Telefone Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga Comp. Mais Antigo N° de Crianças Acomp. do Intérprete Rainha da Bateria Destaques Personalidades INFOGRAAA: Cláudio Roberto

Campo de São Cristóvão, 33, São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ - CEP 20.921-440 (21) 3860-6298 www.paraisodotuiui.com.br 3.800 30 130 Dona Ruth, 76 anos Ênio Paranhos, 73 anos 100 Eliane Faria e Di Menor Di" Costa Jussara Fragoso, Jorge Caribe, Tereza de Aquino, Paulo Coutinho e Sandoval Gomes Lea Garcia, Robson Caetano, Eduardo Moscovis

Diretor de Carnaval

o jornalista Waltinho Honorato, 35 anos, é o grande articulador da agremiação. Foi ritmista e compositor na Imperatriz e na São Clemente. Faz pós graduação em Marketing na Fundação Getúlio Vargas


nho, Tuiuti. Te estino a cump r" Presidente

o metalúrgico Amarildo de Souza

Felipe, 39 anos, nasceu no Morro do

Tuiuti e pertence a uma das famílias mais tradicionais do lugar. Desfila desde criança, mas não sabe compor, cantar, nem sambar. Porém possui um grande espírito de liderança

Carnavalesco

o programador visual Paulo Menezes, 36 anos, dá seqüência aos temas , históricos que a Escola vem desenvolvendo nos últimos camavais. E artista de grande criatividade

CALDAS Mestre-sala e Porta-bandeira

arquinhos Sorriso, 28 anos, e Cristiane Caldas, 17, defendem o pavilhão azul e amarelo. Ele já esteve na Caprichosos de Pilares, j ns Imperial e Villa Rica; ela, na Vizinha Faladeira, e foi a primeira classificada na escolinha do Professor Manoel Dionísio

a grande chance de rey. intérprete que fez

em diversas agremiações -rupo de Acesso. Passou pelo , Engenho da Rainha e icos do Dendê


~

DESFILE do SECULO PARAíso DO TUIUTI - SAMBÓDROMO,

2000

Um monarca na fuzarca o grande objetivo era fazer um desfile que garantisse um lugar entre as oito primeiras classificadas, já que as quatro últimas seriam rebaixadas para o Grupo B. No meio da apresentação, porém, os componentes sentiram que dava para brigar e aí mesmo é que usaram toda a garra. A grande incógnita era a resposta do público, pois os relógios marcavam quase 9 da manhã e a Avenida estava praticamente vazia - a Tuiuti fora a última a se apresentar. Vida e obra de D. Pedro lI, o filho mais ilustre do bairro de

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I

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.) v.

opúblico foi embora cedo e não percebeu que a "zebra" seria a última a entrar São Cristóvão, foram mostradas de forma inteligente. Todos os desfilantes sabiam que

tinham dado conta do recado. Sem a vibração do público, porém, voltaram para casa

com uma grande preocupação: consegUIrIam permanecer no Grupo A?

Surpresa na apuração

Graça e leveza para homenagear D. Pedro /I

Na Quarta-Feira de Cinzas, durante a apuração, aconteceu o pior. Enquanto o locutor lia as notas, os diretores da Tuiuti se atrapalharam no preenchimento dos mapas e acabaram se perdendo. Sabiam que o Império Serrano havia disparado em primeiro lugar. Imaginavam que a briga pela segunda vaga estivesse entre a São Clemente e a Em

Cima da Hora. Quando acabou a contagem, o presidente Amarildo foi cumprimentar os dirigentes da Em Cima da Hora, pensando que a azul e branco vencera a disputa. Foi quando o diretor de carnaval da Liesa, Valter Lopes, deu a boa notícia: - Ei, foram vocês que subiram - a comemoração começou ali mesmo.



,

10 la 1I=:1ho de imigrantes gregos de poucos recursos. Sílvio Santos nasceu na Lapa, no Riode]aneiro. Tenacidade, a certeza de progredir, muita imaginação e o desejo de ganhar dinheiro moldaram a sua personalidade, tendo sempre a sorte como grande companheira. Começou trabalhando como camelô na esquina mais movimentada do Rio, no cruzamento da avenida Rio Branco com rua do Ouvidor. Aos 18 anos, Sílvio vislumbrou um grande negócio na Cantareira, que fazia a travessia Rio-Niterói. Instalou um sistema de som na barca, fez anúncios e começou a vender cerveja e refrigerantes aos passageiros. A grande chance de sua vida, porém, surgiu quando ingressou na Tv. Sílvio recuperou a credibilidade e expandiu o carnê que distribuía prêmios, enquanto o seu programa se consolidava nas tardes de domingo.

O CameIO #ta

Sílvio Santos é exemplo de vi Começou uma pequena lo em Madurein onde fez amiza com Natal, acabou

num poderosos da brasilei


Cante com a gente

o Homem do Baú -

ia é domingo, é alegria,

vamos sorrir e cantar! AIltares: Lourenço - Adalto Magalha térprete: Celino Dias ~ha

que glória, que beleza de destino

:Jra esse menino Deus reservou, Ô Ô

=e cresceu, ele venceu, vive sorrindo mmuito orgulho foi camelô sceu na Lapa - Rio de Janeiro ~e artista é o enredo da nossa Tradição - .do rádio, minha gente ..: ife na televisão, oi patrão =~ o dia mais contente, a alegria do povão ~ é o prêmio, Lombardi? Diz aí :. ai é a música, quem sabe? Canta aí :':Jem quer dinheiro? : aviãozinho vai subir . has colegas de trabalhoQue beleza de ; itório! re a Porta da Esperança .: Namoro na TV :ma noite, Cinderela .: sto de você =:71 nome do amor = quero morrer de prazer .2iá, laiá, oi .2iá, laiá, oi .: !Im baú de felicidade ~os cantar ~os brincar ~os sorrir - omíngo, é alegria - '0 Santos vem aí

Amigo de Natal Foi na rua Carvalho de Souza que o Homem do Baú . abriu a sua primeira loja - e que ainda está lá. Na época, o presidente Nésio Nascimento tinha apenas cinco anos, mas lembra da amizade entre o seu pai, o Natal da Portela, e o comerciante, hoje dono do SBT. O enredo estava no bolso do colete desde 1997 e seria realizado no último carnaval, não fosse a

decisão da Liesa e Riotur em promoverem um desfile temático sobre os 500 Anos do Descobrimento. A grande expectativa é sobre a participação do homenageado. Sílvio permitiu a realização do enredo com uma condição: ele não estaria obrigado a desfilar. A direção da Escola, no entanto, está convicta em vê-lo no abre-alas, sob as asas do condor.

Gugu liberato e Hebe Camargo garantem presença no desfile. A apresentadora foi eleita pelos ritmistas como madrinha da bateria


Presidente

O comerciante Odnir José do Nascimento, o Nésio , 51 anos, foi quem liderou, em 1° de outubro de 84, o movimento de dissidência da Portela para a fundação da nova agremiação. Filho do lendário Natal, Nésio traz muitas recordações de sua ex-Escola, como o enredo Contos de Areia, que ajudou a fazer. Atualmente, integra a diretoria da Liesa como primeiro-secretário

Carnavalesco

O figurinista Orlando Júnior começou na Unidos da Ponte, transferiu-se para ê Unidos de Lucas, depois passou pela Lins Imperial Arrastão de Cascadura. Está na Tradição há cinco anos

: SETOR 4

CELlNO DIAS

I

Intérprete

I

I

SETOR 3

Celino Dias faz a sua estréia como puxador oficial. Vem do Salgujeiro, onde era o segundo intérprete : SETOR 2

I I

SETOR 1

Alegoria 1 Abre-alas O Homem do Baú

NEY NASCIMENTO Diretor de Harmonia

Ney Nascimento é irmão do mestresala Julinho, ambos filhos do lendário Velha, da Portela. Era responsável pela escolinha de mestres-salas e portabandeiras mirins e agora assume responsabilidade maior, conduzindo o desfile da azul e branca


Ala 32 - Amigos do Sílvio Santos

DACOPÊ

Mestre de Bateria

"~ ~ f..!(1t!

Ala 31 - Amigos da Tradição

~arda portuário Adilson Teixeira dos Passos, o Dacopê, 42 anos, começou

Ala 30 - Sabadão Sertanejo '''I,:[

f..!(1

la

Ala 29 - Alegria de Viver ..,

:0010 ritmista na Portela e mantém o

::ornando da bateria da Tradição há 12

SETOR 7 ;

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I I

I SETOR 6 I

A.la 28 -

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Alegoria 7

I:

~;~a~~ está

18

SETOR 5

A/a 27

A/a 26 -Pfi' A.la 25 -Ern No eSldente rn - Progratne do Arnor a Livre

FIQUE POR DENTRO Sede

estre-sala e Porta-bandeira

-"".-----,=nn de Educação Física Júlio César da

"aiil;ãc Nascimento, o Julinho, 27 anos, e sua bilíngüe Daniele Nascimento, viva uma tradição de família. Ele é :o - a. fil ha de Wilma Nascimento, o Cisne da :lançam juntos desde crianças e jamais ...,~~: - outra Escola ,=",,,",,,,r m i' c::t,,

Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga N° de Crianças Acomp. do Intérprete Rainhas da Bateria Destaques Personalidades

Estrada Intendente Magalhães, 160, Campinho, Rio de Janeiro, RJ - CEP 21341-330 www.geocities.com/grestradicao

3,200

28 150 Neuza Coelho, 67 anos

150 Max Jr. e Vinícius(cavaco), Flávia, Renata, Paulo e Jorge (vocal), maestro Celso Santana Adriana Bombom e Babi Vilma Nascimento, Helena Cardoso, Jussara Calmon e NiI Hebe Camargo, Gugu Li berato , Carla Perez e Lúcio Mauro INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


~

DESFILE do SECULO TRADiÇÃO

-

SAMBÓDROMO,

1994

Passarinho, Passarola o

sonho de voar acabou virando realidade quando o público que lotava as arquibancadas vibrou com o refrão. À medida que a Tradição avançava, a animação ia contagiando. A car-

navalesca Lícia Lacerda deu um show de bom gosto e criatividade com figuri nos que lembravam todos os seres alados, desde o símbolo da escola, o condor, flutuando no abre-alas.

o

enredo mostrava o mundo fantástico de Júlio Verne, o mito de Dédalo e Ícaro e a fantástica invenção do brasileiro Bartolomeu de Gusmão, a passarola, uma caravela voadora. Lá estavam também

Santos Dumont e seu 14 Bis, que contornou a Torre Eiffel, assombrando os franceses. A colocação poderia ter sido melhor, mas o sexto lugar foi bastante festejado pela comunidade do Campinho.

Saudades de Pepê N o quarto setor da Escola, uma homenagem que tocou a todos. Entre balões, dirigíveis, pára-quedas e outras geringonças voadoras inventadas pelo homem, estavam também as asas-delta, símbolo da saudade de Pepê. Na alegoria Praia do Pepino foram instaladas duas asas verdadeiras, que sobrevoavam outros objetos voadores muito bem identificados, como as mulatas-aviões do Sargentelli.

A asa-delta assinala uma homenagem a Pepê, encerrando o mais alto vôo da Tradição



-dai oeae #

o

menino Nelson nasceu no Recife dos maracatus em agosto de 1912 e, já aos 13 anos, levado pelas mãos do pai, Mário Rodrigues, mIClava no Jornalismo. Em plena adolescência, conheceu o mundo cão, escrevendo reportagens policiais. Foi quando teve contato direto com a morte, que tanto o apavorava em cnança. N os anos 30, dedicou-se ao teatro. Atribl)Ía,, · · w .,-;" a seus personagens toda sortt de

A visão de Nelson tocava fundo na alma brasileira, transportando para o teatro cenas vividas entre quatro paredes

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miséria ou riqueza. Eram adolescentes, esposas, maridos, amantes, cunhados, tios, pnmas, padres e sogras arrastados pelas tramas da vida. Como ela é. Polêmico, ácido, genial. N as páginas dos matutinos, no teatro, no cinema ou na TV, Nelson Rodrigues revelou o outro lado da alma brasileira . Sua produção é incomparável. Deixou para as gera ções futuras o · -d(~'safio da reflexão. E a coragem '. . assu~ir a própria verdade:

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Cante com a gente TlJuca com Nelson Rodrigues pelo burac da fechadura Autores: Vicente das Neves - Gilmar Douglas - Toninho Gentil - Wantuir Intérprete: Wantuir Fez a vida como ela é Desenhou com arte o melhor que viu Profano ou querubim Mostrou que o mundo é mesmo O meu universo é Nelson À terra do frevo eu vou Aos amores mando um beijo Do mais puro ao sedutor Com a essência da verdade sem Nelson Rodrigues teu pecado é E a Tijuca apaixonada Traz este gênio jornalista e escritor Gira, gira, no meu verso, quero ver Mesmo sem pornochanchada Vem gargalhar A Dama do Lotação Flor de obsessão Sem preconceito, sem censura Luxúria, volúpia talvez Será castigada a nudez Fantasia, loucura sobrenatural Neste asfalto selvagem Eu faço a viagem no meu carnaval Foi na visão do teu olhar, no meu Que eu enxerguei a vida Nosso show está no ar Teatro, cinema, TV O futebol é devoção, É meu prazer


I

A Lapa serviu como um mestrado de ciências sociais para o carnavalesco Spinosa. Ali, conheceu em carne e osso os personagens que o dramaturgo imortalizou em sua obra

Laboratório na Lapa Para tentar enxergar o undo sob a ótica de Nelson, carnavalesco Chico Spino- teve que se despir de seu eitão paulistano. Alugou um ::at na Lapa, coração da boe.a carioca, e ali residiu durante seis meses, convivendo om personagens que fre-

qüentam a obra do dramaturgo. Conversou com bonitinhas (mas ordinárias), cafetões, cafetinas, madames que circulam em cabarés, prostitutas, travestis, incautas donas-de-casa, malandros e torcedores apaixonados. Eles estavam todos ali, entrando e

saindo de hotéis de quinta categoria, sinucas, gafieiras, farmácias e botecos. Pinçou os tipos mais exóticos, transportando-os para os diversos momentos do enredo, fazendo uma mistura entre anônimos e artistas, que ficaram famosos interpretando-os no palco.


"E a Tijuca apaixona gê io jornalista e e FE

Presidente

o industrial português

c

Carnavalesco

Muita criatividade e utilização de materiais não convencionais. Estas são as marcas registradas do paulistano Chico Spinosa, que estreou em 92, na Estácio, depois passando pela União da Ilha e a Vai-Vai

Fernando Horta, 48 anos, costuma brincar dizendo que entrou no samba " por descuido". Mas é um apaixonado por sua Escola, vivendo o seu dia-a-dia nos últimos 16 anos. Entre as grandes emoções na Avenida, fica a de 1999, quando venceu o desfile do Grupo de Acesso, retornando ao Especial

SETOR 6

1

I

I

I

Alegoria 5 Crônica Dama do Lotação

FIQUE POR DENTRO Sede

Clube dos Portuários - Av. Francisco Bicalho, 47 - Santo Cristo, Rio de Janeiro, RJ - CEP 20220-310 (21) 516-4053/233-8976 www.unidosdatijuca.com.br 3.500 30 130 Ana Ferreira Santos, 78 anos

Telefones Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga Comp. Velha Guarda 42 Comp. Mais Antigo Severina Cobel, 85 anos N° de Crianças 150 Acomp. do Intérprete Marquinhos Sete Cordas, lvinho (cavaco) e Mingau (banjo) Fábia Borges Rainha da Bateria Destaques Carla Horta, Hilario Borges Filho, Amanda Marques, Rosana Oliveira Viviane Araújo, Waleska, Jaime Aroxa e Deise Nunes Presonalidades INFOGRARA: Cláudio Roberto

Diretor de Harmonia

o

marceneiro e decorador Vlaudemir Gomes de Souza, 38 anos, Candimba, comanda o Departamento de Desfile e Harmonia há três anos. Já passou pela Grande Rio

Mestre de Bateria

o

vendedor Marcelo Campos Silveira, 29 anos, o Gelinho , está no comando da bateria Borel há dois anos. Nasceu mesmo e é cria da Bateria


traz esse itor" - :Jaixão pela Escola eçou em 1998, quando enageou o centenário do 'a5CO da Gama. Como futebol e a costumam caminhar -'os, Eurico .Miranda acabou mindo o cargo maior da ::gemiação

Intérprete

o

ex-agente oficial de estação e telegrafista da rede Ferroviária, Wantuir de Oliveira Tavares, 43 anos, estréia na Unidos. Já passou pela Estácio, Imperatriz, Grande Rio, Cubango, Porto da Pedra e Tradição SETOR 4

Alegoria 4 Teatro

PAU

Mestre-sala e Porta-bandeira

o dançarino Paulo Roberto, 39 anos, e a

1 1

1

estido de Noiva

Alegoria 3 Flor de Obsessão

costureira Gleice Brito de Oliveira, 27, Gleice Simpatia, defenderão, mais uma vez, o pavilhão azul e amarelo. Ele já passou pela lha, Portela e Tradição; ela começou no Balanço de Lucas, passou pela Estácio, Engenho da rainha e São Clemente SETOR 3 ' 1

Alegoria 2 Jornalismo A Tragédia

SETOR 2 : 1

I

SETOR 1

1

1

1

1

: Alegoria 1 Abre-alas 1

1 1

Pelo Buraco 1 da Fechadura :

1

1


~

DESFILE do SECULO UNIDOS

DA TIJUCA

-

SAMBÓDROMO,

1999

Era uma noite em que tudo deu certo, como se a natureza estivesse protegendo os primeiros brasileiros

odono da Terra

Foram notas 10 de ponta a ponta, com o louvor de levar para a Avenida o melhor samba do ano. A Unidos da Tijuca foi campeã do Grupo de Acesso A fazendo um desfile digno de Grupo Especial,

mostrando que o tropeço no ano anterior não passou de um descuido. O enredo era a segunda parte de .uma trilogia criada pelo carnavalesco Oswaldo Jardim, iniciada com a história de Vasco da Gama e ter-

minada no ano passado, com a Terra dos Papagaios - um trabalho brilhante de Chico Spinosa. A Escola do Borel parecia uma gigantesca tribo, misturando-se à vegetação e à fauna da

Amazônia. Cada detalhe era bem explorado e não faltou ousadia do carnavalesco para exaltar o mundo sagrado dos indígenas dentro da festa profana. Foi uma apresentação perfeita, para ficar na história.

A resposta da Natureza Algumas coincidências pontuam a conquista tijucana. A primeira delas estava no samba. Sem que houvesse qualquer menção na smopse, os compositores criaram o verso: "Se a lua for minguante, eu peço proteção" . Na noite do desfile, a lua era minguante. Outra estava na alegoria

da floresta, feita com galhos secos e argila. O carro estava pronto, mas faltava uma árvore para completá-lo. Ela seria trazida do Borel. Mas desabou um temporal e caiu um raio nas proximidades do barracão, derrubando uma árvore. Acabou sendo a escolhida - sabe-se lá por quem ...



r N as terras e no mar de Xarayés surge a civilização do Pantanal Matrogrossense, num mundo vasto, tão grande que os olhos não conseguem alcançar. Neste universo de água, de flora e fauna incomparáveis, o enredo sugere que façamos uma viagem ao imaginário que reina nas profundezas dos afluentes e igarapés alimentados pelo rio Paraguai. A história das nações indígenas que habitavam a região é fascinante. Os Guaikuru mantinham intercâmbio com o Império Inca, percorrendo um estreito caminho calçado de pedras que ligava latins, no atual MS, à cidade de Cuzco, na Cordilheira dos Andes. O Pantanal é o Santuário Ecológico da Humanidade por sua exuberância, pela riqueza de sua gente e recursos naturais, pelas lutas que pregavam a independência do homem e a liberdade de espírito. É um dos mais significativos ecossistemas do planeta.

