Jornal O Beija-Flor nº 1

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Ano 1 - nº 1 - novembro de 2015

Apresentamos neste

carnaval

Uma história importante mencionamos Na qual Fernão Dias Paz Este grande bandeirantes E cuja a vida dedicou

sertão

De esmeraldas no em pról E após tornar feito seu grande ideal ao Rio das Velhas o Tombou junto nossa Pela riqueza da canção sete anos Foi quem durante Explorou Seus feitos alguns sertões rutilantes Refletem radiantes... Dentro em nossos Bartolomeu Bueno da Silva

imortal

Cabana

corações

Borba Gato Antônio Arzão

O primeiro bamba Os

heróis Que

aventureiros

no Brasil inteiro

Deixaram fama, glória e

tradição


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índice

Os construtores 3

Os construtores Quem faz a Beija-Flor

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Entrevista Laíla, o diretor de Carnaval

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Nunca foi a Nilópolis? Então vá! Por Caio Barbosa

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Capa – O primeiro bamba Cabana, um dos ‘inventores’ da Beija-Flor

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O samba de 2016 Emoção na escolha do hino para o próximo Carnaval O desfile da história ‘Sonhar com rei dá leão’, o primeiro título

A infinita dedicação de Seu Bahia

“Só me afastei por alguns meses, em 1974, quando fui para a Unidos de Nilópolis. Tive um problema, mas depois resolvi tudo com o Anísio (Abrahão David)’’, relembra, falando de uma briga com Heitor Silva Augusto, diretor de carnaval até 1973. “Ele disse que meu orçamento, de 300 reais, estava caro, mas conversei com o Anísio e começamos uma relação de amizade e respeito que dura até hoje. Ele sabe que mesmo com a minha idade dou conta do serviço”.

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A família Beija-Flor Fotos da nossa turma

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Que beleza, Beija-Flor Sua majestade, Raíssa Oliveira

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Quem somos “O Beija-Flor” é um produto da Elloo Comunicação. Editora: Natalia Louise Consultoria editorial: Aydano André Motta Projeto gráfico e diagramação: Raquel Cordeiro Reportagens e textos: Aydano André Motta, Natalia Louise, Rodrigo Coutinho, Juliana Parada e Mariana Oliveira Fotos: Eduardo Hollanda Capa: Arte sobre foto da Agência O Globo Agradecimento especial: Caio Barbosa, Cacau Medeiros, Rosângela Melo, José Antonio Gonçalves Pinto, Almir dos Reis e Sambarazzo (www.sambarazzo.com.br)

Magia nilopolitana: na equipe de carpintaria da Beija-Flor esconde-se a grande testemunha ocular da história vivida nas últimas seis décadas pela Deusa da Passarela. Seu José Bahia, 84 anos, ajudou a construir os carnavais da escola, transformando-se num arquivo vivo de dores e delícias vividas em azul e branco.

O griô, no desfile de 2015: samba de antologia e desfile impecável levam ao título do Carnaval

Os mais antigos, inventores da Deusa da Passarela, referem-se a ela no masculino – “o” Beija-Flor. Resquícios dos tempos de bloco, raiz da azul e branco que hoje encanta o planeta. Para homenagear os criadores, festejar o presente e celebrar o futuro, surge “O Beija-Flor”, jornal dedicado exclusivamente às coisas da escola. Vão desfilar por aqui nossos personagens e feitos marcantes, de todos os tempos. Além das notícias de nossa comunidade, instituição valiosa da cultura popular do Brasil. Bem-vindo!

Seu Bahia, 84 anos: “Mesmo com a minha idade, dou conta do serviço”

Seu Bahia contabiliza ter vivido mais horas dentro da Beija-Flor do que na própria casa. “Isso aqui é tudo para mim”, garante ele, que sai todo dia de casa, em Nilópolis, movido pela dedicação de uma vida inteira.


opinião 5

4 entrevista

Totalmente dedicado à Beija-Flor, Laíla revê a própria trajetória e revela seu estilo de liderança, um dos alicerces do sucesso da escola

Você vive a Beija-Flor 24 horas por dia, sete dias por semana. Há algum momento em que se desliga totalmente da escola? Difícil. Trabalho desde os oito anos no Carnaval, quando fundei a Independente da Ladeira, escola mirim lá no Morro do Salgueiro, onde nasci e me criei. Tudo que tenho consegui com meu trabalho, é dele que tiro meu sustento. Não peço nada a ninguém, nunca pedi. Por isso, penso em Carnaval o tempo inteiro. Serei assim enquanto Papai do Céu permitir.

