Revista Carnaval nº 20

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Revista

Carnaval Ano II n Edição nº 20 n Setembro / 2013

Marcos Roza

O rei dos enredos

Leandro Santos, sempre bem acompanhado O calendário das finas de sambas-enredos Setembro / 2013

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EDITORIAL

AGENDA DO CARNAVAL

(Grupo Especial e Grupos de Acesso do Rio de Janeiro) Grupo Especial Passarela do Samba Domingo – 02/03 n Império da Tijuca n Acadêmicos do Grande Rio n São Clemente n Mangueira n Salgueiro n Beija-Flor Passarela do Samba Segunda-feira – 03/03 n Mocidade Independente de Padre Miguel n União da Ilha do Governador n Unidos de Vila Isabel n Imperatriz Leopoldinense n Portela n Unidos da Tijuca Série A Passarela do Samba Sexta-feira – 28/02 n Em Cima da Hora n União de Jacarepaguá n Acadêmicos da Rocinha n Renascer de Jacarepaguá n Unidos do Porto da Pedra n Paraíso do Tuiuti n Inocentes de Belford Roxo n Império Serrano Passarela do Samba Sábado – 01/03

n Tradição n Alegria da Zona Sul n União do Parque Curicica n Caprichosos de Pilares n Unidos do Viradouro n Estácio de Sá n Acadêmicos de Santa Cruz n Unidos de Padre Miguel n Acadêmicos do Cubango

Grupo B Estrada Intendente Magalhães Domingo – 02/03 n Unidos de Bangu n Unidos do Jacarezinho n Acad. do Sossego n Acad. do Engenho da Rainha n Arranco n Unidos da Vila Kennedy n Sereno de Campo Grande n Favo de Acari n Unidos do Cabuçu n Unidos da Ponte n Unidos de Lucas n Unidos da Vila Santa Tereza n Império Rubro-Negro Grupo C Estrada Intendente Magalhães Segunda-feira – 03/03 n Arame de Ricardo n Acadêmicos do Dendê n Acad. da Abolição n Boca de Siri n Moc. de Vic. de Carvalho n Rosa de Ouro n Moc. Unida da Cidade de Deus n Difício É o Nome n Leão de Nova Iguaçu n Boi da Ilha do Governador n Unidos de Villa Rica n Moc. Unida do Santa Marta Grupo D Estrada Intendente Magalhães Terça-feira – 04/03 n Matriz de São Joao de Meriti n Unidos das Vargens n Gato de Bonsucesso n Unidos do Anil n Moc. Ind. de Inhaúma n Unidos de Cosmos n Lins Imperial n Arrastão de Cascadura n Chatuba de Mesquita n Acad. de Vigário Geral n Cor. Unidos do Amarelinho n Unidos de Manguinhos n Vizinha Faladeira n Flor da Mina do Andarai n Tradição Barriense de Mesquita

Pesquisa e canto

A

velha máxima do Carnaval diz que enredo bom é aquele que um surdo entende ao ver a escola passar na Avenida e que samba bom é o que leva um cego a entender todo o tema. No entanto, não há enredo de boa qualidade sem uma pesquisa bem feita e boa música sem um intérprete que a valorize. REVISTA CARNAVAL embarca nesta onda e destaca dois profissionais que cumprem com muita competência suas tarefas, mesmo que tenham iniciado suas carreiras de forma tão distinta. Marcos Roza assumiu o reinado entre os pesquisadores de enredo com competência e por antiguidade. Seu pioneirismo criou uma nova e importante função na folia. Já Leandro Santos começou ainda menino no desfile mirim, mas ao crescer se apoiou em um grande mestre e agora terá o privilégio de dividir o carro de som com outro ícone do Carnaval carioca. Aliás, Leandro saberá em poucos dias o samba-enredo que cantará na Avenida em 2014. As datas das finais da Série A e do Grupo Especial já foram marcadas. Isto no Rio de Janeiro, porque, em São Paulo, as agremiações estão no estúdio, gravando o CD para o próximo Carnaval. Entre enredos e sambas, REVISTA CARNAVAL lembra nesta edição a saudosa Tupy de Brás de Pina e a eterna Chica da Silva do Salgueiro, Isabel Valença, com seu reinado que se estendeu da Avenida para o elegante salão do Teatro Municipal. Mas tem muito mais. Todas as novidades do mês estão em nossas páginas. Boa Leitura! Revista

Carnaval

EXPEDIENTE

A Revista Carnaval é uma Publicação Portifolyo Produções Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi, Rio de Janeiro-RJ. Tel.: 9835-1828 Editor: David Júnior. Diretor Executivo: Otávio Sobrinho.

Direção Comercial: Ego Mídia & Marketing. Email: revistacarnaval@revistacarnaval.com.br. www.revistacarnaval.com.br. Foto de capa: Arquivo Pessoal. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Setembro / 2013

SUMÁRIO ENTREVISTA O reinado de Marcos Roza

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HOMENAGEM Isabel Valença

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POVÃO A disputa para a corte

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POVÃO Regulamento para a rua

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ESPECIAL Martinho e o Palácio

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ESPECIAL Finais e Portela

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SÉRIE A Decisão dos sambas

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SÉRIE A Paulinho Santa Cruz

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ESTRUTURA Cidade do Samba 2

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TALENTO Leandro Santos

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INESQUECÍVEL Tupy de Brás de Pina

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CRIANÇA Ordem alterada

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ACESSO Investindo em casa

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SAMBA Fábrica do Samba

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Foto: A. Pinto.

ENTREVISTA

Marcos Roza,

Enredos com grife Marcos Roza tornou-se uma referência na pesquisa de enredos. O historiador marcou um novo tempo na montagem dos temas carnavalescos. Revista Carnaval – Você é considerado o Rei dos Enredos. Quantos já escreveu? Marcos Roza – Chamam-me também de “A Caneta do Samba”, apelido que ganhei em 1999, ou 2000, do Mauro, que era diretor cultural da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Mas está beirando os 100, ou 4 l Revista Carnaval

até mais, somando as escolas fora do Rio. RC – Como foi o início? MR – Tudo começou de 1997 para 1998. Eu ainda era um estudante de história da PUC-Rio quando fui trabalhar em uma equipe de decoradores de carros alegóricos, dos irmãos Fábio Setembro / 2013

e Eugênio, os Gaúchos, na Vila Isabel. Eu não sabia absolutamente nada e, chegando no barracão, fui cortar espuma ... Ao longo dos meses, o carnaval foi crescendo diante dos meus olhos. Eu não me contiveFui até o Jorge Freitas (carnavalesco) e perguntei como ele fazia a pesquisa, como obtinha aquele conteúdo. Descobri, então, que era feita de forma amadora, com o resultado que víamos na Sapucaí. Não havia um profissional de história fazendo um trabalho de pesquisa. Eu pensei: achei um filão de trabalho. No mesmo ano, ajudei o Jorginho a fazer algumas coisas e depois montei um projeto, com características ainda muito acadêmicas, porque eu não sabia qual era a demanda dos carnavalescos, e distribui em todos os barracões. Ficava ligando de orelhão, eu não tinha celular ainda, para saber se o carnavalesco tinha recebido. O inusitado foi que a Rosa (Magalhães) me atendeu, e ela me perguntou o que eu queria com o projeto, porque não havia entendido. Era uma coisa muito nova. Neste mesmo ano, tive a felicidade de o Max (Lopes) me abraçar na Grande Rio, em 1999. Levantei uma pesquisa para ele, sem nenhum texto, e entreguei o material.

de pesquisadores, ENTREVISTA por eles estarem chegando ao Carnaval. Tem um rapaz que gosto muito, o Leandro Vieira. Fez dois trabalhos lindos agora, e eu pude escrever para ele dizendo que estava feliz. O retorno dele foi bem legal, dizendo que eu tinha aberto esta possibilidade de trabalho como pesquisador no Carnaval e que eu seria uma referência para os mais novos. Isto é muito gratificante, sobretudo para mim que não tive uma referência específica, embora tenha carnavalesca, como o Max e o Oswaldo. Aliás, o Oswaldo Jardim, que era um gigante, me ensinou uma coisa que jamais esqueci. Ele disse: sinopse se escreve sempre no presente. Isto fica mais fácil para quem está julgando ou simplesmente vendo.

