COMANDANTE DA MARINHA VISITA O GRUPAMENTO DE FN DE NATAL
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Comandante da Marinha, AlteEsq Julio Soares de Moura Neto, visitou o Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal acompanhado do Comandante do 3ºDN, VAlte Edison Lawrence Mariath Dantas, no dia 28 de janeiro. Na ocasião, foram apresentados projetos para a melhoria das instalações da OM e as recentes reformas executadas. O Comandante da Marinha pode conhecer, também, os projetos sociais que o Grupamento desenvolve em parceria com o estado e o município, voltados para a melhoria das condições de vida de adolescentes de comunidades carentes.
PROMOÇÃO DE ALMIRANTES DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
VAlte (FN) Leitão
CAlte (FN) Nélio
CAlte (FN) Zuccaro
oram promovidos, contando antiguidade a partir de 31 de março, ao posto de Vice-Almirante (FN) o Contra-Almirante (FN) Carlos Alfredo Vicente Leitão, ao posto de Contra-Almirante (FN) os Capitães-de-Mar-e-Guerra (FN) Nélio de Almeida e Paulo Martino
Zuccaro. Os novos Almirantes ocuparão os cargos de Comandante da FFE, Chefe do Estado-Maior do ComFFE e Subchefe de Comando e Controle do Estado-Maior de Defesa do MD, respectivamente. Ao som da Canção “Na Vanguar-
da”, em cerimônia realizada no dia 31 de março, no Salão Sete Março da Fortaleza de São José, os Oficiais Generais promovidos receberam suas platinas de suas esposas e do ComGerCFN e, posteriormente, os cumprimentos dos presentes.
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EXPEDIENTE: Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais Almirante-de-Esquadra (FN) Alvaro Augusto Dias Monteiro
Notícias e Eventos do Corpo de Fuzileiros Navais
Editor Responsável Capitão-de-Fragata (FN) Pedro Luiz Gueiros Taulois
Jan/Fev/Mar - 2009
Coordenação Capitão-de-Fragata (FN) João Leonardo Palmieri Parente
Assessoria de Comunicação Social do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais Fortaleza de São José - Ilha das Cobras Centro - Rio de Janeiro - RJ CEP: 20091-000 www.mar.mil.br/cgcfn
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Projeto Gráfico e Editoração Capitão-Tenente (T) Tonery W. Pernambucano Júnior
O NOTANF agradece a remessa de matérias que divulguem o CFN, suas unidades e seu pessoal.
Nossa Capa Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, Rio de Janeiro.
Desfile em Continência ao Comandante da Marinha durante a Cerimônia Militar de comemoração do 201º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais. É permitida a transcrição total ou parcial das matérias. Solicita-se citar a fonte e a remessa de um exemplar.
Jan/Fev/Mar - 2009
FUZILEIROS NAVAIS NA SAPUCAÍ A
Escola de Samba Império Serrano levou este ano para a avenida Marquês de Sapucaí o enredo “Lendas das sereias e os mistérios do mar”. O famoso samba, de autoria de Dinoel, Vicente Mattos e Veloso, que tem como refrão “ela mora no mar, ela brinca na areia, no balanço das ondas, a paz ela semeia” foi composto para o desfile de carnaval de 1976 e reapresentado este ano com 3.800 componentes, 31 alas e 7 carros alegóricos. A repetição do conhecido sambaenredo serviu para empolgar o clima na Sapucaí, já que a escola foi a primeira a desfilar na noite de domingo. O mar e seus encantos deram o tom do desfile e a Marinha do Brasil esteve presente em duas alas: uma, cujo nome era Marujada, homenageava a festa popular nordestina e trazia componentes femininos vestidos de marinheiros; a outra foi a bateria “nota dez” do Mestre Átila, que veio caracterizada de Fuzileiros Navais. Segundo a vice-presidente de Carnaval, Rachel Valença, a carnavalesca Márcia Lage buscou inspiração para as fantasias dos 257 ritmistas e 14 diretores de bateria no uniforme dos Fuzileiros Navais da Brigada Real da Marinha, tropa que deu origem ao atual CFN. “Tivemos que fazer algumas adaptações principalmente nas cores, já que a Império é verde e branca, mas procuramos manter o garbo e a beleza do uniforme histórico dos Fuzileiros”, disse Rachel Valença. Jan/Fev/Mar - 2009
