Jornal Cidade Carnaval 2011

Page 1


SEU TOM Abrem-se as cortinas, é hora do show. Se o ano tem início depois do Carnaval, concluímos que, assim como a festa de Réveillon, o clima nesta época é de renovação. Mas, se ao fim do ano prevalece a comemoração regada com champagne, a festa de Momo tem como ingredientes indispensáveis o confete, a serpentina e muito samba no pé. Éneste ziriguidum que o JC abre aJas para mais uma cobertura carnavalesca. O objetivo é mais uma vez levar a informação completa e detalhada a assinantes e leitores. Através da cobertura Nota 101, o JC dá qualidade à divulgação da maior festa popular da Capital da Alegria. Com a segunda edição do Especial Carnaval, você, leitor, tem acesso aos enredos, sambas-enredos e Raios Xdas escolas de samba que disputam o t~ulo de campeã Em matéria especial, traçamos uma linha do tempo, colocando em discussão a evolução dos desfiles nos últimos 28 anos. O que avançou e o que regrediu, conforme as autoridades do samba. Seja nos desfiles de escolas de samba ou de blocos, na animação na Avenida Visconde ou nos clubes, o desejo do Grupo JC é para que pierrôs e colombinas vivam os dias de folia em paz e alegria Que a animação individual não supere o respeito ao coletivo. Que a harmonia fale mais alto na Capital da Alegria e possa ecoar além dos limites da nossa cidade. Afinal de contas, o Carnaval é a festa do povo.

I GRUPO

JC

Jornal

CIDADE " ' éntd.l

s. 283 · Centro

A line Beabil: P. Magalhies Ceron

DIRETORA ADMINISTRATIVA Luis Augusto P. de Magalhles

DIRETOR EXECUTIVO

CEP 13SOO-OSO • Rto Cl3ro

Atend imento ao leitor: 3526.1033/3526.1000

l ud mar Gonzalez Joma6sla Responsável Email: r~@J(rioc.láró c.onl.br

I

Jornalistas Emerson Augusto e Valdira Vekno Projeto Gráflc:o e Editoraçio Lu Bertln Dlstribulçio Gratuita Tiragem 30 mil exemplares

www.jomalcldade.net


ESPECIAL JORNAL CID11.DE- 3

A UNIMED RIO CLARO CUIDA DE SUA SAร DE EM TODAS FASES DA VIDA

J)es~e ~ (1estPvq.M) e

-

Conheรงa nossos planos no site www.unimedrc.com.br ou pelo telefone 3526.6735


ESPECIAL JORNAL CID.IIDE - 4

Casamba Grasifs Samuca Azul e Branca cont a a paixão pelo Carnava l

.. • • • • conteúdo

Vermelho e Branco enfoca a origem do samba

..,

Uva Verde e Branco vai fazer " lo ucuras" na Visconde

N

III N N

~o

Amarelo e Branco aposta nos · Desejos" em busca d o bi

'"" Ao

PERSONALIDADES .AUMENTAM O BRILHO D.AS ESCOLAS DE SAMBA N.A VISCONDE A JOVEM THAINÁ CAPISTRANO, RAINHA DO CARNAVAL DE RIO CLARO DESTE ANO, FOI FOTOGRAFADA POR MARCELO RAMOS RIBEIRO E DIEGO OCANHAS DA FOCCUS FOTOGRAFIA E TEVE PRODUÇÃO, MAKE UP E CUSTOMIZAÇÀO DA CAMISETA DO JC POR JERDES t; ANDRADE.

e1n315:

~

.'

. I

I-

-

28 ANOS DE FOLIA EM "DOIS DEDOS DE PROSA"- UMA VIAGEM PELO TÚNEL DO TEMPO.

CARA DE MENINO TALENTO DE GENTE GRANDE- PAGINA 10


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 5

A FACULDADE INTERATIVA COC AGORA É

• • Ct:NTHu

···- ••••••• 0•

UNISEB INTERATII VO COC! NOVO VESTIBULAR

20oeMARÇO RIO CLARO

AGORA tOM NOVOS CURSOS

SUPERIORES EM TECNOLOG\A MARKETING GESTÃO FINANCE,RA. GESTÃO EM RECURSOS

2t

HUMANOS

Polo Rio Claro: Av. 371 1000. ( 19) 3524.7454

AULAS VIA SATÉLITE UMA VEZ POR SEMANA

GESTÃO EM TECNOLOGIA t5

SEtRETAR~O

2

i i

~

1

f •

OUTROS CURSOS FILOSOFlA LETRAS PEDAGOGIA ADMINISTRAÇÃO CIÊHCtAS CONTÁ8EIS

Í

,.

Inscreva-se atá 17 de março pelo slte;

www.estudeadistancia.com


ESPECIAL JORNAL C IDADE - 6

projetam o Carnaval ~~· nsolidar o Carnaval de Rio Oaro como mdos melhores do eixo Rio-São Pauo. Com esta meta traçada, escolas de samba não estão poupando esforços para abrilhantar a festa na Avenida Visconde. Neste ano, as agremiações carnavalescas confirmaram reforços "de peso" que certamente vão atrair a atenção do público de diversas cidades, bem como a grande imprensa. Na passarela do samba vão estar nada mais, nada menos que o time de estrelas formado por: Viviane Araújo. rainha de bateria do Salgueiro (RJ) e da Mancha

G

Vlviane AnújoSaJnuc a

She üa M e lloCasamba

Verde (SP); Scheila Carvalho, ex-dançarina do grupo t o Tchan e atual madrinha de bateria da Unidos de Vila Maria (SP); Sheila Mello, ex-dançarina do É o Tchan, atriz e madrinha do Acadêmicos do Tucuruvi (SP); Natália Casassola, ex-particípante do pro9rama Blg Brother Brasil, Ariane Gonzalez, musa do Brasileirão e o ator Luciano Szafir. Viviane Araújo terá uma agenda corrida no Carnaval 2011 . Na madrugada de

Luc iano SzafirCas amba

, \


sexta para sábado, às 02h55, ela desfila no sambódromo, em ~o Paulo, com a Mancha Verde. No domingo. Viviane está à frente da bateria da Samuca, em Rio Oaro. e na segunda-feira de Carnaval defenderá as cores do Salgueiro na Marquês de

Sapucaí. Scheila Carvalho desfila com a Unidos de Vila Maria, na madrugada de domingo. à 01h15, e no mesmo dia, porém por volta das 22 horas. vai estar à frente da bateria da Unidos da Vila Alemã (UVA), terceira escola a entrar na Avenida Visconde. A Casamba conta com um time de estrelas. Sheila Mello. que desfila com a Acadêmicos do Tucuruvi, de sexta para sábado, à O1hOS, no domingo vai brilhar com a Amarelo e Branco, quarta escola a entrar na Visconde. "Amo Carnaval porque cresd dentro dessa energia maravilhosa. Ter o trabalho reconhecido é ótlmo", disse a atriz, atualmente no ar na novela Ribeirão do Tempo, da TV Record.

