Livro: Aprendendo a tocar o Batuque Carioca - As baterias das Escolas de Samba do Rio de Janeiro

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BATUQUE CARIOCA -

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EDI(:AO

AS BATER lAS DAS ESCOlAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO aprendendo a tocar - P

Edi~ao

THE CARIOCA GROOVE THE RIO DE JANEIRO'S SAMBA SCHOOLS DRUM SECTIONS learning how to play - P

GUILHERME GON<;:ALVES MESTRE ODILON COSTA

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Edition


Copyright © by Guilherme

Gon~alves

e Odilon Costa, 2000/2012

Editora~ao:

Maria Isabel Lacerda Fotos: Vania Laranjeira e Pepe Schettino Editora~ao Musical: Groove Produ~6es e Edi~6es Capa: Bel Augusta Versao para 0 ingles: Afonso Mello Franco, Fernando Carneiro, Neguin Bahrami e Steve Yolen Revisao de texto: Roberto Gnatalli, Aloisio Campelo, Maria Isabel Lacerda, Isabela lung e Patricia Pamplona. Revisao de musica: Eduardo Tullio, Pascoal Meirelles e Rocyr Abbud Gnifica: Editora Teatral Informa~6es e pedidos pelo telefone: 55 21 2205-0105·55218682-0105.55219983-5665 ou pelo e-mail: riopercussao@terra.com.br.mestreodilon@hotmail.com Agradecemos a todos que nos ajudaram diretamente neste livro: Os Mestres e Diretores das baterias das Escolas de Samba do Rio de janeiro • Os Presidentes das Escolas de Samba do Rio de janeiro· Alexei Bueno· Aleeo Bocchino· Aloisio Campelo jr. • Bel Augusta· Debora Sada Costa· Delisa jose de Souza· Leoni joao da Costa. Eduardo Tullio. Fabiana Scherer • Fernado Carneiro· Glauton e (ida Campello • Guto Goffi • Helinho de Oliveira. Isabela lung. Isabela Mota· Isis Mota· jose Mauro Gon,alves • jUlio Fado • Maria Isabel Lacerda • Os 20 de Ouro • Paulo da Portela. Pascoal Meireles • Patricia Pamplona • Pepe Schettino· Roberto Guarilha • Roberto Gnatalli • Rocyr Abbud • Sonia Maria Strutt • Vania Laranjeira • Valeria Becker· V6 Morena. Wilson das Neves. os ritmistas da Mangueira: joao Carlos Donato, Valtinho A. C, Ricardo da Silava, MacaJe, Guiney e jorge-Ni. e aos amigos:

Alan Dawson (in memoriam) • Aleeu Maia • Alexandre Lousada • Alfredo Rosa da Luz • Almir da IIha • Anisio Abraao David. Arcanjo Magaldi • Arlindo, Marcela e Carmem Coutinho • Baianas da Uniao da IIha do Governdor • Baiano • Bete Maia • Bia Pontes· Bicudo • Bira Havai • Brito tricampeao • Claudio e Tania Diegues • Carlinhos Sago Ve-

Iho • Celso de Araruama • 0 pessoal do Conservat6rio de Musica Popular Brasileira de Curitiba • Cleber • Chope • Cezar Morcego • Dean Anderson. Djalma Falcao. Didi • Denise da Grande Rio. Dudu da IIha· Edgard Nunes Rocca, 0 Bituca (in memoriam) • Edgar Kawasaki. Emilio Gama • Mestre Esteves· Fernando de Araruama • Franco. Fuma,a • Gato, Monica e Ursula. Garotinho (in memoriam) • Gary Chaffee. Georgia Camara. Genaro • Geovani Riente • Grupo Fundo de Quintal. Guilherme Nobrega. Gustavo Baeta Neves (in memoriam) • Hamiltom • Haroldo Melodia (in memoriam) • Ivan Paulo· jader Soares· J. Brito· jP • jadir Francisco de Paula. janyr • jean Marc. jose Carlos Machado. jose Carlos Neto • jose Carlos Rego • Mestre jorjao • jorge Cardoso. jose Eduardo Peixoto. Laila • Leandro da Grande Rio· Lucia Franco • Luis Augusto, Gracinha, George e Camila Nascife • Luis Roberto, 0 Tatu • Luizinho Drumond • Mangano. Maninho • Maninho e Robson Azeredo • Maninho Zl 0 • Manoel Alves. Marcia Leite. Marcio Alexandre. Marcio Andre· Marcos Azevedo· Marcos Leite (in memoriam) • Maria Augusta. Maria Luiza Macedo· Mario Borrielo • Mario jorge· Marvio Ciribelli • Max Lopes. Mestre Manoel Dionisio. Mazinho • Mi ltom Cunha. Minguau • Mila Schiavo. Miltom Manhaes • Moura. Neguin Bahrami • Neguinho da Belja-Flor • Nego da Grande Rio. Neocau· . Neto • Nilsinho Neon. Os Morenos • Orlando da Tilde. Paulao da ilha • Paulo Amargoso • Paulo Guapiassu • Patricia Pamplona • Paulo Renato • Philipe Galdi· no Davis. Pera,o • Pedroca • Peixinho da IIha • Pipa • Quinho • Renata Corada Costa. Rivaldo (in memoriam) • Roberta • Riko • Roberto Ramos Cases. Robertinho Devagar (in memoriam) • Ronaldo Maiatto • Ronaldo Ribeiro dos Santos • Roterdam Salomao (in memoriam) • Samuel Muca. Sidnei Souza. Sirley • Sombra da Mocidade Alegre. Tancredi. Teteu • Tio Gatc • Trice. Veinho • Ze Bombinha.

Dedicamos este livro as nossas familias e a todos

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ritmistas das escolas de samba do Rio de Janeiro.


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IN DICE • CONTENTS Sobre os autores • About the Authors .. ....... .. .. .... .... ... .. .. ....................................... Introdu,ao • Introduction ......... ..... .. .... .......... ..... .. ... ..... ... ........... .... ....... ... .......... .. Introdu,ao da primeira edi,ao • First Edition Introduction .......... ............. .. .. ..... .. o samba. The Samba.. .... ...... ........ ............... ..... .......... .. .. ........... ........................... As escolas de samba· The Samba Sc hools.. ......... ...... .... .............. ... ...................... o samba·enredo • The Samba-enredo ................................................................... A bateria • The Drum Section ................................ .......... ...................................... Exemplo de arma,ao de uma bateria • Examp le of a Drum Section Set-up ........... Nota,ao • Notation ..... ...... ............... .......... ............ ... .. ............... .. ......... .. ...... .. ..... ..

4 5 6 7 8 11 12 16 18

l NSTRUMENTOS • INSTRUMENTS

Surdo.......... .. ..... .. ... .. ... ..... .... ... .. ... .......... ... .. ... ........ ..... .......... .... .. ...... ..... ...... ... .... .. Caixa/Tarol. .......... .. ... .. ... ..... ....... .. .. .... .. .............................. .. ... .. ... .......... .... .... ....... Repinique ... ..... ... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ..... ....... ....... ..... ..... ......... .. .... Tamborim ..... ......... .. ........ .. ................ .... .... .. .... ............................................ .... ...... Agogo ... ... .. .... ............ ..... .......... ........ ....... ... .. ... .. ... .. ... .. ....................... ................... Cuica.............. .. ... ...... .... .. ..... ... ........ .. .... .... ....... ... .. ... ............................ .................. Pandeiro ... ... ..... ... .. ............................ .. ... ... ............ ... ...... ........... .... .......... .... ..... .. ... Chocalho .......... ...... ..... ..... .... . .. .. . ..... .......... ...................... ..... ....... ..... ..................... Reco-reco ...............................................................................................................

19 22 25 28 34 37 39 41 42

CONVENC;:OES • RIFFS

Breques • Break Patterns ....................................................................................... Paradinhas • Rhythm Breaks.. .......... .......... ..... ..... ... .. ..... ..... .. .... .. ...... ............ .. ......

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ESCOLAS DE SAMBA· SAMBA SCHOOLS

G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S. G.R.E.S.

Academicos do Grande Rio........ .. .. .......... ........ .. .......... ............. .. ............... Academ icos do Salgueiro. .................. .......... ............................................. Beija-Flor .................................................. .................................... ..... ... .. .. Esta,ao Primeira de Mangueira................................................................. Estac io de Sa.. ....... .... ......................................................... .... ..... .. .. ..... .... . Imperatriz Leopoldinense ........................................................................ Imperio Serrano.. .... ............ ..................... ................................................. Mocidade Independente de Padre Miguel................................................. Portela .................. .......... .. ... ... .. .. ... .. ... .. ... ... .. ... .. ... .......... ..... ..... .... ... ......... Sao Clemente ..................... .. ... .. ... ....... .............................................. ..... .. . Uniao da Ilha do Governador.................................................................... Unidos do Porto da Pedra ...................... .......... ............ .... ................. .. ..... . Unidos da Tijuca .... :........... .................. ............................... ............. .. ....... Un idos de Vila Isabel.. ........... .... ............... ...... ................................... ...... . Unidos do Viradouro ................................................................................

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Apendice • Append ix ............................................................................................

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SOBRE OS AUTORES

MESTRE ODILON COSTA Nascido no Rio de Janeiro. come~ou sua carreira artistica como ritmista na Escola de Samba Uniao da lIha onrle, mais tarde, se tornaria Mestre de Bateria. De la, depois de uma breve passagem peJa Escola de Samba Academicos do Salgueiro, foi convidado para comandar a bate ria da Escola de Samba Beija Flof de Nilopolis, onde permaneceu por tres anos. Conquistou 0 Trofeu TV Manchete em 1991 como melhor Mestre de Bateria da Marques de Sapucai. Ministrou diversos cursos de percussao na Faculdade UNl -RIO e nas cidades de Curitiba, Antonina e Londrina. Como musico (riall 0 Grupa "Os 20 de Ouro do Mestre Odi Ion" e participou de gravaf;6es com artistas brasileiros e internacionais. tais como: Caetano Ve loso, Simone, Ultraje a Rigor, Dionne Warwick, Sergio Mendes e Monobloco. Foi Mestre de Bateria da Esco la de Samba Academicos do Grande Rio, entre 1998 e 2009 onde, em 1999 e 2005, conquistou 0 premio Estandarte de Ouro do jornal 0 Globo. Tambem em 2005 conquistou os premios da Radio Tupi, Radio Manchete, Tamborim de Ouro e 0 Trofeu Mestre Andre (Mestre dos mestres). Atualmente faz parte da "Super Direc;ao de Bateria" da Escola de Samba Mocidade rndependente de Padre Miguel, e e frequentemente conv idado para aulas e palestras em diversas cidades do Brasil. incJuindo palestras para os julgadores de baterias de Sao Pau lo, Viloria e Rio de janeiro e tambem aulas para 0 Monobloco.