O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, participa do ensaio da Banda Marcial do CFN e da Bateria da Escola de Samba Império Serrano no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Foto: Diego Mendes
A homenagem da escola de samba ao Corpo de Fuzileiros Navais proporcionou um encontro inusitado e harmonioso, na quinta-feira antes do carnaval. Cerca de quarenta componentes da bateria da Império Serrano e da Banda
Marcial do CFN fizeram uma apresentação para a imprensa no Sambódromo. A parceria foi tão exitosa que o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que visitava o local, aplaudiu, emocionado, o encontro. 3
CFN 201 ANOS
AS COMEMORAÇÕES DO ANIVERSÁRIO DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS A
s comemorações do Ducentésimo Primeiro Aniversário do CFN revestiram-se de um brilho todo especial, pois este ano celebramos também o bicentenário de nosso batismo de fogo – a conquista de Caiena – e da ocupação da Fortaleza de São José, nossa casa e refúgio durante essa longa caminhada do Corpo de Fuzileiros Navais, desde o vitorioso regresso de Caiena. Iniciando as comemorações, na manhã do dia 9 de março, na Capela da Fortaleza de São José, foi celebrado o tradicional culto inter-religioso (foto 1), 4
oficiado pelos Capelães CMG (CN) Nelson e o CT (CN) Castro, com a participação do coral do CFN. Em seguida, foi realizada a Cerimônia Militar, presidida pelo Comandante da Marinha, AlteEsq Julio Soares de Moura Neto, com a presença de diversas autoridades civis e militares. Precedendo o início dessa solenidade, adentraram ao Pátio Almirante Maximiano, a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, relembrando o desfile realizado pela Brigada Real da Marinha - origem dos Fuzileiros
Navais - no dia 8 de março de 1808, dia seguinte à chegada dos navios que traziam a Família Real no Rio de Janeiro. Por entre os portões da Fortaleza de São José, os presentes observaram o garboso avanço das representações da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais e dos Aspirantes Fuzileiros Navais da Escola Naval (EN), que espelhavam, respectivamente, o legado e o porvir dos combatentes anfíbios da Marinha do Brasil. O evento iniciou com a revista, pelo Jan/Fev/Mar - 2009
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Comandante da Marinha, da Companhia de Honra (foto 2), envergando o tradicional uniforme garança, cujo vermelho, evocativo de coragem e bravura, alude aos predicados do CFN. Após a revista e o canto do Hino Nacional, seguiram-se a leitura da Mensagem do Comandante da Marinha e a imposicão da Medalha Mérito Anfíbio, quatro âncoras em ouro e em prata, aos militares da área de jurisdição do Comando do 1º Distrito Naval (foto 3). Um dos pontos mais marcantes dessa cerimônia foi a instituição do Patrono do Corpo de Fuzileiros Navais, o Almirante (FN) Sylvio de Camargo. Na ocasião, o decano dos Comandantes-Gerais do CFN, AlteEsq (FN) Carlos de Albuquerque entregou à sua esposa, Sra. Sylvia Helena, filha do Alte Sylvio
