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Carnaval em portunhol num desfile igual Parabéns à Unidos de Vila Isabel, grande campeã do desfile do Grupo Especial do carnaval de 2006, na Marquês de Sapucaí, palco do maior espetáculo do planeta. A escola de samba que levou o portunhol para a Avenida interrompeu a escalada da nilopolitana BeijaFlor, que buscava o inédito tetracampeonato. A vitória da Vila neste momento representa uma nova possibilidade para o carnaval, que precisa se renovar a cada ano. O nível atual é altíssimo e, num carnaval quase homogêneo, espera-se pelas novidades, que este ano não vieram . Nenhuma grande surpresa foi vista na Avenida. Os carnavalescos, comissões e barracões trabalharam bem e com afinco. Isso pôde ser visto na Sapucaí. Mas sem as surpresas inquietantes, que se espera dos espíritos ousados de nossos mestres do carnaval.
No dia 17 de fevereiro foi realizada na quadra da Beija-Flor, em Nilópolis, a festa da ala dos compositores da escola. O evento reuniu os autores dos sambas deste ano de todas as escolas do Grupo Especial e de cinco do Grupo de Acesso (São Clemente, Estácio de Sá, União da Ilha, Renascer de Jacarepaguá e Unidos da Ponte) , que receberam o Troféu Ari José Rodrigues. O nome é uma homenagem ao presidente do Conselho Deliberativo da azul-e-branco. "Seu Ari é uma pessoa muito querida por todos nós da Beija-Flor. A festa é uma grande confraternização com nossas co-irmãs", disse J. Veloso, presidente da ala de compositores da escola. Regada a muita cerveja e comida, a festa varou a madrugada e contou com a presença de intérpretes oficiais de várias escolas, como Wander Pires (Mocidade), Dominguinhos (Viradouro) e Bruno Ribas (Grande Rio) .
A vitória da Vila Isabel, num carnaval especialmente igual, acende a luz amarela. Faltaram criatividade e ousadia, talvez encontradas apenas na roupa das baianas da Mocidade Independente de Padre Miguel. Belíssimas! A nossa Beija-Flor como sempre fez bonito. Tudo perfeito. Infelizmente como todas as outras. À exceção da Unidos do Porto da Pedra, que teve o desfile totalmente prejudicado pela quebra de carro alegórico. Surpresa: permanece milagrosamente nO Grupo Especial. Entretanto, sabemos da força de Nilópolis para mudar tudo isso. Seja bem-vindo, Alexandre. Conselho Editorial
Fale com O Beija-Flor Rua Rivadávia Correia, 60 - Barracão 11 - Gamboa Rio de Janeiro - RJ - Tel.: (21) 2291-9150 e-mail: admbeijaflor@veloxmail.com.br
Motivo de orgulho para a comunidade nilopolitana, Claudinho ganhou pela segunda vez consecutiva o Estandarte de Ouro de melhor mestre-sala. É a quinta vez que ele leva o troféu. Outro setor da Beija-Flor que levou o Estandarte foi a ala das baianinhas. Sob responsabilidade de Aroldo Carlos Silva, as pequenas baianas da azul-e-branco foram consideradas a melhor ala do Grupo Especial. A mesma ala havia ganho Estandarte em 1997. Pela terceira vez, Neguinho da Beija-Flor levou o Tamborim de Ouro como "A voz da Avenida".
liliiii,................. Uma publicação da G.R.E .S. ESCOLADE SAMBA BEIJA-FLOR DE NILÓPOLlS - Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025 - Centro - Nilópolis IAJIII~"
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Rio de Janeiro - Tel.: (021) 2791-2866. Presidente de Honra: AnízioAbrahão David; Presidente Administrativo: Farid Abrão David; VicePresidente: NelsonAlexandre Sennas David; Presidente do Conselho Deliberativo: Ary Rodrigues- Editores: Walter Honorato Gomes e Julio Cesar Rocha ; Jornalista Responsável : Walter Honorato Gomes (RP 20.559); Projeto Gráfico e Diagramação: Marcos Caram; Redação : Julio Cesar Rocha, Miro Lopes e Murillo Victorazzo; Fotógrafos: Henrique Mattos e Robson Barreto; Produção e Marketing: Unità ; Impressão: Walprint Gráfica e Editora ; Tiragem: 10.000 exemplares.