Born in Rio de Janei ro, Mestre Od ilon started his artistic career as a rhythmist in the Uniao da I1ha samba school, where, later, he would become head of the drum section. After a brief passage through the Academicos do Salgueiro drum section, he was invited to head the drum section of Beija Flor samba school where he remained for three years. In 1991, he won the TV Manchete Trophy for best head of drum section in the Rio's samba school parade. He has taught several courses on percussion at UN I-RIO, and in the cities of Cu ritiba, Antoni na and Londrina. As a musi cian, he created the group 'The Golden 20 of Mestre Od il on", and has participated in recordings with several local and international acts and stars such as Caetano Veloso, Simone, UI traje a Rigor, Dionne Warwick, and Sergio Mendes. Odilon was a lso the head of drum section Academicos do Grand e Rio samba schoo l, where in 1998 and 2009 he garne red the Golden Standard trophy from the 0 GLOBO newspaper. He is currently a member of "Super Direc;iio de Bateria", a group that direct the drum section of Mocidade Mocidade Independente de Padre Miguel samba sc hoo l

ABOUT THE AUTHORS

GUILHERME GON<;:ALVES Nascido no Rio de janeiro, iniciou seus estudos musicais em 1977, na Escola de Muska ViIla-Lobos, com Edgard Rocca. Em 1983 obteve bolsa de estudos para 0 Berklee College of Music em Boston, EUA, onde graduou -se em "Professional Music" no ana de 1986. Nos EUA tocou com diversos grupos musicais de jazz e musica latina. De vo lta ao Brasil , como percussionista atuou com as Orquestras SinfOnicas Nacional. Jovem do Teatro Munic ipal, Pro-Muska do Rio de janeiro e Sinfonica do Parana. Apresentou-se nas Bienais de Musica Contemporanea de 1989 e 1993. Como baterista tern atuado ao lado de diversos grupos e artistas da musica popular tais como a Orquestra Tabajaras, Rio jazz Orchestra, Rio Dixieland jazz Band, Orquestra do Conservatorio de MPB de Curitiba, Idriss Boudrioua. Pascoal Mei relies, Garganta Profunda, Edsel Gomes, Marvio Ciribelli, Leo Jaime, Bibi Ferreira , etc. Desde 1986 e professor de percussao da Escola de Musica Villa-Lobos do Rio de janeiro e em 1994 imp lantou 0 curso de bate ria e percussao no Conservatorio de Musica Popular Brasileira de Curitiba. Ainda na area educacional, tern ministrado cursos e oficinas em varias cidades do Brasil, com destaque para 0 Estudio Opera de Maringa e as Oficin as de Musica de Curitiba onde vern participando desde 1994 como professor de bate ria e de ritmos brasileiros e, no ano de 1999, coordenou 0 1° Encontro de Percussao Popular de Curitiba. Ediretor musical do GRIP - Grupo Rio de Percussao, e co-autor do metoda 0 ritmos pelas subdivis6es. Born in Rio deJaneiro, he started his musical studies in 1977, at the Vi lla-Lobos Music School under Edgar Rocca. In 1983, he obtained a scholarship to the Berklee College of Music, in Boston, USA, where he majored in professional music in 1986. In the USA, he played with several groups of jazz and latin music. Upon returning to Brazil, he played with the National Symphony Orchestra, Young Orchestra of the Municipal Theater, the Pro-Muska Orchestra and at the Symphony Orchestra of Parana. He played at the Contemporary Music Bi-annual Festival in 1989 a nd 1993. As a drummer, he has played with several musicians and groups s uch as. Orq uestra Tabajara, Rio jazz Orchestra, Rio Dixieland Jazz Band, the Braz ilian Popular Music Conservatory Orchestra of Curi tiba, Idriss Boudrioua. PascoaJ Meirelles. Garganta Profunda, Edse l Gomes, Marvio Ciribell i, and with singers Leo jaime and Bibi Ferreira, among others. He has been a percussion professor at the Villa-Lobos Music Sc hool in Rio de janeiro since 1986, and in 1994 he implemented the percussion and drum course at the Brazilian Popular Music Conservatory of Curitiba, where he has been teaching since. In th e ed ucational field, he has been invited to carry out Master classes and clinics throughout several Brazilian cities. In 1999, he was the coord inator of the Fi rst Popular Percussion Meeting in Curitiba. He is a lso the music director of GRIP (Grupo Rio de Percussao) and author of a method book Os Ritmos peias Su bdivis6es.


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INTRODU~AO

Quase 12 anos apos 0 lanc;:amento do livro "0 Batuque Carioca", apresentamos agora a sua segunda edic;:ao revisada e ampliada. Alem de novas bossas e convenc;:6es, incluimos mudanc;:as adotadas por algumas baterias. Mantivemos os ritmos antigos, alguns ate nao mais utilizados pelas escolas. Nossa intenc;:ao e mostrar nao apenas as caracteristicas atuais de cada bate ria mas tambem suas origens e tradic;:6es. Durante os ultimos anos dois fatores chama ram muito a nossa atenc;:ao: 0 aceleramento ritmieo, - na maioria das vezes imposto pela direc;:ao de harmonia e erroneamente creditado as baterias - , e a busca incansavel pela nota maxima, 0 que vern fazendo muitas baterias deixarem de lade as suas caracteristicas principais. Notamos que a partir das justificativas dos jurados (0 que sao obrigatorias para qualquer nota menor do que dezl, algumas baterias vern mudando a sua afinac;:ao, armac;:ao e ate mesmo a maneira de tocar. A caracteristica de cad a bateria nao deveria ser julgada e as notas nao deveriam refletir 0 gosto dos julgadores. 0 julgamento deveria se res tringir a execuc;:ao do conjunto no momenta do desfile. Se as notas continuarem a emitir o gosto pessoal dos julgadores, corremos 0 risco de, em alguns anos, todas as baterias tocarem da mesma maneira. Algumas escolas de samba tern quase urn seculo de eXistencia, logo, sao urn patrimonio cultural do Brasil e devem ter respeitadas suas tradic;:6es. Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2011

INTRODUCTION

Nearly 12 years after "Batuque Carioca" was launched, we are now proud to present a revised and expanded edition. Besides some new rhythms and conventions that have been adopted, this edition also presents changes in some Drum Sections. We kept some old rhythms, even those that the "Carnival Schools" do not use anymore. Our intention is to show which Carnival Drum rhythms currently are in use as well as their origins and traditions. Over the last few years two aspects have stood out: the speeding up of the rhythm - most of the time imposed by "Samba School Directors but wrongly blamed on the Drum Sections themselves; and the pursuit for the highest grade from thejudges, which is leading the Carnival Drum Sections to lose their main characteristics. We have seen as a result of the justifications of jury members (mandatory for grades lower than 10) some Carnival Drum Sections have changed their way of playing. A Carnival Drum Section should not be judged by its characteristics. The grade should be restricted to the parade performance itself. If the grades continue to reflect the judges' personal opinions we run the risk of listening to the same sound from all drum sections. Some "Carnival Schools" are almost a century old and their traditions should be respected. Rio de janeiro, November 20, 2011


INTRODU(:AO DA PRIMEIRA EDI(:AO

Hoje no Rio de Janeiro existem cerca de cinqiienta escolas de samba. Este Iivro e 0 resultado de pesquisas realizadas nas quadras daquelas que representam a elite do carnaval carioca. Tern como objetivo mostrar nao s6 os instrumentos e a maneira de toea-los, mas tambem as caracteristicas e peculiaridades de suas baterias. E uma proposta de organizac;:ao formal de urn modo de tocar que, diferente da tradi c;:ao academica europeia na qual se baseiam a maioria das escolas de musica no Brasil, sobrevive e evolui ha quase urn seculo sendo transmitida de gerac;:ao em gerac;:ao oral e visualmente. Foi possivel notar musical mente todos os instrumentos e a maneira correta de toca-los. Porem e impossivel, atraves da escrita musical, transmitir 0 suingue, 0 balanc;:o e a energia que existe numa bate ria de escola de samba. E preciso vivenciar. Como em qual quer estilo musical, s6 mesmo ouvindo, ou melhor ainda, participando e possivel ter a completa noc;:ao deste estilo musical. As diferentes maneiras que as baterias mostradas aqui tocam, representa 0 momento. A musica esta sujeita a infiuencias e, por isso, sujeita a mudanc;:as. Mas esperamos que estas mudanc;:as nunca afetem a tradic;:ao do nosso samba. Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 2000

FIRST EDITION INTRODUCTION

Today, there are approximately 50 samba schools in Rio de janeiro. This book is the fruit of research carried out in the rehearsal yards of the samba schools that represent the elite of Rio's Carnival. It's objective is to show not only the pertinent percussive instruments utilized in the parades, but also their characteristics and peculiarities as part of the drum section. It is in fact a proposal to formally organize a way of playing that, in contrast to the European academic tradition, in which most of the music schools in Brazil are based, has survived and grown of over a century, being passed along from generation to generation both in an oral and visual fashion. It was possible to musically notate all instruments and the correct way of playing them. Regardless, it is impossible, through music writing, to transmit the swing, the groove, and energy that are part of a samba school drum section. One needs to live the experience. As with any other musical style only through listening, or, better yet, participating in the process, one can understand the notion of this musical style. The different ways in which drum sections shown here play, represent the moment. The music is subject to influences, and as a consequence, changes. We hope that these changes will never affect the tradition of samba.

Rio de janeiro, February 29" 2000


I NTRODU<;:AO

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SAMBA

Dentre os generos que compoem a rica musica brasileira, 0 samba se destaca como o mais caracteristico e conhecido, tanto no Brasil como no exterior. Sua origem remonta ao seculo XVII, na Bahia, on de escravos origimirios de Angola e do Congo aportaram, difundindo suas rodas de semba (cuja tradu~ao seria umbigada). No final do seculo XIX, a cidade do Rio de Janeiro - entao Distrito Federal- se tornaria 0 grande centro cultural do pais, onde urn caldeirao de ritmos de origens diversas, como a polca, olundu, a habanera e 0 maxixe, se misturaria aquele velho ritmo africa no para formarem 0 samba. No inicio do seculo XX, os bairros proximos aocentro do Rio - Estacio, Saude e Pra~a Onze - se tornariam 0 ber~o definitivo deste ritmo genuinamente brasileiro. Foi ai que se estabeleceram as baianas - carinhosamente apeJidadas de "tias" pela popula~ao - num movimento migratorio que fez acelerar 0 processo de fusao daqueles estilos, culminando na cria~ao do samba. Alem dos tradicionais doces e quitutes, as "tias" baianas trouxeram consigo 0 costume das festas de fundo de quintal, de espiri路 to sincretico, colocando lado a lado tradi~oes profanas e reJigiosas, sempre embaladas por boa musica. A mais famosa dessas festas era a de Tia Ciata, ponto de encontro de jovens e talento-

SAMBA

Among the different styles that make up what is known as Brazilian music, samba stands out as the most characteristic and popular, both in Brazil and abroad. Its origins can be traced back to 17'h century Bahia, where slaves captured in Angola and Congo landed, divulging their semba gatherings (at that time called umbigada, or belly bumping). At the closing of the 19,h century, the city of Rio de janeiro - at that time the country's capital- became Brazil's major cultural center, where a melting pot of rhythms of diverse origins, such as the Polka, the Lundu, the Habanera, the Maxixe, would blend with the old African rhythm from the semba gatherings, generating the samba in the process. In the beginning of the 20,h century, the neighborhoods adjacent to downtown Rio - Estacio, Saude, and Pra~a Onze, became the ultimate bastion of this genuinely Brazilian rhythm. That was where the "baianas", affectionately called "aunts" by the people, settled. They were based on the tradi路 tional figure cut by heavy路set women from the state of Bahia. Wearing their wide, white garbs, swaying to their own rhythms, they contributed to this "migratory movement," which hastened the blending of those styles, culminating in the creation of samba. In addition to carrying traditional sweets and goodies, the "aunts" from Bahia brought along the tradition of religious syncretism in their back yard celebrations, aligning profane and religious traditions, always swayed by great music. The most famous of those celebrations were held at Aunt Ciata's, where young and talented mu路


\b---sos musicos e compositores da epoca tais co-mo Pixinguinha, Joao da Baiana e Donga. Este ultimo, frequentador assiduo das festas e filho da famosa Tia Amelia, registraria, em 1917, 0 que muitos afirmam ser 0 "primeiro samba gravado": Pelo telefone. A musica gerada no quintal de Tia Ciata era uma especie de cria~ao coletiva onde a primeira parte tinha uma letra fixa (geralmen· te de autoria desconhecida), e a segunda par· te versos improvisados na hora. Apresentada em rodas de batuque no Rio de Janeiro, fo· ram cunhados inumeros termos para defini· la: caxambu, jongo, partido alto e, mais tarde, samba e batucada. Espalhando·se a partir do Estacio para 0 resto da cidade, diversos tipos de samba foram surgindo, tais como: sambacan~ao, samba-exalta~ao, samba de breque, samba de terreiro, samba de partido alto, samba-enredo etc.