B

Planet

Do vôo do tuiuiú ao garbo da onça, a pujança pantaneira

N as três vezes em que sobrevoou o Pantanal, o carnavalesco Mauro Quintaes ficou impressionado com a imensidão do que um dia foi chamado de Mar de Xarayés. Desde então, seu objetivo é transpor esse clima para a avenida. Dos sete carros alegóricos, a água será o principal elemento em cinco deles. A Escola contratou uma em-


Salgueiro no Mar de Xarayés, é Pantanal, é Carnaval Alltores: Augusto - Zé Carlos da Saara Rocco Filho Intérprete: Nego Um sonho me levou Com o Salgueiro a navegar Na chalana da ilusão Pelo mar de Xarayés Linda aquarela Fui ao Império do Sol Por pedras encravadas pelo chão Caminho da paz e da cultura Que uniu as civilizações Ea Passarela vira um mar de amor Canta; Salgueiro E o Pantanal vai dando um show de cor Enfeitiçando o mundo inteiro Heróico Guaycuru Um galopar de liberdade Um dia o Pantanal chorou, chorou, chorou E floresceu brasilidadeLá se vai o predador Ea cobiça do invasor Pantaneiro canta e dança , Num mar de felicidade Conta lendas castelhanas Me embala neste teu sonhar (teu sonhar) Sinto a falta do teu cheiro É gostoso teu tempero Oh, morena, morená , Voa, voa, tuiuiú, beleza! Deixem em paz a arara azul e a natureza O Salgueiro na avenida é emoção A voz mais alta em nome da preservação

,

gua

presa especializada para di-ersificar as formas de apre-entação da água, seja em queda, simulando cachoeiras e corredeiras, através de tubos de acrílico transparente, em piscinas, chafarizes e spray, com mICro-aspersores. Cada carro transportará qua0'0 mil litros, o que proporcionará um volume total de _Otoneladas.

As águas abrangem onde os olhos já não alcançam. É lá que a natureza guarda o seu tesouro


Presidente

Salgueirense de quatro costados, o presidente Luiz Augusto Duran, o Fu, faz sua estréia à frente da nação vermelha e branca. Sua proposta é justamente a de unir a Escola para reviver um tempo de glórias

MIRQ GARCIA Presidente de Honra

Waldemir Garcia, 74 anos, é o grande almiran do contingente salgueirense. Está na Escola desde 1984 e vive. sua maior emoção no Camaval de 93, quando foi campeão com Pegue

um Ita no Nort ' SETOR 3 ' Penísula Ibérica ' (Portugal e Espanha)

o artista plástico Mauro Quintaes está p~rfeitamente

,

entrosado com o jeito salgueirense de ser. E o seu terceiro carnaval na Escola. Começou na Vila e já passou pela Ilha, Imperatriz, Viradouro, Caprichosos de Pilares e Porto da Pedra

Alegoria 3 Nação Guaykuru

Mestre de Bateria

o fiscal da Comlurb, Lourival de

Souza Serra, o Louro, 52 anos, participou de todas as conquistas salgueirenses. C~meçou aos 5 anos, na Ala Moleque E Tu, e ainda se lembra da fantasia de palhacinho. Está no comando da bateria há 29 anos 'SETOR 1

~SETOR

2

,' Nação Guaykuru

I

Mar de Xarayés e Império Inca

I

NEGO

Intérprete

Irmão de Neguinho da Beija-Ror, o cantor e compositor Edson Feliciano Marcondes, o Nego, 45 anos, é dono de três Estandartes de Ouro. Começou na Beija-Flor, projetou-se na Unidos da Tijuca, consagrou-se na Grande Rio e agora estréia no Salgueiro


Alegoria 6 Fauna e Flora

SETOR 6 - Santuário Ecológico da Humanidade

RONALDINHO E MARCELA Mestre-sala e Porta-bandeira

~_'lCionário público

Reinaldo Alves Teixeira, o dinho, 33 anos, e a bailarina Marcella de Oliveira

, 1 7, também estréiam na Escola. Ele já conquistou

=5standartes de Ouro. Ronaldinho já passou pela

_ . da Tijuca, Salgueiro, Ponte, Caprichosos, São te, Cubango e Grqnde Rio; ela, pela Lins Imperial 'chosos de Pilares

Alegoria 5 Lendas e Folclore AJa 3J. 8eSo lJros R. aros

,SETOR 4 , Lendas e Folclore

,

Ala 30 - Aves Pantaneiras

FIQUE POR DENTRO Sede

GUILHERME NÓBREGA Diretor de Harmonia

O corretor de imóveis Guilherme Nóbrega, 49 anos, é cria do carnaval de rua. Começou no Bafo da Onça e passou' pelo Cacique de Ramos. Durante 22 anos desfilou no Salgueiro. Esteve na Viradouro durante seis anos e agora retoma à Escola do seu coração

Telefones Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga Comp. Velha Guarda Comp. Mais Antigo N° de Crianças Acamp. do Intérprete Destaques f'ersonalidades

Rua Silva Teles, 104, Andaraí - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-110 (21) 238-5564/ 570-5232 www.salgueiro.com.br 4 .500

39 170 Tia Zuleica, 80 anos 85 Carlos Eliandro, o Birrolha, 86 anos 200 Fred e Bichinho (cavaco), Jorge Simas (sete cordas) Sabrina Garcia, Júlio Machado, Atiê Cury, Ludmila Aquino, Monique Lamark O governador Zeca do PT e todo secretariado do estado de Mato Grosso do Sul, Valéria Valenssa, Tetê Spíndola e Ronaldinho Gaúcho INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


.li

DESFILE do SECULO ACADÊMICOS DO SALGUEIRO - SAMBÓDROMO 1993

Peguei um Ita no Norte Há 18 anos que a família salgueirense sonhava com um título. A vermelha e branca fizera carnavais maravilhosos nesse período e, por algumas vezes, sentiu a vitória escapar por entre os dedos. Mas agora parecia diferente. Antes de empolgar na avenida, () samba estourara nas arquibancadas do Maracanã: "Explode, coração! Na maior felicidade ..." O Salgueiro explodiu. A reação do público foi fantástica. Pouquíssimas vezes uma Escola conseguiu fazer com que a galera vibrasse de ponta a ponta, do setor 1 àApoteose, como naquela noite. Elevado ao cargo de Almirante, o presidente de honra, Miro Garcia, ia à frente, puxando o lta. O show à parte foi a bateria de Mestre Louro, o tempero de todo o delírio - que resultou em mais um campeonato.

Ao povo, com carinho

o /ta zarpou levando consigo a emoção salgueirense, colorindo e sacudindo a cidade

Miro Garcia ficou empolgado com a vitória. Semanas depois da conquista, reabriu os trabalhos com vistas ao bi. Marcou uma reunião na quadra, para que o carnavalesco passasse o enredo à ala de compositores. Mário Borriello fez uma exposição minuciosa do tema que exaltaria o Rio de Janeiro, enquanto o patrono ouvia a tudo, atentamente. Em determinado momento, Miro interrompeu e disse aos compositores: "Eu só queria pedir um favor a vocês. Façam um refrão para agradecer a 'força ~ue o povão nos. deu. A gente deve esse campeonato a ele" .



A

Paz, ideal sublime que no_ faz pensar em um mundo sem dor e guerra, onde todos se ajudem e se amem, é a mensagem do enredo. Mundo onde o respeito e a amizade, a dedicação e o amor estabeleçam padrões de igualdade de direitos, e todas as classes sociais possam conviver em harmonia; onde todo: se estimem e as fronteiras entre as raças e países sejam abertas, sem armas ou barreiras; onde a política seja utilizada visando o bem de todos n sagrado ministério do progresso. A todo momento há escolhas que devem ser feitas. Cada um traça seu caminho, seja para o bem ou para o mal. Se analisarmos o conflito através dos meios de comunicação, a impressão é de que mal prospera, disseminado pela violência. Dal a necessidade de despertar uma consciênc i a mais leve, h onesta e bem-humorada. Só assim entenderemos que viver é uma bênção I

oenredo prega a compreensão .entre os homens para que o caos social seja resolvido com amor e solidariedade, em nome de um futuro melhor


CaRte com a gente paz e harmonia, Mocidade é alegrial Autores: Joãozinho - Marcelo do Rap - Domenil - J. Brito Intérprete: David do Pandeiro

: -- erta uma luz, lá do céu clareou _- 'Xio o céu e a terra - ' ado eu vou, :c me abraçar! "Felicidade!" = ei amor no coração =":.ou a paz na humanidade beijo e um aperto de mão ~ ejo o bem vencer o mal cC. ocidade a alegria - _ u de mal com a tristeza povo em plena harmonia :; uero amar! Amor eu vou =~ feliz nessa paixão a arma é alegria uistei seu coração

É bom meu país sem guerra Foi brincando com a terra Que a criança se encantou Na luz do sol da primavera Éa flor da nova era que desabrochou Me embala num só coração Onde amar e ser amado Vem de Deus essa missão Nos olhos dos anjos da terra Acendeu a luz eterna Da bondade e da razão Explode o amor É carnaval Omundo se abraça Pela paz universal

oespírito de Gandhi reinará na coesão da bateria

Dica do padre o objetivo de Renato Lage

eservação dos imônios naturais é um promisso de todos

e Márcia Lávia, sua mulher e assistente, era fazer um enredo humanista para celebrar a chegada de 2001 e, com ele, a de uma nova era. A ONU já havia declarado que seria o Ano Internacional por uma Cultura de Paz, quando o casal recebeu uma curiosa carta enviada pelo padre Marcelo Guimarães, de Porto Alegre, RS. O religioso sugeria a criação de um enredo que pregasse a paz como solução fundamental para os problemas modernos. Padre Marcelo enviou diversos artigos . Alguns deles serviram como base para o roteiro do desfile, notadamente as máximas de Santo Agostinho .

Os ensinamentos de Betinho fortalecem a harmonia

A concentração do Dalai aprimora a determinação


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Mundo

Ala 28 - Coraçáo do Mundo

W' Ala 27 - Arlequim

r; Ala 26 - Festa de Momo r; Ala 25 - Faça Amor, não faça a Guerra

JosÉ ROBERTO TENÓRIO Presidente

Funcionário do Museu Histórico"Nacional, o alagoano José Roberto Tenório, 55 anos, está na verde e branca há 21 anos, quando começou como integrante da Ala Oba-Oba. Para ele as emoções se renovam a cada ano, quando a Escola entra na avenida e faz a galera vibrar

SETOR 6 Alegre-se, não leve as coisas tão a sério

RENATO LAGE Carnavalesco

SETOR 4' Universo Infantiil I

I

FIQUE POR DENTRO Sede

Rua Coronel Tamarindo, 38, Padre Miguel, Rio de Janeiro, RJ - CEP 21870-000 (21) 3332-5823 Telefone www.mocidadeindependente.com.br Site 4.000 Componentes 28 N° de Alas 120 N° de Baianas Laudelina da Silva Braz, 74 anos Baiana Mais Antiga Paulo Afonso de Paula, 86 anos Comp. Mais Antigo 100 N° de Crianças Dudu e José Mauro (cavaco), Jorge Simas Acomp.do Intérprete (sete cordas) e Felipe (pandeiro) Mônica Paulo Rainha da Bateria Fátima Tenório, Vera Benévolo e Ludmilla Destaques padre Marcelo Guimarães, Ana Maria Botafogo, Grupo de Personalidades Dança GRN, Helen Ganzarolli e Dorinha Duval INFOGRARA: Cláudio Roberto

COÉ

Mestre de Bateria

O comerciante José Carlos de Oliveira, o Coé, 39 anos, é cria de Padre Miguel e exritmista da famosa Bateria Nota 10 de Mestre André. Péquente, participou da conquista de todos os títulos da agremiação

Este é o décimo-segundo desfile que o cenógrafo Renato Lage cria para a Mocidade. Este ano, contou com a ajuda decisiva de sua mulher e assistente, Márcia Lávia, e do padre Marcelo Guimarães, consulktor oficia da Escola em assuntos de paz


/

o DO PANDEIRO Intérprete do sucesso na Unidos da - ano passado, David dos 41 anos, o David do "~-m, aceitou o para ser a voz oficial da =ale. Também já passou ~ci o de Sá e pela São

- e

R3 Ordens Religiosas

ROGERINHO E lUCINHA Mestre-sala e Porta-bandeira

SETOR 2 ' O Recomeço l A Ordem Política e Social I

o estudante Rogério Dornelles, o Rogerinho, 24 Alegoria 1 Abre-Alas O Juízo Final

anos, e Lucinha Nobre, irmã do compositor Dudu Nobre voltam a dançar juntos. Já conquistaram diversos prêmios e estão prontos para ganhar outros mais. SETOR l '

o Apocalipse I I


~

DESFILE do SECULO MOCIDADE INDEPENDENTE - SAMBÓDROMO,

1996

DO$ bebês de proveta à genialidade dos cientistas, a Mocidade Independente cantou um hino de amor à vida

Criador e criatura Renato Lage, o criador, estava desesperado na concentração. O atraso de mais de duas horas provocado por uma confusão na pista, certamente jogaria por terra o grande trunfo da Mocidade: a iluminação e os efeitos especiais das alegorias. A Escola deveria iniciar

o desfile entre 2h05 e 3h50. Porém só entrou na Passarela às 5h43, quando os primeiros raios de sol clareavam o céu. As criaturas de Padre Miguel tomaram para si a responsabilidade. Com uma garra impressionante, entraram na Sapucaí para arrancar

a vitória a qualquer preço. A determinação contagiou o público e, como definiu um matutino carioca, a verde e branca acabou brilhando mais do que o sol. Saiu com o grito de 'Já ganhou!". E ganhou mesmo. O espetáculo completo aéonteceria no Sábado das Campeãs.

A história se repete Em 1985, fato semelhante aconteceu durante a apresentação do enredo "Ziriguidum 2001". O carnavalesco Fernando Pinto projetara todas as alegorias com um sistema de iluminação à base de

neon, sofisticado para a época. Atrasos fizeram que a Mocidade só entrasse na pista com o dia claro. Mesmo assim, a Escola brilhou e conquistou seu primeiro campeonato no Sambódromo.



A determinação do atleta supe os próprios limites que a impôs a seu corpo. A vontade é maior energia do nOlíl1elJ.

For as do bem poder da imaginação faz da enida um reinado onde desfionhos coroados, de reis e ra, príncipes e princesas in-entados. É o poder que o artista em em transformar a fantasia em realidade, materializando a festa do carnaval. A criação do mundo fo i a primeira e, certamente, a mais intensa manifestação de poder. Das mãos de Deus surgiram os quatro elementos que deram origem à vida: água, terra, fogo e ar, que coexistem em harmonia e equilíbrio, fazendo o planeta Terra gIrar. O poder da mente mostra que os limites do homem são infinitos. A ciência ainda não conseguiu decifrar os mistérios do cérebro humano. Poderes paralelos complicam a vida da humanidade: o econômico aumenta cada vez mais a distância entre classes e povos; e o bélico, que tenta impor a vontade do mais forte, dando as cartas num jogo sujo que parece não mais ter fim.

Os cristais guardam em sua beleza a força positiva


ofuturo será um eterno desafio para o ser humano, que usa de todos os artifícios para interpretar o seu destino

I

Cante com a gente rer é poder ores: Flavio Bororó - Zeca Sereno gner Alves - Paulo Apparício -rprete: Gera .voar, minha águia, meu bem querer - ~ rana na avenida, desfilando seu poder -~, terra, fogo e ar - fléliureza fazendo o mundo girar pensamento há solução ~ salvar nosso mundo ou pra destruição _ !Jem e o mal, etemo conflito ::'"7JI7a da mente poder infinito == num ser maior que nos conduz : - eza de encontrar a sua luz :::ü energia, cristal, o brilho do carnaval : - Partela . de uma paixão, misteriosa emoção .= ~ coração na passarela - § poder, não ter é querer - sempre traz felicidade ra ilusão, corrompe a razão forma sonho em realidade do onde impera a ambição J-~ ir pros ares no aperto de um botão -_::ms poderes que fazem o homem tomar a vez do Criador :::. o vidas que um dia ele plantou vai cantar é poder, queremos mudar !tSfJerança de um novo dia

Apostando na águia Portelense de quatro costados, o carnavalesco Alexandre Louzada retorna com o desafio maior de sua carreira: recolocar sua Escola na disputa do campeonato. O último aconteceu há 21 anos ("Hoje tem marmelada"). Mesmo assim e apesar de jamais ter sido campeã no Sambódromo, a Portela é a agremiação que detém o maior número de vi-

tórias no carnaval carioca: são 21 títulos conquistados. Acreditando que chegou a hora da virada, Louzada concentrou toda a esperança do enredo nos desígnios da águia - representada em bandeiras, armas e brasões como o maior símbolo de poder. O querer, segundo ele, virá da conscientização e da união da nação azul e branca.

"

Representada em diversos brasões e bandeiras, a águia é o mais antigo símbolo de poder


Carnavalesco

Alexandre Louzada começou na Portela e também realizou trabalhos na União da Ilha, Cabuçu, Caprichosos de Pilares, Unidos da Ponte, Grande Rio, Estácio, Cubango, Viradouro e Mangueira, onde foi campeão

o comerciante português Carlos

Martins, 73 anos, começou a samba quando freqüentava e participava do, bloco Quem Vir. Desfila na Aguia há 41 anos, quase todos os sambas de cor e com carinho vários desfiles. Entre o de 1964, "O Segundo Casamento D. Pedro", e o de 1980, "Hoje tem marmelada "

MÁRIO

Diretor de Harmonia

Mário Cláudio da Silva Morais durante muitos anos foi o responsável pela apresentação do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Agora, terá a respor)sabilidade de coordenar o desfile da Aguia

; SETOR 4

; SETOR 3 I

; SETOR 2

: Alegoria 3 10 Poder da I

Mente

; SETOR 1

: Alegoria 1 I I

Abre Alas Poderosa

Águia

Ala Ala 8 - O Ala 6 7 - O 8 Mal - O p. em Oderda

M

ente

GERA

Intérprete

O pernambucano José Geraldo Cavalcanti. ; anos, começou cantando na noite do ReClf: Veio para o Rio, passou 20 anos na Vjla lsa:; e agora faz o seu segundo desfile na Aguia


~

.

AlegoriaS

~fi~~:~ ~o~~derdo

.

COMPOSITORES ."(

~

SETOR 8

Ala 35 - União dos Povos (Negro)

~,

Ala 34 - União dos Povos (Oriental)

MARCELlNHO E ANDRÉA Mestre-sala e Porta-bandeira

asteiro Marcelo Alves da Mota, 35 anos, e sua : a auxiliar de produção, Andréa, 25, dançarão juntos . 'meira vez. Ele já estava na Portela e ela vem do a Pedra. Para tentar a nota máxima ensaiaram à ~, em casa, na quadra, numa sala especial montada zracão e na Sapucaí

.

; SETOR 5

~

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fri

~ 'í1tffeu.~

Ala 33 - Paz Ala 32 - União dos Povos (índio) ~''í~eu'1'l Ala 31- União dos Povos (Branco) ~, I SETOR 6 Alegoria 7 I Podres :Alegoria 6 Poderes I Poder I Aquisitivo I

AI. Ala 30 "'ta 29 -D 'a Ala i7 28 - Po~ FiSSãoeNStrUição -

~ A' A.,., UCl.ear ' 14er "'t(orn' IVIISS eIS ICO

2 0 Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira

FIQUE POR DENTRO Sede

MUG

Mestre de Bateria

o

percussionista Arnaldo Manoel de Jesus tem 48 anos de idade e 32

Telefone Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga Comp. Mais Antigo Acomp. do Intérprete Rainha da Bateria Destaques

de Portela. Começou como passista

Personalidades

Rua Clara Nunes, 81 - Madureira, Rio de Janeiro, RJ - CEP 21351-110 (21) 489-6440 www.gresportela.com .br 3.900

37 100 Diva Dias, 72 anos José Vieira, 76 anos Carlinhos e Dedé do Cavaco, Damião (marcação) e Walter (sete cordas) Adriane Galisteu Carlos Reis, Neucimar Pires, João Helder, Marcília, Regina Marins e Carlo Rizeiro Clóvis Bomay, Thaís Araújo, Marisa Monte, Monarco e Paulinho da Viola INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


~

DESFHE do SECULO PORTELA

-

MARQUÊS

DE

SAPUCAí,

1980

Clara Nunes lidera a comissão de frente, abrindo o desfile que deu o último campeonato à Portela

Hoje tem marmelada o título nasceu a partir de um comentário do carnavalesco Viriato, sobre o resultado do desfile no ano anterior. Apontada como favorita, quando apresentou "Incrível, Fantástico, Extraordinário", a Portela acabou ficando em terceiro lugar, atrás da Mocidade e da Beija-Flor. Inventivo, o pró-

prio Viriato teve o estalo: mostrar o fabuloso mundo do circo - além, logicamente, de dar alfinetadas nos organizadores do espetáculo. O desfile foi deslumbrante, a partir do abre-alas, onde a águia embalava o herói da criançada: o palhaço. Não faltaram domadores, equilibristas, malabaristas, trape-

zistas e acrobatas para levar o público ao delírio. Foi a apresentação mais aplaudida daquele carnaval, animada por um excelente samba. Mas, no final, a Portela teve que dividir o primeiro lugar com a Imperatriz e a Beija-Flor. As três tiraram a nota máxima em todos os quesitos.

