Mais do que uma festa, o Carnaval é uma tradição que conta a história do nosso país e da nossa gente. Por isso, nós patrocinamos o Samba Carioca, Patrimô ni o Cu ltural do Brasil. Gente. É o que inspira a gente.
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Difícil não aprender algo sobre o Brasil em uma festa com tantas escolas. )
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SOMANDO FORÇAS
SECRETARIA DE CULTURA
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GO V ER N O
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"CULTURA
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desafio é a nossa energia
60anos
Ministério de Minas e Energia
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FE D ERAL
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PAiS RICO t PAis .IM poaRIZA
12
BODAS DE ESMERALDA Luiz Pacheco Drumond e Imperatriz, 40 anos de amor.
16
PAIXÕES Carnaval e Futebol
18
CAHÊ RODRIGUES A Imperatriz é POP!
20
CARNAVAL 2014 Zico, o nosso Arthur X BARRACÃO Fabricando de sonhos OMISSÃO DE FRENTE Deborah Colker, show de abertura
MESTRE SALA ORTA BANDEIRA A Imperatriz e o Rei
Bate forte, bateria! CRI VIANNA
DIRETORIA PRESIDENTE LU IZ
39
HARMONIA Hoje é dia de festa e folia
40 WANDER PIRES Vamos lá, a hora é essa!
PACHECO DRUMOND
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO
VICE-PRESIDENTE DO DEPARTAMENTO DE CARNAVAL E VICE-PRESIDENTE DE FINANÇAS WAGNER TAVARES ARAÚJO VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO VICE-PRESIDENTECULTURAL VICE-PRESIDENTE SOCIAL
42 COMPOSITORES Na arquibancada, todo mundo canta junto
MARCOS DRUMOND
VICE-PRESIDENTEJURIDICO
ANDRÉ BONATTE
OSCAR DE PAULA
DR. CHRISTÓVÃO CE LESTINO
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO
PASSISTAS No balanço da Imperatriz
JOSÉ HENRIQUE PINTO
ALA DE COMPOSITORES
DEPARTAMENTO DE CARNAVAL
45
WILSON RIBE IRO
COORDENAÇÃO: ANDRÉ BONATTE
DIRETOR DE CARNAVAL
ALA DAS BAIANAS
WAGNER TAVARES ARAÚJO
COORDENAÇÃO: RAUL CUQUEJO
DIRETORES ASSISTENTES DE CARNAVAL
46
BAIANAS As filhas de São Salvador
GALERIA DA VELHA GUARDA
LUIZ DRUMOND NETO LUDM ILLA AQUINO PAULO CÉSAR PC AND RÉ BONATTE
PRESIDENTE: ADILSON GOMES SAMBA ENREDO
ELYMAR SA NTOS, GUGA, TIÃO PINHEIRO, GIL BRANCO E ME LEVA
CARNAVALESCOS
47 VELHA GUARDA
CAHt RODRIGUES
Baluartes da Coroa
COMlssAo DE FRENTE
48 GALVÃO BUENO Uma homenagem ao Galinho
COMUNICADOR DA QUADRA
XANDE DA IMPERATRIZ
COREÓGRAFA: DEBORAH COLKER DIRETOR: VITOR VITAL
ASSESSORA DE IMPRENSA
LUDMILLA AQUINO
MESTRE-SALA
PHELlPE LEMOS
REVISTA DE CARNAVAL DA IMPERATRIZ 2014
PORTA-BANDEIRA
RAFAELA THEODORO
50
AGRADECIMENTOS SAMBA ENREDO
COORDENAÇAo
2· CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
2° MESTRE-SALA: MARC/LlO DIAMANTE 2° PORTA-BANDEIRA: ELAINE FER NANDA
LU IZ PACHECO DRUMOND ANDRÉ BONATTE ARTE E DIAGRAMAÇAo
SIDNEY FERREIRA
HARMONIA
DIRETOR GERAL.·GU ILHERME NÓBREGA
FOTOS
DIEGO MENDES LEANDRO VIEIRA PAULO SILVA PETER ILlCCIEV
INTERPRETE
WANDER PIRES BATERIA
MESTRE DE BATERIA: MÃRCIO (NOCA) PRESIDENTE DA BATERIA: JAIRO RIBEIRO RAINHA DA BATERIA:CRIS VIANNA ALA DE PASSISTAS
COORDENAÇÃO: MAGNO SHOW
TEXTOS
ANDRÉ BONATTE FELIPE FERREIRA RICARDO LOURENÇO ALEXANDRE MEDEIROS LEANDRO VIEIRA
AGRADECIMENTOS
DILMA ROUSSEFF - PRESIDENTA DA REPUBLlCA SERGIO CABRAL - GOVERNADOR RJ EDUARDO PAES - PREFEITO RJ ANTONIO PEDRO FIGUEIRA DE MELLO - SECRETARIO DE TURISMO JORGE CASTANHEIRA - PRESIDENTE DA LlESA EDUARDO BANDEIRA DE MELLO - PRESIDENTE DO FLAMENGO ANA CRISTINA - RIOTUR VICENTE DATOLLI - LlESA THIAGO COIMBRA MARCOS SALLES IMPREssAo
D ' ARTHY Editora e Gráfica Ltda.
o Dia chegou! :t:i~~..;.;.;.---. .. com muito entusiasmo, aliado a uma
solidação dessa amada agremiação, à qual dedico minha
imensa alegria, que lhes apresento o car-
vida, e muito me orgulho de presidir. Reafirmo aqui meu
naval da Imperatriz Leopoldinense para o
compromisso de trabalhar sempre buscando fazer da
ano de 2014. O enredo "Arthur X - o Reino ~~~~~ do Galinho de Ouro na Corte da Impera-
Imperatriz Leopoldinense um exemplo de gestão, atuando sempre de forma plena e altaneira como uma das
triz" onde homenagearemos o grande ídolo do futebol
grandes Escolas de Samba do Rio de Janeiro.
brasileiro, Zico.
A imensa comunidade da Zona da Leopoldina pode
Em um ano tão importante para o Brasil e, sobretudo
ter a certeza de que a Imperatriz vem muito forte na bri-
para a cidade do Rio de Janeiro, que receberá a grande
ga pelo título. Estamos certos de que desenvolvemos um
final de uma Copa do Mundo, acreditamos que o tema
carnaval imponente, com todo o requinte e criatividade
apresentado pela Imperatriz é de extrema importância,
característicos dos grandes desfiles da nossa história.
e ficará marcado na história como sinônimo de alegria e popularidade.
Aproveito para convidar a todos os torcedores, admiradores e componentes, a nos acompanhar neste imen-
Agradeço ao Zico, o nosso Galinho de Ouro, que des-
so cortejo de alegria e beleza que será o desfile de 2014.
de o inicio dos preparativos para o desfile mostrou-se
Vamos levar a nossa escola mais uma vez ao tão cobiça-
profundamente sensibilizado e envolvido com o projeto
do posto de campeã do carnaval carioca.
grandioso que nossa escola planejou. O ano de 2014 marca os 40 anos da minha chegada à Imperatriz. Acompanhei de perto o crescimento e a con-
Junte sua energia ao nosso samba, o seu amor ao nosso carnaval e venha junto com a Imperatriz... Vencer, vencer, vencer!
Luiz Pacheco Orumond Presidente 6
CARNAVAL
2014
ou muito grato ao Presidente Luiz Drumond e todos que compõe essa grande Escola de Samba Imperatriz leopoldinense. Nao tenho duvida que sera uma das maiores emoções da minha vida esse desfile na Sapucai. Todo esse carinho que tenho recebido de todos tem me deixado cada dia mais feli z e emocionado. Espero que seja um desfile que fique marcado para sempre na Imperatriz. O meu muito obrigado a todos e vamos com tudo na avenida. Saudacoes verde. brancoe dourado Um abraço do
o galinho
no sflmba Verde e Branco de Ramos homenageia neste carnaval um dos maiores ídolos do futebol carioca, brasileiro e mundial: nosso Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Seus gols marcaram tanto a história do Rio de Janeiro que hoje são considerados patrimônios imateriais da Cidade Maravilhosa. "Arthur X, o reino do galinho de ouro na corte da imperatriz" é um enredo que vem em excelente época, às vésperas da Copa do Mundo de 2014, cuja final será disputada no palco de muitos dos lindos gols do Galinho de Quintino, o está~J.-~ RIO ar ~
'MPER~í\l.~
dio do Maracanã. É uma honra para o Rio de Janeiro e para os cariocas fazerem parte dessa homenagem ao nosso futebol e ao nosso carnaval!
Eduardo Paes Prefeito
8
CARNAVAL
2014
...
