Revista Rio Samba e Carnaval 1981

Page 1



Esta ea edi9ao dos dez anos de Rio, Samba e Carnava!. Dez anos. Dez carnavais. Mal come90 a alinhavar esta mensagem e vejo que, em menos de duas lin has, jii falei tres vezes nesses dez anos. Que 0 leitor, de preferencia um foliao mergulhado em toneis de alegria, ponha isso il conta da em09ao de quem dedicou dez anos de sua vida para fazer desta revista 0 que hoje eu espero que ela seja: um documento digno da beleza e da slgnijica9ao sodo-cultural da maior festa popular deste pais. Eu me pergunto, no entanto, se e justo fazer esta nota9ao pessoal e emocionada, num momenta de tao desbragada alegria coletiva. E me respondo: por que nao? A propria alegria e uma em09ao pode vir das profundidades de uma grande alegria. Fisosofias il parte, depois de dez anos de trabalho, a gente sempre e levado a dar um balan90 no que fez . E esse balan90 sempre traz a reboque velhas lembran9as, preocupa90es, noites insones, dlividas, esfo~os e tudo aquilo que faz do trabalho que realizamos a media9ao entre nos e a natureza, entre nos e a vida. Ou entre nos e as outros seres humanos. Essa e a grande riqueza e a grande saldo que resulta do trabalho. Se e verdade que Rio, Samba e Carnava! fOi, quando nasceu, um ideal meu, e se cresceu movida pela for9a desse ideal, por outro lado tambem e verdade que teria sido impossivel comemorar estes dez anos sem a contribui9ao inestimiivel de alguns amigos e colaboradores, de anunciantes que nos acompanham desde as primeiras edi90es, de carnavalescos e de homens que tambem dedicam a sua vida ao Rio, ao samba e ao carnaval. A todos, a minha mais emocionada gratidao. Feito 0 balan90, uma coisa jicou muito nitida: 0 carnaval nao e apenas (apenas?) materia de nosso trabalho ou simples (simples?) tema de nossa revista; ele participa do tecido mais intimo de nossa vida, ele circula ou, se voce preferir, desjila em nossas veias. Ninguem escolhe um trabalho impunemente. Ele e minha paixao, uma paixao que me consome e talvez justijique a minha vida. Uma paixao so superada por uma Olitra, de divers.a e gentil natureza e cujo nome eu ponho aqui: Tania Maria, minha mulher, minha amiga e companheira, que homenageio na foto ao lado e a quem dedico a gratidao maior par todo 0 estfmulo vital com que ela me alimentou, participando segundo a segundo desses dez anos de vida e trabalho.

~~ / MAURiCIO MA7TOS


--

samoae carnaval

Mauricio eif ArauJo Mattos

Dfttor PI

• ,.,.,.

Be/mira Mattos

o.rr.cor. FII_N:e6. Gahrlel Clpnano

_ _ eOn-dOI Vera Regina H. ?uhlmann

Naldo Rodrtgues

:4

! ,..,.~

Maurioo de AraujO Mattos

COIJlI. • dew EdItodaI

Lena F"as $ec;.,.. .. 0..1

Tama Sa/oes Mattos

Acp .. ap6tw..l Mello Menezes

-Carlos de Souza

R..wo

PaulO Guanaes Sergio Cinelli ~­

ABCDAFOLIA

-I> '

13

......,.Tutos

Em tom alfabetico, Francisco Duarte revela quais sao os instrumentos fundamentais afolia monesca,

W."r-,ijr Rodrrgues Mello Menezes

OS PRAZERESDO RIO

,kJV"

Carlos Ne/(o

Manna Cunha Brenner Ai e: ,5 T_

Marinho de Azevedo ensina a degustar as delicias do Rio de Janeiro, na dcx;ura dos en cantos e no am argo dos temperos .

L~F,18.

OanaAf~

Jotlo MaXimo Hlran AraujO AkA Blanc

COM 0 BLCCO NA RUA

SergiO Cabral FranCiSco Duarte

Fe re; a'"

rres

Bloch Edirores C

Ie

Pedr·,

-.h.

DELIRIO CARICCA

Gatv~

MIMI Faria Afonso

At .. Mauricio de A. Matro!' II

,

V,...-a Regina H. Puhfmann

Adn!1Jsb ;6:l Satange OIivetrs Machado MJi Ilia Macedo Tavares Mdfld tUlla NObrega FranCISco AbraMo Filno ~ Wllson~mo

Imp [ Bloch fditares

-.

Na poesia e na cronlca de Vinicius de Moraes, a embriaguez de amor pelas mulheres e pela cidade.

QUE REI SOU EU?

42

Aldir Blanc, em linguagem saborosa e com 0 talento de sempre, conta uma histaria de amor.

Av Passos, 101 Grupe itl5 Cel1tro CEP 20 (1j1 7efs 28:),33396233 9 1g;

Rio Samba e Carnaval, reglsm)da nil DIVISBo de CenSura de OlVers6es Pub/leas do Depanamento de PoIicia Fedetaf, sobn~ 1633·P ml73 de aco.roo com a Lei de ImprenSiJ sob 0 n,D lB8 Deposirado em 01/11.' 72 como marca mistiJ, na ctasse tJ

11 0 registron 19.fXi9da Secreuma de Mareas do InS!I!uto Nacl()f1iJJ de Propnedade Industrial E uma publlcar:tJo dmgida e 8(i>riJda por Rio Samba e Ccrnaval EdJ(:6es e Promo(:6es Ltda para iJ AssocIa<:Ao das Escolas de Samba da Cldade do Rio de Janeiro Profbe-se a ref)fodu~O Jinda que p.3rcia/, ae qu<J/quer materia, griJVUfiJ

foto, sem expressa

concofdancia da diret:;Ao. A dstnbucAo dos 18),fXX) ex' ??plares fefla na rede howfeira do RIO, avi6e.s da

e

Vasp e Transhrasli, postos de mforma¢es ((Jrislieas da Riotur lem.lna

at:reos

mafllm)() e roctoviano nil semar1d que anrocecie ao carna ill e n.11 arqu bancadas fir

"0

48

R S. C ref!etiu 0 Mundo, 0 Brasil e 0 Rio em suas paginas.

Foro Arte _ a..

"'flO

32

DEZ ANOS DE RS.C.

ColnrCmco ~

OU

28

o bloco, Diem de uma forma de resistencia do carnaval de rua , e ainda uma das mais onimadas formas de brincar e se divertir.

Mannho Rodlgues C§m8r8

22

,I~nrl.~

MUTACAO ERESISTENCIA

62

Um artigo de alta qualidade que mos/ra como come,ou, como cresceu, que caracterfsticas assumiu e como esta presentemente 0 samba -enredo.

CHEGOU A HORA. " 70 T udo sobre os carnavois que serao apresentodos pelas dez gran des escolas do primeiro grupo.

NO GRUPO IB,. ,115 Predominam os enredos histaricos nos escolos que desfilarao segundo-feira na rua Marques de Sapucoi.

SUBURBIO, A INTENSA

118

Crian,as . velhos, mocinhas. super-herois. cloveis e genis confraternizam os quatro dias de folia a pre,o bem em conta, no carnaval ?????

NUCOMR1TMO

125

o corpo despido. que deixou de ser apenas decorativo e passou a exercer um carater tambem funcionol, e um conceito novo de ntro dos desfiles .


o ritmo certo no bloco do motor.



Uma vez mais a Cidade do Rio de Janeiro vive a sua grande festa, com o povo nas ruas, descontrafdo, mostrando que a alegria pode e deve ser de todos, sem qualquer distin~iio. 0 Camaval carioca, a cada ano, se apresenta melhor, man tendo sua tradi~iio de maior espetQculo popular do mundo. Nas pr~as, nos c/ubes, nos desfiles das agremi~6es camavalescas, em toda a parte 0 povo se diverte ao sam do mais autentico samba brasileiro. Como Govemador, salida todos os jluminenses, desejando que o Camaval de 81 seja melhor que os anteriores. Que 0 povo se entregue aos folguedos com muita alegria, aproveitando bastante a sua festa maior.

A. DE P. CHAGAS FREITAS GOVERNADOR


decima vez. E premiarao o melhor mestre-sala, a melhor porta-bandeira, o melhor enredo, o destaque feminino, o melhor samba-enredo do Grupo lA, 0 melhor samba enredo do Grupo 1B,o melhor passista, a melhor passista, a escola de maior comunicacao com 0 publico, a personalidade masculina, a personalidade feminina, a melhor ala, a melhor bateria, a reve!acao 81 e melhor comissao de frente.

••• •• •••

ISTAIDARTI I · I DE Premio 0 GLOBO para os melhores das Escolas de Samba

Desde que surgiram os des files a preocupacao principal foi a de premiar 0 conjunto. E por rna is de 30 anos os integrantes das Escolas de Samba jamais receberain outro premio que nao a consagracao popular.

Foi para corrigir esta falba que 00 GLOBO criou, em 1972, 0 Estandarte de Ouro. Urn premio especial para aqueles que, entre tantos milhares, mais se destacarn durante 0 desftle das Escolas de Samba do Grupo I-A. Este ano, os Estandartes de Ouro serao entre ues ela

'-"IIr'''.

••• •• ••

Todos escolhidos por urn jUri formado pelo jornal 0 GLOBO e composto por jornalistas e "experts" para premiar os melhores das EscolaS de Samba .

Promo<;ao

OGLOBO

@fg" . . . . 0; .

" 0


TELEFONES:

32·2084 (S.P. 011) 32·2201 (S.P. 011)


o carioca e provavelmente 0 unico povo do mundo que dan~a 0 seu hino. E ele 0 faz sempre, mas principalmente no Carnaval, na festa que e a propria sagra~ao da alegria. Para outras gentes, hino e musica de cerimonia, musica que se ouve

ou se canta com ar compenetrado ou belisco, indiferente ou emocionado, fervoroso ou com um tedio retumbante. Outros cantam seu hino como um dever; 0 carioca, como um prazer. Um prazer que ele expressa em canto e dan~a, corpo e palavra, pura celebra~ao, como nas festas em que os antigos invocavam seus de uses benfazejos para ter chuva, sol, vento, boa colheita ou

felicidade. Alguem dira que "Cidade Maravilhosa" ja existia como musica de carnaval antes de existir como hino. Pouco importa. E e ate emocionante saber que um povo pode escolher seu hino e que escolheu precisamente a musica que ama e exprime a sua alma. A alma do Rio ganha as ruas nos dias de Carnaval, com a sua criatividade eo seu humor. Ela se solta, dionisfaca, desabusada, extravagante, reinventando 0 canto e a dan~a em tamborins e agogos, requebros de mulata, pandeiros e cufcas, exorcizando a tristeza atraves do exercfcio pleno da alegria. o carioca mergulha no sonho e na fantaSia para dar a si mesmo - e generosamente repartir com os outros - um dos belos e fascinantes espetaculos do mundo. o Carnaval e festa do povo, feita por esse povo tao expressivo e surpreendente, que e capaz de dan~ar 0 seu hino. A RIOTUR, ao trabalhar pelo Carnaval, procura ser digna de sua grandeza, procura ser fiel a alma do rio, dan~ando 0 seu hino e invocando os de uses da alegria com a mesma devo~ao eo mesmo entusiasmo de qualquer bom carioca.

Que todos tenham, e"e ano,

0 ~ do,

,",u, ronho,

. ~ :,....~~!f7)1e{(


tamWm plerr&. arlequlns e colomblnas. este ano ftguras domlnantes em pratlcGmente /ados os desftles. A esco/a convldou as vedetes que marcaram 'poco (hoje em dia repousadas senhorasl para desftlar. As arqulbancadas ter4o. enUlo. a rara oportunldade de conhecer as sensadonais Vlrgf'nla Lane. N"ia Paula, Elorna. mulheres que levaram ao dellrio InOmeros e desesperados co~""s. o Salgueiro salr6 com mais de 3.500 des/l/antes. em cerea de 40 alas, taluet alnda mais. Eescola com grandes chances de reallzar um excelente comava/. )6 que a principal caractenstica do Sa/guelro , a sua sempre surpreendente vltalldade na pista de dea/Ile. Fol essa a escola que. na decada de 60, promoveu a grande mudan~a na /I/oso/la do. desftles de samba, llbertando-o do. temas apenas hist6ricobrorIJel1os e ~-o nas ousadias de enredos /Iura 0 que velo gerar 0 des/lle tal qual, hole em dla, e dar oportunidode a ftguraa como 0 cnatlvo JOIJoIInho TrlnltJ hoje na SelJa-FIor, mas que /01 do Sa/guelro nos tempos de 60 ..::0;,..

____ * *___

The plot WGII daveloped GIl /0li0- the foundation 0/ the City, Ita natural beauties, the Colonial times, the Empire, the Republic Although basically hlstorlcal the plot gained a freer interpretation. For Inttance, In the Republic part, Bohemia, CIIIInot, vaudeville, chonJl g/IW, and vcdeIta, who were the queens 0/ the mght and 0/ rrlel'l')lment, are exalted But there II1II/ also be p/errots, harlequins and coIumbIna, predominating thJa year In pnldIcdIy all pmodes Sa/guell'o has Inu/lled the vedettes who were famous In the pall (today pIoc/d maIIorv,) to parUcfpata In the parade. The pub/k: Will

then have a rare opportunity 0/ meeting the ..nsatIonai Vllylnla Lane, Nelia Paula, EIotnG, women that led to delirium a great many and desperate hearts_

Salguelro will come out with more than 3,500 participants. in about 40 ranks. or maybe more . It is a School with great chances of accomplishing an excellent

Carnival, since its main characteristic is its a/ways surprising Vitality on the arena 0/ the parade. This was the School that. during the Sixties, promoted a major change in the philosophy of samba parades, freeing them from merely

Brazifian¡historica/ themes and launching them in the audaCity of free plots. And such change has generated the parade as it is today, and given opportunities to personalities such as the creative Joaozinho Trinta. today at Beija-Flor, but who started at Salguelr o in the Sixties .

o

100



Alinhe seu carro aoIadodo

novo Polara GLS

I 1 1

,.

eprepare-separa umhonroso 1

2°lugar.

I ,1

"

1

,•, I

1

•,-

I

II

I·-

,-.,,

Esta de volta a emo,ao de pilotar urn carro. 0 novo Polara GLS ultrapassa tados os carros medios. Ele sai na frente, anda na frente e chega sempre na frente. Porque s60 Polara GLS vern com 0 novo carburador duplo Weber de 2 estagios, que the garante performance com economia. Na cidade ou na estrada, ele e0 mais agil, 0 mais rapido, ode resposta mais pronta. E s6 ele tern urn novo painel com 16 instrumentos de controle, anos afrente dos outros. Novo e requintado interior, com 0 melhor acabamento de tados. Vamos, escolha certo desta vez: escolha urn campeao. Pilote 0 novo Polara GLS. E deixe tados os outros em 2? lugar. Longe.

r'\

~

If\

I ~VU

pn AnA ~ \,r-----.

N a Rede Autorizada Chrysler,

agora maior e mais forte, voce pega 0 seu novo Polara GLS e ninguem moos pega voce.

,


pranchas de isopor e papagaios de popel, enquanto as concorrentes ostentam plumas de pavllo, alto luxo e evidente riqueza.

Desta vez, a Unillo da I1ha tro. 0 enredo 1910 - Burro na Cabe~a. 0 burro na cabec;a em questao nao e uma alusDo ao popular jogo do bicho, mas, de acordo com 0 carnavalesco Adafberto Sampaio, expressao muito usada no Rio em come~o do seculo. 0 carnaval-B1 da Unillo da I1ha do Govemador retrata 0 Rio de Janeiro dessa epoca , Serao vistos pessoas e circunstdncias de entaD: cocates, bon des , trechos de operas, modo e charme cariocas de uelhos tempos. Evoca~llo da Avenida Central e sua go/erio Cruzeiro; do Palacio do Catete; da dama Nair de Te!!e introduzindo urn instrumento plebeu (0 vioillo) nos saliles palacianos e da alta sociedade; Chiquinha Gonzaga, extraordinaria compositora. e os ritmas e melodios de sua era. Enfim , Q cTonica do velho Rio , realizada em alegre desfile de camava/.

____ * * ____<2-

components, distributed into 25 ranks, never felt inhibited to come out in the samba dancing arena, under television headlights and spots, carrying styropor boards and paper kites, whereas their competitors displayed peacock feathers, highly luxurious and evidently expensive. This time UnUW da llha brings the plot '1910- Donkey on the Head: The 'donkey on the head' referred to is nat an allusion to the popular animals lottery, but, according to the School's Carnival Director, Adalberto Sampaio, a Widely used expression in Rio at the beginning of the century. Unllio cia IIhado Gooemador's 19B1 Carnival depicts Rio de Janeiro at that time. We will see personalities and aspects of those days:

cocottes, tramways, opera arias, fashions

and charms of Rio of the old times. An evocation of Avenida Central (nowadays Avenida Rio Branco) and its Galeria Cruzeiro; of the Catete Palace, (formerly the Brazilian While House); of the high society lady Nair de Te!!e introducing a plebeian instrument (the guitar) in palatial sal/ons and into exc/usiue circles; C hiquinha Gonzaga, the extraordinary song-writer, and the rhythms and tunes of her era. In shori, a chronicle of old Rio, accomplished in a merry Camiual parade .

o 104


......--l_L-...1..l

KHONETTI CONFECCOES LTDA

~~4-l R. Visconde de Abaete, 79/87/89 -Tels: 93-3339 - 291-2242 - Bras - SP


Que voce gaste para assistir 0 carnaval da gloriosa Esta\!ao Primeira, tudo bern. 0 que nao faz sentido e ficar, 0 ana mteiro, venda a outra . mangueira levar 0 seu dinheiro. DelXe para ela 0 minima possivel. Entre na dan\!a da poupan\!a com Fiat, o carro mais econ6mico do Brasil. Que e assim uma especie de Rei Momo: primeiro e (mico.

ElIIBB o carro mais economico do pais. - - - - - - - - -


teu cabelo nao nega (SO da lala)"

"0

Arlindo Rodrigues. carnavalesco responsiivel pelo en redo do Impera/riz

Autores: Gibi-SerjOO-Ze Cotimbo Neste palco iluminado S6dellellel Es presente, imortal 56 da lellel Nossa escola se encanta Q povao se agiganta E dono do carnaval

Leopoldinense, acredita no o/egria como temo. Fo; assim que ele conseguiu, no anD passado, fazer do lmperotriz Leopoldinense uma das tres campeas do

Bis

compositor popular (e eminentemente carnavalesco) Lamartine Babo. Arlinda.

Lel - Lel - Lel - Lel Lamartine Lel - Lel - La - La Lamartine Em teu cabelo noo nega Um grande amor se apega

urn dos melhores cen6gra/os brasileiros, exibir6 0 carnaval antigo, tao bem descrito nas letras das can~oes de

**---(Bis)

Linda morena Com serpentinas enrolando folioes Domin6s e colombinas Envolvendo cora,oes Quem dera Que a vida fosse assim Sonhar, somr Can tar, sambar E nunca mais ter Jim

-

Lamartine Babo. conhecido como La16.

Musa divinal Eu vou embora Vou no !rem da alegria Ser feliz um dia Todo dia e dia

desfile, com um enredo simples. louuando a Bahia. Este ana 0 enredo e igualmente simples¡ 0 Teu Cabelo Nao Nega, Lall! - a partir do figura do

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE - Your hair betrays you, Lala Arlinda Rodrigues, the man in charge 0/ the plot 0/ imperatrlz Leopoldinense, believes in merryment as a theme. That's how he was able, last year, to make imperatrlz Leopoldinense one 0/ the th_ champions 0/ the Carnival porade, with a simple plot praising Bahia. This year the plot is likewise simple - 'Your Hair Betray. You, Lola' -based on the personality o/the popular samba composer (particularey Carnival-oriented) Lamartine Baba, whose nickname was Lola. Arlinda -one of the best Brazilian stage decorators - wUI display a Carnival 0/ old¡ days, so well cIeacribed In Lamartine Babo's songs. "Most 0/ all, the

-

107


"Sobretudo 0 espirito alegre e gaiato de Lamartine, que a turma de hoje esta

precisando curtiT. Tudo estd muito depressivo, e preciso ressuscitor a afegria." Fazer ressurgir a alegria , a beleza

e 0 bom g05tO e uma inten,c'lo sempre presente em Arlindo Rodrigues, que sempre a realizQ da maneira mais eJicaz. Tres mil integrantes eVDcarCio os sambas

e 0 mundo de Lamartine Babo, cujas composi,Oes, de grande riqueza descritiva, ofereceram ao cen6grafo oportunidades de grandes achados para as alegorias, carras e carretas, adere,os e figurinos . Mais uma vez urn carnaual elegante , de visual muito bem cuidado. Arlindo nOo vem apenas desfilar, mas ganhar 0 camoval, conquistar-se passlvel sozinho . 0 bicampeonato para a

pequena esco/a da Zona da Leopoldina. Uma de suas armas na luta pelo titulo mOximo do samba sera a beleza: ''Temos que apelor para 0 visual e 0 luxD, com carras e mulheres lindas, porque os adversarios vOo fazer isso e quero ganhar o carnava/." Nesta luta, ele usara todas as faces de seu personagem-tema Lamartine Babo: Lala autor de operetas, de musicas sacras, de hinos de futebol, de sambas, valsas, march as; Lala radialisto, humorista, criodor.

Lala geral na beleza da Imperatriz Leopoldinense.

----**

•

gay and jesting spirit of Lamartine, which today's youth should learn to enjoy. Everything now is too depressive, it is necessary to revive merryment". To try to revive merryment, beauty and good taste Is a proposition always present with Arlindo Rodrigues, who always achieves it in a most efficient manner.

Three thousand components will evoke the sambas and the world 01 Lamartine Babo, whose songs, of a highly descriptive richness, hOi offered the stage decorator many opportunities of excellent conceptions for the allegories, cars and

wagons, ornaments and costumes. Once more an elegant Carnival, of a very fine visual effect. Arlindo is not coming only to parade, but also to win, to conquer, if possible alone, the bi¡championship for the small &hool of the Leopoldina Railway Zone. One of his weapons in the fight for the top prize will be beauty: 'We have to resort to visual effects and luxury, with

beautiful women and cars, since competitors will do the same, and I want to win this Camival': In his endeavor, he will use all the facets of his character-theme Lamartine Babo: "Lala author of operettas, of sacred music, of football-team hymns, of sambas, waltzes, marches; Lala a radioman, Q humOrist, a creator.

•

108


¡

Paulo M oislls de Almeida Barros, motorista e tecn ico de linha do Telerj,o Paulo Samara cantor e compositor do Unioo de Rocha Mirando.

Alo, alo, camm'Ol. ~ Tele~ vai dar toda linha para 0 samba. E0 TP Movel - Telefone Publico Movel - que j6 fez sucesso em outras festas populares e voce vai encontrar, neste camaval, nos kombis da Tele~. Viu? Puxe 0 samba vontade. Teleri acompaQ!n:!!:hl.Qa!:.... . _ _ _ _ _ _ _ _ _ _.::T=R:;;A;;B~A :;;L::H :;;A ~ N= D=O:::C;;O;;M ~O ~N ;;;U ~ N::: C::A:....

A

a

V T8L8RJ


gruposgeradores

111M!&.


QlJANn

"

ACIDADeO£ "

PROGRAMA OHem DA RlOTUR Blocos. /retJos e ranchos; sho ws e bOlles; desfiles das esco/os de samba; coretos e pr~as; proios e bores; bandas de bailTOS; con/ele e serpentino. MuJheres bonltas, lindos; sol e chuuo. suor e cerveja. m u ito ornor e ouenturas,

CornouaJ. Festa que todD 0 ana se repete e tode 0 one e nol.lO, ,e$$Urgindo

fonnosa dos cinzas de urn falecimento tado ano anunciado (evidentemente que pelos implicontes e puristas, pessimfstas e so/redores do bile em geral) CamouaJ. Qye camero mais cedo este 0 00, a 27, com abertura no Centro do Qdade as oito horos do noite. E uftropasso seus dios o/iciais . 3 , 4 e 5 , auo~ando pelos cinzas e prolonga·se semena seguinte. com baile de crem~oo das

SEXTA / 27 DE FEVEREIRO Au. Rio Branco · Centro: Apresenl",1So dos Grandes Clubes

Camovalesros · 21 h. U &lile InJemocional do Cidade do Rio de JaneIro · 23h - Clube Federal, l.£blon .

sA8AoO / 28DE ~RO

All Rio Branco - Cenrro: Apresent",ao dos Clubes de Freuo · 18 h DesftJe dos Bloeos CamauoJescos dos Grupo lB · 22 h Ruo Marqu~s de Sapucof: Apresenla;-Oo dos Blocos Camavolescos do Grupo fA · 22 h Au. 28 de Selembro . Vikz IsabelDes/ile dos Blocos Comovalescos do Grupo ItA . 22 h. Ruo Adolfo Bergamini· Engenho de Ventra . Apresent~OO dos Blocos Carnauole.scos do Grupo DB · 22 h Ruo Cmo/it1G Machado · Madureiro Desfile dos Bb::os Camau~do Grupo lilA . 2 h Rua Monsenh()f" Felix - lrajO; Desfi1e dos BIocos Comauolescos do Grupo IIIB· 22 h Concurso Coretos de Bairros· dluersos localS - l S h Boiles Populares· dlUersos Iocais· 19h Baile da Cidode - ConecOO· 23 h

DOMINGO/IOEMARI;O Rua Sanla Engr6cia - Penha' Vesfile dos Bfocos CamaLJOlescos do Grupo IV · 19 H Au Nelson Cardoso · Jocarepagu6: Desfile dos Blocos CamaLJOlescos do Grupo V · 19h

Rua Top6zios - Rocha Miranda: Desf/Ie dos Blows CamouoJescos do Grupo VI - 19 h Roo Furquim Wemec · Poquet6: Desf//e dos BJocos Camaualesoos extras -19 h

tristezas e Des/ile dos Compe6es.

Auenida Presiden~ Vargas · Centro Desple dos B/OCOS de Empolga;oo - 10 h Au G~a Aronha. Centro· Des/ile dos Blocos de Empolgc.;Oo do GrupoAl· 14h Rua Marq uis de Sapucaf · Centro· Desft/e das EscoJas de Samba do Grupo IA - 19 h Auenlda Rio Bronco · Centro: Desfile das EscoJos de Sambo do Grupo lIA

Concurso Corelos de BaiTTos , diversos locals · 18 h Bolles popuJores dluersos locois · 19 h SEGUNDJI / 2 DE MARt;O Au. Pres/denle Vargas · Centro: Des/ile dos Blocos de Empolgat;llo . 10 h Av. G,O(o Aranha Centro· Desfile dos BIocos de EmpoJgocoo do GrupoAI · J4h Av. 28 de Selembro . VIlolsobel' Desf/Ie dos BIocos de EmpoJgofoo do G,upoAll - 14h Ruo Dros do Cruz · M~ier Desfile dos Blocos de Empolgo.;Oo do G,upoB · 14 h Ruo Pereira Londlm - Ramos' Desple dos Blocos de Empolgar;oo do GrupoC · 14h Ruo MercullO · Pauuna' Des/iJe dos Blocos CamovoJescos do Grupo VII · 19h Av. Sanlo Cruz · ReoJengo: DesftJe dos BJocos ComavaJesros do Grupo Viti · 19 h Ruo FigueIredo Camargo · Padre Miguel Desft!e dos BJocos Comou alesros do GfUpo IX - 19 h Ruo Marq~ de $opucaf" - Centro: Desfile das EscoIas de Samba do Grupo lB · 19h Au. RIo Branco· Centro: Desfile dos Escolos de Samba do Grupo IIB · 19h Concurso Coretos de Barros · diuenos locois· 18 h Bailes populores . dlVer$05 /ocois - 19 h

1BIt;A / 3 DE MARl;O Auenida Rio Bronco I SOO J~· Centro: Concurso FoIilJo OriginaJ · 12 h RuaMorques deSapucci - Centro · Encerromenca do Cornavo/- 17 h Av. RioB,onco · CentTo: ApresenfO(l1o dos Oubes de Ronchot · 20h . Concurso Coretos de Boirros diuersos /ocais - 18h Bailes popu/ores . diversos Iocais - 19 h Rua Figueieredo Camargo · Padre Mfy ue! Desfile Extra de Eseo/as de Samba · 19 h Rua Carolina Machado · Madurelro: Desfi/e Extra de Escolos de Samba 19 h Rua Monsenhor F~liz · Iroj{J: DesjiJe extra de escokls de samba - 19 h Ruo Figue,redo Camargo (Padre MIguel). Ruo do Catefe (Catete). Rua Francisco Hayden (80nsucessoJ. Rua Engenheiro Trindade (Compo Grande), RUiJ Carolina Machado (Bento Ribeiro), Rua Arnalda Quintela (&laf09O). £strada do Porto Velho (Cordou,I) , Largo do Tanque (J.ocarepagu6). Ruo Anl6n1o Rego (OIariaJ, Ruo MercUrio (Pauuno), Ruo Coronel Tromorindo (Gu,lherme do Silveira). Au. Marechal Fontenene (Mago/Mes Bostos). Rua Montevideo (penha). Ruo NervaJ de GouueJo (Quintina). Rua Cerqueiro Daltro (Cascoouro) . desfiles extras de b/ocos - 19h sABADO / 7 DE MAR<;O Ruo Morq u ~de Sapucal"(Centro). Av. Rio Bronco (Centro). Au. 28 de Setembro (Vikz Isabel) - Desfile dos CompeOes· XV Baile do Crema;Oo d~ Tristezas C/ube Stria e Libones· 23 h

..•

'.

