Escola de Samba: A árvore que esqueceu a Raiz

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C a ndeia & Isnard

ESCOlA DE SAMBA Arvore que • esqueceu a ralz PREFAclO DE S~RGlO CABRAL



ESCOlA DE SAMBA Arvore que esqueceu a raiz •

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ESCOlA DE SAMBA -Arvore que • eS(JJeceu a ralz

I EDITORA LIDADOR/SEEC·RJ


d s des!a edifiJO da

J:fdaoor "LUll.

DireiCOS testrv3 0 es 58 _ ZC..Q2 Rua Paulino Femand. '1 10.000 _ Rio de Janeiro. Bras! .

~

d rao tOlal ou parcIal desta obra . vedada a repro uT

~Copyrlghl

do autor.

UF F/NDC Cb JI RO DE MEMORIP

FLUMINENSE REG. glgf/Glj)l

,---UF Fi"'-" '-' ~M F C60. c.

'775 "': .-' ' 3__-- 1

Cod. CAe,W <

140 t,J(

(Preparada peJo Centro de CataJoga~a"na·fonte do SINDICATO NACIONAL DOS EDiTORES DE L1VROS. RJ)

Candeia C223e E.scolas de samba: a arvore que esqueceu a raiz Ipor/Candeia e Isnard. Rio de Janeiro, Lidador/SEEC/ 1978.

l. &colas de samba I. Isnard II. Titulo

COD - 301.21 7~OO17

394.250981 CDU - 301.186:394.25(81)


Esta obra foi pubticada com a colabora.;ao de Estado do Rio de Janeiro Secretaria Estadua1 de Educa~iIo e Cuhura Depa rtament o de Cuhura Instituto Estadual do Livro


•

APRESENT At;:AO

<?

samba

ea

mais eXprl!SSlva Imquagem musical do povo c.:Ifioca. H Oje

en?~uece os donos- do mercado musIcal, enquam o ,H es:col.;,s de SolmDa sao UUllZadas peJo seu potencial Wrist/co, sugadas pe/o que orcrecem de ruper. fiuQ e desprezadas peJo (undamenlil / I-/,) riln ros m !eress"s em forno do sam ba e das escolas que fica muiro dificiJ saber cnde e il (ramelt',l entre" mil nifesla qdO espontanea do pavo e a giln.incia Ha pessoas que FLio sabem, porl!m , que a vH 6na do samba SI!! a.s5lm Sf!

pade chamar

0

que exis!e atua/mente

penence a Unlil parte/a dil populaq.io

que sofreu violencias, perseguit;Oes e preconceHOS eXcIU.':l'Iamenfe pilla

"crime " de canlar, locar e dant;ar esse mesmo samba. Este livro e urn grande avant;o na luta des artlS tiS populares comra as preconceitos. E wna obra sem mtermed.zarios, cscn td pe/os pr6prios persona¡ gens. Nao e, portanto, urn Iivro de escrirOf, mas urn repoS/lorio de informilyOes, experiencias e posiyOes que ndO sao ilpenilS dos dois autores Pemmcem tambem aos velhos sambistas que formaram urn dos mais lmpor!ilntes centras da criilydo popular do Rio de Janeiro, il Escola de Samba POrlela. Antonio Candeia Fi1ho e uma figura (ascinanfe A vonlade de conrribu ir

com a sua gente ul trapassa

atl~

os Ifrniles do qrande composilor que e. Ele promove, protesla, sugere e estimu/a. Quando nOIOu que as escolas de.samba esravam saindo do controle das sambistas. lfalOU de criar a Quilombo que II atualmente urn exemplo vivo de como 0 povo carioca pode cultivar ruas manifesrayoes sem servir am interesses des aproveJladores. Isn.ard A raujo, por sua vez , /igado h<l muires anos ao samba de wn modo geral, e escolas em particular. Na sua convivencia cern samblStas, verificou que a hist6ria deles era muito importante para a pr6pria hJStoria do povo do Rio de Janeiro e _ ao mesmo tempo - desprezada pelas elites. Afina!, que interesse haveria para as classes dirigenres a conrribuk.io cultural daqueJes personagens que eram tambem operanos. portucirios militates de posto infe-

as

e

VII


.

Com a sua sensibilidade de hom

?

. pubhcos . H' 6 . em ~ neionUJ os d criar 0 Museu 1St n co Portelense enOS ,t! .. ~ uatOlJ e . 0 d ' rior ' pMlll com 0 sam ..... • OS dos velhas samblStas. deervo esse mUseu jdtnwJC4C1o imentOS tFavad 50 deste livre. ceJlrllldo ~,poTWIte pan a eJaOOfaf. ra de personagens. Personagens COm

• ~;.-. uma 0 d 0 ccxnO j4~' muitO para merecer urn poueo e respeito. 0 t 'SSJI!I..'",.ircS que lutaraI1l que efa homenageado peJos SlSrvifos qUe Mn,eJt1S fJI"'. coda vez - .. - 0 Jolo da Bolland, brasileira, referia-se aos tempos, em que 0 samba era vllh au l miJsiCiJ pOpular al crime previstO pelo C6dJgo Penal. Quando a

.

'to II1lJlO

fOJmU1 .

pm~Jdi.J{/O

qu.ul lO qu . qUeI"xaminava-.lhe os dedos para verjfjcar se havia <I, ,.,- ndi' urn suspe1tO, e d ' ''''_ 5e [O$Scm encontra as, 0 suspeJto - quase pdfdiJ pre iJ

mur:as

lids cordis do VI ao. . dire/a pafa 0 J(adrez.

.

'

..

d Baiana era jovern, os sambJsta s se utlhzavam de a . od d U Ha epeea {, zer samba sem serem meom a as. m desses arHmuiros me~~os para a over reuniaes em macwnbas ou candombJes devida _ , ., ",nsiStJa em prom ·d · ad ,laOS . jJ ue a poJicia nao tinha wn OUVI 0 tao apur 0 que FOSse mente lStJdia!l~dOS'~ a ~ba das mtisicas religiosas. Mesmo assim, esses centros CJpU de snngwr 01' . . earn calSunremente invadidas par P JCIaJ S: _R~oswna denUncia de ~ue h.1 ~~_n.esta macumba. .._ Era urn apo de repressao TaCJsta, pOJS dirltpa-se contra as re1igloes de cri}em MgTtl. Ai daquelas casas que na~ tinham lice,:~~ de funcionament o! Sew mpansaveis eram perstJgUidos e pwudos como cnmUlOSOS. Basta urna folheada nas colet;Oes dos jornais para se ter uma idtHa da dificuldade de set negro naquela epoca_ Leiam, por exemplo, esta notida publicada na edifJo de 12 de setembro de 1920 do jomal 0 Paiz e im.agir.em a rioJ&Jc:ia de que loram vitimas as pessoas reunidas nom local denominado "A POlU do ceu" (e atentem para 0 ar de deboche com que 0 redator divulgou a agre5sao policU1): $1MI'Iprepreto - II _ emqueJOdO

"0 tftulo (A Porta do Ceu) era sugestivo e assim pregado, sem mais aquela, no alto dd. porta da Rua Duque de Caxias, 105, mo dizia que aquilo parecia a ~ do inferno, vizinhan . . porque de l.i salam ' de vez em quando , incomodando a Com y<I, esqULSI'tos SOlls', abafados, de adufos, pandeiros e classes anexas . .. tden A t!Sie t~tuJo, aquila devia ser 0 limiar do paraiso ou urn corso para 0 . pol/cJa, entretanto, desconfioo da coisa e annada em caravans, deu nella casa na maMa de omem. '

OU~~~r:o.autorjdades

M chegaram, os tais rufdos chegavam-lhe aOS A .......If . reco estav~ funcionando de 'vela enfunada'. ...... Cia, CCW7JO 58 estlv . J. ,.a e """,,0 0 .. e.ue em sua casa foi entrando sem pedu JCSny , pnmelro sheri k ' . atO qllandodJ em casa de ex: m~trou a sua pessoa no salAo ate parea a, g - ltfal que rna 'f, rato, e fOI aquele rebuIi~o de seiscentos e tantOS dja~. C3t!dombl!, caPita:J:~O tf essa, meus inn.ios? _ perguntou 0 chefe 0 . - USa fe imprftSj ilvelra Mendonfa, ao delegado. . a Jlgnilj~ylo 1A na del O~e - rllSpondeu-lhe a autoridade. Vocl val vtlf Pol [ h, cando ec da ~m 'A POrt d • <d casB d6 mbi'e do capitAn E: a 0 Gau , titulo par que era conhecJ a a lados foram presos."

_.

....

"

'9'"".


· N.fo Ii precise prOCUfar muito os jorJl.1U dol epoca para se ler not[cias desse tlpo. 0 fechamrmr o de "A POl"la do Q!u" foi noticiado no dia J 2 de setembro e, no mol 13, 0 mesma jomal divu lga va a prisao de vArias pessoas homens e mulhe~s, que ,CanrclViIJ1I, locavam 8 darw;avam no ban'aco de pro~rjedade do operAno IgnacIO Ramos F'j1ho , no M afro d 0 SaIgueuo. - H onrol S8Jol - feua - pe/o menos. esse ~ndo acontecimenlO mereceu umil nota de prOlesto do rr:esmo Pr~I~ pu~l~cada em sua s~.Jo editorial. A nota in tlru iavil-se "0 crime da a1egna e clizla nurn dos seu! trechos: "~as 0 q~e ~pre.ssiona "aa Ii apen.u a falsa noqao do objedllo que lem a pollela; Ii 0 mlellO de.sconhecimento de sua mimo onde hA falta de tud o ate de criteria e discri~o. pou tendo co mlttida urna IIlolanda feia e iniltil c;rreu

o

a cc:municar

0

[a!O aos jornais, como se haUl/esse praticado urn at~ muito

brilhame. "

Esses ratos OCOl"Ieram 32 anos depois da aboJj~ao da escravidao no B r~siJ, A~ classes sociais, pon!m, continunam como que/os, As manifes~6es culw· r.us das c~adas mais oaixcU do Rio de J~neiro eram IdO estranh~s par~ ~ cl~se ~edia da epoc~ como se aconteci9S5em a miihares de quilemetros de dlStancJa. E essa S6para~ao perdurou durante mUlto tempo, com o se pode comprovar com 0 ttspanto dos jorna ill quando as escoJas de $olmb.l comet;aram a desfilar na Prat;a Onze, Os rep6rtera davam con ca das es<:o/as como Sfl rurgissem de outro munclo e nao da mesma cidade, Eis alguru trechos dos notici.irios dos jomais, convocando 0 publico para ver primeiro desfile das escolas de samba, na Pra~a Onze, no CarnavaI de 1932, nwna promoy.§o do Mund o Sportivo; _ "Tera 0 publico oportunidade dfl ouvir instromentali mal coohecidos pela maioria da ciddde, Eo caso, por exempJo, da culca , cujo som se destacd de lodos, pois ti !inico e inconfundivel ", _ UNa Praya Onze, QUviremos 52lI7Ibas qUfl nunca nali chegaram aos ouvidos e que lem portanto a fonnidavel sedu¢o m.1¢ca da primeira audi~ao. JJ {alamos nos insuumemt06 procligiosos que coo.llf19Uetrl todos ali efeiros, reper, cutindo profundamente a sua alma. So a cuica encher; a Praya Qnze com SflU barbaro rumor que deseMa as vores profundas d o samba, do espanto, da

°

superstit;ao".

_ "Com sew inlttumentos bMbaros, as escolas conseguem verdadeiros milagTflS. Meitos impr-.siooantes", Em 1933. quem promoveu 0 dMfiJe foi 0 jomal 0 Globa que. na quam, {eln de dnza.s, escrrria : "Estamos satisfttito.s por termos proporeiOllildo J cidade 0 apet.icu.1o mais estranho deSfe ano", Candela It lmard desucam 1m seu uabalho a atuaorao dtl Paulo da Portela, Talvez tanh.a sido ele a mats importante {iqura de tados os tempos das nossas ucolas de samba, Principalmenta pOT sua Jut.! 8tJJ rentar dtlsfazer a c~a de que sambis!.a «a urn elemtnto perigosc para a sociedade. Par.a /sso, .exigu ditcipbna dO& ",us lid.rador nor primeiro.s t8tJJpoI da Porttl/a, UlCluSlve no trajar. _ Quttro todD mundo de pti II peJCOVo ocupado.s - adWlrtia Paulo, no.s.eu Jinguajar caracterJatico, £1e qutlna que rodor estivIISllm caJyados e engrava· tId",_

IX


. •_. pelo samba. 0 encontrarem~ defendendo ua,et<.1l l ' _ . d ·f( '"

. ' mesmo Il,u siw;U;oes millS I ceis. Em 1945 VU"" d margUlalS. d I . d<lp«:h3 (J • nfrfl rep rosc llta ntes asesco.1Sde$ilmbart ' samtllSI&I",,, hOtJ'" um' bngJ:'rl05 no lim dd qual urn ritmista saIgueire ~ ""'" vrem '" . de SJo ..... , . l1Se yo.... Sal~uo e , __", Foi 0 bastante para que OS" )ornab; cham". MOlf($ ...... WfJ.J dCdU . N d -t'f!CW morto cc:PI . ' Mil as erc/as de sam . antros fI mal<Uldros e II;>J iJ ilren~jO da poIlcla ~a SJill em defesa do sell pessoal, numa entre-vista sen bundos. Plulo da .Por~ qual dis;e. enu-e OUUd! coisas 0 seguima: niP~ a ..0;rl~< Radical ............ nJo me~os tanlas aC'tl~Oe.s. ..... que" do m ..... ·~. . • E dolor .....0

,. todd

II SIJ.J

" Nos os sam ...... ""':' . pJas erobaril de funes/as conseq ue ncias, lenh . . I inCident e, sun 6 E '

quI um sunp eli . errOnt'OS concei/os conua n s. ntratanto, somas atin. tUdo mU9rtn a tao. di.arivOS e pelas maiores humilh'lfdes. Etude isso _los nloras a ~ . , - . . il d des

?JgCXI r-

r

...,Wed' mOl7fll!nte s-

nio

~

consider.um OS a exlS en ela ut

as esco las de

5l' ' "",,, I dor £ como eu, Cartola, Carlos Cachaqa e rodOs sou uslfa . , 1h lid d £ II mtsmO !ham de sol a sol pdfa comer , sem 0 ar qua . a e de serv~o au tntL71 uC!ba ,. • 0 morro nao tern e nem abn ga malandros. E a '0 de pegar au .... or . bOtL'1 • L _ m qu, os verdadeiIos maJandros ficam l a emba ixo po '" "d .....la Rua do Quvldor, Rua Gom;aIves DldS, Averuda Rio barencio ca.,.a 3S ,.... h . ,_ Todos nOs iamentamos a merte de urn compan eU"o bom. de &ol!lCO e••. .• _ d, lu"'~ cono era 0 Marinadas. M as lamentamos tambem 0 go/pe s~s e .. d . que a faWidade desfechou sobr~ 0 desfile efetua 0 no estAdJo de Sao f •.'111~'" • ....:" e cu;,~ fenram profundamen te .'1 moral da s esco las de .3 ,..- cOlls-.uencias .... sm;bi... t pnriso compreender a genre do morro para que se possa fazer .!! d~ jusrit;a if rodos nOs, que andamos de camisetd au de tamancos porque nSo gan.l:lamcs para usar SdpoilOS de ues solas e temos de p anama".

=,

. _mww_.

Como

.

..

~

vi, lei wna Iuta dificil para os sambistas pioneiros, como Paulo dz Ponela, Anrenor Gargalhada, Carlola. Mano EJoy e cantos OuUos. S6 a putit da ser;.mda merade da decada de 50, a dasse midia c?.rioca com~ou a desrobrir as escolas. Eu memlO vivi a/guns lances deSSil descoberta, quando e:;rnria no Jamal do Brasil e dava urn destaque e!:pedal .lOS personagens e aCtS" f;!los das escoJasde samba. Lembro-me de urn telcfonema de uma leilaa para • red.!fia, no qual eIa mclJiifestava a sua preocupa~Jo : - "E~ g01~ de visitar uma esco1a de samba . .. mas nao hA perigo? " Quan of01 cOlUta tada a lalta de perigo as escolas quase foram tom adas de oUQ}[Q de• •~tustas famClSO$ enconuaram nelas um novo campo de trabalho e L • •~xpednenr:1aS pt"ofisrionaU. Participantes dos desfiles de fantasias de luxo do ...... If a Teatro 1Aurucj~.I. . Pf"Omilcuidade e ,..... p.:!SSdrdm a mlSturar·se com os samblstas, numa lamba. O! . ~,~ fez afra~Ihar a beJeza da apr esentay-ao das escolas de ~. 0 ac=~f7!vlstM e etn.lSSoras de radio e !elev;sao abriram SBUS espa~s lod.u a! vildades. m o - e a passarela era bem maior. Urn prato cheio para

r ..

,

Por Wo, C.ndeia If RU • /diu aue .......,:. .s canpanhelros pdrtiram _ • • Quilom bo. E ra uma -~..i' r - PU"ecet roman . 11IIt ... e:dd.1~ ~ m !.jca, ma.! os f:Has est50 demonstrando a sua fJSmO Cude.f. ifpIlcando nlo me enlU!iiasmej muito no i nicio pais p referia ver trnid, denllo talenl o e suas energias numa lu t a' que deveria ser Pf6pria eJCola, a POrlela, a mcsma que um dia IfOC{XJ

d.:::

X


.us compositor. por OUtlOl' que nada [inham a YBI', social e cu/turaim ente, com a comunidade potlelense (urn d.talh.: nn;se interim, 0 samba ..nredo p!lS5OU a rendltf dinh.iro para 05 MUS autor.J. Mill a Quilombo • hoje urn axemplo e urna referincia. U nlo existem fwos mllCenas, nem (igurin/.<;tas, rwm cen6gralos pro(i,aionai! utillundo 0 stu "born gOftO" a SBI'V~o dOli intllresses turfrticos. E a proWl de que a Quilombo era urna necellDdad. , q ue seus integrantes nlo pilssatam urna semana sem ser chamad Oll por coltg/ os, facuJda<Nr, .tc., pa11I mortrar a lUa YI!"d.1dt - a ytrdad. d. urna grande cama· cia da populat;A'o carioca. EstEl Ilyro' urn outro capitulo da luta d. Cand • .i.a II d. b nard. Abram alas para ale.

Sergio Cabral


fNDICE

Of . ereC'lmen to . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . ..

Parte 1 - 0 Samba e Suas Raizes

.

. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .

3 5

Parte 2 - Portela Capitulo Um - Surgimento .......... . .. .. . . . . . . . . . Capitulo Dois - Fatos Marcantes . . . . ... ... Capitulo Tres - Sedes da Escola ... ::::::: ::::: :::::::::::: Capitulo Quatro - Contribuic;.fo e Meios lniciais ............... Capitul o Cinco - Hist6rico d os Camavais ....................

9 11 15 16 18

Parte 3 - Os Setores de uma Escola de Samba (Importincia, Origem e Aspectos Basico s) .... ..... . ........... .... ...... .... .... ... . 29 Capitulo Seis - Aleqorias ............ .... ............. . ... Capitulo Sete - Baianas ....... • .... ....... ....•...•..... . Capi tulo Cito - D.s~qu$$ ......... .... .......• . ..•• .... .. Capitulo Nove - Passistas .. . ...................•......... Capitulo Dez - Hannonia ............... ....... • ... • ..... Capitulo Onze - Mestre Sala e Porta Bandeira .......•......... Capitulo Doze - Bateria ........... . ...........•... • .. .. . Capitulo Treze - Compositores .... .. ................•..... Capitulo Catorze - Enredo .......... ... • . .•• . ..•. . . •.....

29 33 35

36 38 40 42 45 54

Parte 4 - Curiosidades Hist6ricas (Pesquisa) .. ......• .• . .. • ........ 57 Parte 5 - Cultura Propria dOl E:;cola d. S4unba .. . .. ... .•... •........ 67

Parte 6 - Criatividade do Sambista . .. . .. .... ... . .•.•... •... ..... 71 Parte 7 _ A Vida Socio-EconOmica do Sambista . . .. . . . . . . .•.. . ... . . 73 Parte 8 _ Os Dilemas das OrganizaCfOeS de Sambistas . . . . . . • . • . . . . . . .. 75 Parte 9 _ Futuro e Ideal das Escolas de Samba ..........••• •••..... 77 Bibliografia e Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . • . ... 82 ~ombo

............. .

. . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87


NOTA PREvIA

A importancia desse livra pode ser vista a partir de tres pontos de observa~§o. Candeia e Isnard daD, em primeiro lugar, urn testemunho pessoal, vivido, de sua experiencia como hamens /igados

aD

mundo da cu/tura

popular, espec;almente aD samba. Mas seu depoimento nao se reduz a urn mera relata da mem6ria individual e de propostas de mudam;a, ja que ((atam de construir urn documento hist6rico·grafico de tom culto e dimensao social. 0 que, no entanto, nao a transforma numa pe~a de estrita erudi~ao academica e

uma rarissima demonstra~ao do que se poderia chamar de construr;ao te6rica·hist6rica-popular Por esta ultima razSa, decidimos manter 0 texto agora editado tal como nos chegou as maas, isentando·o, pois, de Qua/Quer tentative de ucorr~ao " de ordem "culta-erudita" de sua escrita. as Editores


Pesquisa Bibliografia Agradecemos a todos as portelenses, sem discrimina~o e a elementos ligados a c:ultura popular que deTam sua contribui~o voluntaria e involuntanamente ao nosso trabalho. A todos as elementos que prestaram seus depoi¡ mentas para a "Museu Hist6rico Portelense" pfojeto criado par n6s e 'aprovado em reuntao da Diretoria. Os questionarios de dados preenchidos por Portelenses e MO Portelenses

rai de grande valor. A ajucia imprescindivel cia ohra literaria de Edson Carneiro "Antoiogia do Negro" Nativos e Crioulos. E born frisar que a autae deu tambem sua contribui9Ao a Escola desenvolvendo e ajudando em alguns temas da Portela, depoiI

mento de Armando Santos.

A Ely Chinoy em sua obra "Sociedade - uma introdu~o a "Sociologia" . A Maria Helena Novaes em seu trabalho "Psico\ogia da Criatividade". Am trabalhos publicados e obras de TInhorao, JOTA Efege, 5erqio Cabral, Gastao

de Holanda. A todos 0 nosso reconhecimento, admira~o e carinho.

Isnard e Candeia.


Ofereci men to As nossas companh elras ' . oferecernos com d cemos sua ajuda e incentivo scm el to 0 amor e arnizade, reconhe. , as 0 nosso trab lh . . arnor e 0 afeto, scm 0 carinho e scm 0 a 0 estana VazIO, sem scriam em vao: calor de suas vidas, nossos esfor,os

°

Deixei I.i fora os meus fra cassos Seus Iabios falaram mil desejos Verdades do arnor sem medo A mente delira 0 peito suspira !antos sao os desejos num s6 beijo no espa90 estreito do seu leito dou arnor e amor aceito neste espa90 sornbrio e0 arnot aquece 0 frio eabenyoado por Deus Eu sou urn Rei e sou escravo nos bra90s teus. OBS: Versos do samba QUARTO ESCURO de autoria do "Mestre CAN¡ DEIA". Aos nossos filhos com todo 0 carinho e com todo arnor dedicamos esse trabalho; esperanyosos estamos no sentido de que ele venha a ser uti! a1gum dia e que possa eXl!\'cer influencia bem\fica em suas consciencias. Aos nossos pais, irmaos e amigos a quem devemos muito. Urn abrayo e urn beijo a todos. Imard e Candeia .

.1


o Samba e suas Ra(les Para se falar em SAMBA temos fal r temos que contar sua ardua luta at;::es d: em negro, para se falar em negro gnto contra 0 preconceito de rara e de h mUltas gera,Oes, erguendo 0 seu On' cor eran,a da eseravldao, , egro com sua luta, vern de muito longe, Dos QuiJombos e das insur, rel~es de escravos, Se voltarmos para a hist6ria naCI'onai e ncontraremos sua presen<;a em- todos os setores de nossa vida sOCI'al ' As nossas manI'festa,Oes Iares tern como pontos altos 0 SAMBA as rodas d popu ' as comp'" , dba ' e capoeIras, tl<;oes e tuques, as congadas, as elei<;Oes de Reis de Congo e de Juizes de Angola, 0 folguedo dos quilombos, os maracatus, frevo, bumba.meu.boi os ternos e ranchos, os louvores a sao Benedito, Deve·se ao NEGRO 0 aumen: to do quadro religioso, incorporado a este cenario de figuras legrtimamente afncanas como os deuses Xang6 e Ogum, as ninfas Yemanja e Nannam , os espiritos como Exu e demais. Em varia, ~Oes do pals, enconttaremos a intluencia do negro: no lambor de Mina no Maranhao, nos Xang6s de Pemam· buco e Alagoa!, nos candombl~ da Bahia, nas macumbas do Rio de Janeiro, nos Paras de Porto Alegre. D negro adaptou sua influencia religiosa adoutrina que se funda na cren,a da existencia de comunica<;Oes entre vivos e mortos por intermedio da me· diunidade (espiritismo), As sessOes de cahoclo trouxeram caracteristicas feti· chistas (ador~~o de fetiches, (dolos) ao catolicismo popular, Estas religiOes do negro foram muito perseguidas pela policia e sua IUla roi muito grande, seu esfofl;O extraordinario a fim de manter a sobrevivencia de seus habit os e preceitos, Deve-se ao negro a traje caracteristico de balana, Trouxe para a culinaria pratos como: 0 vatapil, a caruru, 0 .f6, a acaraje entre outros, 0 negro e 0 mulato jogados e abandonados pelo preconceito social e racial aos morros , as favelas , aos bairros de baixo nivel economico das cidades, com",a' ram a exprimir seu sofrimento, sua desesperan<;a e tamlltm sua vontade alegre de viver na batucada, no lundu, no maxixe, no choro, capoeira, no frevo, no caxambu, no jongo, no samba, no samba-chora, no samba-canqao, no samba

°

°


baHlcada que em noSSOS dias representarn 9rande de bre'que. no samba b(3sileiro. Os cultos de candornble d ao sentido ,Pa,ne 'm<> '0 do pavo . 0 d a Vida do poltn ru . 'as de u m mundo mcerto. can a mble penetr : .~ .... os so(nmen . ' ) • utI' "IZan d 00 Canto ac a u no e aman..--· . d valores esu!iticos (artlstlcos a ... ra cnall a . om· pow t H e _ ' .......r.s . caba~as e o ut ros m s trumentos de percussJ; -"'d de atabiJQue5, 3 7 _ ,,_ . d . . c, as pI...... a .' as vestimentas pr6pnas os p a rtlclpa ntes a gra d dan<;:aS (3lilcterls tlC.JS. • n e res ...so de espectado . ~omera..... '-'_ ~ par.< proporciooar 0 prazer e da tensao ern o t iva ' G, , aI 5 que participavam das reunlaes e c ulto-af ro-brasi lei ro L _ ...

_._m_

'

~te aqu~ ~=esta~ ligadas as Escolas de Sam ha, Bleeas e RanchoS:

I1lteqr.tvam iC> U

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.,. - -

'" ,

'

Os div«timentos daqueles que panildhavtifi~m..: : seS$ues r~ 1910sas cram os blo(J)S e as Escolas de Samba, pela i en .......... 0 que eXlSte e tam,b em pelo

ptdrjo s6cio.econOrruco que representam, mantend o ·se a aU10nemla de cada

uma deUs.

lundu

o lundu e considerade dan<;a e canto. de african05 fonna.rem seus batuques . a

Na epoca das senzalas viam ·se gru pos lundu bastante cadenciado represen· ta"e 05 ~ebros lascivos e luxuriosos de suas mucamas e se propagou entre 0I511:1115ti~. identiftcando-se com e sentide patrio. Segundo Renato de Almei· da 0 hmdu e marimentat;.a:o de braCjOS e pemas que agitam-$C quase convulsos e leU riano e excitanti'!. 0 lundu impressionava vivamente os visitantes estran· geiros.. 0 modo como os ne-gros e apresentam tinha inten~o cOrnica. 0 iundu fei trilZido JBl3 0 Bras:i.l pelos escravos haotes, especialmente de Ango,a. 0 hindu era acompanhado pen violas bern cornpassadas .

OJongo S>o mmit~ de canto e danl"a. 0 Jonqo cheqou ao Brasil atraves dos ~OJ .. Santos" . .... reman . escr:'-vos. Mwtas lendas cercam 0 jonqo. Segundo alquns fo ___ ~tes JOnguaros em Osvaldo Cruz e bainos vizinhes e jongo era '''-..0 per ~......- de ' ' . _A ' 5 "bre as demais ......• nqos consuierados Ceiticeiros de olbos hlp..... [JCO IJarnstin de petSoas. Cantavam puxando 0 ponto. Seu cantO obedecia uma em dnI!~"to ~qu... comqueiro, ou aindaum desafio ou critica que ~ che.pndo ~' ~or:'tavam tanto que levavam as ~ssoa~ 010 tram: trUnlJ.llo destnaio. 0. lnttnunentos utjljzHios pelos lOngue1ros ~ ro1d6ri~ :~ue~.~, entre .outr~. 0 jongo • c:onsiderado um~ Ri~ a. linb.a das n .....nentos misticos, I:rtO pela sua vincula~o cOm . . ,,(I ;(lei kill Wn AJ~, ~-se pedjr liceru;a para iniciar 0 jongo au '-.l ~to .... born: Bendito louvado Seja" Conta Ernan! Alvarengaad'" 1'>Qei" .-ra 0 "Museu ...,,_ . . in 3 i!.I. o· rOi ill UfhI. reunilo . .-w.at6nco POrtelenat" Que em deterrn ve s rI\" tt..m, Bun qua de )Onqueirot; da qual participava Manuel Gontf ai m _~ .. _ ~ _ _t omara PArte d. um 9Npo em Osvaldo Cruz. Alvare!l93 • 1)\ ''''' • ? r com .. . en te os lWllliirOl '-'~nm prawnt •• ao jon90, iJnediata m Alva' 18Ua POntOi e Cilntos dirigides aOI abuses de

mocr..

"


renga que a medrontado come1;oll. a !ientir fo rte d or de eabe!;a, ~ nd o da.~ direlo para sua cas'], 0 fato dificultoo·lhe 0 sana. a jongo ., 0 anlec essor d o Partido /\I to.

o Caxambu a

Ca x.lmbu assemellta·se ao jongo, cantO e dan¥l com fundMnentO'S miS ' ticos, acompanhados de ata baques, pandeiros, a90;;0 e outrOl iftstrumentos de madeira. A difere n<;a entre C.ucambu e jon go e Que 0 jonqo :Ie aprorima do Aluja de xangO (maneira de bater, toque d o Candombhi). ao passo que 0 caxambu seria 010 thmo do Congo (Angola de Candomhle}. Em Osvaldo C ruz existiram alquns qrup;:>5 de caxambu e 0 que :'rIall 5e de1taco\l :::11 "Os F\iho5 do Deseno" qrupo de Alvarenqa que sO t'X:ava caxa:n~u Alvare nga e compositor em cujo repertono pocletao :let r~:onh\!C,dos va· rios Cilxambus. Podemos !:itar entre muitos : Sertanejo. Cabocia J'lr~ma , Mes de Maria na RO!;a, Salve a Llberdade, Saud.ad!i! se Se:l.te. Sa.b,~ L.. :a.:'I )e 1J1 AJquns destes t rabalhos foram Ceitos de parcerla com Candeld F'llho "Conelu/mos que a partici pacao d o negro foi da maicr imoonanCla cor1'.O e1emento de unUio , fOl'C(a de trabalho e ii!eqri~ no processo C~ acul:u ~ a<;Jo Os atabaques tanto no jongo, como no cax.ambu possuem 3 tipos e~ ta ma nhos diferen tes d o maiO{ ao menor : Agomapita, Candogueiro, Cdxambu a d.an<;a deri vada do jongo.·'

E5te ultimo deu c :'!ome '"Caxambu"

Capoeira

->"

-'-nr, ansia d3 hberdade J tra:'lsformou emH luta. . .. plQ era Ud"'t ' ".... .. A pnncl sequndo os Historiadores nil querra d0'5 Palmares e Oural'He a ,nvasao . .olan. desa capoeira constitui u rn fato cultu ra l porque re'>ul loU dl!' um~ n~!iS\dade i m~ra ti va do negro num seu determinado momenta historico e .atualmente n.1o se desvincula do sofrimento da cui lura naclOnal 0 comba:e entre ,os que prete ndem mante-Ia ~){pressiva e representativa do nos~. e~.ta~o sOctal. e ;t tendimcia .i massific.acifo de valores estranhos a esse e5taqlO


SURGIMENTO Influencias do Bloco Baianinhas de Osvaldo Cruz. Baianin~s. de Osvaldo C~z roi um bloea que surgiu por volta de 1922 com 0 obJeuvo de competu Com urn outro do local "Quem fala de No',; Com~ Mosca" ~referencias posteriores). Da diretoria do bloea participavam Galdma Marcelmo des Santos como Presidente; Antonio Caetano sectetario, Antonio Rufino procurador, Candinho primeiro Mestre de canto {harmonia )

e Paulo da Portela como sequndo Mestre de Canto. Segundo os depoimen¡ tos de Caetano, Rufino, que participaram do bloco, 0 presidente Galdino era pessoa de temperamenta agressivo e este aspecto originou algumas brio

gas, culminando com a extin~ao do bloco em 1923, quando sairam Paulo. Caetano, Rufino e outros. Participaram, tamMm do bloea Claudionor Marcelino, irmao de GaJdino, Jose da Costa, Alvaro Sales, Angelino Vieira, Manuel Barbeiro, Alfredo Pereira da Costa, Otavio, Caminha, Benedito do Bras e outros. 0 bleeD teve vida curta, saindo apenas dais anas. Sua influ.ncia na cria,ao da Escola foi fundamental. Sua queda motivou a uniao de Paulo. Caetano, Rufino, Candinho, ze da Costa, Alvaro Sales e outrOS que criaram 0 Conjunto Osvaldo Cruz, que inicialmente rulo passava de um bloco no estilo do uBaianinhas". Rufino e Caetano contam, em seus depotmentos, que quando sairam dos uBaianinhas" fundaram uma Caixinha junto com Paulo, com 0 objetivo de unir 0 grupo e fazer movimentar suas economias, inclusive declaram que vendiam doces, cigarros entre outras

.

COlsaS.

Influencia do Bloco "Quem Fala de Nbs Come Mosca" Narra Rufino que primeiro surgiu 0 cordao "Estrela Solitaria" no Largo do Neeo (entre Turia,u e Madureira), fundado por Euzebio Rosas e Dona Q


Esther, Jl rnbos sairam c o mo Mes tre-Sala p Com a tcansferencia para Osvaldo Cruz ~ °dart a .E stan d a r te . me M osca". E s te hi O CO U' nha permi ssao uI ng aJ ra rn " Q ue rn Fcesp _~'- 'I"illll possuja licen~a da Delegacia de Policia Oe para d esfilar ala Qe NQ I!:') t, . ona Esthe ' era S Co. C ruz por sec uma senh o ra ca ridosa, a judav r, fatnOS;t rt!qi$tr~ .. _ ' " a ua todo s i r'I d '-3Cri rn -ern f'\... "Ij, E ea conSl-dera d a " f estelUI. t i. n h a .::l C.!ISd freq -.....y~J .. -d E f e n t ada ........ tnad .. _ "Ij Cl as na epo ca . ssas esta s durava m • rnu i tas y ez ' ~. Urna ...-.-r Solmb'~ t"t-" ~ I\\!!Suas festCls e ram tao fam esas e seu b lo e a <I s ernana inte" CQn~ _< d "B h '" t 0 c o n h ecid a q Ue Tn " '. c n a ..... o 0 a1anln a s , c o n Slderado seu . I " C o me M o sca" . c o mo era conhec ido. pela pa~ a. ~a loca lidade. ~ti"QU" ta s da epo ca, t eve influencia m a r c ante na fu ndclP~~o de dive no. bi"", a~ o da r __ 5a1tl ~ Porte la . E sses dad o s fo ram ti ra d o s d o d epoi m e nt d =:;cola de Sa . eonheceu a o ri ge m d o blo e o de Euz~bi o R o sas ," de A n t on io RUfina mbJ . en 0 ta mbe GU t das festas e reumOe~ em e asa de d o na Es t h er. OJ panlcjPoldo D o na E s ther a io Ja va e m sua casa rnais de ci ncoen ta cia era t.1o grande que ia de uma rua a Out ra ( Joaqui:~~: Sua [~tr. Bada je em Osvaldo Cruz ). As pessoas de s u a epoca f eno:elra a AntO!lio Jembrar que d o n a Esther era mulher muito b oni ta e de' b azem ~u~~o dt ceira. ajudando sempre que poss ivel ao C on junto O svaldo ~ COn(dplC.il O ~n· ~. d C a etano 0 bloco "C o n ju ntoru0z -'d Ortelal 'm fo rrnac;a:o . ........, ... n 0 Anto nio - O U a ,-leen !;;:! d 0 " C o rne M o sca .. d ua, o u lres v e zes asv[...- 0 ".C I'\IZ" UO-, IZ - dl , Itnue que p.ldesse dfil es ar na Clda e egalmente. D o na Esther era considerada di! . a u melhor, faria su as reunioes m isticas ( m acumba ). C o n tam em OS'l~:~ Cruz . p!ssoas do baireo, que ela demo rou t anto a m a H er p o rq UI! <ldian a sua morte mandando outras pessoas em seu lugaL

Solidariedade do bloco "La Se Vai Nossa Embaixada" Em 1926 a pedido de CIaudionor, Paulo da Portela, Caet<lno, Nirir.ho.

