Revista Rio Samba e Carnaval - Edição 2011

Page 1


SECRETARIA DE CULTURA

LIElUTAI)U ..... OI

INCENTIVO

"A CULTURA


Carnaval é diversao. Écultura. Ea Petrobras investe nessa festa. Uma atua~ao que vai muito além do patrocínio. Através do programa Desenvolvimento & Cidadania, a Petrobras apoia projetos sociais em diversas comunidades, gerando renda e oportunidades de trabalho. Assim, é energia o ano inteiro.

GOVERNO

PETROBRAS

Ministério de Minas e Energia

~I a

PA Is RICO

o

DESAFIO É A NOSSA ENERGIA

FEDERAL

PAIs SEM POBREZA


TRABALHO INFANTIL ÉCRIME. DENUNCIE. oque é alegria para muitas crianças, que se divertem no Carnaval, é tristeza para algumas, que trabalham. Por isso, sempre é bom lembrar que a legislação brasileira não permite o trabalho de crianças, exceto na condição de aprendiz, com carteira assinada e entre 14 e 16 anos. E que também é crime o que alguns pais fazem: utilizar crianças como ajudantes no seu trabalho. Se você faz parte do bloco dos conscientes e vir algum exemplo de crianças trabalhando, denuncie. Somente assim vamos ter um Carnaval só de alegria.

www.mte.gov.br

Ministério do Trabalho e Emprego


,

NOS ESTAMOS FAZENDO UMA FESTA LULA BRANCO MARTINS , Ed ito r. Ri o Sa m ba e Car nava l

ESTA EDiÇÃO da Rio Samba e Carnaval é especia líssima . Por dois moti vos. O prim eiro: chegou ao número 40 , orgulh osa de servir de refe rência para cariocas e turistas. O segundo: ela também teve qu e se supcrar. O in cêndi o qu e, semana s atrás, atingiu a C idade do Samba, obrigando três escolas a com cça r tud o de novo , mexeu no cro nograma da revista. Textos foram refeitos c páginas qu e já estavam indo para a gráfi ca prec isa ram ser mudadas - pois, por causa da tragédia, houve reman e jamento, em cima da hora , na ordem dos des /i les. "Parem as méíqu in as", di ri a o velh o jorna lista. Por isso agradecemos muito aos cro nistas Ricardo Cra vo Albin , Bruno Fi /ifJfJO e Vicente Datto/i; às repórteres Mara Rosa (que também é porta-bandeira ), f /orença Mazza e Amamla Barros; aos fotógrafos Alexandre Vida l (na chefi a), Fernando Azevedo , Levy Ribeiro e Ari Versiani; e a Fabio Corazza, nosso programador visual. T ivemos também convid ados ilustres: Genílson Araújo (repórter aéreo) e N ilton Ramalho (ilustrador). Vid al cli cou para a capa a rainha de bateri a do Salgueiro, Viviane Araújo, "vestida " pelo carn avalesco e cenógrafo l~enato Lage, num trabalh o qu e teve arte e /inali zação de Lourival Bandeira. Esta foi a nossa "ala da imprensa" deste 20 11 , ano qu e juntou festa e volta-por-cima. Trabalhamos para qu e chegasse até você, pela quadragés ima vez, uma revista que respira o Ri o, feste ja o sa mba e reverencia o ca rna val. E que, então, não podia ter mesmo outro nome.

*

WE'RE HAVING A BALL This edition of Rio Samba e Ca rnaval is ver)', very specia l. For two reaSOllS. First: it has reached its number 40, proud to be a reference for cariocas and tourists. Second: it also had to pu]] out ali the stops. The /ire that weeks ago damaged Samba City, forcing three sa mba schoo ls to start all over aga in, upset the magaz ine's timetable. Texts had to be redone and pages already going to press hael to be changeel because, as a result of the trageely, th e oreler of th e parael es was sueldenl y reshufAed. "Stop the Illac hines", th e old jOllrnalist would say. This is \Vh)' IVe are very gratefu I to columni sts Ricardo Cravo Albin, Bwno FilipfJO and Vicente Dattoli ; reporters Mara r~osa (\Vho is al so a standard-bea rer), Florença Mazza and Amanda Barros; photographers Alexandre Vidal (in charge), Fernando Azevedo , Levy Ribeiro and Ari Versiani ; and Fabio Corazza, our visual programm er. We al so had distinglli shcd guests: Cenílson Araújo (aerial reporter) anel N ilton Ramalho (illllstrator). Vidal took shots af Viviane Araújo, Sa lgueiro queen of th e drummers, for the caveI', "dressecl " by carnival arti st anel set elesigner Renato Lage, \Vith the art anel /i nalization by Lourival Bandeira . Thi s was our press section of 20 11 , th e yea r that co mbined celebration and 'th e show n1l1st go on' altitude. We IVorked 50 that yOIl are ab le to have, for th e 40th year, a magazin e that breathes Ri o, celebrates sam ba anel reveres ca rni val. Anel so couleln 't be call eel by any other name.

*

o N

..J <{

> <l Z

a: <{

U

w <{

'"L

<{

V)

o a:

!li





!Y1! carnaval

*

MARÇO DE 20 1

20 Co m a pa lavra , o cmprcs{J rio Maurício íVlattos, cri ad or da

RSC

Im!Jresario Ma urício Mal/os, crealor of RSC, has Lhe {loor

26 Rica rdo C ravo Albin <l ponta o qu c mud ou de J972 para d

I\icardo Cra vo Albin cO/llmenls on the changes sillce 1972

38

U

Mestre-sala c porta-band cira: ve ja o quc os mantém tJo un idos

Slandard-bearer and escort: discover what keeps lhem together

48

.....•

......" .

Fa binh o, J\lex c Ca hê, ca rn ava lcscos qu e chega ram para fi car Fabinho, Alex and CaM, camival artisls who are here lo stay

s

60

Sai ba ma is sobre as l Z agremiações do G rupo Especial

Lea TII more about lhe 12 S!Jecial Grau!J sal11ba schools

c

96

Das ferragens à decoração fin al, co mo nasce um a alegoria

1'rOI11 the metal chassis to fin al decoration , hOlV a (loat is bom

102 Um papo co m o repórter aé reo qu e Aagra a cid ade hí de cima

A chat wilh the aerial reporter who captures the cil)' high above us

108

E

Voltou Rica rdo Amara l, homem da noite qu e ri ma com ca rn aval

Ricardo Amara/'s comeback, I7wn of lhe night lVhose na111e rhymes lVilh camival

116 Retrospectiva, década por década, da revista qu e es tá em suas mãos

RetraslJective, decade by decade, of the magazine yOll are holding

126 Jove ns e ve lhos ba mba s na visão de craqu es da fotografia

The you ng and old exlJerLs in lhe lens of tolJ

134

IJ h o tog raIJhe r,~

ÓRI

Assim se passaram 40 anos: Papa, Senna, anisti a, penta, Lul a,.

So 40 years lVent by: Pope, Senna, amnesty, five- limes chamPion, Lula ..

144 Co mo jorn ais e revistas a judam e di vul ga m nossa festa maior

J-Iow newslJapers and magazines help publicize our biggest show


• I. •



AQUI VÃO MEUS PARABÉNS

SÉRGIO CABRAL, Governador do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Ja neiro State Governar

o N

É COM GRANDE SATISFAÇÃO qu e parabeni zo os 40 anos da revista Rio Samba e Ca rnaval. Trata-se de um veícul o que, através do pion eirismo e da ca pacidad e empreendedora de seus dire tores, a jud ou a construir e a consol idar novos o lh ares sobre as pote ncialid ades da festa ca rn ava lesca. l i:lJlto na a tra ção de celebridades, parceiros e patrocinadores - semprc confortavelm ente recepcionados c acomodados nos camarotes da revista-, como em relação ao turi smo nacional e intcrnacional, na gc ração de empregos e, sob retudo, na promoção de nossa querida C idad e Maravilhosa. D esde qu e ass umimos o gove rno, tenho tido a honra de ve r minh as mensagens na abe rtura de todas as edi ções - e ncsta não está sendo diferente. Me u desc jo ma ior é que a Rio Samba e Carnaval, com o apoio de nossas empresas, continue valoriza ndo a alegria e a cri ati vidade do povo do Estado do Ri o, e contribuindo para o desenvolvim ento da indústri a elo ca rnaval. Só no ano passado, essa inc1úsb-i a movim entou, em valores absolutos, cerca de R$ 1, 2 bilhão. O Rio de Janeiro continua rindo, se dive rtindo e enca ntando o mundo co m o maior espe t,k ulo da Terra , o desfil e das escolas de samba do G rupo Especial. E os 40 anos de sucesso da rev ista Rio Samba e Ca rnaval não só atestam tudo isso, como são motivo de orgulh o para todos nós.

*

MY CONGRATULATIONS TO ALL OF VOU lt is with great satisfaction that I congratulate the Rio Samba e Carnaval magazine for its 40 years. It is a vehicle that, through its directors' pioneering and enterprising talents, has helped build and consolidate further attention to the potential of the carnival festivities . Not only the attraction of ceIebrities, partne rs and sponsors - alwa)'s warml)' weIcomed and accommodated in the magazine's boxes -, but also in relation to national and international tourism, generating jobs and, first and foremost, promoting om beIoved Wonderful Cil)'In every edition since I became governor, I have had the honor to see 111)' messages in the opening pages - and this is no exception. My greatest wish is for Rio Samba e Carnaval, with the support of our companies, to continue to valorize the joy and creativity of the people of the State ofRio, and contribllte to the developl11ent of the carnival industry. Last )'ear alone this inelustry had a turnover of arounel R$ 1.2 billion in absolllte values. Rio de Janeiro continues its laughter, enjo)'ment anel elelighting the world with the greatest show on Earth - the Special Group samba school parade. nd the 40 years of success of Rio Samba e Carnaval magazine not onl)' attest to ali this, bllt is also a priele and jo for llS alI.

*


Nestlê

faz bem

LNfA FAST t rcS'I1INS. NESCA E lIJIINC)S DE UM JEITO QUE voct NU'CA VIU.

vtM PRONTOS PRA BEBER NA GARRAFA

tA NESTLt

NO SEU RITM WWW.NESTlE-FAST.COM.BR

COM TAIVPA DE ROSCA. ASSIM voct PODE TRANSPORTAR E MATAR AQUELA FOMHtA ONDE QlISER, NA HORA QUE BEM ENTENDER. ESCOUfA O SEU SABOR. O SEU MOTIVO E O SEU MOMENTO.


NOTA DEZ NO QUESITO SUPERAÇÃO

ED UARDO PAES. Prefeito da c idade do Rio de Jane iro / Mayor of th e City of Rio d e Jan e iro

O SURDO Iv1ARCA

O ritm o do coração, e o som do tam bo rim com a nd a as p ern as. A voz m arca ntc do inté rpre te qu ase n os obriga a canta r, enqu anto o passe io dos ca rros al egó ri cos ench e os olh os e em ociona . E m 2 0 11 , o carnava l ca rioca va i traze r o sím bolo da su peração. Entrar n a ave nida será prova de ga rra, raça , força e dedi cação de muitas comu nidad es, que trabalharam o an o in teiro, para u ltrapassa r as difi c ul da des e levar o sonh o à Praça da Apoteose. São qu atro di as intensos e inesquecíve is. É prati camente im poss ível fica r alh eio ao poele r el e tam a nh a manifcstação cultural, à inA u ê ncia da mú sica e do ritm o, ao pode r da beleza . Da alegria. Do samba . O Rei Mo m o recebe as chaves da cidade e a pass ista vira rainh a num templo chamado Sa mbódrom o . O ca rn ava l transforma. É qu and o o impossível e o p ossível troca m de fantas ia. Qu and o a Aora a inda m a is a irreve rên cia e cri ativ idade, a capac idade de in ve ntar, se re in ventar e de reciciar. H á paixão e solidari edade. Bas ta ve r nos bl ocos de ru a os foI iões vestid os de palhaço, ba ilarin a, pirata ou marinh eiro - a feli cidade está n os ro tos e o sam ba, n o pé. O turista estra nge iro qu e vi sita a cidade n est a época tem a exa ta dim ensão do qu e é faze r parte da m a ior festa popu lar do plan e ta . A foI ia vaItou a tom a r con ta das ru as, e a prefeitura do Ri o tem a responsa bilidade de ga rantir qu e a fes ta este ja cada vez m a is linda e orga nizada . É possível co nciliar o cha rm e e a alegri a dos foli ões com a limpeza e a conservação da cidade . Vam os abrir alas, porqu e o carn ava l pedc passage m . E você está convidado .

*

TOP Iv1ARKS IN THE REQUISITE EXCELLlNG The surdo drum throbs to OUl' h ea rtb ea t and thc so und of th e tamborim (s m a ll Bra zilian frame drum ) COI1l111anels our legs . T he Icad singc r's strong vo ice allllost forces us to sing, whil e we thrill anel gaze in awe at th e Aoats pass ing by. In 2011, Rio ca rni va l will bear th e embleI1l of excelling. Stepping out onto th e ave nue will be proof of th e dcterminahon , racc, dri ve anel eleeli ca ti on of man y comml1niti es who bave 1V0rked th c whol e year throu gh to ovc rcomc setba cks a nel take th e dream to th c Apotheosi s Squarc. Four unforgettab le and cxc iting days. It is practi ca ll y imposs iblc not to be unawa re ofthc power o f suc h a cultural cxpression , th e inAue ll cc uf Lh e Illusi c an d rhythm , th e power of beauty. Of ll1errymaking. And of sa mba . King Momo is g ive n the keys to th c ciLy and th e sa mba da nccr is qu ec n in a templ e call eel Sambaelrome. Ca rni va l is a transformin g forc e . lt is whcn th e imposs ible anel Lhc poss ibl e c hange costum es. When irreveren ce an el c rea ti vity Aourish even more, the ability to in vent, rein vent anel recycle . There is passion a nel solidarity. Just watch I'Il e m errymakers in th e stree t blocos, in clowll, ballcrina , p irate or sa ilor costum es - with joyfl1l faces and sam ba-clancing fe et. Fo reign tourists visiting th e city at this tim e h ave th e exac l id ea of IV ha t it's like to be part of th e bigges t fo lk festi val on th e pl a net. Revelry fill s th e stree ts again, a nel Ri o CiLy Hall is responsible for guaranteeing that th e show is loveli er and better orga nizeel th an eve r. 1t is possibl e to com bine th e revc lcrs' c harm and merriment with th ~ d ea n a nd welllookeel arter eit)'. Let's open th e parad e, because carnival is on its way. Anel you are in vited.

*


A

EG que

conhece mai• do• que

~ , ---------

Ima na.

Muita gente ainda não sabe, mas a CEG e a CEG RIO pertencem à Gas Natural Fenosa, uma das maiores multinacionais de gás e eletl'icidade do mundo. Ela está presente em 23 países, tem mais de 20 milhões de clientes. De 1997 a 2012 contabilizará 3,6 bilhões de investimentos em infraestrutura e projetos de eficiênc ia e melhoria do serviço no Rio de Janeiro. Em todo o estado são mais de 700 mi l residências, comércios, indústrias e postos de GNV recebendo energia limpa, segura e moderna. Energia para fazer a sua vida cada dia melhor.

co co ""<t

N

oo o

co o co Cf) Q; c Q)

01

«

( .) CEG

1'/

gasNatural 4-

www.ceg.com.br

CEG RIO


UMA REVISTA ESSENCIAL

JORG E CASTANHEIRA , Presid e nte d a Liga Ind epende nte da s Escolas de Samba do Rio de Jane iro / President of the Rio de Jan eiro Ind ependen t Samba School Leagu e

Õ

N

-'

~ « z '"«

u

w

«

co

L

«

V)

°õ:

O REC ONHECID O esforço qu e os a rtistas e

AN ESS ENTlAL tvlAGAZINE The recog-

as escolas de samba fa ze m , a cada carnaval, para aprese ntar um espctác ulo da melh o r qualidad e e belcza para todos, faz com que a cada ano uma novidade surj a e aca be se torn ando um ma rco para os desfi les posteriores . Em 1972, porém, a grande novidade não estava na passarela dos des fi les . Naquele ano surgia, por ini ciati va do cm preséírio Ma ur ício Maltos, a Rio Samba e Carnaval, revista qu e altera ri a o rUlll o de di versos segmentos da fes ta e qu e, feli zmente, para todos nós allla n tes dos desfi les, perma ncce até ho je forte e vigo rosa. A HSC, como é ca rin hosamente conhec ida, mostrou toda a visão de se u cri ador. E:mprce ndcclor, Ma urício apos tou num segmento da cultura em que po ucos até então ac rcditavam - e lan çou uma pub licação de alta qualidade grá fi ca e edito rial, que passou a ser referência no setor. Fala r dos desfi les nos últim os 40 anos reme te, obriga tori amente, a falar das edi ções da Rio Samba e Carnava l. A expecta ti va so bre quem estará na capa, os te mas abord ados, as fo tos e as polêmi cas fazcm com que a !(SC nun ca "aca be" na Quarta-Feira de C inzas. Mu ito pelo co ntrário: ela vira história e conteúdo para qu em , no futuro, quiser sa ber o que aco ntcccu num dete rminado ano no carn aval. Ass im, é com sati sfa ção qu e registro aos leitores a importância de feste ja r, nestc 2011, él 40" edi ção da Rio, Samba e Ca m aval. Ce rta mente daqu i a dez anos, quand o a revista ati ngir seu cinquentcJléí riu, também cstc cxemplar tcd virado história. Uma históri a viva e pulsan te de emoção, ass im com o acontece com os nossos des fil es. V ida longa à RSC e um bom ca rn aval a todos!

nized effort of the artists and samba schools has reached camival time to give a show of the best and most beautiful , since everyone brings something new eac h year, that becomes a benchmark for the parael es the following yea rs. In 191'2, however, the major innovation was not on th e parad e avenue. That was the year when, at th e initiative of impresario Mauricio Mattos, the magaz in e Rio Samba e Carnaval was bom . lt was to alter the elirec tion of different segments of the festiva l and fortunately for ali of us who love the parades, is still toelay strang anel vigoraus. RSC, as it is affectionately known, has shown the fu ll vision of its creator. Mauricio, entrepreneur, invested in a segm ent of the c ultme in which few until then hael any fai th - anel he launched a publication of top gra phi c an el editorial quality that is now a reference in the sector. When reminiscing about the parades of the past 40 yea rs it is a must to ta lk abo ut the editions of Rio Samba e Carnaval. The expectation about who'll be on the cover, the topics feahlred, photos and controversies means that RSC never "finish es" on Ash Wednesday. Very much to th e contrary: it becomes history an el content for whoever in the future wants to know what happened in Camival in any given yea r. So, I am pl eased to teU the readers how important, in this yem 2011, it is to celebra te the 40th eelition of Rio, Samba e Carnaval. Certainly, in te n years time the magaz ine will be celebrating it fiftieth annive rsary anel this eeliti on will have become history. A livi ng history thrabbing with emotion, forever like om own parades. Long live RSC anel a gooel carnival to everyone!

*

*



DIRETOR· PRES I DENTE DIRETOR COMERC I AL

I

I

DIRECTOR · PRES I DENT

COMMERCIAL DIRECTOR

M aurício d e Araújo Mattos Ca rl os Eduardo Reg inato

~ carnaval

EDI TOR EDITOR FOTOGRÁF I CO D I AGRAMAÇÃO

I

I

PHOTO EDITOR

GRAPHIC DESIGN

DIVULGAÇÃO

I

PUBLlCITV

TEXTOS

I

TEXTS

Lul a Branco M artin s A lexand re Vida l Fabio P. Corazza

Carlos Sam p aio, Dani el Penna·F irme Gui marãe s Ama nd a Barros , Bruno Fili ppo, Flo rença M azza, Lula Branc o Martins, Mara Rosa, Rica rd o Cravo A lbin, V ice nte Datto li

FOTOGRAFIAS

I

PHOTOS

Agênc ia FotoBR, Agê ncia O G lobo, A lex Ferro, A lex Mend es, A lexa ndre Loure iro, A lexa ndre Vida l, Ari Vers ian i, Beatriz Cun ha, Danie l Martin s, Evandro Te ixeira, Fe rn ando Azevedo, Levy Ribeiro, Lui z A lvarenga, Omar Montenegro, Pau lo Múm ia, Robson Freire, Rog é rio Rei s Ass ist ente / Ass istan\' Rodrigo Vieira

ILUSTRAÇÕES IILLUSTRATIONS TRADUÇÃO

I

TRANSLATlON CAPA

I

COVER

Fabio P. Corazza, Nilto n Rama lh o Elvyn M ars hall Viv iane Araújo (M ode lo / M odel) A lexa ndre Vida l (Foto / Ph ot o) Renato Lage (Criação / Co nce pt) Lo uri va l Bandeira (A rt e fina lização / A rt fin ali zat ion)

PRÉ · IMPRESSÃO

I

PREPRINT

IMPRESSÃO I PRINTERS

o

MARKETING

N

Head Press RR Donn ell ey Eli ane Ba r bosa, Gab ri el Lobo de O li ve ira, Gu ilh erme A rante s

RELAÇÕES PÚBLICAS

I

PUBL I C RELATlONS

-'

~

OPERAÇÕES

I

OPERATlONS

4:

Z

'"

ADMINISTRAÇÃO E APOIO

I

ADMINISTRATION & SUPPORT

4: U

Domingos Sáv io Paulo Guazz i A li ne Ma lheiro, A nto ni o Ro mul o Dion isio da Sil va, Ce lia Reg ina Sa ntos d a Silva, Edsandro P. da Sil va,

w 4:

Elain e Cos me, Gu ilh erm e da Cu nh a, Lucye ne Barbosa,

L

Neiva Danta s Si lva, N ilto n Apo liná ri o, Ze naldo Sa ntos da Sil va

OJ

4:

<I)

O

'" Tirage m da 40. ed ição,

60.000 exe mp lares , aud it ada p ela

pWC

Rio Samb~ c Carnava l - Av. Rin Rranco, 257. 18 0 andar , CE P 20040-009. Rio de Janeiro, RJ ' Fone (21) 2262 -5329· Fa x (21) 2533·1570 Uma pub li cação da RSC Pub li cidade e Eventos Ltda. Marca e Logomarca de uso exclus ivo. Proib id a a rep rodu ção sem autorização ex pressa dos autores. C irculação Gratu ita - Venda proibida , Oficiali zada pe la li ga In depend ente das Escola s de Sam ba do Rio de Janeiro Rio Samba e Carnaval is published by RSC Publicidade e Eventos Ltda. The tradename and the logo are for the pub/isher's exclusive use. Reproduction

of any ma terial ar phota is prohibited without the expre ss authorization of the authors. Selling prohibited

WWW.RSC .C OM.BR


Além do Carnava l, o povo brasi leiro tem muitos outros motivos para se alegrar. E um deles é que com o FGTS, o Fundo de I

Ga rantia do Tempo de Serviço, é possível rea lizar o grande sonho da casa própria. O FGTS ainda funciona como uma poupança, auxiliando na emergência de uma demissão sem justa causa e também como um apoio financeiro na aposentadoria. Após a folia, procure uma agência da Caixa ou acesse www.caixa.gov.br e saiba mais sobre como util iza r seu FGTS .

