Tablóide O Beija-Flor nº 09

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No dia 1º de agosto foi realizado no barracão da Beija-Flor um almoço para homenagear os aniversariantes do mês de julho da escola. Completaram mais um ano de vida o diretor de Bateria, Mestre Paulinho (dia 19), o carnavalesco FranSérgio (dia 29), e a rainha da Bateria Raíssa (15 anos no dia 30) .

Disputa Legal Quando o momento é bom, o melhor é aproveitar. O samba tá aí, e isso é legal. Entretanto, essas ondas são sazonais.

Todo ano tem um certo momento em que de alguma forma a mídia se derrete pelo samba. Não é nada demais. Quando a imprensa (com exceções louváveis) chega para a festa, é porque o povo já está lá há muito tempo (e ele não é bobo).

Pois bem, estamos vivendo um desses momentos. Os amigos ainda se surpreendem. Santa ingenuidade!

Interessante mesmo é se apoderar disso pra falar do início dos cortes nas disputas pelos samba de enredo do carnaval de 2006. Não temos números finais, mas é samba que não acaba mais. E é muito bom isso. Quanto mais democrática a disputa, melhor. E por falar em democracia, então que ela prevaleça.

É história, no mundo do samba, de favoritos que ficaram a ver navios, com o povo embasbacado tentando entender o resultado da disputa. Mas esse é papo longo e fica mesmo para uma possível entrevista com um desses campeões morais que o povo deixou de conhecer.

Então, que nessa disputa que ora começa os vencedores sejam mesmo os verdadeiros vencedores. Porque se assim for teremos um espetáculo belíssimo na Marquês de Sapucaí. Porque se o samba é o do coração da comunidade, ela vai se entregar a ele. E aí teremos uma simbiose perfeita. Teremos mais; teremos harmonia perfeita.

E é isso que importa.

Que tenhamos este ano uma safra de sambas à altura do espetáculo que a Sapucaí abriga. Grandioso, fantástico, definitivo.

Sorte a todos os concorrentes em todas as agremiações espalhadas não só pelo nosso querido Rio de Janeiro, mas por este Brasil imenso. E que Poços de Caldas seja contemplada com um belíssimo samba, desses que, não por acaso, Nilópolis tem nos oferecido. É o desejo do Conselho Editorial do O Beija-Flor.

Fale com O Beija-Flor Av. Rodrigues Alves, sln - Centro - Praça Mauá Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2253-2860 e-mail: admbeijaflor@veloxmail.com.br

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Nos dias 2 e 3 de julho, sessenta meninas da comunidade de Nilópolis tiveram o privilégio de ter aulas de passarela, postura, maquiagem e etiqueta social com a ex-miss Brasil Leila Schuster. O curso , gratuito, foi realizado no Centro Comunitário Nélson Abrahão David (CAC/NAD) e teve o objetivo de descobrir novos talentos e resgatar a auto-estima das jovens que sonham com uma nova carreira. Leila ficou entusiasmada com o que viu e disse sentir potencial em várias de suas alunas.

No dia 23 de julho, após eliminação de 14 sambas, foram escolhidos os seis sambas de Poços de Caldas classificados para a fase final de corte de samba no Rio de Janeiro. São eles: Serginho/Evandro/Ana Paula; Luciano Ferreira/Rodrigo Muniz; Fernando Barbosa/Francis Xavier/Markão Melodia/Luis Butti; Jefferson Frazão; Guilherme Pereira Francol Carlos José Franco e Paulinho.

No dia 4 de agosto, o diretor de Bateria da Beija-Flor, Mestre Pau linho, comandou o show da escola no clube Caldense, em Poços de Caldas, para um público composto por funcionários e convidados da UNIMED/UNICRED. Trinta e cinco integrantes da azul-e-branco nilopolitana mostraram à cidade-título do enredo do próximo carnaval a força da agremiação tricampeã.

"O bicho pegou lá. Pus até o prefeito para dançar" , brinca Paulinho.

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Aniversário de Niló olis

Agosto é o mês do 58º aniversário de Nilópolis. E, para celebrar, a Prefeitura realizará uma série de eventos: Dia 15 - Na quadra da Beija-Flor, será eleita A Mais Bela Senhora da Baixada. Dividido em categorias de 35 a 45 anos, 46 a 55, 56 a 60, e acima de 61 - o concurso dará início às comemorações do aniversário da cidade. Para se inscrever, é necessário levar uma lata de leite em pó. Todo o material arrecadado será doado para o Hospital da Posse. Informações no telefone 2666-3038.

Dia 19 - Show de Alexandre Pires, com encerramento da bateria da Beija-Flor.

Dia 20 - Show de Gustavo Lins, com encerramento da banda Jacquiê.

Dia 21 - Data da criação da cidade. Haverá uma missa campal , rezada pelo Frei Rosântemo, na Vila Olímpica. No mesmo dia acontece a Corrida Rústica, com largada na Vila Olímpica e chegada na Praça Paulo de Frontin. À noite, show com a banda Hakdene.

Dia 22 - Show gospel, com Cléber Lucas e o pastor Jarbas Lopes.

Dia 28 - Desfile cultural na avenida Salgado Filho, em Olinda. Haverá bandas, trios elétricos, crianças das escolas públicas e a Beija-Flor, com sua bateria, mestre-sala e porta-bandeira.

Todos os shows serão a partir das 19 horas, na Vila Olímpica. O ingresso será um quilo de arroz ou feijão .

