Jornal Gazeta do Povo nº 31.476

Page 1

ISSN 1516-4144

EDIÇÃO NACIONAL FECHADA ÀS 23H

www.gazetadopovo.com.br

ANO 98

CURITIBA, SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

Nº 31.476

Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

5 SEÇÕES, 32 PÁGINAS

R$ 2,50

Uso do 4G cresce 273% em apenas um ano e ganha espaço do 3G Estimulada pelas operadoras, a tecnologia 4G já detém 10% do total de acessos móveis via celularesnopaís.Emsentido contrário, o uso do 3G terminou o ano em queda. Página 19

Número de acessos 4G em milhões

25,4

(10%)

% do total de acessos

6,8

1,3

(2%)

2013

2014

(0,5%) 2015

CADERNO G

Shakespeare, 400 anos depois Curitiba recebe espetáculos, adaptações cinematográficas e livros que celebram a obra do poeta, dramaturgo e ator inglês. Página 28

SAÚDE E BEM-ESTAR A solidão, há muito tempo um dos grandes ma­ les da humani­ dade, é hoje vista como um risco de saúde pública. Página 15

Zumbis curitibanos Zombie Walk reúne milhares de pessoas e consolida o carnaval alternativo na capital paranaense. Página 11 Thiago Freitas / Agência O Globo

Escola Mocidade Azul é a campeã do carnaval de Curitiba. Página 11 Daniel Castellano / Gazeta do Povo

ESPORTES

Coritiba perde a primeira Gol sofrido na etapa inicial para o Grêmio dificulta recuperação do Coxa na Primeira Liga. Página 26

Ar-condicionado Família terá de matricular filhos setransformaem a partir de 4 anos vilãodoescritório Página 4

Página 6

A engenharia Empresas correm genética no para criar núcleo combate ao zika contra corrupção Com o enredo “Salve Jorge! O Guerreiro na fé”, a Estácio abriu os desfiles do Grupo Especial do Rio.

Trios elétricos animam a festa de quem está cur­ tindo a folia nas praias do Paraná. Página 11

Página 9

Página 20


2

opinião

GAZETADOPOVO

gazetadopovo.com.br/opiniao

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

EDITOR RESPONSÁVEL: MARCIO ANTONIO CAMPOS

Naépocado ‘maisoumenos’

N

ão faz muito tempo – em 2012 – um dado do Índice Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf) deixou o país meio sem graça. A pesquisa – uma das mais interessantes feitas no país, pois pergunta para as pessoas como elas resolvem as coisas simples da vida – indicou que 38% dos estudantes do ensino superior não dominavam habilidades básicas de leitura e de escrita. Não faltou quem tentasse organizar uma cruzada – para punir aqueles que permitiram a tantos moçoilos chegar à faculdade com alto grau de distração, sem conseguir interpretar uma simples reportagem. Desde a virada do século, a população universitária passou de 2,5 milhões para 7,5 milhões, uma massa agora alocada em pencas de cursos a distância, pequenas faculdades particulares e em vagas financiadas pelo governo nas grandes redes. Essa conta de multiplicar teria um preço anunciado: a perda de qualidade. Em entrevista recente, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante ,soltou a afirmação tresloucada de que “se o país formasse

médicos da mesma maneira que forma professores, os pacientes morreriam”. Os professores também dão aulas no curso de Medicina, até onde se sabe, o que deixa transparecer que Mercadante está brincando de dar murro na mesa. O problema é bem mais delicado. Ler, interpretar, calcular, pesquisar seriam habilidades que um professor poderia estimular, inclusive com técnicas tradicionais, a exemplo do ditado, da leitura em voz alta e de uma deliciosa sessão de tabuada. Mas em tese, poucos têm pachorra para tamanha estiva, concorrendo para aumentar o vexame nacional no teste Pisa, e assim por diante. O estrago se mantém até a noite luminosa em que o aluno se vê na frente do reitor, para colar grau. A falta de objetividade do ensino não é um exagero. Há países que investem bem menos do que o Brasil em educação e que têm rendimentos muito melhores. Algo nos es-

capa, de modo que produzimos abismos em série. Os 38% de alfabetos funcionais que chegaram ao terceiro grau não são culpa apenas das faculdades que abrem em cada esquina, mas da passividade imoral com a qual assistimos um sistema de ensino médio que não ata nem desata, atropelado, que ironia, pelos 5 milhões de novos alunos das últimas lavras. A escola não acompanha tanta gente. Todos são bemvindos na teoria, mas não na prática, já que se faz muito pouco para manter esses alunos no sistema de ensino. De cada 100 alunos do médio, 25 abandonam. O mesmo se diga da sonolência diante dos módicos 9,4% que concluem a EJA – Educação de Jovens e Adultos, programa que poderia ser a remissão dos nossos pecados, mas pelo qual teremos de prestar contas. É preciso organizar a lambança. Não vai dar para esperar o ensino fundamental ter excelência para oxigenar o

ensino médio, elevando à glória o ensino superior. Seria uma tática tão conveniente quanto preguiçosa. Essa discussão belisca o nervo trigêmeo, mas não veremos país nenhum sem enfrentar essa questão, até porque não se tem notícia de nação desenvolvida que ostente tantas notas vermelhas no boletim. Trocando em miúdos – o ensino superior tende a ensinar sempre do mesmo jeito. Repete cacoetes. Tem medo da palavra “mercado”. Não raro negligencia o conhecimento que o aluno traz de casa. Levando-se em conta que os jovens sabem mais tecnologia do que o professor, essa falta de troca de competências faz da sala de aula o império do tédio. Mas alto lá. Não cabe à universidade brasileira abdicar das teorias, transformando aulas em treinamentos, como pode sugerir o brado de “profissionalização escolar” dado pelo governo. Causa urticárias propalar o ensino como mais um utilitário, um eletrodoméstico com desconto no imposto. Geração de renda e crescimento profissional são energizantes, mas é preciso ir devagar com o andor do pragmatismo econômico. Mal não faria se a turma da educação procurasse meios de conciliar a exposição de ideias com uma necessidade premente dos estudantes – a de fazer uma experiência. O jovem do século 21 não quer salvar o mundo, quer tocá-lo. É um bom início de conversa.

Opinião pública e realidade Artigo de Wanda Camar­ go, educadora

leitor@gazetadopovo.com.br facebook.com.br/gazetadopovo twitter.com/gazetadopovo plus.google.com/+gazetadopovo

COLUNA DO LEITOR Inveja 1 Perfeito e oportuno artigo de Alexandre Borges (Gazeta, 5/2). É incrível que algumas pessoas não percebam (ou não queiram admitir) o imenso poder de destruição da inveja mascarada pe­ los governos de esquerda. A frase célebre de Winston Churchill arremata a questão: “O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja. Seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria”. Caio Marino

INVEJA 2

Alexandre Borges é um dos melhores analistas sociais do Brasil. A falta de confiança inter pares é o grande elemento que nos condena ao subdesenvolvimento. Sem confiança não há coo­ peração, não há caridade individual, não há sentimento de per­ tencimento. E tudo isso é consequência da mentalidade esta­ tista. Sob a falácia da proteção, o Estado tolhe a liberdade, exi­

me­se de responsabilidades e multiplica o número de burocratas. João Queiroz

outros países tomem a mesma decisão. Edney Schinzel

ALTRUÍSMO

O lucro dos bancos é muito claro: taxas de investimento, custódias, cartão de crédito, tarifas de serviços, emolumentos sobre investimentos, juros de emprésti­ mos, juros de financiamentos, juros de cartão, juros habitacionais, consórcios, previdências, etc. Como poderiam não lucrar? O importante é que a CVM dete­ nha mais poder de lei para limitar a ma­ nipulação sobre a taxação exagerada de certos encargos que não acompanham o cenário econômico. Beda Song

Mais um excelente texto de Flávio Quin­ tela (Gazeta, 5/2). Esse caso do veteri­ nário que foi proibido pelo CRVM­SP de atender gratuitamente é realmente re­ voltante. Só mostra como esses conse­ lhos e sindicatos atrapalham. Altruísmo no Brasil não é bem visto. Ricardo Rodrigues

TELEVISÃO

Não tenho televisão faz tempo, e tive muitos benefícios com isso. Existem mui­ tos livros para ler ainda, e ver programas superficiais e telejornais com notícias manipuladas, não, muito obrigado! Jano Crema

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

A França foi o primeiro país a proibir su­ permercados de jogar alimentos fora. É uma medida simples e grandiosa. Certa­ mente será o pontapé inicial para que

BANCOS

DERSU UZALA

Esse filme marcou minha vida. A cena da garrafa de Coca­Cola é sensacional: você deve cultivar o que ama, o que é seu, de­ ve proteger e até festejar o que possui. Obrigada, Rhodrigo Deda, por ter­me fei­ to recordar tantas boas lembranças com sua coluna (Gazeta, 5/2)! Sheila Mendes

Presidência Conselho Administrativo

Mariano Lemanski

Presidência Executiva

Guilherme Döring Cunha Pereira Conselheiros

Terezinha Döring Cunha Pereira, Maria Elsa de Almeida Passos, Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, Edvaldo de Melo, Rogério Mainardes, Fernando Mitri e Antônio Athayde

GAZETADOPOVO Diretora da Unidade de Jornais

Ana Amélia Cunha Pereira Filizola Diretor de Redação

Leonardo Mendes Júnior Chefes de Redação

Audrey Possebom e Eduardo Aguiar Presidentes

Francisco Cunha Pereira Filho (1962-2009) Edmundo Lemanski (2009-2010)

Fundadores

Benjamin Lins e Oscar Joseph de Plácido e Silva.

Centraldeatendimentoaoleitor–seg.asex.,8hàs19h.Sáb/dom/feriados,8hàs14h– 3321-5999 - Central de atendimento ao assinante para Curitiba e região metropolitana 3321-5555 – demais localidades – seg. a sex., 7h às 20h30. Sáb/dom/feriados, 8h às 14h – 0800-414444 Venda avulsa na capital e Santa Catarina – Dias úteis R$ 2,50 – Domingo R$ 5,00 SP, RJ, DF, RS e MG – Dias úteis R$ 3,00 - Domingo R$6,00 - No arquivo/Edições atrasadas Dias úteis R$ 3,00 - Domingo R$ 6,00 - Impressão - Editora Gazeta do Povo S/A. CNPJ 76.530.047/0001-29


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

“Spotlight”

3

A inovação e o intervencionismo do Estado

Luiz Felipe Pondé

O

mundo é mais complicado do que pensa nossa vã crítica social. Até ela, nossa vã crítica social, é parte dos processos de acomodação de vícios inconfessáveis. A moral pública funciona por repressão e hipocrisia: a primeira silencia, a segunda sorri em eventos sociais e de caridade. Alguém pode ser um pedófilo e, ainda assim, fazer parte de instituições com grandes realizações, e ser protegido por elas e por seus entes mais próximos. A pedofilia, assim como toda forma de violência sexual, tende a ser acobertada inclusive por conta da vergonha que ser vítima dela causa. Apesar da histeria coletiva quando surge alguma notícia sobre pedofilia (e se for na Igreja, então, a histeria é maior ainda, porque serve de arma para difamação, usada pelos seus concorrentes), na verdade, o cotidiano se ajusta rapidamente para tornar tal “pecado” invisível, a fim de que a vida continue na sua normalidade. Essa é a natureza da moral pública: repressão, hipocrisia, mentira. O problema da crítica social de massa (conhecida como “causas políticas progressistas”) é que ela é demasiadamente grosseira em seu espírito para tocar nas sutilezas (”finesse”) da natureza humana (sim, essa mesma que está na moda dizer que nunca existiu) e seus modos de acomodação via moral pública. E a “política progressista” é inócua nesse terreno porque alguém pode ser um “defensor” dos mais fracos e ser pedófilo. O discurso público em favor do “bem” não garante uma vida alheia às baixarias da natureza humana que habitam as sombras. O filme “Spotlight”, de Tom McCarthy, é um exemplo magnífico de que “quase ninguém” quer saber de casos de pedofilia na Igreja (e eu diria, com certeza, tampouco fora dela). A tendência da moral pública, cuja substância sempre foi e é a hipocrisia, acomoda a pedofilia a fim de que a normalidade social siga realizando, inclusive, tarefas consideradas construtivas para a sociedade. Assim como o bom povo alemão seguiu sua vida... O erro da política que se toma como redentora do mundo é não ver sua própria cegueira cognitiva, devido a sua forma de operação: a política é sempre grosseira na atuação e pragmática no espírito. A natureza íntima da política é a guerra, e não a paz. Mantê-la “quieta” exige muita institucionalização dos conflitos. A política nada pode fazer acerca dos dramas morais; pode apenas “aniquilar” os atores morais indesejáveis. Logo, não há solução política para questões como a pedofilia sem o uso da violência institucional contra os pedófilos. Mas a moral pública –e sua tendência à inércia, normalmente– vence, pois quase ninguém “gosta” de violência explícita. O olhar moral (aquilo que antigamente se chamava de “costumes”) sobre a sociedade sempre foi mais profundo e amplo, mas difícil de ter algum “uso” para causas progressistas, justamente porque capta a floresta densa que é o mundo humano e suas ramificações infinitas. A alma é um pântano e tende à inércia moral. A pedofilia, como todo “pecado”, reside aí. O filme trata do famoso caso de uma “rede” de pedofilia na Igreja Católica na

pontosdevista

Marcos de Lacerda Pessoa

O

região de Boston, na virada do último século. O caso custou a transferência do cardeal Law da diocese de Boston (que sabia de tudo e ficou quieto) para Roma e seu acobertamento institucional. Os jornalistas do Boston Globe (da equipe de reportagens de fôlego chamada “Spotlight”) descobrem um sistema interno da Igreja que afastava o padre acusado de pedofilia “em silêncio”, com a parceria, muitas vezes, de advogados importantes e em troca de grana para a família da vítima. A grana funcionava justamente porque as vítimas eram frequentemente de classes sociais vulneráveis. E o pedófilo, sempre um padre simpático e atencioso com suas ovelhas. Combater a pedofilia exige o rompimento com as formas sociais de acomodação dos costumes a serviço da normalidade cotidiana. A violência desses processos de acomodação destroem vidas e carreiras. No filme, um editor-chefe judeu e um advogado armênio encabeçam o combate –ou seja, gente de fora da rede de relações da Igreja Católica. Luiz Felipe Pondé, escritor, filósofo e ensaísta, é doutor em Filosofia pela USP e professor do Departamento de Teologia da PUC­SP e da Faculdade de Comunicação da Faap.

Estado surgiu da necessidade de sobrevivência das pessoas, de perpetuação da espécie e de busca do bem-estar comum. O ente estatal só é o que é por ser válido intervir na sociedade, até à força, para alcançar os objetivos de sua criação: possibilitar um viver coletivo, pacífico, harmônico e cooperativo. O povo outorgou ao Estado esse grande poder de tutelar o direito de todos em prol do bem comum. Desse modo, é inaceitável um Estado com predominância de autonomia de vontade privada, particular ou de grupo específico, em prejuízo do bem de todos. O Estado – único ente legítimo para tutelar direitos coletivos – pacifica conflitos ao intervir e fazer justiça a quem ele julgue ter razão. Por hipótese, essa seria a condição ideal para a humanidade, não fossem os desvios da intervenção estatal. No Brasil, há situações dessa intervenção do Estado além da conta, distorcendo funções para as quais ele foi criado. Um exemplo significativo é a intervenção no surgimento de novas tecnologias. A história vem mostrando que as novas tecnologias se chocam com um pensar anacrônico, contrário a inovações, simplesmente porque elas permitem às pessoas fazerem as mesmas coisas de modo mais prático, eficaz e rápido. O Uber é um aplicativo que oferece excelente serviço de transporte urbano, fiscalizado e auditado pelos próprios usuários. Desde sua chegada ao Brasil, porém, suscitou polêmica com taxistas. A propósito, vale questionar: que vantagem há para o cidadão ter um serviço auditado e fiscalizado pelo Estado, se ele pode ter um serviço melhor, autorregulado e fiscalizado pelos próprios usuários? Se bem auditado pelo Estado, e se os taxistas em geral atendessem o cliente com frota nova e qualidade similar à que o Uber tem por norma ofertar, o novo serviço não seria uma forma de concorrência saudável? Para favorecer a concorrência – uma das funções do Estado –, não deveria ele estimular os taxistas a refletir sobre como superar o concorrente, prestando um serviço ainda melhor? É válido banir hoje o concorrente que soube inovar, após tanta inércia dos serviços existentes? Mais que regulamentar ou não o Uber, o papel dos Estados no mundo todo não é barrar inovações; é, sim, reduzir sua intervenção e respeitar mais a livre iniciativa. A bem da democracia, a sociedade precisa repor o Estado no seu devido lugar! Marcos de Lacerda Pessoa, engenheiro civil, é mestre em Engenharia e Filosofia, Ph.D. pela University of Birmingham, pós­doutor pela University of Salford, especialista em Antropologia Filosófica, research fellow do MIT e membro do Centro de Letras do Paraná.


4

GAZETADOPOVO

vidaecidadania@gazetadopovo.com.br

vidapublica@gazetadopovo.com.br

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

vidaecidadania

EDITOR EXECUTIVO: ANDRÉ GONÇALVES EDITOR RESPONSÁVEL: FERNANDO MARTINS EDITORAS: FABIANE ZIOLLA MENEZES E BRUNA MAESTRI WALTER

* EDUCAÇÃO INFANTIL

Pais terão de matricularos filhosapartir de4anos

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O QUE DIZ A LEI A legislação n.º 12.796/2013 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Art. 4º – O dever do Esta­ do com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:

Art. 31º – A educação infantil será organizada de acordo com as se­ guintes regras comuns: I ­ avaliação mediante acompa­ nhamento e registro do desenvol­ vimento das crianças, sem o obje­ tivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;

I ­ educação básica obri­ gatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, or­ ganizada da seguinte for­ ma: a) pré­escola; b) ensi­ no fundamental; c) ensino médio;

II ­ carga horária mínima anual de 800 horas (...);

II ­ educação infantil gra­ tuita às crianças de até 5 anos de idade;

IV ­ controle de frequência pela instituição de educação pré­esco­ lar, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas;

Art. 6º – É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade.

III ­ atendimento à criança de, no mínimo, 4 horas diárias para o tur­ no parcial e de 7 horas para a jor­ nada integral;

V ­ expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendiza­ gem da criança.

ENSINO EM CASA

Crianças a partir dos 4 anos terão de ser matriculadas: poder público teve seis anos para se adequar.

A partir deste ano, o poder público é obrigado a providenciar a vaga e a família, a colocar a criança na escola Marcela Campos

Após um prazo de seis anos para se adequarem à legislação, as redes municipais e estaduais de educação serão obrigadas a oferecer, a partir deste ano, vagas para estudantes de 4 e 5 anos de idade na pré-escola. Mas não é só isso. Se por um lado o poder público precisa providenciar a vaga, por outro a família é obrigada a matricular os filhos, seja na rede pública ou particular. Pais que não colocarem as crianças na escola – e não garantirem a permanênciadelasnosistemadeensino – podem ser punidos criminalmente. Até 2016, era dever das famílias matricular as crianças a partir dos 6 anos e os estudantes só poderiam deixar

a escola aos 14, após concluírem o ensino fundamental. A Emenda Constitucional nº 59/2009 e a Lei nº 12.796/2013 tornaram a educaçãoobrigatóriados4aos17 anos (veja box acima). O poder público teve seis anos para implantar progressivamente a mudança. Mesmo assim, 17,3% da população brasileira de 4 e 5 anos estava fora da escola em 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Informações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que em 2012 o Brasil aparecia entre os países membros com maior porcentual de crianças de 5 anos de idade que não frequentavam o sistema de ensino (17,4%). Segundo a advogada Marta Tonin, consultora da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB-PR e professora da UniBrasil, o artigo 246 do Código Penal prevê detenção de 15 dias a um mês, ou multa, para o responsável que deixar de prover instrução ao filho em idade escolar.

PERÍODO Conforme a Lei nº 12.796/2013, as escolas não são obrigadas a oferecer ensino em tempo integral na educação infantil. Elas devem ofertar atendimento de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e de 7 horas para a jornada integral.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também determina sanções caso os direitos da criança sejam ameaçados por omissão dos pais. Segundo a promotora Hermínia Diniz, do Ministério Público do Paraná, a Justiça pode determinar o acompanhamento temporário da família, a inclusão dos pais em programas de auxílio e, como medida extrema, a colocação da criança em uma família substituta. O artigo 249 do ECA prevê ainda multa de três a 20 salários aos pais que descumprirem os deveres inerentes ao poder familiar. Além de matricular a criança, os pais devem garantir

No Brasil não é permitido aos pais educarem os filhos em casa, o chamado homeschooling, prática difundida nos EUA e em alguns países da Europa. Não há legislação específica que regulamente o ensino domiciliar e estabeleça detalhadamente os critérios da educação e os modos de avaliação do aprendizado. Está na pauta do Supremo Tribunal Federal o caso dos pais de uma garota do interior gaúcho que defendem o direito de educar a filha em casa. O que for decidido pelos ministros do STF vai interferir em milhares de causas similares pelo país e servirá como marco para processos futuros.