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de Camargo, uma placa alusiva a esse marcante momento de nossa história (foto 4, ver quadro na página 6). Posteriormente, o CB-FN-MO Marcelo da Silva Chinellato, Fuzileiro Naval Padrão 2008, recebeu das mãos do Comandante-Geral do CFN um diploma e uma placa, por ter se distinguido dentre os 3.367 Cabos Fuzileiros Navais, pelo alto padrão moral e profissional. Como prêmio, o Cabo Chinellato realizará a próxima Viagem de Instrução de Guardas-Marinhas (foto 5). Outro momento de destaque dessa cerimônia foi o lançamento da medalha comemorativa aos 200 anos da Tomada de Caiena. Aludindo ao ocorrido em 1809 - quando D. João determinou a cunhagem de uma medalha de prata, para comemorar essa vitoriosa campanha -
neste ano de 2009, ao celebrarmos o bicentenário desse significativo acontecimento da história brasileira, a Casa da Moeda do Brasil e o seu órgão cultural e de colecionismo – o Clube da Medalha - muito nos honraram com o registro do Batismo de Fogo do CFN em metal nobre (ver quadro na página 7). Seguindo as tradições daquela Casa, os cunhos originais, matriz que dá origem à produção das medalhas, foram descaracterizados pelo Comandante da Marinha e pelo Comandante-Geral, impossibilitando a cunhagem de novos exemplares, tornando a sua emissão limitada (foto 6). Na ocasião, foi ainda realizado o lançamento do livro “Os Fuzileiros Navais na História do Brasil” de autoria
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da professora Alba Carneiro Bielinski, com ilustrações de Murilo Silva e Cintia Viana e patrocínio da Petrobras Distribuidora. Destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio, esse livro apresenta à sociedade brasileira a gloriosa trajetória do CFN, marcada pelo sacrifício maior de 1622 Fuzileiros
Navais que doaram suas vidas em prol de um Brasil justo, unido, livre e soberano (foto 7). Dando prosseguimento à cerimônia, houve desfile da tropa e das representações presentes. Para encerrar o evento, os presentes assistiram a uma apresentação da Banda Marcial do CFN, que mantém, com inegável orgulho, a tradi7
Após o corte do bolo e a entrega da primeira fatia ao Soldado (FN) Lessa, os convidados tomaram a pista e dançaram animadamente ao som do Banda Fuzzibossa.
O PATRONO DO CFN
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Pela Portaria nº 38, de 26 de fevereiro de 2009, do Chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante (FN) Sylvio de Camargo foi instituído Patrono do Corpo de Fuzileiros Navais, cujo dia de comemoração será 7 de março, coincidindo com o aniversário dos Fuzileiros Navais. Insigne oficial da Marinha do Brasil e ex-Comandante-Geral do CFN no período de 1945 a 1956, foi instituído Patrono do CFN por suas insuperáveis contribuições ao nosso desenvolvimento, em especial, pela criação do Centro de Instrução - que ora,
reconhecidamente, ostenta seu nome. Rompendo com o pensamento vigente à época, sua visão estratégica trouxe a tona o espírito de tropa anfíbia expedicionária, de pronto emprego e de projeção de poder, já presente em nossas remotas origens e posto a prova com sucesso em Caiena, marca indelével do Corpo de Fuzileiros Navais de hoje, que agrega à Marinha do Brasil invulgar valor estratégico. O Alte (FN) Sylvio de Camargo constitui o paradigma maior de nossos valores e crenças. Jan/Fev/Mar - 2009
MEDALHA COMEMORATIVA
O Comandante da Marinha, O ComGerCFN e o Decano do CFN, AltEsq (FN) Carlos de Albuquerque, realizaram a tradicional Cerimônia do Corte do Bolo da Festa de Confratenização de Oficiais. O Aspirante (FN) Aquino recebeu a primeira fatia do bolo de aniversário.