-

.

FGTS . Se u di reito a uma vida melho r.

f'GTS

Ministério do Trabalho e Emprego

FUNDO DE GARANTIA 00 TEMPO DE SEAVIÇO

www.fgts.gov.br

www.mte .gov.br

BlUSIL PAis RICO

I! PAis SEM POBREZA


... ........ .... ... .... ................. ....... .............. ... ......... ... .... ... ........ ...... .. ..... .. ......... ... ... ..... ......... ......... ... ......... ...

....... ....... ....... ......... ................... .............. .. ..... ..................... ..... ........ ....... .... .................. .................. ...... ..

UMA VIDA DE PAIXÕES A HISTÓRIA DE MAURíCIO MATTOS, LíDER DO GRUPO RSC PAIXÃO. Es ta fo i a palavra qu e de u orige m à revista qu e você te m nas m ãos nes te exa to instante. Não fosse m ovido pe la pa ixão, Ma urício Ma ttos pode ri a te r virado u m ótimo téc ni co, um bom e ngen h eiro . Mas, desde qu e e ra ga ro to, n o subúrbi o do E ngenh o de D entro , o a m o r pelas coisas ligadas ao carn ava l já dava p istas de que iria m exe r com o se u des tin o . H o je empresá rio e, num sentido m ais a mp lo, e mpree nd edor, o jovem Ma urício não tinh a n e m 12 an os quando com eço u a se inte ressa r por b locos de ru a. Na Zon a No rte, naqu ela época, hav ia dezenas . C la ro qu e ele ainda não orga ni zava nada , não e ra di re to r de ala alg um a, mu ito m e n os poss uía um cam a rote para vê-los passa r. E ra, pura e simpl es-

(5 N

o

N

...J

4

~ Z

a::

m ente, um folião . Este senhor de te rn o e ch apé u, feliz da vida n a fo to (e, diga-se de passage m , no di a a dia també m ), um a hora hl a trás decidiu qu e la rga ria tudo: pa ra ele não in te ressavam e mpregos fo rm a is, esta ou aqu ela carreira tradicio nal, consagrada e segura. Quand o tinh a se us 23 an os, a paixão pelo ca rnaval carioca com eçaria a tra nsform ar sua vida pa ra sempre. Àqu ela altura, ele jcl ti nha passa do com louvor pelo estágio n a fol ia de ru a. Ta m b é m já havia ido a m u itos bail es , no M acke n z ie, na Assoc iação Atlé tica Ba nco do Bras il , no C lu be M un icipal e no Vasco - aliás, n o futeb ol é vasca íno, bom fri sa r. M as fal-

4 U

UJ <{

'"L

A LlFE OF PASSIONS The story ofM aurício Mattos,

'"

head of the RSC Group

<{

º a::

Passion. This lVas th e word th a t o riginatecl th e m agaz in e you'rc holding a t this very mome nt. If he had n ot been dri ven by pass ion , M a uríci o M a ttos could h ave bccome an excell e nt specialist, a good e ngineer. But sin ce his c hilelh oocl in th e E ngenh o de D e ntro suburbs, love fo r th e stuff of carni val was alrea cl y provicli ng clucs of wha t he was destin ed to do. Toclay an impresa ri o anel , in a broacle r sense, e ntrepren e ur, Ma urício was not eve n 12 years olel wh e n h e becam e interested in th e street blocos. In th e North Lone a t that tim e th e re we re clozens. O f course he wasn't yet orga nizing a nything or cli recting som e paradc section , muc h less own er of a box to wa tc h th e m go by. H e was purely a nd simply a m e rr)'m ake r.


': . :.~ ..

c71bre~fl(if,./:·· ta va-Ih e a inda conh ecer uma parte importa nte do carnaval: as escolas de sa mba. Mauríc io c hego u à Portela em 1966. En trou na agrem iação através do grupo Amigos da Águia e, do is anos depois, a judar ia a fund ar a Ala do Estl.ldante - e só pronu nciar o nome dela já dava calafri os nas au toridades do regim e milita r, sempre de olho nas manifestações da estud antada . "Em di ve rsas vezes, agentes de repressão do Dops, a polícia políti ca da época , vigiavam de perto o nosso desfil e", ele conta. Pé-quente, pegou um a fa se boa da escola. Foi campeão ass im que c hego u (com Memórias de um sargento de milícias) e logo depois, em 1970, com Lendas e mistérios da Amazônia. Fez então sua prim eira in ves tida no ramo editorial , coord enando uma peq uena publi cação sob re a Portela. Gostou de b rin car disso. E d esco briu com a revista portele nse que possuía um dom especial: sab ia como poucos captar parceiros, ve nd er ideias, re unir patrocinadores para uma m es ma ca usa . Foi ali, conquistando a admira ção d e empresári os como Roberto Ma rinh o e Adolpho Bloch, dois gigan tes da mídia na época, que se constituiu o Ma uríc io Mattos homem de negócios. Com o c rédito deles, apostou no próprio talento, busco u jorn alistas para a judar na redação, e to cou a campainh a, dim-dom , das portas • ... . ... .. . ..... .. .. . .. . .. . .. .. . ...• de muitas empresas, grandes DESDE QUE ou peque nas, ofe recendo esMAURíCIO MATTOS paços publicitári os, que lhe ERA GAROTO, dariam recursos para bancar aquele sonh o sob forma OAMOR PELO de papel colorido. E m 1972, CARNAVAL JÁ. DAVA nasce ria a revista Rio Samba PISTAS DE QUE IRIA e Camaval, que chega, neste 2011, ao seu número MEXER COMO 40. Foram anos ininterruptos SEU DESTINO de bon s serviços prestados • ......... ...... .. ........... ..... . • à fo lia, se aprim ora ndo ao longo do tempo, buscando sempre di vulgar a cidade e sua principal e mais popular manifestação artís ti ca. O ca marote homônimo, que ho je em dia se mistura, se confunde com a própria revista, não nasceu junto com ela. Foi uma ideia concreti zada apenas em 1976, a ind a na p ista montada na Aven ida Presid ente Vargas, altura do Mangue. Ou se ja, quando o ass unto é desfil e de escola de sa mba, pod e-se a firm ar qu e, muito antes de cerve jarias, sorveteri as, empresas de saúde e revistas de celebridad es descobrirem o fi lão, o conceito deste tipo de ca lmlrote foi de fato concebido por Maurício [attos. "Al i, em presários, artistas, convidados espec iais, fãs da revista e seus pa trocin ado res podem ass istir ao des fil e com confo rto, ótimos pratos para o jantar, bebidas de primeira ela se, um espaço ag radável, sem e mpurra-empurra r:ír

This merry gen tleman in suit and hat in the photo (a nd, by the way, in his e\'e ryday life as \Vell ), at one point in th e past decided to leave con\'ention be hi nd: he wasn' t interested in form al jobs, in thi s or that traditional career, steady and secure. 'one of that. ~ e n h e was 23 yea rs old, his passion for the Rio ca rni\'al \\'as now c ha nging his life forever. At that point, he had already passed the intem ship as street reveler \Vith Aying col ors. H e had also been to ma ny baJls, in lacke nzie, the Bank of Brazil Athl etics Association, the Municipal Club and Vasco - in fa ct, we Illust mention that he's a stro ng Vasco soccer fan. But one important thing was missing fram his knowl edge of camival: the samba schools. Maurício a rri\'ed in Portela in 1966. He join ed th e school through th e Eagle's Friends group and h\'o }"ears late r helpeel to founel the Student Section - anel just the mention of that name woulel make the milita I)' authorities shueleler, always mistrustful of stude nt elemonstrations. "On seve ral occasions, the Dops repression age nts, th e political police at that time, woulel keep a dose eye on our parade", he says. H e joined the school in a gooel phase. lt was champion as soon as he arri ved (with Memories of a mililía seTgeant) and shortly afterwarels in 1970 \Vith Legends and 11l)'steries of the Amazon . H e then made his first leap into publishing, coordinating a small publication about Portela. This was what he enjoyeel eloing. And discO\'ereel with the Portela magazine that he hael a special tale nt: he was abl e to attract partners, sell ieleas, and bring togethe r sponsors for the sam e cause. This was when he won the admiration of entrepreneurs like Roberto M arinho and Adolpho Bloch , hvo media giants at that time, which maele a businessman of Maurício Mattos. With their credit, h e inves ted in his own talent, founel joumalists to help in th e editorial room, anel rang th e eloorbell of many small andlarge compa nies alike, o ffe ring ad vertising space, whieh would give him funcls to in vest in that elream of colored print. Tn 1972, the magaz ine Rio Samba e Camaval was bom anel in 2011 has now reacheel its 40th edition. They have been tireless yea rs of good services renclereel to revelry, improving as time goes by, always stri ving to publicize the ci ty and its top most popular art eX'Pression . The camival box of the same name, which today merges anel blends with the magazin e itself, was not crea teel at the sam e time. It was an iel ea consolidated only in 1976, then set up on Presidente Vargas Avenue at th e leveI of the M angue. In other words, when it's a matte r of the samba school parade, it can be sa id that, long before breweries, ice cream branels, h ealth insurance fimls anel celebri ty magazines eliscove reel the golelen goose, th e concept of this kinel ofbox was alreaely the brainwave of 1a urício Mattos. "The re, entrepreneurs, artists, specia l guests, fa ns of the magaz ine and its sponsors ca n watc h the parael e in comfort, excelJ ent r:ír

Õ

N

-' <I:

> <I: Z

a:

<I: U

w <I:

'"L<I: <Il

o

a:

!li


Õ

N

N N -' <{

> <{ Z

a:: 4:

U LU <{

10

L

<{

V)

º!l; a::

nem cotoveladas na mureta e, claro, com um a boa dose de glamou r", diz Ma urício. "Sei que poderia te r mais retorno hnanceiro se aba rrotasse de ge nte o ca marote", observa. "Mas não penso desta form a. Não aceito ba ixa r o nível de conforto e de sohstica ção", completa . E le vive u, dentro de suas du as maiores criações (depois de seu be lo casal de hlhos, claro), que são a revista e o camarote, os melh ores dias de sua viela. V iveu, Ilão . Vive , cotidianame nte, o ano inteiro, mesmo qu e a festa dure só quatro dias, mesm o que a revista circul e apenas uma vez por ano. D ecerto qu e também teve algumas tristezas, como a entrada de sua Portela num tempo sem grandes conquistas; como ver a Ro cinha , em 2006, quando era seu pres id ente, ser rebaixada de grupo; e, esta certamente a maior das perd as, o pior sofrimen to, quando se viu obrigado a sorrir e a receber bem seus convidados de ca marote, e m 2009 , m eses depois do falecimento de sua esposa, Tâ nia. E ra o prim eiro carn aval sem ela. "Fomos casados por 40 anos. T ân ia foi minha cúmpli ce em tud o, uma pessoa que tinha um envolvimento muito grand e com o ca rn aval", relembra o empresário . Como medir as perdas e as conquistas de uma vida? Como saber se os ombros de uma pessoa ca rrega m mu itas mágoas ou se, a inda leves aos 67 anos, conseguem andar livres e erguidos, movidos mais por reali zações do que por intempéries? O sucesso de M aurício Mattos é real, e fácil ele comprova r. Se não o conh ece, experim ente um di ,l : chegll p. perto e te nte puxar uma conversa ligada ao sam ba ou ao Ri o de Janeiro (coisas que, ali ás, são quase sinônimas). E le tem é históri a, certame nte não va i parar de fa lar. E, com certeza, sua pa ixão desm edida pelo ca rna va l ca ri oca acabará leva nelo um a outra pessoa a se apaixona r pelo ass unto: você. Ass im , ele va i replicando pa ixões. E isso é ser feliz.

cuisin e, top-c1ass beverages, a pleasa nt environme nt without the shoving and elbowing aIongsid e the parade and, of cOltrSe, with a good deaI of glamour", says Maurício. " J know I could have a better finan ciai return ifI croweleel the box with people", he comments, "But I e1on't think like that. I refuse to lowe r the level of comfort anel sophistication". H e has liveel th e best elays ofhis life between his two greatest crea tions (a fter, of course, his two lovely chilelren)the magazine anel carnival box. Not has liveel, but is living, each e1ay, the whole yea r rounel, eve n if the festivities onIy last four e1ays, even if the magazine only circuIates once a yea r. He has also, of course, hael some sorrows - th e years when his Portela haelno great achievements; anel in 2006, when he was its presielent, to watch Rocinha be relega teel ; anel certa inly the greatest Ioss anel sorrow of all was when he was forceel to smile anel welcome his guests to his box in 2009, months after th e e1eath ofhis beloveel \Vife, T ânia . It was the hrst ca mi vaI without her. ",,,..te hael been marrieel for 40 years. T ânia was m y accomplice in everything, someone who was ver)' c10se to carnival", recalls th e impresario. How ca n th e losses anel achievements in a life be measureel? B oI'.' can we know if a person carries on his shoulelers many hurts or if, stilllight at 67, he can walk free anel upright, dri ven by achievem ents rather than setbacks? T he success ofMaurício Maltos is real, easy to prove. If you've never m et him , try one e1ay: approach him anel start chatting about samba or Ri o ele Janeiro (almost synonymolls, in fact). He has a story to teU anel certainly \Von't stop talking. Anel certainly his extraorelinary passion for Rio carni val \ViII make som eone else fall in love with it: anel that's you . T hat is how he repIi cates passions. Anel this is what happiness is.


A VEZ DE VIVIANE

ATRIZ. MODELO e rainha de bateria, Viviane Araújo foi a escolh ida para estampar a edi ção comemorativa, el e 40 anos, da H.io Samba e Carnaval. Valeu também como hom enagem ela revista ao Salgue iro, uma elas ma is tradiciona is agrem iações da cidade. "Ser ca pa da Rio Samba era um antigo sonho", di z esta ca rioca de 35 anos, nascida em Jaca repaguá. E la chegou à vermelha e branca da T ij uca em 2008 . Antes, já havia emprestaelo sua beleza para Mocidade, Beija-Flor, Ilha, Vi la e Viradouro, entre outras. Com 1,65 m etro de altura e 65 qu ilos, bon ita, sarada e exÍmia ritmista no tamborim, ela sa irá em 20 11 como parte integrante do Bope, o Batéllhão de Operações Poli ciais Especia is, fantasia que estará ves tindo toda a bateria salgueirense .

•. ... .......... ......... .. ... ...... ... .. .. ....... ....... . •

NA SESSÃO DE FOTOS PARA A CAPA, FORAM TRÊS HORAS NO ESTÚDIO, ENTRE A PREPARAÇÃO DA MODELO E AS FOTOS PROPRIAMENTE DITAS • ..................... ....... ....... ....... ........ ......• Nas fo tos para a capa da revista , ela usava ape nas um lib (s ut iã ades ivo ) e tapa-sexo. Uma "roupa de efeitos especia is" foi inserida na image m , adorn ando o corpo de Vi vi - que se integra, ass im , ao sclcto grupo de mulh eres que já estamparam a pág ina mais nobre da Rio Samba , como Luiza Brun et, Adri ane Ga liste u, Graz i Massafera, Thatiana Pagung e JuJiana Pa es.

VIVANE'S TURN Actress, model anel queen of the drumm ers, Viviane Araúj o was c hosen to be the cove r of th is 4o-year commemorati ve edition of Rio Samba e C arnaval. It 's also a tr ibute from th e m agazin e to Salgueiro, one of th e 1l10st trad itional sa mba schools in town. "Being on th e cove r for Rio Samba was a longti me d ream of m ine", says this carioca from jaca repaguá . She arrived at th e red and white school in Tiju ca in 2008. Previously she hadl ent her beauty to Mocidade Independente, Beija-Flor, União ela Ilha , Vila Isabel anel Viradouro, to nam e a few schools.This brunette with brown eyes and hair, 5ft 5in and 143 lbs, lovely, toneel and an excellent drummer on the tamborim (a small rounel Brazilian fram e d rum ), wi ll parade in 20 11 as a member of the Special Pol ice Operations Battalion (Bope), the coshlm e that ali th e Salgueiro drumm ers and percussion wi ll be wearing. In th e photo shoot for the lllagazine's cover, she was wea ring just a bra adh esive and a c-strin g. A "special effects costume" was inserted a nta the illlage, aelorning Vivi's body - to join the select grou p of beautifu l WOlllen who have already been the cover for the most coveteel page of the Rio Samba . She shares the honor with beauties such as Luiza Brunet, Adriane G aliste u, G razi Massafera, Adria na Bombom , T hatiana Pagun g and Juliana Paes.


A AGENDA DA FOLIA o CARNAVAL CARIOCA tem três pilares: os bl ocos, os bailes de salão e os desfil es das escolas de sa mba. C laro que não dá para faze r tudo ao mesmo tempo, mas o foI ião que é organi zado pode curti r melh or a fes ta. No Sambódromo da Rua Ma rqu ês de Sapu caí e na Esb-ada Intendente Magalhães, em Ca mpinh o, se concentram os desfiles das agremiações, di vididas em grupos . Blocos de rua, qu e este ano são mais de 200 ofi cializa dos pela prefeitura (e há outras centenas deles sa ind o de maneira informal, espontânea), se espalh am pelos quatro cantos do Rio, principalmente pela Zona Sul e pelo Centro, e também nas zonas orte e Oeste. este ca rnaval percebe-se tam bém a vo lta dos grand es bailes, que tomam, por exemplo, a Zona Portuária. Confira a agen da ca rnavalesca, bole a sua própria prog ramação e ca ia na folia.

THE MERRYMAKING AGENDA The Rio carnival has three pillars: the blocos, the club balls and the samba school parades. Of course it's impossible to do everything at the same time, but a well-organized reveler can really enjoy the festivities . The samba school parades gather in the Sambadrome on Marquês ele Sapucaí Street anel on Intenelente Magalhães Roael in Campinho, elivieleel into groups. Street blocos - this year more than 200 authorizeel by City Hall (anel there are hunelreels more on an informal, spontaneous basis) - are ali over Rio, mainly in the South Zone anel elowntown, anel in the North anel West Zones. This carnival also brings the rehlrn of the gala balls that take over the Dock Zone, for example. Check out lhe carnival agenda, create your own program anel join the revelry.

SÁBADO I SATURDAV

DOMINGO I SUNDAV

PRINCIPAIS BLOCOS I MAIN BLOCOS

PRINCIPAIS BLOCOS I MAIN BLOCOS

· Céu na Terra (8h, em Santa Teresa)

· Cordão do Boitatá (8h, na Praça lS, Centro)

• Cordão da Bola Preta (8h, na Cinelândia, Centro)

· Bangalafumenga (9h, no Jardim Botânico)

· Empolga às Nove (sh, em Copacabana)

· Simpatia é Quase Amor (lsh, em Ipanema)

· Banda de Ipanema (16h, em Ipanema)

· Cacique de Ramos (19h, na Cand elária, Centro)

· Barbas (l6h, em Botafogo)

o N

...J

BAILES I BALLS

BAILES I BALLS

· Feijoada do Amaral (lsh, no Armazém 4

• Fun Carnival (2oh, no Armazém 4

da Zona Portuária, Centro)

~

· Baile da I-iangueira (23h, no Scala Rio, na Cinelândia, Centro)

a: -o:

· Baile Mágico do Copacabana Palace (23h, no

Z

U

UJ

da Zona Portuária, Centro)

· Baile da Cidade Maravilhosa (23h, no Scala Rio, na Cinelândia, Centro)

Hotel Copacabana Palace, em Copacabana)

-o:

co

L -o:

V>

º a:

DESFILES I PARADES

DESFILES I PARADES

· Grupo de Acesso A (21h, no Sambódromo):

· Grupo Especial (21h, no Sambódromo):

Alegria da Zona Sul, Renascer, Viradouro, Santa Cruz, Império da Tijuca, Inocentes de Belford Roxo, Cubango, Estácio, Império Serrano, Rocinha e Caprichosos

São Clemente, Imperatriz Leopoldine nse, Portela, Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Mangueira • Grupo de Acesso C (19h, na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho):

Unidos do Jacarezinho, Acadê micos do Engenho da Rainha, Vizinha Faladeira, Boi da Ilha, Unidos do Cabuçu, Rosa de Ouro, Unidos de Vil/a Rica, Unido s da Ponte, Arrastão de Casca dura, Unidos da Vila Santa Te reza, Unidos da Vila Kennedy, Em Cima da Hora, Flor da Mina , Acadê micos da Abolição, Corações Unidos do Amare linho e Favo de Acari


SEGUt-lDA I MOt-lDAY

TERÇA I TUESDAV

PRlt-ICIPAIS BLOCOS I MAIN BLOCOS

PRINCIPAIS BLOCOS I MAIN BLOCOS

• Volta Alice (8 h, e m Laranjeiras)

· Quizomba (9 h, nos Arcos da Lapa, Ce nt ro)

· AfroReggae (14 h, e m Ipa ne ma)

· Carmelitas (llh, em Sa nta Teresa)

· Sargento Pimenta (15h, em Botafogo)

· Banda de Ipanema (6 h, e m Ipa nema)

· Bloco de Segunda (16h, em Botafogo)

· Cacique de Ramos (19h, na Ca nd e lária, Centro)

· Cacique de Ramos (19h, na Candelária, Centro) BAILES I BALLS

BAILES I BALLS

· Fun Carnival (2oh, no Armazém 4 da Zo na Po rt uária, Centro)

· Grande Baile Gay (22 h, no Ar mazém 4

· Baile da Boa (23 h, no Sca la Ri o, na C inelâ ndia, Centro)

da Zo na Po rt uária, Ce ntro). · Gala Gay (23h, no Sca la Rio, na Ci ne lândia, C e ntro)

o N

lf\

N ...J

<

> <

z

'"<

IJ UJ

<

co

DESFILES I PARADES

DESFILES I PARADES

· Grupo Especial (21h, no Sambódromo):

• Grupo de Acesso B (21h, no Sambódromo):

União da Ilha do Governador, Sa lgueiro, Mocidade Independente de Padre Mig uel, Grande Rio, Porto da Pedra e Beija-Flor · Grupo de Acesso O (1 9 h, na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho): Acadêmicos do Dendê, Mocidade Independente de Inhaúma, Império da Praça Seca, Leão de Nova Iguaçu, Imperial de Nova Iguaçu, Mocidade Un ida do Santa Marta, Mocidade Un ida de Jacarepaguá, Gato de Bonsucesso, Unidos do Anil, Delírio da Zona Oeste, Unidos de Cosmos, Acadêmicos de Vigário Geral e Unidos de Manguinhos

Difícil é o Nome, Independen te de São João de Meriti, Sereno de Campo Grande, Sossego, Lins Imperia l, Arranco, União do Parque Curicica , Tradição, Unidos de Padre Mig ue l, Un ião de Jacarepaguá, Mocidade de Vicente de Carvalho e Paraíso do Tuiuti · Grupo de Acesso E (19h, na Estrada Intendente Maga lhães, em Campinho): Chatuba de Mesquita, Unidos do Uraiti, União de Guaratiba, Unidos do Cabral, Infan tes da Piedade, Boêmios de Inhaúma, Matriz de São João de Meriti, Paraíso da Alvorada, Arame de Ricardo, Unidos de Lucas, União de Vaz Lobo e Canários das Laranjeiras

l:

<

'"

º'"



COMO O DESFILE SE TRANSFORMOU NAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS

........ .. ....... ..... .................. .