Simplicidade e alegria

Garra e animação no picadeiro da Sapucaí

N aquele ano, o carnavalesco Alexandre Louzada desfilava na Ala Levanta a Poeira, da qual era presidente. 'A fantasia representava o equilibrista na corda bamba e a ala vinha à frente do carro da domadora de focas amestradas. Foi a primeira vez que Louzada, então com 23 anos, freqüentou um barracão. Acabou tornando-se fã de Viriato e com ele aprendeu um grande ensinament<J: o desfile precisa ter simplicidade e alegria. São características, aliás, que pretende adotar na Portela, novamente.

Maria Lata d'Água, tradição do carnaval



A gotime era a segunda esposa de Agongolo, rei de Daomé, o atual Benin, na África. O rei tinha dois filhos: Adandoza, do primeiro casamento, e GelO, nascido da união com Agotime. Com a morte do rei, Adandoza assumiu o poder, implantando um governo tirânico e cruel. Desterrou Agotime, enviando-a como escrava para o Brasil. Na Bahia, a ex-rainha do Daomé revê irmãos de cor, mas não de credo. No encontro com os nagôs tem o primeiro contato com os orixás. Através deles recebe indicações sobre o paradeiro de sua gente, os negros mina, desembarcados no Maranhão. Em São Luís, os mina lamentam a falta de um local para realizar o culto aos voduns. Agotime constrói a Casa das Minas e ali planta as raízes das tradições religiosas de seu povo. A escrava volta a ser rainha, com o nome de Maria Mineira N aê.

opensamento de Agotime invocava ancestrais mortos. Por isso acusaram-na da prática de feitiçaria


do chegaram ao território brasileiro, os guerreiros minas não tinham onde praticar o culto dos voduns

Pajelança continua

ga de Agotime ia Mineira Naê res: Déo - Caruso - Cleber - Osmar -rprete: Neguinho da Beija-Flor

;;ria Mineira Naê

meno clã de Daomé luz dos seus voduns 'a um ritual de fé ;; isolada no reino um dia =-:ravizada por feitiçaria : :: seu vodum que o seu culto novo mundo renasceria - eguindo seu destino -: - pra cá)Sobre as ondas do mar - :ZI.l corpo que padece - =alma faz a prece - _ seu povo encontrar - - ou nessa terra santa _-- 'a viu a nação Nagô, 6 6 ~ - vés dos orixás o do seu povo encontrou - u o ouro, com ele a liberdade terra da magia . Iclore e tradição . quê de poesia :2:Sa das Minas gulho desse chão _Beija-Flor e o meu tambor energia e vibração -essoar em São Luís do Maranhão

Imagens talhadas em marfim, lembranças do distante Daomé

Oceano Atlântico

o enredo nasceu de uma conversa entre o diretor de carnaval Laíla e a pajé Zeneida Lima. Fora ela quem inspirara a Beija-Flor ria conquista do último título, em 1998 Guntamente com a Mangueira), narrando os mistérios do "Mundo místico dos caruanas". Agora, Zeneida lembrava o drama vivido por Agotime, sua ancestral há cinco gerações. A equipe de carnavalescos se entusiasmou com a história, principalmente pela possibilidade de levar à avenida cenas originais de uni tema africano. Para que a saga da rainha-escrava pudesse ser apresentada no carnaval, os autores tiveram que pedir permissão aos sacerdotes, comprometendo-se a respeitar os fundamentos religiosos e, aci- . ma de tudo, fazer do desfile uma grande manifestação pela 59 paz entre os homens.

e


FARID ABRAHÃO DAVID Presidente

O advogado e prefeito Farid Abrahão David, 55 anos, nasceu em Nilópolis e dedicou, pelo menos, 30 anos de sua vida à Escola que é o maior orgulho da cidade

ANíSIO DA .BEIJA-FLOR Presidente de Honra

A paixão pela Escola é tãc: grande que o nome dela se ao seu. Aniz Abrahão já dedicou 40 de seus 62 à azul e branca. Guarda memória a emoção em tripla pela conquista do 76/77/78 I

NEGUINHO DA BEUA-FlOR

Alegoria 4

Intérprete

: O Cortejo I

Agotime Atravessa o Mar

o

cantor e compositor Luís Antônio Feliciano Marcondes, 48 anos, entrou para a galeria do samba conhecido como Neguinho da Beija-Flor. Há 23 anos é a voz oficial de Nilópolis SETOR4 i I

I

FIQUE POR DENTRO Sede

Telefones Site Componentes de Alas de Baianas

de Crianças Acom p. do Intérprete Rainha da Bateria Destaques

Presonaftdades

Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025, Nilópolís, RJ - CEP 26510-032 (21) 791-2866/691-1571 www.beija-f1or.com.br 3.800

43 100 Nadir Amâncio, 83 anos 62 Irene Gonçalves, 86 anos 50 Bidu e Betinho (cavaco), Samuel e Binho (tumbadora) Sônia Capeta Fabíola Oliveira, Fran Sérgio, Zeza Mendonça, Paulo Balbino, Linda Conde, Sidney Ferreira e Pai Adalto de Obulayê Suzane Carvalho, Jussara Calmon, . Anderson Muller e Marcela Muniz

CLAUDINHO E SELMINHA SORRISO Mestre-sala e Porta-bandeira

O bombeiro militar Cláudio de Souza, 27 anos, e a modelo, dançarina e estudante Selma de Mattos Rocha, 28, são dois colecionadores de prêmios. Começaram na Estácio de Sá e há cinco anos defendem o pavilhão azul e branco


SÉRGIO, UBIRATAN SILVA, NÉLSON ARDO, CID CARVALHO E SANGAI Comissão de Carnaval

a participação de Laíla, o Departamento de ,,:'Ial forma uma mistura de pensamentos e que vem dando certo há três anos, ~ ndo outras agremiações a investir no -.o de equipe. O grupo é integrado pelos plásticos Fran Sérgio, Ubiratan Silva, Ricardo, Cid Carvalho e Shangai

PÚNIO E PAULlNHO Mestres de Bateria

jr

Plínio de Moraes, 44 anos, e Paulo José Botelho, da mesma idade, comandam a bateria de Nilópolis. Curiosidade: ambos começaram na Em Cima da Hora SETOR 2 '

I I

LAíLA

Diretor de Harmonia

O produtor musical Luís Fernando Ribeiro do Carmo, 56 anos, sabe todas as minúcias de um desfile. suas grandes conquistas foram na Escola de Nilópolis

Alegoria 1 O Palácio de Dãxome O Clã Real de Daomé

'SETOR 1

I

I

I


~

DESFILE do SECULO BEIJA-FLOR

-

SAMBÓDROMO,

1989

Ratos e urubus ... Jamais, em toda a história dos desfiles, uma Escola levantou tanta polêmica. Até hoje, nas rodas de samba, o segundo lugar dado à BeijaFlor é motivo de discussão a Imperatriz fez um desfile impecável e foi campeã. O carnaval dos mendigos arquitetado por Joãosinho Trinta deixou todo mundo embasbacado. Misturando o luxo ao lixo e vice-versa, realçando os contrastes da sociedade brasileira, o carnavalesco passou a limpo a realidade do país diante de fo liões e autoridades. Eram duas escolas de samba numa só: a primeira, do luxo, paramentada com lixo; a outra, do lixo, ornada com luxo. A platéia delirou e respondeu com o 'Já ganhou!" . E, de quebra, levou um banho de mangueira, dado por Anísio, Joãosinho e toda a diretoria de Nilópolis, fantasiada ,de garis da limpeza urbana.

'ESMO p~o( . O

OlHAI PO~ .ft'Ss:

'

oRedenior coberto com um plástico negro acabou sendo o grande destaque de uma apresentação marcada pela ousadia

oCristo proibido As dificuldades que a Beija-Flor teve de enfrentar começaram antes mesmo da Escola ir para a Avenida. A Igreja proibiu que fosse exibida a alegoria do Cristo Mendigo, que simbolizava o Redentor no

alto de uma montanha de lixo. A direção da E cola, porém, resolveu levar o carro aSSIm me mo. Cobriu-o com um plástico negro e, sobre ele, estampou uma faixa com os dizeres: "Mesmo proibido, olhai por nós.-



o

desfile em Irã

carioca das favelas e cortiços precisava criar uma forma de diversão para brincar o Carnaval. Deveria ser mais pacífica que os cordões, cujas saídas, geralmente, terminavam em arruaça e pancadaria. No final da década de 20, o carioca da periferia se espelhou nos ranchos, que possuíam uma forma organizada de desfilar. E eram bem aceitos pela sociedade. Ismael Silva ensinava que o desfile deveria ser progressivo. Se o grupo parasse num botequim, fatalmente entrariam bebidas e mulheres no programa. Seria a garantia de aborrecimentos e brigas. Pior: o motivo que a polícia precisava para desfazer a roda na base da bordoada. A introdução do surdo de marcação, firmando o compasso do

Em seu livro, o médico e pesquisador Hiram Araújo conta as origens da

deslocamento, foi providencial. A adoção de um nome pomposo também ajudou: Escola de Samba. Afinal, os bambas se reuniam nas proximidades da Escola Normal, no Estácio. As Escolas surgem traçando os pontos cardeais da geografia carioca: Estácio, Mangueira e Oswaldo Cruz. No livro "Carnaval, seis milênios de história", do pesquisador Riram Araújo, aprendemos que o primeiro concurso entre elas acontece em 1929, no dia de São Sebastião. Caiu num domingo. Na

casa de José Gomes da Costa, mulato festeiro e macumbeiro, nhecido pelo apelido de Zé Esp· guela. Reuniu os três grupos seu terreiro, no Engenho de D tro, para o desafio. Prometeu só anunciaria o vencedor no naval, quando entregaria o trofi' N os dias que se seguiram h ve muito disse-me-disse e prome sa de confusão, caso este ou aqu grupo vencesse. Mas, para surp sa geral, no domingo de carna\ dia da premiação, Zé Espingu apareceu na Praça Onze com


Campeãs da Praça Onze à Sapuca( Concursos Extra-Oficiais 1932 1933 1934

Mangueira Mangueira Não houve Concurso

A Floresta Uma Segunda-Feira no Bonfim da Bahia

Concursos Oficiais 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1949' 1950' 1951 •

Vai Como Pode (Portela) Unidos da Tijuca Vizinha Faladeira Não houve concurso devido ao mau tempo. Portela Mangueira Portela Portela Portela Portela Portela Portela Portela Mangueira Mangueira Portela

OSamba dominando o mundo Sonhos delirantes Uma só bandeira

Festa do Samba Prantos Pretos e Poetas Dez Anos de Glórias A vida do Samba Carnaval de Guerra Brasil Glorioso Motivos Patrióticos Alvorada do Novo Mundo Honra ao Mérito Apoteose ao Mestre Saúde, lavoura, transporte, educação A volta do filho pródigo

* Desfiles Extra-Oficiais 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960

, cada um com duas fitas oridas. O do Conjunto OswalCruz com as cores azul e branas do manto de Nossa Senhora Conceição, madrinha do gruo da Mangueira tinha fitas vere rosa por causa do Rancho dos I.na.uvc>,· e as do Estácio em vere branco, cores do América Clube. primeiro desfile acontena Praça Onze, em 1932, e promovido pelo jornal O o Sportivo. A vencedora a Mangueira.

. . , " 'l l I V

Império Serrano Império Serrano Império Serrano Império Serrano Não houve Concurso Portela Mangueira Império Serrano Império Serrano Portela Portela Portela Império Serrano Portela Mangueira Salgueiro Unidos da Capela 1961 Mangueira 1962 Portela 1963 Salgueiro 1964 Portela 1965 Salgueiro Portela 1966 1967 Mangueira 1968 Mangueira 1969 Salgueiro 1970 Portela 1971 Salgueiro 1972 Império Serrano 1973 Mangueira 1974 Salgueiro 1975 Salgueiro 1976 Beija-Flor 1977 Beija-Flor 1978 Beija-Flor 1979 Mocidade 1980 Imperatriz Portela Beija-Flor país das maravilhas 1981 Imperatriz 1982 Império Serrano 1983 Beija-Flor

Castro Alves Tiradentes 61 Anos de República Batalha Naval (Federação) Seis datas Magnas Rio através dos séculos Exaltação a Caxias Caçador de Esmeraldas Legados de D. João VI Vultos e Efemérides do Brasil Brasil, Panteon de Glórias Medalhas e Brasões Rio Cidade Etema Carnaval de todos os tempos Quilombo dos Palmares Produtos e costumes de nossa terra Reminiscências do Rio Antigo Rugendas Chica da Silva Osegundo casamento de D. Pedro 11. História do Carnaval carioca Memórias de um Sargento de Milícias Omundo encantado de Monteiro Lobato Samba, festa de um povo Bahia de todos os Deuses Lendas e Mistérios da Amazônia Festa para um Rei Negro Alô, Alô, taí Carmem Miranda Lendas do Abaeté Rei da França na Ilha da Assombração OSegredo das Minas do Rei Salomão Sonhar com o Rei dá leão Vovó no reino da Saturnália na Corte Egipciana A criação do mundo na tradição nagô Odescobrimento do Brasil Oque a Bahia tem Hoje tem marmelada Osol da meia-noite, uma viagem ao Oteu cabelo não nega Bum-Bum paticumbum prugurundum A grande constelação. das estrelas negras


o

jornalista José Carlos Rego, um dos mais antigos integrantes do júri do Estandarte de Ouro, começou a acompanhar os desfiles das Escolas de Samba em 1957. A competição acabava de deixar o tablado da Av. Presidente Vargas e, pela primeira vez, seria realizada no palco nobre do carnaval carioca: a Avenida Rio Branco. As agremiações eram formadas por pequenos grupamentos, de 600 a 700 sambistas oriundos das comunidades mais pobres da cidade. "Os dirigentes pediam que nós informássemos no jornal que se apresentaram com mil componentes" - lembra Rego, então repórter do Diário Carioca. Naquela época, o repórter que cobria o carnaval de rua precisava ter bastante fôlego. E preparo físico. O mesmo profissional era o responsável pela cobertura dos desfiles dos clubes de frevo, no sábado; das escolas de samba, no domingo; dos clubes de rancho, na segunda-feira; e das grandes sociedades, encerrando a maratona, na terça-feira gorda. As escolas eram divididas em dois grupos. Na Rio Branco, desfilavam as 15 da elite; na Praça Onze, as 18 da poeira. Não havia tempo fixo de apresentação. Cada agremiação gastava entre 120 a 180 minutos - mais do dobro do que uma Escola do Grupo Especial utiliza, atualmente, para desfilar com quatro mil componentes! O espetáculo começava às 21 h e se arrastava até a tarde do dia seguinte. Rego conta que saía da avenida, ia para a redação escrever a crônica do desfile e, ao se dirigir para casa, por volta das 17 h, ainda via várias escolas do segundo grupo concentradas na Praça Onze, aguar66 dando para subir ao tablado. Ou seja, completando

S


quase 24 horas de vigília. Segundo o jornalista, essas maratonas explicavam a truculência da polícia na época, durante os desfiles. Como não havia arquibancada, a platéia encostava a barriga na corda para ver as Escolas de perto. Mais atrás ficava a turma do caixote, tentando equilibrar-se num lugar mais alto e privilegiado. Sílvio Santos, que é enredo da Tradição, conta que nos tempos de camelô ele e o irmão alugaram muitos caixotes para os foliões da Rio Branco. Com o passar do tempo, as pessoas que ficavam atrás iam

pressionando as da frente. Apesar da corda, os espectadores das primeiras filas, involuntariamente, iam parar dentro da pista. O policial as empurrava de volta, uma, duas, três, uma infinidade de vezes. Horas depois, fartos desse vaivém, os PMs acabavam passando a mão no cacetete e disparavam a sua ira contra o povo. Pancadaria solta, cone-corre, a cavalaria entrava em cena e o desfile era interrompido até que tudo voltasse ao normal. Um dia, entrevistando um PM, Rego acabou descobrindo que os policiais ainda sofriam mais que os repórteres que atuavam na cobertura do desfile. Os jornalistas chegavam na Avenida pouco antes do espetáculo começar. Já os policiais, não. Apresentavam-se pela manhã no quartel e pouco depois do alrncxp eram despachados para o Centro. Ficavam de pé durante mais de 20 horas, sem poder abandonar a posição. Não há paciência que resista. O maior problema que todos enfrentavam era a falta de banheiros. Desfilantes, público, jornalistas e policiais se aliviavam como podiam. Geralmente, na concentração, atrás dos carros alegóricos. É por isso que ninguém suportava o mau cheiro que reinava nas imediações do Obelisco, quando o desfile era na Rio Branco, e, posterionnente, na Candelária, quando o espetácu-

José Carlos Rego já assistiu a 44 desfiles de Escolas de Samba

lo passou para a Presidente Vargas.

e 67


om a criação da Liga Indepeneme organizando as Escolas de ba e a construção do Sambódromo, fixando o espaço defini tio para os desfiles, tudo mudou. O esp etáculo foi dividido em do· dias, com horários definidos. Cada agremiação passou a ter um limite de tempo para se exibir. Se o desrespeitar, sofre severas punições. Até mesmo a utilização dos e paços fora da pista de desfile, como a concentração e a disperão, passaram a ser sagrados. Quem não obedece os horários

omonta-edesmonta de arquibancadas, atravancando o Centro, é coisa do passado

_z:::::2~-=-==

o espetáculo qu definidos pelo regulamento, perde pontos preciosos. O nível de organização do desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial chega a ser comparado com o de um GP de Fórmula Um. Aconteça o que acontecer, no horário marcado, a primeira agremiação deve estar posicionada na cabeceira da pista e desde então o espetáculo é transmitido para todo o Brasil e diversos países do exterior.Já houve o caso, por exemplo, de desabar um temporal que interromperia qualquer partida de futebol. Mas o desfile da Beija-Flor prosseguiu, mesmo com a água na altura dos joelhos. De outra feita, faltou energia no Centro e as luzes do Sambódromo apagaram. A Caprichosos desfilou no escuro e levou a platéia ao delírio. Para que todas as engrenagens do Maior Espetáculo da Terra fimcionem perfeitamente, a Diretoria de Carnaval da Liesa começa a preparar a festa com vários 68 meses de antecedência. Enquanto o Sambódromo

@

ganha obras de melhorias, oferecendo maior conforto ao público, diversos sistemas são montados para que os horários dos desfiles sejam rigorosamente respeitados. O principal deles envolve o deslocamento de dezenas de carros alegóricos pelas ruas do Centro, no momento em que mi-

lhares de automóveis se concentram nas mesmas vias, em busca das saídas da Cidade. Valter Lopes de Carvalho, diretor de Carnaval da Liga, explica que o esquema para o Carnaval 200 1 está montado há quatro meses. Foi quando pediu providências ao po-


cidade não vê er público para o reparo de , poda árvores, desvio de ::-ãnsito e outras que se faziam essárias para a passagem das _ gantescas alegorias, provenies dos armazéns do Cais do rto, onde estão instalados os cões.

A dificuldade maior acontece na Sexta-Feira de Carnayal, quando as alegorias das escolas mirins são levadas para a Passarela. Simultaneamente, o tráfego é interrompido nas principais ruas do Centro e uma infinidade de veículos procedentes das Zonas Norte e Sul se direcionam para a Ponte Rio-Niterói e Av. Brasil. É a turma que prefere passar o carnaval nas Regiões dos Lagos e Serrana. É quando entra em ação o grande staff da Liesa, reunindo uma equipe de 100 témicos, com o apoio de outros 100 da Polícia Militar e da CET-Rio. N a noite de sexta, as escolas do Grupo de Acesso A retiram seus carros dos barracões e partem para o Sambódromo, onde desfilam na noite seguinte. À medida que as Escolas do Grupo A retornam seus carros para os barracões, as primeiras sete do Grupo Especial, que se apresentam no domingo, partem em direção à Avenida.

São 50 alegorias gigantescas, que devem sair na mesma ordem em que desfilarão. Por exemplo: os carros da Tradição, cujo barracão fica na Rodoviária, só poderão sair depois que os da Tuiuti, procedentes da Av. Brasil e de São Cristóvão,já estiverem a caminho. E assim, sucessivamente, até a saída das alegorias da Beija-Flor, que será a última a se exibir, naquele dia. O mesmo esquema se repetirá na segunda-feira, envolvendo mais de 200 empurradores por Escola, além de carretas que transportam esculturas e veraneios com lanches e refeição para todo esse contingente que os olhos do público não vêem. Segundo os cálculos de Valter, a cada noite de espetáculo do Grupo Especial trabalham 1.500 homens, utilizando 20 carretas, 15 veraneios e guindastes no apoio ao deslocamento de 50 alegorias. Para que tudo aconteça, religiosamente, 69 dentro do horário.