ção dos desfiles e apresentações públicas, que, desde aquele março de 1808, encanta a todos. Como parte desse 201º aniversário, e com o apoio da POUPEX, foram realizadas as tradicionais confraternizações de Oficiais e Praças, por adesão, respectivamente, no Iate Clube do Rio de Janeiro e na Casa do Marinheiro, nos dias 13 e 21 de março, contando com a presença de familiares e amigos, civis e militares dos diversos Corpos e Quadros da Marinha, que conosco compartilham o orgulho e o amor ao CFN. Durante esses dois eventos, foram realizadas as tradicionais cerimônias do corte do bolo de aniversário, sendo a primeira fatia ofertada ao Aspirante (FN) mais antigo da EN e ao soldado (FN) mais moderno, simbolizando o compromisso Jan/Fev/Mar - 2009
com as novas gerações de combatentes anfíbios. No último dia 24 de março, irmanados no sentimento que sempre nos uniu, o espírito de corpo, ocorreu a significativa comemoração de nosso Aniversário pelos Fuzileiros Navais, da ativa e reserva, internados no Hospital Naval Marcílio Dias. Ainda compondo essas comemorações, serão realizados o 35º Encontro de Veteranos, a XXII Corrida dos Fuzileiros Navais/ RJ Classic, a VII Regata de Remo Escaler, o Salão de Artes Plásticas e, ao longo de todo o presente ano, a Campanha de Doação de Sangue para o Hospital Naval Marcílio Dias, com a participação de todas as Organizações Militares do Corpo de Fuzileiros Navais, na área do Rio de Janeiro.
No anverso dessa medalha comemorativa, a artista plástica Érika Takeyama retratou a cena reproduzida do quadro de Álvaro Martins “desembarque em Caiena”, que representa as ações dos Fuzileiros Navais para a conquista da Guiana Francesa, em reação à invasão de Portugal. Acima a legenda Tomada de Caiena e abaixo, Bicentenário e a era 2009.
O reverso, idealizado pelo artista plástico Luiz Henrique Peixoto, traz a bandeira da Brigada Real da Marinha, tendo no centro o brasão de armas do Reino de Portugal e Algarves encimado pela coroa real sobre duas âncoras. Contornando o bordo, a legenda: Batismo de Fogo dos Fuzileiros Navais, em alusão ao fato histórico comemorativo. 7
CORRIDA PELA PAZ MUNDIAL O
Dia CISM de Corrida é promovido pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e visa a congregar a maior quantidade possível de membros das Forças Armadas dos países a ele filiados. O CISM tem como foco principal a busca pela paz mundial e, como lema, a “Amizade através do Esporte”. Como parte das atividades desportivas planejadas para o Dia CISM de Corrida – A Corrida pela Paz Mundial, cerca de 800 Marinheiros e Fuzileiros Navais realizaram, no Rio de Janeiro, corridas no Navio-Aeródromo São Paulo, Capitânea da nossa Esquadra; no Aterro do Flamengo, Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial; no Estádio do Mário Filho, Maracanã;
na Praia de Copacabana; e na Floresta da Tijuca, Estátua do Cristo Redentor, entre outros. Além das corridas no Rio de Janeiro, diversas organizações militares da Marinha do Brasil, realizaram, no mesmo 18 de fevereiro, às 10h, corridas simultâneas em diferentes pontos de todo o território nacional, buscando a integração pelo esporte. O evento permitiu a divulgação das belezas e das peculiaridades regionais brasileiras, servindo como atrativo para os V Jogos Mundiais Militares – Rio 2011 – “Os Jogos da Paz” que ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro, em julho de 2011, também sob a égide do CISM.
AÇÃO CÍVICO SOCIAL PARA AS CRIANÇAS HAITIANAS
CURSO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS NO COMBATE AO TERRORISMO
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Curso de Operações Especiais no Combate ao Terrorismo (Special Operations Combating Terrorism, SOCbT), que foi ministrado de 23 de janeiro a 6 de fevereiro na Joint Special Operations University, Flórida (EUA), contou com a participação do CF (FN) Alexandre Mariano Feitosa. O SOCbT integra o Programa de Parceria Regional de Defesa Contraterrorismo e tem como públicoalvo oficiais que trabalham em Ministérios de Defesa, na área de segurança e em operações especiais, que atuam ou empreenderão tarefas ligadas ao combate ao terrorismo. Outros 16 países, além do Brasil, participaram do curso.