Golaço da Imperatriz! os 30 anos do Sambódromo, a Impe-
glórias. Zico, além de ídolo de toda uma geração, exem-
ratriz Leopoldinense marca mais um
plo de profissionalismo e de atleta, é um grande aman-
gol de placa. Não bastasse o primeiro
te do carnaval carioca. Vai se emocionar e se divertir, e,
tricampeonato, não bastasse a con-
assim, encantar os componentes da escola e o público
quista de notas máximas em todos os
que acompanha o desfile das arquibancadas e pela te-
quesitos, a verde e branco da zona da Leopoldina che-
levisão - inclusive do outro lado do mundo, no Japão,
ga em 2014, ano da tão sonhada e esperada Copa do
onde a paixão pelo futebol nasceu por sua causa.
Mundo, estando um passo à frente das demais escolas
Vai ser um show de bola e de samba que só a cra-
ao entender o momento especial que vive o país e se
que da Leopoldina poderia dar. Ramos, Olaria, Bonsu-
tornar a única escola do Grupo Especial com um enre-
cesso, Penha, Vigário Geral, Benfica, Cordovil e adjacên-
do apaixonante sobre o tema futebol. Mais feliz ainda
cias vão levar pra avenida as duas maiores paixões do
foi a escolha do homenageado, Zico - um dos maiores
nosso povo: futebol e carnaval. Quem for louco de per-
ídolos vivos do esporte.
der esse espetáculo é ruim da cabeça e doente do pé!
Tenho certeza que vai ser um desfile emocionante - e com os requintes de perfeição técnica que são
Antonio Pedro Figueira de Mello
a marca registrada da agremiação em seus 55 anos de
Secretário de Turismo
-
"
Este é um ano de grandes emoções para o Brasil ~~~~~
ogo no primeiro trimestre, abrindo o mês
E neste ano destas duas grandes manifestações po-
de março, temos o Carnaval e os desfiles
pulares no pais do futebol e do Carnaval, a Imperatriz
das Escolas de Samba, o maior espetácu-
Leopoldinense levará para o Sambódromo um enredo
lo a céu aberto do planeta. E neste torneio, não há negar, o Brasil é campeão
em homenagem a um dos maiores jogadores da histó-
mundial, sem dúvida alguma.
ria do futebol brasileiro: Zico. Com seu "Arthur X - O reino do Galinho de Ouro na
Três meses depois, mais precisamente a partir do
corte da Imperatriz'; a verde, branco e dourado da Le-
dia 12 de junho, começa a Copa do Mundo de futebol,
opoldina falará dos feitos de um rei menino que saiu
o maior torneio do planeta, que mobiliza toda a popu-
dos subúrbios cariocas para conquistar o mundo. Como
lação mundial. E será no Brasil este ano, como foi em
tem feito o nosso futebol desde 1958, quando sagrou-
1950. Sem qualquer exagero, podemos dizer que o fu-
-se campeão do mundo pela primeira vez, na Suécia.
tebol está de volta para casa.
Imortalizado como o maior goleador do Maracanã, balançando as redes quer com a camisa do Flamengo ou da seleção, Zico não será homenageado apenas por ter sido um craque da bola. Suas conquistas, com o manto rubro-negro, ultrapassaram a paixão clubística e, na Sapucaí, certamente será reverenciado por todas as torcidas. No Carnaval, a grande paixão é o samba no pé. E por uma dessas coincidências que só a folia pode explicar, a Imperatriz irá prestar a homenagem a Zico no dia em que o Galinho de Quintino estará completando mais um aniversário. Mais um ano de felicidade para quem curte o futebol e o Carnaval. Como ele. Um cidadão do mundo que já espalhou seu talento e humildade pela Itália, Japão e tantos outros lugares onde havia uma bola rolando. Se Zico fazia a galera vibrar nas tardes de domingo do Maracanã, desta vez, com ele vestindo seu novo manto, será a vez de a Imperatriz movimentar a galera no seu desfile na noite de segunda-feira de Carnaval.
Bom Carnaval a todos.
Jorge Castanheira presidente da Liesa
-
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... ~ ___ .J ~.
o Flamengo na corte da Imperatriz ara nós rubro-negros, não resta dúvi-
Nação Rubro-Negra que, com toda a certeza, se trans-
da de que Zico é o personagem mais
formarão em torcedores da Escola no próximo carnaval.
ilustre da história do Clube de Regatas
E os torcedores de sempre da grande Imperatriz
do Flamengo e merecedor de todas as
Leopoldinense podem ter certeza de que, ass im como
homenagens possíveis.
nossa torcida empurra o time de futebol para as vitó-
No início de 2013, ao assumir a administração do clube, o atual Conselho Diretor deixou bastante claro
rias no Maracanã, vamos ajudar a Escola a ganhar o carnaval deste ano.
que Zico seria para nós muito mais do que um ídolo
Estaremos todos lá "fardados com as cores da Na-
nos gramados: seria a grande inspiração do projeto de
ção, armados de raça e paixão; nos pés o poder: vencer,
transformação do Flamengo num exemplo de cidada-
vencer, vencer."
nia, resgatando a credibilidade e a dignidade que haví-
Conte comigo, Imperatriz!!1
amos perd ido. E o Zico, que sempre foi um exemplo dentro e fora
Eduardo Bandeira de Mello
do campo para a grande massa rubro-negra, foi escolhi-
presidente do Flamengo
do como símbolo desse processo transformador. Por coincidência, 2013 foi o ano em que nosso galinho completou 60 anos. E a Nação festejou e reverenciou seu ídolo, que ganhou uma estátua na porta do clube, hoje ponto obrigatório de parada dos rubro-negros que visitam a Gávea e o Rio de Janeiro. Paralelamente às homenagens prestadas pelo Flamengo e sua torcida, Zico recebeu o reconhecimento de inúmeros setores da sociedade, da imprensa e até de torcedores de outros clubes que, embora tivessem sofrido com seus gols e jogadas, sempre admiraram seu talento e sua postura cidadã. Mas, dentre tantos gestos de fidalguia, se destaca a homenagem prestada pela Imperatriz LeopokJi nense, que dedicou ao nosso Zico seu enredo para o carnaval de 2014: "Arthur X, o Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz". Nada mais justo e oportuno. Juntar as dua paixões dos brasileiros - o carnaval e o futebo - . u festa que certamente será belíssima e ine
uecível.
AO homenagear Zico, a Imperatriz Leopoldinens está homenageando os 40 ml!hões de integrãntes da
Bodas de Esmeralda A história da Imperatriz Leopoldinense e de Luiz Pacheco Orumond se confundem mut uamente, não é possível imaginar uma Imperatriz sem Luizinho e, por conseqüência, um Luizinho sem Imperatriz. Imperatriz nasceu pequena, mas já sonhava
famoso"Martim Cererê'; onde a escola ganha popularida-
alto. Os idealizadores e fundadores da Escola,
de ao servir como pano de fundo para a novela "Bandeira
principalmente Amaury Jório, grande articula-
2" de Dias Gomes.
dor político e um profundo visionário da grandiosidade
Toda a criatividade e originalidade de seus enredos não
que se tornaria os desfiles, buscou nos blocos e agre-
permitiam a Imperatriz furar o bloqueio das denominadas
miações da Leopoldina, principalmente no já extinto Re-
"quatro grandes"nas primeiras colocações. Portela, Salguei-
creio de Ramos, a melhor nata de sambistas que viriam
ro, Mangueira e Império Serrano dividiram as primeiras co-
formar a Imperatriz.
que Amaury Jório conheceu Luiz Pacheco Drumond, e viu
março de 1959 a ata de fundação do G.R.ES. Imperatriz
no amigo a força administrativa que faltava para a Impera-
Leopoldinense, estava ali consolidado o nascimento da
triz, e assim o convidou à participar efetivamente da Escola.
nossa agremiação, na modesta sala de número 22 da Rua Euclides Faria, em Ramos.
12
locações por quase quatro décadas de desfiles. Foi então
Um time de primeira qualidade assinou no dia 06 de
Luizinho chegou à Imperatriz e de imediato comprou o terreno no qual se loca liza nossa quadra de ensaios, ba-
Com enredos profundamente ligados a temas impor-
tizada honrozamente com seu nome. A Imperatriz Passa a
tantes da cultura nacional, a Imperatriz mergulha no mo-
ter a maior quadra do Estado da Guanabara, e vira ponto
vimento modernista e nos brinda com belíssimos sambas
de encontro de sambistas e intelectuais, que através de
que marcariam sua história. Como em 1969 onde o tema
suas rodas de samba cultivavam e disseminavam cultura
foi "Brasil, flor amorosa de três raças'; em 1970 com o cria-
popular brasileira.
tivo "Oropa, França e Bahia'; em 1971 com "Barra de ouro,
Já aclamado como Presidente, Luizinho percebe que
barra de rio, barra de saia'; e finalmente, em 1972 com o
para conquistar o tão sonhado título precisava de um car-
CARNAVAL
201 4
1980 - Luiz Pacheco
Drumond
navalesco renomado, onde o trabalho já trouxesse a chancela de um campeonato e a consagração na avenida.
