Revista da Imperatriz Leopoldinense 2016

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A PAIXAO DA MINHA VIDA

MINHA

ESCOLA NA AVENIDA ...

Chegamos a mais um carnaval e com ele nasce a esperança de que consigamos fazer um grandioso espetáculo, honrando a vitoriosa história da Imperatriz Leopoldinense e enchendo de alegria os corações de seus torcedores, componentes e admiradores. Quando cheguei na Imperatriz, a 40 anos, encontrei uma Agremiação rica em cultura e arte, mas que ainda não trazia consigo a força necessária para permanecer entre as "Grandes" e disputar o tão sonhado campeonato. Foi um inleio dificil, porém minha determinação em transformar a Escola em uma das potências do carnaval, não me fez esmorecer um só dia, e com muito trabalho e organização, chegamos ao primeiro lugar!

Hoje a Imperatriz é uma das Escolas mais respeitadas do carnaval e detentora de vários titulos e premiações. Conseguimos unir luxo e criatividade. espontaneidade e organização. requinte e popularidade. e ninguém aventura-se em apontar a vencedora antes de nos ver passar! Em 2016 a Imperatriz, honrando sua tradição na valorização da cultura popular, contará na

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Luiz Pacheco Drumond Presidente

avenida a rica história de uma importante vertente de nossa cultura: A música sertaneja, através da rica história de vida da dupla de cantores Zezé DiCamargo e Luciano! Vamos juntos embarcar nesse sonho, enveredar pelos sertões brasileiros abrindo as porteiras da cultura popular e apresentar mais um grandioso desfile.


_. 55: SUMÁRIO PALAVRA DO GOVERNADOR

• DE GOlAS

PALAVRA DO PREFEITO

PALAVR~ DO SECRETARIO DE TURISMO

PALAVRA DO JORGE CASTANHEIRA

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14

AGRADECIMENTO

ZEZE DI CAMARGO E LUCIANO DIRETOR DE CARNAVAL

1~ESPECIAL


1819

SHOW

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INTÉRPRETE

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INTÉRPRETE

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MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA

CARRO DE SOM

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2° CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA

3~ HARMONIA 2Q,

CARNAVALESCO

22

ROTEIRO DO DESFILE

38

BATERIA

39

CRIS VIANNA

23

24

POR DENTRO DO BARRACÃO

COMISSÃO DE FRENTE

BAIANAS

42

PASSISTAS

43

28

COMPOSITORES

45

DEPARTAMENTO CULTURAL

29

SAMBA-ENREDO

46

VELHA-GUARDA


PALAVRA DO GOVERNADOR

~ DE GOlAS

OS AM~ORESDE

GOlAS NO MAIOR ESPETÁCULO

DA TERRA

o amor

está na passarela deste que é o maior espetáculo da terra. Salve o Carnaval, salve o Rio de Janeiro. Salve a Imperatriz Leopoldinense, que traz em seu samba-enredo merecida homenagem a dois ilustres goianos, que a exemplo de tantos outros valorosos filhos de nossa terra, um dia sairam de casa em busca de uma vida melhor, em busca do sucesso. Zezé Di Camargo e Luciano, em sua bela trajetória de vida e carreira, deixaram importante marca na música brasileira. Conquistaram o Brasil cantando o Goiás rural. Um Estado cujas tradições ainda podem ser retradadas pela viola, pelo caipira, pelo galo anunciando que a lida já vai começar. Somos orgulhosos de nossa essência, marcada ainda pela sanfona, pelo cerrado brejeiro, pela boiada que ainda é tocada por tropeiros. Temos orgulho das Cavalhadas de Pirenópolis, festa que se espalhou por diversos cantos de Goiás, reproduzindo a luta entre mouros e cristãos, bem como de inúmeras outras manifestações de fé que floresceram por nosso território afora desde o Brasil Colônia. Somos, sim, orgulhosos do amor por nossa terra, de natureza ainda verde, da mesma forma que "verde é minha raiz Imperatriz" nas letras do samba-enredo "É o Amor que mexe com a minha cabeça e me deixa assim - Do sonho de um caipira nascem os dois filhos do Brasil". Um primor de criatividade, resultado da parceria entre Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna.

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Apesar da nostalgia que essa canção nos traz, desde que o menino Zezé Di Camargo cantava nas festanças de Pirenópolis, Goiás se transformou econômica, social e culturalmente embora mantenha sua essência, valorizada na música, no artesanato, na culinária, entre tantas outras áreas. Goiás de hoje é bem diferente daquele da década de 1960, que via crescer os filhos de Francisco e dona Helena. Uma mudança que se fez gradativa durante as décadas seguintes, passando inclusive pelos anos 1990, marcados pelo primeiro grande sucesso dos irmãos goianos, "É o Amor", de 1991. Foi também nessa década, mais precisamente em 1999, que começávamos nossa marcha rumo à transformação de Goiás. Naquele ano, assumimos o Governo de um Goiás ainda agrário, pouco conhecido nacionalmente, com índices socioeconômicos que confirmavam sua condição periférica. Para se ter uma ideia, o Produto Il)terno Bruto do Estado (PIB)goiano era de R$ 17 bilhões. Pouco mais de 15 anos depois, vivemos uma nova realidade. Nosso PIB saltou, em 2013, para R$ 151 bilhões, segundo dados consolidados pelo IBGE.Em 2015, esse valor deverá superar a casa dos R$ 170 bilhões em 2015. Somos um Estado marcado pela gestão inovadora, por uma economia pujante, sustentada por uma agropecuária moderna, o que nos garante a posição de quarto maior produtor de grãos do País, com 10,5% do total nacional. Apenas para citar os principais itens, lideramos


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Marconi Perillo l'J Governador de Goiás

na produção de sorgo, tomate indústria, tomate mesa e alho. Somos o segundo maior produtor de ervilha, palmito e cana; o terceiro em algodão e melancia. E ainda o quarto maior produtor de soja e milho e também de carne bovina, reba nho bovino e leite.

É com esse mesmo modelo de gestão que pretendemos revolucionar a prestação de serviços públicos em Goiás. Modelo que deu certo na Saúde e que dará certo na educação goiana, hoje uma das melhores do Pais, confirmado pelo primeiro lugar no Ideb.

Em Goiás, nos orgulhamos também de contar com um dos maiores parques industriais brasileiros, marcadamente no setor de medicamentos e de veiculas, além da agroindústria, que, por exemplo, nos concede a posição de segundo maior produtor de etano!. Já temos quatro montadoras de veiculos, e o maior parque de medicamentos genéricos do Pais. Números que se refletem também nas exportações acima da média brasileira e na balança comercial superavitária nos últimos anos.

Esta é a segunda vez que Goiás vira destaque na Marquês de Sapucaí - já fomos lembrados em 2001, quando a Caprichosos de Pilares cantou "Um sonho de amor no coração do Brasil". Isso, no entanto, não desmerece, de maneira alguma, a importância desta bela homenagem prestada pela Imperatriz Leopoldinense. À qual, em nome de todos os goianos, agradeço de coração. É também em nome dos goianos, que gostariamos de retribuir, convidando a todos para conhecer Goiás, ou para revisitá-lo.

São conquistas posslveis graças a um empresariado moderno, que acreditou no potencial do Estado e em nossa capacidade administrativa, que já está na era da inovação, com programas como o Inova Goiás e Goiás Mais Competitivo. O Inova Goiás, por exemplo, reúne investimentos de R$ 1,5 bilhão até 2018. Soma ainda cerca de 40 ações estratégicas, para reunir em Goiás o que há de melhor em pesquisas, suporte tecnológico e incentivos. E que conta com parceiros importantes, como a Agência USP de Inovação e universidades goianas.