Rufino e ouuos, Ernani Alvarenqa, nesta epoca rapazol<l, foi conridado para fundir seu bleeo " L a Se Vai Nossa Embaixada" ao COllju nlo OsvaJdo C ruz ( Po rtela ), fat o que se eons umou logo. 0 b l oco localiZ<lva·se n<l anti ~ rua " 8" em Osvaldo Cruz. Desse bloeo participavam alem de A1Yarenga. M.an.oel Guerra Joca Benectito e outros A uni.fo deste bloco foi fun dam en· t.aJ na vida do' " Con1unto", um.a vez q~e f o rtaleceu 0 qropo ja estabeled~ ciando caracteristieas iniciais de Escola de S'I.IT\~. Alva renga e auto r '", . . ' samba de terreh" vanos "caxambus". entre outros upos de trabalho , l o ngo, h r dona e mais. Participava das reuniOes e bailes em e asa de d o na Est e , Nenem e sr. Viei ra . .

milXix e.

Alvarenga _ Fundador da Portela _ aurar de c axambu. jonl}o, mba artido-all O. sa samba-canf.lo . samba de cerreiro, samba de b reque, P exalcaf.fO.

Influencia de dona Nenem e dona Martinha quais ' 6e S da S organizav a suaS teun] Mae de Dona Nenem era tamWm f~steira, Nenem (Adelia Sant<lna) era participayam sambistas da epoca. Dona 10


Sant o e e m sua. casa reall.%:"vam-~ reuRiOes de culto afro -b fiSweiro_ ConfOC"me de poimeTltos de Rufino, Alddes. Alvarenga e outros. do n .. Martinh.. fo i respons6vel pelo barismo dOl Escola . Rez o u uma la d .. inha a co nvite de Pa ulo cia po n ela e Rufi no. A mcodrinh ll ~ No s,.... Senhofa 0... Conce~ o (Oxum ) e o pildrinho S. Sebastioio (O xOssi ). Dona Martinha erlll m.!e de dona Nen4!m . (oj muito impo rtante para Escola por se rem festeifas influenciando indiret ... mente a surqimento da Po rtela. A Ponela tern a hon r.. de lee sido balizada par u ma " n . a africana " radicad" no Brasil.

In flu e n cia das Festas e m Ca$3 do Sr. N a poleao e S r . V ieira. Sr. Nap:>le.1o, pa.! de Na tal. Vicentina. e Ncninho. organiz.avam. em seu ter reiro . reuniOes de caxa mbu. A essa5 reu niOes compa.recia m elementos do EstaciO como Ismael Silv". Branc u ra . Valdemar da BabilOn ia. Baia<::o e ntr e ou t ros. EssH convidados co mpareciam as fena s atfavl!s d ol innS do Sf. Ni>' pole.1o. tia de Natal , que por sua. vez e ra de outra le i e s6 pMucipava depo is d e co nsequir " Malene" (ben~ o, licenl;'a. perdao) do sr. Na poleao. dono e re:sjXInsa"el pelo 1en-eiro . E ineC}oivel a ;nnuencia d e s""'! (ertas. npos reuniOes de " caxambu" e jongo que 0 n . Napoleao e Sr. Vieira faz iam .ealiza •. Essas reuniOes dura l/am , as vezes, dois di.a5. Eram tambem precedi· das de baile c om .san(ona . onde toooS comiam I!! bebiam e princi p al menle se diverriam. Queremos d eixa r da ro q ue 0 Est;icio n.fo ex istia como Escola de Sa m ba. mas os sambistas daquela regi.lo que vinh"m ;i "roc;a" . co m o era considerada Osvaldo Cnn:. incen tivaram os primei ros sambislas da azul e branco e indiretament e i nnuenciaram 0 naiOciment o da Pone la .

FATOS M A RCANTE S

Oueda d o Blaco Baia ninhas de Osvaldo C ru z A exti n~Ao do bloco " Baianinhas" de Osvaldo CI'l1Z fo i urn fato m aTc~ n · te da runda~o da Escola. Oeste bloco partici p<n'atn compone~tes da m~or importan cia para a Portela. C o mo j.1 roi mendonad o em capllulo an teno r . o Presid e n te d o Bloco Gaiclino Man;etino dOlI SantOS pelo seu tempe rame n · to agressivo , desenten d eu-se com Anto nio Rufin o des Reis e. este mal en· ten di d o causou a exti nyJo d o bloco. pois 05 amiqos de RufIno (Cae tano. Paulo e o utros) seguiram.n o e deixaram 0 bJoco.

A Mangueira Ficava em frente a casa Grande do sr. N apoleA: o , Fazenda Theofilo, e sua existenda e com provada por quad ro a 61eo ( p intado ) na epeea p o r

Caetano. 11


Pa u lo Ru h ec:ida e tradicional , reumam-se eira con can" gu Ma . desta n , Sales entre o utfOS e .avam caxal'l1b EmbaJ"O C 51 AlvarO . b U ,"" e tano ze dol 0 a, . f am as primelros sam as da Escola · a fino . ...... , . ' W sur91 . 0 Ih" caracteflStiCOS. I (oi "Mulher tu es fgU osa , a sequn e sam b as p 10 da porte a . ., . 'meira feito por au I 'em a seu CruzelfO , 0 tercelfO de An tOnio pn fi " rave a e, eapaz". Estes sam ba S f oram f eltos p or voltij do feito por Ru no .

C.letano " 0 Quanto a Palx.fo de 1927 / 2B.

Terno, Chapeu, Sapato e Aner . rcmte d a f un da ";;-a ,...... foi 0 de Caetano, Paulo. . Rufin o ' Ze OutrO fat '? mol m resolvido comprar tern os IgUaJ,S, chapeu de Alvaro Sales tere . . . . d d.3 Casta e nel de prata com InlClalS e seus names. A ripo carI"i:lpeta ea .. Pll ha:, sa pdtO . e faziam ou seja mostrar a p ol:cla q u e consl - al d de era morallZ3.( 0 qu . ' d lin I a li d ,10 samba como malan ros. que e les apesar de dera va as elemento s ga as · d . de bem q u e apenas gostavam e can ta r e campen samblstas eram h o m e n s . . d C '"'If do rlTnpo foram confecClo na as par aetano que ate seus sambas. ~ an IS ".M H' " P . . mesmo foi o ferecido ao" useu Isto nco ~oJ€ passU! a seu. a . . o rtelense " f pode ser considerado altamente significatlvo em uma epoca dif iciJ

o

de ",0 se conquistar

,

,upe"a, •

0'

preconceitos e n raizad os . (Ocorrencia em

1926/28),

Reuni0e5 em Casa de Paulo da Portela. reuniOes programadas por Paulo em sua residencia n a Barra-Preta, em Osvaldo Cruz. cantavam·se sambas de Paulo, Heiter dos Prazeres, Caetano. Ru fino. Nininho. AJcides e outros. A residencia de Pau lo constituiu·se n um falO marcante por ter sido tarnham a primeira sede da P or tela . a fato e relatado po r AJcides Dias Lo pes , compositor e fundador da P':'rt e la ale!""! , de Mestre de Canto. Par volta de 1929/31. A:;

Batismo

batism~ realizado por don a

Martinha ( negra africana) marea a imp o do ntual e a confi . ate h ' D an~ que a Escola depositeu ern seus padnn hos oJe. a na Martinha mae d d N d santo ) 0 bati f " e ana enem era da lei (zeJadora e locaJ f~ oda:::;o ~l ::istido por Antonio Rufino e Paulo da Portela e a un s e, a atual "Bo tequim do Nozinho" (1928).

.0.

nenela

Bandeira e Estandarte A

'

,

pnmelra bandeira fOl criad . a par Heltor des Prazeres {fundador da Po rtela ) que ap6s n ...er urn concurs d II ' com a samba" AT ' 0 e samba em casa de Jose Espine I, Ca nsteza, Me Persequ ,. d e . segundo depoimentes de Alci es, .etan o e Rufino, voltou dai che' C"l"1o u a pri meira bandeira d 10 de bane-a : Mudou 0 nome da Eseola e uma camisa de rnalandro ,e "''PCnas uma face (urn lado) representada par em meia lu d ' a e palha de seda com 0 sol aO

v, . .


centro). Este estandarte criado po H " , . r eltor d OlI P do e con ecclonado poc dona D" C razeres roi por el, d h . Iva <lelano esen i\ . defi mtlva, que e U$dd a ate os noss d" ". e~osa de Caetano . A band _ os laS , fO! cnada por Caetano elca

51mbolo

.

o ptimeiro e un ico simbolo da POrt I . eriad.. nol fu nda~o dd Escola par Ant e a fOI a nossa COnhecida "J\qula " ,

Caet.;mo a o desenha r a bandeira :~~ ~et~no. ( 1925/26). pelos portelenses. 0 e riador do simboJ slmbolo adocado e vene rad o " condor" po . 0 POrtelense narra q ue ' rque voa ffiaJ.S alto, pre vendo d . lmaqm o u 0 Portela. e!ita rnanelra as Conquistas da

As Rodas de Samba As Rodas de Samba realizadas com a finaJidad d d.i . tambem foram fato be e ~ vertune!lto au reefedym mareante para 0 SUT9lfTlent d P I reuniOes constantes e peri6dicas contri bufram d , ,,0. a orte oil. EsSoas " d e a n n a e IOente pora 0 (orla 1eomenta as bases para a cria~o de urna Escola d e "-'--b " 0.>411\ a. ,..~o

Nomes Os names Que a Escola recebeu foram:

Bloeo Camavaiesco &cola de Samba Osvaldo Cruz, tambem Canjmto de Osvaldo Cruz , nesta ocasiao a Ponela ainda se apresentava em forma de bloco e com todas as caracteristica.s ; (1926-7) 2.° ~ Quem Nos Faz e 0 C3pricho , nome dado par Heilor dos Prazeres que na ocas:iao venceu 0 primeiro concurso de samba, voltando da i com muita forc;-a a ponto de dar ideia para a mudanqa; (1928-9) 3.'" - Viii Como Pede Que nasceu de Questoes pessoais na Eseola provocando, par sua vez a saida de Heitor des Prazeres e Poulo do Portela. Manuel Bam, Bam, Barn opinando sem muita convicqao disse : "Vamos colocar Viii Como Pode uma vez Que 56 temos problemas", e 0 nome ficou . (1930-31) 4.° - Gremio Recreativo Escola de Samba Porteld - Nome definitivo dil entidade, foi suqestilo do Deleqado Oulc idio que opiniou no sentido de dar o Pr6pcio nome cia rua onde se Iocalizava. (193 1) 1.'" -

Fundadores e Colaboradores da Fundal;3o Dos depoimentos tornados a elementos que vieram da ~qem ~ P~>rtela, cheqamos a conclusa:o Que a Escola teve names da maior ImportanCla nos destines cia Enticlade. Esses nomes podem ser identificades como fundadares e colaboradores cia fundac;-iIo. Como toda pesquisa pede h.wer falhas nos procuramos averiquar da melhor forma poss{vel, sem parcialidade dando real destaque a todos aqueJes Que contribuiram de uma forma ou de outra e

,'


para n6s tantO foram importantes as fUndctd dares. Se por ventura a1gum nome foi e _ ores 0;) .- ' oil d squecldo Itlc oon:>C'lenCla tranqu a e que todos as e~ a u aqu ' 01; "-, . ",o~os f I 0ffliti - . , de mostrar a reahdade dos fatos sem ,· nt en~ o d orarn en VI.·d ild. do • t !lrn~__.. · nomes. e duninUi Os nQ -''''I; ol r Os tn~ .

~Iltid

I1tOs

sao as seguintes : 1 - Paulo Benjamin de Oliveira (Paulo cia P .. . one, a) 2- AntOniO Rufmo dos Reuo (Rufino) 3- Antonio da Silva Caetano (Caetano)

4- Jose da Costa 5- Alvaro Sales 6- Heitor dos Prazeres 7 - eJaudionor Marcelino Santos 8 - Manuel Gon~alves (Bam Bam Bam) 9 - Candido dOlO Santos ("Candinho") 1 0 - Arlinda Costa II - Manuel Alves Guerra 12 - Joao Rodrigues de Souza (Joao cia Gente) 13 - Alcides Dias Lopes "Hist6rico" 14 - Nicanor Trovao 15 - Ernani Alvarenga 16 - Antonio Portuqal 17 - Diva Caetano cia Silva 18- Margarida e suas Filhas (Dora e Ninita)

19 - Joveljna Vicentina 20 22 23 24 25 26 '2:7 28 29 30 31 32 33 34 35 36 -

Galdino Marcelino des Santos Nininho Marcelino dos San tos ser!;jo Hermogenes Alves aa udio Bern.;urles Napoleao Jo~ do Nascimento Filho (Nozinho) Benicio dos Santos Ubaldo Oscarino Alberto Machado Boaventura dos Santos " Ventura" Osvaldo dos Santos .. Alvaiade" Angelino "Por6" Vieira Lino Manuel dos Reis Gumercindo Waldemar Adalberto Ferreira "Betinho" Armando Passos Manuel Barbeiro

37 -

Ba.zileu

21 -

38 -

Abelardo 39 - Nebon Amorim 40 _ EuUbio J4

~~


41 - Alfredo J~ Dominques 42 - Natalino Jose do Nascimento " N,Ha!" 43 _ O!ivio Pereira "NO" 44 -- Vi=ntina NaseimerHO " Tia Vioentina" 4 5 - Otadlio CarvaJho dol Silva " Xim bute " 46 - Antenor au:> Sant os Na Escola n.:Io existe doc\,lrnen taClto que possa provar com dados eXat05 ~"o 00__ na. epoea d CE'na d em' que as pe$SQaS deram sua cont ribui ,... , ,,-,,,no, r o ram uU,lLZd as os epolmentos de elementos por n6s mencionad O$, PrQC1.1{amos um. o ,s fundadore, s e colaborado res dol rund~o devido .is COnt rad 1"..-5 · ~ e as . polerrucas _q~e exlStem em tomo de de temtinado, nomes que apesar de nao te.em partlCl pado dol fun da~o deram :w.a e fetiva co ntribu i~.Jo. InclU$i ve a data cia Funda~o dol Ponela na pesquisa. realizada com fun dadores da ~ola, mostra que os pri meiros sambas (eit os, no periodo dol funda~o, surqua m po. volta de 1925/26, 0 que ve rn demonst.a. que h;i uma cont roversia na queSt.io.

Sedes da Escol a Os primeifOs passes podem :ler caracterizados pelos fatos marcantes ja relacionados em col pftwO anterio r. Torna·se necessa ri o lem brar q ue a Mangueira , em casa do ST. Na pole§o fo i a primeiro pont o de encontro dos sambistas q ue deram initio a POrtela, A primeira sede foi na Barra-Pre ta, onde residia Paulo, local onde :Ie rt:unira m Paulo, Caetano, Rufi no, Heilor dos Prazeres, Manuel Bam Bam Bam, AJcides, N ininho e OUtros. A segunda sede contam que foi no quarto onde morava Antonio Rufino. As. sedes, naqueia ocasiao, seniam quast! que exclusivamente, PMa quardar os instrllmentos. A (erceira sede foi no antigo n \imero 412 da ro a Ponela cnde e at ualmente 0 " Bar do No zi n ho". Neste local.ia real it;!rilm reuni6es com di:rclori a dando maior organiza~o que n.1O possllia anterionnente. A quarta sede da Portela foi a nossa Conhecida " Portelinha", o OOe e xistill a "Jaquei ra" t.lIio falada e citada em alqWlS sambas dol Escola como "No Tempo da Jaqueira" de ze Keti. A Portelinha que exine ate os nosses d ias na rua Portela em Osvaldo Cruz, roi ulna conquista discutida dentro cia Escola, vArias foram as contribui~s, contam o$ com a ajud a na epoca de Lino Manuel dos: Reis q ue recebeu uma indenizat;.1o des dedos da miio perdidos no trabalho e com 0 dinheiro auxiliou a compra da Sede. A contribw¢o de Natalino J ose do Nascimento " Natal " que muito ajudou nesta conquista_ As assinaturas no livra- de-ouro, contaram com auxilio de elementos de grande influencia como Edqard Romero entre outros. A quinta e atuaJ sede da Portela " 0 Portel.1o" a u Academia d o Samba NataJino Jose do Nascimento, nome ofertado ao nosso saudoso " Natal" , ex-Presidente da Homa da Escola, fica na rua Arruda Camara entre Osvaldo Cruz e Madureira. 0 Portel.to e a maier area de samba que existe nos 15


_ . 0 ( o i de " Carlos Teixeira Ma r . . A rnais Lrnp:uu nu1 cont ra!uu;:SstOU a Enudade vult osa quanti" nO$SOS dias· "den.te da p o rtela Que e pre deixaT d illO 0 reconhoomento

... ... ns " . a ........ .PreSI

· ~11 o . Quer:-- rn05 -'a a qui s.".... ,

d " "d

S$i billtou a ~.. _-' WstraOvo, que sem. "'''' a mareo . .... urn .. .... )0 5eU tino;tUm . p o <tela intelrllmente deSVln c ulad a q ue po "_ portelenses .... .. . HoJl! a bien t, d o . g.rn ..... · W'U patn' m _ vA n ie parte para a f rente de s. fllS8 no am . , no.... d ividl. possullldo 0 d di.nheiro em CiUlItol para mostrar .10 de

Qu aJ q~er sempte em condi~ :ute~a das £Scolas de Samba.

,o.

preocu pa ...:m ' .. val a illtura e da Impo ol diri,,"da p or u rn tri un virato (orma. __......, Esc a 01 . b" N.u d~ primeira!O ---- a et.lJ\O e RufinO, sendo depoiS su s n .tu id o PO!" Col E -'"bio Nas dua s sedes segluntes ( 4.12 - · .... -·mente por Paulo.~oeJ It do Ben icia dOl Sant05, Lino PreSideDtes : Armando Passos, Antenor dos e Port~) , tivem05 como Jo:Jo Calr;a Curt... , Nelinho, Caetano " Pila t o". pavo um -

1IU.....

.

U_ -

Santos. Lino, ~~do s..~;:o Jo14 d o Nascimento, entre o utros. CarlOi Taixeira Maruns, Na

CONTRIBUICO ES E 'MEIOS INICIAIS DE SUBSISTENCIA. " d ~"do Cruz, nome iAicial da P o r tela, sofreu demais ConJunto e~. . . - ha " ~~ , "-.,.mos lembrar que nos pnme*,s passos nao VIa real· para su~nr e ..., . - . da E o1a f t nwnte condi~ econ6micas p;ua sobre.'lJwnCLa sc e como a as q ue determinam eaes probl-nitF pcxlemos Cltar: 1 _ Urn dCl$ objetit'OS da "cabrin ba " criada pol" Paulo, Caetano e Rufino fot 0 SU5tento e a segunn~ da Esco1a. Es:sa "Caixinha" atuava com venda e emprertimos pequenos, e daro, ill juros baixos, vendia-se cigarros e outras coins; 2 - 0 primwo cobndor que a E.eola teve f oi Anto nio Rufino d os Reis, cbamayarn-no de Procundor, ~ nome caracteri:stico da ~poca que representava 0 " tnoureiro". A menq lidade era de quinhentos rei:!; e Rufino fazia

o

a pe, saindo, sequndo ele conta, de manhi e cheqando .i noite (aos domingos e feriados). 3 - Em certa OCasHiO a £SCola n&o tinha condiyao financeira para :.air I Rurlllo empenhou seu terno para que 0 certejo pudesse sair. 0 fate ocorreu por volta de 1931 e as dificuldades financeiras &ram as piores p o ssiveis. 4 - C~m rela9io a menqljdade Contil "Nozmho" que devia tris meses e nio pOcha paqar ill divida. E hom lembrar que Nozinho saia na bateria t Rufino como cobrador , nIo q uena ' pernubr . . Que ele saisse na Escola a _..",1< 0 5If' que saldane a divida 0 fat •• ' d NO-'_L , 0 ... ~o se conaumou porque mn antigo t ~u.o pagou 01 recibos. IISta cobra~

5

Em cena ocalriJo a E

-=ala « .

iembraram de S8r'gi H n 0 bnha corda para 0 desfile, foi quandO a sed. a PorteJ. 0 fII1nOl}enes (0 dono da venda), portu!iJ1l8s que alugav. seu c r.u'to ... _' ette, eJlt!o. f8101veu Dlandar busc::ar em Madureira. C Olli CY.l . uas COIlMrc " fa tel. Com re~lo a se . &alS. to COmprovado e relatado nos depoiJn8 1l" n;p.o Hermoqenes, contam 05 portelenses da "VeThI

'6


Guard_ " , de que se kat.ava de urn 11.0 bo · m em m . H portela . Quve ocauQes em que $8 d e " Ii! q ue illudou derna.i1; d <>~ Yla Olto rne"'! d . , • fo rrnas 1.1 till za as POt ~rQio """~ cob I '" &1"'1",,1 II) \In' ~ .. ~_ .-- Tar, era mand - YOU bo em sua venda - fato que chamava, r . ar que toc.swm 0 bum_. se ' .... regue~ ~d o c.u-nav...... 1'910 VlUlava nae 56 pela £SCola ' 0 a P<xte4 ¥enci.a da di'f"iet". Que selia saldada . • mas tilIn'btim 'PO!lo p.aI}<Imento 6 - Os prim.ires instrumerH ru vindos , .... , d 0 Sa rqento Mendonya , q ue tambem para it E.: ola term~o ' iIopiUecet/am por in .

• tern de tamar parte n o Conj unto MusicaJ. Ca illudou d emais .. Pone4 7 - Quando se aproximav. 0 CilO\itv:o:;.~tl.n o. Pa ulo Ii! OI,1 tt os; . outros, lIiIiram com 0 livro-de --ouro para ~ . 0, c.etano. Paulo "'nln bern sucedidos ; gallar fundoc Ii! sempre fonun 8 - Oevido ;is dificuldades a Escola leve sua . Paulo Portela, l e ve tamWm 0 quarto de Rufill o ~~ira sede em ~ d o algum tempo e que COnsequiram a1W}a1' um.a cas.:) d rna sed~ II s6 depolS de Herm6genei' n O 4 12 da ru.a Po rtela. atual "8 ., No . ehP~prW!dM.I.. de sergio 9 - Ate paca War a l.iceN;a, sem it. qual 1\.10 ;:e~ desfUar f . dificuldade. Por varias veRI, como ja foi dito ..,,,_ • 01 uma u .......ou·se a licenra d o "Come Mo sca " , emprestada ,· .. ~

10 - A persegui~o a o _samba foi uma d as T.....andes dif'--'"-" __ . _ , , __ ............... tl. I:o ntam que_ em _ ce..... A1 oc:aS'3 0 ~ ............. vam uma Roda de C" _ _ L _ .. _ . ~nOd na Na perto ...... resJdenoa de valade quando de fe-nte a ~ ~ ._ .od 0'5 COITe. • • • Y'" .... _u e ra~ lllduSlve JUvalade que nao fo i peqo . No dia sec}uinte Nozinho e a utIO, amlgO$ come~am a brincar com Alvaiade diu!Odo que a policia h.avia proc:urado wn ra~ com cabeleira e topete qrande, r;apidamentfl A1yaiadfl fot ao barbeiro e mandou passar a maql1ina zero, ~do sua yuta c abeleira;

po',. . .

~_

~

11 - Paulo da Portela saia procurando pastoras pan sair oa Escola e se cornpromaUa com os pai4 t o m.a.r eontao dils m~. A 1d~1.iI I.n.ic:Yl de Paulo, Rufino e Caetano eta tazer da Po nela urn qrupo ("miliar ~izado que pudesse 5e apresentar em qualquer luqar :;em criar problemas. Caetano fela· ta que nunca imaginou que a Esco la pudnle cheQilT a imponencia de hoj. ; 12 - As pimeiras aleqoJUs criadas na Esc-Db. foram constrvl!lu com 01 pr6priOi recuno. e seu idea1jzadoc foi Caetano. Oli quarda-cbuv.s e IJilffibiar· ras foram feitos par Caetano. Candinho, sr. Juca e o utros. ESies quarda--chu· vas erarn eobertos can folhas de papel fino eoIorido ; 13 - Os trajas eram simples de acor-do com as dificuldad.. da 6poca e cada wn se esforyava para fuer 0 melbar ; .. 14 - No balTacao, na-o harn gesso e as fonnas eram feltas ~ cunento. 0 fato tornava 0 trabalho cansativo. A prim'ira fonna foi a flquta de urn MCravo com dois metros de altura e a Brado da Republica Brasileira. Esse ascravo foi usado durante muito tempo, comeDlan·1oII que eLe ia para a cidade sozinho; 15 _ N.Jo haria dinhei:ro realmente e cada urn le.ava a que podia. Exe ro· pia ; Papel c:arn.seca para fa2l!'r pasta, farinba para fuer cola iii demais. A retribuiq&o era feita aos ubados c o m ti.ra~ostO e cervejada;


.

) {~pronGlS,

pa rte da fantasia. Candi-

16 _ LiDo tr.aria aaui~ tplJd-::de jnsUUmenr: :;cbaIJl3dO " Bobocha " que nho junto COlD Lina f~: can-eqado r d~ espontaneamente e a tra:z.ict 11 - A EscOIa passu coot;!. daque)e mat r.zia que5tio de t orn ar

nas oosta s. -

.

dos Garn8vllis

HIst6nco . .

~ ..edo

"

tesenw a . . . · iste e , urna. estoria P j13CoIa de samba a. ~ ro d.ia c bamamos de aleg-o nas, para A ~ ade~ que bOje e rreu em 1931, quando a ntauva represe com wI (oi a Porteta. 0. :rato. OCOSamba". A kt~ia do tema desfile de carna _--I ''Sua Majesta eo . o . com 0 tlURI'o'O _ _ a1egoria sunpda em Escola de Portela IUJ"9lI.1 . ' u a pnn111U3 ..... . d ~-.IilJlO que unacp.no . to musical e se cons ... tu~a e Urn d V'IIIl0 e...... um coIlJun va <>A_'-· A alegoria representa . --:do em urna barrie"," que represen_ ............ "·-ado EuncO, y~.. b (b eiementO <U EscoIa c...-" . brl! a cabc.;a. os mem ros ra~os e . wn taDlbonm so . a d tava um pandeltO e 0 objetivo da unagem er ar a 1·d.·la

folUl representand o ...aqu:~ um conjunto musical. Em 1932 de todos 05__ instt\Imentos q~.. nr...ntado c omo "Carnaval Moderno" . • ..A tema enll"UO a,... . ilpuec8U 0: '""'!I ....... ~ . I fino para cobrir armaqOes de sombrinhas e Nesta OC""ao se u~u pape amanch6es uriHzados com adereqos_ A finali . _··....I--chUVlSS gambian"as e cat .. . M ". em 1933 f 01. f · rertaI bomenaqem ao Rei orno, dad~ delte Camaval ,~1 P d a a Gl6rla". Caetano teVe como objetivo realizado 0 carnaval Voa.n 0 par . . li _ . · _~ .1. reftHosentava a democtacsa e a Ulte gencla. bomanagear a Agwa que ,.-...-. . Foi 0 prlmeiro ano que _ lan90u em EscoI..a de Samba, cria.nqas e biClcletM" Como aJegoria leva-ya WD castelo rom a .i9Uia pousada de asas abertas ; e:tJ. 1934 mz9u 0 terceiro earedo que foi " Academia do Samba", levou como &l~ tril ca.valoc ....ooedores. 0 objetiYo foi 0 de homenagear 0 GnDde Premio Brasil vencido pOI" Mossor6 - Tit6ria do cavalo muito comentada e futejada na epoca; em 1935, 0 tema {ei "0 Samba dominando o Mundo", mostrando alegoria de um "Globo TerrQSbe" que girava, obra de Uno Mannel dOl Rais, com engrenagero de madeira. Foi a primeira rit6ria cia Portela em dede ofi.cial, abrindo 0 camjnbo para a serie de titulos CDnJequidos; em 1936 n.io bou'le deliil, e a Portela nlo apresentou ellC1ldo, parricipmdo de hablbas em Madunira O. Cruz Rocha Miranda; : 1937 "0 Carnaval". tam. criad.o ae:m obj.ti~o definido, neste ano valia naoo~ ~~::;a passou poe uma. crise de Uderanya, a nova junta formada em tempo de esquematizar 0 carnaval Fm~r;a roi de: Paulo, Caetano e Rufino ~ Benicio Lino e Eu=ra" OIl Dp.te ano que sam.nte duas n:olas d.elfilaram a "Vizinha Faladeie a onea, iIto nnr.-.ue If . '" determiNtyio da poU .... -~, ,a uz Ol desUgad a a mela nOlte conforrne E'Cd, nao 1 _ _ _ • a.a: Em 1938 foi fato "A Democracia no Samba"; a u____ ",yull ... eqonu neste an f . "-..m;Jel ou. copiadas d . 0, as antuial "ram dasenhadas par Lin0 "Testt 1'10 Samba" 1 • ~Vlltal e levavarn 011 motivos do tema. Em 1939 lia· .. evaya Como aleg . . . ~tigiar e amparar 0 o~ ':'-fn quadro-neqro ~ande ond~ 5e lDoe.ntivar 0 pavo 1........ ___ • • .. samba, mullCa tipica e oriqina1 do Brasil Ii "'UU'lrO • 0 p,6pn' ,,_ ) o o&.oI.iJO fez oa fiourinos (desenboS penl&S)

!I--

bit

18

,


baseados em aluno! e professores. Os co .. d ' mponentes co d . roao que foram na OCas130 Ip10mas que fa . n UZIam aJeqorias d " . . d d -il ' ram exaOUnad,..... e " Art BarrOSO. lUtZ 0 e", e .que dell a p . . 01 " "'~. elO<J\ados ptlr Orte 1 seu encerram en tot no mesma dla). Em 1940 . uqar logo a.pOs 0 ' " . (I carnaval foi "H (I Justl(f" , evava c rna eqonas Estatuas d.a LOb amenaIJern a ba d P ul .. 1 erdade da J . Clutras. 0 sam e a 0 Ud Portela teve pouee ' ustJ~a entre OS compone ntes mudaram (I !Bntide das pa4tvras tempo pa,ra ser ensaiado e por pau na justiqa, prejudicando (I desfile. trOcando 'Salve i Justir;a" o

..

,

Em 1941 (I tema foi "Dez anos de GlOria" he qoverno de Getulio Vargas. F oram feitos de; ~ltleDaqem aos daz

&l'l0$

de

ana! anterlores que a Portela desfilara que corre~O:drePfesentando os de~

-.....de eram governo G etu°li (I V argas. 0 f ata ' tnste foi a s.a.ida P I aosdezanosd da e veio de Sao Paulo ?Ma 0 denile junto Com urn ~:ou ~e ~ora:.l.a que vestidos em cores diferentes as da Escola, fai entia que M """' , , rod", pedi e . . anue Bam Bam Bam ~m ~ qu a grupo partlClpasse, esclarecenda que lamente Paulo podena desfilar - Ulna ve:z: que 0 reqularnento naa pennitia mais de urn componente fora' das CCK"e! da Escala. A oconencia aborrep ul . ...."uao que ficou corn os amigo! e Ilio desfilou neste ana. Em 1942 foi desenvolvido "A Vida do Samba " cuja objetivo maio ' contM a his tona d 0 sam ba. L 100 prefere a orig:em indigena em vittuderen. d.as alegorias e fantasias . Levava wn carro que apresentava a "Morra da FaVela" o

00

simbolizando a surqimento do samba. Nas fantasias Line 5e baseou nas fiquras do malandro corn camisas listtadas. Foi presta-cia homenaqem a. Cannen Miranda em outra alegoria rePres.!ntada por wn edificio ope arta. nha-ceu (quadro tirade do filme "Primavera no Rio", fotoqraf"Ja consequida no cine Madureira). Em 1943, 44 II! 45, as temas (aram tiberadOl pela "Liqa. de Defesa Nacienal". Foram denominados " Carnavais de Guerra". Em 1943 levava como alegoria uma vaca com as bandeiras cravadas em seu corpo, a vaca representava a lixo (Alemanha , Japio e lWia). Em 1944 0 tema rot "Motivos Patri6ticos" com homenagens ao Brasio da RepUblica, BandeiB, ao Hina entre outros. Em 1945 recebeu 0 nome de "Brasil Glorioso" dentro do mesmo estilo anterior com motivos patri6ticos. Em 1946, " Alvorada do Novo Mundo", em homcn.aqem 30 terrniDo da gu.rra. C~o ~-J~ rias apresentou a "Volta das Fotya5 Armadas", os " Acordos MiniStenaIs , wn pante.:io representando as "N~Oes Unidas" vitoriosas, Hitler esmagado ~ MUsoline enforeado e por fim uma aleqoria mostrande .'?·i~, Sam" em ~ COm Hitler a,°oelhado Em 1947 foi feito "Honra aa Mento em homen.a . Eiffel " de ParIS gem a "Santos Dumont". Como alegorias levou a "Torre . f ' '. Outra a}fI9Onil 01 COm Santos Dumont contornando a Torre em seu aVlaO. d t real~~~ o.u asas a D um enonne globe com a imagem de SantoS umon , :.::au.1~ ""_ . . "TUmuio dos HerolS . -_'tau e fmalmente como 3. a aleqona 0 . J bel" mos' E m 1 948 0 tema apresentado fOI "H ome._,. """em a Princesa sa ra 0 •Brasil. trando os beneficios que a liberuw;ao dos escravOS ttOUXedpa. SenzaIas e COInO alegonas foram apresentadas: F uen das , Casas Gran es, demais. S °nha e "lmpe-F "Prazer da ern . oj neste ano que houve a quest:fo entre u.e pertenciam ames· no Serrano". Foi cornbinado entre as duas EscoW, q 0

0

rl


A

no desfile deixarla de existir

obti. eSSIlI piOf coI~ Dntlll Lino Manoel d o s Reb em ...p'o que, II queoruJ~do 0 gnapo. ~ pilrticipou 0 jOf'nalisLl Irimio : -. o,uUri& II ouO"ll, ~ u .... uma tMOmJI ,dlI q 0 que nD. oc;:..s iSo coru:oquiu leU depPm.,lo que ~ d o lJn~no Sert'3ft ~Iqamento que t or naria 0 DW do, I~O(" ~~~nc:ia tn,nsf(llTl'loY dum ""'S$iUldo 0 Imperio Sonana • forva e vircando tu 0, ,..P I oom ..,. ~ .. nu,ctdo:r, . a se9'lndo. ficand o a o Tte a em ,tprper da SI! PraM' da SerYinba pard 0 terna "0 Despertar G igante " 1 0 II.I!PT e 0 f . ealiZa 0 . ' para . 0 Em 1949 0 1 r . teuS primeiros habltantes. Como terceir'O nest e an~ru do Brasil com Estac ia de Sa em ou tr o . ...-coontan d 0 II des C(UTOS e . . at"'~. ....ou ( ndiDf em um ." como aieqonas pedras preclOSilS, 0

U>1....