D

~fJor

RICARDO CRAVO ALBIN ... ................. .... ............... ... .

ÚVIDAS sobre as origens do carnava l sempre existiram, mas nunca ninguém negou ao carnaval um elemento, esse qu e me parece essencial e que Suetônio teve a acuidade de observar há cerca de dois mil anos : "Onde tudo é permitido, onde a transgressão se instala, embora fugaz e com hora para terminar." Meia verdade essa de Suetônio, se adaptada às escolas de samba de agora, no que cham o de "época de ouro da passarela das escolas" . Ou se ja, estes precisos 40 anos, os mesmos da revi sta qu e você tem em mãos. Primeiro porque na passa rela nem tudo é permitido, a partir do rigor dos regulamentos que limitam - e com razão - o maior espetáculo da Terra. Transgressão, sim , mas a qr

IN A CARNIVAL THAT PASSED BV J low lhe f)cJwde ha~ clwlIged ;11 the la~t rrmr decades 'fhcre llave alll'ays bcell cloubls about the nrigim nf ca rll i1<1 I, blll 110 011C C;l1l dCII) unc of ils e1elllenls Ihat lo me is essclllúJI. <l llli n-hieh Suc:tonius n-a~ far-slghtecl e110ngh to scc t\\'o lhous,md ~'e;HS ago or ~o : "\\;here <In is pcrlllittet!. \lihere elwel!s traml;res~ion, albeil flecling. a11d ha~ linlc to enel.'· This half-lrulh ofSlIelonius coulel apply lo tO el,l~ \ ~d nlbd sc hoob, \vhich I (',111 lhe "go lelen age of s01mb,! s(;hool parac!es·'. 1n olher words. this \\'as lhe -1-°) cars. ,ame as lhe lllag<l/.ine :- 011 ,Ife holdillg. Firsl. beC<lllse on the ;J\'Clli !e lIol e\'CT)'th1l1g is peTIIllSsiblc. based 011 lhe slric:t feg lllaliollS lhat limil- anel rightl\' so - qr


COM AS UNIÕES DAS ESCOLAS EM 1952, OS GRUPOS TORNARAM-SE MAIS ORGANIZADOS

o E CIM OQU E ERIMEN ARIA A PARTIR DAí •..... ........ ................... .......... ................... ...... ........ ............................................................................ .. • da criatividade ordenada e não a da foli a desenfreada . Verdade mesmo é a hora para term inar, já qu e um superdesfi le planetá ri o não pod e - nem deverá jamais - vacilar, em term os de bem ama rrar o binômio "show e públi co pagante". Mas tudo começou mui to diferente . .. Nasc ida no Largo do Está cio e criada por um grupo de bambas do ba irro, chefiado pelo grande Ismael Sil va, a esco la de samba inicial chamou-se Deixa Falar. A partir de 1927 eb s:Ji ri a, mas, segundo me testemunhou por v,í ri rls vezes o próprio Isma el, teria vida curta, até porqu e pouco se di stinguia de um bloco ca rna valesco . A prim eira escola digna do nom e, considero qu e tenh a sido a Estação Primeira de Mangueira, criada por sa mb istas liderados pelo futuram ente célebre Cartola, qu e lh e escolh eu as cores, o verde e o rosa, abom inados pela burguesia de então. Logo

lhe bigge,t shO\-I ou K lrtll. '1\'<lllsgre"iol1, illdeed, blll C)f ordcred crea livily all d 1101 11l1bridlcd rnelry. \Vhal i, rca ll~ tnH. is the lilllc lo (, Ild, , illce;1 pl;llldary slIpu-par<lcle (;;1111101 - Ilur 1111lst lIol- \'at"dl;llc ill temi, of eloscly Iyillg lhe hillomi,d ''s ilo\\' ;lI1d p,l)iJlg pllblit". nul il ali heg;lJ1 ve r)' dirrerclllly ... The fir,t ,;I J\Jha sell()()] ca lblDeixa J.Ci/ar origillakd ill I ,<lrgo do Esl<ício b)' ;! grollp oi the 1icighhorllOod\ reveler, h(·;}(Jc.d h\- Ih<.' greal hlllad Sil\<1 . 1I fi rsl paraded iu ]()27 bul, .!~ J\lllael hilll\df lold Ille (In ~ t:\"('r<ll occ;t~iom il \1"<1\ lo lK ~ llOrl-1ivccl, hec;lIlsc il wa, 1101 \ '(1"\ c1iffur.:nl fro11i a C<l l"lll\',tl hlock. Iwmider thr.: fírsl sa lllba sc hooll\'orlhy C)f lhe na1l1C lo he l~sl"r,:úu Pril1leira de !\Jal1!!,t/eira, Cfcalcd b} \;ll11b,1 arti~ls 1ed by lhe flllnrc cl'lebrily Carlo];1, \dl() dlO,C I()I il 111(' ~1"l'(,11 ;l1HI pillk ('olors, ;lhOlllill;1tcd b} lhe h0111"~c(mic of


Nos anos 70 e 80, se seguiu a criação da PorteLa, fundada pelos Illallime. SOOll <lfkr UII1Il' Por/ela, fOllllded by as escolas desfilavam também lendários Pau lo da Portela e Heitor lhe also lc~end<1T) Paulu d'l Portela alld Heitor dos Prazeres. In the carly llHOS ~rollp' ~ oul<l dos Prazeres. Ao começo dos anos 30 do séc ulo em ruas como a passado, os grupos desciam os morros para des- Presidente Vargas; COIllC dO\IJI froTll the hi Ils lo paradc ill Praça Jl e a águia da Portela fi lar na Praçél 11 - mais ou menos ond e hoj e - llIore or lcss II 1I('[c the S<llIlb:ldroJlle i~ tndal. está o Sambódromo. Oh , radiosa conAuência era acanhada Oh, radialll conn\l(:l1ce of lhe canlilal ~och. In the 1970s and dos deuses do carnaval. Ih ,truclure lIas Framisc<ln 111 it, ; Illlplicih Sua estTLItura era fran ciscana em simplici1980s, the samba .lIlel Illodesl. '1hc IIOIIH:n ill lhe s<lllJ!n! ~(h()uh dad e e despoj amento. As mulh eres das escolas schools paraded down pre[erred to dress 111' as 3alll<lll I\OIllCI1, anel lhe de sa mba preferiam fantas iar-se de ba ianas, e os Presidente Vargas; Illell \\unlcl wcar \lriped p\'jalll<Js, chlllgarees hom ens trajava m pijamas de li stras, macacões, The Portela eagle or slriped T-shirh. '\nd would d<lrillgl; Ilear a was somewhat bashfu/ pall<llll<l lia! lipped ()I'er OIlC cl'e. I'.\eryollcou cami setas de ma landro. E se davam ao elespl ante de usar o chapéu de palha ca ído sobre bcll\el'll ::'00 <Ind 600 pcoplc - \\"oukl fit il110 the core/a{J (roped-off blot'k), a rCllIilldcr of lhe Epiplwll) um dos olhos. Todo mundo - entre 200 e 600 pessoascabia na "corda", uma lembrança dos ranchos de reis, fú/1LhlJ.' ~rollp, Df nl(;rr~ III<I!-(;[\/, 011 l!J.iI11ll1e a IIlmt dmen tão prioritário no carnaval ca ri oca. A Portela chamava-se, 1111,; lhe Rio earni\'al. Portela uscd lo be c;llIed Vai Como naquela altura, Vai Como Pode, nom e a definir a heterogePode CO.l~ yOll are), to define lhe hcrcrol,;encily ,md POlneidade e a pobreza de se us des fil antes. Era também aqu i, crl~· of Ils Illelllbers. lt Ila\ aIso here in Pra<;<I 11 lhat lhe \cho(Jj., \\ollld ,clllc their displlles in the Il)1m lI'ilh knilCS, na Praça 11 , que as escolas resolviam suas divergências nos stlc.:kS ,lIld honts. Or evcn .1 sllot or 1\\"0. <:ir anos 30, à faca, a pau, à pernada. Ou a tiro. <:ir


Õ

N

...J <{

> <{ Z

o:: <{

U

w <{

co L

<{

V>

° o::

Com as "uniões" das escolas em 1952, os grupos tornaram-se mais organizados e ensa iaram os passos do espantoso crescim ento que experim entariam a partir daí. Durante as décadas de 50, 60 e até 1970, as escolas cresceram ord enadamente, ensa iando o boom qu e oco rreria a partir de 40 anos atrás, Esta explosão, eu a dataria especialmente com a criação da Li esa, quase juntamente com o Sambódromo, em pl eno coração hi stóri co do Rio, criado pelo gêni o de Oscar Niemeyer c de Darcy Ribeiro. Muito antes, contudo, entre 1950 e 1980, os sa mbistas eram basica mente de suas comunidades e os sambas eram cantados no gogó ou sa mbados no pé, O dcsfile das cscolas de samba do G rupo Especia l no Ri o congrega - e é raro exemplo sociológico para qualquer país do mundo - o arco da soc iedade, Uma sociedade tão desigual como a nossa é ca paz do milagre de se encontrar fraternalmente no des file, dentro dele ou fora dele, Qu c outro espetác ulo pode se dar o luxo de exibir, uma "procissão" ca rna va lesca ("ópcra" é lima palavra imprópria, <:ir

\\ ilh 111<:' ,('bool "lI11iom" 111 lt)S2, Ih c group' bec,llllt' 111111e o r~'lIll/.ed ,lJld SOOll IOOK the rirsl step\ tO\\',If(!\ lheir a, I(1I1Ishing grO\lth, In lh e H/ ~O" I<){)()S ,lIld eVC11 ]()70 lhe ,('hoo ls !:;re\\ ill ,1Il ordcrh fa,hioll, lIlo\'ing lo\\arch thc 1>00111 Ihal heg,lII-+o \L'<lrs a~o 1 \Iollld cJ,llc this bnOlll11lOfC ,pL'cd'jl'a ll~ to thc nea lio11 nf Lie"l. ,llmosl at lhe $,IIlH: time .IS lhe lO llstrllctioll ofllle Sa lllbadrome in the hearl of dn\\ Iltmlll Rio, a gC llill\ ill\'C'ntion b\ O,(',lr l\iellle)'er and l\lrC\ Ribeiro \111Ch ea rlier, hOlI'cler. bL'l\\'eell 19SO anel lL)Sn, tllc samba arti,h came b,lsicalh from Iheir 0\11l COlllIll llllitil'\ anel ael-libbeel the s:lml);1 \ Ollg ,1I1d dance, ' I Ire Spclial Cwnp \,lIllhl sclHlol paradc ill RIO ,Illrac" ,11 1SO(TI1 clas,es -a rarc ,,)/' inln~i( ' ; d (',\; llllplC' for C'Olllllri('s .ll!\\IhL'l L' ill IIIC li orld, Snell ;111 1I11Cljllal socicl) as 011 rs lIlirac I dOi 1'>1) fralemi/,cs in ;1I 1d ollhidL' lhe p<lrade, \\ h.!1 olhcI ,huII ('; 1Il pennd ihclf ,I L'arni\<ll " prol'L'S~lon" ('opcr<l' i~ lIot IIIL ri!.;h lllord bet,llIsc it\ kind of ~ talic) illll hich Ilre rich allel p(lor paraclL' logcther <I lld p:l~ for their m\'ll l'OSlullleQ \Ild IIkl l () lhcI (' <111 orga llil'c ilsclfin \ec liollS, liKf';1 \(' 1'\ <:ir


A construção do

Sambódromo, entre 1983 e 1984; e a obra depois de pronta, palco definitivo do maior espetáculo da Terra The Sambadrome was bui/t

between 1983 and 1984; and once completed, was the permanent set for the biggest show on Earth



QUE OUTRO ESPETÁCULO PODE SE DAR O LUXO DE EXIBIR UMA PROCISSÃO CARNAVALESCA UE OS DESFILA TE SI S E •............... ..... .................... ... ... ... ... ........ ............. ... ........... .... .. ... .... ... ...... .. ....... ... .. ....... ....... ..... .... .......• porqu e imóvel) em que os des fil antes pobres e ri cos paga m suas própri as fanta sias? E são capazes de se orga ni za r em alas, qualll m exército muito be m trein ado e sedutoram e nte harm ôni co? O desfil e enca nta o mundo inteiro exa tam ente por exibir o lado avassaladoram ente dionisíaco e solar, numa época e m que a ma ior parte da humanidade procla mase lunar, so mbria e tri ste, apesa r de próspera - o cavil oso drama dos pa íses do c ham ado Prim eiro Mundo, que eles próp ri os teima m e m não reconh ece r. Mas, ve rdad e se ja dita, o sh ow é mostrado no Sambódrom o pa ra um públi co privil egiado de turistas, Povão m esmo (a não se r em parcela mínima, na ca bece ira da pista) não te m condições de disputar ingressos tão ca ros e tão cobi çados , Expli co e justi fi co de imedi ato: a lei da ofe rta e da procura será sempre imutável, até porque os lugares são limitados pela essência do des fi le, necessariam ente curto em extensão, Muita gente reclama - e com ce rta dose de razã o - qu e bom m esm o era o desfil e anti go, em que todos podi am parti cipar e no qual o povo com anda va a festa, Outros, aind a mais saud osos, com o por vezes e u m esm o, clamam aqui e acolá pela volta das fontes do sa mba; pela expulsão das vedetes m odern as e das toIJ-modeis de fu gaz arribação; pela resta uração do samba m ais cadenciado; enfim , pela pureza do desfil e, Tud o bem , tudo bem, Só que ninguém se dá conta, inclusive este renitente (e imprudente) saudosista, de que um sh ow popular, quando a tinge o patam ar das escolas de samba do G rupo Es pecial (e até do Grupo de Acesso), transforma-se em outra coisa , O in exorável ca minhar do tempo configura outra realidade, que passa a não depend e r de certos valores , Isso pela cândida razão de existir um entrelaça m ento de inte resses que passa a ser intransponível, consolidado e interd epend ente: o turism o, a indústria da arte do carnaval (que e mprega m ilh ares de pessoas) , a televisão, os patrocinadores, a rede orga ni zac ional das próprias escolas, os discos dos sambas de enredo, tudo isso, Portanto, conformem o-nos com a vertigem dos tempos globali zados de h o je, até m esm o com certos constrangimentos com o os preços nas alturas de fantasias e ingressos, com o esfri am ento das arquibancadas, com a comercialização ostensiva da arena do espetác ulo, Mas deixemos e m paz o desfil e-exportação e tenh am os orgulh o dele, porque ele é o que ca tapulta, faz e propu lsiona o m ito de Di onísio ser bras il eiro, aos olhos dos outros povos, A evolução dos ho je chamados carnavalescos do desfi le - para que m aco mpanh ou como eu um a um deles, sem Cfr

Ilell tldillul ;Iml dl'li~ldltdh hanllol110m an1l\-: I IIl' p~lr~l(k c',lplil.ÜC\ Ihc II 110k I\Cllld prccI'l' l\ Ixl~l1ISl' it ~ IIO\\' lhe ')Il'rIIlll' lIll111t.; Dic)) I\'I.111 ,1lJd , 1,];11 , ick, .lt.J tillll' II he'l1 lllml () 1111111l.1111Í1 CI<1II11' lo In !t1l1;11, \0111 bl'f ~ 111(1 '~Id. alheit pHhj}(,WII' - th\' dClCllftd tlr,lln~l (li" 11Il: sO-l"tllcd l'ir,1 W()r!clC<llllllric, tli;llllil'\ tIICI1l\(,lllS re llls\' to l"l'co!.;lli/l, BlIllo Idl lhc 1111111 lhl sllc)\\ I~ ,I dl'pl,l\ III tlll Sal1ihaclrllllll' ror a plil ilc~cd Pllhlic of tntlrish, T Il(; Iml('T Cld\\e'\ (c\cl'pllur ,I 1111\'llillllbcr allltc hC\ld o flhc rtlll\\,1:) d\l' 1I0t ill CC1lllliti01IS tn paI For \lIch l::\ pCII~l\C ;)lIeI COIl'lcd lickch, 1110\\ fecl1 1t;11l' lo c\pl;lill aliei )l1\lif\ Ill\,\c1f: the \;11\ of sllpph ;Iml elcllland IlCler d Wllgcs, bcc<1uSC th<: \c;lls are IIldced rc\trictecl b, lhe csselll'c ofthe P~H'ldc. Ilccc\Saril) ()\cra slloll eli,ldllCC, \lal1\ pcoplc e01l1pl.till - aliei p<:rhaps rightJ) ~ o - 11t;lt 1!J<: old paraclc li ,1S bcltcr 1\ hel1l'ICI'IOIlC cOllld particip;ltc Jl1d I\hcre lhc ])llblic Cfr Agência O Globo

Alegorias: hoje em dia

há participação humana (à esquerda) e também vale a grandiosida de. com carros cada vez maiores Floats: today there is human participation (on the left> and stupendous opulence, with bigger floats than ever


jamais abandonar a passarela nestes 40 anos (talvez um recorde entre os observadores mais empedernidos) - foi , no mínimo, extasiante em criatividade visual e residual. De Fernando Pinto no Império pro jetando Carmem Miranda em frenes i de quase surto hipnótico, até às ousadias de Joãosinho Primeiro e Único na Beija-Flor. Do legado de Pamplona e Arl indo no Salgueiro, que Rosa Magalhães dignificou e aperfeiçoou na Imperatriz, em pérolas quase museológicas, até o rasgo das luzes incandescentes de Renato Lage na Mocidade. Tudo isso desaguando no atrevimento inovador de Paulo Barros. E citaria um úni co desfile dentre os antológicos de tempos recentes que particularmente me emocionou, pela congregação rara de simplicidade visual mais bom samba mais bras ilidade: o Peguei um Ita no Norte , do Salgueiro de 1993, de autoria do artista plástico Mário Borriello. Outra coisa : afirmar-se que as escolas de samba se constituem em poderosa ferramenta de inclusão social e de integração do negro na sociedade nunca me pareceu riSÍvel, nem muito menos inexato. O fato é que desde seu c:iF

o N

..J

~

Z

a::

«

U

w

«

'"L« Vl

° a::

~

..Q

1.9

o .g u

C

,~

«'" ~------------~. ....

Ilad control of Ill e feslil'itic ... Others nostalgically OCC<1sionally cry Ollt, el'en as I somei illles do, for thc rctllnl lo the origins of lh e samba; for lhe explllsion of modem starlets and top moelels of Heeling fame; for re\'iving the ,anlba r11.\'lhm; in shorl , for the pmity of the par"de . OK, OK. Yel 110 one realizes, ,mdllly obstinate (<111d imprmlenl) re\'i\'alist self inclllded, Ihat whell a fvlk festival reaches the levei ofthe Special Crollp samba sc hools (anel el'ell lh ose in lhe t\ccess Grollp) il becoll1cs solllething elsc. Rclentless lime coufigures allothcr rcali t)', no longer depellCling on ccrtai11 \'alues. The blllnt truth is that therc is now ,lJI illsllnnountablc conso lielated anel inlcrelependclll interlwillillg of interes ls: tourislTl , lhe i11chlstry oF earni\'al art (elllploying lh ollsands of people), lclel'ision, sponso rs, the schools' own orgalli7..<tIionalnet\\'ork, samba tllelll e CI)S anel a li th,,1. So Iel's con[onn lo lhe dizzy heighls of tocby\ globali"ed times, but with SOllle co nstraillts, \1<1mcl} so,lri llg prices of costumes anel tickels, the slall cj, eooling off, anel os lensive lIJarketi\1g of tll e shmv's arena. 13111 aside [rolll the exporl paracle, II'C are proud of it, becallse il is whal e,llapults, 111akes anel boosts tlte 1ll~,th O carnaval do Ita: tllal Dionysiu." is Brazili,11l il1 llic em 1993, o Salgueiro el'es 01ollter lI<1lio\15. se sagrou vitorioso, Tbe progress of today's sotendo como calleel c<l rniva 1 artisls - in lhe trunfo o samba do opinio1l oI SOIl1COlle who. like "Explode, coração" me. aeeompallied em'h oF thCIIl, The carnival of 1It'\'er dese rtillg the pclrad c ill ali the Ita: in 1993, those pilst 40 )'c,lr, (perhaps a reSalgueiro was cord alllong lh e nlOsl cOllslal1t of victorious with the speetator,) - was ai kasl breathsuperb samba of takillg ill \'isltal anel residu,t1 "Explode, coração" ereativity. Fwm Fernando Pi1lto from J111perio projectillg C arnleu Minlllda in ctn ,dmosl hvpllotie fre1l:l:)', lo the chtrillg vcntmcs ofthc O\1C anel (111)' Joãosinho in Beija-Flor. FrOlI1 the legac)' ofPalllplona a\1cl Arlilldo in Salg1leiro. \\'ltich RO$,1 IVlagalhães digllifiecl anel perfectctl ill 111Iperatri/', i1l allllo>t 1l111seUl1l pcarls, to lh e burst of il1canclescellt 1ight's of Rellato Llge ill r-:locieladc. Alllhis Aowing i\1to the grolllldbrcaking elarillg of Paulo Klrros. Alld I \\'oulellike to lllelltion OIlC pamdc espcei,lllv amollg th e lInforgcllablc of rcccllt tillléS thal parriclllarly 1i1O\'ccI me by Ille rare cOl1lbimlti oll of visual simplicity. gootl sC!lllba anel Br<lzilialllleso: S,llgllciro', Peguei U17I Ita /70 Norte ([ took an !ta stealllér in Ill e North) in J991 bv artist l"fario 13orricllo. Onc lllore thillg: lo ~ a\' tllLlt s<lmb .. sc l100ls are a powcrflll 1001 nf soeia'l illclusion alltl illlegration ofblaeks in sociely nC\lT see llléd parti cldólrly 11lclicrollS ClT even i11eonecl. Tlic E1Cl is lha! right Frolll the stlrl lhe samba se hool WilS <111 illl egmtor. A11e1 bceause of one reasOIl c:iF


Na Fi nlândia, a água é pura com o a terra ond e cresce nossa Cevada de Se is Fi leiras, e o sol se recu sa a se pôr dura nte meses. Co ndições pe rfeitas para se obter a me lhor Vodka.

/4',") ,

Celebre a Pureza Natural. Descubra mais em www.rinlandia. com

f11'J1t\j'j01t\

1{;j(,?#~6/,c/

c;:,VXJffl:á

Mantenha seu pen sam ento pu ro. Beba respon savelmente.