RC – Você ficou na Mangueira por um bom tempo. MR – Fiquei na Mangueira até 2006, mas paralelo a isto fiz outros enredos no Especial e no Acesso. Este é o momento que começa a revolução dos enredos patrocinados, desde o final da década de 1990. E eu, como pesquisador, além de outros que começavam a surgir, RC – Foi o início de tudo. me vejo um pouco alijado deste processo, porMR – De 1999 para 2000, eu trabalho com o que estes enredos ficam em uma redoma, com Oswaldo Jardim na Vila Isabel e aí eu aprendi o presidente da escola, o diretor de Carnaval qual a demanda de um carnavalesco, o que eu e quem estava levando o enredo. Às vezes, tinha que fazer: sinopse, histórico do enredo, quando estava tudo definido é que o enredo defesa. No ano seguinte, o Max me leva para a vinha para a gente. Existia uma lacuna nesMangueira e eu faço ainda mais dois enredos te momento e eu pensei em como me inserir neste mesmo ano: O Rio Corre para o Mar, do nela. Tive que me tornar também um captador Império Serrano, e Tijuca, com Nélson Rodri- de recursos, embora minha formação toda seja gues, pelo Buraco da Fechadura, da Unidos da de uma linha de projetos sociais e culturais. Eu Tijuca. Assim, aprendi a trabalhar, aprendi fa- já captava projetos, entrava em editais ... Esta zendo. Não tive qualquer referência. experiência me ajudou a dar um salto. No caso da Mangueira, onde fiquei por seis anos, isto RC – A carreira deslanchou então? aconteceu alguns anos, mas foi atípico, porque MR – Lembro que, além de formar um merca- normalmente participava de todo o processo. A do, lanço algumas pessoas que hoje estão no experiência como produtor cultural me ajudou cenário carnavalesco como pesquisadores. A a olhar o universo e ver que aquela chaminé carreira, então, foi solidificada e muitas pesso- dá um enredo e fazer um projeto de captação. as que trabalham com pesquisa no Carnaval reconhecem este pioneirismo. Isto é muito le- RC – Há um momento definido em que isto gal. Fico muito feliz por haver uma nova safra aconteceu? Setembro / 2013

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MR – É uma linha estreita que não dá para dizer exatamente qual é o momento que tive que sair a campo para captar e quando fui chamado pelas escolas. Na verdade, é uma sequência de fatos com o meu nome começando a ser conhecido no mercado, se fortalecendo, aprendendo com os erros ... Faço a primeira sinopse poética, junto com o Seu Oswaldo, sinopse rimada, em 2002. Todo mundo vem atrás desta forma de escrever. Então faço uma sinopse no estilo de um roteiro de cinema. Eu vou criando novas formas de escrever para me manter no mercado. Tanto que o Leandro Vieira fez um trabalho ficcional para contar o Zico (enredo da Imperatriz para 2014), que eu já tinha feito lá atrás, em 2003 ou 2004. Isto é bacana. Trabalhei muito para me manter no mercado até hoje. ENTREVISTA

RC – Virou uma referência. MR – De lá para cá, todo o ano fiz duas ou três escolas. Faço um verdadeiro balé profissional. Não fico parado. Não espero as coisas caírem do céu. Tenho uma relação muito boa com todos os carnavalescos, ligava para eles me colocando à disposição, oferecia meu trabalho, montava um book, ia oferecendo minha mão de obra intelectual qualificada.

RC – É uma pesquisa a fundo. MR – Acho que é mais que isto. É ter um feeling. Pedra, por exemplo. Tudo tem história. Mas, no caso da Luma, foi preciso se achar a linha, o ponto onde se encaixava a não história ou a pouca história dela. Isto é um barato. Se você não tem uma boa experiência, não faz. É preciso ter este feeling, caso contrário faria o ABC. Ela criança, o Carnaval, a coleira ... E tomaria pancada na cabeça. A gente conseguiu fazer um contorno para trazer uma pena quente. Por ter vencido este desafio, me testado, dou uma nota muito alta para este enredo. Outro que eu também acho muito bacana é O Império do Divino, de 2006, do Império Serrano, que fiz com o Paulo Menezes. Partindo de um tema pré-definido por ele, de um roteiro de desfile pronto, pude fazer uma pesquisa dos temas abordados e consegui fazer uma sinopse poetizada, toda rimada, com um conteúdo muito bacana dessa brasilidade unida à religiosidade brasileira.

RC – As escolas entendem a necessidade RC – Qual o enredo preferido? de ter uma equipe de pesquisa para o enreMR – O número 1 é o da Mangueira em 2002 do? Algumas sequer tem um departamento (Brazil com Z É pra Cabra da Peste, Brasil com cultural ativo. S É Nação do Nordeste), que foi um Carnaval MR – Não diria nem as escolas, mas os carnabelíssimo e com um trabalho de pesquisa mui- valescos. O artista é que se organiza e propõe to bem desenvolvido. Foi incrível. Trabalhar para a escola uma equipe. Eu estou na Estácom o Max Lopes foi uma coisa muito bacana cio há quatro anos. Trabalhei com o Marcus para a gente, eu, o Fabinho (Ricardo) e o Nem, Ferreira e desde o último Carnaval com o Jack o Valdeci projetista. Neste grupo, aprendi muita Vasconcelos. Hoje, tenho uma relação próxima coisa porque tive referências com quem dese- com o presidente Leziário Nascimento, com 6 l Revista Carnaval

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a direção de Carnaval e tudo faz diferença. A gente não tem um departamento cultural formado, mas tudo o que é relativo a enredo, a temas que surjam dentro da escola pensando nos próximos anos, eu sou chamado. Acho que isto parte do artista. Ele que organiza este núcleo duro de criação. É muito bom quando um pesquisador, que já tem uma história no Carnaval, é chamado por um carnavalesco também renomado para participar de um núcleo deste. A Portela agora se organizou, levou o Luis Carlos Magalhães para montar o departamento cultural. Ele é uma pessoa que tem uma amplitude cultural e intelectual fantástica.

Eu materializei o ENTREVISTA delírio do cara e me dei mal duas vezes, porque o texto foi divulgado sem uma revisão. Passaram vários erros. Foi um caos. Poderia ter sido maravilhoso e não foi.