'

al~950 "Riq~:IiIS do BnUilSl~::: volu. do Filho ~90". exa1~Yil cafe 0 ll\inItrio, cri.vl~. Ern ~:tUlio Vargas. Como aI~$ Coram feltas

, , 'n kitDf do 9O"~O V Ita Redonda e outras. A Hnalidade roi . • -'r 1'Ja baJ,hiStIlS. 0 d · hoar rllS as - ditadura. Nesle anc ocorreu uma Ispel'Sao II _..;:i0 d05 15 anDf deficat!do apeRilS a Imperio Serrano com lrenio ~~ p Ea:olu de Sambi, . criacam 0. "Uniio Civica das Escolas d., J)elpdo ..undo tod.u aJ~uw.; ~u'~Bruil de Cntem", baseado no martin o s.mw:". Em 1952 0 e 000 Ol Ca.sa Grande Senza1a, Troncos e Pelou ri· ,as. baile d O' tre ores, . pod f" d as eterB . -e anD durante 0 sortelO bouve ra ria , ou pho$. ConP Lino, que 0_ .' dHfilar Mas . "marmeJad.a " e a pOftela foi a. pcuneua a '. ocorreu a ~. . A E:IcoIa desfi10u mar;J.vilhosamenle sem chuva. e asSlm que passou ~ • . taTi eI temporal tendo 0 camaval anulado. Em 1953 "Seis Datas 05 OJ>

:;,.~. Co~o as E.:oW: apreaentavam as batalhas da hist6ria do Brasil

~te, Lino resolveu terminN com a u::p1or~.1:o das datas hornena·

rn'u fuendo quam-os aleg6rlcos alusiyos as datas, pmtados a 6leo : (1.0) 21 de abril (Tiradentn:) ; (2. 0) 24 de maio (&«alha d o Tuiuti); (3.0) 11 de julho (Batalba do Riachuelo) ; (4.°) Sete de Setembro (0 Grito do Jpitanga: ); (5.0) 15 de Novembro (Prochmaqfo da Republica ); (6.°) 19 dot N~mbro (Dia da 5andeira). Neste decfile fei feita uma parede em !rente a Comi'M julgadora, ande prooedeu-se 0 hasteamento da Bandeira Branca, aplanctnUMma pelo pUblico, a Portela conquistou 400 p o ntos ab· lIIIDdo • nota maxima em toelOl 01 quesitOli. Em 1954, "sao Paulo Qu<!.to"oOftItio" , ~ J.omenagem aquela cidade que festejava 0 quarto centen.irio. A. '~M .e~c.IM foram : 0 Primeiro Col6gio criado por Jose de

~rid~eu;mt.n e aden!l~. Ap6I a apresenta¢o no Rio, a Por· Em 1955"P a ~ em Soio Paulo onde 0 fez com wande sucesso.

twIt. ta'nUl esta Juruna em Fevereiro", trone como aleqorias : foqueiras, ''Riq~ dOm:~,.;~on~, baodeirinha', mwta caipira, fogo.. Em 1956 DaI) 01 mUlerait , CI brado ill riqueza.: naturab: frutaa (laranja, banaJaI~ VJ " lev; ,carrOl resn-sentando a lavoura ' em 1957 "I-dos de D. , ;;an como aleoorias' J 0 (D' -~ {"'''Wed'de D. Joao VI " . ~~o • Jolo VI DO trono)j 2. D carro 0 arnbotinndo a abe.... ·dlU.l. CXX1Utn-a}j 3 . cqro (A Figura de MercUrio) Art.." com a tigu~.-~ 01 Portos d 0 Ri 0 de Janeiro; 4 . 0 carro "Das de MiMrv ~" foi Dj,a1ma VCIque rinci 011 ern plano aup.n.or. Quem duenvolveu 0 P r ' pal relpOnUvelj em 1958 "Vulto. It Efltme rideI . 0 JrimeU Ot D. Pedro com dob drag-Os. 9i~nte.. tipo 20

ocar:o


_ntheon ; 0 segundo caITO mOSlra .... a P ' , . nnees.a eorn a li~." vaS, 0 terceuo carro a USIVO a Pedro Alvaru Cam ....... UclQt dO!! ~ dora da Fonseca ; em 1959 "Brasil Panth..... d ai" c..Uriu, MateduiJ. Ceo. "",n dae GI6ri.as" rias : urn ' •carTosse'" gi qante com Mc Yimento R . . 1evava como a1ego~

SantoS Dumont e a Tone Eifel- 0 tertle;p epubOca; Q ~o carro . ' .. 0 rnostl'a'l;ll 0 .. d _ "Rio, Capital. e.. Terra do Samba" • A."..... In 10 POb; en"i 1960 ... - ntou CQm.o 1 SantO AntOniO e a rua dernol~~o, aparecend ' . cano 0 "MOTTO de de Janeiro com as edificios, a Central do Bra~t~da it. CM1ade do Rio o 2." carTO representou a Funda~o dOl Odade 'com tel Genenl, iI. MesbIa; de Sa ate 0 qoverno l..acenla); 0 3 ." CarTO foi a Sa (Mem de SIo e Eataci.o ceQ.. Em 196J " J6ias e I..endas Brasileitas" ; al ~ da"In1lMtio Francom dois cavalos grandes fazendo traveuum na ~ - 1. carro "SiICi" e 2." carro wna Pia grande com a%Uleio lima fouenda; 0 enorma (cavalo); em J 963 "Barao de Maua" e SUiU' R:a Ji CaJ1'O um cor:e1 z I." carrO "0 Arsenal" com incendio em Ponta da A ,~Oes - Aleqon.u: _ 20 [' re", explos.Io da CaldeIra ; 0 ' carro lquras sobre 0 "Comercio e IndUstria'" ~ "M -" , m "---ho _ d ~..:__ • 0 3. carro aua ............,..an e com V""'1dli de ru~ realia ...... . '96' - "0 S d ro.. ..""'s. em 0 [ d ent!! 0 01 equn ~ ...... sarnent~, d~ Pedro 1" , I! reveloll um linda Bolo D

,

decorarr:eu; 1

I? ,

natural como ade~o, em 1965 Hl$torw e Tradil;aes do Rio Qua _ r.iO". Aleqorias - .(~) Primeiro ~co da Fundat;!o da Cidade: (2) : ; : . cesa lsa~~, com Y,anos ade~s cnando 0 clima para a all!l'joria; em 1966 0 lema fOl Mem6nas de Urn Sarqento de Militias" - a1eqona: 1.- CiUTO, ru Tres Marias-Antonietas, puxado par qualrO Bum'oa-Meu·Boi. 0 2.° car. ro tepcesentou uma Rua com OlUe Bonecas (Os Barbeiros); 0 3.° CUTO "0 Sarqenw de Milicias" em tamanho grande II urn jardim a rrente: em 1967 "Tal dia 0 Batizado" - a1eqoria: Abre-ALu painel com 0 nome do tema; Tela com a fiqura do A1reres Jose Joaquim da Silva Xavier em unifor· me de Ga.laj Tela rnO$t]'ando 0 Martir da Incon!idencia esquanejado II que inclusive, foi exposto em diversas partes dos Estacios {Rio de Janeiro e Minas Gerais); Tela a replica da Bandeira da Miseric:6Jdia que acompanbou o cortejo ate 0 cadafalso; Tela representando 0 TribWlal que condenou os Inconfidentes; em 1968 "0 Tronce do lpe", extraido da olna de Jose de Alenear. LeYou-se a Aguja da Portela como awe das e as aleqcrias: Ca$a Grande Senzala da Fazenda do Boqueirao, tela (Nltrato) de Jose de Alenear ; Tela m ostrando a partida do filho do BarJ:o da Espera da Fazenda para a Rio de Janeiro' em 1969 "As Treze Naus" - Descoberta do Brasil. Como abre-alas, uma de Leme tendo ao fundo 0 mapa do Bra,:gl. As a1e1JO' rias : A chaqada das cara.velas ao Brasil; 0 BraWo de Portu~ e Ulna es r oom UIDI cruz de malta; Estandartes com os Btas6es dos comandant~s Notdl ; em 1970 "L-endv e Miscenos da Am.uOnia": 0 Abre-Alas fOI wna pod.row. Agwa _ alegorias : Primeiro cano Tupa. a 5e9W'do carro diP ~~ '''''"' (Jcamiabas) 0 3 ° carro do Saci-Pereni, 0 quattO Cobra-Gran~e ( , . 'oU . com 0 "Rio que metros). Foi neste ano que Paulinho da VI . sutq1u r a tic PililOU em Minha Vida", Silmba de terreira mado com ~ ~ Tris

e

=

Roda

.

grand. que semu para formar 0 dttlfile da POItela j em !l'~ ~r.. can~ _ Tempos" _ alO9Orias : (1.0) Carro com Ne,tuno, Baco e ~;; boisinhiti): Lapa Bo.mia Num.ro Urn (com realeJo e mcx;as


bre a .Ianela., co m cabare e p iano . . mere Dais (COm p. a(ari:z:). Em 1972 a Portel a foi .. .. c,uTO d.J Bo4itnlS Nu ..... ..-jo pUblicO ( 0 da Vida " _ alego ri as ; Tela o ~. ~ rTO - ..-..-~ " ("Terra (undo) ; 0 4 . Cit " Uu /4.Y" a C,u.a Gr<'nde; c arro represen _

;:r.lI

Nc;,;:rn:a

a Cjdado com Bra.u ; tel~ ,~aras d olls NaCf'Oes": em 1973' 0 !:Om " ebeqada. do " carro corn as ." boueado n o poema de M a n ae l tando 0 " Rei MoJ]lO.: 0 AoUqO d o, ~~1 • rn aes par tes : Reina doll [nfoin . . •-.._v-cLl , ( . diVldjd.a e . U!rn.& (ca .-.. -~ ) A E~la O J a1 arias : C.UTO corn urnoll s ereJa Bandeira (P~rqa;:~o de p~rgada. - . ; 0 reP'"esentando um. "Parque cia, TPJlSI~o. e do m_ albn de ~JlCe~ crian~as ; carro representand o 0 rodeada de O~J= e~o.. tI!JII:. roda-9'lq~~nho pequeno, dividind o as par. de DI!~6eS incluidos portlles em '0 dos mab vMiados tipos ( s o mbri· AtcO-Jns; ader~O$ e alegoriaS ~;4m..O Mundo Melhor de PIXINGU l_ le'i do enc -":",e5 b.1st&es) ; em 1 - - - -... 0 qigante feita em isopor _ n.baS A .... ' i.;J ern tiU· ....• . MUS .~fI'" Abre-ALu Il vOU 11 ~-InI-"':" de Pixinqwnha corn a A. a "..,.,. e 0 do a an ... _ d

::.n

.stra.......... '

aI orias ( I."') arT'? rno~an uma fIo r que se abria , fazen 0 ~parecer 0 • ~., (2.") carrO SJmbo lizando "0' BatutaS" com flguras ve$tldas (! seus -, • (3 ' J carro ItO A bustO de pUdnguinba: ' 'dad Abre.Alas ( guia) apresento u as a lhos

d: ~o, Em 1975 foi a ano de " Mac una iablirtOS (aceses) pot dotS far. '0 de Andrade. Neste ana 0 Presidente pediu l1l1I", baseado na ~bl"il de Mar'l para 0 ded'ile, a fizessem por escrito e rtOes m qlll aql,leles q ue Q'fesse sugebalho que foi acetto pela Oiretoria e compoinsttumen tOS; (4,")

c:orn~ n~is

um grupo a?re.nto~.u; ~eia Carlos Monte, Claudio Pinheiro, Andre DIUlhlt : ~aWinoho da.. _.~o cltado ~terior proe ser encontrado n o Museu MoIiJ Lima. ,_ tra' .......•o iuOll ~..A ... pericxlo e voltou a tuar ' nota d ez. Port.IlDJI. A \l'a.> ....... N A~.Aas a Aquia I'Srilizada ORde se via m~a de gTande porte que fft:ou0 adma de urn grallde carro colocido com a5aS de borbeleta. que se mo'riam com 0 andar d o veieuJo , 0 primeiro carro foi 0 G igante Piaimi (ErtilirMO). oode 51 podia notar urn grande busto com urn chapeu de w'nan.lS I um.a aberttJn. no peita do busto ; 0 2.0 carro foi 0 do "Dragao" com morimlnto cia cabtt;a a cauda , os olbos repre5entados par far6is colorides; 0 3 ," cana a Cobra-Grande com urn n6 simbolizando as travessucas d. M!.c:unaima ; 0 4 ,D cano mostrou escadas subindo para a ceu ate virar c:o~ (representados pot estrew coiocacLu ao seu redor); 0 5 . 0 carro des compos:itons levoo m;h....uas estilizadas. A Po rtela foi prejudicada neste ~val . pelo niunefo exagerado de cDmponentes (aproximadillTlente seis mil), obrin!;lil.llda as alas a COlTer na avenida, devido a exigencia absurda d o ReguIam.lltO. ertabeleOl!!nd.o tempo para 0 desf'lle e 0 que e piar aferindo nota pant aquelas que Ie d tar Em 1976 "0 apreseatem enua do praza (hormo) r8(Juiamen"';",'6 D•. ..:... Homem do Pacoval". nanando a hist6ria da Ilha do • ..... 0 a problemas . atMdad", ~o substitu{d llItemos 0 , Departamento Cultural parou suas at~o dOl com_ 0 pela COmUs.io de Carnaval. Deve-se louvar a ...""..entes desta "c . .... filosofia do desfile di ' . o mu; 0 que modificou radicalmente a a Conti ngente a b surdo, que vinha ' nC$ anos oiIIlteriorn, Illlnwndo ' des! iland 0 ..... ' ensaJando as ala ... ~-....0 caract.er{stic:a ...I;-'-- - d S ern. \U4S apropriados com movimenta anr ' , .....UULClll 0 de Se d us qua ros determinados artistas que se ... oveltavam cias ElCoias para se fazer notal' nos dellfiles. Como Abre.Alas a

...tena ,Ar._..

22


portela levou uma potent" Aguia que movim.e t<l sua' 9'lrras 0 rettato de Natal como h o menaqnemVi.lp6n1aS asa$ e lendo ~m ( 1." carro) - Behtebu (Jurupari), sob rodilhas e e U~n\il . As alegoU&. : (2. 0 carTo) - Oeusa l<lr8 ; (3." caITo) _ Estandartes ;:. l SOpor trabalhad o ; rnosttOU e!1l estandartes distribuidos pela Escola em ca::~~ ~A Portela "arias embarc:<lI;Oes com "Tim.fo t! Estandanes" r ' .( ' calTo) _ . ") ' (5 ° ) C epnlsentativos da s RaUl tu h oi (espon a, per qu . . ada dertaque te_ 0 DYO do enredo ; (6." ) - 0 Gaiola, repcesentando a Carro repreM~ta . •• _'6 fu . . an.sp<xte marhuno usad o ern In"".-.,] a maya que enulla vapor p!!!1a cham:-~ 1\ p .. A.":'_ ...... . .... o rt a apre· 30 ~tou este ana canos a1 eg ...... "'os dinribuidos .....Ia E 01 F ' , ' , a me lh Of E iCC.... •• a se apresentar • seu 4 .. ,,_ ..- f 'scf ill . d 01, $em dUVlda ' . _"ar ro to e desexd esiile . Sendo ate apontaclo p,10 ,' Uri ~ do fO-ad qaru' '~A"O ~eral oJ ' , " " 0 _ _• erTUSsora de t evisio, compono de S~rqlo Cabral, J On;!f! Coutinho. Harold o Costa, Macedo, entre outros , como a melhor Escola de Samba b d ' f' • de . 0 ten 0 it. primeira c 1aS$I n:ac;",o na contagem pont a s.

:1,.1

aUADRO SINOPTICO DOS CARNAVAIS DA PORTELA. Tema-Enredo

Col~«o

AutOl"es do Enl"edo

8arraclQ

1931 Sua Majestade o Samba

3.° lugar

Antonio Caetano

Juca, Candinho e CaeUno

1932 Carnaval Moderno

4 .° lugar

Antonio Caetano

J uca, Candinho e Caetano

1933 Voando para a GlOria

2 .° luga r

Antonio Caetano

Eu:tebio, Juca. Candinho, Lino e Caetano

1934 Academia do Somho

N.io houve Antonio Caetano

Juca, Candinho e Caetano

Ano

1935

o

Samba

conCUl'5O 1 .° lugar

Antonio Caetano

Dominando

o

Mundo

1936 Nao houve Enredo 1937

o Camaval

1938 Demoeracia no mho

2 .° lugar

-

Nile houve Paulo cia Portela Concurso

Juca, Arlinda Costa, Line, Caetano e Candinho

Lino, Eudbio, Nb e Oreba

03


,

S." lug a !

1940 jHoroeruu:}l'nl a ~;....,.

1." luqar

,94 1 D~Anosde Gl6ri.1

1." Jugar"

,942 A Vida do Samba 3 Carnaval de G uelTa

,944 Mob'l'05 Patri6ticos ,94 5 Bra.sil Glorioso ,946 Al.,or.Wa do

NO'IO

,-

Prineesa Isabel

Paulo da portela

Line, Euzl!-bio, No, Nilton

Paulo 8 LinO Manuel

Lino Manuel des Reis

Lino, Euzebio,

Nilton e No Lino, desenho Sr. J=a Lino, E u zebio e Nilton

1." luqaT

Liga de Defesa NacionaJ

1." Jugat

Liga de Defesa Nacional

Lino, Euzebio e Nilton

1-°luqM

Liqa de Oefesa Naciona.l

Lino, Euzebio e Nilton

1.'" lugar

Lino Manuel des Reis

Lino, Euzebio e Nilton

1.0 iugac

Euzebio e Lino Manuel

Lino, Nilton e Euzebio

3." lugar

Lino Manuel

Lino, Euzebio e Nilton

Mundo

'941 HODliI ao Merito

LinD, Euzebio, Nilton e O["l~ba

1." luqar

1939 (redlJ aD S~ba

'94

Paulo da portela

des Rei!;

Despertal' do '94' I<?Gigante

2." lugal'

1950 Riqueza.s do Brasil

2." lugal'

LinoManuel dos Reis

Lino, Euzebio e Nilton

Lino, Nilton e

LinoManuel dos Reis

Euzebio

1.0 lugar

Lino Manuel dOlI Reis

Lino, Nilton e Euzebio

1952 8 rasiJ de Ontem

Anulado

Lino Manuel des Reis

Lino, Euz~bio e Milton

1953 Seis Datas Magrw

1.0 luqar

Lino Manuel

Lino, PauJinho e Pinduca

1951 A Volta do Fillio

I'rixfi9o

I

24

des Reis


-

t054 Sao Pau lo Quatrocentiio

4. n IU9'lr

1955 Festa Junina em

3 ." luqar

1956 Riquezas do Brasil

2. lugar

Fevetelf"O

1957 Legados de

Q

I." lugar

D . Joao VI

L ino Manuel dos Rei! Armando Santo s

Prof e!iKlr-B,ltiua

LinD. Eu~ebio

Lino Manuel dOlI Reb

Line, Viegas e

Djalm.a Voque, JOilcir e Candeia

Joo.cir e

Niltan

TenOrio F.

1958 Vultos e

1.0 Jugar

1959 Brasil Pantheao de GI6rias

1." lugar

Djalma Vogue

Tenorio Filho "Fin fas"'

1%0 Rio Capital

1 ." Jugar

Djalma Voque

O~a1do Alves,

Djalma Vogue

Efemerides.

T enorio F ilho " Finfas"

Etema do Samba

-

-

Hilton e "Finfas"

1961 J6ias e Lendas Brasileiras

3.째 iugar

D jalma Voq ue

Osvaldo Al'fes, No, Nilton e "Finfas"

1%2 Rugendas: Viagens

1 .0 Jugar

Nelson de Andrade

Djalma Vogue,

Nilton, Drew, Peres e Finfas

Joacir, Viegas,

1964 Segundo Casamento 1.째 1ugar de D. Pedro II

Nelson de Andrade

Laurencio So.:u:es

1965 Hist6rias e

3." lugar

Nelson de Andrade

Laurencio Soares

1966 Mem6rias de urn 1.0 lugar Sargento de Milicias

Nelson de Andrade

Nilton Peres e Joacic

1967 Tal Dia e 0 Batizado

Nelson de Andrade, Juvenal Portela e Laurenio

Lauremo, Nilton e Viegas

Pitorescas pe\o Brasil

1963 Barao de Maua e

4.째 lugar

suas RealiziI<;'Oes

TradU;:Oes do Rio Quatrocentao

6.째 lugar

Nilton etc.

Nilton e Finfas


1968 :0 TrOnco do !pe

4 ."

lu g~

Jo.Jo RamOS M-lc edo

Ubiratan da Silva

Clewis Bornay

J o m a r Soares

Clovis Bornay e Arnaldo Pederneiras

Jarema

Arnaldo Pederneiras

Iarema

2. " lugar

1972 lnu Aye (Terra da , Vida )

3. 0 lugar

Candeia e H i ran ATaujo (Desen volvimento)

Jo.lo Ramos, Pinduca e Siloca

1973 1Passaf9 ada. 'O Amiqodo Rei

4 . lugar

Hiran Araujo (Dep. Cultura l

D jalma V o gue e Siloca

1974 0 Mundo Melhor i de Pixinqui nh a

2.c luga r

Hiran Araujo Claudio Pinheiro

U bira tan Assis, Siloca e Alberto

1975 Macuna ima

4 ." iugar

Hiran A raujo (Dep. Cultura )

Ciro Del Nero, Siloca, J oao

I

3." lugar

1969 ' As True Naus M'

.

' OS

1970 Lendas e ~stP:f1 !w Ama:l!6nJa 1971. La p.lltm Trh [Tempos

I ." lugar

,

I

Ramos: ,

1976 0 Homem do Pareoval

4 ." lugar

,

,

1977 Festa d.1 Aclama(;ao

I

HiTa n Ara ujo e Maurici o Ass:is

Iarema e Equipe

!-liran Araujo

Ubiratan da Silva

OBS: Ccntim.l~io do Ouadro Sin6ptico do Ano de 1931 at~ 1948 da parte de Samba.

Aur~s

ANQ

1931

AUTORES DE SAMBA

Ando Penando AlcidH La Vern E4 - Alvarenqa

~r;o Uma Vaz - Nelson Amorim

1932 1933 1934

Clrnaval da Vit6ria

Ventura

"Parei" - Licurgo M0SS0r6 - " Ze

da Cachacinha"


------ --~AJ~.:.:n~¡.~'u~T~.:'~'~,-=~A~n~'o~n~i~o~C;.:.:'~.:n~o~---------------------

193"5~__-:~~::~::~~_________________________________

--- 1936

-

Nao houve enredo Pa ulo da Portela

Paulo da Portela

--------

Bibi e Chatim

'94~'~~------- ----~ __ _ 1942

A1vaiade e Bibi

1943

Brasil Terra da L iberdade - Nilson e Alvalade

1944

Ze " Barriga Dura" e Nilton "Batatinha"

~- -~-

~-----1945

Ve n t ura

1946

Ventura

1947

Alvaiade e Ventura

1948

Manacea

1949

Manaeea

1950

Manaeea

1951

Josias e Chatim

1952

Manaeea

1953

Candeia e Altair

1954

Picolino e Waldir 59

1955

Candeia e Waldir 59

1956

Candeia e Waldir 59

1957

1958 1959

------------------

Candeia e Waldie S9 PorqueRe (Jorge) e Waldomiro Simoes Casquinha , Bubu. Candeia . WaJdi r 59 e pjcolino


1960

walter RO$3 Wa.lter RO$3 e Antonio Alves

196 1

Ze Keti,

MarqU~ Balbino, NiJton e

1962 1963

1964 1965 1966 1967

Valter RO$3 e Antonio Alves Antonio Alves Candeia e Waldir 59 Paulinho da Viola Jabolo, Catoni e Valtenir

1968

Cabana

1969

Ari do CavacO e Rubens

1970

Catoru, Jabolo e Waltenir

1971

Ari do Cavaco

1972

Cabana e NorivaI Reis

1973

David Cornia

1974

VeJha, raIses valores

1975

David Co lTea . e Nonval . Reis

1976

Trio "ABC" , Ncx:a, Colombo e Edir

1977

Catoni, Jabo16, Dede e Waltenir

Carlos Elias


Os Setores de uma Escola de Samba

Sua I mportancia Origem Aspectos BAsicos AJegorias Conceituat;,io - Sao as carras enfeiudos, p~ menores ou ader~s , im6veis ou com movimento, demonstratives do tema que estJ sendo apre· smtado. Toda Esc:oIa mastra vacias alegorias (dependendo do enredo). As alegorias representam a parte artistica do espeticulo. Toda engenhosi.dade do artirta, des elementos que trabalharam no banac.io e mostrada na Avenida (local de desfile), Poucas sao as Escolas que conseqUl~m chegar, ap6s 0 desfile, com 0 mesmo material aleg6rico apresentado naque\e ana, geral· mente aproveitam partes des carros e aleqorias danificados e em pessi.mo estade. Existem v.1rios tipos de alegorias e podem ser divididas em: 0 1. - Alegorias de Mao, sao aquelas de facil transporte que pcxlerao set cond~das pelas m§os, ca~, ambros. Podemos ciur como exemplo de Jltq?nas de mao : sombrinhas (feitas de vime), bastaes enfeitados com 0 motive 0 enredo isonnr trabalhado' 2 0 que pedir • ..--, . - Aleqonas apresentadas sobre carras, ou seja, quatro rcxias de carre qUe con:tpCiern, 0 •• . • • •• . "... • •• _ 1II1cen::e que ll'a transportar a lIIegona. ver<l1ll1ente e~ car;~ ~rn tarnanho maiar representam detenninaclas partes do tema : . vezes 0 A~,:Alas pode e deve ser uma aJegoria, embora, n OlI rnalOna cia.! a a~ 010 se~ mc1utda no julgamento do quesito. Este e urn carro que f.l:! S&r ~~~ao da Escola no desfUe, e 0 primeiro impac to, portanto deVE 40 lado, bem preparado ' _ ' :. AJeqorias sobre rodi1h~ ' sao as mais modemas . conseqilen ternentE ~tas Esc.... e qeralmente re"'''esentam parte importante do enredo. U m ~ -- qUe utiliza" " rodilhas a~faz em toda sua extensao. iSlO e, nao mistu·


aD I;:ol"lsumo. As a1eg ori.as

. c;lrfO S aJegonc O$ para a:i~:;'~~!< que a q ueles que, sabern nun daiS" cpos de t.iO abus:ivament~ U A terionfllrtlte. oil m o vunenta· de ~ esrao sand o ficam ~n"'i.adOS- n ba no c h iD, n o pi! e h oje mosuar 0 SillJ>ba nO~~ e.;ava m o SU'an do 0 ~trelas. bambuI> enfeitado s, ~ d os componenl acirna de suitS c.. ~ f nta:;:iado com urn .. en onTIe em (!ia siD os a1·~;::) 0 importante e;:r ~'" ma;s oil fi9ura do sambis_

e

Jongos chapeus de ',,~ .. ~d~se , apagand.O c , de mAo es.....-pOSl~ao aI~ona .o d :"'ar clara "ossa . ', It necess.tri e... tellt'lndive

Ill:

nwneto .

,v's

a a1egorias deverao ter seu es _.... C . ilustril~a o do enr...... o. orn a . 1 ,

red .u:Jdo apel'lilS au UlIP . \.leW que vao a JU gamento, a uta . pn.idas. au ~,a. aq .. n~ iSla porque QO Escolas

re~.lo ~ u~ bo rn

tempo entre as, ~ rend~m u rn bom dinheiro e \/aJ con~rn aqv.isitivo maior , seUS e~::'~;JdO para a conreec;:.lio de aleqo. ~. ~ .... dicnot de todO 0 lucro .. d'-'-eirO das Escolas de Samha ~ puu= u ·r . -"-de Todo 0 u&u . . D ·nh· aM ' Es e urna tMSte ve~ . . "'-~OS, figunruU.as , I eno 9 0 /U.S. sa ' plasacos, cen....... . t __ • ido peios arastali . · .-~ 'tas compOSItOtCS, mes re·:ocua e co~ '" .• (""'SSlstaS, n ... ·.. , h . . r~;O' Sem eles D.tO avena com 0 suor do s.un $... ..... darn os en_ . . ensala, ~ .. tO esses camponentes fieam sem po rt.J:. bandeira). que, co~ d,inheuo e no en ..... • _ R!f1l. e1:es MO havena dir 'to de desfilar que a os p o ucos vao-lhe

e

Mda a nSo ser 0 pr.u:er .e 0 ~on;:a de reguIamento, 0 carater da com. titando tambim. C~mo ~Xl5: ~ontratar artistas, mas, deve, dentm do petil;So, a "::scoIa e .o;~ pessoas ao ambito da c ultuta popular~ 0 possiv~, llin.itar a ~ 0 d !!s. ESICola e dave fonnat urn grupo de trabalho · .....;..13 ....ec:isa ntar Integra 0 a " .1 f· d ........ yo . . da ' ria Escola, caso DaO exuta, cna- 0 a un e

tas

de

pref~~nCla ~$SO

Pr::!'OVeitadOL 0 arrirta responsavel pelo bartacao

que lIUlS tanie- poSAm sec a ...... . de po Que ira aJU ' da-Io e sera aprimor-ado pot ete. A luta d co precsa - qru . d ' , ambilta deve ser no seatido de que, no futuro. mtegran~es a pr~na Elcola ""mam coocfiq'Oes para fazer, eles mesmos, as aJeg-onas ~ f~tas1aS . Quem fazia aleqoria poe amor .i arte e a sua Escola ficou rnarcpnahzado e damoralizado, achamos que neste procl'SSo 0 homem ligado EacoJa, ham· tuado as mas caracteristicas, deve ser nov.amente inteqrado. Hist6rico - Nas primeiras apresentacroes d.Js Escolas de Samba (par volta de ! 930), no setorde alegorias, a Portela fo i uma das pioneiras como roi titado em capitulo anterior: as primeiras aJegorias de mio, as primeiras " fonnas " que apareceram em ~rr.JC30, a primeira tabuleta de apresentac;:ao da Escola, na epoea em que Portela se escrev:ia com dois eles "PORTELLA" (depoimento de N~ton Pere$). A primeira alegoria que surqiu nas EscoZas de Samba, foi cna!;io de Antonio Caetano n.a Portela e consta de seu depoirnento para c Museu Hist6rico e Musical Portelense, A aleqoria era chamada de "Movi. men,to Musical". Urn homem chamado Eurico representou urn conjunto

a

mUS!c~, ",us bra<rOl representavam vaquetas, a cabefa urn tambo rizn o u

~~lfO, 0ptrOllCO a cu[ca. A prUneira alegoria com movimento surgiu _ .. vern na ortela 0 a t ' . L ·

' u or ,01 IDO Manuel dos Reis em 1935. Tratava-se d e urn caITO co m engren.vwt dad ' globo.tel1"estre q , ':-'lOWm emma, qtu!: ao se dedocar fazia girar 0 As Escolal de S:~ ac~ a .tema fO,i "0 Samba Dominando 0 Mundo". imponantes, no setor dlO ~eram. IDflu~nClaS as mais variadas e uma das mais

e

30

8g'onas, f01 a dOl Ranchos_


sa comeo:;:ou a utilizar ale-goriloS nas E

. . scolil.s roi . Q uaI'd. 0 dividuos ligados a prohss~ COma ' ca' '. nece~a Ian

f" · · · rpll\t<lna a..... . . «a( ,c Geralmente pea lliSlOnalS de POOer aq ... ' ...... rilnos.de <:on$ crU'<ao e . dedi d U1SltJ.VQ bau,. . hora 5 de lazer. ?an .0 s';Ias habilidades <10 trilba!'no 0 , lltillzavam. s\,IiJ.S :Esses profis51onills PJ,onel.tOS" no trabalho d ba para E!ioCol.a d~ _bod" -0 dol li\Ias possibilidades e limita"6e~ ~ ......:'J. rr~o cOme"aram a . en.. '< ~ o .......'Q-econom· ~ar ira. 11 improvisaQiio, a adapta«ao e a imagina<;.io er >cas. Mao havi.a - ~o

"~

de

lJ)

dirJhe fundiam no trabalho <las alegorias. a urn ... constanta e gJ ~~rno grandes co1aborad.ores nas habilidades e cnill:;Oes intr . - nO setor de alegonas: (todo trab.alho reali2.ado ,, __od~nd.as nas EsC 01 - "•• . , na Port ... _. ",.. A ntamo " Caetano Sr J ... , E no "b" U<>UilCloO) . Pad e~... ' . ~b , U7.e!o L' ~;'on Peres, Joacir, Viegas, Osvaldo Alves , Prof. Batista ~o M.anool, io (No), Finfas, Djalma Vogue, Candinho, Tenorio urento Soares. Due >l " d _-> 0 entIe OUtIos -~;o Caetano e COIlSl ercouo por todos da rua epoco " Ant...,.... urn mestre dos . . tantes no contexto das Escol.a.s de Samba. Caetano f" maJS iIJlpor . . . til· 0\ pmtar. escul· composltor, muSlCO e u lZOU tada sua potenciaJ.idade t. " . to!:, • '"'--ol P ar lstll:a·prohs· " n-' a sel"Vl(fo da sua.,.,;o.; a, a ortela. Sua contribui... ~o roi .~_ . •0 ~ d . ""._ .... '<IV lmpartan· ue se estendeu para as em31S "",,,"olas de Samba. req d d " DutrO CJ.I".an . e dnomRan'qu • (elXOU. sua) mfl':1encla rnart:ada rai 0 Sr. Juca, ~ .... e ....... enencra e. Ch 0 n.a ongem , velO para a Portela n" " ........ ~r ". pnmeuO$ passes da Escola cnando ~ ~po de .uabalho que se desenvolveu com a passar do tempo. A carpmtarta. de Lmo Manoel dos Reis que alem -::Ie consuuir para a Escola as alegonas, desde 1930, fazia os instrumentoo tais como: tamborim, tambores, caixas. Sua contribui(fao foi das mais valiosas Lino foi tambem figurinista na sua epoca junto com sua mulher. Na~ poderlamos deixar de registrar as contribui(fOes de <>Waldo Alves, Prof. Batista, Ten6rio Filho, Finfas, Nilton Peres e Joactr, too.05 artistas popu. lares inteqrados iii vida do sambista que marearam sua particip~o deixando suas coJaboracpes que sao veneradas pelos portelense-s e pelos sambistas da epoca. E importante fcisar que 0 trabalho d.as alegorias no barrac<io de uma Escola s6 passou a ser remunerado a partir de 1957. Como podemos notar a artista popular, como vinculo .is Escolas de Samba, geralmente sem escolarldade, vivia do praur e da satisfa(fao em ver seu ttabalho admirado por todos no desfile da Escola. 0 lucre maior seria a titulo de campea na sua

La

FiJh

agremia!;:iio. Sequndo 0 depoimento de Armando Santos, a Portela foi a Escola que ditava normas durante muitos anos, isto em tennos de criatividade. Todas as demais ficavam esperando 0 seu ttabalho para no ano sequinte copiar a estilo da "Super-Campea", titulo ali.as que a Unica Escola que possui ate nos nOSSO$ mas. A Problematica da Evoluqao _ 0 tempo foi passando, a traballio >e valorizando. 0 custo de vida aumentando, a compe~ao qritando no contex· to das Escolas e 0 trabalho do barracao (conf~o de aleqorias) passou. a ~r remunerado. 0 arnor Escola e arte deu passaqem a habilidade prof~ . banal, ao interesse economica, fo~o cultural (escolaridade). Este ~ . !em dilvida. urn novo marco nas Escolas de Samba, que pede ser caractenzado como a luta pela sobrevi.vemcia au compe~o desenfreada. Os arristJ.s

e

a

a

a

31


.m uoca de arn o r pe l;t. EscoJ.a, 0 ~~ •. _ ,,\,lei" que de(atJ1 NU es!o"~OS diretamente.i cultura popular b''-'' __ u~es __ . bc ~ hernarD do pava. 0 QID r c(..lllO c:on<:orTt!!ntes ilCUS .... S p ....s

pop--.

das

~, de

. p -. .... ~pence VI~ . a~m cu~o

0 -

, -'

o:s:.

superior, apre:oentaTldo c: urn.

l!IIC"1lltoru, (:e1l6graios, nguriniStUbalhO dO$ homens lilPodos a cultu.ra popu. _ .f triLH'. Evidenu!nwnte 0 .t~ ._ . d o . p~ue n.;tO 5;10 ofere~da!i can _ " ... urn -1---'--"0 II! ndicu_nza . Jac [ ei sendo desv.. ~ . ~s das E:$colas c o m ralZes na Sua ...,--., rnioimas oJ .s:ses ilJ'tl$Us. po _ con-..n.Unos entender nem aceitar ....... - . samba. l stO nolO -.,ad .