. . . .~........" '. . . Uma pUblicação da G.R.E.S. ESCOLADE SAMBABEIJA-FLOR DE NILÓPOLlS - Rua Pracinha Wallace Paes Leme , 1025 - Centro - Nilópolis Rio de Janeiro - Te!. : (021) 2791-2866. Presidente de Honra: Anízio Abrahão David ; Presidente Administrativo : FaridAbrão David; ViceI11III..... Presidente: NelsonAlexandre Sennas David ; Presidente do Conselho Deliberativo:Ary Rodrigues - Editores: Walter Honorato Gomes e J. C. Marins; Jornalista Responsável : Walter Honorato Gomes (RP 20 .559); Projeto Gráfico e Diagramação: Marcos Ca ram ; Redação: J. C. Marins, Miro Lopes e Murillo Victorazzo ; Fotógrafos : Miro Meirelles e Robson Barreto; Produção e Marketing : Unità; Impressão: Walprint ................... Gráfica e Editora; Tiragem : 10.000 exemplares.

A cidade de Poços de Caldas é o enredo da Beija-Flor de Nilópolis para o carnaval de 2006. E para que a comunidade azul-ebranco conheça melhor o local que inspirou esse enredo, preparamos uma reportagem especial, no sentido de mostrar as peculiaridades dessa cidade linda e aconchegante; cuja fonte turística é o bem mais precioso do universo: a água.

Localizada no sul do Estado de Minas Gerais, Poços de Caldas pertence à região administrativa do Alto do Rio Pardo.

Mantém limite a oeste com o Estado de São Paulo e fica a 243 km da capital paulista, a 460 km de Belo Horizonte e a 470 km do Rio deJanei ro.

Sua área física encontra-se em grande parte sobre um planalto, composto por montanhas, campos e vales numa área de 2 aproximadamente 750 km , dos quais a cidade ocupa 546. Sua altitude média é de 1.200 m, sendo que o Cristo Redentor, localizado no alto da Serra de São Domingos, está a 1.686 m.

A cidade nasceu para o turismo. Embora as águas termais sejam o grande diferencial, Poços oferece opções em quase todos os segmentos turísticos. Uma moderna rede hotele ira, com grande oferta de acomodações, garante ao município a realização de eventos importantes. As festas típicas são outro grande atrativo. A principal delas é a Festa Uai, que este ano será realizada de 19 a 28 de agosto e terá como principais atrações os cantores Beto Guedes, Paulinho Pedra Azul e Elba Ramalho.

Tradição de Poços, as serestas que acontecem na Praça Pedro Sanches são atração o ano inteiro. Um passeio pela cidade pode ser revelador. É possível apreciar paisagens cotidianas lindíssimas, como os jardins que circundam o centro da cidade e o relógio e calendário florais. Ainda no centro, encontramos o Museu Histórico e Geográfico; o Complexo Cultural da Urca, a Fonte dos Macacos com água sulfurosa; o Palace Casino, o teleférico; a Basílica de Nossa Senhora da Saúde, padroeira de Poços; a praça do Xadrez; a praça do Imigrante, o Balneário Mário Mourão e a Thermas Antônio Carlos, onde são oferecidos os tratamentos á base de água sulfurosa.

Saindo do centro é possível visitar o Country Club, um clube municipal com piscinas e quadras esportivas; o Parque Municipal Antônio Molinari, que tem pista de Cooper, quadras, parque infantil e aparelhos de ginástica; o Cristo Redentor; Pedra Balão; Fonte dos Amores; Recanto Japonês; Represa Bortolan; Cachoeira Véu das Noivas e a Cascata das Antas.

Além dos atrativos turísticos, Poços de Caldas é conhecida pela hospitalidade e receptividade típicas do povo mineiro. São 140 mil habitantes dispostos a acolher os visitantes com simpatia e requinte. Tudo isso aliado à beleza e segurança das praças e de um dos lugares mais belos e impressionantes deste país.

Visite a mais bela e acolhedora estância hidromineral do país e aproveite suas belezas naturais, as delícias da cozinha mineira e, principalmente, os benefícios de suas águas milagrosas.

PREFEmJRA MUNICIPAL

DE Poços DE CALDAS 1AIÍOf . tEUZA - P'R()I;ftI:SO

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A cara da Beija-Flor Dona Nadir Ela é o que se pode chamar de memória viva da Beija-Flor. E se a riqueza de uma escola de samba é medida pelas personalidades que fizeram sua história, Nadir Amâncio ou simplesmente Dona Nadir é um ícone a ser valorizado e lembrado pela azul-e-branco de Nilópolis. Aos 88 anos, ela viveu bons e maus momentos na escola. Lembra com saudade do Bloco Beija-Flor - presidido pelo seu marido, Heitor Silva - até o atual tricampeonato. Dona Nadir conta que criou a Ala de Baianas do bloco por conta dos ciúmes do marido. "No Beija-Flor, os homens e as mulheres desfilavam praticamente com a mesma roupa. Era uma saia de prega e blusinha branca. Como o meu marido não gostava que eu usasse roupa assim, muito curta para uma mulher de bem naqueles anos, tive a idéia de criar uma baiana. Comecei então a chamar as minhas colegas, que antes não gostavam de desfilar, exatamente por este motivo, e fizemos a ala", contou.

Há três anos Dona Nadir virou destaque de carro. "Eu preferia continuar saindo nas baianas, mas o seu Anízio achou melhor eu vir sentada. Então tudo bem", brinca. Ela merece mesmo todos os cuidados. Ninguém se importa que ela freqüente menos a quadra atualmente. Importante mesmo é ver Dona Nadir na Aven ida. Mesmo depois de 50 anos o coração continua a bater forte, garante. "A emoção é sempre a mesma.