Você já foi a Nilópolis, nega? Não? Então vá. É assim, imitando Caymmi ao falar da sua Bahia, que costumo me referir à Beija-Flor. Sim, pois quando se trata de Carnaval, juro que nunca vi nada parecido. Bem verdade que todas as agremiações têm sua graça, sua beleza, seu encanto. Mas em Nilópolis é diferente. Quando o amor invade a quadra... é magia. Assim são as noites de quinta-feira no menor município do Rio de Janeiro. Mágicas. Se você nunca foi a Nilópolis, nego, então vá.

O senhor Carnaval O que foi primordial para a Beija-Flor se transformar nessa potência do Carnaval carioca? Acreditar nos homens, nos quadros da escola. Carnaval é obra coletiva e a Beija-Flor pratica isso. Trabalhamos todos juntos o ano inteiro, para somar forças e realizar nossos objetivos na Marquês de Sapucaí. O desfile se transformou em algo gigante, o maior espetáculo de todos. Participar dele exige dedicação, trabalho, competência. O desempenho da Beija-Flor é resultado da entrega de todos.

Nunca foi a Nilópolis? Então vá! Caio Barbosa

Mais que uma quadra, temos ali uma espécie de quilombo, o Quilombo Beija-Flor. Que em fevereiro de cada ano mostra ao mundo sua beleza, sua cultura, sua força e seu chão. Que a cada Carnaval mostra na avenida a sua alma.

Qual são os principais requisitos para ser líder numa escola de samba? Entender que se trabalha em equipe; defender sua comunidade com unhas e dentes; cobrar dela até o limite do seu potencial e, ao mesmo tempo, ser leal, amigo, dedicado. Isso é o básico. A Beija-Flor ainda sofre preconceito da imprensa por ser da Baixada Fluminense? Sempre sofreu. Noto isso desde que cheguei aqui, com João Trinta, em 1976. O trabalho que fizemos ao longo dos últimos anos diminuiu um pouco o preconceito, mas ainda existe. A gente apanha muito. Quando você começou a se destacar no Salgueiro, imaginava ir tão longe no Carnaval? Sempre me preocupei em trabalhar da maneira que acho correta, buscando os caminhos, sendo justo com as pessoas. O Carnaval é minha vida, só poderia ser assim, dentro do que acredito. O resto é consequência.

Não pense você, no entanto, que é apenas em fevereiro. Ou março, dependendo do calendário momesco. Na Beija-Flor é Carnaval o ano inteiro. Se você nunca foi a Nilópolis, então vá. Depois não diga que não avisei.

A bateria da Beija-Flor em ação na quadra: ritmo e vigor que rendem notas 10

Agenda 06 de novembro - Baile da Terceira Idade.

E quando for, entenderá o desafio do belíssimo samba campeão de 2015: “Quem beija esta flor, não chora”. Eu, por exemplo, nunca consegui. Difícil não se emocionar naquela quadra cheia. E ela está sempre cheia!

08 de novembro - Feijoada da Beija-Flor com grupos Clareou, Molejo, Made in China e Bateria da escola.

Se em outras quadras o que a gente costuma ver é o Carnavalespetáculo, em Nilópolis se aprende o que é o espetáculo do Carnaval. A magia do Carnaval.

29 de novembro - Festa da Ala das Baianas.

Nilópolis é o único lugar que conheço onde, nas noites de quinta, somos todos iguais. Somos todos Beija-Flor. Na alegria ou na dor. Afinal, a Deusa da Passarela é ela. A primeira na história do Marquês. Que na Sapucaí é soberana. De fato, nilopolitana. Caio Barbosa é jornalista

22 de novembro - Baile da Terceira Idade.