~ ..... .."-i.,, "",-r-

eultura que II 0 --'_-' I.vam das Esco las t a a a trecada _ .anistaS escola~OIi . ' . mO!SlDO potque 0Ii d SNnbista na sua Escola (ntnustas, pasSl:sta!o;, ..,ao dOlI .nsaios. 0 tnbal.ho 0 'd o pelo s FJ<ut05 no balTacao, tirand o desta be;anas, eomposit~es) e C:OZ;:U:o rar as c:ondl,,6eS sociais e econ6mic:as d es maneira a ~ldAd·a pr6pria d~ £5colas de Samba. .~s a1~orias artistas naturalS liq3da; ular pr6prio do n0550 pave e adqwnnd o o utro ElStao perdlndo 0, cunbo ~p cultur~ brasil_ira, Esse e urn pro blema. que ~o que f~ a forma o. cia e ~ertam05 a todas as Entidades e Insti. ul I I!TilDtaIIl oc com ted.... ~e:men --boa no sentido de que a. nossa c tura seja , Oes liQadu 0\1 nao 010 --... , """ d ana/haria e aviltada por arustas que transrerem eservada e . oA"o espers " d 0$.. P ara comprovar os ratos ~ bJ'eti..OS .-aoais defuu ~ tend'naaE COlD 0 r, ' IldU _ .... os e bastaDte que se tome conh' ecunento d os balancetes atados e questiO , d _A ( I cbs Frain de Samba e doc conuat~:)S aSSJno1 os entre, e~p:~or e:sco a de samba) e empreqadO (utinaS pUsticos, cen6qrafos. fl.qUJ'llUStas). Caract.isticas e Aspectos .B.:isico:s do ~~,o -.0 ~ament o das E~ a, _ de Samba detrnnina que sejam DO mamm a tres 0 n~era ~e aleqanas itip ntatiYas do emoed:o para julgamento, seodo penrub.do a mcluSoio dl! QIII Abre-.A1as e carTOS desde que sejam cooduzidos por uma pessoa. E ...-idllDte que 0 regu.lame.nto estii seropre seodo Yiolentado nos desfiles, sem que as EIeolas sofrarn p~Oes (Asvria~lo da.s Escolas de Samba. e Riotur). Sio poucas as Escolas que 1leCJUelD. .i rUca 0 ReguJamento, De ana Jara ano 0 reguJameDto Ii alterado. e a. cada ano que passa as Escolas de .EUior poder aquisiti..o itIcluem em _u corpo de desf"lle urn nUrnero maior de a1egnri.aL Se 0 (ato 0.10 tOt: encarado COlQO um serio problema havera u.m tempo em que as E8:o!as d,esfiJanlo em canos aleg6ricos e 0 sambista -stant sendo rltima della desenvolrimento precon;zado por pessoas interes· Mv DO ~nto da noaa eultura. Nio queremos defender a &scola. do tipo que dedDava em 1935 ou equivaJente. mas preUtodemos questionar ~ , pseud~ . que a noao ftC e deltntidora em certos a.spectos e dirigida , para OUtrc:c mtere que _ identirram com llma cultuta imper· ~ e IJ!'j<6ta... As alegodas se conatituem num contexte homoqeneo que mt.egra a Ea::ola, em I}eral. embel.eza.ndo a seu contetido e dando vida ao tema ~e est<i seodo ~n ..oIvido, RfD e"c 0 ou e'-)8ro, sem permitir que ~ das car..:t:.er'Uti.cas de cultura propria.. • .~pmtwa. ea. e.cultura Silo aspectos basicot: que devem sec levados em , ,,,,,A ~--=- id~ ~o J"]IJ"Dftlto de uma ~ria. 0 trabalho artisti.co e criativo --Jer val..., rad 0 am que 'daixada cia • perceber os fundarnento5 de 0. cul"'~ "-se)il - - - .....GlIiOS grande ~ . .',. ' 05 ana; quando 0 .iuI a este Item poI'q ue nos ...tun

:Utura

$

, game-ate das alegoriaa. os jut'zes nao sa preocupam em

J2


Cil bines pa ra 'Ie , 0 trn.baIll.o allz.a<! . drSCi'r ."sua! que na mai~ das Ye;;es ~ ilu_"'--'f'e 0, llinit.lnd .... . . ..oclQ • • 'dad - - . 0 t l'IlediOl!'rizan .... a. a rna o-de -Obca cw " e prepar'!da pelo ' t." den alOri. dAs

suaS

A

r--d: ~ 0

Sftltido a.n ' fUca d

trad o

ernon, .

' . 0 aspecto basic o , a i~ d o a lll d _~. d - ' ....... . Of 0 Ci!.TI\;!,l'i.\ , . ..... u n o on;uaQ os carros ... ..",....ncos. Como"" m r-to) 0\1 prOJ'''' "" ER NA 00 SAM .....T t ltl'll'llplo Tl<lde " RIO CAPITAL ET BA", projt tQ de nialm;, ' 1'Il0'! char . • .. · (as ) artista q ue a Portela u tilizOl.l ce - ~ . V~l,Ie , ~~. tatI" r . pi ... •.. ceS$O po , .

'alma eriou urn m orro $UTI es Ii! pure, tomandC)-SIt li te fe" r vanoa MIX. OJ ;to lie apresentar em flenta a "Corniss:lio Jul gad ou " ~o e ioIlm ~o . mas omQ peralas de urna n or , IiUI'I)indo a c:idad.e rnaravilhtal mono abriu . .. ' .f 0 com seus edificios. Portanto a habO.icbde a c: ' . . osa do Rio de ,Janel i . , na.n.~ I. iIN, . e 0 seu vinculo art 5OCO can a cultun popular d...... • , guI..I.. ~o . ' ortAn ' t" _ _ . _ ~ . ~ :llet conJidend OffIO da malar unp CIa pua a """" ...... e pan 01 juradO'S.. NI . 0 C .........1m" u c ]jzam carramanchOes como em 19:50/35 0 .Il1\JIOn4 ~ id """"'. , • au rodilhu ~o atuaLmen te, 0 lmhinP"'calhtante e que prese~ md 05 tr&e;OI de nOSlil cul tuta , nJo "' ,em nem ae em com 0. que e 0 nosso PO'IO ' q", es"U9'do OJ av... oO$Si

\inquB ao nosso

formaqiO cultural de

&a.ng UR , ."" nossa ~nte, levanao em c~msiderao:;1O OJ cada. iIrtlsta . Urn povo sem rultura popular nolo t

poYO. •. • i . Torna-se neee s lno . que os JU zes se)alll sambistas e es\ej ~ prepatad05 .". 1'3 0 julgamento a fun d e que 0 ed'~o realjtad o pelas ESI;oW ,..- . ' alori2:.ad ' com seas ~os a,stronimllcos, se)a Y 0 e compensado. Os fatas como 01 q ..... "' /OraIn no camayal de .1976 nao yoltem a sa rtpe tir, quando f ei noto: a participaql!:O de Juizes lJ1copetentes, dHpreparaQ.os e at~ mevno desvin. culados cia cultura da . Escola de ~ba.. Detenninados juiu s ch.,~ a

donnir durante 0 desfile

~ sua:' ca~mes , menosprnando a impoQenc:ia. ~

moDor festa popular brasileua e'f'idenaando seu despreparo e caracteriz.ando o desprezo e a descansjde ~o que as Escolas estii:o sendo 'litimas.

ur ;.:,,'! u C CENmO DE :::EMO RIi' F LUM I ~j E NS E

BAIANAS

REG.

YZ£51?fQ1.

As baianas representam 0 que existe de tradic:ional em termos cia Escola de Sambi.. Com suas belas e requintadas 5iIias redadas, carrl!'9Jdas de novas e autigas a:naquas bern engomarias, com suas ~ de arame OIl material mail: modema , seus turbantes, tabuleiros ou ainda outro! tipos de enfeites sobre a cabeQa. Noons queridas e antiQas haianas m.arcam e embele:r.am todas .. F.aoolas com seu rodopiar espont3neo com uma coreoqrafia simples e pre.. pria - elas dao llnfase cultura das Escolas de Samba. A AIa das Baianas PCOIfiYa SIlaS caracteristieas, ~ sabemos par quanto tempo. Trata·se de um doe POUCOS _tares que RIo fOl ainda infutrado e desmOlonado pela pseudo"~o. Se bouft alqumas modifica¢es nas: haianas elas ocorrtram na ves~· OIlde a quaJidade d o pano {oi melhorada, porem nada que descarac;ten ·

a

"',ta

".. -

trad"*"o.

=:::::----·--l U::FIHOC

..

Qe:vro 0Ii /,\oIIo..om "t... ~.J~N.~

.-

I


icO uostbr r"

. .:--olaS de Samba, elas A perpetuaram d ....... ' - -. . .- sio de Sam ba . A. s biUanas vj.....,,As baI<Wl_...... d a ...... os .. 5Il! uaJ\"I:""'-:- ,'~ I" "canas) u t~vam vesnmentas rodadas co OJ ~..... 5 j(I~ ... n . - As . . rn ~ QSJCfe as negra caracteristicOSda re<paO. prunenaJ Eseolas de "ateS d ".' - "'"#ltCln Lu _____ .aralJ1 as ~....

rurl*ZteS pari! tender ~ocesr compositores. ritmistiiS. e baianas. Sequndo os

,, __ ... focaz1l fonnada po Tia Vicen tifla e Doralice, lara e Ounas a b" . d D""''' caetanO, . d ' d~dto5 e I as baianas, deJas dependia 0 cora e v~zes. por elas se de UlTliI Escola e;: sambas a serem can taodos, atraves das bruanas que faziiUIl ~u_

deftniad'1 CJ5 ~~can comidas tipicas pl'cparadas por elas. Paulo da Portela, ~ SOCJillS lWmoola da £SCOla, o uvia 0 cora cias pastoras (baianas) antes r.pa'~ p8la 1.... serem cantados nos desfiles. Na Portela. assim como -'-finir CJ5 sam ...... a • d bai cit "'" ttiIS £scoLu drics (QJam as bomens que salam e ana , nao s6 para

mas tambem porque ecam poucas as o~Oes de • ' 'w como homens que salam vesn'do s de balana na Portela OS destile Puuelll CJ _ ,, _ V " t ,fato natural na epoca): Claudionor, Ma ....cLl..Ho , entura, Manuel os segum ' d' &am es Bam Joao da Cente e outros tan tes samb lStas qUill nos Las dll h o je ~ COIlSide~dos a[eminados exibicionistas. Durante mwtO$ anos as baia. como enteryijam, n.;fo obedeciam as cores predominantes da Escola. 5om«Dte de alguns aDOS para ca elas obedeoem as cores da sua Agre~o, ~o livre! alguns enfeites e ade~os uti1izados em suas fantasias . Os figurinos er.mt desenhados pol" elas mesmas, quando havia dif'iculdades elas SEI m1niam Ill" procuta\'U1 melliorar sua vestimenta, uti1jzando sua criatividade. DutaDte aIgum tempo na Portela, Lino Manuel dos Reis desenhou alguns "9l1rioOf pan! detemdnadu baianas. Sequndo Tia Vicentina as baianas eram (atas de pano de saco • cetim. Os enfeites e cores ficavam a crlt~rio de carla um&. Como primeiras Mia nas da Portela podemos citar : Diva Caetano, Margarida, GaaJda, Hercilia, Doralice (Dora), Jacita, Ninita, Vicentina, Albertina Benwdina, lara e outras. ' till 011

fonaleoer-'seu

"'". .nte

COlI ....· '

=:L1m

Caractetfsticas Pt6prias e Aspectos 8jsjcos das Baianas 1.0 - Sua morimea_ • f ' d ' -.,..0 elta e rodOPIOS constantss au parc:elados, Respona~ Htimulo .e cia ~raJ5.a ensaiada pol' elas au pelo Direto r fi.i pr6pria das ba~' ~m vance tipos caracteristicOi de coreoqra· F'Ocla a Movime dOl quau podemOl citar : 0 zigue-zaqtJ.f1 constante pela La","';' da ElCoIa,ntat;:; em Col una por urn grupo COll'lp<lCto, Moviment3f6es 2.° _ As baianas~ udanf<U do Lado com. rodopios constante,; ~. beleza. e azem parte integrante • obrigat6ria daJ EllCOlas. De sua 3_0 _ As bajanas n&o~deP8.00e qualquor Eacola que se pre&e; do '~o detenvolvid,o, da ~o fixa. ~ndendo do interesse da Esc~la, .w tnriq''M''m a aprese habi ~ade dOl Duetores responsiveis pelo desfila, 0 4. _ A Ala dar Bai n~ com sua IIimpljcidade e beleza ' para os iW'ados o.....J ~aa bern Orvanjzad a • cuidada ref1et~ para 0 pavo • , ,.......eno e a habTrt ' I I ade dOl dirigentes de uma Escola; depe:odeM

J4

;!:la


5 ." - Atualmente a Ala das Baiarw; obed eca a urn.a llnUo . e es wo . rmid.ade de Cotes s Escoias de alto poder aquisitivo 00__ A . f"' ,.... .. SUalI fantasias COJlle~ a unpor !i8U~ I~O!>. Ja se pede notar com II! PO!" esta T.azo1o heqUencia as b __ '';'J'.;o.das frutO'S de [tgUnnlS~ que nem .... ~~' Sam ...,mpre eS"tao ,,_ iUan.as . das Escolas de 00, representando..... d ...... ados it. eu.J.tuI'i!. "" pO' d . ,.an II! pen90 pI .... rnudanc;a5 pod~m escarct<:'tanz,ar mats um setO(' n&i \lfJ\a vez qUe estas mo a "COffilssao de Frente", lanryado ini...:.'- Escohq de Samba. Assim CO. "'UUnante com 0 ob" a05 mais antlgos componentes sambista'l da Escola a " . ]etlVQ de dar ... ~ ..do e apresentando sua Agremia,."o A _possibilidade de derlilar an"-'~ . . ........ . u. r~o de (aU laS tirou dos an~9OS samblStas esta aleqria, colocando em SIe os evolucioni.r._ de cOCPC> bern Celta e que na sua maioria nao tern nada us lugares mulatas SaJllba. Vejam todos, como as baianas (senhora.!; idoS:S v:r ~ as E.~olas de corn amor ao samba e a sua Entidade, ofenx:em aos: famin ani as n~ EllC:ola), 0

0

i o n f" , '

bam prato. Nao seria de se admUar que surQisse nos A. t~s e$ttuidoreli urn . ,. PI u XlmOl; anOI m"'~'-" • com corpo b anIta e "--:---1J'<1IcUl<&:> em 'zadas mostrando as fo E -_ t· I"mas. liSe <::omnnrta menta nos parece ex .... em.anlen e pell.lJoso parque na:o te _. .I_ .. ~. ° d . m '><IUd a "fer corn a nossa cul tura e aque Ies turt stas esavisados que vern .10 Brasil. . . · · para <WSl$tu iI. u.ma Cesta papul ar em rnoldes naclonaJ.S perde seu interesse ° lh ' um.a vez que ern seu Pais veem COlSa seme ante.

DESTAQUE sao componentes ligados as Escolas de Samba pelo vinculo popular de sambista, pela tradic;ao au pelo arnor a Agremiacrao carnavalesca. Representam personagens do enredo desenvolrido. Geralmente esses elementos possuem uma condic;ao econ6nrica satisfat6ria que os possibilita a confea;ao de fantasias mais aprimoradas. Existem dais tipas de destaques: Os principais e os secundcirios. ambos li9ados as figuras representativas do tema. as destaques principais, dao geralmente urn sentido maim, rico e patente aos perwnaqens que representam, valorizando a fiqura fantasiada. Os destaques secund.irios, sio tamWm importantes figuras no desfile, peJas figuras que representam mas, sem a exig6ncia da riq ueza dos principais, sem ser pabres.

Hist6rico

Os destaques surgiram nas Escolas de Samba atraves de influ~n~ dos

Ranchos, que anterior as Escolas ja traziam em seu carpo de desfile ~ bam veltidas representando personagens que se identificavatn com as atualS d.eat:aques. ~ Ranchos desfilavam com uma cadencia len.ta, ~tavam marchas-rancbos e tamWm sam~ cadenciitdos. Os destaques ldentificam-se.hem . _1_ te pesadas eles fleam com os ranchos, porque carregando fantaSIaS ge,~..en . ' . desta. com seus movimentos presos a imponencia da vestunenta.. pruneu: e I 0 que a surgir nas Escolas de Samba foi Olegaria do Impeno Se~an Be .~ depeis apareceu Odila da Portela (sequndo 0 depo~e~to d:i~~~~~~ Nozinho • outros). Vilma Nascimen to (Porta-bandrura unba e? aquele que destaque Principal da Portela, declara que a bom destaque

?


0 valorizando SlI.a f;gura, • sa d

m n o en ... •

nundo bern MlU penoo >I' . e). ViJlNO e contra a premlS e destU. ~ua1isar (culto , personaJidad wo de frisar que deiCtaque tam sem ,. 11I ttap;tlha 0 desfile • r.u qu~ "I membras da E9Cola, e nolo que ~ d"'~ : mesa'" nD~' como' l ntll . 0 destaque quanb!m sam tlficOi' como ..m MInda uti ~o de SlU Es;ola , portan OS em calT : retlello&i mil: tstrUtuta ~ d'~staClue e urn membra atiwo e :: a : :o a Agffmialf'.fO ti ~ o~n'T~~: a partir de 1977 voltou a desfi·

':;w1:":'u.Urne

q

ente vibrante no desfile. ~. 1 II f'o/'W'"s..nd.,,3. como .

compOlI lou pttlil focte.lil

"rtude do afascanumto de Iren e.

em V1

. . do Quesito Canteter{stlC8S BAslC8S bem vestid D, corn bOrn gosta em sua I." _ Todo 0 dllstaQue de:~' ertM SE'ntando j altura 0 peBOOagem do . obedecendo a wnaoea e repre , aIltaSla, ,nredo; e dew estaI de acordo com 0 peso da 2 0 _ A mo\'imental<.Io do d.~~_ .. um F~"endo sua apresent~o de habi1idade ue C<lUa ."" sua faDtana e com .. nao rejudicar 0 desfill de sua Escola ; !eDte que mais importante d o que ele fcxma .alegre. sern S8 derneru pua 0 3. - Todo destaQue deve :r;mdarnental que represente bern 0 pel"Sonao .

"desuque" e a sua. Escola sen qem do .nmdo_

0

un

PASSISTAS Conceitu~io

5.10 aqu'Jes compmentH J.i9ad.os au l:]Jo a Escola de Samba e que transmitern 0 riuno do Samba atram da ginga do corpo e, principalmente, mosC"3IJl nos pes a mUsica do GOGO pot'o. 0 passista ~ aqueJe que "diz no ~", com toda habi1jd;uie que lbe e peculi.ar, com toda a liberdade de movimentos, seus moI.ejos identificam·se p!enamente com 0 ritIDe do samba. 0 bam passista sente em seu corpo aOK idw.ie de transmitir 0 ritroo. Nao existe a coreCXj'rafi.l rnarcada pan 0 born passirta. Tudo t insp~o, e ~o, nada e estudado, a in~ predomina. Se 0 panista rola no c:hfo, rira canlbalhota, planta bananeira, nio e wn passirta e lim. um malabarista circense. 0 pa....qP;ta nato, resta apenas a cada urn saber doutrinar .u corpo e ident:ifica-Io com 0 ritIna, mosttando com wnsibiti.bde e coorde","t?o os movimentos. Ha passistas que dant;-am com a ~o do sumo, outros do pandeiro, outros do ataba· que, depende de rua fc:nnaq1o. N.i!io 6 todo samba que leva 0 passista a m<Xtr.lr todo 0 valor cia sua ginga. Hi noes klade de que 0 citmo csteja coonieudo e que seu corpo rinta moti'faq1o para transmitir os movimentos. Todo born pamsta ealtamente lensivei ao ritIna.

e


eontribuh;Oe!i e Influen(;:ias N.:t hist6ria dOl POl"tela, segundo d 0P'OUne Ant o nio Rufino, Ernani Alvaren<jil Lino ~o de An tonio Ca.1.V!. passisu.., dOl E scola f o ram : Cla udi~n ot Man: :1, Tijolo e o.. tlot. o da Silva, ....ojeta ...a com 9rande sel"l Eibilidad. o~ ........~e 0 d o s S<lntQl r.. ~dOl ..9I'al'ld'" r" r lm' .... ...-...... e as ui ..... ~_ d ' Of, q ... mesmo.:t azar lta(;:"'"= como iI~ de Carlit~ "~_ 0 Siunb,), ch and mantOS , todos lembram 0 :.eu n o m e como , le i Chaplin " e n .....OCj ? o m .uo r ~ v o rn OV!, pes na Po nela , t.I de 10001 os Pod"m as char ainda Emani Alvaren.. Ma I lern, lbe L ' nO(!' AlV~ 1 C 'lena, ..... lL ¢ve" A rt o onate, N OZlllho, Nelson' Amo nuel Can_ O " T " " I ( run, todos _ ~: " !!poca . s recen,es ; lJO 0 que deu 1e tid "',,:,,1 01.1 l'I'\ ~nos da passisra ), Pele (Nega Peh~), Ce1sinho . CacUda ~ 'v 0 nos de:;fi.les a fiqura do Mauridnh~, Paulinho, ,Maria Lata D'qua , Sibil, ~~r:arnbol~ (Paulo CUM), nho , Jo.1iozmho, Gerbnuno e outrO$ , • Marlel'le, Irel'le. Jorql.

m.u,

As pectos BAsicos do Passista Nos dias a tuais 0 passista ainda representa uma fi""r. d. - 0 "'0 " " ,,~ ..... r ItIIP Ortan _ cia nos d esfiles,das Escolas d~ Samba , como preservar;,jio de sua autel'lticidade, S§o !"itas restn~Oes aos pasSlStas que usam coreoqrafia rn.1rcada, r.tardanl1o 0 desflle e tirando a naturalidade do, movimentos, dewinculando-w l1e iUas caracteTistic.u natas, para o!ercer eOndi90e-i aquele, que nao t~m.liqat;OI!$ com a sensibilidade d o passista verdadeiro, 0, 'iJrandes passistas desfila,m seU! movjmentos palos palc os da Esccl.a & peLu quadras de ensaio, atr~do as at('nt;Oes do publico e sacudindo 0$ mais indiferentes espectadores. ~ passistas vao existir sempre, porque 0 samba nuceu com eles II tern caractU!sticas pr6prias de Esco la de Samba,

Depoime ntos "0 born passista It aquele que sente a necessidade de mOSlIar ,~ ritmo alTaYes da ginga do corpo II do molejo cadenciado de ~ p:..~.. : . . rnare ...... _.. a que sequn do alguru fOI UltTt Candeia FiJho - A coreografla ' .... UZ1..... " - • - n.a Portela antenorme n pelo Salgueiro, atraves de Mercedes "' ~Ilsta, ~uda I vimentos prO. em sua antiga "Ala des Impossiveil", que motlya pe 0$ mo adapt.Jl;,jo e prios do cu1to afro-brasileiTo (candomble), resotveu ~a;er ,Ulnad d. com 0 5aJTlmas com alen n a marcar 0$ passes em fonna de coreografila, _ . nlos li~""'os ilO 'trcxluZlu movuoe 't"" ' ba_ A diferen~a e que Mercedes 8 atlsta 10 od " mO'~"'ento$liqados "b " M .. intr uzuam ..... alJet" ao passe que "Candeta. e <luro, as "RodasdeSamba",quanao Afro-Brasileir o, baseadO$ tambem nas chamad no outre", do 0 batuqueiro fingia dar o u amea~aya passa.r a perna Tijolo -

"-

"


HARMONIA

Conceitua~o t

0

odos as elemen tos que comexistente e~ perfelto en trosamento Escola de Sam . Etnes componentes podem sec o

desfiJe em uma

",pOen_1 urn o' baianas)) identificados com inclusive das . ' d dedile de E:scolas ; - As Alas (t sC'Ac mpanhando 0 nnno e d taques devem acompa21.0 . <> - Os Destaques . (da 0mesma maneira que as es

~

=-

A1eqo~

3 ," - As nhar 00 ritmo sem 4. Mestre

claros);

.

.

e segundo) mostrando

e porta-Bandeira (pnmeuo 'tmica sem permitir que de demonstra9'.fo r1 <lutentieidade e dando: gran d wto da hanna'bi~o atrase 0 de e, estra dela depen em , sua5.<> ext- Batena . Co ritmo daEEscola, orqu d do enCase a seu samba e a 01 alimen ta-se an . porque e do som que a sc a

~a~ de seus componentes) ; oI ente seus componentes dev~m ~ostar 6 Samba-Enredo, deve sec env v r~nte a ferv de sua mUSlcalidade.

a ';'0 que cantam mortrando a~ p~vo P ba-enredo com sua naturaq 'sticas propnas de urn sam . se Dew atender as caracten . ennitindo, desta maneIra, que os padrOes que 0 cnaraxn, p . f lidade sem em • da

<> -

fa~ uma melbor distinyao entre ~J~

tivar constantemente os compo . 7." - Os Diretores de Harmorua. evf!mm m: Devem fonnar uma equipe de Dentes escola a cantar a evolwr,..S; ".. esda est:abeleoendo um eplano de ayooo, =tribuindO as tarefas e as responsablidades por tcx:la a extensao da Escola.

Histbrico Anteriormente ja existiam. os Diretores de Harmonia que eram aq~eles campos:itores de voz potente como roi 0 caso de Paulo da Portela, Neides, "Malandro Hist6rico" Jo.fe da Gente e outros. Naquela ocamo as Escolas demJavaIll (1929 - 1950) circundadas pOl" con:ias qu~ ecam condu.zi~s par canponentes e admiradores, facilitando 0 desf"Ue reahzado com urn numero redwido de participantes. o Diretor de Harmonia (no initio d.as Escolas, isto ~, por volta de 1927 _ 1935), detennin.ava 0 inicio do samba. Paulo da Portela foi 0 primeiro Diretor de Hannonia eu Conjunto ou ainda 1. 0 Mestre de Canto, como queiram. 0 que OCOtria era 0 saguinte: wn dOl elementos Jigados a D~o de Hannonia puxawa 0 samba e os CUtros respondiam tambthn cantando. Segundo os depoimentes de Caetano, Rue-mo, AJvaiade, Alcides e outrolJ. Paulo POrtela loi r.to ban Dieeter de Harmonia que forrnou urn coro de vozes Escela (Pastoraa), a fim de que melbor pudesse avaliar 0 samba a ser defendido pela Escola. Desta, achava Paulo, que 0 melbor samba seria aquele qu.e ao coco das . panoras e lamWm de SUa melhor aceitacrao. Os PI"lIlClpaiJ dif'etores de Harmonia da Portela Coram: Paulo da Portela _ Alei-

~

~ a~~ane

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des, Alvaiade, Joao da Gente. Jaburu Waldir 59 Paul" . outros. Parte femini na-. "N~-h" R' .. • mho (lraJa). Jesus, entre ~ ~... a e OScUla .

Aspectos Blisicos da Harmonia A Escola de Samba para a ...... - d--il e h arrnomoso . . de .... esentar .............., preasa espatfo, para que ~s componentes pa ssaro evoluir dando continuidade a apresenta~ o. PrecJ.S3 de urn Iider chefiando a .... u.ioo d, ha . U I "d "ba [ . - ... rmORla. m 1 eT que 5aJ per ettarnente mostTar a s m~lhores pet;as de se:u conjune to no m o mento cia apresent.1lJ~o.aos j\lrado~. E preciso que a harmortia. saiba dosar sua atu31:fao de forma obJe~va. no sentido que sua aqremiac;ao passe pela J:Essarela de desfile sem que $e}a necessaria correr, sambando em seu enile normal. Com relac;~ ao tempo de desf"lle, consider-amos urn absu rdo que seja 0 ~esm o para todas as E:sro las e urn absurdo maior estabelecer p ontos a ena Item que_ ~o ~e~ nada a veT com 0 samba. A nosso ver e necessario que a Escola de contmwdade a sua apresen~ao e nao fique presa ao rel6qio como preconiza 0 regulamen to. A harmonia M O deve permitic a exibiqtIo exagerada de determinados com. ponentes prejudicando 0 desfi.le. A harmonia estii intimamente ligada a o rit. mo, isto e, a inteqraIJao que deve existir entre a bateria e 0 canto de seus componentes. 6 bvio que as Escolas mais nwnerosas levam grande dervantagem em relalJao as Escolas menores, isto e, porque ainda ni1:o roi encontrada a maneira ideal que possibilite a todos os co mpo nentes de uma Aqremia(fao cantar sem atra v9Ssar 0 samba, au seja, tada a Escola cantar iqualme.nte a melodia e nilo desencontradamente como cecere nos Was atuais. Os puxadores de samba, au seja "crooner" das Escolas como sao chamados, sao aqueles individuos encarregados de cantar os sambas nao 50 nos desfiles, mas tambem nos ensaios. Geralmente cada Escola tern em seu corpe, entre tres a seis "crooners". Eles sao tambem, responsaveis pela Harmonia cia Escolao Caso 0 primeiro "Crooner" nao esteja presente, apresenta-se 0 segundo e assim sucessivamente. Se 0 Pwcador cantar 0 samba fora da sua tona1 jdade, a tend@ncia , POT melhor que seja 0 samba, e atravessa.r 0 ritmo impossibilitando ao conjunto de vozes formar urn qrupo harmo nioso. Houve ocasi.io em que 0 born "crooner" Pu.x:ador de samba era obriqado a saber as sambas de sellS colegas compositor", como exemplo podem05 citar A1cides "hist6rico" Oias Lopes, urn dos maiores puxadoI'8s de samba da Portela, conhecia a obra musical de quase tad05 os C'oleqas de sua epoca, dono de uma potente VO%, cantava na cx:asiio em que ~ haviam rltCUl'SOS de scm. Harmonia de wna Escola e todo urn contexto, tada a movi.mentaqa o, todo urn trabalho de equipe, todo 0 estimulo e esfonro despendido pot wna Escola de Samba. 0 desfiJe de wna Escola nio deve cansar 0 espectado r. Owe set envolvente. mostrando 0 maximo de alegria e de praz:er. 0 Diretor de Harmonia Ii 0 principal responSiivel pelo desitle da Escola. Ele tern como condi"i1:O precipua a lideran<;a nata, exercendo sabre os componentes om dominio espon tineo que o caracteriza como lider. neve respeitar a todos, sem fazer alarde de sua autoridade e nem prccurando exibi.r¡se. 0 bom Jfdet de Harmonia. sorri para

t

JQ


aleqria. esfuNnte os compo_ ando pass am . estimul.... .com portanCla ~ . dos componentes de sua. E suas p;lStoras qu quo possiyel, oil un 'bolo 0 amor lit xaltol sempn! como s m '-_ " ... neatlts. ' 0 humilde que tem urrando-os, agitando seu ......s ..... o, £SCOla, dd. - traUt· os 0 escravos, Paulo da ......... . emp :irritanta' lit -"-smissiveL ........ Nunea eTe te com ne1'¥OS1$lho . sua Escola teve em todes apitando lider d. hannawa que odos com a ma ior distin _ Portela roi era espon.tinea. sempre suas 01 tempos. f alarcle cia sua pos:t¢o na rnpurra-Jos e u trata- Ios com 910, nun: componeflteS e nunO<l de Harmo nia deve estar pastor: que obti".ae Todo a:Io de suas Alas, Mestre-Sala lit r;,o a preprnh' 0 tema presente a .....~ : faze-odo d . o.V8 co ece .. d E l que Pona-Bandeira, passutas It emau. wna id.eia geral dos figunnos a $Co a , a. E Deve tern t o n deofille conS-Ianternente, su, scola iri apTe$lentar.·· ........ s . Prornover," ) F de distin~ seu J)OQClOD . - d ' (1 0 2 .0 e m.uuu . m _ e Porta-Ban eua .• dazer -il COm 0 •u.inamentos de Mes ... ~ ... __ be Oh'1'.:onizacias para 0 e,.. e. tenham Unlu;u; e m -..-f que as baianas se man . ulado. promovendo desta o rma, a 9nJJ)O m.irim Oil infantil deft ser elum posIivel ensaiar 0 canto e a evolude VaJoteS. Deve, Como exemplo pode930, atar 0 compoa 0\1. em emuw;. moe tameDto da or tela em 1975 e ]976, quando Ievavii a

abn~;lo.

o~1

ince$U~t~";rtante

~:~~an~

~ ~ruai05

T~~a~ ~OlTia

P1'eci~::tor suce~. reaJ~ ,perfei~ente

~ra

~_._

RenQ~O sepu.~nc.

~IP%e d~ecompon~tes.

Eseola a rna. ensaiando em Madurejra e Osvaldo Cruz.

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA Aarigamfl)te (1928 • 1930), existiu nas Escolas de Samba a "Guarda de Hoara", que cons:iderayam., as pc"no;u da eJX)C2 Porta-SandeHa sem 0 MestreSala. 0 eottJ.portamento era iden!ico a WJla Guarda de Honra militar. 0 pri. meiro e 1lDico POtta· Bandeira da Ponela foi UbaJdo, que desfilava garboso na epoca 0 estandarte da Portela. Foi atrav6s dos Ranchos que NI'9iram as figtlra.J de Mestr&-SaIa e Porta·Bandeira. As EscoJas de samba a cria9io do mestre HiUrio JOVino que introdll.%:iu nos Ranchos •apto'eitaQm figw-a. rrllmdonadu.

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Matre-Sara E a rlgUra

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lUil)estosa E.tcola. Deve ter a pose e a imponl!nI~~ .....e Ft.;."".... 'Odos 00 Iado" ool"ando e mostrando (OO~:;':::: ": ';:""".,., Ofe_"".,.., ""P," qQe POS,{vel, ao ritual do beljo eI""Pllte) ~ egra=)ha~t!=-8ala deve .... ~ grand. pamsta, (altivo e .

.

9'Ulga do corpo, rnOstrando a ~ ;::ba. ~Us traj_,DOlsejap4sl.;i •qu.a.lna for 0 terna da £SCola, cleve ser p~ 0 impODel'ldal Da Agremia~lo. £I. '. cam duvida.

natllJ'alidade d yalOf'i&l({o 40

-..WOSa

Ft" que


urn dOl> responwveis .pelo desfile. Dele depende grande parte do ruceuo da J?cola .. De sua .aleqt"la,. de sua corte:ria, de 5I!US pas.sos II volleios. de sua S:1I:~p~ua . e mole JO. Enhm. 0 Ml'lstre-sala ainda 51! constitui num dos pontOS pnnClpills de urn desfile de Escola de Samba. AI: evolu<;04!s do Me!tre·Sala dev~1T\ obedecer ao~ mesmos criterios d os pasrutas, ou 5eja , mQSuar nos pes 11. hab' h~de do sambina, cil racte rizilndo 0 ritmo, a apresenlac;1Iio de 5Uil Pona· Ba.ndeara, que ele transporta com tod o 0 carinho. Dar saitos, virar cambalho· taS, plantar_bananeira nloe atitude de urn born Mestre·Sala, s.eus moviment~ ~o espontaneos e nilturais e se identificam plenamente com 0 ritmo do sa~ba. Su~ C]inlJOl. seu. malejo, seu samba no pe. valorizam 0 quesito. Sua autude md}Cstos.a II cenmo niosa nao pennite que use movimentOS acrob;iltcOS qu~ eh~mem aten'V!o samente para ele (Meslre-Sala) , quando 41 importanci~ m,nO( e a da apresentac;;lo em conjunto e ill humildade e a delic:adeza dos gestos ritmados e bern com passados. Porta-Bandeira A Porta-Bandeira de uma Escola d eve preenc:her os Sl!9uintes quesi.tos : leveu , majestade (pose de Rainha). irradiat simpatia, alegria de gesto s e movi· mentos. Sua danc;a deve mostrar uma behssima movimentacao ritmada, levando com diqnidade sua bandeira. Deve desempenhar qarbo samente 0 seu pape\ de Rainha da Escoia, volteando para ca e para la. avanl1il e recua , sempre sequindo os passos do Mestre-Sa1a. Sorrindo sempre obsequiosa e gentil. A Porta-bandeira e uma especie de simbolo da Escola. todas as atenc;6es estao voltadas para 0 seu comportamento. Aspectos B,isicos d o Quesito ~ Ambos os cargos Mestre-Sala e Porta-Ban· delra ~ tern prazo fixo. 0 per iodo de sua apresent~ao na Esco'a depende cia gr~a e aceitaif40 de ambos n o seu meio. Exige·se sempre, de ambos, urn perfeito entrosamento e para tanto e necessario que ensaiem constantemente afim de que sua exibi<;-lo tome·se uma alegre demonstra~a:O de ritmo, majesta· de e leveza de movimentos. A danc;a que ambos exibem , 0 ritmO do samba nos pes e os volteios cadenciados e ritmad o s, a aleqria des movimentos e a simpatia do casal na apresenta<;,fo de sua bandeira, sao aspectOS que consideramOl basicos para a boa. demonstrac;aO d o quesito. Mestre.5ala e Porta-BandeiTa da Pottela - Oepois de Ubaldo, considerado o pri~iro Porta.Bandeira da Escola, podemos citar como Mestre-Sala, na ordem de antiguidade : Claudionor Marcelino dos Santos (fundador e primeiro passista da Portela, roi tarnbem qrande versador, dono de p o tente voz) : Ma· nuel Gonyalves Bam Bam Bam (tam bem rundador e famoso jo ngueiro da epoca); Manuel Guerra, loio, Adaozinho, An da Liteira. Benicio, ZequLnha, Mauricio, Bagda_ Todos o s elementos citados foram 1.0 Mesue-Sala da Por·

tolA.