Queria aproveitar a minha vida, brincar o carnaval. Por isso, nunca pretendi cargo algum da escola", conta ela.

Se a emoção para ela é a mesma, o gigantismo do carnaval atual assusta um pouco."Antigamente todos se conheciam, havia somente amigos. O desfile era mais espontâneo. Mas eu sei que o carnaval apenas acompanhou a mudança do mundo", resigna-se. Do carnaval que mais gostou? Ela não tem dúvidas, o bicampeão Vovó e o rei da Saturnália na corte egipciana. "Foi inesquecível. A escola estava linda," relembra com saudades.

A paixão pela azul-e-branca continua a mesma, a ponto de confessar a tensão durante as apurações e guardar recortes de jornais e fotos dos desfiles de todos os anos. A gratidão pela família Abrão David também é facilmente notada: "Eles sempre foram maravilhosos comigo. A Dona Júlia, por exemplo, tirava o paetês e cetim dela para eu fazer minha baiana. Ela foi uma grande amiga minha.

Carreguei o Farid e o Anízio no colo", orgulha-se. Por tudo isso, pelo fato de sua vida se confundir com a da escola, Dona Nadir é a cara da Beija-Flor.

o Nilopolitano entende o significado da palavra evolução.

A palavra evolução ganha um significado especial quando a comunidade de Nilópolis desfila. Este quesito, traduz seu jeito de ser porque o Nilopolitano evolui da Mirandela ao calçadão o ano inteiro e só quem vive nesta cidade sabe que a avenida é uma extensão da sua vida.

Evoluir é fazer cada vez melhor e com muito prazer, aquilo que já se faz bem.

A BeijaFlor Tintas abre suas portas no município de Nova Iguaçu a partir do próximo mês.

Venha conhecer um novo conceito de loja de tintas. Você é nosso convidado.

Agradecemos de coração a todos que acreditam em nosso trabalho.

Nilópolis Pça.Nilo Peçanha, 77 a 79 - Centro Tel.2691-0125

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Nova Iguaçu

Rua Dr.Athaide Pimenta de Moraes, 702 Te1.2668-1515

Entrevista

Paulo César Silva Por J. C. Marins

Pra lavar a alma e o bolso Um jovem senhor alto, muito branco, circulava com gestos calmos e um sorriso de satisfação mal-disfarçada no camarote do presidente Anísio, no dia da apresentação do enredo para o carnaval 2006, na quadra da azul-e-branco de Nilópolis. Era o viceprefeito de Poços de Caldas, Paulo César Silva. Minutos depois ele concedia ao O Beija-Floresta entrevista e nos falava do muito de prazer e de alegria que esta parceria trará para sua cidade. Para ele, o retorno é certo e alto. Como tudo na Beija-Flor.

o Beija-Flor - Qual é a expectativa da cidade para essa parceria com a Beija-Flor~

Paulo César - Primeiro, é um orgulho muito grande para todos em Poços de Caldas sermos enredo da escola tricampeã, com o desafio de um inédito tetracampeonato. Poços abraçou a proposta, e hoje é o ninho da Beija-Flor. Já há um envolvimento por inteiro. O prefeito criou comissões para buscar recursos e envolver ainda mais a população nessa divulgação da cidade. É inexplicável o quanto isso poderá servir como retorno para Poços. Sabemos o quanto a mídia valoriza a Beija-Flor, e o quanto isso ajudará na valorização de nossas belezas, águas, e outros atrativos turísticos que temos. No início, a cidade não acreditava nessa possibilidade, mas nós insistimos e hoje todo dia a imprensa local comenta sobre isso. A mídia nacional já está divulgando também. Temos uma grande expectativa de mostrar para o Brasil e para o mundo uma cidade que tem tradição. O reflexo já se iniciou, e não se encerrará na Quarta-feira de Cinzas, se prolongará. Poços será lembrada mesmo depois do carnaval. Temos certeza que o nosso retorno será muito maior do que aquilo que investimos.

o Beija-Flor - A expectativa é pelo tetracampeonato. Essa é a torcida do pessoal da escola e da cidade, que entraria para a história do carnaval. Mas o impacto do marketing sofrerá alterações caso o tetra não venha?

Paulo César - Em termos de retorno para a cidade, a colocação pouco influenciará, até porque já estamos tendo reflexo desde agora. É claro, porém, que sabemos que a Beija-Flor nunca deixou de pelo menos participar do desfile das campeãs. O desafio da escola é muito grande, mas a confiança, maior ainda. Somos a maior cidade do sul de Minas, um pólo regional.

Não só a cidade, com seus mais de 140 mil habitantes, mas a região toda está na torcida.Temos muita confiança de que a escola vai "para as cabeças" na disputa pelo tetra, com um grande enredo. A Comissão de Carnaval, através da sinopse, já mostrou que iremos contar a historia de uma cidade que respeita as águas. Chamaremos a atenção do mundo para a importância da água. Será um banho na Avenida, e um divisor de águas para a cidade. Haverá uma Poços antes, e outra depois da Beija-Flor.

o Beija-Fll or - Foi surpresa o enredo não ser somente uma simples homenagem à história, beleza e atributos turísticos de Poços de Caldas, indo mais além ao apresentar uma leitura mais ampla sobre a água?

Paulo César - Nós sempre tivemos em Poços de Caldas uma grande preocupação com a preservação da água, porque a

cidade nasceu em função dela. A Beija-Flor, há muitos anos, mesmo contrariando interesses religiosos e políticos, sempre teve em seus enredos uma proposta de chamar a atenção para os nossos problemas. Já falou da pobreza, da fome, e não será diferente agora.