Às quintas-feiras, ensaio para o carnaval 2016. A partir das 21h. Entrada gratuita. Maiores informações: (21) 2791-2866. Quadra: Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025, Centro de Nilópolis;


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Sebastião Marinho / Agência O Globo

Cabana, o sambista conceitual

“O caçador de esmeraldas” (1954)

Um dos inventores da Beija-Flor, o talentoso Silvestre David da Silva tem história de liderança e dedicação à escola O turista acidental que chegasse à quadra da Rua Pracinha Wallace Paes Leme, naquele 16 de dezembro de 1986, poderia se imaginar desembarcando numa festa. Sim – e não. Na quinta-feira calorenta, à beira do verão, acontecia o velório de Cabana, sambista conceitual da escola. Mas, com samba e comida em doses generosas, não havia tristeza visível. Era, na verdade, realização do desejo expresso sem retoques pelo primeiro bamba da azul e branco. Repetidas vezes, ele pediu que seu velório seguisse o protocolo dos sambistas – uma apoteose, que evocasse somente as lembranças alegres. Assim foi feito, sob a guarda de uma multidão de parceiros e admiradores. Merecido. Autor de sete sambas-enredo da Beija-Flor, Cabana tem lugar cativo na História do Carnaval, por um ato aparentemente banal. Foi ele o autor do feito de transformar um obscuro bloco de Nilópolis na escola de samba que, décadas mais tarde, dominaria a maior festa popular brasileira. Em meados de 1953, o carioca (do bairro da Saúde) Silvestre David da Silva embarcou no trem na jovem cidade da Baixada, com missão preciosa: inscrever, entre as grandes do paticumbum carioca, a Associação Carnavalesca Beija-Flor, na verdade um bloco que reunia amigos numa folia quase secreta. No permanente enredo da burocracia brasileira, todas as escolas, para “existir” na capital do samba, precisavam ter uma sede na cidade. Cabana, bamba até a alma, não se

Cabana (à direita) numa visita ao jornal “O Globo”, com Luis Carlos (à esquerda), o então presidente Nelson Abrahão David, Luzmar e Bonzão

apertou – usou o endereço do amigo Amaury Jório, em Ramos, como “casa” da Beija-Flor. Tudo certo. O Carnaval de 1954 foi o primeiro a contar com a azul e branco nilopolitana, que demonstrou logo de cara sua vocação campeã. No desfile da Praça Onze, dia 28 de fevereiro, terminou em primeiro na disputa entre 19 escolas. Seu enredo, “Caçador de Esmeraldas”, foi contado num samba de Cabana. “Muita gente acha que ele foi só compositor. Nada disso. Ocupou as funções de carnavalesco, diretor de carnaval, diretor de harmonia”, enumera o fã número 1 do bamba – Anísio Abrahão David, o presidente de honra da escola, que se orgulha por conhecer de cor vários sambas do ídolo. “Até carro alegórico ajudava a montar”, elogiava Aluízio Ribeiro, que foi presidente da Velha Guarda.

Todos integrantes da legião de admiradores do sambista talentoso, habitué das rodas de samba Rio afora. A interação de Cabana trouxe para a Nilópolis compositores importantes como Osório Lima, Walter Batuqueiro e Ary de Lima. Nos anos 1960, afastou-se da escola por cinco anos, quando integrou a ala de compositores da Portela. Na década seguinte, voltou para sua casa carnavalesca, a tempo de influir decisivamente na chegada de um bamba que merece o título de seu herdeiro: Neguinho da Beija-Flor. “Ele me deu muita força”, reconhece a maior voz do Carnaval contemporâneo, seguidor, como toda a Família Beija-Flor, da inspiração de Cabana. Ouça sambas de Cabana na página da Beija-Flor no Facebook: www.facebook.com/GRES.BeijaFlordeNilopolisOficial/

Apresentamos neste carnaval Uma história importante Na qual mencionamos Fernão Dias Paz Este grande bandeirantes E cuja a vida dedicou em pról De esmeraldas no sertão E após tornar feito seu grande ideal Tombou junto ao Rio das Velhas o imortal Pela riqueza da nossa canção Foi quem durante sete anos Explorou alguns sertões Seus feitos rutilantes Refletem radiantes... Dentro em nossos corações Bartolomeu Bueno da Silva Borba Gato Antônio Arzão Os heróis aventureiros Que no Brasil inteiro Deixaram fama, glória e tradição