Venham conhecer nossas riquezas naturais, culturais, artisticas e gastronômicas. Belezas que enchem os olhos, em Pirenópolis - terra de Zezé Di Camargo e Luciano, e um dos berços de Goiás, a exemplo da Cidade de Goiás, antiga capital e patrimônio histórico e cultural da humanidade. Venham conhecer também a deslumbrante Goiânia; os Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas; as formações rochosas de Paraúna; as águas termais e os resorts de Caldas Novas. Enfim, são inúmeras as atrações. Verdadeiro relicário de belezas naturais, mantidas vivas e conservadas, a despeito do crescimento e modernização de nossas cidades.

É com esse novo jeito de pensar a gestão pública que transformamos, por exemplo, a realidade da Saúde em Goiás, com a gestão compartilhada com Organizações Sociais. Só em 2015, inauguramos um dos maiores e mais modernos hospitais de urgência do Brasil, o Hugo!. Verdadeira referência em atendimento de urgência e emergência. Outros quatro grandes hospitais goianos já conquistaram a principal acreditação em saúde no Pais.

Viva o Carnaval, viva a Imperatriz Leopoldinense. Viva o Rio de Janeiro e seu povo maravilhoso. Também esperamos vocês, de braços abertos, em Goiás. Marconi Perilto é governador Goiás.

do Estado de


PALAVRA DO PREFEITO

A CASA DE

TODOS OS RITMOS Oito vezes campeã do carnaval carioca, a verde e branco da Leopoldina levará à Marquês de Sapucaí uma bela homenagem à música sertaneja e aos cantores Zezé Di Camargo e Luciano. Transformar as mais variadas histórias em samba é o que fascina no carnaval do Rio!

planeta. Faltam poucos meses para os Jogos Olimpicos Rio 2016 e já podemos sentir essa transformação. Tenho orgulho de ser prefeito desta cidade tão maravilhosa. Somos especiais. Somos olimpicos. Somos a casa de todos os ritmos. Vivao carnaval do Rio!

Não tenho dúvidas de que a tradicional escola de samba de Ramos encantará a todos com o enredo "É o amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim ... Do sonho de um caipira, nascem os filhos do Brasil". Conhecida pelo perfeccionismo e pelo luxo em suas apresentações, podemos esperar um desfile primoroso e um espetáculo à altura desse ritmo tão brasileiro. Afinal de contas, a escola de samba sempre se destacou por escolher temas que enaltecessem a identidade nacional.

Viva a Imperatriz!

o desfile

vai passear pela cultura e exaltar o trabalho no campo de um povo que não perde a esperança. Tenho certeza de que durante a passagem da Imperatriz Leopoldinense todos na Sapucaí serão sertanejos. o que

emociona mesmo é que tudo isso acontece em nossa cidade, que se prepara para receber o mais importante evento esportivo do " "

Eduardo Paes Prefeito do Rio de Janeiro


PALAVR~ DO SECRETARIO DE TURISMO

ABRAM ALAS PARA O

CARNAVAL CAIPIRA IMPERATRIZ

DA

LEOPOLDINENSE!

Cantar o Brasil em verso e prosa é uma marca da Imperatriz. A verde e branco da Zona da Leopoldina, primeira tricampeã no Sambódromo, acerta mais uma vez em cheio na escolha do enredo e promete emocionar o público com a saga de uma das duplas sertanejas mais amadas do pais e, ao contar sua história, conta também a de tantos outros brasileiros que lutam por um lugar ao sol. Será uma grande celebração de duas das mais profundas raizes da música brasileira: o samba e o sertanejo, num casamento musical que deu tão certo que rendeu um dos sambas-enredos mais eloglados 2016.

da safra de

Tenho certeza que vai ser um desfile emoclonante - e com os requintes de perfeição técnica que são a marca registrada da agremiação em seus 57 anos de glórias. Zezé Di Camargo e Luciano, que ao longo de suas carreiras amealharam milhares de fãs, conquistaram na quadra os corações dos componentes da agremiação e vão arrebatar o público que acompanha o desfile das arquibancadas e pela televisão. A Sapucai vai se emocionar com a inspiração da sanfona e da viola misturadas com o rufar dos tambores da bateria.

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Antonio Pedro Figueira de Mello

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Secretário

de Turismo

Abram alas para o carnaval caipira da Imperatriz Leopoldinense! Ramos, Olaria, Bonsucesso, Penha, Vigário G e r a l, B e n fi c a , C o r d o v il e adjacências vão levar pra avenida o berrante, o menino da porteira, o peão, a romaria e todas as belezas do cerrado, em mais um carnaval pra entrar para a história!

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PALAVRA DO JORGE CASTANHEIRA

EXERCITANDO

NOSSA

BRASILIDADE Primeira Escola de Samba a criar um Departamento Cultural, ainda nos anos 60, a Imperatriz Leopoldinense sempre se caracterizou por uma linha de enredos históricoculturais instigantes. Grandes personagens do cotidiano e da história do Brasiljá tiveram suas vidas contadas pela verde, branco e ouro de Ramos, retratando de forma fiel a grande diversidade de enredos que caracteriza os desfiles das Escolas de Samba, maior manifestação cultural do nosso Pais. Para o Carnaval de 2016 essa tradição será mantida. Com o tema "É o amor ... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim ...Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil", a Imperatriz Leopoldinense mostrará, de novo, que no Carnaval não cabem preconceitos ou distanciamentos quando se trata de falar do Brasil,de nosso povo, de nossa gente. Para contar a história de uma das duplas de música sertaneja de maior sucesso do Brasil, Zezé Di Camargo e Luciano, a Imperatriz do Samba irá levar para o Sambódromo toda a história do homem do campo, suas lutas, suas conquistas... E,como o próprio titulo do enredo afirma, a realização de um sonho que para muitos poderia parecer inalcançável. Um desafio que, certamente, será superado também com muita criatividade pela Escola. ••

Jorge Castanheira

Presidente da Liesa ~~ ~.

Como é hábito em todas as nossas agremiações, cujos artistas, dirigentes e componentes conseguem ano após ano. E se alguém duvidou, em algum momento, desse entendimento, certamente já pode verificar que o sertanejo/caipira foi perfeita e rapidamente incorporado ao Carnaval, com os homenageados tendo realizado, inclusive, um grande show gratuito para a comunidade da Escola como um presente de fim de ano. Porque essa é a essência do Carnaval: amizade, respeito às diferenças, integração e, principalmente, brasilidade. E a Imperatriz sabe muito bem como representar tudo isso! Bom Carnaval a todos!


(Abadás, Coletes,

T-shirts,

Blusas, Vestidos,

Saias,

Bermudas,

Sungas, Biquínis,

Decoração,

entre outros),

Comunicação

Visual

(Adesivos

Impressos,

Adesivos

Recortados,

Banners,

Lonas, Placas,

Tapumes,

entre

outros).