11


"abram alas pra folia, ai vern a mocidade"

Vejam que beleza 0 Ze Pereira No bloco de sujo com a zabumba a tocar Essas can,6es tao famosas Do folclore popular

Mals uma uez, 0 pr6prio camaual e enredo de des/ile. A Moe/dade Independente de Padre Miguel, ulUma <!$Cola a se apresentar na Marqu& de Sapucaf, louuar6 0 remado de Momo em Abram Alas pra Folia, af Vem a Mocldade, de autoria do eamavalesco Fernando Pinto. Des/i1ar6 cam Ires mil pessoas e ter6 como grande ausente Mestre Andri, mestre de bateria, criador e responsiiuel pela extroordinciria orqueslnl de percussllo que sempre destacou a Padre Miguel entre os /!$COlos de samba. Andri morreu do eorO(:Oo no

Quebra quebra gabiroba Quero ver quebrar Mamae eu quero oi mamar

uerdadelra escola de bateria, eMativa, brasileira. que hoje em dla Inftuenda muito a maneira nadonal de tratar os instrumentos de percussllo.

Autores: Ney Viana-Nezinho

Hoje vou erguer meu estandarte Vou mostrar beleza e arte Dos antigos carnavais Vou me vestir de alegria Com a Mocidade minha gente Abrindo alas pra folia

(Bis)

E na avenida colorida o sol enche a folia de luz e calor Onde 0 pierro e a colombina alegremente Trocam lindas juras de amor As negras, bran cas e mulatas Mostrando um "show" de visual, oi Ao som do batuque alucinante Vindo de terra distante Para alegrar 0 carnaval o corso e as gran des sociedades Eram 0 luxo da Cidade

Lii vai a baiana Rodando pra 16 e pra c6 Arrastando a sand6lia Fazendo 0 meu povo can tar Lara larara larara 0000

Lara larara larara 0000

(Bis)

ana passado, mas deixou uma rica, Intensamente

**

-

MOClDADE INDEPENDENlE - open the urayfor Revelry, here coma Moe/dade

Once again, Carnival Itself Is the plot of the parade. Moc:ldode Independente de Podre Miguel. the last School to be exhibited at Marqu& de Sapuea{ Avenue, will exah Momus Reign in 'Open the WCI)/ for Reuelty. Here Comes Mocldade', whose author Is Fernando Pinto. It will come out with three thousand people and Its most Impmtont absent companent will be Master Andn!, the band director, creator and Noble for the extraordinary percussion orcheslro that has always ~d PodreMlgua In aprominent posIIton among Samba Schools. Andn!

-

111


A apresentat;ilo do Mocidade lndependente se dar6 e m etapos, coda uma delos tratando de um peri'odo, um aspecto ou uma caracterfstica do

camaval, evidentemente , como sugere 0 proprio nome do en redo, relacionado a Moeidade. Estarilo presentes os Grandes Sociedades Carnaualescos, os corsos, os ranchos, os blocos, 0 Ze Pereira, os pterrOs e colombinos. Estarilo presentes OS uelhos baianos, absolutamente obrigat6rios nos desf;les. E eiiidentemente "os negras. broncos e mulatas mostrondo um show de uisual 00 sam do batuque alucinonte", conforme ontedpa

0

samba-

enredo (de Ney Vianna e Nezinho) , fO%endo adiuinhar marauilhos de mulheres. Padre Miguel uem com cerca de duos mil pessoas, distribufdas em mais ou menos 30 alas, mais as baianas. com 120 componentes. Um camaual que ualorizar6 0 proprio camaval, seu tema e sua verdade. j6 que se trata, af;nal, de uma escola de samba.

o

** died oj a heart attack lost year, but he left a genuine school of percussionists, creaUue, rich, intensely Brazilian, that today hos much Influence on the loeal way of treating percussion instruments. MocIdade lndependente's presentation will be done in stages, each dealing with a certain period, a certain ospect or a certain characteristic of Carnlual, euidently, os suggested by the name of the piot, relating ta Moe/dade Itsel/. They will show the large Camiual Societies. the cars parades, the uranchos': the blocks, "le Pereira'; Pierrots and Columbines. They will also sho w the old "baianos", a must in parades. And obviously, Hwomen, black, white and

mullatto, giving Q visual show, at the sound of a hallucinating drum beat'; os announced by the plot-samba (by Ney Vianna and Nezinho) , making one guess of wonder women. Padre Miguel comes with approximately two thousand people, distributed into about 30 ranks, plus the "baianos", with 120 components. A Camiual show that will ualorize Camiual itself, its theme and its truth, since it will be presented, after all, by a Samba School.

o

112.____________________________________________________________________




By order of entry, the first , School is Unlao de Jacarepoguii, last year's vicechampion of the /I. A Group. It is a nursery that breeds great samba composers such as Catoni (ex· composer for Portelo, presently at BeljaFlor), and it will be presenting plot ·samba "Maurlcela em Nolte de Festa" ("Mauriceia ir Gala Night"), by Edson Machado, with a samba by Djandir, Catoni and Dantas. The plot reuiues a party which took place in Recife in homage to Mauricius of Nassau, and the School will parade with two thousand components, distributed into 30 ronks, Second comes AcademlcOl de Santa Cruz, last year's champion of the /I·A Group, bringing a plot on Amazonia and its legends and myths. It is expected to parade a/so with 2 thousand constituents . Capr/chosos de PI/ores comes in the third place, with plot "Amor, Sublime Amor " ("Laue, Sublime Laue"). depicting famous lovers such as Diana Aragao LompiOo and Maria Bonita, Marilia de Dirceu, Chico do Silva and other historical characte rs. lts designer is o grupo [B das escolas de Por ordem de entrada, a IN THE 1-8 GROUP, CARNIVAL DEPICTS Roberto D'Rodrigues and the primeira esco/a e a UniQo de samba reune as 12 do antigo Jacarepagu6. uice-campeD no HISTORY segundo grupo e des/ilam na winning samba is by Jorge Barbudo and Mauricio Vov6. segundo-ferro de camavo/, em ana passado do grupo /lA. Ela e celeiro de grandes sambistas The [. B Group of Samba desfile que acaba and it will be parading with 35 co mo Catoni (ex-compositor norma/men te no ter{:Q-!eira de Schools gathers the twelue ranks and 2.500 people, manha. EJas naD tern 0 luxe e da Portela alualmente na Schools of the former Second Vnldos do Cabu!'u also Beija-Flor) e apresentara 0 a beleza das SUDS co-irmos do Group and their parade takes comes with a good plot - "De samba- enredo Mauricela em place on the Monday of Daome a sao Luiz, a Pureza grupo fA mas trazem. N o lte d e Fest a, do Carnival. in a show that usually da MlnaJeje" (From gera/mente, bans sambas e carnavalesco Edson Machado. ends Tuesday morning. They umo p reocuP09QO de dizer 0 Dahomey to Sao Luis. the co m samba de Djandir, Catoni do not have the luxury nor th e Pureness of the Jeje Mine") samba no pe (muitas vezes showing the deuelopment of th, beauty of th eir co· sisters of the esquecido nos grande escolas) , e Danlas. 0 en redo revive uma festa acontecida no [ · A Group, but, in general. they Mines House. from Africa to requisitos que fhes dao a Recife em homenagem a chance de passar para 0 bring good sambas and a Maranhao. a State of Brazil. Mauricio de Nassau e desfilaro concern in properly expressing primeiro degrau, quando The Winning samba is by Ze com 2 mil componentes Maria D'Angola and Grajau ane the samba in their dance (often apenas duos conseguem distribufdos em 30 alas. disregarded now by major realizar 0 grande sonho de se its deSigners are Terezinha juntar as chamadas grondes Em segundo lugar. vem a Schools), which are Monte, Ricardo e Luis escolos como ·MoDgueira, A cademicos de Santa Cruz. requirements enabling them to Fernando . Arranco, the Portela e Beija·Flor, que campeli do ano passado do cross over to the first team. Engenho de Dentro School, wil brilham no domingo de grupo IlA trazendo 0 enredo when two Schools only manage be exhibiting plot "Ou Isto ou cornauo/. sabre a Amazonia e suas to make come true the Aqullo" ("Either This or That ") . lendas e mitos. Devera des/ilar cherished dream o[joining the Para a desfile deste ana a based on a poem of the same grande maioria dos enredos tambem com 2 mil so· called Great Schools like title by Cecilia Meirelies, one of . sao historicos, jirmando uma integrantes. Caprichosos de Manguelra, Portela and the greatest Brazilian womentrQdi~ao dentro dos sambas de Pi/ares vem em terceiro lugar Bella-Flor, that shine in the poet. as adapted by Roberto enredo q ue sempre /oram com 0 enredo Amor, Roquet. The samba is by Siluio Sunday of Carniual. /igados a Hist6ria do Brasil, S ublime Amor, retratando For this year's parade, the Paulo, Wandrey Dededo and Jemas que noo vern sendo os amores famosos como 0 de great majority of plots depicts Ormindo. and the School is mais respeitados pelas grandes Lampioo e Maria Bonita, History, confirming a tradition expected to come with 1, 200 escolas que preferem, hoje em Man1ia de Dirceu, Chica da within plot· sambas which components. Silua e outras figuras dia, os temas onde os always made reference to camaualescos possam soltar historicas. Seu carnavalesco e Brazilian History , themes that Roberto D'Rodrigues e a mais a sua propria no longer are kept by the large samba vencedor e de Jorge Schools which, these days, imaginO\Do. Barbudo e Maurfcio Vov6. prefer th emes where designers desfilando com 35 alas e can give vent to their wildest 2,500 pessoas. imaginations.

•• c •••• .•

• C...........L I H.ST • ••C.

115


A ••• I. Unidos do Cab",u vem tambem com bom enredo De Daame a Sao Luis, a PurezQ da Mlna Jej~ mostrando

0

desenuofuimento

do Casa das Minas, do Africa ao Maranhao. samba vencedor e de Ze Maria D'Angola e Grajau e seus

a

carnava/escos sao Terezjnha Monte, Ricardo e Luis Fernando. Arranco,

Q

escafa

do Engenho de Dentro, exibira 0 enredo Ou Isto ou Aqullo, baseado no poema do mesmo nome de CeCl1ia Meireles, adaptado pelo carnavalesco Roberto Roquet. a samba e de Sylvio Paulo, Wandrey Dededo e Ormindo. e devera vir com 1.200

integrantes. A Imperio da njuca e tambem uma boa esc% e costuma apresentar be/os camovais. 0 deste ana exibir6 o tema-enredo Catoratas da .lgu/J{:u. Lenda de TaroM e Nalpi. Arrastao de Cascadura viTa com 0 enredo RudlJ,

Deus do Amar, do camavalesco Adalberto

Sampaio (0 mesmo do Uniao do Ilha) auxiliado por Jair Cordeiro, com samba de Renato Suquita e Jorginho do Pandeiro. No primeira parte, a

escato mostrara a Indio brasileiro, no segundo, a relCK;oo entre 0 Indio

e

Q

religiao

e no final exibir6

a lenda de Ruda, lenda tupiguarani. Devera desftlar com 1.600 integrantes. Unidos de Bangu tambem tern

tradi,ao no carnaval e seu

enredo, do carnaualesco Emesto Nascimento, E Hoje, a Hlst6r10 do Camavol, mostrara aspectos antigos e novos desta festa. samba e de Batista do Parque, Totonho e Marcos Job e desfilara com 36 alas distribuidas por 1.300 pessoas. No Lins Imperial 0 corn oval e tambem hist6rico pois vira com en redo Meu Padlm Pade CIs;o, foca/izando a figura do Padre acero, venerado em Juazeiro do Norte (Ceara) onde h6 um monumento em sua homenagem com uma estatua em tamanho natural. 0 samba

a

e de Car/inhos Melodia e BUlca e seu carnava!esco e Carlos Manoel Carvalho. o lmperador de Parada de Lucas e 0 en redo do Unidos de Lucas, de Roberto Costa, e e baseado em dois /ivros infantis de Orfgenes Lessa - Mem6r1as de um Cabo de Vassoura e Napaleao, 0 imperodor de Parada de Lucas - e seu carnavalesco e. Carlos de Andrade, com figurinos de Roberto Bastos. samba e de Samuel, Natal, J. Garrido, Wilson de Paula e Alvaro Matos e a esco/a desfilara com 1.400 pessoas contando com 72 destaquese uma ala com 425 crian~QS, com um total de 38 alas. A pen ultima escola a desfilar e a Unidos de Sao Carlos com en redo de titulo grande Quem Dlrla da Monarqula a Boemla. 00 Esplendor da Pr/J{:a Tlradentes - do dupla Gil e Ney, que tambem funcionam como carnavalescos 00 lado de Jaime Aguiar. samba e de Caruso e aliviel e falara sobre a vida da Pro<;a Tiradentes , passon do pe/a

a

a

epoca da monarquia, teatros, bares e cafes, gafieiras, bonde 24, ate 0 Baile dos Enxutos, rea/izado todo ano no Cine Sao Jose, do Pr",a nradentes. Tres mil jntegrantes estarao no desfile que contara ainda com 25 destaques, entre eles, a figura de D. Pedro I. carnavalesco da Portela Viriato Ferreira tambem viro como destaque. Pelo proprio en redo , ecerto que 0 chamado mundo gay estaro presente em varias a/as da escola. Imperio do Maranga e a ultima escola a desfilar, provavelmente a partir das 8 h da manha, e vira com 0 enredo Dos BalOes oos Avloes contando a aventura do homem em sua busea de af~ar v60. 14 Bis (0 aviDO de Santos Dumont), avi6es e foguetes estaroo presentes no enredo criado por Sergio Kautzmann e Armando Martins. 0 samba e de Wanderlei, Pau/inho e Nelson e 0 carnava[esco e Silvinho, 0 mesmo do Unidos de Vila Isabel. A escola devera se apresentar com 1.600 pessoas. •

a

a

Prep'are seu som ete vemo.


Unldos de Lucas, by Roberto Costa, and is based on two children books by Orfgenes Lesse - "Memories of a Broom Stick" and "Napoleon, the components. Emperor of Parada de Lucas" Unldos do Bang(l has also a tradition in Carnival and its .. - and its designer is Carlos de plot, by Ernesto NaSCimento, "E Andrade, with costumes by Hoje, a Hlst6r1a do Roberto Bastos. The samba is Camaval" ("Today's the Day, by Samuel, Natal, J. Garrido, the History of Carnival"), will Wilson de Paula and Alvaro show old and new aspects of the Matos, and the School will be parading with 1,400 people, Carnival revelry _Samba by Batista do Parque, Totonho and exhibiting 72 outstanding Marcos Job , and the School will characters and a rank with 425 Imperio da TIjuca is also a parade with 36 ranks, children, in a total of 38 ranks. good School ond usuolly shows distributed among 1,300 The penultimate School to parade will be Unldos de SOo a good CarnilJol. This year it will people_At Llns Imperial, present the plot- theme Carnival is olso historical since it Carlos, with a long- titled plot "Cataratas do IguO(:u, "Quem Dlrla, da Monarqula will bring plot "Meu Padlm Lenda de Tarooo e Nalpi" ii Boemla, ao Esplendor da Pade Clsso" ("My Godfather ("The Igu<>;u Folls, Legend of PrO(:a Tlradentes " ("Who Father Osso "), focusing-on the Tarobel ond Noipi'). Arrastao figure of Father Cicero, revered Would Have Guessed It, From de Cascadura comes with plot in Joazeiro do Norte (State of Monarchy to Bohemia , to the "Rud6, .Deus do Amor" Ceara, the Northeastern part of Splendor of the Tiradentes ("Rude, the God of Love"), by Plaza"), by the team Gil and Brazil) , where there is a Adalberto Sampaio {the same monument in his homage with a Ney, who also act as designers. of Unlao da Ilha School! , natural size statue. Its samba is together with Jaime Aguiar. assisted by Jair Cordeiro, with a by Carlinhos Melodia and Buica The samba is by Caruso and samba by Renata Suquita and Oliviel and tells about the life of and the designer is Carlos Jorginho do Pan de iro_In the the Tiradentes Plaza, going Manoel Carvalho. ftrst part, the School shows th e "0 Imperador de Parada through the time of monarchy, Brazilian Indian , in the second de Lucas" ("The Emperor of its theatres, bars and cafes. the relationship between the Parada de Lucas") is th e plot of honky -tonks. the No. 24 Indian and Religion, and in the end the legend of Ruda, a "tupiguarani" legend_ Expected to parade with 1,600

tramway, up to the time of the Gays Ball, held every year at the Sao Jose theatre, at Tiradentes Plaza. Three thousand components will be in the parade, that will also have 25 outstanding characters, among them the figure of Don Pedro I, the first Emperor of Brazil. Portela's deSigner, Viriato Ferreira, will also come as an outstanding character.By its own plot, it is certain that the 50 ealled gay world will be present in many of the School's ranks. Imperio do MaranglJ is the last School to parade, probably starting at about 8 o'clock in the morning, and wifl bring plot "Dos Baloes aos Avloes" ("From Balloons to Airplanes"), telfing the adventure 0/ Man in his quest tofty. The "14 -Bis" (Santos Dummont's airplane). aircrafts and rockets will be shown in the plot crated by Sergio Kautzmann and Armando Martins . Its samba is by Wanderlei, Paulinho and Nelson. and the designer is Siluinho. the same as Jar Unidos de Vila Isabel. The School is expected to come with 1,600 people_ •

Use a imagina<;:ao e prepare seu som. Com os graves e agudos, e claro! 0 som das fitas BASF tem brilho e um bronzeado perfeito. Adquira este privilegio e aproveite.Neste verao o"som" nasceu para todos.

i

<J

Amelhor resposta ao "sol".



Mara Caballero

o

Q

cora aumento e Q canti/ena se repete cada ano: 0 carnavol noD e mois 0

mesmo, mudou. 0 de rua, enta~, nem se fo/o: mOrT€U, e

h6 multo repetem.

A memoria e logo vasculhoda e as recordCM;oes contam do tempo do corso,

da batalha de confete familiar e sadia, dos desfiles dos escolas de samba ainda na Rio Bronco quando a disiancio· distancia em todos os sentidos . entre passistas e espectadores (quase parlicipantes) era uma simples corda. Tempos bons, quando o centro do cidade do Rio oinda permitio o canuIuio amena durante as festejos de Momo. Hoje, a espontaneidade . fator indispens{wel para urn born carnavol . doli fai banida, obseruam a/guns, em nome de uma orden09Qo, para muitos indispensauel. deuido 00 crescimento da cidade e da propria festa popular. Mas medir a eXQuslao au marte do esplrito folioa carioca circunscrevendo·se d area qo Centro ou aZona S ui eerro fata/. E preciso percorrer as caminhos das tradicionais lin has da Central e da Leopoldina para se ter certeza de que 0 camaval carioca ainda te m vida longa. Obviamente, noo se pode esperar um carnaval exatomente como 0 de antanho, como do infcio do seculo e ate. a decada de 60, epoca em que muitos come90m a apontar 0 seu declfnio . 0 camoval sub urbano tem seus proprios contomos, muitas vezes delimitado pe10 inf/uencio do carnaval sintetico e mifionario das outras areas do Rio . Andar hoje pelos ruas Parana, Guineza, Cruz e Souza, Dr. BulhOes e Jose Domingues, no area do Encantado e Engenho de Dentro; na Joao Ribeiro e Luis Simoni, em Pi/ores; no Nossa Senhora das Gr~as, em Ramos; no Nova York, em Bonsucesso; na Francisco Franco , em Bangu; na Dr. Augusto Vas concelos, em Campo Grande, e reencontrar 0 camaval familiar e espontaneo das recordCM;oes. Sao dezenas de ruas embandeiradas, iluminadas e ate com sofisticada aparelhagem de som, povoadas de gente brincando, pulando, assistindo a desfile de escolas de samba (nos dois altimos dias , peJo menos, porte das escolas

The chorus increases and the Sing· song is repeated year after year: Carnival is no

longer the same, it has changed. Street Carnival then , it's a fact: dead, dead and gone', they repeat . Memory is then searched and recolledions go back to the time o/"corsos" (cars parades) , healthy domestic confetti· battles, samba schools parades still held at Avenida Rio Branco, when the separation - separation in all senses - between dan cers and spectators (practically participants) was a mere rope. Good old times, when downtown Rio still permitted a friendly conviviality during Mom us festivities . Today, spontaneity - an indispensable factor for a good Carnival - has been banned from the streets, a few comment, in the name of an o rder - indispensable, for many - due to the growth of the city and of the popular revel itself. But to measure the exhaustion or death of the Carioca carousing spirit by circumscribing it to the dowtown area or to the southem zone (Copacabana) of Rio is a fatal mistake. It is necessary to run through the ways of the traditional lines of both Central and Leopoldina Railroads, to be convinced that Rio Carnival still has a long ways to live . Obviously one can not expect a Carnival exactly as that of bygone days, as at the beginning of the Century and up until the Sixties, the time th at many nowadays are starting to point out as its decline . Suburba n Carnival has its own featu res, often delimited by the influence of the synthetic and millionaire Carnival of other areas of Rio. To walk through today by Parana, Guineza, Cruz e Souza, Dr. Bufhoes and Jose Domingues streets, in the Encantado and Engenho de Dentro areas; by Jooo Ribeiro and Luis Simoni streets, in Pi/ares; by Nossa Senhora das Gr~as street, in Ramos; by Nova York street, in Bonsucesso; by Francisco Franco street, ;n Bangu; by Dr. Augusto Vasconcelos, in Campo Grande, is to find again the domestic an d spontaneo us Carnival of reminiscences. You find dozens of streets al/ decorated with little flags , all lit up , having even sophisticated sound eqUipment, full of people playing, dancing


Derolhes do marauilhosa ornomenta.;ao do Rua Dr. Bulhoes .

,

otuo/ presidenre do

Cornoua/ do Henrique Scheid, no foto quando roinha

lanque do Ruo Guinezo letalhes de sua ornamenta~ao

Olho

0

oncinha de Ramos!

desfilo pe/os ruas suburbonas e of est6 uma injluencia inegouel do mais importante ocontecimento do carnaual de hoje: 0 desfile das grandes escolas no domingo). Crian~as, velhos, mocinhas, superherois, clovis e genis conJratemizom os quatros dias por um pr~o bem mais em con to. Ate corso ha: a turma do rua LUIs Simoni fat questao de abrir 0 sabado de camovol como um desfile de mais de trinta carras pelas ruas do bairro, 00 meio dio em ponto. Em comum a essas animadas ruas suburbanas e a per/eita organiz~ao dos festejos. Algumas, como a Cruz e Souza, no Encontado, ja tem uma experiencia - e trad~ao de bom camaval- de mais de trinta anos. Quase isso tem as jestejos da rua Parana; a metode desse tempo tem os da rua Guineza. Os moradores que tomam parte do comissao de festejos de cada rua trabalham em verdadeiro mutirQO: 0 engenheiro de sam instala a aparelhagem, 0 desenhista orienta a decorCJfoo dos postes e meiosjios, eo juncionario publico acaba eletricista mesmo, que a boa i1umin~ao eimprescindlvel. As finon~as sao democraticamente equilibradas pelos moradores e comerciantes da area. A comissao da rua Cruz e Souza pode arrecadar atii CrS 300 mil, uma outra consegue uma boa festa apertando-se em um te~o desso quantia. Mas nao ii regra geral: na Aboli~ao, por exemplo, um benemiirito local, que prefere monter·se no anonimato, do uma revigorante ajuda de atii Cr$ 500 mil para o chope do rua Fe"eira Sarnpaio. E os polfticos, eclaro, sempre conseguem urn caminhao para tronsportar as madeiras do palanque ou alguns metros a mais de gambia"os, que camaval e sempre festa boadevoto. Com essas ajudas extras ou esforr;o proprio, as comiss6es de ruas suburbanas procuram as autoridades encarregadas pela seguran,a e transito que veem a coda ano aumentar 0 numero de pedidos para o fechamento de ruas durante 0 comaval, principa/mente nos altimos cinco anos. A explic~ao dada invariavelmente pelo carioca e um como'lal mais barato, sadio e alegre. E verdade que a idiiia recente de fechar algumas areas para lazer foi rapidamente seguida. Noo sO isso. 0 contfnuo abandono das zonas Norte e

••••••••

the samba, watching samba schools .~ parades (in the latter two, at least, port of the samba schools parade through suburban streets and there you find an unquestionable influence of the most important euent of today's Camiual: the parade of the major samba schools on Sunday). Children , seniors, young girls. superheros, "clovis"· clowns and "genis" forgather during the four days at a much lower cost. You even can see a car parade:· groups of residents of Luis Simoni street make it a question to inaugurate Carnival Saturday with a parade of ouer thirty cars through neighboring streets. at midday sharp. Cornman to such enthusiastic suburban streets is the per/ect organization of festiuities. Some, like Cruz e Souza in Encantado, have already an experience and a tradition of good Camiual - of over thirty years. And festivities in Parana street are nearly that old, while in Guineza street about half as old. The residents participating in the Festivities Committee of each street work in o real division of work regime: the sound engineer instals the eqUipment, the draftsman orientates the decoration of lamp- posts and curbs, and the public service employee ends up as an electrician, since a good lighting is essential. Finances are democratically balanced by both residents and businessmen in the area. The Cruz e Souza Committee is able to raise Cr$ 300 thousand, another manages a good festiuity by making ends meet with about a third of that sum. But this is not the general rule: at Aboli~oo street, for instance. a local benefactor who would rather keep anonymity giues a reinuigorating assistance of up to Cr$ 500 thousand for the beer at Ferreira Sampio street. And politicians, of course. always arrange a truck to cony the wooden planks for the raised platform, or a few more meters of footlights, since Carnival is always a good uote -getting porty. With such extra assistance, or only their own effort, suburban streets committees apply to authorities in charge of safety and transit, that lately have been receiving ev~ year more requests to close up streets during Carniual, mainly for the last fiue years. The explanation inuariably giuen by Rio people is a cheaper, healthier and more cheerful Carniua/. It is true that the recent idea of closing up same areas for recreational purposes is fastly being copied.


I;squina de At the corner of Avenida CQPaCabana Avenida Copacabana com Fifth AVenue. and Fifth Avenue. Aqui no Brasil, asruasquetem telefonepublicovaodarnasruasdasprincipaiscidadesdomundo. Porque nesse telefone esta 0 caminho mais simples e rapido de voce falar com 0 pais que quiser: charnadas internacionais a cobrar. Vocedisca 107 edizparaa telefonista que voce deseja fazer uma charnada a cobrar. Ai voce da 0 seu nome,o pais, 0 estado, a cidade, 0 nUmero do telefone e 0 nomeda pessoa com quem quer falar . E quando voce perceber, voce ja chegou lao Mesmo que voce nunca tenha se imaginado na esquina de duas ruas tao distantes.

Here in Brazil, streets with public phones cross streets from major cities in the world. Because that telephone means the easiest and quickest way for you to call whatever country you wish: international collect calls. You dial 107 and tell the operator you wantto make a collect call.You give your name, country, state, city, telephone number and the name of the person with whom you wish to speak. And before you notice you're already there. Even if you have never pictured yourself at the comer of two such far-apart streets.

Argentina 0 Austria 0 Bahamas 0 Belgium 0 Bennudas 0 Bolivia 0 Canada [j Chile 0 Colombia =:J Denmark C Equator o Finland 0 France C French Guyana C Greece 0 Holland 0 Israel 0 Italy (including San Marino and Vatican) 0 Jamaica 0 Japan 0 Liechtenstein C Mexico =:J Monaco 0 Norway 0 Portugal (including Azores and Madeira Islands) 0 Panama C Paraquay 0 Peru 0 Spain (including Andorra, Baleares and Canary Islands and Ceuta) ~~~~ o Sweden 0 S,vitzerland =:J United Kingdom =:J United States (including Alaska, Hawaii, ~~ EM BRATEL Virgin Island and Puerto Rico) =:J Venezuela 0 West Gennanv.



Um dos mais animados grupos do SubUrbia e a Turma da Bolcetal que chega a reunir perlo de 10.000 fa/iDes no animado carnaval do Rua Joao Ribeiro .

Linda, Linda , linda ..