AS ESCOlAS DE SAMBA o camaval brasileiro teve sua origem na brincadeira do Entrudo, trazida em meados do seculo XVI pelos imigrantes portugueses. Descrito como porca e brutal, a principal brincadeira do Entrudo consistia em se jogar todo tipo de Iiquidos e p6s nos passantes "desavisados" . No seculo XIX, a burguesia carioca come~ou a bus car urn outro modo de brincar o camaval. Da Europa foram importados os bailes de mascaras e os desfiles de alegorias. Paralelamente, 0 povo come~ava a organizar sua folia na forma dos agrupamentos denominados Ze Pereiras, que desfilavam ao som de bumbos e outros instrumentos de percussao. o camaval do povo e 0 camaval da elite iriam, pouco a pouco, se fundir e se confundir num processo tipico da cidade do Rio de

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BATUQUE

CARIOCA

sicians and composers of that period, among them Pixinguinha, Joao da Baiana and Donga, would get together. The latter, a habitue in those celebrations and son of famous Aunt Amelia, recorded in 1917 what many believe to have been "the first samba to be recorded": Pelo Telefone. The music contrived in Aunt Ciata's back yard was sort of a collective creation, the first part of which had permanent lyr· ics (usually by an unknown author) and the second part made up of verses improvised on the spot. Performed at batuque gatherings in Rio de Janeiro, several names were used to define it: caxambli, jongo, partido alto, and, later, samba and batucada. Disseminated from Estacio to the rest of the city, different kinds of sa mbas emerged, such as samba-can~ao, samba- exalta~ao, samba de breque , samba de terreiro, samba de partido alto, samba-enredo, etc.

SAMBA SCHOOLS The Brazilian Carnival originated from the Entrudo, a tradition brought and maintained by Por· tuguese immigrants in the middle of the 16 th century. Described as being filthy and brutal, the main feature of the play consisted in tossing all kinds of liqUids and powders at unaware passerbies. In the 19 th century, the Carioca bourgeoisie started to search for a new way to play Carni· val. From Europe came the mask balls and the allegory parades. Meanwhile, the people started to organize its follies in the form of groups entitled Ze Pereiras that paraded under the sound of bass drums and other percussion instruments. Gradually, the people's and the elite's Car· nival would merge and converge in a typically Carioca manner. Thus, you had the cordoned off blocks, the rancho blocks and the samba blocks, and finally the samba schools.


INTRODU<;:AO

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Janeiro. Surgiram os cordoes, os ranchos, os blocos e, por fim, as escolas de samba. Tendo sofrido infiuencia de praticamente todas as diferentes manifesta~oes carnavalescas anteriores, as escolas de samba iriam se tornar uma especie de sintese da popularidade dos blocos e cordoes - conjuntos formados por fo !ioes das comunidades mais humildes -, com a beleza dos ranchos e das grandes sociedades. As escolas de samba nasceram da necessidade dos blocos se organizarem, acabanda com as frequentes brigas e arrua~as que ocorriam quando saiam as ruas . Urn grupo de sambistas cariocas, integrado, entre outros, por Ismael Silva, Nilton Bastos, Armando Mar~al e Alcebiades Barcelos, 0 Bide, resolveu se unir formando uma agremia~ao que pudesse impor respeito e pDr fim a repressao policial aos blocos de rua. Assim, no dia 12 de agosto de 1928, no bairro do Estacio, foi fundada a primeira escola de samba, a Deixa Falar. Por haver, nas imedia<;:oes, uma Escola Normal, Ismael resolveu batizar 0 seu grupo de "escola de samba", deixando implicito que este formaria "professores de samba". Seguindo os passos da Deixa Falar, diversas escolas surgiram: Mangueira, Unidos da Tijuca, Vai Como Pode (que depois se tornaria Portela), Vizinha Faladeira, entre outras. As primeiras escolas reuniam de 70 a 100 pessoas, com numa estrutura bern simples:

Abre-alas - Tabuleta com 0 simbolo, 0 nome e 0 enredo da escola, alem de agradecimentos a imprensa e autoridades. Comissao de Frente - Formada pelas pessoas mais importantes da escola. Mestre-sala e Porta-bandeira - Levavam a bandeira da escola. 1° Puxador e 1° Versador-O puxador comandava 0 samba na primeira parte e 0 versador improvisava versos na segunda parte.

Influenced by practically all the various Carnival manifestations that preceded them, the samba schools became a synthesis. It had the popularity of the several blocks - made up by revelers from the poorer communities - and the beauty of the ranchos and of the grandes sociedades. The Samba schools evolved out of the block's need for organization, putting an end to the frequent brawls and riots that occurred when they paraded in the streets. A group of Carioca Samba composers, among them Ismael Silva, NiIton Bastos, Armando Mar,al and Alcebiades Barcelos, alias Bide, decided to form an association capable of demanding respect and putting an end to police repression against the samba blocks. Accordingly, on August 12'h 1928, the first samba school, Deixa Falar (Let Them Talk) was founded in the Estacio neighborhood. Since there was a teacher's school nearby, Ismael decided to name this asssociation "samba schooi"', implying that it would graduate "samba professors." Many Samba schools emerged, following Deixa Falar's steps: Mangueira, Unidos da Tijuca, Vai Como Pode (which later became Portela), Vizi-nha Faladeira, among others. The first Samba schools congregated an average of 70 to 100 people, distributed in a very simple structure:

Abre-alas - A sign with the samba school's logo, and the theme written on it, in addition to acknowledgements addressed to the press and authorities. Comissao de Frente - Made up by all the important members of the school. Mestre-sala e Porta-bandeira - The ballroom master and the flag bearer that carry the school flag. 1" Puxadorand 1" Versador - The puxador sang the first part of the Samba and the versador improvised the verses on the second part.


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BATUQUE

CARIOCA

Caramanchao - Onde ficavam as pessoas importantes, convidadas da escola.

Caramanchao - Place reserved for important school guests.

o Coro - Geralmente composto por vozes femi -

Choir - Usually made up of female singers danc-

ninas evoluindo em torno do caramanchao.

ing around the caramanchao.

2° Puxador e 2° Versador - Func6es identicas as dos primeiros.

2 nd Puxador and 2 nd Versador - The same attri-

Bateria - Composta unicamente por instrumentos de percussao.

Bateria - The drum section, made up exclusively

Baianas da Iinha - As baianas desfilavam ladeando a escola e cercadas por homens - geralmente armados com naval has nas pernas - que protegiam a agremia~ao .

Em 1932 ocorreu a primeira competi~ao extra-oficial entre as escolas de samba, vencida pela Mangueira. Em 19 35 houve 0 pri meiro concurso oficial e, a partir dai, elas se estabeleceram oficialmente e passaram a fazer parte do calendario do carnaval carioca. Ganharam a sigla G.R.E.S. ( Gremio Recreativo Escola de Samba ), e 0 direito do recebimento de uma verba publica para ajudar na prepara~ao de seus desfiles. A decada de 30 foi a de forma~ao e procura de identidade das escolas de samba. Era tempo de cria~ao. Mirando-se nos ranchos carnavalescos e nas grandes sociedades, a Portela introduziu nos desfiles a comissao de frente uniformizada, as primeiras alegorias, 0 primeiro enredo e samba-enredo. A Deixa Falar inovou na percussao, com as inven~6es do surdo e do tamborim. A Mangueira introduziu o pandeiro oitavado (ate entao era quadrado), e a ilumina~ao eletrica. A Vizinha Faladeira colocou cavalos e limusines na comissao de frente e introduziu no desfile a ala das damas com sombrinhas. Os anos 40 e 50 completam este cicio de forma~ao, tornando-as uma institui~ao a parte, ja bastante diferenciadas dos blocos, ranchos e

butions as 1" Puxador and 1" Versador

by percussion instruments. Baianas da Iinha - The baianas paraded beside

the Samba school surrounded by men - usually carrying razors strapped to their legs giving protection to the Samba school.

In 1932, the first unofficial competition between the Samba schools took place and was won by Mangu eira . In 1935, the first official competition took place, and from then on the Samba schools were officially instituted. Th e parades became a part of th e Carioca Carnival calendar. The Samba schools earned the title G.R.E.S. (Gremio Recreativo Escola de Samba,} roughly "Recreational Samba School Group, " and th e right to a certain sum in government funds to help in the preparation of their parades. The 30's were a decade the Samba schools dedicated to create their own identities. It was a period of creativity. Inspired by the ranchos and the grandes sociedades, Portela incorporated the comissao de frente (front committee) dressed in uniforms, the first allegories, the first enredo (theme) and samba-en redo (theme song), to the parades. Deixa Falar innovated the percussion section introducing the surdo and the tamborim. Mangueira introduced the eight-sided pandeiro (up till then the pandeiro used to be square) and electrical lighting. Vizinha Faladeira added horses and limousines to the comissao de frente and incorporated the "Dames Carrying Parasols" wing to the parade. The 40's and 50's bring an end the development period, when the samba schools attained very unique characteristics, which distinguished


INTRODU<;:AO

----&

grandes sociedades. Cad a uma com sua caracteristica propria, tornou-se possivel identificalas, principal mente pelas levadas das baterias que, de longe, permitiam saber qual escola se aproximava. No final dos anos 50 terminaria este periodo romantico das escolas de samba. A rapida moderniza<;:ao do Rio, sem cuidados de preserva<;:ao cultural, a continua imigra<;:ao de pessoas de outras regioes do pais e a penetra<;:ao da c1asse media no samba, substituiram costumes e tradi<;:oes locais por modismos passageiros. Este cosmopolitismo influenciou 0 samba e as escolas de samba. Os primeiros sin tomas foram vistos no desfile do Academicos do Salgueiro em 1959, iniciando uma revolu<;:ao na tematica e no visual. Novos materiais passaram a ser utilizados na confec<;:ao das fantasias, alegorias e adere<;:os. Aos poucos, os artesaos da comunidade foram substituidos por artistas e trabalhadores especializados. Como 0 numero de desfilantes au mentava ana apos ano, em 1971 foi estabelecido o limite de tempo para as apresenta<;:oes de cada escola, levando muitos a afirmarem que isso obrigou as baterias a tocarem num andamento mais rapido. Seria este 0 real motivo? Nos anos seguintes as alas se compactaram, os destaques passaram a subir nos carras alegoricos e os sambas-enredo se encurtaram. Os desfiles se sofisticaram, buscaram o caminho das grandes produ<;:oes teatrais, atingindo, no final dos anos 70, 0 formate dos grandes espetciculos que vemos hoje.

o

SAMBA-ENREDO

o samba-enredo e a "i1ustra<;:ao poetica e melodica do tema desenvolvido pelas escolas de

them from Carnival blocks, ranchos and grandes socie-dades. Since each samba school bore a unique characteristic, it was possible to identify them as they were approaching, particularly due to the kinds of rhythms played by the drum sections. The end of the 50's also put an end to the Samba schools' romantic period. The fast modernization of Rio de janeiro, marked by a lack of concern for cultural preservation, incessant immigration of people from other regions of the country, and the increasing participation of the middle class in the Samba, replaced local customs with ephemeral and non-traditional forms of expression. This cosmopolitan approach deeply affected the samba and the samba schools. The first symptoms were noticed in Academicos do Salgueiro's parade in 1959, which revolutionized the parade's thematic and visual aspects. New materials were employed in making the costumes, allegories and adornments. Gradually, artists and specialists replaced the community artisans. In 1971, as every year more and more people paraded, a time limit was set for the schools' parades, making many people believe that to be the reason the drum section needed to play in a faster tempo. Could that be the real reason? In the years that followed, the wings became more compact, the destaques (VIPs) now paraded on top of floats and the samba-enredos (theme songs) became shorter. The parades became more sophisticated, resembling elaborate theatrical productions, incorporating, in the end of the 70's, the format of the grandiloquent spectacles we see today.