Rufem os tambores! O sertanejo pede passagem na maior, mais alegre e mais contagiante passarela do mundo: a Marquês de SapucaL Alguém já havia profetizado que "o sertão vai virar mar". Sim, vai virar um mar de gente cantando os versos que exaltam o Centro Oeste, o coração do Brasil. Vai virar um mar de emoção transbordando, do meu Goiás mostrando as suas raízes, suas riquezas, sua cultura... É a minha Pirenópolis abrindo as porteiras da avenida mais desejada do Planeta, com a sua Cavalgada, os Mascarados, as Pastorinhas, o Divino Espírito Santo ... Nossas crenças, nossos mitos misturados com os ritos de uma comunidade. Quer desfile mais brasileiro?! É muito orgulho para um goiano, é um prazer ver a nossa terra ali retratada, a cara de tantos Brasis. A terra de Cora, de Coralina poetisa, de violeiros, de violada, de canto, de viola xonada, de sanfona, de lua cheia, de galo que canta, de sol que nasce atrás da Serra. E é o mesmo sol que nasce aqui no morro. Do sonho do seu Chico, da garra de Helena, dos filhos e netos de Francisco. São tantos Chicos! A luta de nosso pai simbolizou tantos outros deste Brasil. Cada qual no seu canto, com uma esperança de vencer fora de sua terra natal. Saiu de sua comunidade em Sitio Novo para apostar todas as fichas no sucesso dos fllhos. Somos tantos migrantes e imigrantes neste país sonhando com uma vida melhor. A Deus agradeço por tanta conquista e, hoje, digo que é uma glória receber esta homenagem da Imperatriz. É uma dádiva ver o meu Estado apresentado por vocês.

O Goiás tem verde das matas e das esmeraldas. Tem amarelo do ouro e dos girassóis. São as cores da Imperatriz. É esta simbologia que vai tomar conta da avenida, no maior palco que um ser humano pode mostrar a sua história. E,meu Deus, pelos conterrâneos, pelos meus anos, meus manos, meus sonhos, o que mais pedir? Apenas o Cristo Redentor, de braços abertos, a nos abençoar! "É o amor, a receita da alegria, sentimento e magia, a razão do meu cantar".


de comunidades, de metas, de sonhos, de objetivo em comum. Hoje, juntos, temos um lema: "É o amor ... Minha escola na avenida, a paixão da minha vida. Verde é minha raiz, Imperatriz". É fato que não tenho palavras para agradecer tamanha homenagem. A Deus oro todas as noites por presente tão especial. Já tivemos nossa história contada em livros, no cinema e em tantos programas de TVs, mas, agora, diante de milhões e milhões de telespectadores pelo mundo e de uma multidão na avenida, vamos ter a nossa história cantada. Cantada e eternizada na maior festa que um filho de Deus pode receber.

LUCI NO UÉ jargão, é frase feita, mas foi criada para definir como a mais pura verdade: UA maior festa do Planeta!". Foi assim que sempre imaginei o Carnaval, desde quando eu era pequeno e assistia pela TV,lá no mundão de meu Deus, os desfiles na passarela mais brilhante da Terra. lá no meu Goiás, a viola chora um canto "xonado" e cheio de amor. E,no Rio, o samba pede passagem para a alegria e para o gingado "cheio de graça, da mulata que vem e passa, num doce balanço caminho para o mar". É este casamento da viola com o pandeiro, da mistura do brasileiro, que a Sapucai vai mostrar dia 8 de fevereiro. Esem tem rimas na frase, meu amigo, é porque com a gente tudo combina. Combina a roda de viola, combina a roda de samba, combina a roda de amigos ... Tudo forma um novo circulo,

E para completar a minha felicidade, no desfile da Imperatriz, vai ter uma ala especifica para cada um. O meu irmão Zezé (Di Camargo) vai ganhar uma. Para a minha, pedi para o Cahê Rodrigues que fosse em homenagem ao engraxate. E não é que ele criou. Eu fui engraxate quando criança. Sempre tive orgulho desta arte de fazer brilhar os passos das pessoas. lembro quando o meu pai chegou em casa com uma caixa toda pLntada de branco com os valores nas laterais, e disse: "Agora, vc pode ajudar em casa". Não imaginava que o meu destino seria brilhar com o meu irmão, com a minha familia, na SapucaL Cahe, obrigado por tanto amor e dedicação para levar a saga da minha famUia para avenida. Imperatriz, minha comunidade, obrigado por nos abraçar, por fazermos de nós um instrumento do canto de vocês".


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TALENTO E ARTE,

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VITORIA E SUPERAÇAO Nesses meus quase 30 anos de imperatriz pude acompanhar não só o processo de transformação dos desfiles das escolas de samba de um modo geral, mas principalmente a evolução da própria Rainha de Ramos que a cada carnaval se renova, se reinventa, na busca de conseguir mostrar algo novo e impactante preservando suas raizes e caracteristicas. Para o desfile de 2016 montamos um time de craques para defender a escola na avenida, apostando em inovações que se revelaram nos últimos anos e também resgatando profissionais que já gravaram seu nome no carnaval. Criando uma identificação imediata com nossa comunidade, dando-nos a impressão que já é um de nossos veteranos, Marquinho Art'samba assume o microfone da Imperatriz como nosso primeiro intérprete. Ascendendo do grupo de acesso onde foi amplamente premiado, Mestre Lolo assume a batuta da bateria. Nosso maestro preservou a característica de nossa orquestra, ajustando sua sonoridade e inserindo novos desenhos ritmicos em seus arranjos. Para defender nosso Pavilhão, fazendo par com nossa encantadora Porta-Bandeira Rafaela Theodoro, incorporamos o bailado clássico e elegante de Rogério Dornelles, tradicional Mestre-Sala do carnaval carioca.

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De volta a comissão de frente, a coreografa Deborah Colker aceitou mais um grande desafio em sua carreira, onde o gosto pela

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diversidade se tornou marca do seu trabalho. Nossa harmonia continua sobre o comando de Júnior Escafura, que junto ao seu esquadrão de ouro, realizou um trabalho de canto e evolução suntuoso para o dia do desfile.

o comando

artistico de nosso espetáculo ficou mais uma vez sob os traços de Cahê Rodrigues que pelo quarto ano consecutivo, mostrando que o casamento ente o popular e o erudito, proeminente da imperatriz, consolldaram um casamento perfeito e digno de um final feliz...o campeonato! Essa é a nossa Imperatriz: talento e arte na avenida que se supera a cada ano, a cada carnaval em busca da vitória.


A MELHOR GALETERIA DO RIO DESDE 2009 GALETOS E CORTE DE CARNES ESPECIAIS FEITOS NA BRASA .•... -.

GALLOCARIOCA


A ESSÊNCIA

DAALECRIA Conhecida por seus desfiles grandiosos e impactantes e por seus enredos elaborados e fora do lugar comum, a Imperatriz Leopoldinense fLcaria marcada por abordar temas ligados à cultura popular centrados na ideia de brasilidade. Já em 1969, o enredo Brasil. flor amorosa de três raças contava a história do pais a partir do encontro dos três grupos étnicos, o branco, o negro e o indio, que, segundo a historiografia clássica, formaram a identidade brasileira. Essa mesma concepção estaria presente no enredo de 1971, Barra de ouro, barra de rio, barra de saia e, logo no ano seguinte, no superclássico Martim Cererê, baseado na obra do poeta modernista Cassiano Ricardo. Este teria declarado, na época, que a partir daquele desfile o modernismo havia, finalmente, alcançado seu status popular. A letra do samba, de Zé Katimba e Gibi, resumia com precisão a narrativa das três raças que amalgamaram o Brasil: "Tudo era dia / O indio deu a terra grande / O negro trouxe a noite na cor / O branco a galhardia / Ejuntos traziam amor."