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Entrada

SETOR 1

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Estaç~lo

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Central

de Rádio novas 27 cabines em frente ao primeiro recuo de bateria, divididas em três pavimentos. Cada uma delas possui proporcionando maior visibilidade da pista Entrada

SETORES 9 e 11 e Credenciados

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Praça Onze

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Desfilantes que estejam setores pares continuam usando a passarela com acesso direto à

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concentração. Para maior comodidade, haverá um elevador junto à entrada da

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A passarela do setor ímpar ~Q> ••• , será utilizada exclusivamente ' ' pelos radialistas que ' quiserem se deslocar até a concentração; ou então, •••••• ....::.:..--- - ' - - - -pelos profissionais do staff e •••••• da segurança ••••••••••••••• . s:>

Área de Convívio

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terão Jomalistas e convidados que freqüentam a Tribuna lJIais conforto com a ampliação de 400 metros quadrados da Area de Convívio situada nas imediações do Setor 2. Para '~lJe os profissionais de imprensa não percam nenhum momento CJQ desfile, foi instalado um telão no local. ••••••, ... , ",

Tribuna do Staff

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Acompanhantes de profissionais que estiverem trabalhando nos postos dos órgãos de serviços públicos, ganharam uma tribuna de 300 lugares. Ela está situada sobre as cabines do Staff, em frente ao Setor 1. Para se desloc9r até o piso usarão um canal extra da passarela, que sairá na Area de Convívio. Isso evitará que essas pessoas circulem na pista de desfile

Coordenação do Setor 2

Todas as dimensões da Passarela do Samba Para quem gosta de números, o gráfico mostra todas as dimensões da Avenida dos Desfiles. Um matemático diria que, avançando 7,30m por minuto, a Escola passaria no tempo ideal permitido pelo Regulamento. Mas, nem sempre as coisas acontecem como o programado recuo da bateria

SETOR 2

(] armação da bateria

SETOR 6


Frisas oferecem ma· nforto e privacidade Com a substituição das cadeiras-depista por frisas de seis lugares, o Sambódromo passou a oferecer muito mais conforto e ainda ganhou mais 600 lugares por dia de espetáculo. Instaladas em quatro níveis, as frisas oferecem toda privacidade a seus ocupantes, o que não era possível, anteriormente, com as mesas de quatro cadeiras. A Liesa e a Riotur promoveram outras mudanças no Sambódromo, sempre visando o bem-estar e a segurança dos foliões. Criaram uma nova

tribuna, em frente ao Setor 1 ; ampliaram as cabines de rádio e a área de convívio utilizada por jornalistas e convidados. Para você que vai assistir ao desfile, a melhor forma de se chegar à Passarela é o metrô. Quem optar por mais conforto, existem pontos de táxis nos dois lados da Sapucaí. São automóveis novos, equipados com ar refrigerado e que possuem autorização para deixar o passageiro na área interna do Sambódromo.

Entrada cadeiras

SETOR 13

LEGENDA

BOB'S

JURADOS Infografia: Cláudio Roberto


As sete core

Até hoje, ninguém sabe por quê. Mas o segundo dia do desfile costuma ser mais animado. Coincidência ou não, nos 16 anos de existência do samb6dromo, a maioria das campeãs saiu da segunda·feira. Já sabendo o que aconteceu no domingo, quando algumas candidatas se destacam para a disputa do título, as agremiações entram mais descontraídas. Éhora de cada uma dar tudo de si. Opúblico também não tem motivos para poupar energia. Acompanhe o roteiro da segunda parte do eSIMtt8cIIIIQ•.

20h05 (Correios) Entre 23h10 e 23h40

Viradouro

21 h1 O (Balança)

Entre Oh15 e 1 hora

Imperatriz

22h15 (Correios)

Entre 1h20 e 2h20

Mangueira

23h20 (Balança)

Entre 2h25 e 3h40

União da Ilha Grande Rio



o

oPorto é um braço do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, traz o progresso e abraça o visitante, que não quer mais saber de ir embora

~ .

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enredo conta a hist ria do Cais do Porto do Ri de Janeiro e a da Estiva, primeiro sindicato do Brasil - cujos integrantes ajudaram a fundar o Império Serrano. Projetado pelo engenheiro André Rebouças, Porto do Rio foi construíd em 1875, na costa ociden da Baía de Guanabara, co a denominação de Cais Pedro lI. Desde então, aumentaram as importaçõecom o Porto alcançando a derança nacional do com é cio de cabotagem duran boa parte do século xx. N o cais, os escravos _ organizaram para a comp da alforria. Anos dep oi: fundaram uma irmandade a Companhia dos Preto que promovia festas religi sas e batucadas, das qua.:. surgiram ranchos, cordõe escolas de samba. Dela taILbém nasceu a Resistênc0.. que se opunha à persegtLção dos comerciantes por gueses. E, mais tarde, de. origem à Estiva.

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Cante com a gente

o Rio corre para o mar

r

Autores: Arlindo Cruz - Maurição - Carlos Sena - Elmo Caetano Intérprete: Carlinhos da Paz

com o trabalho no cais que os estivadores onstruíram o Império Serrano

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Dízimo do samba Elói Antero Dias, que dii dia o seu tempo entre o trao no Cais e as rodas-desamba na Deixa Malhar, na - úde, um dia, ficou encando com a Prazer da Serria, de Madureira, mudan- -se para o subúrbio. Em _947, participou da fundação ::e uma nova agremiação: o pério Serrano. Mano Elói - u o seu prestígio para cri-

ar o cargo do fiscal de plataforma, supervisor responsável por um grupo de, pelo menos, dez estivadores. Uma das atribuições do fiscal era recolher o dízimo, contribuição semanal de cada trabalhador para financiar o carnaval da nova escola de samba. O Império nasceu forte e rico. E durante um bom tempo ditou moda no desfile.

Amor, vem ver omar Vem contemplar omeu Rio Agô, Mãe lemanjá, só de pensar dá arrepio Meu Rio tem tanta beleza Eanatureza sempre nos abençoou Sou carioca da gema, sou Resistência Sou Império, sim sinhô Abriu o Porto, loiô, éporta aberta, laiá Éo comércio, é oprogresso da cidade Eacidade cresceu, omundo então conheceu Oberço da felicidade Toda ladeira cantou, afreguesia sorriu Avelha praça inteira aplaudiu Eassim nasceu aEstiva Oprimeiro sindicato do Brasil Entre revolta de dor eum canto negro de fé Onosso povo exportou samba no pé Axé, minha Guanabara, recanto mais doce do mar Tão doce que trouxe aindústria Efez o turista se apaixonar (na Praça Mauá) Hoje 'fi Noite" ébem mais quente, não émais Um inocente arranha-céu, oi Torre de Babel que vive em paz Já ancorou mais um navio Eeu sou confidente desse cais Orgulho etradição do Rio Avisa aos navegantes que oImpério vem aí Olha, obicho vai pegar, apoeira vai subir Éarte, écultura, étalento original Hoje tem festa no Planeta Camaval


CARLINHOS DA PAZ Intérprete

CLAUDINHO E JANAíNA

Carlinhos está no Impéric há quatro camavais. Um dia, foi participar da disputa de sambas-enrede e nunca mais saiu

Mestre-sala e Porta-bandeira

o

vigilante Cláudio Márcio Dominicina Cid, 31 anos, e a contadora Janaína de Jesus Pereira, 25, defendem o pavilhão verde e branco. Claudinho é filho da presidente Neide e desfila desde criança. Janaína está no Império desde 95. Os dois dançam juntos há três anos

SETOR 4 ; I

Alegoria 4 I Terminal de I Passageiros :

MACARRÃO Mestre de Bateria

O líder comunitário do Morro da Serrinha, Antônio Carlos Soares, trabalha numa distribuidora de gás e comanda a bateria do Império pelo segundo ano consecutivo

FIQUE POR DENTRO Sede Telefone Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga Comp. Mais Antigo N° de Crianças Acomp. do Intérprete Rainha da Bateria Destaques Personalidades INFOGRAFlA: Cláudio Roberto

Av. Ministro Edgard Romero, 114 - Madureira Rio de Janeiro, RJ - CEP 21350-300

(21) 3359-4944 3.800 41 130 Tia Iara, 88 anos Seu Edgard, 91 anos 80 Arlindo Cruz (banjo) e Carlinos do Cavaco Netinha Éster de Almeida e Iracema Marília Pêra, Miriam persa, 80b Nelson e Mauro Luiz

ROBERTINHO Diretor de Harmonia

Atuando na Escola desde a década de 80, Roberto dos Santos Maciel agora será o responsável pela coordenação do desfile


TIA NEIDE Presidente

A enfermeira Neide Dominicina Coimbra, de 59 anos, chegou para cuidar da saúde da escola e reunir a família imperíana, que estava afastada. Vive o dia-a-dia da agremiação desde 1970 e o seu grande xodó é a Ala das Baianas

SílVIO CUNHA, ERNESTO SCIMENTO E ACTIR GONÇALVES Carnavalescos

a plástico Sílvio Cunha, o administrador de Ernesto Nascimento e o vendedor Actir > Ives formam a Equipe Aquarius e têm a missão ârer o Império reviver grandes momentos na Avenida _res<lS

SETOR 3 ;

SETOR 2 ;

Alegoria 2 Abertura dos Portos

I I

SETOR 1 ;

Alegoria 1 I Abre-Alas Coroa Imperial :


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DESFILE do SECULO IMPÉRIO SERRANO - MARQUÊS DE SAPUCAí, 1982

Bumbum Baticumbum A revelação foi de Ismael Silva, lembrando quando o samba saía pelas ruas do Estácio. O surdo de marcação fazia: "Bumbum, baticumbum, prugurundum". O estalo foi de Fernando Pamplona, que deu o tema de bandeja para o presidente Jamil Salomão Maruf e a indicação de duas jovens promIssoras, que se iniciavam no mundo do carnaval : Rosa Magalhães e Lícia Lacerda. A grande sorte foi o rompimento dos compositores Beto Sem Braço e Aloísio Machado com a Vila Isabel. De volta ao Império, construíram um samba histórico, denunciando que o sambista estava sendo esmagado pela vaidade dos carnavalescos e suas gi gantescas alegorias. Sob o sol das 11 horas da manhã, a Escola da Serrinha entrou com . . uma garra ImpressIOnante e carregou para Madureira um título que já não comemorava há dez anos, desde "Alô, alô! Taí Carmem Miranda".

Alas bem vestidas, marcando uma característica que o Império traz desde as origens

Imperatriz perde o tri

O bumbum foi a grande sensação do carnaval

o Carnaval de 82 assinala também um tricampeonato que a Imperatriz Leopoldinense deixou e capar por entre os dedo . Contrariando o regulamento do desfile, que proibia a presença de figuras vivas - destaques e composições - nas alegorias, a verde e branco de Ramo: foi penalizada com a perda de seis pontos. Mesm assim, chegou em tercei lugar, atrás do Império e da vice-campeã, a PorteléL Não fosse isso, o título seria festejado na quadra da Rua Professor Lacê.



o Aruanã a rasí ia o

enredo nasce a partir do encontro entre um sambista da Capri. chosos e uma jovem goiana, que se conheceram no carnaval carioca.Apaixonado, o rapaz não resiste à saudade e parte em busca de sua amada, sem saber como encontrá-la. Ela está em algum ponto de Goiás. Mas, onde? Amanã é a primeira cidade a ser visitada. Ali era o berço dos índios Carajás, subjugados pelos bandeirantes, que invadiram a região em busca de ouro. Depois, nosso herói segue para Corumbá e Cristalina, onde conhece as riquezas minerais da região. Navega nas águas do Rio Araguaia e vai até Caldas Novas, deslumbrando-se com a beleza da flora e da fauna. A quarta etapa desta odisséia passa por Pirenópolis, onde acontecem diversas manifestações folclóricas como a cavalhada, o reisado, a congada e a Festa do Divino. Em cada parada o sambista recebe um sinal da presença da jovem, mas não consegue achá-la. Segue para Ceres, entre Goiânia e Anápolis, onde acontece uma importante feira agropecuária. Depois vai para a cidade de Goiás, onde há um show de música sertaneja. Por fim, percorre os pontos esotéricos do Planalto: Brasília, Alto Paraíso e Vale do Amanhecer, tentando decifrar o mistério desse amor que 80 não se completa. . O final da história? Só na

@


Em busca de sua amada, o sambista da Caprichosos percorre cidades modernas, marca do progresso que se espalha no coração do Brasil

Os sete caminhos Um dos santos mais popus da Igreja e do mundo, - João Bosco teve uma vi- no século passado e procizou: quando acontecer o clismo (fenôo provocado lo aumento do lume das m.as dos ocea- a partir do elo das calo- glaciais), o ~to Central Brasil sobrevi' . A pesquisa - e nvo lvida carnavalesayme Cesário além. Para o-ar a essa usão, Dom _ o - nascido _.emonte, Itáem 1815, e nizado pelo Pio XI na a de 1934~o rreu sete

quando Cesário teve acesso a essas informações,já havia escrito o enredo sobre Goiás, cujo roteiro também fora dividido em sete quadros.

os. Coin- Sensualidade e belezas naturais não cia ou não, poderiam ficar de fora

Cante com a gente GOiás, um sonho de amor no coração do Brasil Autores: Jorge 101 - Luiz Pião - GuIe Lequinho Intérprete: Jackson Martins

No carnaval Ocupido me flechou Fui procurar a bela que me conquistou A esmeralda do teu olhar reluziu Brilha meu conto de fadas No coração do Brasil Diabo Velho se lançou em busca do ouro Os carajás não revelaram o tesouro Ametista, turmalina A mão divina concebeu as riquezas naturais Cenário de beleza é o Araguaia Onde anatureza ensaia encontros de amor epaz Doce é repousar em Caldas Novas Onde a vida se renova em suas fontes termais Esse amor é o meu destino Salve a Festa do Divino Na cavalhada, a luta do bem contra o mal Apaixonado eu brinquei seu carnaval Goiás ... Dos grãos e das flores Poemas e amores Sertaneja canção Paixão, seu paladar sedutor Me fez sonhar e acreditar que existe amor Aprofecia amanheceu no Paraíso Eu já tenho os quatro elementos que preciso . Procurei e encontrei minha morena Caprichei e agora eu sei, valeu a pena Te quero muito, amor, somos iguais Sou Caprichosos, sou amor e sou Goiás


Carnavalesco

o

artista plástico Jaime Cezá . faz a sua estréia na Escola de Pilares. Começou no Engenho da Rainha, passou pela São Clemente e pela Porto da Pro=:

Luís AUGUSTO E DENADIR Mestre-sala e Porta-bandeira

Luís Augusto e Denadir formavam o segundo par da Escola. Com a transferência dos titulares para outras agremiações viram surgir a grande chance. E agora ou nunca! ; SETOR 4

O Rico Folel = Goia

ALBERTO LEANDRO Presidente

Sempre ao lado do pai, o advogado Femando Leandro, falecido no ano passado, Aldemar Alberto de Almeida Leandro dedicará o mesmo empenho para que a azul e branca continue sendo uma das atrações do camaval carioca ; SETOR 2

Aleg

; SETOR 3 I Alegoria 3 l O Rio I

Araguaia e as Fontes Témieas

; SETOR 1

JACKSON MARTINS Intérprete

Jackson Martins, 28 anos, começou cantando nas noites do Rio e da Baixada Ruminense. Está na Escola há cinco anos. Ganhou o prêmiO Tamlxxde Ouro, de O Dia! Rádio FM O Dia, como Revelação do Carnaval 99


ALEXANDRE REIS Mestre de Bateria

o comerciário Alexandre Reis Brandão, 34 anos, é prata da PAULO MAURíCIO

casa. Começou em 84, dinglndo a bateria mirim

Diretor de Harmonia

- analista de finanças Paulo urício Gomes, 51 anos, fez ~ estréia em 84, ensaiando a issão de frente. Também j á ou pela Unidos do Cabuçu, _~ 'd os do Jacarezinho e Portei a

; SETOR 5

I SETOR 6

I

Alegoria 6

I

A Riqueza Cultural de Goiás

Alegoria 5 I

Goiás, o Celeiro do Brasil

STEPAN NERCESSIAN Presidente de Honra

Se já era grande a paixão pela Caprichosos de Pilares, o ator Stepan Nercessian agora não tem mais como mensurá-Ia, pois cantará a sua terra, Goiás

• FeSta do Di',' vlno

FIQUE POR DENTRO Rua Faleiro, 01 - Pilares, Rio de Janeiro, RJ - CEP 20771-090 (21) 592-5620 Telefone Site www.rioarte.com/caprichosos Componentes 3.800 31 N° de Alas 120 N° de Baianas Dona Antonina, 74 anos Baiana Mais Antiga Tia Alvarinda, 80 anos Comp. Mais Antigo Acomp. do Intérprete Carlinhos (cavaco), Tuninho Branco e William (sete cordas) Nana Gouveia Rainha da Bateria Santinho, Luizinho 28, Raí Menezes, Destaques Joubert, Flávio e Valdo Ângela Bismarck, Roberta Close, Leonardo, Valéria Freire Personalidades

Sede

INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


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DESFILE do SECULO CAPRICHOSOS DE PILARES - SAMBÓDROMO, 1984

Visita a Chico Rei Depois de ascender ao Grupo l-A com um enredo fantástico, mostrando tudo o que acontece numa feira popular, a Caprichosos estreou com uma pane na iluminação no sistema da Marquês de Sapucaí. Mesmo desfilando no escuro, fez a platéia vibrar com "Um cardápio à brasileira" o desdobramento do tema anterior. Em 84, firmou-se como a nova sensação do carnaval, apresentando "A Visita da nobreza do riso a Chico Rei", uma divertida homenagem a Chico Anysio e seus diversos personagens. Desde a comissão-de-fren te formada por Popós, aos Pa-

Os Popós da comissão-de-frente saudaram a avenida com muito humor ~

inhos, Pantaleões, Professores Raimundos, Bozós e Qualhadas, a Escola fez o povo se divertir a valer, assinalando

que sua principal caracterí tica seria a irreverência. Ficou em terceiro lugar no de file de sábado.

A cabeça do boneco

oabre-alas ficou "funcionando" até depois do desfile

o carnavalesco Luiz Fernando Reis lembra que, terminada a apresentação das Escolas, os carros eram guardados na garagem da Comlurb, atrás do Sambódromo, no Catumbi. Os diretores da Caprichosos deixaram os seus lá e retornaram à Passarela. Horas depois, eram procurados por empurradores do Salgueiro, informando que o abre-alas continuava "ligado", pois a cabeça d boneco que representava Chic Anysio continuava balançando. Na verdade, esqueceram de avisar ao rapaz que estava no interior da escultura que o desfile havia terminado e ele não precisava mais girar a manivela.


No alvorecer de um novo milênio, o homem ainda carrega consigo vléios morais que comprometem o seu equill&rio há séculos


N ãO que a Viradouro pretenda corrigir ninguém, mas achou oportuno que nunca é demais lembrar que o homem carrega defeitos há tanto tempo e não se manca em consertá-los. Mostrará, por exemplo, que a cobiça arrasou com o Rei Midas, deixando-o no fundo do poço (de ouro). Mesmo assim está maior do que nunca, incitando à exploração do próprio homem, à mãode-obra quase escrava e à devastação de florestas. Apesar da soberba ter aniquilado o poder dos Césares, está aí

mesmo, produzindo fenômenos como o nazismo. A luxúria faz com que as pessoas se desgovernem e construam com a carne o império do sexo. A ira continua sendo a parceira predileta da morte. A inveja seca, a preguiça derruba qualquer pretensão de evolução pessoal ou coletiva e, para completar, a gula encerra a festa: enquanto uns enchem a pança e a cara, outros definham de fome. Nem tudo está perdido. O último setor do desfile mostra os caminhos da redenção.

Como no filme "Poder e Cobiça", o desejo de querer mais do que a vida dá, põe muita gente na cadeia


Os cuidados com a saúde são fundamentais, mas não impedem que o homem tenha o olho maior que a barriga por maior que ela seja. A carne continua sendo fraca, como a da personagem interpreteda por Simone Moreno, no teatro

260 carnavalescos A idéia do enredo foi dada pelo presidente José Carlos Monassa. Para executá-la foi contratado o artista plástico Roberto Szaniecki, que desenvolveu o projeto de figurinos e alegorias. No meio do caminho, porém, a direção da Escola optou por assumir a responsabilidade integral do bar-

racão, entregando-a ao diretor de carnaval Heraldo Faria. O projeto original foi mantido e tocado por uma equipe de 260 pessoas, que trabalham juntas há mais de dez anos. Heraldo, que também tem a missão de organizar o desfile da Viradouro, já venceu quatro sambas na vermelho e branco.

