Relatório do Carnaval LIESA 1987

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LIGA INDEPENDENTE DAS ESCOLAS DE SAf'-1BA .DO RIO DE JANEIRO

COORDENAyAO DE JUPADOS

RELJ',TOIUO - CARNAVAL/87

l. Consideracoes Preliminares

0 Carnaval de 1987 assinala mudan9as significativas,

mormente no que concerne as rela9oes do Estado com as Escolas de Sam ba, em especial as do Grupo I, e somente o tempo podera responder to

~

sua

irnport~ncia

qu~

e seus reflexos no sentido destes grupamentos

carn~valescos responsaveis pelo maior e mais relevante espetaculo de

cultura popu_ar registrado em todo o

;~undo.

Tais mudan9as - refletidas de modo mais cristalino em est~o

seus resultadc:s. econ6micos -

emb~sadas

tremamente ousadas de parte da

Dire9~o

sua vez, gennifiadas em terreno

f~rtil

em decisoes politicas ex

da LIESA, decisoes estas, por. por coincidirem com uma postura

anti-paternalista e bastante lficida por parte da Prefeitura. Assim, a somar-se

~s

conquistas no sentido da

indepe~

dencia dos exploradores do trabalho e do talento dos sambistas, rela9~o

cente-se a mudan9a de qualidade na substanciada num·contrato, participa9~0

n~o

mais de

da LIESA com ·a RIOTUR, con

presta9~o

organiza9~o

na renda: lucros e na

acre~

de

servi~os,

mas de

do desfile das Escolas

i

de Samba, o que,

al~m

de sua

import~ncia

politica, significou urn au-

mento de mais de 600% na renda destinada ao Carnaval. n~o

F elas do item mais delicado e tancia na

organiza9~o

ficaram por ai.

pol~mico:

Estenderam-se

a

conquista

a escolha do Jurf, de vital impor-

dos desfiles.

Sern duvida, a escolha do Juri sempre foi tare fa con-


side~ada

urn barril de polvora pronto a explodir inapelavelmente apos

a apurayao e, embora tratando-se de area de alto risco, seu controle por parte da LIESA representa o mais significativb avanyo em 52 anos qa historia dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, sinalizando mudanyas outras que certamente apontam na direyao de

uma

independencia cada vez maior das Escolas de Samba e da efetiva organizayao do desfile pela LIESA.

2. 0 plano de trabalho

0 passo decisive dado pela LIESA possibilitou a conc~etizayao,

por sua vez, de antigas aspiray5es, a saber:

a) a definiyao de crit:erios de julgamento em acordo com a vontade dos proprios sarobistas;

b) a eliminayao da chamada "nota rnaldosa", que tanto mal tern feito ao samba;

cl a esco.lha de urn Corpo de Jurados interessado e sens:Ivel aos fatos da cultura popular, selecionado com independencia dentre intele~­ tuais de nomeada, sem interferencias politicas , aprovado em plenario composto

p~los

Presidentes das Escolas, e devidamente

orie~

tado no sentido de levar a efeito o julgamento do desfile da forma mais isenta e objetiva possivel. Tais objetivos, no entanto, nao foram alcanyados sem dificuldades, entre as quais podemos enumerar:

2.1 - Relay5es com a RIOTUR

Neste particular, o fato mais relevante prende-se

~s

dificuldades surgidas no processo de negociayao do contrato prejudicando a elaborayao do cadastre dos jurados, realizado em condi~6es

·,


extrernarnente

precarias durante os dois prirneiros rneses

lho ), e, principalrnente,

OS

( junho e

j~

Paineis de Debates, negada que nos foi

a cessao do audit6rio da RIOTUR, atrasado que foi seu inlcio, for9a~ do-nos a efetuar a discus sao de dois quesi tos por

v~z,

sen contar

sua

interrup9ao por duas sernanas, ern virtude de impasses na negocia9ao. outro fator relevante responsavel por inurneros 6bices ao born desernpenho de nosso trabalho, conpubstanciou-se numa certa resistencia localizada, ern especial, ern alguns setores do terceiro escalao da adrninistra9ao da Ernpresa, for9ando o Presidente da Liga a interferir· na.