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m comemoração aos 201 anos do Cor po de Fuzileiros Navais, o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais – Haiti realizou uma Ação Cívico Social (ACISO) para 34 crianças haitianas que habitam na proximidade do Ponto Forte Fábrica de Gelo, no dia 8 de março. Essa ação aconteceu na antiga Base de Fuzileiros Navais no Haiti, com a presença de Oficiais e Praças brasileiros e argentinos e de duas educadoras haitianas que abrilhantaram, ainda mais, o evento. Das 8 às 17h, as crianças desfrutaram de atividades esportivas e assistiram a pales-
tras de higiene, de saúde bucal, de reciclagem e de civismo. Realizada em clima de confraternização, a ACISO buscou, ainda, ressaltar para os pequenos haitianos a necessidade e importância de se conviver bem com os semelhantes. No final do dia, todos ganharam camisas da seleção brasileira, uma foto e um brinquedo. O mais importante foi a mensagem de irmandade semeada neste dia inesquecível, que, certamente, ficará guardada nos corações e mentes dos pequenos haitianos, brasileiros e argentinos. Jan/Fev/Mar - 2009
OPERAÇÕES DE PAZ E
ntre os dias 12 e 16 de janeiro, em Washington DC, nos Estados Unidos da América, foi realizado o II Seminário Executivo de Operações de Paz. Organizado pelo Colégio Interamericano de Defesa com o apoio da Academia de Defesa Canadense, esse encontro contou com a participação de representantes de quinze países do continente americano. Os excelentes resultados alcançados pela MINUSTAH até o presente momento foram comentados por diversos palestrantes, com destaque para a conduta disciplinar do contingente brasileiro, considerada como parâmetro de referência nas operações de paz conduzidas pela ONU na atualidade. Para que isso ocorresse, foi ressaltada a necessidade imperiosa de se estabelecer um sólido tripé nos quesitos: ensino, adestramento e sistema disciplinar. No tocante às relações civis-militares foi destacada a importância do relacionamento com as Organizações Não
O contingente brasileiro no Haiti foi motivo de elogios por diversos palestrantes, com destaque para a sua conduta disciplinar.
Governamentais via o Office for the Coordination of Humanitarian Affairs (OCHA), Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários. Outro ponto citado, como de grande relevância nas operações atuais, foi a necessidade de um criterioso processo seletivo para a designação de Oficiais que exercerão cargos na área de inteligência.
Por fim, comentou-se sobre o profundo processo de mudança pelo qual vem passando o DPKO desde a divulgação das conclusões do Relatório Brahimi em 2000. Dentro desse escopo, foi mencionada a reformulação de todos os manuais doutrinários da ONU a partir da Capstone Doctrine, divulgada em 2006, processo que deverá durar cerca de oito anos.
NOVA BASE DE FUZILEIROS NAVAIS NO HAITI
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o dia 06 de janeiro, o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais-Haiti hasteou a Bandeira Nacional, pela primeira vez, no Campo “Charlie”, em Porto Príncipe, novo local da Base Acadêmica Rachel de Queiroz. Durante o período de transferência das instalações da base, as tarefas operativas continuaram a ser cumpridas, a despeito dos esforços logísticos inerentes a uma tarefa desta envergadura. Esse êxito só foi possível devido
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à organização adotada em Grupamento Operativo, cuja estrutura permitiu que o seu Componente de Apoio de Serviços ao Combate conduzisse os trabalhos logísticos da mudança, enquanto o seu Componente de Combate Terrestre cumpria suas atividades táticas. Assim, permitiu-se com que fosse mantido o propósito da participação da Marinha na MINUSTAH, o de contribuir para a manutenção de um ambiente seguro e estável no Haiti.