A cara da Beija-Flor Carlos Augusto Por Murillo Victorazzo
o que dois mundos tão diferentes como a carreira militar e o carnaval têm em comum? Na Beija-Flor,
pelo menos, ambos são representados por seu segundo mestre-sala, Carlos Augusto Guimarães da Silva. Aos 30 anos, ele foi promovido a suboficial na área de mecânica naval da Marinha do Brasil. A tão esperada cerimônia aconteceu no dia 18 de novembro, no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, na Penha. "Embora simples, este momento representa muito para mim. Significa a realização de um sonho", diz ele. A vida militar e a Beija-Flor entraram na vida de Carlos Augusto quase ao mesmo tempo e de maneira semelhante. Técnico em Informática e em Mecânica Industrial, ele passou na prova para a Marinha em 1993. Pouco mais de um ano depois, ainda no quadro da Grande Rio, venceu um concurso realizado pela azul-e-branco de Nilópolis para ser seu segundo mestresala. Nascido em Nova Iguaçu e criado em Senador Camará, no Rio, começou a dar os primeiros passos no samba na pequena Império de Marangá, em Campinho. Tornou-se logo depois o primeiro mestre-sala da União de Vaz Lobo até ser chamado para a escola de Caxias. Como membro da Marinha, Carlos Augusto fica às vezes mais tempo no mar do que na terra. Para que isso não reflita negativamente na Sapucaí, ele "transforma" seu camarote em um pequeno pedaço da quadra da escola. "Quando estou no navio, aproveito meu tempo livre para ensaiar. Ligo o rádio, ponho o samba da Beija-Flor e começo a dançar. Meus companheiros de quarto se divertem, adoram ficar vendo", revela. Mundos distintos, paixões diferentes. Assim se pode resumir o que Carlos Augusto sente pela carreira militar e pelo samba. "A Marinha é meu sustento, minha realização profissional. Mas a Beija-Flor faz parte de mim. Quando estou na escola, até esqueço por alguns instantes a vida militar. Desfilar por ela é emoção pu ra", afirma, frisando que a disciplina inerente às Forças Armadas o ajuda muito a ser um mestre-sala melhor: "Sempre andei na linha. Saber se comportar é muito importante. Graças a Deus, nunca dei motivo para reclamarem de mim na Beija-Flor." Houve uma vez, no entanto, que essa divisão harmônica entre seus dois amores não deu certo. Em 2002, a serviço na Arábia Saudita, tinha previsão de voltar duas semanas antes do carnaval. O navio, no entanto, só pôde voltar um mês depois. "Fiquei com o coração partido. A escola teve que desfilar com outro segundo mestre-sala. Mas o 'seu' Anízio entendeu a situação", lembra.
Carlos Augusto se orgulha de representar a Beija-Flor também no atletismo. Maratonista, sagrou-se vice-campeão da Super Maratona da Praia do Cassino (RS), em fevereiro deste ano, e da Maratona de Blumenau em 1998. "Sempre tive todo o apoio da Beija-Flor nas minhas corridas", ressalta. Naquele ano, aliás, recebeu o título de cidadão honorário de Nilópolis das mãos do prefeito Farid Abrão David por defender tão bem as cores da escola da cidade. Nada mais justo. Carlos é a cara da Beija-Flor.