direta e pessoalrnente ern inumeras decisoes de roti-

Esperamos que tais dificuldades diminuam

~

medida que a ideia

da co-gestao do desfile se consolide. Firtalmente, quanta ao curnprimento do cornpromisso da RIOTUR de proporcionar a infraestrutura

necess~ria

ao born desempenho

do trabalho ctesta Coordena9ao de JuraGos, sem desconhecer os esfor9os empreendidos neste sentido, continuamos sem privacidade, bern como os equipamentos solicitados, a saber: arquivos,

arrn~rios,

m~quina

eletrica de datilografia,

mesas, ar condicionado, etc.

2.2 - Os Paineis de Debates

Os Paineis, destinados ~ revisao dos cri terios que ori entam o julgamento das Escolas em desfile, foram realizados na dra do GRES Estacio de Sa.

qua-

Halgrado nao contituir-se ·o local no rnais

apropriado para sua realiza9ao, tal inconveniente foi compensado por uma tal organiza9ao do arnbiente; pela pontualidade, limpeza e eficie~ cia nos servi9os impecaveis; e pelo carinho, pela gentileza, pelo esrnero no desempenho do papel de anfitria que a Dire9ao da Estacio de Sa soube dedicar-nos.

Deixamos aqui consignado nosso voto de louvor

a sua Diretoria, na pessoa de seu Presidente, Acyr Pereira Alves. A lamentar, os prejuizos ocasionados por sua abrupta interrup9ao, motivada por urn impasse serlssirno na negocia9ao do contrato que pos ern risco a pr6pria realiza9ao do desfile, e a necessi-


dade da discussao de dois quesitos por vez, com flagrantes prejuizos aos debates e

~ efic~cia

dos resultados.

Afora isto, pela pri-

meira vez, obteve-se dos sambistas a esperada resposta em termos de frequencia e participa9ao,

superando as expectativ0s mais otimistas.

2.3 - 0 Manual do Jurado

Elaborado a partir dos resultados dos Pain§is de Debates e de discuss6es em plen~rio, com o objetivo de dirimir quaisquer dGvidas quanto ~ apura9ao e aproveitamento das notas dos jurados,

foi impresso de modo a nao tomar

car~ter

definitivo,

perm~tin-

do-nos as diversas altera96es, hoje, claramente necess5rias, e que a prudencia nos permitiu prever. Sua edi9ao representou, em nosso modo de ver, passo fundamental c:.om v:i stas aos obj eti vos !\lC.tiores de I nao apenas Dl' SC.::J.r criterios os mais objetivos possiveis p~ra o julgamento, bern como de dar a estes m2smos criterios o mais amplo conhecimento.

2.4- ---------"----'-----A selecao dos Jurados

Levada a efeito a

apura~ao

dos resultados do desfile

do Carnaval/87, cabe ~s pr6prias Escolas de Samba manifestar niao quanto ao de~empenho do Corpo de Jurados.

Cabe-no~

sua opi

no entanto,

fazer algumas observa96es: - Os nomes foram selecionados tendo emvista abranger o maidr espectro posslvel dentre as atividades inte~ectuais e artisticas: professores universit~rios,.

jornalistas, arquitetos, estilistas, atores,dJ.:_

retores de teatro e cinema,

escritores~

mGsicos, etc.

Buscamos fugil: as cl5s'sicas solu96es tipo: bailarinos do Municipal para julgar Mestre-Sala

e~Porta-Bandeira,

maestros con-

sagrados para julgar Bateria, etc. Procuramos, ainda, dentro do possivel,

al~m

de expo-

entes em suas ~reas, pessoas que nunca tivessem tido esta experiencia.


dG~idas,

-,A fim de esclarecer quaisquer

ao

Plen~rio

lembramos que apresentamos

80 names dos quais 67 foram aprovados unanimemente.