,,,

Fellmi em Bonsucesso

Suburbana do Rio tomou quase obrigatorias a crio>oo de associo>iies de moradores, de amigos de bairro, ou da rua tal, no tentatiua de fazer funcionar a infra-estrutura urbana de cada localidade. E muitas comissOes de camaual uiram assim ampliadas 00 resto do ana suas atividades. Embora a estrutura seja parecida, 0 camaual adquire uorias formas, tern personalidade propria em coda rua aparentemente iguo/ do suburbio. A Sao Bras - reduto de b%eiros - explora 0 tema na sua decor~ao e tem uastfssima program~ao, que sempre inclui concurso de bate-bala ou clovis nas fantasias injantis, concurso de gajieira, coroo~ao de rainha, promo>oo de corso e des/ile de escolo de samba, soruedouro do despesa mais pesada da festa. Rua suburbana e carnaua/esca que se preze nao pode deixar de se sentir um pouco Marques de Sapucaf, promouendo um pequeno des/ile das grandes escolas. Ate as do primeiro grupo des/ilam, sem euidentemente a maioria dos carros e a/egorias que nunca sobreviuem 00 desjile principal. Mas a bateria esM 16 bem representada e, por modica quontia pogo pela comissao da rua, quem nao foi a avenida tem uma ideia de perta do que foi a des/ile . Na Cruz e Souza a organizo>oo e tal que exibe ate uma pequeno arquibancada para melhor visCio. Gratis, e claro. H6 quem fat;a 0 chamado pula-pula, de maior agrado dos jouens. E mus;co 00 vivo 0 dio todo, multo chope ...e 0 unico polavra de ordem e sambar. E 0 que acontece nos quase vizinhas ruas LUIS Simoni e no Ferreira Sampaio, comandadas pelas turmas do Bolcetal e do Tramela, respectivamente. As turmas, que cobram uma mensalidade em tome de CrS 100,00 de seus membros, silo quase embrioes de futuros blocos de embalo. A exigencia das turmas restringe-se acomiseta com 0 nome do turma impresso, tamanco e anim~ao. _

••••••.-

And not only this. The constant neglect of the northern and suburban zones of Rio has' made practically obligatory the creation of associations of residents, friends of neighborhoods, friends of such-and-such street, in an attempt to put in operation the urban infra · structure of each locality . And many Carnival committees have thus seen their activities extended throughout the rest of the year. Although the structure may be similar, Carnival acquires several different forms , it has its own personality in each apparently identical street of the suburbs. Sao BrOs street - home of the paper balloonists explores this theme in its decoration and has an extensiue programming which always includes a ball- playing contest, or a clown contest jor children costumes, a "ga/ieira" (honky·tonk) contest, crowning of the queen , promotion of a cars parade and parade of the local samba schools, the heaviest-costing of the whole party. A suburban and Carnival-loving street proud of itself cannot but feel a little like the Marques de Sapucaf Avenue, by promoting a small parade of the large schools. Even samba schools of the first group parade there, eVidently without the largest part of its cars and allegories which never suruiue the main parade downtown. But the band is there, and well represented, for a small sum paid by the street comittee. WhoelJer misssed the main parade at the Auenue can have a close view of what it was like. And at Cruz e Souza the organization is such that they even display a few rows of seats for a better view. And, of course, free of charge. Some promote the so- called "pula-pula" (literally jump -jump) Carnival, better liked by youngsters. It is live music th e whole day long, plenty of beer, and the only word of command is 'dance the samba'. This is what happens in the nearly adjancent. Luis Simoni and Ferreira Sampaio streets, commanded by the Bolcetal and Tramela groups respectively. Th e groups, that charge a monthly fee of about CrS 100, 00 from their associates, are semi-embryos of future Carnival blocks . The only requirement of the groups is the use of a T -shirt wi.th the name of the association printed on, Q pair of wooden sandals and a lot of gas.


Um olhar par ruas como a Joao Ribeiro, hoje, ever um mar de gente brincando ~o carnaval que se pensou ter morrido. E encontrar uma batucada em cada esquina, e redescobrir ciganas, morcegos e gregas, sempr~ na dupla de cores da escola preferida. Ever tambem um personage m que nao novo no tempo, mas nas 6reas norte e suburbana, sardo de seu reduto tradicional na periferia da cidade (Campo Grande, Padre Miguel, Pedra de Guaratiba): e 0 clovis, cetim colorido escondendo cada centfmetro de pele, mascaras de tela de arame, cabelo de la, olho esbugalhado e ch upeta . batendo forte no chao sua bexiga de boi, geralmente em grupo, anonimo, disfar<;ando a voz. Talvez perdendo uma caracterfstica de quando se limitava azona Rural: 16, onde todos se conhecem , a possibilidade de trotes e maior. Se 0 d6vis chegou ao subilrbio, e da regiilo do Encantado e Enge nho de Dentro que est6 ressurgindo um outro personagem, alegria da garotada do bairro nas decadas de 40 e 50. Silo os bonecos do Germano - este um senhor hoje aposentado, cego de um olho, ex-dono de loja de bicicletas e de carvoaria -, que h6 mais de quarenta anos criou os bonecos de mais de quatro metros de altura com estrutura de bambu e rosto e moos de barro. a boneco principal era sempre a marchinha de sucesso daquele camaval: assim, marcaram epoca a jardineira, a nega do cabelo duro , a galinha carijO. A garotada olhava com extase a trabalho de seu Germano, que hoje ve seus bonecos mu/tiplicarem-se pelas ruas suburbanas e feitos pe las maos daque les mesmos garotos . E seus seguidores nao se resumem dquela area, mas estendemse aPiedade e ate Mage, do o utro lado da bala. Tudo parte de urn camaval ainda noo veiculado, que teima nao s6 em resistir, mas crescer, gra~as a um trabalho anonimo de comunidade que - num aparente paradoxa - se fortalece quanta mais se massifica ou artificializa a sua talvez mais rica manifestc¥;ao popular. •

e

mile. muita pu rpurina e soir par of..

One look at streets like Jooo Ribeiro , these days, is to see a sea of people playin that Carnival said to have been dead. It is I fi nd a "batucada" (Brazilian rhythmic music, usually played with drums, tambOUrines, and other percussion instruments) in every corner, it is to rediscover gypsies, batmen and greeks. always in the double colors of the favorite school. It is also to see a character which is not new in time, but only in northern and suburban areas, an exile /rom its traditiona abode in the outskirts of the City (Campo Grande. Padre Miguel, Pedra de Guaratiba). It is the "dovis"·down, colore satin hiding every centimeter of skin , mas~ made of wire mesh, woolen hair, popeyes, and a pacifier - beating hard on the gro und with its ox· bladder, generally in groups, nam eless, unknown, disguising hi voice. Perhaps losing a characteristic proper to the time when it was restricted to the rural wne: there, where everybody kno ws each other, the possibility of banter is greater. If the "do vis" ·clown reached the suburbs, it is from the Encantado and Engenho de Dentro regions that another character is re- appearing, the reason for merryment of all the trkids neighborhood i the Forties and Fifties. They are the Germano dolls - old Germano, retired now, blind of one eye, former owner of a bicycle-repairing and coaf- vending store who more than forty years ago created figures over four meters high made with bamboo structures and face and hands of clay. Th e main doll always depicted the successful sam ba of the year's Carnival: WI have had a "Jardineira" (literally she · gardener), a "Nega do Cabelo Duro " (literally negress with kinky hair). a "Galinha Carij6" (literally black· and· white spotted chicken). The kids used to watch Germano's worJ with awe. and Germano sees today his to!, multiplied all over suburban streets . made by the hands of those same kids. A nd his foelowers are not restricted to that area, bu extend over to Piedade and Mage , o n the other side of the Guanabara Bay. All part of a Carnival that has not yet been advertised and publicized, that stubbornly not only resists but is also growing, thanks to the anonymous wo rk 0 a co m munity that - in an apparent paradox - gets ever more stronger the more its perhaps most rich popular manifestation gets massified or artifical . •


D....

1"~~",,,",,,,,, "" " , """'8~:.f,,/~ " _"

'",

"' -

c...,

I ,

'-'

••

• • t ttt

••• •

Pela maior frota de Boeing 727 cia America do Sui. ~~?a~ ~~ ~~~pre um Boeing 727 da Transbrasil voando para algum lugar do Pais. Por uma raZ30 muito simples: a Transbrasil voa sempre trijato Boeing 727. Basta voce escolher 0 dia, 0 horario ql/.-i eo destino. Fale com a Transbrasil e seus agentes de viagem. .....,. . . .•• E voe pela maior frota de Boeing 727 da America do SuI. • ~~ ~7 ~ ..... • .. ~~

~8'''.S

I~

Brasil ecom a gente


Servidas em bandejas,

mexendo-se sobre as bandejas de abre-aJas e alegonas, os seios mrogantes, as bundas em desafio, exibem-se elas mulheres, femeas-flor dos desfiles das eseolas de samba de agora, pastoras dos novos

tempos. C6 emboixo, no pis/a, assistindo 00 desfile, um naobrasileiro entra em parafuso, perturba-se e perde suas referendas cultas, ciuilizadas e denh]icas, en/ouquece de veT

tanto generosidade morena. De ver tanto sangue feruendo nas ueias de tontas m ulheres sem igua/. Nos arquibancadas cresce ogrito, 0 UJTO, 0 uirJo, Viua a beleza!

0

aplauso:

Vi"a a nudez! Que leua 0 homem a reviver os instintos e sentimentos primeiros. o nu sempre esteve presente

nasfo/ias camaualescas. Nos corsos anngas, era mais a libero;;ao de emQ!;Oes, sentimentos e fantasia. Quando o nu erom pemas que se balan~auam,

Seruidas em bandejas, mexendo-se sabre as bandejas de abre-alas e alegorias, as sei~ arrogantes, as bundas em desafio, exibem-se elas - mulheres, femeas-flor dos desfiles de escolas de samba de agora, pastoras dos novas tempos.

sedutoras, sobre

cap6s de autom6ueis, ligados

entre si por extensas redes de serpentinas colondas. Nos desfiles das Grandes

Sociedades, 0 nu erom coxas e bra,os mais para grossos, que incendiauam a imagin~ao de

senhores encasacados e encartolados, a veT suas divas passarem sabre carros aureolados pela luz dos foguet6nos. Nos ranchos, 0 nu se sugerio nos uestidos curtos das

125


NUDE WITH RHYTHM

Down below, on the avenue, watching the parade, a non Brazilian is passessed by madness, gets all upset and loses his cultured, civilized and

scientific references, and raues at seeing so abundant twany generosity. At seeing so much blood boiling in the veins

of so many unique womet .. On the side rows of benches grows the clamor, the shout, the howl, the applause: Cheers to Beauty! Cheers to Nudity!

leading man to revive his

)resented on trays, swaying atop the opening cars of Carnival parades and aIJegories, leir breasts in arrogance, their buttocks in defiance, they exhibit themselves - women, emale flowers of the Samba Schools parades of our days, the samba dancers-singers (pastorasj of the new times.

primitive instincts and feelings. The nude has always been present in Carnival revelries. In the old Corsos, car parades, it meant more the release of emotions, feelings and fantasies . Then it was restricted to legs swinging, seductively, over cars' con vertible tops, the cars tied one to the others by long -reaching nets of color/ul serpentine. In the parades of the Grandes Socledades (Great Societies), the nude was more than full thighs and arms, which flared up the imagination of gentlemen in swallow-tails and top hats, watching their goddesses pass by on allegoric cars haloed by the lights of thousand fireworks . In the Ranchos, groups of costumed people who sang and danced on parades, the root of today's Samba Schools, the nude was suggested in the short dresses of the naive butterfly- dancers. In balls and masquerades of high society's Carnival, the nude was a Sinful insinuation,

involved in an aura 0/ squirted perfume.

1?~


, A maior entt~ dade de poupanp do PaisPta avontiidepara J#rmar que asua Caderneta de

Poupa,np,aincia. e 0 melhorznvesttmenta que existe no meriado. Abroveitapara lembrar que pou-

panp e tambem ~ Poupar, enfim, homemlea por t!lf<!'Porarnovas eo conJUnto um amanha 1JU ideids, iniciar bons de tucio que um rico, digno efelt. hiibitas, culttvar CAIXA ECONO-MICA FE'DER' e,speratifaJ mais ,. Justas egenerosas.


o nu camavalesco - pelo menos 0 dos desfiles das escolas noo e mais safado (como 0 dos corsos), malicioso (como 0 dos ranchos) au pecaminoso (como o dos bailes fechados, elegan~es de antigamente e de agora). E camal mesmo, inteiramente

momesco, sem compromisso, documento ou obri90fOO. Nu brasileiro, inocente como a nudez dos nossos Indios, mas sapiente como s6 0 pode seT 0 nu carioca, tropical. Nu que

perturba pe/o impudidcia, mas tambem pelo surpreendente pureza. Nu do adulto que sabe, mas tambem da crian~a que aprende. E, porque aprende, rebala e se mostra nos bloeDs dafolia. Rio uma cidade - talvez a uniea no mundo - que predispOe iinudez.Osfundamentose raz6es de tal comporlamento, que as estudem as soci61ogos e antrop610gos. Poucas paisagens humanas sOD tao bonitos quanta a que se estende ao longo do

o

e

litoral carioca e /az ponto no praia

de Ipanema. Onde nasceu a tonga - virou sucesso entre

europeios e americanas como ... roupa fntima! Onde 0 monoqulni, alinal, encontrou tenitorio liure. a nu praiana e, porem, urn

nu que chama para si, que recolhe, que introjeta. A luz do sol, 0 calor dos olhares, a admir<>;oo de que se faz alvo. Urn nu sem inten~oes, que nao se do nem se oferece. J60 nu camauatesco e diferente. Eurn nu generoso, que se oferece e se da por inteiro, que se reaI~a no

movimento, no ritmo, no dan~a. Que noo se introjeta, mas extroverte. Uma coisa e um monoqufni no praia, as seios repousando sabre a toa/ha ou areia, bronzeando-se 00 sol em placida postura, meio indiferente aos o/hares; outra converso sao os seios se balan~ando no ritmo de surdos, pandeiros e

tamborins, a corpo ansioso em sair de dentro de sl mesmo. Um nu primordial, que devolve ao homem a fo",a seminal dos primeiros tempos.

128

present days). Ilis really carnal, entirely Momesque, with no commitments, document or obligations. Brazilian nude, innocent like the nudity of our Indians, but knowledgeable as only the carioca, tropical nude can be. A nude that disturbs by its unchastity, but also by its surprising innocence. The nude of the adult who knows, but also of the child who leams. And since she learns, she sways and displays herself in the revelry blocks. Rio is a city - maybe the only one in the world - that predisposes to nudity. The foundations and reasons for such behavior, let the sociologists and anthropologists study them. Few human panoramas are as beautiful as that which extends alongside the Rio coast and makes a stop at Ipanema beach. It is where the tanga was bom - which became a success among Europeans and Americans as .. an intimate garment! Where the monokini, at last, found a free temtory. The beach nude is, nevertheless, a nude that draws to itself, that collects, that introjects itself. The sun light, the stares' warmth, the admiration, of which it is a target. A nude that has no hidden intentions, that neither gives itself nor offers itself. Now, the Carn ival nude is different. It is a generous nude, offering itself and giving itself in full , which is enhanced by the movement, the rhythm, the dance. That does not introject, but instead extrojects. One thing is a manakini on a beach, the breasts resting on the towel or even on the sand, getting tanned by the sun in a placid posture, half indifferent to the looks. And something else is the breasts swaying at the rhythm of surdo drums, tambourines and timbrels, the body eager to get out of itself. A primordial nude, which gives back to men the seminal force of primeval times.



ingen uas pastoras-borboletas. Nos bailes e mascaradas dos camavais do alta sociedade, a nudez era pecaminosa jnsjnu~Qo, envolvida em aura de lanl'a-perfume. Nas escolas de samba dos primeiros tempos, a nudez nem

se fazja presente: as mulheres se vestiam de baianas e damos

antigas e se nudez havia, era depois. nos livres embotes do amor do povo, gostosas pr6ticas er6ticos, sem complicar;oo. Mas as escolas de sambo mudaram muito a apresento!;oo dos desfiles. Ate mesmo 0 andomento n1mico mudou, evoluindo para urn /renesi maior:

o que, eVidentemente, exigiu

urn DUtro carater de passo e danl'a. Mais ardente, pingando

suor, requerendo menos TOUPO, pora melhor liberdade de mouimento. 0 nu ue/ado comel'Ou a fazer-se, entao, pele nua e pedor;;os cada vez maiores . e melhores - de corpos negros, broncos e sepias com~aram a morear prese~Q nas passareias. E fez-se 0 nul Como se fez a luz. Mas 0 nu, nesses altimos

tempos¡ predsamente desde a explosao da desconcertante Beija-Ror de Nilopolis -, ganhou urn caroter a mais, assumiu sua natureza perturbadoramente erotica. Evidentemente sob 0 genio de Jooozinho Trinta, 0 mesmo que proferiu a frase po/ftico-fil0s6fico-antropol6gica perfeita, slogan do momento naconal: "Quem gosta de pobreza e intelectuaJ': Jooo Jorge Trinto reinventou 0 nu no

samba - que nao e urn nu

ingE!nuo nem urn nu vu/gar-

investiu-o de natureza er6tica (mas nao g~nital), exuberou no culto ao corpa, soliou-o de qua/quer preconceito ou classifica;:ao, fez do nu um conceito novo dentro do camaval-desfile. Um conceito que vem sendo absorvido par todas as demais escoias, noo no sentido da copia, da imita;:ao, mas no sentido da incorpor~ao de um modelo que se revelou ....~~___ eficaz e enriquecedor.

In the early Samba Schools the nude was not even present: women used to dress up in bahlana and court-ladies costumes, and if any nudity existed, it was afterwards, at the free love battles of the people, delightful erotic practices, without any complication. But the Samba Schools have changed a lot in presenting their porades. Even the rhythmic pace changed, evolving into agreaterfrenesi. Which , obViously, demanded another kind of step and dance. More ardent, dripping with sweat, needing less clothes, to have more freedom of movements. The veiled nude then started to become nude skin, and ever larger - and better - chunks of negro, white and dark brown bodies began to be presented at parades. And the nude was created! Just as light was created! But the nude these last daysprecisely since the explosion of the disturbing Belja flor de NII6polis - gained one more feature, took over its perturbingly erotic nature. EVidently, under the ingenious direction of Jollozinho T rinta, the same who expressed the political/y, philosophically and anthropologically perfect sentence, the slogan of our national moment - "Only intellectuals like poverty!" Jollo Jorge T rinta reinvented the nude in samba, which is not a naive nude nor a vulgar nude, and vested upon it an erotic rather than genital nature, lavished in the cult of the body, freed it from any prejudices or classifications, made the nude a new concept within the Camiuai porade. A concept that has been absorbed by all the other schools, not in the sense of merely copying, imitating, but in the sense of incorporating a pattem that proved to be effiCient and enriching. The Cam ivai nude - at least that of Samba Schools parodes - is not shameless (like in the Corsos), wanton (like in the Ranchos), nor sinful (like in the closed elegant balls of old and


,~THEA.B.COFREVELRY@!:!-- .. FRANCISCO DUARTE eurn dos mais comperenres pesquisadorfs de assuntos brasileiros, em parrirular as que se re/erem a Rio, samba e carnat/al . Na edj~ii. o dos det anas , ele rel/eia , em tom alfaber ico, qlwis [aTam e quais sao as componenres fundamentais a folia. Ou, de acordo com a linguagem adorada especia/men te para esle arrigo , 0 ABC das Ferramentas Motivadoras de Funfl:anatas, Jocosiclades e Folganc;as de Nosso Semp iterno Ca rna val Carioca.

FRANCISCO DUARTE is one of the most competent researchers in Brazilian matters , panicularly [hose referring ro Rio de Janeiro , samba and Carnival. In [h is T en Year Edition he reveals, alphabetical wise, which were and which are the fundamental componenrs of Revelry. Or, adhering w the language speciall )· employed in chis aTticle, the II A#8·C of the Motivating Tools of Frolics, C heerfulness and Sprees of O ur Everlasting Rio Carnival".

Camawl e isso! Esal e pimenta, aplcar e rn£l , Ii anticastidade. lr-se onde se quer, wltar quando a/JroUver, radar sem destino, doido na cidade, buscando como alw um sonho de mulher! Hd fun~natas, ou seja, patuscadas. Hd pandegas, lui t'TO\'a5 e troeas na fun¢o. Hd jocosidades, lui gracejos, lui piadas. E folgan~: brinquedo, festa, · - I dwersao. Fazer Camaval e brincar com sol e chuw, cantar rindo feliz sem ter dinheiro. Beber sem comer. 0 ano inteiro, soIrer sem reclamar e vingar-se em fevereiro, vivendo urn s<inho ewoo e anormal. Vibrar de fara para dentro, num clima artificial. Estar sem seT. lsso Ii Camawl!

Sao ferramentas do nosso ABC:

This is CarniwI! Salt and pepper. Sugar and honey. Anti-chastity. To go wherever one feels like, come whenever one wants. To go about at random, crazily, all over town, seeking as a goal a dream woman! You find frolics, mirth. You meet metrymaking, and jests, jokes and jokers. You see cheerfulness, drollery and fun. EtJerything is entertainment: plnying, feast, enjoyment!

To piny Carnival is to piny with sun and rain alike, to sing in Inughter, happy, even if you're broke. To drink, but not to eat. The whole year long to suffer with not a single complnint - and to get etJen in February, living an ethereal and absurd dream. To throb inside out, lost in a feigned environment. To be without being. This is Carnival!

Our A.B-C possesses tools such as:

"A" de adepto da alegria, que se ap6ia em aguardente afrodisiaca e araca de adufo ou agogo. Fanrasiado de Arlequim, ele agarra num aCn-0f0. Aparecem afoxes e atlUitam alegorias ambiciosas e ambivalentes. Apetrechos alegres sao apitos (agira¢o afinada do samba) e ade~os (adornos de pendurar na cabe;a, arelhas, nariz, pesccx;o, brOfOs, tamozelos, quadris e are no umbigo) como acaIantos afarmoseadores.

"A" - far joy-addict, who acts spurred by aphrodisiacal aqua-vitae, and atracks with African musical instruments called' Adufo' and 'Agogo'. Arrayed as a Harlequin, he abandons himself in your arms. 'Afox~s', Carnival processions, appear all around and there are many ambitious and ambivalent allegories. Afire, you toot to aca:rmpany the amazing agitation of the 'Samba'. And you abound in ornaments allover, on your head, ears, nose, neck, arms, ankles, hips and etJen on your belly-button, as an alluring attraction.

"8" de Bisnagas de espremer, que eram bdsicas nas baraIhas do entrudo, banhando a briga buf6nica de borrifa¢es impuras. De bonde brilhou 0 banze bacante. Brilhantes eram as borboletas (de ranchos) borbulhantes de beleza. 80m tempo das beIdades com barretes frigios barendo briguenras na mao dos "bolina" (que beliscawm as "boas") nos blocos burIescos. "B" de Bafo cia O~, de Beija.Flor, de Bola Preta, de birita. Basta, ou busca h.hbn •• hnlrnu'muin balaneandiies?

"B " - far 'bisnaga', the perfume-squirter used in Carnival, a must in the 'entrudo' battles, bathing the buffoonish brawls with bad-smelling besprinklings. Bacchic rites tum into brazen frolics. Brilliant were the butterflies brimming with beauty. Time of belles using Frigian bonnets, bawling out brassy brats trying to get a feel by pinching their buttocks in burlesque blocks. "B" also far 'Bafo da On~a ', 'Beija.Flor', 'Bola Preta' and so many other Carnival groups. Also far 'birita', which is another name far 'cacha~a ', and 'bahianas' beaming with bangles and beads.




"C" de Camaval! E 0 <DUro rome com a cuica eo cavaquinho (componentes confirmados) chorando roisas no rolo de colombinas de curws cintilantes. Anteontem, elas conquistavam seus "candidatos" com cabacinhas de cheiro (bolinhas de cera rom perfume). Ontem era o corso cantando nos carros da Avenida. Hoje sao os Clowns-C16vis centeiuirios, mas que continuam Clm"endo e cercando criaTl{<lS na.s cercanias da cidade. Calossal era 0 Cordiio dos ~dores de Veados. Calorijiro e0 Cacique de Ramos. Coisas continuas aJmO a chuva e o confete, carinhos roloriclos caidas clo aiu! "D" de Diabos, dantes daTlfilntes ern closes dantescas. Diaboes e Diabinhas! Domin6s e Dan~rinas da'1flItItlm desrontraidas. Aos Don Juans debochoclos desancava-se cloidamente e Damas e Dulcineas debulhant:Urse ern lizgrimas, desnorteadas, desmaiavam. Era divertido. D'agara Destaques douraclos ciao fOT>£! ao desfile divertido clo samba. 0 Deixa.Falar era debique clos "clonos" clo EsWcio de clonos de lingua desavisada.

sa as

"E" de Entrudo, esbamia esrapafUrdia e esronteante, ern que esCOUravam estalos

de cheiro ("traques ocloriferos" carn fragrdncia boa ou nul!). Embaixadas faram enonnes entutrna¢es espanraneas de bairros, encabe,adas par estandartes estampaclos. Escolas de samba hoje sao 0 em das "ernbaixadas" ernbaladas no bairro clo EsWcio de Com esculturais filhas de Ebano e Eros ebUmeos, envoitos ern engra,adas embalagens escecicas. Ewe, Evas!

sa.

"F" de Fevereiro e a folia efatal. Fala 0 fole e ferve 0 frevo no Recife. As feias ficam felizes fazendo fantasias, farma fantascica de fa1sear a face. Fazern falta faros de ontem. aJmO a famosa Festa das Flores (Batalha de Flores clo Campa de Santana) ou as falenas feiticeiras (jugazes barbolerasmulher) folgando ern farces fun¢es. No Rio de hoje, a farra se faz com uma frigideira "falante", frirando frenecica a faceirice de uma foliO. fagueira. "G" de Garua. De gordos que, guapas, ganharam outrara 0 domingo da gandoia, na gra,a de gaiatos que giravam pela Galeria Cruzeiro (giroctntrico garno clo camaval de entiUJ), gritando: "Voce me carthece?" e gargalhando goza¢es. Guarda-chuvas gesciculam nos frevos. E na.s gafieiras, gaforinhas - rom "gill" mas sem Hgaita" ~ garantem a ginga, no gargalo de garrafas geladas. No gozo da galhofa ate gaitas de boca sao galanteios gracificantes.

"H" de Hinos (clo Camaval, clo F/ornengo, clo America, clos dubes toclos) clo hiperb6liro Lamartine Babo. Parte clo hiruirio harmimiro feito para 0 /ulbito -

.f': ~,.:, ~ I. [. . . . . ..I!!:Iiiiii .......... .•.•. '.'<- .. "

-

."

.,.

"C" - far Carnival! And the calfskin with which the instrument 'cuica' is made cry out crazy cadences, while Columbines, with cintillating curves, carelessly string the small guitars called 'cavaquinhos'. In the past they conquered their murting candidates with smell- 'cabacinhas', small wax balls filled with perfume. Then it was the 'corso' caravans of cars singing in the Avenue. Now we have the centenarian Clovis-Clowns, continuously captivating and charming children in the cities. Colossal was the 'Deer Hunters Group'. Catchy is the 'Cacique de Ramos'. Constant cater like rain and confetti are colorful celestial caresses!

"D" - far 'Devils'. In old days dancing demons in Dantesque closes. He-devils and dainty she-devils! Darninoes and dancers in daring didas. Debauchee Don Juans in dazzling duels while Damsels and Dulcineas dissolve in tea", distressed, in dismay. That was diversion! These days, golden 'Destaques', outstanding Dolls and Dancers, enhance the dramatic parade of the 'Samba '. The 'Deixa·Falar' tune was a gibe by Esracio de "dukes" to dames with imprudent disaJU"e.

sa

"E" - far 'Entrudo', the original Carnival revelry, an extravagant enticing argy, where foul ar sweet smelling crackers, 'estalos', exploded. 'Embaixadas', literally Embassies, were large spantaneous entertainment enterprises emerging in suburbs. 'Escolas de Samba', literally Samba Schools, are today the echo of the elder Embassies of the Estacio de sa suburb. Exuberant sculptural eternal daughters of Eros and Ebony, enthralled in exquisite aesthetic ecstasy. Ewe Eves!

"F" - far February when foUy is fateful. Fancy flares and the 'frevo' dance is in fervency in Recife. Frustrated freaks put on fancy-dresses, a fantastic farm of falsifying the face. Past facts are missing, like the famous Flower Party, a battle of flowers in Campa de Santana, ar the Bewitching Fays, fugacious warnen-fairies in fickle functions. In today's Rio the feast is clone with the fabulous 'frying pan', frenetically flaunting the foppishness of a gracious warnan. UGH ~ jor'ganza', Tattle, and/or 'ginga', swing. Also far gaiety, glee, gala, glitter, gaudery. Gangs of gaudy dandies, who gyrated around Galeria Cruzeiro, the then gyrocenter of Carnival, gaze at groups of graceful giggling girls in gauzY garments. In 'gafieiras', dance halls, plenty of'gas' but no 'greenbacks'.

"H" - far 'Hymns' (Carnival, Fiamengo, all other football teams hymns) of the hyperbolic Lamartine Babo. Part of the harmonic rollection of hymns designed far the habit - nowadays hypotheticalof singing during Carnival. Having hard cash, histrionic Hymens with Hawayans, Helvetians, and many other Hellenic warnen would happen. Hermeneutics of Carnival: hiatus (interval) /ram ar hiphen (a bind) to a mental institution!



hoje hiporetico - de cantar no camawl. Se haveres houvesse haverin himeneus histTiOniros cam havaianas, holandesas, helveticas, sei la quantas HeJ.ena.s.-mulher! Heureca! Hermenfutia1 do CAmawl: hiaro (inrervalo) au hifen (trllfo de unido) do hospicio!