Natural de Passo Fundo (RS), Natália Casassola é a musa da Casamba no Carnaval 2011. Ex-partidpante do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, Natália esteve duas vezes estampando a capa da revista PI~ No ano passado. a modelo desfilou na Marquês de Sapucaí com a Mocidade Independente de Padre Miguel. Musa do Brasileirão 2008. a modelo Ariane Go~ fará o seu primeiro desfile defendendo as cores da Casamba neste ano. "Estou muito feliz. Fui bem recebida na escola". enfatiza. Fechando o time de estrelas, a casamba confirmou a presença do ator Luciano Szafir. Como ator participou de diversas novelas. entre elas: Anjo Mau, O Clone, Vidas Opostas, Amor e Intrigas, e Promessas de Amor. É nesta rota que as escolas de samba vão projetando a festa na Capital da Alegria. O certo é que este time de beldades vai agradar ao público feminino e também aos marmanjos. Tem pra todo gosto...

Schetla Carvalho-

Al:lane Gonzalez Natália CasassolaCasamha

UV&

• •


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 8

conta colll três dias de desfiles na Avenida Visconde do RC

A corte momesca vai dar o s inal verde para os

desfiles na Vis conde às 20 horas

OCarnaval 2011 na Avenida Visconde do Rio Claro, no sábado. domingo e terça-feira terá início sempre às 20 horas como desfile da corte n10mesca comandada pelo Rei Mamo, Alessandro Ribeiro. e a rainha do Carnaval, Thainá Cristina Capistrano. No sábado de Carnaval, dia 5 de março. logo a[X>s a passagem dos Monarcas da Folia. vão desfilar na Avenida Visconde os blocosfolia Diversidade e Unidade, DST-Aids, Cacique do Samba e Bloco do Vermelho. Aindano sábado, estão confirmados os desfiles dos blocos-escolas: Império do Samba VilaPaulista, Acadêmicos do Tabajara e Gaviões da Fiel, que concorremao troféu de campeão nesta categolia. Aescola de samba Os lndaiás vai fecl1ar o primeiro dia de folia na Visconde. No domingo será a vez das escolas de samba na seguinte ordem: Samuca, Grasifs - A Voz do Morro, Unidos da Vila Alemã (UVA) e A Casamba Na terça-feira, serâ realizado o desfile das campeãs. Segundo a Comissão Organizadora do Carnaval (COC), a festa terá início com o bloco-escola campeão. Na sequência voltalll â passarela as escolas de samba para receber os troféus de 1• a 4° colocados.

~aeõtes promocionais* Parcelas em até 10x!!!


ESPECIAL JORNAL CID11.DE- 9

a

--.---,--11 GRANDE CAM eU DO CARNAVAl! 20:1!0!

~~ :

@?. ~~

Desfile domingo • 6/3 a partir das 23HOO lnformacões fone: 3023-G181 , Logos 1 Fotos

no site:

www.acasam ba.com. br (JJ ...._,._,~.,;III..T'""" ....,.._,..,


ESPECIAL JORNAL CIDADE -10

talento de os 9 anos de idade, Robledo ..,..Henrique Ferreira já conta com urrículo de gente grande quando o assunto é o Carnaval na Capital da Alegria. A timidez que tomou conta do garoto no momento da entrevista, deixando aflorar o seu lado infantil, escondendo, mesmo que momentaneamente, o ritmista de qualidade inquestionável que aos poucos vai escrevendo uma história talhada pelo talento nas baterias das escolas de samba. Filho de Marcos Rogério Ferreira, o Belelo, e de Priscila Cristina Ferreira, Robledo, quando em ação, com o repinique pendurado em seu talabarte e com as baquetas nas mãos é acompanhado atentamente pelo irmãozinho João Marcos, de apenas 3 anos. Entre os sambistas, há a máxima de que o diferenciado é aquele que possui audição privilegiada. Na prática, quem tem talento e bons ouvidos está com "meio caminho andado" para tornar-se um ritmista respeitado nas escolas de samba. "Quando eu estou na bateria, principalmente na hora dos breques, sinto uma felicidade sem limites. A sensação é boa demais. Sempre penso: nossa, que loucura é isso!li", comenta Robledo ao recordar-se das suas passagens pelas escolas Porto

.. .. .. •f :

,.

.

'

Crystal, Pavão de Ouro, Casamba e no bloco Gaviões da Fiel. Mas, aos 9 anos de idade, Robledo tem apoio para continuar crescendo como ritmista, porém conta com "marcação cerrada" da família para que a atenção seja a mesma ou, se possível, maior ainda com relação aos estudos. "Sem dúvida. Estou no quarto ano lá no Dji liah. Gosto muito de matemática. Sei que para continuar tendo o apoio no Carnaval preciso fazer a minha parte na escola", comenta Robledo. Nas horas vagas, quando não se encontra na escola aprimorando a arte como ritmista, Robledo conta com agenda extensa. Através do projeto desenvolvido pelo Centro Municipal de Convivência do Jardim Bandeirantes, realiza atividades extracurriculares, como por exemplo o futebol. "Sou cori ntiano. Meu sonho, no tutu ro, é ser jogador de futebol. Admiro muito o talento do Cristiano Ronaldo, mas aluaimente jogo na zaga", fala Robledo. O ritmista, falando ainda sobre o futebol, diz com orgulho que no Campeonato Municipal Dente-de-leite defende a camisa da Owens Corning. "Gosto das coisas simples da vida. Entre elas, o nosso querido Carnaval", finaliza o garoto.