Muitos Carnavais se passaram ao longo desses 40 anos de casamento entre a Imperatriz e seu apaixonado
Quando Arlindo Rodrigues anunciou que havia se
presidente. A Imperatriz se tornou grande e respeitada
desligado da Mocidade Independente, Luiz Pacheco
pelas demais agremiações, promovendo com "Liberda-
Drumond não poupou esforços para contratar o artista
de, Liberdade abra as asas sobre Nós" um dos maiores
e trazê-lo para sua Imperatriz.
desfiles da história. Sagrou-se a primeira campeã do
Arlindo veio para Imperatriz e de imediato eleva a escola ao posto de campeã, em 1980, e bicampeã do
novo milênio e conquistou o primeiro tricampeonato da era Sambódromo.
carnaval, em 1981. Agora a escola tinha definitivamen-
Torcemos para que esta união perdure por muitos
te encaixado suas engrenagens, unindo a força cultural
anos, e desejamos ao nosso presidente bastante saúde,
de seus enredos, a administração eficaz de Luiz Pacheco
para que continue de forma correta e exemplar con-
Drumond, e uma identidade plástica irrefutável, que até
duzindo os passos da nossa amada Escola de Samba, a
hoje permeia nossos desfiles.
nossa Imperatriz!
13
CARNAVAL 2014
,
VAMOS AO DELIRIO... o projeto Só Alegria Vai Contagiar convida você a viver um Carnaval de paz, saúde, tranquilidade, bons resultados no dia da apuração, samba no pé, evolução, canto do povo e da cultura carioca, harmonia na Passarela do Samba, em nossas comunidades, na cidade e no mundo! Como principal alegoria, que desfila nessa noite de alegria, destaque sua vontade de viver e garanta uma saúde segura com direitos e deveres para todos ... Que tenhamos uma visão holística, companheira, solidária com nossos parceiros e parceiras. US~ CAMISINHA, em todas as relações sexuais. A decisão e responsabilidade são suas! ~ nós, do projeto Só Alegria Vai Contagiar, contamos com seu compromisso de fé, amor e respeito ao seu corpo e ao do outro{a). f=eliz Carnaval 2014!
PROF. DR. MÁRCIO TADEU RIBEIRO FRANCISCO
UNAIDS-ONU Consultoria do Projeto Só Alegria Va i Contagiar ~ducação em Saúde
Coordenador ~xecutivo do Projeto Só Alegria Vai Contagiar
R~A LlZAÇÃO
APOIO CULTURAL
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REDE ILUMNO
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Mlnlsténo da Saúde
OST·AIOS HEPATITES VIRAIS
;= UERJ
o Show Começou! stamos diante de um desfile que prome-
Estamos todos irmanados em busca de um único ob-
te ser um dos mais empolgantes da con-
jetivo: fazer uma grande apresentação, contagiando as
sagrada história da Imperatriz Leopoldi-
arquibancadas, frisas e camarotes da Sapucaí através do
nense. A escola vive um momento muito
canto forte e da evolução marcante de nossos sambistas.
especia l de entusiasmo e euforia, diante da belíssima apresentação no último carnaval.
A beleza que se descortinará na pista, no dia três de março, quando a Imperatriz entrar na avenida promete
Todo este ânimo não minimiza a responsabilidade de
surpreender a todos. Nós, da direção de carnaval, estamos
nossos componentes em provar ao público da Marquês
preparados para fazer um desfile perfeito, aliando a técni-
de Sapucaí, que a Imperatriz pode voltar a ser a campeã
ca herdada de tantos carnavais vitoriosos à garra e espon-
do carnaval carioca.
taneidade de uma nova Imperatriz que se apresenta.
Para que isso ocorra, nos preparamos durante um ano, na quadra através de nossos ensaios, e no barracão por meio da construção de um conjunto plástico-visual criativo e requintado, que resu ltará em um grande desfi le.
Avante Imperatriz Leopoldinense, o nosso show começou I
Wagner Tavares Araújo Diretor de Carnaval
Imperatriz, no Ma raca nã
PAIXÕES Por Felipe Ferreira ão há como negar: samba e futebol são as maio-
cantar junto, incentivando os componentes após um
res pa ixões dos brasileiros. Um bom drible e um
defeito no som? Como não sentir o coração apertado
bom g ingado são marcas de nossa identidade
ao perceber um descompasso repent ino durante a pas-
reconhecidas em todo mundo. Entretanto, torcer por um
sagem de uma bateria cadenciada? Quem gosta mes-
t ime e por uma escola de samba são coisas bem d iferen-
mo de samba quer que todas as escolas desfilem bem,
tes. Se no futebol assumimos o papel de espectadores
com lindas fantasias, alegorias criativas e imponentes,
tentando "empurrar" os jogadores para o gol ao mesmo
cantando seu samba com alegria e espontaneidade.
tempo em que "secamos" o time adversário, no mundo
claro que torcemos para que nossa escola supere suas
do samba a participação de cada um em sua escola de
coirmãs, um termo não por acaso destacando a relação
coração quase sempre vai muito além da simples tenta-
de fraternidade entre elas. Mas queremos que essa su-
tiva de transmitir empolgação a quem está desfi lando.
peração aconteça porque fomos melhores, mais bonitos
A vincu lação com "nossa" escola é sempre profunda e
e animados que todas as outras.
pessoa l. Muitas vezes fazemos parte integrante da agre-
Em suma, quando o time para o qual torcemos passa
miação, desfilando em ala, trabalhando no barracão ou
por problemas, a única co isa que nos resta é incentivá-lo
aj udando na q uadra. Mesmo quando não temos a sorte
ou cr iticá- lo com ap lausos ou vaias. Se o mesmo acon-
de poder ter uma relação direta com nossa escola de
tece a uma escola de samba, por sua vez, sempre há a
samba, nos sentimos parte daquele conjunto e temos
possibilidade de participarmos diretamente de sua re-
convicção que, quem sabe um dia desses, ainda iremos
cuperação arregimentando amigos para integrar suas
desfilar entre seus componentes.
alas, ajudando na confecção das fantas ias e alegorias ou
Escolas de samba não são times de futebol, são agru-
cantando e dançando com mais garra durante o desfile.
pamentos comunitários, produtos da dedicação e suor
Samba e futebol são paixões e, como todas as paixões,
de muita gente, quase sempre de muitas gerações de
produzem fortes emoções nas pessoas. Cabe ao samba
sambistas que construíram uma história e comum. Por
fazer com que essas emoções se traduzam em alegria e
mais que critiquemos o desfi le de uma esco la concor-
congraçamento. Cabe ao samba mostrar ao futebol que
rente à nossa, como não nos emocionar com o esforço
somos todos irmãos e que nossas paixões são traços que
daque las ba ianas vergadas sob suas roupas, quase sem-
nos unem. Cabe ao samba provar que sobre sua bandeira
pre pesadas e
superdimensionadas 7
Como não sofrer
se abriga m todas as cores e que o maior de todos os gols
com um casa l de mestre-sala e porta-bandeira que te-
é podermos mostrar ao mundo que somos o país da ale-
nha tido problemas com sua indumentária? Como não
gria, seja no Maracanã ou no Sambódromo.
FELIPE FERREIRA é Coordenador do Centro de Referência do Carnaval e professor do Instituto de Artes/ Uerj
16
t
CARNAVAL
2014
CARNAVALESCO
A Imperatriz é POP! Quando Cahê Rodrigues chegou à Imperatriz Leopoldinense, para o desenvolvimento do enredo do ano de 2013, em homenagem ao estado do Pará, junto com os carnavalescos Má rio e Kaká Monteiro, imprimiu sua marca nas fantasias de alas e alegorias, respeitando a tradição estética da escola, mas promovendo uma revolução de cores, leitura e leveza que permitisse uma imed iata identificação do tema proposto e com isso viabilizar um desfile solto e alegre por parte do componente. sucesso reconhecido veio através do conv ite
solução fazendo um para lelo sobre a história de Arthur
do presidente Luiz Pacheco Drumond, para
Antunes Coimbra, com o lendário Rei Arthur: Assim sur-
que Cahê assinasse sozinho o carnava l de 2014,
giu o título "Arthur X - O Reino do Galinho de Ouro na
ficaria respo nsável por todo o projeto de carnaval da Imperatriz! Proposta que ele aceitou de imediato!