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Essa verdadeira busca plástico-poética pela essência brasileira a partir da diversidade se manifestaria muitas outras vezes nos desfiles da Imperatriz de forma menos ou mais explicita. Neste segundo caso, podemos citar o enredo de 1990: Terra Brasilis: o que se plantou deu, de Max Lopes, cujo samba, de Zé Katimba, Preto Joia, Tuninho Petróleo, Baianinho e Jorginho da Barreira, destacava a contribuição de cada grupo cultural para a formação do pais: "O indio dono desta terra / Caça, pesca e dança e quer ser feliz / O branco veio com reisado /

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Pau de fita bem trançado / A quadrilha, o boi bumba / ... / O negro aqui chegou / O que plantou floriu / Por força do destino / A raça coloriu." Entretanto, mais do que ressaltar aquilo que Darcy Ribeiro definiu como "o mito das três raças", a Imperatriz Leopoldinense buscaria em boa parte dos seus enredos, chamar a atenção para a diversidade de culturas que, em constante diálogo, produziriam o que podemos chamar de identidade brasileira contemporânea. É desse espaço de encontros que falam os enredos de 1996 (Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta Leopoldina, a Imperatriz do Brasil), 1999 (Brasil. mostra a tua cara em ... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae) e 2002 (Goitacazes ... tupi or not tupi, in a south american way), todos criados por Rosa Magalhães, e aquele de 2010 (Brasil de todos os deuses), desenvolvido por Max Lopes. A partir deles, a escola propunha uma visão aberta, moderna e inclusiva do processo cultural brasileiro, destacando, respectivamente, a influência do olhar "austriaco" da Imperatriz Leopoldina na Independência do Brasil, a criação de um imaginário brasileiro dentro das obras do pintor seiscentista holandês Eckout, o surgimento do Brasil contemporâneo a partir do conceito modernista de antropofagia e a louvação do caráter ecumênico de um pais aberto a todas as crenças. Temas através dos quais a escola de Ramos reassumia seu compromisso com a dinâmica contemporânea da cultura. .~h

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Pode-se afirmar, desse modo, que o enredo da Imperatriz Leopoldinense para 2016 inscrevese, com destaque, na grande linha mestra que a escola vem adotando desde seus primeiros anos. A homenagem á dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano não se estabelece apenas como uma justa louvação a dois grandes idolos da música popular brasileira, mas é a oportunidade de a escola mais uma vez chamar a atenção para as muitas culturas que formam aquilo que podemos chamar de cultura brasileira. Ao trazer para o chão do Sambódromo o mundo do sertão, a escola de Ramos está promovendo um encontro de duas faces importantes do pais, aquela do samba e carnaval urbanos e aquela da música sertaneja e festas populares do interior. Esta união, resumida brilhantemente no primeiro verso do samba-enredo de Zé Katimba, AdrLano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna ("Chora cavaco, ponteia viola"), é a própria essência da cultura popular, espaço aberto a todo tipo de influência onde se produz aquilo que nos define como povo e Nação. É desse diálogo entre elementos aparentemente (mas só aparentemente) inconciliáveis que surgiram nossos maracatus, mangue-beats, carimbós, tecno-bregas, cavalhadas, festas de boiadeiros, chorinhos, funks, quadrilhas juninas, axé-musics e tantas outras "brasilidades". É desta mistura, da qual só desgosta quem não viu, é desse retrato feliz do Brasll que fala, enflm, a Imperatriz Leopoldinense, do alto de seu titulo de nobreza imperial forjado nas vielas dos morros e nas ruas dos bairros da região, com a força das

vozes "intelectuais" de Amaury Jorio, seu primeiro presidente, e de Hiram Araújo e Oswaldo Macedo, criadores do Departamento Cultural da escola (o primeiro dentre todas), todos os três destacados militantes das causas SOClalS.

É esse pais plural e mestiço que será cantado pela escola em 2016, ecoando outros desfiles e outros criadores que fizeram sua história. O galo que anuncia o novo dia na "sagrada lida, vida sertaneja", de 2016, dialoga, desse modo, com o som do sabiá de uma terra onde "assim canta o sertanejo", no enredo Onde canta o sabiá, desenvolvido para a escola em 1982 por Arlindo Rodrigues e traduzido em samba por Tuninho, Dominguinhos do Estácio e Darcy do Nascimento. Um processo de continua recriação do que somos e do que queremos ser, onde o inicio, meio e fim de toda história são formas de mostrar um Brasil unido na essência da alegria.

Felipe Ferreira é professor de Cultura e Arte Populares no Instituto de Artes da Uerj, onde ocupa, atualmente, o cargo de vice-diretor, orientador do curso de mestrado e doutorado em artes na mesma instituição, coordenador do Centro de Referência do Carnaval, membro do corpo de jurados do Estandarte de Ouro do jornal O Globo e autor de diversos livros sobre carnaval, entre eles Inventando carnavais (Editora UFRJ), O livro de ouro do carnaval brasileiro (Ediouro), Escritos carnavalescos (Editora Aeroplano), Meu carnaval Brasil (Aprazível Editora) e Palco dos sonhos: 30 anos do Sambódromo (RSCEditora).




• QUE UM GRANDE

SONHO PODE SE ALCANÇAR

o carnavalesco

Cahê Rodrigues parte para sua quarta viagem em solos leopoldinenses buscando nas raizes da música sertaneja o fio condutor para mais um enredo nota 10 da Imperatriz. Quando Cahê chegou à imperatriz trouxe a enorme responsabilidade de transformar a escola incorporando às tradicionais caracteristicas estéticas e visuais já consolidadas em sua história à uma nova roupagem, mais leve e mais popular. Um trabalho que vem dando certo, não só refletido nas excelentes notas de enredo,

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fantasias e alegorias como também na própria satisfação e orgulho do componente gresilense que termina o desfile sabendo que a imperatriz vai brigar pelo campeonato. Cahê Rodrigues conseguiu estabelecer linhas diferentes e ousadas para cada um dos enredos que apresentou na imperatriz, sempre surpreendendo e fugindo do óbvio, conseguiu mostrar a riqueza da cultura paraense, brincou com bufões, arlequins e colombinas para contar a história do jogador Zico e reinventou a África, mostrando na avenida cores e referências artisticas inéditas na apresentação de um tema já tão utilizado.


Em 2016 não será diferente, a segurança que Cahê tem sobre a estética Leopoldinense, o permite criar e inovar sabendo que manterá intacta as caracteristicas visuais da escola, mostrando novamente um trabalho que surpreenderá a todos na avenida. Para contar a vida e a carreira de sucesso da dupla sertaneja preferia dos brasileiros, nosso

carnavalesco viajou para Pirenópolis, interlor de Goiás, onde vivenciou de perto a origem de nossa dupla de homenageados, e se encantou com a riqueza folclórica e cultural da cidade. Um enredo que traduz a essência brasileira, assim como tantos que a própria Imperatriz já apresentou em seus desfiles, mas com uma estrutura moderna e uma leitura bastante popular.

Um desfile baseado no sentimento do amor em sua forma mais ampla, mais profunda e mais significativa, essa é a Imperatriz Leopoldinense sob os traços de Cahê Rodrig es ... sonhando juntos com o primei o uga

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CAIPIRAS CANTANDO

Nosso enredo canta a música sertaneja, se encanta com a obstinação do retirante, conta a história de pessoas humildes e sofridas, que chegaram à cidade grande para vencer. Ao contrário da grande maioria de vencedores, eles não eram doutores. Eram caipiras. E cantavam o amor. Escolhemos o estado de Goiás como pano de fundo de nossa história e será lá que ela se desenvolverá em quase toda a trama. Abrindo as porteiras do coração, traçamos um caminho por uma verdadeira colcha de retalhos, produzida com o suor dessa gente valente e trabalhadora. E aqui que sonhos constroem a realidade. Do alto da Serra Dourada contemplamos a pujança da economia de Goiás, simbolizada na sua agricultura.