SONG THEME The samba-enredo (song theme) is the 'poetic and melodic portrayal of the theme created


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samba para os desfiles carnavalescos" (ARAUJO, H. Carnaval- Seis milenios de historia). Possuindo um estilo proprio de canl.ter popular que o diferencia dos outros tipos de samba, ele nao precisa ter um esquema fixo de metrica e rima. Na maio ria das escolas, so os compositores Iigados a ala dos compositores podem escrever os sambas-enredo. De um modo geral os autores recebem uma sinopse do enredo para que possam estudar e conhecer 0 tema e, a partir dai, compor a musica. Isso ocorre geralmente entre julho e agosto. Todos os sambas compostos em uma escola concorrem entre si num sistema de elimina<;:ao que acontece durante os ensaios nas quadras. Por volta de outubro e escolhido 0 samba-enredo vencedor que sera 0 representante oficial da escola no carnaval. Se somarmos todos, mais de mil sambasenredo sao compostos por ana no Rio de Janeiro. E apenas um por escola chega ao desfile no carnaval. Nao e obrigatorio que os sambas-enredo tenham uma forma musical fixa. Porem, notase que, na maioria, eles tem duas partes e, cada uma delas, um refrao. Ecomum tambem os sambas serem construidos em tonalidade maior na primeira parte e menor na segunda. Porem, existem sambas compostos em uma unica tonalidade.

A BATERIA Sempre pulsando no compasso binario, a bate ria de uma escola de samba e hoje uma orquestra de aproximadamente 300 pessoas, formada exclusivamente por instrumentos de percussao. No inicio, as escolas de samba tinham na sua bate ria tamborins, latas de manteiga, cuicas e pandeiros. Alcebiades Barcelos, 0

°

BATUQUf

CARIOCA

by the samba schools for the carnival parades' (ARAUJO, H. Carnaval - Seis milenios de histe;ria). With a unique popular character that distin -

guishes it from the other categories of samba, it doesn't require limited metrics and rhyme structure. In most of the samba schools, only the composers affiliated to the composers' wing can write the samba-enredos. Usually the authors are handed a synopsis of the theme so they can study and become familiar with it, in order to write the music score. That usually takes place in July or August. A contest among all the sambas composed by each samba school takes place at the samba school's quadra (court) during rehearsal periods. Around October, the winning samba-enredo is announced. It will then officially represent the samba school during Carnival. Adding them up, over a thousand sambaenredos are composed throughout the year in Rio de Janeiro, but each school plays only one sambaenredo during the Carnival parade. The samba-enredos don't necessarily have to follow a certain musical structure, but usually they are made up of two parts with a chorus in each one of them. The first part of samba-enredos is also usually written in major keys and the second part in minor keys. But there are also sambaenredos written in only one tonality.

DRUM SECTION Always playing in 2/4 time, the samba school drum section is currently an orchestra with 300 components, who play only percussion instruments. In the early days, the samba school drum sections were made up of tamborins, butter cans, cuicas, and pandeiros. A1cebiades Barcelos, alias Bide, who introduced the tamborim in Deixa Falar's drum section, decided to improve the sound the big


INTRODuciio

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Bide, que trouxera 0 tamborim para a Deixa Falar, observando 0 som das grandes latas de manteiga, resolveu melhon't-las adaptando nelas uma pele animal presa em cima da lata. Estava criado 0 surdo, instrumento que se tornou responsavel pela mar.ca~ao, dando mais sustenta~ao ao desfile. Na decada de 30, a Vizinha Faladeira encomendou barricas francesas para confeccionar seus surd os. Com 0 passar do tempo, 0 metal substituiu a madeira e a fabrica~ao dos instrumentos passou a ser industrializada. Com exce~ao dos surdos e das cuicas que, ate hoje, por motivos de timbre, conti· nuam sendo tocados com peles de animais, os outros instrumentos - como caixas de guerra, tar6is, repiniques, tamborins e pandeiros usam, na maioria das vezes, peles sinteticas. Os instrumentos de uma bateria de escola de samba sao: Surdos de 1a ou marca~ao - Tocam no segundo tempo do compasso (tempo forte no samba). Ea partir deles que toda bateria e formada. Surdos de 2" ou res posta - Tocam no primeiro tempo do compasso e, como 0 nome ja diz, responde ao surdo de 1a. Surdos de 3" ou corte - Tocam a mesma nota do surdo de marca~ao alem de executar sincopes. Ele e urn dos maiores responsaveis pelo balan~o na bate ria. Repiniques - Tambem chamados de repi· ques ou surdo de repiques, tern a fun~ao de apoiar os surdos, se posicionam, geralmente, junto a eles. Caixas de guerra e Tarois - Executam desenhos ritmicos que, em geral, permitem a identifica~ao das diferentes baterias . Sao tambem instrumentos de grande importancia no suingue da bate ria.

butter cans made, adapting skin heads on them, creating what currently is known as the surdo, the instrument in charge of keeping the beat. In the 30's, Vizinha Faladeira ordered French kegs to build its surdos. With the passing of time, the wood was replaced by metal and the instruments began to be manufactured in industrial scale. Excluding the surdos and cuicas, which up till today, for timbre purposes, still employ skin heads, the other instruments including caixas de guerra, tarois, repiniques, tamborins, and pan· deiros, often employ synthetic heads. Samba school drum section instrum ents:

Surd os de 1a or de

marca~ao

- Play the 2nd beat

of the bar (samba strong beat). It is the foundation of the entire drum section. Surdos de 2" or de resposta - play the 1" beat of the bar and, just like its name says, respond to the surdos de 1 a. Surdos de 3" or de corte - Play the same notes as the surdos de marcm;:tio in addition to im· provisational fills. The drum section swing relies on their performance. Repiniques - Also called repiques or surdos de repique. Their assignments is to back up the surdos and are usually located next to them. Caixas de guerra and Tarois - Carry out rhyth· mic figures that usually enable the identifica· tion of the different kinds of rhythms played by the drum sections of the various samba schools. The drum section groove also relies on their performance. Chocalhos - Help the caixas to sustain the rhythm in the 1" part of the sa mba and in the choruses. Tamborins - Help sustain the rhythm along with the caixas, tarois and repiniques, in addition


~---Chocalhos - Auxiliam as caixas na sustenta~ao do ritmo na primeira parte do samba enos refroes .

Tamborins - Sao usados para sustentar 0 rit mo junto as caixas, tar6is e repiniques, assim como para executar conven~oes e desenhos ritmicos, muitas vezes pontuando a melodia do samba enredo. Pandeiros, Cuicas, Agogos, Reco·recos, Frigideiras e Pratos -lnstrumentos leyes, usados tanto na fun~ao ritmica como na improvisa~ao de diferentes frases durante a execu~ao do samba-enredo.

A distribui~ao geognifica dos instrumentos de uma bateria varia de escola para escola, mas algumas regras pare cern ser seguidas pela maioria delas. Os instrumentos leves (pandeiros, tamborins, chocalhos, cuicas , etc.), por exemplo, costumam vir na frente da bate ria (exemplo na pagina 17). Os ritmistas, tambem conhecidos como batuqueiros, sao geralmente pessoas das comunidades das escolas de samba. Eles sao comandados pelo mestre de bateria, que e 0 maestro do conjunto e 0 responsavel pela bateria. Este, alem de saber tocar todos os instrumentos e conhecer a tecnica de "encourar" as pe~as, e responsavel pelos ensaios, afina~ao, confec~ao, manuten~ao do ritmo, e cria~ao das conven~oes. o mestre de bateria e auxiliado pelos seus diretores que variam de quatro a nove elementos, dependendo da escola. A regencia da bateria e feita por sinais sonoros (apitos) e visuais (gestos). Como numa orquestra, os instrumentos sao agrupados por naipes. Nem todos tocam simultaneamente. As conven~oes mais conhecidas, como paradinhas ou bossas, sao utilizadas por algumas baterias como urn artificio para empolgar 0 publico e os desfilantes, alem de ajudar a manter 0 andamento da bate ria.

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BATUQUE

CARIOCA

to playing riffs and rhythmic figure s often highlighting the samba·enredo's melody.

Pandeiros, Cuicas, Agogos, Reco·recos, fry· ing pans and cymbals - Lightweight in-

struments employed both in sustaining the rhythm and in improvising phrases.