... O, r

. .. . ..

..

EsTAÇÃO BELEZA CI.IDADQII.P,&AlOCOR90.,PI:L! I! C,L91UlS

.,.

Rua, a, 153 · Cidade J;n'dlm

· Fone~

3532.5970

....", \ ........


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 11

-

,

LOCAÇAO DE MAQUI'NAS E EQUIPAMENTOS -

ST~I~S

-

-

-----

• Escavadeira Hidráulica • Retroescavadeira • Pá-Carreg.a deira • Minicarreg'a deira • Rolo Compactador • Motoniveladora • Rompedor Hidráulico • Rompedor Pneumático • Compressores de Ar • P1rancha p.a ra Transportes • Caminhões • Bob Cat


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 12

Do eito Que Quiser... O

ato de protesto. pela transferência da; desfiles carnavalescos da área central à Avenida Visconde, na década de 80, ganhou corpo aos prucos. Foi crescendo, crescendo, e hoje, com 26 anos de história transformou-se na largada oficial dos festejos de Momo na cidade. A Banda do Veneno é uma agradável realidade da Capital Alegria. Une, às sextas-feiras de Carnaval, representantes da comunidade com suas mais variadas criatividades. Seja vestido de mulher, de palhaço ou até mesmo comuma roupa leve para suportar a ''maratona" noturna, o folião abraçou este evento que temà frente o simpático casal Mário e Cida Yawkl. Mas para entender um pouco desta trajetórJa de sucesso, dentro da história carn<.valesca da cidade. se faz preciso entrar emum túnel do tempo. No inicio da década de 80, a; desfiles das escolas de samba ganharamforça. Com o aumento do tamanho e da quantidade de alegorias, o desfile n.a área central ficou prejudicado. Em 1984, aconteceu o primei•o desfile das agremiações carnavalescas na Avenida Visconde, local onde a festa poiJ-ilar se mantén até hoje. Com isso, grupo de amigos que encontravam~e diariamente na Esquina do Veneno, discort!ando da mudança do local dos desfiles caneçaram a projetar um Plano B para que o Centro não ficasse fora do calendário dos foliões. Em 1986, por intermédio de muitos colaboradores, entre eles, Mário e Cida Yawki. Marcos Welmut. Mi~on Luz, João Zaine, entre OLrtros. é criada a Banda

do Veneno. No p1i meiro desfile, cerca de 100 pessoas estiveram presentes. O grupo foi ganhnando novos adepta;, ano a ano, sempre mantendo a tradição de desfilar no Centro na sexta-feira de Carnaval. Na década de 90, fato que chamou a atenção foi o desfile que contou com comissão de frente. carro abre-alas, alas fantasiadas, entre outros elementos que con1põemuma escola de samba. Paramuita; dos li.Jndadores da Banda do Veneno, o trabalho foi signijicativo naquela ocasião porém havia a necessidade, no ano seguinte, de se retomar araiz do traball1o onde tal organização não encaixava bem. Olemasempre foi: VemQuem Quer, Do Jeito Que Quiser. Nestes 26 anos de Banda do Veneno fica dilfcll nominar pessoas que marcaram a história desfilando ou organizando. Entre elas estão: Be-

• • •

Zaine, Hélio Zulato, Orlando Salomão, Alcides Beaato e Lei Gama Figura obrigatória nas animações da Banda do Veneno, o desenhista Armando Meira fez história no Carnaval. Ao·co111racenar comElke Maravilha no Grupo Ginástico, desfilar vestido de Jânio Quadros OJ de Carlitffi. Meira rcrtulou-se como humorista nato. Integra o gru!)J seleto das pessoas que não estão no mundo para passar pela história, mas, sim para ajudar a escrevê-la. E quem disse que a Banda do Veneno não esteve devidamente representanda na; desfiles realizados na Avenida Visconde do Rio Claro. Em 1997. a banda foi tema-enredo da escola de samba Renascer. ~ neste conteldo que a Banda do Veneno, após completar Bodas de Prata, segue firme e brte contribuindo cada W!1.. mais com a diversão de pessoas que encontram no carnaval em ráúgio da correria do diaa-{!ia.

ned~o

Este ano estatem.os participando da FACIRC, passe em n.osso stand e concorra a doís ingressos para o 'THERMAS ·DOSLARANJAISII! ·.v1wr.lransomegaturis:mo.com.br é-mail: lransomegalllr/S/I'Io@mmsomegawrismo.Gom.br

!19)

3533•3314 J 3523•6993/9636•8220• R'lO C/aro . SP. I


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 13


O Carnaval chegou e a Capital da Alegria já é pura diversão. São desfiles, matinês, bailes e programação para todas as idades. Aproveite com responsabilidade a maior festa da região, e lembre-se: se beber não dirija.

Afinal, você está na Capital da Alegria.


'

Realização: Comissão Organizadora do Carnaval

www.rioclaro.sp.gov.br


-

-

ESPECIAL JORNAL CIDADE- 16

...

_.., ~

• •

AZULEB

co

,

..•/

• • • •

)

,

f •• •• ., •

1

/

;

) I

~

, . ..... .

San1uca celebra a maior festa popular na abertura dos desfiles na passarela

'