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2° SETOR

DE CAIPIRA"

A abertura do desfile mostra de forma lúdica alguns elementos que compõem o dia-a-dia da fazenda, onde o caipira mistura sua fantasia à realidade. Tud tem vida e alegria.

SEME

" RRA SONHOS"

Sonhos caipiras se encontram no triângulo formado pelas cidades de Goiânia, Anápolis e Brasilia, ponto estratégico do escoamento da produção goiana, uma das maiores áreas agropecuárias do mundo. É ali que se concentram as maiores plantações do país e fazem desse estado o recordista nacional de exportação de grãos.


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3° SETOR

4° SETOR

"M.ÚSICA MAE SERTANEJA"

"FÉ E F9LCLORE PIRENOPOLlS"

Nosso enredo se propõe a contar uma história brasileira, feita por brasileiros para outros brasileiros ... pobres, esquecidos na lonjura do sertão. Mas são valentes, sonhadores, cantadores ... Convidamos a música sertaneja para contar a história de sua gente ...

Nossa história começou nas porteiras de Goiás. Passamos por vastas plantações e percorremos caminhos que só a música conhece. Agora, chegamos à cidade de Pirenópolis, a terra da familia Camargo e de nossos homenageados.

5° SETOR

"FILHOS DE FRANCISCO ... E HELENA" Chegamos a um vilarejo de Pirenópolis, chamado Capela do Rio do Peixe. Ali moram um caipira chamado Francisco Camargo, sua mulher, Helena, e sete filhos. São muito pobres e dependem do trabalho desse lavrador, que é um sonhador. Dali, os Camargo migram para Goiânia. E de lá, Zezé Di Camargo e Luciano partem para São Paulo, onde conquistam o sucesso.

6° SE;Y-OR

li'OS FILHOS DO BRASIL" Assim como Tonico e TInoco inspiraram gerações sertanejas, Zezé Di Camargo e Luciano viram exemplos para milhões de brasileiros que saem do interior para tentar uma vida melhor na cidade grande. Vencem, chegam ao sucesso e inspiram os novos Filhos do Brasil.A união e o amor de toda uma familia são retratados em músicas, que espalham esse sentimento pelo pais. 23


ONDE OS

SONHOSVIRAM

REALIDADE Para muitos o carnaval dura apenas quatro ou cinco dias, geralmente no mês de fevereiro, onde, como em um passe de mágica, milhares de foliões surgem em coloridas fantasias emolduradas por belíssimas alegorias e esculturas para apresentar um enredo durante os 80 minutos de um desfile. Mas o que poucos sabem é que para que toda essa maravilha possa acontecer, durante os outros 360 dias do ano, um grupo de profissionais e artista trabalham ininterruptamente na produção do maior espetáculo popular do planeta. Nem bem um desfile termina já começam os preparativos para o próximo ano. Enquanto o carnavalesco começa o desenvolvimento de um novo tema, alegorias e fantasias vão sendo desmontadas para que um novo carnaval venha nascer. A produção é dividida basicamente em duas frentes de trabalho: Alegorias e Fantasias. As alegorias passam por um processo de criação mais trabalhoso, abrangendo um maior número de proflssionais envolvidos dividindose em; Ferragem, carpintaria, escultura, laminação, pintura de arte, adereçamento, iluminação e feitos especiais. As fantasias produzidas em nosso atelier envolvem o trabalho de modelagem, corte, costura, chapelaria, sapataria, arte em espuma, pintura de arte e adereçamento.

Direção Artistica Carnavalesco: Cahê Rodrigues Administração Diretora geral do barracão: Cláudia Cristina Coordenação de compras Catia Drumond Chefe de almoxarifado: Ana Ceres Fantasias Modelagem e direção: Ray Menezes Figurinista: Bruno Oliveira Aderecista chefe: Leo Polycarpo Costureira chefe de equipe: Cristiane Machado Chapeleiro chefe de equipe: Rivelino Sapateira chefe de equipe: Regina Ribeiro Arte em espuma: Marcos Montes Alegorias Coordenação da equipe de adereços: Edward Moraes Esculturas com movimentos: Juscelino Designer e modelagem gráfica: Ronan Marinho Ferreiro chefe de equipe: Pedro Girão Carpinteiro chefe de equipe: Jorge Machado Escultor chefe de equipe: Daniel Soave Pintor chefe de equipe: Clécio Régis Lighting designer: Luiz Otávio (Kibe) Laminação em fibra de vidro: Fabiano Reis Espelhos e acrílicos: Wilma r Arte em espuma e EVA:Ricardo Deniz Mecânico chefe de equipe: Franco

Muitos arte e muitos va para

são os profissionais que dedicam sua comprometimento à Imperatriz por anos, contribuindo de forma significatio sucesso plástico e visual da escola.


Uma dupla de sucesso. leite Condensado e Creme de leite Piracanjuba. sabor e leveza para deixar suas receitas muito mais gostosas. Experimente. Essadupla vai fazer o maior sucesso na sua casa.

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Piraca juba'

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Gostamos de fazer bem o que te faz bem.

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Piracanjuba. _19SS



A Imperatriz foi revolucionária ao criar uma comissão composta apenas por mulheres no carnaval de 1969, quebrando a tradição do "Clube do Bolinha" que era mantido pelas demais escolas, que usualmente traziam em sua maioria integrantes da diretoria ou da velhaguarda. A década de 80 também foi marcada por grandes Comissões da Imperatriz, algumas formadas por sambistas renomados, outras por jogadores de futebol. Era a "Comissão de Ouro", famosa no mundo do samba e ganhadora do prêmio Estandarte de Ouro nos carnavais de 1983 e 1986. Nos anos 90, na "Era Rosa" de Ramos, Fábio de Mello escreveu o seu nome na história da Imperatriz e do carnaval carioca, causando uma revolução no quesito, ao mexer nas estruturas de apresentação das Comissões, criando coreografias elaboradas que se valiam de adereços de mão para ajudar na apresentação. Uma chuva de prêmios, elogios da crítica e do público reconheceram para sempre a transformação deste quesito que a verde, branco e ouro da zona da Leopoldina promoveu. Epara 2016, buscando manter a sua tradição de comissões ímpactantes, a agremiação convocou de volta a bailarina e renomada coreógra-

Para fazer uma apresentação rápida, de seu extenso curriculo podemos destacar que ela foi a primeira brasileira a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil, "Ovo". fa Deborah Colker.

Sua primeira passagem pela agremiação foi em 2014, quando realizou um elogiado trabalho na Comissão de Frente para o enredo em homenagem ao jogador de futebol Zico. Agora em 2016, Deborah está empolgada com a empreitada de trabalhar com as referências do mundo rural brasileiro. Para a Comissão, ela está idealizando uma pequena viagem pelo universo sertanejo, com seus personagens e ícones, servido de antessala para o grande baile que a Imperatriz vai promover na passarela.

Alexandre Medeiros

Autor de "Astrês irmãs, Como um trio de penetras arrombou a festa".


PAIXÃO DERRAMADA

A RIMA

Umas das mais tradicionais alas de compositores do carnaval carioca, a Plêiade leopoldinense vem se destacando de forma significante nos últimos anos, pela qualidade das obras que participam do concurso de samba-enredo tornando a disputa da Imperatriz extremamente acirrada e surpreendente. Baluartes como Zé Katimba e Niltinho Tristeza, os mais antigos em atuação na ala, inspiram os novos compositores, que revigoram a cada ano o time de poetas da Rainha de Ramos.