FORA DA ESCOLA Entre os países membros ou parceiros da OCDE, o Brasil é um dos que apresenta a maior proporção de crianças de 5 anos fora do sistema de ensino. Veja como está a frequência escolar em algumas dessas nações: % de crianças de 5 anos fora da escola (2012)

1 Indonésia

54,1

2 Finlândia

31,8

3 Turquia

30,4

4 Colômbia

20,5

5 Rússia

19,7

6 Eslováquia

18,6

7 Brasil

17,4

8 Coreia

11,5

9 Chile

10,4

13 EUA

7,4

24 Alemanha

2,8

que ela frequente, no mínimo, 60% do total de horas. Para Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a medida é acertada e segue decisão adotada por

1 em cada 6 Fonte: OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 2014. Infografia: Gazeta do Povo.

vários países. “A pré-escola deve ser obrigatória. Isso está pautado em pesquisas que comprovam a importância da medida para o sucesso do processo de escolarização”, avalia.


SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

GAZETADOPOVO

INTEGRIDADE NÃO CUSTA CARO, CORRUPÇÃO SIM. 5


6

vidaecidadania

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* AR-CONDICIONADO Carolina Pompeo

Todo verão é a mesma cena: seja em grandes empresas ou em escritórios diminutos, o ar-condicionado é o grande vilão da estação, causador de rusgas e discussões sobre o “vento na nuca” e sobre como “lá o ar não chega” O equipamento é acusado pelas rinites, sinusites e crises alérgicas de toda ordem, quando não também pela dificuldade de concentração. De modo geral, os dedos acusatórios apontam para os homens, reconhecidamente mais encalorados. “Pode estar 31°C ou 10°C lá fora, eles sempre deixam a temperatura no mínimo e sugerem que a gente leve blusas para o escritório. Nos locais em que trabalhei, a temperatura era motivo de brigas e mudanças de mesa constantes”, conta Ana Carolina Primão, ex-funcionária de uma multinacional . Nem todas são friorentas. Para Melissa Oliveira, passar calor é das piores coisas que podem acontecer, tanto que, quandorecebeuoconvitepara mudar de área de atuação, um dos prós foi o fato de que o novo local de trabalho possuía ar-condicionado central. “Tive discussões com uma colega quando estava grávida, porque ela desligava o ar e eu passava mal. A situação foi crucial para minha mudança”, lembra Melissa, que trabalha em uma empresa estatal. Temperatura ideal A despeito das rusgas entre encalorados e friorentos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece em 24°C a temperatura ideal – com variação de 2°C para mais ou para menos. A partir daí, cabe à engenharia de climatização a adequação do sistema de condicionamento de ar a essa temperatura. E, acreditem, há mais variáveis por trás dos ideais 24°C do que podemos supor. De acordo com o engenheiro mecânico Geancarlo Picolotto, especialista em sistemas de climatização, o projeto deve levar em consideraçãodesdeailuminaçãoeaparelhoseletrônicosusadosnas salas até a arquitetura da construção, passando pela maior presença de homens ou mulheres e pela distribuição dos móveis – para que o fluxo de ar seja distribuído uniformemente e de modo a evitar o “vento na nuca”. A velocidade de ventilação e a posiçãododirecionadordear também são importantes. “Mas nem sempre todas

O vilão

do escritório Verão aumenta disputa em escritórios sobre regulagem da temperatura. Discussão opõe principalmente homens e mulheres, mas fuga do “vento na nuca” depende de vários fatores

QUEM SENTE MAIS FRIO? Crianças menores de 2 anos ou idosos com mais de 60 tendem a sofrer mais com o frio, já que seus organismos são menos eficientes em manter a temperatura interna entre 36°C e 37°C. Mulheres sentem mais frio que homens por causa da composição muscular: nelas, os músculos compõem 25% do corpo; neles, 45%. A relação mais músculos­menos frio derruba uma ideia muito popular, de que pessoas acima do peso sentem menos frio.

Frio, produtividade e machismo

as áreas do mesmo ambiente terão a mesma temperatura. Além disso, a sensação de conforto térmico é subjetiva devido às variações individuais, fisiológicas e psicológicas de cada pessoa. Os parâmetros estipulados definem como adequado o ambiente térmicoemqueumamaioria de80%oumaisestásatisfeita com a temperatura”, explica.

FRIO É PSICOLÓGICO? A máxima não encontra respaldo na ciência. Temperaturas baixas afetam o organismo de todos. Porém, a resistência ao frio é bastante variável – e não tem a ver com o poder da mente. A equação da sensação térmica é composta por fatores como idade, peso, massa muscular, predisposição genética, quantidade de pelos e sensores na pele e até mesmo a exposição habitual às temperaturas reduzidas

O ar-condicionado não é responsável apenas por desconfortos físicos: o aparelho também corrói o espírito, dia após dia, crise de rinite após crise de rinite, queda de pressão após queda de pressão. Brincadeiras à parte, pesquisas científicas comprovam que o aparelho pode, sim, se tornar o vilão do escritório,provocando baixa produtividade e desafetos. Um estudo feito pela Universidade de Cornell, em 2012, em uma empresa de seguros mostrou que quando o termômetro chegava a 20°C os funcionários cometiam até 44% mais erros, enquanto a produtividade caía pelametadeemcomparação com a obtida a 25°C. Isso acontece porque tanto o frio quanto o calor excessivos fazem o organismo gastar mais energia para se termorregular, o que compromete a capacidade de concentração e de análise. A pesquisa sugere ainda que as baixas temperaturas podem afetar negativamente as relações entre colegas de trabalho, uma vez que influenciam o humor e a tolerância. Em 2015, uma pesquisa publicada na revista científica Nature Climate Chance analisou o modelo de climatização adotado em boa parte dos edifícios corporativos e descobriu que a temperatura é determinada de acordo com a taxa de metabolismo (velocidade de produção de calor pelo corpo) de um homem de 40 anos, mais alta do que a das mulheres. A conclusão dos cientistas é de que o ar-condicionado em escritórios é machista e que as empresas deveriam atender ao crescimento da presença feminina no meio corporativo. (CP)


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* FERROVIAS

Novapolíciaestá longedesairdopapel Laura Beal Bordin

A criação da Polícia Ferroviária Federal (PFF) está prevista na Constituição de 1988, mas nunca se concretizou – e, seHugo Harada/Gazeta do Povo

PFF seria responsável pelas ferrovias do país.

“Não há suporte legal nem estrutural para que a PFF seja criada” O secretário executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, explica que, para existir uma Polícia Ferroviária, é preciso que exista uma lei prevendo um número de cargos destinados à instituição, o que ainda não foi feito. “Não há suporte legal nem estrutural para que a PFF seja criada. Não existem nem cargos nem um plano de carreira de um policial ferroviário, que deve ser feito por lei”. Para o secretário, a fragilidade jurídica em que o caso se encontra impede que a PFF seja criada antes que a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) seja julgada pelo Supremo. “A criação deste Departamento antes da decisão do STF colocaria qualquer cargo em uma fragilidadejurídica muito grande, além de poder gerar um grande desperdício de recursos públicos”, diz. Ainda de acordo com Pereira, a previsão de concurso público deve ser respeitada. “É preciso observar esta previsão constitucional para o preenchimento dos cargos. A Constituição é clara ao afirmar que qualquer cargo público deve ser preenchido por concurso”, afirma. Os autos da ADI foram concluídos em agosto de 2014 e esperam uma decisão do ministro do STF Luiz Fux.

gundooMinistériodaJustiça, ainda deve demorar para virar realidade. A PFF, que teria funcionários para cuidar especificamente das ferrovias do país, teve sua implantação

questionada em novembro de 2011 pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4708 no Supremo Tribunal Federal (STF). Para Gurgel, a contratação dos funcionários da nova polícia seria inconstitucional por não prever concurso público para o preenchimento dos cargos. De acordo com a proposta

vidaecidadania

sancionada pelo Congresso, os funcionários que fariam parte da PFF seriam os mesmos do Grupo Rede, da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) – ou seja, não haveria concurso. A relatoria do caso no STF é do ministro Luiz Fux. A proposta de regulamen-

7

tação foi enviada ao Congresso em 2011 pela presidente Dilma Rousseff por meio de Medida Provisória (MP), que incluia um “jabuti” – nome dado às emendas que são incluídas mesmo sem ter relação com o principal foco da MP e que foram proibidas peloSTF.AMPerasobreumregime diferenciado de contratações para a Copa de 2014 e Olimpíadas.


8

vidaecidadania

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

Jader Rocha

Zapeando

rbessa@gazetadopovo.com.br

l A exposição “Nas Lentes do

Rally – por José Mário Dias” permanece no estaciona­ mento da Praia Central de Guaratuba até o próximo dia 14. A mostra, com obras do fotógrafo José Mário Dias, ex­ postas em um contêiner, se­ rão leiloadas no último dia do evento com renda revertida para o Hospital Municipal de Guaratuba.

REINALDO BESSA Zoando com Dilma

U

l O TAJ Bar faz uma pausa na

O Japonês da Federal dominou a festa de Carnaval na cobertura do médico Eliseu Portugal, na sexta­feira. O próprio anfitrião tomou emprestada de um dos convidados a máscara do agente mais popular da Polícia Federal para dar um susto nas amigas Solange Elias (à esq.) e Neuza Madalosso.

nnn Até a tarde de sábado, logo após entrar no ar, já ti­ nha 3,5 milhões de visualizações.

programação carnavalesca a partir de hoje. O DJ Chuva apresenta sets de lounge e house. Amanhã e quarta­ feira estará fechado, rea­ brindo na quinta, com a fes­ ta QuinTAJ.

Fotos: Angelo Santos

m vídeo do humorista Diogo Portugal viralizou na web neste Carnaval. Ele aproveitou a homenagem do Facebook ao Dia do Amigo e montou um falso perfil da presidente Dilma homenageando alguns de seus (muy) amigos. Entre os notáveis estão Delcídio do Amaral, Renan Calheiros, João Vaccari Neto e Nestor Cerveró. O vídeo mostra ainda a fa­ mosa foto da presidente vestindo um macacão la­ ranja da Petrobras com manchas de petróleo, além de outras, e conclui: “Seus amigos são incrí­ veis. Feliz Dia do Amigo Dilmão”.

Nas asas do Madero

Em sentido horário, os curitibanos Ana Bergerson, Amanda Hubbe, Valentina Slaviero e o casal Mariana e Edo Krause nas badaladas festas que agitaram o Carnaval em Jurerê Internacional: o Baile de Máscaras da Posh Club e a Umbrella Party.

Aliás, Diogo fechou uma parceria com o chef e em­ presário Junior Durski, do Madero. A rede de ham­ burgueria está apoiando a turnê dele pelo Brasil e nos produtos criados para a internet, como webse­ ries, esquetes, vídeos de Stand Up, Diogo interage com os internautas em cada lugar onde se apre­ senta em ações envolvendo a marca paranaense.

Clube fechado A Agência Paraná de Desenvolvimento acaba de ser aceita como o mais novo membro da Associa­ ção Mundial das Agências de Promoção de Inves­ timentos (WAIPA), com sede em Genebra, na Suí­ ça. Dentre os membros da entidade estão grandes agências como a Invest in UK, do Reino Unido, In­ vest in France, JETRO, do Japão, e a APEX (Agência Brasileira de Promoção de Investimentos e Expor­ tações). A agência paranaense apoia investidores e empresas interessadas em implantar ou expan­ dir negócios no estado.

ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE RENOVAÇÃO NA SUA CASA, COM 30%, 50% E ATÉ

EM DEZENAS DE LOJAS DE DECORAÇÃO.

DE 30 DE JANEIRO A 20 DE FEVEREIRO.

Patrocínio:

CONFIRA AS LOJAS PARTICIPANTES EM GAZETADOPOVO.COM.BR/HAUS

Apoio:


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* SAÚDE

Erradicando o zika por meio da engenharia genética Tecnologia chamada “gene drive” permite a difusão de genes modificados para erradicar populações de mosquitos WASHINGTON Faye Flam Washington Post

Em um punhado de laboratórios ao redor do mundo, cientistas silenciosamente inventaramumanovaepoderosa arma biotecnológica contra mosquitos transmissores de doenças. Chamada “gene drive” (ou mecanismo de introduçãogênica,emtradução livre) essa tecnologia vai muito além da modificação genéticaordinária,torcendoasleis da herança para difundir genes modificados entre vastas populaçõesdeorganismos.Se funcionarcomoesperado,ela pode ser usada para erradicar a população de mosquitos que está rapidamente proliferandoozikavíruspelaAmérica do Sul. Um emprego ainda mais impactante difundiria um gene modificado entre a população mundial de mosquitos transmissoresdamalária,tornando-os resistentes ao parasita que atualmente mata mais de quatrocentas mil pessoas todo ano. Resistência Issoéalgoatordoantedese imaginar para um público que ainda é resistente à engenharia genética. Enquanto algunscientistassupostamente querem empregar “gene drives” contra mosquitos transmissores do zika, a maioria dos biólogos tem esperança de algo menos dramático – a oportunidade de, gradualmente, aumentar a quantidade de testes enquanto se fomenta um debate público sobre o assunto. Resta ver se a ameaça do zika irá crescer a ponto de se tornar um problema que justifique o risco de se apressar o desenvolvimento de uma nova tecnologia. No entanto,amorteeosofrimento causados pela malária já justificam o investimento

vidaecidadania

James Gathany/Fiocruz

Cientistas buscam desenvolver gene para eliminar o Aedes aegypti, transmissor do zika, chikungunya, dengue e febre amarela.

contínuo na pesquisa de “gene drive” e, havendo testes o suficiente, a tecnologia podese mostrar uma alternativa mais segura que o uso de inseticidas. Quebrando regras Opoderdatecnologiavem da maneira como ela quebra as regras da reprodução normal. Na maioria das espécies, os animais carregam duas versões de cada gene em dois conjuntos de cromossomos. Cada cópia do gene tem uma probabilidade de 50% de ser transmitida, no processo de recombinação gênica, para um óvulo ou espermatozoide e, a partir daí, para a os descentes. Mas com o “gene drive”, um gene modificado carrega instruções para atacar o cromossomo oposto, extirpar o gene correspondente e inserir uma cópia de si mesmo. Diantedozika,o“genedrive” pode impulsionar a eficácia das soluções de engenhariagenéticaquejáestãosendo exploradas pela empresa britânicaOxitec.Aempresaestava originalmente procurando maneiras de controlar a proliferação de outra doença transmitida por mosquitos, a dengue. Ela está conduzindo experiências com mosquitos machos geneticamente modificados para carregarem um gene letal às suas larvas. Masseustestesdecampolevaram a acusações na imprensa de que seus mosquitos teriam causado o surto de zika. Além de problemas de publicidade,a empresaenfrenta um obstáculo colocado pela evolução.Seogeneintroduzido é letal para os descendentes,aseleçãonaturaliráeliminá-lo, favorecendo a versão saudável do gene. Mas existem maneiras de fazer com que o gene letal possa matar apenas machos ou fêmeas, enquanto continua a ser transmitido pelo sexo oposto. O“genedrive”podeacelerara proliferação desse tipo de gene de forma que a população seja erradicada antes que a evolução possa eliminá-lo. “Gene drive” eficaz Em abril do ano passado, cientistas demonstraram um “gene drive” eficaz em mos-

9

casdefrutadelaboratório–o gene de rápida proliferação teve o efeito surpreendente de tornar a maior parte da população amarela. Os resultados foram publicados na revista científica Science. Em novembro,osmesmospesquisadores, em colaboração com cientistas que pesquisavam sobre resistência à malária, demonstraram que um gene antimalária poderia funcionar em mosquitos. Mas levar uma tecnologia novaepoderosacomoessapa-

Nós nunca “enfrentamos um

desafio que exigisse o acordo de tantas pessoas em tantos países.” Kevin Esvelt, professor no Media Lab, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, (MIT).

ratestesdecampodependede um nível sem precedentes de confiançadopúblicoedecooperação internacional. “Omaiorrisconãoétecnológico ou ecológico – é social”, diz Kevin Esvelt, que desenvolveu uma das versões mais promissores do “gene drive” quando estava na Universidade de Harvard e agora é professor no Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT. A questão é que consequências involuntárias – e imprevistas – podem surgir. Mosquitos podem ser odiados, mas são parte de ecossistemas e fornecem alimento para aves, morcegos e algumas espécies de peixes. Anthony James, um biólogodaUniversidadedaCalifórnia que tem trabalhado com “gene drive” em mosquitos, diz que em seus experimentos os insetos continuam a viver, só que passam a carregar anticorpos que os deixam resistentes ao parasita causador da malária. James diz que a situação é diferente com o Aedes aegypti, a espécie que transmite o zika. Os mosquitos portadoresdozikatransmitemoutras doenças graves – chikungunya, dengue e febre amarela. Faz mais sentido atacar todas essas doenças de uma vez, diz o biólogo, introduzindo um gene que faça com que os descentes do mosquito morram. Prós e contras Os riscos e benefícios potenciais são profundos o suficiente para levar a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos a começar uma avaliação,cujaconclusãoéesperada para este ano. Mesmo que a comunidade científica dopaísdêluzverdeparaoemprego de “gene drive” na erradicação dos mosquitos transmissores do zika no território americano, as consequências não podem ser facilmente confinadas a um país. Insetos voadores não respeitam fronteiras internacionais. “Nós nunca enfrentamos um desafio que exigisse o acordo de tantas pessoas em tantos países”, diz Esvelt, do MIT. Mas ele sugere que nós devemos levar em consideração os perigos da tecnologia existente – inseticidas –, que é prejudicial para insetos benéficos e outras formas de vida selvagem, e acrescenta: “’Gene drive’ é muito mais ecológicodoqueusarsprays.” Faye Flam escreve sobre ciência, matemática e medicina. Ela é membro da equipe da revista Science e colunista do Philadelphia Inquirer . Tradução: Pedro de Castro


10

vidaecidadania friedmannwendpap@gmail.com

FRIEDMANN WENDPAP Poder e resistência

N

esses tempos bicudos que muito se assemelham, no aspecto econômico, ao fim dos anos 80, os ânimos se acirram e se chega ao extremo de dizer que se vai “tocar fogo no Brasil”. O efeito retórico da conclamação piromaníaca não tem hoje o mesmo efeito que teria nos anos 60. As instituições da democracia são poderosas o suficiente para que nenhum incêndio comece. Passear pela teoria do poder ajuda a acalmar o espírito. Em weberiana síntese, poder é a capacidade de obter conduta de outrem. A ausência do poder é a exceção; a sua presença ordinária nas relações intersubjetivas o eleva à condição de objeto mais relevante da ciência social, a tal ponto que o poder está para as ciências sociais da mesma maneira que a energia está para as ciências físicas,

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

na expressão de Bertrand Russell. Com as devidas adequações, poder é a energia que aquece, movimenta, eletriza as relações sociais. A contraface física da energia é a resistência; idem para o poder. O sonho dos físicos é a supercondutividade, situação na qual se elimina a resistência. Onírica para os detentores do poder é a superobediência. Oboedientia et pax. Almeja-se a obediência que enche o coração do subordinado de paz, tal qual um fiel prostrado diante da divindade. Energia e poder se assemelham porque tendem a mudar o estado do objeto sobre o qual são exercidos e também porque ambos deparam com resistência. A distinção ôntica entre energia e poder está na postura do objeto sobre o qual são aplicados; aos elétrons não é dado mudar de ideia e resistir mais ou menos. Por isso, força física (aplicação de energia) e poder não se confundem conceitualmente: ter o carro rebocado é sujeição à força; decidir não es-

tacionar em local proibido é obediência ao poder. Existe poder quando o ente sobre quem ele é aplicado tem a possibilidade de decidir sobre obediência ou desobediência. A força é instrumento, ferramenta, não é o próprio poder. O detentor de toda força do mundo que não conquistar obediência será forte, não poderoso. Se uma tentativa de exercício de poder enfrentar resistência até a morte dos sujeitos passivos, não haverá poder, apenas força. Armas são potencializadoras da força. Força potente é conditio sine qua non nas situações de exercício competitivo do poder. Se todos tivessem exatamente a mesma força, não haveria exercício de poder, visto que a dissuasão recíproca levaria a resultado nulo. Na sua instrumentalidade, a força pode ser dirigida a outros entes poderosos, que competem pelas oportunidades de exercício do poder, ou a subordinados. A potencialidade da força induz à obediência,

mantendo a disciplina. Quanto maior a disciplina, menor a resistência e, por via de consequência, a entropia, a dispersão do poder ao longo dos dutos hierárquicos. Se existisse a superobediência, não haveria indisciplina. Porém, desobedecer é da condição humana. O problema é encontrar o ponto de equilíbrio. Aliás, como em qualquer atividade humana. A disciplina é imprescindível às Forças Armadas. Na sociedade civil, doses não destrutivas de desobediência são necessárias para assegurar que a dialética da democracia se mantenha hígida. Exércitos, em democracias, devem ser intensamente disciplinados. À balbúrdia quase caótica do ambiente civil nas democracias deve corresponder dose inversamente proporcional de silêncio obsequioso, formal, organizado, nas Armas. Essa calma é uma das grandes conquistas do Brasil. O resto dos problemas a gente resolve nas eleições e nos tribunais.