Como Porta-BMdeira podemos char, na epoca em que atuaram, peta or· dem : Braulina (Prim8ira porta-Bandeira), Dodo, Edna, Iva ne, Ivo nilda, Vilma (doze anos campe4), Mazinha, Irene. Todas sa apresentaram como primeira

. \


la " E agora. lute aJ'lO. POI1a_Bandeira da E sco .

o utra ve% Vilma NascUncnto foi

am""-

BATERIA torna-se necessaria dizer algo a t eria ~,.,. se faJar em b a , . _. . d I - -a1 P Aparecimento ~ ... ~. entos tt como a coisa fOI ev.... wn 0, nlel -

respeito do surgimento dos UlSu:um d~" Escolas de Samba e d o s Ranchos, Iv.~"c a onqem ' J o ngo ) QU illIl - d a d0 mente as peJSOil.$ ~ f . (Caxambu, Lundu, participavam ~e ,reum6es estertaS pacte ativa e intensarnente. Instrumentos culto afro-brasiletro, onde :mav~boretes agoqo, tamborim. pandeiro , tritais como: Ata~ques, ~~:'e no titual. relaqao ao candomble, cnde ha 'lan1 nas es.."'--'0 que a",.., _ 'i.... h ado popularmentll de ponto d II macum ba , 0 bed e·

tam,

Com

c:antadc:s pontos, c a.:n";";n~o dos ....,. ..........pantes 0 malejo necessaria para eendo ao ntmo quente --,,y- --- • _ ___ "_1 0 brincadeiIas de samba, realizadas em casa do sr. Napoleao. acocn~ ...... o. as _. _ ._ SilO

, , "'v le113, ...,.,.na

Nem!m Dona Esther e outrO$, partlClpaVaIIl ge"I..u..uante pes, 1inh 0 Uti! seas ligadas ao cuJto afro.b rasiteiro com suas di~ersa.s as e naq es. . lZa · YalD. nessas brim:adeiras divenos instrumentos : Vlo lio, atabaques, cavaqwnho, Qrnborim, tamboretes, pandeiro, C'\u'ca, etc. Esses instrumentos fonnavam 0 S r.

ritmo para Caxambu, Lundu, Jonqo e Samba. Esses instrumentas compOem , ate 05 nossos mas, 0 famose "Reqional", logicamente tirando alguns dos inrtrumentos ciudos. A Portela sempre teve 0 seu "Reqional" , conjunta musical que se apresentava em circos e festas. Participavam do grupo, naquela epoca, Antonio Caetano, Paulo da Portela, Sargento Mendonya, en tre demais_ Para as apresen~0e5 nas " batalhas" e desfiles, 0 Conjunto de Osvaldo Cruz utilizava 0 seu qrupo de musicos. Dais au tres c:omponentes faziam as vozes piDcipais (qrupo versando) e por esta razio eraIn considerados Direto r&s de Harmonia ou " Conjunto". Podemos citar como "Mestres de Canto" ou Diretares de Harmonia,. na epoca : Paulo da Portela J~o da Gente Alcides VenM~~ " • ~ v e, que eram 05 elementos que cantavam e v&rsavam (geralmente de ' as pastoras e os del1\alS . componentes repe. unproviso) . 0 G rupe, au 5e)a, bam 0 refrjo.

Diretor de Bateria o canjo e a denomin~o " D' d _ Caetano, com. iii flAalidad..d . U"~tor e Batena" roi criado par Antonio Gente, dono de UlIla te e lnchur urn . amigo e grande versador. JoSo da ria" _ aquele que ~te voz. Na rea!idad. 0 primeiro "Diretor de Bate· ~ uma CODotaq.io de Bat U ~~ de ritmistas da melhor qualidade - e distribuindo 01 instrwne end leola Portela, com todo 0 vigor do tennO : batida :l~ grupo, fuando testes com os ritmistas, ~tos, 0 "Betinho" S.u ',. ETigindo ot erros de ritmo foi Adalberto dos . m ntoeomoorgaru:z:a . d or e cnador fOl- t.i:o gran d e

1ll0lttando a 4,

corr::aos

rupo .


que .a BA~~RIA. da"Portela, dana de u rn estilo ineomparavel, recebeu 0 apehdo de T~baJara , em virtude de ser considerada e comparada a uma das Orquestras man (am o sa da epoca a 'i'abajara de Severino Araujo". A BATE, RIA ,da P o rtela desta~a..,~ ,s~ par sua batida firme e compassada, qualquer sambls.ta da epoca sabia distmguir aquela bateria das demais, ao longe quando se OUVla 0 rurar ~os tam bares, ouvia'se duer "a! vern a Tabajara da Portela", o sequndo Dileto r de Bateria foi Otacllio Carvalho da Silva "Ximbute", que ,~judava e, J?3.rti~ipava com "Betinho" d a o l'1}aniza~.l1o, Seqund o "Xim . bU,ta , ele .COfTIcpa os mstrumentas altos (de sa m mais estridente) e Betinho os baixos e Vlce·versa de acorda c o m as necessidades, Paravam quando sentiam a batida errada eo corriqiam mostrando a batida certa , "Ximbute" foi cometeito d o Exercito eo trouxe alguns de seus conhecimentos de Banda para a Escola, AIem de Betinho e Ximbute tivemos na bateria Oscar Biqode (que introduziu vanos instrumentos na bateria) , Nozinho, A ndre ( BaH'ria de Padre Miguel) Vadico, Quincas, Valdomiro, Bombeiro, Cinco , tod os fOfam Direto res de Ba: teria da Portela.

Primejros Instnunentos

Os pnmeitos instrumentos que apareceram na antiga "Quem N os Faz e 0 Capricho", foram introdu zido s pelo Sargento Mendon1fa que tOfT\.;ilva parte n o Conj"n lo Musical da P octeLa. Trouxe esses instrumentos d o Quartel onde servia, senda utiliZad05 pela Escola n os ensai05 e apresenta1foes, Com as dificuldades pecu1iares da ocasiiio, os instrumento s fexam devolvidos ao Quartel e a Escola sa viu a briqad a a construir os seus pr6prios instrumentos. 0 trabalho n o barrac!o n!o 50 limi tava a penas as alegorlas, passou a confeccionar instrumentos para a BATERIA, onde Lino, Manuel des Reis, Candinho, Eu:uibio e outros fabricavam surdos, caixas, a d u· fos, pandeiros, vaquetas, tamborins, SE!9Undo os depoimen tos de Lino e "Ximbute", esses inrtnlment05 e.am quadriculados e feito5 de madeira, sendo os surdos em caixas de barril, cuicas de barril, pandeiros a tamborins com compensado (madeira). Eram encorados com taxas (taxinhas) ao seu red. or e 0 couro era aquecido antes de ser utilizado (batida). Declara Ximbute e Oscar Biqode que todos levavam a seu papel " de jo rnal" dobrado no bolso e antes do desfile, ao sinal de pI'1!lparar a bateria, acendia·se uma fogueira, ou carla urn acendia 0 seu jornal, a fim de esticar 0 couro de seu instrumen to. Esta era a prepar~.lIia para 0 desfile que se caracterizava pelo aquecimenta dos insU'u· ment05, Existiam, tambem, prates de lou~a que faziam 0 ritIn a rasqado, onde se utilizava a faca para bater, formando um som semelhante ao do n~co, ~co. Organjzat;Jo InJcial • Principais Ritmistas - Foi Adalberto des Santo s, "Betinbo". quem distribuiu seus componentes, inicialmente , cia sequinte rna· neira : na primeira fila (cuicas). na seqund.a (tambo rins), na terceira (recereco), na quarta (chocalhos), na quinta (pandeiro). na sexta. (sumo repinique : tamanho mMio e batida "piela), na SCiltima (tarol, tamanho pequeno e batida rapida). na oitava (surdo marcat;!o, tamanho maior, batida lenta e compas· sada), Os Cl9oq& e reco-NCOs (oram introduzidos por Oscar Bigode que criou agoq65 de trfs, quatro e ate cinco bocas. Mail tarde vieram as friqideiras. liras e houve ate tentativas de inuoo.uzir vioWtOl (dt!!poimento de Oscar Biqode), A primeira ElC'oI..a a incluir 0 "bum· 43


do oS principais riunista s da . 8ntOS presta:; . ' Sul M .' S ndc os depo1fTl ) VadieQ, InaCIO, a, oacyr 00", foi Esta~O. ' ~m (1." surdo da POft~~h~ Ximbute, Betinho. R a meu, portela ror&ID .~~ "Biqode ", Dada, NoZ! B {iID Ma"<,al entre outros. (Boca I..,uqa ), ,car 6 Nilton da Piedade, o n , • J ' Jia JilirPor . AntuSO. U , . da Balefia : a r re nle de seus " ) 0 Dlfetor . "' ~ . ·cos da BautrJa - a 1 "'enar a entrada dos \nsuumen · AspectOS ~) cabe a e eO . b " 0 prapria Maes trO, reitos auaves de ap Hos a u ascomanda d as, e e podem ser . b) C ad d sinab estudados QU u interrornper a ntmO; a tOS, usaD a ; ... " tambem quando deve parar °d' compOnentes rittnistas que a toes Determ..a nlimera d" '. de £SCola de Samba teID . rincipalmente depende a quanti· Baleoa .' social petm1te e , p , To" b t . d sua estrUturaecono IDlcae . ores de sua Agremia-:;:,io ; c) a a a ena eve dade de Associados,~u a~lI'a~e filaS de insuumel'ltOS que pode.r~ sec alterad a '--.lecer iii wn criteno baSlCO . tresses que se idc nufl cam com as O~ <Ii ·bui...!ro e a05 In e iii" com rela~o a ~ua . sm .....ola. Assim , cada Escola dev.era ut zar. em ~ ua cancteristiCilS ntnucas da Esc oderaO ate Sequ lT a ordem sugenda ~teria. os seguintes instrumentOS , que p por nOs:

Primeira fileira Sequnda fileira Tercf'ira t1.ieica Quartiil fileira Quinta fileira Sexta fileira 5etima rtleira Oitan t:ileira Nona fileira Decima fileira

_ cuicas _ tamborins _ reco-r&CO

_ _ _ _ _ _

chocalhos pandeiros agogbs surdes de repeniq ue tar6is caixas de guerra suedos de marcac;:.lo

inversOes inc1u idas e as repetirrOes de instrumentos sAo viilidas e dependem de quem organiza 0 estilo da hateria. Elas devcm o bedecer as carac teristicas da Escola , levando-se em conta 0 seu ritmo e seu estilo ; d) Os excessOS de exibi~ de Ulna bateria pr-ejudica 0 desflle de uma Escola . As paradas excessivas e a movimentalf!O coreogrMic:a prejudicam a harmonia do conjunto. possibilit.ltldo aos componentH que atraves:sern 0 samba. It bern verdade que il mO'limentat;!o , bonita e a eXlbi""o ilITanca aplausos d o publico, mas po.r .outro lado , 0 acompanhamento mel6dico fica prejudi cado e a Escola $uJe1t~ a urn to~ fracasso. Preferimos ncar com a posi~ao de que uma bOa batera deve SoegUIl' com 5erledadlt, sem !lorelOi e e:xibi~Oes , tocar em funrr;iO do ~ba , lado .iiI lado com il melodia; tI) Dependendo do samba-enredo, iii buena paden, Junto com 0 compositor ou compositortls do samba, obedeC*ndo as caracterfsticas da Escota, incluir, au n.lo paradas na melodia. desde que a (ato poaibilite a melhcx andamento tI a metbor cadincia para 0 desfile. ~ enttosanutnto bateria/s~ba-enredO e altamente necessario. Percebe·s e , rneJ.~ent.e. quando a batena 1140 conseguiu um bom relacionamento com a ; e) a born Diretor de Bateria aplica, constantemente. testes em seu s A.$


comandad os ritmistas, ; "'~') '" . p o ssibilitando a ele (D ... ....... , ao pI 6 pne ntrnlSta e a Escola em geral, mill.or Seguranqa , pais, desta maneica, mantem em fa nna e semple e~ boas condl'Y6es as elementos participante$" d.a mesma. DepoUTlen[O~ para 0 Museu Portelense - Natal, em determinada ocasia fez uma tentanva na Esc:ola ; dividiu a bateria em d . 0 , . d uas panes, 1$tO porque 0 numefO eNc omponentes aumentava assustadoramen, e . A . ••• pesar d e em d se u e· pOlmento a ........ achar que deu cena 0 que neM E Ia T . . . . ' wna IiCC un 'za este crlter:- 0 e a a prop~a ~RT.EL.A. conforme dcpoimento do seu ruho Osmar (Mazlnho), a expenenCla .COl C'onsiderada desasU"osa, nao havendo possibilida. de de entrosamento. N ozinho - A Portela foi a primeira Escola de Samba que aprese~tou Ml!LHER em sua hllteria. A saudosa Daqmar, tcx:ava surdo e par scr mwto bomta ~aus.ava grande ciUme ao N ozinho, e para que ela ficasse a a seu lado no desfde ach o u melber que ela aprendes!ie a toear surtio send considerada uma grande ritmista. ' 0

f.,o,'

COMPOSITORES

C~:mceitudfao - Sao os responsav8is pela parte musical da Escola de Sam·

ba . E de sua rnusicalidade que vive a Aqremial;io. Com ralzes autenticamente populaces, esses eompositores criam as imaqens poeticas llgad.u a o seu dia·a· elia, levados apenas pela intui~o e pelo nono enyolvente do samba . Seus conhecimentos sao, na maioria das vezes limitados em tennos musicals e de sua escolaridade, a que nio invalida mas composi~Oes, como j.:i esta mais d o que prevado. Suas obms musicals 1&0 levadas ao publico na quadra de ensaio da Escola. sao ensaiadas praticamente no momento da apresenta~o. Case a melcxiia seja bern aceita. palo publico (componentes), 0 compositor volta a cantar e e desta aceita(jiiO que depcnde 0 trabalho do compositor. Identificayao - 0 compositor c o meya mOS'Uando seus sambas aos amiqos, colegas compositores e concursos rulindos na Escola. 0 fato serve para que a mUsiCii seja testemunhada, ou melhor, que seu ttabalho seja reconhecido. A rili.a¢o a Escola d. Samba ta.mbem identifiea 0 compositor .10 gropo social a que pertence. De sua musicalidade, de seu poder criativo e imaginati· vo, nasceu a Escola de Samba. Os primeiros dirigentes da Escola foram com· positores. A Portela sur¢u entre as varias reuniOes de samba (roda de samba) que faziam Antonio Caetano, Paulo, Rufino, Heitor d o s Prazeres, Jose da Costa, Claudionor, Alcides e outros. Primeiros Passes - Em periodc anterior itO Samba existiam as dan~ e <n ritmos chamados de : Jonqo, Caxambu, Lundu e Conqo. Esses cpos de musica ja foram comentados em capitulo anterior. Queremos esclacecer que os compositores poderiam musicar e coleca! versos baseados DO r i tmo e no estilo da opeca. Como exemplo de Cal[afTIbu, pcdemos char Ernani Alva· ren9ol- em "Salve a Liberdade".


SALVE A UBEADADE R.ecorda neqt"O velho tantO teMPO que pa:i'SOU • ninqu.em iell'lbrou de vQCi, 106 eu Negro Velho na fszen da do ru. lavoura trabalhan quand o C'hB93 wn cativo ando meu senhor t.i lhe C'haPl iii vai n..., ..:rvetho dan, dan do re, 6

o casti.;o do negro era triste

era de doer 0 cora~;!io (cor~ao) eDquantO .;ernia no trOPco os ouUOC de joelho no chic (sobre 0 ch~o) implorava 0 seu petdii o Santo Deus tenham dele compai1pio, i, f, e , e, e, e, e, ii. pocem um dia 0 sol como nunca brilhava ao vet em (asta 0 teneiro cia VIIlha razenda negro 1ar9ou renamenta e jiii nao trabalha e as pretu jogavaJll pros lados alJnohdu e rendas ei. auf, auf. ei., aui, aul. E II YOZ da Princesa no espacrO ecoava enqUi!lftlO os negros cant3VatD assim : Salwe a limbc"endade a Sal" a Umbrendade it Salve II limbrendade poYO de 03 cidade: Salve a limbre:ndade aui

Aind,. como .. __ ..J 0 de Cax,.m bu pod _ _ . Anloaio C..deia Filho.... ........_ v-_ ... - em .u '. amos Cltar adap~io feita PO' ....:_- "Can<!el&, .nma S amba ............ de Roda".

Acalentava Eu chom, eu chorava en. a mlnh,. mle que IDfI calenta,VII

IItj II Yizinba praQa me rooavll ela minbll mitt

que me abe ~va (eu char-ei)

(bis-refrao)


Versos

Versos

Versos

era a mlnha m.:le a minha m.liiezinlla que me acalenuva a n olte lntelrinha (eu chorei)

mel> pai me batia a.i como apanhava era minha mie que me consol.<lva (eu chorei)

Hoje tenho a paz que tanto sonhava gr~as a minha mae que tudo pefdoava (eu chocei)

Primen-os Sambas da Escola - Os sambas tinham apenas a primeira parte. sando que a continWciade era dada pela versif~io improvisada e intuitiva dos compositores. Na sua ma.ioria os sambas eram ~ados em temas de amor. Poderiam set acompanhadO$ atrav~ dos sequintes mstrumentos : cava¡ Quinho, viol!o, pandeiro. tamborim. <lgDgo, SUJdo de matca~o , repenique , reco-reco, caixa surda, cu{ca e outros. 0 primeiro samba feito na Portela, na OC:::<lsiio Conjunto de OsYaldo Cruz, teve a autoria de Paulo da Portela e se ch&m.ava ''Tu Me De:sprezas" Tu me desprezas tu me abandc na.s tens 0 pc-azer de me

ver abandonado MO raz mal 6 meu benzinho o mundo qira e na vir.tda ainda te espero com carinho

o

~do

samba, tambem com uma parte, foi Ceito por Antonio Rufino,

"Por Ti Vivo Penando", tanto ute como 0 anterior foram fehas por vo lta de 1925, sequndo 0 depoimento de Rufino.

Por Ti Vivo Penando POI" ti vivo penando meu hem a volta do mundo estA: me eminando a viver a9era estou convencido que vim iluclido 56 me resta e mornr

.7


o te-reajro Contlltnte- "

.

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de AntOniO

' ~"O 01:'_"

C

" Nem fod os Quanta Ri Vivern

Nem todos quantO ri vi_m con lent" oN posso te diz« tenho eerte~ existe scwrisO que e$lt'Onde ~il9oa e transfonna ;II alegria em tnSleu.. .

d:::;:

a1j7;11dO entre as E scoIas teve a participa. o priiDe~ con~o re;~!Ulntada por IsmaI l Silva, a " Manqueira" ~o cia. " De-uta Falar ~ES .. V -" como Pode" (Portela) representada par Paulo rept~ntada p or Cart a dol Tijuca, entre outras.. 0 concurso teve iug:ar e Heltor dOl J>rau~'. lli EJ1genho Novo. 0 samba vencedor roi a de em ca5a d, Josl! £spIne . no h . Heilor dOl Prazeres, rePl"e5:entando a Portela e se c ama. ba

"iJ.ua::

Niio Adianta Chorat" Nilo adianta chorar, b mulher. Sou It\.! que MO q uero yOC'i

se e pecado me perdoa pot" ti cxieio ate m.orrer bern podu crer. A1cidtol DiaJ Lo pes, compositor da Portela, conhecid.o como Alcides " His_ t6rico", fundador, lembra a partici~io de Heitor e r ecorda os sambas d e canala. Ismae.l Silva, que concorreram tambem na ~ :

Samba de Cartola He norene n o m ia do ninho eu mostrei-te a born caminho quando a mulher tem brio dUem. que e ma.lhar em ferro "frio"

Samba de Ismael Silva Tudoeu f~ pua esquec8r de quem amej

para efa Cui ingrato sen qUtter eu jii c.hocei

sem qUlntt_

o compositor da Escola a .. POUCO con.hecimon.o . al pesar das dlflCuldades, nive! escolar baixo e II" muI'C '1em . 0, I iI cu1tura pr6pria cia ~ • aprunorando dia a dia. Seu poder criatiente. A yj"fncia I 0 IOC . ola de Samba, superam as deficil!ncias do ambirtmento tortam·no urn auto-didata_ 48


Samba de Terreiro Na quadra de en$Aios ou terreiro, como Qullliram , 'que 0 compositor Lan1jA $leU samba. 0 :S~ba de ~erreiro e l.un tipo d. samba tine, a t&matica vena $Obre al expen.n~ da Vl.da, 0 ~or, bri9ilS, bebidas , natureza e exalta~o a ~ E-;.ola. Nos pruneiros aarnba1. que apareceram 0 pudominio do t.ma de arnor e1"a ~o, mas 0 tempo f oi pa$liU\do • 01 assuDtos modificados. Na Porta-la , F ranClllC~ Santana, 0 Chico ' 'Traidor'' f ,-,i urn d Ol Que contrlbuiu pafa que ~auYe.e tats mudan.!f.M, UlnA ve:t que, com~ou a compoc ..unbas de telTllll'O elClltando a p~6pnA Esco~, fuQind o ao lema de aznOf, exaustivaznente explorado. E de FranClSCo Santana 0 samba·hino da P ortela (1956) .

Portela tuas COfes tem Na Band_ira do Br.uoil E no ceu tambem

Avante portelenae para a Yit6ria aA'o v' que 0 teu passado • cheio de 916ria eu umbo saudade desperta 6 grande mocidade as tuaS corer> Si'io ljndes teus valOf'eS DAo tern fi.m Portela querida es tudo na vida pm mim

pra mim (Portela)

Outro compositor que pod.mas citar como vercatil, a ponto de contribuir para a fuga a outros teomas, foi "Alvaiade", Diretor de Hannoni.a. durante muitos anos na Portela, considerado, par muitos, como 0 wbrtituto de Paulo na Escola. Alvaiadet , d:o bom compositor que hoje em dia. j aposentado de uma gl"avadO£a e vive de suas compoayoes, percebendo urn. bom saIario. Alvai· ada fez, entte outra5 compos:i.~s " Baleiro" (samba de terreiro).

Baleiro Balas a de.z urn

tDStao

queijeiro queijo de Minas e born jomaleiro Meu Deus do Ceu que marada ele vem gritalldo "Oiario da Noite" elba "0 Globa" che9'llldo Geruzo e "Vanquarda" tern oil descri~o encerrada


, da portela que se identificam pelos oomposltOres V Como exemplo de ' . P ulo Alcides , Alvarenga, entura, AI· . odemos otar. a , Am' Li sambas de Terrel.!"O P Alberto Lonata, Nelson enm, cur· ,_, MiJ"-'-a Manacea, . "ad vaiade ...... uceto, 1"..10. _ T -'.0') estes mats au menDs no perl a , ' s (C hiCO , p ul ' go. FranCISCO antana. Ze r........ Keti, Candeia, Walter Ro:sa, a mh ~ da inic1al : Monarco. Casqu~ha, I p'colino, Waltenie, AntOniO Alves , Jillr do Viola , Wald ir 59, Catom . Jabo D, ~iodo as mais recentes : Anesio , Ali do Cavaco, entre outr~S ~~:e;;:lOp::adora: Wilson Moreira, Joao Nogueira. Cavaco, Velha, JoaOZI ed ' Noca Romilda e rnuitos outros.

David Cartea , Caroto, D

e,

,

Partido Alto ,

c

"

0 Samba Partido Alto nasceu das codas de batu-

oncel 0 ~ b d -,va marcando 0 compasso, aten 0 com a palma da f cada onde 0 qrupo h. . d ' ul ' , e~~ enyolvente 0 refr.Io selVla e estlm 0 para que . um rn.I.Io e repeua 0 v ,...., . O f/gem e

dO!: participantes fosse ao centro da roda sambar e ce~ urn gesto ou gmga de corpo canvidava wn dos oom~n:~tes da rod~ , a Cle ar de pe, plantado ( I nna usado para siqnificar a mdlVld uo que flcava parade com os pes jU:IOS a espet"a da pernada que era a tentativa de derru~r com os pes aquele que estava parada em pel . Esses elementos erarn conslderados "bat u · queiros" ou seja, bom de batuque, born de "pemada" (passar a perna no oompanheiro tentanlO faze·le calr). As rodas de b.atucadas surqiram de jogo de capoeira, que na epoca, fei muito persequido pela poiicia no Rio de Janeiro em vinude das lutas que !Ie travavam n.a ocasiilo, qlLllldo se encentravam capoeiristas rivals. Doli tam· bern a persequi~o dos batuqueiros pela sua agressividade. o Pan)da Aho e urn tipo de samba ern que 0 refr;'!.:o se repete e os versos que Sf seg'uem devem obedecer ao mesmo tema proposto. Quano:io os versos foqem ao tema sugerido pelo refrao, diz·se que 0 partideiro e fraco , ou seja, decor-a os versos e os repete independente do Partido Alto cantado, demonstrando pouea habilidade musical e poetica. Co~ exempio de Partido Alto que segue as normas dos pa. tideiros podemas Cltac entre outros: "Vai pro lado de l.i" de Candeia e Euclenis e "No Paq:::ode do VolVo!" de Paulinho da Viola. Pagode do Vava Dominqo Iii rut casa do Vav;i teve urn tremendo pagode que voc-e n.io pode ima inar ( " provei do fam f .. 9 mas dommgo·hls) sO . OSO elJ.1o da ViC1:!ntina quem e da Poneia e que sabe q ue a co~ e divina tinba gente de todo 0 iUCJlr no paqode do Vava >0


neogo tirava 0 sapato ric:ava ill vontdde cornia com a mao uma batida gosto sa que ti nh a 0 nome de dace ilusao vi muita neqa bo nita

faz e r partideiro , fi car e!iq uec:ido mas apesar do ciume nenhuma mulher fi cou '<em 0 m./Oridu urn asso bio de bala con o u 0 espa'To e ning-uem mac:hucou muito maJandro corria quando Elton Medeiros chcg:ou

minha CJente n.io fique apressada que ni'io h.i motivo pta ter COTTeria sou um ne90 que fez treze pont os e ficou maluco de til nta aJegria

Partido Clementina de Jesus (Grav;!.,,:io de Q:lrn Candela

Nuo",~

c Clcmcntmll oJ "

J "s u ~)

Nlo vadeia Cementina Fui leita pra vadiar ( refr30) Vou vadiar, vou vadiar YOU vadiar (bis ) Ener9ia nuclear

o

homem su tiu a lua toque 5e ou"e falar Mas a fome continua Eo proqt"e5S0 Tia Oementina

Trowce tanta con(us3io Urn litre de gasalina Por cem gt'ama!l de feijaio ( refdo, bs )

Cad6 0 cantar dos passarinhos Ar puro n.fo encontto mai5 nelo E 0 pnw;:o que 0 proqresso Pa;a com a poIui~ao

o

homem civilizado A sociedade • que faz sua imagem Mas tern mwto dipiomado Que 11 pior do que selvagem

Nllo vadeia CJementina Fui retta pra vadiar(refr.a.

bis) ~!


os destacar entre outros : Mijinha pod ern . ' ... Portela . J-<' h d P os Como putideJ..r U4 . eides, FranCISCo, ....... OZIfl. 0 a eca d ora ,' r-. · ·=·'-a Alyajade, Batatinha. AI . ho Paulinho da V iola , Velha . .......lq ......... , .fair d o Ca .....qu ln .

Cilndeia, Ari do Cavaco.

o

SI!IImba-Enredo

compositor elabara a s seus versos e o samba.enreda aquaIe. em ;:~e ,0 lese do Carnaval o u das explica~Oes . bam1do na .1Juda UD SIO . d fa a melcxhil al resp:>Dsaveis pela pesqU1S3 0 tema. Cabe dadas pal... ConDss;:la de Ca~vd' o.U _ 3 melhorando 0 seu desenvolvimento . m al'Tlil 0 .e•• ~ . ' ao compositor c nar 8 . ue irAo trabalhar na elaborac;.iio das aleqoajud&ndo desU fonna a,OIl ill1iSLU ~.-,,,.rn a Com:iss.io de Carnaval ou equivaE mUlt05 casas a1U.U> tias It .cle~C5. m . ttaDSCritaS em MUS versos. lento, com as imagllllS poIItticas cadencia caracteristica que marca 0 o samba-enredo o bed= ~= de Samba. Ele MO deve ser, muita desfile comp;tSSMO de aria confundi-Io com samba de bloco , n em r.lpido (er:npolqado ) 0 que podU',o Esse meio termo que caracteri~ sua . I . tornando-o cansa . IDWIO en .~ ba e1aborado narra wna hisl6ria , mas nem

e

linhil mek'·heil. pO~.5er U:en~ 0 samba-e~o faz parte de wna cul tura &1:17.1 ..... pIIq . .. ...... .t-'_ r la d Samba Possui earae1enstlcas p. v pnas, V ... J,4S o ram as pr6pna da E.::o e . di " • . . r . ntido de modificar essa.s ronnas tra ClonaIS, sem Xl· hmtaa...s eltas no se . - - : . " _ edi ..0; # - . ~L...._"., a!te ...."'oes mas sam renr 0 seu ......... 0 . .....,. t oto . .t. claro que X)u .......... _ --,- , . . ' ---' ~., _~ "'-ta ou indiretamente re~nu.veu; pe1as de· raI mil""!! e ;ra,...... o.- -.. uuv . fcn.....;:l'5eI" que 0 amba~o vem sofrendo e. so~re as quau 0 oe:>mpositar de Ea"Ola precisa compreender- e se colUClenttzar'. EDit comuruca~a;o imediata que a maquina exilJ& 010 JDar9inaliza urn traba.lho que e para ser .atido e ueacido aos POUCOI • ezplosivo como alguns sambas feitos para 0 "",p'mo. o-ie 0 momento que 01 sambas-enredo come<;aram a ser qra· Qdos, .as umtativas de mudanyas e infIuencias negativas passaram a ser DOtacW: com a fina1idade de da.::aract:erizar 0 I8ll estilo proprio. Alias este ~ 0 paper que- a m&quina da comunicaqa:o faz sem piedade, desttuindo o s YaIores adquiridos da arte popular sem nenhum respeito. Os versos d o IillDba-enredO devem abordar, com babilidade, todOI 08 aspectos principais do tem.a sem que a melodia tome. . cansativa. N.to sa exige tambem , que 0 Iilmba-«Dt"8do seja um jogo de palavras com dez linhas. It claro que a ~ade de resumo do compositor e imponante mas nao a ponto de ~ atos marcantes do enrec:io, viundo apenas a comunicaqao ra.pida e oomposity.fo, dnlnoralizando 0 tema de sua Escola . A nossa ver , afacil .da. ala I ' . pnnnpa "i~ denes demos do samba-enredo e 0 proprio compositor , que am eammbo a elementos est:ranhos a mUDca e ao samba-enredo com funt;Oet pr6priaJ (dele mecno). o samba~o dev. lei' um samba valente (melodia marcante). De lOa aDlm..-;lo de sua cadE cia ' n depende todo 0 conjunto em termos de no IuqIo • Mlvolvilneoto total D _~ um • • todOI 01 sambas-enredo concorrentes, me.no tema apenas: urn b . um obtem tada ' 10 revtve, apenal wn e gravado, apenas ,.. tt do. __ a atenqlo cia. Esoola, "penal urn 58 id.entifica com os inte ............. ponenln e ..... "';""-en, .- E ntidNie. Evid.entemente, . ":11 . . \14 a estru,

_pre. um .

_a

"


t u rol d a E !lCola II u rn fator P ' _ d

• _ .. _11 e rante na esc Lh d aqremla~o q u e CQ loca as inte resse s d d ~ a 0 s;unba~n red o. Urn.a Y3idade penoal . as vant""ens ri ~~ . e elerm lnildos dirigent~ F ~ o:s it . ....,. .... ncelras que po . ~" (,:if 0 , a u .. md .. a o n o m e ( ColrtdZ ) d e c om ' 5:00am rur<jlt d e urna qt'avaSUd Esc o la 010 desa s tre to tal. poslto re~ pod er.i dena ma neira levar

Hist6rico do Silmba. Enredo A primeira Escola a aprese nwr samha-enr . Naq u ela OCaslJo n.to havia reCUClIQS d . edo foo . a Portela em 1939. . sam Com o eXUlI!lTl ... , ,_ co mpo:u tores C<Ultavam 0 $oUIlba no " , 0" a " .......lUente. Os · Q'j e all panora. ......tiam d h d O c am a as , llVlalll _se enVIa a s VOzes de Joa da --.... q\a!l 0 C1audio no r, Alcides, Ventura Alvaiad. 0 0,-_ GenIe, Paulo da POrtela , , . sam ..... -e nredo q ue leva

versos 0 co nt ~ ud~ d o telll<l apresentado pela Escola foi " Teste : : nos seu,~ de Paulo Ben~lIll de Oliveira (Paulo da Po ne la ). A Po rtela foi l~~ar neste a no e An Barro so que julqa va as Escolas • d . , f ' ria poca esceu d o palanque e. OL ver de perto as aleqoria s de mao confeccio nadas, que eram di lomas flcando surpreso com 0 traba Lbo feite pela Agrem ia<;1o (D--.· P d ' Lino Manuel). _,......une nlo e

Teste do Samba . .. Pa ulo d a Po rtela Vou co m~ r a aula mante da comissJo muita aten<;lio q ue eu q ue ro ver se diplom..i-los posso

salve

0

Cessor (professor)

da mJo pra ele senhe r quatorze com dois doze noves fora tudo

e no sso

(bis, refrae)

Naquela ocasia"o , ndO se elaboravCl slntese d o tema JliI.ra 0 $ composi tores. dava·se apenas 0 titulo d o enredo e muito perto do d esfiJe, isto porque, 0 enredo de uma Escola era segrt!do absolut o. Po uquissimo s elam aque1e'S q ue sabiam 0 tema da Escola. Na sua maio ria , os temas eram hist6 ricos, e 0$ compositores eram obriqados a fazer suas pesquisas, em muito s cases. desor· denadamente. AqueJe que se aproximasse daquilo que atendia ao tema seri..a o escolhido. Como exemp!.o de samba-enredo tradicional , o u seja, puramen· te descritivo, minucioso. cheio de detalhas e citat;Oes, mas a1tamen te mel6dico podemO$ citar "0 Des:pertar de urn Giqante" de Manacea . feilo em

1949.