.1kkJ- !l!-!ÃIx>hI~ 'II'"

©20 11 Finlandla Vodka Worldwide LTD .. HelslIlkl, Ftnla1ld. Flnlanola Vo,Jka 40~ó Alc../ljol. Importado e dlstnbUldo por 8rown· Forrnan Beverages Worlowlde ComercIo de Bebidas Ltda

"'"'-" (&tk/f!,. IRm GNf.. !X"d..nk: [';,.f_1.

t_/tk .~ . I1.,·.fA(ND ~J'

40% al& 1101.180 prooll75(Jml f'


início, a escola de samba foi integradora. E o foi por um ,!lOllC: il c(Jmi~led tlm;IlI,!lI~ olll~ ofblacb anel 1I1111~ltlos. In ollll'r \1 oreis, il \\',1, Ihl \'er~ cOl1figmatioll of Rio', llIissingelo motivo: ela era constituída exclusivamente por negros e mulatos. O u se ja, era a própria configuração da raça cegenatioll of r<lCc. Slllce lhe 1l):OS, the Rio Illieldle c!"ss miscigenada ca ri oca . A partir dos anos 70, a classe média began to opell their e\es ,lJIeI he,lIls "l lIlost ,, 1\\<1\-, IUfIlcd do Rio co meçou a abrir os olhos e os corações, quase semlo lhe btc,t fael, lo lhe pllClllllJlCIlOI1 IkJt l'lllerged frOlI1 pre voltados apenas aos modismos, para o fenôm eno qu e lhe samba schonk ~i\ing [hcm ~lIprenlaCI nf allelllion in lhe pub lic p,nadc~. The sanlha seltOul parade gre\\' emergia das escolas de sa mba , conferindo-lhes a primaz ia das atenções nos des fil es públi cos. O desfil e das escolas de as \I'<lS lo be c\.pccll'd. '\lIcllhe llIicldlc elass, 11011 SlIpporlillg il, lVas nol conlcllt jllsl lo \\atch il go by. 11 ab,o sam ba cresceu, como era de se esperar. E a classe média, que passou a apoiá-las, não se contentou apenas em ver a wanled to he pari 01 il. escola passa r. Quis também integrar-se a ela. So Ille objecl of inclnsiol1 lias 110\\' lhe ('arinC<l llIiclO obj eto de in clusão, portanto, passou a ser a classe dlc elass. Thc hl.lck-IIH:sli/() COll1lllllllit), fo r celltmies média ca rioca . A comunidade negro-m esti ça, prol etari zada proldarJ/eel ,mel lhe majoril} il1 lhe p~lradcs, beg;lll to <lell1lit lo the S;lInhl, at Ilrst Illltcl"l'd and prnucl, the 'o Im e majoritária nos desfil es por séc ulos, começou a adm itir, a princípio li sonj eada e orgulhosa, os novos e até então estraIInkllCml1 IIhitc (middk cl:lSS) olltsitlers. 'J'lli, pltCIlOIlJnhos brancos (de classe média) no samba. Este fenômeno, cnoll of eombillim; lhe richesl alltl pnllrcst soci,d classes o de adesão do segmento social mais ri co ao mais pobre, does 1101 "eemlo 1IIl' IIll'nrdicalh·!t,lIIl1flll. 011 l!te não me parece, teori camente, noc ivo. Ao contrário : propõe cOlllran: it pro poses ,I soci.li P'leI. a eonjllndmal illll'l um pacto social, uma interinAuência con.. .................................• ildllllllCl' Ih,lllll,l(k lhe s,1I 11 h<l school juntural que fez o desfil e das escolas cresce r parade groll lo lhe ltighcsllc\'l'1 Ihat 110 a um nível de max imização qu e observador spccLilor 111 sOlll1d lIlilld COldtl l'\l'r h,II'l' AFIRMAR-SE QUE AS algum , em sã consciência, poderi a ter espec\pecll'd dcc<idcs dgO. ESCOLAS DE SAMBA rado décadas antes. Of cour,c. 110 onl' is 'L' lIalll' eIS to SE CONSTITUEM É claro que ninguém é tão ingênuo a illldgille lhal lhe 1I1<1l1ip"latioll of lhe EM PODEROSA ,k,-Iligh ligllll's nf tlll 1J1ega-p.lr.ldcs ponto de imaginar qu e a manipulação das L ,111 alhlll (IL (',ISIOII,d risks. les. of ('()I1rSC cifras astronômicas dos superdesfil es possa FERRAMENTA DE IhLll' are ri,L ,\n<l high ri,h,:ls ill ;dl permitir riscos aqu i e acolá. Sim , há riscos. J E sérios, como em todos os grand es empregr,llId elllcrll1isls. ,\flel ,111. lhe p,lradl' E DE INTEGRAÇÃO endimentos. Afin al, as cifras dos des fil es figures IIIIOill' do/em of IlIilliClIIS of envolvem dezenas de milh ões de dólares, doll,lIS. II1cl 11 ti ili!.; Idn i~i(lll hro<ldcaslDO NEGRO NA entre direitos de transmissão televisiva e ini1lg rights and <lstrollolllieal tickd IHll'l'S SOCIEDADE NUNCA gressos caríssim os para admissão na arena do lor adlllissioll lo lhe ,11011 's ,11 C11'1. Bllt ME PARECEU RiSíVEL, lhe !tighl,t ri,", ot COllf,e, I\ould hc lo espetác ulo. Mas o maior dos riscos, é claro, NEM MUITO MENOS se rá o excesso de admissão - e inclusão - dos ad1lHI - ,llld !IlCllldl' lo() 111.111\ 'Iourisls "turistas" (em sentido amplo) nas escolas, o (ill 'I hro;ld sellse) In lhe schools, whicll INEXATO qu e lhes subtrai o jogo estimulante da ne<lrc dcpril'l'd of Ihl' slill1l1Lilillg g,lllle • ......................... .......... . of 111<": l1l'l'<:s~;lry l'\.plo~j()n nf I-h(:' \Oll~cessá ria explosão do duo ca nto-dança de quem desfila. Quanto à outra inclusão, a de dallcc duo of Ihose 1\lw paradc. \lIothcr destaques de luxo em carros alegóri cos, tudo bem (cabe obillClusioll i, thal of Ille I1I\1I 1\ figlllcs 011 flo;Jls - m: (hlll se rvar, contudo, qu e negros ou bra ncos, personalidades das ,) ()II C,lIl scc th,ll bl.lck or II'hitc.local cOlJ1l1l1l1lÍlI PLTcomunidad es loca is ou estrelas de telcvisão, ficam todos sO!l,dilics or tcle\ision cckhrilil" ,lrC .d1llOs1 alll"'s 1I11ahlc lo 1l10\( 1111C!cr 111l' 1I1'i<;hl of t'L1boralc l'ost llllles quase sempre imóveis ante o peso elas roupas e adereços). ;111<1 ~ Iecl·s,oric,). Para concluir, quero registrar qu e es ta integração democréíti ca fez brotar o seguinte co mentário de do is soLasllv, I \\'o\lld like lo ',I;' lhallh is dC1Jlocr:tlic ill1c<;l"dlioll origilla lccl Ille follc)\\ illg (()IIIIlICIII by I,vo ciólogos da Sorbonn e, a quem ciceroneei anos atréís, no SOl hOllne ,ncio logisls , \\ ho I ,ICCOIllp:ll lil'd )'c~l1S ;I~O to segundo desfil e do Sambódromo, a pedido do meu am igo Darcy Ri beiro, então vice-govern:ldor do Estado do Ri o: lhe .'>cl'oIHI Jlilroldc ill lhe Sa1ld'admllll', ~II lhe requcsl ()f 111; friclltl J);lrCl ]Zi l)ciro, IhclI ,'ice<;mcr\lor nf lhe "U m povo capaz de se orga ni za r nes te radioso elesfi le das Slatl of Rio: ",\ llatioll 111<It C,III or<;;ll1i/c lhis hreathlakescolas de sa mba, pelo puro exercício de dar-se apenas o i!lg l)<Irade of\<lmba sl'lJ()ols. purcl~' lor lhc p!c<lSllIl' oi it. pra zer, se rá sempre um povo ca paz de outros grandes feiwill <11\1'<I\s hc ~I l"llioll edpahll' llrolher r.;rcall'il i1i/.illg tos civiliza tórios", disseram eles em coro. Um exe rcíc io al'hicICllll'lIls", I!tL'I s"id in 11111.'>0 11. PUlel\' ;llll'\l'rci,c ill puro de fu tu rologia, mas que todos nós esperamos que um fllltll"ologl Iml \\ l' ,di hOJll' thal O!le d,,\' il i, I'(',llil~·. di a se rcali ze .

·

.... «

~

Z

a:

«

u

UJ

«

co

X

«

V)

º a:

*

*


o único resort que

clubmed .com.br

tem tudo incluído no pacote. Atividades, refeições, drinks e sorriso nas fotos.

(f)

.o c

Com o Club Med sua diversão não termina na quarta-feira de cinzas. São mais de 40 atividades Mini Club, Baby Welcome, Petit Club e tudo que você precisa pra relaxar e recarre,g

ortivas monitoradas,

suas energias o ano t-O"éJo.

Rio das Pedras, Trancoso e Itaparica . Escolha um dos nossos Villages n~asil e a

Para informações e reservas, ligue 0800 707 ~782 ou consulte seu agente de viagens.

ClubMed~ UM MUNDO DE FELICIDADE




H

Á UM MOMENTO no desfil e em qu e os olh a-

res do públi co vo ltam-se não para o luxo das alegorias e das fan tas ias - mas para somente du as pessoas, o casal de m estre-sa la e porta-band eira, e esses olhares ge ralmente são seguidos de emoci onados aplausos. Ela ostenta, ga rbosa, o pavilhão da escola, símbolo que representa sua história , seus fundamentos; ele é o guardião do símbol o, protegendo-o e à sua compa nh eira. Ambos, desempenhando suas funções, dan çam, volteiam , rodopiam. De origem sin créti ca, a dan ça do casal de mestre-saIa e porta-bandeira remonta ao século 19, e já existi a em manifestações ca rn avalescas antes do surgimento das escolas de samba. os ranchos, o casal porta-estandarte / bali za serviu de modelo para as escolas. A Portela, uma das prim eiras a constituir-se como tal, tem em seus quadros uma das remanescentes daqu ele tempo de transição: Maria das Dores Rod ri gues, ou Dodô, 91 anos, pioneira entre as colegas - e que esteve na fun ção de porta-band eira até m eados da década de 60. Pela az ul e bran co passaram outras divas do samba, como Vilma Nascimento, que re in ou por muito tempo na escola e alcançou notori edad e. Para muitos, foi "a maior <:ir

STUFF OF COUPLES The Chemistry between the stan dard-bearer and her escort There's a time in th e parade when ali eyes tum not to the luxurious floats and costumes but to just two peopl e, th e stanelard-b eare r and her escort, ge nerally to be followed by enthusiastic applause . She elegantly displays th e school's standarel , the symbol representing its history, its foundations; he is the guarelian of th e sym bol , protec ting it and his partn er. Both pl ay th eir roles, dan cing, spinning and whirling. The syncretic origin of th e couple of standarel-bea re r and escort goes back to th e 19th century anel already existed in camival parad es before th e appearance of th e sa mba schools. In the ranchos, th e standard-bearing coupl e was a rol e moel el for the sc hools. Portela, one of th e first samba schools as we know th cm today, has one of th e last remaining exam pl e of that time of transition: 91-year ole! Maria elas Dores Rodrigues - D oelô, - a pioneer among hcr colleagues and a sta ndard-bea rer until th e mid-1960s. Other samba di vas have been in th e blue and white sc hool, for examp] e, V il ma Nascimento, reigning th ere for yea rs anel ach ieving fame. For man )', she was "th e grea test standard-bea re r evcr", ea rnin g th e affec tionate titl e of Swan of the Avenue. She was daughter-in-Iaw of th e legendary Na tal, and it was already in her blood and heart: her mothe r hacl been stanclard-bearer in a rancho . Since last yea r, Portela's standard-bcare r Lucia Nobre is a reference for girl s who dream of dancing. Lucinha paraded sin ce a child , having dan ced in th c children's sa mba schools Alegria da Passarela and Estrelinha da Mocidade. After her 15th birthday she was prom oted to th e moth e r-school, Mocidade Ind ependente de Padre Miguel. Later she represented Unidos da Ti ju ca and is now being escortcd by Rogerio Dornelles in Portela. A standard-bearer and escort do not ac tually dance. Th ey se em to wa ltz. Th e role of th e esco rt is to court th e standard-bearer throughout th e presentation, through gestures and elega nt postures, wh ich demonstrate reverence <:ir

t-iarcella Alves quando ainda estava

na Mocidade; hoje ela é da Mangueira, mesma escola do lendário Delegado Marcel/a Alves when she was still in Mocidade; now she's in Mangueira, the same school as the legendary Delegado




porta-band eira da históri a", ga nh and o o carinh oso títul o de Cisne da Passarela. Nora do lendári o ataI, e la já tinha o ofício no sangue e no coração: sua m ãe havia sido porta-estandarte num ranc ho. Desde o a no passado, a Portela tem com o porta-bandeira Lú cia j obre, referência para m en inas qu e sonh am em dan ça r. Lucinh a desfi la desde crian ça, tend o passad o pe las ag re m iações mirins Alegria da Passarela e Estrelinha da Mocidade. Quand o fez 15 anos, foi prom ovida para a escola-mãe, a M ocidade Indepe nde nte de Padre Miguel. D epois, representou a Unid os da Tijuca e atu almente faz par com Rogéri o D orn ell es na Portela . Um casa l de m estre-sa la e porta-bandeira não dan ça exa tam ente. O s dois n a ve rdad e ba ilam . A fun ção do m es tre-sa la é corte ja r a porta-band eira duran te toda a apresentação, através de ges tos e posturas elega ntes, qu e demonstrem a reve rên cia à sua dama, mas sempre respeitand o e protegendo o pavil hão . Enquanto isso, cabe à porta-band e ira conduz ir e aprese ntar o pa vil hão, desfra ldando-o em ges tos grac iosos e de reve rênc ia. A e legâ ncia está presente em toda a exibi ção da dup la . Junto à graça e à leveza da band eira, o casa l faz passos m arcados e rodopi am . A po rta-ba ndeira mantém gra ça e atitud e a lti va e nobre; o m estresala ba ila com hab ili dad e, mu itos deles se uti lizand o de lequ es, len ços e bastõ es . Importa ntes casa is fiz eram h istóri a n o carna va l ca rioca, com o Delegado e Ne ide (da M angu eira); e C h iquinho e Mari a Helena (qu e dedica ram u m a vida inte ira à Impe ratr iz). H o je em dia, outros casa is têm conqu istado notas máx im as no qu es ito , como <:ir

Na foto maior, Selmynha e Claudinho;

acima, Lucinha fantasiada de CO ; e um casal agora já desfeito, Ronaldinho e Gleice In the larger photo, Selmynha and C/audinho; above, Lucinha in a CD costume; and Ronaldinho and G/eice, no longer together

of his lady, but always respec ting a nd proteetin g th e bann er. Meanwhi le, th e standard-bea rer ca rri es and presents th e bann cr, unfolding it in gra c ious and reverent ges tures . Th eir ",ho le perform ance is pure elega n ee. With the grace and lightness of th e bann er, th e eo upl e performs spinning and marking steps. The standard-bea rer maintains he r c harm and a proud and noblc posturc; th e escort moving skillfull y, man y with fan s, handkerc hi efs and batons as aeecssories . Famous eo uplcs have m adc history dmin g Ri o Carniva l, nam ely Del egado and Neide (Mangueira ); anel C hiquinho and Maria H elena (who spent th eir whole li ves in Imperatri z) . Toda y, other eo uplcs have earned top marks in lh e re quisite - G iova nn,l and Marquinhos (Unidos da T ijuea ), and Selm ynha Sorriso and C laud inh o (Beij a-Aor). C laudi o, in fact, is grandso n of the Icgendary Bich o Novo, pi on eer in th e art of carniva l dance. Bis partners hip with Selmynha has lasted 20 yems, whieh makes the coup le a refe re nce of ha rmon y <ir


~ SEPARAÇÃO ~

DE BEM D ois nom es c uri osos, dife rentes . D ois pro fi ss iona is qu e vinh a m se ma nte nd o juntos na mesma escola - a G rand e Ri o - desde a vira da do séc ul o, por dez anos ininte rruptos, coisa rara. U m casal qu e ba il ava c ntrosa do, detentor de muitas notas m,íx imas . Mas a parceri a este ano se desfez. Estamos fa land o de Sidclei e Squel. E la fi ca em Cax ias; ele volta à sua escola do coração, o Salgueiro. "A ge nte se falava pelo olh o; sempre sabia para que lado a Squ el ia girar", conta Sid clei. Ela dese ja "muita so rte" ao antigo parceiro, revela nd o qu e está na ma ior expec ta ti va para ba il ar com o n ovo fJa rtn er : "Lui z Felipe é talentoso e elegan te." Na esco la tiju ca na se r,í G le ice Simpa ti a a porta-ba nd eira de um re novado Sid cle i.

AMICABLE SEPARATION Two diffe rent curi ous na mes. Two professionals who have been togeth e r in th e sa m e school - G ra nd e Ri o - sin ce th e turn of th e ce ntury, for te n consec uti ve yea rs - som ething rare. A coupl e that danced in ha rmon y, ea rning man y top ratings. But thi s yea r their pa rtn ership is no longer. We're talking about Sidcl ei and Squ el. Sh e stays in Cax ias; he is back to th e school close to his h eart, Salgueiro . "We wo uld cOlllllluni cate with our eyes; I always knew which side Squel wo uld turn to", tells Sidcl ei. She wishes her old partner "ve ry good luck", saying th at she is looking forward to dancing with her new partner: "Luiz Feli pe is talented and elegant." In th e Ti juca school Glcicc Simpatia will be the standardbea rer to a re newed Sidclei.

0,

I


G iova nna e Ma rqu inh os (Unidos da Tiju ca); e Selmynha Sorriso e Claudinh o (da Beij a-Aor). C láudi o, ali<ls, é neto do lendário Bicho Novo, pioneiro na arte da dança no ca rnava l. Sua parce ri a com Selmynha já dura 20 anos, o que fa z com qu e o casal se ja um exemplo de sintoni a e confiança mútua. Giovann a e Marqui nho são crias da Mangueira , mas desde 2009 desfilam pela Tijuca - se ndo qu e ela é atu almente uma das mais acl amadas porta-band eiras do cenári o do sa mba, com seu sorriso in confundível. Nos úl ti mos 20 anos, um grupo de peso de casa is do ca rnaval ca rioca, como Raphael Rodrigues e Marcela Alves (Mangueira) e Fabrício e Cristian e Ca ldas (Mocidade) vêm send o form ados pela escola de mestre-sala e porta-bandeira do mes tre Manoel Dionísio. Bailarino desde 1955, o mestre um dia teve a ideia de form ar casais, dando noções de dança para centenas de crianças e jovens. As aulas costumam se r ministradas, aos sá bados, na própri a Passa rela do Samba. Hoj e, Dionísio se orgulha de ter cerca de 300 alun os, aptos a atenderem às necessidades das escolas do Ri o de Jan eiro, de Porto Alegre e de onde mais precisar. uma parceria com a Liga Ind ependen te das Escolas de Samba (Li esa), Dionísio

cri ou a chamada "equipe sos fantas ia", que ajuda casa is de mestres-sa las e portas-bandeiras na Sapu ca í, quase semprc enrolados com os preparati vos para o dcsfi le. Pois além de todo entrosa mento na dança, o casal ainda tem que se preocupar com uma relação de falhas que não podem acontecer, principalm ente na frente da cab ine dos jurados. N unca, em tempo algum, de form a alguma, a bandeira pod e bater no corpo do mestre-sala; e também é gafe grave quand o sapatos, chapéus e qualqu er ou tra parte da indum ent,lria caem ou se soltam em plena avenida. A fa ntas ia do casal é das mais esperadas da escola. Quase sempre luxuosa, a roupa de um a porta-bandeira pode chegar a pesa r 20 quilos, ou até 30. fa frente dos julgadores, a dupla se exibe por cerca de um minuto e mei o. O qu es ito hoj e é observado por cinco jurados, dispostos em cab in es que fi ca m em diferentes locais do Sambódromo. As escolas do Rio têm de um a três casais, mas som ente o prim eiro casa l conta pontos. É uma baita responsa bil idad e. Mas, tranquilo . Eles sabem que, além de carrega r e reverenciar uma bandeira , também ca rrega m e reverenciam uma hi stória, uma bela históri a. Que todos eles tenh am muita sorte es te ano.

*

........... ....... ............... ...... ..... .... .... ........ ........................................... .... ...... ..... ....... ........ ...................... .

UM CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA NÃO DANÇA EXATAMENTE. OS DOIS NA VERDADE BAILAM. JUNTO À GRAÇA E À LEVEZA DA BANDEIRA, O CASAL, SEMPRE COM ELEGÂNCIA, FAZ PASSOS MARCADOS E RODOPIA • ... ..... ............... ....... .......... ... .......................................... .. .... .................. ... .... ... .............. .. ...... ........ .... •

o N

anel mulual co nFid encc. G iova nna and Ma rquinh o \Ve re born and bred in Mangucira, but sin ce 2009 hal'c parael eel for Tiju ca - anel toda y she is one of lh e mos t acc la im eel stanel ard-bea rers on th e sa mba sce ne, \\'ith her unmi takabl e smil e. In th e las t 20 \'ears, a stro ng set of co upl es in Ri o carni val, for exa mpl e: Raph ael Roelrigues anel Ma rcela Alves (Mangueira ) and Fabri cio anel C ri stiane Ca ldas (Mocidade), are being shapeel b\· maestro Ma noe l Di onisio's standarel-bea rer anel esco rt sc hool. T he maestro has been a dancer sin ce 1955 anel one da\' hael th e iel ea of training couplcs, giving noti ons of dance to hun el reels of chilelren anel tee nage rs. Th e classes are us uall y helel on Satmdays on lh e Sa mba A\'e nu e itse lf.. Toela)', Di onisio is pro uel of ha\'c arouncl 300 pu pils, fil to Ill ect the sa mba sc hool requirements of Ri o de Janeiro, Porto Alcgre and an)'\"here else. In a partn crship with th c Ind epenel en t League of Sam ba Sc hoo ls (Liesa ), Di onisio has crea ted what is ca ll ecl a "sos costume team", which helps the stan-

clard-bea rer/escort couplcs on Sapu caí, almost al\Vays in a both er with th e prcparati ons fo r th e parade. So in additi on to th e harm on)' in th e elance, th e coupI e also has to worry abou! a list of faul ts th at must not occ m , principall)' in front of lh e jury's booth . Never eve r shoul el th e stanela rel to uch th e esco rt; and it is also a seriollS ga ffe \Vhen shoes, hats anel any oth r part of lh eir costum e elrops or comes unelone in the mielell e of th e parad e, T he couple's costumc is one of the most anti cipated in th e sc hool. Alm ost ak a\'s very opul cnt, th e standarelbeare r's clress might weigh as Illu ch as 20 or 30 kil os. Th e co uplc performs fo r a minute anel a half before th e juelgcs. T he requi site toelay is exa lllin ed by fi ve judges, in booths locatecl in clifferent parts along the Sa mbaelrome. T he Ri o schools ha"e from one to three coupl es, but onl\- th e first couple is rateei . lt is a huge responsibility. But lh cy're cool. T hey kno\\' th at th e~' 1l0t 0 111 )' carry anel venerate th e stanelarcl bu t also ca rr)' and venerate a histor)', a bea uti ful history. Gooelluck to th em ali this year.