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

vidaecidadania

* DESFILE

Mocidade Azul é tricampeã no carnaval curitibano Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Samba-enredo sobre a infância deu o 24º título à escola. Imperatriz da Liberdade foi a campeã do Grupo B e desfilará na elite do carnaval em 2017 Sharon Abdalla

A escola de samba Mocidade Azul é a campeã do carnaval curitibano em 2016. A escola recebeu dos jurados um total de 179,5 pontos, ficando à frente da Acadêmicos da Realeza e da Leões da Mocidade, vice-campeãeterceiracolocada, respectivamente. A Mocidade Azul chegou neste ano ao seu tricampeonato com o samba-enredo “Soubobo,massoufeliz”,que fez referência à infância de crianças e adultos, como explicou o presidente da escola,

Presidente da Mocidade Azul (à esquerda) recebe o troféu.

Altamir Jorge Lemos. “O enredofalavasobreosercriança,o brincar.Fizemosumtrabalho quase perfeito, estou muito feliz. Agora, é trabalhar para buscar o tetra”, afirmou. A perfeição à que o presidente se refere foi refletida nasnotasdaescola.AMocidade Azul conquistou seis notas dez entre os nove quesitos

avaliados pelos jurados. Este foio24ºtítulodaagremiação. Vice-campeã do carnaval 2016com175,9pontos,aAcadêmicos da Realeza levou 348 integrantesparaaavenidaparaapresentaroenredo“Imperium,daiaCesaroqueédeCesar, e a Curitiba damos a Realeza”, que falava sobre as conquistas do homem.

O presidente da agremiação, Paulo Roberto Scheunemann, disse que a escola se esforça para se recriar todos os anos – este é o terceiro vice-campeonato consecutivo da Realeza –, e reclamou dos problemas do som na avenida. O terceiro lugar ficou com a Leões da Mocidade, que obteve 173,9 pontos e apresentou o samba-enredo “Cinema na Avenida”, que fez referência a filmes e personagens marcantes da história da sétima arte. A escola Embaixadores da Alegria, quarta colocada, fechou a apuração com 165,4 pontos. Acesso A Imperatriz da Liberdade foi a escola campeã do Grupo B, com nota de 175,20 pontos, egarantiuseulugarnodesfile do grupo de elite do carnaval de 2017. A agremiação Império Real de Colombo e a Internautas vão desfilar pelo Grupo B no próximo carnaval. Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

Zombie Walk reúne mais de 15 mil em Curitiba Andrea Torrente e Willian Bressan

O tempo bom que fazia na capital por volta de meio-dia de domingo (7), início da concentração na Praça Osório, levou muita gente às ruas para brincar de mortos-vivos na 9ª Zombie Walk. O evento integra a programação do Psycho Carnival. A Polícia Militar estima que 15 mil pessoas participaram do evento. A Fundação CulturaldeCuritibadisseque a concentração reuniu 20 mil pessoas e a organização fala em até 25 mil participantes. Nenhuma ocorrência foi registrada pela Polícia Militar. Osparticipantescapricharam na escolha das maquiagensefantasias.Alémdastradicionais, como noiva cadáver e caçadores de zumbis, houveatégentefantasiadade Aedes Aegypti distribuindo folhetos sobre o zika. O evento reuniu pessoas de todas as idades e famílias inteiras. A guarda municipal Lucélia Flores levou o marido, que também é guarda municipal, e os dois filhos. Entre os mortos-vivos a reportagem encontrou até avó

Maquiagem caprichada para as noivas­cadáver que participaram da festa. Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

* LITORAL

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Fim de semana teve programação diversificada.

Trios agitam a festa nas praias Kelli Kadanus

O domingo de carnaval no Litoral do Paraná foi agitado. EmMatinhos,aprogramação à noite era o desfile da Caiobanda. Os Trios Elétricos Avassalador e Tremendão, que já se apresentaram no sábado (6), foram escalados para a festa. Aspraiastambémtiveram bailes populares e matinês para as crianças. Em Praia de Leste, a folia foi animada com os blocos Bunda Leste e Bloco da Esquina, e, em Pontal do Sul, quem comandou a festa foi o Bloco da Esquina. Para a noite de domingo (7) outra opção era o desfile das escolas de samba de Antonina, com a participação da Brinca Pra Não Chorar, Unidos do Portinho, Escola de Samba do Batel e Filhos da Capela, além do carnaval de rua.

CARNAVAL EM SP Mocidade e Vai-Vai dominam desfile marcado por acidente e confusões

Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

Direto do orelhão, a foliã fez pose para foto.

Zumbis abusaram da dramaticidade na marcha.

e neta, que pela segunda vez participaram da marcha. A aposentada Lourdes Carvalho, de 63 anos, levou a neta

11

Melissa, 13 anos, e as duas fizeram questão de se maquiar e colocar a roupa mais “terrível” que encontraram.

“Não gosto de carnaval, mas adoro zumbis e vejo todas as séries na tevê sobre eles”, disse Lourdes.

Os destaques da passarela paulistana foram para a Mocida­ de Alegre e a Vai­Vai, que trou­ xeram sambas fáceis de cantar e baterias ousadas para a avenida. O espetáculo também foi mar­ cado por um acidente com feri­ do, problemas com carros ale­ góricos e bate­boca. As duas es­ colas despontam como candi­ datas ao título, junto da Rosas de Ouro, a melhor agremiação da primeira noite. Entre os inci­ dentes, um deles foi a retirada da passarela de Juliana Isen, conhe­ cida como a musa dos protestos do impeachment, que fez um striptease na avenida. Ela foi re­ tirada pelo presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira. No domingo (7) foi a vez dos desfiles do grupo especial das escolas de samba do Rio de Janeiro. Doze escolas desfilam até a madrugada desta terça (9) na Apoteose do Samba.


12

vidaecidadania

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* RECURSOS PÚBLICOS

Briga entre governo e TJ reacende debate sobre o orçamento Legislativopodeser decisivonaquedade braçosedecidir reduzirorepasseaos Poderes,masissotem umaltocustopolítico Euclides Lucas Garcia

Os poucos metros que separamassedesdogovernodoestado e do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, no Centro Cívico, em Curitiba, nunca estiveram tão tortuosos como neste início de ano. A negativa do Judiciário em liberar ao Executivoacessoaosdepósitosjudiciais e a decisão governamental de reter recursos orçamentários do TJ acirraram os ânimosdeladoalado.Situada exatamente no meio do caminho entre o Palácio Iguaçu e o Palácio da Justiça, a AssembleiaLegislativapodeserdecisiva nessa queda de braço se decidir mexer num ponto considerado intocável até hoje: reduzir o repasse do orça-

mento aos Poderes estaduais. Desde o fim do ano passado, o governo tenta ter acesso a R$ 640 milhões dos depósitos judiciais, que são valores discutidos nas ações e que ficam depositados em juízo até aconclusãodosprocessos.Diante da negativa do tribunal em liberar o dinheiro, o Executivo vem retendo parte do orçamento mensal do TJ, alegando, inclusive, que o Judiciário estadual teria quase R$ 1 bilhão em aplicações financeiras. Secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa chegou a chamar os outros Poderes de “ilhas de prosperidade” e “privilegiados” e a afirmar que “esbanjam” recursos públicos em detrimento da população. Atualmente, 18,6% do orçamento paranaense são reservados ao TJ, à Assembleia, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Entre os sete estados do Sul e Sudeste, por exemplo, só Santa Catarina destina um porcentual maior a esses poderes (19,4%). Além disso, desde 2011, quando o

Se continuar esse clima de confusão, é uma possibilidade [modificar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e reduzir o montante repassado aos Poderes].” Avaliação de bastidor de um experiente deputado,

Pregão Presencial nº 098/2016 SENAI - PR OBJETO: AQUISIÇÃO DE TECIDOS, AVIAMENTOS, PAPELARIA E OUTROS DIVERSOS DA ÁREA TÊXTIL E VESTUÁRIO – SENAI MARINGÁ ABERTURA: 17 de Fevereiro de 2016 às 15:00 horas

A Sumitomo Rubber do Brasil LTDA., pessoa jurídica com sede na cidade de Fazenda Rio Grande, Paraná, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13.816.470/000170, informa que teve documentos originais de importação roubados, incluindo os BL’s (Bill Of Lading) NYKS3139030550 e SUDUN57091166612. Conforme o BO 2016/74895 registrado no dia 20/01/2016 na Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas de Curitiba, o motorista da empresa de Courier internacional foi abordado por bandidos na rodovia 277, a caminho da entrega dos mesmos. O veículo e sua carga foram levados, não tendo sido localizados até o momento. A carga constante no BL NYKS3139030550 descarregou do Navio CCNI ANDES V. 552W no dia 02/02/16 no porto de Paranaguá e a carga constante no BL SUDUN57091166612 tem previsão de descarga em Panaraguá no navio SAN CLEMENTE V. 553W no dia 07/02/16. Caso alguém tenha informações destes documentos favor entrar em contato pelo Tel. 41 3060-9250 – Ramal 1168

Antônio More/Gazeta do Povo

Presidente do TJ e o governador em ato em 2015: governo quer acessar R$ 640 mi de depósitos judiciais.

Fundo de Participação dos Estados (FPE) passou a fazer parte do cálculo para definir o volume desses repasses, o Executivo “perdeu” R$ 2,3 bilhões para os vizinhos de Centro Cívico – incluindo o orçamento de 2016 (veja infográfico). Somente neste ano, serão cerca de R$ 460 milhões a menos para políticas públicas na saúde, educação etc. Possibilidades Agora, com o acirramento da briga entre governo e TJ, ressurge o debate sobre modificar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e reduzir o montante repassado aos Poderes – seja mexendo no porcentual previsto na legislação ou retirando o FPE do cálculo. “Se continuar esse clima de confusão, é uma possibilidade”, diz um experiente deputado. Normalmente, o Executivo costuma enviar a LDO à Assembleia em abril. Resta saber, porém, se os parlamentares estarão dispostos a comprar essa briga. Em primeiro lugar, porque o orçamento da Assembleia seria reduzido. Além disso, em conversas reservadas, os deputados não escondem o temor de retaliações por parte do Judiciário.

ASSEMBLEIA Tema divide opiniões entre deputados A redução do volume do re­ passe aos Poderes estaduais enfrenta enorme resistência sempre que é ventilada. Na ela­ boração da LDO de 2016, no ano passado, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa pro­ pôs, sem sucesso, uma emenda excluindo o FPE do cálculo dos repasses. Já em 2013 e 2014, a gestão Beto Richa (PSDB) che­ gou a defender a mesma medi­ da, mas recuou diante da pres­ são. No Legislativo, o tema divide

ILHAS DE PROSPERIDADE Desde 2011, quando o Fundo de Participação dos Estados passou a ser incluído na base de cálculo que define o repasse orçamentário para os poderes do estado, o Executivo "perdeu" mais de R$ 2,3 bilhões. Total "perdido" para outros poderes pelo FPE em R$milhões

409,91

403,17

428,74

459,00

342,05 274,47 TOTAL

2,317 bilhões

2011

2012

2013

2014

2015

2016

Parte no orçamento de 2016 por órgão em R$ milhões

Parte no orçamento

Tribunal de Justiça

9,5%

Ministério Público

4,1%

Assembleia Legislativa

3,1%

Tribunal de Contas

1,9%

Orçamento com FPE

“Perda”

Orçamento sem FPE

2.014,86

234,44

1.780,42

869,69

101,18

768,51

657,48

76,50

581,00

403,00

46,88

356,10

Fonte: Orçamentos estaduais. Infografia: Gazeta do Povo.

opiniões. “Quando você começa a criar determinados benefícios que não existiam antes, é claro que você gasta todo o orçamento. E, na sequência, os outros órgãos pedem o mesmo por simetria”, critica o deputado oposicionista Tadeu Veneri (PT). “São privilégios que de forma alguma beneficiam a população nem necessariamente implicam melhoria dos serviços prestados. Ao contrário, tiram dinheiro da saúde, da segurança pública.” Mais cautelosos, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), e o líder do governo na Casa, Luiz Claudio Romanelli

(PMDB), condicionam qualquer mudança a um consenso entre todos os Poderes. “Não advogo nada sem um entendimento, construído com todos à mesa. Com iniciativas isoladas, não chegaremos a lugar nenhum”, afirma o tucano. Além de defender o diálogo e se posicionar contra o “confronto institucional”, Romanelli diz que no caso do Tribunal de Justiça, por exemplo, a prestação jurisdicional à população cresceu desde 2011. “Aumentou o número de varas, de juízes, de funcionários. Não é simplesmente chegar e cortar o orçamento”, pondera. (ELG)


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

vidaecidadania

13

* INVESTIGAÇÕES

ParaLula,triplexé“muquifo”,dizamigo Agência O Globo

ENTREVISTA Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo

P

refeito de São Bernardo e um dos principais amigos do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Marinho (PT) conta que os donos “disponibilizaram” o sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, para o ex-presidente, o que significa, no seu entender, entregar a chave, permitir que o local seja mobiliado e dar prioridade de compra a quem o usa. O sítio é um dos itens da investigação do Ministério Público que tem relaçãocomoex-presidenteLula. Veja trechos da entrevista com o prefeito:

Elza Fiúza/ABR

Há notícias de que a Odebrecht fez obras no sítio de Atibaia. Eu desconheço.

No apartamento do Guarujá[investigadonaLavaJato], a OAS fez uma obra que favoreceria Lula. Oqueelecomprouedeclarou foi uma cota. Quando ele foi visitar, disse: ‘não quero porque tem três andares com uma escadinha horrorosa. Estou ficando idoso’. Ele contou isso para a gente e brincou: ‘Pô, é um muquifo’.

Osítioestáemnomedeamigos da família, mas o Lula foi lá 111 vezes. Não sei se foi 111 vezes ou 2 mil vezes. Não contei. Do que conheço, tem duas pessoas que compraram o sítio e disponibilizaram para ele usar, com comprovação de fontes pagadoras.Portanto,nãotem absolutamente nenhum problema. Mas ele usa o sítio. Vamos imaginar que eu tenho uma casa na praia e disponibilize para você usar todo final de semana, alguém tem alguma coisa ver com isso? É o caso do sítio. Mas disponibilizar quer dizer o quê? Dar a chave? Toma [faz o gesto de entregar achave].Podemobiliar,étua.

contrar um jeito de mostrar que o Lula está envolvido na Lava Jato.

Não estão atrás da verdade. Estão “atrás de envolver o Lula na Lava Jato.” Se um dia você resolver comprar, eu te vendo. Se não, um diameufilhovaiexerceropoder de herança. Mas por que alguém fez um

favor desses para o ex-presidente? Aí tem que perguntar para as pessoas que fizeram. O problema é que não estão atrás da verdade. Estão atrás de en-

Mas a OAS fez obras para adequar o imóvel às necessidades do Lula. E cobraria pela obra. Não tem nenhum crime aqui. O Lula vai ser candidato em 2018? Hoje, o Lula é candidato. Se perguntar, ele vai dizer que não. Isso explica muitas coisas que estão falando sobre o Lula.


14

vidaecidadania

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* ÁSIA

ONU condena lançamento de foguete da Coreia do Norte Conselho de Segurança fez reunião de emergência após ditador anunciar que usou tecnologia de mísseis balísticos para lançar satélite

Joe Raedle/AFP

KCNA VIA KNS/AFP

REAÇÃO Coreia do Sul anuncia preparação de sistema antimísseis americano SEUL AFP

Estadão Conteúdo

O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente neste domingo o lançamentodeumfoguetepelaCoreiadoNorte e disse que vai se comprometer para “rapidamente” adotar uma resolução com “sanções significativas”. “Mesmo se for caracterizado como um lançamento de satélite ou veículo espacial sem fins militares, o ato de hoje [domingo] contribui para o desenvolvimento do sistema de mísseis da Coreia do Norte”, diz o texto, aprovado por todos os 15 membros do Conselho em uma reunião de emergência. A nota da ONU ressalta que o uso de tecnologia de mísseis balísticos é uma violação de quatro resoluções do Conselho de Segurança. O comunicado também expressa o compromisso do Conselho “para continuar a trabalhar em direção a uma solução pacífica, diplomática e política para a desnuclearização da península coreana”. Mais cedo neste domingo, a televisão estatal norte-coreana informou que o país colocou em órbita um satélite com sucesso apósolançamentodeumfoguete.OcomunicadoafirmaqueaCoreiadoNorteirálançarmaissatélitesequeolançamento foiordenado pelo líder do país, Kim Jong Un. O ato despertou fortes reações de diversos países e organizações no Ocidente. Uniram-se na condenação a Pyongyang até mesmo inimigos históricos, como a Rússia eOrganizaçãodoTratadodoAtlânticoNorte (Otan). Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que a Coreia do Norte mais uma vez demonstrou seu desprezo pelo direito internacional. “Convido o líder norte-coreano para pensar se a política de se opor à comunidade internacional está servindo aos interesses do país”, escreveu o chanceler russo. Comumtommaisduro,osecretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o lançamento do foguete pela Coreia do Norte é uma “violação direta” às resoluções da ONU. “Continuamos a pedir às autoridades da Coreia do Norte para cumprir com suas obrigações sob o direito internacional, para não ameaçar ou realizar qualquer lançamento em órbita usando tecnologia de mísseis balísticos”, disse. Outros países se juntaram na condenação à Coreia do Norte. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que Pyongyang “ignorou mais uma vez os alertas da comunidade internacional por meio de uma provocação irresponsável”. Já o presidente da França, François Hollande, pediu uma “reação rápida e severa da comunidade internacional”.

* REPUBLICANOS

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul irão iniciar negociações sobre a preparação, na penín­ sula coreana, de um sistema de defesa antimísseis americano, ao qual a China se opõe firme­ mente, indicou Seul neste do­ mingo, depois que Pyongyang anunciou o lançamento de um foguete de longo alcance. “Decidiu­se pela abertura oficial de negociações sobre a possibilidade de preparar o sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD), dentro dos esforços para reforçar a defesa antimísseis da aliança Coreia do Sul/EUA”, declarou o representante do Ministério sul­coreano da Defesa Yoo Jeh­Seung. A mobilização pelos Estados Unidos de um sistema THAAD, um dos mais modernos do mundo, na Coreia do Sul é discutida há anos. Os americanos insistem em que se trata de um elemento de despersuasão necessário frente ao programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte. China e Rússia afirmam que o lançamento deste sistema na Coreia do Sul afetará a estabilidade da região.

ESCALADA ARMAMENTISTA O lançamento de um foguete por parte da Coreia do Norte preocupa por dois motivos. Primeiro, porque com mísseis de longo alcance o país, uma das últimas ditaduras comunistas, poderia atingir até mesmo o território dos EUA. Segundo, porque o país vem desenvolvendo um programa nuclear ­ no mês passado, o ditador Kim Jong­un anunciou que o país havia testado com sucesso sua primeira bomba de hidrogênio. Autoridades internackionais duvidam que o país tenha a tecnologia.

Lançamento de foguete: supostamente, missão era colocar satélite em órbita, mas comunidade internacional vê violação de regras.

Trump: defendendo afogamento simulado.

Torturaezika sãotemasda disputanosEUA NOVA YORK Folhapress

O debate entre os candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos teve uma discussão sobre a volta de técnicas de tortura para extrairinformaçõeseconfissões de suspeitos de terrorismo. Donald Trump se mostrou a favor não só de restabelecer a tortura como de aplicar táticas “muito piores”. “Voltaria com o waterboarding (afogamento simulado) e coisa muito pior”, disse Trump neste sábado, num debate entre os pré-candidatos. A técnica usada pelo governo de George W. Bush foi proibida pelo atual presidente, Barack Obama. O senador Ted Cruz disse que, sob a definição “geralmente reconhecida” de tortura, não se pode considerar o afogamento simulado como tal. Mas Cruz sustentou que não seria a favor de uso “generalizado” da técnica. Zika O vírus da zika colocou o Brasil também na campanha presidencial dos EUA. No debate entre os republicanos, o governador de Nova Jérsei, Chris Christie, disse que imporia uma quarentena às pessoas que voltarem aos EUA de viagens ao Brasil. Amesmaperguntasobreo zika foi feita a outro pré-candidato, este com experiência na área médica, o neurocirurgião aposentado Ben Carson. Sua opinião sobre a quarentena foi diferente. “Colocar um monte de gente em quarentena de forma desordenada por terem idoaoBrasil,nãoacreditoque isso funcione. O que realmente precisamos pensar é como controlar essa doença. E aí é que precisamos de uma resposta rápida”, disse Carson.