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VIGÉSIMO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
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m 10 de fevereiro, teve início, a bordo do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo, o XX Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CAOCFN), com a Aula Inaugural proferida pelo Comandante do Pessoal de Fuzileiros Navais em 3 de março. O CAOCFN, criado pela Portaria Ministerial nº 839, de 17 de novembro de 1989, objetiva atualizar e ampliar os conhecimentos dos Oficiais (FN) para o exercício de cargos e funções em Estados-Maiores de Unidades (nível Batalhão) e Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav), até nível UAnf, com ênfase no caráter expedicionário das
Forças de Fuzileiros Navais. O Curso se divide em quatro fases, com níveis crescentes de complexidade, com a seguinte abordagem:
1ª fase: Fundamentos das Operações realizadas pelos GptOpFuzNav; 2ª fase: GptOpFuzNav nas Operações Terrestres de caráter naval; 3ª fase: Operações Expedicionárias, particularmente as Operações Anfíbias, as Operações de Evacuação de Não-combatentes e as Operações de Paz; e 4ª fase: Outras operações realizadas pelos GptOpFuzNav, particularmente as Operações Ribeirinhas e as Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Composto por nove oficiais instrutores, o curso, este ano, conta com a participação de trinta e um Oficiais-Alunos, dentre os quais, três do Quadro Auxiliar de Fuzileiros Navais.
GRUPAMENTO DE FUZILEIROS NAVAIS DO RIO GRANDE AJUDA VÍTIMAS DE ALAGAMENTO
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o dia 29 de janeiro, o Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio Grande enviou um destacamento para ajudar às vítimas da enchente na cidade de Pelotas, fruto das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul por aqueles dias. Com o apoio de dois caminhões, duas Viaturas ½ TON TNE Marruá-Agrale e duas embarcações pneumáticas, os Fuzileiros Navais entraram nas ruas alagadas
e auxiliaram no resgate de dezenas de famílias que tiveram suas casas invadidas pelas águas, transportando-as para os abrigos disponibilizados pela prefeitura municipal. Mais uma vez, os Fuzileiros Navais, com profissionalismo e dedicação, empenharam-se na salvaguarda da vida humana em apoio às ações da Defesa Civil ali desenvolvidas.
REALIZADO PRIMEIRO SALTO LIVRE COM PASSAGEIRO NA MARINHA Com a utilização do paraquedas tipo TANDEM SIGMA, adquirido pelo Comando de Material de Fuzileiros Navais, foi realizado com sucesso o primeiro salto livre com passageiro para a atividade militar na Marinha do Brasil. Esse é mais um meio de infiltração de militares especializados, sem qualificação paraquedista, como caçador, médico, dentre outros, para o emprego futuro em apoio aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. 10
O salto ocorreu no dia 13 de fevereiro, na Zona de Lançamento de Corumbá (MS) à 12.000 pés, o equivalente a 4.000 metros de altura, sendo o piloto o SO-MG Noel Carlos da Silva Barbosa, Mergulhador de Combate do Grupamento de Mergulhadores de Combate e, o passageiro, o 1ºTen (MD-RM2) Geison Orçay Eccard, médico do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, numa simulação de apoio a uma equipe de Comandos Anfíbios infiltrada na região. Jan/Fev/Mar - 2009
JORNADA LOGÍSTICA DA FFE S
ob a coordenação do Comando da Tropa de Reforço, com a tutela do Comandante da FFE, a I Jornada Logística da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) contou com a participação de Oficiais e Praças das Forças e unidades subordinadas à FFE, além de representantes da Diretoria de Abastecimento da Marinha, Diretoria de Sistema de Armas da Marinha, Diretoria de Saúde da Marinha, do Comando do Material de Fuzileiros Navais, Centro de Controle de Inventário da Marinha e do Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do CFN. Esse encontro teve como propósito estabelecer uma arquitetura gerencial de caráter permanente, tendo como núcleo o Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais, que possa ser acessada facilmente pelos operadores da logística, tornando viável a criação
de uma interface com as demais organizações militares que irão compor a estrutura de sustentação da Marinha do Brasil. O evento visou, também, a promover a reunião dos operadores da logística com seus pares, que discutiram temas de interesse mútuo, em torno de mesas redondas, na busca de soluções simples e criativas que facilitarão, no decorrer deste ano, o cumprimento de tarefas nas áreas de abastecimento, suprimento, manutenção, transporte e saúde. Para orientar os debates foram elaborados questionamentos prévios de cada área abordada, buscando a apresentação de propostas para aprimorar o aspecto gerencial e apontar as oportunidades de melhoria. Ao final da apresentação dos relatórios, concluiu-se por sua ocorrência anual, complementada por oficinas nos di-
versos campos de atividades, bem como foi elaborada uma Agenda de Compromissos para 2009. A II Jornada Logística deverá ocorrer no próximo mês de novembro e terá como pano de fundo o cumprimento dessa Agenda, para elaborar uma nova pauta de atividades para o ano seguinte, estabelecendose, assim, um ciclo virtuoso para os operadores da logística na FFE.