The positioning of th e instruments within th e drum section varies from sa mba school to samba school, but most of them see m to observe certain rules. The lightweight instruments (pandeiros, tamborins, chocalhos, cuicas, etc.,) for instance, are usually positioned in the front (see page 17). The ritmistas (percussion musicians), also called batuqueiros, are usually people who belong to the communities where the sa mba schools are loca ted. They are conducted by the Mestre da Bateria, th e maestro of the drum section. He, in addition to knowing how to play all the instruments and how to "e ncourar" (fix the heads on th e intruments), is also in charge of rehearsals, tuning and preparing the instru ments, keeping the rhythm and creating riffs. The mestre de bateria is assisted by his dire c· tors, who ca n add up to 9 people, depending on the school. The mestre de bateria and his directors conduct th e drum section blowing whistles and making gestures. Just like in orchestras, the in· struments are grouped in sections. The most com· mon riffs, such as the paradinhas or bossas, are employed by some drum sections to stir up the crowds and paraders, in addition to help keep the drum section 's tempo. When the parade is about to beg in, the drum section positions itself inside the recuo, also called box, located in the area where preparations for the parade are made. The sound car, where the puxador de samba stays, sided by percussion instruments, cavaquinhos (similar to ukuleles) and acoustic guitars, is placed next to the drum section and the samba starts being sang. On the second or third time the sa mba is sung by the puxador, the drum section is usually cued in by a fill played by the repiniques. The drum section play throughout


INTRODU<;:AO

----&

Na hora do desfile a bateria se posiciona no "recuo", tambem chamado de "box", localizado na area de arma~ao. 0 carro de som, onde fica 0 puxador de samba, acompanhado por instrumentos de percussao, cavaquinhos e viol6es, se posiciona junto a bate ria e inicia a "puxada do samba". Na segunda ou terceira vez que 0 samba e cantado, entra a bate ria, geralmente com a chamada de urn repinique. Esta toca durante todo 0 desfile dando sustentac;:ao a escola. De urn modo geral, quando o primeiro ter~o da escola passa, a bateria sai do "recuo" ocupando 0 seu lugar na pista. Atras dela vern 0 carro de som. Mais ou menos trezentos metros depois de iniciado seu desfile, a bate ria entra no segundo "recuo", onde permanece ate a passagem total ou quase total da escola, voltando a pista para terminar 0 desfile. A entrada e saida da bateria no segundo "recuo" exige tecnica e experiencia. Eurn mo mento onde pode ocorrer desarrumac;:ao dos ritmistas, ocasionando a inversao do tempo no ritmo (atravessamento), alem de buracos entre as alas, 0 que prejudica a evoluc;:ao da escola na pista. A entrada da bate ria no "recuo" nao e obrigatoria. o mais surpreendente num desfile e que, por mais que as escolas ensaiem durante quase 0 ana todo, nunca conseguem reunir mais de urn quarto do total de seus componentes, que hoje em dia gira em tomo de quatro mil pessoas. E urn grande misterio como tantas pessoas conseguem se reunir apenas algumas horas antes do desfile e realizar urn espetacu10 desta magnitude, com tamanha perfeic;:ao.

the whole parade, sustaining the samba school. Usually, when one third of the samba school is already parading, the percussion section leaves the recuo, taking its place in the parade. The drum section is followed by the sound car. After parading for approximately three hundred meters, the drum section enters the second recuo, where it remains until the entire school, or most of it, has passed, then it returns to the "avenue" to conclude the parade.

Entering the second recuo requires technique and expertise of the drum section. At that moment the ritmistas may get disorganized and loose the beat, and gaps between the wings may occur, negatively affecting the samba school's per¡ formance. It is not imperative for the drum section to enter the recuo. The most astonishing fact about the parade is that, even though rehearsals take place through¡ out the whole year, you never get to gather more than one fourth of the total of the samba school's components, which currently add up to approxi¡ mately four thousand people. It's a big mystery how so many people manage to get together only a few hours before the parade begins and perform such a grandiloquent spectacle with such perfection.


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EXEMPlO DE FORMA(:AO DE UMA BATERIA EXEMPlE OF A DRUM SECTION SET·UP

Surdo de l a

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INTRODU<;:AO

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NOTA~AO

NOTATION nota acentuada

tocar simultaneamente na pele (perto do centro) e no aro

accented note

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tocar simultaneamente na pele (perto do aro) e no aro

rim shot (close to the center of the head)

rim shot (close to de edge of the head)

play on the shell of the drum

tocar no corpo do instrumento

virada da mao esquerda (pandeiro e tamborim)

turn of the left hand down (pandeiro and tamborim)

movimento para frente (chocalho e reco-reco)

forward movement (chocalho e reco-reco)

movimento para tras (chocalho e reco-reco)

backward movement (chocalho e reco-reco)

metallic sound (agog6) palying one bell against the other

som metalico (agog6) aperta-se uma campana contra a outra

+ toque preso

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closed stroke

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nota executada com a ponta dos dedos (tamborim)

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note played softly with fingertips (tamborim)


INSTRUMENTOS

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SURDO Os surdos - tambores mais graves da bateria de uma esc ala de samba - sao feitos de aluminio com peles animais em ambos as lados. Com exce<;:ao da bateria da .Mangueira, que nao usa a surdo de resposta, todas as demais utilizam tres tipos de surdo: surdos de 1" au marca<;:ao - a mais grave de todos, que tern em media 24 polegadas e to cam no segundo tempo do compasso (tempo forte no samba). Ea partir deles que a bate ria e formada. Surdos de 2" au resposta - com em media 22 polegadas, tocam no primeiro tempo do compasso. Como a nome ja diz, respond em ao surdo de I"' Surdos de 3" au corte au centrador - tern em media 20 polegadas. Tocam junto com a surdo de marca<;:ao alem de executar diversas sincopes. Ele e urn dos principais responsaveis pelo "balan<;:o" na bate ria. Estes instrumentos sao tocados com uma maceta na mao direita (foto l) , en quanta que a mao esquerda, nua, abafa as pausas (foto 2). Note -se que nas baterias da Mocidade Independente de Padre Miguel e da Sao Clamente ha uma inversao de sonoridades nos surdos: as de 1" mais agudos do que as do de 2".

SURDO The lowest pitch drums in a samba school drum section - they are made out of aluminum with skin heads on both sides. Excluding Mangueira, which doesn't employ the surdo de resposta, all the other drum sections employ three kinds of surdos: surdos de 1 a ou marcapio (1 " surdos) - with the lowest pitch of all drums and a 24" head, plays the 2nd beat of the bar (samba's strong beat.) It is the drum section's foundation. Surdos de 2 a ou resposta (2 nd surdos) - with a 22" head, plays the 1" beat of the bar. As its name says, it responds to the surdo de 1". Surdos de 3a ou corte ou centrador (3 rd surdos)have an approximately 20" head. They play the same notes as the surdo de marca{:iio, in addition to improvisational fills. The drum section swing relies on their performance. These instruments are played with a mallet held in the right hand (photo 1,) and the left hand, bare, muffles the pauses (photo 2.) The surdos in Mocidade [nde pendente de Padre Miguel and Sao Clamente 's

drum section are inverted: the surdos de 1" have a higher pitch than the surdos de 2a •

(foto 2)


~---SURDOS DE la (MARCAf;AO)

SURDOS DE 2 a (RESPOSTA)

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INSTRUMENTOS

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BATUQUE

CARIOCA

CAIXA / TAROL

CAIXA / TAROL

Esses instrumentos executam os desenhos ritmicos que, na maio ria das vezes, identificam as baterias. Sao tambem instrumentos de grande importancia no suingue das referidas baterias. As caixas tern em media 12 x 8 polegadas e os tar6is 12 x 4. Ambas usam peles sinteticas. Geralmente, as caixas sao penduradas no ombro por urn talabarte e posicionadas na frente do corpo (foto 1). ja os tar6is sao presos a urn talabarte curto no brac;:o esquerdo (foto 2). Algumas baterias usam ainda caixas que sao tocadas como se fossem tar6is, "caixa em cima". Neste caso as caixas sao apoiadas no anti-brac;:o esquerdo (foto 3). Esses instrumentos sao tocados com baquetas de madeira.

These instruments play the rhythmic figures that most often distinguish the drum sections. They are also very important to the drum section's swing. The caixas measure approximately 12" x 8" and the tarois 12" by 4"_ Both of them bear synthetic heads. Usually the caixas are held by a strap that goes around the shoulder and are positioned in front of the ritmista's body (photo 1.) The tarois are held by a short strap tied to the left arm (photo 2.) Some drum sections play the caixas as if they were tarois, caixas de cima, in which case the caixas are supported on the left forearm (photo 3.) These instruments are played with wooden drum sticks.

(foto 1)

(foto 2)

(foto 3 )


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INSTRUMENTOS

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I NSTRUMENTOS

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REPINIQUE Tambem conhecidos como repique ou surdo de repique, servem para apoiar os surdos e sao posicionados, geralmente, pr6ximos a eles. as repiniques dao as entradas em quase todas as baterias. Medem em media 12 x 11 polegadas. Geralmente usam peles sinteticas em ambos os lados com uma afina~ao aguda. Sao pendurados no ombro por urn talabarte e tocados com uma baqueta na mao direita e com a esquerda nua. Sua execu~ao exige quatro toques: no primeiro, a baqueta del. a primeira nota no centro da pele (foto 1); no segundo toea, simultaneamente, na pele e no aro (foto 2); no terceiro, ainda na pele e no aro, s6 que mais perto da borda (foto 3); e, finalmente, 0 quarto toque e tocado com a mao esquerda nua (foto 4).

REPINIQUE Also called repiques or surdos de repique, they back up the surdos and are usually positioned next to them. The repiniques cue in most of the drum sections. They measure approximately 12" by 11". They usually feature synthetic heads on both sides and produce a high pitch sound. They hang from the shoulder held by straps and are played with a drum stick in the right hand and the bare left hand. It requires four strokes: on the first stroke the drumstick hits the first note in the center of the head (photo 1.) On the second stroke, the drumstick hits the head and the rim simultaneously (photo 2.) On the third stroke, the drumstick still hits the head and the rim, but this time closer to the edge (photo 3.) And finally, the fourth stroke is carried out with the left hand bare (photo 4.)


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INSTRUMENTOS

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TAMBORIM

Sao usados para sustentar 0 ritmo junto aos demais instrumentos, bern como para executar conven~6es e desenhos ritmicos, muitas vezes pontuando a melodia do samba enredo . o tamborim - instrumento mais agudo de uma bateria - mede 6 polegadas. Revestido de pele sintetica em urn dos lados, sao seguros pela mao esquerda (foto 1). Antigamente eram toca dos com baquetas de bambu . Hoje usa-se uma baqueta de plastico flexivel, por ser mais resistente. Nas escolas de samba, normalmente, toca-se simutaneamente na pele e no aro (foto 2). Em rodas de samba e comum tocar com uma baqueta de madeira com a mao direita enquanto que a esquerda toca com os dedos suavemente na pele por dentro do tamborim. Para execu~ao de determinados ritmos vira-se a mao esquerda, para que a "volta" da baqueta toque no tamborim (foto 3).

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BATUQUE

CARIOCA

TAMBORIM

They sustain the rhythm along with the other instruments and play riffs and rhythmic figures, often highlighting the samba-enredo's melody. The tamborim - the drum section instrument with the highest pitch - measures 6". Featuring a synthetic head on one side, they are grasped with the left hand (photo 1.) In the past they used to be played with bamboo drumsticks . Today it is played with a more re sistant flexible plastic drumstick. When played in samba schools, usually the drumstick strikes the synthetic head and the rim simultaneously (photo 2.). Another way of playing is strike with a wooden stick with the right hand while the fin gers on the left hand strike the synthetic head smoothly on the inside of the tamborim (photo 2.) For the execution of certain rhythms, the left hand should turn, so that the sticks' return should hit the tamborim. (photo 3).

(foto 2)

(foto 3)


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I NSTRUMENTOS

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INSTRUMENTOS

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Feito de duas campanas de metal Iigadas Made with two metal bellsjoined by a handle, por urn cabo, os agogos, alE~m do ritmo, dao urn the agog6s, in addition to sustaining the rhythm, colorido todo especial as baterias das escolas de add a very special timbre to the samba school samba. Os agogos devem ser . seguros de lado. drum sections. The agog6s must be held sideways. Normalmente tocados com uma baqueta de ma- Usually played with a thick wooden drumstick, it deira grossa, tern uma campana aguda (foto 1) e features a high pitch bell (photo 1,) and a low pitch uma grave (foto 2), e possivel, tambem extrair bell (photo 2.) You can also get a "dry" and metallic deles urn som mais "seco" e metalico, apertando sound out of it by squeezing the bells against each uma campana contra a outra (foto 3). Existe ain- other (photo 3.) There are also agog6s with four da 0 ago go com quatro campanas (foto 4) que foi bells (photo 4,) which were introduced by Portela introduzido em 1971 pela Portela e depois Imperio and and Imperio Serrano. These agog6s produce Serrano. Estes agogos formam urn arpejo, do qual an arpeggio from which melodies can be created. e possivel extrair melodias.