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

saúde e bem-estar

vidaecidadania

15

Fellipe Lima

saude@gazetadopovo.com.br

* PSICOLOGIA

Solidão: de dor individual a risco de saúde pública Cientistasestudama ligaçãodoisolamento social amodificações genéticasedanosà saúdecomparáveis aoscausadospelo tabagismo Washington Post

A solidão, há muito tempo um dos grandes males da humanidade, é hoje cada vez mais vista como um risco sério de saúde pública. Os cientistas que identificaram relações significativas entre solidão e problemas de saúde estão agora indo atrás dos mecanismos biológicos exatos que fazem com que ela seja a ameaça que é. Indo fundo em suas análises, até o nível molecular, eles descobriram que o isolamento social é capaz de modificar o genoma humano de formas profundas e duradouras. O potencial para os danos à saúde causados por es-

sas mudanças genéticas é comparável aos causados por tabagismo, diabetes e obesidade. A conclusão dos cientistas: a solidão pode ser um perigo letal. E os Estados Unidos – que tanto prezam pela individualidade – não estão fazendo quase nada para diminuir os seus riscos. “Na saúde pública, falamos o tempo inteiro da obesidade e do tabagismo e fazemos todas essas intervenções, mas não falamos nada dessas pessoas que estão solitárias e sofrendo de isolamento social”, disse Kerstin Gerst Emerson, professoraassistente do Instituto de Gerontologia da University of Georgia. “Há consequências tangíveis e terríveis. Os solitários estão morrendo, a saúde dessas pessoas está piorando, e isso traz custos para a nossa sociedade”. O psicólogo Steve Cole, que estuda como os ambientes sociais afetam a expressão genética, diz que pesquisadores há anos sabem que solitários estão sujeitos a um risco maior de ataque cardíaco, câncer metastáti-

FOME A dor da solidão é como a dor da fome. É o sinal biológico de que algo está errado. Você come mesmo sem saber que o nível de açú­ car no sangue está baixo.

co, Alzheimer e outras doenças. “Mas ainda não compreendemos o porquê.” No ano passado, Cole e seus colegas da Faculdade de Medicina da UCLA, junto com colaboradores da University of California em Davis e da University of Chicago, encontraram, no organismo de pessoas solitárias, respostas complexas do sistema imunológico à solidão. Eles descobriram que o isolamento social aumenta a atividade dos genes responsáveis pela inflamação e reduz a atividade dos genes que produzem anticorpos para combater infecções.

DEPRESSÃO É OUTRA COISA A definição mais amplamente aceita de solidão é o sofrimento causado quando a realidade não dá conta dos ideais de relacionamento social das pessoas. Solidão não é sinônimo de estar sozinho. Solidão também não é o mesmo que depressão, ainda que uma coisa muitas vezes acompanhe a outra.

Estilo de vida “A sensação de isolamento tem um efeito imenso em nossa psique, por conta de nossas preocupações evolutivas”, afirma a psiquiatra Jacqueline Olds. O isolamento social é muitas vezes uma parte inevitável do estilo de vida atual. Mas ele submete o corpo a

um estado de alerta constante, no nível celular. Isso ajuda a explicar o porquê de os solitários agirem negativamente com os outros, o que faz, por sua vez, com que seja ainda mais difícil para que eles formem relacionamentos. Tradução: Adriano Scandolari

Informe Publicitário

Como saber se é caso de ir para a emergência ou de agendar uma consulta? A Unidade de Atendimento 24 horas – Urgência e Emergência é o setor responsável por acolher casos graves de forma humanizada e eficiente. Fazer o diagnóstico rapidamente e prestar os primeiros cuidados ao paciente é a missão desta seção do Hospital Pilar que tem atendimento 24 horas por dia, todos os dias do ano. Uma questão essencial é saber quando procurar esta unidade e não o atendimento ambulatorial. Entender a definição dos termos usados para nomear esta parte do

hospital pode ajudar bastante na decisão sobre qual tipo de serviço médico procurar. Pode ser considerada urgência uma situação que requer assistência rápida para evitar complicações ou sofrimento, e emergência é aquela que precisa de atendimento imediato, pois pode haver risco de morte ou lesão permanente. Já situações que não se encaixam nestas descrições, como: consulta de rotina, solicitação de exames ou receitas, avaliação e acompanhamento de doenças crônicas, check-up, atestado

de aptidão ou piscina, devem ser avaliadas em consultas agendadas. A unidade de urgência e emergência é o local indicado em qualquer situação anormal para doenças crônicas ou no caso de acidente, trauma, infarto, derrame, insuficiência respiratória, parada cardíaca etc. O coordenador do Atendimento 24 horas do Pilar, Fábio Makoto Ogata (CRM-PR 18853/RQE 14703), reforça que em alguns casos é importante procurar o hospital rapidamente. “Dor no peito, dor de cabeça intensa, convulsão, perda de força muscular, tontura, alteração da pressão arterial (aumento ou diminuição), falta de ar, febre, dor abdominal, vômito, entre outros, devem chamar a atenção”, diz o médico. A unidade, além de equipe médica qualificada, tem serviços auxiliares como laboratório, diagnóstico por imagem, exames cardiológicos, ecodoppler e infraestrutura para atendimento clínico emergencial eficaz.

24

HORAS

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Av. Desembargador Hugo Simas, 322• 41 3072-7272 • 41 9697-3897 • www.hospitalpilar.com.br


16 GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

Valorize se seu sonho e Invista em PATRIMÔNIO AGORA É HORA DE CONQUISTAR O SEU!


SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

eu dinheiro, e seu futuro. um imóvel. GAZETADOPOVO

17


18

serviço

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

falecimentos Adão Pereira dos San­ tos, 73 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Maria Pereira dos Santos. Se­ pultamento ontem. Ademir Posnik, 66 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Valdemir Posnik e Elizete Posnik. Sepulta­ mento ontem. Agnaldo Cit, 83 anos. Profissão: marceneiro. Filiação: José Cit e Adélia da Rosa. Sepultamento ontem. Alirio Gomes dos San­ tos, 77 anos. Profissão: funcionário público mu­ nicipal. Filiação: Manoel Gomes dos Santos e Ma­ ria da Conceição Gomes. Sepultamento ontem. Altevir Costa, 80 anos. Profissão: mecânico. Fili­ ação: Faustino Costa e Norma Deconto Costa. Sepultamento ontem. Anselmo Correa Ferrei­ ra, 72 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Antônio Daniel Ferreira e Adelaide Correa da Silva. Sepultamento ontem. Aparecida Alves, 62 anos. Profissão: do lar. Filiação: Casimiro Ferrei­ ra Alves e Tereza Quei­ roz Alves. Sepultamento hoje, no Cemitério Mu­ nicipal de Santa Cândi­ da, saindo de residência. Aparecido Crispim de Oliveira, 44 anos. Profis­ são: servente. Filiação: Felipe Gonçalves de Oliv­ eira e Maria de Lourdes Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Mu­ nicipal do Boqueirão. Carlos Alberto de Paula Soares, 71 anos. Filiação: Francisco de Paula Soar­ es e Aura Particheli Soar­ es. Sepultamento on­ tem. Carmem da Conceição Miranda Brito, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Carlos Matte de Miranda e Ritta Cemim Miranda. Sepultamento ontem. Castorina Gomes Guil­ herme, 78 anos. Profis­ são: do lar. Filiação: Ma­ noel Gomes e Marcelina Olímpia de Jesus. Sepul­ tamento ontem. Cecília Alves de Jesus, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Galdino Cor­ deiro de Jesus e Maria Alves dos Santos. Sepul­ tamento ontem. Cícero José de Souza, 68 anos. Filiação: Simpli­ cio de Souza e Liete Bar­ bosa de Souza. Sepulta­ mento ontem. Clara Maria Gonçalves Dip Rangel, 69 anos.

obituario@gazetadopovo.com.br

Profissão: do lar. Filiação: Geraldo Dip e Laura Gon­ çalves Dip. Sepultamento ontem. Cleusa de Araújo Lima, 62 anos. Profissão: costur­ eira. Filiação: Marcos Alves de Lima e Anita Araújo de Lima. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais). David Neto, 78 anos. Pro­ fissão: advogado. Filiação: José Neto e Luíza Martins. Sepultamento ontem. Dinorha Pereira Ayub, 92 anos. Profissão: do lar. Fili­ ação: Carlos Pereira das Neves e Maria José Gomes Pereira. Sepultamento on­ tem. Edson Luiz Kuster de Ol­ iveira, 56 anos. Filiação: Sebastião Oliveira e Judith Kuster de Oliveira. Sepul­ tamento ontem. Eduardo Aldo Ferreira, 26 anos. Profissão: eletricista. Filiação: Evaldo Ferreira e Solange Aparecida Ferrei­ ra. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de resi­ dência. Esmeralda Domingues dos Santos, 86 anos. Pro­ fissão: do lar. Filiação: José Domingues da Rocha e Sebastiana Esteves. Se­ pultamento ontem. Francisco Isabel Filho, 68 anos. Profissão: técnico. Filiação: Francisco Isabel e Ivone Ferreira Isabel. Se­ pultamento hoje, no Cre­ matório Vaticano. Gabrielly Kamilly Freitas Oliveira, 12 anos. Profis­ são: estudante. Filiação: Elias Oliveira e Ellen Cristi­ na Freitas Gomes. Sepul­ tamento hoje, no Cemité­ rio Municipal do Boquei­ rão. Genezio de Assis, 62 anos. Profissão: motorista. Filia­ ção: Joaquim Brás de Assis e Izaira Suera de Assis. Se­ pultamento ontem. Guiomar Duarte Barcos, 89 anos. Profissão: fun­ cionário público estadual. Filiação: Manoel Duarte da Silva e Adelaide de Olivei­ ra. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu. Henedina da Silva Corre­ ia, 72 anos. Filiação: José Nunes Correia e Vitória da Silva Correia. Sepultamen­ to ontem. Iadwiga Lis Zorek, 87 an­ os. Filiação: Francisco Lis e Tecla Lis. Sepultamento ontem. Izeu Carlos Gomes, 56 anos. Profissão: cobrador de ônibus. Filiação: Joaq­ uim da Silva Gomes e Mat­

ilde Lima da Silva. Sepul­ tamento ontem. Jackson Portela de Oliv­ eira, 26 anos. Profissão: promotor. Filiação: Joselio José de Oliveira e Solange Aparecida Portela. Sepul­ tamento ontem. Joana Socher, 58 anos. Profissão: doméstica. Fili­ ação: Paulo Socher e Rosa Socher. Sepultamento on­ tem.

pal do Água Verde. Lizete Terezinha Trinda­ de da Conceição, 56 an­ os. Profissão: cabeleireira. Filiação: Raul Augusto Londero Trindade e Suely Druzian Trindade. Sepul­ tamento ontem. Lohayne de Oliveira, 3 di­ as. Filiação: Jennifer Jeyce de Oliveira. Sepultamento ontem.

João Batista do Prado, 50 anos. Filiação: Samuel do Prado e Eurides Maria do Prado. Sepultamento ontem.

Lourival Tomaz de Lima, 83 anos. Profissão: autôn­ omo. Filiação: Aparício Tomaz de Lima e Araci Gruber de Lima. Sepulta­ mento ontem.

João Carlos Carvalheiro, 58 anos. Filiação: Djalma Carvalheiro e Marly Izabel Carvalheiro. Sepultamen­ to ontem.

Lucas Atila Fanis, 21 an­ os. Profissão: estudante. Filiação: Gilmar Fanis e Maria de Fátima Marceli­ no. Sepultamento ontem.

José Augusto, 77 anos. Profissão: porteiro. Filia­ ção: Joaquim Augusto e Florise Castilho. Sepulta­ mento ontem.

Maikon Jean Cardoso Rocha, 21 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Odair José Rocha e Joaquina Bueno Cardoso. Sepulta­ mento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo de resi­ dência.

José Laércio Chelski, 57 anos. Profissão: procura­ dor. Filiação: João Chelski e Sophia Chelski. Sepulta­ mento ontem. José Luiz Soares Aguiar, 84 anos. Profissão: autôn­ omo. Filiação: Caetano da Silva Aguiar e Josefa Soar­ es Aguiar. Sepultamento ontem. José Masagao Gularte, 69 anos. Profissão: militar. Filiação: Bento Melo Gu­ larte e Formolina Masagao Gularte. Sepultamento ontem. José Ribeiro, 70 anos. Pro­ fissão: lavrador. Filiação: Altino José Ribeiro e Maria Sareta Venerando Ribeiro. Sepultamento ontem. José de Jesus Rodrigues Carrao, 32 anos. Profissão: carregador. Filiação: Aristi­ des Rodrigues Carrao e Rosa Pereira de Moura Carrao. Sepultamento ho­ je, no Cemitério Jardim In­ dependência, em Araucár­ ia, saindo de residência. Judite del Anhol, 80 anos. Profissão: zeladora. Filia­ ção: Mário del Anol e Pas­ coa Barbane. Sepulta­ mento hoje, no Cemitério Municipal da Cidade de Origem, saindo da Capela Mortuária em Ibaiti­PR. Kalyne Lourenço Carval­ ho, 13 anos. Filiação: Is­ mael Carvalho e Aline Aparecida Lourenço. Se­ pultamento hoje, no Cemi­ tério Municipal do Boquei­ rão. Liverson Kaminski, 24 an­ os. Profissão: autônomo. Filiação: Pedro Kaminski e Yolanda Arlete do Amaral Kurzyna. Sepultamento hoje, no Cemitério Munici­

Maria Aparecida Mar­ tins, 73 anos. Profissão: do lar. Filiação: Anizio Lopes e Maria de Souza. Sepultamento ontem. Maria de Lourdes Novaes da Silva, 92 anos. Profissão: assistente social. Filiação: José Pinto de Novaes e Genoveva Cequinel Novaes. Sepultamento ontem. Mariane Aparecida Lour­ enço, 10 anos. Filiação: Aline Aparecida Lourenço. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo de Igre­ ja Visão Missionaria, no Bairro Santa Maria /Fa­ zenda Rio Grande. Marlene Domingos Mouchaileh, 77 anos. Pro­ fissão: farmacêutica. Filia­ ção: Calixto Domingos e Siria João Domingos. Se­ pultamento ontem. Mercedes de Lima Pfutz, 97 anos. Profissão: do lar. Filiação: Constantino Gar­ cia de Lima e Maria Balbi­ na da Trindade. Sepulta­ mento ontem. Miguel Schneider, 73 anos. Profissão: motorista. Filia­ ção: Albino Schneider e Luí­ za Margarida Schneider. Sepultamento ontem. Nedison Luiz Santos da Rocha, 56 anos. Filiação: Darcy Marinho da Rocha e Maria Doracy dos Santos Rocha. Sepultamento on­ tem. Olga Caetano Minikov­ ski, 96 anos. Profissão: professora. Filiação: Sil­ vério Caetano Minikovski e

Magdalena Muziau Mini­ kovski. Sepultamento on­ tem. Orlando Krasinski, 75 anos. Filiação: Vicente Krasinski e Adelaide Fiori Krasinski. Se­ pultamento ontem. Otávio Martins Ferraz, 78 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: Manoel Martins e Madalena Martins. Sepul­ tamento ontem. Paulina Jacek, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: Nicolau Bilek e Sofia Bilek. Sepultamento ontem. Pedro Florindo de Paula, 89 anos. Profissão: ma­ quinista. Filiação: João Flo­ rindo de Paula e Ambrozi­ na Bueno de Paula. Sepul­ tamento hoje, em local a definir, saindo de residên­ cia. Richard Pimentel, 20 anos. Profissão: mecânico. Filia­ ção: Ricardo Pimentel e Eu­ nice Aparecida da Silva Pi­ mentel. Sepultamento on­ tem. Rosa de Oliveira Menon, 89 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manoel Souza de Oliveira e Atilia Ferreira de Oliveira. Sepultamento ontem. Rubens Carvalho, 49 anos. Profissão: comerciante. Fili­ ação: Joaquim Carvalho e Artinisia Buratto Carvalho. Sepultamento ontem. Samuel Histszuk, 54 anos. Profissão: motorista. Filia­ ção: Stefano Histszuk e Valinga Histszuk. Sepulta­ mento hoje, no Cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais. Shu Chen Liou, 58 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Sung Yu Liu e Liau Yu Hua Liu. Sepultamento ontem. Sirley Terezinha Santos, 55 anos. Profissão: vende­ dora. Filiação: Clotilde Padilha Santos. Sepulta­ mento hoje, no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, saindo da Capela Municipal São Francisco de Paula. Valmir Pereira da Silva, 35 anos. Profissão: autôn­ omo. Filiação: Liberaci Ma­ ria dos Santos. Sepulta­ mento ontem. Valter Cordeiro dos San­ tos, 52 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Romual­ do Cordeiro dos Santos e Rosaria Marques de Olivei­ ra. Sepultamento ontem. Vitor Haidamacha, 67 anos. Profissão: cobrador de ônibus. Filiação: Miguel Haidamacha e Elesbeta Haidamacha. Sepulta­ mento ontem.


19

GAZETADOPOVO

economia@gazetadopovo.com.br

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

economia

EDITOR EXECUTIVO: GUIDO ORGIS EDITOR RESPONSÁVEL: SERGIO LUIS DE DEUS

* TELEFONIA

Linhascom4Gtriplicaramnoúltimoano

Rafael Waltrick

Vistos como estratégicos para o negócio das operadoras de telefonia, os acessos móveis via celulares 4G mais do que triplicaram no ano passado e hoje correspondema10%dototaldopaís.Só em 2015, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel),atecno-

logia de quarta geração aumentou sua base de chips ativos em 18,6 milhões. Em um caminho oposto, os acessos 3G terminaram o ano em queda, sinalizando o aumento da migração dos usuários para o 4G, movimento incentivado pelas empresas. A diferença na disseminação das tecnologias é evidente, embora parta de bases bem distintas – em dezembro, a Anatel registrou 25,4 milhões de acessos móveis 4G e 149,1 milhões via 3G. Enquanto os acessos 4G só crescem a cada mês, os 3G atingiramumpicoemagosto do ano passado e desde então caíram 8% (veja infográfico). O movimento de migração para o 4G, que deve seguircomforçanesteano,tem

Como o 4G oferece uma internet mais rápida, o consumo de dados do usuário aumenta bastante, o que traz um retorno maior para a empresa.” Leonardo Munin, analista de mercado da IDC Brasil.

TELEVISÃO Operadorasserão compensadaspor atrasoemdesligamento dosinalanalógico Anunciado na última semana de janeiro, o novo cronograma de desligamento do sinal de TV analógico resultou em algumas compensações para as opera­ doras de telefonia que utilizarão a faixa de 700 MHz para ampli­ ar a cobertura do 4G no país – hoje, a faixa é usada justamente nas transmissões analógicas das emissoras. As quatro operadoras que venceram em 2014 o leilão do 4G – Claro, TIM, Telefônica Vivo e Algar Telecom – protocolaram um requerimento junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no mesmo dia em que o Ministério das Comunicações anunciou oficialmente o adiamento das datas de desligamento. Com o novo calendário, Brasília será a única capital a passar pelo processo ainda neste ano, em outubro – inicialmente, São Paulo e Rio de Janeiro também deixariam de receber o sinal analógico em 2016. No documento, as operadoras

propuseram adiar o repasse da segunda parcela do valor que será destinado à “limpeza” da faixa de 700 MHz, após o desligamento do sinal. No leilão, as empresas assumiram o compromisso de arcar com os custos do processo de transição dos sinais, que giram em torno de R$ 3,6 bilhões. A primeira parcela, de R$ 1,44 bilhão, já havia sido liberada pelas operadoras em abril de 2015. Inicialmente, a segunda parcela deveria ser repassada até 31 de janeiro deste ano. As operadoras argumentaram à Anatel que os recursos já liberados são suficientes para a transição neste ano e, assim, sugeriram que o novo montante seja depositado só em janeiro de 2017. O pleito foi atendido pela agência. Além disso, as empresas de telefonia também poderão começar a explorar a faixa de 700 MHz em cada cidade antes do prazo previsto. Inicialmente, as operadoras poderiam utilizar a faixa para o 4G apenas um ano após o desligamento do analógico. Com a mudança no cronograma, ficou acertado que esse tempo de espera será de nove meses.

sido estimulado pelas operadoras com planos de dados mais baratos – que chegam a custar o mesmo do 3G –e a ampliação da cobertura. Todas as quatro grandes empresas aumentaram o número de cidades com acesso ao 4G no ano passado – só a TIM levou a tecnologia a 366 novas cidades. “A rede 3G está saturada, não cabe mais nem meio usuário, e assim as operadoras se veem obrigadas a incentivar essa migração, por não conseguirem mais entregarumserviçobom.Além disso, como o 4G oferece uma internet mais rápida, o consumo de dados do usuário aumenta bastante, o que traz um retorno maior para a empresa”, explica o analista

de mercado da IDC Brasil Leonardo Munin. O fato do preço dos celulares com 4G terem diminuído nos últimos anos também ajuda. Antes restrita a aparelhos top de linha, a tecnologia hoje pode ser encontrada com facilidade em modelos abaixo dos R$ 1 mil. A IDC estima que, em 2015, 40% dos aparelhos vendidos tinham capacidadeparaseconectarà rede 4G, porcentual que deve aumentar para 75% este ano – em 2014, apenas 15% dos smartphones comercializados vinham com 4G. Ampliação A estimativa da consultoria GSMA é que o número de conexões4GnoBrasilchegue a 42 milhões esse ano – au-

mento que deve vir principalmente de usuários que trocarem seus celulares por modelos mais modernos. O possível aumento é expressivo, mas mostra uma desaceleração no ritmo de disseminação da tecnologia em comparação com o ano passado. “A situação geral do país, com aparelhos mais caros devido ao fim da desoneração e alta do dólar, consumidoresmaisreceosose sem sobra de caixa, gera a percepção de que a velocidade de adoção do 4G vai reduzir. Mas, com os preços dos planos cada vez menores, os números de acessos seguirão aumentando a ponto de ocupar o espaço do 3G”, avalia o diretor da GSMA para o Brasil, Amadeu Castro.