Cante com a gente Os sete pecados capitais Autores: Gilberto Gomes - Gustavo - Dadinho - P.C. Portugal - R. Mocotó Intérprete: Dominguinhos do Estácio Eu vi brilhar... Epara os vícios minha mente me conduz Eu quero e quero muito mais Eu quero o ouro poiS o ouro me seduz Sou um narcisista, o melhor artista Nesta festa popular Com o meu encanto, o meu acalanto Vou te conquistar Me dá o teu calor e vem me enfeitiçar Seduz a bel-prazer que eu vou delirar Se o cupido jogou, a flecha vai me pegar "vou amar"Pra quê tanta raiva? Mais amor no coração Vivendo em paz o homem faz um mundo lindo

E quem tem amor prá dar Sente alegria se o outro está sorrindo Traz a figa de guiné, me dá o meu patuá Cada um com sua fé, olho grande sai pra lá Quero sombra e água fresca Eu quero na minha rede balançar Brasil, meu Brasil! Em nossa terra se plantando tudo dá Tem os que vivem pra comer Tem gente que só come se sobrar Eu vou me acabar, abrir meu coração A Viradouro é meu tesouro No carnaval da redenção


GUARDA· Amor à minha Bandeira

POSITORES • Amor à minha Bandeira

JOSÉ CARLOS MONASS Presidente

o advogado José Carlos Monassa

SETOR .S ;

A Inveja I

Alegoria 5

59 anos, nasceu em Niterói e costu me brincar com os amigos, dizendo que ca no samba de pára-quedas. Na verdaae um apaixonado por sua Escola e vibro:.. como nunca com a conquista do títu 98. Este ano é o responsável pelo e ~ e comandou de perto os trabalhos de barracão

I

Contra a Inveja, só muito Patuá

4;

SETOR A Ira I

~Iegoria

4 Odio e Destruição do Corpo e da Mente Alegoria -

Nos Domí da Luxúria

o percussionista MOí!cyr da Silva Pinto, o Ciça, 44 anos, está há três anos na vermelha e branca. Começou na Estácio de Sá e depois passou pela Unidos da Tijuca

FIQUE POR DENTRO Sede Telefone Site Componentes N° de Alas N° de Baianas Baiana Mais Antiga N° de Crianças Acomp. do Intérprete

Rainha da Bateria Destaques Personalidades INFOGRARA: Cláudio Roberto

Estrada do Contorno, 16 - Barreto - Niterói, RJ (21) 628-7840 www.viradouro.com.br 4.000 31 100 Severina Virgínia de Oliveira, 78 anos 105 Gustavo (banjo), Paulinho Baltazar, Miguel e Hamilton (cavaco), Paulinho (violão), Merica (surdo) e Jonas (pandeiro) Luma de Oliveira Talita Monassa, Paulo Roberto, Patrícia Costa e Sheila Veloso Femanda Keller, Jorge Roberto da Silveira, Cláudia Ohana e Paula Burlamachi

ANDREZINHO E PATRíCIA Mestre-sala e Porta-bandeira

o dançarino André de Souza, o Andrezinho, 31 anos, e Patrícia Gomes de Souza, 29, desfilam juntos há nove camavais. Ele já passou pela Lins Imperial e São Clemente; ela, pela Caprichosos, Mangueira e São Clemente


HERALDO FARIAS

Diretor de Harmonia e Carnaval

::ompositor Heraldo Farias é vencedor quatro sambas na Viradouro e agora me a responsabilidade maior de ndar o desfile da Escola de Niterói. : :residente da Associação de Criadores Pássaros de Cacheoeiras de Macacu

DOMINGUINHOS DO ESTÁCIO

SETOR 3 '

Intérprete

A Luxúria :

o

cantor Domingos da Costa Ferreira, o Dominguinhos do Estácio, 58 anos, é um SETOR 2 '

A SOberba :

colecionador de títulos: foi cinco vezes campeão no Grupo Especial e outras quatro no Grupo de Aceso. Começou no Estácio, passou pela Grande Rio e Imperatriz. Será o seu quinto desfile na Viradouro SETOR l '

A CObiça : I

Alegoria 1 Abre-Alas Objetos e Vítimas da Cobiça

I

I I


~

DESFILE do SECULO GRES UNIDO S OO V I RA OOU RO - SAMBÓDROMO, 1 9 9 7

A Explosão do Universo Depois de amargar um décimoterceiro lugar no ano anterior, quando, por muito pouco, não foi rebaixada, a Viradouro veio para surpreender. A batida funk no refrão, condenada pela' crítica, levantou o público das arquibancadas do setor 1, provocando um efeito cascata ao longo da Passarela. À frente do abre-alas que representava o Caos, J oãosinho Trinta recebia o carinho do público. Magoado com o desfile de 96, o presidente José Carlos Monassa não ia desfilar. Mas ao ver o espetáculo, ficou emocionado e desceu do camarote da Liesa. Vestiu uma camisa da diretoria e resolveu puxar a Escola, levando-a para o título que perseguia há vários anos. A recompensa não tardaria. Chorou quando ouviu o público gritar "É '-1" "E" campea.. -I" campea.,

Das trevas surgiu o abre-alas que apontou na direção da vitória. Do alto de uma alegoria, Fernanda Keller era a garra niteroiense

E "Nada" deu certo Muito mais do que talento, é necessário ousadia para fazer história no Carnaval. A grande marca do enredo "Trevas! Luz! A Explosão do Universo" acabou sendo o abre-alas todo negro, sem qualquer ilumi-

nação, empurra d por carregadores fantasiados com sacos de lixo pretos. Até hoje. não há quem defina a forma ou o significado dessa alegoria. Se criador, J oãosinho acha engraçado: "E o Nada ... "



Politicament E mbora já fosse conhecida há muito tempo, a utilização da cana-de-açúcar foi intensificada pelos árabes a partir do século VII, quando se lançaram à conquista de um vasto império. Invadiram parte da Península Ibérica, de onde foram rechaçados pelos cavaleiros cristãos, que acabaram conhecendo a cana, levando-a para seus países. O consumo do açúcar na Europa foi crescendo de tal modo que os navegadores portugueses, ao descobrirem novas terras, nelas

cultivavam o "ouro mascavo" - já indispensável à mesa de reis, príncipes e toda a nobreza. Os engenhos se multiplicaram n Brasil, onde a cachaça passou a ser p duzida 1J0 início do século XVIII. Ir dada aos escravos, para protegê-los . frio no garimpo e nas minas de ourO.1período da Conjuração Mineira, bebe:cachaça era uma demonstração de repúdio ao colonizador português. mais saboroso fosse o vinho do Porto.

Trazida pelos europeus, a cachaça era fornecida aos escravos que trabalhavam na umidade das minas de ouro e pedras preciosas. Hoje, sua produção é grande e disputa uma fatia do mercado europeu com outros destilados. A caipirinha, por exemplo, é a segunda bebida mais consumida na Alemanha


orreta Cante com a gente Cana-calana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco• •••Quero vê descê o suco, na pancada do ganzá! Autores: Marquinho Lessa - Guga Tuninho Professor Intérprete: Paulinho Mocidade Cana-caiana, A cultura que o árabe propagou Apesar dos cruzados plantarem, A cana na Europa não vingou Mas conta a história que em Veneza Oaçúcar foi pra mesa da nobreza Virou negócio no Brasil, trazida de além-mar

E, nesta terra, o que se planta dá Girá o engenho pra sinhô, Bahia faz girar E, em Pernambuco, o escravo vai,cantar (Quero vê) Quero vê descê o suco até melá Na pancada doce do ganzá Pinga ... Olha a cana virando aguardente No mercado do ouro atraente Paraty espalhou a bebida Pra garimpar, birita tem

Viva Cachaça! Para desfazer o rótulo nega. o da branquinha, a carnavaesca Rosa Magalhães lembra ue ela acabou se incorporano ao nome de um dos mais spirados poetas da música popular brasileira. Não foi à oa que o mangueirense Caros Moreira da Silva ficou conhecido como Carlos Cachaça. Certa vez, o parceiro de Carla era esperado no Teatro Opinião, onde faria um show. O tempo passou e o sambista não apareceu.Já sem ter o que falar à pla'éia, o jornalista Sérgio Porto en;regou os pontos: "Como vocês podem imaginar, o Carlos deve estar por aí, bebendo o apelido".

.)

Na Inconfidência foi preferida Pra festejar, o que é que tem ? Tem Carlos Cachaça, não leve a mal Taí verde-e-rosa em meu carnaval (Vem provar minha cachaça) Vem provar minha cachaça, amor, ÔÔÔÔ

Osabor é verde-e-branco Passa a régua e dá pro santo Que a Imperatriz chegou

Quando telefonavam para a residência do poeta mangueirense, respondiam: "O Carlos saiu. Foi fazer jus ao apelido"

O' .! J


o

economista Wagner Tavares de Araújo, 50 anos, está na Imperatriz há 13 anos, onde ingressou como diretor de carnaval. Participou da conquista de cinco títulos. Sua maior emoção foi ver a reação do público no Desfile das Campeãs de 89, quando a verde e branco bisou o show de Liberdade, Liberdade!

Carnavalesca

Este será o nono carnaval que a professora universitária, cenógr<r.= figurinista Rosa Magalhães fará a Imperatriz, tendo sido campeã '?" quatro deles. Já passou pela Po "Império Serrano e Estácio de Sá

CHIQU NHO E MARIA HELENA Mestre-sala e Porta-bandeira

Francisco Rodrigues , 35 anos, e sua mãe, a costurei ra Maria Helena Teixeira Rodrigues , 49, defendem o pavilhão de Ramos. Os dois já conquistaram o Estan de Ouro. Maria Helena conta que ensinou os segredos da dança quando Chiquinhc pequeno e os dois ensaiavam na laje de uma meia-água no Morro do Alemão I SETOR

4

' SETOR 3 I

I

' SETOR 2 I

'SETOR 1

I

Alegoria 1 Alegoria aos Festejos Populares - a Cavalhada, Luta entre Cristãos e Mouros

Ala 3 Ala:2 ' G Ala 1 'Gue Uerreiro

, Guerr,e' rrelro M Mouro Iro MOUro OUro

BETO

Mestre de Bateria

O policial militar Alberto da Conceição Guimarães, o 53 anos, desfila há 31 anos ~; ~GaI!_-' verde e branca, onde começOL. surdo de primeira marcação. nos sete campeonatos da E


Alegoria 7

LUIZINHO DRUMOND

Homenagem a Carlos Cachaça

Presidente de Honra

comerciante luizinho Drumond , 60 anos, -ascido e criado na Zona da ....eopoldina, começou na , ia como um mero ;egrante do Cacique de ~m os. Sua maior emoção -.8 Avenida, em 29 anos de pera triz, aconteceu no : 'meiro campeonato, :onquistado em 1980. -tualmente, é o presidente :.a Liga Independente

PAU LINHO MOCIDADE Intérprete

o

cantor e compositor Paulo Costa Alves, o Paulinho Mocidade, 41 anos, é o intérprete oficial da Imperatriz. Já passou pela Mocidade Independente, Unidos da Tijuca e Império da Tijuca

,'SETOR 5 Alegoria 5

O Plantio da Cana

FIQUE POR DENTRO Rua Professor Lace , 235, Ramos, Rio, RJ - CEP 21060-120

(21) 560-8037 / 253-2463 www.imperatrizleopoldi nense.com.br

RI

Diretor de Harmonia

o militar da Aeronáutica

Ricardo Fernandes da Silva, 33 anos, estreou no comando da harmonia com o pé direito, em 1999, quando a agremiação de Ramos foi campeã

Componentes 4.000 N° de Alas 38 N° de Baianas 150 Baiana Mais Antiga Maria Fausta de Olivei ra , 86 anos N° de Compositores 70 Comp. Velha Guarda 60 Comp. Mais Antigo Marcionilda Araújo N° de Crianças 200 Resp. Ala Mirim Direção de Carnaval Acomp. do Intérprete Ivinho (cavaco) , Marquinhos Lessa (cavaco)Marcelo(surdo) , Ismael (sete cordas), Jorginho (tantan) e Maurício (pandeiro) Rainha da Bateria Luísa Brunet Dest aques Paola e Mariana Drumond, Beth Gama, Cláudia Mangano, Samantha e Fabiana Andrade Elyrnar Santos, Paulo Moura, Jorge Lafond e Danton Melo Presonalidades INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


~

DESFILE do SECULO IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE - SAMBÓDROMO, 1989

Liberdade, Liberdade ... Valeu a bronca na concentração. Irritado com o vexame do ano anterior, quando a Escola tirou uma das piores colocações de sua história, ficando em 14° lugar, o presidente Luizinho Drumond soltou o verbo. Prometeu bar-

rar dos próximos desfiles quem não cantasse o samba. Mostrou o requinte das alegorias e foi bem claro: "Fiz a minha parte. Agora, façam a de vocês." Impulsionados por um belíssimo samba, os componentes da

verde e branca entraram na Avenida determinados a ganhar. Estreando como diretor de carnaval, Wagner Araújo, atual presidente, ajudava a construir um caminho de glórias, que faz da Imperatriz a agremiação que

mais conquistou títulos na Era Sambódromo. Ao final do de file, emocionado co o ''J á ganhou!" que yinha das arquibancadas da Apoteose, Luizinho abraçava o carnavalesco Max Lopes: "Valeu, né?"

o abre-alas e a comissãode-frente, trunfos de grande campeã

De soldado a general Nada podia dar errado . Mas quando tocou a sirene anunciando o início do desfile, o destaque que interpretaria Duque de Caxias, no alto da alegoria Guerra do Paraguai, ainda não havia chegado na concentração . O jeito foi pegar

um dos soldados que fazia parte das . composições e promovê-lo ali mesmo. Com o garbo de um general, o soldado desembainhou a espada e foi posto no dorso do cavalo, a sete metros do solo. E ainda fez uma acrobacia para poder passar pela torre de TV



o conhecimento humano sobre o universo que o rodeia é a seiva da vida. A arte de escrever, narrar, pintar, compor, rezar, comprar, vender e pelos mares navegar. Quem primeiro se lançou aos mares e disseminou a cultura de sua gente foram os fenícios, que partiram da antiga Canaã - o Líbano de hoje. Aventuraram-se pelo mundo a fora, deixando suas marcas por onde passaram. Há indícios de que esses hábeis navegantes também tenham aportado no Brasil, muitos e muitos anos antes de Cabral. Descobriram a exuberância tropical e ficaram maravilhados com a multiplicidade de cores e aromas da natureza. Descendentes diretos dos fenícios, séculos após, os libaneses migraram para o Brasil. No Rio, instalaram-se na região da Saara, onde comercializam toda sorte de mercadorias. Como, aliás, faziam desde a Antigüidade.

Os feníci foram os primeiros lançar ao espalhan comércio especiari vivo até h

/


Cante com a gente A seiva da vida Autores: Marcelo D'Aguiã - Bizuca Gilson Bemini - Clóvis Pê

Delegado: seiva da dança

-- ....

~

Saara é um símbolo da 'igração libanesa, cristalizada o coração da cidade

Dona Zica: musa de Cartola

De boa cepa o enredo surgiu a partir de a curiosidade do carnava- o Max Lopes. Ao ver uma :ndeira do Líbano, quis saque árvore era aquela que arecia entre as listras verelhas e branca. Era o cedro :nadeira utilizada desde os pos mais remotos pelos 'cios, em suas embarca-

ções. Foi-se aprofundando até chegar na história dos primeiros habitantes da Ásia. A pesquisa remonta aos dias de hoje. Max não perdeu a chance de transportar a seiva da vida para a Estação Primeira, cujos baluartes sabem dos segredos do mundo e formam a essência do samba.

Intérpretes: Jamelão e Clóvis Pê Nos mares da poesia, naveguei Cruzando as fronteiras do tempo Eu aportei... Nas terras de Canaã Opovo fenício encontrei Do cedro, construíam as embarcações Banhando com sabedoria, Outras civilizações A expansão comercial Gerou o intercâmbio cultural Mistério! A seiva da vida Chega ao País do Carnaval É prometida esta Terra! Abençoado nosso chão Onde a semente da paz é verde e rosa E brota no meu coração Da arte assíria, a inspiração O rei mandou construir Omonumento ao amor Eà rainha negra ofertou Tem mascates, troca-troca, gritaria A dança do ventre até hoje contagia Vou pro Saara comprar, no dia-a-dia Descendo o morro Vou vendendo alegria Eu sou a essência do samba A minha raiz é de bamba Sou Mangueira! O tronco forte que dá fruto A vida inteira

ç;r Mar Medilerrâneo

,

LíBANO

Oriente Médio

A arte a história de um povo trançados em tapetes que enfeitam lares pelo mundo a fora

8 9


o bailarino Marco Antônio Rodrigues, Marquinhos, 29 anos, e a secretária Geovana Justo, 25, defendem o pavilhão mangueirense desde o Carnaval de 98. Os dois foram formados na própria Escola, que mantém um curso preparatório de mestressala e portas-bandeiras. Nunca desfilaram em outra agremiação SETOR 6 ' Manguellô, a Seiva I do Carnaval I

SETOR 5 ' Colônia de i Mascates I

De seus 86 anos, José Bi Clementino dos Santos, o Jamelão, dedicou 60 à Mang,P. onde participou de todas as conquistas após 1950. No Sambódromo, antes da linrê marca o início do desfile, uma . foi batizada com o seu nOl1iiõ Chama-se Espaço Jame/ão. desfil;e, será ajudado por Clóvis Pê e Heraldo Caê. A o distinguiu como o Inté ~ Século

I

SETOR 4 ' A Viagem do i ComércIo I I

FIQUE POR DENTRO Rua Visconde de Niterói, 1072 - Mangueira, Rio, RJ - CEP 20943-001 (21) 567-4637/3872-6786 Telefones www.mangueira.com.br Site 3.800 Componentes N° de Alas 25 N° de Baianas 120 Baiana Mais Antiga Arlete Suluca, 77 anos Comp. Velha Guarda 80 Ed Miranda Rosa, 85 anos Comp. Mais Antigo 160 N° de Crianças Clóvis do Violão, Josimar (sete cordas), Acomp. do Intérprete Pedrinho e Alex (cavaco), Lula do Surdo Tânia índio do Brasil, Maria Celeste Muller, Nabil, Destaques Beth Lee, Roberto de Xangô e Ludmila Alcione, Beth Carvalho, Paulo Zulu, Chico Recareye Rosimary Personalidades Sede

INFOGRARA: Cláudio Roberto

r

• XANGÔ DA MANGUEIRA Diretor de Harmonia

O cantor, compositor e funcionário público federal Olivério Ferreira, 78 anos, é conhecido e respeitado no mundo do samba como Mestre Xangô da Mangueira. Participou de todas as conquistas da Verde e Rosa desde 1950. Começou na Unidos de Rocha Miranda, aos 13 anos. Sua maior alegria foi em 84, com a conquista do supercampeonato na inauguração do Sambódromo


ELMO JOSÉ DOS SANTOS Presidente

o advogado e músico Elmo José

dos Santos, o Rato do Tamborim, 45 anos, já participou de 18

campeonatos conquistados pela Verde e Rosa, sendo um em sua gestão. Filho de Seu TIngüinha, um dos baluartes da Estação Primeira, Elmo guarda na memória um carnaval inesquecível, O Mundo Encantado de Monteiro Lobato. Atualmente, também é vice-presidente da Liesa

MAX LOPES Carnavalesco

SETOR 3 ' Construção ! da Vida ! !

: Alegoria 3 Inspiração ! Assíria !

O bom filho à casa toma. Max Lopes começou na Unidos de Lucas, em 77, depois passou pela Imperatriz, Salgueiro, União da Ilha, Vila Isabel, Viradouro e na Estação Primeira, onde foi surpercampeão, em 84 SETOR 2 ' Conquista ! do Mundo ! ! ! ! !

Alegoria 2 Brasil, Fantástica Natureza

SETOR l ' Brasil, a Terra! Prometida! !

Alegoria 1 Abre-Alas Fenícios

RUSSO

Mestre de Bateria

o percussionista José Luiz Custódio, O Russo, 38

anos, é prata da casa. Começou tocando tarol na .....~"-'liir-' Mangueira do Amanhã. Já participou da conquista de quatro títulos


~

DESFILE do SECULO ESTA ÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA - SAMBÓDROMO, 1984

Yes, nós temos Braguinha Com o Sambódromo recém-construído e a Praça da Apoteose inventada pelo professor Darcy Ribeiro, os sambistas ainda tateavam no escuro para saber como utilizar o espaço definitivo dos desfiles. O regulamento dividiu a apresentação das Escolas do então Grupo l -A em dois dias, elegendo uma campeã para cada disputa. No sábado, a vencedora foi a Portela; no domingo, a Mangueira. As duas, no entanto, voltariam a se encontrar novamente no sábado seguinte, quando aconteceria o tira-teima, diante de outros julgadores. A Verde e Rosa foi a última a se apresentar. E ao chegar na Praça da Apoteose, em vez de encerram o desfIle e sair na direção do Catumbi, deu a volta e retornou à pista. O povo delirou. Veio atrás, festejando a vitória da supercampeã - a primeira da Era Sambódromo.