53


Pedro AIv~res C~bcal Descobriu 0 Bragl Foi casual

Nav~va em altO

?''':'"

seu de-stinO era a India Cabral MO pode contirnla T

teve que se afasw clas calmarias do mar . foi assim que Cabral descobnu urn Gigante ado nnecido . . asi1 Que hoje se chama Brasil, Brasil, Br . Pero Vaz de caminha escre veu urna una a D. Manuel explicaVil que uta letra que nosso senhOl n05 deu dava ludo que planta.a relalna as riqueus feitn peta natureza

EN REDO COncejIU~,}o

_

E

0 lema hist6rico que uma Escola de Samba nar路 ra, representando com suas fiCJ.lras e alelprias no desfile principal da sua of'9aJli~o. Por fon;:a do Requlamento baixado pela Associa~ao das Esco1a:s de Samba 01 enredos deYetfo ser nacion.ais e ineditos. Os enredos Sio aqueles temu que para serem dnenvolvidos, torna路se necessaria uma pesqui501 que nla $I limite ao campo do asmnto propriamente dito, mas tambem iii! ajuste as caracteristica:s cia Escola, ou seja, identidade com 0 material humano disponive!. Quando se pretende montar urn enredo deve路se levar em considera~o as possibilidades de fantasias e aleqorias, isto porque, o~ . pelo menos, seja adapt.tvei as condi~Oes economicas e aos padrOes so路 CIalS de que a Entidade ~ possuida.

Hist6rico Contribu~ e Meios Iniciais A primeira Escola de Samba do foi a Portela _ " V . que apr~tou .realmente urn tema para enredesenvolrido b4UT ill Como Pode - cnado par Antonio Caetano e Candinho e ono . ~ com auxilio de artistu natos como Sf. Jtlca, 1931 No> . ~pno Caetano. 0 tema foi "Sua Majestade" 0 samba em . pnmelfos movimentos ..1-- E ~ scolas de samba n.to existiam temas 54


e a:> Aq remia~Oes le vit r,lrn em $('U Corpo · 'C.1 rrdm il.t1 · h ·~-···· G b .. <.: ...... " . ilm ,-,:<,)· d f nh 50mbn as en. e lta• a s. com papeJ " F ino" . q uo" PO' "" ... O! ~~ 1.. 1 " x '~\Lam . . ~ " n 0~ Ranch o s _ A pnmelra ~lqlJril aleq6 riC iI que a pMcce u n<ls Esccl.~~ do::- S-lrnL;, h I imagin ada por An t o niO Caetano e siqrufica\l;' urn " M oVlnl{!I'It::.o MU~l cill" F CII u m e s pa n t o ~ ra todos na e p oca , levando ·se em co nslder"".1o qu e as s,lmbas M O t!StaVaJT1 h gados ao a ssun t o que .l Esco la dt:lsej,wiI 'lborct.H , cont rnU<l vam as, de~f i1e s repre sentados por samb<t s d e T ern~i ro com ape"" ,; u m.1 parte (ii pnmena ), e O!i ver2dores m OStravd rn !ill,n h"b. lid d de s .'H., v es dos V c r sry~ impossiveis. Com 0 t em p o as Esco la:;; fo r aJn !>e .lpnm Ol .. lldo f' (.~m"'·,'r .. m d m tr a. duz ir c arros a leg6 ricos re p resen ta t ivos d o temil. e as h<J urLno~ ('lcral mente

copia dos de r e vistas), e ram livres, n.10 unham rel.:lc.lo com 0 ('n r'!d o N.io havia , n aq u e la ocari.1o , £igurinisl.lS, cen6qrafos e os com pon(!nle ~ d,1 pf (lp n.1 Escola desenha varn 0$ figurin os e a confeecAo era fe it •• p a r ele ~ mll'Stnos. N o perfodo inicial. havia uma p reocu p acAo da ~ pC'iSoas r£'spon",'Yc ls pd o \~m .. e n r edo em foc'}lizar "0 carnaval" 01,1 .I S fi gur.11O re pr('s('n l.l\\11 I ~. JU~I .he.. ',e e lO la p re ocu pa~iio porque os sambi5taS ro rilm nesle p c r l'x! ~ rnult P perSC<jul dos e considerados maland ros , Sua lut.1 inicial pOrl ,ml a, ~o, pc].\ If'.o(llfl ca~;Jo da imagem dos c o mponen tes qu e gostav':Hn d o :o.Jmlo.. I\(l~ pou(,'o~ O~ l emas fo r am se rei<lcion.lnd o com it " Hlst6riil do 8r.1511" C'h eq Oll~" .1 Cn m en t a r q ue a s Escolas atuavam a llaves d olO enmdo5 de form" ~lIe"lIv", E bern verdade que os cnredos das Escolas d e Sambi!. de urn moo o gl'fil l, s.io ben eficos, uma vez que e stimula m a s compo'iitorcs e <.'Ompo ne n les a e ntra r e m cont a t o, a pesquisa r ra l os hist 6rieos, ]u ('f iH u r.\ br,,~ll elr,) e li ngua portu queS3. at rave:;; da im pon a ncia d o tem.l d e SUd aqrem l<lc.'io Os tern as liq a dos a H ist6ria d o B rilSil II' a Lile ratu r,l . c~t.io sendo utih z.l· dos ate os nossos d ia s. Atualmen t e podemos co n ~i d er.:lr o~ wm.J:;·enrcdo d a 5 Escolas de Samba rnais in t eleetualizad os. urn .. vez Que tern,S(' c xp lorddo .J pesq u isa a rq ueol6gica . a interpreta<;.1o de text D~ Eo p o em,ls, ... lius tr.l cac blo qrafica.

Aspectos Bcbicos do Ques ito 1. 0

)

T odo t ema e n r edo deve ser

·nernto '

II'

su a abordagem d e ... e atender a

te rn atica nacio n al ; oda s')s o SSlbilidades dil 2 ." ) oevern sec le van tada s, fundamen ta lmente , t P Aie<}o r ia e Fantasia ; " sado) aIim de q u e sejam 3." ) Deve ser amp&ame nte d esenyolrido ( pesqUl , n o t a das todas as a berturaJ que 0 lerna o re rece ; d fdcil itando 0 SIIU 4 .") F ocali zar bern as partes mais i mpona ntes do cnre 0, desenvolrimento; . da Escola (te mas p esado s para 5. 0 ) a tema d e ve a ten d er a s c.J racter is u cas de se vestir bern temas leves £SColas de m aior pod e r aquisitiv~ ~~ que 90ste~eferem rOu pas le~es). paril E scolas d e menor pode r aqUlsltlvO ou q ue p


CURIOSIDADES HISTORICAS (PESQUISA)

o samba-duro e urn

tipo de samba partido alto. Caracteriza·se pela vialencia em suas apresentalfOes. Fonnavam·se circulos com 0 ritmo marcado pela palma da mao. mais importante na:o era 0 samba de partido alto cantado. mas sim, a gingfl do ma1andro, a "rasteira ou pemada surqida da brincadeira.O samba-duro tambem chamado " rodas de batuqueiros ", exis.

a

tiam na 8alan<;:a (Prac;a Ooze), nas festas da Penha. Sequndo Donga a forma mais primitiva de samba tern duas caracteristicas diferentes - uma acelerada a gOye (Nago) e outra oadenciada de Angola (samba angolano). As Escolas de Samba, comeqaram seus movimentos dentra de urn mesm o pe· dodo (entre 1923 e 1930). Essas Escolas Coram : a Deixa Falar (Estacia) ,

Fique-Firme (Favela), Mangueira, Vai como Pode (Portela). Vizinha FaIa· deira e autras que com~aram como Blocos-Camavalescos. E born deixar claro que Ismael Silva, Baiaco, Brancura e outros compositores do Estacio participavam de reuniOes de samba na R09a (em Osvaldo Cruz). Evidente mente mio pretendemos desmerecer 0 processo da leqaliza~ao e reconhecimento, perante a opini§o publica, que se deve ao Estacio ine<Javelmente. Os ranchos foram a rauo principal que inspirou a organiza~a o e a cria~.1 o das Escolas de Samba e deles herdaram : Mestre-Sala , Porta-Bandeira , passistas. A Portela saiu para desfilar na Esta¢o de " Engenho de Dentro", no "Chave de Curo", seus componentes foram a pe de Osvaldo Cruz, Madurei· ra e adjacencias . A bateria, que acompanhava a longa marcha , ia fazend o a marcacra-o no surdo (tocado com lentida:o) e os compositores aproveitavam para cantar partido alto au samba de terreiro na trajet6ria para apresen· ta~~o_ Nomes do cencirio do samba que foram da Portela : Xang6 da Man queira, morava em Turia~, seu primeiro idola fai "Mijinha" na Portela autar de "Sentimento" e outros sucessos, Clementina de Jesus (Manqueira ).

Silas de Oliveira (Imperio Serrano).


I ca em ~eu dcpo.mc nto q IJ {> • e c it portela . 1 --F I I-lSUr'l1n~ ildor d_' _ - -d ..des n os b oeos Ulne (und d as allVI < An tonio C .. ' . inlr partlC1PO U " de sua Esc o1a e)< Minh.1 Brilnc a . an l e s " " F el isbert.!l nanha Nlqa e ( oso C1au di onor do sam ba, pa.ssi~ t" . ~. l OS 0 am . " D_, ' odos """" , -=-< ,.ofereceu parasa U" no ' " 'o:I;tCt . o r Marc"" )" . d a oca""'o - que (-Izcs:;em Oaudion £rn det~ . _, d ill p o rte la ) . P ed IU

. _ vel'Sildor . 1 •• ,.mba .n h "( E SCO a ...

~'Ue-sa... .

(~ osa

e nv.... "M C I udionor m orava no a n a da frisarque a -.J"·I P

dOl Seen /II e branca. ::.. bom a ll 0 m o mentO d o de~.1 e n .. raea II , urna baiana azul. ""scola. Qua ndo c~eq d p o rte la. 0 f ato desg ostou os --' _" " loc;lI a ~ • ConJuntO a Serruu,a ;!of t icip OU 0 grande sur f a no morr o. 1\ (ltoOla toU nAo 31j1uen e ~ ha que lhe d e~ wna " Prazer da S e rrinh a " e Impeno sa.ITIbistaS da Sembn'm sua co rltribUl~<fO ~o Co-e- , " e a "Confere ncla de S d u tam . " Inn e \! .. . caetil no e S . ha fe~ os carnavill S rvi"Os na sua fu n d ac ~o e atrave ~ U se ... ,,_ rr ano __ . . Na ,. ...ernn Im .... rio Serra.no . prestO . ad , " e " Batalha N avaJ d 0 R -li"Jchu('. F anCiSCO ,. m0 "Cas Y"'" r . trO AI ves .. , "T lr en te 30 de Esco1a d e Samba. ( e2; alego. de uabalhos e,osta Va do trab,dho em .barT~badC a de AJeluia . Ernani Alvarenga , 10" CiiletanO. . a (estas e sa I .' blocos e tamt>em par a h o menagem a ?au 0 , seu .1mlC)O . nas para dOl p ortela , p restOU su compositor. fundado r ado em seu depoimento . .a<ua ves de urn samb.a< grav

Homenagem a Paulo (AJnrenga ) No Porte!.fo falta estatua d o Paulo d a. po rtela todas as Escolas au! a saudosa Favela Uns e outros di%em que ena elTado recordaCf.a:o e lembrant;a do passado as Esc-olas de S amba em rilencio quand O ele partiu pra etemidade bis Batuqueiros clamam porque

ele deixo u saudades la raia ... no Portel.a:o. Paulo Benjamim de Oliveira , 0 Paulo da Po rtela , foi lus trad o r de m6veis . funcionario d oll Caixa Economica d o Estado do Rio de Janeiro , trabalb c u em Canino e participou d c s rllmes " Favelas dos Meu5 Amores", "Bobo do Rei " e "Pureza" . Mastro u sambas de terreiro ao Maestro Leopolda Stokovski para as :ua O rq u enra FiJa.rmOnica d os Estados Unidos da America , que levou tern brasilriros para seu pa is. Em 1936 foi " Cidada:o Samba ", na epoea charn ad " Rei do Samba", eleito anaves de concurso rea1jzad o pelo jomal "A Na¢O Ern 1942 se afastou da Po rtela por questOeI pessoais. Esteve na E scola de

,?

s.


Samba Lira d o Arn o . em Bento Ribeiro len10U lamM . . r . . . m tnqre,;,aT n;o M"nt.juel '" . rn..JS Ioqo ~ 5e'gUlr Ol conY\dad o pe lO$ an UClO$ cOfl'lDanh"",,.,~ ~ oI t .. nd<> ~ :no. Escola de Oflljt'lli . Em 19<13 101 " 0 U ruquai ande ~ . a . ap~ .... ntou ern v. o... • ilrtisllCOS po. " rlin \leus.. Ap6 s SUa m orte scu no me f o. o rer .. C>d o • • -,, ' a uma. ......'l CI b 8 A doaCo .'1 0 erc • u "h.uelrO e sua It""'"'''' Ma .""- EI"LJ.a con",,.., a eGmo" - ,.-(Jl,ldrinha do batlSrTlo. Enes di&d o s {olam tll"d os d o s depo imenlo. ' ' r 01 " (N " . e"m 'Jm'~ CaetanO. R U InO , lVl~ 0). N ih o n Peres, Ah:idn enne c ut ros . As COl'~" d a~ Escolas, $e9undo depolJTlento de Lm e Manuel d os Rei!, <lparecelam po. "')\11 de 19 31 quando de uma reu lli.1o e~ caw de J o~ Espin el h , dOl qua! parHClp .. ram representantes de CInCO aqrem l.a.,oes : Un id o$ da T ' iuc.., Mangueu .. Falar (Esdcio). Fique ·Finne (Favela), Va, com o Pode (P O rt~lal Anm:" L, : que a maio ri a dos p'Hticipan tes (reprew nta ntl1'!o das E..::ola ). cram val~nlil1 e brigOes na epoc:a, Todos queriam azul e branco que ficou com a Portela Verde e Br anco para a Fique-Firme (Favela), Azul PavAo to COt de Oum P<l! ~ Unidos dol Tijuca , V.rmeiha e Branca para a Deixa Fal.ar (Est.aicio) e V erd e e

0",

Rosa para a Manqueira.

o

primeiro ··Preside nte de Ho ma " dOl Ponela f OI Ben icio d o~ 5:<n101, decisao tomad .. em re uni.:io de Direto na po r ocaslAo dOl 2_d wde . 0 o;equndo Presiden te de Honra foi Natalino Jo~ Nascunento " Natal" . Depoune nto de otivio Pereira {No}. Com rela~o aos desfiles e seus ver~d oret. conta A IC1d e~ Dias L opes , a nosso Alcides "hist6rico" que 0 ponto de eneontro d o-; "..tmb l ~ tas dol! diversas Escolas, fo i durante muho lem po a "Cen tral do Bra:!!. En d ~o Pedro II" . Todos vinham de seus bainos de origem e ao se un irem rLl Central , conla Alcides. que Paulo dol Portela comltinava com Can ola (Ma nquelra ) que m iria na frente. Canoia ent;'[o caminha.i fren te puxando ene samba : " N6 s somas mesmo do samba unidos sem rancor Mangueira , Osvaldo Cruz , Estacio Amizade estreila 0 la tto s6 po r arnor , per arnor " .

Paulo ent.to perguntava a AIel"d es, I ago ap 6 s 0 samba de Cano la, md ilqan ". · " --0' respon d eu : " v.... " levar 0 samba de Vent ura . d o: 0 que se canta? Alcides "Querernos lIer Vamos ate la deixa a Portela passar viernos de Osvaldo Cruz pra saldar Manqueira , Estacio de Sa " . uniam N,u bandeira5 e saiam sambando. Em sequida Manqueira e Port ~a viu aquelol cena , se aproximou earn sua Jo.iozinho dol " Unidos da Tijuca" Escola e puxo u 0 seguinte:


,•

. 'Quem vern xa . t.fo bela com esta harm orua Cruz MClngueira e osvald~. Para saldar a portela .

unindo as Escolas que sambaram ju n" " ban d eltas . AientaojUntaraJll-seastres is6dio serviu para caract~nzar uma grande durante algwn tempo· Este ep 10 bem-estat e harmorua da a~te-popular.

~........ ~~o Que existe atua!mente, pe ~ ... , ddade

ve Carnaval, antlgamente as aImente "... Declara Nozinho que a u ... ~; .....os desfilando para sua gente , 0 seu noS seus 1J<UO. • R "b " M se Escolas apresentavam, R cha Miranda, Bento 1 CIC O , arechaI vo (Osvaldo Cruz , Madurel!a , °uo da Cidade , as aleqorias recebiam urn po " ) A 65 desrLle no ceo . . Hermes, MIller. P . N zi.nho aeha importantlSSlITlO que a Portela " ret......,ue para serem bern VlStaS . 0 0-- 'do Cruz Mad" uretra e a d Jacencias """ sen ta(foes em .o' <U ' • • volte a fazer estas apre N~""';",ento 0 "Natal". em seu depOUTlento que talino Jose do ~~.. , . . Declara Na . b nsiderada ensalO na Portela , teve urn moV!. . d S" " . . reuniJo de sam a, co a pnmelra . d uiridas por Natal no boteqwm e erglO Hermomento de seis. (6) ce~eJat~:s foram devolvidas, Natal pagoll duas e uma sobroll genes. Das 5elS "N,eJas 'nda Natal que levou a Escola para desfilar diante do para a Escola. Oec ara, a t , , f " " " R inh d Luxembu""'o Como fato interessante narra que 01 servida Releda a a e .,. . . . . . batida deixando toda comitiva bem a1egre. Naquela epoca eXlstla red!· mUlta , E' "" mente 0 !!Spirito amadorista, os componentes entravam nas seo as partlClpando das posilfOes mais hwnildes e iam crescen~o na~.ralmente . Com reiac;ao aos compositores eles passavam por uma fase de Identiflca~o , mostrando seus trabalhos aos demais, ate serem reconhecid.os sellS objetivos e antor as cores da Entidade. A Escola que lanc;ou a "Comissao de Frente" foi a Portela e naqueia ocas:iao chamava-se "Comissao de Destaque" . A finalidade era, principalmente, mostrar ao publico as participantes antigos cia Escola, que nao tinham mais oportunidade de desfilar em alas Oll em funt;Oes que exigem habilidade e juventude. Esses elementos eram fundadores ou colaboradores da funda~o , e1es eram , encarreqados de apresentar a Escola vinham andando exibindo seu chapeu com cortesia-. Depoirnento de Nilton Peres. Havia muito segredo com relayao aos Can!avais das Escolas. Conta Nilton Peres "Oreba", que em dete~nada oc~o urn componente da Escola fantasiado de CLQ. VIS • COf~UlU entrar no barracao. que fkava fechado e .nm;odo. Esse indio VI d uo 01 espancad I l.~'L • ..,,tit 0 pe as tra.-ularlores e diretores do barrac.!o. Quando aram 0 pano que cobria se u rosto, perceberam que se tratava de participan· te da Esc la Ann "Ala dos ~a~etes ..~~~to.s ex-~~·t!5:idente da Escoia (Portela) , fundou a la paruclpavam Setinha, Osvaldo Alves e outros que agiam em tod . . os os SCtores da Arrr-o ',.~ . . • CIa para a Portela pelo seu Ie . :I'~rru.a..-o. ~ Ala fOl de grande unportanmembros_ Conta, Armand San ntldo de orgaruza~a:o e unia:o entre os seUS Praru" ao oficia1 de ' . 0 tos, que em detenninada ocasi.!o deu "Vinte <ia E JUSb!fa que ena strada da Portela e' va Com a ordem de de.".,eJ·o do antigo 4 12 ~ ,~oa~. ~ . ntos, Alberto Dourado La s ' com ajllda d~ Lino Manuel, Ante~or dos '1uue Contos, na ep""'~ pe derarn cada um Clnco mil contos totahzando "' "ed ......... , correspondia ' opn ade da Escola. a entrada para a compra da Portelinh a Iflt~,..-.....

60

t


Anna ndo San t o s entrou na Po rtela COmo co . na mesma oca!iliio q u e C h ico San tana . Ca n ta ~:~o; e com~ou a ~t uolr oca si.fo levo u a E scola para um,) h o menaqem . 6 . 0 que d e te rnll nada la no teateo Jo;Io Caetano. N o int e rvalo qu: ;~~ de Paulo d3 Po rte· por-tela , Annando reuniu os co mposi lo res q u h r, I Lad a apresent.a~a:o da Santana e Ba tat inha, combina nd o Ch ' e aVla ~ va 0, e ntJ"e eles Chico nb o ", sam ba lamenta. Annando a~~u po lCrO b~n tana a s.lm ba d e " Quin i• tad o como pedia a 1etra quand o Chico deven". m , que a sam ba fo sse call " rep~ntar urn canta nd o . N a t al que estava na p l a u~i a e n.'i.o :<;ab o d " bebado " e ' . o flcQU revo 1t.1 d 0 e tento u Uraf ChICO de ce na, mais fo i I........ la ,0"f "comblClad ad " d ' . _.,.0 n o 1 Ie a e a apresenta1f4o f 0) coroa a de exlta . P o r volta d e 1930 as re~ -"" 1 h . " -,.._ n _veIS pe a a nnorna d o gNpO eTa chamado Mestre de Can t o" T oda E- - 1 tinh " . . ..... 0 a a lieu pn. melro e segundo mestres de canto . 0 primeiro rnestre<le-canto da P I fo i Pa ulo Benjamim de Oliveira (nosso Paulo) que m " clu"",, o rte a . ' se encarreI:Jo u de ensaJaJ' 0 coro de vo zes d.as pasto ras DeI~ r depon.l' . '"" _ . . .... ........ a acelta ......o au nao da compos:u;.to a ser apresentada . Em detenni nada ocas:i.:lo No zi nh C " " " N "1 " ba ' o. ns pm e e son ~.ue salam n a .. l e ria es tava m . ensaiad ol! para faz er tres para das no samba Mare d o A zar . Mas eles deVlam tres con tos d e mens.a.lidad e e .RUFINO , que era cob.rad o r e teso ureiro, n.to queria permi tir q u e eles salssem . Quando urn amigo de N ozinbo, compawe de Na tal cham ado Fa . rias, saklou It d i vida e eJel! enUo pegaram a s instrumenta s, integra ndo. se a famosa ''Tabajara'' . Conta N o zinho que seu botequim e ramasa pela aut en. ticidade, jei fai filmado v.iri.a s vezes, DrganizaC.to de conjuntos musicais, caitituagens de sambas. Segundo TIJOLO, 01 novas sarnbistas, aqueles que vieram agora para as Escolas de Samba , n.to est.1o seado preparados para os desfiles, ou meihor , as Esoolas ~a ensinam a sambar, nem sahem das oriqens de suas atividades. Tijo lo acredi t a que as Escolas Mo estavam prepa radas para receber 03 novo s e lementos cia classe-media que en.to to m a nd o

parte ativa dos desfiles e clas atividades de uma aqremiac;.to . "Tamborim de Ouro" da Portela, I8CJUndo depoimento de O scar Bigo . de, loi fruto de uma competiC;3o que d urou tres anos seguid os entre do bateria da Portela e a da Independente de Padre Miguel . Dois a nos na Praya e 0 Ultimo no Campo do Fluminense . Do concurso conSlava a des file e a apresenta~o da bateria_ a "Co njunto Show da Po rtela ", fo rmad o na ocas:i4o por- TijaJo, Muda, Niye,a e outros, participava tambem das apresen ~Oes, OICar' Biqode. (X)nhecido dirato r de hateria , acha que todos os Dire tores de bateria das diversas Escolas de Samba , deveriam pertenc er a "Ordam dos MlRicos", meano porque a bateria rf!presenta 0 coraC;!"a de uma Agrenliaq4'o. Deve-se It o.car Bigod. a inclus.1o de vmos instrumenta s na bateria - os principais: focam : aqog6 (X)m 3 , 4 e 5 bocas, reca·reco , turnbador-as. Osca.r acha que todo Ditetor deve ser 0 responsavel p,clo ape rto d os instrumentos afim de que eles fiquem de a c oedo com as Interesse s dele (DUeter) e da Escola obedeoeDdo. cada uma, seu dtmo caractedstico. Para tanto' nee.nirio que somente os Oketores de Balefia . tenham chave para aperto dos innrumentos. Oscar considera, q ue a batena da Po rtela a tual· mente petdeu muito de sua caracterirtica que eram os dais tem~ anti?a ''Tabajara''_ Com relaq&o aos compositores considerados verdad elfos fe no-

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au me"'" d. criarind.de eve" E'" ",ul.o, c.,o' p" "cipa ridade ,,",0 rive"'" _.,.;dade d' ace"" • •",ala , . PO' condi."', q ue eco <'" m" que em ,ua _aqem ",u",cal ve.-dad.i" b' e ._0' d. ","tica e pae';• . ",,_,amo , de os .. '0' d. Jo,", '" 'm nomi de """"de (Miin . .) • ...,.. de """'.... ( ....n",.;.)' Aniceto J""; de U"">to " "";00. ", Mcidfi OW LoP"' . . . "c<. An"'ad, 0

~"n""

SentiJDe

0tO

00

cita<

meu peitO eu tenho

demai

s

aleqria que eu tinha DUllea mais

DepOis daquele dia que eu fui sabedor Qua ill rnuD'ler que eu mais ;unava Dlo me tem alDOl"

QuantaS Loigrimas (Mana cea ) Ai qu&ntaS loigriInaS

eu tenho den-amad o

sO ~ sabel" que ~o po co mais revJ,ver 0 meu passado eu vim dleio de esperanqa e de aleqria eu caDtava eo ill ....

b ~Je · em

sorria

dia eu MO leMa mais

aIeqriiI de tempos atriis l)esengBno 'A_=-(IUUL-...-to)

0 "

01

o desenqano d6' • mmba una d alDY. tanto sente . or pungente lD"ad!u meu cor~ depoiI de ~ ~ be deste-me 0 d espteZO ...,. em .... vez de .

. Estes tr& mqratida.o unponancia ':f" .... P.ulinho m;hrima '. --...O$ -,.,. poe _ or....Vnom ' fcram ",,0 ' "eo~bas da m__ pa<a Eoco" • P da V·.ola, compo,;to' da

""ci':'"'''' b","eira. '

orto", assUn como um do> ei nto ue'~ . - om que baian.. sairam ria.ento annaas prim · J- eyJStj E declara . _ 0 "amem d' seu de potmO que pan. . de saoo. ante. Vicen d." '"", 0 0 que ama-"'" e danO valmco . ...., "'"""" ••.-oec!>"a . tma "",onia -6, 0 >amba da Portela ...d

.., , ....' : : : _ do

qBloco.c.::"

toO"

~- ~ ~~o _~a


Samba de Paulo da Po rte1a qUI! dizia a~m :

N ilo cho ra, n <fo eh o ra Vai com o pode c:ai na farra esta n.a hora (, . _ bis) Quem tern ,ed.a vai de seda quem nao tern vai de esto pa o nome d o n osso bloco faz qualquer urn eaJa..r a boca V icentina e hoje respo ' . . a qUI! pu-"a . nsavel pela c o zinha da POrt I!1a I! d I!c ..... va a sam ba d a E sea 1a Junto com Alcidl!s , Vl!ntura I! J - do G "" " N . _. . cao ente Vlcen · una narra que al.<l.1 seu lrrn..'lO, M O gOst4va de samba ' .. ' " ..... ' be d no tempo d o Vat Como P 0 d e ,,....._,,_ quena sa r I! fulello!. E la e Nozinho ·'0 be " " . ,... mm.atsilllugos no samba. que N at ......1.... o Jose do, Na.scunento ' mas po , OU"o 1..... •• 0 , colUolUera _". u qu e nunca a P o rtela leve urn hder que cilegasse perlO de Nata.! I! ac red ' ta " il -' ·~, ~I I que difIC mente aparece, .. outro l~ ...... em &ma r e dedicac;:A:o , Cann a d o depolmento de Antonio Caetano e D iva Caetano que 0 sr. Napole40 d;.tva, constantemente festas em sua casa, COmemo rar,:Oes de SantO AnIOniO e Sao Sebastiao e a cia de Nozinho, Dona Benedita qO$tava m ui to dessas fena s e trazia a turma do Estcicio (Brancura , Baiaco , Julinho. hmael Silva ). Enas festas eranl forma de JONGO e baile de Hann6 n.ica , Vilma Nascimento , Porta Bandeira c.ampeil 12 ano! consecu t ivo!, saiu inicia1mente no "Recreio cias Bonitonas ", bloco que ficav a entre Madureira e Osvaldo Cruz e foi a sequnda colocada no bloco em Concurso de " Rebolado". Vilma foi Porta-Estandarte deste bJoco e desfilou pelo s Unidos de Dona Clara. Sua m.:le foj Porta Estandarte de Ranch o , herdando d~ seu s pais a cond.i~o de Porta-Bandeira e s.ambista das rnais famosas , Sua primeira Escola foi a Un.ia:o de Vaz Lobo, ~o para a Ponela atraves de Nata.! , onde mais tarde conheceu Osmar NilY'imento " Mazinho", mho d o Presidente de Honra e atual Presidente do Conselh o Fiscal da Po rte.la, com quem se cascu . Veio em 1957 para a Portela e sernpre tiro u a no ta m.iJcima com o Porta-Bandeira ate 1969 deixando de desfi!ar no q uesito e passando a " deStaque dos mais importantes da Escola . Com relar,:ao a Osmar NaSCl11len · to , comet;ou a participar da vida da Escola q uando rap.u na . " Ala d os Irnpossiveis", juntamente com Candeia Filh o . Com 0 desa.~recunento da Ala, Mazinbo passou <II ter sua participa~o Jjqada as atlVld.ad~S" d~ ~ dirigente. Mazinho declara que leve v.irias questOes ~, seu pill Natal . que n.lo distinguia a condi-;:ilO de filho e Oiretor. BeDtc::J.o ~ocha , M.estreSaIa dos mais importantes que a Portela leve, re-z: par ~m V~a N~scunen ­ to desde 0 Unidos de Dona Clara, onde iniciou . Oali Benl~o rOI para 0 Unidos da Congonha, E:JCOla do conhecido sambista Jab ucu ~estN! de Hannonia de v;kias Esoolas) que acumulava as fun~ de ~dente , Tesourei.ro e responsavel pela Harmonia . Era 0 dono da AqrelD.la~~o . Logo a Eguir, Benicio foi a 0 Imperio Serrano onde cOIlle\fOU corno ~dO Mestre-Sala, pass.1ftd~ogo a primeiro quando EVef'<LIdo ralto u ao des.: ile.

.

.


aI co mo prirneiro Mes tre-S .lla . Be ni . acaa Portil vidado por Natal velO P Mestre Sala deye m.a suar no pe e 'I" 0n conDdera importante que wn barIlTodo bam Mestte-Sala d,,:v e ren OVi'lJ: ao _n ..... " as rnovUnentos do AJJ)biI.. ." preciso dar saltas au Ylcar l!am ba . ....-s sam que S J"" B . . e l. ...... no suas movim. nta<;: ....... , . ' do quelito. C o nta e nlClQ que 90s. semp caracterJSU(;aS . ......,...,ue foqett1 as de U1COrporar n o vos pa~s:sos e lhotaS, r - -'" M---s dan~m ... vee OUtrO$" ...... v '$ valiosa C 0 mo (alo interessante em sua VIda de e d Lava t ornar sua apresen~~ mill lit em d~ ternllnada ocasia:o, enava d.iUl~ndo na sambis ta, canta BeniCiO C:ZU ~ MO viu 0 burCleo (boeiTo de n..ta aberto) OU rua com sua porta-Baod~a t»ixinbO e ena~ com sua vasta cabel eira , seja , sem a tampa · BaDiao ' . aco) • a F=co'a paossou t~d~ 0 d it o d erepente caiu dentrO do boeiro para retiTa-lo, 0 que f O l feno p e la cujo que gritar chamando 0 peH ' em dia Benicia e run d o s re sponsa_

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cabeleira que Benicio carregava. d

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portela .

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Ii! funclado r e . Escc'!IS estavam sendo fo rmadas, _us componen _ Quando il5 batenas dar Portela fc!N. a primeira ~o . . ) desfilaram de T.m&DCO • a . d . tes ( n~ _ 'YO de mora1irar este setae unportante no es-file. a u.sar T.l1lS, com 0 objet! curioso contain que urn grupo grande de Como urn a.\pecto intere.pnte _. B~-'o JoI.o da Gente , uatavarn a da Portilla enue ....es vuuu , COJDponfUlt~ Pod .: como T'IANA demo aos padrinhos da Escola (5. anti9a "Val Co mo e , lid carinh . Senh do Con08i~o) tratava-lie de um apt! o. so. Seban:ii1o e N ora , "0H " Em determinada ocasi1o urn jtuMO, j .. lqando 0 ques:ato ~OIUa, . · ' -d0 Hannonia de E .......'a de Samba com barmorua anahsou -a conlUDUI.I.I das referente a teona musical. 0 fato 't'I!ID. comprovar 0 total despreparo . pes~,.-f anna , 0 .......... da.I Escolas de Samba. COIlSlderarnos $CMS esco .. ~ para J-' _ • da mbima importincia. 0 PrepHO dOl jurados e au,?,e~os que seja.m feJ~s "pa!esttas" sobre os diversol que'litos eepuandCMX individna1mente . Acred.itamos que 0 sambista , aquele que vive e respira 0 cotid;ano das Escolas de Samba, que partic:ipa, que ea:ieve a re5P'!ito, que esta em eontat~ ~m 0 ocmponamento It com a cultura daa "*I1 .... ;a9"-'. deve ser a pessoa mdicada para fo rmar urn juri que seleciona e julga os melhorn desempenhos. F ~amos urn paralelo . urn Juiz de Futebo1 que julga 0 compor-taInento d<u equip" em campo, tem obriga¢o de conheoer- os morimentos e de acompanbar sem parcialidade as r ....ldl11 do jogo, aeodo pceparado para isto_ N6s sabemos que eles tem suas prefer6ncias (p:tr ct..tanninados clubes), embora, na maio tia das ve:zes, seja desconhecida. Contudo e1es Solo as pessoas ind.icadas para diriqir e jUIg:.U uma pa.rtida porque estIo em C(mtato constante com os babito s e atitudes dos atlelas, adquirindo pratica e reflexo nttcessbi.o s para UDl born iulgamento. Em termos de EscoJa de Samba e fundamentaJ Que os "jurados" COnh~ as rarpu do jogo, que aliada a pratica e ao compOrtamento do IIOUDbista poaibilitaria wn b o rn crit6rio. A 5.Jo Carlos apresentou urn samba-enredo cuja tetra rnencionava parte de uma cantiga "Chula" de capoeir-a de Anqola (maneira ou modo de cantar e de falar d o ~~o) .. ~oo.§ me chamou de moleque, molsque 6: fLIt e 0 componente d o Jun juniflCOU sua nota criticando a reler6ncia a dOd tratamentos na letta do samba . Demonstrou 0 "Jurado" 0 delCOnh«timento do nosSO fo lclore e a -liberdade po,tica que t1 concedida aos compositotes conhecida-

veis

64


m"J\le 8liColares. Em detel"lnin~da oc . a:rUIo lUlJ E _otOU Me1Jtr9 Sala e Porta Bandalra E a scola de Sa.mb . h d . Ita aqremia .. _ a nota apr\! quesatO, Ole amos que epob do (ato ~ d « ...... tirou /I "ata _. ... ...: eUJeceSSibi.o f .... ta no t~·Co. ft ' . azer q Ualquer COOIen_ omo a 0 cunoSQ no maK) <la, E.cola por volta de 1958160 a presen~ d ... .' . de Sam~ , ocon-eu na P __ -' -d ad - .. rnuSlCo am . Ortela z",uO e const er 0 na ~poca WTl d Ol m ' . enc:ano ( EUA ) especi.ali chama·se " Dizzi Gillesp " . Sua aIS unponant.es no m undo ' do J,.-' apresent~~o roi ta ........ seu instrumento (Trompete) aCO«ipanhado d f a unpO rtante que tceOIl da portel.).

a

arno",", " TahajaTa " (Bateoil

Compositores As

deronna~s

e os desea.minho. no m .