A “EXPLOSÃO” DO 4G Só no ano passado, o número de acessos móveis via celulares 4G aumentou 273% em relação a 2014, fazendo com que a tecnologia se torne cada vez mais expressiva no total de linhas do país. Número de acessos 4G em milhões

Número de acessos 3G em milhões

144,6

149,1

(51%)

(58%)

2014

2015

94,7

% do total de acessos

(35%)

25,4

6,8

(0,5%)

(2%)

(10%)

2013

2014

2015

1,3

2013

CRESCIMENTO Em 2015, a base de usuários de 4 G na Claro no Paraná e em Santa Catarina cresceu 242% em relação ao ano anterior . “As expectativas de crescimento para 2016 continuam em três dígitos percentuais”, reforça a Claro em nota. A TIM, que diz atender hoje com sua cobertura 4G 100 milhões de pessoas, afirma que quer acelerar ainda mais o ritmo de expansão neste ano, chegando a mais de mil cidades cobertas com a rede.

Por outro lado, o número de acessos 3G terminou o ano em queda, movimento que tende a continuar em 2016. Número de acessos 3G em 2015 em milhões 161,9 161,8 161,9 162,3

160,5

159,3

149,1 159,4 156,4

154,8 151,3 148,8 jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

COBERTURA Além dos preços mais acessíveis dos celulares e dos planos, a popularização do 4G no ano passado foi estimulada por uma ampliação da cobertura das operadoras no país. Cidades com 4G, por operadora Brasil 2014

Claro

Paraná 2015

2014

20 015

100

187

4

9

Oi

45

133

2

8

TIM

45

411

2

65

Vivo

140

183

6

8

Fonte: Anatel, Teleco e operadoras. Infografia: Gazeta do Povo.

Lucas Pontes/Gazeta do Povo

Tecnologia já corresponde a 10% dos acessos móveis no país e começa a abocanhar fatia do 3G, que terminou 2015 em queda


20

economia

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

* COMPLIANCE

ApósaOperaçãoLavaJato, empresascorremparacriar núcleosdecombateàcorrupção Antônio More/Gazeta do Povo

Palestras e cursos a funcionários, além da criação de programas de delação, fazem parte da estratégia das companhias para cumprir a Lei Anticorrupção

INVESTIDORES Programa pode influenciar valor da companhia SÃO PAULO Estadão Conteúdo

SÃO PAULO Estadão Conteúdo

As fotos de alguns dos maiores empresários e executivos do país sendo levados para a carceragem da Polícia Federaltêmaparecidonamaioria dos treinamentos internos que tentam estancar desvios de conduta no dia a dia das corporações. No ano passado, milhares de funcionários, do baixo ao alto escalão de empresas brasileiras, tiveram de assistir a pelo menos uma palestra sobre como e por que combater a corrupção. Marcelo Odebrecht, expresidente da maior empreiteira do país, e Otávio Marques, da Andrade Gutierrez, apareceram em algumas delas para ilustrar o capítulo “por que não fazer”. Catequizar os funcionários é uma das primeiras tarefas das equipes de “compliance”, o mais novo departamento de algumas das maiores companhias do país. Essa área, que já integrava a estrutura de multinacionais, é responsável por investigar e conter iniciativas fraudulentas nas empresas, especialmente no relacionamento com o poder público. Nos últimos dois anos, o que tem se visto é uma verdadeira corrida dos grupos nacionais para criar essa estruturainternamente.Umapesquisa da consultoria Deloitte com 103 empresas mostra que, no ano passado, 65% dos entrevistados afirmaram já ter um programa de “compliance”. Em 2013, o porcentual era de 30%. Dois acontecimentos estão por trás do interesse súbito das companhias por ser e parecer decentes: a Operação Lava Jato da Polícia Federal –que investiga esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo Petrobras,empreiteirasepolíticos – e a Lei Anticorrupção,

Prisão de Marcelo Odebrecht atingiu a empresa que ele dirigia.

dos últimos 12 meses “é deO aprendizado que a corrupção pode destruir

uma empresa.”

Jerri Ribeiro, sócio da PwC, especialista em compliance.

em vigor desde 2014. A lei responsabiliza a empresa por atos de corrupção praticados por funcionários e fornecedores, com punições que incluem multa de até 20% do faturamento da com-

panhia. Mas o texto indica também que as sanções podem ser amenizadas se a empresa provar que adota mecanismos para inibir a corrupção, como treinamento, investigações internas e ca-

O interesse das empresas brasileiras em criar um progra­ ma de compliance passa tam­ bém pela pressão de investi­ dores estrangeiros, que têm feito esse tipo de exigência na hora de negociar uma aquisi­ ção. Ter essa estrutura pode influenciar o valor dos ativos e ajudar no fechamento de ne­ gócios, afirma o advogado Luiz Eduardo Salles, contratado em 2015 para reforçar a equipe de compliance do escritório da Azevedo Sette Advogados. “Ao dar mais segurança, o va­ lor da empresa aumenta.” O diretor presidente da Triunfo Participações e Investimentos, Carlo Bottarelli, confirma essa tese. Em agosto do ano passado, a empresa vendeu duas hidrelétricas para a China Three Gorges. “O grupo estava em outra negociação e não fechou negócio porque a empresa não tinha um programa. Como já tínhamos, eles optaram por nossos ativos.” Outro fator que tem incentivado a corrida pelo compliance é a necessidade de formação de consórcios para disputar licitações. “Se o parceiro não tem um programa efetivo, o risco será maior”, diz Salles. Essa situação se estende aos fornecedores. A subsidiária brasileira da empresa de energia EDP, por exemplo, teve de descredenciar um quarto dos fornecedores por eles não se enquadrarem nas regras da empresa.

nais de denúncia. A Petrobras sabe bem disso. No centro das investigações da Lava Jato, a empresa montou uma das maiores e mais caras estruturas de compliance de que se tem notícia no país. A Camargo Corrêa anunciou há duas semanas um programa de delação interna, para incentivar os 15 mil colaboradoreseex-funcionários a denunciarem atos ilícitos relacionados à operação da Polícia Federal.

TRANSPORTE *Indústrias

buscam reduzir custo logístico RIO DE JANEIRO Agência O Globo

Ao lado da soja, TVs. Pertinho do milho, motos. Com a crise econômica, muitas indústrias têm buscado reduzir custos logísticos para fazer a mercadoria chegar ao cliente. O resultado é que produtos tradicionalmente transportados por caminhões passaram a ser levados em contêineres sobre trens, modal associado ao transporte de grãos e commodities. Segundo estimativas de mercado, o preço do frete nas ferrovias é de 15% a 20% inferior ao rodoviário. Mas o que se ganha no bolso perde-se na velocidade. O tempo de viagem sobre trilhos é quase o dobro do feito nas estradas. Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), a quantidade de contêineres nas ferrovias cresceu 32% em 2014. Em 2015, a estimativa é que o ano tenha fechado com alta de 20% na movimentação, totalizando 480 mil unidades. Essa migração de carga do caminhão para o trem está impulsionando os negócios das operadoras de ferrovias. A MRS, por exemplo, viu crescer sua movimentação de contêineres em cerca de 35% em 2015, para quase 60 mil contêineres de 20 pés ou 60 mil TEUs (a unidade padrão do “caixote”). Em 2014, a expansão foi de 8%. Segundo Elisa Guimarães Figueiredo, gerente comercial de industrializados e granéis da MRS, foram 34 novos clientes no ano passado apenas para o segmento de contêiner. Até cílio postiço embarcou nos trens da empresa, conhecida pelo transporte de minério de ferro e produtos siderúrgicos.

MOVIMENTO DE CONTÊINERES 32% foi o crescimento da quantidade de contêineres mas ferrovias do Brasil no ano de 2014, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Em 2015, a estimativa é que o ano tenha fechado com alta de 20% na movimentação, totalizando 480 mil unidades (ainda não foi divulgado o resultado final).


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

economia

21

* REINVENÇÃO

Da logística ao marketing para crescer Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Desafiando a crise, JRD Logística de Marketing cresceu 7% em 2015 apostando em novos serviços e em diferentes nichos de mercado

Acredito que a “economia de

2016 vai ser um pouco melhor, mas ainda é um cenário que requer cuidado.”

Durval Ramos

Diante da pressão de seus clientes para a redução de custos e aumento de eficiência, a paranaense JRD Logística de Marketing decidiu investir em um novo nicho de mercado. Especializada em cuidar de toda a parte de transporte e distribuição, a empresa aproveitou as demandas surgidas pela instabilidade da economia para se reinventar e passou a integrar ações de marketing promocional aos seus serviços. E o resultado foi bastante recom-

Renato Paschoal, diretor comercial.

Renato Paschoal, da JRD: oferta de novos serviços fez a diferença.

pensador, como garante o diretor comercial, Renato Paschoal. Com faturamento bruto de R$ 12,67 milhões e crescimento de 7% em 2015, a empresa foi na contramão da crise ao criar o que chama de “soluções

completas de trade marketing”, um conceito próprio que une a parte logística com a operacional. “A necessidade nos fez perceber que, ao invés de deixar nossos clientes contratarem empresas terceirizadas para montar e cuidar de suas

FUTURO Crise na economia requer cuidados no planejamento O sucesso da JRD Logística de Marketing no ano passado não desfaz a preocupação com 2016. “Precisamos rever muitas coisas”, diz o diretor comercial, Renato Paschoal. “Acredito que a economia de 2016 vai ser um pouco melhor, mas ainda é um cenário que requer cuidado.” E uma das razões para isso é a redução na demanda de todos os clientes, que seguem assustados com a crise. Um dos exemplos vem de uma rede de lojas de cosméticos que deixou de lado suas campanhas durante o São Paulo Fashion Week para investir mais em ações menores em seus pontos de venda. E, por mais que a JRD também estivesse envolvida em todo o processo logístico e de marketing dessa estratégia, o impacto foi sentido. Tanto que o crescimento de 15% esperado para este ano está bem abaixo da média de 70% que a empresa estava acostumada a ter.

COMUNICADO

Comercial Automotiva S/A CNPJ 45.987.005/0143-00 Solicita o comparecimento do funcionário ELIASU SALIFU No prazo de 24 horas para tratar de assuntos de seu interesse.

LEILÃO DE IMÓVEL Av. Nossa Senhora do Carmo, 1.650, Loja 41 Carmo Sion - Belo Horizonte/MG. PRESENCIAL E ON-LINE

1º LEILÃO: 16/02/2016 - 14:00h - 2º LEILÃO: 18/02/2016 - 14:00h

EDITAL DE LEILÃO Carolina Camargos Marques Florentina, Leiloeiro Oficial, Mat. JUCEMG nº 997, devidamente autorizado pelo credor fiduciário abaixo qualificado, faz saber que, na forma da Lei nº 9.514/97 e do Decreto-lei nº. 21.981/32 levará a LEILÃO PÚBLICO de modo Presencial e Online o imóvel a seguir caracterizado, nas seguintes condições. IMÓVEL: Apartamento nº 201, situado no 2º pavimento, do Condomínio Torre Almeira, localizado à Rua Ernani Lacerda de Athayde nº 400, Londrina/PR, incluindo as garagens nºs 99-100, medindo a àrea real de construção total de 197,4322m²; sendo 112,515m² de área real privativa relativa ao apartamento; 25,00m² de área real de uso comum de divisão não proporcional relativa às garagens; e 59,9172m² de área de construção de uso comum, de divisão proporcional, para a unidade completa; correspondendo à área ideal de terreno de 29,2818m², confrontando-se: “Pela frente com o recuo junto à Avenida Ernani Lacerda de Athayde; pela direita com o apartamento de final 02; pelos fundos com o apartamento de final 04; pela esquerda com o recuo junto à Rua Aurora Sathler Rosa”. Imóvel devidamente matriculado no Registro de Imóveis 1º Ofício Comarca de Londrina/PR sob o nª 86.440. DATA DOS LEILÕES: 1º Leilão: 16/02/2016 às 14:00 horas e o 2º Leilão (caso seja necessário) será realizando no dia 18/02/2016 às 14:00 horas. LOCAL: Loja nº 42, Shopping Sul, localizado à Av. Nossa Senhora do Carmo, nº 1650, 2º andar, Bairro Carmo, Belo Horizonte/MG. DEVEDOR (A) FIDUCIANTE: VANESSA SERRATO, CPF nº 029.643.879-07. CREDOR FIDUCIÁRIO: Banco Intermedium S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: No ato da arrematação o arrematante deverá emitir 01 cheque caução no valor de 20% do lance. O pagamento integral da arrematação deverá ser realizado em até 24 horas, mediante depósito em cheque ou TED, na conta indicada pelo leiloeiro, sob pena de perda do sinal dado. Após a compensação dos valores o cheque caução será resgatado pelo arrematante. DOS VALORES: 1º leilão: R$ 646.460,82 (seiscentos e quarenta e seis mil, quatrocentos e sessenta reais e oitenta e dois centavos). 2º leilão: R$ 492.181,40 (quatrocentos e noventa e dois mil, cento e oitenta e um reais e quarenta centavos), calculados na forma do art. 27 §§ 2º e 3º da Lei nº 9.514/97. Os valores estão atualizados na presente data podendo sofrer alterações na ocasião do leilão. COMISSÃO DO LEILOEIRO: Caberá ao arrematante, o pagamento da comissão do leiloeiro, no valor de 5% da arrematação, a ser paga a vista, no ato do leilão. DO LEILÃO ONLINE: Os interessados em participar do leilão de modo on-line, deverão cadastrar-se no site www.gpleiloes.com.br e se habilitar acessando a opção “Habilite-se”, com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas, antes do início do leilão presencial. OBSERVAÇÕES: O arrematante será responsável pelas providências de desocupação do imóvel, nos termos do art. 30 da lei 9.514/97. A presente venda é feita em caráter “ad corpus” no estado de conservação em que se encontra, sendo que as áreas mencionadas nos editais, catálogos e outros veículos de comunicação são meramente enunciativas e as fotos dos imóveis divulgadas são apenas ilustrativas. Dessa forma, havendo divergência de metragem ou de área, o arrematante não terá direito a exigir do VENDEDOR nenhum complemento de metragem ou de área, o término da venda ou o abatimento do preço do imóvel, sendo responsável por eventual regularização acaso necessária. O(s) imóvel(i)s será(ão) vendido(s) no estado em que se encontram física e documentalmente, não podendo o arrematante alegar desconhecimento de suas condições, eventuais irregularidades, características, compartimentos internos, estado de conservação e localização, devendo as condições de cada imóvel ser prévia e rigorosamente analisadas pelos interessados. Ao concorrer para a aquisição do imóvel por meio do presente leilão, ficará caracterizada a aceitação pelo arrematante de todas as condições estipuladas neste edital. Correrão por conta do arrematante, todas as despesas relativas à arrematação do imóvel, tais como, taxas, alvarás, certidões, foro e laudêmio, quando for o caso, escritura, emolumentos cartorários, registros, etc. As demais condições obedecerão ao que regula o Decreto n° 21.981 de 19 de outubro de 1.932, com as alterações introduzidas pelo Decreto n° 22.427 de 1° de fevereiro de 1.933, que regula a profissão de Leiloeiro Oficial. Maiores informações: (31) 32414164 – www.gpleiloes.com.br. Belo Horizonte/MG, 04 de Fevereiro de 2016.

www.gpleiloes.com.br

INFORMAÇÕES:

(31) 3241-4164

campanhas, podíamos agregar isso aos nossos serviços”, explica Paschoal. Com isso, a JRD passou a cuidar de todo o processo, desde a montagem de quiosques, positivação e até contratação de promotores para os pontos de venda. Para o executivo, essa mudança trouxe a eficiência que seus clientes pediam e serviu para conquistar novos contratos. Só no ano passado, a companhia conseguiu alguns parcei-

ros considerados importantes, como LEGO e McDonalds, e já espera pelo menos duas adições de peso ao seu portfólio nos próximos meses. Paschoal conta que a ideia de oferecer novos serviços, em vez de pensar apenas em soluções logísticas, fez com que o novo formato fosse um enorme diferencial para a empresa. Segundo ele, havia uma falta de especialistas em marketing promocional e isso despertou o interesse do mercado. “A crise fez com que as marcas deixassem a publicidade um pouco de lado e fossem para as campanhas nos pontos de venda, onde o consumidor está comprando”, explica. E essa migração “do macro para o micro” ajudou a JRD a se reposicionar e até a pensar em crescimento. Para 2016, a expectativa é um aumento no faturamento de 15%..


22

GAZETADOPOVO

economia

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

giovanif@gazetadopovo.com.br

GIOVANI FERREIRA Máquinas em queda livre

S

e 2015 terminou ruim, 2016 começou pior ainda para as montadoras de máquinas e equipamentos agrícolas no Brasil. Depois de registrar um dos piores desempenhos da década, isso no ano passado, os fabricantes de tratores e colheitadeiras iniciam um novo ano comercial na lona. As vendas em janeiro foram quase 30% menores que em dezembro. Na comparação com o janeiro do ano passado, o recuo foi superior a 50%, resultado que segue na contramão de qualquer expectativa de retomada do setor, pelo menos no curto prazo. Em 2015, a retração na comercialização de tratores foi de 33%. Nas colheitadeiras o tombo foi ainda maior, com quase 40% menos máquinas vendidas na comparação com 2014. Mas o que está acontecendo? Por que o agronegócio cresce, em área e produção, e a venda de máquinas cai? Em tese, uma contradição, a considerar a relação direta entre produção agrícola e mecanização. Na prática, porém, é preciso analisar isoladamente a estratégia usada no campo para aumentar área e produção e das montadoras para ampliar as vendas.

!" #$%# &'( !" (" *" %" &" +" ) " ))" )#" )," )!" )(" )*" )%" )&" )+" # " #)" ##" #," #!" #(" #*" #%" #&" #+" )" #" ," !"

# # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # , , , ,

/ 0 2 / 34

#)*'+(, $%# &' $%#)!' $%#+)' $*++(' $*%+&' $*!**' $*!**' $*&((' $*&(#' $*&+ ' $*#%&' $*)*&' $* +(' $*( )' $*%#&' $*&#*' $**&#' $*!)(' $*)( ' $(+( ' $*,!!' $*+)!' $*&&#' $**& ' $*(#)' -----$(+*#' $*##(' $(+& ' $*) +'

$-.(,, $%# &' $%#)!' $%#+)' $*++(' $*%+&' $*!**' $*!**' $*&((' $*&(#' $*&+ ' $*#%&' $*)*&' $* +(' $*( )' $*%#&' $*&#*' $**&#' $*!)(' $*)( ' $(+( ' $*,!!' $*+)!' $*&&#' $**& ' $*(#)' -----$(+*#' $*##(' $(+& ' $*) +'

&'( !" (" *" %" &" +" ) " ))" )#" )," )!" )(" )*" )%" )&" )+" # " #)" ##" #," #!" #(" #*" #%" #&" #+" , " ,)" )" #" ," !"

) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) # # # #

Depois de registrar um dos piores desempenhos da década, os fabricantes de tratores e colheitadeiras iniciam um novo ano comercial na lona

Na linha do tempo dos últimos dez anos é possível verificar que as duas pontas cresceram, de maneira orgânica ou fora da curva, quase que proporcionalmente. Ocorre, que máquina agrícola não se troca todo ano. Depois de uma década de ouro do agronegócio, período em que o Brasil renovou seu parque de máquinas, é normal que o ritmo de aquisições diminua. Em três temporadas, da safra 2013/14 para 2015/16, a produção de grãos no Brasil tem potencial para crescer 20 milhões de toneladas, para 215 milhões de toneladas, a confirmar o a projeção para o ciclo em andamento. Uma variação de pouco mais de 20% no período, segundo estatísticas da Expedição Safra do Agronegócio Gazeta do Povo. Ou seja, embora negativa para a indústria de máquinas, a variação continua positiva no campo. Um descolamento que mostra, entre outras coisas, que a crise no setor de tratores e colheitadeiras não é generalizada. Mas de apenas de um dos elos da cadeia produtiva do agronegócio. Além do que, nos parece que houve um erro de planejamento/orçamento

de um potencial acima de 29 milhões de toneladas, deve ficar na faixa entre 27 e 28 milhões de toneladas. E que se não fosse o câmbio, numa relação de R$ 4 para US$ 1, a rentabilidade da produção estaria comprometida. Contudo, entre mortos e feridos, na média um bom ano e uma boa safra.

das montadoras nas projeções de crescimento, o que impactou ainda mais no equilíbrio econômico-financeiro da indústria. Afinal, não dava para continuar crescendo, e projetar crescimentos, acima de 10% ao ano, como ocorreu até 2012/2013. Faltou lembrar que máquina agrícola não se troca todo ano. E que, por mais que haja expansão de área, parte dela está sendo coberta pela tecnologia e eficiência do parque que foi renovado e modernizado nos últimos anos. O que não significa que as vendas pararam. Elas apenas diminuíram o ritmo. Um ritmo para o qual as montadoras terão que se acostumar, e se adaptar.