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Para o carnaval de 2016 a parceria formada por Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna compuseram mais um samba que entrará para galeria de obras-primas gresilense.

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A proposta de homenagear outro ritmo como a música sertaneja e por consequência uma de suas mais importantes e expressivas duplas, no inicio pareceu bastante desafiadora. Mas com extrema habilidade melódica e com uma letra escrita de forma primorosa, a parceria despontou como uma das favoritas durante as eliminatórias brindando a Imperatriz, mais uma vez, com um hino concorrente ao melhor samba do ano. Pelo terceiro ano consecutivo a ala de compositores Leopoldinense ficou sob a responsabilidade do Departamento Cultural da Escola e desftlará em 2016 representando a composição "É o Amor", o maior sucesso da Dupla Zezé de Camargo e Luciano.


€hora ca aco, ponteia viola Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora Soú brasileiro, • •• • calpua puapora Sagrada lida, viêla sertaneja Guardo as lembranças lá do meu torrão O galo canta anuncia novo dia Al:irea porteira do meu coração Minhas andanças marejadas de saudade Semeiam sonhos ... Felicidade Ouvir a orquestra espantar, vibrar numa só voz Dançar ao vento ... Os girassóis No amanhã hei de colher, o que hoje for plantar Visão que o tempo não desfaz Dourada serra que reluz no meu goiás Minha terra ... Sou som do serrado brejeiro Onde a lua inocente vagueia Berrante, peão, vaquejada Tocando a boiada A estrela que clareia Sou matuta, ribeira, caipira Não desgoste de mim quem não viu... Ô Paixão derramada na rima O encanto da menina Um pedaço feliz do brasil

Festa .. Tem cavalhada e romaria Risos... Os mascarados vêm brincar Na fé que une e faz o povo acreditar Que um grande sonho pode se alcançar A esperança do pai... Brilhou Nos filhos ue o brasil. .. Consagrou Talento e arte, vitória e superação Que um anjo caipira abençoou Se toda história tem início, meio e fim A nossa começou assim

É O amor ...

A receita da alegria Sentimento e magia A , razão do meu cantar E o amor ... Minha escola na avenida A paixão da minha vida Verde é minha raiz Imperatriz

Autores do Samba-enredo:

Zé Katimba Adriano Ganso Jorge Do Finge Moisés Santiago Aldir Senna

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VEM COMIGO ...

IMPERATRIZ Uma das novidades para o carnaval de 2016, o intérprete Marquinho Art'Samba estreia na escola com a certeza de que escreverá seu nome na galeria de bambas da Imperatriz. A identificação do cantor com a comunidade foi instantânea, e Marquinho já é visto como um dos veteranos gresilenses.

Trazendo consigo uma ampla experiência na interpretação de sambas na avenida, mas tendo através da imperatriz a projeção de seu talento para o grupo especial, a voz de Marquinho para muitos soará como inédita, criando entre a Imperatriz e seu novo puxador um elo de sucesso e identificação.

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Vem com ele ... e embarque no timbre forte e marcante de uma das mais belas vozes do carnaval carioca ...

carisma e a empolgação que o cantor vem demonstrando em nossos ensaios de quadra, dão a Imperatriz, não só a certeza que teremos um samba perfeitamente conduzido na avenida como também de que este casamento ente a voz de Marquinho Art'Samba e a escola será duradouro e feliz.

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Agora é a Nossa vez!


Para conduzir o Leopoldlnense um responsabilidade Art'Samba durante Imperatriz.

canto forte da Nação time de primeira terá a de apolar Marquinho os 80 minutos de desflle da

Os encontros, quase que diários, não se limitaram apenas a quadra. Para que tudo ocorra de forma perfeita no dia do desfile, foram promovidos ensaios na Rua, na avenida e em estúdio, onde todas as vozes fossem amplamente estudadas e ajustadas para uma perfeita harmonia e adaptação ao samba-enredo. A direção musical ficou, mais uma vez, sobre a tutela de Mário Jorge Bruno, produtor musical que acumula durante o Carnaval a responsabilidade de supervisão de mixagem e mlcrofonação da Bateria nos dias de desfiles na Marques de Sapucal, além de produzlr o CD das Escolas de Samba do grupo especial desde 1994.

Puxadores Auxiliares no Carro de Som: Arthur Meio Dia Chicão Jefinho Rafael Tinguinha Henrique Cesar

Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo Primeiro Cavaco: Leandro Thomaz

Cavaco Base: Vinicius Marques

Violão de Seis Cordas: Pedro Marques

Violão de Sete Cordas:

Nossos músicos prometem sacudir a Sapucai, do primeiro ao último setor, fazendo com que todos possam, juntos com a Imperatriz, cair no samba e curtir um belissimo carnaval.

Ismael Santos

Pandeiro/Tan Tan: PC da Imperatriz

Surdo: Marcelão


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MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA

NOVA DUPLAoA

CORTE LEOPOLDINENSE No rico repertório coreográfico em torno do samba, há uma dança que se destaca como genuinamente carioca e fortemente diferenciada: a performance desenvolvida petos casais de mestres-salas e porta-bandeiras. Milhões de brasileiros natos, naturalizados ou por opção sambam a sua moda. Mal ou bem todos dançam samba. Há 500 blocos, bandas, afoxés e cordões no Rio de Janeiro, cada qual com suas informais porta-estandartes, porta-bandeiras, mestres-salas, essencialmente despreocupados com performances formais e onde o brin-

car é a ordem do dia. Mas apenas uma minúscula fração de nossa população sambista é capaz de dançar como os pares tão singulares das escolas de samba. Gerada nos ranchos e blocos cariocas com repertórios de gestos e performances corporais típicas e ao mesmo tempo inspirados em uma série de danças populares e da corte, esta dança foi apropriada pelas escolas de samba desde a sua origem. Naturalmente, em 100 anos de samba, muitas variações foram inclui


a

das e tantas outras extraidas e alteradas naquele coquetel performático inicial. De execução mais lenta e simplificada nos desfiles das escolas de samba até finais dos anos 1950, teve o repertório performático progressivamente enriquecido e até mesmo afinado em resposta a muitos fatores, com destaque para a ascensão midiática das escolas de samba e sua transformação em maior espetáculo da Terra. Muitas dessas modificações foram igualmente resultado da resposta às caracteristicas formais do próprio desfile a partir dos anos 1990, quando por circunstâncias regulamentares passou a ser exigida uma apresentação mais rápida e que ao mesmo tempo condense uma performance ideal, rica, exata e, sobretudo, carismática, que envolva, emocione e surpreenda plateia e jurados. Meta nada simples, convenhamos. Mestre-sala e porta-bandeira são bailarinos populares e intuitivos, cada qual com seu estilo, cada dupla com sua proposta, cada apresentação milimetricamente elaborada com estética própria. Os dois, juntos com a bandeira, realizam coreografias complementares, afinadas e espontâneas buscando empatia e resultado nos efêmeros minutos disponiveis. A meta parece inalcançável, mas as madrugadas suadas de ensaios após dias devotados ao trabalho para próprio sustento preparam os casais para o resultado esperado em seu espetáculo: hipnotizar a plateia e levá-la ao delírio no final apoteótico, em pouco mais de dois minutos. Para tal. a obsessão em buscar conhecimento e domínio da técnica e limpeza dos movimentos numa atmosfera que transborde espontaneidade, graça e garbo torna-se a tônica dos ensaios exaustivos visando ao desfile a cada ano, exigindo cada vez mais dos mestres-salas e porta-bandeiras. No atual cenário da dança