.

tern apre:sentado problemas os mai, y~ muSlca1 ~$ Esc:olas de Samba (com 0 objetiYo de conscientizar), 0 COmpo as. GoEtilotl&lT10S de den u nciar compositOl'es que padem ajuda a qt'Upos ~ento de ~&nde nUmeTo de samba-enredo) . Se esses individuos (eSCOla~ 1D)te1~~UillS (COm relN;ao a !f:.!o 010 Imbito da co~e Uteriiria utar(am ~s , limaassem sua p,uticipa. pnde nllmere faz aletta, ruando do com~\ e ac~o.' ~as 0 fa to e que dade do samba . Par etta cazAo enCOntramos a~u~ cnaUV~de e autentici· com palavras nunca dantes naveqadas no meio do deiros poemas

s:::::.ver

Samba-Enredo ~tam05 que 0 .compositor agindo d9Sb maneir.:l pOe em ris<;;o SUa habilidade e suas prOprias caracterirticas, que aos poucos vai sendo limitada

palo eom~rtamento cOmedo de en1:rega a urn intel.ectual frustrado, que joga INaI nmas per tw do nome do bwnilde e detpteudo compositOl" dOl Escola de Samba. Tudo Uto em nome de uma falsa cu.ltura q ue na:o se .identiflca com nossas raius. A pcoaequic tal comport.unento n.10 estara loog$ 0 tempo de vermos .sses compontoces, na Ipoca da concorrencia de sarnba.nced.o, saic ca~ando pcofessoces de portuquis, literatura, alem de outro. renomaclos intelectua..is que te~o seus uabalhO$ transfonnados em letta (pOflsia) de samba...nredo. Esta posi'f.l!iO podera ser desvirtuada par peuoaa mterenadas nesta IituaCf&o . Poderaio surgir ind.aqa~s com o: Sera que' privil'oio do compositor da Escola de Samba fuer samba-enredo? Am.mol que sUn porque eles est&o integrad.os aos problemas das E$COlas de Samba, eles constituem patte do nosso pattimonio m usical,. com cara:te. dHicu pr'Oprias. que poderlo sec fendas pOI" influenc:i.as ~elols a esse upe de cultw"a. Noaa posi9lo podec... sec confundida com a It1tecpreUlv.1o de "PwUta." com a quaI talftb6rn do eoocoroamos. wna Vel. que proeuramos detender ~ folclore urbano que com~ a sec violado e Hta .f! uma vaJ.vu1a que retirada repcell8ntac<l 0 exterminio gradati'lo do composltor que amd.:! me no anonimato especando um lug-ar ao so! , wna oportunidade. As Esco· . 0 las d. samba 851:&0• passando por uma boa fase f maneelta .. e e ch"""3do -,. . _. ' A,reditatnOS que SU3 momento do sambista sec vaJorizado e se v.... onzar.

"

-


......... sia • muito mais importante PMa 0 ' .~, . .em SUil y - ' . I ' d _ ... mensagem com multo carinho e aneidade, sua 1.... • !:$pOn loll' enten e ...... . - o que pill"ticipii e q sambista) de maior unportanCla e vaJ or ~:ir"A"o. eompolitot (voce ~ wn .encialidades e continue, eantando aqui~" " e em sua! ' oce ~ mesmo. aCT od It .po ' reOexo do seu .un b lente e de seu d to do seu llltenOC. " , I que SoU de en r ~eio. VaJori:l:e e arne seu trabalbo.

Preside ntes 'ad de existencia da Portela, 01.1 seja como bloca Durante lodo ~m pe~1 o':valdo Cruz por yolta de 1923 / 24 , como E scola

cafNlv&16CO , conJun;~; ssaram na Prcsidencia da Portela as seguintes de Samba entre l~ ';~,:;: foi 0 primeiro Presidente da Entidade tanto porteJenses : pawo ., ~ No seu periodo 0 sistema era de Junta Governa · com o Bloco como $CO iI . .. . • I " • C..t··o) fonnaram 0 pnmeuo tno responsave pelos tiva {Paulo R Uilno ...... . . , d ' Aq ia"~o durante 0 periodo de 1930/31. 0 tercena Preslden_ desunos a .. rem..... ..~... . I ' malS de urn AIL-no dos SantOS que ......... glU . a • sea a par Ie f 01' BeOiCIO ...., . . . {cd 0 primeiro como Junta GovernaUva (BenicJO, LUlO 8 EuUbJO) e 0 ~d~' peciodo como Presidente administrativo 1932/33 e 1941 a 1947. Benicio roi 0 primeito Presidente de Honri. cia Portela ; Armando Passes [oj o qwno Pre5idente da Portela. Seu periodo administrativo foi de 1934 a

1935 ; Nk:anor Lopes presidiu a Portela de 1935 a 1937; Alberto Machado roi presidente de 1938 a 1939; 5r. Antonio loi presidente de 1940 a 1941; &nido des Santos de 1941 a 1947; Antltnor das Santos no pe.riodo de 1948 a 1950 ; Line Manuel dos Reis de 1950 a 1955; Almando Sant05 de 1955 a 1957; JoIo Cal~a Curta de 1957 a 1959; Manuel Rodrigues FiIho no periodo de 1959 ; Lino Manuel dos Reis de 1960 a 1961; Nelson de Andrade de 1962 a 1966 ; Caetano Nato de 1967 a 1971 ; Carlos Teixeira Mutins de 1972 a 1976.


CULTURA PROPRIA DA ESCOLA DE SAMBA

Cultura Toda Sociedade possui urn mod o de vida au de dCOrdo com urn .• cult ul.J que define modos apropriados ou necewrios de ~OS;lr . ,11]11 e scotlr. II culturj ~ 0 todo complexo que inclui conhecimen to, cren~d, drtll!, mOlal, lei, COStume e quaisquer aptidOes 3dquiridou pelo homem como membra d.l Sociedade. A Importancia da cultura reside no fato de que eld prnl"",ciOll~ o conhecimento II! as tecnicas que pennitfm iIO homem sobreviver IlsiN C socialmente, e dominar e controlar, na medida do poss fvel, 0 mundo que 0 rodeia. A cultura e ao mestno tempo aprendida e p,u tilhadd. Os homenl MO herdam seus Mbitos e crenl;:at, SUdS habilidadcs II! coMeoein:ento:i, adquirem-nO$ durante 0 transcurso de SI,W vidas. 0 que aprendem vern dos qrupos em que nasceram e nos quai~ vi·lem. Cada Qera ~,to dprende dos prec:u.rsons. Os habitos adquiridos por UllIa cri"lII~a :;eorao, prov~velme~ te , caJCadOI sobre os de rna fanu1ia e os de outras peSro;lS que Ihe elltjdm d Pf6ximas. A cultura possui uma patente conUnuidacie, que 5e t'l"lende aitm a existi!ncia dos que a possuem, criam II! utilizam e a eSlrulUI.1 d,l SoCl ed ,l d ~ peruue apesar das continual mudan~as de ~us membrO!

PrOpria da ElCOla de Samba ..• pOpular brasiJeira. bu!;cj·la Vamos nOJ colour no ch!o com a cU1tura bo itO no ende . . E la de Samba no bJQCO, no lequ , estJver. no morro, na 5CO .' vamos relpdldl " ~rte lerreu-o, na rua, n.u roda.l de 101I1lb,a II! conqrneres. . nada respel!~n. popular, tem preconc;oeito ou p.1ternalismo , n.d~ ~~~ri.1lividade. Nos do sempre sua upont.,neidade, ~ {or,~ ong 10 ~s ~t ividade~ artistiCl5 e

=

ptetendemOi montar e oar urn sentJdo mOllS imP


m<Jior parte , nAo contam co m

\Ie em sua . I n.uddn do povo III' q tNJjdade. iSla SlJTI . e urn.a exp o ra~ , urn C\.Iltuf~ . 0 0 que oco~ na tient. dessas fOl'TTlils de CU!tUfa . A znl,ior wcenuv . . III' inconseQ r ct .ntO inconSCIenul Usicil popul ar. e uma o nte e cultu ra aprc ....itam <, _ _ ," , be~ de 001$1 tn d. uma cuhura dena nat u re%.i! EJcOIA d ............ , . A prtlsen'<a . -.ri~ pt6plUS. modos de comportamento tem sido rom ~.... atiwdes " . . I ' ad ",priOS ... £IorlS, reuniOoes SOCialS rea 12 as nas ESC'Olas com M"US P atividildes '" d P 'ct A ~I.~ntl!! notAdA rull ba nas brinc adeiras e a rt l 0- ito, nos -~.. Ir.av4s dos enpJos. '_ leas doll Escolas. na manetra e vest a, na , fest.u ~r.acterJ~" . A ' , .. , .,~S lipos d. . !'laS danc;'''s e nunes. 0 p ar tlCl par des_ ~, 'b' s allm_ n tAnlS , 6 ' lin ...,.m. noS II no . ..1 '" e en"olvido por sua pr pna cultura , blsU form ...'" . SilS .tividades 0 sam . "dol dos !leUS predecesso res ou amda pelo . d val,"' adquln . ad ' l '

, _d._

innuenciMlo P os

'd '

I ;!Io da cultura (unprensa. r JO e te eVls.llO ). auxilio dos meiol de divu ~ . de Escola de Samba podemos citar : Como exemplo de.cu.!rura,p ~n: Partido.Alto com seu estilo, repetiC;§o do 1.0 - Nos ~!nt~CO~o: ~=s ao tema do PMud o ; 0 Samba· Enredo com rerrlO e obedl.nClatificad , ••_ _ " linha mel6d ica , co m estilo b aseado no " Mien J or ......... • .. caract.n~ do .a hist6ria que sua Escola repre senta no Desfile ; 0 ai1O.brasileLrO e narnn . Samba de Tern!iliro e 0 Samba de E)(alta~o, .. . 2 .~ _ N. Alimentafflo : A Jingilir;a com rarofa , felJoad a, peIXe, came seca com (.1Ofa. anqu e mocot6 ; . 3.0 _ Na danr;a : A eyoJu~o do Mestre-s,aIa e da Porta-Bandeua com ,a mal itia e 0 umba nos pes do passUta, a 9lflqa do malandre e a cadenela .

das~s ;

4, · _ Nu Reu.n.iOes Sociaj,: Rodas de Samba. ,nsaie s , brincadeiras de PArtido Alto, 0 Jonqo ; 5,° - N. V.rumalta : 0 chineJo charlote. tamaneo portugues , 0 chapeu, ~ DO r I ~ , 0 bone, 0 sapato carrape:ta que dominaram durante muito -.ap:); b.o - HI. linguagem : os sambistas deram sua contribui~.fo atraves da giria • de ttrmos caracteristicos utilizados nos sambas "Minha Preta" , ( Amnio) "MeniM au Pa.m n.l Tua " (Martinho), " Mora no Assunto" , "Morou" e " Ve Ie te M.anca" (PoId.irinho), TOIUs estas fonnas de cultura das Escol a~ se

dam nitvtamente separadas e nAo estlo de todo livres de influencia s extII!~: Como linguaqem : "Que qrilo e este " usado no samba-enredo da Im~o Semno, termo que n.Io nasceu no ambiente do samba influencia

~aaE~~ ,

.

,

A m.tida . _b' lh que os meios d e C'Omuru~,Jo de massa se interessam pe Ios uta.s, e Soa'o oferecidos est ' ul . . a run de a, d un OS para que mudem suas caracten$Ucas en Eer ao consumo , em d etnmento ' odquirido de suas pr6pcias tendenc1'as s nas scolas Entre i d ' 'd Ie da Escola ' n IYI uos e gropes de sambistas independen· a que pertence pod . ' Te<llidade problemJtica E"~' , em re~lC de maneira divergente a mesm~ dep.nder ~ fonn"".,: diverqenClas entre grupos de sambistas Val . .......... cultural das . f l ' , d , m~e,fEn'!l econamico-sociais e ' 10 ue~Clas dos valores $oma~o$, ,0 atJ~" que sa pr~ tambem da tmportancia atribuida as varla.S aea::.ute irnPOrtanca d dentro e fora da Escola , Entretanto com a. os mudos so...... . _nares e as resultantes pressOes ex et·

..


cidas dian!e da valoriza<;ao e POPlIia ndad da Cazenda c o ncessoos aos valo r!'!s academic e I E5IColas d e S<unba, vern lie 05 e ~Iegand o a I a ror~a da eu tura a fro· brasile ira com tad um segundo pi4no que 0 desernpe n h o academlCO p assou a a~~ patencl,al ldade A pro pou;.Io do • ~periores fOI dado enfase ,. , . 1(" malor lmPOrtiincia no Id ll.has e q ueS I(')es .

es\U

uma variedade de interesses sociais, po! i!icos sel(Ual~lelectuil~S abra ngend o C;:(l m a n eqac;:ao d o convencional e d o e stabel . 'd , f! eslI!ucos q u e real. uma identidade pessaq\ e de Ulna posi<;.1o Cla~~~ estllT\~l~ndo a busca de cultura e a sociedade . As Escola s de Silmba te dehnlda em re la~o a . co m SUa cu.ltura p r 6 praa. ' am!. . tirao , <10 nasso ver, urn canfli t a cada vez m . ' . samblstas que tlveram acesso aos CUnos SU pe.us . acentuado e n tre qrupos d e :so

' temente ndO procuram apro vei tar seus nores, mas q ue conscient 000 inconSClen d " as er adap td·!os Iidade b ras il elra, ou $.eJa. a cultura popula r e os estu al . . a rea . . u e m num patnmoruo . . . riquissimo Essa Con, v o res. a .ro.brasilelros que se con s tlt d 1 '. . orre neld que emonstra ser deslea par ~POSl(;:Cio da Sociedade e pelos interesses economicos. apesar de ser multo fO rte nolo consequlrii destruir a _ " , I ' . • '-Ul uta popu a r que sobreVlvera aos estlmulos evolucionistas que nilo p,~ . , .~ . ....... ... am O ~ece r a urn progresso_ 9radatlvo. Leva.n d o -se em considera<;lo que as EscoJa$ de Sdmba se comp~e,:" , na ~ua rnalOr.la, de individuos Hyados a Cldsse O~raria e a Classe Moola Infenor, sugenmos : que as Emidades re!>pOns;iveis pe.las Escolas de Samba. cnem cursos preparal6rio5 liqados aos inle~sses d os SiI.lTlbis. tas, a tim de Ihes possibilitar 0 fortalecimento da C'Uhura popular da qual faz parte e conscientizat 0 sambista das raizes af ro.brasileiras que esta liqado . Sugerimos que as regulamenl o s baUtad os para os desfiles sejam d is. cutido s e avaliados pelo s sambistas, levando-se em conSJdera<;&o que eles devem set anali sados com as vantagens e desvantaqens q ue podem ad'li r para 0 samba. e nunca sendo levado pelos interesses de aqremia<;!lio . Hoi urn esp.etaeulo de cunho popular muit o mats imPOr1ante Que es:ses intere=. Sugerimos Que os sambistas se unam dentro ou fOl'"olI de ruas ~remi~Oes. sempre em defesa de sua cultura e conseqtientemente d o que e do pavo. A imagem tran!>J1litida peto carnaval de .... e ser bern identificada com a cultu ra popular ou seja, com a manifesta<;ao auu~nt ica do pava , levando-se em canta que as Esc~as de Samba se transformam no ponto mais im~rtante pelo seu ritmo contagiante, peJa sua beleza e naturalidade transmlUnd o a fonna~.to do povo brasileiro. A alegria espontanea , a t o t~ int e<Jra~.io . desprovida de qualquer tipo de discrim.ina~<lo . onde se mIstur~"TI p.atroes e empceqados ricas e pobres. brancos e negros, rodes se reahzam por urn mesmo ide~ transformando 0 camaval na maiOl'" r~t<l pOpWaf do mundo. . Suqenmos que os 6rg.a:os encarreg.ados d a di vu Iqa<;.io do CARNAVAL eduquem e estimuJem 0 povo das caracteristicas proprias de ~ osso pavo. co.m noss.u rinh baianas 'uenosses nt · conceitos de beleza e estetiea, como admiramos . 0 nosso . . 0 qno meio do nustas, noSSO$ paSSlstas. nossas porta-bandelras e 0 COl uito pave tern por determinados samb~tas que rep~~t.mlu:ra . Tid Vicentina samba tais como : Paula do SalquelCO, Neurna .. S ~no CartoLa e Carlos da Portela , Vov6 Teresa e Maria Juana d o Impe~o. e do I~perio Neca doll Cachaf;a da Mangueira , Rufino da Portela . F elro r. CiI\...,....~nhO. Mane Raiana do Salqueiro. Clementina de Jesus. Ne.lso . - ..,


I o utros que

~p~ntiUYl

a

nata do samba . -

AnicetO ~ rn.uHOS cultura popular. nossas orlqens e que 'los 'five e resplra a ."o~ pelD processo d" c on!r\UTIO. Sorno s tO la l.

'0.

Oed

Genie 5 q~;o sendo m.,rqUwliUdosdemonnrada por algwnolS Escolas . no sen. pouco trariO$ j preocu~ AqremiaCOeS own esp4H.iculo VlSUal d o ~eDI~ ~~nsform.lf 0 desf'JJe das rollies Bergeres que na realidade n:to ~idO ~ow Business au a . m~a riV05 do Camaval. Esses espetacul os Ca rre . ~ __ ..I • yer com os rU15 0 Je lores o u jipes Ie-vande mulheres semi. lem """,a xados por era . qan

do

C.1rfOS

vu1to SOS pu .

_-' 5 OU Ie-alro de RevlSta que a s peS50as

.... OWS IlTIport..... o

-

' .

nu.as rep!'e'5entant "" . .. nhecem e em propon;:ao multo supeno r a DS ";~Iam (lunnaS) Jil CO que nO$ . _-' .~ .. rw:l o apteWnt...... Os.

que ."" .

Invenao de Valo res _-, '

sambistas

~ft;'"

01.1 .... ro·

Mestre-.Sa1a e porta-Sandeira, os passis.

Os verd ..... ell"OS ", ., _. b<tianas' as anistas na t os de barracao . .' os compoSItOr . ~ . t.s. O'i nan l 5t~. __ ..... ..-.'Ilndo p lano em detnrnento de arustas de - h ,... em dLil. col....-.os em -,,-' .' / .. SilO 0..... ad "carnavaJescos " ou seJa artlStas p asUcos, eeno·

tele·novelaS. dos cllilID . ~~ .. ;_~, profissionais. Ao substituinnos os valores r core6qrilfos II! f Ig .........~ ... gra _os'. eta E las de Samba n6s estamOS matando a aTte-popular bras:i . • ~tlmt&COs . s___ d,sta maneira aviltada e desrnoralizada no seu melolelIa que Val ,••,..... 0 • . • . . E-01. de Samba tern sua cultura propna eom ra lzes no ambiente. polS _

s:o

uro brasiIwo.

Sugestio para Debate Deiur a manilHta~o popular realmente entregue ao povo (sambistas ); ~ das Subve~Oes do Enado, uma vez que ja nao siqnifieam tanto ~no ILl Es:olas de $amb,,:. Esu~lecend o·se ai um;;t distin~o entre as verda· deiios sambistas e os prorlSSionals (Caturamento fabuloso) ; Distinr;ao entre &cola "Show" e E!lCola Cultura Popular ; Prepara1;iio dos Jurados ; infilrra· 910 da ~ Media subrurnindo os valores autenticos pelo poder eeena· nrioo.

70


CRIATIVIDADE DE SAMBISTA Para se eriaf t! necess.trio urn impulso" um~ motiv"'"Jo I.- ." ~~ d uid I d ' .... <tUJ ~ WIll nece:wu' e, seg a oqo epoLS dt ~tivldade dt in~~,&o p.lra Impel tulliavllo" Dme qUt as Escolas de Samba sUl11uam" fOI J.lr~~o u!lh~1 : criatividade e 0 esp!'rito imaginativo para qu~ 0 w:'IblSld p.lSS.USf a Itr 0 seu lugar de destaq ue na cultura br~ siJeir •. E nece1S.l.no que Sf dlqJ que todos 01 individuos uim seu potencial eri.~dOI , podendo deSfnvolvt, \o ern diversos niveis cia intensidade. No caso das Escolas de Samba. h ay\~ uma fone m o tiv~o que com a investiqa~o do s.ambm•. J CIlhura adquinda dos habitos tradicionais. I influt!ncia dos meios de dlvulgac.\o m(W:hflcam 0 prOCilsso evolutivo preservando Oil MO suas cuac:temtlc.u. 0 compom· mento criativo pode seT tnimubdo por condl,.Io do melo·.vnbitme. Sfndo multo importante as experiincias !d uc~tiyas" N~l (sco\a! de Samb.a as bnn· cadeiras de Panide·Alto, os ensaios, os b.ltUqufS, 0 ionQo. 0 tstimulo d Ol blocos, a fo~a do samba de Terrtiro ou wnba·enredo It prfStnlam urn grande esUmulo do melo.ambiente a criatividade. Consideramos que 0 sam· biltl, atraVl!s de Na cultura exp6e roa cria tiYldadt e Vt:n att. os nossos dial llI1I'Iazenando noves conhecimentos que inttQlados ~ sua rtalidade pOUlbl!J" tam novas perspectivas para • Ane. Popul~r. 0 samblsta a"'ment~ a 10M de fltlmulaCflo canaliundo toda criarivui.de. detde que esteJ~ perfella . . ' caracterl'n,-," p" pn~s das Esrolas ,de mente Ult~rada as suas ortgens e as Samba Criando condi"a:e ruficienre pdra desenvol~ el . d~ melhol. mane\ r~ , y • os bloquelos a wanv!, s d",-rrunados pessivel, 0 Cenomeno criativo : ConS1deramo que _~ ' d " m do meuO Que ' do de elCluem nas Escolas de Samba, II a ve constante atilude de individuol tm de sua$ em~0e:5 , ltv.and O-O s .~ um: cont rolar a lealidade.

IU '

deCesa de si mesmos, sendo gilJta mUlta enefVU par . .... " .....$ a nf«'S$l' .. r~¢e'S enue - " . .... , A exoesava necemdade da eerteu IWS toritarias a urgenC1' de dide do poder que se maniCesta por a~itlld: ~~I's de ciam os deSCObrir 0 melhor sentido na problemitlca d de detennma<!ol fMjlln· bloqueiol. Como exemplos podemos citar os cases

Samba.

.,•


. levar em conslderac;:a-o os compo_ . ......... seu estilo, sem

mltaS QUI! tentaIn un ... __

pentes do • -.po .~ .

~

em total desacordo COn. S§o co nf.........;onadas ~~. . ."

a resultadO as fanta . dos artistas pl<lsUcos e cen6qrafos Co m d Detemuna . . . , nta seMOS aprese os. . . fazem a1egonas UlteU'amente desvin. d ~ • nlpnil unagem• ch ocupados com sua P de Samba. Algumas egam ao POnto a cas ~adas dils caracteristi das Escol : e preci.sam sec traduzidas pelos seus de eriar dificuJdades t.a:o CJTand~d" Q 0 seu significado. POl' esta e Outras . entendi as . d autores para qUI! seJam . tividade do samblsta eve estar Iigada "d taffiOS qUI! a ena . .. razOes I! qUI! conSl e , " .,dicaImente seus pnnClpIOS, educando ular sem enr. . d d ao am bito da arte-pop . • odifica~Oes impostas pela SOCII! a e . o povo para as necessarias m

Contribuit;:oes

a Criatividade

a sambista II altamente crlativo. isto podl! ser dhemhil~:'d"dradO em sua pro"I sua a I ad e , 0 carnaval na pna ell mea, on d e co n_e transfonnar'com " ' esta pop u1'. maJor . do .mundo . . Com relaqao as Escolas e .Samba, maior atrac;:ao do Camava1 : as sambistas .demonstram sua for~a cnadora a~raves des tem.u-enredo, das alecJorias anundas cia me-popular, os composltores verdadeiros poetas (muitas vezes sem cheqar aos bancos escolares) , as ritmos afro-brasileiros, as baianas, a mestre·saJa e a porta-bandeira, sempre renovande seus morimentos incomparaveis, as passistas com suas evoluCfoes e qinga propria, os ritmistas com suas habilidades e evoluqao. Sao tao grandes as contn1>uifjOes a criatividade dadas pelos sambistas que convem lembrae que muito do que e criatiyo na vida humana consiste na redescoberta do que as outros descobriram antes, dai 0 respeito aos produtos Priqinais. Para apreciannos 0 novo e conveniente fazer-se uma amilise do q~ uiste, pais a conhecimento e criado pelo proprio homem. Lembranames que quanto mais descobrirmos, mais compreendemos quao incom pleta e 0 nDSSO conhecimento. Na analise feita dos quesitos principais das EIcoIas de Samba, ~e-se notar algumas contribuiqOes criatividade dadas pe!a Portela. Como diz a nosso querido compositor Manarco:

a

" POrtela, eu .is vezes meditando

acabo ate chorando e nero posse me lembrar

o teu livre tern tantas paqinas helal : ~or falar da Portela olf! n.1o You tenninar"


A VIDA SOCIO-ECONOMICA DO SAMBISTA Qriundo etas classes o peranas e mlklia-inferior, 0 sambis\a sempre ro i 0 grande baluarte das Escolas de . Samba , I? u r~ n te muitos .mos ele IUlOu para e """"""uido pela ",,\ ' . . q ue sua C'Ultura (osse reconhectda . Manpnahzado . r--_" ..~ ICla o sambista so f reu no ~que a, persegul~O aos seus babitos e c:ostumH. De oriqem po~re , 0 samblsta su~u do rn orr~ I .das favelas , da!i casas simple$ do suburbia e aos poucos fOl mostrando a cuude 0 valor e a cont ribui~ao

que ele tinha para dar a arte-popular. Nos primeiros passes as EscoJas de Samba nada tinham , viviaID dOl imagl' ~ao do sambista, do desejo ardente de aflorar sua cultura. a d.inheiro era e5iCasso, 0 trabalho dos Tesoureiros na t!poca, MO efa dos mai~ intI!THSant" e oobiqados, wna vez que aque\es individuos tinham que, .a.ndando a pi. fazer a cobrancya das mensalidades, movimentavam livres de curo que 0$ faria sair ped.indo aju da e da grana que conseguiam procuravam esticar 0 nWcimo que pudesse. Antonio Rufino, primeiro tesoureiro da Portela, conta em seu depoimen' to que 1'110 era (<l.clJ retirar dinheiro sob sua responsabilidade. Nam que inclusive cansou de utilizar suas economias porque dinheiro n.a £SCOla era diflCllimo. As Eseolas dependiam da ajuda desinteressada de seas compo· nentes, que na realidade n.!o esperavam que suas aqremiat;Oes fossem hoje em dia U:o avidamente procuradas e desejitdas. Geralmente os individuos liqados 10 samba eram e ainda s.!o operanos de construt;ilO, eletricistas. pintontS de parede, bombeiros, barbeiros, pequeno! comerciantes que leva· v~ para dantro de suas Escow a experi~ncia profissional adqu~ de suas ltividades proporcionando uma ajuda equivalente a suas Iimlt~Oes . Po~ fazere~ parte inteqrante de classes inferla res ~ocialmente , 0 ~u aC'euo ~ eSCOlaridade ~ dificu1tado, eram pouees os elementos que podi.am dar al· IJUma contpbuiylo ern tennos culturais, dai as Escolas sofrerem m.filtra~s -.ternu que at. os nossas dias se confundem e se misturam enm mt~resse s Plllunente eulturais (arta.popular) e interesses s6cio-econ6micos desvUlcull· do. dat cuactertaticas das Escolas.

-.',


portela, EscoJa que originou e ect(. varias depoirnento s tornados na'stadOI sambistall .st;lo incl u idol ni* : ' nono trabalho. 98% dOl enueVl aa ir:ltimeralO diffculdades porqu. IDuIo demonrtcar ciasse operciria, 0 Que vern fortaleceu a arte-popula r, aqua1e a e que , '0 aquel ~ssou 0 sanlbi~ na , . d E.colas de Sam ba . P or estas e OUtras ~ . ponlnCLil as .' h ' toda /I un 'uno que 0 dlnhelTa que oJe circula q uem se deve a , , 'o~~das acham • J .. ...: .. d .. . rUOes aqui que5 I .d ensaiolf e (ertlv ....a es SOctalS, seJa din. D

pel,n Epeolas de Samba atrave~ ~ss sambiltal, que se passa levar escolari. gjdo para 01 jote~ dos pr p'n~ar aqueJeli sambistas com reais dificu lda. ' dade a essa g en e , • LIe se poS5C'I. alu favor dOl interessel d 0 natlvo, ao necoui. ' distribuiq30 fecala a d ' des, que sua d sambista que ale as n05SOli las, apellar de tado e tAo vilinente elq)lora 0 • .-ct<WTI.;do

.

nAo deixou de ser pe....... _ . urn nu.xo maior de pessDas da classe media Acuaimence podemos notar divef'Sas advidadell da E seoIa. C anSI'd eramo:s a Que pusaram a = r :~a (media me5l"110 e mMia superior) muito imper. participar?l~ da c mE .......~las de Samba . Contudo, fu-se necesSiirio acres_ tan te e valiosa para all -... _ ;""Oes de Iilmbuta5 n.to enavam preparaU<ls para reeeber centar que as aqrem...... . ... _ . esses elementos. IdO porque all Escolas n.!o tim au\u.co. uma ertrutura s6hda que prepara 0 seu novo components. . Enn EntitUdes ett&o preparada" para mOltrar lila arta , sou estilo, suas caracterimcas, mas .linda na-o sabem refonnular seus quad.ro~. educar .eus componentel para a vida do sambiAa_ E bern verdada que eXJSt_~ alqumas tenratfns teitu no sentido de «iucar seu. componente. e a matS unponante delas rol a rea1juda pela PORTELA em 1975-76, enaaiando suas alas. Prindo as ru.u: do bairro de OsvaJdo Cruz e Madureira. Era preciso mQltrar mail aos DOVOI c::omponenta (claDe mddia). Deveriam ser raalizados anuaiJ de paaistas, ritmistas, merue-sala a porta-bandeira, com· haianas !lila J6 para adultOl mas tambmn para cria~as, estimu · desta fanna comciente 0 proceao educativo. Toda Erola d.eYeria, a BOito ver, pouuir folhetos. ou revistas, ou ainda enc::anegadas de programar reuniOn com seu quadro de componen ts. F f mmiee. poderiam ter 01 lamas mail variado.: "rodas de samba - . oom e!enaentol cia Ve1h~-Gua.n::fa da Escola narrando .ua particip~ n.a -" r ""aq!o, mtrerista:I com sUd.., monrand.o a hilt6ria da £SCola, a do M..,su HlnDrico e Mu.u:aJ de cada Eacola. A. Escolal de Samba ~:~.:. iIP""" uma va no ano e na reaUd.de todo. o. seu. preparatiyoS ~:.:: para 0 v.t11e Pt1ncipal_ A.chamos convenient. que :l81.d comque 0 samba Preparad.ol devidam..nte para a aprel8nta~.Io. Ja .abem ~am,... I " fffUinado - . u _ ungalQental eIenan ,,"uladO como dsvena nal ElIColal, rna. bKiuida no OOIItexto ~ue aeja est:imulado, para qua asta clal58-m~~ P';«O de lQodO I AQrem1ao;eal po ... of.reeer ma!s tarde sua part ll::JQIo cia d I.eld~,~o a objetivo. Ch-vou... a com.otar que a inf"lltra_ .... II 'P'8nd e cu1... -~ da d eta. 2aooIa,- de. , Samba ,.-• efonnat;6ew e deturpay "., .. ~ ficar CIOttt. - Achanao. que elM tcram 0 meta • 010 a causa· ama . . qu. 11. Dto ~Itd ...... educativ•• du ElICola. a de lJUa vente knha ,....u ~ do patrbnb dDtin¢et: d6 qualquer tipo (as Escolal de nio cultural brullairo.) ~or

~nhecido seu v

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os DILEMAS DAS DRGANIZA90ES DE SAMBISTAS Geralmente as Escolas de Samba SilO !!9id.i1 pcn EnatlJtQs ul trapi:~'Z que ofSIe<:em poderes supremos e seus diligentn, que ml mWlol <:M01 . ~ detIigarn du IOlicit~Oes e dOl anseios d Ol componentn , n.10 dando nmhu ma explica(fAo, nem justificando ruas decisOn As OrqMuacGes. atr~vts d~

Diretorias ficararn a carqo de poucas pessoas e a maion.1 d Ol sarnbllt.l~ fica tem saber dOl problemas e de sual decis6es. Na rea1jctade 0 componentE nJo sabe 0 que faut au comG agir pili aJucYf au Aqrenriaqio , diants do sih!ncio e das solUI;~1 de cUpula predo· minant.. atuaimente. 0 rellexo dessa problemtitica recai soble ~ o;t;.mpo· nmtel que com~ i1 (onnar grupos dissidentn au n.1o, derlUa 01,1 lora de Noll

JUaI ~. Esses indi,WiuQs, geralmente intere~os em partidpa: e dar IU.I contnlmic;Io, sao tolhidOt I arastadol cri.ando verdoideir.n .In~ d, atrito dmtro daJ: Exolu pre;udicando seu proqrMSO e desen ...olv~n t o

Acham~ aconNlbavel que as orqaniza~on , atraris de wus

ac!mI1lU U'"

dora au d1retOl'ft possam equilibrar continuamentt as untqns de fU' -rtoddtd •• --'~o hl«" .... uka com all regtat e os benrfiClOS Que podtrJ-;l aclvir do nconhec:hnento e cia pratica "do' componrnln In ter HYClOt ... rm ~ _. 0 I sabre 0'1 JU""rul ' VI_iiC6i lUI; .......rifnci.J a ..rvi~o cia Escola, conuo r M w_r'"' . 'cil b' livo sr conSidfr.r n Of, component.., poderoli ser muho mau (a e 0 }e iitlca adnl!' II\Of lila ~ • C'Ontribu~jO, n30 sO JObrr a m~lh~ ~balho a srI niltrau.. a Mr adotada como tatnbem na melbor moso w • _. cr"Jcwl S w t ..... AI llnhu e " ' " ~ de unporWl~'" os OUXOI da tnfo~ 0,JMdA d. E5C01. M.tJS na .'S3Llqlo ct. polt,lca ou ftlolOfia de tribalho: dos componrntts Ub1I . . . 01 Dil'etote., ate certo ponto. estID a os inl'U~ daqurl.u

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....11. . . t_taDdo trldllZir Inl decilOn concn w' ''oS 1.. u atiridad•• do cotidiano em f'UI culM'" If.msrru!ldat ( em fut,url' U orden•• polttJca d. cUpula njo or "u"', dOl dlflqr::

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I.'--ula conform. o. pianos r rx)l«r __ ......... IoObre 0 ..... -.. , oblrr In '" .. ..... - •

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nlo puderem nem

lOUt..rem


camadas inferiores da Escola, nao ra dcontecendo realmente nas operil,.Ces. A competencia eSta , a e que e f > amente suas . • controlar It anv t apropn..... "--'0 aD conjunto poder..'o . It as caracteristic", d ar no adestramen 0 .' d habilidades e mcorporan 0 criterio $ noSSO

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de conhecimentoii',

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aceltdS d mpenho na "" . .' gerais mais justoS de asa 's ou locais, prJ:l'sume-se que as D1retores 1 dente de considera.. Oe~ pessoa realizar seu trabalho com uma vigi. pen . de sambls!aS passam das Organr.za,.oes 'd e despreocupilda. lancia relativarnente redUZI a f > >onalismo oas Escolas de Samba. paderao , d ada ao pro 15S] . d h A enfase que . a "'<fo e condUZ1T a urn esempen 0 Inferi o r sua OrgantZ .... d iminuir a lea Id a d e • >

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nas apresenta<;oes. . briga<;Oes para com a organizill<ao e Sua:; A pressao exerclda so bre ~s a niveJ do desempenh o. A tendencia para a bem reduzlr 0 M metas poder.:lO tam d anizal<6es t.lis como: anguelra , Imperio e . . I· "-"0 em gran es org c>lSSlonalS especializados proflsslo na Iza.,...... .r da no numero de pro C:- ~I uelro • I arnente mam esta 1 E , car o..><1oIg h ,mp,'gados por e as. sse comportamento , generos e oJe a '" . d e tad as 0 E 1 s 0 emprego de lueras , as vezes exagerados . . . roblema nas SCO a . cna seno p . Oe :;;fa mal encaminhados e tambem represen. de determ.wadas organlz:.r:r nas~os em capitulo anterior, oferecendo algumas tam urn dilema que que:; 10 oJX<Oes e sugestOes viaveis. . . . 1 _,> • tornou.se demasiada e preJudlcla, conslderamos justa A centr...lzal< 0 . ·d d >1 > procurem dividir e operar suas atlYl a es utI lzand o urn que as Ol"lJan.lZa(,:"!J<'s .... d. ' . . flUmero maior de pessoas que possibilltanam maIor Iversldade de IdE!laS e pouparia 0 uabalho excessivo . . . . . . E importante considerar urn modelo [IXO ou. preclsamente deflmdo , eXlS· te sim forma de organizar 0 esfoI'9o dos sarnblstas para enfrentar urn con· junto de problemas constantes Iigados a sua cultura. Poderiamos considerar urn modelo teonco baseado numa orqaniza~ao nacional que eleva sse ao mAximo a previsibilidade, a criatividade, a fidelidade e a eficiencia d o s seus valores culturais. A din.imica das Eseolas de Samba Ii- realmente complexa e as ideais dos sambistas ficarn cada vez mais difieeis de serem atingidos. A essa dinanuca se inc!uem aspectos positivos e negativos que nao pede · riamos deixar de elucidar. as aspectos positivo:,; ::;.Cia aquele:,; vincuhtdos a cu.ltura e .i arte·popular, preservando seus valores e caracteristicas, sendo que as mudanc;as exiqidas pelo tempo obed.e~a a urn processo gradativo . . Os aspectos n~ativos Soio aqueles que pretendem impor mudan~as radi o CiUS d~. estrutura ferinda os valores pr6prics das Escolas de Samba, sendo con~uentemente prejudiciais a arte .popular E . p~~so que 0 sambista esteja consciente do seu papel hist6rico e qu.e saIba dlS"tlnguir nesta dinamica aquila que podera ser beneficia a seus habl' to s e COStumes (arte). o reconhecimento da co mp1eXl>d ade das mudan .... as sociais e das f ore;.. . . . que a In!CliIln ou p , , 1 . rovocam n.Io deve canduzir a conclus<'io de que po De a envolVlda as E A ' , s e a1as d evam pinder seus valores e caracten.S ticas . manelra de encarar d no bin6mio --uillbri . assunto, a nosso ver, devera ser basea 0 , D-lIlterdepe de . arrll' nadOI na eltrutu d E n nCla que devern ser sistematicamente ex fa as scolas de Samba. >