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Entrevista
Um presidente em sintonia com sua Escola Por Julio Cesar Rocha Dias antes do desfile de domingo de carnaval na Sapucaí, o presidente da Beija-Flor de Nilópolis e prefeito da cidade, Farid Abrão, recebeu O Beija-Flor para esta entrevista, a seguir. Havia na escola o sentimento do tetracampeonato e a certeza de um grande desfile. A segunda hipótese aconteceu. A Beija-Flor fez um bonito desfile e continua entre as grandes do carnaval e a primeira do ranking da Liga. Quanto à cidade? É com certeza o orgulho da Baixada, assegura Farid. o Beija-Flor - Qual a sua sensação sobre a sua Beija-Flor para o desfile de domingo? Farid - Acho que é uma competição diferente para nós. Por tudo que se possa imaginar, local do desfile, horário, quantidade de pessoas assistindo, as características são iguais às dos anos anteriores. Mas o que difere é que disputaremos um título inédito. Por esse lado, vejo uma disputa diferente. São 13 escolas contra uma. Nós nos preparamos pra isso. Estamos con!"cientes que todas estão contra nós. E claro que tivemos um preparo diferente. Conseguimos colocar na cabeça de cada membro que se trata de uma disputa diferente, que precisaremos de mais determinação, alegria, garra. O Beija-Flor - As pessoas falam de supremacia. Como administrar essa supremacia? Farid - Com muita humildade. Mesmo tendo consciência de que podemos ser superiores , é necessário humildade. Se soubermos exatamente nossos objetivos,
estaremos no caminho certo . Respeitamos todas as outras 13 escolas , mesmo sabendo que conjuntamente estão contra nós. Sabemos do nosso potencial , daquilo que a Beija-Flor pode apresentar, acima do que fez nos últimos três anos. O Beija-Flor - O Laíla disse que o peso da comunidade é 99%. Qual é a fórmula para alcançar isso? Farid - Com todo respeito , vou discordar do Laíla. Acho que a comunidade tem 50 % de responsabilidade . A diretoria, o Laíla, a comissão de carnaval são os outros 50%. Reputo um percentual enorme ao An ízio, que é o grande nome disso tudo. Tenho dito que ninguém é forte sozinho, mas o Anízio é peça fundamental. Ele ama a escola, dedica-se a ela, morre por ela. Ele já demonstrou um amor imenso pela escola no período mais crítico que tivemos. A comunidade é parte importantíssima! Ela canta, leva a escola. No entanto, alguém tem que fazer algo para chegar à comunidade. Esse alguém é o
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Anízio, a diretoria, comissão, bateria, os compositores, as baianas, os segmentos da escola. Isso forma essa pujança toda. O Beija-Flor - Qual a importância da Beija-Flor como instituição para a cidade de Nilópolis? Farid - Não é de hoje que a escola abre um leque muito grande no governo federal para a cidade. Pode ter certeza disso. Várias obras foram trazidas para cá por causa da BeijaFlor. Agora mesmo, trouxemos o ministro Mares Guia, que já está ajudando a cidade. O presidente Lula é Beija-Flor de coração . Esse crescimento da escola trouxe um beneficio enorme . Essa cidade pequenina é hoje conhecida em vários países onde a Beija-Flor se apresentou. Temos certeza de que a Beija-Flor abre as portas para o crescimento da cidade. Não só para trazer verbas do governo federal, mas para o próprio crescimento da região , com valorização do imóvel, dos negócios daqui. Isso tudo é crescente. Quando a Beija-Flor conquista um título, a cidade fica
uma loucura por uma semana. Assim a imagem da cidade é divulgada. O Beija-Flor - O coração do presidente está confiante na vitória? Farid - Sem dúvida . Tenho acompa,nhado os detalhes da escola de perto. E claro que lá no barracão o Anízio conduz tudo muito bem. Fico aqui mais na quadra. Para mim é melhor, mais próximo, pois moro em Nilópolis. Tenho a ajuda de grandes amigos, como o Noel, o Armando, o Rogerinho. A esperança na conquista vem em função do trabalho que desenvolvemos, da vontade dos nossos componentes. Tenho certeza que vamos disputar o título . Ganhar só Deus sabe. O Beija-Flor - Então a Beija-Flor e Nilópolis continuam sendo orgulho da Baixada ... Farid - Podem ter certeza disto! Quem viu a prefeitura quando assumimos e vê agora ... Agradeço a Deus a força que me deu para trabalhar dessa maneira. Hoje posso colocar também Nilópolis como um grande orgulho.