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INSTRUMENTOS

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INSTRUMENTOS

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CUiCA

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A cuica e feita de urn cilindro de metal, com pele de couro em urn dos lados e nela fixada, ao centro, uma vareta de bambu, com a qual se extrai 0 som_ Pode ter diversos tamanhos, de 8 a 14 polegadas_ Para ser tocada, a cuica e pendurada no ombro ou no pescot;:o por urn talabarte e segura contra 0 corpo_ 0 som e extraido pela mao direita, que fricciona levemente a vareta de bambu para frente e para mis, com urn pano umido (foto 1). Para se obter 0 som agudo, os dedos da mao esquerda apertam a pele por fora, proximo it vareta, sem entre tanto encostar nela (foto 2)_ 0 som grave e obtido simplesmente pela frict;:ao da vareta sem apertar a pele por fora (foto 3). Alem de ajudar na sustentat;:ao ritimica, a Cuica e urn instrumento que auxilia no balant;:o das baterias.

The cuica is built out of a metal cylinder, featuring on one side a skin head with a bamboo stick attached to its center, which produces the sound. It comes in various sizes, from 8" to 14". To play it, the cuica is attached to a strap that goes around the shoulder or the neck and leans against one's body. The sound is extracted from the right hand, which gently moves the bamboo stick in a foward motion with a wet cloth (photo 1). To get the high tone pitch, the left hand's fingers squeeze the skin from outside, next to the stick, Without, however, touching it (photo 2). The low pitch sound is obtained through the stick's friction, without squeezing the skin outside (photo 3). Besides helping in the rhythm support, the cuica sustains both the section's groove and swing_

(foto 1)

(foto 2)


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INSTRUMENTOS

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PANDEIRO Feito de madeira, 0 pandeiro me de de 10 a 14 polegadas. Ele pode ter pele sintetiea ou animal, que e fixada na madeira por urn aro de metal. Esegura pela mao esquerda e¡taeado pela mao direita. Nas eseolas de samba sao usados dois ritmos: 0 samba e 0 samba de partido alto. Sao quatro os movimentos basieos para se toear 0 pandeiro: com 0 polegar (foto 1); com a ponta dos dedos ao mesmo tempo que a mao esquerda faz uma tor~ao semelhante ao da virada do tamborim (fota 2); com 0 punho (foto 3); de novo com as pontas dos dedos, mas nesse caso sem a tarc;:ao da mao esquerda (foto 4). E ainda, abafe a primeira nota do primeiro tempo com 0 dedo medio da mao esquerda, eneostando-o na pele, no fundo do pandeiro ou com 0 polegar da mao esquerda par eima dele. Atenc;:ao na pagina seguinte esta escrito embaixo de eada nota 0 numero dos movimentos.

(foto 1)

(foto 3)

PANDEIRO Made out of wood, the pandeiro measures from 10" to 14 ". It can feature a synthetic or a skin head, that is attached to the wood by a metal rim. It is held with the left hand and played with the right hand. The samba schools play two rhythms on them: samba and samba de partido alto. Four basic movements are employed to play the pandeiro: use the thumb (photo 1;) with the tip of the fingers, as the left hand whirls similar to the movement when playing the tamborim (photo 2;) with the wrist (photo 3;) now again with the tip of the fingers, but this time without whirling the left hand (photo 4.) Adding to that, you mUffle the first note on the first beat with the left hand middle finger, touching the skin head with it on the inside of the pandeiro, or with the left hand thumb on its top. Note: on the next page you will find the number of the movement written underneath each note.

(foto 2)


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CARIOCA


I NSTRUMENTOS

CHOCALHO

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Os ehoealhos servem para apoiar as eaixas e tarDis na sustenta~ao do ritmo. Os mais usados nas eseolas de samba sao os feitos de platinela. o ehoealho e feito por urn peda~o de madeira ou metal, onde sao presas as platinelas. A maneira de se toear e muito simples, apenas dois movimentos. 0 primeiro para frente (foto 1), 0 segundo para tras (foto 2). E assim sueessivamente. Na maio ria das eseolas usa-se toear 0 ehoealho na primeira parte do samba-enredo enos refroes.

CHOCALHO

The chocalhos back up the caixas and the tar6is in sustaining the rhythm. The samba schools employ mostly the ones containing jingles. The chocalho is made out of a wooden or metal frame that holds the jingles. It is played in a very basic manner, requiring only two movements: the first movement is forward (photo 1,) and the second movement is backwards (photo 2.) The movements are then repeated. Most of the samba schools play the chocalhos throughout the first part of the samba¡enredo and then during the choruses.


----&

(ONVENCOES

ENTRADAS E BREQUES

ENTRY & BREAK PATTERNS

Os breques sao muito utilizados pelas escolas de samba, embora de maneiras e em lugares diferentes. Servem para destacar as partes do samba-enredo: Como ja vimos, em algumas escolas 0 repinique e 0 instrumento que da a entrada da bate ria, em outras a bate ria entra com o mesmo ritmo do breque. A partir dai 0 samba passa a ser acompanhado pela bate ria duran¡ te uma hora e vinte minutos, 0 que representa cerca de quarenta repetic;:6es da me sma musica. Geralmente os breques aparecem no final da primeira parte, no final da segunda para retornar ao inicio do samba e as vezes precedem as paradinhas.

The samba schools often make use of breques, but in different occasions. They highlight parts of the samba-en redo. As we've seen earlier, it is the repinique that cues in the drum section in some schols while in others teh whole drumsection starts together with the same rythm of the breake . From then on, the drum section backs up the samba for an hour and twenty minutes, totaling approximately forty repetitions of the same song. Usually the breques occur at the end of the first part of the samba, and at the end of the second part of the samba, marking the return to the beginning of the song. Sometimes they precede fills called paradinhas.

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~---PARADINHAS

As paradinhas tam bern conhecidas como bossas, alem de empolgar 0 publico que assiste ao desfile e os desfilantes, tern a func;:iio de ajudar na sustentac;:iio do ritmo durante 0 desfile. Elas diio uma sensac;:iio de descanc;:o ao ritmista que, ao retomar 0 ritmo, 0 fazem com uma vibrac;:iio ainda maior. Todos os anos, diferentes paradinhas surgem nos desfiles das escolas de samba. o importante e que essas bossas destaquem 0 samba-enredo sem levar os sambistas a perder o tempo do ritmo (atravessar). Algumas paradinhas ocorrem ap6s urn breque, outras emendam direto no ritmo.

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BATUQUE

CARIOCA

RHYTHM BREAKS

The paradinha, also known as bossas, in addition to stirring up the audience watching the parade and the samba school components, help sustain the rhythm throughout the parade. They make the ritmista feel renewed, enabling him to pick up the rhythm with even more excitement. Every year new kinds of paradinhas can be heard at the samba school parades. It is important that these bossas accentuate the samba-enredo without making the components lose the beat. Some paradinhas are performed after the breque and others start within the rhythm.

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ESCOLAS DE SAMBA

G.R.E.S. ACADEMICOS DO GRANDE RIO MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: MESTRE Ci~a . DIRETORES • DIRECTORS: Serginho, Marquinhos, Luciano, Romildo, Ulisses, Tuca, Gilmar,joao Paulo e Formigao. COMPONENTES • COMPONENTS: 307 (12 surdos de 1", 13 surdos de 2", 17 surdos de 3", 25 repiniques, 120 caixas, 48 tamborins, 24 chocalhos, 24 cuicas, 24 agog6s) .

In the latest Carnival parades Grande Rio's drum section has been exhibiting a mixture of firm rhythm and daring variations that has peaked the audiences' curiosity. They utilize two different snare drum patterns that mesh well together. After the arrival of Mestre Ora the surdos de 3 A started to play freely. Th e chocalhos play according to the song without having their own fixed part. The entrance of the drum section is in unison and carried out by all the instruments (Entrada 1 - pg. 43).

A bate ria da Grande Rio tern se destacado no Carnaval pelo ritmo segura e par ousadas conven-

\oes que empolgam 0 publico nos des files . Utiliza duas levadas de caixa perfeitamente entrosadas. Os surd os de terceira, que eram marcados, a partir da chegada do Mestre Ci\a passaram a ser executados Iivremente. Os chocalhos sao tocados de acordo com 0 samba, sem ter uma parte fixa. A entrada da bateria e feita em unissono por todos os instrumentos (pp. 43, Entrada 1).

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BATUQUE

CARIOCA

G.R.E.S. ACADEMICOS DO SALGUEIRO MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Marco Antonio da Silva (Mestre Marcao). DIRETORES • DIRECTORS: Showa, Orelha, Perereka, Kleber, Elair, Roger, Lolo, Gustavo, Guilherme, Vivian, Joana, Titinho, Tarcisio, Marcelo, Marcos de Moraes e Tuninho . COMPONENTES· COMPONENTS : 268 (10 surdos de la, 12 surdos de 2 a , 15 surdos de 3 a , 35 repiniques, 40 caixas "em cima", 20 caixas, 60 tar6is, 36 tamborins, 25 chocalhos, 15 cuicas).

A bate ria do Salgueiro tern como marca registrada a levada de tarol, e ate pouco tempo dispensava o uso das caixas de guerra. Foi a primeira bate ria a to car virando os tamborins (carreteiro), 0 que permite executar todas as semicolcheias do compas so. A entrada e feita com todos os instrumentos tocando quatro seminimas e urn corte (pp. 43, Entrada 2). Para a primeira parte do samba, utiliza urn breque com tres cortes dos surd os de primeira e terceira. Os chocalhos tocam na primeira e na segunda parte do samba, e descansam no refrao final. 0 Salgueiro tern urn estilo especial de tocar os surdos de terceira: parte deles sao "centradores" enquanto outros sao "cortadores".

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Salgueiro's drum section is easily identified by the pattern of the tarois, and until recently didn't use caixas de guerra. It was also the first drum section to whirl the tamborins while playing, allowing it to execute all the sixteenth notes within the measure. Their entrance is with all the instruments playing four quarter notes and a break (Entrada 2 - pg. 43). For the first part of the samba, they use a break with three delayed notes on the surdos de 1Q and the surdos de 3 Q. Their chocalhos play in the first and second part of the song, and take a break in the final chorus. The Salgueiro school has a special style of playing the surdos de 3". Some just keep the time while others plays freely.

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ESCOLAS DE SAMBA

G.R.E.S. BEIjA-FLOR MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: MESTRE Rodney Jose Ferreira e Mestre Plinio de Moraes. DIRETORES • DIRECTORS: Orelha, Kombi, Renato Azul, Marcio Frigideira, Saul, Carlos Alberto, Walney, Perninha, Binho Percussao e Celso Paduana. COMPONENTES. COMPONENTS: 228.(10 surdos de 1",12 surdos de 2",14 surdos de 3", 40 repiniques, 30 caixas "em cima", 50 caixas, 24 tamborins, 24 chocalhos, 12 cuicas, 12 frigideiras). A bateria da Beija-Flor utilizava muitos surdos e tamborins, porem poucas caixas. Desde os anos 1990, entretanto, pas sou a ser bern equilibrada. Atualmente apresenta duas levadas de caixa, uma em cima e outra embaixo. Os surdos de terceira sao arranjados de acordo com a musica. Os chocalhos tocam na primeira parte enos refraos do samba. A Beija-Flor nao costuma executar breques para a prime ira e segunda partes do samba, somente no refrao final. A entrada e feita por todos os instrumentos com urn corte (pp. 43, Entrada l) . Destaca-se ainda urn naipe de doze frigideiras que sao tocadas na segunda parte do samba.