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°


FUTURO E IDEAL DAS ESCOLAS DE SAMBA Com

0

objer.ivo de prestar colabora~~o efetiva

as Escolas de

Samba, e

procurando acima de tudo defender os I~teresses da C,u1tura popular , nos nos propomos apresent~r sugestOes e co.nsldera(f ~e~ que Julgamos necessarias • validas pira 0 aperfel~oamento das dlversas atl'lidades e desfiles das Eseo-

I...

o que

pretendemos expot n~o ~ 0 pensamento isolado, Solo considera· ~oes tiradas da pesquaa popular, atraves dos depoimentos, dos questiona· rios dados e dos sambistas das diversas Escolas que samado! a manifesta~3.o polimica das Agremia<;Oes , nos possibilitaratn conclusoes que nos parecem

¥inculadas aos direitos e deveres do samblsta. N~o pretendemos apenas focalizar os aspectOs ligados in in fl u ~ ncias elt· I.rnas, tao exaustivamente questionados , Consideramos. como n10 poderia deixar de ser, algumas boas contribui~0e5 deixadas per componentes que agiam sem interesses pessoais e sim pensando no samba . Hoje em dia, ja. se notam rea~Oes generalizadas contra as apresen!a~Oe s e dnfiles de Escolas intein.mente afastadas de suas origens. Nessa meta II a correya:o daquilo que vern atrapalhando os desfiles. que tem confundido simples modirica~Oes com evolu~.Jo. Sf nos dias de hoie Ii unanime a opini.Jo e posi~e da lMPRENSA liqada ao samba, em rellll~ao III detenninadas Escolas, e perque elas se deixaram dactracterizar pelaE influencias de fora. A pretexto de buscar a evolu~o, e entrar na competi~ao. as agremia!;Oes tsta:o • subrnetendo a desejos e anseios pessoais que nada tern a ver com a art··popular na hsia de aqradar 0 mercado de consume e:lj,uecende de preser· Yar QUS valores. Consideramos necessario que as Escolas liderem urn movimen· to, no sentido de conduzir as Entidades re~nsaveis pelo Carnaval a utili:a· rt~ u,rn mttrio d, julgamento aut!ntico, estabelecido pelos .Sil.Olbistas. dttn Vide~temente achamos que os caminhos para tal procedune~te. se pri!n· as Uderancas nas diversas aqremiaqOes e julgames necessano que ems ••


b - ta~ s.:tid os e co nscientizad o s n .. pro pna E ~, Ifdere s 5ejam rea/mente $iU11 IS cob , . . ' ado t.Jdo p"ril julqamentO da " Co m issao de . os "'-1 Ca nsXI eram os injWI . O 0 cnteno ( . c:riada ~ra m OSlcar '05 an ug ...... Udrtes da s F'ren le ". que na reahd..JIde '01 uansferiram seus conheciJnen las ;is no va $ Escolas, aqueJes sambUlas ~u::m af.utad os e substinddos po r mu latas au

9flra~oes e ':lUI! atual me~le N;' ue tenhamos preconceito contra essas lin _ bra.nc.J..s queunadas de 5 ~Iarnosqdo belo frciqil . mas sim por sabermos que cia' Cn.lturas, tamWm 9 ba e nada podem representar para a E ~I ws nada u!m a ver com a sam a, I.. que cuJtuam 0 sexo . a nola sec para aque , dl!'SCaracteriu<;30 que inc lusive podera aCe p o sta representa um . ~a n 5 e , . s lias E$COlas como por exemplo nossas lindas

l.if Qu ires selo res aut nl lCO

baianas. . " ... . ~ conDderamOS Qtunto as eqo • .-. . absunio aS gane s de u rn .. Agremia1;<io d chamos unporuante que os carros e a er~os de . A . d . d neste selor alu aim ente. as dever.to ter seu numero etennma 0 de ai:ordo m edo vam contar 0 enr , • . E I . ssid.des do mesmo. Case contr no a SC'O a que exaqerar com as. reaLS nIeCe . " . d • perder pontes na contagem . Tambem as eqe nas de m.fo o ques!lo eyer . . d ' aI . il

dl!VeBo ler seu nliml!fO reduzido apenas ao unprescm IV

a

ustr~.fe

de

enredo. . d Consideramos wn.a Escola cbeia de aJeqonas, como escaracterizacla e violentada, mesmo porqUl!, os sambistas que possuem no seu continqente esurlJlo cobertos pelos trabalhos em isopor, pinruras, esculturas, estandartes e tecrucas mcxlernas de ader~os e a1eqorias super-valorizados. Consideramos justo que na conf~o das alegorias sejam utilizados artistas oriundos cia prOpria Escola, a tim de que possam exercer no futuro fun~Oes de comando e lideran~ no balTaCilO de sua aqremia<;40, coibindo o s exceslOS e limitando-se a criatividade ao ambito cia arte-popular ; consideramos aportMtl! a .aJ~o do samba DO pe. A DOSSO ver tcdas as Escolas dever,fo dar l!nfase aos sambistas que criam electro dl! suas caractedsticas, de suas origens, aperfei<roando, seus moviIDetItos sem apeJos para outros valores estranhos tais como : cambaihotas,

s.a1tos espetaculares, coreografia marcada introduzida pelo "ballet ". Neste item consideramos as manifesta~ ligadas ao sambista . Com rel.ac?o as fantasias consideramos Que as pessoas ligadas a &ste setor tais como : fiqurinistas, costureiros, desenhistas. escolhidos ou nao pela "Comisslo de Camaval", dever.io ser obrigados a realizar urn serio trabalho de pesquisa em tomo do enredo. Procurando sempre adaptar seu estilo na execulji10 dos fiqurinos, atendendo aos anseios e caracteristicas des grupos e dOl componentes cia Esco)a_ Se passive!, achamos conveniente, que sejam recrutados auxiliaces diretos do responsavel ou responsoiveis pelos fiqurin os, entre ~ que perten<ram a EscoJa e que sejam capazes de repetir as ganos e deselos dos componentes. C8fetlS,

Consideramos da milxima importancia a valoriza~'o cia musica criada e venerada peJos sambistas (samba-enl"9do partido-alto samba de terreiro, samba exal~o). "

78

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",O'dO "e~ as

Eseo1as de S,lmb.l de " eri.;u n valo nzar e preserv ar

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e " lIlc

. sO ... ssinl ira m O!<H "" n __ " verdadeiro "'.:.Io r , sob r cpo,, " ro sUelrO q u " aCto-bra . te atendimento .10 consumo . dO ...... jOCrtu,n . b ~ " aO rno::u _... as 3pesar doll con COrTem:;13 com 0 a SUIUO unp osto pelos 1\

dO

nCO<"am , ' . f{.1o CO ' ca~o de massa , d escar ac tenzando as dlYersas formas de melos d_ . com~~s Escolas de Samba , com 0 objetivo imediatist a de a tender rn.. odia hqada~e a no fundamental desvalOfiza 0 trabalho d o compositor . 0110 consumo ~ oliO samba-enredo queremos deixar daro q ue va ri as f o r am a~ corn rela~ 0 nos ultimoS tempos n o sentido de desmoralizar 0 seu estil o . as Cellai' . l,nti1 U'l "d de mOSU"OU que as melh o res trabaihos , aq ueles que se perpe-

mas a reah a rvanl suas raizes e que as falsas mudan~as Co ram imediat istas, .anm ' pres.0 momento e perderarn -se . esvaZl,uam . " nte d aqueles com· tu ·se d ta atend eratn," 'adOs a fonna traditional pred.o minante . .......itoceS )9 " " ...-se cefere a escolha d e samba ·enr ed 0 a oplnlao gera , d as compoNo q~e to de pesquisa reali:z:ada na Po rtela, se pre nde a urna Com iss.io nen tes, ru de Composito res dol pr6 pria. Escola e pessoas integradas na ~mpo:o de Carnaval" , admitindo·se q u e conh~ bern a tema .

c~ bertura de concurso interno, ja questio nado em capitulo anterio r , ~ba$ de terreiro, sarnba-enredo, samba exaltac;30 , partido alto, mes~~iI e porta·bandeira, passistas , ritmistas . A premiac;30 seria urn aspeeto ~mu1ante e as Escolas teriam assim uma forma de distribuir seus luc ros que a noSSO ver 540 mal e.mpre.'Jados. .

_

Consideramos da maxima unportancla a preparaqao das novas gerill;Oes de sambistas que na pr6pria Escola poderiam e deveriam sec estimulados. E para tal, podiAm 1an(jar mSo de sarnbistas especializado!l nos divl!r!Sos seto res supervisonando e criando tecnic as de ativklades e tocneios infantis e juvenis. Estas questoes que levantamos em n o sso trabalho est30 vinculadas a o futuro e ao ideal das Escolas de Samba , nossa finalidade n:lio e o utra senaa a de preservar e defender a arte·popular cujos valo res pcecisam set alicer~os.



f iiI I lUI II., lI(1ft I~


~. I.,o , <•


rpe.rr.'-b.7.'d,.i:: 8 m6stre-sals dB portela)


Pol tft/M - CCNnpon."res e di,."tonls

Alcl_ DI_ L o l"un'eM'door --1.

~1~

nil

~p

Associat;6o de cronistas carnavalescos

Ortsla. Autor do 1.

satTJba de terreiro que comped"



CONJUNTO MUSICAL DA PORTELA _ perfodo d e 1928130 o nde se vl1 no 0 Antonio c.... (v/ollo) 7. plano, sargento (que empres t o u CMprlme'r06/nUf1JmentolS para ElSea/a),

Z~ d a

Mendon~a

Costa II outros.


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ell.,. ..,. Bsteris) _ COfflPontmres da BsterlB d -1_

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Antonio RUfino dos Reis


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canta'ram os pr;me;ros

AlvafYInga - Fundador dB Portela wtor de clIJClJmbu. longo, tnlIxix&.

Sltf1)btI-ctln~. samba de ferreiro,

SBmba dB breque, plIrtldo-a/ ro •

SBmbB..xa/~60.


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FotocotnpO$ltonn dB Portels B Aprendizes de Lucas. Festa de batismo da de Compoolronn dB PortelB_ •

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Aiagorias MBCuna fma _ Gig:tnts pi3in15 inf/u6ncia de artisan QU6 mio ;JsriO

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""/0 .....-r'°rte,. - fundador A

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• d £ scola 1.0 presldent8 a



"0 Negro" TRABALHO: - ISNARD E C'AN

DEJA

-; BIBLIOGRAFIA: _ - Edison Carneiro _ - Abdias do Nascimento _ - Manoel Mauricio de Albuquerque _ - Manoel Dieques Jr. _ - Raul Bopp _ - Nelson Wemeck Sodre _ - Castro Alves - Ciro Costa - Cancioneiro popular -

"Neste pais ser negro, e relativamente consciente, Ii estar em continua revolta. " James Baldwin

o Negro A presen~a inconfundivel do negro, com efeito, invade todos os setores da nossa vida social. Mas mesmo assim, sua luta continua por sobrepujar 0 desprezo da cor. neqro e tao irnportante na vida nacional que a parte da populayao brasileira que descende de escravos El, pelo menos, tao numerosa como a PCIl'te que descende exclusivamente de senhores; a raya negra nos deu urn POYo. 0 que existe at~ hoje sobre 0 vasto territ6rio que se chama Brasil foi levantado ou cultivado por aqueJa ra9a ; ela construiu 0 nosso pais.

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1' /


Pai Joio

Ciro COIila

. brill em 5Otit;i/"i..l fuma , ' 0 olbar curiosa, alongo, nde com tnsteza. ' para 0 , li->~o not uma __ .. eqro talvez, nil $0 '"' ' _ ... 01 0 n , . d s sol.idOeS do Co ngo . .. com os limpidos atUJ$ a Do taquaral a som.

. o ... tlnica e scturna, . I ()uve-Ihe a nOlte a va)': n ..,.. ' £'0 de arnot Dum munnureJo ODgO . . . ~u: surdo ~, %WIlbind~ na ~uma, e 0 urucungo iii qemer na cadenCla do )ongo . . .

:=,

Bendito sej,u N, a quem, certo, deven:os OJ. randeza real de tudo quanta temos . . ~a em paz ! ~ feliz ! E q ue eu flQue de ,JOelhos, sob 0 fUlgido ceu, a relembrlI, maqoado, que os frutos d o caf~ sao g16bul05 vefDl.elhos, do $allgue que e5COl"reu do neqTo escra--nzado . AJxHi~

de Fachada

NiluJultm pensou na aboli~o em termos serio~. Nill9uem penseu no futu· ro do neqro ninquem pensou no futuro da aqricuJtura , de que 0 negro era o susten~o. Ninguem penseu. sequer, uhliMr a pr6pria experiencia do Dtl9iO durante a escraoo..ro, 0 fato de que de rinha sido negro de aJuguel , e tID sequida negro de qaMO, quet dizer, quando 0 neqro ja tinha wna exp-tifncia particular propria, embora escravo, mas urna experiencla cap<u: iii: servir a alquma coisa, para. que os bomens .,ublicos do Brasil apren· d n alguma coisa com eles. A urnca tentativa de utiliza~o do bra<;:o MnYO a 'I'kLa brasileira, pattiu de Jose Bonifacio. Na rea1idAde nfo se penseu no problema do neqro, do bra~o escravo. na truufonnVo do e£.avo em. c:idada"o, de modo serio, de tal maneira qUe ajpda boje encontnunos 1Od610g0s e bistoriadores que nao consequetn esta· be' :et as ririas 9fadalfOes pdas quais 0 negro passou PMa IE! transformar cidad#o. Nadi; 18 fez . N.to se procurou dar trabalho ao negro, n.to se utilizou das que a propria escravidlo tinha deseRvolvido no negro, criando ~teirOt . colcboeiros. teleiros etc, necessirias a economia da pt"opriedade. Nlo :te uti1hou a experiencia urbana do negro, a capado negro de aprender coisas de se preparar para servir aqui e acoi.i, ...... a ~ar como operatio, industri.a..l, operMio urbano. N.to se a eapacict.de de 58 valer dos pr6prios teCUrsos para lib.rtando-se de cmto mod.~ d~ senbor que Ibe pagava par semana uma quantia quaJquer, ~ SI. , cnar qrandes coisas, como, par exempio as alfaiatarias do Rio de ,lan ..ro. '

n... 82


Negro

Raul 8 0pp PeS<) em teu sangue a voz de igno radas Oriqens _ As n o restas guardaram na s ornbra a 5egred.a dOl , . . , . • . , '- _ Ua hlst6na A tua prunelra Inscoq 0 em Udixo ·releva fa i urn ch ' . E ningu6m utilizou , ninguem pensa u nisso ~ ICotada na tornbo. lemas apenas isso ; " Fica abolida , de hoje em di~nteOa ~et~ de Abol~o, o negro au caiu para a criminalidade (abando d scraVldao no 8ratil". outra coisa para fazer , fic.a.ndo pelas e s tradas vadia n~ 0 porque nao til'lha priedades) au voltava a trabalhar naqueles luqare n ° e ~~haod a a$ pro· sub1'lletendo,s.e a urn regime de trahaJho que 56 n~ quo:.- hl'lh a. aband o na.do, Ieg-almente estava aholida, mas na verdade e ra 0 m a era .e scravida:o porque t em de mais de dez horas de serviqo, de de-ndeneia ') de tTillbalho • ' I"'~ mp et,) 0 arno o .unportante e delXar claro. que 0 traba lho e~, _ , ..... avo era conS- .Uencia .. urn SIstema econOmlco eolo nlahsta , o rigem de U rn.l sene d - " . ....e negatlva! que vern ate 0$ nossos dias. C Im phcal;¢e-s

00·=,° =d

"Esse tal de cativeiro foi uma sabedoria q ue os portugueses i n ventaram no tempo da Monarquia., para q ualquer cou!', ruqo tel' nome de senhoria "

" DeSiJfio" colhido por Leonard o M Old Os poderes publico! at iraram o s ex·escra vos .i extinl;ao pela fome. a doen~a , 0 desempre<]o, a miseria rnals c ompleta. Nao 56 a $ classes d iriq en les mas toda a sociedade brasileira (echo u a s pO$sibilidades de sobrevive new, com oportunidades de vida diqna e decente. Criaram ·se ":dogans" sobre iqualdade e democracia racial apresen lando nosso pais como modelo de convivencia racial , man tendo neqro enganado e domesticado . as brasi.leir~ fortemente piqm.entado s de escuro somam cerea de trinta milhOes. Canos ap6stoJos da misdgena~.1o p regam a rapida eJftin~ o d o negro . E assiln estaria automaticamente resolvid o 0 problema. A parte branca, ou menos neqra, continuani m o napoliz.ando 0 poder POIi~~. ? ~er econ6mico, 0 pri~eyi o da instru.~ o e d,o bem-euar, alheta 0lS unPO Sl~Oes da fam.igerada Lei Aurea - A Lei dol Mal]la Branca , na correta de(in.i~'o de A n tonio caUado. Sob a Lei da Maqia B r~ca , 0 negro e iqual a qualquer o utro brasileiro . Na pratica, sem maqia branca a u ~eqra negro e apenas isto: 0 imame pela ra(j'a consignado no estatuto co lonial .


"Perna de neg-o e cambitO peito de neqo e estambo . barriga de neqo e pote. roup<! de nego e mulambo. chapeu de nego e c:ascaio. casa de nego If mucambo."

" As Falras d o Negro " - colhido p or Leona rd o ./t·/ota Vejam por exemplo a ausencia total do negro nas yni~ersida~~s . N iio exinern no Brasil ju izes negt'Os. brasileiros de cor na carreira dlplo matlca. rnarechais. senadores e deputados negros, banqueiros negros, indunriais. Nao hoi Ministros de Estado neqros Dum pais de trinta a quarenra miJhOes de cidadaos de cor. N;Jo exist e urna est..itua em louvor 010 negro brasileiro. Iu excec;Oes, Oll mu.latos dirla~os de branco, nolo sao exemplo s v,iIi· dos. 0 nueleo da m.istifica~.io se siwa no ate de valorizar vit6 rias individuaill e isoladas .. que s.fo tomadas como prova de ascen~a:o d o grupo neqro. Espanta que os que aceitam estes processes de massifica~a:o n40 percebam a a usencia do negro nas Universidades o u no s campos de alto n ive] t ~knico e profissional . Em ven:lade estas qeneralizac;Oes Rilo Sc'Io mais do que recursos ideo16· gicos mascarando uma Iiberalidade que no passado a escravidao negava e que no presente 0 catidano desmente. Onde enlo os neqros? Ora est<fo por a i no empreqo humilde ou no desempreqo. Prisioneiros do analfabetismo, da m iseria, da doen"a, do Clime . Do crime de ser negTo. Do crime de ter construido urn pais para o utros.

" Hoje em meu sanque a America se nutre : - Co ndo r . que tranrlo rmara·$e em abutre, ave da escravidao . E1a juntou-se .is mais. __ inn.Ji teaidora ! Qual de Jose os vis irmJos , o utrora , venderam seu inn.Jo!

Trecho de "Vozes D'Africa" - Castro Alves Assumir sua co n~o de cor, eis 0 primeiro passo. 0 negro precisa ~x~ uma a<;ao t,r ansformadora sobre a realidade imediata que 0 cerceia , urn

a e secundanza. Seu papel Rilo se esqota e muito menos se subordina a Ulna mera tomada de posi~o de classe operciria. Ao negTo cumpre organiz.n . d . . finne e inarred.iv 1 do . -se. !Sento e 6dio ou ressentimento , porem , ror~ de prens e ~usto lugar a que tern direito, deve 0 negro eriar suas 0, seus mstrumentos de a(faO direta Sam ente organizado em f. d' · . obtH iqua1dad e d . tnarmca, atuante, conseguira 0 negro men~ e IOc:ial e aportumda<ie a urn status de vida superior _ econo m io:a· mente - ~o s6 """'.a ' leiro. -- a C)ente n@9ra mas para todo 0 pavo braSl.'

°nra

.


I l u d o 0 q u e co ntraria a "sta nu; quo" , apI "' ~" ta ri$COs Mas e nte , alm ." . to N atU s riscos est • a n egro d e:ou.e a .Instante d 0 se u nasornen t odoS o . . . . cOn'en d 0 pOis 0$ n egros a I ncompreen~ de u n s . a caluma de m ull en;. l'U:o t e[Jl.a~pecha " de raci:n a n ~ ro . pol S e o u tra lih5~ il ~e lntU'fIl<iaC<io e

Basta -no s is inteqnd ade de nossa conSC l e nCliI d e demOCh\tas NAn tern ~ imo b ihza r;JO. de nistaS. I" de hulTli!. a arLicip at;,jo d o n e gro e m t odcs as gr aus d o pod", r , se w qu e r ImPoe- se P um a s ociedad e jus ta n um mun do d e p a1: . e nte alca n Qar lm T rorl b.Jlh o · l m ord e Cdrxl c ia

",


QUILOMSO - Grli~io Recreativo Art. Negra -

escola de Samba QUllombo

t a nDcleo de delesa do sambist• .

QWlombo nasceu da necessidade de se preserl3I to1a 1 mfiuerr.-.a ~ ~~ afrO !Ill cullUra brasiJeira.

~emos chamar a aten~o do pova brasileiro para as ra iz.es 'ia u:e

oeqra braSi1eira.

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A realjdade brasiJrua caractema·,. pela ausenoa de "utanemia , :!! _cada econOmico e cultural interno. Produm cultura significa fazer cria~Oes orig:inai s . N~a senda peui,". , rida cultural, desenvolve-se uma fonna a1ieDada de cultura, abase do !eitura de prod~ a1heias de problemas a1heio>. Assim que .. explica oossa inv.terada tendencia a imit..,ao, ; cGP'" d. modelos estrangeiros e a .a1~o de tudo 0 que e impeNda, Wl 1. a:mplem de inferioridade. "Angelo 5aIYador" cultura e edu~o brasiJeira. As ~s culturais uma vez prnduzjdas, Silo falOS culturais, ""jXlad .. Cera dos iDdiYlduos. IUo ba pais autenticas invenqOes 0 que ba silo descobenas do q'le DO meio Datural e cultural pree1istl!!lleS. QuilOlDbo e 1DD "desejo" as m 'IS de lalllhi... que do manridas a1heias a qua1quer oin! de deci<k>

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p6pW 11';0, ccrrompiclas e menlad" peIas CXlOlt~ • imposi· \1IIIt6cio ecouilmiroculturais. " . , . , . (8tos que este DJo Ii om motimento rcmintico, paq~ . ~ F • OIl' J pa. it -'Mia e ao ca:rater .'j"tental de pa_.~s """"'"""'" ~ IID.I Pede _ masidendo ..,..,antico oa _lila que 0 IIIOfimenw III _

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'0. _ maoiderayb que 0 bcmem bIaIilei!O nao

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A p osi~CiO d o " Qu ilombo " e principalme,n te contrari~ j im po n a~ o d e prod u t o s culturais pron t os e a c abados , prodU1!ld OS no exte nor. Acredi tamos em n o ssa ma teria -prima . Se ene e wn compo rta rn e nto roma n· tico e Stam o s satisfei tos, lu tarem os a p aixonad amente. . Quilombo nao p retende chamar a t e n cra o. d.D co n~ o . vlo lent ad.? r d a c ult u _ ~ t ra ditio nal . mas sim den unciar sua panlClp ac;:<Io . E co~ o se e SUvesse OCo rrend o urn ·' Waterga t e ". os sambi stas e stao senda anes teSla dos. con tro la d o s e

roubad os. . . d f·· I A s o rganiza¢es de sam bistas ingressaram n o eSta glo a p ro lSSlo na i zacrao. o compositor n.fa (az mais samba pensand o em sua E scola , em SUa c u ltura. Aqo ra pensa na g ravadora . . ' Os ensaios acabaram transfonnando -se em ~unad O S bailes de carnaval. Q u iJan bo nao ena aqredind o nin:gue m , e~a a1erta ~d o a P~v o . a s sam ~i stas em geraI. E preciso q u e alguli'ffi gnte e Quilombo e urn gn to n a muludilo. Entia tamando 0 luqar d os veniadeiros sambistas, Q u.i1om b o e wn n ucle o d e relii.stencia. contra as deforma ~Oes que vern afe tando a arte p o pular b rasileira . Q uilom bo e uma greve de sambistas contra a polui~a:o no m eio . A eDtid ade em aberta para todos que acreditam nas ra izes de n o 5Sa cultu·

"'.Quilombo

M O e urn m o vimento reno vad o r mas tambem n a o e conser-

vador. Levando-se em consid era~o que a mcderniza~o leva sernpre a conse rva~ de U1D.OiI parte da sociedade em n ive} atrasado e arcaico. enquanto o utra parte menor se moderniz.a. A modemiza~o pode dar a falsa impressao de q u e os problemas Coram superados , mas as contradi~Oes e o s conllitos que ela gera poaibilitam a instabilidade e a crise. Acnditamos na mc:demizacra-o partindo·se da premissa que ela resulta d e bto res espontineos, iDtemos da est:rutura social , em gera! nao pro vocado s e n.Io intencio aais. Nao aceitamos 0 planejamento da modemiza~o. mesmo porque, pede haver modemiz~'o sem desenvolvimento. Basta var um desfile de Escolas de Samba e percebe-se nitidamente as derorm~s (mcdemiza¢o) imponas pelo poder econ6mico sem mostrar deseoYolvimento da cu1tUI3 e ane popular. N~ estii rnuito lenge 0 exterminio das haianas do rnestre-sala e porta · bandei.ra ) dOl pas:sistas (quase extintos), dos com'positores que ya:o sendo envolvidos e destruldos pela modemizaq3o e pelo consumo . Aa-edi~os na evo luqa:o gradativa, vincu1ada as orig:ens e rillzes populares (mo-brasihruas), desde que, traga reais beneficios sem desperso nalizar nossa cuI",,,Ferir os moldes trad.icionais sem mostrar criatividade dentro da arte-p opUlal e ~u:r:1ar a vigj1anda d es sambistas e roubar aquilo que existe de mais pure e au~tJCO no povo bruileiro. Um pavo 5Cffi cwtura rUlo e pove . Qullombo e Ulna realidade que veio para ficar _


comportamento Social ·

o

Tipo Malandro ~',.cteristico do peve brasileiro, le a cario". _" g' ...... . .principalmen . ",~"lunasua

'meira .. p nfase " nos morres e se Idenuflcavam pelo'. chinel0 , "cit.,lo,e.ou "carol de gato ,leO(,:o no pescoc;o, chap~u de palha, camisa de pallia de seda. de ser wna indumenuiria de pn'm ' A eamisa de palba de :oeda•, atern alh" enol llnha, servia como de f esa d a' nay a anna comum utilizada pelos malan. dros dessa epoca. la~O do lenrro era feito por urn anel de ouro com brUhantes. Todo 0 born malandro acompanhava 0 samba na "caixol" de f6sforo au no "cha~u de palha" .i mOOol Luiz Barbosa e Dilermando Pinheiro e eyro Mon. teiro. Os primeit'as malandros, brigavam nol mao, quando usayam anTliloS , estas eram : "navalha au folea" eram charnad.os malandros de morro . Grande ntimero deles eram cansiderados excelentes caneado res (jogado res de baralho). No jogo de "Ronda" caracteristico de sua epoea, eram imbati. 'leis. Costumavam realizar os jogos em qualquer esquina , n os eampos de fute· hoi ant&S au depois das competiC;Oes etc. Os malandros sempre foram bern eonceituados nalii E scolas de Samw e no bairro onde moraVaIn. Os malandrO$ antigos eram " Boemios " parayam semple numa roda de samba. Eram considerados "malandros no bom sentido" (rna· landro sinOnimo de inteliqente). Era urn tipo que lembra 0 nosso " Moreira da Sil ...a" com sua qiria, qinqa e muita vivacidade. N esta prime ira fase pcxIeria· mas ciw na Portela como malandros conceituados : Paulo da Portela , Alcides. Alvaiade, Mijinha, Manuel Bam, Bam, Bam, Nilson, Estafeta (earteador conhe· c:idtaimo no joqo de ronda). Neste tempo exinia 0 sequinte ditado: " Malandro que. malandro nifo dii mancada ". Periodo de 1930 a 1945 aproriroada·

o

mente. MUs tarde

eom~ou a aparecer outro tipo de malandro que se caracterizava

pelo UIO da tatuagem, sapato salto carrapeta, chapeu chile (Tipo Panama) que vinha do ChUa enrolado nos navies e aq ui chegando se colocava na forma das chapelarias que inclusive passavam uma fita preta ao seu redor. US,WaIn sapatO de peUea de Primeira, sapato de "esterinha". Todo bom malandro tinhilo mui· tOl iU'DO"", rnuitas mulhern. Eram conhecidos como born de pe!"na (roda de hatlle...., . ) . Ca.tumavam usar monoqramas de ouro na camisa com as iniciais cia s-aoa. Oa malandros cleaa 'poea costumavam andar em bailes. Tinham pr~~o ....,...) pot aamba-c~o. Eram tamMm boemios. Vi~ .nas gafleU'~s ~ . eom.o axe.plo, podemos atar a "Elite" da Prar;a da Republica. conhecidlS' ~ • tarna.a na 'poca, "Cachopa" de Madureira, Me~er.' Cord~vil e outras. dro1bargInaJ, 0 ·'pllanta pratlcamente quase que nolo ex1Sua no Rio. 0 malan· I'A_':O .-taw. voltado' para isto. Nao SIB tratava de urn marginal. Evidenteaq,u.l. tfpo de rnalandro na:o mais existe.


I Com a modentiza~o Ie 0 progress~ c?me(f'aram a aparecer indiv{duQs liqados (. fil~~"'.1o da c!asse media). assaltantes iI milo annada, que na · ao t 6 XlCO In "~y . d ·f· d " .dad • malandros" . [P4Ih e no pod.m ser confundidos nem . ID enb IC3 .as como . ~~~~ ...... ssoas que cons:Jderamos maJ"qtDaIS e n:io malandro, _ N em sempre e~ .... "d . E-ola, de Samba e quando tentam faze-Io Silo desprezado, e:stfo .... ga as as .-.. ' .' . . . , •• al'·J"ado5 pelos dlflgentes das Enudades. 0 born malandro pelos partIopan e . _< HOJ·' 0 macmnal usa anna de fogo . Atualrnente a assaltante , bngavil nol ...... 0. ":1--. ao malandro anuqo, 0.10 tern urna caracterfstic a , d ve ser com"""racio quenoe ,... f· ·calA . . d tifiqu. pela indumenr.;iria ou pre erenCla . muS! . te a gina fo i queomenl . . desfi ada nJ"o existe nenhuma vmcula~o com 0 opo antenaL H~e e~ tempo por volta de 1955, na Portela, ~m que urn grup~ filiado a Esc Ia se viu na contingencia de defender a Agremla li.1:o e as faml1ias que ali

mallS elementos er~ grande. Entre Os indivtduo:;; formavaIn esta "policia mineira" podemos cltar: Natalino Jose do Nascimento (Natal), Manuel Bam, Bam, Bam, Florestan , e alguns emprega£ios DO "bicho" (contravenlj!i'io) tais como: Denilson, Pauli· Dba Hen e Flamengo. Esse grupo acabou com as tentativas de marginais que 0.1(0 eram do local e vinham fazer amea'ras nas reunioes (bailes e ensaios) em o.valdo Cruz. AliAs podemos afinnar que a Portela e das Escolas de Samba a que tem 0 melbor comportanlento e disciplina entre seus componentes, urn ambiente social bern familiM .

~enta.vam. 0 acedio de

q: fr

Intelectuais Versus Sambistas.

o

Carnaval yew para 0 Brasil atrayes do "intrudo", dentro de uma cultura extema cujas oriqens esta:o na I Lilia e na Fran'<3. portanto de cu1tura euro-

.....

As Escola.s de Samba que 58 transformaram no ponto alto do Carnaval tem seu alicel"ce cultural baseado no afro-brasileiro, originando da1 a confUto que eJtiste atualmente. Pade-se Dotar tambem 0 div6rcio entre 0 Carnaval e as Escolas de Sambas que assumiram 0 I." Jugac em tennos de importancia no periado das comemora~Oes de MOMO. Esta posiq4o, que coloca em choque a cultuca eur~ia e a afro-brasileira, vern dificultando a integraQilo. Alguns intelectuaiE ligados as Escolas de Sambas ainda rui"o perceberam as reais diferenlf3S que existem entre 0 Ca.cnaval (cultura externa) e as Escolas de Samba (cultura internal . . Paralelo a este aspecto Ii necessaria denunciar a segfe9aq§o social e econO· IDJCa de que 0 sambista em senda vi'tirna, sena-a vejamos: 0 sambista pa~a entral" em sua. E.scola ou outra Esoola pcecha pagar 0 inqresso. A classe medIa e a superior, alijadas das beates, churrascarias bailes clubes etc., se refugiam na ambiente do samba par sec mail barato. P~ga sua ~esa e assiste de perto 0 espe~o que ja estJ. sendo tirado do .... mbiata pelo pod,er aquisitivo. Evidentemente nota podemos culpar a claase mddia neaa conida natural ~ espontanea h Eacolas de Samba. AfinaI de CODtal 0 samba e do povo braslleiro. Acbamoa que efte , urn ploblema de estru;ura econbmica e social no Brasil.


• nue est30 vinculados as Escolas de 'n tel ectua is ... . nh bl SiUTlba ' . e q UI! vier am Ii 1 a classe media precl5am eo ecer. a pro ~matlca d o sambi .. t". untO. com r suas car a c teristicas. conhecer. sua:;; angens a fam de que sua co ... tri a O

"respel l

. integrada ao meio sem fenr a

buic;:.Jo este)a

no~ c:ul ~ura .

.10 maior. dian te d o processo dtnamlco da s Esco la s de Samba ,

Adepreocu~~ cui tUfa afro-brasileira, como preserva<;.to d o q u e e n o sso em defesa do alheio. ento detrim evo luc io. nistas le . h 05, as in o va<;oe s indiscrirn inadas . , 05 falsos d O descamm ' ' d a, .i deforma1;.1:o e a d e scarac tenza <;<lo e nossas r a lz;es cultuyarn. ' sem d UVI

ea

rais.

q,


COLECAO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A Cole~io Estado do Rio de Janeiro prey!! a publica<;ao - comenlada e anotada - de obras de autores nacionais e estrangeiros referenles a aspectos relevantes da cultura do Estado e de sua contribui9ao a cullura Brasileira. A Col~ao compreende tr~s tipos de ,;C bl ica<;oes:

a' Dbms de cunho descritivo e docum elltal que apresentem subsfdios e . - tanto para especi alista quanto para leitor comum 0

0

, . da sobre a vida do Estado em seus varios aspectos; bt Db'SB de analise e interpretar;ao que procurem dar uma visao cnll ca ·~: ~.~lilja,'e do Estado, no passado ou no presente; las ex' ••/~68B de obras esgotadas relevantes apresentadas com nOm uma e interpretativas que situem os textos reedllado s e ~a ipecti\,a atual.

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