deste casal, há quem acredite ser antagônico o esmero na técnica e espontaneidade, mas é exatamente o contrário que os casais fazem emergir em suas apresentações. É o que eles nos provam em cada um de seus ensaios précarnavalescos nas suas quadras em meio a suas comunidades e se concretiza no desfile. Para estes casais, dançar nos ensaios das quadras de suas escolas com a bandeira que agrega a comunidade, significa mais que um divertimento ou simples dever do cargo, e bem mais que uma oportunidade de inclusão simbólica na estrutura hierárquica de poder, mas sim a oportunidade para aprimorar a técnica, limpar e ajustar os movimentos num clima descontraido e espontâneo. Esta é a ocasião para igualmente observarem-se e observar tudo a sua volta, notadamente a reação da "corte", muito considerada na preparação para o desfile. Assim, naturalmente, associam técnica refinada (porém não engessada) que transpira espontaneidade nos gestos, deslocamentos e largos sorrisos. Essa é a lógica do casal que conduzirá a bandeira da Imperatriz Leopoldinense em 2016 no 5ambódromo: Rafaela Theodoro e Rogério Dorneles. ou simplesmente Rafaela e Rogerinho. Tratam-se de estrelas de primeirissima grandeza de uma constelação pequena que é o conjunto de porta-bandeiras e mestressalas das escolas de samba em atuação na cidade e no mundo. Ambos muito premlados, são recebedores de notas máximas na esmagadora maiorias das disputas. Ajovem Rafaela é a primeira dama da corte gresilense desde 2011 e Rogerinho é primeiro mestre-sala desde 1993. Ambos são bailarinos no auge de sua maioridade estética. Ainda que estejam fazendo par pela primeira, ou talvez por isso mesmo, sua dança em conjunto transparece majestade e habilidade porque, sabiamente, cada qual absorveu a vivência e as heranças culturais individuais do


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MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA

outro, recombinando suas linguagens artisticas e estéticas, privilegiando o melhor de suas trajetórias e repertórios e reelaborando tudo isso num resultado esplendoroso. De sobra, e como deve ser para mais surpreender, agregaram à lógica da apresentação formal do casal, uma sequência de movimentos e referências coreográficas que reportam ao enredo que está sendo representado no espetáculo como um todo. Atinados, sua dança espetacular dialoga com temáticas da sociedade e das culturas brasileiras. De certa forma repetem a lógica do balé clássico quando este idealizou gestos naturais empregados nas danças populares europeias. À majestade e leveza da série de gestos e movimentos tipicos, Rafaela e

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E O AMOR! Representando os 25 anos de carreira de Zezé Di Camargo e Luciano, nosso segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcílio Diamante e Elaine Fernanda, mostrará na avenida mais uma vez seu bailado forte e envolvente.

.

Mardlio e Elaine são formados por escolas tradicionais de dança, e de experiência reconhecida pelos anos em que atuam no Carnaval Carioca, e mesmo não carregando no desfile a responsabilidade direta pela nota no quesito, ensaiam incansavelmente para mostrar na avenida toda a elegância e o esplendor caracteristico de quem tem como honra ostentar o pavilhão sagrado da Escola.

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Rogerinho selecionaram e adicionaram referências a tudo de atraente que está ao seu redor, na cultura pop e no enredo. Não se pode esperar resultado mais interessante, criativo e contemporâneo. Além disso, em meses de diálogos, experimentações e auscultas à quadra de Ramos, Rafaela e Rogerinho tiveram êxito em condensar tudo isso magistralmente numa performance de algumas dezenas de segundos, para nos brindar no desfile da madrugada da terça-feira gorda de 2016. A nação gresilense não poderia estar mais radiante!

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CANTANDO, BRINCANDO, PULANDO E SAMBANDO, COM PREVENÇÃO COMBINADA A ahordaAem da J,revenção comhinada amplia as possibilidades de proteção das pessoas mais afetadas pela epidemia e oportuniza uma abordagem integral e integrada de prevenção continuada: promoção da saúde, a prevenção

da transmissão

As possihilidades

do HIV, assistência e tratamento.

e alternativas

para

él

expansão

do diagnóstico

e tratamento

oportuno

com os lestes rápido,

fluido oral e protocolos de tratamento simplificados, ampliam de forma positiva o diaAnóstico precoce e conse'luentemente a diminuição da mortalidade por aids e redução de novas infecçiies. A testagem para HIV é ofertada na rede de serviços do SUS, Centros de Testagem (CTA), na Rede Básica de Saúde, em serviços de atendimeoto especializados (SAE), e algumas Organizações não Governamentais (ONGs). O uso do preservativo

masculino ou feminino, de forma consistente,

ainda é o método mais eficaz de proteção,

e de prevenção primaria da infecção por transmissão sexual do HIVe de outras doenças como a sífilis e as hepatites virais. No ent.anto (} uso consistente

e correto do preservativo

das pessoas e por fatores emocionais

o uso de álcool e drogas. situações No caso da camisinha

é

influenciado

pelos tipos de parceria e arranjos

sexuais

c pessoais como desejo, prazer, amor, situação atual de vida, poder de gênero,

de violência.

romper

ou acontecer

recorrer ao serviço de saúde de emergência

uma situação

indesejada

ou serviço especializado

de sexo desprotegido.

a pessoa

deve

em aids, no período máximo de 48 horas depois

de ocorrida a exposição ao HIV,por relaçào sexoal, para ser avaliada por profissionais capacitados, e verificar se há recomendação

para o

liSO

de medicamentos

antirretrovirais

por um período de 28 dias. A terapia de profilaxia - pós

exposiçào sexual (PEP) é a única forma de reduzir o risco da infecção após uma exposição. "Fazer o leste e usar camisinha nas relações sexuais é uma responsabilidade de lodos nós ... Prof. Dr. Marcio Tadeu Ribeiro Francisco Prof. Associado Universidade Estadual do RIO de Janeiro Prof. TItular Universidade Veiga de Almeida Consultor Ad hoc-UNAIDS

REAUZAÇÀO

APOIO CULTURAL

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UMA ESCOLA DE

HARMONIA A Imperatriz Leopoldinense é uma das escolas de samba que mais contribui na formação de novos diretores de Harmonia do carnaval brasileiro. Muitos são os diretores que passaram pelo GRESIL e hoje emprestam sua arte e competência à outras agremiações.


Na Imperatriz o diretor de harmonia não é visto em uma escala superior ao componente, pelo contrário, se coloca como apoio, sendo um dos alicerces para a boa condução do canto e da evolução durante o desfile. No ano de 2015, em seu primeiro carnaval conosco, Junior Escatura conquistou a confiança, o carinho e o respeito de todos os componentes e seguimentos da imperatriz, deixando evidente sua qualidade e hombridade na condução de um quesito tão importante para a escola. Vencedor de tradicionais premiações do carnaval carioca por seu desempenho à frente da Harmonia da Imperatriz Leopoldinense no último carnaval, Júnior Escafura manteve para o

2016 o mesmo comprometimento e determinação para que o canto e a evolução da escola atinjam a perfeição e embale não só os componentes mas também todos na Avenida.

Mais uma vez o esquadrão de ouro de diretores de harmonia entrará na avenida comprometido em consolidar sua qualidade contribuindo de forma contundente na busca pelo campeonato.

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NO PIQUE DA CANÇAO

A BATERIA VEM ...