Pos

teriormente, devido a algumas dificuldades em completar alguns quesitos, solicitamos ao

Plen~rio

a

aprova9~0

de mais 07 names.

semos, assim, de urn total de 74 names para a

sele9~o

Dispu-

de 60.

Lem.bramos tais fatos para afirmar, peremptoriamente, que nenhum

nome foi aproveitado, ou deixou de

s~-lo,

em

obedi~ncia

a

qualquer pressao, solicita9ao, ou insinua9ao partida de quem quer que fosse. firmar a

E fazemos

quest~o

independ~ncia

de

consign~-lo

por escrito, bern como de rea

cbm que nosso trabalho foi desenvolvido - fa-

tor essencial ao born desempenho de tao delicada tarefa - e para o que em muito contribuiu a atitude isenta e a confian9a do Presidente LIESA de quem,

ali~s,

nao

esper~vamos

outro comportamento.

Tudo

da o

mais.foram equ{vocos, desinforma9ao, ou mesmo excesso de desconfian9a, resultante, talvez, da falta de

h~bito

de alguns poucos eQ lj.dar

com tal encargo e responsabilidade.

..,

- devern cerTais percal9os, felizmente superados, nao tarnente repetir-se,

~

medida que a

consci~ncia

da

irnport~ncia

do

pa~

so dado pela LIESJ\ for tomando conta dos espiri tos.

2.5 - 0 Curso de Orientacao aos Jurados ----------------~-

P~ova

l~cionado,

inconteste do interesse e

foi sua maci9a

audi~ncia

~edica9ao

do Juri se-

ao Curso de Orienta9ao levado

a

efeito entre 12/01/ e 23/02/87. Realizado corn• o a;?oio da BEAHl1A, cuj o patrocinio, em produtos e ern especie cobriu parte dos. custos, o Curso nao teve a tensao de formar Jurados, senao

orient~-los

quanta as normas e

pr~

crite~

rios do concurso. Herecendo

ampla cobeYtura

somente ao excelente trabalho de

divulga9~0

da imprensa grayas, nao levado a efeito pela EM

CENA ( empresa contratada para este fim}, bern como a feliz estrategia


de realizar apenas uma aula por semana, possibilitando-nos, assim, a perman~ncia no notici~rio, o Curso teve frequ~ncia tamb~m muito acima do esperado. Os Jurados compareceram a qqantas

a~las

puderam,

al~

daquela relativa ao seu quesito especifico, a unica obrigatoria. Estamos certos de que tal empenho, em muito contribuiu para diminuir o nGmero de erros possiveis.

2.6 - 0 sistema de julgamento

Se nosso trabalho logrou algum deve-se ao sistema empregado no julgamento e na

~xito,

cremos, este

apura9~0

das notas.

Conquistamos, neste terreno, vitorias incontestes, a saber: a) pe1a primeira vez os sambistas se fizeram presentes e se fez ouvi do

~s

suas vozes na

defini9~0

dos

crit~rios

de julgamento;

b) o sistema do sorteio de 1/3 do Corpo de Jurados como Suplentes, cido

~

norma de

elimina9~o

de duas notas

(~

maior e

~

acre~

menor) bani-

ram, de vez, o fantasrna da "nota maldosa", ou extremamente equivocada, do universo das apura9oes;

c) a apresenta9~o publica do Juri ~ Iipren~a h~ mais de 02 meses do desfile, gerou um clima de confianca, de ,

conviv~ncia

frate:rna, aber -

ta e democratica entre Jurados e sambistas, como ha muito pouco tempo

seri~

impossivel, sequer, imaginar; e o episodio do afasta-

mento do Jurado Anselmo Vasconcelos; nao invalida o que aca:bamos de

afirmar~

pois deu-se como fato isolado, motivado por raz6es

que, em nosso entender, extrapolam'a

compet~ncia

desta coordena9ao

de Jurados.

d) o Juri dis:pos de conforto, tranquil'idade e ampla liberdade para exercer o julgamento livre de quaisquer pressoes ou embara9os;


e) a

condi9~0

de Juri Efetivo, ou Permanente, em muito contribuiu

p~

ra o creicimento do interesse e para o clima de confian9a, desp6jamento e liberdade. que

caracterizo~

o trabalho.