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Entrevista
Louzada na Beija-Elor
Velho sonho realizado Por Walter Honorato e Murillo Victorazzo
Da Vila Isabel para Nilópolis, Alexandre Louzada pretende dar cores e formas novas à Beija-Flor. Carnavalesco consagrado e campeão, ele não economiza em elogios à azul-e-branco e explica nesta entrevista o porquê de deixar um vôo solo para se arriscar numa comissão de carnaval. Experiente passou pelas principais escolas de samba do Grupo Especial ele espera contribuir para um novo momento da Beija-Flor.
o Beija-Flor - Como começou essa história de carnaval na sua vida? Louzada - Eu não me formei em Belas-Artes. Sou um autodidata do carnaval. Comecei fazendo alguns trabalhos em Niterói. Lá fui descoberto pelo Jésus Henrique, que foi destaque da Beija-Flor nos anos 70 e 80. Fui convidado para desenhar os figurinos na equipe do Joãozinho Trinta, no enredo A Lapa de Adão e Eva. Nesse tempo, eu era presidente de ala da Portela, que ousou me transformar em seu carnavalesco. Por isso, não aceitei o convite do Jésus. Nasci para o carnaval do Rio de Janeiro na Portela. De lá, passei pela União da Ilha, Unidos do Cabuçu, Caprichosos de Pilares, Grande Rio, Mangueira, Rocinha, voltei para a Portela e depois Grande Rio,
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Mattos
estive na Porto da Pedra, Vila Isabel e agora a Beija-Flor.
o Beija-Flor - Você está fazendo um caminho inverso, sai como campeão e chega para integrar uma comissão de carnaval. Por que isso? Louzada - Antes de tudo, é um sonho. Pela terceira vez tive a oportunidade de trabalhar na BeijaFlor. Dessa vez quis abraçar essa oportunidade. As imagens e notícias do desfile e das comemorações respondem a todas as perguntas que as pessoas queiram fazer sobre a minha saída da Vila Isabel. Declarei que se tivesse de trabalhar com alguém teria de ser da minha opção. Preferi deixar de ser o carnavalesco solo, como sempre fui , para vir em busca de um sonho, que era trabalhar aqui. Aqui existe este
rótulo de comissão, mas todo carnavalesco trabalha com uma equipe. Ela, no entanto, fica na retaguarda, ou omitida. Não é o caso das pessoas que trabalharam comigo. Sempre que foi possível e mídia deixou , apresentei as pessoas que criam e desenvolvem o enredo comigo. Não quero dar uma prova de humildade. É uma questão de buscar um lugar onde tenham respeito pelo meu trabalho, e que eu possa desenvolver grandes projetos. Creio que a Beija-Flor tem essa condição. Quero declarar que não tenho problema nenhum com as pessoas da Vila Isabel. Foi uma decisão pessoal minha. Muita gente não sabe o que acontecia nos bastidores da Vila Isabel. Coisas que me levaram a tomar essa decisão, que é uma decisão puramente pessoal e profissional.