*

...J

<l

> <l Z

cr <l

U

w <l

'"X <l

</)

ºill cr


UM CARNAVAL INESQUECíVEL COM TODA A REDE DE ATENDIMENTO BRADESCO lADO A LADO COM SUA ALEGRIA. o Bradesco é Presença no seu Carnaval e no Carnaval do Brasil com sua Rede de Agências, Máquinas de Autoatendimento, Internet Banking, serviços do Fone Fácil e Bradesco Celular. Tudo para que você possa curtir os dias de folia onde quer que esteja. Afinal, o Banco que está lado a lado com você em todos os momentos não podia deixar de ser Presença na maior festa do Brasil.



UM CARNAVAL INESQUECíVEL COM TODA A REDE DE ATENDIMENTO BRADESCO lADO A lADO COM SUA ALEGRIA. o Bradesco é Presença no seu Carnaval e no Carnaval do Brasil com sua Rede de Agências, Máquinas de Autoatendimento, Internet Banking, serviços do Fone Fácil e Bradesco Celular. Tudo para que você possa curtir os dias de folia onde quer que esteja. Afinal. o Banco que está lado a lado com você em todos os momentos não podia deixar de ser Presença na maior festa do Brasil.




CONVERSAMOS COM TRÊS JOVENS CARNAVALESCOS QUE CHEGARAM PARA FICAR. ELES RESPEITAM OS VELHOS MESTRES, MAS QUEREM MOSTRAR UMA "CARA PRÓPRIA" NA AVENIDA

o ('oi

• • .•••••••.• • . • .• • ••• •• . • •• ••• ••• • • • •• • ••• •••• •

~/)()r

FLORENÇA MAZZA ... ..... ... .... .... ........ ............. .. ..• ..J

..:

> ..:

FÁBIO RICARDO - ou simplesme nte Fabinh o, como é co nh ec ido no mund o do samba - recebe a equ ipe da revista Rio Samba e Ca rnaval no barracão da São C lemente de short, ca miseta c chin elo. Fim de tard e liíhio l{iCltrllO no Ri o, sol a pin o, ele recla ma Idadc I \:.;c do calor. Arranca as meias (sim, ~6 mesmo de chin elos, ele usava t':sc()la I S(l/lIlw , chool meias até o joelho) e d,í uma enSão Clcmcntc trevista desca lço, pés no chão I',i IlIciro desfi lei literalmentc. "Ac ho qu e herd ei h n/(Ic esta simpli cidad e do )oãos inllu 200H. Rocinha ... . Trillla , 4Lte eu ve jo como o mestre de todos", di z o "Garoto", apcli do co mo é chamado pela maioria dos ce rca de 100 pronss ionais que coma nda. "E foi com ele quc tam bém aprendi o delírio qu e é man ia r <:ir

,.,t /)(/

A NEW GENERATION

\\e /a/kec!/o thre(l

ca mint! arlisls IFllo ore /lO\l' her(l to slc/\'. 'lhe\' resl)ecl lhe o/c! masler8 bllt Irem I lo sho\\'/heir HJl lllg

the (/\'eI1lle Ricardo - nr IU~I E1binho, ~1~ he i, kll(lII 11 ill tht '<1mba \\orlel - \\ cleol1les tht: Icam frOlll the RIO Samba 0 Camcn·alllla~a/.inL ill lhe S,jn C lel11cnle \,orkshop, dre,~cel in shorts, 'I-shiri ,111d " 1Ilelal<,. 1,;11(' afternoon in Rio. SI111 , ltll hi~h il1 the ,b, hc c01l1pl<lim abol1t thc heal. 11e pu]]s offh1' ,ncl., IH:<1h. (' \('11 \\ Ilh ';l11cbls hc Ilear, kl1('('-hi~h ,(){'l.,l ,mel is lIltcn Il'\\cd barefonl. h" rcel hll'r,llh (111 lhe ~ro l1l1d "I thll1k 11IlllL'nled Ihi, Si111plic-ih fro111 loJmlldlO Trillt,l, 11110 I scc as lhe ,111-lil1lc l11a\ler", say' "Caro/n" (kiel). lhe 1I1ckndl11l he'~ becl1 gil<.'11 b, I1lmt nf the 100 or \() proft'\\ioll.1ls 1111clcr him. ". \nd hl' ;lIso lallghll11l' lha I C'rt'aling <:ir Ol \'ll sh {e O/l

b~lbi(l

z cr ..: u UJ

..:

<D

.2: ..: V1

o

a::



um enredo", acrescenta o ca rna valesco, de 36 anos, que fa z sua estreia este ano no Grupo Especia l. Algun s barracões adiante, outro "garoto" fa z nova reve rência a Joãos inho . T rata-se de Cahê Rodri gues, res ponsável pelo ca rnava l da Gra nde Ri o, qu e este ano leva um enredo sobre Florian ópoli s à Ma rqu ês de Sapu caí. Ca hê tinh a ape nas 14 anos quando assistiu, pela TV, à passagem de Ratos e urubus, larguem a minha fantasia , enredo de 1989 da Beija-Flor. A im age m do C risto Redentor coberto de plástico preto, uma pol êmi ca entre Joãos inho Trinta e a Igre ja Católi ca, nunca ma is sa iu de sua cabeça. Vinte e dois anos depoi s, é ele qu e tem a responsabilidade de surpreend er a avenida em 20U . E dar à G rand e Ri o o tão sonhado e in édito título. Fab inh o, Cahê e também Alex de Souza, da U ni ão da Ilh a, formam uma nova geração de carnavalescos qu e, aos pou cos, galga seu espaço no grup o de elite do ca rna va l carioca. Jovens, eles buscam imprimir sua identidad e na maior festa popular do país. E com a dura missão de, simultan ea mente, surpreend er as arquibancadas e ga ran ti r déc imos prec iosos dos jurados. Hou ve tempo em qu e esta necess idade de contar décimos não se mostrava tão presente. Ce rtamente, ge nte como Fernando Pamplona e o próprio Joãosinh o Trin ta, nenhum dos dois na il ti va como ca rn avalescos, além de Fernando Pinto (es te, já falecido), como se ia di ze ndo com certeza eles não se importava m tanto co m minú cias de regulam ento, nem com a ca beça deste ou daqu ele julga dor. Queriam mesm o era inova r. Uma boa parte dos ca rn avalescos de h o je em dia viveu, di ga mos ass im , uma fase de transição - nem tanto ao mar da liberd ade total, ncm tanto à terra das regras minuciosas . São ar tistas qu e, no se u dia a di a, sentiram na própria pele as mudanças impostas pela profissiona li zação dos des fil es e por uma disputa cada vez mai s ac irrada. Fazem parte desta "ge ração intermed iária " nomes como Max Lopes, Rosa Maga lhães, rJr

o

N

V\ ...J

~ z

o::

-o:

U

UJ

-o:

al

L

-o:

V)

º!li o::


a IhcJl1t' is I1 laclllcss", Ihc ,G-year old ea rllil'al arlisl explaills, who is nwking his elelmllhis )'em ill lhe Spceial C roup, Somc Imrk SJIOpS furlher 011, <i nothcr "kicl" 'Igain pays lribule lo Jo~o~in!to, 'l'his i, Cahê Rodriglles, respol1sibk for lhe Crande Rio carlliV<ll. II'hose IhcllIc t!tis yC <1r is Fram F!orial/o/)o!is to 1\ [(/I'qllês de SalJ[/coí. C ahê was olll)' 14) ears old \,'hcn he walebed lhe TV broaclc<lst of IIH': p~lracle of H,ols und l'lIllures - alVa)' (rol1l 111)' costume, lhe Beija-Flor 1989 lhellle, j-lc ne\cr forgot Ihal image ofChrist Redec1JIcr nmkr a black plaslic tarpalllill, ' I\1'Clll0'-lwo y'cars [,ller he i~ nOI\' respomible for takin~ lhe ~1"el1l1e by surprise ill 2011, i\1Ic1 gi\'ing C r,lIlcle Rio ils IOllged-for and firsl eha111piorJsh ip , Fa binho, G lhê ;111c! .1Iso [\Ie\ ele Souza of LJniJo da I1h;1 forlll a lle\1 gc ncr<1lion of Glrni,,!1 ,Ire gradual!: cli1llbillg up lhe l,lc!e1er of ,Irtisls lhe elile grollp of Rio GHllil<ll, ' I'IIC) are \'Ollllg '-111c1 slril'e to ill1prinllheir idenlily 0 11 lhe cO lllllry's biggcsl folk fCSti"ll. l')lll~ lhc IUlrd 1<I~k of surpri,ing I"e amliellcL' li hik aI lhe S,lll1e lilllC gllarantecing preciow, decimal poillls fro1l11"c jur\', SOIll e liIllc agu il \l'a~ Ilot so illlporl:lIl1 lo eouIII clecilll,Ji poilltS, Of COllrSC. peoplc likc Fernando l\lIlIplona .ll1d Joiiw,iniJo Trillta , both 1101\' rctircd can lil'<i l ,nli ~ ls, aliei lhe "dc Fe rJI ,I IIdo I'inlo , a~ \lC II crc , ayi 11g. lIollld surel: nul pa\' 1111I1'11 ,llIcnlioll to tillj c!cl<lils of regnl 'lliollS, OI' lI'ilh ''''tal onc OI' olher jur)' 11l('111 bcr lhollghl. \\ 'hat lhel ,,'a 111cd lo cio \I'as illlHlI',l lc, ,\ Lirgc 111l1llber ofca nlil'al arli,[) loday h,l"C llll(lergolle, :',1\. ,I lransiholl pcriod - lleither Ihc SC;] of lol,d rrccdol1l IHlr lhe earlh of Renato Lage e Roberto Szaniecki , quatro vete raôtrict rcgllLltiollS , Thcy are artish 11'110, ill nos que mantêm o brilho, no Grupo Especial. Iheir c,'clyd,l) lil'es. hilcl fir,lkmcle\Muitos deles são, inclusive, ídolos da nova ge. \/ex de Son:a pcrieIlce of lhc cll<inges illlpmcc1 by ração, Fabinh o, por exemplo, tem como gurus Idade / \,ge profcssiollal i",llioll of lhe p,Hacles Renato, Rosa e Viriato Ferreira, COlh ê, ao ser perNão revela / Didll 'f Sei)' anel illcrcasingly lough cO lllpel igu ntado por ídolos, prefere votar logo em quatro: I<scola / Smll!Ja schoo! UOIl, N,lIlICS sllch 3S 1\ I<I~ I '() [lCS, Joãosinho Trinta, Lucas Pinto e - mais uma vez União da Ilha Renato e Rosa , E Alex elenca oito numa só taca da: Ro,,1,\LIl~;alhiícs, Renalo Lagc Primciro desfile / ,Illel Roberlo S;,dJliecki, fom ,c lArlindo Rodrigues, Fernando Pinto, Joãosinho ",írs! !}(/wcle er,lm \1,110 cOIllillue at lhe lop in Trinta, Viriato Ferreira (entre os mestres) e ainda 1996, União de lllc Spccial C rollp. belollg lo Ihi, Paulo Barros, Renato Lage e Roberto Sza ni ecki Jaca repagllá 'illlcrIllCcli,l[I' ge llcralioll', (entre os de agora), citando também como ídolo, :\ 1<111 \' clllH'1l1 ;Ir(' , in [;] ('1 , idol, oflhe ve ja só, o "ga roto" Fabinho, seu colega de geração , IlCII gCllcr,llion, F;lhilJiw\ gurm. for c:>.a Illplc, "Ho je não basta um desfil e luxuoso, O povo :Ire Renalo, Rma ;Hlcl Viri,lln I'c rrcir<!, Cahê, Il'hell qu er assistir a um espetác ulo, quer ver novas askec1 ;lboul his idols, I\'o uld r;llhcr , ole inlmcclipropostas, E nós temos a responsabilidade de ale " for fo m: JoiiosinllO 'Jl'illl,l, Lucas Pinlo <lnel apresentar esta nova plástica", di z Fabi nh o, que - ;lgail1 - Rcnalo ;] nd Ros,1. Anel '\lc, lisls eighl at começou a trabalhar num ateliê de fantasias com OIIC go: Arlindo Rndriguc,>, i"lTllallc!o Pinto , qr apenas 15 anos, qr

''''lO


-oN

...J

« « z a: « >

U

w

«

'".:« <Il

o a:



hl' no\\ 1Il'l1 Ih L l' h.rlllplo11 111: I , " \llllOlIl!;h 1'l1lllo1 kL'l'll (111111' ,1,', lhL'lil" I';nd" II1,III 'I..;cd I() filJ(1 the ri~ hll)flilJllo 'lIIprlSl tlll pldllll ','aI' \In li ho \\i ll hL' I.lk lll ~ 1),1111 ill lo S" lllll;J1 .IHII II, Illi, IL.l1 I !C' conli IIlIL": "\\L l.III'1 'dI 111.11 hl' didll'lch;1JI~C L, lmil,d , 1111I Ilrl' rL)-O" Jo,imlldlO '1 1('('t,.,.,rldh 111 ,llk thl' fL-s lil<lI;1 ~ rl' ,1 1 , ho\\, 1'.Iulo llorrros lod,ll IS .1 11 i(,l'hl'1~ ,llllId,1 Ihi, p.Jsll'url/l'l1 Olt';JJI 111.11l'.II1III ,d 11.ls 1ll'l'()IIIl'," \Il'\ is rdlrril l~ In Illl o llsL'''"L' ., Iril 111<; lo he CII,II1Ijl lOll , lI llIl'l1 ellldllalll 111l';III S 111,11 ,di ,c lJ()lIl, jlll'Sl'lll.1 P,II.lt!t (111 IhL ,IIl'IIIIC 11 ilh IUI , il11J1 .IJ' Lklllt IIIs "111 111<.: 1>.1.,1, IIl,ll.ld (',IIIlIl.d .Irti,1s .Illll 'el lo()l, \\ il h Illl'lI 0\\11 jll'l'(lIl.dilll" , '1ll l'lL' lIoldd hl' lhe IlIOsllll\llIioll ,' 'L lwol,llll 111ClSt hUlllOroll s, ,l llcI.lllolhcl III-tcc ll. ' Imbl, bec.l lISl' ;1101

JoJosinho ' I ril1l,1. \ 'iri,110 F('Ireira (<11 110J1~ lhe I1ldsllTSI ,llI d ,dso Paulo Barros, Rell,llo I ,;I~l' a l1d Roberlo S/a niecki lalllOllg lhe curr<:lIt artisls ), alIei CIl'IlIlIClli}()IICd ;1, ;111 ido\. i llla~illc, hi, peer, the "kicl" htbil1llO, " li'., 1I0t cnolli.;1t lo h<11'l' a Ill\un par3dl' I'hc jlllhlic \\.lIlt to Ilallh , I sllO\I , "Cl' IIC\\ Idl',]\ , ,\nd \\l ;Irc 1'l"POIIsihk for p rcslIiling Ihis IICII .Ir l frH ll1" , '<I)' 1':lhl1J ho, \I ho \\a, o l1h 15 )l'<lr,> o lcl I\ IIL'II h" hCi.;,111 \lmJ.. illt; in.l C(lS11I111C , Iudio, 'lhe IIcl'd to h,dallcc tr<1d itioll <1mllJ1ocllllllll i, 1111<llIiIIIOUS dl110llg t hosc rcpre'>l' llI illi; th i, I1CII' l rop oll';lrIlJ1. d artisls, Ca h[', ,r (',lmil;]1 fa li Silll'll'hddllOOd, \\ h<:1Illl(: fa lllil) lIo ulcI go 0 11 t'\C11rsiow, dmillg carllil ai 'lml he lI'Oldd hme to \\all'lllhc par,rcks Oll 'r\ illlr;liln,s dlld 'oI rdck bms, is c lllplwlic : "' I he I1CII ga nE; IlaS <I hlli;c rcs pollSlhility: inllO\,rtioll hllt cOl illlrllillg \\ il h thc tra t!ilioll' , \fll'l" ;dl , cl1 rhrnid e r\, prop", B<l hi,11l \\()IIICII ,l lld dlllllllllers a rc ,di 1I 1l1(>lILhahk", ,I"cr" Ihc i-f-IL'.Ir o ld ld rJlil.ll dr li,1. di thL hl'ad of a , I,rff of ,ao profc'SI()lIak \Ild '>pC<lk llll!; of inIlOl ,ltiu11, 11 i., ill1posslblc l1u l to mOlc 011 to Ille Sllh)cd of P;Jl do 13arrm, Ihc c,1II1II<11 drl isl oI' l 'nidos da ' [ ijul'a \l ho \\'a ill'd.,i\) ears for Im lil ing l10ats lo

of 11I0l1CI i, ' pelll Oll edl llll .d, CIl'II()Ill' l' llds IIp l hillkill~ likL lhl' 11111, 11 c;]II'1 bl' Jikl' lhal. I ,Il' IIIII.Jih c"lrllil.r1 .lIlish Ilalc thl'il h;l11ds Iled", he cn liei/l's, \ll'\ I' <I Iolshioll ~ r;lcI\I;JIl' fm lll Sl'llai-Cl'iiql ;111(1 h;JS 10l'cd C<lfIli,,1i ,illl'L' hL'II;\' 111l' , 1 fc II,IS firsl ,r E111 oflhl' sa lllh,l Ihcl11l', hul hl'l'allll' II\(JlC' I i'll.d i1J his Il'l'II;r~c: leilr, \\ 1I1'1llit, sl,rrll'c1 , tll(ll il1~ 1II1'chal11cdl c1 r,11I illg (" I i1l1;lgilll'd IJ(>I\ ICOIdd lI'l' \\ k!lllcLlrlll'd ill no;r"" ). 'J'hcll ill J(),), Ile Illcl I{cII,rlo I "I!,;e (Iod.ll :-'; Ji~lll'iro'" c.lrnil .Ji ;nti,I J 111 rccrl'a lioll arca o I' \IIILld.ldc liJ(kpul(knlL' dl' I',rclrl' \ Iil!;\Il' I. SO lJ1e ti me Lltcr hc beg.! ll dl'\ I~llI11g L'o.,I IIIlll'S for hilll. Ihl' pd rllll'rshlp lastcd for )L'i1lS 1I IIIilbl' 1l1,lck hi, firs l '010 tli~hl ill 20('(1 ill Iltl SpCl'i<d (;1'O1l11, \\ ilh \c';I,k lllilOS d.l I{oeillh;t. \lId so Illl' rl"po llslhdill iIl l'Jl'il'L", Ca he:路 aho kllOIl' 111>1\ il l1l)(liI ,llllllis la,k is ;rlllll' 11l';ld ofC ralll1e RIO, Illl' .11 li,' Il ho li.!, CIL' lr \\OIkl'd ,I, ,Icirl ll, Illdgil'iall ;l1ld l' lljOls <I , II()\\ 111 Ihc Cd hp'() h'llld ill hi, frL'l' lilllC - 1101111<1\11 \\()rks 14 bOllr, a daI m S() in J.II 11 1<11"1' <! mll "ehru;1J\ ill Illc lIor k sh()p , "It\ ,I full-lillll' jo h 11111 Ihat\ 11 h,1i gin" 1111' 1111' dl'lll' lo (" IITI o l1",IIl' ,;r)s , ;Iddim; Il1;rt sOIlll'lillll" hl' fCll, .llIilllO\il\ hct,l1l'l' of his \ (J lllh ' " I\L heard Ihing' lih' '['I'l' glll" 1l';IrS of l';mlJI, 1i ullllcr 111\ he ll ,llld I () II '\l' jllst ;rrril cd' , Bu l il ', IlOlllkl' 111.11. I halc11'1 jl lsl ,1ITi1Cd ()f C01!l'l' l"1ll ,I '11l'1I 'iL'Ill' r,lilOll ' hul I\c Ix'cllllL'll' f()r ml l I:; IC.lrs, SIJI'Iil.111s ill\,ll ll', I k<lr11l't1 Ih;lI h) h<1I in g Jl"lxc I fo r ;lI lolh e r 1lI IIiOIlI r;m illg 111)' loil'l', [ ;d";I)' Jl1~111;1r;l' lo be bo;,s, I';rblllho, IlIl,lrIlil<ll \incl' Irc \\.1' r:; le;lI' o ld <1 11(1 <111 i I1Ic1cr<l Ic f(} ]10\\ c r of Jo;i m i11 ho 1ri111 a alld \ 101\ I ,opcs ' l()d~11 i11 li Il[ll'l;J!rilI , ,d\o \;IIS Irl''s re;I,1\ for lhe e ltdllclIi;l' lo S I~1l his o\\ lllhl'lllC , Bul 111l' S,IO C lclllclJic l',lrtlilal a llIsl ,Ii,o, \\ ho "i ll prl'senl lhe Ri() lalldslapl',' 011 Ihc alCllllC, dol'., Ilol Ill'::;atc tll L' klrlls llip" of Ik~ Ir.1dc: " I \\,IL;c.1 b;llIIL l,lllr d ;1\ 1lIIIllS \\ork , hop", rl"I IIIlC , " I'or l'\'l1I1PIv: ill J;I1II1'1I'\ , in Illl' Illiddk of lhe prlpar;llioll il lIa,.1 Icrol'io lls ha lllc," I Tl' l':\[lLIIIlS , " I t h;lIl[;cd Illl' li hole frelll l eOlllll lis\lOI\. [II ,lS II '1 .s,ltlSficd Il'I lh it.,o Illt"n~ed 11 alI." I II.r l\ COI IT;lge I\orllll of ,r lc:lewII,

*

\f'\ \f'\

...

--'

>

. . '" z

oc

U

UJ

.