- essas razoes bastante suficientes para Enfim, sao

pr~

var o acerto do sistema e significam passes mais que decisivos na bus ca de justi9a no julgamento. Outro dado importantissimo, reside na

exist~ncia

de

justificativas para as notas conferidas pelos Jurados a cada Escola, justificativas estas que, levadas agora ao tes,

dever~o

Comiss~o

tera9~0

de

conhecim~nto

dos Presiden

servir como pe9a principal a orientar o trabalho de uma ~tica

que esperamos seja criada.

Destarte, se alguma a!

tiver q~e efetuar-se na composi9~0 do Corpo de Jurados, tal

necessidade, em nosso modo de ver, lndice de acertos do

e~

nada afeta a credibilidade e o

sistema.

A corrigir-se, talvez urn maior controle, pela LIESA,

.,

da li.PURAC,:AO e a analise da introdu<;~O do meio ponto na avali.a9~0.

0 trabalho da Coordena<;~o de Jurados foi iniciado em

junho/86 contando com os 03 membros indicados pelo plenario do I Seminario sobre os Desfiles das Escolas .de Samba, pela ordem, Hiram Araujo, Aroldo Bonifacio e Ari. Araujo. Somente em agosto/86, apos muita

insist~ncia

e discus

-

soes extremamente desgastantes - o assunto chegou a ser levado ao Pre feito -

foi reservada as Coordena<;oes de Jurados e de Desfiles, urna

sala improvisada num dos corredores da Empresa, sendo importante registrar que a da

n~o

foi

solicitay~O

de

ma~erial

permanente, feita

a

~poca,

ain-

atendid~.

A admiss~o da.secret~ria s6 foi possivel efetuar-se em outubro/86_e, finalmente, a partir de janeiro/87, tendo em vista a sobrecarga oriunda dos preparatives finais para o Carnava~, a equ~


pe foi refor9ada com a admissao de 01 Assistente que conduziu a sele9ao das candidatas as vagas de Auxiliar de Jurado, no total de 25 mo9as, alem de tomar a·s providencias necessarias ao trans porte e a boa

~limenta9ao

dos Jurados o que, ate 15 dias antes do desfile, es-

tava acordado que seria responsabilidade da LIESA. Durante o Carnaval foram contratados mais 10 Assistentes

(urn por cabine}, com a fun9ao de

pres~ar

atendimento imediato

aos Jurados em qualquer eventualidade ou irregularidade possivel de acontecer.

2.8 - A avalia9ao com os Jurados

A

Coordena~ao

de Jurados levou a efeito, na

se~ana

de

16 a 20/03/87, no audit6rio da RIOTUR, uma avalia9ao preliminar com os Jurados, buscando detectar seus anseios, suas

dificuldade~

e suas

impress6es sobre o desfile. Das OS reuni6es, vale anotar o seguinte: l-Os criterlos de.Julgamento carecem de melhor elaboracao e enrique > cirnento maior para que o julgamento possa ser aprofundado. A respeito do assunto, lembramos que nas discuss6es dos criterios de julgamento - a primeira, em 1985, com a participa9ao de cri ticos e estudiosos das Esco1as de Samba e a segunda, e.m 1986, com a presen9a dos sambistas

houve uma excessiva preocupa9ao em re-

duzir os textos explicativos e ate as exigencias de julgamento.