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samba 2016

“Mineirinho genial! Nova Lima - Cidade natal. Marquês de Sapucaí, o poeta imortal!” De Marcelo Guimarães, Sidney de Pilares, Manolo, Jorginho Moreira, Kirraizinho e Diogo Rosa Intérprete: Neguinho da Beija-Flor

A comunidade consagra o samba 39: refrão forte, que fala em alegria e dor, é o ponto alto da composição

O hino no ritmo da democracia Escolha com voto aberto da comunidade marca a disputa de samba-enredo, que consagrou a composição 39 A sempre taquicárdica disputa de samba-enredo ganhou, no 2016 da Beija-Flor, uma pitada democrática que turbinou a emoção. Na hora da decisão mais importante, Laíla, o diretor de Carnaval da escola, determinou que cada segmento declarasse publicamente o voto, diante da quadra lotada. Um a um, todos passaram pelo microfone, para, no fim, consagrar o samba 39, de Marcelo Guimarães, Sidney de Pilares, Manolo, Jorginho Moreira, Kirraizinho e Diogo Rosa. A madrugada da sexta-feira 9 de outubro transformou-se num ad-

mirável momento de participação popular – raro entre as escolas de samba –, que ratificou a importância da mítica comunidade da BeijaFlor. A escola se uniu em torno do seu hino para o próximo Carnaval, no ritmo preciso da composição que conquistou o público na quadra. “Foi maravilhoso. Ainda não caiu totalmente a ficha. Quando vejo a nossa comunidade toda cantando nos ensaios é algo inexplicável”, festeja Marcelo Guimarães, exemplo de dedicação à Beija-Flor. “Não trouxemos ninguém de fora para torcer, trabalhamos com o nosso povo, e assim a magia foi se espalhando. A cada quinta-feira via a comunidade esperando o samba 39 passar com mais ansiedade”, descreveu ele, vencedor pela quarta vez. Ganhar nos braços da comunidade também ajudou o sempre frágil bolso dos profissionais da música. “Não gastamos nem 30% do que costumávamos empenhar na disputa da Beija-Flor. Foi a mais barata

O grupo de compositores no palco: torcida voluntária e apaixonada

de todas porque a comunidade nos ajudou bastante”. Marcelo Guimarães cantará sua obra ao lado de Neguinho da Beija-Flor no carro de som, função que exerce há alguns anos. “Faz parte do show, mas vou ter alguns meses para trabalhar e me preparar. Preciso cumprir minha função no desfile”, avisa, sem apagar por um instante sequer o sorriso que é sua assinatura. Cruzar a Sapucaí nunca será trivial – mas em 2016 a emoção será turbinada. Maior cantor da festa (e um dos grandes nomes do Carnaval inteiro), Neguinho da Beija-Flor completa 40 anos na função, sempre na mesma escola. Uma vitória a mais para os compositores da obra. “Ele é a voz maior da escola e do Carnaval. Na hora de compor, vamos imaginando o samba na interpretação dele”, explica Marcelo. “Acho que o ponto alto será no refrão principal. Aquele trecho, ’Sou Beija-Flor na alegria ou na dor/ A Deusa da Passarela’, é muito forte’’, prevê o músico. A carreira profissional, aliás, vai bem, obrigado. Marcelo Guimarães acaba de lançar o CD “Natural da Batucada” e tem se apresentado nas noites de sexta no Rio Scenarium, na Lapa. A mesma alegre naturalidade que levará à Sapucaí, para embalar a Deusa da Passarela no ritmo do seu samba. Ouça o samba na página da Beija-Flor no Facebook: www.facebook.com/GRES.BeijaFlordeNilopolisOficial/