18
Corte da Imperatriz" Cahê sabe a responsabilidade que é fazer um carna-
Transformar a história de um jogador de futebol,
va i em uma escola de samba com uma identidade plás-
popula r como o Zico, em fantasias e alegorias que não
tica tão marcante. A Imperat riz gosta de se vestir bem,
ferissem a estética conso lidada dos carnavais da Impe-
un indo o luxo e orig ina lidade. Colocar uma escola de
ratriz tornou-se seu novo desafio, e logo ele encontrou a
meiões e chuteiras na aven ida estava tota lmente fora
CARNAVAL
2014
de cogitação. Assim, debruçado sobre os livros dos grandes mestres da indumentária universal, foram saindo os primeiros traços das fantasias que a corte de Ramos vestirá na avenida. O conjunto alegórico traz a marca de Cahê: São Grandes, luxuosos, criativos e visam um diálogo entre a escola e o público da Sapucaí. São elementos cenográficos de fácil leitura, que permitirá uma identificação imediata de sua representatividade dentro do desfile, acrescentados de um rico acabamento, e um super esquema de iluminação e movimento. Um casamento perfeito que brindaremos no dia do desfile: A visão Pop e a criatividade de Cahê Rodrigues associada ao requintado luxo e nobreza marcantes da Imperatriz.
CAR AVAL 2014
o país do futebol Ao tratar um astro do futebol como tema de seu carnaval, a Imperatriz Leopoldinense transforma a vida do homem que ela escolhe como en redo em um teatro que envolve sua paixão: O gosto por ca rn avalizar e a aptidão em tornar temas densos, em alegres passagens ca rnavalescas traduzidas em samba e plasticidade. o enredo que apresentamos, a Imperatriz usa o
Assim, fundamentada em questões culturais aplica-
futebol como pretexto para mergulhar em suas
das ao futebole aos mitos que ele construiu, o GRES Im-
obsessões carnavalescas. Ela mais uma vez quer
peratriz Leopoldinense cria a ilusão carnavalesca que dá
subverter a ordem historiográfica para cr iar um ponto
contorno estético e torna possível a materialização dos
de vista particular, a seu modo e maneira . Debruçada
tais reis do futebol, do tal País do Futebol, da tal Pátria de
em expressões populares - como a que diz que aqui é "o
Chuteiras expressa por Nelson Rodrigues.
país do futebol" - ela cria "mundos" próprios, onde o que
Dessa maneira, ela apresentae cria personagens. Tra-
ela fantasia, é fundamentado sobre uma ide ia coletiva
ta a paixão nacional como teatro. Menciona times de
existente no senso comum, mas que não tem a condi-
futebol como quem menciona"dinastias" que arrastam
ção de assumir a realidade, senão pelas "mãos" perm issi-
multidões. Transforma o jogador em "Rei." Faz desse"Rei"
vas dos dias de folia .
o"herói:' Fazda vida pessoal e profissional de Arthur An-
Certa vez, com a sabedoria costumeira, o escritor e jornalista Nelson Rodrigues definiu o Brasil como "a pá-
20
tunes Coimbra, o Zico -eterno camisa 10 rubro-negro - o "Arthur X" que apresenta como enredo.
tria de chuteiras." A intenção da expressão cunhada pelo
Assim, a Imperatriz Leopoldinense que desenvolve
cronista era definir a paixão coletiva do povo brasileiro
umatemática futebolística, tendo o astro rubro-negro
por um esporte que nasceu inglês, mas foi natura lizado
como personagem cen t ral de seu enredo,é a Imperatriz
verde e amarelo, não apenas em função da categoria de
Leopoldinense de sempre: A Escola que gosta e aposta
nossos profissionais, mas, sobretudo, pela prática diária
no carnava l que é cu ltura popular. A Agremiação que
e coletiva de um esporte tão enraizado, ao ponto de al-
não dissolve - seja qual for o enredo - a tríade de su-
guns estudiosos o considerarem uma legítima manifes-
cesso que une a hi stória oficial, o gosto pela pesquisa e
tação cultural, que configura o principal fenômeno da
seu dire ito de carnavalizar a realidade . Ou seja, as bases
ps icologia coletiva do país, contribuindo para a forma-
fundamentais q ue consolidaram seu prestígio ao longo
ção da autoimagem nacional.
das mais de cinco décadas de existência.
CARNAVAL
20 14
CORIT DA _____.-.
CARNAVAL
2014
21
2014
Arthur X O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz Carnavalesco Cahê Rodrigues Texto Lendro Vieira Colaboração Família Antunes Coimbra
A ÚNICA FORMA DE CHEGAR AO IMPOssíVEL É ACREDITANDO QUE É POSSíVEL lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas utoriza o árbitro! Rola a bola na Avenida . Começa a decisão do carnaval carioca. Doze Escolas estão na briga! Vila quer buscar o feito do último campeonato. Império da Tijuca está na primeira divisão. Mocidade e São Clemente jogam na defesa. Ilha cadencia o jogo! Mangueira e Portela tentam a posse de bola pela interme-
diária. A sobra é da Grande Rio que chuta pro gol mas bate na zaga do Sa lgueiro. A torcida grita! Tijuca dispara pela ponta esquerda mas é desarmada pela Beija-Flor. Que jogada l Imperatriz domina com categoria, faz a finta e levanta a torcida. Quanta habi lidade1l mperatriz cruza o meio de campo, deixa a marcação pra trás e parte em arrancada na
direção do gol. O gol é o seu portal! Ela cruza o gol, abre os
plebeus espalhavam o ocorrido pelas casas simples da rua
portões da poesia e mergulha, de braços abertos, na ilusão
Lucinda Barbosa.
de um carnaval.
O passar dos anos encarregou-se de transformar o
Diante da imaginação permissiva ela não se assusta.
plebeu em rei. Suas conquistas e lutas pessoais lhe con-
Sente-se confortável com o mundo novo que se descor-
duzem ao trono. Travou e venceu batalhas. Foi condeco-
tina diante de seus olhos. O País do futebol, que até então
rado com a farda verde e amarela - a mais alta patente
muitos falavam, de fato existia e ela estava lá.
dada a um combatente do país do futebol. Sagrou-se
Nessa pátria de chuteiras, a nobre representante do car-
campeão trajando vermelho e negro nas disputas mun-
naval toma conhecimento de histórias populares. Curiosi-
diais do octogésimo primeiro ano do século em que vi-
dades em torno da existência de um rei de pernas tortas,
via. Foi coroado! Rei coroado no templo do futebol. E por
fatos sobre a coroação de um rei negro. Porém, dentre as
ser soberano de uma nação popular, espalha-se a fama e
muitas histórias, uma lhe desperta interesse: Arthur X ha-
a grandeza de suas glórias.
via nascido plebeu em um subúrbio do país do futebol. A
Diante da história que corre na boca de nobres e ple-
família Antunes Coimbra estava feliz e não conteve a ânsia
beus, aumenta o interesse da Imperatriz sobre o rei. No
de espalhar a notícia. Em tempo, damas, bufões, soldados e
afã de encontrá-lo toma conhecimento da realização de
CARNAVAL
2014
23
CAR AVAL 2014
competições que animavam as massas, tendo tal evento
passagem de uma nobreza fidalga vestida em verde, en-
o título de "disputas dominicais:' Realizadas em um lugar,
carnado e branco. Pôde ouvir o toque que anunciava o
que ficou popular como "Templo do futebol" - espécie de
atracar de uma caravela portuguesa junto ao porto e o
arena erguida em torno de um vasto campo verde - onde
delírio dos que aguardavam sua chegada
o povo se encontrava e se dividia em diferentes torcidas.
Em meio ao povo que vibrava, não obteve sucesso na
Junto à multidão que se espremia pode observar a
tentativa de aproximar-se do soberano. Porém pôde ouvir
chegada de combatentes de bandeiras e cores distintas.
o anúncio de que o reinado de Arthur X entraria em festa:
Gente que vinha desafiar os cavalheiros do Rei. Avistou ao
O aniversário do Rei seria comemorado no auge dos fes-
longe um brasão que como símbolo ostentava uma "estre-
tejos de Momo que estavam por vir. Nobres de nações es-
la solitária': Ouviu os gritos de euforia que precederam a
trangeiras por onde seus feitos haviam ganhado fama já
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CARNAVAL
2014
confirmavam presença e enviavam presentes. Do outro lado do mundo, onde se fazia noite quando aqui era dia e dia quando aqui era noite, a imagem do rei era esculpida em ouro. No dia em que completava anos, os clarins faziam ecoar uma melodia ritmada que aludia a "vencer, vencer, vencer!" Seus súditos em festa vestiam o vermelho e o preto - as cores do manto sagrado que o Rei tinha predileção. Ela, a Imperatriz, ordenou que sua corte vestisse sua melhor roupa feita em verde, branco e ouro - talvez
Arlindo, talvez Rosa - e viesse em cortejo, tecer honras ao monarca. Fez soar a bateria. Chocalhos, tamborins, surdos e cuícas embalaram o momento sublime. Ao Rei, como presente, a Imperatriz ofereceu-lhe valiosa jóia: sua coroa, feita em ouro e pedras verdes. Diante do feito, o povo de Ramos saúda o rei. Ele, dispensando o tratamento destinado aos sobera nos, sorri, quebra o protocolo, e responde: -Sem Formalidades! É carnaval. Podem me chamar de Zico! CARNAVAL
2014
Ã
Fabricando sonhos nome "fábrica de Sonhos" é o mais apropriado pra definir o local onde toda a mágica do nascimento de um desfile é idealizada. É no barracão que a idéia de um carnaval ganha forma e cores, e vai ao longo do ano embalando a aspiração de toda uma comunidade. São pintores, escultores, ferreiros, iluminadores, aderecistas, laminadores, marceneiros e costureiras transformando toneladas de ferro, madeira, isopor e tecido em fantasias, alegorias e adereços que encantarão a avenida. Quando um carnaval chega ao fim, logo, outro se inicia. O ritmo de traba lho nos quatro andares da estrutura de concreto de número 14 da Cidade do Samba continua com o desmonte das alegorias, onde a equipe de adereços coleta todo o material que poderá ser reaproveitado. Um novo tema entra em cena e a imaginação criativa do carnavalesco começa a transferir para o papei os primeiros traços que nortearão o próximo desfile, e assim como em um ritual de passagem, tudo começa novamente. O sucesso de um desfile provém fundamentalmente da siner-
CARNAVALESCO
CAHt RODRIGUES CLÁUDIA CRISTINA
ADMINISTRAÇAo DOBARRACAo
gia envolvida no trabalho das equipes do barracão, centenas de
COORDENAÇAo DE COMPRAS CATIA
pessoas comprometidas não só com sua tarefa, mas também com
CHEFE DE ALMOXARIFADO
o conjunto da obra.