2 - Embora tenhamos dado passos significativos neste sentido, os Jurados necessitam de tempo maior nas preparativos de julgamento. A obrigatoriedade de comparecer apenas

a

aula~e

seu

quesi to - .dois por vez - ou mesmo as aulas dos outros quesi tos:> foi in suficiente para ampliar seus conhecimentos.

3 - A ideia do Juri permanente e Valida e deve ser preservada." Os jurados,

~

medida que solidificam seus conhecimcn-


tos, mais se livram da emoc;ao, mais se distanciam do subjetivo e mais se aproximam de urn julgamento tecnico.

4 - 0 peso do nome da ~scola continua influindo no resultado do jul'•

gamento. 0 fato,

h~

muitos anos rotineiro, ser& combatido efe

tivamente a medida que o Juri se conscientizar que deve dar nota ao quesito independente do nome da Escola.

5

~

Os valores devem continuar de 05 a 10, porem deve-se acrescentar o meio ponte.

6 - Foi aventada a hip6tese de 4 no

m~ximo)

limitar-se o numero de notas lO

(3 ou

.

7 - Outras hi96teses levantadas foram as de que

os julgadores, apos

terem dado suas notas, poderiam conferir mais 01 ponto para aquela considerada a melhor Escola de Samba em seu todo ou, ainda,que, ap6s a nota final, pudessem escolher as 3 (tres) melhores median te pontuac;6es de l a 3 (cobre, prata, ouro).

8 - Foi, ainda, questionada a conveniencia de os jurados poderem reunir-se,ap6s o desfile

9 -

para urn debate, antes das notas finais.

As cabines devem ser melhoradas com a maior extensao em sua profundidade. A cabine do lado direito da apoteose,

sol da manha, 'deve ser retirada e acoplada mo as cabines restantes}

a 'esquerda

a

outra j

a

por causa do exi stente

co

da pista.

10 - As cabines devem possuir lavat6rios.

lJ. - A alimcntac;ao deve ser bern cuidada. As Auxiliares que ficam nas


devem receber o mesmo tipo de alimenta~ao dos Jurados.

cabines

· 12 - 0

som foi pessimo e segundo a opiniao geral. dos jurados,

~dicou

prej~

seriamente o julgamento. Ha necessidade de ser feito urn projeto de som com a

participa~ao

de tecnicos e musicos ligados ao samba.

0 Projeto de-

ve ser discutido com maior anteced&ncia. Atualmente, as caixas de som sao espalhadas na avenida e a

principal

preocupa~~o

e a

ESTRID~NCIA,

o VOLUME COLOCADO A

MAIOR ALTURI-\ possl.vel. Pelas caixas ouve-se apenas a voz a todo volume, do puxador do samba e o acompanhamento estridente do cavaquinho. ta-se de urn

verdad~iro

Tra-

massacre de sam nos ouvidos dos julgadores,

p~

dendo mesmo induzi-los ao julgamento equivocado. A solu~ao

e

a instala9ac de uma mesa de sam cperanJo

a mixagem, inclusive, do instrumentos de percussao. Os julgadores de Bateria

e Harmonia teriam acesso a

mesa para opinarem sabre a mixagem. 0 projeto de sam deve levar em conta a necessidade de microfones de ampla capacidade de

recep~ao

acompanhando a bateria,

como ja o fazem as televisoes.

13 - Os jurados solicitam o estabelecimento de regras bern claras para que possam ir ~ pista de desfile durante a exibi~~o das Escolas de Samba.

14 -

Sugestoes especificas par quesitos:

14.1- BATERIA e HARMONIA

BATERIA:

Ampliar

OS

itens dos criterios de julgamento nao limitando

o julgamento de BATERIA a apenas o ANDAMENTO

(base rltmica)


Deve-se acrescentar a analise da HARI'-'10NIA 1 do TH'1BRE 1 do MOVH-1ENTO 1 da CRIATIVIDADE 1 dos BREQLES e INO\r'A<;OES RIT-I·UCAS como pesos de notas. Reunioes periodicas com os mestres de bateria. Distribui9~o

dos historicos das baterias concorrentes.