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o Beija-Flor - O que a Beija-Flor tem de tão especial para você dizer que trabalhar aqui era um sonho? Louzada - A Beija-Flor tem uma mega-estrutura. É uma escola com anos de estrada . O carnaval começou a mudar com a Beija-Flor, em 1976. Sempre tive essa vontade, até porque sou discípulo de Viriato Ferreira, uma pessoa que ajudou a escola a trilhar esse glorioso caminho. Eu tive o prazer de conhecê-lo e conviver com ele durante um bom tempo, na época em que era carnavalesco da Portela. Foi ele quem me inspirou a ser carnavalesco. Quando saí da Grande Rio, o Laíla me convidou, mas não foi possível. No ano da formação da comissão de carnaval, houve novo convite. Também não
atendi porque já tinha acertado com a Mangueira. Fomos campeões juntos, Mangueira e Beija-Flor. Desta vez, numa conversa com o Laila, surgiu outra oportunidade. E não iria deixar essa chance escapar. Vim aqui com a certeza de que vou somar nessa família. A Beija-Flor continuará a ser a grande escola que sempre foi.
o Beija-Flor - Como é voltar a fazer uma parceria com o Laíla? Louzada - Estou com saudades das broncas dele (risos). Saudades de eu desenhar uma coisa e ele falar para fazer maior. Lembro de um carro da Grande Rio que a harmonia da escola, para trabalhar pelas laterais, tinha que subir no carro e passar para o outro lado. Era o tamanho exato da Avenida. O Laíla tem uma visão de camaval muito grande. É um professor de tudo no camaval. Trabalhei com vários diretores de camaval. Adorei trabalhar com todos eles, mas o Laíla foi o inventor dessa história de diretor de camaval. Ele fez escola. Ele trabalha as bases, as comunidades. Enxerga o talento que está brotando na pessoa. A expectativa agora é a melhor possível. Estava com saudades do convívio diário com ele. Muita gente pode até dizer que Laíla não é mais o mesmo. Mas, pelo que vi, ele não mudou muito não. Só a casa dele em Araruama que já deve estar pronta. No mais, nada mudou. (risos)
o Beija-Flor - Você já conhecia os outros profissionais da comissão? Como será a estrutura de trabalho com eles? Louzada - Já conheço todos eles. Como disse, quando a comissão foi
formada, também fui convidado. Conheço inclusive os que já deixaram a comissão. O carnaval se incumbe de nos aproximar, nos deixar mais íntimos. Conheço o Shangai há muitos anos, antes mesmo de vir para a comissão. Já conhecia o Bira e o Fran-Sergio. Tenho certeza de que não vou ter dificuldade de trabalhar com eles. Todos vão gostar de mim. E eu já gosto de todos eles. O negócio é saber pisar onde está chegando. Tenho que respeitar o espaço de cada um , e eles o meu.
o Beija-Flor - Todo carnavalesco tem um estilo próprio. E cada escola tem um peso diferente. Você terá que adaptar o seu estilo nessa mudança de casa? Louzada - Cada escola tem a sua tradição, seu modo de trabalho, mas o estilo é imposto pelo carnavalesco. Aqui na Beija-Flor são várias cabeças pensando. Se criou um estilo de carnaval. Mas vou dar um diferencial a isso. A Beija-Flor vai mudar um pouquinho. A comissão permanece desde quando foi formada, mas agora vai entrar uma pessoa com características diferentes. Alguma coisa vai mudar. Não sei se sensível ou drasticamente. O Laíla falou o seguinte: se eles não achassem que precisavam de uma outra pessoa, não teriam me chamado. Sinto-me feliz com essa colocação, porque é sinal de que estarei somando. Vou poder dar a minha marca. Não será o carnaval com a cara do Alexandre Louzada sozinho, mas vai ter algo meu. Assim como dos outros da comissão também.
o Beija-Flor- Você foi campeão na Vila Isabel e na Mangueira, escolas de peso. A Beija-Flor é um escola de ponta também. Quanto você acha que isso pesa para o seu trabalho ser desenvolvido de forma mais positiva? Louzada - A responsabilidade é maior. Fazer a Beija-Flor campeã é uma grande missão. Não digo que seja uma escola mais fácil de ser campeã, mas estou mais confortável. É uma questão de mérito. Mas também estou trazendo meu axé de campeão. Se juntar eu com a Beija-Flor, somos tetra (risos) . Agora é trabalhar para que isso se concretize no futuro com muita qualidade. É muito bom chegar numa escola e ouvir de sua diretoria que ela não está satisfeita com alguns aspectos do desfile deste ano. Quando a gente reconhece as nossas próprias falhas , fica mais fácil corrigi-Ias e chegar a um denominador comum .