...e de preço Enquanto isso soja e milho se sustentam com cotações de entressafra em plena colheita. É o mercado invertido, que por influência principalmente de fundamentos, valoriza as cotações, turbina as vendas e as exportações. Com média de R$ 70/saca de soja e R$ 33/saca de milho, as variações atingem a máxima R$ 73 e R$ 40, respectivamente, a depender da praça pesquisada no Paraná. Na soja, o estado e o Brasil já venderam metade da safra que ainda está sendo colhida, diante de uma média para a época de 23% e 39%. No milho, onde a variação de preço mínimo e máximo praticado no Paraná é maior do que na soja, é a escassez do produto em todo o país que determina sua liquidez.

Safra de clima e câmbio... Prova de que a crise das máquinas não espelha a realidade do campo está na safra atual. O Brasil segue da metade para o final de um ciclo acima da média. Não teremos uma safra espetacular, mas com certeza uma boa safra. Mais do que isso, uma temporada que tem produção, preço e mercado. Porque tem clima e câmbio favorável, variáveis que estão sendo decisivas nesta campanha. Está certo que o clima não foi tão bom assim com todos, com todas as regiões. No Mato Grosso, por exemplo, a falta de chuva impacta na produtividade e produção de soja, que

¥$BB

3!P[B # /0 $#)+%' $## ,' $##& ' $)+&(' $)%&+' $)!(+' $)!(+' $)&!*' $)&!,' $)&&)' $)#%#' $))*#' $) + ' $)!+!' $)%)+' $)&)%' $)*%!' $)! &' $))!!' $ +!(' $),,%' $)+ !' $)&%,' $)*%#' $)(),' $))%,' $) )(' $) )(' $ +(%' $)#)+' $ +%(' $)) ,'

/3 4 )$),)%' )$)#,,' )$)! )' )$ , )' )$ * (' )$ )%#' )$ )%#' )$ %*#' )$ *(+' )$ %+&' $+%&,' $+*%#' $+(++' )$ ) %' )$ (,!' )$ *,,' )$ ,&+' )$ &*' $+((!' $+,(,' $+&!&' )$ )# ' )$ )&+' )$ ,&%' $+*#(' $+(&,' $+!#!' $+!#!' $+#*(' $+)#+' $+,&,' $+()#'

, 5678 (*9 :;2:<2=> ,, ( 7(?*'? 56 :@2:<2=>

3!AB#B CDE'F( 5 6 G=H:<I J @=8>@K 7-)*-L -)*-LJ @:8<K>H:K CM)'F( 5 6 N:HO;I J @:8<OO 7-)*-L P(?'(QR- 6F >:=OJ NOH;OI P-STF6J @HKO U'SVW6L @:8<X:

;Y8<KO

: =2: >

;K8<YY

: >2: >

#QW6L ./01 34560478 9:

@:8Y>=

: ;2: >

P(?8

: @2: >

: <2: >

-!$ #' -)$ )' -)$#'

!$(! )+$(, )&$)!

9</=86=0> D:

-!$#'

*$,+

; $(#' ;)$%*' -)$ *'

%$%+ ( $&) ) $#,

./01>0 9: J5<F8 D:

- $)(' -($++'

*$%& ,)$ %

K?I D: LF860F !

-#$%*' ) $(& -,$ *' &!($&)

`$&¥a[B &[ ¥$4A#%b! .:9J R.?LST .9JA R.?LST .L9-U RHLET .9J-P. RHLET .:JJ-P. RHLET

:8C )$))' )$ )' )$(#' )$ ' $,!'

#!$&

9</=86=0> 9: ?=0@<>78 9: AB6<C D: E0F< 9:A ?GH IA D: E0F< D:

@:8<K>

; $+&'

0Z

#LL(S(?'(5 -L A/M )N((*$+! )N((*$+( 0 #N(+!$+# #N(+!$+, 0 (N)&+$&#

&' +' ))'

¥)5 '.'5 T('L 6 ](^TS*(*'.-L && $ && $ && $

0 (N)&+$&#

('O ))'OO # '

, C'^?-6F7?66)565-? ')5'.'5T(S 6 L6+T?(5](^TS*(*'.- 565'^(5- (- *?(U8 5-F9L*'^- 6F LT( ?6L'5_)^'(8 ,, S()- L'F7S']'^(5-8

B#Ac0¥! C`$¥C! P<Q K04 :8 048 $+ ' )$()' )$()' $+*' )$#%' )$#%' $!+' )$)!' )$)!' $&&' - ) $(,' $) ' %$!&'

)# B<><> ))$,)' ) $%)' ) $+(' ) $(,' %$!&'

d?T7- &6L^?'QR-

P(S-? e0Zf

9G ) 9G # 9G , 9G ! ?G

)N ,#$ # )N % $,, )N)))$ ! )N)+#$!( && $

AV=571F/1=0 I<=C5W8> R0@BN$ @8BM>/N$ C<4@0>NNNT 9=8@1WX8 @< 6<4> < ><=CN 54@1>/=505> YM74578> @< 4ZC<F BM@58 :075840F

!"0!

¥0 3 (L6 e0Zf

#Sg8eIf

# 565Th'?

5><4/8 %$(

)!#$&

P< #N&#*$** 0/M ,N%()$ ( P< ,N%()$ * 0/M !N**!$*&

)( ##$(

,(!$& *,*$),

A75B0 @< !N**!$*&

#%$(

&*+$,*

A/M )N+ ,$+& P< )N+ ,$++ 0 #N&#*$*(

&65 TQW6L

(f #LL(S(?'(5-LJ=8 0Z =YKH<K 7-? 5676)56)*6i>8 76)LR- (S'F6)*M^'(i ;8 ^-)*?'UT'QR- j ?6.'5_)^'( B-^'(Si @8 0Z =8K:;HKY 7-? (7-L6)*(5- ( 7(?*'? 56 O< ()-Li <8 ^-)*?'UT'QW6L j 7?6.'5_)^'( 7?'.(5( 6 (-L 4(7' 7(+(L 76S- ^-)*?'UT')*6iUf a(?)_ A6R-J '*6)L 56 = ( ; F('L (L 56L76L(L 6L^?'*T?(5(L )- S'.?-N^('E(8

!T?- e-)Q(N*?-k l ;=H=:;<+f J8/0WX8 E0=50WX8

3I[ )N)(%$% ; $ )'

!T?- 3Cm4 ej .'L*(f J8/0WX8 E0=50WX8

)!($( ;)$ !'

apC3¥! &nA#0 a!C[0a¥#A P(?'(QR- )( L6F()(J N=H;OI 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( ,$+)# ,$&++ ,$+)! ,$++) ,$+**

.6)5( ,$+), ,$+ ,$+)( ,$++# ,$+*%

&nA#0 /" 0¥BC! P(?'(QR- )( L6F()(J N>H;;I 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( ,$& % ,$& % ,$+! ,$&+% ,$+ ,

.6)5( !$ *, !$ ! !$)), !$)*, !$)*

&nA#0 #0#A[A! P(?'(QR- )( L6F()(J N>H;YI 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( !$ ,$+* !$ ( !$)) !$)

.6)5( !$) !$ & !$)( !$#) !$#

[" 0! P(?'(QR- )( L6F()(J :HK:I 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( !$,* !$,%! !$,( !$,(* !$,#)

.6)5( !$,*# !$,%* !$,(# !$,(& !$,#,

[" 0! /" 0¥BC! P(?'(QR- )( L6F()(J N:H=<I 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( !$#*, !$#&, !$,%% !$#&% !$#&%

.6)5( !$(# !$!+, !$(,, !$(!% !$(#%

/#o e3()^- a6)*?(Sf P(?'(QR- )( L6F()(J N>H<;I 0Z (" !" ," #" )"

# # # # #

^-F7?( ,$&+* ,$&*! ,$+(( ,$++) ,$++%

.6)5( ,$&+% ,$&*( ,$+(( ,$++) ,$++&


23

GAZETADOPOVO

esportes@gazetadopovo.com.br

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

esportiva

EDITOR RESPONSÁVEL: RODRIGO FERNANDES

* FUTEBOL PARANAENSE

Trio de ferro em ritmo de carnaval André Pugliesi

E

se Atlético, Coritiba e Paraná fossem escolas de samba, como seria o desfile na passarela da temporada? Confira a análise de como os três clubes se apresentariam no desfile. Quem leva a melhor? Dê suas notas e eleja um campeão.

PRÍNCIPE WALTER E REI SALLIM NA CORTE SINTÉTICA PETRAGLIANA

Mestre-sala e porta bandeira

Representam o Atlético na avenida, Paulo André e We­ verton. O zagueiro é da velha guarda, foi revelado pelo clube. O goleiro, por sua vez, é o ídolo da torcida.

Harmonia A eleição em 2015 dividiu os atleticanos entre as chapas CAPGigante e Atlético e Novo. E o triunfo apertado dos si­ tuacionistas (52% dos votos) revelou um clube partido.

Fantasias O Furacão promete um desfile luxuoso com, ao menos, um título em 2016. Pode ser até do Estadual.

Evolução O Rubro­Negro ainda se ressente de um meia­armador confiável, capaz de fazer a equipe progredir. O meia Viní­ cius chegou e é o atual candidato para a função.

Conjunto Ex­jogador do Rubro­Negro, o técnico Cristóvão Borges afirma ter opções capazes de conferir estabilidade ao ti­ me, mesmo em caso de mexidas.

Comissão de frente A novela da renovação do contrato de Walter teve final feliz. O clube trouxe ainda um avante rodado, André Lima, e uma aposta, Anderson Lopes.

Bateria Com seu estilo “boleirão”, o volante Otávio tomou conta da meia­cancha, tornou­se o maior ladrão de bolas do Brasileiro (96 em 32 partidas), ditou o ritmo da equipe.

Alegorias e adereços Outra promessa de campanha da chapa vencedora, CAPGigante, foi decorar a Baixada com motivos rubro­ negros, atendendo à uma reclamação de parte da torci­ da, que considera o estádio “cinza” demais..

DECLÍNIO, UNIÃO E GLÓRIA NA TRADIÇÃO ALVIVERDE

Mestre-sala e porta bandeira

Representam o Coritiba na avenida Wilson e Kléber. O goleiro devolveu a segurança à meta. O atacante, por sua vez, fez cinco gols em dois jogos no Estadual.

Harmonia O primeiro ano da nova gestão do clube foi um caos político que desmantelou o G5 alviverde. O presidente Rogério Bacellar sobreviveu.

Fantasias

PARANÁ, UMA EPOPEIA DE VOLTA À ELITE DO FUTEBOL NACIONAL

Mestre-sala e porta bandeira

O goleiro Marcos é o jogador mais indicado para segurar o estandarte paranista e ganha a companhia do lateral­di­ reito Nei, ainda novato no Tricolor.

Harmonia O Paraná está em ebulição constante, especialmente por causa do caixa. Sob o comando do Paranistas do Bem, o Tricolor promete não atravessar o samba.

Fantasias

O Alviverde vem para o desfile com roupa e pretensões modestas. Brigar pelo título do Estadual é obrigação – o mesmo vale para o Atlético. Conquistar algo em competições nacionais, por enquanto, é sonhar alto.

Dentro da atual realidade do clube, as aspirações para­ nistas são ousadas. Pelo nono ano consecutivo na Série B, o Tricolor pretende, enfim, voltar à elite.

Evolução

Evolução

O Coxa ainda busca um ajuste no setor de criação. La­ teral­esquerdo de origem, o experiente Juan (33 anos), virou peça de articulação na meia­cancha.

O Paraná foi buscar no Sampaio Corrêa uma dupla já en­ trosada de meias para desenvolver: Nádson e Válber. A dupla pode ser a chave para o Tricolor evoluir na avenida.

Conjunto

Conjunto

O treinador Gilson Kleina tem a missão de reformar o time coxa­branca e, ao mesmo tempo, dar entrosa­ mento o mais rápido possível.

De volta ao Tricolor, o técnico Claudinei Oliveira tem a missão de integrar um elenco renovado e reconstruir a equipe, que perdeu alguns destaques do ano passado.

Comissão de frente

Comissão de frente

O ataque é a principal preocupação alviverde. Não em­ placa um goleador confiável desde 2011. Kléber parece ser o homem para apresentar o enredo coxa­branca.

O Tricolor deposita confiança para liderar o setor ofensivo no xará de um dos principais jogadores de sua história. Lú­ cio Flávio fez dois gols em seis partidas pela Série B.

Bateria

Bateria

O volante João Paulo é um mestre de bateria sob ten­ são. Atleticano confesso, encarou e venceu a desconfi­ ança da torcida.

Ano passado o volante Jean conquistou o seu espaço e, aos 21 anos, é quem protege a defesa paranista e inicia os ataques da equipe.

Alegorias e adereços

Alegorias e adereços

A torcida do Coritiba está descontente com o desem­ penho no Couto Pereira e esperam este ano encontrar motivação para lotar o estádio.

Há quase uma década com o Paraná na Segunda Divisão, a Vila Capanema foi perdendo seu colorido e empolga­ ção. Para este ano, a torcida precisa de novo empurrão.


24

esportiva

*Mayra Aguiar JUDÔ

leva ouro e Brasil deixa Paris com 5 medalhas

Estadão Conteúdo

O ano olímpico começou muito bom para a judoca Mayra Aguiar, umas das maiores esperanças do Brasil para ganhar uma medalha de ouro nos Jogos do Rio, em agosto. Neste domingo (7), no Grand Slam de Paris, na França – um dos eventos mais importantes da modalidade –, a gaúcha foi a campeã batendo na final a sua maior adversária na categoria até 78kg: a norteamericana Kayla Harrison. Para chegar ao seu segundo título em Paris, Mayra Aguiar abriu caminho com um ippon contra a tunisiana Sarra Mzougui e pontuou com um waza-ari contra a eslovena Anamari Velensek, número 3 do mundo, nas oitavas. Em seguida, passou às semifinais com a vitória sobre a espanhola Laia Talarn por ter menos punições. O mesmo aconteceu contra a vicecampeã olímpica Gemma Gibbons, da Grã-Bretanha, para chegar à final. Na grande decisão, o reencontro com a campeã olímpica, Kayla Harrison. E Mayra Aguiar teve um final feliz desta vez com um golpe perfeito, um ippon, e medalha de ouro em sua primeira competição na temporada de 2016. O triunfo deixa Mayra, que foi bronze em Londres2012, quase certa para a vaga olímpica em sua categoria. Sua vantagem para a segunda colocada do ranking nacional, Samanta Soares, que já era grande, aumentará ainda mais após a conquista.

BRONZES Além de Mayra Aguiar, o Brasil conquistou mais duas medalhas de bronze neste domingo, último dia de competições na capital francesa. Victor Penalber, na categoria até 81kg, e David Moura, na acima de 100kg, foram os agraciados. Assim, o país fecha o Grand Slam de Paris com bom desempenho. No placar geral, o Brasil levou cinco medalhas, já que no sábado Sarah Menezes (até 48kg) e Rafaela Silva (até 57kg) também faturaram bronze.

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

Gabriela Sabau/Divulgação/IFJ

Na final em Paris, Mayra Aguiar venceu a campeã olímpica Kayla Harrison com um ippon.


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

carneironeto@gazetadopovo.com.br

CARNEIRO NETO Começo promissor

H

á alguns anos o torcedor paranaense não assistia à um início de campeonato tão equilibrado e com os três maiores campeões levando a competição a sério. Coritiba e Paraná jamais abdicaram de lutar pelo título estadual, porém o Atlético passou algumas temporadas tentando ser diferente e acabou mal na foto. Primeiro, porque acumulou muitos anos sem ser campeão causando desestímulo no torcedor, que poderia ter se tornado sócio se o apelo em campo fosse mais forte; segundo, porque a incoerência de acabar com o projeto “sub-23” no meio da disputa, com a escalação da equipe principal, que acabou no Torneio da Morte, foi a gota d’água que quase custou a reeleição da chapa da situação. A pequena diferença de votos foi intrigante diante do gigantismo da expansão patrimonial do clube nos últimos tempos. Como promessa de campanha, que deve ter influenciado a decisão de muitos eleitores, para tentar recuperar o título depois de sete anos na fila, o Furacão fez contratações e colocou o bloco na rua. Se o técnico Cristóvão Borges acertar na escalação, o time pode decidir de novo. Maior campeão da história, o Coritiba vem de um amargo vice – dois triunfos incontestáveis do Operário nas finais de 2015 – e trabalha intensamente para recuperar o prestígio. Tanto que manteve a base do elenco e continua atrás de reforços com o objetivo de oferecer boas condições ao técnico Gilson Kleina. O Coxa tem sido competitivo, tanto que além do tetra estadual decidiu duas edições da Copa do Brasil nos últimos anos. Poderia ter sido campeão no torneio nacional se jogasse com mais personalidade nas partidas fora de casa. Tanto frente ao Vasco, em 2011, quanto ao Palmeiras, em 2012. Com o desmonte daquele grupo, não se formou até agora outro com o mesmo padrão de jogo. É importante arregaçar as mangas para reencontrar o caminho. O Paraná tem sido um desafio diário para os dirigentes. Às vezes, fico imaginando como seria o dia a dia em uma organização com tantas dificuldades financeiras, pendências judiciais, questionamentos patrimoniais, manutenção de uma equipe minimamente competitiva e outras coisas mais. Tudo sob os olhares dos associados, dos torcedores e da mídia, que não perde a esperança de melhores dias para o simpático time. Deve ser mais ou menos como trabalhar dentro de um aquário gigante. E, para aumentar a expectativa da torcida, a nova formação, agora sob o comando do técnico Claudinei Oliveira, deixou impressão favorável nas primeiras rodadas do Campeonato Paranaense. Como o Fantasma parece ter perdido o fio da meada com a troca de treinador – Itamar Schülle por Antônio Picoli –, surge o Londrina com o maior cacife entre os representantes do interior. O jogo de quinta-feira, com o Coritiba, no Alto da Glória, será um teste interessante.

PRIMEIRA LIGA *Figueirense

vence e complica o Atlético-MG FLORIANÓPOLIS Estadão Conteúdo

O Figueirense venceu o Atlético-MG por 2 a 1 neste domingo (7), no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e deixou o time de Belo Horizonte em situação bastante complicada na Primeira Liga. Com o resultado, a equipe catarinense foi a três pontos no Grupo C e se igualou ao Flamengo e ao América-MG, ambos com um jogo a menos – eles se enfrentam no próximo dia 17. O Atlético acumulou a segunda derrota seguida e, para não se despedir

da competição, precisará contar com uma série de combinações de resultados. Isso porque o regulamento prevê que os primeiros colocados de cada um dos três grupos avançam para a próxima fase, além do melhor segundo colocado. Na última rodada da primeira fase, o Atlético encara o América-MG, no dia 2 de março. Precisa vencer e torcer para que nenhum outro segundo colocado some mais de três pontos. O Figueirense abriu o placar com um gol aos 13 minutos do primeiro tempo, com Dudu,emcobrançadepênalti. O empate veio 10 minutos depois. Dátolo cobrou escanteio e Eduardo subiu livre paracabecear.Nosegundotempo, aos 9 minutos, Guilherme Queiroz cruzou rasteiro para a área e Gabriel Esteves definiu o placar. Jorge Guerrero/AFP

esportiva

25

Concurso 1788 (06/02/2016) Acumulou! Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SÃO PAU­ LO, SP 03­13­42­45­56­59 Estimativa de prêmio do próxi­ mo concurso 10/02/2016 R$ 3.500.000,00

Concurso 1320 (05/02/2016) Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SÃO PAU­ LO, SP 02 ­ 03 ­ 04 ­ 05 ­ 09 11 ­ 12 ­ 13 ­ 15 ­ 16 17 ­ 21 ­ 22 ­ 23 ­ 25 Estimativa de prêmio do próxi­ mo concurso 10/02/2016 R$ 1.700.000,00

Concurso 4004 (06/02/2016) Acumulou! Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SÃO PAU­ LO, SP 24­27­37­45­69 Estimativa de prêmio do próxi­ mo concurso 10/02/2016 R$ 1.500.000,00

Concurso 1631 (06/02/2016) Acumulou! Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SP 08 ­ 13 ­ 15 ­ 16 ­ 18 21 ­ 26 ­ 34 ­ 35 ­ 42 43 ­ 48 ­ 49 ­ 50 ­ 53 58 ­ 65 ­ 84 ­ 91 ­ 96 Estimativa de prêmio do próxi­ mo concurso 10/02/2016 R$ 2.700.000,00

Concurso 838 (06/02/2016) Acumulou! Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SÃO PAU­ LO, SP 15­32­34­35­37­46­64 Time do coração: RIVER/PI Estimativa de prêmio do próx­ mo concurso 11/02/2016 R$ 3.100.000,00

Modric marca no fim e salva o Real Madrid O Real Madrid passou sufoco, mas conseguiu vencer o Granada por 2 a 1 neste domingo (7), fora de casa, e se manteve na briga pelo título do Campeonato Espanhol. Na pior apresentação desde que o francês Zida­ ne assumiu o comando técnico da equipe, a vi­ tória veio com um belo gol do meia croata Mo­ dric (foto) aos 40 minutos do segundo tempo – Benzema abriu o placar e Youssef El Arabi empatou. Com o resultado pela 23ª rodada, o Real Madrid

se manteve na terceira coloca­ ção com 50 pontos, a quatro do líder Barcelona, que tem um jogo a menos, e foi “econô­ mico” para vencer o lanterna Levante por 2 a 0, também no domingo – o primeiro gol foi contra e Luis Suárez comple­ tou o placar. O Real ainda está um ponto atrás do rival Atléti­ co de Madrid, que venceu o Ei­ bar por 3 a 1. Já o Granada segue na zona de rebaixamento, em penúltimo, com apenas 20 pontos.