HARMONIA: l'-1elhora do som da avenida.

14.2 - ALEGORIAS e ADERE<;OS e FANTJ-1.SIAS

ALEGORIAS E ADERE<;OS:

Dissocia9~0

da identidade

(adequa9~0

ao enredo)

da cria9~0 plastica 1 distribuindo os crit~rios da seguinte maneira:

- CRIA<;AO -

PL~STICA

( qualidade do trabalho)

03

IDENTIDl\DE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 3

- 01UGINALIDADE

e EFEITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

-- ACJ\BAl1ENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 l

Obrigatoriedade da

distribui9~0,

cia, da 01\DEL'-1 DO DESFILE, -----

al~m

com

anteced~n-

das descricoes >

dos carros alegoricos, explicando o enredo(algumas escolas

n~o

cumprem essa

obriga9~o).

As visitas aos barracoes devem ser programadas

e feitas regularmente.

FANTASIAS: Ha necessidade de uma anali.se cri teriosa do apuro, dor e

magnific~ncia

exple~

das fantasias como peso de notas.

14.3 - ENREDO e SAMBA DE ENREDO

ENREDO:

Ha

necessidade absoluta da distribui9~o, com anteced~ncia,

n~o ~6

do texto do enredo, como da ordem do desfilc.

Em

gc~


ral a ordem do

desfil~

~

distribu1da no dia ou, simplesmen-

te 1 na0 ~ dada aOS julgadoreS 1 .0· que faz

to se limite

a

CQffi

que 0

julgame~

analise do texto somente.

SM1BA DE ENREDO: Aprimoramento do som.

14. 4 - MESTRE--SALA E PORTA-BANDEIRA e Cm1ISSAO DE FRENTE

IvlESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA: E preciso que o par em·julgamento seja definido com clareza. Urn diretor de Es cola deve apresenta-lo ao julgador fazendo sinal com o dedo ou dizendo, de alguma maneira

trat~r-se

do par a ser

- cumprem es julgado. Algumas escolas nao sa regra basica, nao apresentando, ou apresentando todos os pares da mesma rna nej_ra.

Careca,presente ao debate, sugere que o par em julgamento seja o que primeiro se apresentar ao julgador.

Somente dessa forma

poderiam evitar-se as d6vidas e criar-se-ia a possibilidade da substitui<;ao de um mestre-sala ou porta-bandeira em caso de acidente(o mestre-sala ou porta-bandeira que viessem logo

~tras

as~umiriam

o

po~

to) . A identifica9ao pela bandeira (ano) nao resolve o problerna.

Os pares em julgamento dev:em se exibir pelo espa<;o minimo de 03 minutes. do

Alguns pares se exibem muito rapidamente,

tempo para uma analise mais

n~o

dan

cuidadosa.

Deve-se demarcar circulos de exibi<;ao dos pares em fren-

-

te as cabines dos julgadores do

Quesi~o.

Os julgadores devem obser.var as fantasias quanta ao apurd e facilidade que propiciam

a

dan<;a.


Os cri terios devent ser rnais explici tados definindo o que o par nao deve fazer

(conversar durante a exibi~ao, excesso de indi-

vidualisrno, displicencia, etc.}. 0 gigantisrno prejudica a apresenta9ao dos rnestre-salas e porta-bandeiras, bern como o exibicionisrno de alguns outros na pista.

CO!'USSAO DE FTmNTE: Cri b~~rios de julgamento brandos e indefinidos, nao permitindo o julgamento objetivo. Os criterios de

-

-

vern ser mais claros e especificados. Isso so sera posslvel ap6s urn debate com as Escolas de Samba fazendo constar com rnaiores detalhes o que vale, o que tira pontos, etc.

0 Bigantismo e a rna qualidade do som prejudj_caram o

mento.

julg~

Carros 8m excesso e mau distribuidos tambem. As Escolas de Samba desfilam muito preocupadas em se exi-

birem bern nara o Juri do Estandarte de Ouro que fica do lado oposto

-

a s cabines de julgamento

~

em apenas urn ponto fixo.