Samuca, primeira escola a desfilar, mostrará e can~ tará na Avenida Visconde a paixão pelo Carnaval, a aior festa popular do mundo, relembrando personagens, épocas, manifestações e acontecimentos. O enredo começará a ser desenvolvido pela comédia Dei'Arte, da qual surgem os três grandes personagens: pierrot, arlequim e colombina. No abre-alas, o golfinho, símbolo da agremiação, estará em um grande baile de máscaras representando o Carnaval em Veneza. ,...,.,..._ A Azul e Branco vai mostrar a origem do Carnaval no Brasil através do entrudo português, em que, no passado, as pessoas jogavam água uma nas outras. Estarão também no desfile personagens lendários e figuras típicas, como o Zé Pereira, palhaços e mascarados. A escola também fará referênàa aos blocos carnavalescos, ranchos e cordões, como o Cordão Rosa de Ouro e as grandes sociedades do Rio de Janeiro, Tenentes do Diabo, e as de Rio Oaro, como a Sociedade Philarmônica, Grêmio Recreativo, Sociedade Dramática Dançante Gdade Nova e o G-upo Ginástico Riodarense. O enredo traz ainda a batalha de flores e confetes que marcou uma grande época no Carnaval. A agremiação presidida por Jeferson Zanotti mostrará os principais carnavais regionais do país, como os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, e os grandes bambas das agremiações. Em Recife, com o Galo da Madrugada (o maior bloco carnavalesco de rua do mundo) e o trevo. Em Salvador, com os afoxés, Olodum e trios-elétricos. Finalizando o desfile, a Samuca prestará homenagem a Rio Claro, também conhecida pelo seu histórico de Carnaval. À agremiação esse é um motivo de grande alegria. A Azul e Branco vai concluir o desfile com uma grande festa comandada pelo Rei Momo e seu bonde com foliões rumo à Capital da Alegria para juntos, na avenida, como verdadeiros foliões rio-darenses. cantar a urna só voz: Não Me Leve a Mal, Hoje é Carnaval!!!


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 17

LETRA DO SAMBA-ENREDO ENREDO: Não Me Leve a Mal, ÉCarnaval! Autores: leferson Zanotti, José Rui Bianchi e Edgley Cunha Abram alas, hoje a felicidade vai reinar Eu vou. vestir a máscara em Veneza Bailando vou com a nobreza Nesse mundo de ilusões Oei'Arte eu vi, nascendo assim Pierrot, colombina, o amor de Arlequim Entrudo português, palhaços imortais Rosa de Ouro e os tenentes Brincando em alto-astral Lança-perfume pra brincar Limão de cera, a alegria está no ar Tem água de cheiro, muita serpentina Hoje é dia de folia

(BIS)

Epelos salões sorrindo eu vou Marchinhas encantam, batalha de flores Cordões ilustram um novo cenário Onde a "tristeza" vai embora Nesse mundo encantando

Cores oficiais: azul e branco Presidente: Jeferson Zanotti Presidente de Honra: José Rui Blanchi Enredo: Não Me Leve a Mal, Hoje t Carnaval! Carnavalesco: Edgley Cunha Dlretor de Carnaval: Gustavo Lunardl Autores samba-enredo: Jeferson Zanottl, José Rui Blanchi e Edgley Cunha Intérpretes oflciais: Douglinhas e Hudson Intérpretes/apolo: Marclnho, Uzes Cortes e Oaudinho Mestre de bateria: Ricardo Barros Auxiliares de bateria: Rodrigo Vitte e Alexandre Ritmistas: 11 O Componentes: 1.300 Mestre-sala/porta-bandeira: Gusta~ e Débora Lunardi Madrima de bateria: Viviane Araújo • • Comissão de Frente: 11 componentes ' Alegorias: 5 carros e 2 quadripés '

.

O bamba das escolas de samba Do meu Rio de Janeiro, meu Brasil festeiro Eu danço afoxé, Olodum eo, eo Frevo, maracatu, no trio elétrico requebro meu bumbum Na Capital da Alegria, eu visto a minha fantasia Rei Momo sorriu, tá feli~ da vida A minha "farnOia" cantou... Sou o Golfinho guerreiro Pavilhão samuqueiro Orgulho dessa multidão

(BIS)

Meu coração é azul, amor verdadeiro Transbordando emoção Não me leve a mal (BIS) Eu sou Samuca, sou paixão e Carnaval.


....-. • co -

ESPECIAL JORNAL CIDADE - 18

..

VE

•".•' •. '

•.

')' •

..

Voz do Morro conta a origem do samba no Carnaval 2011

•• ,

o Carnaval2011, a Voz do Morro vem contara origem do surgimento do maior e mais popular ritmo brasileiro, o samba ' O samba tem um pé na Africa, mas foi no Brasil, nos morros cariocas que definiu estilo, bossa, harmonia primorosa e o t~ulo de mania nacional. Ganhou identidade e conquistou o selo de Destaque de Qualidade Nacional. A história do nascimento do samba é narrada pe, los negros Griôs, guerreiros existentes na Africa que não faziam uso de expressão gráfica para contar fatos

Dul'valll.ugusto

i J

e histórias, valendo-se apenas da oralidade. Elh~ram os t guardiões e transmissores das histórias de cada tribo, de cada nação e, para contar essa história, sua própria história, destacam três elementos fundamentais que deram origem ao ritmo: samba. 1°} A África e a Religião: a África, com toda sua beleza e exuberância, marcada pela flora e fauna característica e pelo Candomblé, o qual, com suas divindades e principalmente a forte e marcante utilização da percussão durante os cultos e rituais, foi não somente a base da existência humana, como também a base rítmica para o futuro estilo musical que viria a nascer nos morros cariocas. Na mitologia, lorubá e variantes, Olorum é criador e dono do Orun e do f'Jye, o Céu e a Terra. Os negros acreditam em um Deus universal, guardião de todas as coisas. De acordo com um dos mitos da criação lorubá, Olorum delegou os poderes da criação a seu primogênito Orisanlá e Obatalá ZO} Escravidão na Bahia: a escravidão que devastou a Africa fez com que os negros escravos fossem trazidos ao Brasil. primeiramente à Bahia. para trabalhar nas fazendas de café, cana-de-açúcar e cacau. A tristeza da escravidão ecoava nas senzalas, seja nos lamentos e orquestrações de revolta, seja nas festas do terreiro onde a percussão era marcada com a sola dos pés e a palma das mãos. Osofrimento eclodia no lundu, Umbigada, no Jongo e na desfaçatez da capoeira. Aos poucos, a Bahia de todos os santos incorporou a cultura negra na vida brasileira, amoldou o linguajar, temperou a culinária, coloriu e descomprometeu o vestuário, sincretizou os santos católicos 1 criou novos instrumentos musicais e doou às mulheres a doçura e a sensualidade das divas negras. 3°} Rm da escravidão e, no Rio de Janeiro, surge o samba: por volta de 1839, o Lundu com harmonização erudita invadiu os salões da elite carioca na forma de canção ou dança. A moda, que teve o seu apogeu no fim do século XIX, durou até a década de 1920, quando o Lundu fundido com outras danças, como o tango e a polca, deu origem ao maJOxe. Com o fim da escravidão, a nova

..