Estreando no comando da tradicional bateria gresilense, Mestre Loto apresentará no desfile um ritmo forte e cadenciado, permitindo a perfeita combinação entre os diversos instrumentos, e unindo a tradicional identidade musical da Imperatriz aos elementos ritmicos versáteis, que prometem sacudir a avenida. Todas as bossas foram 'desenhadas' de maneira que pudessem destacar harmonicamente pontos fortes do samba-enredo, mas sem deixar de lado a cadência e a manutenção ritmica, no momento de suas execuções. Mestre Lolo estreia no comando de uma bateria do Grupo Especial amplamente gabaritado,

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trazendo consigo diversas premiações e, principalmente, notas lOque fizeram dele um dos principais Mestres da nova geração do carnaval carioca. A bateria conta ainda com o apoio de Jairo Ribeiro, presidente da Bateria, e dos diretores Andinho, Anderson, Clariana, Jean, Caio, Cabral, Tiquinho, Maurão, Júnior e Nego Ed.

Unindo tradição e versatilidade, mais uma vez o Swing da Leopoldina vai passar na avenida sacudindo o sambódromo e fazendo tremer os pilares das arquibancadas.


SALVEA

RAINHA Mais uma vez nossa Rainha Cris Vlanna entrará na avenida honrando este posto tão sagrado em nossa Imperatriz Leopoldinense.

A identificação entre a Rainha e seus súditos foi imediata em sua estreia, no carnavaL de 2013, e Logo ficou evidente que este casamento seria duradouro e feLiz. Crls acompanha imperatriz, pesada

pessoalmente

o carnaval

da

e se "desdobra"

para conciliar sua

rotlna de gravação

para as novelas da

Rede Globo

e as atividades

da Escola, não

deixando de honrar seus compromissos e principalmente de presentear nossa imensa Nação Leopoldinense durante os ensaios.

com sua graça e beleza,

No último carnaval Cris Vianna foi um verdadeiro sucesso á frente de nossa bateria, recebendo vários prêmios e sendo considerada a melhor entre as rainhas. Nós, da imperatriz, nunca duvidamos

disso, e é com muito orgulho

mais uma vez apresentamos poderosa realeza ...

a Rainha Cris Vianna.

que

ao povo nossa


BAIANAS

o SAMBA

EM SUA ""

T ADIÇAO

Baianas reunidas na quadra da Imperatriz.

Um dos momentos mais esperados de um desfile é a passagem da ala de baianas. Elas representam toda a tradição, fidelidade e amor à uma bandeira.

Não há como não se emocionar com o bailado envolvente de nossas senhoras, de passos leves marcando o ritmo e a cadência do samba, e principalmente com seus giros e gingados que traduzem a força do verdadeiro sambista. Nossas baianas, mais uma vez estão sob a coordenação e o carinho de Raul Cuquejo,

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diretor responsável pela ala que dedica sua vida na organização e preparação dessas relíquias de nossa coroa. Dona Marleny Ferreira é nossa baiana mais idosa e antiga na ala, 81 anos de idade e algumas décadas de dedicação a Imperatriz. Jaqueline (opgue é nossa caçula, e com a jovialidade de seus 19 anos, nos dá o conforto e a certeza de que essa tradição estrá sempre mantida. Para mostrar a força e o encanto de nossa ala de baianas, em 2016 elas terão a responsabilidade de abrir nosso desfile representando os Girassóis da roça.



NA GINGA DE NOSSOS

PASSISTAS Referência de graça e beleza o time de passistas da Imperatriz mais uma vez enfeitará o sambódromo, mostrando a verdadeira arte de sambar, contagiando a todos com suas evoluções e gingados, honrando a tradição Leopoldinense. Sob o Comando de Jorge Magno, passista estandarte de ouro em 1993, os malandros e cabrochas da imperatriz atravessam uma grande rotina de testes e ensaios até a chegada à marquês de Sapucai.


NO DESFILE

••• Em 2015 um antigo sonho se tornou realidade em nossa agremiação:

O projeto de passistas mirins. Sob a direção de Magno e a coordenação de Jéssica Andreza e Wesley Neto nossos jovens sambistas abrilhantam nossos ensaios nos enchendo de orgulho e, principalmente, nos dando a certeza de uma continuidade e futuro assegurado, no quesito "samba no pé"!.

Nossos passistas representarão no carnaval de 2016 os peões de rodeios, com a fantasia "Segura Peão" mostrando no pé que samba e sertanejo combinam e são a verdadeira expressão da alma brasileira.


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TEM BATUQU;=

NA HISTORIA Primeira Escola de Samba a criar um Departamento Cultural, a Imperatriz Leopoldinense carrega a responsabilidade de manter ativo e eficaz este setor que tem a importante tarefa de prover o departamento de carnaval com materiais e pesquisas que servirão de alicerce para a construção e defesa de seus enredos como também em disseminar juntos aos componentes e torcedores da Escola a rica história gresilense e de seus baluartes. Em 2015 o DC inaugurou o projeto "Tem batuque na História" com o objetivo de levar para alunos do ensino fundamental das escolas da região da Leopoldina, um pouco da história do Brasil através dos sambas-enredo e dos temas abordados para a Imperatriz em seus carnavais.

o enredo

de uma escola de samba permite uma abordagem profunda e ao mesmo tempo livre sobre um fato histórico. O tema não fica preso às paginas dos tradicionais livros que visitam as carteiras escolares revelando eventos e curiosidades muitas vezes inéditos aos que assistem aos desfiles. O Projeto desenvolvido na quadra da Imperatriz conta com uma exposição no Centro

Cultural, onde os alunos conhecem, através de fotos e pinturas, os elementos abordados no desfile e ainda assistem a exibição de um vídeo institucional onde o enredo é dividido e explicado em seus diversos setores. A pesquisa realizada na quadra da Imperatriz ganha maiores proporções nas salas de aula, onde o tema é debatido entre alunos e professores resultando em apresentações e debates gerando novos olhares e interpretações sobre a rica história brasileira. Muitos são os fatos históricos abordados pela Imperatriz Leopoldinense, a escola permite uma rica fonte de pesquisa sobre os principais momentos da construção política e cultural do Brasil. O descobrimento, a chegada da familia Real, a Independência e a proclamação da república são apenas alguns exemplos de como a Escola pode unir de forma extremamente positiva a educação e o samba. Em 2016 o Departamento Cultural da Imperatriz, com o apoio da subprefeitura, ampliará o acesso ao projeto levando as exposições e os debates às bibliotecas e escolas municipais da Zona da Leopoldína.

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Vice-precidente Cultural da Imperatnz, André Bonalte .

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VELHAGUARDA Representando toda a tradição, lutas e glórias de uma agremiação, a galeria da Velha-Guarda carrega a responsabilidade de manter ativa na memória dos mais novos o amor e o respeito a agremiação. Pertencer a esta galeria não é tarefa fácil. Um histórico relevante do sambista é analisado por membros de uma comissão avaliando seu comprometimento e principalmente sua fidelidade ao pavilhão l.eopoldinense para poder ser inserido neste sagrado grupo. Por ~.. conta disso, vestir o fardão desta galeria é

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motivo de muito orgulho para seus membros e de admiração por todo o corpo da escola. Em 2015 foi consolidado dentro da VelhaGuarda gresilense um antigo sonho: a criação de um conjunto musical. AVelha-Guarda musical da imperatriz começou de forma tímida, mas a dedicação e a qualidade musical dos seus membros já ganharam fama. Hoje o grupo é convidado para várias apresentações e como registro de tamanho sucesso, prometem a gravação de um CD com os principais sucessos da Imperatriz. No carnaval nossa Velha-Guarda representará um tributo à inezita Barroso, uma das maiores intérpretes da música sertaneja, unindo toda a tradição do samba Leopoldinense e esta renomada artista, da nossa cultura popular.


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