Atualmente, se discute muito a água no mundo, e o que ela representa, que é a vida. A escola terá uma grande oportunidade de despertar nas pessoas que ainda não se conscientizaram a importância do respeito e da preservação da água. Mais uma vez a Beija-Flor nos chama a refletir sobre problemas sociais e Poços será a partir de agora, além de uma referência turística, um símbolo de defesa da água.

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Beija-Flor - Fale sobre a comissão que foi formada em Poços de Caldas para re forçar essa parceria com a Beija-Flor?

Paulo César - O prefeito constituiu essa comissão e me colocou como presidente. Nós estamos honrando a parceria. Tivemos cuidado de encaminhar a proposta para a Câmara Municipal para que a Beija-Flor tivesse a segurança de que o repasse que foi estabelecido realmente viesse. Foi um contrato de parceria assinado e aprovado pela Câmara. Os recursos estão vindo de acordo com o que propusemos .

Mas temos a preocupação de pensar as prioridades para a cidade. A população muitas vezes questiona por que patrocinar um carnaval em vez de fazer mais creches , hospitais. Por isso, mesmo com a garantia da verba pública , estamos buscando dinheiro junto à iniciativa privada, para não precisar usar verba pública. Já temos uma boa parcela da quantia acertada.

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Beija-Flor - Como tem sido a resposta dos empresários?

Paulo César - De imediato , já tivemos grandes surpresas, com pessoas nos ligando querendo participar.

A comissão agora sai em campo com vários contatos, promessas , na busca desses recursos . Estávamos na fase de criar um cronograma de trabalho até o carnaval.

Estamos surpresos, porque o interesse da comun idade é muito grande , a resposta é muito positiva. O nosso maior argumento é que o maior interessado nisso na verdade não é o poder público, são os comerciantes, os hotéis , o empresariado . Quem irá lucrar com isso, receber o beneficio dessa explosão de turistas que gerará recursos para nosso município são eles . Mais do que a própria administração pública, estamos vendendo a imagem da cidade, e quem deve defender isso na realidade são os empresários . Eles têm que participar.

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Complexo Beija-Flor Samba, alegria e responsabilidade social Por Murillo Victorazzo

Para muitos, o termo Família BeijaFlor pode parecer apenas uma maneira simpática de designar o conjunto de torcedores, freqüentadores e trabalhadores da escola de samba nilopolitana. Mas, na realidade, é muito mais abrangente. Através de um patrimônio que envolve a creche Julia Abrão David, o Educandário Abrão David, o Centro de Atendimento Comunitário Nélson Abrahão David, o parque aquático e a quadra, o GRES Beija-Flor faz jus à fama de que é o coração sociocultural de Nilópolis, misturando, com muita união e solidariedade, samba de qualidade e um trabalho social de primeira linha.

Localizada na rua Mario Valladares, 60, a creche Julia Abrão David é a primeira etapa do projeto da azul-ebranco que visa a propiciar melhores condições de vida para as próximas gerações da Baixada Fluminense. Fundada em 1980, a instituição tem 2400 metros quadrados e oferece quatro refeições diárias e assistência médica e odontológica a 314 crianças de seis meses a seis anos.

Elas são divididas em classes do berçário à alfabetização, num regime de semi-internato, e supervisionadas por uma equipe de professores, babás, recreadores, serviços gerais e nutricionista. O principal critério para seleção dos alunos é a renda mensal familiar, que não pode ultrapassar os três salários mínimos. As mães desempregadas têm 60 dias para obter um emprego. A creche, aliás, ajuda essas mães, encaminhandoas, de acordo com suas aptidões, às indústrias e ao comércio da região.

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No número 20 da mesma rua, a gente encontra a segunda parte do projeto da Beija-Flor. Com uma área de quase 3000 metros quadrados, o Educandário Abrão David abriga

918 alunos da primeira à oitava série, com curso de inglês, e apresenta, segundo os órgãos responsáveis pela educação do Estado, um programa de estudos compatível com os das três melhores escolas particulares da Baixada. Para alcançar esse nível de qualidade, a escola, fundada em 1987, conta com 38 professoras e 2 nutricionistas, entre outros profissionais de manutenção.

"Há muita procura por vagas aqui, mas não podemos aumentar o número de vagas, até porque faltaria espaço. Não queremos virar um depósito de

alunos. Isto causaria uma queda sensível no nível de qualidade. Para nós, qualidade é muito mais importante do que quantidade", explica a diretora das duas instituições, Maria de Lourdes Goulart. Ela explica que, para garantir uma continuidade nos estudos, toda criança da creche tem vaga garantida no educandário.

"Não há nenhuma ajuda da iniciativa privada e dos governos. Devemos tudo à família Abrão David", enfatiza.

Dando continuidade à valorização da comunidade de Nilópolis e adjacências, em 1991 foi inaugurado o Centro de Atendimento

Comunitário Nélson Abrahão David (CAC-NAD). Localizado no local da antiga quadra da Beija-Flor, na rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1652, no centro de Nilópolis, o CAC é uma escola profissionalizante, que visa preparar a população local para um mercado de trabalho cada vez mais exigente. Em uma área de 1000 metros quadrados, os alunos encontram salão de festa, refeitório, quatro banheiros femininos e dois masculinos, consultório médico e dentário, além de dois pátios. Com o lema "O homem de amanhã tem que ser formado hoje", o CAC oferece cursos dos mais variados tipos, para crianças e adultos, com duração média de 180 horas (de segunda a sexta-feira). Entre os cursos, telemarketing, idiomas (inglês e espanhol), informática, turismo, fotografia, técnica de vendas, culinária, marcenaria, mecânica, refrigeração, hidráulica, artesanato, fantasias, adereços, karatê, capoeira, aerodança, dança de salão, ballet, natação e outros mais. Além disso, é garantida ajuda laboratorial, médica, odontológica e psicológica a todos. Iniciativa que inclui as pessoas mais carentes que não estão matriculadas. O CAC encaminha seus alunos depois de formados, através de parcerias com o Senai, Senac, centrais sindicais, empresas e universidades. "As pessoas saem daqui com uma nova mentalidade, que lhes dá segurança diante da competitividade imposta pelo progresso", conta o administrador do CAC, Aroldo Carlos Silva.