. •'


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 19

LETRA DO SAMBA-ENREDO capital do país, o Rio de Janeiro, recebeu grande número de mestiços e negros vindos da Bahia com o objetivo de trabalhar na zona portuária carioca. Dentre des destacam-se algumas negras alforriadas, as quais eram excdentes quituteiras e poderosas zdadoras de orixás. Tia Ciata foi a mais famosa de todas essas negras. a qual mantinha em um quintal abençoado os folguedos do povo negro. protegidos da perseguição poftcial, negros iletrados como: Sinhô. Donga, Pixinguinha. Cartola, Heitor dos Prazeres. entre outros, criaram obras musicais imortais. O samba carioca parece ter surgido, na segunda década do século XX, como gênero carnavalesco e como resultado do aproveitamento dos ritmos do samba de morro. A sua coreografia assimilou também os requebros do maxixe, do qual se tornou um prolongamento até substituí-lo totalmente. Em 1917, a composição Pelo Telefone, atribufda ao sambista Ernesto dos Santos, o Donga, marcou o aparecimento oficial do primeiro samba gravado. Desde o início dos anos 30, as escolas de samba desfilaram seu caráter oficial. Em 1932, a Mangueira de Cartola ganhou o primeiro concurso. A partir da década de 50, as escolas de samba formalizaram uma estrutura que, de maneira geral, se mantém até hoje.

Cores oficiais: vermelho e branco Presidentes de Honra: fundadores Celso e Durval Augusto Presidente: Ari Rios Vice-presidente: Antonio Marcos Faria Enredo: AFaculdade t do Samba Sim Senhor! Autor: Sérgio Peixoto Carnavalesco: Comissão de Carnaval Autores do samba-enredo: Nuno e Magno Francisco Intérprete oficial: Julio César Intérpretes/apoio: Grupo Jeito Simples • ' Mestre de bateria: Maivino Ritmistas: 90 • • Componentes da escola: 650 , • Mestre-sala/Porta-bandeira: Dk:o eJanafna \~ • Porta-Estandarte: Maria Teresa Arr!JQa ' • • t~adrinha de bateria: Carolina de Paula 1 Rainha de bateria: Kiene ,· . ...:._ • Comissão de Frente: 8 " , .• .,.Carros alegóricos: 4 ' ••• '

••... .;

Enredo: A Faculdade É Do Samba Sim Senhor! Autores Nuno e Magno Francisco Brasil, o samba é griô, Alegria chegou, Yáhá quem mandou No balanço do mar, um canto ecoou AFaculdade é samba sim senhor!

(BIS)

Griô contou a história Com a proteção de Obatalá De um povo feito noite reluzente Salve, bênção Yemanjá As contas do colar Griô Lançou no céu esmaeceu Jorrou o sangue rubro em suas costas Epovo Yorubá estremeceu Bahia, jazido em terra de amargura Tombavam tão desmereddas As esperanças desse povo Que fez ouvir um novo lamento Sola do pé. palma de mão Raiz da nossa batucada Eafi nasceu Lundu O filho irmão da umbigada (BIS) Afesta na senzala era jongo a noite inteira Dança quilombola, capoeira •

EFaculdade Griô, de quem cantou e sorriu e batucou feito Dadá pela avenida ÉFaculdade Griô, Vermelho e Branca A Voz do Morro é a tradição que nos encanta •

,

I

lt ,

..·,.

. " ..•

No Rio de Janeiro, Da negra cor nasceu o samba Malandro com chapeu de terno branco e a navalha Negra é a matriz da nossa história Eu sou a Voz do Morro Onde o samba se propaga Que nasceu raiz e hoje é glória!


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 20

UVA promete levar o público ao delírio com loucuras na avenida

.. .. ' /

- ~.

"'

m o enredo "Que Loucura no Hospído da Folia, a UVA é 25 Anos de Alegria", a escola de samba Unidos da Vila ã será a terceira agremiação carnavalesca a desfilar na Avenida VISConde. O presidente Ariovaldo Barbosa adianta que a escola fará alusão, através de suas alas a alegorias, a todo tipo de loucura e obsessão por prazer, poder, comida, e assim por diante. Oenredo foi desenvolvido por uma comissão de carnavalescos formada por César Picardt, Marcelo Camargo, Marina Baungartner e Ronaldo dos Santos. De acordo com o enredo, numa insanidade incontestável, a WA foi buscar as razões da alegria. Ena loucura de um Carnaval, descobriu que loucos são os outros que adlam que os integrantes da Verde e Branco são loucos pela sua escola. Reportados a uma época distante, de deuses e heróis, de ganânda e glória, uma divindade mitológica guia a UVA nesse imenso frenesi de devaneios einspirações, amarrados a um grande manicômio de personalidades, percebe-se que a loucura se transJ porta através dos séculos das maneiras mais absurdas possíveis. Bobos da corte, supostos "médicos" que juravam tirar pedras da cabeça daquelas pessoas que se viviam perdidas em seus devaneios de sonhos e alegrias e a astrologia compõem a tiqueza da história que será contada pela agremiação na Visconde. Mas como cada louco tem sua própria mania, a UVA não poderia deixar de citar as melodias de nossas almas, nossos sons, ritmos e acordes que são capazes de transformar uma orquestra num grande Carnaval.. AVerde e Branco acredita ser melhor manter-se numa loucura controla• da, aquela que trás euforia e êxtase. Enessa loucura que aescola vai buscar asanidade, na lourura dos seus 25 anos, na loucura pela escola, na loucura pelo nosso Carnaval... Oresfile da Verde e Branco contar.i com 600 componentes divididos em oito alas, três carros alegóricos e dois tripés. Ointérprete oficial da UVA é Betinho do Cavaco, também autor do samba-enre<b. Como atração, a escola terá a dançarina Scheila Carvalho como madrinha de bateria


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 21

LETRA DO SAMBA-ENREDO Autor: Betinho do Cavaco Cores oficiais: verde e branco Fundação: 1986 Presidente: Ariovaldo Ander Barlon