"I" de Instrumentos (de sopro, de corda au perrnsslio) inadiizveis e indi.spensaveis, impondo imperios do samba, como a Imperio Serrano, Imperio da Tijuca (hoje quarenido!), do Mangangd, sei la quantos. "Is" de idade (que se iUu:le, mas ndo se impede na folia); de idioma (porque intercornunicar-se ndo eimperativo); de ideias (de que vive), de ilus6es (como vive), de imagens dos quais vive 0 CAmawl. lneviuivellembrar a Independentes de Padre Miguel e a Imperatriz Leopoldinense! "J" de Janeiro, quando 0 jogo jacundo jd justifica juras iIs jambetes (mulata de pele azeitonada, avermelhada au roxa), materia-prima juncada de juntas jogantes. No passado, 0 Jongo fo; jaculat6ria sonora donde jorrou 0 samba, para jtibilo de jovens e jeitosas jardineiras. "J" de Jamelao (cantor) e de jUri, sempre j6ia au joio. "K" de Kananga do Japdo (clima da7191nte do passado). Ki koisa! 0 "K" antes kilometrica, cam kilos de vocdbuIos, hoje esui reduz;do a Kafka (e ndo e0 camawl"kafkaniano"!) e Kitsch, tambem este, obra camawlesca nacionalista' "L" de Linguas-de-sogra (jocosas esPichos sonoras) e 1im6es de cheiro (iguais iIs "cabacinhas"), longinquas lembran,as do ndo lisonjeiro enrrudo lusitano. De lan~-perfume, um lampejo (no ien,:o), sem limite Iauclanica de longo lastro. De Iabios (de beijar), de len~6is (de brincar), au de Iagrima, languida lembr~ salgada.

"M" de Mascaras, magnifica modo de maneirar nos mok/.es momescos. De Momo malandro au de Mulatas, maI.emol.entes e mandingueiras, magneticas motivadoras de massa como a Mangueira, mtiltipla de mocidade verde e rosa. CAm Mocinha (porta-bandeira) e mestre-sa/a (Delegado)!

"I" - for instruments (wind, strings or percussion instruments) unpostp<inable and indispensable, imposing 'Empires' of 'Samba', such as 'Imperio Serrano',

'Imperio da Tijuca' (already forry-years old!), 'Manganga', and many others. "I " for idiam (since to intercammunicate is not imperative); for ideas (on which CArnival lives); of ilusions (how it lives); of images (from which it lives). It is inevitable to recall 'Independentes de Padre Miguel' and 'lmperatriz Leopoldinense ', major Samba Schools.

"J" - for January, when the jocund jesting already justifies cows to 'jambetes ' (mulatto girls of olive, reddish or purplecolor skin), raw material full of swinging joints. In the past, 'J ongo' was a sonorous jaculation fram where the 'Samba' poured forth to the exultation of jolly 'jardineiras'. "J" for Jameliio, a samba singer, and Juri, judging the parading Samba Schools.

"K" - for 'Kananga', an old Japanese daHce. How Kame! The "K" that used to be kilametrical, with kilos of words, is reduced today to Kafka (and isn't CArnival Kafkian!) and Kitsch, this likewise a nationalistic CArnival creation.

"L" - for 'ungua-de-sogra ' (joking sonorous scretching to)'s) and 'lim6es de cheiro ' (similar to the wax 'cabacinhas'), long-lasting relics of the L!<5itanian 'entrudo '. For ' Ian~a-perfume ', perfume squirter - juยงt a light sniff and there is no laudanic limit to lasciviousness, lust,

libertinism, lechery. For lips - to kiss; for linen - on the bed, to play games; or for lament - languid longinR.

"M" ~ for masks, a magni/icient means of make-believe the mom ices way. For Mamus, the rogue, or 'Mulatas ', mellifluous maddening witches, magnetic motivators of masses such as the Samba School 'Mangueira ', a multiple green-androse masquerade, with 'Mocinha ', the standard-bearer and Master of Ceremonies 'Delegado '.


Othon Hotels Where the guest rates five starstj

IlIOOTIiON PALACE

lWPEllALOTHON PALACE - FORTALEZA

INTERNAClOI'IALOTHON PALACE - J.i!CIFE

BELO 1I0lUZONTI! OTHON' PALACE - 104 0

Observe carefully when you stay at an Othen Hotel. Notice the personalized servi ce, the comfort, the attention to the smallest detail and the feeling of being welcomed by people who have transformed true hospilality into an art. It won't take you long to realize that the most important element in an Othan Hotel is you. You 8TC the center of atte nt ion and the reason for being that motivates a staff specialized in knowing how to mate you feel at home from the efficient manner in wich

BAHIA OTIION 'ALACE - SA L VAOOR

OTHON'ALACE-sAOPAULO

your reservat ion request is fir SI handled and confirmed, to the frie ndly way you 8rc greeted upon arri va l right down to the warm, simple smile of the room maid you pass in the hallway. And regard less of which of th e 17 Oth on hotels in Brazil you may choose, you will know and appreciate thai , above all, its foremost quality is its dedication to your satisfact ion.

where you rate five stars RIO DE JANEIRO. SAO PAULO. FORTALEZA. RECIFE. SALVADOR. DELO IIORIZONTE. FLORIANOPOLIS


fiN" de ninfas negras, nottiveis ferramenta.<; de ruidegas nuas, notabilizando TU<eTlfll5 nUbeis na noite ciomingueira. Num tempo nostdlgico, narizes pos~os nulificavam rosros; e navalhas neroosas eram noOCia navalhando nelJfiros nMios. Por norma, no Camaval, s6 namoriscar; namoraT, nao; e noiOOT, nunca!

''N'' - for negress nymphs, notable naiads of naked posteriors, nudging with nubile nuances in the festive night. In nostalgic times, false noses nullified faceJ, and nervous knives made news, nastily slashing nifty neophytes. As a norm, during CArnival, only necking; no wooing; and never nuptial vows! 'fO'" ~ /or oneiric opportunities, object of oblations to the Obese and Official CArnival God. For street ornamentation; for orgy, both collective and ostentatious; for orchestras; and even for oversized odalisks. "0" oriented toward feminine odor. Osculum, oasis, oath, oblivion, and the omnipresent 'Oxala' deity. Finally "0" for 'Pra~ Ooze', unforgettable in the opulent and obligatory undulations of old-time CArnivals.

"0" de Oportunidades oniricas, objero de obla¢es ao Deus Obeso e Oficial. De omamen~o (das mas), de orgia (coletiva e ostentaWria), de orquestras, de orvalho (da madrugada, da vida e da poesia) e are de odaliscas oxigenadas. "0" orientado para 6culos coloridos, para ovos de cheiro, para 0 olor e 0 odor feminis . De olhos, de 6sculos, (O<isis, oxaJa onipresente) ontem como sempre. Finalmente "0" de Orne (Pra,a Onze) inolvidavel nas opCparas e obrigaWrias onm,la95eS momescas de outrora.

"P" de Puxa! Percorra a par6quia e procure! Por Pan (patusco "deus" caprino)! Hti patuscadas, paix6es, palmas para pastoras e passistas na passarela. Hti "penetras" pairando permanentes sobre os palanques da pagodeira. Ha p~as, palco do pow para pular sem pagar. Pode-se pensar em pagodes sem pandeiros perrutindo? Em pandega sem palha~os e sem os pierros do passado? Sem pratos metalicos pipocando nas paradas? Pode-se projetar carnaval sem Portela ou sem porta-bandeira pairando na pista? "Q" de Quimera (sonho e fanta.<;ia), de queixumes e querencias, quebranros e quezilias, qiiiproquiis, iI.s vezes quixotescos que - quer queiram, quer ntio - sao quest6es, quesiros do carnaval. De Quilombo GRANES Quilombo - quadro crioulo quebrando os quadris quentes are quartafeira, nas quadras de ensaio de qua/quer quadrante. E de Quaresma, quando tudo quieta! "R" de Reis e Rainhas, recursos repro<iuz;dos em rarna nas cortes da reina¢o. De radio, repetidor de receita.<; sonoras recantadas, e requentadas anualmente. De Ranchos, raiz natalina que a ra,a replanrou para 0 reinado momesco. Reco-reco e repinique (surdo), cujo ritmo read"" 0 redondo do reduro do samba enquanro raparigas recapitulam seu re{rao, reacendendo no recanro 0 rebolado de regllfos sem recaro. "S" de 8abado, quando soltam-se os stitiros sacando safanagens suds. Ao som do surdo surrada com susrancia, saracoteiam Salgueiro e sao Carlos saau:/indo a sociedade sarurada do sal5eiro das saloes seleros. Serpentinas !O"dosas, sol suPino, seringas d'ligua, =rolhas saciantes,

..

-:- .- ~ ~;\ 'C "

t .

'

~ ~

.

,.,..l ,:.0,. - .

.

.,

-

.,

. - .~

-

t;

.

"P" - for Pan, merrymaking pastoral pagan "god". There are piquant plays, passions, palms for 'pastoras' and 'passistas', participants of the Samba Schools. There are plazas, raised podiums for the people to play out as they please, without paying. CAn one think of pranks without percussive tambourines, 'pandeitos'? Or of carousing without clowns, 'palha~os', or the Pierrots of the past in parades and pageants? CAn one plan a CArnival without 'Portela', the Samba School, or with no 'portabandeira', starulard-bearer, pirouetting ro the public? "Q" - for 'quimera' (Chimera), both dream and !anta.<;y; for qualms, quarulary, quarrels, quavery, queer, and quixotic questions and quests. Also for 'Quilombo' Granes Quilombo - a negro play qualified in all quadrants. And 'Quaresma', Lent, when all is again quiet.

"R" - for Royal Kings and Queens, resources reproduced during Momus' reign. For radio, repeater of recalled sonorous recipes, annually redeemed. For 'Ranchos', original root that the race replanted for the CArnival revelry. 'Recoreco and 'repinique', instruments whose rhythm reactivates the rampant rapture of the 'samba ', while girls rehearse their refrain, rekindling the ravishing wiggling of round breasts. l

"S" - for Saturday, when the satyrs are set loose sensing subtle rogueries. At the sound of the 'surdo' drum severely seriken, 'Salgueiro' and 'Sao Carlos' wriggle, shaking and stirring the high society saturated with the saltless select salons. Sailing serpentines, supine sun, watersyringes, white 'sinhli-mo~as' (damsels) and black 'sinha-m~as', 'Sociedades', the parading Societies, 'Sinho' the famous composer, shall always be symbols of the simpatico and sudatory suffocation of the Samba.


Finalmente urna novidade. e urna ousadia. na moda jeans: Inega Stretch. a 0 indigo que voce conhece. 56 que com urn pouquinho de' 'Lycra:' e alam disso. costurado com fios de nylon especiais. E 0 resultado a urna cal~a que modela e nial"" 0 seu corpo e 0 seu charme. SAm Aoortar nem aoui nem ali. dando totalliberdade degestos e movimentos.


sinham~ brancas, sinhazinhas negras, Sociedades (Grandes Sociedades), Sinh6 (]. B. da Silva), sempre serao simbolos do simpatiro e sudorifero sufooo do samba.

"T" de Tabuleiro da Bahiana, remplo tradicional de traquinadas do tempo e da te1Ta carioca. De talco e tinturas que risnam a tesra, a tez e 0 torSO dos rolos na teima rarrufa. De Trio Eletrico, trinca ranitrullnte e transisrorizada. Tamancos, tamborins e tarois ramborilam, com 0 tambor rascando tudo para dar rom II tra;:a trubnica. Travestis de turbantes, tabus -"tenta¢o" de talhe t:inde eagarelam com trejeiros trernelicantes. Ter~-feira tudo termina, lIs vezes sob ror6s rorrenciais. HU" . Utensflios de Camaual ern "U"?

Uropia ululante! Um ou outro, ufano e unitlirio, ultrapassa 0 umbral umbrdtiro. Hd Unicungos (benmbaus), lui Unidos da Vila, da Tijuca, lui Uniao na lIha do Governadar, esra Ultima de simpatia universal. Nas rados "ultra" lui uiscadas que umedecem e, quando ultrapassam as medidas, ultimam tudo. E lui umbigos unissex, unicos e unifannes . em umbigadas undontes, usuais e liteis no samba. flV" de Varietiades, vastas na vadia¢o, como 0 frevo Vassourinhas ou a velha

"escola" Virinha Faladeira, uitrinas uisrosas de vaUievinos vadios do norte e sui, desde os anos 30. Valsas (vagamente), vaias e virgens (vacilantemente), e ventres (uoluptuosamente) vicejam na vadiagem satumal. Veridicas eram os velhos dos cord6es (vulros de anteonrem), uolteando venerdveis, vergadas sob 0 veludo vetusW de suas vestes. No verao varonil, viola e violao sao veiculos uirais da vibra¢o viuificadora do vaiOOn camaw1esco. Viva! IIX" ... Xi! X exucro! Estou em xeque! Nem xingaru::lo xard 0 !Ix" ajuda. SO tern HX" em xadrez, em f'xale", muito xexeu " e exterlSOS xod6s. Xaxado e xote sao anima¢o, mas nao de camaval. T udo extravagancias de nosso mais ex6tiro expediente expansiuo. J

J

fC

"T" - for 'Tabuleiro da Bahiana', the traditional temple of pranks of the 'Carioca' times and territories. For ralcum and tints, which besmear the face, the thighs and the torso of thrilled teens. For 'Electrical Trio', a thundering transistorized three-some. Tambourines, tom-torns and rambours drum out, adding tone to the trumpeting turmoil. Trauestites in turbans, taboos, temptations " of bacchante figure, rattle with trembling theatricals. On Tuesday, everything terminates, oft times under thundering torrents. Ii

"U" - for utensils for Carnival. Ululating Utopia! You or me, united or unitary, we cross the t<mbrageous threshold. There are 'unicungos ', the cane~and·wire

'berimbau '; 'U nidos da Vila', 'Unidos da Tijuca', 'Uniiio' of Governor's Island, all Samba Schools, the latter of universal empathy. In ultra spheres there are whisky-rounds that humidify and ultimate all. And there are 'umbigos' (navels), lmisex, uniques and unifonn, in undulating 'umbigada ' dances, useful and ''''<al in Samba. "V" - /orvariecies, vast in vagranC)',like the 'Vassourinhas', 'frevo' . dancing group, or the old School 'Vizinha Faladeira', visual displays of vagabond rascals from North and South, ever since the 30's. Vague waltzes, vacillating virgins, and voluptuous bellies vibrate in the Saturnailiagabondry.

"X" - "X'" IS WI'ld'If'nd . ! m)'se If in checkmate to search for words beginning with "X". There is 'xale ' - shawl; 'xexeu ' . body odor; 'xod6' - lolle, passion; 'xaxado' and 'xote' - dances of the Northern part of Brazil, but not Carniual rhythms. All extravagances of our exotic expansive exaltation.

"Y" . ,OT , 'Yaya~ - boneca,' cute girl· woman,

"Y" de Yaya-boneca.

flZ" de ze Pereira, zon.zeira z;guezagueante de zabumbas zurzidos com zelo pelo antigo ze-pouinho. Na zornbaria de onrem, de hoje e sempre, de nosso sempiterno camaval carioca.

"Z" - for ''U Pereira', also called ''Upovinho ', the zan.y depicting you and me, all the people, in the zestful everlasting Rio Carnival.



U filO e UrrlU (;IUUUt:: UlZwn:l.

Tanto que ate seu nome ~ errado. Nilo 0 deve il geografia ou a um santo qualquer. Deve-a

a um engano. Olharam os

fo; em janeiro que se enganaram - que j6 representou popeis variados, desde capital e ~ agora uma especie de jangada de luxo,

portugueses para a bara e - oh!

na qual navegam,

alhares colonjzadores! - acharam que era uma embocadura. E

despreocupadas, mem6rias do Colonia, do Imperio, de

Apfcfus

THE PLEASURES

Rio is a bizarre dly. Even its name is wrong. Rio doesn't owe _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ it to geography orany old saint. ltis due to a mistake. The discovering Portuguese looked at the boy and -oh! those colonizing eyes! - thought what they saw was an estuary. And it became Rio de Janeiro (literally January River) - because it was in January they made the mistake - a CiIJi that has already

OF RIO

played all kinds of roles, even of the country's Capital, and is now a kind of a de luxe raft, on which, unconcerned, sail memories of the Colony, of the Empire, of former republics, samba composers, hills, beaches, abominable bUildings, boftes (as the nightclubs used to be called in old days), lovely

women, not so lovely women, sophisticated murders, a joyful


lindas, outros menos, crimes so/isticados, pauo alegre e descontente, montanhas tristes de noo 0 serem tanto e um metro ate.

Chega-se a esta adade estranha, delidosa, complicada e torta, de u6rias maneiras. A mais r6pida Ii por aui~o. Uma surpresa. 0 aeroporto do Rio, que j6 foi um dos mais abomin6ueis do mundo, Ii hoje um dos mais agrad6ueis. N~o Ii grande demais, e bem feito e

and unhappy people, mountains sad for not being quite so, and now euen a subway. You reach this odd, delightful, complicated and sinuos dty by many ways. The fastest is by plane. A surprise! Rio's airport, which was once one of the most reuolting airports in the world, is today one of the most pleasant. It is

not too large, is well projected, and has in addition the aduantage of hauing a good restaurant. Leaving the airport, a tourist looking for pleasures (and who doesn 't?) sholl suffer some uisual and olfatory offenses. But I know of no airport rood in a large city that is nice (except, perhaps, from Ezeiza to Buenos Aires, where the greeneries and

repub),cas antigas, samb/stas, mOTTOS, praias, edi/fcios abomin6ueis, bortes (como se

dizia antigamente), mulheres

tAm die d DdfliugJ2Tfl de &1 dill born restaurante. Saindo do aeroporto,

'i6bti§J)'. 'flbJ§ ndl&lM, LbJilb

turista que anda atr6s de prazeres (e quem n~o anda?) ter6 alguns desgostos uisuais e outros olfatiuos. Mas nilo conhe~o nenhum caminho de aeroporto a ddade grande que seja bonito. (Com exce~Qo, taluez, do de Ezeiza a Buenos Aires, no qual verdes e vacas alegram a vista) . Mas quando se chega ao mar, que belez'" Quando a bora de Guanabara, aquela falsa foz de rio. se descobre, e uma a/egria que nao h6 tempestade que possa fazer triste. Nefa noo

ainda h6 um secu/o nauegauom e mesmo poucos golfinhos (qU€ sustenta as armas do d dode) sa( encontrados . Mas e uma bora digna de baleias, de golftnhos, de ninfas. E elas existem (digo a ninjas) , despindo-se no praia ot.. mais cotidianamente, suando conscupicentes dentro de leves uestidos pelas ruas do Centro. No Rio h6 um Centro, no meio do qual se escondem mil prazeres. Eum centro no qual uelhas igrejas c%niois e muitos predios do seculo passado fazen uma cidade dentro da cidade. Nela h6 ruas estreitas, gostosos

cows please the eye). But when reaching the sea, what beauty! When the Guanabora Bay, that deceitful estuary, is revealed, the joy is such that no storms can make it sorrowful. In the boy wholes no longer swim, as they used to do a century ago, and even only a few dolphins (w hich sustain the City's Arms) are to be found these days. But it is a boy worthy

of wholes, dolphins, nymphs. And they do exist (the nymphs, I mean), undressing at/he beaches or, more ordinarily, lustfully perspiring clad in light dresses in downtown streets. In Rio there is a Downtown area, where a thousand pleasures are hidden. It is a Downtown where andent colonial churches and many century-old constructions

0


restaurantes (em geraJ portugueses) e lembran~as de cal e pedra . que conservam 0 passado mais do que os humanos miolos. A Igreja e 0 Mosteiro de Silo Bento, com seu ouro barroco no qual 0 portugues e 0 indrgena se misturam; 0 Convento de Santo Antonio. peda~o colonial encarapitado em meio a edi/fcios. E tambem . ja que estamos falando do passado . uma con!eitaria (que e tambem um restaurante) como a Colombo. na Rua Gon~alves Dias. A com ida nem sempre sera delidosa. Mas sera sempre com ida honesto, como e mafs que honesto 0 chope que se bebe no Amarellnho, da Avenida Rio Branco, com ainda algumas cadeiras de polha, que viram revolu,oes e nem por isso perderam sua estabilidade. Dizem os saudosistas que 0 Centro nilo e mais 0 Centro. E verdade. Nadaemaisoquefoi. Mas se aceit6ssemos este ponto de vista, deveri'amos ir a Candeldria mandar rezar Te Deum pela gra~a de, em plena Rua 1? de Mar,o, antiga Rua Direita, nao termos sido flechados pelos indios, coisa que acontecia jrequentemente por esta regiao, 16 pelos anos qUinhentos. Mas, afalta de indios, podemos encontrar, ainda no Centro, prazeres tilo voluptuosamente fora de moda: as estantes recheadas de vinhos de tudo quanto e ra<;a e cor, que se exibem no LldDdor, entre conservos, c~os e caviares que ignoram qualquer aiatol6. Mesmo que nao se compre nada, sempre valero a pena visitar este bordel de delrdas proibidas e cheias de imagin~oes vidosas. Para ir aZona Sui, desprezaremos, muito a contragosto, as mil pequenas ddades que se misturam nos subUrbios . 0 Grande Rio, onde as casas ainda t~m cara de casa, as ruas tern drvores e OS restaurantes servem um bacalhau consistente, cheiroso ... e barato. Mas vamos aZona Sui.

-

compose a city whithin the City. In it there are narrow streets, appetizing restaurants (mostly Portuguese) and mementos of lime and stone路 that preserve the past more than human brains do. The Church and Monastery of Silo Bento, with its baroque gold in which bath the Portuguese and the Indian are mingled; the Convent of Saint Anthony, a colonial piece perched up on a hile amidst the bUildings. And also路 since we are speaking of the past路 a tea shop (which is also a restaurant) like Colombo, at Gon<;alves Dias street. The food will not always be delicious. But it will always be an honest food, as an honest beer is drunk at Amarellnho, at Rio Branco Avenue, still with some straw chairs, chairs that have watched revolutions and in spite of it have not lost their stability. The "good old days" clan says that Rio's Downtown is no longer the same. Ilis true. Nothing can be the same. But if we accepted this point of view, we should go to the Candel6rla Church and order aTe Deum prayed for the grace of not haVing, right on Primeiro de Mar,o street, former Direita (straight) street, been wounded by an Indian arrow, something that used to occur quite often around this region in the fifteen hundreds. But, lacking Indians, we may still find Downtown to have pleasures so voluptuously dated: shelves brimming with wines of all races and colors, displayed at LidodOf', amid preserves, game, and cauial'S that ignore Ayatolahs. Even if you don't buy anything, it is always worthwhile to visit this brothel of banned delights and so full of depraved imaginations. On our way going to the Southem Zone of Rio, we shall disregard, much to our dislike, the thousand small towns that blend together in the suburbs路 the Rio at Large, where houses still look like houses, streets haue trees, and restaurants serve a thick, fragrant.. and unexpensive codfish. But let's go on to Zona Sui (Southern Zone). On the way, we cross Aterro do Flamengo, one of the most beautiful garden parks in the City. (I nearly forgot another garden park, dating from the last


.. .e esta I! a pi5cina para

0

sol dol tarde.

Urn hotel que tem uma piscina para 0 ?ol da manha ~ outra para 0501

da tarde esta pensando mUlto mals do que em Cinco estrelas.

o Rio Palace e um hotel incomum. Veja bem: na hora de co struir e montar sua su ite presidencial 0 Rio Palace nao fez por menos. Fez a mais luxuosa suite presiderr cia I do pais. Na hora de decorar os apartamentos, sal6es e corredores 0 Rio Palace adquiriu obras de artistas famosos e por isso transmite a seus hOspedes a clima de uma autentica galeria de arte. o Rio Palace e assim. Criativo e original par vocataO e por temperamento. o Rio Palace nao acredita que sucesso 56 porque

e

estii situado diante de uma das mais belas paisagens do Rio: a praia de Copacabana. A beleza da praia de Ipanema, a poucos metros do Hotel e as atra~6es do famoso bairro confifmam sua localiza~ao privilegiada. Rio Palace nao se serr te realizado s6 porque tem funcionando ao seu lado um dos mais modernos Shoppings da Cidade, 0 Shopping Cassino Atlantico com suas quase 200 lojas sofisticadas. Rio Palace nao se contentou com a simples possibilidade de ter um requintado restaurante de

o

o

nivel internacional. Foi buscar na Fran~a 0 tao lento de Gaston Lenotre e sua ecuipe e com eles veio para 0 Rio 0 mais frances dos restaurantes, 0 Pre-<:atelan. Venha para 0 Rio Palace a neg6cios, ferias ou ate mesmo num curto fim de semana, quando 0 Rio de Janeiro pode ser surpreendi路 do em plena uso pelos cari ocas. Voce vai encontrar gente famosa no Rio Palace. Gerr te que conhece de tudo e que jii se acostumou a prefe路 rir hoteis que fogem da rotina por uma questao de hiibito.

08,.,,1 j.i esUII' IDerKffIdo urn hol~1

como~.

Av AttantlCa.4 240路 RlOde Janeiro. Rl'Sef\'as Rlo- 521 3232 SP路 32 3710e J2 )711 (oruuile seu agenle de \egens.


------------------------------- -- -No caminho, atrovessarcmos o Aterro do Ramengo, um dos jardins mais bonitos da cidade. (Ah! la-me esquecendo do outro, este do secu/o passado e de sabar ing/~s . 0 Campo de Sant'Ana, /rente ao horroroso ex·Ministerio do Guerra, e do

belissima Casa da Moeda, pri!dio que uma tradi~ilo me ntirosa diz ter sido encomendado pelo govemo chilena e entregue, aqui. por engano. POT isso, 0

pal6do do Govemo em Santiago se chamaria La Moneda). Na Zona Sui, fecharemos os olhos ao possar por Botafogo, que j6 foi a praia mais bonita da ddade e que, hoje, nilo passa de uma seqil~nda de edi/fdos de setima qualidade. 56 abriremos os olhos quando chegarmos a Copacabana . H6 meio secu/o, mais ou menos, era urn ooirro

tranqililo. Era uma praia. Nos onos quarenta e dnqiienta 0 transformaram em imensa conjusao. Naquela epoca, porem, as con/usi5es eram mais ordenadas. E, nessa IUIa entre a

Natureza e 0 Homem, saiu a primeira vencedoro .

Copacabana nOO e mais 0 que era. Mas ainda

e muito coisa. No

praia, 0 mar foi afastado. Das cal,adas, mal se consegue veT as ondas. Mas nas ca~adas ainda existem bores dos quais se pode veT as manhi1s e as tardes e, no Posta 6, as revoadas das pombas e , ocasionalmente, dos ladrOes e dos assa~ados. No Leblon e lpanema, temos o p6r·do-sol mais bonito do Rio. E alguns de seus melhores restaurantes, lambem. Oto, para nao exagerar dtando demais, 56 0 He/slngo, onde, aos domingos, pode-se comer um excelente 8mosgesbrad (nOO, nilo e um praia carioca, mas 0 Rio, como j6 disse, e uma ddade que nilo acredita na l6gica), eoAntlquarlus, este pariugu~. Haveria tambem 0 AntonIo's, mas trata-se de

c/ube aberto ... tilo fechado que s6 aconselharia ao leitor freqilent6 ·/o acompanhado de fregu~ antigo . Se 0 leitor for vidoso, no entanto, existem, no come,o de Copacabana, alguns nightclubs onde poder6 ver senhores e senhoras fazerem 0 que os casais burgueses Jazem no como . Poder6 mesmo, se esbver <lisposto, participar do espet6cu/o. Isso, porem, nilo e uma caractenstica do Rio. Em qualquer capital de qualquer pais pode-se encontrar coisa semelhante.

Prazer mais raro e mais oorato

e, acho eu, subir d Roresta do

7ljuca. A poucos minutos de corro, estar6 em floresta .. . dvi/izada, e verdade. Mas de verdade. Noo h6 on~as, nem indios. Fe/izmente. Mas h6 6rvores, lindissimas borboletas azuis e pesadas e dois restaurantes nos quais e posslvel comer-se rozoove/mente . Falar das praias, das mulheres e do Pao de A~acar, seriO falar do que j6 foi falado. Para nOO repetir 0 que j6 repetiram tantas vezes, tiro de meu bolso uma ideia. Saia da Zona Zu/. V6 a Santa Teresa. E um moTTO no qual, antigomente, os ingleses se refugiavam para fugir da febre amarela. Como fica e ntre a Zona Sui e o Centro, acabou sendo um bairro inclassific6vel. Nele , residendas de mi/ion6rios se acotovelam com minUscu/as casas. H6 armazens, bondes, 6rvores, pessoas que se conhecem . Como em uma aldeia. Pais a maior prazer do Rio e que, apesar de tados seus gigantismos, esta velha capital ainda guarda . quando nilo insistem demais - sua alma de aldeia . •

century and of English taste · the Campo de SanfAna, facin g the appalling former War Ministry bUilding, and the magnificent Mint bUilding, which a false legend says was ordered by the Chilean Govemment and delivered here by mista ke. This is why, it goes, the Gove mmental Palace in Santiago is called lA Moneda! In Zona Sui we close our eyes whe n crossing Botafogo, o nce one of the most beautifu l beaches of the City an d today nothing but a sequence of seventh· class bUildings. We only open our eyes when we get to Copacabana. Abouthalf a century ago it was a peaceful neighborhood . ·It used to be a beach. During the forties and fifties it was transform ed into an immense confusion . At that time, however, confusions were more orderly. And, in this struggle between Nature and Man, the forme r was the winner. Copacabana is no longer whatit used to be. But even so it is still a lot. On the beach, the sea was pushed back. From the sidewalks you can barely see the waves. But the side walks still have bars

where you can see the momings and the evenings and, at Posta Sels, the flight of doves and, occasionally, of thieves and victims. In Leblon and lpanema we have the most beautiful sunset in Rio. And some of its best restaurants too. Not to overdo it by quoting too many, I quote only the Helslngor where, on Sundays, you can have an excellent smorgasbord (no, it is not a carioca speda!ty. but Rio, as I said before, is a city that does not believe in logid) , and the Antlquarlus, a Portuguese restaurant. And also Anto nIo's, but this is an open club ... so closed that I would only advise you to go with an old patron. But, if you are vicious, there are, at the beginning of Copacabana, a fe w nightclubs where you will see gentlemen and ladies do what burgeois couples do in bed. Yo u may even, if you feel like, participate in the show. This, however, is not a feature of Rio. In any capital of any country you can find things like this. A more exquisite and less expensive pleasure is, in my opinion, to go up to the Tijuca Forest. A few minutes by car a nd you fi nd yourself in a fo rest... ciVilized, it's true, but a real forest. There are not jaguars nor In dians. Fortunately. But the re are trees, beautiful blue butterflies, and two restaurants where you can eat reasonably well. To speak of beaches, women and Sugar Loaf, would be to ten what has already been told. To avoid repeating what has been repeated so often, I have a suggestion. Leave Zona Sui. Go to Santa Teresa. It is a hill where many years ago the Englishmen

used 10 toke refuge 10 escape from yellow feuer. As it rests between Zona Sui and the Downtown area, it ended up by being an unclassifiab le neighborhood. In it, millionaires' homes lie elbow· to-elbow with tiny houses. There are the old fashioned groceries, trolleys, trees, people that know each other. Like in a Village. For the greatest pleasure of Rio is that, despite all its gigantisms, this old capital still retains· when they don't press to much · its village soul.