o Beija-Flor - Você já tem alguma idéia de enredo para 2007? Louzada - Eu vim pra cá com duas idéias de enredo, e tenho outras para serem pensadas. Mas agora é um período de apresentação de idéias. Não só minhas, mas dos outros da comissão e pessoas de fora. Seu Anízio deixou bem claro que o importante é que seja um grande enredo, independentemente de ter ou não patrocínio. Se pudermos unir as duas coisas, melhor. Assim fazemos um carnaval mais confortável. Esse período é de audição de idéias para analisarmos juntos se dá um grande enredo.
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Eram quase sete horas da manhã da segunda feira de carnaval quando a Beija-Flor de Nilópolis entrou na Marquês de Sapucaí. Tentando um inédito tetracampeonato, a azul e branco segurou o público com um desfile esteticamente bonito e tecnicamente perfeito. A escola passou bela, compacta e com a tradicional garra nilopolitana, sendo logo apontada como uma forte candidata ao título. Mas, numa disputa muito equilibrada, o sonhado tetra não veio. A Beija-Flor, no entanto, deixou a Avenida segura de que não fez história por muito pouco.
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Mapa de Apuração - Carnaval 2006 Colocação das Escolas
Bateria
Enredo
Mestre-Sala e PortaBandeira
Conjunto
Harmon ia
Comissão de Frente
Evolução
Fantasias
Alegorias e Adereços
SambaEnredo
* Grande Rio penalizada com - 0.2 décimos. ** Rocinha penalizada com - 1.2 décimos.
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tJma escola de samba de coração brasileiro, com certeza Por Julio Cesar Rocha O deputado federal Simão Sessim, de coração azul-e-branco e alma escancaradamente nilopolitana, fez este belo discurso no plenário da Câmara Federal dias antes do carnaval. Se por um lado a Beija-Flor, como todos desejavam, não se sagrou tetracampeã, a gente lamenta. Mas por outro, O Beija-Flor não poderia privar os seus leitores dessa beleza de texto em nome da Beija-Flor, do carnaval, de Nilópolis, do Rio de Janeiro e principalmente em nome da brasilidade, deste país e de seu povo. Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, mais uma vez o mundo inteiro volta sua atenção para o carnaval carioca, sem dúvida nenhuma o maior espetáculo de brilho e beleza da Terra. E também não há como não ficar encantado com o vôo da nossa querida BeijaFlor, que este ano mergulha nas águas cristalinas de Poços de Caldas, nas Minas Gerais, batendo asas rumo à Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, em busca do tetracampeonato das escolas de samba do grupo especial.
Até porque, senhor presidente, antes de pisar na passarela da glória, dos refletores e dos aplausos, a Beija-Flor combate as injustiças sociais e promove a inclusão dos menos favorecidos da comunidade de Nilópolis, que a viu nascer e crescer, e que hoje, não à toa, a venera e a reverencia como protetora e amiga. Ágil e irrequieta em suas lindas e variadas cores, tal qual um pássaro, a nossa Beija-Flor também encanta o mundo através de admiráveis coreografias que desenha ao longo da Avenida. Por isso mesmo, promete outra vez deslumbrar a Passarela do Samba, voando sem parar, em todas as direções, como um míssil alado, mostrando assim para toda a humanidade o grandioso e verdadeiro valor das águas e quanto a vida do planeta depende de sua preservação.