Conhecida nacionalmente por ser palco dos ensaios e das comemorações dos vários títulos ganhos recentemente pela escola, a quadra An ízio Abrão David serve também como espaço para alguns cursos do CACo Localizada na rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025, ela tem capacidade para 10 mil pessoas e foi inaugurada em 1986.

Colado à quadra, um quinto empreendimento completa a interação samba-responsabilidade social: o

Parque Aquático Nélson Abrahão David. Erguido em 1996, ele possui uma piscina semi-olímpica, com 25x12 m, e outra pequena. Ali são realizadas as aulas de natação, que acontecem pela manhã e à tarde durante a semana. Nos finais de semana, porém, o parque fica liberado para os associados se divertirem, chegando a receber cerca de 120 pessoas. O complexo quadra-parque, mais o campo de futebol, somam cerca de 10 mil metros quadrados.

do atual barracão, no armazém 1 das Docas, próximo à Praça Mauá.

Isto possibilitará que todos os carros alegóricos sejam construídos sem precisar desmontá-los, já que a cobertura fica a 12 metros de altura. Na Fábrica, serão instalados também o almoxarifado, marcenaria e serralheria, ateliês, chapelaria e sapataria, além dos departamentos de moldagem em fibra de vidro, esculturas em isopor e empastelação.

Para fortalecer o patrimônio da Beija-Flor, está prevista para setembro a conclusão das obras da Cidade do Samba, na Zona Portuária, que abrigará as 14 escolas do Grupo Especial na preparação do próximo carnaval. Lá, a tricampeã irá ocupar a Fábrica 11 , 2 com uma área de 7.200 m , o dobro

Segundo a diretoria da escola, espera-se que as obras sejam realmente entregues em setembro.

Entretanto, caso os carros comecem a ser levantados no atual barracão, a Beija-Flor estreará a nova casa em 2006. E, se Deus quiser, começará com o pé direito, como tetracampeão

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Entrevista Maria Lucia Mosconi Por Walter Honorato

Antes e depois da Beija-Flor A Secretaria de Turismo de Poços de Caldas - não poderia ser diferente - é o lugar mais agitado da cidade: você tem a certeza que por lá passa todos os dias toda a população local, e sempre recepcionado pelo mais carioca de todos os poços-caldenses, o simpático Bucha.

Mas a secretária Maria Lucia Mosconi, que concedeu uma rápida entrevista para O Beija-Flor, trata Poços como uma dona-de-casa zelosa, preocupada com os mínimos detalhes, para que os turistas em visita desfrutem todo o conforto que o local oferece. Ela não tem dúvida quando diz que o carnaval da Beija-Flor será um marco: "Poços é uma e será outra depois do desfile da escola."

Foto: Wellington Tostes

o Beija-Flor - Qual é o projeto turístico de Poços de Caldas? E o que a senhora está achando do enredo da Beija-flor?

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Maria Lucia - O projeto turístico da nova administração, dirigida pelo prefeito Sebastião Navarro Filho, baseia-se principalmente na reestruturação do turismo em nossa instância. Poços de Caldas é uma cidade conhecida nacionalmente, cujo auge do movimento turístico foi na época do jogo, aproveitando-se principalmente de nossas maravilhosas águas termais.

Quando o jogo foi proibido, houve uma retração do turismo, como em outras estâncias de Minas Gerais.

Poços então conseguiu encontrar uma nova vocação: para cá vieram grandes indústrias, possibilitando que a cidade não estagnasse no tempo. Conseguimos sobreviver graças à inteligência dos homens públicos que estiveram aqui anteriormente e que souberam conduzir esse processo. Mas nos dias de hoje, quando o turismo é uma das maiores fontes de inclusão social, renda e geração de emprego, é impossível não aproveitarmos essa marca que já temos, não tentarmos revigorar o nosso turismo. A cidade é muito bonita, está nas montanhas, tem uma topografia excelente e um clima maravilhoso. No inverno, faz um frio convidativo, agradável, há bons passeios. Estamos muito empenhados em recuperar o tempo perdido no que diz respeito ao turismo. Nada poderia ser melhor para nós do que essa oportunidade de sermos foco do enredo da BeijaFlor, participando de um evento internacional de tamanha grandeza como o carnaval do Rio de Janeiro.