28


Todos os onos as pessimistas, os pro/etas do apocalipse, os azedos por natureza e so/redores do jfgado em geral anunciam a moTte do Carnaval. E todo ana 0 carnaual ressurge debochodo das cinzas desse

TAKING THE BLOCK TO THE SlREETS

jalecimento, reuelando intensa uitaUdade e singular disposi~ao. Verdade e que, de cicio em cido, mudam-se os centros de interesse au

centros de otrar;oo do grande festa popular.

Houue 0 tempo dos corsos de aulomoueis, 0 tempo do exalt~ao dos ranchos, 0 tempo das pomposas Sociedades, 0 tempo das brincadeiras de rUG, com mascarados, almo/adinhas e melindrosas, 0 tempo daslan,a-perfumes (que beleza!), a tempo do carro-noel, urn nauia arras/ado pelo asfalto do folia Iii pelos idos de comer;o do secufo, tempos e tempos e euocar formas sempre imaginatiuos de usu/ruir os prazeres

momescos.

a

e

tempo agora dos grandiosos desjifes das escolas de samba, que sao h'oje verdadeiros shows ao ar livre, enriqueddos 00 de/frio, com cenografias inacreditoueis, roupas deslumbrantes, visual alem do imagina~CSo, produ~o~ sensadonais. Eseolas de samba geradas em com unidades pobres mas lan~adas no brilho dos laminados e dos paetes por d rcunstdncias que uma boa sociologio do carn aval acabara por explicar. Ao sol deste tempo de escolas em comp asso de des/umbramento, euo/ui urrr o utro tempo camavalesco e carioca: a tempo dos blocos, dos magnificos blocos, que, quanto mais sem compromisso, mais gostosos sao. Pois quem resiste 00 calor e a chama, 00 sol e apimento, 00 dende e 00 gengibre do agressivo Cacique de Ramos? E como escapar a magia molhada de cerveja e cheirando a sum do malicioso e ;gualmente desaforado Bafo do On,a? Muito opropriadamer.te sao eles cognominados "blocos de empolgOfCSo". Empolgados e livres, desfilam pelas avenidas do samba sem len ~o, nem documento nem interesse em trofeu, recusando-se, os rebeldes, a participar de concursos; e trocando socos e bofetoes, palauroes e porfias, q yan do se encontram pelas ruas: "E um tal de mexe, mexe / e um tal de p ula p ula. / Q uando eu entro no samba, / no embalo ninguem me segura. / Quando eu entro no samba / e boto pro quebrar / sai pro roda mor;ada, / que a Bafo da On,a acabou de chegar ... e e um tal de mexe¡mexe", procJamaoBafo, 00 que responde 0 Cacique: "Ole, ole, ole, ole / se nao der pro mim / nao vai dar 0 voce. Somos Caciques de Ramos / 0 que que ho? / Estamos no avenido / ninguem vai nos derrubar ... "

Every year the pessimists, the Apocalypse's prophets, the bitter by nature, and liver sufferers in general, announce Carnival's death . And every year Carnival comes to life again, scoffing, from the ashes of its decease, displaying an intense Vitality and a unique disposition. It is true that, from cycle to cycle, the centers of interest or the centers of attraction of the great popular fes~vity change, There was a time of automobile parades, the ~me of exaltation of "ranchos" (groups of revellers), the time of the pompous Sode~es, the time of street jesting, with masked people, dandies and finical women, thl time of perfume-squirters (how lovely!) the time of the naval-car, a ship pulled on the revel's asphalt around the beginning of the century, and times and times to evoke always imaginative forms of enjoying the Momian pleasures. The time now is for the grandiose parades of samba schools, which are today true open-air shows, enriched to dellirium, with unbelievable scenographic effects, ravishing clothes, a visual beyond imagination, sensational productions. Samba schools generated in poor communities but launched into the brilliance of laminated fabrics and sequins and beads by circumstances which a good SOciolOgical study of Cam ivai will end up by explairing, Under the sun of this time of samba schools at a hallucination pace, anothe, camivalian and carioca time evolves: the time of Blocks, of the magnificent blocks, which. the less compromised they are the beNer and more delightful. Since, who can resist the heat and flame , the salt and pepper, the "dende' and ginger, of the aggressive CacJque de Ramos (literally 'Indian Chief of Ramos')? And how is it possible to escape the beer- wetted and perspiration-smelling magic of the malidous and likewise impudent BaJo da O""a (literally 'Puma's Breath')? Very appropriately they are called "excitement raising blocks". Exdted and free, they parade along the avenues of samba, with no handkerchief nor document (on allusion to a hit song by Caetano Vel/oso) nor any interest in a trophy, and they even refuse - the rebels - to participate in contests; and, they go along, exchanging blows and slaps, four letter words and challenges, when they meet each other on the streets: "It's a lot of a-swaying/ it's a lot of a-jumping/ when I fall into the samba/ no one can hold me/ when 1 fall into the samba/ and get all full of pep/ come out to the dance everyone / 'cause the Baja da O""a has just anived ... and it's a lot a¡swaying... ': proclaims the Baja block, to which Cacique replies: "Ole. ole, oie, ole, olel i! we don't get it/ neither will you/ we are Cacique de Ramos/ that's itl we are on the auenue/ no one will be better than us ..

29


Getting exdted with the Bohemians of iraj6 and the Prlmelro' N6s, Segundo Nos, Tercelro NO. (literally 'First We, Second We, Third domingo de camaval pela Auenfda We') of Padre Miguel, euerybody Presidente Vargas . Tambem de parading on Camival Sunday along empolgat;ao, mas um pouco menos Presidente Vargas Avenue. Also very indisciplinados, querendo concurso e enthusiastic, but a little less unruly, and trojeu. sOD 0 BaJo do Gato, 0 Balanfo da Manguelra, 0 Fe ltlfo wishing both contest and trophy, we e Nosso, 0 Pantera do Engenho d o haue the Bafo do Gato ('Cat's Breath '), Balmlfo do Manguelra Ralnha e outros que, no mesmo domingo , estorao sambando no ('Mangueira's Swing'), 0 Felt'~o e Nosso ('Wnchcraft is Ours'), Panteto avenida GrOt;o Aronha. do Engenho eta Ralnha ('Engenho H6 bloeDs em todos os bain-os desta santa ddade de Sao Sebastiilo do Rio da Rainha's Panther), and others thot. de Janeiro. Uns deft/am mais in the same Sunday, will be dandng the samba on Grat;a Aranha Avenue. comportadamente, meia cjeito de m;ni-escola de samba, submetendo-se There are blocks all throughout this a concurso; outros desftlam antes do saint city of Saint Sebas~an of Rio de corneuaJ, delidosos banhos de mar a Janeiro. Some behave a little better, fantasia; outros ainda se comp6em s6 more or less like a mini samba school, de crian~as, Qutros de machoes and vie for contests; others parade before Camiual offidally begins, in trauestidos em senhoras e senhoritas (para deteite do uizinhan,a das ruas delightful costumed beach festiuities; onde se organizam e saem), alguns de others will are composed only of formam com grupos de rapazes e children, while others of machos estudantes, outros se compOem de trauestied as ladies and girls (to the esfo"ados tTabalhadores . Tados silo meniment of neighbars from the streets alegres, todos exibem a face where they get organized and come descontrafda e informal do camaval out); some are composed of groups of carioca. H6 os que se sofisticaram e bays and students, others formed of ganhararn a condi,ao especial de hardy workmen. Everybody is merry, banda. Eo coso da Banda de euerybody displays the careless and ipanema, fundada p0r Albino Pinheiro informal face of Rio's Camiual. Some e das outras que vieram em seu rastro e blocks got sophisticated and earned a hoje em dia alegram 0 camaval nos special condition as bands. So it was wnh the lpanema Band, founded by diversos bai"os do ddade. as nomes dos blocos sao geniais e Albino Pinheiro, and all others which reve/adores de sua geografia social, , appeared in its wake and which quando nao de suas inten,6es. Tern 0 nowadays brighten up Camival in the Bole Bole, que nao deixa duvidas; seueral neighborhoods of the dty. tern 0 EngroSSQ, cujo nome j6 The names of the blocks are fantaslic informa para 0 que vern; tern 0 Passo and relJeal their social geography, i/ not do Ganso, engracado; a Rodo their intentions. There is BoIe.Bole quem Pode, titulo que j6 vern (literally 'Haue a Feel'), which leaves no provocando; tern 0 Gavlcio d o doubts; there is Engrossa ('Make Babcado, cheio de veneno; tern 0 Rough'), whose name tells you already Brasil Mulato , todo pretencioso; tern what is its purpose; Passo de Ganso o BaJo do Cabrlto, denundando a ('Goose Step'), funny ; Rodo Quem 9Osto de seus integrantes pela boa Pode ('Swirls he who can'), a tide caninha nadonal; tern 0 SuJoco de which is already a provocation; Olaria, forte e teimoso; tern 0 Sal d o Gavlao da Balxoda ('Hawks of the Molta, que samba 0 ano todo; tem 0 Lowlands'), full of uenon; Brasil Fala Meu Lowo, animado como ele Mulato ('Mulatb Brazil') , pretty 00; tern 0 Urubu Che'roso, humor e snobbish; Bafo do Cabrlto ('Kid's deboche; tem 0 Se Mistura quem Breath '), denouncing the taste of its Pode, que noo engana ninguem partidpants for the good domestic quanto as intensaes; tern 0 Pinta e "cacha;a"; Sujoco ('PIX') of Olaria, Borda, que nao faz outra coisa. strong and stubbarn; Sal eta Molta A exc~oo dos mais ant/90s e ('Stop Hiding'), that dances the samba trodicionais, os blocos se formam e the whole year round; Fala Meu des/azem, para o utra vez se formarem. Lauro (,Talk Parrot of Mine'), one of Edo sua natureza essa dinamica de the most enthusiastic; Urubu permonente renascimento, Chelroso (:Sweet-Smelling Buzzard'), relJivifico;ao. homour and mockery; Se Mistura Se nodo mais houvesse no camaval, Quem Pode ('Goes a· Mixing he who hOlJeriam os blocos. can'), which /ools no one as to its E bastariam. • intentions; and Pinta e Borda ('Uses and Abuses'), that does nothing else. With the exception of the earlier and more traditional, blocks are constantly being formed and dispersed and formed again. Such dymanics 0/ permanent rebirth, relJiua/, is part of their nature. If there was nothing left of CamiuaJ, there would be the blocks. And they would be enough. •

Empu/gOt;ao dos Boemios de [raja e do 10 Nos , 2? Nos , 3,0 Nos, de Padre Miguel, lodos eles des/ilando no

30


eOMPRE ESTE TELEVISOR NATIONAL.

Con el televisor National Quintrix TC-206A, Ud. no corre el riesgo de tener problemas de adaptaci6n. Es exactamente el mismo televisor vendido en Argentina, con sistema Pal-N original de fabrica ynoadaptado. En relaci6n a la asistencia tecnica, Ud. tambiEm puede estar tranquilo: el tiene garantia total de un ano •

ES EL llNleo eON SISTEMA PAl:-N ORIGINAL DE FABRleA YIlENE UN ANO DE GARANTIA VALIOO TAMBIEN EN ARGENTINA.

mas practica y perfecta sintonia por el exclusivo sistema Magic Line. Selector de canales digital y regulador automatic( de voltage. Delante dl tantas ventajas, Ud. solo puede llevarse ur por la gran cadena Ademas, el televisor . televisor: elNational Tecnicentro National, National, tecnologiQuintrix TC-206A. respaldada por la camente,de esta National Panasonic adelante losmuy S.A. (Serrano290, otros: Cinesc6pio Buenos Aires. 20 (480 mm), super nitidezdeimagen yla \oX • Tels.: 854-1311/2260). de

Nat•.onal

I':\u'"ntr'"x

Revendedores :

~t46 Passeio . R~ SuI, Nlter61e Meier

Ponloh;oBunziio

Gal'son




Poucos foram t~o felizes na :aptac;~o da anima da cidade ~ de seus enamorados

fantasia! de rei ou de pirata ou de jardineira!e tudo se acabar na quarta-feira." labttantes: "Ninguem e carioca A muiher loi a razao do seu !m vao. Urn carioca e urn absoluto e do seu desatino, do :arioca. Ele n~o pode ser nem seu ser e do nao ser: 1m pemambucano. nem urn "Castigai minha alma, mas nineiro, nem urn pauJista, nem tende piedade das muiheres Enlouquecei meu espirito, mas 1m arnazonense, nem urn jaiicho. Enquanto que, tende piedade das muiheres Iwersamente, qualquer dessas Ulcerai minha came, mas :idadanias, sem diminui<;~o de tende piedade das muiheres:' :apacidade, pode transformar- Muiher e paisagem carioca e tamoom em carioca; pois a enl~adas na mesma aventura: "A lua foi companheira 'erdade e que ser carioca e, mtes de mais nada, urn estado na praia do Vidigal." Ie espirito. (... ) Pois ser Mulher esportiva, a deliciosa e :alioca, mais que ter nascido descontrafda garota da Zona .0 Rio, e ter aderido a cidade e Sui: "Meninas de bicicletas! que 6 se sentir completamente em fagueiras pedalais! quero ser :asa, em meio asua adoravel vosso poeta lesorganizac;~o." Oh transtt6rias estatuas Fez da mtisica urn esfuziantes de azul lesdobramento a mais de sua Iouras com peles muiatas >OeSia: princesas da Zona Sui." A feucidade do pobre parece! A pedalar, a correr, a nadar, :om a grande ilusao do a surfar, a SOnlr, a passear seminuas na fimbria do mar. A :arnaval.! A gente trabalha 0 mo inteiro/por urn momento tentar. Tentando. A ondular Ie sonho!pra fazer a pelas cai<;adas de lpanema, Vinfcius e Tom Jobim 34

Few were as successfui in capturing the 'anima' 01 the City and its enamored inhabttants: "You can't be a 'carioca' scot-free. A carioca is a carioca. He can be netther a 'pernambucano', nor a

"Punish my soul, but have mercy on women

Madden my spirit, but have mercy on women

Lacerate my flesh, but have mercy on women .. .."

Carioca women and scenery in the same entwined a 'amazonense', nor a 'ga6cho', adventure: While, inversely, any 01 such citizenships, with no loss of tiThe moon was my mate at status, may also tum out to be a Vidigal beach". carioca; since the truth is that to Modem woman, the lovely be a carioca means, first of all, carefree girl from the southern a mood. (... ) Since to be a zone of Rio: carioca, more than just to be born in Rio, is to have accepted "Girls in bicycles, in full the city and to feel at home graciously pedalling, only amidst its adorable I want to be your poet. disorganization", Oh transitory statues, sparkling in blue, Vinicius made music one more dark-skinned blondes, outburst of his poetry: Princesses of the Southern "A poor man's happiness seems Zone". like t!le great illusion of Carnival. He works the year round for one Pedalling, running, swimming, surfing, smiling, stroHing hallmoment 01 dream, naked by the sea shore. Trying a costume of pirate, sheperd or to tempt. Tempting. Unduiating king, by lpanema sidewalks. Vinicius and everything will end on and Tom Jobim , intoxicated Wednesday". wtth Rio, drenched in beer, Women were his motive and his drunk with music: 10Uy, his being and not being:

'mlneiro', nor a 'paullsta', nor


'1eCll110S acaba de

dar 0 seu vao l11ais alto: '1eCll110S Qllartz 14 Bis. Por dentro, a precisao absoluta da rnais sofisticada tecnologia quartz. Por fora, a c1asse e 0 born gosto do estilo rnais ousado em re16gios que voce conhece.

"1"" T.CMNoa

o mais pontual do 1TI1II1lh




embriagando-se de Rio, enxarcando-se de chope, ressecando-se de musica : "Olha que coisa mais linda, mais cheia de gra.;a/ e ela menina que vern e que ~/no doce bai?,~o/a

No sonho e na sensibilidade exacerbada, a cidade sempre uma prese~a : " ... e senti tambem que no lette havia urn cheiro de agua, e que sO vern a corroborar a certaza de que 0 leite, nesta ctdade do Rio de Janeiro, anda sendo fartamente batizado:' A cidade do Rio e as

camlnho do mar_.. "As entranhas das muiheres afogam 0 poeta e 0 entregam cariocas incorporadaยง na dormindo a madrugada" e ele, mesma evoc~ao : "0 meninas tonto, as possui na carna, no em flor da patria minha, que verso e na mUsica: "0 vio13o e amores nao sois v6s! Gaveanas nao sO a mUsica (com todas as discretas; Leblonenses e suas possibilidades orquestrais lpanemenses bicicJetantes; latentes) em forma de muiher Copacabanenses louras e salgadas; Botafoguenses como, de todos os familiais, de olhos intimos; instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina Cateteanas e Flamengas futingueiras, etemas . viola, violina, bandolim, violoncelo, contrabaixo - 0 pen~onisias;Laran~irenses unico que representa a mulher calmas e buc6licas; Moc;as da ideal: nem grande nem Gl6ria, que nunca se sabe .. :' Em cronica ("Meu Deus, nao pequena; de pescoc;o aJongado, ombros redondos e seja ;a") no livro Para Umo suaveSt cintura fina e ancas Menlno Com Umo Flor, plenas." mais uma descri<;ao humanizada da ctdade onde nasceu, recordada com saudade numa epoca em que 0 poeta morava em Hollywood. No banzo do sol e das muiatas, o poeta desafia urn interlocutor

38

an6nimo

ue

e ser ate urn

"Tall and tan and.young and lovely the Girl from Ipanema goes walking and when she passes each one she passes goes ah! When she walks she's like the samba that swings so cool and sways so gentle that each one she passes goes oh!". "Women wombs drown the poet and surrender him in slumber to dawn", and he, dazed, lays them In bed,in hisall verse, in his music: "The guitar is not only music (with all its latent orchestral possibilities) in the shape of a woman but, of all musical instruments inspired in the feminine figure - viola, violin, mandolin, cello, bass - . the only that represents the ideal woman : not too large nor too small; long-necked, round and smooth shoulders, slender waist, and full hips".

The Ctty of Rio and the cariocas incotpOrated in the same

evocation: "Oh blossoming girls of this land of mine, what lovely creatures you all are! Discrete 'gaveanas'; bicycling 'Ieblonenses' and 'Ipanemenses'; blond and sahy 'copacabanenses'; family 'botafoguenses' with intimate eyes; promenading 'cateteanas' and 'Oamengas',

eternal boarding-house dwellers; calm and bucolic 'Iaranjelrenses'; girls of the Gloria neighborhood, that you never know ... ".

In a light short-story ("My God, don't let tt be now") in his book "To a Girl wtth a Flower" , another humanized description of the ctty where he was born, recalled with longing at a time the poet was living in Hollywood. In deadly melancholy for the sun and for 'mulatas', the poet challenges Both in his dreams and in his very acute sensibility, the City is an anonymous dialoguist, who may be even a Hollywoodian always a presence: " ... and I . felt also that the milk smelled of pr~ng his land : "(In water, which only confirms my belief that the milk in this City of Rio de Janeiro has been greatly


Feast your ews on Sfieraton's • •


hollywoodiano que elogiava a propria terra: "Nunca veras (em Hollywood) moringa na janela; pano de mesa antigo; quadradinhos de jomal no prego da parede da "casinha"; empregada no portao; mo<;a de rua transversal de olhar frustrado; bica sem agua; ac;ougue aceso de madrugada; bide; cachorra vira-Iata; flores de papel no flo eletrico; casais de crioulos a namorar no escuro em geniais posturas", ..

Namorados namorando no encanto do poeta: "Ninguem pode dizer que 0 Rio nao seja uma cidade de namorados - ela o e. Selia dificU, alias, compreender-se uma cidade tao prOdiga em beleza, sem namorados. (... ) Que os namorados se beijem a vontade nesta tinda Rio de Janeiro. Nada ha de mal no beijo dos

ai, sem brancores; desejarei ser

Hollywood) you'll never see a water clay jar on the window; and old table cloth; squares of newspaper on ifnaU in the W.e. wall; a maid at the gate; a side street girl with a frustrated look; tap with no water; a butchershop tighted up at dawn; a 'bidet'; stray dogs; paper flowers on electric wire; negro couples making love in the dark

de novo moreno de sol e de

in ingenious positions ...".

dais seios e urn ventre , e uma

certa expressao Singular?" Precisa de nada, senao tao somente de sensibUidade para captar a magia do setimo dia: "Porque hoje e sabadi>, desejarei estar de novo nurn

botequim do Leblon, com meu amigo Rubem Braga, ambos negros de sol e com os cabelos, amores, eu e rneu amigo

Rubem Braga, pelas c~adas luminosas da praia Atlantica, a pele salgada de mar e de saliva de mulher, ai. .." Saliva de mulher, ROsa de Hiroshima, Uma Rosa em Mlnha Moo, urn Samba da Rosa, Tempo da Flor, uma

Serenata do Adeus, urn beijo roubado, seios e nadegas, encanto dos olhos, misterio dos olhos, beleza e cor. namorados. como no amor dos E. em tom de desculpa, a passaros." crua verdade: Porque 0 arnOT e necessana "As muito feias que me e "de que mais precisa urn perdoem mas beleza e homom senao de uma mulher fundamental." pra ele amar, uma mulher com

He needs nothing else, but only sensibUity to capture the magic of the seventh day: "Because today is Saturday, [ will want to be again in a bar in Leblon, with my friend Rubem Braga, both dark from the sun and our hair, alas, with no grey; [ will want to be again tan from the sun and from loves, [ and my friend Rubem Braga, strolling by the lighted sidewalks of the Atlantic beach, the skin salted from the sea an.? from women's kisses, alas ....

Lovers making love for the delight of the poet: "No one can say that Rio is not a city fuJI of lovers - it is. It would be difficult, Women's kisses, "Hiroshima in fact, to understand a city so Rose", "A Rose in My Hand", prodigal in beauties not to have "Samba ofthe Rose", "Time of lovers. (... ) Let lovers kiss as Flowers", "Serenade of they please in this lovely Rio de Goodbye", a stolen kiss, breasts Janeiro. There is nothing wrong and buttocks, charm of the eyes, in a lovers' kiss, or in birds' love", mystery of the eyes, beauty and color. Since love is essential and "what else does a man need most than And, in an apologetical tone, a woman for him to love, a the naked truth: woman with two breast and a "The very ugly, please forgive belly, and a certain unique me, but Beauty is expression?". fundamenta1!".


Antes, durante e depois do Carnaval, a hospitalidade brasileira faz a alegria e 0 conforto de muita gente.

[VA.A I G 1~

(Âą] [

CRUZEIRO

A rnaneira rnais elegante e a1egre de voar.

1


WHAT SORT OF KING AM I? AldlrBlanc ,... ,'U";U

que move

ilr~~~,t}~'~;~~~:~,,~ camoval e Q n de conquistar a mulher imposslvel (ou 0 hom em imposslvel, a bicha imposslvel, 0

sapotao impossi'vei,

0

doberman

etc . . cada urn com suas prefelincias). A piscada de olho e 0 beijo soprado da ponta dos dedos foi pra mimi A Adele FaUma me deu bola! La de cima do carro 0/eg6rico! Durante 0 desfile das escolas de samba, todos aqueles sujeitos de

bin6culo pensam assim. Achorn que sao as un/cos proprietarios do mulherio fantclsHco. Estoo engonados, claro. Elas me pertencem. E possuem 0 segredo da juventude, 0 elixir do vida etemo. Narciso, Gigi, aquelo morena de um bloco da Cancela, a odalisca do Monte Libano, oncinhas e diaculs. Emboixatrizes do Sassego . figuras de destaque no harem da

e

The power that irresistibly drives Comival is our fantasy of conquering the impossible woman (or the impossible man, the impossible gay, the impossible lesbian, the doberman, etc . . each with his/her own preferences ... ) That wink and the kiss blown from her fingers was for me! Adele Fauma flerted with me! From up atop her allegoric carl During the Samba Schools parade, all those men with binoculars feel this way. Each one thinks he is the only lord and master of all those fantastic women. They are wrong, obViously. The women

belong to me. And these women possess the secret of youth, the elixir of ethemo/life. Narciso, Gig!, that brunette from a Cancela Comival block, the Monte Ubono odalisk, cute panthers and indians, Sossego dancers I all outstanding characters in the harem of my imag!nauon. minhacuca. Camival discloses the unsated, carnavol revela 0 insatIsteila, 0 the envious who pries within us. For invejoso que espreita dentro de n6s. example, the Bola Preto Comival Por exemplo, a roupa do Bola Club attire. Were there any fauns in Preta. Se houvesse faunos no the XX century, and I could bet they would use Bola's uniform, with the seculo XX, tenho certezo que usariam 0 uniforme do Bolo, com strap on their forehead and holding tlrinha na cabe{'a e bandeiro/o. the little flag, and all. As a matter of Canta·se, inclusive, que um general fact, a story goes that a Bolivian boliviano teria dito, num pileque general would have stated, in a Revolutionary drinking spree: "My meu traje coke and my gala suit for a Bola por uma"Meu roupapO doe Bola Preto costume!" as fardoes da Academia bobam The Arts Academy imortals in no cM de despeito porque noo their full vestments slobber at the conseguem, nem com aquelas Thursday's teaparty for spite because they cannot, not even with all those soncas e /Iames pelo carpa, chegar aos pes da elegancia malandra da gold braidings and rosettes covering Comissao fie Frente do Est~ao their whole bodies, get somewhere Primeira. E isso or. near the roguish elegance of the Uma vez, sonhei urn tr~o com Esta;a.o Primeira Front Commission. enredo tipo Romeu e Julieta. No There you are! sonho, eu era urn plebeu, tacador I once had a dream with a sort of de ganza na boteria do Bafo da Romeo and Juliet type plot. In my Qn~a, e me apaixonavo pela dream I was a plebeian, a gonzO Rainha do Cacique de Ramos. (rattle) player in the Bafo do Ons:a ArnOT ao primeiro reba/ado. Dance; (literally Panther's Breath) bond, and miudinho e ela tambem se amarrou. I fell in love with the Queen of the Saiu urn cacete malu/iano entre os rival CacIque de Ramos (literally felinos Montecchio e os Capuleto de Ramos' Indian Chief). Love at first cocar. Eu e Gracinhafugimos pra sway! I mode some fancy dance Barra do TIjuca na montaria de um steps and she also was hooked. cava/ariano que, a exemplo do There was a hell of a row between Nelson Cavaquinho, havia apeado the feline Montecchios and the pro melhor sambar. indian· clod Capulettos. Gracinha