A exemplo do que disse ano passado, aqui, nesta mesma tribuna, repito: não será surpresa para ninguém se a Beija-Flor deixar a passarela agora em 2006 mais uma vez consagrada pelo povo e pelo corpo de jurados, o que certamente confirmará a superioridade da garra de seus componentes nessa guerra deslumbrante de plumas e paetês, que , sem dúvida nenhuma , ornamentam também a nossa alma e o nosso espírito carnavalesco.
A mensagem de paz, amor e prosperidade criada pela Comissão de Carnaval - representada por Laíla, Cid Carvalho, Fran-Sérgio, Shangai e Ubiratan Silva - haverá de sacudir a Passarela da Sapucaí, que vai se encantar também com o bailado do mestre-sala Claudinho e de sua porta-bandeira Selmynha Sorriso; com o grito de guerra de Neguinho ; o ritmo vibrante e cadenciado da bateria dos mestres Paulinho e Plínio e o entusiasmo de todos os componentes.
A Beija-Flor, senhor presidente, vai levar para a Passarela do Samba o tema-enredo "Poços de Caldas derrama sobre a terra suas águas milagrosas . Do caos inicial à explosão da vida - água, a navemãe da existência".
É bem verdade, senhor presidente, que a escola da minha querida Nilópolis teve como opção de enredo Angola , Venezuela e Poços de Caldas. Mas a escolha recaiu sobre a cidade brasileira, exatamente porque a Beija-Flor tem primado por falar de coisas do seu próprio país. Até porque, senhor presidente, a BeijaFlor de Nilópolis é Brasil , e das Minas Gerais apresentará ao mundo o paraíso na terra que é Poços de Caldas, a cidade das águas. Assim sendo, maravilhosa e soberana, a Beija-Flor adota, mais uma vez, um tema que preocupa a comunidade mundial.
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Eu diria, senhor presidente, que a Beija-Flor vai alertar o homem imagem e semelhança do Criador - a respeito do seu valor e de suas obrigações para manter o equilíbrio do
Não temos dúvida, senhor presidente, o desfile da Beija-Flor, já na madrugada de segunda-feira de carnaval, vai encantar a todos, porque será também um mergulho nas águas da reflexão, como sugere o enredo da escola. planeta. Através de mais um enredodenúncia, vai dar um grito de alerta contra a escassez de água no mundo, mostrar os efeitos da devastação sistemática das reservas naturais, a destruição de civilizações e o empobrecimento e a fome de nações inteiras. E agora, ao postular o tetracampeonato, irá a Beija-Flor, através da cidade de Poços de Caldas, lembrar a extrema importância de um dos elementos vitais para a existência humana, que é a água. A Beija-Flor vai mostrar que estamos acabando com o combustível da vida.
E olha , senhor presidente , como tenho dito sempre, ninguém duvida: a Beija-Flor é, antes de tudo , uma escola de vida , que faz da responsabilid,ade social sua grande marca . E o espírito da solidariedade humana , inspirada em tia Júlia, a grande matriarca da família Abrão David, que fornece o oxigênio da vida de glórias desta agremiação . Somos todos um só coração azul e branco , como as cores do céu e das nuvens , perto de onde voa a nossa exuberante Beija - Flor.