É com muito carinho que nossos artistas levam para a Avenida essa bela homenagem ao grande ídolo do futebol, o Zico, emoldurada por um fabuloso conjunto alegórico e pelo colorido e originalidade de nossas fantasias.
DRUMOND
ANA CERES
FANTASIAS FIGURINISTA
LEANDRO VIEIRA LEO POLYCARPO
ADERECISTA CHEFE DEEQUIPE
COSTUREIRA CHEFE DE EQUIPE CRISTIANE CHAPELEIRO CHEFE DE EQUIPE
RIVELI NO
REGINA RIBEIRO
SAPATEIRA CHEFE DE EQUIPE
ALEGORIAS COORDENAÇAo DA EQUIPE DE ADEREÇO EDWARD FERREIRO CHEFE DEEQUIPE CARPINTEIRO CHEFE DE EQUIPE
ARAPUAN SANTIAGO
ESCULTOR CHEFE DE EQUIPE DANIEL PINTOR CHEFE DE EQUIPE LlGHTING DESIGNER
MORAES
PEDRO GIRÃO
SOAVE
CLÉCIO REGIS
PETER GASPER
LAMINAÇAO EM FIBRA DE VIDRO
FABIANO REIS
DESENVOLVIMENTO CENOGRÁFICO EM ESPUMA
RICARDO DENIS E MARCOS MONTES
s
ALA 01 - A GUARDA REAL DE BDTÃO
ALA 11 - O GALINHO DE OURO
ALA 21 - A RÚSSIA EM FESTA
ALA 02 - BUFÕES FUTEBOLfSTlCOS
ALA 12 - A NOBREZA DA ESTRELA SOLITÁRIA
ALA 22 - HONRARIA JAPONESA
ALA 03 - JARDINEIROS DO GRAMADO REAL
ALA C - JARDINEIROS DO GRAMADO REAL
ALA 13 - FIDALGUIA TRICOLOR
ALA 23 - COMPOSITORESHOMENAGEM A LAMARTINE
ALA 14 - ÁRBITROS DA FOLIA - BATERIA
ALA 24 - O MASCOTE RUBRO-NEGRO
ALA 05 - A CAVALARIA DO PAfs DO FUTEBOL
ALA 15 - PASSISTAS - BANDEIRINHAS NA MARCAÇAo
ALA 2S - REALEZA RUBRO-NEGRA
ALA 26 - AMIGOS DO REI
ALA 06 - RAINHA DE BOLAS
ALA 16 - A NOBREZA CRUZMALTINA
ALA 27 - RElfQUIAS DA CORTE VELHA-GUARDA
ALA 07 - UM PREDESTINADO DO JUVENTUDE
ALA 17 - COMBATENTES DO REI RUBRO-NEGRO
ALA 28 - TESOURO DE RAMOS - BAIANINHAS
ALA 08 - CONDECORADO CANÁRIO REAL
ALA 18 - A ITÁLIA SAÚDA O REI
ALA 29 - A IMPERATRIZ E O REI
ALA 09 - A GLÓRIA DE 81
ALA 19 - REVER~NCIA GREGA AO REI
ALA 10 - O REI DO TEMPLO SAGRADO
ALA 20 - A TURQUIA DANÇA PARA O REI
ALA 30 - A CORTE DA IMPERATRIZ EM FESTA
co
ISSÁO DE FRENTE
Show de Abertura Por Alexandre Medeiros uem disse que samba e futebo l não faz um
Alcir Portela, Jairzinho, Denílson e René foram alguns
bom casamento? Pelo menos na Comissão
dos atletas que participaram desta inesperada turma
de Frente da Imperatriz essa mistura sempre
que passou a abrir os desfi les da Imperatriz. A empatia
trouxe ótimos resu ltados. Nos já longínquos anos 80, a Comissão de frente da Imperatriz já era bastante conhecida pelas suas apresentações originais. Em 1982, a diretoria resolveu renovar a Comissão e dec idiu criar um grupo forma-
e a comun icação com o público foi imediata. Prêmios e reconhec imentos marcaram a trajetória da /lComissão de Ouro/l na história do carnaval carioca. Agora, parece que a mesma aura de renovação e originalidade sopra na Comissão de Frente.
do por renomados sambistas do Cacique de Ramos
Para unir mais uma vez futebol e samba, foi convidada
e por gra ndes jogadores de futebol, num casamento
a coreografa Deborah Colker, que é um dos nomes mais
até então inusitad o.
respe itados no cenário da dança naciona l.
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Para unir mais uma vez futebol e samba, foi convidada a coreografa Oeborah Colker, que é um dos nomes mais respeitados no cenário da dança nacional
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Reconhecida internacionalmente, Deborah coreografou grandes espetáculos que foram aclamados pelo público e crítica, além de tornar-se a primeira mulher a dirigir um espetáculo do famoso grupo canadense Cirque du Sole il. De sua relação antiga com os esportes, Deborah já desenvolveu ai guns espetáculos com a temática esportiva, como é o caso da obra "Dínamo". Empolgada com esse novo desafio, Deborah que comandou uma comissão de frente pela última vez em 2007, na Viradouro
contou está que "en-
cantada" com a oportunidade de voltar à Sapucaí, abordando um tema que lhe é tão caro. "Quando eu pego uma coisa para fazer, eu me dedico ao máximo. Vou dar meu sangue, meu suor e minha alma pela escola ." "A Deborah é uma grande artista e não podia mais ficar fora do Carnaval. Fizemos o convite e ela aceitou. Ela está muito entusiasmada e tenho certeza que fará um excelente trabalho. Acho que o Carnaval inteiro ganha com a volta dela para a Sapucaí", elogiou o presidente Luizinho Drummond. E para a Comissão de Frente de 2014, Deborah deve mais uma vez emocionar o público, ao evocar toda a habilidade de um gênio do futebol e a sua luta de superação de quem saiu de uma origem humilde nos subúrbios do Rio de Janeiro para virar um rei nos gramados mundo afora. CARNAVAL
2014
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MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
Tradição com inovação Por Ricardo Lourenço, pesquisador par mestre-sala e porta bandeira e em especial a dança que executam no desfile das escolas de samba são produtos de uma cultura genuinamente brasileira. Ainda que seu bailado, individual ou em par, seja um verdadeiro amalgama de motivos e elementos de uma grande diversidade de culturas e tradições,não restam dúvidas de se tratar de uma expressão legitimamente carioca e brasileira. E, para grande parte dos brasileiros sua performance no desfile carnavalesco e mesmo em outros cortejos, como em ensaios técnicos, é de leitura e fruição muito simples e ao mesmo tempo muito prezada. Na verdade, a dança é mu itas vezes tida como uma tradição de origem remota a ser mantida, intocada, imexível e que traduz um aperfeiçoamento ou idea l que necessita ser conservado na sua essência de tradição. Entretanto, a performance deste par depende de uma 30
CARNAVAL
2014
larga variedade de fatores e por eles é influenciada. Fatores que vão desde a indumentária adotada até as habilidades e a experiência de cada um e o grau de integração do par. Ainda que uma apresentação deste casal se revista de enorme importância para o conjunto do desfi le e para o desempenho da escola nas competições, ela é muito rá pida, de modo que qualquer aspecto ou inclusão estranha ao que se considera tradição é imed iatamente notado e pode interferir consideravelmente no resultado fi nal. Neste particular, é comum que os menos informados interpretem como contraditórios o uso de termos tais como inovação, t rad ição ou originalidade. O que se vê é uma espécie de defesa da tradição nos discursos sobre a dança do casa l, em especial naqueles de pessoas externas à comuni dade, rejeitando inserções, inovações e aspectos o tanto na indumentária quanto na dança dos
porta-ba ndeiras. Contudo, as inovações ou acréscimos origina is, são muitas vezes vistos como interessa ntes pelas comunidades e, consequentemente, assim ilados com o tempo, tornando-se variações em torno do tema ou da coreog rafia central. Tais assimilações são muitas vezes feitas sem serem percebidas como desvirtuamento ou quebrada tradição. Na medida em que as comunidades apreciem e aprovem uma inovação, essas são reprod uzidas e passam a fazer parte do repertório do grupo, passando a fazer parte da tradição, que
por sua vez é coletiva por natureza, e não imposta. Em última instância, é a comunidade que cria, mistura, adequa, amalgama e introduz variações, alterando pau latina mente as dança, como uma língua que vai mudando, transformando-se. Sur· gem, desse modo;'neologismos" e "gírias" criadas ou absorvidas dentro de comunidades e culturas tradicionais. Trad ição não é engessada e nem atemporal. É viva porque aceita as variações que são tidas como vantajosas, melhores, mais belas, mais práticas pelas comunidades. Nas artes e, como não
MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
poderia deixar de ser, no caso da dança, o bom artista e dançarino é aquele que busca a distinção, procurando destacar sua individualidade, aplicando, porém, atenciosamente ao seu fazer artístico aquilo que os antecessores conquistaram, imitando o que viu de melhor nos mestres das tradições e, finalmente, selecionando e combinando sabiamente o que percebe estar sendo absorvido como belo e interessante pela comunidade. Até muito recentemente, as porta-bandeiras e mestres-salas realizavam sua performance em ensaios técnicos trajados com roupas tidas como de gala: eles de ternos impecáveis e sapatos lustrosos; elas de vestidos ou saias fartamente franzidas ou plissadas, de tecidos ou lenços vaporosos e leves. Esses ensaios precedem o grande dia do desfile que deve ser magistral por natureza, em que cada mestre-sala e porta-bandeira se trajarão de indumentária principesca e deslumbrante. No caso especial da porta-bandeira, a indefectível silhueta será inspirada na indumentária em voga na segunda metade do século XIX, onde a vasta saia sobre a crinolina é considerada indispensável. Figurinistas profissionais são pagos pelas escolas de samba para se debruçarem durante dias sobre pranchas e criarem estas fantasias ao estilo Imperatriz Eugênia ou Luiz Xv. Criam-se, assim, roupas dignas de serem expostas e preservadas em museus para a posteridade. Via de regra esta criação é feita isoladamente e por profissionais da indumentária, não tendo a participação direta ou indireta dos dançarinos. São feitas em ateliês especializados e profissionais. Há menos de dez anos, entretanto, uma inovação tem sido introduzida lentamente nos desfiles conhecidos como ensaios técnicos: porta-bandeiras e mestres-salas criam e vestem-se com fantasias temáticas ou estilizam roupas de galas para conferir-lhes referência visual ao tema central do enredo, tudo especialmente feito para aquele evento. A sobriedade da roupa de gala, do terno ou do vestido brilhoso e franzido dá lugar a vestes muitas vezes jocosas, infantis, brejeiras, irônicas, de leitura simples, como toureiro, espanholas ou bonecos, produzidos artesanal e amadoristicamente. Introduziu-se, e foi assimilada, uma variação. É como se o casal, independente e distante 32
CARNAVAL 20 14
da criação do figurinista e ateliês profissionais, expressasse à comu nidade como se vê no enredo, como ele traduz o tema da escola em fantasia segundo o seu gosto. A cada ano, este tipo de criaçãovem sendo feita por mais casais de mestres-sa las e porta-bandeiras. Já existe até mesmo uma expectativa de como cada um interpretou e criou sua fantasia para o ensaio técnico do ano. Trata-se de um bom exemplo de trad ição sendoconstruída sob nossos olhos, ano após ano. Em pouco tempo, a criação poderá se tornar tradição e possivelmente serátida como imexível. No que concerne à coreografia desenvolvida pelo casal, podemos também dar testemunhos de muitos mais exemplos de variações assimiladas pelas comunidades. Obviamente, espera-seque cada mestre-sala e porta-bandeira tenha seu próprio es· tilo de dança, que nos deixem notar facil mente sua "assinatura" quando em exibição. Todavia, seus estilos são naturalmente variações em torno do tema tradicional desta dança tipicamente brasileira. Neste caso, ter estilo é partir da observação dos antecessores, captar as qualidades e incluir variações não vistas antes. Enfim, é criar dentro e no bojo desse avanço constante, des sas modificações que as tradições sofrem naturalmente. Nesse sentido, uma interessante voga de composição coreográfica tem crescido, especialmente dentre os mestres-salas. Trata-se da inclusão de passos característicos de famosos e respeitados mestres-salas na composição da coreografia a ser executada. São referências aos estilos dos grandes mestres que são, em pequenas porções, agregadas à coreografia central. São verda deiras reverências aos "catedráticos" desta dança expressas em passos e detalhes coreográficos. Mestres-salas e porta-bandeiras buscam tais referências nas raízes, reproduzindo gestos e desenhos coreográficos claramente identificáveis pela comunidade como citações aos antecessores. Assim, manifestos irrestritosem favor da man utenção de uma tradição vista como inalterável devem ser encarados com desconfiança e parcimônia. Deixemos que as comunidades e cu lturas populares deCidam o que já foi, está sendo ou será trad iciona l.Égraças à possibil idade de mudar que a trad ição da da nça e da própria existência do casal de mestre-sala e porta-bandeira ainda existe e nos apa ixona. CARNAVA L
2014
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MESTR -SALA E PO TA-BA DEI A
A Imperatriz e o Rei osso 10 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, representarão os dois personagens mais importantes do enredo da Imperatriz no carnaval de 2014. Eles personificarão o sonhado encontro entre a Imperatriz Leopoldinense e o Rei Arthur X, abrindo o desfile de nossa agremiação. Tais papéis não poderiam ter melhores intérpretes, Rafaela traz a nobreza e o requinte, a delicadeza dos gestos e a altivez característica de nossa nobreza enquanto Phelipe demonstra uma inconfundível agilidade com os pés, mis34
CARNAVAL
2014
turando toda a competência da dança própria de um Mestre-Sala com a malemolência e elegância do jovem que corteja e conquista a mais bela dama da avenida. A preparação corporal do casal exige uma maratona de treinos. O sincronismo e a cumplicidade evidente em cada gesto provêm de ensaios diários sobre a orientação da bai larina Ana Formighieri, onde os movimentos próprios do balé clássico vão sendo absorvidos pelos dançarinos, sem dizimar a essência popular e a espontaneidade de suas danças. Será o quarto ano de Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro
Pas de Deux na Sapucaí arcilio Diamante e Elaine Fernanda formam o segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Imperatriz Leopoldinense, e o fato de não serem avaliados pelos jurados não minimiza o comprometimento e a dedicação da dupla para o grande dia do desfile. Eles representarão através da fantasia "Caminhando Mundo a fora'; um resumo dos países pelos quais Zico passou e deixou sua marca, no 5° setor da escola denominado"Da Europa ao Oriente'~ Durante alguns anos a Imperatriz optou por não trazer um segundo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, e quando esta prática já estava se tornando uma tradição, eis que surge em nossa quadra a dupla Marcilio e Elaine, encantando a todos com um bailado singular, e não deixando dúvidas na direção da escola do quanto seria importante a participação da dupla em nosso desfile. O casal preparou uma coreografia bastante especial que promete envolver a passarela do samba!
como os defensores do pavilhão leopoldinense. Com toda essa preparação, nosso casal mostra-se pronto para arrebatar a avenida de desfiles. Ele foi agraciado com o prêmio Esta ndarte de Ouro em 2013, e dedicou sua vitória à parcei ra Rafaela, reconhecendo que o sucesso provém do traba lho mutuo e incansável da Dupla. Para fechar o desenho coreográfico que apres.entarão aos jurados durante o desfile, nosso casal preparou uma homenagem que encherá os corações dos gresilenses de org ulho e emoção. Os dois lembrarão na avenida os passos que consagraram Chiquinho e Maria Helena, nossa eterna dupla de Mestre-Sa la e Porta-Ba ndeira.