o

~~~~~i~~';'!.;~~~,?~·:~'

42

-



Born, a sonho acabou. Mas minha idâ‚Źia fixe de que urn dio a

'I ~~~~~~f!:~~:~~~:!~e~a

and 1escaped to Barra da l1juca on a horse of a cavalryman who, following the example of Nelson Cavaqulnho, had dismounted to better dance the samba. Well, the dream ended. But my obse~ion that one day the great conquest will come up, this is still firmly planted. So firm as the evidence that, one Camival after the other, we (yes, you too, man!) get back home full of longing. History

may be written by winners, but the obscene history of Rio's Camival is written by those who fail to get even one lay. At least, where 1feel touchy, and where 1touch myself, 1am not touched by the 1 1~1~~~:~~~~;e~, mas a hist6ria bandalha when women I crave for. "II carioca e escrito pelos que noo comem ninguem. Peto Last Cam ivai, however, things menos, quanta d parte que me toca nan diferent. 1conquered and was e quanta aparte em que eu me conquered. A girl in a white scanty toco, quando noo sou tacado pelos collant, her navel-button showing, mulheres que desejo. and blue top hat, a samba dancer in the glOrious Vila Isabel No ultimo camaval, entretanto, a Samba &hool. Mello Menezes was always coisa foi diferente. Conquistei e Jui conquistado. Uma jovem de malha recommending to friends a branca, umbiguinho de fora e Momesque motel in the outskirts of Rio. For reasons it is not proper to corlolo azul, pastore do gloriosa Vila. give here, 1had not yet tried it. o Mello Menezes vivia And for reasons pnoper as regards recomendando 005 amigos urn the yound dancer, 1decided to take the artist's hint. motel momesco da Baixada. Por firme quanto a

que, carnovo! apos car¡nal"al. vollamos (0 senhor af tannbE'mJ pra coso na saudade. A His/6,ria pclde ser escrita pelos

motivos que nOD cabem aqui, eu

The Imperatriz

Leopoldlnense Samba &hool was parading, the public dandng behind, .oor motiVQS que cabem no jovem and she looked at me with an passisto, resolui aproueitar a dieD do artista. unmistakable "Let's?" We went. PassauQ Q Imperatriz The dty was transfigured in the Leopoldinense, 0 povo dan,ava allegories of my love plot. 1felt like atras, e ela me olhou com urn one of those mammoth frozen inequlvoco "vamos?': Fomos. A during pre-historical times and ready cidade se transjigurava nos a/egorios to allow for the millenarian delay. do meu enredo de ornor. Eu me Mello was absolutely right. The sentie urn desses mom utes motel's room seemed to be an conge/ados no pre-historia e prestes alcove in King Momus' Palace. First a tirar 0 atraso milenar. we sank into a warm water pool, full Mello tava com toda a razilo. 0 of aphnodisiqC little fish. When they quarlo do motel pareda uma alcova swan near by, my balls got all goose¡ no Palacio do Ref Mama. Prim'eiro, pimpled. We played a long time in mergulhamos numa piscina de the water. Built-in amplifiers gave 6guas tepidas, cheia de peixinhos the best sambas of all times. The aJrodisfacos. Quando passavam 1V set showed anthological parades rente, 0 saco /icavo todo arrepiado. in closed circuit, together with one or Brincamos um tempoo no agua. two Danish spedals. We ran to bed, Alto-falantes embutidos deixavam one drying the other. The air softly cair as me/hares sambas de todos as tempos. A televisao transmitia des/iles antologicos em circuito interno, junto com urn au outro Nlnmnho dinamarques. Fomos pra coma, um enxugando a outro. 0 ar rescendia suauemente a lan,aperfume. Est6vamos cUr/indo e~e ainda nOD tinha ida nessa boca. E

44


-

II!IDMR~ Itau


' "I11lTata quando a coma comecou a em ritmo de marcha-rancho, juro. Delicia de massagem. ,N'}m

c

J

y

•e" ? ";:>0 'lit

.

~

t

painel atras do espelho reclmavel, havia uma pa"ao de botoes luminosos. Era sO apertar e sara chicotinho de serpentina, uibrador fantasiado de arlequim, preservativos feitos de confete, revistinhas especiais do Carlos Ze/iro (Hilda , a tirolesa; Margo, a melindrosa; Carla, a hovoiana, . .), anGes travestidos de Branca de Neve , c6pias do AI·5, listas de presidenciaveis, slides dos bodes do Zona Sui depois das quatro, montanhas de safanagens . Possamos hams examinanda tudo. Como a gente curtiu! E tomando a maior champanhota, 0 tempo todo. No confOrlavel banheiro, decorado com posters de easais fantasiados em esUm ulantes reprod~6es do "Positions" , encaramos uma ducha sensacional. Relaxados, ainda m etidos e m roupCles felpudfssim os (oferla do casal com um beija·flo r no lapela, entramos no carro e pegamos a Auenida Brasil. Ali, mais au menos no engarrafamento do Francisco Bicalho, a mOl'a deu um tapa no testa. Estranhei: - Que foi? Esqueceu alguma coisa? Elafoi categ6rica: - N6s esquecemos! -Hum? - Esquecemos de tre ... - Noo fala! Pelo amor de Momo, nao fala! Cume que a gente foi esquecer dlsso?!

smelled of perfumed ether. We were having a ball when the bed began to vibrate· in a Carnival march rhythm, 1swear. A delight of a massage. In a panel behind the reclining mirror there were a n umber of lighted buttons. You just had to push and out came small whips of serpentine, vibrators in Harlequin fashion, contraceptives made of confetti, special magazines by Carlos 2efiro (Hilda, the Tyrolese; Margot, the delicate; Carla, the Hawayan ... ), dwarves dressed up as Snow White, lists of Presidential nominees, political pronouncements, slides of Copacabona balls after 4 a.m ., mountains of pornography. We spent hours seeing everything. What a fu n! And all the time drinking iced champagne. In the spocious bathroom, decorated with posters of costumed couples in sUmulating reproductions of positions, we enjoyed a sensational shower. Relaxed, sUlI wearing extra·fluffy both robes ( a gift /rom the house) with a humming bird embroidered on the lapel, we got into the car and headed fo r Avenida Brasil. More or less by the Francisco Bicalho traffic jam, the girl slapped her forehead. 1 was surprised: - "What happened? Forgot something?" She was categorical: - "We forgoil" -"Hm?" - "We forgot to f .. . " - "No, no, don't say it! For the love of Momus , don 't say WHow could we forget that?"

*


Eclaro que voce Mas viver com

Chivas Regal.

PIp.... 1ft1L."'0

2 ANOS. PAODUZIDO POR CHI VAS BROTHERS LTD . , NA EscOel" ,



10 vezes testemunhando 0 esplendor. as mudanc;as. a alegria. as U'gr!mas. a gloria e drama das escolas Quando Rio. Samba e Carnaval surgiu

(come~ou

0

a seT

pensada em 1971 e 0 primeiro numero enriqueceu de informac;oes o desfile das escolas de samba de 1972), 0 mundo ingressava numa fase intensa. de mudan~as definitivas. Que se refietiam em todos os

a5P.OO:os da nossa vida cotidiana, ern particular no lazer.

t. exatamente este 0 quadro definido pelo ;omalista Joao Maximo, no presente artigo, que marca 0 decimo aniversano da RSC: 0 camaval (ou a camavhlia nem sempre divertida) no Brasil e no mundo: e 0 mundo se refletindo e se resolvendo dentro do

Ten times witnessing the splendor. the changes. the gaiety. the tears. the glory and the drama of Samba Schools When RIO. SAMBA & CARNAVAL appeared (it was conceived in 1971 and its first issue enriched with data the 1972 Samba Schools parade) , the world was entering into aD intense phase, of definitive changes. Which were reflected in aU aspects of our daily life, particulary as regards OUT leisure. _

]bis is exactl.y the picture defined by newspaperman JOAO MAXlMO in this article, which marks the tenth anniversary of RSe : Carnival {or the not always funny CamavaUaJ in Brazil and in the world; and the o.vorld reflecting ttseH and being transformed into our Carnival.

nosse camava!.

do RIO de BolsO de Valo res Os astronautOS E urn ano a~t~~~el~o lugar n~:~;:~rn 0 r.i6~~OdO JanelroJJ~e : MItchell ~ouf~~ causa rnpen~,i~::da d Shepa no Brasl 0 nto do 0 Paulo e Antal; :,' ~~rnplo'l 0 ~~~~~e~ oUd dOS~~~~tBroslielro, nO ~:';'elelro~ e;oBp~l~ despe~,~s: D~Ogern ~~~rleOganha

~~~:~n~ (irDDru~路::~o L6M~n~~vagAtl~tlC~~~I%dO Distanclad 0 concurso MISS adonol H6 aglt~ba Pela ern Lon pr~melro compe~~~ noS meioS ddo~arnoual, da sogra路 se t~ao, tarn do ago nlo E pela mundo E OWos te6ncos 101010 a dos des~les sobreu1ue lo eneSlmO vet d~oa aU do purezdo a sua mog , morte do tro samba, corn to en~Slma vet

0

"0 lele , " lala,

"0 lele, 0 lala, Pega no ganze. pega no ganza" Pega no ganze, pega no ganza." o estribilho do samba-enredo do (Lilies of a Carnival song, with little Sa!gueiro. embora pouco tenha aver meaning except: "Grab the rattle com 0 tema Visita de urn Rei Negro, (musical instrument)".) econsagrado na Avenida: a vermelho路e路 The refrain of Salgueiro's plot-samba, branco sagra-se campea, com 12 pontos although having little to do with the theme na frente da Portela e diante dos "Visit of a Negro King", is acclaimed in mesmos e veementes protestos. 0 the Avenue: the Red and White School is Sa(gueiro, dizem, continua conmbuindo the champion, 12 points ahead of Portela, para a deturp~ao do samba, dos and before the same vehement desfiles. Djalma, 0 presidente da remonstrances. Salgueiro, some claim, Mangueira, escola que os tradicionalistas persists in contributing to disfigure the afirmam ser 0 ultimo reduto do samba samba, the parades. Djalma, president of puro, jura que a comissllo julgadora Ihe Mangueira. a school that traditionalists tirou pontos por razoes politicas: "Nossa affirm to be the last fortress of the pure samba otava uma frase do Presidente samba, swears that the judging commission Medici." Mas nem tudo foi tristeza para a denied Mangueira the necessary points for verde-e-rosa. No come<;o do ano. em political reasons: "Our samba quoted a cerimonia que levou as lagrimas Cartola, sentence by President of the Republic Carlos Cach~a e oUtros veteranos e Medic!:' But not everything was sadness for lendalios sambistas. finalmente a the Green and Rose School. At the Mangueira conseguiu realizar seu sonho . beginning of the year, in a ceremony that da sede propria. Uma vitolia do samba. led Carlola, Carlos Cachac;a and other legendary samba veterans to tears, Mangueira was finally able to make the dream of lis own headquarters come true. A victory of Samba.

49


ear of many ndment mo I h patentialtty ~.; tu tional orne disCOver t e onto ues a on_ V ap.operas \dlnense I appro nor indirect. T. so\ro.-1'atrlZ \.eo \l2 ° ·' SchOOl's Goue r forrJ1lng Y-:'B odelle f of Saml bath~ ~;~ feature s ofba i t~k9,~ur\d Ja r the s~ry.Marthn o ne 0 h wn as a d ,he sam rehearsals are 5 (~ ulo Gracin~o). an the hit parades gomb1e!.! UCZZe Cadfl\ba. chmbs 10 Is not aYe

Qetere , by

De uma revista argentina cujo en viado

especial empolga-se com 0 deslile do Imperio Serrano: "La fiebre esta am, en entusiasmo, ese toque de locura

imprecindible como detonante para hacer estallar toda la dinamita con ten ida durante el ano y que ha de iluminar la Avenida Presidente Vargas en una unica

noche que apaga todas las demas neches." Como em anos anteliores, a verde-e-branco deixa a passarela aos

gtitos de "Ja ganhou!". Seu enredo, Alo, Ala, Tal, Carmem Miranda, e executado a perfe~ao. Alguns observadores garantem que ressurrei~ao

ea

do samba, da autenticidade,

do born gosto superando

0

gigantismo.

Mas os homens do Imperio - entre eles

0

presidente Irani dos Santos . na.o confiam no campeonato: "Lembram·se dos outros anos? Estamos cansados de ganhar vices imposslveis!" 56 que, desta vez, confirmando 0 que diz 0 samba feito

por FaMcio meia hora depois do desfile ("0 Imperio desfilou e 0 povo gritava: Ja ganhou!"), 0 titulo foi realmente seu.

t.

Quoted from an Argentine magazine, whose special envoy gets overwhelmed with the Imp&io Serrano parade: "The fever is there, in enthusiasm, this touch of madness essential as a trigger to explode all the dynamite restrained during the whole year and which will light up Presidente Vargas Avenue in one single night, a night which dims out all other nights". As in previous years, the Green and White School leaves the parading avenue at the shouts of "The Winnerl". Its plot, "Hello, Hello, Carmen Miranda", is rendered to perfection . Some observe that this is a resurrection of the samba, of authentietty,of good taste excelling gigantism . But the men of Imp&io - among them its president Irani dos Santos - are not confident in being champions: "Remember the other years? We are tired of winning impossible vicechampionships!" Only this time, confirming the words of a samba written by Fabrfcio half an hour after the parade ("Imperio paraded and people were shouting: "The Winnerl"), the title was really Imp&io's.

a ano do

eessadog o

AgneUld ren~;~: ~,;t:Jo de 17 anOS. ~o:i~d: Everllo. tempo de mor.

Unidos. Peron relorna epol tango entro em eena. cornolla!.

ze Catimba entra na Justi<;a contra a Imperattiz Leopoldinense por ter sido pretetido na hora de se decidir qual 0 samba que a escola Jevaria para a

Avenida com

0

seu ABC do Carnaval

a Maneira da Literatura de Cordel

(0 samba de ze Catimba' ganhara, mas a diretoria fora demitida, 0 deputado Santana Filho assumiu a presidencia e escolheu ele proprio um novo samba). Na Portela, e acirrada tambem a discussao sobre a validade de profissionais como Evaldo Gouveia & Jair Amorim concorrerem . e ganharem .

o concurso para 0 Mundo Melhor de Pixinguinha : "Ha muita gente estranha

e

no samba", dizem uns; "0 samba a maior das democracias", defendem outros. Enquanto isso, contando suas

Lendas do Abaete , a Mangueira fazia as pazes com 0 ntu.lo de campea., apesar

de desfilar pela primeira vez sem 0 genial Delegado, agora mestre-sala da Verde e Branco de Sao Paulo.

50

, am Nos Estados . no, Vtel:'esidi·nda. No Arge~tlna.

In the U.S. Agnew ase fire in Viet- Nam I Argentino, Is the year 0 l e~ he Viee . Presi de n ey~. a .. tends his resign~IOn 1f 7.tyeor exile. In RiO. Ihle lanJ sun,01 PerOn returnS oJ.er a II is Summer. lime 0 seo. appears into the scene. Cam illal.

ze Catimba resorts to the Co~s against Imperatrlz Leopoldlnense claiming to have been passed by at the time of selection of the samba for the school to take to the Avenue , with its "ABC of Carnival In the Fashion of Popular Northeastern Literature" (ze Catimba's samba had won, but the School's board of directors was discharged and Representative Santana Filho took over the presidency and be himself chose the new samba). In Portela, the discussion on the validity of professionals such as Evaldo Gouveia and Jair Amorim r lnning for and winning - the contest for "The Better World of Pixlnguinha" plot, is also violent. "There are too many alien people in the samba", some complain. "Samba is the best of Democracies", defend others. In the meantime, telling ~s "Legends of Abaete", Mangueira made peace with the tide of champion, despite the fact that for the first time it paraded without the superb Delegado, now the master dancer of the Green and White School of Sao Paulo_



---

_....~.. .. '~', In Bra:zir.

C,1t

h Watergate scand . . d Guanob aro Is the year oj t e RiO de Janeiro an . are reinstated .

dolo de WCdergate.

obara se jundern,

t. 0 000 ~ Rio de Janeiro e G~China. 0 mundoelro ~ chega pre5lde~~ diplom&iCOS ~d' explode SUO prirTl reatam·se os re no Chile, a n 10 , Serassi~ e agilO: PinoC hei assum~m Pornpldou e Peron' lsrael. Tombem bomba atomiCQ. r:n°Go!da r-1eir renund O~m os puristOS do deposto no Eti6pKl, r menOS e 0 que o~ R~ de franca na . wnodOna/ (ou pe 0 ....Jrl do comoual. In 00) 0 enredo com¥,,-

a

sam

"?

reaches the

No 8 ...1. ()eisel

PrD~d~n~~tic relations kith C~~~~

Chile, Indio

Sioies merge'd ' IP bed ' ?lnachet 10 es ou d PerOn die,

The world is . lstur TTl 'bomb, pompido u an iT submits her

explodes

e

Selassle~

.

i~ ~~h~~~ed in Ethio:pia. Go:rdn~(or, 01 leost ~~ lS

IS. ersraeJ. Likewise mte.rn~~~Ochompion plot: resignatIon m .sts th ink) is Camlva 1 d" what samba pun \ the Haunted 18 an .

lIIe

King of france n

A. _ "l>.mbr~o .

I1ba da~

A partir de 1974, 0 nome d" Joaozinho Trinla, entao carnavalesco dos Academicos do Salgueiro, vai Hcar permanentem'2 nte na berlinda , nas discuss6es sobre 0 desfile das escolas de samba. Ele e outros seguidores (ou precursores?) vao intensificar, de ano para ano, 0 aspecto v.isual das escolas, convertendo-as nu m grande show de IUles e cores. mais do que de sons, num gigantesco teatro ambulante, em vez de uma espontanea festa de ritmo e harmonia. Com seu enredo nota 10 e um desfile que de fato comove a comissao julgadora , 0 Salgueiro segue seu destino de escola revitalizadora (ou deturpadora?) do camavaL E Joaozinho Trinta com~a a fazer , em torno de seu proprio nome, uma nova legenda. Discunvel. certamente, mas cada vez mais influente.

Starting as from 1974, the name of J oaozlnho Trlnta, then at Academlcos do Salgueiro , will forever remain in the center of discussions about samba schools parades. He and other followers (or forerunners?) would from then on intensify, year aher year, the visual aspect of the samba schools, converting them into a great show of lights and colors, rather than sounds, in a gigantic walking theatre . instead of a spontaneous revel of rhythm and harmony. With its 10 grade plot and a parade which truly moved the judging commission, Salgueiro followed its destiny of a Camival revitalizing (or disfiguring?) school. And Joaozinho Trinta begins to create, around his own name, a new legend. Controvertible, of course, but every day more influential.

ar pact, oj the. 's , princIpe the Brazil·Gerrno M~ornbique~, the samba of Is the yeo'n . 'n Argentina, ofThose that seeh,n e)Cornple of R 00 aIr 1 dence . olet e Lo pe56egTome's inde~en ned intilutiO n qUequesting chong~on ascn~ool~porodhee~:~e:,~o say tehgerole:~g: the parade locO1 is t ,.. "We or the sC h00 de locatio n: j th e para Is not. ny nUC le

ho do cClSO r Brosi!-Ale~O~ de do ocordo ~uc1edo independencI~ tJ~ern no C ° °RneOgo no Arg~ntlnoSoo Torne. OdS ~~dO d lorn 0 . "'0 coT'l e pede'" Lope ' b·q ue. Pn'n" pe e ' nstilU1~U I meT'lOs. 1 de MdO<;j~: d~s escol6°s ~:S°e~Olos que. P~~ceT'ldo . 0 loCO es l i dOS pr pn d : "Eslorn os e)CernP 0 01 sejO mudo 0 Que 0 loe " desftl e nOO

A primeira re~ao dos puristas do ;amba ao que eles chamam de )rofissionaliz3\=30 das escolas, de invasao los elementos estran hos, da det urpa,ao lo espirito dos desfiles ("Os sambas :om~am a se transformar em algo 'morfo. mais perto dos blocos do que las escolas", decreta 0 compOSitor Elton vledeirosl, a funda<;ao da Quilombos, 1ma escola alternativa idealizada por :::andeia. Seus primeiros adeptos sao jente i1ystre do samba: Paulinho da liola, Elton, sambistas da nova e velha {uardas. Mas quem ganha 0 carn aval e lovamente 0 Salgueiro, com o utro 'nredo de Joaozinho T rinta: Segredo las Minas do Rei Salomao. 0 que em a ver com 0 Brasil 0 lendario Rei ;alo mao? Joaozinho responde: "Pois os enfcios nao estiveram entre nos antes de 'edro Alvares Cabral?"

e

52

° "

The first reaction of samba purists toward what they call professionalism of schools, invasion of alien elements, disfiguring of the parades' spirit ("Samba begins to be changed into something amorphous, closer to Camival blocks th.n to samba schools", decrees composer futon Medeiros), is the foundation of Qullombos, an ahemative school conceived by Candela. Its first adepts are eminent salJ1ba people: Paullnho da Viola , Elton , samba composers, new and old,timers alike. But the school that wins is once more Salgueiro, with another plot by Joaozinho Trinta: "Secrets of King Solomo n's mines". What has Brazil got to do with the legendary King Solomon? Joaozinho replies: "Were!"t the Phoenicians among us before Pedro Alvares Cabral, the Portuguese navigator who discovered Brazil?"



Niio tanto a chamada "revolu<;ao da alegria", mas sobretudo a consagra<;ao definitiva do visual, preconizado per Joiiozinho T rinta, cristaliza-se este ano. De infcio, ninguem acredita que a ate aqui pequena Beija-F1or, de Nil6polis, possa furar 0 favoritismo das quatro grandes com seu enredo Sonhou com o Rei da Leao. 0 presidente da escola, Anisio Abraao David , chegou a abandonar

0

recinto em que eram

abertos os envelopes com as netas da comissao julgadora, depois que sua bateria e seu samba receberam apenas 25 do s 30 pontos possiveis: "Sao urn bando de ladr5es!", exclamou . Mais tarde, na sede da escola, durante as comemora<;oes do titulo, volta agas: "Me enganei , 0 juri e honesto." E que, depois daqueles cinco pontos perdidos, a Beija-Ror ganhou nota maxima em

I

I I

II

1"1

tudo e sagrou-se campea. Nao foi por

acaso que as natas de samba e Jateria - outrora tao decisivas na 'valia~ao de uma escola de samba :>esaram tao poueo na balanc;a. Com a Jaiavra , 0 visual.

Not SO much the so-called "gaiety revolution", but above all the definitive acclamation of the visual aspect, proclaimed by Joaozinho Trinta, is what is crystalized this year. At first , no one believed that until then small Belja-Aor, of Nu6polis, could get through the favoritism of the four largest samba schools, with its plot "When you Dream of a King. the Lion wins" (reference to a popular lottery in which every fo ur numbers correspond to an animal) . The school's president Aniz Abraao David even left the premises where the envelopes with the notes of the judging commission were opened when its samba and its band received only 25 of the 30 possible points: "They are a bunch of thieves!", he cried . Later, at school headquarters, during the celebrations for the title of champion, he changed his mind: was mistaken , the juri is honest". This was because, after those five points lost, Belja Aor got the maximum note in everyting else and won the title of champion. It was not by chance that the notes o n samba and band - formerly so decisive in the appraisal of a samba school weighed so little in the scale now. Visual takes command l

I I

I

G sso se desmembro em dois, ono em que M~O Su7 0 Conntions e compe~, um do Norte e outro 0 s de espe ro . enticos do muS/CO poulisto depois de 23 o~~ento de nOLIOS contor~s e,. populor, dionte do surgl do "linn a experimentol~to , instTumentistas do cta°:~IO as roites. Enquonto ISSO. os Llo/tom °ddomobrse sofisticom. esco los e sam

ÂŁ0

A Beija-F1or prossegue inovando. Lana, por exemplo, cria 0 que ele chama de "som estereof6nico da bateria", dividindo-a em Ires partes: alguns de seus figurantes saindo logo apOs a comissao de frente, as ritmistas mais alras e 0 restante no fim. Com apenas urn ponto a mais que Portela, Salgueiro e Uniiio da IIha, a Beija-F1or ganha 0 bl. enredo de Joiiozinho Trinta mais

o

e

uma vez espurio: Vovo e 0 Rei da

Saturnalia na Corte Eglpclana. Protestam os puristas. Num ana em que o etemo nota 10 Delegado ganha 7 no desfile paulista, os protestos se multiplicam em tomo de urn samba "mais despojado". Ao que Joi!ozinho retruca: "Quem disse que crioulo tern de ser despojado? Crioulo ja e despojado 0 ana inteiro . Aqui ele tern de vir

enfeitado, emplumado, lantejoulado, aroado." 54

Beija-Aor continues to innovate. Lalla, for instance , creates what he calls the "stereophonic sound of the band", dividing in into three parts: some of its players right behind the front commission, rhythmkeepers a little ways back, and the rest at the end. With only one point more than Portela, Salgueiro and UnUlo da Ilha, Beija-Ror wins the bi-championship. Joiiozinho Trinta's plot is once more spurious: "Grandma and the king of Saturnalia In the Egyptian Court". Purists rage! In a year when the eternal 10 grade Delegado gets only 7 in the Sao Paulo parade, remonstrations are multiplied around a "more divested samba". To what Joi!ozinho Trinta replies: "Who ever said a negro has to be divested? Negroes are already divested, the whole year round. Here he has to enter all dolled uP. full of plumes, all sequinned, crowned."


Nas costas, na cintura, na lateral. E56 examinar um brasileiro por dentro que voce descobre uma etiqueta Hering. Quem e que nao gosta de usar uma malha de algodao macia, suave e contortavel? No trabalho, no esporte ou no lazer, qualquer tempo e tempo de camisetas, cuecas, pijamas e camisolas Hering. Mas nao e 56 no Brasil que a etiqueta dos dois peixinhos virou moda: ela tambem pode ser encontrada nas costas alemas, canadenses, finlandesas, americanas, suecas e holandesas. Afinal, quem tabrica 16 milhoes de peGas por mes nao podia deixar tudo nas costas dos brasileiros. ~n~o!!~:r!N~



•

o novo Chevette Maraj6 e0 auto-suficiente para todos os seus programas de comego, meio e fim dE semana. Desempenho e espago exatos para voce, sua familia, sua bagagem e suas viagens. Veja isso por voce mesmo num Concessionario Chevrolet. Mega 0 seu tamanho. Veja quanto espag' para a sua bagagem e a de sua familia. No compartimento dos passageiros, as pessoas ficam vontade, com liberdade para movimentar a pernas e viajar comodamente. . Debaixo do capo, 69 cavalos de patencia para um desempenho folgado nas mais diffceis situagoes ( ultrapassagens, subidas e curvas, mesmo total mente carregado com bagagens e passageiros. o Chevette Maraj6 e0 carro que voce queria. Nem pequeno nem grande. Auto-suficiente. Mas com muita forga .

a

.•


asi! de

E0 anD ~o

J1l

ois urno

Capo perdi ~rn de Gi~~l'JO de Jooo ;'ouo\, do uisi10 tp~ulO I e do aooS) . No C

1_71 "E 0

de JotlO ito!ionO ern Papa oM ~ Ilure .

lim do samba!", "0 samba

)

torcedor ,

rt r 00 Br • solou 0 orte uisitG de Co erol " nOo cond ele~60 e ,TTl irO rlle (0 "ult6rio mOd D'Estoing,p ~10 11 (0 prt

456

0

cho

ro

"It's the end for Samba!" "Samba is dead!" "No more CamivaJ'" are common

morreu!", "Acabou 0 camava)!" sao exclama~6es comuns diante' do tri da

exclamations before the tri-championship of

Beija-Ror, que mais uma vez captichou

Belja-F1or, that once more excelled in

nas alegorias, no luxo, na teatraliza~ao do enredo, para brilhar na passarela. Seus camavalescos admitem que 0 samba, cantado e dan~ado, e

allegories, in luxury, in the theatralization of rts plot, to shine on the parading avenue. Its participants admit that the samba, sung

preocupac;ao menor diante do samba

como expressao visual. "Antes - comentava urn velho defensor das escolas - 0 desfile era feito da cintura

and danced. is a minor concern before the samba as a visual expression. "Formerly -

an old defender of schools remarked - the parade ~was done from the waist down , on

the mulatto girls' hips, in the steps of the dancers, but now it is the opposite, from the waist up, in costumes, in the turbans of passos do passista, mas agora e 0 the major characters .. :' Changes also in :ontrario, da cintura para cima, nas fantasias enos turbantes dos rhythm, relyiDg much more on the timbrels, the easiest of percussion :iestaques ... " Modific~6es tam bern no instruments (a change with which Belja:itmo, muito mais apoiado nos :amborins , 0 mais fad) dos instrumentos F10r has little to do, or better, that is a characieristic of all schools, whose bands :Ie percussao (uma modific~ao com a became open to all, even those with less =Iual a Beija-Flor tern pouco a ver, au llelhor, caractenstica de todas as escolas, talent) . But who said that's the end of the Samba? It could be, merely the beginning ::ujas baterias se tomaram abertas a :odos. mesmo aos menos talentosos) . of a new era. "las quem disse que e 0 fim do samba? para baixo, nas cadeiras da mulata, nos

falvez seja. apenas, 0 infcio de uma 10va era.

o tetracampeonato da Beija-F1or (0 hexa de Joaozinho Trinta , contando os de 75 e 76 pelo Salgueiro) ficou na vontade. As etemas discuss5es teoricas

;obre a filosofia dos desfile recrudescem . Sobretudo quanto ao enredo da BeijaRor - t~o abstrato quanto as dos anos :mteriores . Foi dada a nota baixa que a

:irou da luta pelo titulo, que acabou nas l1~OS da Mocidade Independente de :>adre Miguel com seu Descobrlmento ~o Brasil. 0 esquema do desfile tomaie mais complexo, com a primeiro grupo

jividido em lA e 18. Portela e Imperio, =lue sonhavam com a vitoria, faziam \t1adureira chorar duas vezes. E 0

jesabafo do pessoal de Padre Miguel: 'NosSa vitoria acaba com a lenda de que , Mocidade Independente nilo passa de Jm bando de sambistas atras de uma lfande bateria."

58

The tetra-championship for Belja-F1or (hexa for Joilozinho Trinta, counting those of 1975 and 1976 with Salgueiro) remained only as a desire. The eternal theorectical discussion on the philosophy of parades grew in intensify. Specially when the Belja-F1or plot - as abstraci as those of previous years - receives a low note leaving

the school out of the fight for the title, which ended up in the hands of

Mocldade Independente de Padre Miguel with its "Discovery of Brazil". The parade's scheme becomes more complex, with the first group divided into lA and lB. Portela and Imperio, that dream with victory, made Madureira cry twice. And the outburst of Padre Miguel's people: "Our victory ends with the legend that Mocidade Independente is nothing but a bunch of samba dancers behind a great band:'


"E entao os pequenos habitantes de Li~put soltaram urna a uma as amarras que prendiam GuUiver Ii terra. num trabalho paciente e dernorado. E todos cantaram e danc;aram a noite toda. bebendo grandes-pequenas quantidades de uma bebida clara. cristalina. A Gul~ver foi dado experimentar uma pequena garrafa dessa bebida. Sob 0 olhar atentode todos. Gulliver experirnentou. sentindo urn leve ro;ar em sua lingua. Urn dos pequenos habitantes. atraves de uma mlmica desajeitada que a todos fez rir. exp~cou a Gul~ver que a bebida era boa porque. por rnais que ele bebesse. continua va sern nenhum halito denunciador...