Mais uma vez, louvo com orgulho o empenho, a dedicação e o amor que a diretoria, nas pessoas de Farid e Anízio Abrão David, dispensa à BeijaFlor de Nilópolis, fazendo da escola de samba mais querida do Brasil e do mundo o divã para a nossa reflexão sobre quem somos e o que queremos para os nossos irmãos na passarela davida. Muito obrigado! Simão Sessim (PP-RJ)
José Carlos Rego 1935 - 2006
No sábado, dia 4 de março, horas antes do início do desfile das campeãs, a notícia do falecimento súbito do jornalista José Carlos Rego foi uma nota de tristeza num momento de tradicional alegria do carnaval carioca. Nascido em Miracema, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, terra de jongo e caxambu, ao iniciar-se no jornalismo em 1957, José Carlos rapidamente se identificou com as escolas de samba do Rio de Janeiro. Numa época em que não existia a preocupação com cronometragem, os desfiles podiam durar muito mais de doze horas e o profissional da imprensa trabalhava sem o mínimo de respaldo na cobertura. Da imprensa especializada, dos chamados cronistas carnavalescos, exigia-se uma dedicação e um heroísmo inimagináveis hoje em dia e sua atuação abnegada foi decisiva para o fortalecimento do desfile e para a conquista do lugar que as escolas de samba alcançaram na mídia. Trabalhou mais de dez anos no jornal Última Hora e teve várias reportagens premiadas, a maioria sobre carnaval. Como pesquisador, publicou o livro Dança do samba, exercício do prazer, de 1994, considerado referência no assunto. Trabalhou no Museu da Imagem e do Som e foi jurado do Estandarte de Ouro desde a criação do prêmio, em 1972. Era torcedor do Império Serrano e compadre do grande Silas de Oliveira. Na quarta-feira de Cinzas nos falamos ao meio-dia: ele me ligou para obter o telefone do Nego, que acabara de ganhar o estandarte de melhor intérprete. Estava feliz com o desfile do nosso Império e muito confiante no futuro da agremiação. Lamento a perda do amigo e do constante batalhador em prol da cultura popular e do samba. Rachei Valença Diretora do Centro de Pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa
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"O Repique
eija-Elor" Por Walter Honorato email : walterhonorato@yahoo.com.br
A liderança do ranking da Liesa continua em Nilópolis. Com 83 pontos, a Beija-Flor mantém a primeira colocação, vinte pontos na frente da segunda colocada, a Estação Primeira de Mangueira.
Paulo Barros. O presidente da Viradouro, Marcos Lira, também não renovou com a coreógrafa Deborah Colker. Mas Dominguinhos do Estácio, Mestre Ciça e o diretor de carnaval Guilherme Nóbrega estão confirmados na vermelho-e-branco de Niterói.
O tricampeonato deixou a azul-e-branco numa posição confortável: fosse qual fosse o resultado, a Beija-Flor não perderia a primeira colocação. A escola que mais galgou posições foi a campeã Vila Isabel, que subiu de décimo terceiro para nono lugar do ranking.
10/03/06 - Os resultados dos grupos de acesso da Associação não causaram polêmicas, como nos anos anteriores. O que se pôde ver principalmente nos grupos A e B foram escolas mais organizadas e uma luta muito acirrada pelas primeiras colocações. A Estácio de Sá foi a campeã do grupo de acessoAe sobe para o grupo especial; a Império da Tijuca sobe do grupo B para o A; já do grupo C sobem duas agremiações para o grupo B, a campeã Unidos de Padre Miguel e Sereno de Campo Grande; no grupo D sobem para o grupo C a campeã Em Cima da Hora e a vice Acadêmicos do Dendê, e no grupo E sobem para o D Rosa de Ouro e Corações Unidos do Amarelinho.
09/03/06 - O carnavalesco Cid Carvalho não faz mais parte da comissão de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis. Cid é o novo carnavalesco da Unidos de Vila Isabel. Depois de nove anos como membro da comissão de carnaval da escola de Nilópolis, Carvalho parte para carreira solo carregando na bagagem toda a experiência adquirida nestes anos de militância no carnaval e de dedicação à Beija-Flor.
09/03/06 - A Unidos do Viradouro não renovou com a comissão de carnaval que deu o terceiro lugar à escola este ano. No lugar de Milton Cunha, Mário Monteiro e Kaká Monteiro assume o ex-carnavalesco da Unidos da Tijuca
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10/03/06 - O Império Serrano, ao contrário de diversas agremiações, renovou com o carnavalesco Paulo Menezes, que fará seu segundo carnaval na escola, assim como mantém o intérprete Nego e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Róbson eAna Paula.
o Beija-Flor
indica o CO "Império Serrano,
um show de Velha Guarda", da gravadora Biscoito Fino.
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