RC – Já lhe propuseram algum enredo que você disse que não daria certo? MR – Já me propuseram um enredo sobre cachorro. Eu falei: vou fazer uma pesquisa e lhe retorno. Entrei em contato com o Cahê Rodrigue e falei que tinha um enredo sobre cachorro. Ele respondeu: “Cachorro!” Depois eu falei com o Fabinho (Ricardo). E ele a mesma coisa: RC – Você falou dos enredos que gostou. “Cachorro!” Eu pensei: não rola. Mas só que Ouve algum que disse: “Caramba, errei”? isto era superficial, eu ainda não tinha merguMR – Teve na Mocidade em 2009 (Mocidade lhado no tema. Quando eu mergulhei no tema, Apresenta: Clube Literário Machado de Assis vi que o universo é gigante. Tudo dá enredo. e Guimarães Rosa, Estrelas em Poesia). Foi Esta frase não é minha é de um pesquisador um ato falho que quase arruinou minha carrei- chamado Júlio César Farias. Eu gosto quando ra. Fui exatamente na onda do Carnavalesco ele fala isso. Quando eu pesquisei o cachorro, (Cláudio Cebola), nas ideias dele. Na verdade, encontrei uma história brilhante. Também já me havia um conteúdo bonito, sobre Machado de mandaram um enredo, e o cara insistiu muito, Assis e Guimarães Rosa, com um peso histó- sobre gatos. E tem patrocínio potencial para o rico e cultural importante para o Brasil. O pes- tema. Se você parar para analisar, é forte, dá quisador respeita a criação e a ideia do carna- um retorno financeiro e nunca fizeram. valesco, em alguns momentos isto é junto, em outros separado. O carnavalesco dá um roteiro RC – Você tem caderneta com possíveis ene o pesquisador desenvolve um texto em cima. redos? Mas geralmente esta formatação é junto, quan- MR – Eu digo que é uma caixinha de sapado se define a estrutura de apresentação do tos. Só para 2014 eu desenvolvi um texto, um enredo. Neste caso, o carnavalesco viajou mui- briefing, de oito enredos, eu e meu sócio, Júlio to, falando coisas absurdas e eu fui acatando. Era uma coisa muito visionária, longe do que era histórico, do que fundamentalmente precisava ser colocado. Toda a infância de Machado estava lá, mas em determinados momentos era uma loucura do carnavalesco.

Enredo sobre Luma de Oliveira: “Um desafio”. n

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Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

RC – Isto também ajudou a ampliar seus limites? MR – Em 2008, faço meu primeiro Carnaval fora do Rio, na Gaviões da Fiel e na Rosas de Ouro. Depois subo com a Nenê da Vila Matilde. Faço o Carnaval de Vitória, onde também estou trabalhando este ano.

nhava, com quem projetava. Isto dá uma bagagem grande. Tem um outro enredo que eu gosto muito: Brasil de Todos os Deuses, de 2010, da Imperatriz, também do Max. Outro que me deixou feliz, apesar de ser muito criticado, é o da Luma de Oliveira (Luma de Oliveira: Coração de um Brasil em Festa). A forma que encontramos para contá-lo foi legal, apesar de ser raso. Por ela não ter nenhum apelo cultural para se desenvolver, eu e o carnavalesco Marcus Ferreira buscamos um texto escrito por João Bosco para uma Playboy que ela foi capa. Aí está o trabalho do pesquisador. Tudo dá enredo.


Foto: A. Pinto.

Costa. A gente não ENTREVISTA conseguiu nenhum. No ano passado, foram quatro e a gente trouxe Cuiabá para a Mangueira. Um por ano está lindo. Para 2014, não demos sorte. Ou melhor, começamos a negociar um pouco tarde. Não foi possível. Mas seis desses temas já estão com legenda de 2015 e estão no mercado, podendo fechar, acreditamos, um ou dois. RC – Há algum enredo que você gostaria de ter feito e outros fizeram? MR – Vários. Esta é minha maior dor de cotovelo. O da Mangueira de 2009 (A Mangueira Traz o Brasil dos Brasis Mostrando a Formação do Povo Brasileiro), do Roberto Szanieck, por exemplo, que ganhou um samba maravilhoso do Lequinho e do Junior Fionda. Queria muito ter feito aquele texto. O deste ano da Mangueira também, sobre as festas brasileiras. Este da Cubango para 2014 (Continente Negro – Uma Epopeia Africana), eu adoraria ter feito. Eu tenho pouquíssimos enredos afros na minha carreira. Eu não me recordo de nenhum diretamente afro.

Marcos Roza é o responsável pelo enredo da Estácio de Sá para 2014. n

Jardim foi meu mestre. Foram pessoas que eu tive mais tempo junto e me ensinaram muito. Tive uma passagem rápida, mas com um resultado sensacional com o Paulo Menezes. RC – Agora está com o Jack Vasconcelos? MR – O poder superior me deu este presente. Temos uma química muito grande. É o segundo ano da nossa parceria e é incrível. O que a gente conseguiu fazer este ano foi incrível, porque o enredo foi definido no domingo e na terça-feira a sinopse tinha que estar pronta. Tive um dia para fazer o texto e a gente não tinha conversado. Qual seria a linha? Eu tinha um título. Nos falamos no domingo à noite por telefone. Ele me falou o que pensava para a linha de desenvolvimento do enredo. Eu coloquei a minha posição, diante do que havia lido sobre o tema, que foi parte da minha monografia, sobre o que fiz um filme também. Aí surgiu a ideia do vento. Ele falou que tinha a ideia de contar o enredo a partir da brisa que sopra na beira do mar. E eu consegui transportar a alma e o coração do Jack para o texto. E isto é uma benção porque não tivemos oportunidade de conversar.

RC – E carnavalescos? Com quem você gostaria de ter trabalhado e não trabalhou? MR – Adoraria trabalhar com a Rosa (Magalhães). Tive apenas a oportunidade de conversar com ela para uma matéria para o Roteiro de Desfiles de 2010. Aliás, antes, insisti tanto para trabalhar com ela, que fui recebido na casa dela para ouvir: “Cara, como você é insistente!” Conversamos, mas não rolou da gente trabalhar juntos. Adoraria porque acho que aprenderia muito. Faria só a pesquisa, ela poderia escrever o enredo. Eu queria estar junto. Sempre disse que queria trabalhar com ela e com o Milton Cunha, com quem trabalhei na São Clemente. Outro que amei trabalhar foi com o Cid Carvalho. Ele é mais que um carnavalesco, é um poeta, é inteligente demais. Estou falando especificamente, mas todos os carnavalescos com quem trabalhei tiveram um ouro que pude receber e dar, fazer uma troca RC – Você prefere desenvolver um enredo grande. Max Lopes é meu mestre. Oswaldo seu ou um tema encomendado? 8 l Revista Carnaval