Abriu-se a cortina do tempo Emoldurando a história a Beija-Flor ôôô De Nova Lima a poesia se fez Na genialidade do Marquês Nasceu em Congonhas de Sabará O mais puro ouro das Minas Gerais Atravessou o mar, no afã de conquistar Conhecimento em terras lusitanas Brilhou aos olhos da lei, Formou-se bacharel Fiel à nação, enfim regressou A saudade apertou Ecoou um brado de resistência Ao longe se ouviu a voz da independência Pelo Brasil, impera felicidade Já raiou a liberdade Um homem de real valor Um vencedor na estrada da vida Em seu legado a primazia Na gratidão que herdaria Poeta, músico, escritor O mineirinho que o Rio imortalizou Teu chão floresce a nobreza pro samba passar Um templo sagrado a luz do luar Apoteose de todo sambista Artista! Herdeiro verdadeiro de Ciata Que hoje te abraça aos pés da praça Em mais um Carnaval Sou Beija-Flor, na alegria ou na dor A deusa da passarela, é ela! Primeira na história do Marquês Que na Sapucaí é soberana De fato nilopolitana


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família beija-flor 11

O desfile da história

Beija-Flor na cabeça! Luiz Pinto/Agência O Globo

Após construir na Baixada as alegorias concebidas por Joãosinho Trinta, escola é campeã pela primeira vez, em 1976 O mais corajoso desfile da Beija-Flor, quando a escola se inventou gigante, aconteceu longe dos olhos foliões. A brava gente sofrida da Baixada varou dias e madrugadas, empurrando as alegorias da sua cidade até o sonho do título no altar do samba carioca. Isso mesmo – nos heróicos carnavais dos anos 1970, não havia barracões perto da avenida, e o povo da Beija-Flor teve de construir seus carros em Nilópolis, para levá-los até a Presidente Vargas. A saga de 52 quilômetros começava no bairro Nova Cidade, cruzava São João de Meriti, ganhava a Via Dutra e vencia a Avenida Brasil, até chegar ao endereço do desfile. Naquele 1976, somente o abre-alas foi feito num barracão comunitário, perto da passarela então improvisada. Fazia sentido – a alegoria era gigante, filha da genialidade de Joãosinho Trinta, que estreava na Beija-Flor com o enredo “Sonhar com rei dá leão”. O tema nasceu de uma encomenda do patrono Anísio Abrahão David, que queria uma homenagem ao lendário Natal da Portela. O carnavalesco, brilhante, incluiu a celebração no desfile que descreveu os sonhos ligados ao jogo do bicho. “Sonhar com filharada é o coelhinho/ Com gente teimosa na cabeça dá burrinho/ E com rapaz todo enfeitado,/ O resultado, pessoal, é pavão ou é veado”, cantava o refrão (politicamente incorreto) do samba, composto por Zamba e pelo também estreante Neguinho da Beija-Flor. Pela primeira vez, desde 1937, o Carnaval teve um campeão diferente de Portela, Mangueira, Salgueiro e Império Serrano. A BeijaFlor quebrou a ciranda das quatro escolas tradicionais e se consolidou para sempre no panteão da folia, conquistando o primeiro de muitos títulos na elite do samba.

Com alegorias gigantes e um samba antológico, a Beija-Flor ocupa a avenida, conquistando o público

Ouça o samba de 1976 na página da Beija-Flor no Facebook: www.facebook.com/GRES.BeijaFlordeNilopolisOficial/

Selminha Sorriso e Claudinho, nosso espetacular casal de mestre-sala e porta-bandeira, com Farid Abraão, o presidente

Dança e beleza que são nota 10: Nilce Mell e Cássio Dias, aclamados passistas da escola

Presidente da Velha Guarda, Débora recebe na quadra o presidente de honra, Anísio Abrahão David, e seu filho Gabriel

Neguinho da BeijaFlor, nosso cantor, e Almir dos Reis, um dos executivos da escola, na gravação do samba 2016

André Cezari, Victor Santos, Cristiano Gonçalves, Fran Sérgio, Wladimir Morellembaumm, Cláudio Russo e Bianca Behrends: a comissão de carnaval


12 Que beleza, Beija-Flor!

Raíssa de Oliveira

Michele Iassanori/Sambarazzo

A olho nu, nem parece – mas a formosa da foto, acredite, é uma veterana da Sapucaí. Agora em 2016, Raíssa de Oliveira, 25 anos, completa 14 carnavais como rainha de bateria da Beija-Flor. Ela está no cargo desde 12 anos, com todo o samba no pé desse mundo. Viva a majestade nilopolitana!


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