CERIMÔNIA EM COMEMORAÇÃO À INDEPENDÊNCIA DA NAMÍBIA
F
oi realizada no dia 23 de março, no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, a cerimônia alusiva ao dia da independência da República da Namíbia, ocorrida em 21 de março de 1990. Na ocasião, foi lembrada a história da Namíbia para toda a tripulação do Centro de Instrução, seguido do hasteamento da bandeira namibiana,
acompanhada do canto do hino nacional desse país. Após, houve pequena confraternização com o corte de um bolo comemorativo por um recruta namibiano. Foi com muita satisfação que o Corpo de Fuzileiros Navais realizou esta singela homenagem, materializando os estreitos laços de amizade e cooperação existentes entre os dois países.
CIAMPA FORMARÁ MAIS 250 SOLDADOS POR ANO COM A INAUGURAÇÃO DA 5ª COMPANHIA
O
Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA) iniciou a preparação de mais uma turma do Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais no dia 9 de fevereiro. A turma I-2009 possui 708 candidatos inscritos, incluídos trinta militares namibianos que realizarão o presente curso. Este ano, a novidade fica por conta das novas instalações da 5ª Companhia de Recrutas, que possibilitará ao Jan/Fev/Mar - 2009
CIAMPA a formação de, aproximadamente, mais 250 Soldados por ano, os
quais, em breve, incorporarão às fileiras do Corpo de Fuzilerios Navais. 11
MISSÃO CUMPRIDA
HOMENAGEM A UM VETERANO FUZILEIRO NAVAL
ARTIGO
Reproduzimos a singela homenagem que o Cel (Cav) Gerson Pinheiro Gomes fez para seu pai, o Sargento Adão. Um exemplo de vida, de amor à Pátria e ao próximo.
A
morte é triste, mas gera reflexão. Nos puxa para o mundo real, relembra nossas escolhas, nos confronta com a marcha do tempo que baliza nossa efêmera existência. O sepultamento de meu pai foi de uma beleza raríssima. O cemitério pequenino, em uma colina à beira do mar, parecia tirado de um cartão postal. Todos eram naturalmente levados a apreciar o por do sol, o mar, a praia, as pedras (que afloravam na maré baixa) e a permanecerem reverentemente em silêncio diante do esplendor da natureza. Meu pai havia me pedido para ser sepultado junto aos seus avós, em um local de difícil acesso, em um lugarejo pouco conhecido do litoral do Piauí, chamado Barra Grande. As propriedades particulares bloquearam, ao longo dos anos, o caminho percorrido pelos que enterraram naquelas areias seus ancestrais. Em minhas palavras na Igreja Católica da Pracinha de Barra Grande, lotada de gente humilde, pedi desculpas aos que seriam impedidos de presenciar o sepultamento, em virtude da longa distância a ser percorrida pelas areias da praia. Para minha surpresa, todos me acompanharam ao cemitério. Muitos velhos e crianças, que fizeram questão de seguirem um cortejo fúnebre inusitado: a pick-up do Seu Adão transportando seu corpo pela praia, vagarosamente tracionada pelas 4 rodas para não atolar na areia, seguida em absoluto silêncio por uma pequena multidão. Uma imagem difícil de ser traduzida em palavras. Falei ao povo em duas oportunidades: a primeira vez, quando, ainda na Igreja, expliquei o significado das duas flâmulas que pessoalmente icei no mastro que meu pai levantara na frente de sua padaria para, diariamente, hastear a Bandeira do Brasil. Eram as bandeirolas que as Marinhas de todo o mundo utilizam para sinalizar as letras B (Bravo) e Z (Zulu). O “Bravo Zulu” é uma mensagem de cumprimento ao término de uma missão bem feita, ou uma faina bem realizada, como dizem os marinheiros. Não consegui conter as lágrimas quando, ao compreenderem a mensagem das flâmulas, todos na Igreja se levantaram e aplaudiram, endossando meu gesto. Aquelas pessoas sabiam avaliar com exatidão os 17 últimos anos de vida de meu pai. Por solicitação da comunidade deixei as