Melhor ainda se é a Beija-Flor, escola campeã há muitos anos, que todo mundo aprendeu a gostar e admirar. Isso foi um grande impacto para introduzirmos a importância do turismo na cidade. Para nós, será de vital importância. Além da divulgação

Secretária Maria Lucia deu boas-vindas à parceria com a Beija-Flor de Nilópolis na mídia, da propagação do nome de Poços em nível nacional e até internacional, o mais importante é o quanto isso vai erguer a auto-estima dos poços-caldenses. Vamos participar de um grande evento. A sinopse do enredo me deixou ainda mais feliz. Tudo na vida tem que ser feito com responsabilidade. Por isso, fiquei muito satisfeita ao saber que a escola vai falar da importância da água, de como ela será um bem disputado, com o qual temos que nos preocupar desde já. E se Poços vai ajudar a discutir um tema tão importante para a humanidade, só podemos ter um enorme orgulho de estarmos nesse enredo.

o Beija-Flor - A Beija-Flor tem a marca de ser uma escola que é o orgulho de uma cidade. Hoje Nilópolis e Beija-Flor se confundem. Poços de Caldas é diferente de Nilópolis, mas há muitas coincidências envolvendo pessoas e gostos entre as duas cidades, como uma convivência já existente entre a escola e algumas pessoas de Poços. Há uma intenção de se massificar ainda mais essa

relação dentro da cidade, passando para o turista que vem para cá que haverá esse vínculo?

Como está a expectativa das pessoas da cidade para desfilar na Beija-Flor?

Maria Lucia - Nós temos em Poços o Marcos Togni, um advogado e empresário de sucesso, que além de homem publico, presidente da Câmara dos Vereadores, dirige a Liga das Escolas de Samba da cidade. Há muito tempo ele tinha o desejo de que estreitássemos essa relação que ele e outros da escola dele já tinham com a Beija-Flor. Embora gostemos de tudo o que é bom nas grandes capitais, nós, de Poços, não trocamos a vida no interior pela das grandes metrópoles, que trazem consigo, além do desenvolvimento, grandes problemas de segurança e qualidade de vida. Temos um jeito mais simples de ser, e acho que isso é um fator de ligação entre nós e Nilópolis. Temos as

mesmas características, gostamos de coisas comuns e sabemos dar valor às boas coisas da vida. Mas eu quero ressaltar mais uma v,ez essa convivência já existente do Togni com Nilópolis, pois só assim foi possível a parceria.

Sabemos que, se pensarmos na estrutura da escola, o valor que está sendo desembolsado pela cidade para se apresentar na Beija-Flor é uma quantia simbólica. Mas foi uma coisa feita pela simpatia que o pessoal da escola já nutria por Poços, e por essa interação dos poços-caldenses com Nilópolis. Esses fatos se somaram e culminaram no que esperamos ser um marco na cidade. Vai ser Poços de Caldas, cidade turística antes e depois da Beija-Flor. Garanto que o impacto será grande. Está havendo um grande envolvimento da sociedade organizada e do pessoal que lida com turismo, que sabe que é uma oportunidade única que não podemos deixar passar. Poços tem 150 mil habitantes, um clima maravilhoso, ruas largas e bem traçadas, sem problemas de trânsito e de segurança, além, é claro, das águas termais e minerais de ótima qualidade.

Isso atrai realmente o turista, é um grande fator para nos desenvolvermos.

Tenho certeza que em 2007 a Beija-Flor vai cantar outro lugar, ajudar outra cidade, mas nós vamos estar vinculados à escola para sempre. A expectativa do pessoal para desfilar na Sapucaí é gigantesca. Não sei como vamos conduzir isso, tal é o numero de pessoas que querem participar. Acho que vamos ter que fazer uma Beija-Flor para Nilópolis e outra para Poços de Caldas!

Muita gente, incluindo poços-caldenses que moram fora daqui, liga para a Secretaria ou para nossa casa a toda hora. Outro dia me ligou uma menina que mora em Recife , mas que nasceu na cidade, implorando para eu dar um jeito de ela ser incluída no desfile.

Vamos ter problemas com isso, mas com bom senso resolveremos. Quem sabe não fazemos até um uniforme para a torcida? Quatrocentos lugares para o pessoal de Poços vai ser pouquíssimo para o tanto de gente que quer ir.

Mensagem a Natal, o homem de um hra~o só Como é importante a existência de pessoas dotadas das qualidades especiais de liderança e carisma à frente de qualquer organização social.

Esses seres humanos conseguem entrar em territórios onde habitam as imagens arquetípicas que se movem no inconsciente coletivo da humanidade.

Essas pessoas, raras, são ungidas pelo mistério e determinadas pelo divino. Ninguém consegue explicar porque alguns são dotados desses poderes e outros, não.

Essas figuras carismáticas e míticas alavancam etapas rumo ao aperfeiçoamento, mas despertam invejas, cobiças e polêmicas, conseqüências de suas personalidades inteligentes.

A Portela produziu duas dessas figuras, que incorporaram, desde a fundação, dois deuses da m itologia greco-romana, Apolo e Hermes, Paulo Benjamim de Oliveira Natalino José do Nascimento. Ambos foram contestados e hostilizados durante suas existências. Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela chegou a ser expulso de sua querida Escola, em 1941, e Natalino José do Nascimento foi acusado de não ser fundador da escola da águia.

Em 1978, com Natal morto, um grupo de desafetos seus "reconstituiu" um documento e convenceu a dois fundadores, então vivos, a assiná-lo como se fosse verdadeiro, cujo título era" 1a Junta Governativa da Portela ilustração sobre o documento que comprova a fundação do embrião da Escola de Samba Portela."

A versão contradiz a história da fundação contada por Natal e, o mais grave, altera a data da fundação, de 11 de abril de 1923, que está inclusive registrada nos Estatutos Sociais, para 11 de abril de 1926 e usa o termo Escola de Samba que só foi criado por Ismael Silva, em 1928 .

Esse absurdo está transcrito nos livros "Paulo da Portela", de Marília Barbosa e Lígia Santos, e "A Velha Guarda da Portela", de João Baptista Vargens e Carlos Monte, o que leva a esses pesq uisadores e estudiosos do carnaval.

A verdadeira data da fundação da Portela é 11 de abril de 1923 e um dos fundadores foi Natalino José do Nascimento .