Vice-presidente: Marco Antonio de Godoy Enredo: Que Loucura no Hospício da Foia. a lNAé 25 Anos de Alegria Autores: Marina Baungartner. César Picardt. Ronaldo dos Santos e Marcelo Camargo. Carnavalesco: ComiSsão de Carnaval Diretor de Carnaval: César Picardt Autor do samba-enredo: Betinho do Cavaco Intérprete oficial: Betinho do Cavaco Intérpretes-apoio: Diego, Diego Augusto, Cristiano, Rodrigo e Charles Mestre de bateria: Fábio de Godoy Auxiliares de bateria: Marcos Palombo, Erick. Luciana e Thaís Rltmistas: 100 Componentes da escola: 600 Mestre-sala/Porta-bandeira: César Picardt e Ulian Faria Porta-Estandarte: ala de apresentação - Os Bobos da Corte Madrinha da bateria: Schella Carvalho Rainha da bateria: Sindy de Souza Comissão de frente: 12 componentes Carros alegóricos: 4 carros e 2 tripés

Laia Laia... Laia Laia Laia Laia Laia... Laia laia laia laia.. laia Hoje eu vou te enlouquecer Eu vou levar você pro hospício da torta Eu sou WA, eu vou zoar, vem, vem comemorar

25 anos de alegria

(BIS)

Ave Lissa, Deusa da loucura sábia Hoje vai nos guiar, a um passado distante Num manicómio de figuras fascinantes Se há loucura em fazer sorrir; são loucos os bobos da corte Eos doidos de pedra são só sonhadores Com a mente fissurada em fantasias Tudo que se faz demais tem um mal, loucura da genialidade Buscando o possível no impossível de encontrar. .. Pintores artistas em obras perfeitas que vão buscar Deixar rolar o som, a melodia de uma canção Enlouquecenclo na avenída meu povão Acordes musicais, na insanídade de um compositor Ea bateria hoje dá um show Vem, vem amor. é na loucura que eu vou, me encontrar Ea Verde e Branco chegou, pra alucinar Vou começar e não vou mais parar Conhecer, aprender sem cessar Se apaixonar, por amor se matar Beleza, um fasdnio da mente, que nos deixa doente Escraviza essa gente O mal da loucura real Cobiçar o poder, sou eu o insano ou você? E nessa loucura, ninguém me segura,

no sonho elo meu Carnaval... Lá vem a minha WA. paixão verdadeira. avante minha guerreira.

•- .

(BIS)


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 22

EB

M árci a Fe rrari M aia

Casan1ha aposta nos Desejos para levantar o troféu de bicampeã encedora do Carnaval 201O, a escola de samba Casamba será aquarta a desfilar na Avenida Vtsconde no domingo de Carnaval, 6 de fevereiro. Em busca do bicampeonato, a Amarelo e Branro vai explorar na passarela o enredo Desejos. A agremiação carnavales<a vai mostrar que existe um mago dentro de cada um de nós..• Esse mago llldo vê e tudo sabe. Um mago pronto a realizar desejos. Todo desejo é criado por algum desejo passado. A cadeia de desejos nunca termina. Ela é a própria vida. Magos, fadas, duendes, gênios, anjos e bruxos que habitam a floresta encantada dos Desejos. Desejo sim, amor e pab<.ão. Oenredo abordao desejo de ter alguém para rompartilhar os momentos e que este amor tenha um lugar, um lar. A Amarelo e Branco vai em busca do tesouro perdido, tal qual um pirata. Quer velejar, para tesouros encontrar. Oenredo segue enfocando que desejar é sonhar de olhos abertos: Quero roubar o sonho de fcaro e como pássaro desejo voar, visitar terras distantes em ~~~ VIagens imaginárias, repletas de beleza e esplendor. Através do desejo de mesa farta, a esrola defende que todos possam a sua fome esua sede saciar. Em sonhos de mil e uma no~es. o ritmo de uma frenética batucada, tal qual Aladin, a Casamba pede ao gênio da lâmpada que realize três desejos: trabalho, para que através de uma profissão possa ter emprego através do qual possa sustentar a minha famftia; o desejo que todas as crianças possam ter umsono tranquilo e de paz com fadas, prfndpes e princesas sendo super-heróis em seus sonhos infantis; e, por fim, o desejo de lazer e diversão. AAmareloeBranrosegue no munoodos Desejos fazendo um alerta pelo planeta. Cita a natureza tão frágil e tão maltratada pelo homem, por isso o desejo da paz universal para que todos os povos possamviver em harmonia e que a nalllreza sobreviva apesar dos maus-tratos. Eentre sonhos edesejos, enfim, chegou oCarnaval. ACasamba encerra o seu enredo d.2endo: sou brasileiro, guerreiro e c..sambeiro. Que~o me vestir de rompos~or, poder cantar em versos e romemorar. Hoje sou todo Desejos.

.• • •- ...•


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 23

LETRA DO SAMBA-ENREDO

r• •

Epredo: Desejos Autores: Cidinho, Osvaldinho Geniselli e Már-

1

cio Pessi llul!)inada colorida e deslumbrante Com meus çlesejos. a avenida se enfeitou Omago que mora )lO meu coração Acordou, se libertou

Pela floresta encantada do~ desejos ':i Vou procurando amor e paixao Cadê? Cadê? Onde está (BIS) Meu tesouro, escondido'no fundo do mar Ganhando asas, cortando o céu Vi a fome e a sede do meu povo saãar

• ..-.._ 1---.. Çj~c~Jf~;lêlis: amarelo e branco ~

• .. •

'

Fundação: 5 W'_Janeiro de 1976 etesidente: Edson Aparecido Santana Y[ée.spresidente: Sandra Aparecida Pires ffiredó:.... Desejos Autor do enredo: Ronaldo Cenbeli Carnavalesco: Ronaldo Ceribeli Dwetor de Carnaval: Ronaldo Ceribeli Autores do samba-enredo: Osvaldinho Geniselli, Odinho Geníselll e Márcio Pessi Intérprete oilcial: MarqUinhos Pixote Intérpretes-apoio: Grupo Só Q'Faltava Mestre de bateria: GuilhermeZaros Ayxlliares de bateria: Borges, Emílio e Fellpi Franco Ritmistas: 110 Componentes da escola: 650 Mestre-sala/Porta-bandeira: Rafael e Stephane Porta-estandarte: Márcia Ferrari Maia Madrinha da bateria: Sheila Mello Rainha da bateria: Antonia Cruz Comissão de frente: 12 componentes Carros Alegóricos: 5 carros alegóricos Coordenadora Geral de Alas: Oáudia Geniselli Diretor de Harmonia: João Benedito Geniseli