Concurso 1461 (05/02/2016) Acumulou! Sorteio realizado no Espaço Caixa Loterias em SÃO PAU­ LO, SP 1º sorteio 08­10­12­13­33­42 2º sorteio 01­15­18­19­21­24 Estimativa de prêmio do próxi­ mo concurso 10/02/2016 R$ 4.800.000,00

Concurso 05047 (06/02/2016) 1º 14274 ­ 600.000,00 2º 65456 ­ 34.000,00 3º 75119 ­ 32.000,00 4º 45599 ­ 30.000,00 5º 95914 ­ 28.400,00


26

esportiva

GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

luizx@gazetadopovo.com.br

LUIZ AUGUSTO XAVIER

* PRIMEIRA LIGA

Falhadevolante custaprimeirorevés doCoritibaem2016 Edu Andrade/Folhapress

Grandes em ação?

O

bservando a classificação do Paranaense, puxei pela lembrança a conversa que tive com um amigo maringaense, dois anos atrás. Lá na hospitaleira e aprazível Maringá conversávamos sobre a final que ocorreria no dia seguinte, entre Maringá e Londrina. Ele, animadíssimo, sonhava com a conquista do título após o empate no primeiro jogo, no Café (houve novo empate e deu Londrina, nos pênaltis). Mas aí puxou a respiração e disse: “vai ser uma festa do interior, com tudo a que temos direito. Mas tenho consciência que só estamos disputando título porque os dois grandes largaram o campeonato. A diferença de budget (ele disse assim, eu preferiria orçamento) é muito grande, não podemos acompanhar”. Realmente Atlético e Coritiba não pareciam estar nem aí para a competição estadual. O Atlético naquela pendenga com a Federação, tentando desvalorizar o campeonato ao escalar o tal do time sub-23. E o Coxa quase no mesmo caminho, iniciando com uma equipe alternativa e depois inserindo alguns cascudos. Não chegaram e os dois finalistas tiveram todos os méritos de alcançar a decisão. No ano passado o Atlético tentou repetir a fórmula, desistiu no meio do caminho e pôs em campo uma equipe principal sem nenhum preparo, mal das pernas, pagando vexame de disputar a repescagem entre os candidatos ao rebaixamento. O Coritiba bem que tentou, mas não conseguiu se ajustar e levou um passeio do Operário nas partidas decisivas. E a minha Ponta Grossa pôde festejar com um clube campeão paranaense. Só que agora as coisas mudaram. Ou pelo menos assim aparentam, concluídas as duas primeiras rodadas do campeonato de 2016. Os três da capital têm aproveitamento total, juntamente com o Londrina, que vem de um incrível trabalho de escalada com a gestão Malucelli. Foram vitórias incontestáveis, algumas bem folgadas, à espera de uma real prova de fogo. Que pode ser a da próxima quina-feira, entre Coritiba e Londrina, no Alto da Glória. Aí sim, vamos ter uma boa noção do que nos reserva o campeonato deste ano. Não merecia Injusto, totalmente injusto. O Coritiba foi melhor que o Grêmio o tempo todo, criou condições, fez um gol erradamente anulado, pôs uma bola no travessão, exigiu algumas boas defesas do goleiro do Grêmio e saiu com derrota em Porto Alegre. E tudo por um descuido do volante Amaral, que entregou um gol de presente para Douglas selar a vitória gaúcha nesse confronto da Primeira Liga. Claro que derrota não é bom em nenhum caso, mas o Grêmio só venceu por conta do gol de brinde. E o ponto positivo, para o Coxa, foi a boa apresentação – mesmo sem Kléber, desfalque de última hora e principal jogador do time – da equipe, confirmando a boa largada nesse início de temporada. Poderia ter sido melhor, mas o futebol é feito de detalhes. E um destes decidiu o jogo.

No duelo entre Amaral e Douglas, o meia gremista levou a melhor no único gol da partida.

Gol sofrido na etapa inicial para o Grêmio dificulta recuperação e deixa o Coxa com apenas um ponto em duas partidas Fernando Rudnick

As cobranças do técnico Gilson Kleina sobre o sistema defensivo do Coritiba antes da partida contra o Grêmio, nesse domingo (7), em Porto Alegre, pela Primeira Liga, não surtiram efeito. Em duelo que ficou paralisadopor21minutosapósointervalo por causa de um problema na iluminação da Arena da Grêmio, foi um apagão dovolanteAmaralquecustou aomenosdoispontosaotime. Aos 21 minutos, o camisa 16 errou o recuo para o goleiro Wilson e o meia Douglas aproveitouparamarcaroúnico gol do jogo – e o primeiro que os paranaenses levaram na temporada. Antes de enfrentar o Tricolor gaúcho, o Alviverde havia encarado o Internacional, também pela Primeira Liga, além de Cascavel e Foz pelo Estadual. “Infelizmente acabei fa-

Ficha Técnica GRÊMIO

CORITIBA

1x0

Marcelo Grohe; W. Oliveira, Pedro Geromel, Kadu e Marcelo Oliveira; Wallace (Moisés), Maicon (Edinho), Douglas e P. Rocha (Fernandinho); Luan e Everton. Técnico: Roger Machado.

Wilson; Ceará, Juninho, Walisson e Carlinhos (Vinícius); Amaral, João Paulo, Dudu (Ruy)e Juan; Negueba (Guilherme Parede) e Leandro. Técnico: Gilson Kleina.

Estádio: Arena do Grêmio. Árbitro: Héber Roberto Lopes. Gol: Douglas (G), aos 21/1º. Amarelos: e Edinho, Pedro Geromel (G); Carlinhos e Juninho (C). Público: 10.026 pagantes (11.118 total). Renda. R$ 308.922,00.

lhando.Estavadecostas,pressionado e não vi o Douglas. Foi um lance isolado em que errei e tomamos o gol”, admitiu Amaral, que foi absolvido pelo treinador. “Temos que dar moral, confiança. Ele fez a equipe crescer muito [desde que entrou para o time titular]”, defendeu Kleina. Apesar do erro defensivo que não foi exclusividade do volante, já que todo o time mostrou inconsistências naturais de início de temporada e teve de ser salvo por Wilson diversas vezes, a evolução ofensiva do Coritiba também chamouatenção.Mesmosem Kléber,artilheironatemporada com cinco gols – ele foi poupado – a equipe conseguiuarmarjogadascomregularidade. Em certo momento da se-

gunda etapa, até conseguiu envolver o Grêmio, que escapou da blitz graças ao arqueiro Marcelo Grohe e ao travessão, em chute de Guilherme Parede. Na melhor jogada coxa-branca, aos 32 minutos, o atacante Leandro até balançou a rede, mas a arbitragem assinalou impedimento. “Fizemos uma boa partida, pressionamos o Grêmio, jogamos de igual para igual. Temos de manter a sequência.Aequipevemevoluindo”, resumiu Wilson, que entrou para o top 10 de goleiro alviverdes sem tomar gol – não sofria desde a 35.ª rodada do Brasileiro de 2015. O Coxa agora é o último do GrupoB,comapenas1ponto, masaindapodeseclassificarà semifinal. O próximo jogo na Liga é contra o Avaí, em casa, dia 10 de março.


Maior cobertura 4G do Brasil referente à quantidade de municípios cobertos. Fonte: Teleco (http://www.teleco.com.br/4g_cobertura. asp), verificação feita em 27/10/2015. Velocidade média de navegação no 4G para download é de até 5 Mbps e de upload é de até 500 Kbps, podendo haver oscilações. Clientes TIM terão acesso à rede 4G automaticamente, desde que possuam os seguintes requisitos de elegibilidade: aparelho homologado para a frequência 4G no Brasil; TIMChip 4G; e estejam em uma área com cobertura da rede 4G.

GAZETADOPOVO

27

MA U M E G 4 CHIP DE A M I D I T C M O L U E R V PO AIS P I M H C M O U C E S E U T R O Q U E OA S L O J A S E N A V E G O B R A S I L DAS NOSS COBERTURA 4G D NA MAIOR

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

L O S A D R A U G , R A L O S R O T E T O A I R A P R P A N M I T A D G 4 O E


28

GAZETADOPOVO

cadernog@gazetadopovo.com.br

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

cadernog EDITOR RESPONSÁVEL: IRINÊO BAPTISTA NETTO

* TEATRO

Divulgação

Filme “Titus”, de Julie Taymor, é baseado na obra “Titus Andronicus”.

Shakespeare Eventos marcam os 400 anos de morte do bardo, com espetáculos e adaptações cinematográficas passando por Curitiba Helena Carnieri

Os 400 anos da morte de Shakespeare, que serão lembrados dia 23 de abril de 2016, motivam diversos projetos interessantes ao longo do ano. O primeiro a passar por Curitiba será a mostra de cinema “Reinventando Shakespeare”, de 16 a 21 de fevereiro, com 16 adaptações de peças do autor – algumas bastante criativas, assinadas por nomes como Jean-Luc Godard, Roman Polanski e Peter Brook. Surgem também novas montagens brasileiras para

Filosofia está presente na obra do autor Do riso à angústia, vemos a presença de Shakespeare também na filosofia, com

NA ESTANTE Dois livros serão lançados: “As tragédias de Shakespeare”, organizado por Marlene Soares dos Santos e Leonardo Berenger, e “Shakespeare sob múltiplos olhares”, organizado por Célia Arns de Miranda e Anna Stegh Camati.

o teatro, incluindo “A Paixão Segundo William Shakespeare”, de Edson Bueno, prevista para junho. Durante o Festival de Teatro (de 23 de março a 3 de abril), estão previstas apresentações de “Macbeth” e “Medida por medida”, ambas com Thiago Lacerda dirigido por Ron Daniels, e “Hamelt – Processo de revelação”, com o coletivo Irmãos Guimarães. Mas não é imprescindível frequentar esses eventos para perceber as inovações do bardo. A leitura das peças pode não ser fácil, mas é recompensadora. destaque para a trajetória do príncipe-pensador Hamlet. Em sua mais famosa fala, “ser ou não ser?”, alguns veem um paradoxo teológico inerente ao cristianismo: ser passivo, recebendo o que a vida traz, ou tomar iniciativas e atitudes radicais?

CINEMA Mostra exibe Hamlet soviético e Macbeth de Madagascar A criatividade das adapta­ ções cinematográficas de pe­ ças de Shakespeare parece inesgotável. Parte dessa produção estará reunida durante seis dias na Caixa Cultural. Serão 16 ses­ sões de 16 a 21 de fevereiro, com entrada franca.

A mostra “Reinventando Sha­ kespeare” traz, além de obras de diretores como Jean­Luc Godard, Roman Polanski, Akira Kurosawa e Orson Welles, ses­ sões comentadas, mesa­re­ donda e palestra. Entre os destaques estão uma versão de “Hamelt” produzida pela ex­URSS durante a Guer­ ra Fria e um “Macbeth” em pre­ to e branco fruto de uma co­ produção entre Madasgacar, França e Reino Unido. (HC)

Na língua inglesa, Shakespeare teria contribuído com 1.500 novas palavras, entre os 20 mil neologismos utilizados por ele. Sua capacidade de manipular a língua em prol de trocadilhos deliciosos usados era quase ilimitada. A pesquisadora Márcia Martins afirma que o autor “leva ao extremo o gosto elisabetano pelos jogos de palavras”, com “associações em diferentes níveis”.

Comentários metalinguísticos de Shakespeare mostram ainda que o bardo já previa a futura teoria da recepção, pela qual o foco das análises literárias deve ser deslocado para do autor para o leitor. Um exemplo: Rosalina, sagaz personagem da comédia “Trabalhos de amor perdidos”, diz em dado momento que “sucesso de um gracejo está no ouvido de quem ouve, não na língua de quem o profere”.

Com base na profundidade desse e de outros personagens, inúmeros autores se debruçaram sobre Shakespeare para extrair exemplos das contradições da natureza humana – a começar por Freud, que vê no desejo de vingança de Hamlet a mes-

ma perturbação de Édipo: o desejo pela mãe. Menos conhecida é a teoria do crítico literário e psiquiatra soviético Lev Vygotsky. Em “A tragédia de Hamlet” e “Psicologia da Arte”, ele aponta a presença do sobrenatural como fator prin-

Na web

Confira a pro­ gramação com­ pleta da mostra de cinema.

cipal da peça. “A beleza de Shakespeare é que ele era muito perspicaz em relação à natureza humana. Compreendia nossos motivos e emoções. É o que o torna relevante ainda hoje”, diz o ator britânico Ian McKellen. (HC)


GAZETADOPOVO

[ VALOR COM DESCONTO PARA MEMBROS DO CLUBE GAZETA DO POVO] Quer ser membro do Clube e aproveitar essas e muitas outras vantagens? Ligue (41) 3321-5555 para Curitiba e Região e 0800 41 4444 para outras regiões, ou acesse gazetadopovo.com.br/assinaturas

SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

cadernog

29

Quer ser parceiro do Clube e potencializar seu negócio? gazetadopovo.com.br/clube

Com Teresa Palmer. Travis Parker é um solteiro convicto que se apaixona por sua vizinha, Gabby, que corresponde à paixão apesar de ter um namorado. Romance. 112min. 12 anos.

CINEMA CLASSIFICAÇÕES GGGGG Excelente. GGGG Muito bom. GGG Bom. GG Regular. G Fraco. 1/2 Intermediário. N/A Não avaliado. C Indicado.

IMAX

O REGRESSO 3D (The Revenant. EUA, 2015). Direção de Alejandro González Iñárritu. Com Leonardo DiCaprio. O caçador Hugh Glass, depois de ter sido atacado por uma ursa, é abandonado para morrer no meio do nada. Aventura. 156min. 16 anos.

IMAX THEATRE às 13h20, 16h20 l50% (D). IMAX THEATRE às 19h20, 22h20 l50%. GGG

4DX

SNOOPY E CHARLIE BROWN: PEANUTS, O FILME 3D (The Peanuts Movie. EUA, 2015). Direção de Steve Martino. Baseado nos quadrinhos de Charles M. Schulz, o filme acompanha as aventuras de Charlie Brown, Snoopy e sua turma. Animação. 88min. Livre. CINÉPOLIS 1 às 12h, 14h15 (D). GGG1/2

A 5.ª ONDA (The 5th Wave. EUA, 2015). Direção de J. Blakeson. Com Chloë Grace Moretz. O planeta Terra sofre ondas de ataques alienígenas, sendo a quinta a que vai exterminar toda a raça humana. Ficção científica. 112min. 14 anos. CINÉPOLIS 1 às 16h30, 19h15. N/A

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA 3D (Mad Max: Fury Road. EUA, 2015). Direção de George Miller. Com Charlize Theron. Mulheres comandadas pela Imperatriz Furiosa enfrentam uma guerra mortal. Ação. 120min. 16 anos. CINÉPOLIS 1 às 22h. GGGG

3D

CAÇADORES DE EMOÇÃO - ALÉM DO LIMITE 3D (Point Break. EUA, 2015). Direção de Ericson Core. Com Max Thieriot. Um agente do FBI deve se infiltrar entre atletas de esportes radicais suspeitos de cometerem crimes. Ação. 114min. 14 anos.

CINEMARK BARIGUI 1 às 13h, 22h15. CINEMARK MUELLER 5 às 19h30, 22h. CINEPLUS CAMPO LARGO 1 às 21h30 (D). CINEPLUS JARDIM 4 às 21h40 (D). CINEPLUS XAXIM 1 às 21h30 (D). CINÉPOLIS 4 VIP às 17h45, 20h45. UCI ESTAÇÃO 5 às 16h10, 21h l50%. UCI ESTAÇÃO 5 às 13h45, 18h35 (D) l50%. UCI PALLADIUM 5 às 13h10, 20h25 (D) l50%. N/A

O BOM DINOSSAURO 3D (The Good Dinosaur. EUA, 2016). Direção de Peter Sohn. O dinossauro Arlo e seu homenzinho das cavernas Spot se aventuram no planeta Terra. Animação. 100min. Livre.

ÁGUA VERDE 1 às 14h30, 20h30 (D). CINEPLUS CAMPO LARGO 1 às 13h30, 19h20 (D). CINEPLUS JARDIM 4 às 13h, 15h05, 17h20, 19h30 (D). CINEPLUS XAXIM 3 às 13h25, 15h30, 19h30 (D). UCI ESTAÇÃO 6 às 19h45 (D) l50%. GGG

SNOOPY E CHARLIE BROWN: PEANUTS, O FILME 3D (The Peanuts Movie. EUA, 2015). Direção de Steve Martino. Baseado nos quadrinhos de Charles M. Schulz, o filme acompanha as aventuras de Charlie Brown, Snoopy e sua turma. Animação. 88min. Livre. ÁGUA VERDE 1 às 16h30 (D). CINEMARK BARIGUI 2 às 12h10, 14h15, 16h20, 19h (D). CINEMARK MUELLER 5 às 12h45, 15h15, 17h20 (D). CINEPLUS CAMPO LARGO 1 às 15h40 (D). CINEPLUS JARDIM 5 às 14h, 15h45, 17h30, 19h15 (D). CINEPLUS XAXIM 1 às 14h30 (D). UCI ESTAÇÃO 6 às 17h45, 21h55 (D) l50%. GGG1/2

ESTREIAS

A ESCOLHA (The Choice. EUA, 2015). Direção de Ross Katz.

CINEMARK BARIGUI 7 às 16h05, 18h35, 20h55. CINÉPOLIS 6 VIP às 17h, 22h45. ESPAÇO ITAÚ 4 às 13h30, 18h30, 21h. UCI ESTAÇÃO 3 às 15h10, 19h35 l50%. UCI PALLADIUM 2 às 19h05, 21h30 l50%. N/A

EPA! CADÊ O NOÉ? (Ooops ! Noah is Gone. Alemanha/Irlanda/Luxemburgo/Bélgica, 2014). Direção de Toby Genkel. É o fim do mundo e uma enchente está a caminho, mas, enquanto todos os animais aparentam estar seguros na arca de Noé, dois filhotes ficam de fora e precisam ser resgatados. Animação. 86min. Livre.

CINEMARK MUELLER 6 às 13h40, 15h45, 18h, 20h05 (D). CINEMARK SÃO JOSÉ 4 às 13h40,15h45(D).CINEPLUSJARDIM2às13h30,15h15,17h(D).CINEPLUSXAXIM2às 13h30, 15h15, 17h (D). CINESYSTEM TOTAL 1 às 13h50, 15h50, 17h50 (D). UCI ESTAÇÃO3às13h10,17h35,22h(D) l50%.UCIPALLADIUM2às13h,15h,17h(D) l50%. N/A

O REGRESSO (The Revenant. EUA, 2015). Direção de Alejandro González Iñárritu. Com Leonardo DiCaprio. O caçador Hugh Glass, depois de ter sido atacado por uma ursa, é abandonado para morrer no meio do nada. Aventura. 156min. 16 anos.

CINEMARK BARIGUI 5 às 14h50, 18h05, 21h25. CINEMARK MUELLER 7 às 20h45. CINEMARK MUELLER 8 às 15h, 18h15, 21h30. CINEMARK SÃO JOSÉ 2 às 14h30, 18h, 21h30 (D). CINEPLEX BATEL 3 às 14h25, 17h25, 20h25 l50%. CINEPLUS JARDIM 1 às 16h30 (D). CINEPLUS JARDIM 1 às 20h. CINÉPOLIS 2 às 13h, 16h45, 20h15. CINÉPOLIS 3 VIP às 17h30, 21h. CINESYSTEM CIDADE 1 às 18h, 21h10 (D). CINESYSTEM CIDADE 1 às 15h. CINESYSTEM CURITIBA 6 às 15h50 (D). CINESYSTEM CURITIBA 6 às 18h50, 21h50. CINESYSTEM TOTAL 2 às 15h45. CINESYSTEM TOTAL 2 às 18h50, 21h50 (D). ESPAÇO ITAÚ 3 às 14h30, 17h30, 20h30. UCI ESTAÇÃO 1 às 16h10, 22h30 l50%. UCI ESTAÇÃO 1 às 13h, 19h20 (D) l50%. UCI ESTAÇÃO 10 às 14h, 20h10 l50%. UCI ESTAÇÃO 10 às 17h05, 23h15 (D) l50%. UCI PALLADIUM 3 às 16h10, 22h30 l50%. UCI PALLADIUM 3 às 13h, 19h20 (D) l50%. GGG

TIRANDO O ATRASO (Dirty Grandpa. EUA, 2015). Direção de Dan Mazer. Com Robert De Niro. Poucos dias antes de seu casamento, o certinho Jason Kelly é incumbido de conduzir seu desbocado avô Dick até a Flórida. Comédia. 102min. 18 anos.

CINEMARK BARIGUI 4 às 15h, 19h45, 22h. CINESYSTEM CIDADE 4 às 19h10, 21h20 (D). ESPAÇO ITAÚ 5 às 14h, 16h30, 21h30. UCI ESTAÇÃO 4 às 18h, 22h30 l50%. UCI ESTAÇÃO 4 às 13h15, 20h15 (D) l50%. UCI PALLADIUM 1 às 13h20, 17h50, 22h20 l50%. UCI PALLADIUM 1 às 15h35, 20h05 (D) l50%. N/A

EM CARTAZ

A 5.ª ONDA (The 5th Wave. EUA, 2015). Direção de J. Blakeson. Com Chloë Grace Moretz. O planeta Terra sofre ondas de ataques alienígenas, sendo a quinta a que vai exterminar toda a raça humana. Ficção científica. 112min. 14 anos.