Aproveito o centenário de Natal para fazer justiçaa uma das maiores lideranças do samba.

No livro "Natal, o Homem de Um Braço Só", de minha autoria e Amaury Jório, Natal declarou: Enquanto Paulo foi vivo, a Portela era ele. Coitado, morreu cedo. Tuberculose. No seu enterro tinha mais gente que em dia de fla-flu na disputa de campeonato. Não se conseguia andar em Madureira, quando o corpo passou em direção ao cemitério. O Paulo morreu e eu resolvi me dedicar de corpo e alma à Portela. Eu já estava com dinheiro e não me importava de gastar. Já tinha minha banca em Madureira. Agora queria ver minha Escola bonita. Eu nem me importava de vestir a Escola de cabo a rabo. Eu fazia isso por prazer. Em memória de Paulo. Por amor à Portela.

Tudo o que ganhei distribuí por aí.

No único crime de morte em legítima defesa, dando 3 tiros em seu ajudante David, Natal se recusou a ir a júri 4 meses depois, preferindo passar mais um mês na cadeia porque: quatro meses é pouco pára a vida de um homem, embora eu mataria o David 100 vezes se a situação se repetisse.

Com sua vestimenta clássica, paletó de pijama com a manga direita dobrada e enfiada no bolso, chapéu e chinelos, ele era recebido por generais e autoridades, porque todos o consideravam um patrimônio da cidade.

Quando saiu da prisão da Ilha Grande, em 1969, Natal estava alquebrado pela doença.

Hipertenso, diabético e cardíaco, próximo à morte ele me chamou e revelou: "Não sei a quem passar, aqui na Portela, o bastão que peguei do Paulo. Eu morei em Nilópolis e lá tem um turco gostaria que estivesse na Portela.

Com Natal morto, só depois compreendi a frase premunitória.

No ano de suamorte, eu e o Mazinho fomos convidados para almoçar em São Cristóvão, com dois irmãos de Nilópolis: Nelson eAnísioAbraão David.

Eles disseram que queriam homenagear Natal com o enredo "Sonhar com Rei dá Leão", contando ahistória do jogo do bicho.

A partir daí Anísio começou a se projetar como amais importante figura do mundo do samba.

E com preendi a profecia: "tem um turco em Nilópolis que gostaria que estivesse na Portela."

Natal está vivo em Anísio.

HiramAraújo

Entrevista Célia Domingues Por Murillo Victorazzo e Walter Honorato

Com o pé no futuro Célia Domingues é coordenadora dos programas sociais do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, e nesta função ela pôde perceber como é frágil o trabalho de capacitação profissional para pessoas de baixa renda. Como toda mangueirense de garra, ela decidiu viabilizar, através da Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil - Arnebrás, da qual é presidente, o projeto Sambando com Pé no Futuro, que leva cursos profissionalizantes às quadras de escolas de samba. O projeto visa a preparar a população carente para o desafio que é enfrentar o mercado de trabalho.

Foto: Robson Barreto

o

que tem as informações. Ela faz uma pré-inscrição, que é repassada para a Amebrás. Conforme as turmas vão sendo montadas , entramos em contato e a encaixamos. Geralmente temos quatro oficinas funcionando no período.

Em setembro ou outubro, vamos iniciar na escola um projeto mais na linha cultu ral e esportiva para os mais jovens.

Beija-Flor - Como surgiu a Amebrás?

Célia Domingues - Ela surgiu de um grupo de 18 mulheres, que faziam reuniões e almoços para discutir os problemas da mulher, tanto da mulher empresária como da donade-casa. Ficamos durante um ano tendo almoços mensais com esse objetivo. Um dia concluímos que fazíamos sempre os mesmos diagnósticos, mas não apresentávamos as soluções.

Resolvemos então dar uma voz jurídica a esses encontros e criamos , há sete anos, a Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil, a Amebrás, que tem como função principal ambientar a mulher empreendedora no espaço cultural, social, política e empresarial.

Beija-Flor - E de onde surgiu essa ligação da Amebrás com as escolas de samba?

Célia Domingues - Sou muito ligada

à área social. Fui coordenadora dos projetos sociais da Mangueira durante 10 anos, na gestão do Elmo, meu marido. Lá notei que várias pessoas de outras comunidades procuravam esses programas.

Porém, estatutariamente a Mangueira não pode e nem teria condições de sair da sua comunidade para outras. Levei então para a Amebrás a proposta de implantar um projeto com escolas de samba, o Sambando com o Pé no Futuro, aproveitando a minha experiência nessa área. Apresentei-a para os presidentes das agremiações e para a Liesa, sendo logo aceita portodos.

Beija-Flor - Como é o projeto Sambando com o Pé no Futuro?

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Célia Domingues - Desde 2002, fazemos uma ocupação sócioprofissionalizante nas quadras de

Beija-Flor - Há outros programas coordenados pela Amebrás relacionados ao samba?

Célia Domingues - Parceira no trabalho social da azul e branco de Nilópolis diversas escolas dos grupos Especial e de Acesso, como Grande Rio, Caprichosos de Pilares, Império Serrano, Vila Isabel, Portela, Beija-Flor, Porto da Pedra, Vila Kennedy. São projetos na área de qualificação profissional para pessoas de baixa renda, mas com uma grande diferença: há um acompanhamento até a pessoa entrar no mercado de trabalho.

Não é só qualificar e abandonar.

Qualificamos, e depois, através das nossas parcerias com a iniciativa privada, acompanhamos até que o aluno tenha um espaço no mercado de trabalho.