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MR – Há várias formas do enredo chegar a mim. Às vezes, como no caso da Caprichosos no ano passado, só tem título. Pediram-me um enredo sobre fanatismo. Então, eu criei a estrutura de apresentação, fiz a pesquisa, desenvolvi o enredo todo. Isto é bacana porque te dá uma bagagem bem legal. Outra coisa é uma proposta de enredo já com um briefing, um roteiro de desfile. Isto é mais tranquilo porque escrevo de acordo com o roteiro. Geralmente, quando eu proponho o enredo é mais difícil, porque toda a concepção é minha. Por isso, gosto de trabalhar integrado com o carnavalesco. Construir um enredo precisa de duas visões, histórica, do pesquisador, e plástica, do carnavalesco. Quando eu proponho o enredo, só tem uma. Claro que, atualmente, com a experiência, já consigo olhar plasticamente, mas é preciso entender que quem julga analisa o que está vendo, o plástico, e o conteúdo através do texto. É integrado. Na verdade, eu prefiro receber uma proposta porque eu só ponho o meu lado. RC – É mais difícil fazer um enredo para o Especial ou para a Série A? MR – Não há diferença. A mesma forma de se desenvolver um enredo para o Especial vale para a Série A. Faz-se uma pesquisa sobre o tema, levanta o conteúdo, faz-se a estrutura do enredo, que é o roteiro do desfile, e é muito bom fazer isto em conjunto com o carnavalesco, e cria-se o histórico do enredo, que é o conteúdo para o carnavalesco desenhar a parte plástica. Quase ao mesmo tempo, faço a sinopse para os compositores. Este processo é o mesmo em ambos os grupos. Só que na Série A é menor. A gente trabalha com quatro setores. No Especial, pode ir a oito. RC – Quando teve a ideia de levar o Abre-Alas, aquele caderno gigantesco que a imprensa e os jurados recebiam, para o público com a criação do Roteiro de Desfiles? MR – Isto surgiu no Carnaval de 2001. Entro na Avenida, com alguns amigos, e as pessoas vinham me perguntar o que significava cada carro, cada ala. Aquilo ficou no meu coração. Setembro / 2013

Pensei: “O CarnaENTREVISTA val é um espetáculo maravilhosos e o texto que eu faço vai só para os jurados e para a imprensa; o público não entende nada”. Em 2003 ou 2004, não lembro, cheguei a fazer umas 20 cópias do roteiro da Mangueira e dei a alguns amigos na Avenida. Quando em 2009 eu fui convidado para ser diretor cultural da Lesga, hoje Lierj, tive um insight, já que estava em um cargo político, de fazer um libreto da festa. Ainda tentei naquele ano, mas estava muito em cima do Carnaval. No ano seguinte, eu fui até a Riotur, apresentei o projeto, e a recepção foi maravilhosa. Começamos, então, a produzir, com a Riotur como parceira. Eu sou muito apaixonado pelo Roteiro de Desfiles, até porque me sinto pesquisador de todas as escolas. Tenho um acordo com as escolas de que o material entregue a nós não irá vazar antes do tempo. E não vaza mesmo. RC – E o Marcos antes de oficialmente estar na folia? MR – Meu pai, Amaro, e minha mãe, Terezinha, tinham ala no Império Serrano. Meu tio Joel casou com a sobrinha de Dona Ivone Lara. Sou nascido e criado em Inhaúma, mas quando eu era criança ia muito para o Império. O Carnaval que eu lembro melhor foi o de 1982, quando o Império foi campeão. Participei do processo de confecção das fantasias, fui aos ateliês, embora não tenha ido ao barracão, fui à quadra. Eu gostava demais do samba. Ia aos ensaios de rua. Sempre sambei muito quando era pequeno. Isto era legal, porque com sete ou oito anos, pequenininho, sambava com aquelas mulatonas com meias rendadas. Eu ficava na altura da bunda delas. Nem dormia à noite, ficava rolando na cama. Minha mãe reclamava que eu ia para o samba e ficava sambando com aquelas mulheres quase peladas. RC – O menino Marcos era sambista. E o jovem? MR – Houve uma fase da vida em que eu descansei no Carnaval. Viajava, ia para o mato, me distanciei bastante. Mas houve uma outra Revista Carnaval l 9


referência para que eu me tornasse um profissional do Carnaval é que, quando eu era criança, durante o Carnaval, a gente era meio obrigado a ir para a casa de uma tia para ver os desfiles. Juntava toda a família. Eu adorava esta época do ano porque ia para as matinês dos bailes e depois assistia os desfiles. Depois que meus pais desfilavam, eles iam para a casa da minha tia. No entanto, durante a juventude eu virei as costas para a festa popular e foi preciso que, quando eu morava no Vidigal, o Fábio e o Eugênio, em 1997, me levasse para o barracão da Vila Isabel para eu voltar. ENTREVISTA

RC – O interessante é que o jovem Marcos que se afastou do Carnaval foi o que se preparou academicamente para brilhar nela. MR – Intuitivamente, foi. O legal é que, mesmo neste momento em que eu viajava, eu sempre procurava um jeito de assistir o desfile do Império Serrano. E eu me emocionava, chorava.

Foto: Divulgação / Rafael Silva.

RC – Você não nega ser imperiano, então? MR – Que me perdoem as coirmãs, onde eu trabalhei ou trabalho, mas tenho duas bandeiras no meu coração: o Império, por causa da infância e da família, e a Mangueira. Quando eu cheguei na Mangueira, eu era um antimangueirense. É igual o Flamengo. Quem não é Mangueira é antimangueirense. Eu detestava a Mangueira. Lembro que, em 1998, quando a Mangueira foi campeã com Chico Buarque

e eu já iniciava meu trabalho no Carnaval, vi a comissão de frente da Mangueira pela televisão. Vi aqueles malandros sambando, lindos, e pensei: “Não gosto desta escola, mas os caras mandaram bem”. Foi a primeira vez que eu olhei para a Mangueira com respeito. Em 2001, fui para a Mangueira. Quando eu entro no barracão, me dou conta de que aquela escola era especial. Eu então comecei a entender isso. A ficha caiu: “Estou na equipe de criação da escola que todo mundo fala, da mais querida”. Aí eu entro na quadra durante a disputa de samba, aquilo cheio para caramba, parecia que o coração de todas as pessoas ali estavam na boca. Era uma energia diferente. Inexplicável. No dia do desfile, quando o abre-alas fez a curva, eu comecei a chorar. Faço um flashback de que tudo que eu estava vendo nasceu de um computador 486. Eu me tornei um mangueirense. No mesmo ano, tive a mesma emoção com o Império Serrano, onde fiz O Rio Corre para o Mar. Só que o Império desfilou antes. Depois, voltei ao Império em 2006 e acabei não ficando para 2007. Fiquei meio chateado, pensando estar tão disponível para a escola e não fazendo. Mas a escola é muito maior que as pessoas. Algumas pessoas que fazem o Carnaval perdem a noção e não respeitam o profissional, até financeiramente. Eu boto a alma no meu trabalho e vivo disso. Eu sei qual é o meu quadrado. O Carnaval é um trabalho coletivo e eu sei que sou uma peça fundamental, dentro do meu espaço, para se chegar ao resultado na Marquês de Sapucaí. O pesquisador hoje é uma realidade. Por isso, tenho o respeito desta nova safra de pesquisadores. Recentemente, saiu uma matéria comigo em um site e gente de todo o Brasil me procurou pela internet. Isto é muito legal, muito gratificante. Eu faço o que gosto e gosto do que faço.

João Estevam comanda uma turma de bambas no programa Cidade do Samba, todos os sábados, às 22 horas, na rádio Manchete AM 760.

Um show de informação e análise do Carnaval.

Marcos Roza com Chiquinho da Mangueira e o Roteiro dos Desfiles. n

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HOMENAGEM

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oucos nomes representaram tão bem a história da mulher na cultura brasileira. Isabel Valença saiu da Avenida, especificamente do Salgueiro, para encantar a passarela elitizada do Teatro Municipal. Marcou época, quando encarnou Chica da Silva em 1963, e se tornou sua mais perfeita personificação, tanto que um ano depois, vestida de Rainha Rita de Vila Rica, fora confundida com a Setembro / 2013

escrava que conquistou a alta burguesia. Como Chica da Silva, Isabel Valença, esposa do presidente salgueirense Osmar Valença, soube reinar na elite. Ela venceu o concurso de fantasias do Teatro Municipal em 1964 na categoria Luxo Feminino. As madames não gostaram muito, mas foram obrigados a reverenciar a nobreza carnavalesca da dama do Salgueiro.