L

VI

'"

li








Ó OU

Õ

N

-'

~

z

o:: ...: u w

...:

'"...:L VJ

o

o::

ass istiu , ao vivo, a um desfil e de escola de samba pode di ze r do que se trata. Na televisão, claro, o espetáculo também fi ca bonito. Mas e o sabor do vento? E a c hu va qu e às vezes ca i? E o calor d e tanta ge nte junta ? E, ma is qu e tudo isso , e a emoção de estar ali , fazendo parte da coisa tod a? Ce rto que mu ita gente deve esta r pensa ndo por aí: não, ó mesmo quem já des-fi-Iou é que tem moral para sa ber, de verdad e, do que se tra ta um desfil e de escola de samba. Um desfi le de escola de sa mba deve ser, pa ra cada pessoa deste planeta, algo dife rente. Para o carioca, qu e h á quase cem anos convive com essa histór ia, é como se fosse um es pelho ampli fi cado e sem vergonha : pois a alegri a do povo do Rio passa por esta élve nidasomos tudo aqui lo ali e mais um pouco. Para o turista que vem de São Pau lo, ou cle Goiás, cio Sul, ou da ete rna "concorrente" Bahia, doidinho pa ra ver e depois leva r lembranças pa ra casa, o desfi le do Grupo Especial ta lvez sirva para despertar comparações - mas comparações do bem , di ga-se de passage m . <7r

TWO DAYS, TWELVE PARADES , A THOUSAND DREAtvlS \/('('/ Ih" w/I1bel .w:h()o/s /mll/II/(' =(J 1l S/Jt'c/cIl Cmu/J, '/ heI' (/ /1 co me \I ilh S<l II/!Ja , c!eleTll1 il1e1liUII elll c! lo)'e

f;,o//l

I heir 111r!1//bers

~Oll

1I;"'e to \1',ltcll:1 '>il lnha sc hool p;lrat!c lilc to KIHII\ 111"lt it \ ,111 abOllt. ()f ('O t!l'SC, 0 11 tc lclisio11 tllc ,110\\' is ,liso Llhulow., BlIt tlll' tastc of llle II illel 7 . \11<1 lhc oCl',I,ioll,ll r,lillfal!' \l1d tlle 11'<1I111tll of \0 I1lall~ I)cople togcthcr~ .\ml cspcci<1l1~ llle t"rilh, as part of it <l11? Of cO lme 111<l1l\ pcoplc I1l1lst i>e thillKing - 110 , Hlll 11<1\'c to actllall~ paraclc lo re," h- KI1011 IIhlt a '<llllba se hool is <111 <lhout. j\ s,llllha sc llOol p,mlelc l1lu,>t \Ce111 \O I1ICthi11g dirrcrel1t fo r e<1ch pcrsoll 0 11 the plalle!. For thc c,nioca, 1\110 For ;dJllost a hUllelrcel ye;H,., h;l, ,SCl'1l it hapIJl'II, it \\'ould hc likc "" alllpliheelmirror, boiei aliei brash: bccause the joie-de-vil'l'e ()[ the Rio people p;lraclcs e101111 this ,llCll11e - II (" rl' ,111 a bit like that pllls ,I lit-

tte 111 ore ' For the tourist IIho l'OlllCS fro1l1 São !l,lIdo, C oi;:ís or th c Soulh, or lh e forl'lcr "ril;d" B,dli;l, era!,\' to \l'OIt('11 ,lIlelt<1ke IlIel1loril's <7r




"Puxa, o que aco nteceria se orga ni zéíssemos o hdCK h01IIC . Ik' Spccl,d Crull)) piln.!ck perfrem deste mesmo jeito?", poderia se pergu nIlilJl\ hL'I)l\ ,llllIl\L COIIIP,III\()Il\ ~ood OIIC\, ta r um pernambucano. "E u consid ero mais 1>\ IhL' \\, 11 .. C (10<1 I1('\\, II h,11 II (ll dd itlx' espontâneo o nosso Festi val de Parinti ns", seri a likl ir IH' l rlldd !lI~,llli/l 111(' trcIO likL' Ih,d'" \o IIICOlll' Irr llll 1\ 111,llIdJlllO IILII IIL, II ,I\k " I quem sabe a análise do amazo nense. "Mas aqui no Ri o os enredos são mais va ri ados", ele Ih lllK (llll 1',lIJlllill\ I'L'\II\,1I i\ IIIOIL' \poIlLlIlecerta menl e concluiri a. "Não é qu e essa id eia Oll<' t'ClI 1Icl hl' Ilre dlJ.dl\i\ 01' I I\!lor\ 1'1'0111 Ihl de construir Ulll Sa mbódro mo fo i boa", admiti\111 ,1/011, peJ!I,Ij1\ 1~IJl lT II,IIIJi: 1( 1111 hldlllt: riam os paulistanos. Ih,ll 'lJlll hl'le in RIO IIICIl",J II illt I \. IIIl'" oi Se o turista nacional fi ca comparando, Illl'llIl<' "11 \1,1\ Ic,dh- , I r;il',ll idea lo Illlllcl;1 Sil lllh"dIOIlIL", S,lrl 1'; lIdf) 11\110[\ II (J IJid ,Idlllll analisand o, ve ndo o que é bom e o que é ruim nesta festa caóti ca-organi zadinh a que é 1I111e Ikl/ih<lll 101111\1 COlllP;II('\, ,lId\/c\, \CC\ Illl plm ,J lld tl llI\ 111 111l' ch,J()11l .1Ih 11l'1I o desfil e das escolas do Ri o, o estra ngeiro só consegue demonsh'a r uma reação: encan taClrgdlli/l'll fl'\ lil,J1 Cl IIIIL RII1 \, lllIhd \l llool p,lIdcle, fllll'iglllollli\h ('; 111 IJIIII Ir all' OIIC men to . Lí fora nem pandeiro tem direito; o rebolado dele costuma ser duro e soa forçad o; ré "( lil)ll: dlllght. IldC k h(JIIIC lluIL'Il'11 .IIIJ1lo compasso do samba-enredo é algo esquisito lJOI llllll' IhclI \111111.; lI\II;JII!' \1111' .I11t! <I hlt aos seus ouvidos; e - aí que ele não entende forced, lhe \;J1l1h;J-lhl'llll' bc'II.\ollllll\ <1 bli nada mesmo - como é que dli'ferelll I() Ihcir C' I1'\, <l ml •.. .... ............ ............. ... . • sOlllclhing Ilr cl realh clord essa gente que sobrevive com tanto sacri fício pode, nos dias 1I1IclcrsLIllcl-IJ()11 call Ih nse UM DESFILE DE de folia, esquecer a vida lcí fo ra [leoplc II 110 )<J('rJficc lhl'llIESCOLA DE SAMBA, \ckes sO IIJlICh forgcl clllflllg e desfilar com tamanha garra? PARA O CARIOCA, lh e c<lmilal fl'slil'ilics Iheir el"Qu e mágica é esta?", devem se perguntar os gringos. "De ei: d,l\ hles :Jlld par;lt!c li illi O onde vem esta força?", seri a, ~ lI c h clllhusi;ISIII' "\\ II,!I kind UM ESPELHO em última análise, a grand e of lIl:Jgi( 1\ it?"lhe grillgm I dúvida deles. Illir;hl.l\]; Ihcl1l\chc'\ \11<llhc Pois esta força vem, este hig qllc\1 i011 Idlilll.lk 11 II0llld E SEM VERGONHA ano, de 12 diferentes luga•.. ................ ............. .... • hl' "\\hcrl' clocs tlli\ dri\C' ('O IIIC (rolll:". res. No domingo, ela vem de Bota fogo, depois de Ramos, em seguida Bccall'c IllIs 1\',li lhc dflll' de Madureira (claro, de Oswaldo Cruz tamcunlo 1'10111 12 ddTerClII 11Ll cc,. ()JI SllIlcl;l\ bém); logo após surgirão os fortes do Morro flOllI [3ol,lfogo, Ill Cll Ralllos, follc)\\u l b\ do Borel, do bairro de Vila Isabel e do Morro \ I;ldurcir.l 11101l1 ()\\\<lldo (: rlll lo()l~ ,1 11d il1 da Ma ngueira. Na segunda-feira, a fo rça virá Ihclr 11<1J...c IIIL' f()rtifil'~ili()lI, fiCll1l I~orllllill. de outros locais, va ri ados rin cões: de uma ilh a, \'i!;1 kd)cIIIL'I~ld)()rho!ld .lJld \LIII~l1eil,1 I lill. OI! \ ICl Jlt!,l\, lhe forcl' ('Clllle\ frCll11 Llr aiiL'ld: de um morro que é ve rm elho e bran co, em seguida da Zona Oeste; e ain da de três cidad es <I n i, lal1(l, ,I red ,111(1 \\hilc hill S!JlJll. follc)\\c<1 vizinh as, que aliás sabem sambar muito bem b~ lhc \\csl /':()I1e . .J11d auollrL'r Ihrcc 11L'ighbOlCaxias, São Gonçalo e il ópolis. IJl~ 101\ 11,11,,11 kllOI\ IHJ\\ lo s,lllll1.1 l'.ln'IIJeh Nas próximas páginas, o leitor conhecerá \1 ell- C<I\i<Js, S<!o COII"J!O <111<1 '\ilcípoll\. um pouco mais sobre estas 12 ve rdadeiras for011 lhe 11('\1 pdgCS lhe J'c<!ckr l\illlcarll;J talezas, que guardam mil sonh os a serem litllc Ilwrc aboI1IIIIC\L' 12 fortlfic.rlioIlS. prolcc 1realizados em dois dias na avenida. Elas são ill!.~ " IlrolJ),lJld drc'lJII\ tllallll;ll ('0111<.: Irll (, ill assim tão poderosas por ca usa de seus com1I\() d;l\\ JI()II(,; llrc .I\l'IIIIC. '1IIl'Ir forcc ('OlllCS frolll Illcir l(1111J)()IICllh. I c)J cacll k11O\n Ih,lt ponentes. Pois cada um deles sabe qu e força ma ior é ti qu e vem do coração. Ilre gIL,IIDI rOll'C "f allc!llllcs 1i'()JIIllrc hCdrl

*

Le tras completas dos sambas, resumos dos enredos e detalh es dos desfiles estão na separata da RSC, pequenos gu ias distribuídos com a revista.

*

The complete samba lyrics, theme summaries and parade deta ils are in the offprint to RSC, small guides distribu ted together with the magazine.

li! õ N

...J

<i

>

<i Z

cc

<i

U LU

<i

m

:r<i

V1

O

'"

li!


PASSARELA PROFESSOR DARCY RIBEIRO

OFICIALtvfENTE, o Sambódromo do Rio se chama Passarela Professor Darcy Ribeiro - vice-governador do estado no mandato de Leon el Brizola, no início dos anos 80. o Sambódromo há uma divisão de lugares. Resumindo, você pod e ver a festa por três ângulos: de longe e de cim a, se ntado nas arquiban cadas; de pe rto, qua e no nível da pista, nas chamadas fr isas; e nos ca maro-

tes, lugares disputados, e caros, geralm ente com direito a TV, ar condi c ionado, quitutes e até shows de pagod e nos intervalos entre as escolas. Também h á cadeiras especiais, locali zadas mais para o fim da aveni da . O m elhor meio de se chegar é o metrô, qu e es tará func iona ndo , se m inte rrupção, até a noite de terça-feira. Olhe ago ra o se u ingresso

,

e confira: se você esti ve r em seto r par (2,4 ou 6), desça na estação Praça O n ze; se esti ver em setor ím par ( 1, 3,5, 7, 9, 11 ou 13), desemba rque na estação Central. Cooperativas de táxi com o a Coopertramo (25602022), m an te rão carros nas im ediações do Sam bód romo, cond uzi ndo ca riocas e turista s, ao fim do longo espetáculo , de volta para casa - ou pa ra os h o téis.

,

Õ

N

1..0 1..0 -J

~ <{

z

cr <{

U

w <{

\I\\~\O~() ~e~\\\e

'"L <{

V)

º

CAMAROTES SETOR 2

cr

\t\~\ll\a,o:.\a\\'

Ca'a\I\"" <\e ~

C()~C~~,,, ..<;..o

"..",

~~i\\t.io

~O\Coneio\


THE OFFICIAL NAtvlE o Flh e S ~ lIl1b~ l d ro lll e i, Pa~W1re la Pro(e,,sor Darc\' /{ iheiro - li ho 11 ;1' I ice-

lh e ,lle l1l1 C ICleI in 11'11<1 1 ,li'<: c,dlcd , I,dl-,: aml ill ho\c',C\IX'II, lll' ;II HI ro u ~h I-OIcr placc" ~cl1e ra Ih II iIh Ih c righll o 1\ , air cO lldili ol1il1g, sl1ac ks <l 11e1 CI C11 j<l l1l scs, iom i11 lh c illlcrl <l l, hclllcc n ,e hook Spccia l cha ir5 arc ,dso <ll<lil ablc 11 10rc 10lI ard Ih c cncl oi lh e aI Cllll e, 'J'h c bcs l 11<11 lo gcllh ere is bl sllbll'al, 'I'h c Ira im Il'ill bc run ll ing eo nlillll oll Sh u11li l ' l lll's<l <l\

gOlern or o Flh e Ri o el e Jam'ir<> , Ialc II he ll I,eo ll el Bri /o la lI'a\ gOlc rll or ill lh e c~ l r h ] LJh(b, ' I hc Sambac!rolll e is di l ideei inl o di rrcrcl li phl (,C~, 111 , Ilorl, IOU ('<In 'cc lh c sholl' rrom thrcc ,1 11 ~ ks: ai ,I di , l<l ncc allel rrolll a bOl'c, , i lti11 ~ ill lh e , Iall ch; clO\c up , alm os t ai

, ,

Clc n i ll ~,

If 10 m lic kcl i, ro r <1 n CIC1Hl11 lll bcrcd ,l'C lol 12, -+ or ÕI, ge l of! ai l)r;1(;<1 O n/c , 1;lli o11 : if iI i., For all mld-llIllllbc red 'cc lor ( I, i , 'l , - , 9, II or 1, ), ge l ofr al lll c CC ll lm l ., lal ioll. 1;I\i ('oopc rali,c" suc h as Coopcrtra ll lo (2'l õ()-202 2), Il'ill 11 <11 c <I kind or r all~ ncarb, lh e Salllbadro lll c , l,l kin g e<l li oc;l\ anel IOllri sts back hOlll C or lo Ih cir holel ai lh c cnd or lh e IOl1 /; parac! c,

...

' ---~~

, Si10ll\\

Õ

~e\on\O ae

N

Ues\i\al\\es com ieTll\'I\O ao Ue~\i\e

?1l\seiTa~ -' <t

> «

z

'"«

u

w

<:'a,oa oe

<t

lI..\eqoTia~

co

l: <t

, ,

(/)

O

'"

j

il;

SETOR 6

. N N

~

o

U

a:

o :õ ~

I'···················································· ..................................................................................................................



DOMINGO, a part ir da s

21HOO ANO PASSADO/lAST YEAR

Ca mpeã elo G rupo de Acesso A (C hoqll e de ord em 11a fol ia) / Ace,~s Cro U!J A cham!Jioll (Order blitz ill lhe revell)' ) ENREDO 2011/2011 THEME

O seu, o meu , () nosso Rio , abençoado por Deus e bonito por natureza / Yours, mine anel Ollr OIVll I\io, hlessed h)' Coei (/ /ld lavei)' b)' lIature ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

A escola Ilun ca foi ca mpeã 11 0 Crupo Especial / Never IVon in lhe S/Jetial Croup

CARNAVAlESCO/ CARNIVAl ARTIST

F,íbio Ri cmdo MESTRE·SAlA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

Bira e Jaque lill c

Déc ima-qua rta co locada / Fourteenth /Jla ce

DIRETORES DE BATERIA/ DRUMS' DIRECTORS

G ilberto Almeiela e C ll iqllinh o ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

RAINHA DE BATERIA/MUSE

1961

Bruna Alm eiela

REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

l3otafogo

Igor So rri so

(3 N

...J

«

> «

z «

o:

u

w

«

ÚNICA REPRESENTANTE, entre as escolas do Grupo Especial, da Zona Su l da cidade, a São Clemente voltou este ano à elite do samba, Foi campeã do Grupo de Acesso em 2010 e abre os desfi les el este dom ingo na Sapucaí. Qu er eleixa r para trás a fam a de escola ioiô (sobe-e-el esce-sobe-e-elesce), apostanelo num enreelo que tem como pano ele funelo as belezas elo Rio ele Janeiro. Não eleve fa ltar irreverência ao elesfile - bom hum or e fina ironia sempre foram marcas ela agrem iação. O enreel o fo i pesquisaelo por Marcos Roza e leva a assina tura ele um ta lentoso ca rnavalesco da nova geração, Fáb io Rica relo. SÃO CLEMENTE is th e on l)' sa mba sc hool in th e Special Group from th e South Zone of the city

anel ~li s yC<lf re turncd to th c sam ba elite, It was champi on of the Access Graup in 2010 anel opens th e paraeles this Suncl ay on Sapucní. lt wants to leave beltincll'he sc hoo l's yo-yo fa me (up-a nel-el own-upanel-elown ), investing in a \·hellle wil'h the ba ckground of Rio's natural bea uti es. There shoulcl be a lot of irreverence in the paraele - its sense of humor anel fin e irony has always been the school's traelemark. Th e th ellle was resea rcheel by Marcos Roza anel is signeel by Fábi o Ri ca rdo, a talented ca rnival artist from the new generati on,

'"L« Vl

º o:

~



A IMPERATRIZ tc m Illui to a fcs te jar: h,í poucos mcses, v,íri as co munidades que fazem parte dc sua área foram pacifi cadas, a comcçar pelo - fa moso nacionalmen te - Co mplcxo do Alemão . Bairros como Ramos, O lari a e Penh a ago ra sa mbam com mais alegri a, num a agremi ação qu e se to rn ou conh ecida pela ga rra dos componcntes e pclo ri gor téc ni co co brado por dirigentes e diretores dc harm onia. Parecc ser um a quími ca qu c dá certo: ela j,í conquistou oito vezes o títu lo. Este ano, via jar,í no tempo para contar a hi stóri a da mcd icina . Se u sloga n dc 20 11 é forte: sambar Faz bem à saú de. Ma ior ve rdade.

I

IMPERATRIZ has a lot to celcbrale: ~I fc\\' ll1onl1!, ago. sc\"C ral COlll1111lllili cs that arc parl ofih arca llie re pa cill ed. bcgillnil1 g \\'il h - fan lOll s I1<11 iOIl \\'iclc - lhc CO/IJ!J/exo c/o /\ /elll i7o. ' I'hc Il cigh borhoocls oI' 1\;)11 1OS, O lari a anti Pellha 1l0l\ ' S,lllliXI li ilh grc,ller glec ill a s,llllba sc hooll h;11 h,15 bcc()l IIC ll1011 li for ils nl C111bers' c1 clel"lnill ali o11;ll lclIHCC' isc Icc llll iqll c Ilnd cr lh e nli e of c1ircc lors aml harlllol1 y condll clors. 'I'his chelllisln ' SCC11 1S lo hil lh c Ill;nk: il !l as 11011' bcc n ch'lmpioll cighl lill lc::,. 'l'his !'c;lr, il \\"i lllravc l h,lC'k in timc lo lelllh c hislorl' of Illedi cill c. Its 2 0 11 slogal' is slrong: SJIllh8 is gooc! for your hea lt h. Ver) tm c.

DOMINGO, início en tre

22HOS e 22H22 ANO PASSADO/ lAST YEAR

CARNAVAlESCO/CARNIVAl ARTIST

'\,Iax L.opes

8" (Bras il de todos os Dcuses /

ENREDO 2011/2011 THEME

t\ lmpcr<1 1ri z <!c!l-crl"c: sa mbar fa z bem à s<1ílde / Im/Jeralri:: Il"arns: samba is

!3w::il oI" al/ the Cods)

MESTRE -SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

lIbiraia ra c Vcrôllic;J

Nona colocada / Nilllh place

DIRETOR DE BATERIA/ DRU MS ' DIRECTOR

ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

~ 1 'lrco ll c

1'1 59

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS ' MUSE

REGI ÃO DE ORIGEM/ORIGINS

I ,lli7a Brune!

Complexo do /\IeJl1Jo, Ramos. O laria, Pcnha. l3ollS11eesso

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

good (OI' )'0111' health ÚlTIMO TíTULO/ lAST CHAMPIONSHIP

(Cana-ca iana. ca llêl roxa, C<1 Il'l fita. Pernambu co ... Qucro I'ê descc r suco, na panca da do ganz>í I 2001

SlIgorcal1e: I \\'011110 see lhe illi~e lo lhe raule beat)

nJlI

DOJl1iugllinhos do li:slilcio


...//

,

,

.

n ~

,

, •

I

,

..

,

,

.

I . •

,

I

,, , ,

I

'I/

~ I ".'.

I •

, ,

,

'.

, ,/ A

,. ~

•,,'

.> JI' • ,, ,

, ,

/

~

~

..

~,~ / .,.t., ~ . .,, ~'/ '

.

"

. •

..

-,-, )

,

\

-

"•

"

",

~

"

."