Beija-Flor - E os cursos realizados na Beija-Flor?

Célia Domingues - Em Nilópolis, houve a oficina de moda do carnaval, com aulas de pintura em tecido, adereços e biscuit totalmente gratuitas para a

comunidade. Nossos projetos são geralmente para jovens e adultos a partir de 16 anos, mas esse é específico para mulheres. Temos o financiamento da Secretária Especial de Pol ítica para as Mulheres, do governo federal, e parcerias com o Sebrae , Instituto Zuzu Angel, Universidade Veiga de Almeida e Liesa. Os presidentes Farid e Anízio abraçaram a idéia e nos autorizaram a instalar os cursos no CAC, que tem uma estrutura melhor para recebêlos. Mês passado, fizemos duas formaturas: uma com o pessoal de Queimados, Japeri e Nilópolis e outra para as turmas de Vila Kennedy, Vila Isabel, Mocidade e Centro do Rio. Do total de 130 mulheres, 42 eram de Nilópolis.

Beija-Flor - Como participar dos cursos na Beija-Flor?

Célia Domingues - Para se inscrever, a interessada deve procurar o CAC e falar com o Aroldo,

Célia Domingues - O Ministério dos Esportes tem um projeto chamado Segundo Tempo, ligado a esportes para todos os municípios no país. As escolas de samba queriam fazer algo nessa área, e a Liesa foi convidada para trazer esse programa para o Rio de Janeiro. Entretanto , a Liesa não desenvolve projetos sociais, apenas os apóia. Ela então nos indicou para implantar aqui o Segundo Tempo do Samba. São 50 núcleos em todo o estado , cada um com 200 crianças a partir dos sete anos e adolescentes, somand01 Omil pessoas.

Beija-Flor - Como foi a receptividade das escolas de samba a esses projetos?

Célia Domingue.s - Quando eu trabalhava na implantação do projeto da Mangueira, as escolas de samba ainda não estavam voltadas para o compromisso social que elas têm com suas comunidade . Era algo muito distante. A partir do momento em que se iniciou um maior envolvimento de empresas, com uma crescente conscientização no país em geral, as escolas começaram a notar que existiam milhares de pessoas necessitadas por trás delas.

Descobriram que havia muitos caminhos para ajudá-Ias, dando-lhes mais oportunidades . Fico feliz em ver que isto está entrando na cabeça de todos.

Por Walter Honorato email: walterhonorato@yahoo .com .br Laíla, diretor geral de camaval e harmonia da Beija-Flor de Nilópolis, compõe a mesa do primeiro seminário para diretores de camaval do Grupo Especial que acontece nos dias dias 17 e 18 de agosto. Segundo Jorge Castanheira, vice-presidente da LIGA, o seminário vai discutir o conceito de desfile no sentido de evitar erros, tamanho das alegorias, tempo de desfile e número de componentes. Além de Laíla, farão parte da mesa Ailton Guimarães Jorge, presidente da Liga, Wagner Tavares de Araújo e Elmo José dos Santos, diretores.

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26107/05 - Maria Helena e seu filho Chiquinho não são mais o primeiro casal de mestresala e porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense. O presidente da escola, Wagner Tavares de Araújo, fez o comunicado à dupla no dia 26 de julho.

08108105 - A Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro fez uma grande festa na quadra da União da Ilha do Govemador dia 8 de agosto para o lançamento dos enredos das agremiações do Grupo de Acesso A.

» 21/08105 - Chiquinho Pastel apronta mais uma: dia 21

de agosto será inaugurada a loja Babado da Folia AJ:marinho e Aviamentos, na rua República do Líbano, 46A. Como diz Chiquinho: "E o que há de mais modemo, um modo diferenciado de atender nossos clientes".

» O Beija-Flor indica: As rodas de samba que acontecem no Renascença Clube, na rua Barão de São Francisco, 54 - Andaraí. Todas as segundas de 14 às 19h e sábados das 15 às 22h.

» Conheça agora no Repique de O Beija-Flor a ordem de desfile e os enredos das 14 escolas do Grupo Especial: DOMINGO SALGUEIRO - Microcosmos: O que os olhos não vêem, o coração sente. Renato Lage, Márcia Lávia e Departamento Cultural do Salgueiro.

ROCINHA - Felicidade não tem preço. A1ex de Souza.

IMPERATRIZ - Um por todos e todos por um. Rosa Magalhães.

CAPRICHOSOS - Na Folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo Caprichou! Chico Spinosa.

VILA ISABEL - Soy loco por ti, América: A Vila canta a latinidade. Alexandre Louzada.

GRANDE RIO - Amazonas, o Eldorado é aqui. Roberto Szaniecki.

BEIJA-FLOR - Poços de Caldas derrama sobre a Terra suas águas milagrosas: do caos inicial à explosão de vida, água, a nave-mãe da existencia. Comissão de Camaval.

SEGUNDA PORTO DA PEDRA - Bendita és tu entre as mulheres. Cahê Rodrigues.

MANGUEIRA - Das águas do Velho Chico nasce um rio de esperança. Max Lopes.

VlRADOURO - Arquitetando folias. Milton Cunha, Kaká e Mário Monteiro.

MOCIDADE - A vida que pedi a Deus. Mauro Quintaes.

UNIDOS DA TIJUCA - Ouvindo tudo que vejo, vou vendo tudo que ouço. Paulo Barros.

IMPÉRIO SERRANO - O império do Divino. Paulo Menezes.

PORTELA - Brasil - Marca sua cara e mostra ao mundo que o melhor do Brasil é o Brasileiro. Amarildo Mello e IIvamar Magalhães.

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