As madames não gostaram muito, mas foram obrigados a reverenciar a nobreza carnavalesca da dama do Salgueiro. Revista Carnaval l 13


Começam os preparativos para o Carnaval de rua

Foto: Divulgação / Riotur.

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Foto: Divulgação / Riotur / Dhavid Normando.

As inscrições estão abertas desde 27 de agosto e prosseguirão até 27 de setembro.

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folia carioca começou a preparação para eleger sua corte para 2014. Os pretendentes a Rei Momo, Rainha e Princesas do Carnaval já podem se candidatar aos cargos. As inscrições estão abertas desde 27 de agosto e prosseguirão até 27 de setembro, na sede da Riotur, na Praça Pio X, 119/12º andar, Centro, entre 10h e 17h. Os servidores públicos municipais, estaduais e federais

estão impedidos de participar da disputa. Todos os candidatos necessitam residir na cidade do Rio de Janeiro há pelo menos dois anos. Os candidatos a Rei Momo precisam ter entre 18 e 55 anos, altura mínima de 1,70m e o 1º grau concluído. As pretendentes a Rainha devem possuir idade entre 18 e 35 anos e 1,60m, além do mesmo nível de ensino exigido para os homens.

Os eventos carnavalescos contam com a presença da Corte do Carnaval. n

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A Corte do Carnaval é formada com o Rei Momo, sua Rainha e duas princesas. n

Para concorrer, o candidato precisa apresentar cópias autenticadas, ou acompanhadas dos originais, da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência (próprio, pai, mãe ou contrato de aluguel), certificado ou declaração de escolaridade, uma fotografia de corpo inteiro, número de inscrição no INSS/PIS ou PASEP, declaração que reside no município do Rio de Janeiro, de que não é servidor público municipal, estadual e federal e nem ocupa cargo dentro dessas estruturas, além de um atestado de aptidão física com data recente ao concurso, atestando ótimas condições de saúde do candidato, visando o cumprimento do contrato. Os jurados dos concursos avaliarão os requisitos desembaraço, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia, espírito carnavalesco e domínio da arte de sambar, na disputa Setembro / 2013

para Rei Momo, e beleza do rosto, harmonia de linhas físicas, sociabilidade, facilidade de expressão, simpatia e espírito carnavalesco, além de domínio da arte de sambar, no caso das pretendentes à Rainha. O primeiro colocado receberá, além do título de Rei Momo 1º e Único do Carnaval 2014, a quantia de R$ 20 mil. O vice-campeão ganhará R$ 3,5 mil e o terceiro, R$ 1,5 mil. O prêmio da Rainha do Carnaval será de R$ 20 mil, cabendo R$ 15 mil para a segunda e a terceira colocadas, eleitas 1ª Princesa e 2ª Princesa, respectivamente. Os mandatos começarão na data de suas eleições e terminarão no dia 10 de março de 2014. As finais do concurso acontecerão no dia 8 de novembro, a partir das 19h, em local a ser previamente determinado pela Riotur.

As finais do concurso acontecerão no dia 8 de novembro, a partir das 19h.

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Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia. Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia.

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As inscrições começaram no dia 2 de setembro e se estenderão até o dia 30.

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Prefeitura do Rio de Janeiro publicou na edição de 28 de agosto do Diário Oficial do município as regras para os desfiles de blocos de rua do Carnaval 2014. As inscrições começaram no dia 2 de setembro e se estenderão até o dia 30, devendo os responsáveis por cada agremiação entregar os requerimentos na Diretoria de Operações da Riotur, na Praça Pio X, 119/12º andar, Centro, de segunda-feira à sexta-feira, das 10h às 17h. A Comissão Especial de Avaliação de Blocos de Rua, que analisará os pedidos,

contará com integrantes dos órgãos públicos envolvidos na folia, da Riotur e de duas entidades, a Associação das Bandas Carnavalescas do Estado do Rio de Janeiro (ABCERJ) e a Associação de Blocos de Rua da Zona Sul, Centro e Santa Tereza, além de outras que enviem sugestão para a melhoria do Carnaval. Serão avaliados a tradição, o local do desfile, a estimativa de público, as características do bloco em relação ao Carnaval de rua carioca e ao bairro onde pretende desfilar e os impactos causados no dia-a-dia da localidade. O

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Uma tradição do Carnaval de Rua carioca: a presença de belas mulheres. n

Foto: Divulgação / Riotur / Fernando Maia.

Blocos de rua conhecem regras para o desfile

POVÃO

As crianças dão um colorido especial à folia. n

resultado final será conhecido no dia 30 de novembro. Na mesma oportunidade, a Prefeitura do Rio publicou resoluções que visam melhorar ainda mais a qualidade do Carnaval de rua carioca. Entre as ações oficiais tomadas, estão regulamentações sobre as ações promocionais nas vias públicas e das atividades dos promotores credenciados para atuar nos desfiles, sobre a dispersão dos blocos e a abertura de vias após os Setembro / 2013

desfiles, sobre a limitação do tamanho e da potência dos carros de som que serão utilizados durante o desfile na orla dos bairros de Ipanema e Leblon e sobre a possibilidade de uma segunda passagem do mesmo bloco. O Caderno de Encargos para as empresas que desejem patrocinar a festa também foi divulgado. Medidas que preservam o meio-ambiente estão listadas no documento entre as exigências da Prefeitura.

A Prefeitura também publicou resoluções que visam melhorar ainda mais a qualidade do Carnaval de rua carioca.

Revista Carnaval l 17


ESPECIAL

Martinho da Vila é baluarte

M

da agremiação, Dona Rita de Cássia, o presidente da Unidos de Vila Isabel, Wilsinho Alves, e o Sr. José Magalhães, que há mais de 40 anos integra a Velha Guarda. O apresentador e diretor social da Liesa, Jorge Perlingeiro, as baianas Dona Lucimar e Dona Penha, o presidente do Conselho Fiscal, Evaristo, Dorinha, Paulinho da Elétrica, o cardiologista Wilson Manso e os integrantes da comissão de carnaval, Junior Schall e Júlio Cerqueira, foram agraciados com o título de beneméritos da Unidos de Vila Isabel. Wilson Vieira Alves, o Moisés, foi oficializado, após votação unânime, presidente de honra da agremiação.

Martinho da Vila é multicampeão de samba-enredo e autor de célebres enredos. n

18 l Revista Carnaval

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ESPECIAL

Mangueira com a casa renovada

U

ma belíssima festa marcou a reinauguração da quadra da Mangueira, no dia 10 de agosto. Com a presença de mangueirenses ilustres, autoridades e comunidade, o Palácio do Samba foi reaberto com novos camarotes, banheiros e quiosques, além da volta do teto retrátil. A reforma custou R$ 1 milhão, bancados por

empresários/torcedores da Estação Primeira, que ainda investiu outros R$ 490 mil no barracão. A obra demorou três meses para ser concluída, e, na reinauguração, as baianas da escola lavaram as escadarias de acesso à quadra. O Palácio do Samba também foi abençoado por um padre. Tudo para garantir o sucesso do novo espaço.