Bate forte. faz u"bsamba aí Vem bateria tal qual Ãladin Tenho três desejos para realizar

(BIS)

Samba, cerveja ~botequim (~ero)

Q.Jero uma profissão Com mínhas mãos, minha família sustentar Ser supe(-herói em um sonho infantil Lutar peTa paz universal, defender a natureza E hoje com. meus amigos, quero festejar ... sornr, "' cantar, b" nncar Ser composrtor,

ÉCarnaval, v~m festejar, vem sambar Amor comigo vem Hoje sou todo Desejos (BIS) Sou Casamba e não tem pra ninguém


ESPECI.llL JORNllL CID.IIDE - 24

''dois dedos de prosa'' •.. O Emel'9on Augusto

da de 80 simbolizou um marco na ária do Carnaval de Rio Claro. Nesse 'odo, escolas de samba, definitivamente, abandonaram a caractenstica de blocos para ganhar novas dimensões com alegorias nunca vistas antes pelos amantes da folia. Aquela década apresentou-se tambem como um "divisor de águas" por se tratar do periodo em que a festa momesca deixou de ser realizada na área central, último desfile foi em 1983, para criar nova identidade na Avenida Visconde do Rio Claro. Passados 28 anos, as mudanças na folia de Morno foram signfficativas. O JC buscou através de um bate-papo descontraído traçar um paralelo entre as duas épocas. Para tanto, reuniu pessoas que no passado ajudaram a escrever capítulos da história vitoriosa da Capital da Alegria. Ojalma de Paula e Jovair Augusto, presklente e vice, que comemoraram titulo de campeã da Voz do Morro em 1988; Gdinho Geniseli, que participou da conquista da tricampeonato da Casamba na década de 80; Marco Aurélio Campos, <P! ajudou a pavimentar o caminho para que a INA (Unidos da Vila Alemã) pudesse em um futuro bem próximo comemorar a conquista de tres btulos; Aurea Dias Sampaio, mulher de fibra conhecida pelos trabalhos desenvolvidos nas escolas Os lndaiás e Renascer: e Valdir Duarte, presidente da Comissão Organizadora do Carnaval (COC) entre 1984 e 1987, estiveram reunidos com os jornalistas Emerson Augusto, Rodrigo Salles e Valdira Guimarães Augusto nas dependências do barzinho Dona Breja. Em uma verdadeira viagem através do "túnel do tempo", os carnavalescos relembraram fatos pitorescos, conquistas e derrotas, enfim, fatos que marcaram as suas passagens pelas diretorias das escolas de samba. Ao avaliarem o Carnaval da década de 80 com o atual, na Capital da Alegria, os eternos foliões foram unânimes ern afirmar que a maior diferença concentra-se exatamente nas alegorias. "O trabalho de barracão mudou 100o/o. Hoje em dia, os carros alegóricos consomem toda a verba liberada pelo poder público. No passado, não era assim. As alegorias eram menores e não eram articuladas", observa fuea Sampaio. Cidinho Geniselli recorda-se que, na década de 80. o trabalho de barracão era feito somente com ações voluntárias. "As lantejoulas eram cortadas

A:

manualmente. Não tínhamos a tecnologia nem os equipamentos modernos utilizados hoje em dia Tooo rnooou fq:Jra. profissionais precisam ser contratados, caso contrário o trabalho não surte o resultado esperado", aponta. Para Valdir Duarte, a mudança do Carnaval da área central para a Avenida VISconde, ocorrida em 1984, tem como base o aumente do tamanho das alegorias. "O Centro ficou pequeno. Não dava rnals para forçar as escolas a desfilar em percurso repleto de curvas", recorda-se. "Muitas alegorias se quebravam no meio do caminho", acrescenta Por outro lado, os eternosioliões mostram-se surpresos com a manutenção dos desfiles na Avenida VISconde após quase três décadas desde que a festa deixou de ser realizada na área central. "A organização do Carnaval não acompanhou a evolução das escolas de samba. Os desfiles já deveriam ter saído da Visconde há mu~o tempo. Trata-se de um percurso com curvas. Isso prejudica a apresentação das escolas". disse Marco Aurélio. Djalma de Paula é partidário da opinião de Marco Auréfio. O ex-presidente da Voz do ~lorro acred~a que o Carnaval de

Rio Claro está imitado na VISConde. ''k. escolas não podem crescer. Este locallim~a as ações, incluindo o tamanho das alegorias", frisa Lembrando-se das experiências malsucedidas - na década de 90 no Estádio Municipal Augusto Schmidt Rlho e, no ano 2000, na Avenida Presidente Kennedy, Jovair Augusto, que recentemente morou por dois anos no Rio de Janeiro, acompanhando de perto os trabalhos de escolas como Império Serrano e Portela, avalia: "Quando se fala em sambódromo é preciso agregar na mesma área espaço para a construção de barracões às escolas e acesso ao transporte coletivo. Por isso, observando todas as possibilidades, não vejo outra alternativa a não ser o local onde hoje estão as oficinas ferroviárias entre as Avenidas 8 e 24. no Centro". Marco Aurelio Yê a necessidade do poder públko direcionar olhar profissional para a festa de Morno. Ele sustenta a sua fala observanclo que não outra expressão artistico-<:ultural capaz de divulgar o nome da cidade com força para todo o Estado de São Paulo, ecoando no Rio de Janeiro, bem como em outras locafldades onde o Carnaval é visto com respe~o e admiração.