Voce eo que voce vive.

Urn copo grande. gelo. uma pequena

quant idade de Smirnoff: Smirnoff. Gulliver.


o triplice empate entre Beija-f1or, Portela e Imperatriz Leopoldinense tern varias significa~6es. As tres escolas seguiram 0 figurino dos apologistas do visual. Deixaram claro que

0

bloqueio

das quatro grandes estav.a definitivamente rompido (dessas quatro, apenas a Portela chegou la). E, acima de tudo, mostrou que ganhar 0 titulo e hoje uma gl6ria aberta a qualquer escola (outras consideradas pequenas, como a

Vila Isabel , fizeram excelente figura) . Mas, com 0 r'esfile de 1980, abria-se unld nova

decada. Ainda

que se

repitam , a cada ana as afirm~5es pessimistas - e 0 atestado de 6b;.to do samba continue a ser assinado por

estudiosos apressados , para que 0 mesmo samba ressurja , cada vez mais vivo, no proximo camaval - as escolas seguem em frente .' A febre competitiva as empurra, e verdade, mas nao ha

como negar

0

seu papeJ , sobretudo

integrador na hist6ria da cidade . Os redutos des sambistas continuam se:ndo

invadidos por gente estranha , por compositores profissionais, pela classe media da Zona Sui, por intelectuz.:" grafinas e desfilantes de concursos de fantasia . E dai? 0 certo e que , gr~as as escolas , a cidade com~a a descobrir 0 morro, 0 samba transforma-se numa entidade democratizante, unindo pobres

e ricos ao som do mesmo surdo. Uma

confraterniza<;ao que ate bern pouco durava apenas uma noite, mas que ja se alonga pOT tres, quatro meses, durante

as quais a escola se prepara para 0 grande espetaculo. Quem sabe urn dia nao durara 0 ano todo?

60

The triple tie between Belja-Aor,

Portela and Imperatrlz Leopoldlnense has many significances. The three schools followed the pattern of the visual apologists. It left it clear that the blockade of the four major schools was ruptured for good (of these four, only Portela made itJ) . And, above all, it showed that winning the title these days is a glory open to any school (others, considered small, like VUa Isabel, made an excellent show) . But, with the 1980 parade, a new decade commenced . Even if every year the usual pessimistic affirmatives are made - and Samba's death certificates continue to be signed by hasty scholars, for the Samba to re-emerge, ever more alive, the following year - schools shall go on ahead. Competitive fever impels them , it's true, but their role, mostly as an integrator in the history of the CITY, cannot be denied. Samba composers' fortress continues to be invaded by alien people, by professional composers, by Rio's southern zone medium class, by intellectuals, cafe-society ladies, and costume contests paraders. So what? The truth is that, thanks to the schools, the City begins to discover the slummy hills, samba has become a democratizing entity, uniting both poor and rich people to the beat of the same drum . A confraternization that until very recenrly lasted only one night, but that already extends for three, four months, during which the samba schools prepare for the great spectacle. Who knows, maybe one day it will Ia.,i the year out .. .



Moaelr Androde

As escolas de samba tem mais de 50 onos e urn "poi" conhecido, au pe10

a

menos simbOlico: Ismael Silva. sambaenredo, noo. Noo tem ainda 50 anos e sua criOf;aO continuo

controvertido e

disputada. Carlos Cach",a, arquivo vivo e atuante do Esta;ao Primeira de Mangueira e portanto , por extensilo, das escolas de sambo, e urn dos que podem reiuindicar a gloria do pioneirismo. De fato , ele fez para o camaval de 1934 um samba Homenagem . em que louuava Castro Alves, Olavo Bilac e Gon~alves Dias, poetas homenageados no enredo da Mangueira nesse ana. Esse marco de indiscutfuel imporloncia hist6rica nao afterou, porem, as

caradensticas dos sambas apresentados pelas escolas no desfile , tilo precisamente descritas pelo m usicologo e folclorista Brasl1io ltibere numa deliciosa cronica de 1935, inclurda no seu interessantfssimo livrinho Manguelra, Montmartre e Outras Favelas. Nesse texto cativante,

Itibere nalTo umo visito feita

Q

Mangueira

em noite de ensaio, no qual fo; ciceroneado por Mestre Julio, entao

Diretor de Harmonia da escola. A certa

altura, diz: "Agora, Q bateria comefo Dutra vez, como urn sussurro. ( .. .) As percussOes Qumentam de intensidade e,

subito, como uma martelada de bigoma, as vozes irrompem estridentes, guturais. marauilhosamente primilivas. (. .. J Mas par que sO cantam as pastoras ~ as crian,as? E estao calados as homens? E que as Llozes masculinas s6 interuem nos solos ¡ que nos ensaios tem um carater de improLli~ao, sem uma sequencia 10gica nem, sequer... uma liga<;ao tonal com a parte coral. As vezes, pela diferen~a do texto e disparidade do desenho mel6dico, esse solo chega a ser um corpo estranho dentro do proprio samba. 56 mais tarde, nos ensaios gerais que precedem 0 desfile na Pr~a Onze, 0 compoSitor del 0 carater dejinitiLlo a parle solista que, em gera/, resulta mais fraca e raramente perde a aspecto de improLlis~ao . Nessa noite surpreendente, a Llerdade me chega

direta, pura como agua colhida na fonte . E fonte milagrosa, pois, ja h6 alguns momentos, ue nho constatando essa coisa prodigiosa: toda uez que, apOs 0 solo, a coro uolta d m elodia principal, retoma a tonalidade primitiua com uma precisao absoluta, como se houuesse obedecido a um diapasao misterioso. Como sao muitos as compositores, e existe um grande numero de sambas, pergunto a Mestre Julio qual 0 criterio da escolha. Ele exp/ica: '0 compoSitor tira 0 samba e canto para eu ouuir. A primeira escolha e minha. Depois, ele canta de nouo para as pastoras, A criancada esta escutando, /a de fora. Se gosta e repete com prazer, 0 samba esta adotado. ' Agrade~o a Mestre Julio essa Ii~ilo de pedagogia musical. (.. .) o cora ensaia agora um nOLlo samqa de formidauel rmpeto dinamogenico, E 0 que eles chamam "samba de i!,f/uencia", para o desfile na Pra~a Onze . E ritmo puro. Melodia curta e incisiua , para desperlar a euforia, e pretexto para uma extb;,oo coreografica do baliza e da portaestandarle," Era assim , resumindo, apOs a longa mas oportuna , brilhante e exata cita~ao : coral na primeira parte, solo mais ou menos improuisado na segunda, ambas se a obrig~ilo de tratar do enredo. Nilo era ainda 0 sambo -enredo no forma crista/izada mais tarde, mas 0 "samba de influencio" (e as vezes eram mais de urn . Em 1931 , por exemplo, a Portela desfilou com tres: Ando Penando, de Alcides Lopes; La uem ela, de Emoni Alvarenga; e Ou(:o uma IlOZ, de Nelson Amorim) . Com Homenagem, em 1934, Carlos Cachaca tocou coincide ntemente no en redo, mas nos anos seguintes uoltaria a apresentar sambas desligados dele, Paulo da Portela tambem pode somar. aos seus tantos If/ulos, 0 de pioneirismo no samba-enredo. Na sua escola se diz que ele fe z 0 primeiro: Teste do Samba, para 0 camaval de 1939. Na verdade, nesse ano, Paulo foi ele proprio tambem 0 autor do enredo , dar ser quase inevitauel que 0 samba abordasse a me smo lema,

Carlos

Cac ha~a


plays his samba in the guitar and sings it to me. The first choice is mine. Afterwards, he sings again for the "pastoras". The children are listening outside. If they like School's Master of Harmony. At a certain point, he says: "Now, the band starts again, in a whisper ( ... ) Percussions

MUTATION AND ENDURANCE OF THE PLOT-SAMBA Samba Schools are more than fifty years old and they have a known, or at least , a symbolic "father": Ismael Silva. The Plot-Samba does not. !t is not yet 50, and its inception is still controvertible and disputed. Carlos Cacha.;a, a live and active file of Esta.;ao Primeira da Mangueira and therefore, by extension, of Samba Schools, is one of the few who can vindicate the glory of 'being a pioneer. In fact, for the 1934 Camival he made a samba called "Homage", in which he praised Castro Alves, Olavo Bilac and Gon,alves Dias, the poets who were being celebrated in Man, ueira's plot of that year. Such milestone of unquestionable historical importance, however, did not

change the characteristics of sambas presented by Schools at the parade, so accurately described by musicologist and folklorist Brasilio Itlbere in a delighrlul chronicle back in 1935, included in his very interesting little book "Mangueira, Montmartre and Other Slums". In his captivating text, !tibere relates a visit made to Mangueira during a rehearsal night, in which he was chaperoned by Mestre Julio, then the

increase in intenSity and, suddenly, like a hammer blow on an anvil, the voices come in , strident, gutural, marvelously primitive.

(... ) But why only "pastoras" (young girls) and children sing? Why are men silent? It's because masculine voices only

the samba and repeat it with pleasure, the

Samba is adopted' . I thank Mestre Julio for this lesson in musical pedagogy. (.. .) The chorus rehearses now a new samba 01 a formidable dynamogenic impact. It is what they call "a samba of influence". for the parade at Prar;a Onze. It is pure rhythm. A short incisive tune, to arise euphoria, and a pretext for a

intervene in the solos - that at rehearsals have a character of improvisation, with no logical sequence, not even a tonal

choreographic exhibition by the drum major and the standard -bearer" . In short, after this lengthy but happy ,

connection with the choral part.

brilliant and accurate quotation , that's hov.. it was: chorus in the first part, a more or

Sometimes, due to the difference in text

and disparity in the melodic design, this solo turns out even to be a strange body within the samba itself. Only later, at general rehearsals which precede the parade at Pra.;a Ooze, will the composer give the final character to the solo part which, usually, results weaker and rarely loses the aspect of an improvisation. At

that astonishing night, the truth comes to me direct, pure as a water collected at the fountain. And a miraculous fountain it is, since, already for some time now, I have

been noticing a prodigious thing happen: every time that, after the solo, the chorus comes back to the melody's main theme, it takes up again the primitive intonation with an absolute precision, as if it obeyed the command of a misterious pitch. Since many are the composers, and there is a

large number of sambas, I ask Mestre Julio which is the criterion for the selection. He explains: 'The composer

less improvised solo in the second part, both without any obligation to refer to the plot. It was not yet the Plot- Samba in its later crystalized form, but the "samba of

influence" (and sometimes they were morl

than one. In 1931, for instance , Portela paraded with three: "Ando Penando" ("I'm Suffering"), by A1c1des Lopes; "La Vern Ela" ("There She Comes") , by Ernanl Alvarenga ; and "Ou.;o Uma Voz" ("I Hear a Voice"), by Nelson Amorim) . With "Hornenagem". in 1934, Carlos Cach",a coincidentally brushed on the subject of the plot , but in subsequent years he would again present

sambas with no relation to the plot. Paulo da Portela can also add, to his many titles, that of a pioneer in the PlotSambas. In his School it is said that he made th e first one: "Teste do Samba" ("The Samba Test"), for the 1939 Carnival. What happened was, in that


Ca ndeia

observo 0 historiador musical Sergio Cabral nurn artigo sobre 0

no entento, co mo

ass unto , a letra de seu samba p reocup aua-se mois com a vitoria do escola no desfile do que com a e nredo, Outro que postula para si ¡ e p ara seu parceiro Silas de Oliveira¡ a crt",ao do samba - en redo e Mano Decio do Viola . Para a coma val de 1946, ele e Silas /ize ram para a escola de Samba Prazer do Serrinha A Conferencla de sao .

Francisco, baseando-se no enredo criodo pelo portelense Antonio Caetano, en tao em litfgio com a Portela. Esse samba, porem, acabou noD sen do centado no Auenida, pois 0 homem que dingle com mao de ferro a Prazer do Serrinha (Seu Alfredo Costa, sogro de Dona Ivane Lara, esta sim pianeiro incontest6uel do sambaenredo, entre as mulheres) op tou altima hora por outro e nredo, deixan do A Conferencla de Sao Francisco inedito ate recentemen te. quando 0 proprio Mano Decio 0 grauou nurn LP, com outro nome. 0 porceiro de Mono Decio, n tenil Silas de Oliveira, se perdeu nesse episodio a primazia de teT sido urn dos primeiros a fazer samba -e nredo. ganharia nos anos seguintes, e ate morrer, em 1972, a honra do reconhecimento unonime, ou quase , de ter sido 0 mais inspirado autor do ge nera. Candeia, que esteve en tre os que doo 0 pioneirismo a Paulo do Portela e que joi ele rnesmo urn expoente nesse lipo de composi,ao (nada menos de seis vezes 0 Portela veio Q Avenido cantando sambas seus). aponto , no liuro que escreueu com I~nard Araujo, Escola de Samba, Arvore que Perdeu a Ralz, como exemplo de sambo-en redo cl6ssico, acabado , irretociivel, 0 Despertar de um Gigante , de Monaceo: "puramente descritiuo, minucioso, cheio de detalhes e citar;6es, mas altamente mef6dico". Manacea, portanto, se noo aparece como urn dos pioneiros, surge como um dos consolidadores do linguagem do samba-enredo, no seu tempo (0 Despertar de um Gigante e de 1949) ja estrut urada, cons umada. Manteue -se 0 samba -enredo assim du rante ml,lito tempo, permitindo uma defini,ao sua e de seu discurso nos mofdes da q ue aqui uai, assinada pelo ja citado Candeia: "0 samba-enredo e aquefe em que 0 compositor elobora os seus uersOs e jaz a melodia baseodo no ajuda do sfntese do Camoval au das explica~6es dodos pela Comissao de Cornau,al ou responsaveis pela pesquisa do lema. Cobe 00

a

year, P a ulo was also the a uthor of the plot, and therefore it was practically inevitable that his samba would deal with the same them e. H owever , as musical

historian Sergio Cabral observes in an article on the subject, the lyrics of Paulo's samba were more concerned with the victory of his School at the parade than with the plot itself. Another composer who calls upon himself - and upon his partner Silas de Oliveira - the inception of the PlotSamba is Mana Declo da Viola, For the 1946 Carnival, he and Silas composed for the Prazer da Serrlnha Samba School " A Conferencla de Sao Francisco" ("The Conference of SI. Fra ncis"), based on the plot created by Portela's Antonio Caetano, then having divergencies with his School. This samba, however, ended up by not being sung on the Avenue, since the man who

directed Prazer da Serrinha with an iron fist (Alfredo Costa, father-in -law of Dona Ivone Lara, she indeed the unquestionable pioneer in Plot -Sambas

a mong women) at the last minute opted for a nother plot, leaving "A Confere ncla de Sao Francisco" unpublished until recently, when Mana Declo himself recorded it in a long-play, under another title. Mano Declo's partner, the fertile Silas de Oliveira, if he lost in this episode the primacy of having been one of the first to make a Plot-Samba, he would win in the following years, a nd until his death in 1972, the honor of an unanimous, or nearly unanimous , acclamation of having

been the most inspired author of this genre .

Candela, who was among those who give the title of pioneer to Paulo da Portela and who was himself an exponent of this kind of co mposition

(Portela came to the Avenue no less than six times singing his sambas) , points o ut . in

the book he wrote together witl) Isnard Araujo, "Escola de Samba, Arvore que Perdeu a Ralz" ("Samba School , the Tree that Lost its Root"), as an example of a claSSical, finished, unretouchable PlotSamba, "0 Despertar ,de urn Gigante" ("The Awakening of a Giant"), by Manac ea : "purely descriptive , elaborate, fu ll of details and quotations, but highly melodious" . Manacea, therefore, although not apperaring as one of the pioneers, emerges as one of the consolidators of the

language of Plot-Sambas, which in his ti me ("0 Despertar de um Gigante"


riscos, •

,

0, ,

°

assim carnaval. Quatro dias de folias, onde de tudo acontece urn pouco. Risos e riscos. Pense nisto. Seguro, sua alegria nao vai acabar na quarta-feira. Mesmo que ela seja de cinzas. Voce vai cuidar me/hor do dia de hoje. se deixar seu correlor de seguros cuidar do dia de amanhii.

(; _ ___

~ Atlanti(a-Boavista Seguros

- Garante hoje seu dia de amanha. Associada ao Bradesco


~

AGUAPURADA

CAMPOS DO


Gasosa ou natural '


Mono Decio do Viola

compositor criar em eima do tema,

melhorando 0 seu desenvolvimento, ajudando dessa forma os artistas que ir~o trabalhar no elabora;Oo das alegorias e

adere,os, Em muitos casas ouxilia Q Comiss/lo de Camaval ou equivalente, com os imagens poeticas tronscritas em seus versos. 0 samba·enredo obedece a uma cadencia caracterfstica que marco 0 desfile compossodo de uma Escala de Samba. Ele nOo deve ser muito r6pido

(empolgado), 0 que poderia con/undi ·lo com samba de bloco, nem muito lento,

tomondo-se cansottvo. Esse meio-termo e que coracteri%a sua linha mel6dlca. Por ser

um samba eloborado, narra uma hlstoria. D samba- enredo fez porte de uma cultura or6pria do Escola de Samba. Possui ::oracterfsticas pr6prios. V6r1as foram as !entativos feitos no sentido de modificar

como 0 "samba de inf/uencia" uisto de perto por Brasllio INbere, urn pretexto para a ex/b~Oo coreogr6fica. Nem uma substancial ajuda 00 trabalho de elobora;ao das alegorlas (parece , 00 contr6rio, gilur em tomo delos, no popel secund6rio de rea~6-los). Tampouco oborda todos os aspectos principais do enredo. A conce","Oo e outra. Pretende,

dates back to 1949) was already structured, completed. The Plot-Samba was maintained that way for a long time, allowing a definition of it and its dicourse along the lines of the one signed by Candeias, as follows: "A Plot-Samba is that in which the composer elaborates his verses and makes his tune seeking assistance in the synopsis of the Carnival theme, or on the explantions given by the Carnival Committee or by anyone in charge of the research on the theme. It is up to the composer to create upon such theme , improving Its development, and thus helping the artists who will work on the design for allegories and omaments. In many instances he helps the Carnival Commission or a similar body with the poetic images transcribed in his verses. The Plot -Samba obeys a characteristic cadence that marks the rhythmic parade of a Samba School. It should neither be too fast (excited), which could confuse it with a Cam ivai-block samba, nor too slow, making it tiring. Such medium term is what characterizes its melodious line. Since it is an elaborate samba, it relates a story_The Plot-Samba is part of a culture proper to Samba Schools. It has its own characteristics. Several were the attempts made toward modifying such traditional forms, to no avail. It is obvious that it has suffered some changes, without affecting

em primeiro lugar, uma comunic~ao

its style, however" .

t.

!!SSOS formos

tradicionals, sem ex/to. :Iaro que sofreu algumas altero>oes, mas ;ern feriT 0 seu estifo . .,

Nos altimos onos, as alter~Oes oarecem ter ido um pouco atem do que Candeia previa. Nao h6 enals, ou quose

'00 h6, 0 samba "puramente descr/tivo, minucioso, chelo de detalhes e cito>oes'; linda que haja aqui e ali 0 "altamente me/6dico". No linguagem, as :Jcontecimentos hist6ricos, predominantes

durante todo 0 perfodo em que 0 sambaenredo manteve-se estratificado (no uerdade estraNficado, em termos de cri~clo popular, nurn nrvel musical e poeNco dos mais altos), foram subsNturdos por temas livres, favorecendo uma imagin<~ao

que

as vezes beiro 0

aleatorio.

o sambo-enredo de hoje nOo e mais,

imediata e foci! com 0 publico e com as jufzes do desfile, no tarefa de ajudar a somar pontcs para a vitoria final do escola. Qualquer que seja a desnno>Oo que Ihe deem, porem, ela continua a ser 0 ponto alto do festa, a mais nobre materia-prima do camoval.

During the last few years, the changes seem to have gone a little farther than

Candela foresaw. There is no longer, or practically there isn't, the "purely descriptive, elaborate, full of details and quotations" samba, even if here or there you may find a "highly melodious" samba. Where language isconcemed, historical

events, which predominated during the whole period when the Plot-Samba was kept stratified (in truth, stratified,in terms of popular creation, at an extremely high musical and poe!icallevel), were replaced by free themes, favoring an Imagination that occasionally borders the aleatory. Today's Plot- Samba Is no longer, like the "samba of influence" so intimately seen by Brasflio ltiber~ , a pretext for choreographic exhibition . Nor any substantial assistance to the work of designing the allegories (much to the contrary, it seems to revolve around them, in the ancillary role of serving to enhance such allegories). Nor does it cover all major aspects of the plot. The conception is different. In the first place, it seeks an immediate and easy communication with the public and with the judges of the parade, in the job of helping to add points to the School's final victory . . Whatever the destination given to it, however, the Plot -Samba continues to be the topmost point of the festivity, the noblest raw-material of Carnival.


o samba pode passar. A Light ilumina seu caminh( ~

Lig ht

Agora brasileira

--.;......._ _ _ _~ Elet.robras '~Centrais

Eletricas Brasileiras SA





osol vaihrilhar mais para quem tem Ford Coreel n81 eom teto solar. Quando voce eompra um Coreelll, voce adquire mais do que um carro consagrado. 'Voce eompra tambem liberdade. Liberdade para ir aonde quiser, a Qualquer momento, Agora imagine voce desfrutando dessa lilierdade, eom 0 sci eo ar puro que

• N~o disponlve/ para a Be/ina.

entram atraves do teto solar* que agora Ihe ofereee 0 Coreell!. Um teto solar que e instalado durante a fabrica~ao do veieulo, Enao depois. Com a vantagem de que durante sua fabrica~ao, ele reeebe 0 processc antifer¡ rugem que Ihe proporeiona maior prot~ao. Para sua malor comodidade, 0 teto

sclar do Coreelll possui vidros climatizadc com aplica~6es em tela para filtragem dos ralos solares, Com 0 Coreelll 81 eo teto sclar, 0 vai brilhar mais para voce. Ford Corcelll 81.0 melhor para voce.

FORD CORCEl II


Se tern uma coisa que

"aOcombina com a alegria do

camaval, essa coisa epreocupacQo. Com Credicard no balsa. voce tim varios pesos da cab",a. Niio precisa. par exemplo, carregar dinlieiro. Realiza todas as suas

sao vantagens que poucos ikspesas. em todD 0 Brasil. com cobertura de tres grandes podem usufrnir. organizac6es barlCarias, Com Credicard rIa miio. Citibal1k. It"" e Unibanco. toaos vao reEnao se preocupa com con';t:cer que o financiamento, pois evoce vocee uma quem determina como vai dessaspessoas especiais. CREDIC\RD pagar

0


"0 QUE nA PRA RIR, nA PRA CHORAR" Com mais ou menos dais mil

Autares: eelso Trindade- Nega-Azeitona Ro noldo -luor¡ Buquinha -Edmundo Araujo Santos

integrontes, distribuidos em cerca de 2S a 30 alas, a Unidos da Tijuca, escola de samba do mOTTO do Borel, na Tijuca, que reune integrantes das favelas do Borel, da Caso Bronca e da IIha dos

E tao sublime exaltar Neste dia de folia (E cantar) A odisseia de um valente brasileiro Contra 0 monstro estrangeiro Que com todo 0 seu dinheiro Quer calar a nossa voz (e 0 nosso hero;) E 0 nosso heroi sai no rastro da maldade Pelos campos e cidades Atras do gafanhoto feroz Tetaci, Tetaci agasalha com seu manto o nosso heroi Mitavaf

for~as que tentam oprimir 0 brasi/eiro.

Em 1980, a Unidos da Tijuca sagrouse campea de seu grupo (IB) e ganhou o direito de desfilar no IA com um belfssimo carnaual inspirado no vida (Bis)

e no obra de Delmira Gouveia, urn dos pioneiros da industrializacao no Brasil. A escola mastra, assim , que fez uma o~oo

Mitavaf, bom lavrador e vaqueiro Deixa 0 sertao brasileiro Vai combater Macobeba maldito Que devora 0 mato e 0 mito Riidio, Jomal e TV

por temas nacionalistas, euocondo

e saudando as va/ores e as gentes brasifeiras.

No enre.do deste ano, 0 Que Da Pra Rir, Da Pra Chorar, 0 heroi Mitavai, em torno de quem se desenvolve a historia apresentada pela escola do Borel, e 0 brasilelro que luta para saluar sua terra, suas riquezas naturais e seus uafores

Lan(;a e com certeiro bote Fere 0 monstro no cangote, pra valer! E ferido assim de morte Bicho ruim nao quer mOTTer

-----*

* -----

UNIDOS DA TlJUCA

E 0 caboc/o injuriado Toma 0 caminho do mar Jurando que um dia vai voltar

What makes you lauch, makes you cry

Tira daqui, leva pra Iii o que hoje dii pra Tir Amanhi'i dii pra chorar Maldito bicho Se me ouviu E nao gostou do meu samba Vai pra longe do Brasil

Velhacos, oem d Marques de Sapucar contor a luta do hero; cabodo e uaqueiro Mitauaf contra 0 poderoso monstro Macobeba, representante de tadas as

Bis

With approximately two thousand components, distributed among abaut 2S to 30 ranks, Unldos do TIjuca, the Samba School of the Borel Hills, in Tljuca, which gathers participants of the Borel, Casa Branca and IIha dos Velhacos slums, comes to the Marqu& de Sapucai Avenue to tell the fight of the Indian and cowboy hero Mltavai against the powerful monster Macobeba, represen~ng all forces oppressing the Brazilian people.

75


culturais e sociais da agressao e da cobi~a de exploradores estrangeiros e alienrgenas de modo geral, Um enredo ousado, que devolve as escolas de samba a sua natureza crftica e 0 seu sentldo hist6rico, autor dos enredos do ano passado (Delmiro Gouveia) e deste ana (0 Que D6 Pra Rir, D6 Pra Chorar) explica que a sua escola apresenta-se melhor quando trota, no desfile, com temas vinculados aos problemas reais do vida e do cotldiano de seus integrantes, A Unidos do TIjuco, que come mora tambem neste carnaval 0 cinqOentendrio de funda~ao, trard quatro alegorias principais, a/em de

o

corros menores, para mostror aD publico

"a odissela de um valente brastleiro!contra 0 monstro estrongeiro! que com todo 0 seu dinheiro! quer calor a nossa voz (e 0 nosso heroi)," 0 sambaenredo, de autoria de Celso Trindade, Nega, Azeitona, Ronaldo, Ivar, Buquinha e Edmundo Araujo Santos nao deixa duvidas quanto a forma como a Unidos desenvolverd 0 desfile , cuja expresslJo visual ftcou a cargo do carnaualesco Paulo Cesar Cardoso Pires. Em srntese, 0 enredo (baseado no livra Manuscrito Holand~s, de Manoel Cavalcanti Proen~a) e a odisseia do Indlozinho Mitavaf, que sai a procura de Macobeba para matd-Io, 00 verificar que o monstro destr6i as florestas e seus habitantes, as cabodos, as !avradores e 0 povo em geral,

o

- - - - * * ----In 1980 Unldos do Tljuco was the champion of its Group (I-B), winning the right to parade in the I-A Group, with a most beautifUl Carnival inspired in the life and work of Delmiro Gouveia, one of the pioneers of Brazilian industrialization , The School therefore shows that it has made on option for nationalistic themes, evoking and poying homage to Brazilian values and people, In this year's plot, 'What Mok"" You Laugh, Mok"" You Cry', the hero MltOllOi, around whom the story presented by the Borel &hool develops, is the Brazilian man fighting to save his land, his natural riches and his cultural and social values from the aggression and greed of foreign and generally alien exploiters, A bold plot, that restores to Samba &hoo/s their critical nature and their historical sense.

The author of both last year's (,Delmiro . Gouveia') and this year's plots ('What Makes You Lough, Makes You Cry'), explains thllt his School presents itself better at the parade with themes having to do with the real problems of both the life and the every,day of their participants, Unldos do Tljuco, that also commemorates this year the fifth centennial of its foundation, will bring four main allegories, in addition to smaller cars, to show to the public "the odyssey of a valiant Brazilian against the foreign monster who, with all his money, wants to sti/le our voice (and our hero)': The plot-samba, whose authors are Celso Trindade, Nega , Azeitona, Ronaldo, Ivar, Buquinha and Edmundo Araujo Santos, leaves no doubt os to the form how Unldos will develop its parade, whose visual expression was entrusted to Paulo Ce5{lr Cardoso Pires. In summary, the plot (based on book The Dutch Manuscript', by Manoel Cavalcanti Proen~a) is the odyssey of little Indian Mitavaf, who goes in search of Macobeba to kill him, when hefinds out that the monster destroys the forest and its in'habitants, the Indians, the formers and the people in general,

o


CADERMETA DE POUPAMCA ~

~~ :J)l)


So Sanyo com Rosamatic mostra toda asutileza das cores.