Baianas da Grande Rio A Acadêmicos do Grande Rio dará mais oportunidades às mães do samba. A tricolor de Duque de Caxias, que levou 80 baianas este ano para a Sapucaí, dobrará este número no próximo Carnaval. As inscrições para quem desejar desfilar na ala devem ser feitas na quadra da escola às segundas-feiras, de 10h às 21h, e às quartas-feiras e às sextas-feiras, de 10h às 18h. Informações pelo telefone 2671-3585, com Cristiane Brigadeiro.

Foto: A. Pinto.

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

O célebre compositor foi um dos nomes homenageados pela azul e branco.

artinho da Vila agora é baluarte da Unidos de Vila Isabel. O célebre compositor foi um dos nomes homenageados pela azul e branco, que decidiu pela honraria após assembleia na primeira metade de agosto. Foi o reconhecimento ao multicampeão de sambaenredo, incluindo o deste ano, e autor de enredos como Kizomba, Festa da Raça, com que a escola ganhou seu primeiro título, em 1988. A escola também homenageou outros componentes históricos com o título de baluarte, como os compositores André Diniz e Evandro Bocão, que também integra a comissão de carnaval da azul e branco, a superintendente

Foto: Divulgação.

Setembro / 2013

O Palácio do Samba foi reaberto com novos camarotes, banheiros e quiosques, além da volta do teto retrátil.

De volta às origens Tradição na Mangueira é coisa muito séria. A bateria da escola voltou a adotar seu antigo título e lançou a logomarca da ala. A histórica Tem Que Respeitar Meu Tamborim, comandada por Mestre Aílton Nunes, agora tem uma representação gráfica criada por um de seus representantes, o ritmista e designer Lequinho da Cuíca. A ilustração surgiu para a produção de uma camisa para presentear a Rainha de Bateria, Evelyn Bastos, e caiu no gosto dos companheiros da verde e rosa. Revista Carnaval l 19


Foto: Divulgação / Riotur / Eliane Carvalho.

ESPECIAL

Calendário das finais é divulgado

A Serão oito datas definidas para as finalíssimas.

A Imperatriz Leopoldinense encerra as disputas. Foto: Divulgação / Riotur / Alexandre Macieira.

n

20 l Revista Carnaval

s quadras já estão fervendo, mas o clima nas escolas de samba ficará ainda mais quente a partir deste mês. A Liesa divulgou o calendário das finais das disputas de sambas-enredo para o Carnaval 2014. A temporada decisiva começará no dia 27 de setembro, na Império da Tijuca, e terminará no dia 20 de outubro, na Imperatriz Leopoldinense e na Mocidade Independente de Padre Miguel.

Serão oito datas definidas para as finalíssimas, sendo que o dia da semana mais reservado para as decisões será a sexta-feira, com quatro escolhas. Outras duas acontecerão em domingos, e uma na quinta-feira, 17, quando a Beija-Flor de Nilópolis, definirá seu samba-enredo para o próximo desfile. Anote a agenda: n 27/09 (sexta-feira) – Império da Tijuca n 04/10 (sexta-feira) – São Clemente n 11/10 (sexta-feira) – Salgueiro n 12/10 (sábado) – Mangueira e Unidos de Vila Isabel n 17/10 (quinta-feira) – Beija-Flor n 18/10 (sexta-feira) – Portela n 19/10 (sábado) – Acadêmicos do Grande Rio, União da Ilha do Governador e Unidos da Tijuca n 20/10 (domingo) – Imperatriz Leopoldinense e Mocidade Independente de Padre Miguel Setembro / 2013

Foto: Divulgação / Riotur / Tata Barreto.

ESPECIAL

Patrícia Nery, Rainha de novo na Portela

A

direção da Portela desistiu de realizar um concurso para eleger a Rainha de Bateria da escola e manteve Patrícia Nery no posto para 2014. Ela tem a simpatia da comunidade da Águia, por isso continuará à frente dos ritmistas comandados por Mestre Nilo Sérgio. Será seu segundo ano de reinado.

Patrícia Nery, que também já reinou da Renascer de Jacarepaguá, em 2012, afirmou pelo Facebook que estava muito feliz. Ela escreveu que tem “plena consciência do que é ser portelense, de todo amor, respeito e dedicação”. A beldade assinou o texto como “Hoje Rainha, mas sempre portelense.”

Inovação com a marca do Salgueiro O Salgueiro mostrou novamente porque é uma escola diferente. A vermelho e branco lançou seu programa de sócio torcedor, febre entre os clubes de futebol, mas agora com a marca do pioneirismo salgueirense entre as escolas de samba. Entre os benefícios para os que aderirem à iniciativa, estão descontos nos produtos da agremiação e no valor do ingresso nos dias de ensaios, além de concursos e outras vantagens. A mensalidade é de R$ 29,00. Setembro / 2013

A escolhida afirmou pelo Facebook que estava muito feliz.

De volta para casa A Mocidade Independente de Padre Miguel repatriou mais um de seus integrantes. Wilker Jorge Leite, que desfila na escola desde os 11 anos, passou quatro anos na Mangueira e está de volta à sua casa para o cargo de diretor artístico. Ele estará supervisionando as fantasias de alas e composições de carros alegóricos, com expediente diário no barracão da verde e branco. Revista Carnaval l 21


Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

SÉRIE A

Três escolas fizeram festa para apresentação das obras já definidas.

22 l Revista Carnaval

A

Unidos de Padre Miguel será a primeira escola da Série A a realizar sua final de sambaenredo. A vermelho e branco da Zona Oeste definirá seu hino para 2014 no dia 13 de setembro. No mês passado, porém, três escolas fizeram festa para apresentação das obras já escolhidas. A União

de Jacarepaguá revelou a composição encomendada a um grupo de artistas da agremiação, no dia 17 de agosto. A Paraíso do Tuiuti e a Em Cima da Hora, que optaram por reedições, realizaram eventos nos dias 16 e 18 de agosto, respectivamente. Outras três escolas

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Jacarepaguá (Apresentação de samba encomendado) n 18/08 – Em Cima da Hora (Apresentação da reedição) n 13/09 – Unidos de Padre Miguel n 14/09 – Alegria da Zona Sul 16/09 - Acadêmicos do Cubango n 17/09 – Renascer de Jacarepaguá (Apresentação de samba encomendado) n 20/09 – Caprichosos de Pilares e Unidos do Porto da Pedra n 22/09 – Acadêmicos da Rocinha (Apresentação de samba encomendado) n 26/09 – União do Parque Curicica n 27/09 – Acadêmicos de Santa Cruz n 28/09 – Estácio de Sá, Império Serrano e Unidos do Viradouro n 29/09 – Inocentes de Belford Roxo

SÉRIE A

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

Lierj divulga calendários das finais de samba

também não realizarão disputas de samba-enredo. A Renascer de Jacarepaguá e a Acadêmicos da Rocinha, que também encomendarão suas obras para a folia de 2014, e a Tradição, que reeditará Sonhar com Rei Dá Leão, de 1976, com que a Beija-Flor conquistou o título. Depois da Unidos de Padre Miguel, Alegria da Zona Sul dá sequência às finais no dia 14 de setembro. O último hino da Série A para o próximo Carnaval será conhecido somente no dia 29 de setembro, com a decisão na Inocentes de Belford Roxo. A Lierj antecipou as finalíssimas de samba-enredo para fugir da concorrência com as disputas do Grupo Especial. Veja o calendário: n 16/08 – Paraíso do Tuiuti (Apresentação da reedição) n 17/08 – União de

Ronaldo Ylê, da União do Parque Curicica, conhecerá o samba que interpretará na Avenida no dia 26 de setembro. n

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Revista Carnaval l 23


SÉRIE A

Paulinho permanece na Santa Cruz

A

O cantor mostrou-se muito satisfeito em poder defender a agremiação por mais um ano.