DOMINGO, início entre

23Hl0 e 23H44 ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCOS/CARNIVAl ARTISTS

8" (De rruband o fron teiras, co nqui stand o liberdad e: Ri o de pa z C\11 estad o de graça /

Robcr l'o Szani ec ki e Amwri Sa ntos

Cros.~ il1g

ENREDO 2011/2011 THEME

ela cor do IlIar / I{ia , lh e color blue or Lhe sea Ri o,

rrol1liers, l\Ii/111il1g freeelolll : Rio o( Peace il1 e/ Sla le o(C/'(/ce )

MESTRE -SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

Rogé ri o Dorn elles e 1.lI cillha No bre

;lZId

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS' DIRECTOR

ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

Sé tim a eo locad;1/ Sevel1l h !Jlace

N il o Sé rgio

19R-I (Co ntos de arei a / SLories il1 lhe se//1e1 ) IVell cc l1 jun lo CO III iVlangueira / WO/1 logelh er with Mangueira J

ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE Shero n iVlc: ll czzcs

19 2 3 REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

O SlI'aldo e m z, iVladureira

C il sinh o

o N

...J

4:

>

4: Z

a:

4: U

w 4:

<Xl

DIFíCil CONVENCER os ma is jovens de que a Portela é gran de, enorme, giga nte. É que a últim a vez em qu e fo i campeã sozinha foi em 1970. Depois disso, dividiu o títul o de 1980 com Imperatri z e Bei ja-Flor e, em 1984, foi a "ca mpeã cio dom ingo" (ti nha isso naquele ano), perel endo o "supe rcampeonato" para a Mangueira. De lá para cá, no que cl iz respeito a vitóri as ofic iais, ma is nada. Mas há o quc comemorar, sim, O sucesso das feijoadas elos sábados, po r exe mplo, prova quc a escola cstá viva . Isso é ótimo para o ca rn aval. E m 2 0 11 , o des fi le tem como mote um de seus temas favoritos: o mar. 1T'5 HARD TO CONVINCE youth lhat Portcla i ~ grcaL. hll gc ano giga nt ic . Bcca ll se Ih c las! tiJll e il \l'as solc challlpi on lVa s in 1C)70 . i\ftc r lh al, it sharcdlh c cklll lpi onship in 1980 with Impcralri z anel Beija-Fl or anel in 1984 1\',15 "Suncl ay's clwlllpi on" (il cx istccllh at )'c,lr ), losing th e "super-charnp iomhip" lo Mangueira. Sin ce th en, nothing more in tcrlllS of uffi ciJI victorics, Bullh crc's plenty lo COlllm Clllora te. Th e succcss of its Sa turela)' be<J1l clish IlIn ehes, for e'\alllpl e, is proof lh at th c school is alil'e anel \\'ell. Thi s is excell ent for ca rn i\'cd . [n 2 0 11 , th e motlo of its paracle is onc of its fa \'orite lopi cs: th e sra,

L

4:

Vl

º a::



DE QUADRA NOVA. e com o títul o do an o passado a ind a lh e se rvind o de inspiração, a Unidos da T iju ca desponta na ave nida co m o um a das favo ritas este ano, A escola, qu e tem ape nas dois ca mpeo natos em sua longa tra jetóri a, confi a no talento do ca rnavalesco Paul o Barros - fo i e le qu em pôs a agremi ação do Mo rro do Boreln a mídia e nas con ve rsas quand o , em 2004 , cri o u alegori as humanas, repl etas de compon entes com fun ções coreográ fi cas, Conh ecida c om o "a simpatia do samba", a escola e m 20 11 va i falar de m edo, terro r e suspe nse no mundo do cin em a - m as dese ja, é claro, um fin al feli z , UNI DOS DA TIJ U CA. with a new reh ea rsa l ve nu e and still inspired by last yea r's cha m p io nshi p. steps out onto th e ave nu e as on e of this yea r's favo rites , T h e sa mba sc h ooJ, with onl y two c hampi onships in its ca reer, is confident in th e talent of ca rni val arti st Pa ul o Barros - h e was th e one to put th e Borel Hill sa mba sc hool in th e h eadli nes and news whe n in 200 4 h e crea ted hu man Aoats, full of ch oreographicall y pl ann ed compon ents, In 20 11 th e sc hool, kn own as "th e charm of samba", will talk about fea r, te rror and suspense in th e m ovie world - but of cO luse, with a happy e ndi ng,

DOMINGO, in íc io entre

OOH15 e 01H06

ENREDO 2011/2011 THEME

Esta Il oi tc !e,'arei srr <l ,li l1la l TOllighl \\'i ll corr)' )'our W U/ ( /lt'O\" ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP 20 10

MESTRE-SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

Q rrinl a coloe<l da I ["i/i h p/ace

i\,.1<1rquinh os C C io,',rnr w

ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS ' DIRECTOR

r93 1

Cas<l gLtnd c

REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE

i\,.'lor ros do Ilo rel e da C<I"l Brane l, T ij rlc<1, '\ nd<l raí

,'\c1 ri<l ne C, r1 istcu

(I;: segredo r I [t 's (/ secrel! )

ANO PASSADO/lAST YEAR I"

RANKING DA L1ESA/ L1ESA RANKING

( L~ segredo! I lt '" (/ secret! )

CARNAVAlESCO/ CARNIVAl ARTIST

Paul o Barros

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

Bru no Ribas



ESTA É A ESCOLA do bairro qu e tem as calçadas musicais mais famosas do país, com pedrinhas formando no tas e csca las . Vil a Isa bel é onde talentosos sa mb istas, como oel e Martinho, começa ram suas ca rreiras . Ta mbém é um luga r que se orgulha da boemi a, de seus bares e resta urantes, qu e fazem o agito das noites . Agremi ação ve nccdora em 1988 (co m um a homenage m à raça negra) e em 2006 (saudando a Améri ca Léltina), a Unid os de Vi la Isabel este ano apresenta um enredo curi oso, sobre cabelos, cabeludos e desca belados - e é a veterana Rosa Magalh ães que vai desenrolar essa história na ave nida. THIS IS THE SAtv1BA SCHOOL frolll th l' Il cighhorhood 111.11 h J~ th e Illw,t [l11101IS lllllS ic,d , idelI ~d b in lhe cO\luln , li ilh ll lOsa ic; nf lllu \ ieJlllol cs ,111c1 ~e,d c,. , 'i'" " a 1)(:1 is \\ here I<llc llted sa mba <l r li ~h , me ll ", Noc l <lIH I \ larti nllO , bcg;llllll eil carL'e r,. Il\ ,li so lh e prid c of lh e b() h e llli ~ln , ils h<H~ anti rcsl;lll r;l1l h, \li l]l lile h lli ~ht liFe. ll ni dus de Vila b 'lh cl. th e lIill lli n!; sehoo l i1l11)~í) ( ]l;l~i 11 g tribute to Ih c bL1 l k race ) ;Illel in :loo() ( s;dut i ll ~ I ,ali 11 ,\ Ill eri cn ), thi s )"car p resc uls;1 Cllrl OllS l!J enl c ;l houl hair, th e h;li n anti dishc\"C lcd - aliei \"(' I('[<l n cJ rni\'al arli sl Rosa \ Iagalh ãe\ li illl 11H;lIell his s tor~ ' 0 11 lh e <!\(: nll C.

ANO PA SSADO/ lASTYEAR

+" ( 10e l: A presc nça cio poela da Vi la / Noe / Rosa: Th e /Jresel1ce ar Vi /a's pael) ENREDO 2011/ 2011 THEtv1E M itos c hi stóri as cntre lnça das pelos fios c1e ca belo / M)'lhs anel in/elll'o\"el/ ill luck,~ hair

or

t(/le.~

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

Terceira (;oloc<I(I<1 / Third p/ace

CARN AVAlESCA/CARNI VAl A RTIST

Rosa

~ l ag<llh~cs

tv1ESTRE-SAlA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ES C ORT Julinho c Rutc DIRETOR DE BATERIA/ DRUtv1S' DIRECTOR

:\Ii la ÚlTItv10 TiTUlO/ lAST CHA tv1 PIONSHIP

ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

(Sal' loco por li, Alll érica: " Vi la canta 'I latinidad c / / 'm cra;:)' abolll )'011, I\ merica: Vi/a sillgs ils /alill-Iless )

194 6

2006

Sabrin<l Sa io REGIÃO DE ORIGEtv1/0RIGINS

Morro do Pau da B'lIIe1 eira, 1\1orro dos Macacos, Anclaraí, Vila IS'lbel

DOMINGO, início entre

RAINHA DE BATERIA/ DRUtv1tv1ERS' tv1 USE

OlH20 e 02H28

INTÉRPRETE DO SA tv1BA/SINGER

Tillg'l

o N

-'

«

> «

z '"«

u

UJ

«

aJ

L

«

V)

O a.



SE APENAS UM SURDO ve m soa nd o ao longc, se não se ouve a batida de resposta , é sinal de que a Mangucira vc m aí. l.<:scola mai s popu lar cntTc toelas, ela tcm milh ões el e torcedorcs e uma infinidade de sambistas na ga leria de ba luartes: Jame lão, Ca rtola, Ca rlos Cac ha ça c - tClll a este ano - Jelso n Cavaquinh o, Quando fa la de si mesma , e é o caso agora, a Mangueira quase scmpre des fila bem; e quando traz um enredo em homenagem a uma personalidade da cultura nacional, costuma até vencer a dispu tavid c 1984 (8raguinha ), 1986 (Ca)'mmi ) e 1987 (Drumm ond ), Ou se ja: melh or tomar cuidado com ela,

I F O N LY O N E SlI rdo dnllll i, Ilca rd Fr(lIll afa r, ir therc is 11 0 rC~ Jl o""e bcal. il \ Ihc , i ~1I lhat \ hlll!:~ lI c i r;J is on ih \\<1\, T he 1I10.,t popular ,a mba ,c llOol of ali . it kl s 1I1illi o\l'> ofCa ll , anti count !c" ,a ll1bo ,1I'Ii ~ t, ill the \ 11' g,lllc n : Jallle l;]o, C<l rtola, Carlos Cac haça anti - thi s :cor's th c\1l c - \ cbo ll C;,I\ 'H]lIill llO, \Vhell I,dk in!; ,lbolll ihclf. il llel thi s i,s lh e (',\.,e I IOI\" \I a ll ~ lI Ci r,l ,dill m t aill'a\) gi\'c, a g r c~1I' p,lI'adc; alld \\'hcl1 it brin!:;s a lh clll c ill hOll la!:;e to a per,o ll ,dill' of l1<1 tioll ,d CII Itllrt', ir mll ;dl :' lI'in , lh e cli , PlIll' - ,cc 198-j. (J3ragllilll l<I), H)b6 (Ca)'lllllli ) ,md IC)H, (J)rllll1ll lO lld ), 111 olh er \\'o rd s: bc tl cr kecp ;111 L':'C on it.

~

DOMINGO,

início entre

02H25 e 03H50

ENREDO 2011/2011 THEME

O filh o fie\' se lllprc Mallgllcim ! ,[,he (aith(ul SOI/. al1l'a."8 :\.' /al/gueira ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP 2002 (Br<lz il <:0111 Z é pra cab ra ela peslc. Bra,il CO lll S é a lIa()o do '\Iorde,lc ! 13ra;:il lI'ilh Z, 1(11)(1

of lhe ,~/(/l 'e; Bra,çi/ll'ilh S, lallel of lhe bra\'e )

ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCOS/CARNIVAl ARTISTS

6" (i\ langllcir'l é Inú,i <:a do Brasil ! 1\ /allgueira, lhe I/ltIsic a( Bra;:il )

i\ lallJ'O Quinlac; c \\ 'agncr Conçakcs

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING Sc~ I '1

MESTRE-SALA E PORTA BANDEIRA/ FLAG BEARER & ESCORT

Raplw cl Rodri gues c Marccl l'l Al ves

co lo<:<I da / Sixlh !Jlace

ANO DE FUNDA ÇÃO/ FOUNDATION

DIRETOR DE BATERIA! DRUMS ' DIRECTOR

),Igllara l' illlo

'9 28 REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

\Iangucira. S~() C ri, ló\'Jn , BcnfiC<l, ,\ larac:Jnã, RoclIa

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE

Rcn'lla Sanlo, INTÉRPRETES DO SAMBA/S INGERS

I ,uizilo, Zé Palllo Sicrra e Ciganerc)


--

--


o



••

SEGUNDA-FEIRA, a partir das

21HOO ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCO/CARNIVAl ARTIST

11"

(O. Quixote el e la Man cha, o c3\'a leiro dos sonhos imposs íve is /

Alex de

D. Quixote de la Mal7cha , kl7ighl

MESTRE·SAlA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

o( im!Jossible drea l1ls) ENREDO 2011/ 2011 THEME

SO U Z'1

Ronaldinh o e Veronica

O m istério da vidil /

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

The l11)'ster)' o( li(e

Décim a-te rceira colocada /

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS ' DIRECTOR

Thirteel7th {Jlace

Riquinh o

ANO DE FUNDAÇÃO/FOUNDATION

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE

ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

A escola nun ca foi campeJ no Grupo Espec ia l / NeveI' 11'017 il7

1953

the S!Jecial Grau!J

REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

Bruna Bruno B,lirros do Gocotá e do Gacuia, na Ilha do Governador

o N

M

00 ...J <{

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

Ito Ivle lodi a

> <{

z

o:

<{

U

w <{

al

VOCÊ DEVE CONHECER estes versos: "A minha alegria atravessou o mar / e ancorou na passarela". Eles são de um des fil e da Un ião da Ilha, do início dos anos 80 - um sa mba-enredo qu e, de tão regravado, en trou para a históri a da música popular brasil eira. A Ilh a gosta mesmo de faze r história. E a fez já na década de 70, quando provou , com fantasias feitas de materiais simples, que criatividade é tão ou mais importante que luxo e riqueza. Hoje os tem pos são outros, o carnaval se modernizou e a Ilha cresceu - se u enredo, aliás, é sobre a Teoria da Evolução, de Darwin . A Ilha evolui também. VOU SHOULD KNOW th ese Iyrics: "My ioy has crossed the sea / and anchored in lhe !Jarade". They arc from the União da Ilha paradc of th c carl}' 1980s - a sa mba-th cme that was so re-reco rded that it is part of the history of Braz ilian popular mus icoIlha rea lly enj oys making history. And it did it again in th e 1970s, ",hen it provcd that with costumes made of simpl e materiaI s, creativity is just as or more important th an luxury anel opul ence. Toda y, times are elifferent anel ca rni val has mod erni zed and Ilha has grown - its theme, in fac t, is about Darwin 's Th eory of Evolution . It's also I1h a's evoluti on.

:r <{

'"

° o:

!li



OS DIAS DE HOJE, marcados pe la pro fi ss ionali zação cio ca rnava l e pelas regras sisudas do desfil e oficiai, fi zeram com qu e ca ísse no vazio aqu ele antigo bo rdão do Sa lgueiro, que di zia "nem melhor, nem pi or; apenas uma cscola di fe rcnte". Não é mai s por aí - mas a ve rm elh a e branca da T iju ca, uma grand e força da fes ta ca ri oca, às vezes é, sim , rea lm ente melh or qu e as outras no entendim ento dos julga dores, com o aco nteceu em 2009. Ela quer se u décim o títul o est·c ano, afirm ando que o Ri o é mesmo um cemíri o de cin ema. Quem dirige o film e, qu er di zcr, o desfil e, é o craqu e Renato Lage . PRESENT TIMES, marked by th e professionali zati on of ca rniva l and th e sa ber rul es of the official parade, have ca usecl th at old Salgueiro catchphrase to be forgotten that sa icl "a schoo l no bctter ar worse, just cliffe rent". It's no longer like th at - but th e recl and wh ite school ofTijuca, a fi ghting fo rce of th e Ri o carnival, is sometim es really better th an the oth ers in th e jury's understanding, as in 2009. lt wa nts to win its tenth champi onship this yea r, asserting that Ri o is stil l a film sct. T he film direc tor, that is, th e parade director, is th e ace Renato Lage .

~

SEGUNDA-FEIRA, iníci o entre

22HOS e 22H22 ANO PASSADO/lAST YEAR 5" (Hi slórias se m fim /

MESTRE -SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

Tales 'I'ilh no ending)

Sidclci e Cleice Simpatia

RANKING DA LlES A/ LlESA RANKING

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS' DIRECTOR

Sa lg" eiro apresenta: O Rio no cin ellla /

Quarta colocada / Fallrlh /llace

Marc>lo

Salgueiro /Jresellls: Rio in lh e IIlovies

ANO DE FUNDAÇÃO/FOUNDATION

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE

ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

REGIÃO DE ORIGEM/ORIGINS

ENREDO 2011/2011 THEME

'953

\fi "ian c Araújo

2009

i\'lorros do Sa lgueiro, Tiju c<l, /\ndaraí

INTÉRPRETES DO SAMBA/SINGERS

CARNAVAlESCOS/CARNIVAl ARTISTS

Quinh o, Serginh o do Porto, l.eonardo B es~a

(Ta mbor / DWIIls) Renalo I ,age c i\'I <Í rci" l.age



JÁ DISSERAM MUITO, por aí, qu e a M ocidade não passa de um monte de ge nte em volta de uma bateria. Pura m aldade . É fato qu e a agrem iação, n os an os 60 e 70 , tinh a com o prin cipal atrati vo os ritmistas, naqueles tempos com andados por M estre André - muitas paradinhas e bossas surgiram ali . M as a escola é mais qu e uma batu cada . Revelou-se criati va com Fern and o Pinto, n os an os 80; deu asas à imaginação high-tec do então jove m Renato Lage, na década de 90; e hoj e ch ega à m aturidade (fará 56 anos) com cin co títul os n o curríc ul o e muita vo ntade de ter m ais um. E m 2011 fala de agri cultura .

RU MOR HAS IT that Mocidad e is jus! a lot of peo pl c arollnd th e dWll1m e rs. Sh eer spite . Th at [a ct is that in th e 1960s and1970s th e samba sch ool's m a in attrac tion was th e drumm e rs, in those tim es commanded by M aestro André - many pauses and trends we re set th ere . But the sch ool is more than just drummin g. It revealed its c reativi ty with Fe m and o Pinto in th e 1980s; gave fli ghts ofhi -tec h fan cy fram th e th en yO llng Re nato Lage in th e 1990s, and toclay reac h es its m aturity (a lmost 56 years old ) with five championships lInder its belt anel a great cl eal of eletermin atiol1 to ga in yc t anoth er. [11 2011 its them e is agric lllture .

ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCO/CARNIVAl ARTIST

i' ( Do pa ra íso el e De us ao pa raíso da

C id Ca rva lh o

lo uc ura , cada um sabe o qu e procura /

FrOI1l Cod's I)aradise to lhe /)ara dise o( /JJadlless, evel)'olJe to fhei,. 0\1111 )

MESTRE -SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

Fa bríc io Pire? e C risti ane Ca ldas

ENREDO 2011/ 2011 THEME

Pa rá bola dos di vin os sc meado res /

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

Parab/e of lh e di ville sO\llers

D éc im a co locada / Tenlh /l/ace

ÚLTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

ANO DE FUNDAÇÃO/ FOUNDATION

1996 (Cr iador c eri atllra /

1955

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS ' DIRECTOR

Be reco

Crea lor al1d creal ure)

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS' MUSE

Andréa Andra de REGIÃO DE ORIGEM/ ORIGINS

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER' ,

Vil a Vi ntém , Pad re M igue l e Ban gu

Nego

• •, •

.. . ... ... . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .... ... A .

SEGUNDA-FEIRA, início entre

23Hl0 e 23H44

·

/

•. )

.-,o • '.

~" I "1t~, ~:.

• . .: . " ;;! '; ' .

,:..~:".,:" ,"'~ ..'

,. ~~~, '"

•• ••





VEM DA CIDADE de São Gonçalo a quinta escola a desfil ar nesta segunda: a Unid os do Porto da Pedra, trazendo no abre-alas um tigre - seu símbolo - com fome de campeonato. A agremiação nunca vence u no Especial, e na verdade, nos últimos anos, tem lutado é para não ca ir de grupo, amarga ndo seguidamente posições ruins na tabela: escorrega entre o décim o e o décim o-segundo luga res há muitos ca rnava is. Seu último grande desfil e foi em 1997, quando tinha como enredo loucuras e loucos varridos. Em 20 11 , a escola investe no universo infantil da autora teatral Maria C lara Machado, com seus fantasmas e cavalinhos azu is.

THE FIFTH SCHOOL to parael e this Mond ay co me fram th e tOll'n of ão Gonça lo: Unid os el o Porlo ela Peelra, lI'i th a tiger in th e opening seeti on - its ~' Jl1bo l - hllngry to lI'in th e champi onship . T he sc hoo l has ne\"er won in th e Special Graup anel , in fac t, in rece nt yea rs has strugglecl not to be relega tecl , ' lIrferin g a se ri es of poor ra nkin gs in th e tabl e: for many past carni va ls it has slippecl betwee n th e tenth anel twelfth place. lts lasl grea t paracl e was in 1997 , II"h en its th eme \\'as Oll macln es and th e macl . 111 20 11 , th e ~c h oo l im'ests in lh e children's lI'Orlel of plaY\\Tight 1aria C lara Machael o, \\'ith her ghosts anell ittle bluc horscs. ." , . •

SEGUNDA-FEIRA, início entre

lH2 e02H28 ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCO/CARNIVAl ARTIST

10'

(Co m qu e ro upa e u vo u , pro samba que \'oeê me co nvid ou? /

Paul o M en ez.es

Wh al shou/d I \Vear to lhe sa mba in vited me lo?)

MESTRE-SALA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

)'Oll

Di ego Fa leão e De nad ir

ENREDO 2011/2011 THEME

O son ho se lllp re vem p ra que m sonh ar / Th e dream a/wa)'s comes

RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

lo lhe dreamer

D écillla-p rim eira co locada /

DIRETOR DE BATERIA/ DRUMS ' DIRECTOR

E/el'elllh !J/ace

T iago Di ogo

ANO DE FUNDAÇÃO/FOUNDATION 1978

RAINHA DE BATERIA/ DRUMMERS ' MUSE

ÚlTIMO TíTUlO/ lAST CHAMPIONSHIP

A esc ola nun ca fo i cam pen no G rupo Espec ia l / Never \VU /1 i/1

lhe Specia/ Grou p

E:l len Rocc he REGIÃO DE ORIGEM/OR IGINS

C idades de São Go nça lo e N ite rói

INTÉRPRETE DO SAMBA/SINGER

Lui z inho And anças

• ••



• • •

•• ~;:'25

SEGUN DA·FEI RA, inic;o entee

ENREDO 2011/ 2011 THEt-1E

A simpli cidade de um Rei I

'l'he simplicit)'

ur a King

e

03H50

ANO PASSADO/lAST YEAR

CARNAVAlESCOS/CARNIVAl ARTISTS

3' (Brilhante ao sol do novo lTIundo. Brasíli a: do so nho à rea lidade. a ca pita l da esperança I Brasilia, gleami ng in tile new lI'orld SUIl: (TOm a drea m cUlI/ e In/e, lhe ca pital oI' hope

Alexand re Loul.acla, Fran-Sé rgio, I>a íla , Vítor 5anl'Os e Ub iratan Sika

C laudinho e Sclmynha Sorri so RANKING DA LlESA/ LlESA RANKING

Primeira coloca da I Firsl !J!ace ÚlTIt-10 TíTUlO/ lAST CHAt-1PIONSHIP 2008 (tvlacapaba: Eq uinócio Solar I J\ {aca/Ja!Ja : Solar Equinox )

t-1ESTRE-SAlA E PORTA BANDEIRA/ FlAG BEARER & ESCORT

DIRETORES DE BATERIA/ DRUt-1S' DIRECTORS

Plínio e Rodne)' ANO DE FUNDAÇÃO/FOUNDATION 19-18

RAINHA DE BATERIA/t-1USE ...J

REGIÃO DE OR IGEt-1/0RIGINS Nilópoli s. N/MI IglW çu e outros

INTÉRPRETE DO SAt-1BA/SINGER

municípios ela Ba ixa da 1<'lullli nellSe

Negllin ho ela Beija -Flor

« ~

Z

a:

«

u

UJ

«

co

TODO MUNDO ACORDADO? É bom fi ca r de pé, pois vem aí, fec hand o os desfi les, a Beija- Flor de N il ópoli s, giga nte do ca rn ava l ca ri oca, qu e d esde os anos 70 tem dado trabalh o às escolas tradi cionais do Ri o, como Manguc ira, Portela e Impéri o. É uma agremi ação de chão competente (s ua cO lllun idade sa i em peso) e um tanto cora josa . Foi ali, e m 1976, qu e Joãosinh o Trinta m ud ou a concepção de des fi le, com ca rros luxuosos e ve rti ca i . Foi també m na Be ij a qu e surgiu o co nceito m odern o de comi ssão de ca rn ava lescos. Ago ra ela hom enageia o rei da música bras il eira: Robe rto Ca rl os . E m oções à vista. EVERYBODY STILL AWAKE? Up on your feet - th e giant ofRio carnival Beija-F lor fram Nil opolis is on its wa y, the las t to parade. Sin ce th e 1970S it has c hall e nged som e of Rio's m ost traditi onal sa mba sc hools suc h as Mangue ira , Portela and Império . It's a school to be reckoned with (its community pa raeling in full force) anel so mewhat daring. In 1976 this was where Joãosinho T rinta changed th e pa rade concept with lux ury and vertical Aoats. It was also Beija tha t orig inated the mode m concept of a cOll1ll1ittee of ca rni va l a rti sts_ ow it pays tribute to th e king of Brazil ia n ll1usic: Rob e rto Ca rl os . E motions ahoy!