BATERIA
Bate forte, bateria! G.R.ES Imperatriz Leopoldinense possui uma dais mais tradicionais Baterias do carnaval carioca. Essa tradição é fruto da manutenção de idéias que buscam manter e incentivar um quadro efetivo de ritmistas oriundos da comunidade, em sua maioria, integrantes que participam de nossos desfiles há mais de duas décadas. Essa experiência não é apenas a responsável pela continui36
CARNAVAL 201 4
dade de nossa qualidade rítmica, como também, é quem possibilita a versatilidade melódica e a segurança cadenciada do ritmo proposto pelos ritmistas que estão sob o comando de Márcio de Souza Cesário, ou simplesmente "Mestre Noca:' Sobre o mestre de bateria convém dizer que ele é uma "cria" de Ramos que participa dos desfiles da Imperatriz
Leopoldinense há vinte e cinco anos. Sua relação pessoal com a escola tem inicio na ala das crianças e sua inclusão na bateria está associada à aptidão pessoal do "jovem" que durante anos foi o percursionista responsável pela execução no repique das "paradinhas" e das "chamadas rítmicas" da bateria Leopoldinense. Diante da maestria rítmica, foi convidado pelo então "Mestre" Beto para fazer parte da direção de Bateria. Em tempo, ocupou a liderança dos ritmistas, tendo a gabaritada história pessoal junto ao grupo que lidera como prova
inquestionável de sua credibilidade para ocupar o cargo. Junto com Mestre Noca, no comando do swing da leopoldina, estão Jairo Ribeiro (Presidente da ala da bateria) e ainda os auxiliares, Flávio, Anderson Carlos, Orlando, Flávio Rosa, Gélzio Ribeiro, André, Jefferson Pio, Raphael Correa, Rodrigo Campos, Fábio Rosa e Mauro Lobo. Unindo ousadia e tradição, a bateria nota 10 da Impera triz pede passagem, com suas bossas e seu swing inconfundível. Quem não for "ruim da cabeça ou doente do pé" vai cair no samba com a Imperatriz!
RAINHA DA BATERIA
Salve a Rainha ris Vianna empresta sua beleza e graciosidade pelo segundo ano consecutivo ao desfile da Imperatriz, escola que ela conquistou definitivamente através de sua simpatia e encanto, marcante nos ensaios da agremiação rumo ao carnaval. A Rainha fez questão de participar ativamente do projeto de carnaval da Imperatriz, inteirando-se com o desenvolvimento do enredo através das visitas regu lares ao barracão e a quadra de ensaios. t um casamento que a cada ano se consolida, a Rainha cada vez mais encantadora e os súditos da corte leopoldinense cada vez mais apaixonados. Ao rufar dos tambores na segunda-feira de carnaval, preparem-se para um show de graça e samba no pé à frente de nossa orquestra popular! Aí vem a Rainha, a Diva (ris Vianna!
(ris Vianna no desfile de 2013
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CARNAVAL
2014
HARMONIA
Hoje é dia de festa, hoje é dia de folia! busca pelo perfeito entrosamento entre o rit-
Seja com a execução de ensaios isolados, ou na rea-
mo proposto pela bateria e o canto de nossos
lização de ensa ios coletivos - tendo a quadra, a rua e a
intérpretes e componentes direciona o traba-
Sapucaí como destino - a Escola incentiva à participa-
lho que a direção de harmonia da Imperatriz realiza ao
ção efetiva da comunidade no contexto qualitativo do
longo do ano. Sem med ir esforços, nossos diretores
espetáculo que apresenta. O resultado desse Lrabalho
sobre o comando do consagrado Gui lherme Nóbrega,
coletivo pode ser apreciado através do canto coeso que
rea liza um número sem fim de ensaios na busca da
nossos três mil e quatrocentos componentes entoarão
qualidade ex ig ida pelo regu lamento.
no dia do desfile.
Encerrada as disputas para a escolha do samba en-
"A obtenção da nota máxima no último carnaval só
redo, e escolhida à obra musical que levaremos para
aumentou nossa responsabilidade. Estamos traba lhando
o desfile, a Escola se esmera para por em prática uma
muito para fazer um belíssimo desfile, onde o componen
série de atividades técnicas que como objetivo possui
te terá liberdade para evoluir e mostrar o canto forte de
o treino do canto e da evolução de seus componentes.
nossa comunidade", afirma Guilherme l
CARNAVAL
2014
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WANDER PIRES
Vamos Lá! A hora é essa!!! ono de uma das vozes mais marcantes do car-
ra de Oro, Barra de Rio, Barra de Saia".
naval carioca, o cantor Wander Pires será pelo
Com Wander não será diferente, o intérprete renova
segundo ano consecutivo o intérprete oficial
a cada apresentação, na qual entoa os sambas consagra-
da Imperatriz na avenida. Wander trouxe para a nos-
dos da imperatriz, a certeza de que vamos levar para ave-
sa agremiação um potencial vocal que incendeia os
nida uma voz potente e emocionante, capaz de levantar
componentes, embalando a bateria e conduzindo a
as arquibancadas e fazer tremer os pilares da avenida .
escola através de um desfile empolgante e vibrante.
Junto com Wander termos ainda no acompanhamen-
Muito comprometido com o resultado no grande
to os percussionistas Marcelão e Paulo César (PC), os ca-
dia da apresentação da escola na avenida, Wander en-
vaquinistas Leandro Thomaz e Vinicius Marques, os violo-
saia diariamente, na quadra do GRESIL ou em estúdios
nistas Pedro Marques e Ismael Santos e ainda nas vozes
musicais junto com seus cantores de apoio, buscando
de apoio o consagrado Intérprete Preto Jóia, que retorna
uma harmonia no canto e uma uniformidade de ritmo
à Imperatriz, Meio Dia, Henrique César, Marcelo Riva, Wal-
e entonação.
dir, Ronny Caetano e Caísso.
A imperatriz teve ao longo dos anos intérpretes
Quando o grito de guerra mais marcante do carnaval
que escreveram seu nome na agremiação, e sendo
entoar no setor 1, podem ter certeza de que a Imperatriz
uma escola de vanguarda, foi a primeira escola a ter
vem com tudo pra ganhar o carnaval, e sob a voz incon-
um samba enredo gravado por uma mulher em disco
fundível de Wander Pires construir um dos desfiles mais
oficial. No ano de 1971, Júlia entoou os versos de "Bar-
bonitos de sua história.
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CARNAVAL
2014
COMPOSITORES
Na arquibancada, todo mundo canta junto imperatriz cantará na avenida no ano de 2014
Branco e Me Leva, a parceria campeã esse ano contou
um dos sambas mais populares de sua histó-
com a presença ilustre do cantor Elymar Santos, que es-
ria. Um enredo que homenageia um persona-
treou com o pé direito na disputa de sambas, sagrando-
lidade tão carismática como o jogado Zico, exigiu um samba que unisse um linha melódica bem elaborada,
Mais uma vez escolher o samba vencedor não foi ta-
como é tradição nos sambas da escola, a um refrão
refa fácil, muitas eram as obras que poderiam defender o
forte e vibrante que permitisse o diálogo entre a es-
tema da Imperatriz na avenida Marquês de Sapucaí, con-
cola e a arquibancada.
tudo a força do último refrão e a adequação do enredo
Para os consagrados compositores da Imperatriz,
proposto pelo carnavalesco Cahê Rodrigues, a uma me-
o processo de criação do samba exigiu uma pesqui-
lodia e métrica ricamente elaborada, determinou a obra
sa minuciosa na sinopse entregue pelo carnavalesco
vencedora.
bem como a leitura de várias obras literárias sobre a
Teremos novamente uma obra digna de nota dez sen-
vida do homenageado, que serviram de inspiração
to cantada na passarela do samba, os versos de "Da-lhe,
para a composição dos versos do hino oficial da es-
Da-lhe, Da-lhe Ô" prometem não só ganhar a avenida
cola para o enredo "Arthur X - o Reino do Galinho de
como, também, atravessar as fronteiras do sambódromo
Ouro na Corte da Imperatriz"
e ganhar as ruas do Rio de Janeiro nos blocos e cordões!
Além dos já vitoriosos Guga, Tião Pinheiro, Gil 42
-se vencedor.
CARNAVAL 2014
O Show Começou!
A parceria campeã esse ano contou com a presença ilustre do cantor Elymar Santos,
ob a coordenação do Departamento Cultural da Imperatriz Leopoldinen-
que estreou
se, a ala de compositores gresilense mais uma vez mostrou, durante o
com o pé direito na disputa de sambas, sagrando-se vencedor.
Ala de Compositores! processo de disputa de Sambas, o potencial qualitativo dos poetas de Ramos. Foram trinta e uma obras inscritas, e ao longo das eliminatórias, os com positores promoveram verdadeiros shows no palco da escola exibindo belíssimas apresentações dos sambas em disputa bem como esplêndidos espetáculos por parte dos torcedores que lotaram a quadra. Mestres na arte de compor, como os consagrados Guga, Tuninho Professor, Zé Katimba, Preto Jóia, Marquinhos Lessa e tantos outros da nova geração abrilhantaram com suas obras os três meses de eliminatórias de sambas-enredo na Imperatriz. Com a escolha do samba a disputa termina e a partir de então todos os compositores, vitoriosos ou não, apropriam-se da obra que passa a pertencer aos 3400 componentes que desfilarão na Imperatriz. Durante o Desfile a ala fará através de sua roupa uma homenagem ao compositor Lamartine Babo, compositor dos hinos de futebol da cidade do Rio de Janeiro, e tema do enredo da Imperatriz no ano de 1981, no qual a escola sagrou-se bicampeã do carnaval.