Acadêmicos de Santa Cruz garantiu a ótima performance de seu carro de som. A verde e branco renovou o contrato do intérprete Paulinho Mocidade, que chegou à escola para o Carnaval passado. O cantor mostrou-se muito satisfeito em poder defender a agremiação por mais um ano e elogiou o trabalho do presidente da escola Moysés Antonio Coutinho Filho, o Zezo. “Como homem, um grande caráter; como presidente, dedicado ao extremo.” Paulinho Mocidade é dono de um currículo invejável. O cantor tem quatro títulos no Grupo Especial, sendo dois pela Mocidade Independente

de Padre Miguel e dois pela Imperatriz Leopoldinense. No próximo ano, na Santa Cruz, ele cantará o samba em homenagem à cidade de Jundiaí, tema da escola.

Cidade do Samba 2 é novamente prometida

A

s escolas da Série A receberam uma ótima notícia este mês. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou que a Cidade do Samba 2 será construída em São Cristovão. A área destinada aos barracões das agremiações desta divisão do samba ficará em um terreno pertencente ao exército junto à Quinta da Boa Vista. O local receberia o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Estes, porém, não passarão

Porto da Pedra apresenta tigrezas Não faltarão mulheres bonitas no desfile da Unidos do Porto da Pedra. A vermelho e branco de São Gonçalo apresentou, no dia 10 de agosto, o trio de musas que estarão à frente dos carros alegóricos da agremiação no próximo Carnaval. Mylla Ribeiro, Fernanda Guimarães e Taia24 l Revista Carnaval

ne Perfeito foram acompanhadas pela modelo Solange Gomes, que já ocupou o posto de Rainha de Bateria da escola. Na edição de 14 de setembro da Feijoada da Família Tigre, será a vez da nova dona da coroa da Ritmo Feroz, Bianca Leão, se exibir para a comunidade. Setembro / 2013

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mais por demolição e reconstrução na área então reservada. Há um ano, Eduardo Paes também divulgara que estava negociando a compra de uma antiga fábrica de sabão junto à Avenida Brasil, mas a ideia não se concretizou, segundo o prefeito por falta de um acerto financeiro. Além dos barracões da Série A, a Cidade do Samba 2 receberá os ateliês e espaço para a produção das alegorias das escolas de samba mirins.

ESTRUTURA

No ar uma rede social carnavalesca A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), a Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (Aescrj) e a Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro (Fbcerj) lançaram em conjunto, no dia 24 de agosto, o Portal do Carnaval. A iniciativa reúne em um mesmo ambiente digital profissionais e instituições carnavalescas, funcionando como uma autêntica rede social de Carnaval e como um espaço de promoção de mão de obra. O Portal do Carnaval pode ser acessado pelo endereço www.unirio.br/ portaldocarnaval.

Revista Carnaval l 25


Foto: Divulgação.

TALENTO

O

ditado popular sentencia: “Me digas com quem tu andas, e eu te direi quem és”. Levando-se em conta a sabedoria do povo, pode-se afirmar que o intérprete da Estácio de Sá, Leandro Santos, está se colocando no rol dos grandes do Carnaval carioca. Depois de acompanhar Jamelão, na Mangueira, por seis anos, ele agora cantará junto com outro mestre, Dominguinhos do Estácio. Leandro Santos parece não ser bom somente no microfone, mas brilhante também no pensamento. A ideia do convite ao cantor, afastado da Imperatriz Leopoldinense depois do último desfile, foi dele, em uma conversa com o presidente da Estácio de Sá, Leziário Nascimento. “Tomamos a decisão em comum acordo, e eu liguei para o Dominguinhos, que é

um amigo e com quem há um respeito mútuo muito grande. Ela já teve a oportunidade de dizer que gosta bastante de meu trabalho na escola.” A chance de poder cantar ao lado de Dominguinhos, para Leandro, é um aprendizado e também um reconhecimento. O intérprete destaca que o clima entre eles não poderia ser melhor. “Ele está em casa e muito feliz por ter voltado. Não há vaidades entre nós dois e isto facilita muito para um bom resultado.” Sobre os anos de trabalho ao lado de Jamelão, entre 2002 e 2008, Leandro Santos lembra com muito carinho do grande intérprete da Mangueira. “Foi uma honra e um orgulho guardar a experiência de poder ter cantado com ele, como também é com o Dominguinhos. São dois mestres do Carnaval.”

TALENTO

A chance de poder cantar ao lado de Dominguinhos, para Leandro, é um aprendizado e também um reconhecimento.

Foto: Divulgação / Dayse King.

Leandro Santos, sempre bem acompanhado

O intérprete da Estácio de Sá, Leandro Santos, estará ao lado de mais um grande mestre do microfone carnavalesco em 2014. Agora fazendo dupla com Dominguinhos do Estácio, ele já cantou com Jamelão

26 l Revista Carnaval

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Dominguihos do Estácio e Leandro Santos, duas gerações no microfone da vermelho e branco.

n

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Revista Carnaval l 27


Foto: Divulgação / Dayse King.

TALENTO

INESQUECÍVEL

Saudades da Tupy de Brás de Pina

Com Tathiane Carvalho, de 17 anos, Leandro passa a ser o “veterano”. n

Atualmente com 29 anos, embora morador do Estácio, Leandro Santos começou a cantar na Mangueira do Amanhã.

28 l Revista Carnaval

No outro lado da moeda, a Estácio trabalha com muito carinho a intérprete Tathiane Carvalho, de 17 anos, primeira voz da Nova Geração, e que já está no carro de som da escola-mãe, mas Leandro descarta ser um professor. “Não me vejo como mestre. Jamelão, com 94 anos, me disse que ainda estava aprendendo. Eu continuo me aprimorando. Ela tem muito talento e um futuro brilhante. Está virando realidade.” A chegada de Dominguinhos ajudou na autoestima da vermelho e branco, segundo Leandro Santos. “A comunidade ficou mais animada. Faremos um grande Carnaval.” O intérprete lembra que, ao lado da dupla e de Tathiane, também estarão no carro de som os cantores Talarico, Da Latinha e Marcelo Lanes, mas o grupo não está fechado. “De-

verá chegar mais uns dois ou três. Depois da escolha do samba, será definido.” Atualmente com 29 anos, embora morador do Estácio, Leandro Santos começou a cantar na Mangueira do Amanhã e se tornou apoio de Jamelão na verde e rosa com 18 anos. Em 2009, foi convidado pelo então intérprete da vermelho e branco, Serginho do Porto, e pela diretoria para fazer parte do carro de som. Dois anos depois, retornou como cantor oficial. No Grupo Especial, ele acompanhou Tinga na Unidos de Vila Isabel em 2012 e 2013 e, no próximo ano, estará ao lado de Gilsinho na azul e branco. Leandro ainda canta em escolas de outras cidades, como Guaratinguetá e Brasília, e faz shows por todo o mundo, especialmente com a bateria da Mangueira. Setembro / 2013

A

Praça Onze foi a primeira a ver um desfile da Tupy de Brás de Pina. A azul e branco estreou no Carnaval carioca em 1956, sem concorrer. No ano seguinte, sagrouse vice-campeã do Grupo 2 e conquistou o direito de disputar a elite do samba, onde ficou nos anos de 1958 e 1959. Só retornou ao Grupo 1 em 1972, logo caindo para voltar a figurar pela última vez entre as grandes em 1976. A charmosa Tupy de Brás de Pina enrolou sua bandeira em 1998, quando subiu do Acesso E para o D com um terceiro lugar. Escola lembrada com saudosismo pelos amantes do Carnaval carioca, fez muitos enredos em homenagem a grandes personalidades, especialmente das artes, Setembro / 2013

como Dorival Caymmi, Chiquinha Gonzaga, Gonçalves Dias, Almeida Junior e Nélson Rodrigues, e da folia, como Clóvis Bornay, Armando Campos e Oswaldo Sargentelli.