Ha

necessidade

de se conscientizar os desfilantes para a presen9a, na pista, do Juri Oficial da Liga que, embora nao premie individualmente, e quem con fere a vit6ria ao conjunto da apresenta9ao. Estas, enfim, sao algumas observa96~s que nos pareceram relevantes nesta primeira e irnediata avalia9ao.

3- Considera<;:oes finais

Cremos haver const::guido demonstrar com clareza noss'o ponto-de-vista plenamente favoravel

~ man~ten9ao

do sistema utilizado na

aferiyao dos resultados do concurso, tendo em conta a inversao de expectativas pelo qual foi responsavel, a relevancia do fato da LIESA tomar a si tal responsabilidade, o grau de seguran9a e tranquilidade oferecidos pcla efetividade de seus componentes, alcm de outrus

r<1ZCc!'";.


A Coordena9~0 de ~urados pretende encaminhar ~s Escolas a

rela9~0

de todas as notas e as

respe~t~vas

justificativas de cada av~

Jurado, a fim de que o desempenho de cada urn possa ser devidamente liado por cada Presidente, encaminhadas as possiveis interpela96es,

por escrito, para que possam, por sua vez, ser devidamente avaliadas Comiss~o

pela

de Etica.

I~o

efetividade da

que concerne ao futuro, e nossa id~ia

opini~o,

que somente a

do Corpo Permanente de Jurados pode direcionar o

julgamentb num sentido cada vez mais

t~cnico

e isentq, proporcionan-

do-nos o prazer de ver frutificarem as sementes ora lan9adas. Assim, seg~ir-se

deve

~s

avalia~6es

imediatamente a

dos Presidentes e da

substitui~~o

Comiss~o

Etica,

daqueles que, por raz6es

fundamentadas, devam s§-lo. Tal processo

n~o

deve· ultrapassar o mes de junho sendo que,

logo a seguir, permi time-nos sugerir a. te de Debates,

j~

realiza9~0

de urn Forum Perr0_c::._ne0_

agora incluindo os Jurados, a fim de que possamos

- com o tempo suficiente - levar a efeito as altera96es exigidas nos crit~rios,

combatendo,

qui9~,

a tend§ncia simplificadora que tern pre-

dominado nas Gltimas discuss6es. Os resultados dal advindos divulga9~0

dever~o

ser publicados e sua

deve dar-se de forma a mais ampla possivel, permitindo-se,

destarte, o acesso a estas informa96es as diretorias, aos componentes e ao grande p1·[blico, em geral.

Tal

publica9~0

dever~,

ainda, canter alguns breves ensaios

explicativos e analiticos sabre as Escolas de Samba o que, para futuro,

contribuir~

para o enriquecimento da literatura sabre o tema,

t~o

escassa no presente. T~is

sugest6es, se acatadas, devem seguir tramita9~o ra-

pida, a fiw de que a LIESA possa, em tempo

h~bil,

tentar

obter~os

re-

- empresas privadas, a exemplo do que foi ten cursos para tanto junto as tado em 1986, mesmo com os prazos

j~

esgotados,

Finalmente, informamos que so de

Orienta9~0

os frutos dos debates ·e do Cur

aos Jurados, encontram-se gravados, o que constitui


4 - Cronograma de Atividades - Carnaval/88

Periodo Cl'leses)

Atividades

Avaliag~o

Jurados

-

ii.BRIL

. composigao Corpo Jurados

- J'1AIO

. Forum Permanente de Debates

-

JUNI-IO/i>,GOSTO

-

SETEMBRO/NOVEMBRO

. Atividades Jurados nos Barrac6es

-

NOVE~vlBRO/JAtJEIEO

. Curso de Jurados

-

DEZEl\lBHO/ JANEIRO

Reelaborag~o

Manual do Jurado


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