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bandeirolas, honrosamente enviadas pelo Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Missão de Paz no Haiti, para permanecerem hasteadas até o próximo sábado, quando a gente simples do lugar celebrará a missa de sétimo dia, conforme o ritual católico. O segundo momento em que fiz uso da palavra foi, junto à sepultura, quando dobrei e entreguei à viúva a Bandeira do Brasil. Eu a havia retirado do mastro em frente da “Padaria do Seu Adão”, para cobrir solenemente o caixão. Uma homenagem justa ao velho Sargento Fuzileiro Naval, que optou por não se
tornar cidadão norte-americano, somente para não dividir sua devoção ante o pavilhão de outro país. Que Deus me permita, um dia, encontrá-lo junto ao Senhor dos Exércitos, com a mesma certeza do dever cumprido. Segundo o site Sangue Verde Oliva Positivo, o Juiz Federal William Douglas (Oficial R/2) pediu mais informações sobre o pai do Cel. Gerson, que assim respondeu: “Caro amigo, o texto que você leu redigi durante o voo de retorno ao Haiti, ontem, a bordo de um C-130 de nossa gloriosa FAB. Meu pai foi um sargento Fuzileiro Naval que, de forma resumida, posso elencar: - esteve na
primeira turma de Paraquedistas da Marinha formados pelo Exército; integrou a primeira turma de Mestres de Saltos formada também no Centro de Instrução da Bda Pqdt do Exército; realizou a histórica marcha a pé, do Rio a Brasília, por ocasião da inauguração de Brasília; serviu ao País por 25 anos como um militar exemplar. Passou para a reserva e, após alguns anos trabalhando no meio civil, imigrou para os EUA, levando toda a minha família. Depois de 10 anos, todos estavam naturalizados como cidadãos norte-americanos, menos ele. Decidiu permanecer somente com o Green Card, pois se negava a participar da cerimônia de juramento em frente à Bandeira dos EUA. Resolveu retornar ao Brasil para viver no local onde havia nascido. Veio de carro (isso mesmo!!!) de Nova York-Los Angeles-Panamá-(dali colocou o carro em um navio e foi a Venezuela)voltou pra estrada e foi a Colômbia- Peru(de balsa foi de Pucalpa-Letícia); de balsa foi de Tabatinga até Manaus; de navio de Manaus até Belém e daí veio rodando novamente até o Rio. Desconheço outro maluco que tenha feito esse trajeto de carro. Tenho a reportagem do O Globo da época, durante a ECO-92. Fixou residência em Barra Grande, no Piauí, onde resolveu montar uma padaria/ mini-mercado/farmácia, pois no local o pão chegava de ônibus em cestos, não havia farmácia e os mercadinhos exploravam a população carente com margens de lucro muito altas. Nos últimos 17 anos foi o médico, delegado e tudo mais que você possa imaginar para aquele povo esquecido. Logo na primeira visita que fiz ao local desisti de falar na padaria sob a ótica de uma atividade econômica. Para ele era um serviço social. Todos os seus empregados tinham carteira assinada (uma anomalia no lugar), instalou um posto de pagamento de contas do governo, um cyber café a satélite, um banco popular, viabilizou a venda de passagens para o transporte coletivo, dentre outras inúmeras iniciativas atreladas à tal padaria do Seu Adão, que, até hoje, é o único local onde a energia elétrica é constante, fruto dos geradores que instalou. Creio que, agora, você pode entender a multidão que me acompanhou por aquela praia. Um forte abraço! Gerson” Jan/Fev/Mar - 2009