Quando vocJ!, acha que a cor da pele do por exemplo, ajustando a cor da pele do gala da novela, vocJ!, ajusta, automaseu arlista predileto esta amarelada ou avermelhada, basta girar 0 botao de matiz, ticamente tooas as outras oores e suas e pronto, sua pele apareoe tao natural tonalidades. romo se ele estivesse ao seu lado. 0 resAssim, no TV Sanyo com Rosamatic, voce consegue ver cores e tonalidades de ponsavel por essa perfei'«'lo e 0 sistema oores que antes voce 000 oonseguia: Rosamatic. Vma exclusividade da Sanyo. Esse botao de matiz e tao sensivel que, o amarelo-canario, 0 amarelo-alamanda,

o verde-jade , 0 verde-pistache, o azul-madrugada, 0 azul-horl€mcia, 0 vermelho-melancia, 0 vermelho-pimentao etc. Tudo com muito brilho e muita nitidez. Mude para Sanyo com Rosamatic . Voce vai descobrir que a natureza nao e feita ,., de verde, amarelo, vermelho, azul, preto e cinza. Ela e muito mais colorida.

""'" .SANVO F"bric",do por:Pllacel · P.... lra Lopes Ib.ta Apmelhol;. Component.. EletWnlco. S.A. Pr<XIuzido na Zona F rM~ de Manaus

C6 ~F£~9~BESA de de Mdis 4 milhOes apare lhos eletro-eletronicos ja produzidos. A ssi sl~nc!a tecnicd em lodo 0 pals.


"dos jardins de eden

a era de aquarius"

Autores: Jonas -Lino Roberto- 1100 Grande

Uma escola de samba que cresce e se imp6e de ana para anD. Uma esc%

Uma nova era sol iluminara Num /acho de quimera A luz nos alcan,ara Oh! que maravilha e 0 jardim Ao qual iremos retornar, retornar Nas previsoes para a era de Aquarius, a paz A paz sabre. n6s reinara

ban ita, cujos desfiles soo tao gostosos

o

o home,!, com a sua expu/slio Saiu do Eden a explorar nosso planeta Desenvolvendo a arte e a ciencia Impu/sionando 0 poder da razoo Para desvendar todos os segredos Que envolviam a moe Natureza No Oriente a /o,>a magica dos astros Era obra da divindade E homem confiante consultava caminho da prosperidade

e tao leves, que mal dii para perceber

(Bis)

que soo 3.500 os des/ilantes e mais de 25 as alas. Seu carnavalesco (diretor de camaval) e 0 mesmo que tern onentado a escola na dire,oo de lindos des/iles Savio Ribeiro Cunha (Silvinho) , que muito aprecia 0 branco, a prata e 0 azul, cores que, como sempre, pr~domjnarao. en redo Ii Dos Jardins do Eden 11 Era

o

de Aquarius (com samba de autoria de Jonas , Lino, Roberto e nilo Grande), urn tftula que mastro 0 quanta as comunidades do samba sao senslveis aos estfmulos contemporaneos e espadais definidos pe/o que se convenciona chamar "Era de Aquarius':

**

o

VILA ISABEL

A chama brilha, brilha a chama do progresso

From the Gardens of Eden to the Age of Acquarlus

Num futuro que vira Esta bem peJlo 0 paralso Com a conquista do universo E a Vila Isabel se /az presente Num vendaval de alegria Cantando em verso e prosa 0 dia¡a-dia

Gira, gira meu mundo Deixe a vida girar No final desta gira 56 0 amor encontrar (Uma nova era)

(Bis)

A Samba School that has been growing and commanding respect from year to year. A beautiful school, whose parades are so pleasant and so smooth that you barely notice there are 3,500 components and more than 25 ranks. Its Carnival director is the same who has been guiding the School toward achieving lovely parades - Silvio Ribeiro Cunha (Silvinho) , who prefers white, silver and blue, colors which, as usual, will prevail this year. The plot is called 'From the Gardens of Eden to the Age of Acquarlus' (with the plot

79


A Vila pretende realaar uma cronica dos tempos, evocando desde AdOo e Eva , expulsos do parafso apOs a pr6tica do pecado original (ao que se entende, o ato do amor, hoje nao urn pecado , mas exaltado direito de todos, soudado com muito rryaior falego exatamente no camaval, festa da carne e dos sentidos) , ate 0 nossa dia-a-dia eletronico e futuristo _ "0 hOf7!em com a sua expu/sao / saiu do Eden a explorar nosso planeta! desenvolvendo a arte e a ciencial desenvolvendo 0 poder da razool para desvendar todos os segredos! que envolviam a mOe natureza': ousa proclamar 0 sambaenredo. Quatro ca"os alegaricos, can-etas, adere~os e figurinos comporoo 0 clima e 0 ambiente em que a Vila contara a odisseia do homem atraves do tempa, ate esta surpreendente era de AquariUS, nossa era, que 0 samba come~a agora a retratar. •

** samba by Jonas, Lino, Roberto and TiOo Grande}, a title that shows how much sdmba communities are sensitive to contemporary spadal stimuli as defined by what has been generally called "the age of Acquarius': Vila has in mind a chronicle of the times, evoking from Adam and Eve, expelled from paradise after the practice of the original sin (interpreted, in general, as the act of love, nowadays no longer a sin but the exalted right of everyone, and greeted with a much greater vitality predsely during Carnival, a feast of flesh and senses), until our electronic and futuristic day-to-day . "Man , being expelled from Eden wenton to explore our planet, and developed Arts and SCience, developed the pawer of the

80

Mind, to disclose the secrets involving Mother Nature", dares to proclaim the plot samba. Four allegOrical cars, wagons, ornaments and costumes will compose the climate and the environment wherein Vila will tell the Odyssey of Man throughout the times, up to this surprising age of Acquarius, our own age which samba starts now to depict. •



Entre no bloco dos que tem oi 10. A alegria vai tomar conla voce, fazendo de seus dias uma 1adeira testa. Numa Caloi 10 a vida desfila ~pre alegre, colorida e ;ocntraJda. Voce se diverte pra

valer e ainda faz um o&mo exercicio. A Caloi 10 tem as marchas maJs gostosas, que repetem 0 sucesso sempre que voce quiser. Na subida do morro, nas avenidas e em qualquer eaminho, per;a passagem com a sua Caloi 10.

E na hora de parar, nilo perea

o rilmo, use 0 exdusivo sistema de freios "center-pull" hora certa.

e0 breque na

CA'OI10


"de nono a JK" Autores: Jurandir- Compndo- Arroz

Em verde e rosa, A Mangueira vem mostrar,

o jascinante tema:

"De Nona a JK". Juscelino Kubistcheck de Oliveira. De uma lendliria cidade mineira. o grande presidente popular. Surgiu "Nona" em Diamantina E uma chama divino lIuminou sua jormOl;:ilo Subindo os degraus do gl6 ria. Imortalizou · se no hist6ria. Como cheje do no,ao. 00 I Em sua marcha progressista. o notlivel estadista

o planalto desbravou . Brasl1ia, 0 sonho dourado, Que ele tanto acalentou . Juscelino descanso no jazenda. E os acordes de um violaei Levam 00 povo a saudade, Lembrado neste refrao: Como pode 0 peixe vivo Viver jora d'ligua fria l Como poderei viver! Sem a tua . sem a tua Sem a tua companhia?

Bis

IBis)

A /Tadldonal verde e rosa, celelro de grandes names do samba, como Cartola e Carlos Cach~a, entre outros, entra de luto na auenlda, este ana, devido as mortes de Carta/a, da sua pr/meira porta· bandeira Nelde e do compositor Pelado. Ainda ass/m lentar6 fazer um bela desfile, asplrando a um campeonato que j6 nllo e seu h6 sete anos. Desfilar6 com um enredo bem de acordo com a sua feit;1Io /Tadlclonallsta . De Non6 a JK " uma biogra/la do faleddo presidenle Juscelino Kubistchek de Oliveira. Uma boa escolha, j6 que a Mangueira costuma realizar belos camava/s com lemas biogr6/1cos (nlngu<!m esquece a belem que foi Monteiro Lobato). A responsabllidade pela esco/ha do enredo fica por conta da comisli/lO de camaval, j6 que a Manguefra nllo atribuJ autor/a de lema a uma 56 pessoa. "Questllo de /I/oso/la.

----**

-

MANGUEIRA - &om NoDOto.JK The traditional green and pink School, source ofgreat samba names as CortoIa and Carlos Cacha;a, among others, enters the Avenue th" year In mourning. due to the deotN of CartoIa, the great composer, b/lrftstandard·bearer Nefde, and Pelado, another compoNl'. But stili. It wllilly to

-

83


Nllo apreciamos 0 estrelismo individual", just/fica um de seus dlretores. Cerea de 3.600 figurantes, distribu'dos em 54 alos, vllo apresentar 0 enredo, que se desenvolver6 em tres etapas: a Inlancia de Juscelino em Dlamantina; a ascenslJo e a queda do palllico; e Juscelino, fazendelro que parte para o Serrado com uma visllo oUmista do Bros/I. a ospedo cenogr6fico e visual do desfile da Manguelra foi entregue aos arqultetos Bernardo Goldwasser, Jayme Zetel, Jose Anchieta e Sabino Barroso. Oscar Nlemayer desenhou os alegorios de Bras/Jla. Os figurinos estllo a cargp de EI61 Machado . A Est~llo Primeira de Mangueira e considerada, entre os grandes escolas, como a mals trodlcional, pela sua caractenstica de vaIOrll:a,llo do coreografia propria do samba (sem passo marcadoj e do canto de suos pastoras, alem da fidelldade da bateria a seu modo proprio de apresento,llo, alem da beleza da sua lamasa Ala de Balanos.

o

---- * *----make a good show, aiming at a prize that hos eluded It lor seven years already. k will exhlbn a plot entirely in accordance with its traditionalistic character - 'From NonotoJIC'¡ a biography 01 the deceased l'tesldent 01 Brazil Juscelino Kubl3tc:hek the Oliveira. A good choice, since Manguefro usually accomplishes beautiful Camlval parades with biographical themes (no one can forget the beauty that wos 'Monteiro Lobato'). The responsibility for the choice of the plot lays With Its Camlval Commission, since Manguelra does not attribute to any Indiuldual person the authorship of Its themes. Uk's a question 01 philosophy. We do not care for Individual stardom': justifies one of Its directors. ApproJdmately 3,600 components, disIrlbuted Into 54 ranks, will present the plot, that will be developed Into three stages: Juscellno's boyhood In Dlamant/na, State 01 Minas Gerais, when he was nicknamed 'Nono'; the rise and fall 01 the politician, when he wos a//ectlonately called 'JK' by the people; and Juscellno, /armer, leaving for the Hinterland of Mota Grosso with an opllml8llc vision of Brazil.

84

The scenographic and visual aspect of Manguelra's parade wos handed over to

architects Bernardo Goldwasser, Jayme Zetel, Jose Anchieta and Sabino Barroso. Oscar Niemayer, the famous Brazilian architect known the world over, sketched the allegories on Brosilia. The costumes were entrusted to Eloi Machado. EstQfao Prlmelra de Mangue'ra is deemed to be the most traditional, among the major &hools, due to its characteristic of valorization of the samba's own choreography (with no marked step) and of its singers' particular way of singing, in addition to the constancy of its band to its own type of presentation, as well os to the beauty of its famous rank o/"baianos': 0



SIEMENS

Pesquisa e desenvolvimento. A curiosidade sempre estimulou a pesquisa, que leva a novos desenvolvimentos. Hoje, num mundo de recursos naturais cada vez mais escassos, os cientistas do nosso setor de pesquisa e desenvolvimento estao trabalhando para explorar novas maneiras de conservar energia e materia-prima. Assim, as geraÂŤoes do futuro tambem terao a chance de ser curiosas.

Desde 0 descobrimento do principio eletrodinamico, a constru"ao do telegrafo de ponteiro ate as mais recentes pesquisas para 0 dominio da energia do plasma solar, sobre as aplica"oes do raio laser ou da tomografia computadorizada, a Siemens conquistou 0 reconhecimento da sua avan"ada tecnologia no mundo. Atualmente, quase 10"10 do seu faturamento mundial e aplicado em pesquisa e desenvolvimento, e mantem 30.000 pessoas envolvidas somente nisto. Atraves de programas de coopera"ao mutua, a

Siemens nao somente transfere tecnologia para 0 Brasil, mas desenvolve sua propria tecnologia brasileira, forman do um acervo tecnologico e um novo centro exportador de produtos e conhecimentos. Atuando nas areas de eletrotecnica, telecomunica"oes, eletromedicina e eletronica, a organiZii~o Siemens brasileira mantem 11 fabricas e emprega quase 15.000 pessoas. Mais informa"oes sobre a Siemens, pela Caixa Postal 1375 - Sao Paulo - SP.

Tecnologia Siemens - 75 anos no Brasil.

I i


Una terra do pau-brasil. nem tudo caminha viu" Quarta escola a desfilar. a Imperio

Autores: Jo rge Lucas -Edson Paiva

Serrano traz urn en redo de duplo sen tido. com caractensticQ de trocadilho:

Marauilhosa terra

Na Terra do Pau路brasil nem Tudo Caminha Viu. A "terra do pau路brasi/"

De legendas

e 0 proprio Brasil, cujo onomastico se deriva de aruore abundonte (pau-brasi1) a epoca do descoberto do PaIs pelos portugueses , mos que hoje e rara,

Q ue 0 passad o nao conto u Hoje 0 Impe rio Serrano Vem com "Pero Vaz de Caminha" o celebre e m inente p recursor...

especie destrufda pelo

000 000000000

"Comin ha "

IBis)

0

nome do

hist6rico Pero Vaz Caminha. cranisla participante do descoberta do Brasil. que 0 primeiro relato sabre a terra brosileira. "Viu" forma do verba "ver': mas sua pronuncia conJunde路se com Q do po/aura "vii': de significa~ao pouco ncbre (ordinario, desprezluel. de pouco valor) . Assim que 0 enredo do Imperio

escreveu

e

e

**

IBis)

IMPERIO SERRANO - In the land of the Brazilwood not everything was seen by Camlnha

A beleza do m ulata Enaltece a ro,a Com seu requebro febril Nossos rios, campos e florestas Emolduro m a natureza .. .

o o uro e pedros p reciosas Sao riquezas do solo deste B rasil Que Pero Vaz de Ca minha nao uiu La 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 I

preda~Qo.

mesmo tempo. uma

forma do uerbo "cominhor" e

Em temp os idos Chegauam a uma uasta regiilo Audazes d escobrido res Dando路se a integro,ao Com os primitiuos habitantes Deste ime nso to rrao Canto gente Esta linda can, ao Exaltando 0 Brasil Em sua dim ensao La laio

e. 00

IBis)

The fourth School to parade, Imphlo Serrano brings a plot with double sense, a kindofapun: 'In The Land of the Brazllwood Not EverythIng Was Seen by Cam/nhD: The "land of the Brazilwood" is Brazil itself. whose name

87


81 . Na Terra do Pau¡brasil nern Tudo Caminha Viu . sugere e permite uma meta-Ieitura au uma meta-interpretac;ao

que sera explorada no desenvolvirnenlo do deslile. Prelende rnoslrar 0 Brasil, "inclusive aquilo que Pero Vaz Carninha nao viu", segundo explica~oes de seu carnavalesco Luiz Fernando e do figurlnista Aquino, que precisou seT muito criativa para transformar em

fantasias e roupas

todD 0

vista e

0

nAo

vislo ao longo de rnais de 400 anos de Brasil. Caminha nlio chegou a veT as mulatas, criac;Ao relativamente recente,

fruto do cruzamento dos brancos portugueses com as negras escravas que

para aqui loram Irazidas como

bra~o

(e

carpa) escravo. Mas 0 Imperio Serrano

exibira a mulata como a fina flor deste cruzamento: "a beleza da

rnulala/enaltece a r~a/corn seu requebro lebril", diz 0 samba de Jorge Lucas e Edson Paiva.

o

**----

derives from a redwood tree (Brazilwood) abundant at the hme the land was discovered by the Portuguese but rare today, a species that has been destroyed by predatory cutting. "Caminho"is, at the same time, a form of the verb "to walk" ("caminhor': in Portuguese) and the name of Pero Vaz Caminha, historical chronicler who pamcipated in the discovery of Brazil, and who wrote the first narration about the Brazilian land. "Viu" is a form of the verb "to see" ("ver'; in Portuguese), but its pronuncia~on can be confused with the word "vile" ("viI'; in Portuguese), of barely noble meaning (vulgar, despicable, of little or no value). This is Imperio's 1981 plot . 'EM TERRA DE PAU BRASIL NEM TUDO CAMINHA VIU' . which suggests and allows Q meta¡ reading or Q metainterpretation which will be explored during the course of the parade. It has in mind to reveal Brazil, "including what was not seen by Pero VazCaminha", according to explana~ons advanced by its Carnival Director Lutz Fernando and by its designer Aquino, who had to be enormously

creative to transform into constumes and clothes everything that was seen and not seen throughout the over 400 years of Brazil. Caminha was not able to see the "mulatto girls':

a relatively recent creation,

fruit of the miscegenation between white Portuguese and the negro slaves brought here as a slave hand (and body) . But Imperio Serrana will show the mulatto girl as the fine flower of such miscegenation: "the beauty of the mullato girl exalts the race, with her feverish swayings'; says the samba by Jorge Lucas and Edson Paiva.

o




"carnaval do Brasil - a oitava das sete maravilhas do mundo" Autores: Neguinho do Beija-Ffor,-Dicro, 路Picole

Rompendo auroras Gloriosa ela surge deslumbrante! E a terra Senhora de um misterio tao profundo Que os homens enfeitaram Com as 7 Maravilhas deste mundo!

Os jardins suspensos da Babili'mia Que um rei construiu com amor E orgulhoso Ii rainha ofertou E a muralha de longe fascina "Quem tem olho grande nao entra na China" A est6tua de Zeus o Deus de todo 0 povo gregG E 0 templo de Diana Relic6rio de beleza! colosso de Rodes E as piramides do Egito farol de Alexandria lluminava ate 0 infinito

o o

Mas agora e hora De um monumento vivo e multicor Corpos nus em rituais De gingados sensuais Tamborins e agogos Saias rodadas de negras baianas Giram faiscando de esplendor Leleo leleo skindo Criou belezas mil E a Oitava Maravilha vem brilhar, vem brilhar Neste Carnaval do Meu Brasil Rompendo ...

Monumental outra vez, talvez at<! muito mais monumental, 0 desfile que a escola de samba Beija路Aor de Nil6polls

e

(sempre sob

0

comando do excelente .

e meia clnico - Joaozinho Trinta)

apresentara este ano. Camaval do Brasil a Oilava Maravilha do Mundo permite a Joiiozinho Trinta nOo sa exploror as infinitas possibilidades das Sete Maravilhas . do Farol de Alexandria 00 Colosso de Rhodes路 como as illmitadas loucuras do oitava . 0 proprio camaual do Rio. Uma ideia excelente, que justifica todos as misturas, todas as roupas, fantasias, figurinos. cores e canas, exatamente 0 que a Belja-Aor, uniea

**

-

- the CamillOl of Brazil the Eighth Wonder of the World BElJA-R.OR Once again monumental, maybe even much more than monumental, is the

parade that the Samba School ~Flor . de NlI6po/1s (always under the command of the excellent路 and somewhat cynic Joaozinho Trinta) will present this year. 'The Carnival of BrozJl- the Eighth Wonder 0/ the World' allows Joiiozinho Trinta not only to exploit the endless possibilities of the Seven Wonders-from the Lighthouse of Alexandria to the Colossus of Rhodes - but also the unlimited extravagances of the Eighth Wonder - Rio's Carnival ilsel/. An excellent idea, which Justi/Ies oR mixtures, all kincls of clothes, costumes, patterns, colors and allegoric catS, precWelv what Belja-F1or, the only School of Rio's Lowlancls and of the State of Rio de Janeiro to parade in the City of Rio de

-

91


escola da Baixada F/uminense e do Estado do Rio a des/llar na ddade do Rio de Janeiro, deseja. A maneira de Jollo Trinta, mentor e carnavalesco da Beija·Flor, Interpretar enredos fica multo clara na seguinte declaro<;llo, publicada em }amal carioca: "A panela em que se mlsturam todas as culturas e 0 camaval, ele permlte falar de tudo. 0 samba tern a forr;a que dissolve e abrasilelra qualquer assunto. 0 samba e urn plasmador de cultura nesta epoca de espfrito universal, com rel,,>1lo a tempo e esp,,>o. Se eu qulser fazer urn camaval com os anels de Satumo eu posso, desde que IIgue o tema a Brasil. " Foi com essa conce~Clo livre de desfile de escola de samba que a Belja·Flor j6 ganhou quatro camavals, Inclusive no ano passado, divldindo 0 campeonato com a Portela e a Imperatriz Leopoldinense. o samba·enredo fala de auroras, da terra, dos jardins suspensos da Babil6nia, da Muralha da.China, a Est6tua de Zeus, o Templo de Diana, as plrflmides do Eglto, nClo deixando duvidas sobre 0 cenllrio em que dan,arCIo excelentes passlstas e mulatas tClo monumentais quanto a conce~Clo de desfile de JoCIo Jorge Trlnta. Com tr~s mil desfilantes e um sem~namero de carras e carretas, a Belja-Flor de Nil6polis darll as arqulbancadas uma aula de Hist6rla Geral com Camaval Braslleiro - a Oitava Maravilha do Mundo.

**

Janeiro, wishes. JoCIo Trlnta's manner of Interpreting plots becomes much more clear with the following comment, published In a Rio newspaper: "The pot where all cultures are blended Is Cam IvaI, and It allow. us to speak about everything. Samba has the power of dissolving and broz/lianW/ng any subject matter. Samba Is a shaper of culture at this time of universal tplrit, In relation to time and space. If 1want to make a Camluai parade using Saturn's rings as my theme 1can, provided I can connect It somehow with Broz/r'. It was with this free oonceptlon of a samba school parade that IIeIJo-Flor has won four Camlval championships alWldy, Including last year's, dividing the prllt with Portela and 'mpelotJla

Leopo/dI_. 92

The plot-samba speaks of dawns, of the Earth, of the Hanging Gardens of Babylonia, of the Great Wall of China, of the Statue of Zeus, the Temple of Diana, the Pyramids of Egypt, leaving no doubts as to the scenery where excellent dancers and mulatto girls, as monumental as the conceptions of JoClo Jorge Trinla's parade, will be exhibiting their skills. With three thousand partidpants and countless numbers of cars and wagons, Belja-Flor de NIl6po/is will lecture to the public on World History with its 'The Carnival of Brazil· the Eighth Wonder of the World'.




"das maravilhas do mar, fez-se 0 esplendor de uma noite"

Autores: Dauid Correa ¡ Jorge Macedo

A Portela, que no ana passado diuidiu o campeonato carioca com duos Qutros

Deixa- me encantar Com tudo teu e revelar la, ra, ra o que vai acontecer Nesta noite de esplendor o mar subiu na linha do horizonte Desaguando como fonte Ao vento a i/usiio teceu o mar oi 0 mar por onde andei mareou! Mareou! Rolou na dan(:a das ondas No verso do cantador Dan,a quem t6 na roda Roda de brincar Prosa na boca do vento E vem marear

escolas de samba (Imperatriz Leopoldinense e a Beija-Flor de

Nil6polis). trara este ana a Marques de Sapuco, urn camoval espetacu/ar, cujo enredo. mais uma vez, e de outoria de Viriato Ferreira.

o tema e promissor . Das Maravilhas do Mar Fez-sc 0 EspJendor de uma Noite. urna caisa irreo/. que nOD existe':

"E

afirma Viriato FerreIra. "Por isso mesmo

e urn enredo que me do oportunidade de eriar muito em erma. AJinal. carnoval e fantasia, e sonho misturado com realidade,"

IBis)

** PORTElA

Eis 0 cortejo irreal Com as maravilhas do mar Fazendo 0 meu carnaval Ea vida a brincar A luz raiou pra elarear a poesia Num sentimento que desperta na folia Amorl Amor! Amor somo, 000 Um novo dia despertou

E 16 vou eu Pela imensidilo do mar Esta onda que borda a averrida de espuma Me arrasta a sambar

from the wonders of the sea a night's splendour emerged

Portela, that last year diuided the prize with two other Samba Schools (lmperatrlz Leopoldlnense and Bel}tr Flor de NIl6polls), will bring this year to Marqu~s de Sapucai Auenue a spectacular Carnival. The theme is a promise -

IBis)

'From the Wonders of the Seo a Night's Splendour Emerged'. "It is an

unreal thing, which doesn't exist", declares Viriato FerTeiro. "And for this reason it is a

plot that giues me the chance of creating a lot /rom it. After all, Carniualis fantasy, ilis a dream blended with reality",


Na realiza~llo deste sonho, Viriato Ferreiro vira com cerea de 3.200 desfilantes, distribuidos em 38 alas. Usara muito acn1ico e material transparente e, alem das cores tradidonais - azul e bronco¡ usara 0 prata e 0 dourado. As cantoras Elizete Cardoso e Clara Nunes puxarl10 0 samba-enredo, coadjuuadas pelo conjunto As Gatas e pe/o autor do samba, Dou; Correa (parceria com Jorge Macedo).

A Porte/a, cujos desftles nos ultimos onos vem sendo caracterizados pelo

extrema born gosto, retirou dos oeeanos as suas moravilhas, para exibi-Ias no Marques de Sapuco/. Assim. as pierros e colombinas e as personagens tradicionais do cortejo cornauo!esco se apresentarao lodos com caracterfsticas

marin has. Mais uma vez (e marcando assim uma tendencia dos desfiles modernos das escolas de samba), a Portela trara mulheres deslumbrantes, mais uestidas de sonhos que de Taupas; destoques monumentais; carros aleg6ricos de cuidadosa elabora~ilo. Cantara tambem um samba que pouco tern de sambaenredo, mas que e bonito e contagiante. capo. de empolgar as arquibancadas .

**

•

In accomplishing this dream, Viriato Ferreira will come with approximately 3,200 participants, disbibuted into 38 ranks. He will be using much acrylic and transparent material and, in addition to the traditional colors - blue and white - he will use siluer and gold. Singers Elizete Cardoso and Clara Nunes will be the leading singers of the plot-samba, assisted by the As Gatas group and by the samba's author, Daui Correa (with Jorge Macedo as co- author). Porte la, whose latest parades haue been marked by an extreme good-taste, has borrowed from the seas their wonders, to exhibit them at Marq u~s de Sapucaf Avenue. Thus, the pierrots and

columbines and all the traditional characters of the Carniual retinue will all display marine features . Once more (and therefore emphasizing a trend in modem Samba Schools Parades) , Portela will bring out dazzling women , clad more in dreams than in clothes; monumental outstanding characters; allegoric cars of fine elaboration. It will also sing a samba that has little likeness to a plot-samba, but that is beautiful and contagious, capable of sbiking enthusiasm from the public .

•


Este sim e0 rose.


Maguarissima de Caju com Gin Sueo de Caju Maguary : 1 parte Gin: 1 parte Agua cristal : 1 parte Al:.ucar e Qelo a qosto ,

Maguarissima de Abacaxi com Vodka Sueo de Abacaxi Maguary : 1 parte Vodea: 1 parte ~uear e gelo a gosto.

M£Sf£ A

MACUARY


"rio de janeiro"

Autores: Buguinho-Her:rique · Mauro

Tom~o

56 "Voce" Enche a minh'alma de alegria e prazer D6 ao solo mais sublime amanhecer Quero Ihe abm,ar e desejar

Muitos anos de existencia Oh meu Rio de Janeiro Mar aberto sob 0 sol Como e belo 0 seu arrebol Quando Est6cio de 56 aqui chegou Em plena natureza com herofsmo Ihe Oh bela .. , formosa.,. eterna capital ... Do povo carioca "tilo legal"

Lar doce lar que Enchendo

0

o

be~oou

I

0 senhor aben,oou Rio ... de amor (Bis)

E a nobreza Ihe abra,ou Na Colonia, na Coroa Imperial E logo a Republica chegou Sempre encantando 0 seu porte natural Num turbilhlio de luz e cor A boemia e 0 alegre carnaval Mulatas ... Poesias ... e humor Faz sua vida tlio arteira e cultural Quem pode pode se sacode, explode

Se sacode, explode no jogo o.. ,

A vermelha e bronca , a sitima a se qwesentar neste desftle de grande. e«elaa e de temaa sollos e ousado.. A «quipe de camaual do Salgueiro. este ano. teue muito sensa de oportunidade ao escolher seu enredo: Rio de Janeiro. t uma homenagem a terra carioca. Nallzada na pr6prkJ data em que se comemora a sua fundat;tlo . 0 carnaualesco Geraldo Sobrena aproveltar6 aa multas possibilidades do lema. desenvoluendo·o em vermelho. bronco. dourado e matizes dessas cores. enredo /01 desenuoluido da seguinle forma: a fundat;tlo da ddade. suas bele.as naturais. a 'poca colonial. 0 Implrio. a Republica. Embora basicamente hlst6rico. 0 enredo ganhou uma interpre~tlo mais livre. Assim , que na Republica homenageia·se a &oemia. os cassinos. 0 teatro de reuista e as coristas. vedetes que eram as rainhas do nolte e da alegria. Mas haver6

----**---SALGUEIRO RIo de Janeiro

The red and white is the seventh to come oulln this Parade 0/ the major Samba Schools. of themes bath free and bold. 5o'.....ro·s Camival team. this had much sense %pportunl/Ji when 'RIodeJanefro'. llisa

Quem pode pode veste a fantasia Ou e s6 folia 0 ano todo (56 "Voce" .. .)

extensiue of the deueloping II In white, gold, and all the hues 0/ these

99


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.