CARNAVAL 2014
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PASSISTAS
l
No balanço e na alegria... da Imperatriz las tem um tufão nos quadris, eles trazem o gin-
ensaios de quadra, aos domingos, onde apresentam
gado rápido que rabiscam o chão e confundem
um variado espetáculo de samba no pé.
qualquer tentativa leiga de decifrar os passos e meneios que os tornam mestres da arte do samba.
Representando os "Bandeirinhas na Marcação" a ala de passistas da Imperatriz, virá no 4° setor do des-
Seja na quadra, na rua ou na avenida, nossa ala de
file, "Duelos no Templo do Futebol", mantendo acesa
passistas está sempre pronta pra sambar! É só ouvir o
a chama que faz da ala uma referência de originalida-
som de um tamborim ou os acordes de um cavaqui-
de e beleza.
nho que eles surgem envo lvendo a todos com seu balanço e alegria . Sob o comando de Magno Show, nosso time de sambistas se tornou uma das principais atrações de nossos
É o samba verdade iro correndo nas veias envo lvendo todos os amantes do genuíno ritmo brasileiro, essa é a ala de passistas da Imperatriz, com sua nobreza e encanto riscando o chão da avenida. CARNAVAL
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45
As Filhas de São Salvador
• •
V
estir uma fantasia de baiana representa muito mais do que encarnar apenas uma personagem de enredo que ganhará vida durante os 82 minutos
de um desfile. Ser baiana de uma escola de samba é representar décadas
de cultura e tradição, em meio a colares e fios de contas que perduram por muitas gerações. As baianas plantaram a semente que hoje germinou o grande espetáculo que vivenciamos, quando os sambistas, ainda marginalizados por grande parte da so-
ciedade, encontravam abrigos nos terreiros de Umbanda e Candomblé para promover suas rodas de samba que rompiam a noite até o nascer do sol. Nas escolas de Samba elas não contam como quesito, no entanto são figuras obrigatórias não só pelo regulamento, mas principalmente pela própria tradição. Não é possível imaginar um desfile sem as simpáticas tias baianas. A Imperatriz Leopoldinense possui uma das mais tradicionais alas de baianas do carnaval carioca, com inúmeros prêmios conquistados ao longo dos anos, como oito estandartes de ouro e o prêmio Samba-Net no último carnaval. Nossa baiana mais idosa é a Dona Georgina Mourão com 75 anos, e a mais nova é Jeniffer Cezário com 18, que sobre os cuidados de Raul Cuquejo, diretor responsável pela ala, desfilarão na avenida a fantasia "Rainha de Bolas·, no segundo setor da escola denominado "O reino futebolístico e o sonho de menino· Salve o samba, salve as filhas de São Salvador que trazem o axé da Bahia para a nossa Imperatriz!
V LH -GU
Galeria da Velha-Guarda alve os Baluartes da Imperatriz Leopoldinense, os mestres e professores dessa consagrada escola de samba. Exímios contadores de casos e estórias vividas por décadas dedicadas a nossa agremiação, os senhores e senhoras de nossa estimada galeria, transmitem uma rica experiência aos jovens sambistas que despontam em nossa quadra. Não existe segregação, juntos aos mais novos, os antigos ritmistas, passistas, baianas e poetas participam ativamente dos eventos promovidos pela escola, marcando presença e abrilhantando ainda mais os domingos em nossos ensaios. Os encontros promovidos pela velha-guarda são sempre embalados por belfssimos sambas, de enredo e de quadra, pontuados por depoimentos sempre recheados de muita emoção por aqueles que escreveram seu nome na história da nossa Imperatriz. Nesse carnaval representarão na avenida as Relíquias da Corte, no sétimo setor de desfile, onde a desfilará o grande homenageado, Zico. Vestida nas tradicionais cores da escola, a galeria de bambas da Im peratriz, pres idida por Adilson Gomes, pede passagem e saúda todos os sambistas.
GALVÃOBUE
o
-""/ser Rei peratriz inda e mais do que apropriada a homenagem da
8 a O. E eu, que nunca tinha gritado gol num microfo-
Imperatriz Leopoldinense ao Zico. Arthur Antu-
ne, gritei quatro vezes GOL DE ZICO para o Brasil. Foi
nes Coimbra é um cidadão especial, uma ilha de
esse jogo que me garantiu a vaga de narrador e mu-
educação e civilidade, um homem que vive cercado de
dou minha vida profissional.
grandes amigos e uma belíssima família. Jogador impe-
Em outro momento, eu tinha apenas algumas se-
cavei, leal, dono de uma técnica impressionante e nunca
manas de TV Globo e fui escalado para narrar a liber-
igualada, Zico encantou torcedores mundo afora, defen-
tadores de 81. Vocês sabem o que aconteceu: narrei os
dendo o manto rubro-negro e a amarelinha da seleção. E
gols do Galinho nas finais com o Cobreloa e depois fui
ainda foi fazer história na Itália e no Japão, onde, 30 anos
ao Japão para aquele histórico 3 a O sobre o Liverpool,
depois, continua sendo ídolo e referência. Tudo isso está
que consagrou Zico e sua geração como os melhores
no enredo desenvolvido pela escola e vai encantar uma
do mundo.
plateia que torce por todas as cores do futebol.
Sem falar nas dezenas de domingos que passei na
Eu tenho na vida duas passagens marcantes em que
cabine do Maracanã me emocionando com as jogadas
o personagem principal foi o Galinho de Quintino. Pou-
e os gols daquele que viria ser o maior artilheiro da
ca gente sabe que eu comecei na televisão como co-
história do estádio.
mentarista, só depois de alguns anos é que me tornei
É uma grande alegria pessoal poder contar essas
narrador. Para isso, em 1978 fui fazer um teste, narrando,
lembranças e ficar aqui torcendo por mais uma vitória
em circuito fechado um jogo da seleção brasileira. Pois
do Zico. Vai, Galinho, vai ser Rei na Corte da Imperatriz.
me deram um Brasil x Bolivia que a seleção ganhou por
Faz mais um prá gente ver l
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CARNAVAL 2014
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Um time de primeira qualidade! ogo que foi divulgado na Imprensa o tema do
Leila, e os amigos Marcelo D2, Glenda Kozlowski, Diogo
desfile da Imperatriz para 2014, recebemos inú-
Nogueira e Xande de Pilares.
meras solicitações de fãs e admiradores do gran-
Todos juntos, artistas, jornalistas, amigos e jogado-
de ídolo do futebol, Zico, desejando compartilhar dessa
res do nosso grande homenageado trazendo sua ale-
grande homenagem.
gria e vibração para o desfile da Imperatriz.
Além dos jogadores rubro-negros que foram consa-
Nós da direção da Imperatriz Gostaríamos de agra-
grados jogando ao lado de Zico, e conquistaram o cam-
decer em nome do nosso Presidente Luiz Pacheco
peonato Mundial pelo Flamengo, contaremos também
Drumond e de toda nossa comunidade os inúmeros
com os craques Roberto Dinamite, Edmundo, Rivelino,
artistas e jogadores que, de alguma forma, participa-
Alemão e Luxemburgo, os dirigentes Mauricio Assun-
rão de nosso desfile e ajudarão a abrilhantar ainda
ção e Bandeira de Mello, e ainda Nalbert, Virna, Tande,
mais nossa festa.
Da Europa ao Oriente, Grande "Deus do Sol Nascente': Te fiz poesia, pra matar a saudade ...
Outros reinos conquistou ...
Imperatriz vai me levar
À sua pátria amada, então, voltou.
A um reino encantado,
Hoje, mais do que nunca é o seu dia,
Um menino a sonhar...
Vamos brindar com alegria,
Cresceu driblando o destino,
Trazer de volta a emoção.
Venceu as barreiras da vida ...
Com toda humildade, vem ser coroado,
Fardado nas cores da nação,
Vestir o meu manto verde, branco e dourado!
Armado de raça e paixão,
Quem dera te ver por mais um minuto,
Nos pés, o poder!
Na arquibancada, todo mundo canta junto:
Vencer, vencer, vencer!
Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô
IIOÔ'~
O show começou!
o povo cantava ...
Domingo, um show no gramado!
Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô
Com seus cavaleiros, Arthur se tornava
Um canto de amor!
O IIRei do Templo Sagrado"!
Imperatriz me faz reviver...
Caminhando mundo afora ...
Zico faz mais um pra gente ver!
O seu passaporte, a bola!
Compositores: Elymar Santos, Guga, Tião Pinheiro, Gil Branco e Me Leva Intérprete: Wander Pires
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