CINEMARK BARIGUI 8 às 16h30, 19h15, 22h10. CINEMARK MUELLER 3 às 13h, 16h, 18h30, 21h. CINEMARK SÃO JOSÉ 3 às 18h40, 21h10 (D). CINEPLUS JARDIM 3 às 17h15 (D). CINEPLUS XAXIM 1 às 18h50 (D). CINESYSTEM CIDADE 3 às 19h20 (D). CINESYSTEM CURITIBA 4 às 14h40, 19h10 (D). CINESYSTEM CURITIBA 4 às 22h. CINESYSTEM TOTAL 3 às 21h20 (D). UCI ESTAÇÃO 7 às 16h35, 21h25 l50%. UCI ESTAÇÃO 7 às 14h10, 19h (D) l50%. UCI PALLADIUM 5 às 18h l50%. UCI PALLADIUM 5 às 15h35 (D) l50%. N/A

A GRANDE APOSTA (The Big Short. EUA, 2015). Direção de Adam McKay. Com Brad Pitt. Quatro economistas antecipam a crise imobiliária que abalou os Estados Unidos em 2008 e decidem fazer investimentos arriscados. Comédia. 130 minutos. 12 anos. CINEMARK BARIGUI 1 às 15h45 (D). CINEMARK BARIGUI 2 às 21h55. CINEPLEX BATEL 5 às 16h10, 18h30 l50%. CINÉPOLIS 6 VIP às 19h45. ESPAÇO ITAÚ 5 às 19h. UCI ESTAÇÃO 2 às 18h20 l50%. GGGG

ALVIN E OS ESQUILOS: NA ESTRADA (Alvin And The Chipmunks: Road Chip. EUA, 2015). Alvin e os esquilos viajam a Miami para impedir o casamento de Dave. Aventura. 86min. Livre.

ÁGUA VERDE 1 às 18h30 (D). CINEMARK SÃO JOSÉ 3 às 14h (D). CINEPLUS CAMPO LARGO 1 às 17h30 (D). CINEPLUS JARDIM 1 às 14h30 (D). CINEPLUS XAXIM 1 às 16h15 (D). N/A

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 3 (Brasil, 2015). Direção de Roberto Santucci e Marcelo Antunez. Com Leandro Hassum. Após perder herança da família, homem procura emprego fixo. Comédia. 106min. 10 anos. UCI PALLADIUM 8 às 13h05, 17h25 l50%. N/A

CAÇADORES DE EMOÇÃO - ALÉM DO LIMITE (Point Break. EUA, 2015). Direção de Ericson Core. Com Max Thieriot. Um agente do FBI deve se infiltrar entre atletas de esportes radicais suspeitos de cometerem crimes. Ação. 114min. 14 anos.

CINESYSTEM CIDADE 3 às 16h50 (D). CINESYSTEM CURITIBA 2 às 16h (D). CINESYSTEM CURITIBA 2 às 20h40. CINESYSTEM TOTAL 3 às 14h30 (D). N/A

CALIFÓRNIA (Brasil, 2015). Direção de Marina Person. Com Caio Blat. Estela é uma adolescente que idolatra o tio que mora na Califórnia. Drama. 87 minutos. 14 anos. CINEMATECA 1 às 19h. N/A

CIDADE DE DEUS – 10 ANOS DEPOIS (Brasil, 2013). O documentário mostra o que mudou na vida do elenco que participou do aclamado filme de 2002. Documentário. 90min. 14 anos. CINE GUARANI 1 às 19h. N/A

ENDEREÇOS | Água Verde: Shopping Água Verde, Av. República Argentina, 1.927, (41) 3244-5272. Site: www.cinesaguaverde.com.br. Cine Guarani: Portão Cultural, Av. República Argentina, 3.430. Cinemark Barigui: ParkShopping Barigui, R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, (41) 3317-6422. Cinemark Mueller: Shopping Mueller, Av. Cândido de Abreu, 127, (41) 3322-0296. Cinemark São José dos Pinhais: Shopping São José, R. Izabel A. Redentora, 1.434, (41) 3081-9138. Site: www.cinemark.com.br. Cinemateca: R. Carlos Cavalcanti, 1.174, (41) 3321-3252. Site: www.fccdigital.com.br. Cineplex Batel: Shopping Novo Batel, R. Cel. Dulcídio, 517, (41) 3538-6272. Site: www.shoppingnovobatel.com.br. Cineplus Campo Largo: Shopping XV, R. XV de Novembro, 2.295, (41) 3032-1956. Cineplus Jardim: Shopping Jardim das Américas, Av. Nossa Senhora de Lourdes, 63, (41) 3029-7099. Cineplus Xaxim:Shopping Sports Xaxim, R. Francisco Derosso, 3.488, (41) 3046-3838. Site: www.cinemacineplus.com.br. Cinépolis Pátio Batel: Av. do Batel, 1.868, (41) 3243-3755. Site: www.cinepolis.com.br. Cinesystem Cidade: Shopping Cidade, Av. Mal. Floriano Peixoto, 4.984, (41) 3315-0090. Cinesystem Curitiba: Shopping Curitiba, Pça. Oswaldo Cruz, 2.698, (41) 8401-0517. Cinesystem Total: Shopping Total, R. Itacolomi, 100, (41) 3315-0090. Site: www.cinesystem.com.br. Espaço Itaú de Cinema: Shopping Crystal Plaza, R. Comendador Araújo, 731. Site: www.itaucinemas.com.br. UCI Estação: Shopping Estação, Av. 7 de Setembro, 2.775, (41) 3595-5599. UCI Palladium: Shopping Palladium, Av. Pres. Kennedy, 4.121, (41) 3208-3344. Site: www.ucicinemas.com.br. Os responsáveis pelas informações reunidas no roteiro podem fazer alterações de última hora. Antes de sair de casa, entre em contato com os cinemas para confirmar os filmes e os horários de exibição.

CREED – NASCIDO PARA LUTAR (Creed. EUA, 2015). Direção de Ryan Coogler. Com Sylvester Stallone. O ex-campeão de boxe Rocky Balboa aceita treinar Adonis Johnson, filho de seu antigo e falecido rival Apollo Creed. Drama. 133min. 12 anos. CINEMARK MUELLER 7 às 17h45. GGG

DIPLOMACIA (Diplomatie. França/Alemanha, 2014). Direção de Volker Schlöndorff. Durante a Segunda Guerra Mundial, o general alemão Dietrich von Choltitz tem a missão de comandar explosões em Paris, mas recebe a visita do cônsul da Suécia para convencê-lo a não ir em frente com o plano. Drama. 84min. 14 anos. CINESYSTEM CURITIBA 3 às 20h10. N/A

IRMÃS (Sisters. EUA, 2015). Direção de Jason Moore. Duas irmãs trintonas decidem organizar uma última festa antes que a casa da família seja vendida. Comédia. 118min. 16 anos. UCI ESTAÇÃO 4 às 15h30 l50%. N/A

JOY: O NOME DO SUCESSO (Joy. EUA, 2015). Direção de David O. Russell. Com Jennifer Lawrence. A jovem mãe solteira Joy Mangano se torna uma empreendedora bem sucedida. Drama. 124min. 10 anos.

CINEMARK BARIGUI 1 às 18h45.CINEPLEX BATEL 4 às 14h, 18h40 l50%. CINÉPOLIS 8 VIP às 18h30. ESPAÇO ITAÚ 1 às 17h, 19h20, 21h40. UCI ESTAÇÃO 2 às 13h35 (D) l50%. UCI PALLADIUM 4 às 17h15 l50%. GGG

O BOM DINOSSAURO (The Good Dinosaur. EUA, 2016). Direção de Peter Sohn. O dinossauro Arlo e seu homenzinho das cavernas Spot se aventuram no planeta Terra. Animação. 100min. Livre. CINEMARK BARIGUI 8 às 14h (D). CINEMARK MUELLER 4 às 14h, 16h30, 18h45 (D). CINEMARK SÃO JOSÉ 3 às 16h20 (D). CINÉPOLIS 8 às 13h15 (D). CINESYSTEM CIDADE 2 às 14h10, 18h50 (D). CINESYSTEM CURITIBA 4 às 17h (D). CINESYSTEM CURITIBA 6 às 13h40 (D). CINESYSTEM TOTAL 3 às 17h, 19h10 (D). UCI ESTAÇÃO 6 às 15h35 (D) l50%. UCI PALLADIUM 4 às 13h05, 19h50 (D) l50%. GGG

O MENINO E O MUNDO (Brasil, 2014). Direção de Alê Abreu. Menino que vive em cidade isolada um dia se lança numa missão para encontrar o pai. Animação. 80min. Livre. ESPAÇO ITAÚ 1 às 13h30. GGGG

OS DEZ MANDAMENTOS - O FILME (Brasil, 2015). Direção de Alexandre Avancini. O filme traz uma edição de cenas da novela homônima, que narra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito por Moisés. Drama. 122min. Livre.

ÁGUA VERDE 1 às 14h, 16h20, 18h40, 21h10. CINEMARK BARIGUI 3 às 11h45, 14h30, 17h45, 20h30. CINEMARK BARIGUI 6 às 12h45, 15h30, 18h20. CINEMARK MUELLER 1 às 13h30, 16h15, 19h, 21h45. CINEMARK MUELLER 2 às 12h10, 14h45, 17h30, 20h30. CINEMARK SÃO JOSÉ 1 às 12h25, 15h, 17h45, 20h30. CINEMARK SÃO JOSÉ 5 às 13h20, 16h, 19h10, 21h50. CINEPLUS CAMPO LARGO 2 às 14h, 16h30,

19h, 21h30. CINEPLUS JARDIM 2 às 18h45, 21h10. CINEPLUS JARDIM 6 às 14h, 16h30, 19h, 21h30. CINEPLUS XAXIM 2 às 18h45, 21h10. CINEPLUS XAXIM 4 às 14h, 16h30, 19h, 21h30. CINÉPOLIS 5 VIP às 12h30, 15h30, 18h45, 21h45. CINÉPOLIS 7 VIP às 13h30, 16h40, 19h30, 22h15. CINESYSTEM CIDADE 2 às 16h20, 21h. CINESYSTEM CIDADE 5 às 14h, 16h30, 19h, 21h30. CINESYSTEM CURITIBA 5 às 14h, 16h30, 19h, 21h30. CINESYSTEM TOTAL 2 às 13h40 (D). CINESYSTEM TOTAL 4 às 14h, 16h30, 19h, 21h30. CINESYSTEM TOTAL 5 às 18h20, 20h50. ESPAÇO ITAÚ 2 às 13h30, 16h, 18h30, 21h. UCI ESTAÇÃO 8 às 13h20, 15h50, 18h20, 20h50 l50%. UCI ESTAÇÃO 9 às 13h55, 16h25, 18h55, 21h30 l50%. UCI PALLADIUM 1 às 17h40 l50%. UCI PALLADIUM 7 às 13h, 15h30, 18h, 20h30. UCI PALLADIUM 8 às 13h05 l50%. GGG

PAI EM DOSE DUPLA (Daddy’s Home. EUA, 2015). Direção de Sean Anders. Com Will Ferrell. Para conquistar o amor dos filhos da namorada, Brad terá de competir com o pai das crianças. Comédia. 96min. 12 anos.

CINEMARK BARIGUI 4 às 17h20. CINEMARK BARIGUI 4 às 12h30 (D). CINEMARK MUELLER 7 às 13h15, 15h30. CINEMARK SÃO JOSÉ 4 às 18h20, 20h50 (D). CINEPLUS JARDIM 3 às 13h20, 15h20, 19h20 (D). CINEPLUS XAXIM 3 às 17h35 (D). CINÉPOLIS 8 VIP às 15h55. CINESYSTEM CIDADE 3 às 14h40, 21h40 (D). CINESYSTEM CURITIBA 2 às 13h50, 18h30 (D). CINESYSTEM TOTAL 1 às 19h50, 22h (D). UCI ESTAÇÃO 2 às 16h10, 21h. (D) l50%. UCI PALLADIUM 6 às 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50 (D) l50%. N/A

QUARTO DE GUERRA (War Room. EUA, 2015). Direção de Alex Kendrick. Com Priscilla Evans Shirer e T.C. Stallings. Mulher com casamento em crise usa o poder da oração para salvar a família. Drama. 120min. Livre. CINEPLUS JARDIM 5 às 21h (D). CINEPLUS XAXIM 3 às 21h (D). N/A

REZA A LENDA (Brasil, 2015). Direção de Homero Olivetto. Com Cauã Reymond. Auxiliado por uma gangue de motoqueiros, Ara luta para devolver a liberdade para a terra devastada e sem lei onde vive. Ação. 87min. 14 anos. CINEPLEX BATEL 5 às 14h30, 20h50 l50%. CINEPLUS JARDIM 3 às 21h30. UCI PALLADIUM 8 às 19h45, 21h45 l50%. GG1/2

SNOOPY E CHARLIE BROWN: PEANUTS, O FILME (The Peanuts Movie. EUA, 2015). Direção de Steve Martino. Baseado nos quadrinhos de Charles M. Schulz, o filme acompanha as aventuras de Charlie Brown, Snoopy e sua turma. Animação. 88min. Livre. CINEMARK BARIGUI 7 às 13h35 (D). CINEPLEX BATEL 2 às 13h30, 15h10 (D) l50%. CINÉPOLIS 4 às 12h45, 15h15 (D). CINESYSTEM CIDADE 4 às 15h10, 17h10 (D). CINESYSTEM CURITIBA 3 às 14h10, 16h10, 18h10 (D). CINESYSTEM TOTAL 5 às 14h20, 16h20 (D). UCI ESTAÇÃO 6 às 13h35 (D) l50%. UCI PALLADIUM 4 às 15h15, 22h (D) l50%. GGG1/2

SPOTLIGHT – SEGREDOS REVELADOS (Spotlight. EUA, 2016). Direção de Tom McCarthy. Com Michael Keaton. Um grupo de jornalistas reúne documentos que comprovam casos de pedofilia cometidos por padres católicos. Drama. 129min. 12 anos. CINEMARK MUELLER 6 às 22h10. CINÉPOLIS 6 às 13h45. GGGGG

SUÍTE FRANCESA (Suite Française. França/Reino Unido/Bélgica, 2015). Direção Saul Dibb. Com Michelle Williams. Enquanto Lucile espera o marido voltar da guerra, seu vilarejo é invadido por soldados alemães e ela inicia uma relação amorosa com um deles. Drama. 110min. 14 anos. CINEPLEX BATEL 2 às 16h50, 18h50, 20h50 l50%. N/A

TRUMBO: LISTA NEGRA (Trumbo. EUA, 2015). Direção de Jay Roach. Com Bryan Cranston. Roteirista renomado, Dalton Trumbo se recusa a colaborar com o Comitê de Atividades Antiamericanas e acaba preso. Drama. 125min. 13 anos. CINEPLEX BATEL 4 às 16h15, 20h50 l50%. CINÉPOLIS 8 VIP às 21h30. ESPAÇO ITAÚ 4 às 16h. GGG1/2

VAI QUE DÁ CERTO 2 (Brasil, 2015). Direção de Mauricio Farias. Com Fábio Porchat. Amaral, Rodrigo e Tonico vão tentar faturar às custas de um DVD com cenas comprometedoras. Comédia. 98min. 14 anos. UCI PALLADIUM 8 às 15h15 l50%. N/A


SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

GAZETADOPOVO

30


GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

)*+,

;F1B1>G 9HI

;< (!)!< ! $" # "

9!)*82: $" # "

4 (!5)! $" ##"

B% &C < !#. >.),! $%" '" !" #!$% & ! " #$"

-./ 0. 12(!3( " ##"

#!" $%"

$%" &" =!)#*!&<%8+% 8(,&!0. #.< #L($!" % +).$.!0!" *".&!0!"

=.8+! 4 )." " ! 4 (!)!6(!$! $&" %" $&" %" ()*+*,! $%" &"

=!+. >)!8#. $'" '"

-./012

7.80)*8! ! " #$"

=! ) #* ! & < %8 + % 8 ( , & ! 0. #.< #L ( $ ! " % + ) .$ .! 0! " * ".& ! 0! " ! 6! ) + * ) 0! + ! ) 0%

=!)!8!2(: "# "

;8*?. 0! @*+A)*! $(" &"

34/56 /

%" $'"

=! ) #* ! & < %8 + % 8 ( , & ! 0. #.< #L ( $ ! " % + ) .$ .! 0! " * ".& ! 0! " ! 6! ) + * ) 0! + ! ) 0%

9JK

- .8+ %D E* < %6!)

34706 /

&" $%"

=! 8 #! 0! " 0% #L ( $ ! * ".& ! 0! " ! 6! ) + * ) 0! + ! ) 0%

* HORÓSCOPO

Áries: É tempo de se unir a muitas pessoas, de aliar­se a um grande conjunto, talvez maior do que esta­ va imaginando. E tudo isso, prova­ velmente, ligado à profissão. Touro: A carreira profissional e o destino em geral ganham outra di­ nâmica a partir de agora. Uma grande e nova porta pode estar se abrindo a partir deste período. Gêmeos: Sua mente abraça pensamentos mais amplos e se apercebe de que você próprio pode ir muito mais longe. A disposição amorosa ganha com essa grandeza de pensamento. Câncer: As relações avançam para campo mais aberto e livre. É tempo de descobertas, é tempo de estabelecer outra forma de intimi­ dade com as pessoas que lhe são especiais.

serviçoediversão

Leão: A vida a dois e as parce­ rias ingressam em importante fa­ se de redimensionamento. O acerto de detalhes práticos facili­ tam o progresso das relações Virgem: Momento importante para as definições no trabalho. Muito do que vinha preparando pode agora se tornar uma bela realidade, bastante próspera. Libra: Começa uma fase esti­ mulante para o amor. Alguns so­ nhos elevados muito bonitos, embora alguns possam estar muito distantes para serem reali­ záveis. Escorpião: Momento de des­ coberta de motivações legítimas, talvez um tanto impalpáveis ain­ da, como um perfume sutil. Há que cuidar para não se confundir diante das sutilezas.

31

Sagitário: Sua rotina tende a se bagunçar por um tempo. Mas este tempo deveria ser o suficiente para organizá­la de maneira nova, mais bem articulada e ágil. Capricórnio: É tempo de reno­ var o modo como lida com a vida material. Pense, em especial, na maneira como você utiliza o seu tempo. Não desperdice sua vida com o que não é seu. Aquário: Momento de fortes con­ turbações em seu interior: tudo pa­ rece não se conformar mais à anti­ ga estrutura. Você precisa de espa­ ços novos, para colocar novas moti­ vações. Peixes: A Lua Nova indica a possí­ vel descoberta do que lhe é essen­ cial, mesmo que em meio a tormen­ tas. Período proveitoso, mas no qual terá que lidar com dificuldades.


32 GAZETADOPOVO SEGUNDA­FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2016

Ofertas válidas para o dia 08/02/2016

Caderno Tilibra Universitário Game of Thrones 10 Matérias - 200 Folhas

Caderno Tilibra Universitário Mais

22,90

10 Matérias - 200 Folhas

6

10 Matérias - 200 Folhas Masculino/ Feminino

R$

,88

R$

CADA

20

CADA

10 Matérias - 200 Folhas

,29

R$

Caderno Tilibra Universitário Snoopy

Caderno Jandaia Universitário Brasilidade

8,97

R$

CADA

CADA

Caneta Bic Fashion Com 4 Unidades

5,88

R$

Caneta Bic Cristal

CADA

Com 3 Unidades - Grátis 1 Lápis Preto Bic Evolution

Papel A4 Chamex

3,68

R$

Papel A4 Chamequinho

Com 500 Folhas

14,98

R$

CADA

Com 100 Folhas

CADA

3,39

R$

CADA

Lápis de Cor Bic Bicolor

Lápis de Cor Bic Evolution

Com 18 Unidades 36 Cores

Com 12 Unidades Grátis 4 Lápis Pretos

Caneta Pilot BP-S

Caneta Esferográfca Faber-Castell Trilux

3

R$

R$

CADA

CADA

Lápis de Cor FaberCastell Ecolápis

Leve 4, Pague 3 Canetas

Com 12 Unidades Grátis 2 Lápis Pretos

3,99 CADA

CADA

CADA

10,25

,40

Caneta Bic Cristal Azul R$

7,80

R$

Azul - Com 1 Unidade 0.7mm/ 1.0mm/ 1.6mm

Ponta Média

23,90

R$

Mochila Escolar Importada Ref. 10627SEB

4x SEM JUROS

24,95

R$

18,48

R$

CADA

4x SEM JUROS

OU À VISTA

99,80

R$

CADA

Mochila Sestini Grande - Barbie/ Ever After/ Minnie/ Monster High/ Hot Wheels/ Mickey/ Star Wars/ Spiderman - Ref. 16M

22,45

R$

OU À VISTA

89,80

R$

CADA

Confira o Condor mais proximo em www.condor.com.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.