Rosimary no abre-alas, entre Braguinha e Gargalhada. Em baixo, Max mostra o chapéu e a bandeira que viraram troféus

Dois troféus históricos Max Lopes guarda essa vitória com muito carinho. Naquela época, a Estação Primeira sofria muitas críticas pela má utilização dos tons em verde e rosa. Max tratou

de suavizá-los ao máximo, além de produzir alegorias mais leves e criativas . A Mangueira ganhou outro charme. Na avenida, emocionado com a vibração do público, o

presidente Djalma do.:: Santos presenteou carnavalesco com seu chapéu. Depois da aclamação, Max ainda . ganharia a bandeira que Mocinha desfraldara no desfile.



, A

energia é o princípio de tudo. As manifestações físicas da natureza sempre despertaram no homem a curiosidade e desde os tempos mais remotos ele busca explicações para o que não conseguia entender. Um grande passo foi dado na Grécia Antiga, com as experiências do filósofo Thales, a respeito de energia, força e suas interações. Desde então, o interesse sobre o assunto tornou-se cada vez maior. Várias conquistas foram se sucedendo no campo tecnológico: o dínamo, a lâmpada elétrica, as usinas hidrelétricas, provocando transformações na sociedade - como aconteceu no Rio, por exemplo, a partir da chegada dos bondes. Surgem novas fontes de energia: a solar, a eólica (produzida pelos ventos) e a nuclear, que põe em risco a sobrevivência do próprio homem. O enredo não perde a oportunidade para mostrar os perigos de ligações clandestinas, bem como alerta as crianças para não soltarem pipa nas proximidades da rede elétrica.

C 10,

mel


Hora de mudar o

carnavalesco Wany Araújo está no Carnaval há mais de 20 anos e agora terá a sua grande chance de brilhar na carreira 010. Foi assistente de Joãosinho Trinta nos úl-

Winlenlram10 O rDJ1i,am~/S"lO dos que R::l t"~I2i!:lm de bonde ou

timos seis desfiles em que trabalhou . Ano passado, quando resolveu tirar uma folga e ficar fora da passarela, teve a chance de analisar todo o espetáculo. Chegou à conclusão que alguma coisa precisava mudar. Promete levar à avenida uma nova concepção de alegorias, tanto na criação como na utilização - já que pretende colocálas como partes integrantes das alas e não como divisórias. É de opinião que alas interpostas entre a comissão-de-frente e o carro abre-alas atrapalham a abertura do desfile.

i

t

A União faz a força com muita energia Autores: Márcio André - Djalma Falcão Almir da Ilha - Dito Intérprete: Wander Pires Oh, luz da inspiração Vem clarear meus versos Faz da avenida uma corrente de emoção Uma explosão de energia colorindo o Universo As águas vão rolar Vem mergulhar na vida e ser feliz Meu bem, vem ver a Ilha iluminada Vem viver o sonho que eu sempre quis Já pedi ao céu, estrelas e luar Eu vou enfeitar a noite pra te dar Me manda um alô, me chama de amor Que no primeiro bonde eu vou Abre a porta, deixa o sol entrar Quero amanhecer no teu olhar Eu trago alegria, força e calor Hoje, o astro-rei eu sou Vento que move os moinhos Traz teus carinhos, vem me buscar Me leva que além do infinito Tem um futuro mais bonito Toda magia que a terra me dá É fonte, é vida do meu caminhar Mas todo cuidado é pouco Quem brincar com fogo pode se queimar Se liga, eu sou a voz do povo E a vibração do seu cantar A Ilha é... Paz, amor... Felicidade A energia está no ar Eu vou zoar toda cidade É nessa que eu vou te levar


Carnavalesco

Após trabalhar seis anos ao lado de Joãosinho Trinta, surge uma chance para Wany Araújo mostrar o seu valor. Cenógrafo, figurinista e escultor, está há mais de 20 anos no carnaval. Já passou pela BeijaRor, Império Serrano, Caprichosos, Unidos da Tijuca, Grande Rio e pela própria Ilha, em 83

FUMAÇA Presidente

o aposentado Alfredo Ferna

da Silva, o Fumaça, 57 anos. participa das atividades da E desde a sua fundação, em 19=Como sempre dedicou um ca muito grande à Velha Guarda. maior emoção foi ver os cabeçe brancas desfilando numa ala organizada SETOR A Energia dos Ventos

' SETOR 4 IA Energia ISolar

I SETOR 3 IA Evolução I Social

Alegoria 3 A evolução social

:

A Eletlicidade

Alegoria 2 Usina de hidroeletricidade A Energia

Abre-alas O casulo da energia

Mestre de Bateria

o motorista Ubirajara Marins Santos, o Sira, 44 anos, co--. a bateria pelo segundo ano consecutivo. Vem da ImperaL":: Leopoldinense, onde conqui Estandarte de Ouro, em 81


Ala 31- Aenergia da união embusca dos corações VELHA GUARDA - Aenergia da Cnação daUnião da Ilha COMPOSITORES - A energia do cantar

ROBSON E ANA PAULA Mestre-sala e Porta-bandeira

entrosamento entre Robson dos Santos, • anos, e Ana Paula da Silva Gomes, 28, tão grande que eles acabaram se __"""'v'" Sempre dançaram juntos, .....·TY\c."""rl" pela Viradouro, passando pela _!mn ,'n"c"c e Grande Rio. O casal tem um -o, Patrick Juan, de 6 anos I SETOR 6 IA Energia I Nuclear

WANDER PIRES Intérprete

O cantor Wander Nunes Pires, 29 anos, fará sua estréia como intérprete da Ilha. Era da Mocidade Independente, onde conquistou o Estandarte de Ouro em 97, e esteve no Salgueiro, ano passado. Começou no bloco Grilo de Bangu

- osOI e a li

erra

FIQUE POR DENTRO Sede Telefone Site ARIZINHO Componentes Diretor de Harmonia N° de Alas N° de Baianas O portuário e mi litar reformado Ari da Silva Filho, Baiana Mais Antiga o Arizinho, 50 anos, está há Comp. Mais Antigo N° de Crianças dois anos à frente da harmonia da Ilha. Foi Acomp. do Intérprete fundador do Cacique de Ramos, desfilou na Rainha da Bateria Imperatriz, Grande Rio, Império Serrano, Acadêmicos Destaques de Santa Cruz e Portela Personalidades

Estrada do Galeão, 322, Ilha do Govemador, Rio de Janeiro, RJ - CEP 21931-001 (21) 3396-8169 www.uniaodailha.com.br 3.8QO 31 120 Leonor Morandini Vieira, 75 anos Pallllo Amargoso, 76 anos 100 Jorginho China, Marquinhos do Banjo, Carlinhos Sete Cordas e Leandro Saramango Carol Ligeiro, Fabrício Guimarães, Regilane Dias, Marlene de Jesus, Amarildo de Melo, Ciro Ribeiro e Zezito Ávila Solange Gomes, Miriam Martinez, Daise Nunes INFOGRAFIA: Cláudio Roberto


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DESFILE do SECULO UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR - PRESIDENTE VARGAS, 1977 Até a natureza parecia estar conspirando para ajudar a União da Ilha a conquistar o seu primeiro campeonato. Quando a comissão de frente apontou na extremidade da pista, . .. surgIam os pnmeIros raios de sol na altura da Candelária. O povo cantava os versos do samba mais bonito do ano e que se constituiria num dos clássicos do Carnaval carioca: "Vem, amor... Vem à janela ver o sol nascer... Na sutileza do amanhecer... É o domingo que anuncia .. ." Diferente de outras agremiações, que mergulhavam na era do luxo, a Ilha vinha simplória, com suas pipas e bandeiras coloridas, pranchas de isopor, bolas de gás e urpa variedade de aparatos que emprestam beleza e humildade à vida suburbana. Era o povo cantando o seu dia-a-dia. A Ilha foi a única Escola a arrancar o 'Já ganhou!". Mas acabou ficando em terceiro, perdendo no desempate (bateria) para a Portela. A BeijaFlor comemorou o bicampeonato.

Com elegância e simplicidade a União da Ilha conquistou a simpatia do público da Preso

Domingo

Muita alegria e um samba bonito, segredos do sucesso

Va~

Show de criatividade O "Domingo" foi muit importante para a história d desfiles. Enquanto um grupc de agremiações investia no ,1sual das alegorias e no luxo ~ fantasias, a Ilha esbanjou e criatividade no final dos an . 70. A equipe de Maria Augusta Rodrigues ousou ainda co temas da mesma linha, co "O Amanhã", "Bom, bonito e barato" e "O que será?", que pFOporcionaram desfiles arJ!madíssimos e sambas que marcaram época na avenida e n salões. Nessa época, era a Escola que melhor se comunicava com o público.



N

o alvorecer do terce. milênio e em plena era e cial é o exato momento p o homem contemplar a me sagem de seres iluminad Em Niterói, em 1961, ac teceu a tragédia de um cu destruído pelo fogo. Dize os espíritas que teria sido resgate de vidas passada Roma Pagã. Abalado c esta notícia (mais de 500 p soas morreram no incênd; um empresário cham a José Datrino ouviu vozes c: mando-o para uma m i _espiritual. Vendo o povo sofren despojou-se de suas rique e começou a sua pereg ção. Foi chamado de louc poeta. Plantou flores e di buiu vinho aos que passa pelo local do sofrim enImortalizou nas pilastra viaduto de acesso à Po Rio-Niterói uma sabe d universal: "Gentileza e perfeição, bondade e nam: za, amor, beleza e rique Desde então, o povo pa :: a tratá-lo por GentIleza.


anto das ruas Cante com a gente Gentileza X o Profeta do Fogo Autores: Carlos Santos - Cláudio Russo Zé Luiz - Ciro Intérprete: Quinho

Os Irmãos Sol Joãosinho Trinta estréia na Grande Rio realizando um antigo desejo. Certa vez, ao encontrar-se com Chico Anysio num consultório médico, nos EUA, ficou impressionado com a fé do humorista em São Francisco de Assis. Foi o suficiente para interessar-se sobre a vida do santo. FIcou fascinado e teve vontade de fazer um enredo sobre ele. Mas, certamente, isso traria problemas

com a Igreja. Ao estudar a vida de Gentileza viu que o profeta das ruas tinha muitas coisas em comum com São Francisco. Principalmente, porque ambos possuíam uma vida confortável e se despojaram de tudo para pregar o bem e a igualdade entre os homens. O enredo é uma mensagem de fraternidade.

Novo milênio Avança o homem para o espaço sideral Em busca de mensagem positiva Valorização da vida, o amor universal Na arena, alegria e dor Triste legado que Roma Pagã deixou Pelas vozes foi guiado O arauto iluminado A mudar o seu destino Renuncia a ambição Ao seguir a intuição José Datrino Deixa clarear... Idade Média nunca mais... Gentileza anuncia No raiar de um novo dia Um clamor de amor e paz Das flores a beleza Para o mundo recriar O vinho é a vida É preciso festejar Considerado louco Epoeta foi bem mais ... Deixando nas pilastras As palavras imortais Com a sabedoria universal Pregava contra o mundo desigual Gentileza gera perfeição Violência não Era de "Aquarius ".. . Tempo de amor A Grande Rio ... Iluminou Profeta faz nascer Do fogo alvorecer 111 Irmão Sol a verdade é você

e


Ala 22 - Borboletas, o Símbolo do Futuro

Casais de Mestres-Salas e Porta-Bandeiras mirins 3° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mestre de Bateria

o comerciante Od· QUINHO Intérprete

Quinho começou na União da Ilha, depois passou uma longa temporada no Salgueiro, esteve no camaval paulista no ano passado e agora estréia na Grande Rio

Costa, 44 anos, é músico de mãos cheConhece os segredO!: . cada instrumento de percussão. Já ganho.. Estandarte de Ouro e passagens pelas ba da Acadêmicos de Cruz, Acadêmicos do Dendê, União da Ilha :: Beija-Flor

SETORS ' Profeta I Gentileza entre I Flores e Vinho I

o

I

I I I

SETOR 5 ; Do Povo I

Alegoria 5 Capital vem de Capeta

FIQUE POR DENTRO Rua Almirante Barroso, 5 e 6, Duque de Caxias, RJ - CEP 25010-010 (21) 775-8422 / 650-0456 Telefones Site www.granderio.org.br Componentes 3 .900 26 N° de Alas N° de Baianas 100 Baiana Mais Antiga Julita Santana, 83 anos Antônio Lopes, 78 anos Comp. Mais Antigo 32 N° de Crianças Acomp. do Intérprete Mingau, Leonardo e Antoine (cavaco), Marcos (sete cordas) Rainha da Bateria Mônica Carvalho Destaques Danilop Gayer, Robson, Zeza, Elke Maravilha, Simone Oliveira Suzana Vieira, Miguel Falabela, Luciano latir, Raul Gazola, Personalidades Valéria Valenssa, prefeito Zito, de Caxias

Sede

INFOGRAFlA: Cláudio Roberto

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SIDCLEY E VERÔNICA Mestre-sala e Porta-b

Sidcley e a enfermeira Verônica Uma, 19, defendem o pavilhão de Caxias. Ele já defendeu cores do Salgueiro; Verf:r é prata da casa, com aos 9 anos na Ala Miri


o empresário Hélio Ribeiro de

, Oliveira, o Helinho, 39 anos, esta na agremiação há 11 anos. Sua maior emoção aconteceu no Camaval 98, quando viu sua Escola ser aclamada pelo público, embora não chegasse a disputar o título

JAYDER SOARES Presidente de Honra

o empresário Jaider Soares, 46 anos, chegou à Grande Rio há 12 anos. Não esconde que o seu coração bateu mais forte no desfile que homenageava o socialista Luiz Carlos Prestes,

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JOÁOSINHO TRINTA Carnavalesco

o maranhense João Jorge Trinta começou em 1963, no Salgueiro, passou 17 anos na Beija-Flor e oito na Viradouro. Faz a sua estréia na Escola de Caxias

LUIZ FERNANDO Diretor de Harmonia

Luiz Fernando Leandro foi formado nas divisões inferiores da t ricolor de Caxias e agora assume a responsabilidade de conduzir o desfile da Escola SETOR 4 ' Medieval : I I


,

DESFilE do SECULO ACADÊMICOS DO GRANDE RIO - SAMBÓDROMO, 1998

o.Cavaleiro da Esperança o enredo em homenagem ao líder comunista Luiz Carlos Prestes estourou na Avenida. Graças, principalmente, à força do refrão "Ah! Eu tô maluco, amor!" e ao desempenho da bateria comandada por Mestre Odilon, a tricolor de Caxias nunca esteve tão perto de concretizar o seu sonho. Os gestos coordenados do público, fazendo lembrar os das torcidas organizadas nos está~' dios de futebol, levavam a crer que a Escola retomaria à Sapucaí no Sábado das Campeãs. É o que também indicava a pesquisa do Ibope, que a destacava como uma das preferidas. As notas dos julgadores, no entanto, deixaram a Grande Rio em sétimo lugar. Num desfIle mesclado por guerrilheiros e ativistas, sobrou o desabafo de Seu Osório, pai do presidente Helinho de Oliveira. "Batalhamos, batalhamos, mas perdemos a guerra."

Músculos de sobra Se os homens se derretem com a passagem de mulheres bonitas no alto de alegorias, o carnavalesco Max Lopes optou por inverter a mão. Fez a abertura do desfile com um exército de Rambos musculosos e famo sos. Entre eles os atores Hugo Grossi, Raul Gazolla, José de Abreu, Gérson Brenner, Oscar Magrini e o capoeirista Beto Simas, que vinham pilotando máquinas de guerra. Empolgado com os uivos da platéia feminina, Gazolla bateu continência e despiu-se.

A Grande Rio surpreendeu ao trazer um exército de Rambos no abre-alas, saudando o líder Luiz Carlos Prestes



OCIEP Enredo: Na dor e na alegria, o teatro é só magia Presidente: Marilene Monteiro

I APRENDIZES DO SALGUEIRO 'j

Enredo: No mar de Xarayés, é Pantanal, é Carnaval Presidente: Margareth Valença

W1J I AINDA EXISTEM CRIANÇAS DE VILA KENNEDY Enredo: Água da Vida Presidente: Maria da Conceição (Turquinha)

I MIUDA DO CABUÇU 'j

INOCENTES DA CAPRICHOSOS Enredo: Paz, amor e alegria Presidente: Selma Malafaia

Enredo: A Miúda gosta o que = criança gosta Presidente: Paulo César Alves


IMPÉRIO DO FUTURO Enredo: Brasil, mostra a tua cara e olha para nós Presidente: Arandir dos Santos Cardoso

I INFANTES DO LINS 'j

Enredo: Educação para o futuro da nação Presidente: Dargília Lima dos Santos

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PLANETA GOLFINHOS DA GUANABARA Enredo: Naif Carnaval Presidente: Sérgio Murilo Pereira Gomes

I ERDEIROS DA VILA

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Enredo: Dê uma chance à paz Presidente: Afonsina Pires (Dinorah)

MANGUEIRA DO AMANHÃ Enredo: O coração não esquece: Zé Espinguela, nosso eterno mestre Presidente: Terezinha Labruna


Para saudar a vencedora do Carnaval 2001, a Liga Independente preparou uma festa especial. O espetáculo começará às 19 horas de sábado, 3 de março, com a apresentação de uma escola formada por uma seleção das 10 agremiações mirins. Cada uma delas enviará uma ala de 300 crianças fantasiadas.

Logo depois será a vez da Cento Carnevalle d'Itália, que já se tornou uma atraçãc obrigatória no Desfile das Campeãs, com foliões italianos jogando bichinhos de pelúcia para a platéia. A partir das 21 horas começará a apresentação das cinco primeiras classificadas n desfile do Grupo Especial .

odesfile de sábado é uma nova chance para ver de perto os detalhes que compõem uma campeã Apuração será na Q~arta-Feir

INícIO DO DESFILE ESCOLA 19 h

Escola de Samba Mirim

20 h

Cento Carnevalle d'ltália

21 h

s a Colocada

Entre 22h05 e 22h20

4a Colocada do Grupo Especial

Entre 23h10 e 23h40

3a Colocada do Grupo Especial

Entre Oh15 e 1h

Vice-Campeã do Grupo Especial

Entre 1h20 e 2h20

Campeã do Grupo Especial

do Grupo Especial

A apuração das notas concedidas pelos jUlgadores do Grupo Especial acontecerá às 15h-y': da Quarta-Feira de Cinzas, na Praça da Aporeose, no Sambódromo, com entrada franca. cada quesito serão descartadas as notas de jurado e validadas as dos outros três - a campeã de 2001, portanto, sairá do somatório avaliação de 30 julgadores. A Comissão Apuração será composta pelos representant da Riotur e da Liesa. A leitura das notas ser: transmitida ao vivo para todo o país. A apur: ção do Grupo A terá início às 14h.



llID mro (B liUIDJ:IB] GlOll ~ bl9 úlroIIDD ............... Carnavalesco: Edg/ey Cunha Autores: Mazinho, Luizinho, Ve/udinho e Ambrósio. Intérpretes: Ambrósio e Ve/udinho

Eu vou sambar Hoje eu quero é sambar e cantar O meu laiá laiá, bem feliz Ver meu Rio de paz e amor Cantando meu samba·raiz Eu sou a Ponte De lutas em tantas jornadas No mundo de ilusão Fiz a minha história Resgatei meu passado de glórias Em azul e branco Me deixei levar Saí pelos antigos carnavais

Viajei no tempo Eternizei momentos Atravessei diversos temporais Assim na sutileza do pincel Sonhei um mundo em forma de aquarela A noite mostrou seus encantos A baratinha se tornou mais bela Louvei a natureza e o amor Lembrei artistas imortais Mostrei do Brasil a beleza Costumes e riquezas E seus lindos rituais

Presidente: Wallace Coelho Álamo (Grilo) • Endereço: Av. Sargento de Milícias , 506 - Pavuna • Telefone : 518-388 8

Carnavalesco: A/ex de Souza Autores: Tavinho Dafé, José Jorge, Pixu/é e Paulinho T.J. Intérprete: Pixulé ";'lIah-la-ô é alegria E Sahm-ba amor, é alto-astral Vem da Arábia essa magia O delírio do meu carnaval Sob a proteção de Allah Vou balançar essa Avenida E com o Leão eu vou Cumprir a lei que Maomé profetizou Com bravura novas terras conquistei Com a minha arte, a Europa encantei Nas Cruzadas lutei, defendi meu ideal E na memória de um povo aqui cheguei

Amor, me leva Guerreiro mouro eu sou Vem pra congada, Moçambique, marujada Fazer a festa no esplendor da cavalhada As riquezas da moura encantada consegui E nos autos religiosos Já fui retratado como o mal Fui bom mascate no comércio ambulante Com muita garra nessa terra eu venci E no carnaval sou um sheik de arak E o meu Saara é hoje a Sapucaí

Presidente: Jorge Marotte Correa • Endereço: Rua Márixo José Praga, 40 - Sta. Efigênia, Nova Iguaçu . Telefone: 660-4073 • Site: www.leaodenovaiguacu.cjb

Autores: Felizardo Manhães, Toninha Shita e Ricardo Mendonça. Intérprete: Jardel do Cavacc Em Cima da Hora, eu sou Goiá Tacá Amopi Campo das Delícias, amor Tem Goytacazes na Sapucaí Quando aqui chegaram os portugueses E aos Sete Capitães, legaram A Planície Goitacá, ainda então Capitania de São Thomé Os índios eles não escravizaram "Iau, ua, aú, anrê, anrê" Mas com a fé no Salvador Campos dos Goytacazes começou a se erguer No terreirão da casa grande, "olha o doce sinhá" O batuque a noite inteira, era o negro a cantar Sinhozinho mandou buscar lá no engenho

Presidente: João Severino .