A charmosa Tupy de Brás de Pina enrolou sua bandeira em 1998.

Revista Carnaval l 29


Foto: Divulgação.

Mirins tem ordem de desfile alterada

A

A Aesm-Rio mexeu na posição de desfile da Tijuquinha do Borel.

Associação das Escolas de Sambas Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio) decidiu, em reunião plenária, no dia 6 de agosto, alterar a ordem de desfiles para 2014. A diretoria da entidade entendeu a necessidade de se acatar o pedido da Tijuquinha do Borel, antes primeira a pisar na Sapucaí na terça-feira de Carnaval. A agremiação alegou dificuldades para a montagem do cortejo uma vez que a escola-mãe, Unidos

Foto: Divulgação / Riotur / Raphael David.

CRIANÇA

da Tijuca, será a última a passar na Avenida pelo Grupo Especial, na manhã do mesmo dia. Diante da dificuldade, a Aesm-Rio passou a Tijuquinha do Borel para a penúltima posição de desfile, não alterando o horário das escolas que desfilam antes. Desta forma, o desfile mirim em 2014 começará 20 minutos mais tarde, às 17h20. A entidade planeja promover um show de abertura no tempo vago.

Desfile Mirim n

Filhos da Águia

n Aprendizes

n

Infantes do Lins

n

Império do Futuro

n

Mangueira do Amanhã

n

Inocentes da Caprichosos

n

Pimpolhos da Grande Rio

n

Nova Geração do Estácio de Sá

n

Miúda da Cabuçu

n

Herdeiros da Vila

n

Corações Unidos do Ciep

n

Planeta Golfinhos da Guanabara

n

Petizes da Penha

n

Tijuquinha do Borel

n

Estrelinha da Mocidade

n Ainda

Existem Crianças de Vila Kennedy

30 l Revista Carnaval

do Salgueiro

Setembro / 2013

ACESSO

Unidos da Tijuca na Série D

Inspiração caseira

A

Unidos da Vila Santa Tereza buscou em seu próprio endereço a inspiração para voltar à Sapucaí. A azul e branco desfilará em 2014 pela Série B com o enredo Ururaí, nome da rua onde fica a quadra da agremiação. Trata-se da lenda de uma aldeia indígena, que estará na Estrada Intendente Magalhães como um alerta contra o fim da cultura dos índios. O tema é de

autoria de Vinicius Natal e será desenvolvido pelo carnavalesco Sandro Gomes. A escola contratou o casal de mestre-sala e porta bandeira Yuri Perroni e Cassiane Figueiredo para defender o pavilhão azul e branco e conquistar a nota 10 na Avenida. Para reinar à frente dos ritmistas da agremiação, a diretoria da Unidos da Vila Santa Tereza escolheu Diana Cotrim.

A azul e amarelo do Borel será a grande homenageada do desfile da Unidos de Manguinhos em 2014 pela Série D. A escola levará para a Estrada Intendente Magalhães o enredo Unidos da Tijuca ... Não É Segredo Eu Amar Você!, do carnavalesco Leonardo Soares. Ele destaca as inovações e surpresas que a agremiação tem levado para a Marquês de Sapucaí. O carnavalesco da Unidos da Tijuca, Paulo Barros, deverá estar no desfile de 2014. Ele foi responsável pelos enredos da escola do Borel nos títulos de 2010 e 2012.

Unidos do Cosmos define enredo Em Mangaratiba Tem Madeira de Lei, Um Compromisso com Todos será o enredo da Unidos do Cosmos. A verde e branco será a sexta agremiação a entrar na Estrada Intendente Magalhães pela Série D no próximo Carnaval. Uma comissão de artistas desenvolverá o tema de 2014. Setembro / 2013

Revista Carnaval l 31


Fábrica do Samba recebe mais R$ 40 milhões

SAMPA

O complexo, de 4 mil metros quadrados, conta com 14 barracões e deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem. Foto: Divulgação / SPTuris / José Cordeiro.

A

s obras da Fábrica do Samba deverão ser aceleradas. A Prefeitura de São Paulo receberá recursos do Plano de Aceleração do Crescimento do governo federal para finalizar o complexo de barracões e reformar o autódromo de Interlagos e o Parque do Anhembi. O valor total é de R$ 280 milhões, sendo que R$ 40 milhões estão reservados para a “indús-

tria” carnavalesca. A construção da Fábrica do Samba começou em 2011. O complexo, de 4 mil metros quadrados, conta com 14 barracões e deverá ser concluída no primeiro semestre do ano que vem. A iniciativa vai melhorar as condições de trabalho nas escolas de samba, bem como evitará os constantes acidentes ocasionados por falta de infraestrutura.

AGENDA DO CARNAVAL (Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro) Escolas Mirins Passarela do Samba Terça-feira – 04/03 n Filhos da Águia n Infantes do Lins n Mangueira do Amanhã n Pimpolhos da Grande Rio n Miúda da Cabuçu n Corações Unidos do Ciep n Petizes da Penha n Ainda Existem Crianças da Vila Kennedy n Aprendizes do Salgueiro n Império do Futuro n Inocentes da Caprichosos n Nova Geração do Estácio de Sá n Herdeiros da Vila n Planeta Golfinho da Guanabara n Tijuquinha do Borel n Estrelinha da Mocidade

AGENDA DO CARNAVAL

(Grupo Especial e Grupo de Acesso de São Paulo) Grupo Especial Passarela do Samba do Anhembi Sexta-feira – 28/02 n Leandro do Itaquera n Rosas de Ouro n X-9 Paulistana n Dragões da Real n Acadêmicos do Tucuruvi n Vai-Vai n Tom Maior Passarela do Samba do Anhembi Sábado – 01/03 n Pérola Negra n Gaviões da Fiel n Mocidade Alegre n Nenê de Vila Matilde n Águia de Ouro n Império de Casa Verde n Acadêmicos do Tatuapé

32 l Revista Carnaval

Setembro / 2013

Grupo de Acesso Passarela do Samba do Anhembi Domingo – 02/03 n Colorado do Brás n Morro da Casa Verde n Unidos do Peruche n Camisa Verde e Branco n Imperador do Ipiranga n Unidos de Vila Maria n Mancha Verde n Estrela do Terceiro Milênio


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Rua Garcia Redondo, 30, Cachambi, Rio de Janeiro-RJ. Tels.: 2229-7931 e 3079-0371. 34 l Revista Carnaval

Setembro / 2013


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