(

Valdh Duarte, Djalma de Paula, Marco l!.uréllo Campos, Emel'9on Augusto GC), Áurea Dias Sampaio, Jovatr Augusto e Cidlnbo Geniselli na "mesa-redonda" sobre o Carnaval de Rio Claro


ESPECilU.JORNAL CIDADE- 25

"Carnaval é uma festa do povo brasileiro. Não existe evento maior. Fico feliz porque é um período em que o povo se sente alegre." Djalma de Paula

"Carnaval simboliza a.J:nizade e igualdade. No desfile todos têm o mesmo objetivo. É a magia que faz de anônimos grandes a.J:nigos." Cidinho Geniselli

"O Carnaval é a minha melhor história de vida. Foi através dele que a minha família passou a conhecer a comunidade em que vive." Valdir Duarte "Carnaval é o fio condutor que aproxima o povo. Nenhum C::Ul\o so me deu tanto conhecint.ento quanto o trabalho que desenvolvi dentro da escola de santba." Marco Aurélio Campos

"0 Carnaval é o único momento de igualdade entre as pessoas. 1\ pessoa mais humilde pode se transformarem um rei ou uma rainha." Jovaíx Augusto

"Depois da minha filha, o Carnaval é o meu maior amor. Sofri muito quando parei, - .mas em breve voltarei a trabalhar em escola de sa.J:n• ba." Aurea Dias Sampaio

..

• •I!

Ir

• •


ESPECIAL JORNAL CIDADE - 26

DO CÉU AO INFERNO

BLOCOS

"Em 1987, Rio Claro foi apontado como o quinto melhor Carnaval do país. Isso está registrado•, enfatiza Valdir Duarte, lamentando a paralisação das atividades no período entre 1997 e 2004. "Foi um desastre", pontua. Cidinho Geniselli coloca que esse período foi tão devastador para o Carnaval de Rio Claro, que até hoje as escolas ainda não recuperaram o espaço perdido. "Além de desmotivar os foliões, com relação aos desfiles, as escolas perderam alegorias, troféus, enfim, as perdas foram estruturais, financeiras e históricas".lamenta Para Marco Aurélio, o péssimo trabalho carnavalesco entre 1997 e 2004 possibil~ou a criação de uma nova mentalidade entre os rio-clarenses. "O pessoal começou a viajar para assistir aos desfiles em São Paulo e no Rio de Janeiro. Isso foi bom apenas para agências de turismo. Os nossos clubes ficaram vazios. Um quadro lamentável", recorda-se. Ainda sobre o período em que Rio Claro ficou sem Carnaval. Djalma de Paula recorda-se que mu~os foliões passaram a desfilar em cidades da região, como Santa Gertrudes, ltirapina e Analándia "Ficamos uns 7 anos sem Carnaval, porque a política local daquela época era contra os desfiles das escolas de samba", relembra.

Tem a polémico, a transformação de blocos em escolas de samba também foi abordado pelos eternos foliões. Neste ano, essa discussão ganha força com a presença de três blocos-escolas na passarela do samba. Para Cidinho Geniselli, Rio Claro precisa ter entre sete e o~o escolas de samba A partir da1, fala o casambeiro, a Capital da Alegria terá dois dias de desfiles com qualidade inquestionável. "Com quatro escolas, asituação é perigosa. Se uma delas desiste de desfilar, a festa fica comprometida. Não se faz Carnaval com apenas três escolas". alerta. Na avaliação de Djalma de Paula, a abertura para que blocos cresçam e tornem-se escolas de samba é a sobrevida do Carnaval de Rio Claro. "Não há outro caminho", defende. Jovair Augusto acredita que, ao atingir a marca de sete ou oito escolas de samba, a rotatividade de integrantes se tornará uma realidade. "Quem desfilar no sábado vai, com certeza, querer desfilar no domingo. Evice-versa. No final, quem ganha são as escolas", acredita.

BARRACÕES A falta de local apropriado para a confecção de carros alegóricos tira o sono de diretores e in-

tegrantes das escolas de samba De forma geral, as alegorias são feitas às pressas, nos 60 dias que antecedem o desfile. Omotivo: escolas não suportam pagar auguéis pormu~o tempo. "Mais de 5CY'7ó dos recursos da escola de samba ficam no barracão. Éo g!'lnde pepino a ser descascado anuamente", afirma Aurea Sampab. pior é que, nos dois meses que antecedem o Carnaval, os materiais utilizados nos barracões estão mais caros. Temos de pagar assin mesmo. Não há outra alternativa", disse Cidinho Geniselli.

··o

PROPOSTA Questionados sobre o que fariam se estivessem na presidência da os eternos foliões estavam com as respostas na ponta da língua. "Retomaria o concurso oficial de fantasias e traria a Mangueira para desfilar na terça-feira de Carnaval". comentou Aurea Sampaio. Jovair Augusto, Valdir Duarte e Marco Aurélio defendem, além da retomada do concurso oficial de fantasias, a formação de um cordão, no sábado de Carnaval. pela manhã, a exemplo do que acontece no Rio de Janeiro, como o Bola Preta eBanda de Ipanema Para Djalma de Paula e Cidinho Geniselli, o desfile de fantasias ajudaria a fortalecer o nome do Carnaval de Rio Claro lá fora "Parar com este evento não foi uma boa ideia", observa Djalma. e

coe.

, i L

.

\

Venha ... conferir... Rua 2-B, 208 - Cidade Nova


ESPECIAL JORNAL CIDADE- 27

cvc

Turismo

AGENTE AUTORIZADO

Aness

;1Jl

i -·-

• Bilhetes Aéreos Nacionais e Internacionais- Locação de Veículos em todo

Brasil e Exterior - Reservas de Hospedagem em Hotéis no Brasil I Exterior. • Reservas de Hospedagem em Hotéis Fazenda e Resort.

• Documentação: Passaporte e Vistos Consulares. • Transporte em Vans I Onibus de Luxo para: Aeroportos, Feiras e Congressos- Seguro Viagem. • Pacotes Aéreos e Rodoviários Nacionais e Internacionais (Transporte+ Hotel+ Passeios). • Cruzeiros Marítimos Organizamos Eventos, Congressos e Seminários. • Venda de Moeda Estrangeira autorizada pelo Banco Central. A

a

w.goodtravel.tur.br Rua 6., 130- Cidade Jardim- Rio Claro- SP- Fone/Fax: (19) 3024-1552

Atendimento 24h

1

Rose: 19 9685.·6 234/ Elis: 19 ·9 685.6236

1


ESPECIAL JORNJU. CIDADE- 28


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.