Cachaça boa pra deliciar Ah ... a cidade cresceu Veio o progresso sobre os trilhos Na luz elétrica, a pioneira Com a produção do açúcar e goiabada caseira Campos dos grandes heróis Benta Pereira, José do Patrocínio e outros mais Nilo Peçanha, o republicano Não esqueoeremos jamais Terra de mitos e lendas, folclore popular Arquitetura eclética e barroco singular As margens do Par8lba, no seu curso rumo ao Para orgulho do Estado, oh! Brasil Tem ouro negro a jorrar, a jorrar

Endereço : Rua Zeferino Costa, 556 - Cavalcanti


lllEl1lD ~ ~ ú}] UlIOOI(]JE artD Autorores: Claudinho, Miguel Bedê, Jejê do Caminho e Haroldo Filho Carnavalescos: Ricardo Pavão, Rachid e Márcia Braga.

laiá, laiá, que maravilha! A magia está no ar Nessa fonte de energia Minha Vila é minha vida A emoção me faz cantar Vamos renascer Nessa explosão tão colorida Gritando: VIVa o Ano Novo! Na esperança de ver um povo feliz E sair por aí, pra conferir o que se fala Do Rio de Janeiro e seu interior, jóia rara Tão maravilhoso e cheio de encantos mil Centro cultural do meu Brasil Amor, me leva Nessa barca eu também vou

Vou que vou Sou turista neste dia E no meio da folia Sou um menestrel do amor E a viagem continua Sobe serras, vê-se terras Um grande manancial, que litoral! Nosso solo tem riqueza Generosa natureza Aí tem Dedo de Deus Em Duas Barras Vi Festa de Reis, mineiro-pau Dessa viagem sem igual Volto ao Rio em fevereiro Pra brincar meu carnaval

Presidente: Olício Alves dos Santos . Endereço: Boulevard 28 de Setembro, 382 - Vila Isabel . Telefone: 576-7052 • Site: www.vilaisabel.com

Carnavalesco: Fernando Alvarez Autores: Da Roça, Luiz Carlos Fininho, Henri, Ditão e Luizinho Andanças. Intérprete: Cláudio Tricolor Ainda canta pelas ruas da cidade Brilhou no cenário do samba Oh! Aurora, não quero chorar A estrela de um bamba Atire a primeira pedra Que hoje é o meu cantar . Quem não sabe amar Mário lago é poesia Jornalista, escritor Que a Academia vem rnostrar Nacionalista, contestador Ao som do batuque cresceu O Teatro de Revista No berço da boêmia Consagra o artista Fez da bola uma paixão Oh! Quanta emoção Tricolor de coração No rádio e na televisão Pra onde eu vou? E na rolança do tempo Nessa viagem ao passado Ainda arde a chama Vou rever os rneus arn igos Que inflama seus ideais Nos cafés da Ouvidor A sua arte é magia Bom conversador Que inebria e encanta a multidão Criador da "mulher de verdade" Vou nas águas dessa mar, meu Senhor! Que o cordão do Bola Preta Quem pensava em te calar, não calou!

Presidente: Moisés Antonio Coutinho Filho (ZelO) •

Endereço: Rua do Império, 573 - Santa Cruz •

Telefone: 395-0238

Autores: Edyr Carvalho, Zé Pezão, Zé Carlos e Fernando de Uma. Intérprete: Nego Marfins E aí, tem Patrocínio? Temos: José! Estácio, quanta sedução! Esse grande brasileiro Que mostrou ao mundo inteiro O sonho da libertação (Bate forte coração) Vem comigo conhecer A história de um homem que nasceu pra vencer Sofreu com o preconceito racial Muito jovem, viu na Corte Imperial Os escravos que sofriam Mas foi em frente e conquistou Amizades verdadeiras Na Gazeta de Notícias

Presidente: Acyr Pereira Alves •

O romancista se inspirou Na Abolição abraçou um ideal e deixou Uma lição Mas o milagre surgiu quando a Princesa assinou O final da escravidão Aclamou nossa República Foi no Amazonas exilado Viu o futuro dos transportes E Patrocínio ficou deslumbrado Com uma coisa impossível Era o sonho do balão Depois do canto do cisne Veio a dor de uma partida Essa figura imortal Sempre estará em nossas vidas

Endereço: Rua Salvador de Sá , 206 - Cidade Nova


Camavalesca: Cristiane Costa Autores: Waltinho L.P, Dino, Naldo poeta, PC do Balanço, Tuninho catuaba e Batista Intérprete: TemHeróis viram estrelas Retoma à terra sob as ordens do Rei Sol Transformam-se em pedras sagradas Virando essência milenar da vida A Inocentes taí, !aí, taí Vem pra sacudir Com a Região dos Lagos ASapucaí A lua vem surgindo oor de prata Clareando a madrugada no I~oral Oouro as verdes matas reluziu, lindo visual surgiu

Ovéu da natureza protegeu fauna eflora, que ~ Tão majestosa cheia de encantos mil Esol, é sa, é um tesouro esse meu País Émadeira de lei, é pau-brasil Portugal então levou, daí foi que aoobiça oomeça.. Vieram franceses,ingleses, holandeses eespanhOO A explorar riquezas deste chão Edeixaram asua oontribuição Na arte e na cultura popular Igrejas, monumentos culturas Costa do sal original e brejeira Tem charme ea influênda estrangeira

Endereço: Avenida Boulevard, 1.714 -

Parque São Vicente,

M~oIogia grandeza tupinambá

Gira, gira, gira roda, deixa girar Cabo Frio, Araruama, Saquarema, Búzios,vou amar Sou Be~ord Roxo, sou amor, sou emoção Vou girando na oompasso de meu ooração Oh! Sublime natureza Fez deste espaço, afonte etema ejorra a luz e seduz Santuário de riquezas

Presidente : Armando Penélis

Belford Roxo

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til B1ltD ~ íJllIJlíl:roID CB fTfIl1ln l1IJIf1lIm a.nmB ~ Carnavalesca: Sônia Regina Autores: Paulo Renato, Eugênio Leal, Fabinho

Faz a festa, me abraça, põe d'lampanhe na taça A São Clemente é alegria Vem no pffio e na raça sacudindo a massa Na explosão da bateria Cantei, ah! oomo cantei Eu alertei, eu critquei, amor

Je~o moleque brincahão eu vou Tentando melhorar esse país (pra ser feliz) O meu grito ecoou E aí, o que mudou? Mas não desisto, sou guerreiro lutador Se oorrer o pardal pega Se ficar o ladrão oome Onde a ooisa vai parar? Tô sem terra, tô sem ninho Qual será o meu caminho Quero casa pra casar Tá na hora de curar minha saúde Quem tem plano fica pobre

e Rodrigo Índio. Intérprete: Ânderson Paz Eo pobre que se cuide Hoje o Cap~o de Asfalto Tomou de assalto as manchetes de jomal Marginalizado Virou culpado da tragédia social Eo meu povão do camaval Não pode mais partidpar No troca-troca deu lugar Para o turista delirar f:. solução então E investr na educação Criar emprego Para libertar essa nação

Presidente: Ricardo Almeida Gomes. Endereço: Av. Brasil, 993 - São Cristóvão • Telefone: 580-2121 . 1 Site: www.geocities.com/saoclemen ~

IDID 8J1lIflJJ) ~ ~ (B \!fi!mjJ t1lIJ1lID @ Carnavalesco: Caê Rodrigues Autores: Hugo Leal e Flávio Lauria. Intérprete: Ito Melodia Um sorriso de criança O futuro, a esperança Que isso tudo vai mudar Porto da Pedra fvJe leva que eu também quero sonhar (E possível, vamos lá) Hoje o Tigre vem mostrar O caminho para um mundo bem melhor Feche os olhos, escute o coração A infânda é a semente, o futuro da nação Quero ver as criancinhas Se lambuzando no mel da vida Vivendo com carinho e proteção Sem medo do destino, oom saúde e educação

Rece~a pra formar

o cidadão Brincar de pique, brincar de roda Amarelinha, soltar pipa e jogar bola Esoonde-esoonde, rodar pião Vem ser criança nesse mundo de ilusão E no esporte, a direção para as virtudes Com a magia do amor Abraçar nossa infância e juventude Enquanto há vida, há esperança, sabemos ele A criança, nosso bem, nosso valor maior Crescer e viver, agora é lei No olhar dos pequeninos Veja o mundo que sonhei

Presidente: Eduardo Marbella • Endereço: Rua João Silva, 84, Porto da Pedra,São Gonçalo. Telefone: 605-2984 • Site: www.portodapedra.com.tr


~ fi ~filD dlJllIJl1ffiffmJ) Carnavalesco: Eduardo Silva Autores: Adilson Tatu e Gago. Intérprete: Serginho do Porto

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Meu Império da Tijuca, vem mostrar Como é doce viajar nesta emoção Deixa eu te namorar, Macaé E conquistar teu coração çmoldurada pelas mãos do Criador E lindo cOhtemplar tanta beleza Seus rios, cachoeiras e cascatas Verdadeiro paraíso de riquezas O índio era o dono dessa terra Quando o homem branco aqui chegou E o negro feiticeiro vai pra mata No quilombo a liberdade das amarras do senhor Depois do porto, a ferrovia chegou Dos engenhos de açúcar, ao cultivo do café

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Presidente: Fernando Sérgio de Oliveira •

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O ouro da Coroa reluzia, impulsionando Macaé Na música uma nova aurora Conspiradores, shows de liras pelo ar A São Pedro vai meu barco em procissão Festa junina e lendas de emocionar Oh Santana, segredo, mistério em oração Assim conta a história Que cem anos durou a maldição O ouro negro surgiu, fez o progresso jorrar E a cidade novamente a prosperar Hoje a Princesinha do Atlântico Faz turista se encantar Dádiva da Natureza, jóia rara que me faz sonhar

Endereço: Av. Francisco Bicalho, 47 - Clube dos Portuários - Rodoviária •

Telefone: 518-1123

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Carnavalesca: Paula Vannier Autores: Waguinho do cavaco, Alexandre Sena e Élson Pinheiro. Intérprete: Luizito Da Vila Olímpica à Villa Rica Çhiquinho da Mangueira E um exemplo de vida Pra essa cidade inteira Hoje eu venho exaltar Essa figura tão querida Foi lá em Vila Isabel Que começou a sua vida Se misturava com os bambas A Verde-e-Rosa O seu verdadeiro amor Conhecendo Tia Alice Presidente: Luiz Roberto dos Santos

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Um projeto social iniciou Pelas crianças, então ele lutou Com humildade ele foi um sonhador E promovendo os esportes, fez feliz Jovens que orgulham este país Assim toda a comunidade Agradece de verdade Pelo bem que praticou A Inglaterra, seu trabalho aplaudiu Pro mundo projetou nosso Brasil Até Bill Clinton se emocionou Francisco de Carvalho és um vencedor

Endereço: Ladeira dos Tabajaras, 681 - Copacabana

Telefone: 236-5695

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Carnavalesco: Guilherme Alexandre Autores: Aloísio Vil/ar, Paulo Travassos, C/odoaldo Silva e Silvana da Ilha. Intérprete: Ronaldo lIIê Hoje peço paz, saúde e felicidade Faz mudar a direção Brindaremos ao futuro nesse dia Odudua, vá falar com Orumilá Faça sua festa com o Boi da Ilha Consulte o oráculo de Ifá Vem do Orun Não se esqueça da oferenda A ordem do divino criador Não tenha vaidade Para ser criada a terra A nossa força vem da humildade E viver em paz sem guerra Olorun abençoou Vejo os meus filhos em seu caminhar Oxalá, orixá de confiança Elementos irão se formar Cai na sede da vingança Nasce a vida do ventre de Ayê Não cumpriu sua missão É nagô, essa beleza é você nagô Exu que é o bem e a maldade Que mostra um mundo de esplendor Usa sua ambigüidade Em uma linda história de amor Presidente: Eloy Eharaldt

En dereço: Rua Pio Dutra, 279 - Freguesia - Ilha

do Governador


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Nem só de Escolas de Samba vive a folia carioca. Aqui você tem algumas opções para se divertir a valer nas ruas da cidade

QUINTA, 22 • Meu Bem Volto Já - Esquina de avo Nossa Senhora de Copacabana com Princesa Isabel, em Copacabana, às 19 h • Escravos da Mauá - Largo de São Francisco da Prainha, na Praça Mauá, às 18 h SEXTA·FEIRA , 23 • Mis a Mis - Em frente ao Museu da Imagem e do Som, na Praça 15, às 18 h • Bloco das Cannelitas - Bar do Serginho, na esquina da rua

Dias de Barros com ladeira de Santa Teresa, em Santa Teresa, às 18 h . • Concentra Mas Não Sai - Rua Ipiranga, 54, Laranjeiras, às 20 h • Bip-Bip - Em frente ao bar de mesmo nome, em Copacabana, às 22 h

tela, em Botafogo, a partir das 13 h • Rola Preguiçosa - Esquina de Maria Quitéria com Epitácio Pessoa, na Lagoa, às 18 h • Zumbi de Pilares - Largo de Pilares, às 19 h

SÁBADO,24 • Cordão da Bola Preta - Em frente à sede do Bola, na esquina das ruas Evaristo da Veiga e Treze de Maio, no Centro, às 9 h • Bloco do Barbas - Esquina das ruas Assis Bueno e Arnaldo Quin-

DOMINGO, 25 • Simpatia É Quase Amor - Praça General Osório, Ipanema 22 h • Que Merda É Essa? - Bar Paz e Amor, esquina das ruas Garcia D'Ávila com Nascimento Silva, em Ipanema, às 14 h • Cacique de Ramos - Esquina de Rio Branco com Presidente Vargas, às 18 h • Zumbi de Pilares - Largo de Pilares, às 19 h

Um dos melhores momentos do carnaval de rua é o concurso da Cinelândia

Folião original Um dos mais tradicionais concursos de fantasias da cidade mantém a criatividade do folião anônimo. A passarela será montada na Cinelândia e as inscrições poderão ser feitas das 13 às 16 h, obedecendo as seguintes datas.

DOMINGO, 25, 17 h - Praça do Lido, Copacabana - Eliminatória do concurso infantil SEGUNDA, 26, 17 h - Cinelândia - Finalíssima do concurso individual, crianças e adultos 124 TERÇA, 27, 17 h - Cinelândia - Finalíssima do concurso de grupos e de clóvis

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SEGUNDA, 26 • Cacique de Ramos - Esquina de Rio Branco com Presidente Vargas, às 18 h • Bloco de Segunda - Cobal do Humaitá, pelo lado da Voluntários da Pátria, às 17 h • Zumbi de Pilares - Largo de Pilares, às 19 h TERÇA, 27 • Cacique de Ramos - Esquina de Rio Branco com Presidente Vargas, às 18 h • Bip-Bip - Em frente ao bar de mesmo nome, em Copacabana, às 22 h • Clube do Samba - Av. Atlântica esquina com Santa Clara, a partir das 14 h • Bloco Tramela - Rua] oão Pinheiro com rua Teresa Cavalcanti, na Abolição, às 16 h • Zumbi de Pilares - Largo de Pilares, às 19 h



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VIZINHA FALADEIRA

RENASCER DE, JACAREPAGUA

UNIDOS DE VILA KENNEDY

Enredo: Uarará, o fruto da vida Comissão de Carnaval

Enredo: Ousadia de um homem à frente de seu tempo Nelson Carneiro Carnavalesco: Sandro Gomes

Enredo: Paraíba, o Portal das Américas Carnavalesco: Edson Siqueira

LINS IMPERIAL Enredo:

O canto da guerreira homenagem a Clara Nunes Carnavalesco: Jorge Caribé

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UNIDOS DO JACAREZINHO

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Enredo: Maracanã, 50 anos de emoções Carnavalescos: Cláudio de Jesus e Ewerton Rodrigues

Enredo: A magia da dança Carnavalesco: Jorge Mendes

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UNIDOS DO CABUÇU Enredo: Cabuçu canta e encanta com o canto das sereias Carnavalesco: Marcos Caleiros

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ARRANCO DO ENGENHO DE DENTRO Enredo: Oh, que saudades que eu tenho! Carnavalesco: Paulo Barros

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ACADEMICOS DA ROCINHA Enredo: E Deus criou a mulher Carnavalesco: Luciano Costa

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FOLiÕES DE BOTAFOGO

ACADÊMICOS DO CUBANGO

DIFíCil É O NOME

Enredo: Quando 3001 chegar Carnavalesco: José Roberto Henzze

Enredo: A Cubango mostra a tua raça, Niterói é teu berço, a cidade te abraça Carnavalesco: Roberto Reis

Enredo: O gigante da Zona Norte Comissão de Carnaval


Não deixe a Aids estragar afesta Como o Carnaval é a "Festa do Corpo" e, há séculos, desperta a sensualidade dos foliões, a Universidade do Estado do Rio de] aneiro em parceria com a Coordenação Nacional DST/Aids - Ministério da Saúde, mais o apoio dos Programas de Aids das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de ]aneiro, Liesa e Riotur, mais uma vez colocará o seu bloco na rua. Aproveitará a oportunidade para uma campanha de esclarecimento e prevenção sobre os riscos de contaminação da doença. Na realidade, este bloco já está nas ruas da Região Meprot. Márcio Tadeu é responsável pela campanha contra tropolitana do Rio desde jaa Aids que é teita no Sambódromo neiro, quando uma equipe de 10 estagiários da Faculdade de Enfermagem e 100 cas sobre as formas de contaminação, e uma reAgentes Multiplicadores do Programa de Prevenlação dos principais centros de testagem anônição à DST/Aids ("Só Alegria Vai Contagiar... ") coma e aconselhamento para HIV/Aids no Estado ordenados pela UER], visitaram todas as quadras do Rio de ] aneiro . e barracões das Escolas de Samba do Grupo EsSegundo o coordenador do Programa, profespecial orientando a população sobre os perigos sor Márcio Tadeu, as pesquisas feitas no Sambóda doença. Nessas visitas, as equipes distribuíram dromo em carnavais anteriores revelam que o 300 mil preservativos, ventarolas, folders e banpouco caso para o uso da camisinha é o mesmo danas que ainda é a forma mais segura de evitar a desde o folião que ocupa as arquibancadas da Pra.contaminação através do ato sexual. ça da Apoteose àquele que freqüenta os camaroA campanha será intensificada durante os dias tes vip, no setor turístico. O educador explica que, de desfiles no Sambódromo. Um grupo composdiante desse quatro, um dos principais objetivos to por 59 técnicos das áreas de educação e saúde da campanha é o de conscientizar as mulheres que estará de plantão em todos os acessos da Passasentem as dificuldades impostas por nossa rela do Samba, distribuindo mais 300 mil camicultura, de negociar formas de sexo mais sinhas, além de folhetos com informações básiseguro com o uso do preservativo.