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The Belja Flor drum section traditionally featured many surdos and tamborins, and very few caixas. Since the 1990s, however, they have become a well-balanced section. Currently, Belja-Flor utilizes two snare drum patterns. The surdos de 3a are arranged according to the music. The chocalhos play in the first part and in the chorus of the song. Belja-Flor does not usually have breaks going for the first and second parts of the samba; instead they use a break going to the final chorus. Their entrance is made with all of the instruments, with a break (Entrada 2- pg. 43). Also, it is worth to note that they have twelve frigideiras (small frying pans) that play in the second part of the song.

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G.R.E.S. ESTA~AO PRIMEIRA DE MANGUEIRA MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Ailton Nunes. DIRETORES • DIRECTORS: Vitor da Candelaria, Fabio Andre, Nielson rei do tamborim, Marron z inho, Hudson e Ze Campos. COMPONENTES • COMPONENTS: 259 (24 surdos de 1a, 26 surdos "mo", 35 repiniques, 45 caixas de 14", 25 caixas de 12", 30 tamborins, 22 chocalhos, 24 cuicas, 16 agogos, 12 timbaus). A bateria da Mangueira e sem duvida a mais facil de ser reconhecida: e a unica a nao utilizar 0 surdo de resposta. Esta maneira de tocar criada por Lucio Pato, e executada pela primeira vez por Mestre Waldomiro, e mantida ate hoje. Tern ainda uma forma propria de tocar os surdos de corte, que na Mangueira sao menores, tern as peles bern frouxas e sao chamados de surdos-mor (surdos-mol. A entrada e feita por todos os instrumentos com urn corte. Toca os chocalhos na segunda parte do samba-enredo, nao na primeira, como a maioria das escolas.

Mangueira's drum section is undoubtedly the easiest to recognize: it is the only section that does not utilize the surdo de 2'". This style of playing was created by Lucio Pato. It was first performed by Mestre Waldomiro and maintai· ned until today. It also features its own style of playing the surdo de corte. At Mangueira the se surdos are smaller and are called surdos-mor (mo). Their entrance is made with all of the instruments with a break. Mangueira plays the chocalhos in the second part of the samba song and not in the first as in the majority of the samba schools.

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ESCOLAS DE SAMBA

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G.R.E.S. ESTAclO DE SA MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Chuvisco. DIRETORES • DIRECTORS: Thaiane, Jefferson, Renato, Serrinha, Bw;:u, Luis Fernando, Burrao, Celinho e Beto. COMPONENTES • COMPONENTS: 272 (11 surdos de 1a, 13 surdos de 2 a , 15 surdos de 3 a , 40 repiniques, 95 caixas "em cirna", 36 tarnborins, 24 chocalhos, 24 cuicas, 12 agog6s e 2 pratos). Sernpre com urn sentido ritrnico "para frente", a bate ria da Estacio e reconhecida por sua "pegada". Nela se destaca a levada de caixa que e tocada em cirna. Os chocalhos entrarn na segunda parte enos refraos. Os surd os de terceira tocarn livrernente. A entrada e feita por todos os instrurnentos com urn corte (pp. 43, Entrada 1).

Always with a sense of forward rhythm, Estacia de Sa is recognized for its groove. It is firm in its snare pattern, which is played on top of the percussionist's shoulder. The chocalhos are played in the second part of the song and the surdos de 3" plays freely. Their entrance is made with all the instruments with a break (Entrada 1- pg. 43).

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G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Marcone da Silva do Sacramento (Mestre Marcone). DIRETORES • DIRECTORS: Jairo, Adenilson, Noza, Fornalha, Gazeto, Wanderson, Renan, Jean, Quinho, Negueba, Alan e Edwilson. COMPONENTES . COMPONENTS: 270 (12 surdos de 1", 12 surdos de 2",16 surdos de 3", 40 repiniques, 96 caixas "em cima", 36 tamborins, 22 chocalhos, 24 cuicas, 1 prato, 1 reco -reco e 10 tantas).

A bateria da lmperatriz sempre chamou a aten~ao pelo naipe de tamborins, que todos os anos criava novas conven~6es. Foi a ultima a tocar virando os tamborins (carreteiro). Hoje, sob 0 comando do Mestre Marcone, a lmperatriz se destaca pelos arranjos dos surdos de terceira. Os chocalhos tocam na primeira parte do samba enos refraos. A entrada da bateria e feita pelos repiniques (pp . 27). Outra particularidade e 0 usa de dez tantas, uma homenagem ao Bloco Cacique de Ramos que fica localizado nas imedia~6es da escola.

Imperatriz Leopoldinense's drum section features a unique group of tamborins, creating new melodic fills each year. This was the last samba school to whirl the tamborins while playing. Today, under the command of Mestre Marcone, the Imperatiz Leopoldinese is distinguished by the arrangements for their surdos de 3'". The chocalhos play in the first part of the samba and the choruses. The entrance of the drum section is made by the repiniques (pg. 27). Another feature is the use of 10 tamas, which is a tribute to the Bloco Cacique de Ramos that is located in the same neighborhood.

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G.R.E.S. IMPERIO SERRANO MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Gilmar Campos da Cunha (Mestre Gilmar). DIRETORES • DIRECTORS: Douglas, Fabner, Tadeu, Silvio, Elieze, jeferson, Thiago, Ca!;ula, Renan, Reginaldo, Sergio e Bethoven. COMPONENTES • COMPONENTS: 25300 surdos de 1",10 surdos de 2", 18 surdos de 3",12 repiniques, 85 caixas, 30 tamborins, 25 chocalhos, 22 cuicas, 10 frigideiras, 30 agogos e 01 prato). Imperio Serrano foi a primeira escola a apresentar os integrantes da bate ria fantasiados, no final dos anos 1940. Foi tambem a primeira a utilizar pratos e frigideiras. A partir de 1979 come!;ou a utilizar os agogos de quatro campanas. Hoje tern como principais caracteristicas a levada de caixa e 0 naipe de agog6s de quatro campanas que propiciam a eXeCU!;aO de melodias e conven!;oes que dao urn colorido especial ao conjunto. A entrada da bate ria e executada pelos repiniques (pp. 27). Os chocalhos tocam na primeira parte enos re fraos. De seus 18 surdos de terceira, 12 sao "cortad ores" e seis "centrad ores".

In the 1940s, Imperio Serrano was the first school to feature members of the section wearing the Carnival costumes. It was also the first school to use cymbals and (rigideiras in their performances. Their main characteristics these days are the snare patterns and a group of 30 drummers playing four-bell agogos that allows for the opportunity of melodies and conventions and add special color to their musical set. The drum section's entrance is played with repiniques (pg. 27). The chocalhos play in the first part and the chorus. Of the eighteen surdos de 3 111, twelve play freely while six keep the time.

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G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Bereco e Mestre Dudu. COORDENADOR • COORDINATOR: Andrezinho e Mestre Odilon Costa. DIRETORES • DIRECTORS: Celsinho, Henrique, Eugenio, Hudson, Dinil, Rodrigo, Sergio e Xula. COMPONENTES· COMPONENTS: 259 (10 surdos de 1",10 surdos de 2",16 surdos de 3", 40 repiniques, 88 caixas, 36 tamborins, 24 chocalhos, 24 cuicas, 10 frigideiras e 1 prato). A bate ria da Mocidade e uma das mais importantes do carnaval carioca. Foi responsavel por diversas inven\oes que, cedo ou tarde, foram incorporadas por quase todas as baterias. Entre as inova\oes podemos citar 0 surdo de terceira, inventado por Sebastiao Estevao (0 Tiao Miquimba) em 1959, a entrada de repinique (pp. 27) e ainda 0 chocalho de platinelas. Em 1958, a bateria da Mocidade, sob a batuta do lendario Mestre Andre, fez pela primeira vez a celebre "paradinha" em frente it comissao julgadora. 0 povo mais tarde passaria a acompanhar tal bossa com 0 grito de "ole". Durante este periodo, a Mocidade foi conhecida como "uma bate ria que carregava a escola nas costas", pois sua fama precedia a da pr6pria escola. Hoje, sob 0 comando da "Super dire\ao de bateria", a Mocidade ainda man tern as caracteristicas originais, como a ausencia de breque entre as partes do samba-enredo e a inconfundivellevada de caixa.

Mocidade Independente's drum section is one of the most important in the Rio Carnival. They were responsible for several inventions that have eventually been incorporated by almost all of the drum schools. These innovations include the surdo de 3" which was invented by Sebastiao Estevao in 1959, the Repinique entrance (pg. 21) and the chocalho. In 1958, Mocidade Independente, under the guidance of the legendary Mestre Andre did the first famous long break in front of the commission of judges. The people later would accompany this break with a scream of "Ole." During this period, the Mocidade drummers were known as "a drum section that carries the school of Samba on its back" because it was better known than the school itself Today, under the direction of the super dire(:ao de bateria, Mocidade still retains its original features such as a lack of breaks between the parts of the samba enredo and the unmistakable snare drum pattern.

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ESCOLAS

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G.R.E.S. PORTELA MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Nilo. DIRETORES • DIRECTORS: Sidclei, Vinicius Rato, Vinicius Ximenes, Victor, Douglas, Eloi, Bombeiro, Cacau, A.lvaro Arsenio. COMPONENTES • COMPONENTS: 266 (11 surdos de la, 12 surdos de 2",16 surdos de 3", 30 repiniques, 100 caixas, 30 tamborins, 30 chocalhos, 30 agog6s, 24 cuicas, 2 pratos e 1 chocalho de mao). A bateria da Portela, conhecida como a 'Tabajara do samba" - em alusao a famosa orquestra do maestro Severino Araujo -, tinha como caracteristica marcante urn intervalo maior entre os surdos. Os de primeira, graves e os de segunda eram mais agudos do que nas demais baterias. Eles ficavam em lados opostos e nao intercalados como hoje. Foi tambem a bateria que lan<;:ou os agog6s de quatro campanas, em 1971 . Hoje sob 0 comando do Mestre Nilo, a Portela renovou-se e vern ganhando destaque no Grupo Especial pelo ritmo e conven<;:6es. A Portela apresenta uma levada de caixa propria e a entrada da bateria e feita pela chamada do repinique (pp. 27). Toea os chocalhos na primeira parte do samba enos refraos e os surdos de terceira sao em unissono.

Portela's drum section, known as "sa mba's Tabajara" in an allusion to the famous orchestra led by Maestro Severino Araujo, is known for its main characteristic of a greater melodic interval between the sllrdos (the first sllrdos tuned lower, and the second sllrdos tuned higher than in the majority of samba schools). Th ey used to parade in opposite wings and not intercalated, as in most of the other drum sections. Today, under the command of the Mestre Nilo, Portela has renewal its drum section, notable today for its rhythm and style. Portela presents a unique snare drum pattern. The entrance of the drums is made by the repiniqlles (pg. 27). The chocalhos play in the first part of the song in the chorus. The sllrdos de 3'" play in unison.