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Números não mentem •

A progressão da Aids é alarmante. De acordo com o boletim da Coordenadoria de Vigilância da Secretaria Estadual de Saúde, até setembro do ano passado foram notificados 28.600 casos, sendo 27.741(96,9%) em adultos e 859(3,1 %) em crianças. A distribuição dos casos de acordo com as regiões geográficas do Estado mostra que 90% dos pacientes infectados são da Região Metropolitana, abrangendo a capital e os Municípios da Baixada Fluminense e da Grande Niterói. O Rio de Janeiro é o local de maior incidência da doença: 66,2% dos casos documentados pela Coordenadoria de Vigilância são da capital. Se em dimensões regionais os números são preocupantes, em escala nacional são muito mais. De acordo com as estatísticas do Ministério da Saúde, de 1982 a junho do ano Número de casos segundo região de residência Estado do RIo de janeiro 1982 . 2000

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CRIANÇAS

passado foram notificados 190.949 casos de Aids, sendo que 106.219 envolvendo pessoas entre as 15 e 34 anos. Considerando que o período de incubação do vírus HIV é de cinco a dez anos, verifica-se que a população está se infectando entre os 15 e 29 anos. Ou seja, quando a vida sexual é mais ativa. A transmissão sexual continua sendo a fo rma mais importante de exposição à doença. Estudos de estimativa para o número de pacientes infectados com o HIV no país indicam que entre 338 mil e 484 mil pessoas na fa ixa etária entre os 15 e 49 estão contaminadas. Desse total, mais de 60% estão concentrado em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Entre as categorias de exposição sexual, a de comportamento heterossexual ( que pratica o at com o sexo oposto ) é a que apresenta o aumento mais acelerado, embora os casos de comportamento homossexual e bissexual ( que pratica com ambos os sexos) sejam os mais freqüentes durante todo o período estudado.


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CUIDADO , ASSIM PEGA AIDS: Relações sexuais sem camisinha

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Sexo oral: contato da boca com os órgãos sexuais. Sexo vaginal: entrada do pênis na vagina. Sexo anal: entrada do pênis no ãnus. USO

de drogas injetáveis

o vlrus cI.!! AIDS pode ser transmitido através do sangue que fica na seringa e na agulha. As pessoas que utilizam drogas injetáveis devem usar seringas descartáveis.

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Da mãe para o filho A mãe pode transmitir o vrrus da AIDS para o filho durante a gravidez, durante o parto e amamentação. Toda grávida deve fazer o teste daAIDS no pré-natal, e, caso seja portadora dovlrus, deve IlÍciar otratamento o mais rápido posslvel, garantindo a sua própria saúde eevitando que o :Jebê também seja irtectado.

Transfusão de sangue Risco de infecção para quem recebe transfusão com sangue não testado. Doar sangue não representa nenhum risco de contaminação para o doador.

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IQUE FRIO, ASSIM NÃO PEGA AIDS: ~raço, aperto de mão, carinhos, beijo na boca, suor, lágrimas, saliva, =spirro, sanitários, pias, piscinas, picada de inseto, doando sangue, copos, )fatos, talheres, roupas de cama e toalhas usadas por pessoa que tem o írus, nada disso faz você pegar AIDS.

QUE PREC I SAMOS SABER OBRE DST? DST quer dizer Doença Sexualmente Transmissível. As doenças mais comuns que se gam transando são gonorréia, sífilis, candidíase, tricomoníase, herpes genital, entre outras. Nos homens, os sintomas das DSTs são percebidos com maior facilidade, pois o órgão xual é para fora. Nas mulheres, o órgão sexual é interno e dificulta a identificação dos ntomas. A qualquer sinal de ferida, bolha, coceira, ardência, corrimento, verruga ou qualquer eração nos órgãos sexuais, procure um serviço de saúde. Não trate na farmácia. Homens e mulheres precisam estar atentos para conhecer o próprio corpo. As DSTs são doenças que merecem muita atenção e cuidado. Em muitos casos, 3parecem e desaparecem . Para a pessoa com DST, o risco de pegar AIDS é 18 vezes maior que o normal.

ONDE BUSCAR MA I S I MFORMAÇÕES? • PERGUNTE AIDS .........................................0800 611997 • • • • •

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• Hospital Escola São Francisco de Assis Av. Presidente Vargas, 2.863,Tel.: (21) 293-2255

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Exportação Para se ter uma idéia do prestígio que a aguardente brasileira alcançou no mercado internacional, basta dizer que a caipirinha é a segunda bebida mais consumida na terra da cerveja, a Alemanha. A informação é da Associação Brasileira de Bebidas - Abrabe, que coordena o Programa Nacional de Divulgação da Aguardente e é patrocinadora da Imperatriz Leopoldinense.

veu três para as escolas de samba de Porto Alegre, todos voltados para a ajuda do semelhante.

Pichação o projeto Rio Com Gentileza, parceria entre a Universidade Federal Fluminense, Secretaria municipal de Cultura e empresas do setor privado foi criado para restaurar os painéis do andarilho Gentileza, pintados em 56 pilares do Viaduto do Gasômentro, na

Zona Portuária do Rio. Mais que os pichadores, a Comlurb agrediu os pensamentos do profeta. cobrindo-os com cal. "Os escritos formam uma cartilha, em que Gentileza denuncia as condições do mundo e anuncia como alternativa a gentileza e suas virtudes" - ensina o professor da UFF. Leonardo Guelman.

BARRACAO • Os Sete Pecados Capitais que a Viradouro levará para a avenida já foram tema de um ciclo de palestras no Centro Cultural Banco do Brasil.. Os pecados são tantos que desencadearam nove debates e uma mostra de 29 vídeos.

Aperigo Símbolo maior do poder, a águia-real plana muito alto quando quer caçar para comer. Possui comprimento de até 1 m e envergadura de 2 m. Se os potentes olhos agudos descobrem um pequeno mamífero, mergulha em pique para arrebanhar a presa nas garras curvas. No inverno, quando a comida escasseia, é capaz de atacar animais tão grandes como um veado.

• Apesar da paixão desenfreada dos presidentes (de honra) Eurico Miranda e Fernando Horta pelo asco da Gama, o grande homenageado da Unidos d:. Tijuca, Nelson Rodrigues. era um tricolor ferrenho . .-\ alegoria que representa futebol mostrará um j o entre o Vasco e o Fluminense - que, no mínimo, de< terminar empatado ...

Carnavalesco Consultor oficial da Mocidade Independente, o padre Marcelo Guimarães é um apaixonado pelo carnaval carioca. Já assistiu a três desfiles no Sambódromo e agora realizará o seu grande sonho, que é participar do espet~cul? Não é a pnmeIra vez 13 que sugere um enredo. Já escre-

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omarketeiro também se achou no direito de usar a pilastra do viaduto para vender oseu produto

• Revoltado com a barraçãc da filha, que desfilaria no de um carro, um diretor reclamar com o presid A moça não parava de raro Mas, o presidente não esmoreceu. Alegou que a . vem estava fora de fo com vários quilos acima peso ideal. E ainda po mu: "Ela tá precisando uma leptospirose ..."


GUARANA KUAT

o sabor do carnaval o

guaraná do Amazonas será a grande estrela do Carnaval Carioca. Para identificá-lo ainda mais com a maior festa popular do país, a Diretoria de Marketing das Marcas de Sabores da Coca-Cola está desenvolvendo uma grande campanha neste período, que envolve a exposição da marca Kuat no Sambódromo e inserções na TV, dur ant e

a

transmissão dos desfiles do Grupo Especial. O

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filme ~~

publicitário foi gravado no barracão de uma superescola. A diretora Karen Schwab é a responsável pela campanha e explica que o Kuat também cairá na folia em Salvador, Recife e Olinda - cidades onde o povo brinca o carnaval a valer. E como o guaraná traz consigo esta mistura de sabores regionais, foram criadas fantasias diferentes para o Kuat, caracterizando-o com confete,

serpentina, lantejoulas e purpurina. Segundo Karen, o Carnaval é a semana em que é vendida a maior quantidade de refrigerantes em lata durante o ano, e é a segunda em volume geral. A meta é ampliar esses limites. Aqui no Rio, o Kuat terá um camarote na Avenida, onde os ocupantes usarão camisetas e bonés com a marca do guaraná. Haverá também um gigantesco painel no acesso ao ........_ _ _ _.......... Setor 7. Um aVia0 circulará pelos céus da Cidade exibindo a marca. Mais de 200 pessoas estarão empenhadas na divulgação do produto, que também aparecerá na mídia impressa e em out-doors. A campanha não fica por aí. Karen promete que haverá uma grande surpresa, mas prefere não revelar. Ela acontecerá durante o carnaval. Com a magia do guaraná ...


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here's no better way to celebra te the arrival of a new millennium than a samba parade, packed with energy and renewed hopes for a better world. Since 1932, Rio's Samba Schools have become a mouthpiece for Brazilian culture, turning Rio de] aneiro into the world capital of gaiety. Many things have changed over the past seven decades, and what was once scorned as

mere entertainment for the poorest sectors of society has grown to such an extent that it is now known as the Greatest Show on Earth. Since that first parade in the Praรงa Onze Square - currently the Terrรกrรฃo do Samba, alongside the modern Sambadrome (Sambรณdmmo) in downtown Rio de ] aneiro - the Samba Schools have portrayed milestones in Brazilian life through their themes, showcasing the marvels

of this unparalleled countIy. is a peaceful, friendly celebrati of the Brazilian way oflife b . ~ world's most hospitable peopThe Rio de Janeiro Ma '(g Office and the Independe League of Samba Schools <rr:working together to organize thrilling spectacle, dedicateduniversal peace. They 31confident that this event , ..; encourage feelings of wa fellowship among all its visito and spectators.


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I

, lhe World Greatest Carnival Carnival in Rio de Janeiro is one of the liveliest events in the world. The entire city pauses for four entire days nobody goes to work, except those who are involved in keeping the party going. Carnival merry-makers take to the streets in fancy-dress. Samba groups liven up suburban streets with their driving drum -beats, while amateur samba bands draw crowds to dance along the sea -shore. At night, many clubs hold their own private Carnival balls. The main stage for Carnival in Rio is the Sambadrome - a

different kind of stadium with seating for 80,000 people. Built in 1984, it was designed with a double purpose: during most of the year it houses classrooms built under the bleachers - but at Carnival time, it is the perfect stage for Rio's unique Samba Schools. On Friday February 23, the Junior Samba Schools - whose members range from 8 to 18 years old - dance at the official opening ceremony of Carnival 2001, greeted by Carnival King Momo, his Queen and Princesses. On Saturday, March 24, the Group A Samba Schools parade in a thrilling spectacle, with the winner and runner-up promoted to the elite Special Group next year. Sunday and Monday nights are the high spots of the festival: on February 25 and 26 the fourteen top Special Group schools parade. The victory celebration takes place at the end of the week on Champion Saturday, March 3, when the top five schools in this elite Special Group return to the Sambadrome for the victory parade, bidding the crowds farewell and inviting everyone back for fresh 133 thrills in 2002.

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Major Samba Schools The first Samba School - Deixa Falar appeared in 1926 in the Estácio district of Rio de Janeiro. Many other groups have sprung up since then, building up a lively spirit of rivalry. The first parade took place in 1932, and was won by Mangueira. At that time, each of these groups had around a hundred members. Today, a Special Group Samba School parades some 4,000 samba dancers and musicians, clustered in to 35 sub -groups of a hundred people each. That means that Mangueira is 35 times larger today than in 1932! The Samba School parades are judged by a jury of specialists selected by the Independent League, ratified by the Mayor's Office. They rate ten items, awarding five to ten points each. The adjudication items are: percussion section (Bateria); theme-song samba sung by the entire school (SambaEnredo); singing performance of the entire scho01 (Harmonia); theme presented by the parade (Enredo); choreography of all the sub-groups (Evolução); visual and artistic balance of the entire parade (Conjunto); decorated floats (Alegon'as); costumes of ali the various subgroups (Fàntasi134 as); performance by the small

~

group opening the parade (ComÍssão de Frente); and the performance of the couple bearing the samba school flag (Mestre-Sala & Porta-BandeÍra). The results of the Special Group and Group A parades are announced on Wednesday, February 28 at 3 p.m. in the Praça de Apoteose square at the Sambadrome, which is open to the fans. The entire country watches live television coverage of the ceremony announcing the jury scores - and after an hour or so of tense excitement, the new Champion Samba School is announced.

The stunning beauty of Brazilian women and light-hearted merry-makers add to the gaiety of the Greatest Show on Earth

Samba schools por real-life events from over the world in Sambadrome - eVi the Statue of Liberty swept away by tft samba be


The Ilag-bearer 01 lhe Unidos do Mundo samba school and her nimble-Iooled escorl salule lhe crowds

Six Days Df Samba Parades The Independent League of Samba Schools in Rio de Janeiro organizes the Sarnbadrome parades oom February 23 through March 3. In order to move easily around this unique rultural showcase, check out the map on pages 70 and 71.

Friday, February 23, 7.00 p.m. Junior Samba School Parade

Saturday, February 24, 8.00 p.m. Samba School Parade - Access Group A

The ten Junior Samba Schools are mosdy offshoots of their official adult counterparts. Established to introduce youngsters from low-income communities to the Camival industry. throughout the year they teach these underprivileged youngsters how to work with wood, metal and expanded polystyrene, as well as cutting and sewing costumes and decorating floats. The children also leam to play percussion instruments and discover the secrets of complex samba steps. The official Opening Ceremony for Camival 2001 begins at 6 p.m., when the Junior Samba Schools present a number of different themes, not scored for adjudication. Each has forty minutes to parade, in the following order:

The top two schools in Access Group A will be promoted to the Elite Special Group in 2002 . In this parade, each samba school has sixty minutes to display its theme. The order of app earance is given below:

1 - 7.00 p.m. - Corações Unidos do Ciep (In pain and happiness, the theater is

1 - 8.00 p.m. - Unidos da Ponte (In blue and white my heart is swept away)

2 - 9.00 p.m.- Leão de Iguaçu (Allah-Ia-ô - A Camival of Araby) 3 - 10.00 p.m.- Em Cima da Hora (Goiá Tacá Amopi - Field of delights) 4 - 11.00 p.m.- Vila Isabel (Marvelous stage, full of a thousand charms)

5 - 00.00 a.m.- Santa Cruz (Mário Lago, as time goes by, a lite of stories) 6 - 01 .00 a.m.- Estácio de Sá (Hey there, do you have sponsorship? We have: José)

7 - 02.00 a.m.- Inocentes de Belford Roxo (The lakes region - Inocentes is Camival in the land of sun and salt)

pure magic)

8 - 03.00 a.m.- São Clemente (São Clemente shows nothing has changed

2 . 7.40 p.m. - Aprendizes do Salgueiro (In the sea of Xarayés, i('s the Pantanal

in this Brazil)

m9tlâfilií;

I1'S

Carmiral}

3 - 8.20 p.m. - Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy (Water of life) 4 . 9.00 p.m. - Inocentes da Caprichosos (Peace, lave and happiness)

5 - 9.40 p.m. - Miúda da Cabuçu (The Miúda juniors show what kids like)

9 - 04.00 a.m.- Porto da Pedra (A possible dream! Growing and living is now the law)

10- 05.00 a.m.- Império da Tijuca (Macaé, the little princess of the Atlantic)

6 - 10.20 p.m.- Herdeiros da Vila (Give peace a chance)

11- 06.00 a.m.- Vil/a Rica (From Vila Olímpica to Vil/a Rica - Chiquinho da

7 - 11.00 p.m.- Império do Futuro (Brazil shows its face and looks at us)

Mangueira, a example of life)

8 - 11.40 p.m.- Infantes do Lins (Education for the future of the nation)

12- 07.00 a.m. - Boi da Ilha (Orun-Ayê)

9 - 00.20 a.m. - Planeta Golfinhos da Guanabara (Naif Carnaval) 10 - 1.00 a.m. - Mangueira do Amanhã (The heart does not forget Zé Espinguela, our etemal master)


SAMBADROME'S PARADES

Many samba schoo/ themes pay tribute to Brazil's indigenous peop/es, particu/ar/y junior sections Sunday, Febnlary 25, 9.00 pom. Samba SchooI Parade - Special Group (Part I)

Tuesday, February 27, 7.00 p.m. Samba School Parade - Access Group B

The high spot of Carnival in Rio begins on Sunday with the presentation of the seven Special Group samba schools, each with eighty minutes to paradeo Their order of appearance is given below:

The top two schools in Access Group B will be promoted to Access Group A in 2002, each samba school having fifty minutes to parade. The order of presentation is given below:

1 - 9000 pomo - Paraíso do Tuiuti (A moor in the quilombo runaway slave settlement: history records this) 2 - 10.05 - 10.20 p.m . - Tradição (7he treasure-chest man Today is Sunday, a happy day. Let's smile and sing!) 3 - 11.10 - 11.40 p.m. - Unidos da Tijuca (Tijuca with Nelson Rodrigues through the key-hole) 4 - 0.15 - 1.00 a.m. - Salgueiro (Salgueiro in the sea of Xarayés, it 's the Pantanal wetlands, it 's Carnival) 5 - 1.20 - 2.20 a.m. - Mocidade Independente (peace and harmony, Mocidade is happiness!)

8 13

6 - 2.25 - 3.40 a.m. - Portela (Wanting is being ableto) 7 - 3.30 - 5.00 a.m. - Beija-Flor (The saga of Agotime - Maria Mineira Naê)

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1 - 7.00 p.m. - Vizinha Faladeira (Uarará, the fruit of /ife) 2 - 7.50 p.m. - Renascer de Jacarepaguá (The daring of a man ahead of his time - Nelson Cameiro) 3 - 8.40 p.m. - Unidos de Vila Kennedy (Paraíba, gateway to the Americas) 4 - 21.30 p.m. - Lins Imperial (The song of the warrior woman - tribute to Clara Nunes) 5 - 10.20 p.m. - Unidos do Jacarezinho (Maracanã, 50 years of thri//s ) 6 - 11.1 Op.m. - União de Jacarepaguá (The magic of dance) 7 - 00.00 a.m.- Unidos do Cabuçu (Cabuçu sings and enchants with a siren song) 8 - 00.50 a.m. - Arranco do Engenho de Dentro (Oh, hownostalgic I feel!) 9 - 01.40 a.m.- Acadêmicos da Rocinha (And God made woman) 10- 02.30 a.m.- Foliões de Botafogo (When 3001 arrives) 11- 03.20 a.m.- Acadêmicos do Cubango (Cubango shows its breeding. Niterói is your cradle, the city embraces you) 12- 04.10 a.m.- Difícil EONome (The North Zone giant)


Wednesday, March 28, 3.45 p.m. Counting the votes for the Samba Schools Parade On a giant stage set up in the Praça de Apoteose square at the Sambódromo , the heads of the Independent League of Samba Schools and Riotur tot up the scores awarded by the jury for the Special Group and Group A parades. The fans pack the bleachers and cheer or boo every rating, with the entire ceremony broadcast live nationwide. Some ninety minutes later, the Grand Carnival Champion 2001 is announced, as well as the two schools stepping down to Group A and the winners moving up Irom Group A into the elite Special Group. Some celebrate triumph, while others suffer defeat.

Carniva/ designers are deep/y concerned wilh preserving lhe wildlife of Amazonia, such as panlhers and parrols ~.

Saturday, March 3, 7.00 p.m. Parade of Intemational AHractions and Champion Samba Schools For the festival closing Carnival 2000, the Independent League of Samba Schools has organized yet another great spectacle, starting at 7.00 p.m. with a giant joint Junior Samba School. This features 3,000 youngsters in colorful costumes, consisting of three hundred children selected from each group in the parade on Friday February 23. Next comes a performance from Italy, with the Cento Carnevalle d'Itália tossing cuddly toy animaIs to the audience. Mter a brief interval, the top five samba schools in the elite Special Group appear, bringing Carnival 2001 to an unforgettable end with the Grand Champion Samba School 2001.

RIOTUR City of Rio de Janeiro Tourism Authority - Rua da Assembléia 10, 8º andar, Centro - 20119-900 - Rio de Janeiro - Brazil Phones: 005521 217-7575 - Fax: 005521 531-1872 - E-mail: riotur.riotur@pcrLrj.gov.br - http://www.rio.rj.gov.br/riotur

TOURIST POLlCE PRECINCT (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista - DEAT) - Av. Afrânio de Melo Franco, Leblon - Phones: 511-5112/399-7170



saúde é sempre destaque. A Unimed

à sua disposição 365 dias por ano.

Nossos médkos alertam: carnaval é contagjante.

Para garantir a você / 'maior de todas as alegrias: ter saúde. Na hora de decidir sua assistência médica, pense nisso. Escolha um plano de saúde que está

o" PLANO DE SAÚDE OFICIAL DO CARNAVAL CARIOCA.

Ligue 0800-25-5522 ou consulte seu corretor.


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