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MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Caliquinho e Mestre Gil. DIRETORES • DIRECTORS: Tiao Belo, Kaka, Julinho, Tiao Holo, Bruno Marfim, Regina, Stalone e Artur. COMPONENTES' COMPONENTS: 250 (10 surdos de la, 12 surdos de 2 a, 14 surdos de 3 a, 30 repiniques, 40 caixas, 50 caixas "em cima", 40 tamborins, 24 chocalhos e 30 culcas). Uma das escolas mais novas da elite do carnaval carioca, a Sao Clemente apresenta duas levadas de caixa. E uma das poucas baterias que afina 0 surdo de primeira mais agudo que 0 de segunda. Os surdos de terceira tocam livremente durante a maior parte do samba. Os chocalhos sao tocados na primeira parte enos refraos. A entrada e feita em unlssono p~r todos os instrumentos com urn corte (pp. 43, Entrada 1). Tern ainda como caracterlstica marc ante a nao utiliza~ao de apitos pelos diretores.

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One of the more recent schools of the elite in Rio's Carnival, Sao Clemente features two snare drum patterns. It is one of the few drum sections that tune the sJlrdo de I" higher than the sJlrdo de 2". The sJlrdos de 3" plays freely during the majority of the song. Their chocalhos are played in the first part and in the chorus. The entrance of the drums is in unison with all of the instruments with a break (Entrada 1 - pg. 43).

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G.R.E.S. UNIAO DA ILHA DO GOVERNADOR MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Riquinho. DIRETORES • DIRECTORS: Bira, Valdeci, Marcos, Bam-Barn-Bam, Esteves e Ratinho. COMPONENTES · COMPONENTS: 246 (12 surdos de la, 11 surdos de 2 a , 11 surdos de 3 a , 20 repiniques, 60 caixas, 40 caixas "em cima", 36 tamborins, 24 chocalhos, 12 cuicas, 12 agogos, 02 pratos, 01 xequeres e 05 tri-tons).

Uniao da Ilha's drum section has made a lot of waves since the beginning of the 80s. It is known for its tamborim fills and its rhythmic breaks that got the audience out of their seats during its parades. It is also famous for innovations such as a break for the first part of the samba where the surdos play three delayed strokes before going back to the rhythm. This was first introduced in their parade in 1986. Another innovation is the aisle in the middle of the drum section which was first presented in 1991, providing greater mobility for the directors to work during the parade. These innovations were soon incorporated in other drum sections. It is also worth highlighting the snare drum patterns of this school which is also used by other drum sections. The entrance of the drums is made by the repiHiques (pg. 27). The chocalhos play the first part of the song and in the chorus.

AUniao da IIha teve seu auge nos anos 1980, quando suas convenc;:6es de tamborins e "paradinhas" levantavam 0 publico nos desfiles. Entre as criac;:6es feitas por esta bateria estao: 0 breque para a primeira parte do samba com tres toques atrasados dos surdos (chamado no samba de tres "calangueadas"), apresentado pela primeira vez no desfile de 1986; e 0 corredor no meio da bateria, feito pela primeira vez em 1991 dando maior mobilidade para 0 trabalho dos diretores. Estas inovac;:6es foram logo incorporadas por outras escolas. Vale a pena tam bern destacar sua levada de caixa, que hoje e utilizada por outras baterias. A entrada e feita pela chamada do repinique (pp. 27). Tocam os chocalhos na primeira parte do samba enos refraos . Atualmente tambem utiliza uma levada de caixa em cima. Cuicas Pratos e

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G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Thiago Diogo. DIRETORES • DIRECTORS: Paula, Denilson, Norival, Igor, Fabio, Daniel , Wendel, Lauri , Grande, Hugo, Barrao e Silvio . COM PONENTES • COMPONENTS: 295 (12 surdos de 1", 12 surdos de 2", 16 surdos de 3", 25 re piniques, 120 caixas "em cima ", 36 tamborins, 24 chocalhos, 24 cuicas, 12 frigideiras, 12 ago g6s, 12 liras, 01 prato e 01 xequere).

One of the newer schools of Rio's Carnival, Porto da Pedra features a very well balanced drum section. The entrance is made by the repiniques (pg. 27). The chocalhos play according to the song, without having any specific part. The surdos de 3" are played in unison. With four years directing this drum section, Mestre Thiago unified the snare drum pattern and introduced 12 drummers playing bell lyra.

Uma das escolas mais novas do carnaval carioca, a Porto da Pedra tern se apresentado sempre com equilibrio entre os diversos naipes do seu conjunto. A entrada e feita pe los repiniques (pp. 27). as chocalhos sao tocados de acordo com 0 samba, sem uma parte especifica. as surdos d e terceira tocam em unissono . Ha quatro anos no comando da bate ria, Mestre Thiago padronizou a levada de caixa e introduziu uma ala de liras.

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One of Rio's most traditional schools, Unidos da Tijuca, tunes its surdos way up compared to others schools. Its section is also very balanced and the snares are played above with a lot of swing. Their entrance is made with all four instruments playing four quarter notes and a break (Entrada 2- pg. 43). The chocalhos plays in the first part of the song as well as the chorus. The surdos de 3'" play in unison. Aside from the breaks in the first and second part, there is also a break going into the final chorus.

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(Q---G.R.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Paulinho e Mestre Walan Amaral. PRESIDENTE DE HONRA • PRESIDENT OF HOUNOUR: Mestre Mug. DIRETORES· DIRECTORS: Everton, Macaco Branco, Luis Paulo, Alan, Ratao, Leca, Guilherme, Cassiano, Buda, Paulo Henrique, Klebinho, Cativeiro, Mariozinho, Douglas. COMPONENTES· COMPONENTS: 267 (10 surdos de 1", 10 surdos de 2",14 surdos de 3", 40 repiniques, 60 caixas, 40 tarois, 36 tamborins, 24 chocalhos, 24 cuicas, 3 frigideiras, 2 xequeres, 1 reco-reco e 1 pandeiro). A bateria da Vila Isabel tern uma levada de caixa e taro I que se encaixam com perfei~ao, fazendo dela uma das mais "balan~adas". Tinha urn modo de tocar que a diferenciava das demais: na segunda parte do samba, emudeciam os chocalhos, os reco-recos, os agog6s e as cuicas, e ficava a sustenta~ao do ritmo a cargo das caixas, dos tarois, dos repini ' ques e dos surdos, deixando os tamborins fazerem as conven~6es a partir da metade da segunda par· teo Hoje deixou de ser urn diferencial, pois quase todas as escolas incorporaram esta forma de tocar. Tradicionalmente a Vila Isabel era uma das poucas baterias que afinava 0 surdo de prime ira mais agudo do que 0 de segunda. Atualmente comandada pelos mestres Paulinho e Walan, a bateria da Vila ainda man tern a maioria de suas caracteristicas, como a entrada que e feila por todos os instrumentos (pp. 43, Entrada 1) e as dos surdos de terceira em que a metade deles e "centradora" e a outra metade corta livre mente.

The drum section of Vila Isabel has patterns for eaixa and tarol that fit together perfectly, making it one of the most balanced and interesting sections. It features a very unique characteristic in the second part of the theme song when ehoealhos, reeo-reeos, the agogos and euieas are silent while the eaixas, tarois, repiniques and surdos hold the rhythm, allowing for greater liberty for tamborins to create melodic fills and variations. It also pioneered a way of playing that is now copied by other schools. Villa Isabel was one of the few schools to tune the surdo de 1" higher than the surdo de Z". Currently directed by Mestres Paulinho and Mestre Walan, the drum section of Vila Isabel still maintains the majority of its characteristics such as the entrance made with all the instruments in unison (Entrada 1 - pg. 43), and the surdos de 3" where some keep the time while others play freely.

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ESCOLAS DE SAMBA

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G.R.E.S. UNIDOS DO VIRADOURO MESTRE DE BATERIA • CONDUCTOR: Mestre Pablo. DIRETORES • DIRECTORS: Heros Leonardo, Thiago Pereira, Vinicius Lemos, Marcio Chocolate, Pedro Magrao, Alex Rocha, Aridio, Dalmir, Russo, Denilson, 010 e joao. COMPONENTES· COMPONENTS: 300 (13 surdos de 1", 13 surdos de 2", 14 surdos de 3", 30 repiniques, 120 caixas "em cima", 46 tamborins, 36 chocalhos, 26 cuicas, 01 xequere e 01 prato). Dentre todas as escolas, a bateria da Viradouro e a que tern os maiores naipes de caixas e tamborins. A entrada e feita por todos os instrumentos com urn corte (pp. 43, Entrada 1). Seus surdos de terceira, que ate 2009 tocavam livremente, hoje sao em unissono. as chocalhos tocam na primeira parte enos refraos.

Among all of the schools Viradouro's drum section has the largest number of caixas and tamboriHs. The entrance is made with the instruments with a break (Entrada 1 - pg. 43). The surdos de 3" played freely until 2009 when they began to play in unison. The chocalhos play in the first part of the song and the chorus.

Cufcas e Pratos j

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Tamborins D D

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A Baquetas ALBA distingue-se pelo empenho em oferecer ao mercado produtos diferenciados_ Por isso, investe em obstinada pesquisa de materiais aliada a intensa preocupa9io com a funcionalidade de seu design_ A materia prima, 100% brasileira e selecionada desde seu local de extra9io e trabalhada com tecnicas proprias, exclusivas, visando obter a maxima resistencia e padriies de acabamento originais e perduraveis. Com isso, para orgulho e alegria de nas, brasileiros, a empresa segue mantendo sua filosofia de gerar empregos, investir na forma9io e qualifica9io tecnica de profissionais e utilizar de maneira racional e consciente recursos naturais com certifica9io legal e consciencia ecol6gica. Fruto de uma incansavel e constante busca pela excelencia, hoje a empresa oferece produtos inovadores, criados sob rigoroso criterio de controle de qualidade, somando requisitos essen cia is: Alinhamento, Balanceamento, Equilibrio e Sonoridade. Atraves da dedica~ao, investimento em pesquisa e inspira~ao de grandes musicos, foram criados produtos que vao de encontro as necessidades de iniciantes, mantendo a filosofia de investir e inspirar novos talentos - Para isso foram desenvolvidas baquetas dedicadas ao aprendizado de

crian~as

- ate os produtos com design e excelencia tecnica, que vem

conquistando cada vez em numero maior, 05 artistas mais exigentes.

Com as Baquetas ALBA Voce vai ficar conectado a grandes nomes do mundo da bateria e percussao!

ALBA Drumsticks are distinguished by a constant commitment to offer the market products with technical excellence in its manufacture and rigorous control in the selection of raw material. Therefore, investing in unstoppable research for materials, with a intense preoccupation with the functionality of the design. The raw material, 100% Brazilian wood, is selected from its place of extraction is crafted with unique techniques, to obtain maximum strength and exclusive patterns of lasting finish. It's a great reason for pride and joy of us, Brazilians. The company keeps its philosophy of creating jobs, investing in training and qualification of their professionals focused in the conscious use of natural resources, certified by legal authorities, for their environmental awareness. As a result of a tireless and constant pursuit of excellence, today the company offers innovative products, created under strict quality control criteria, adding essential requirements: Alignment, Balance and Loudness. Through dedication, investment in research and inspiration from great musicians, products were created to meet the needs of beginners, keeping the philosophy of investing and inspire since young talents to an ever growing number of the most demanding artists With ALBA Drumsticks You'lI be connected to the big names of the world of drums and percussionl

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