L

«

VI

º a:


Õ

MANGUEIRA

N

.-

1952

-

_

MANGUEIRA

195.,3 _ ~ORTELA

MANGUEIRA / RECRE}O ~ RAMOS PORTELA ;;.-,;: ~

195a.:> MANGUEIRA . / 1955 IMPÉRIO. SERRA'NO 1~56 ' IMP-ÉRIO SERRAN O

"'N IDOS DAt.TI JÚÉ'A VIZINHA FALADEIRA

1957 . 1958

./

/

-A APURAÇAQ NAO FOI REALIZADA ~.,..

PORTI;LA PQRTELA

1938

NÃO HOUVE CONCURSO

1939

PORTE LA

1959

PORTELA

1940

MANGUEIRA

1960

PORTELA / SALGUEIRO / MAN~UEIRA/ IMPÉRIO S~RRANO / UNo DA CA~LA

1941

PORTELA

1942

PORTELA

1961

1943

PORTELA

1962

PORTELA

1944

PORTE LA

1963

SALGUEIRO

1945

PORTE LA

1964

PORTELA

1946

PORTELA

1965

SALGUEIRO

MANGUEIRA ,

1947

PORTELA

1966

PORTELA

1948

IMPÉRIO SERRANO

1961

MANGUEIRA

1949

IMPÉRIO SERRANO / MANGUEIRA

1968

MANGUEIRA

1950

IMPÉRIO SERRANO / MANGUEIRA

1969

SALGUEIRO

1951

IMPÉRIO SERRANO / PORTELA

1970

PORTELA


GALERIA DA-S CAMPEÃS CARIOCASI

.

SALGUEIRO '

1971 ·

MOCIDADE

1972 • IMJ!ÉRIO SERRANO

1992

ESTÁCIO

MÂNGUEIR-A

1993

SALGUEIRO

SALGUEIRO

1994

IMPERATRIZ

W95

IMPERATRIZ

1996

MOCIDADE

1973 1974.

-

-

. 1991

197"5 1976

i')

:SALGUEIRO • BEIJÂ: FLOR •

1977

BEIJA-FLOR

1978

BEIJA-FLOR

VIRADOURO Mtlt-lGUEIRA / BEIJA-FLOR IMPERATRIZ

1979 .' MOCIDADE

2000 IMPERATRIZ

1980

PORTELA / IMPERATRIZ / BEIJA-FLOR

1981

IMPERATRIZ

2001

IMPERATRIZ

1982

IMPÉRIO SERRANO

2002

MANGUEIRA

1983

BEIJA-FLOR

2003

BEIJA-FLOR

1984

MANGUEIRA / PORTELA

2004

BEIJA-FLOR

1985

MOCIDADE

2005

BEIJA-FLOR

1986

MANGUE IRA

2006

VILA ISABE L

1987

MANGUEIRA

2007

BEIJA-FLOR

1988

VILA ISABEL

2008

BEIJA-FLOR

1989

IMPERATRIZ

2009 SALGUEIRO

1990

MOCIDADE

2010

UNIDOS DA TIJUCA



• CHASSI, DEPOIS MADEIRA , DECORAÇÃO E, NO DESFILE, AQUE LA TORCIDA PARA NÃO QUEBRAR . . . .. .. . .. ... . . ..... . . .... . .... . .. .. . . . ... ' ! iOI"

LULA BRANCO MARTINS ...................... .............. ..... .

MA ALA PODI:. ser bem dive rtida , com fantas ias leves e foli ões entusiasmados. A ge nte ac ha bacan a. Uma ala pode até se r co reografada - costum a deixa r uma boa impressão, rend e comentários. Uma ala pode até emocionar, co mo quase sempre acontece com a das baianas. Mas a ,·erdade é qu e alas (e sã o mais de 30 nas escolas ma iores) não costumam re nder foto , no di a seguinte, nas prim eiras páginas dos jornais e das revistas. Invariavelmente, é uma das alego ri as da w

HOW A FLOAT 15 BORN C!/ossís, IIIe1l l\'Ood, decora/í()/I

(l/lc/ , ()/I

lh e {}(/mele, cllC!críllg /101

/0

f,,.c(/kdol\ '/I

,\ \l'l' li OII ca ll be elilnl;lillillg, \\' illl li ghl cnsllllllC' ; 111<1 l' lllhmi ;l, li c I"l'IT lc n, - good [llll. , ~ecl i[) ll C;J ll C\'C II be c horcographec\ - llsuall y givill!:(.1 good il1lJHC\sioll. \\'orlll lalkillg abolll. /\ 'l'd i(lll Cil II C\'l' 1I he lltrillillg, ;I, ;t1lll m t ah"'lYs in lhe ca\c ol lh e !l;Jiliall 1;ldics. l1ut lh e lrulh is Llw l seclinl l:.la lld lilore Ihall W ill lh e l ar~cr scllUnb ) (\(Illnlllsu :dl \' han' Iheir pilOtos ollllle frolll w


Õ N

-'

<>:

> <>:

z

'"<>:

u

UJ

<>:

'"L<>:

V1

'"º

agremiação que ganha o destaqu e principal. Por mais que o casal de mestre-sala e porta-bandeira se ap resente bem, por mais que a bateria faça mil bossas, por 111~is Cll1 e a escola tenha cantado o samba até se esgoelar, não adianta: o assunto no dia seguinte é "ca ramba, você viu aquele carro?" C laro que as comissões de frente, principalmente nas últimas duas décadas, também passaram a impressionar, gerando comentários, exclamações e, claro, muitas fotos na grande imprensa e boa exposição na TV. OS jogadores de basquete da Mocidade (anos 80), os leques da Imperatriz (anos 90), as travessuras de Carlinh os de Jesus na Mangueira (virada do século ) e, agorinha mesmo, as mágicas da T ijuca (2010) foram comissões de frente inesquecíveis. Mas elas, as comissões, são uma só por escola. Al egorias são seis , sete, até oito. E enormes. A galera da audi ência, caso este ja meio chocha, pedindo uma cerve jinha para o hom em do isopor, na hora do carro alegórico todo mundo sempre para e olha. Carnaval, seu nome é alegoria. Trata-se de um momento bonito, explicativo e, até certo ponto, tenso do desfile. Bonito porque costumam ser gigantes, coloridas, cheias de brilhos e, de uns tempos para cá, traze m movi•...................................• mentos impensáveis 30 anos atrás, com uma SÃO NAS tecnologia de ponta em ALEGORIAS relação a luzes e encaiQUE EM GERAL xes. A passagem de um SE RESUME UM ca rro alegórico é também o momento em SETOR DO DESFILE, qu e se pode saber mais PARTE DA HISTÓRIA do enredo. Elas, as aleQUE SE ESTÁ gorias, têm comumente uma leitura mais fácil CONTANDO do que fantasias de alas. • ................................... . É ali que em geral se resume um setor do des file , ou se ja, uma parte da história que se está contando. Finalmente , a questão da tensão, do perigo . Por serem cada vez maiores, os carros alegóricos se tornaram um desafio para os diretores de Evolução. Como fa zer para não quebrar no meio da pista? E que ordem dar aos empurradores ("segura" ou "vem ") no cruzamento da Presidente Vargas com a Marquês de Sapucaí? Sim , o Sambódromo é uma reta, m as antes de entrar na passarela a alegoria tem que fazer uma c urva . É uma hora delicada esta. Muita escola já caiu de grupo ao ver uma de suas alegorias - o trabalho de meses a fio - emperrar naquela esquina. E este trabalho, como se dá? Como nasce uma al egoria? Tudo começa com um velh o ônibus, ou um caminhão . Destaca-se deles o chassi, que será o alicerce, r::ff"

pages of next day's newspapers anel magazin es. Invariabl y il is one of th e sch ool's AO<l ts in the headlin es. Tt doesn't l1latter h ow il mazing the performa nce of th e st,lJ1darelbearer ,md her escort, th e perc ussion's thousa nd m agical moments, OI' th e scb ool singing its sa mba unti l hoa rse: next da)"s talk is "goodness , did )'ou see that flo at?" . Of COlme the fr ont comm iss ions, principall )' in the las t tll'enty years, have also bee n remarka ble, givi ng ri se to com me nts, 00 178 and aahs a nel , natural I)', man)' ph otos in th e big press anel wi th wiel esprea el TV exposure. M ocidade's basketball players (1980s), Imperatri z fans (199os), th e froli cs of Carlinh os de Jesus in Ma ngu eira (tllrn of the cen tury) an el , even no\\', Tiju ca 's rnagic (2010) \Vere ll nforgettable fro nt commiss ions. But the


cOl1lllliss iOIl S are onl\' one pcr sc hoo1. Floab are six, ,el'en or e"c n eight, And hllgc, Blll if the audicnce is a litll e bored, l)ll)' in g a beer f TOm lhe ve ndor, Il'hen thc Aoat appears everyone always , tops ancllooks , The Anal embodies earnivd1. This is lhe Illomelll in lh e parade ofbeatlly, inlerprelatiom 3 \1(110 a ee rlain e~ l e nl o.citelllent. l3eaull' bceanse lhe)' ,11'C t1slIally gigantic, co lorflll. bling-col'ereel anel , more rec('nlll-, i11 1'0 h e InOl'(' l11el](, that I\'(' n,' yea r~ ago, I\ill! sl<.llc-of-lhc-arl lechnolllIllhinkablc ngy for lighling al1el fillllenb, The thclllc exphlineclmore ful1 y as the Boal gocs b~ , Th c floals are nOrJllall)' easier to interprellh<.ll1 lhe ol1-lhe-grolllld costunlCS, r\llCl il SIl1l1\ IIp lhe spccifie ,eclor of lhe parade. I\'hieh i\

,O

p,nl of lh e wholc t!leme, l\lICl fi 11 <I 11)'. lh e qu cs lion oF le11, iOIl and clanger. Sim'c the)' ,Ire increasingly CllOrIllOllS. I'he Boats h<1I'e becollle a chaJlclIge for the c1irec:tors of el'o lulion ancllllanelll'ering, \Vhal ca n lhe)' do lo preI'enl bre;lking c10wn on lhe 3liC:lllle? A.ncl 1I hal orders to gil'e thc pllshc:rs ("s top" or "go") ,li lh e junclion bc:hl cen Presidcnte Vargas .-\l'cllue and ;\ larqtlb dc S;JptlGlĂ­? 0 ". the S~lll1badTOIllC is in a straighl lill e blll bcfore sleppillg nnto the <1\'Cl1lle the floal has lo tnrll a bencl , :\ I'Cf\' !leJ'l'CIITac:kil1g momel11, l'.lany a sc hool has becl1 rcleg,lted I\'hcll il S<II\' one of ils floals - thc \\'ork of llJonllt s 011 cncl slic:k ullhal comcr, '\nd how is thi\ li ork clone? HOII' does a Hoat originale:' II alI bcgil1S lI'ith an old bllO or truck , '1'llc chassis is <ir


Hoje os carros

o N

..

...J

~ z

. . '". c::

U

UJ

L

Vl

o

c::

alegóricos são a base. Depois, de aco rdo co m cada ca rnarelll ol'ed, II'Jli eh will be lh e fnll llcwork, gigantes, t ê m va lesco, a es trutura começa a crescer, a ser the ba se. Ncx L, depell dill g 011 eae h earmovimentos e encorpada - para os lados, pa ra fre nte e para Ili\',d mti sL, Lh e si rneli m: hegins to lakc trás. Como a cada ano que passa mais e mais apronta m surp resas slwpe -si des, fro1l 1 ;llld baek. I~ ac li year para o público pessoas desfi lam sobre os ca rros alegóricos, é neth al goes hy 1I10rc al1 d 1I10re people pa rade cessá rio um cá lculo preciso para que a estrutura Today the flo ats 011 Lh e.: Aoa ts, 50 prec ise.: ea1cllJati ons lllusl are gigantic be.: llI <l de for lh <: stru ctlll'e lo wilhslallcl ,, 11 suporte todo o peso. with moving Feitos os alonga mentos, após árduo trabalho th al \\'eighl. dc soldadores, é hora de cobrir a ferrage m com articulations to Oll ee lh e ex l'e ll ~ ioll s <Ire IIlad e an el' madeira . Num a outra fase virão espumas, boramaze the public lh e INc ld ers' Iwrd work , il 's l'illl e lo cove r rac has, tec idos e tudo mais que a mente criati va Il lc h<lrcl\\'al"<: wilh wood. 'J'lii s is foll owed do ca rna valesco ex igir. Ta mbém não se pode by roam, ruhher, fabri c\ <l llcl ;1I1}thing clsc esqu ecer o lugar pa ra o gerador (cada vez mais é fundaIllat lh e eamivul nrlist's crcilLil'c llIillcl illve.: lIL~. Th c placc mental, para o público e para os jurados, have r efeitos de for lh e ge.: l1 c r<llor I1111 S1 JIO[ bc fnrgoltclI (;111 a h~a llll (' ne.:ilum inação e movi mentos . cess il y) for lhe publi e <Il1cl ju r)' lo (; n jo~' lh e.: cffcels of li ghl élllllnloli Ol1. A última etapa da gestação de um ca rro alegóri co é a decoração. As escolas têm o hábito de contratar equ ipes 'I'lte la st sl;lge.: af lh e J1 oa l's er<:a lion is lh e clecor<ll iOl I. distintas para cada alego ria. Ao contníri o das fases anteSamba se hoo ls 1I 0 nl1alJ ~' Ilire s<:paralc Lemns for (;,I<: h riores, nesta aqu i há mu ita arte envolvida, utili za m-sc AOill. Unlike th e earli e.: r sl;l ges, Ihi s OIl C illvol ves a 101 of materiais ca ros e há um grande risco de, com um vacil o, ilrl. \l sing cm ll y l1H1tcri ;d aliei Oll é ~ Iip In ,l}' C<llIse iI Ill<ljOI' risk Df e.: veryLhin g Gll ching nre. ' l'lli s cnlirc proC:l'SS fJ'oll1 tudo pega r fogo. Todo este processo, do chass i à colocação das últi mas esculturas (todas siío f~ iI' as ~ parte, fOr;:] d;:J a leç lH1 s~ i s lo pl uc ill g Ill e Gilal S 'ldplllrcs (; J1llllad c: ~C: pil ­ gari a, em outro ca nto do barracão, e, numa boa pa rte dos f<1 le ly, away frolll Lh e !lolll in <1llolhn c:orll er or lh c \\'ork casos, colocadas apenas na concentraçiío, poucas horas ~ h cd , aliei in 111<111 )' e;l ~es, posili olll'c1 only ,11 lh e nl ee l· antes do des fi le para valer), pois bem, todo este processo illg I>oilll <I fel\' h()IIJ's b<: rnrc lh e <1 elll ;t! pmadc), 1 ; lk e~ al'UllIld Lwo OI' lhrcc 1I1()1I111 ~, tI 's <1 101 orh arcl wor k IlIll leva ce rca el e dois ou três meses . É um a trabalheira, mas vale a pena - para o ca rro fi ca r bem na foto do jornal, para 1I'0rlh il - for lh e 110all o look good ill lh e II CIVSp<l pCJ' plloln, lo 1<1sl rorel'c r in lh e ;l1lcli cII CC\ 11Ielllory. durar para sempre na memóri a da plateia.

*

*





R

EPAROU NO TAIv1ANHO das letras do títul o desse texto? Elas são menores que nos outros títul os da revista, não é? Foi de propósito: é para não atrapalhar o que mais interessa aqui - as fotos. E aquela de Copacabana, aberta em página dupla, no início da matéria, não é fantásti ca? O visual da cidade do Rio de Janeiro observada de cima impress iona qualqu er um. As praias, o relevo, os barquinhos pa recendo brinqu edos lá de longe, isso sem falar na Estátua do Cristo Redentor, a poucos metros de distância. Poucos repórteres fotográfi cos conseguem, no dia a dia, ter um ângul o tão bom do Rio. A não ser aqueles que trabalham no céu, caso de Genílson Araúj o, um privil egiado neste sentido, pois todo dia em barca num veícul o que lh e dá este poder: um heli cóptero. GenílsoIl , carioca de 55 anos, morador de Jaca repaguá, bate ponto no Sistema Globo de Rádio . Sua função: ele é o que se convencionou chamar de "repórter aéreo". Simplificando: é ele <:ir

Iv1ARVELOUS VIEW Airbome reporter gives tiS pilotos of Rio from high above Did yOll see the size of th e lelters of th e title of this text? They're smaller than the other titles in tlle magazine, aren't they? lt was intentional: ifs not to outshine th e most interesting features here - th e photos. And isn't the double-page of Copacabana at th e beginning of the mticle fabulous? The view of the city of Rio de Janeiro from above impresses everyone. The beaches, mountains, th e little boats like toys far away, not to mention the close-lIp of the sta tu e of Chri st Redeemer. Few photogra pher reporters slI cceed in everyday life to catch sllch a good ang!e of Rio. Unless those working high in the sky, like Genílson Araújo , a IllCky man in this sensc, sin ce he boarels a vehicle every day that elllpowers hil11 to do this: a helicopter. Genílson, bom in Rio 55 yems ago, !ives in Jacarepaguá, anel clocks in to the Globo Rac/io S)'stem. His job is what is comll1 only cal1 eel "aerial reporter". lt simply means that he gives the llews about traffic jams, tires, balloons falling where they shouleln't - anel they always elo -, 111uggings, delllonstrations, in short, everything t:hat, seen fTOIll above, is easier to understand anel, therefore, to explain to the cariocas. This is "a nUIIl cal1 eel servicc". l-Tis is not <1n casy routine. He's on his feet at tive in t'he Illorning anel tunes in to the racli o to know what's big news in the cit)'. Hc J11otorb ikes to Rec reio dos Bandcirantes. Anel is in th c air even before 7 a. 1ll. Fronl that tilll e on hc Ai es for at least three hours. He follows the traffic routin c anel <lIso typi ca l situations of fl 1l1egalopolis, sueh as pollutiOll (espeeially C' uanabara Bay), poli ce chascs, lanelslicl es, eo llapses, sluTl1 ac ti olls, rainffll1 anel fl ooding. Genilson , who's marri ed <mel has tive kicls, joill ed t'his <leria! reporting ni che in the late 1980s. Hc b Cg<l ll in th ' 11) System, Illovcd \'0 RC/cHo Cidade, nntl sin ee 1994 is with Globo AM . <:ir

o litoral num ângulo privilegiado; e a estátua do Cristo Redentor, fotografada de pertinho The coastline irom a privi/eged angle; and a c/ose-up oi the Christ statue


o N

...J

~ « z a:: «

U

'"co« L

«V1

º!li a::



Faz de tud o lá no céu . Em abril passado, ajudou como pôde os mo toristas cariocas, que tentavam chegar às suas casas mas não conseguiam, por causa do temporal que se abateu so bre a cidade. Quando, em 2008, uma barreira ca iu no Cosme Velh o e interditou o Túnel Rebouças, foi Ge nílso n qu em , lá de cim a, através da força do rád io, alertou so bre o desvio de trânsito da Zona Su l, que estava pratica mente parada, para o Túnel Santa Bárbara . Também já viu muitas mortes. "Sofro com as tragédias junto com a população . Já vi muita casa ca ir, já fui testemunha de mu itas catás trofes naturais", conta o repórter. Lá de cima, nem tudo são Rores. A cidade é grande, misturada, tem belezas e ma zelas. A poucos é dada a possibilidade de vê-Ia de lá do al to, dia após dia, todo dia. Ge nílson é um deles. D eve convive r com u ma sensação de enca ntamen to, e de res ponsabilidade. De certo modo, ele tem a chance de contemplar o Rio de Janeiro por inteiro, e cuidar dele também. Qu em mais far ia algo parecido? Só D eus, só D eus.

*

•.... ... ...................... ........................ .................... ... ................................................................ .............• POUCOS REPÓRTERES FOTOGRÁFICOS CONSEGUEM TER UM ÂNGULO TÃO BOM DO RIO, A NÃO SER AQUELES QUE TRABALHAM NO CÉU, CASO DE GENiLSON ARAÚJO

•....... ....... .............. .................... ...... .. ....... ... .... .... ....... ... .... .................................................................•

o N

quem dá as notícias sobre enga rrafam entos, incêndios, balões qu e caem em luga r e rrado - balão sempre ca i em lugar errado - , assaltos, passea tas, enfim, tud o aquilo qu e, visto de cima, fica mais fácil de entender e, portanto de explica r aos cariocas . Trata-se de "um homem cham ado serviço". Sua rotina não é moleza. Às cinco da manhã já está de pé, e tem qu e Iigar o rádio para saber o que está acon tecendo de importante na cidade. D e moto, vai para o Rec reio dos Bandeirantes. D ecola antes mesmo das se te da matina. Da í por diante são três horas de voo, no mínimo. Acompan ha a rotina do trânsito e também situações típi cas de uma m egalópo le, como polu ição (principa lmente na Baía de Guanaba ra), persegui ções poli ciais, desli zam en tos de encostas, desmoronam entos, ações nos morros, chu vas e alaga mentos. Casado, cin co filh os, Genílson entrou para este nic ho da reportagem aé rea no fim da década de 8 0 . Começou no Sistema IB , passo u pela Rádio Cidade e desde 1994 está na Globo AM.

H e does a bit of everything up th ere in th e sky. Last April he did h is best to help drivers who were unable to ge t home beca use of a storm that redu ced the city to chaos . In 2008 whe n an em bankment gave wa)' in Cosme Vel ho and bl ocked off th e Rebouças Tunnel, it was Ge nílson who, high above, by radi o, warned about the traffi e eli ve rsion in th e SO l1 th Zone th ro ugh Sa nta Barba ra Tunn el. !-Te has also \\' itnessed m any dea th s. "I fee l so bad with trageclies affec ting the pop ul ation . l 've seen lTl all )' hOl1ses co ll apse, and witn essed man y natura l eli sasters", tell s th e reparter. It's na t always clover up th ere. T h e city is huge, mixecl allcl has its pros an el cons. Few are givell the c hance ta see it from high above, da)' after da)', every elay. Genílson is one af th e11l . !-T e Illust have mi xeel fee lings of delight anel responsibility. In a wa)', he has th e chance to look ave r th e whole of Ri o d e Janeiro an d look afte r it too . Wh o else woulcl do som ethi ng like that? God, onl)' God.

*

r---

O

...... ...J

«

> «

z a: «

U

w

«

'"L«

Vl

º a:

!li


00

O

.-I

• ELE PODE SER CONSIDERADO o rei da noite no Brasil. O sucesso de suas casas nohlrnas, no Rio, São Paulo e em Recife, é a prova disso. Ricardo Amaral tem seu nome também relacionado a iniciativas que movimentaram o carnaval carioca nas últimas quatro décadas: o Baile das Panteras, no Golden Room do Copacabana Palace; o Gala Cay, no Hotel Nacional; o disputadíssimo camarote da Brahma, na Sapucaí; e a tradicional Feijoada do Amaral. Aos 60 anos, ele promete revigorar a festa mais po-

pular da cidade em 2011, promovendo bailes 4 e no Anexo do Pier Mauá, na Região passa por processo de revitalização. O nou conhecido na década de 70, '1-'...... ~ . • Hippopotamus, ou Clube Hippo 'r. "" ."' ~'",': trevista a seguir, Amaral lembra tempos de boemia, os velhos que rodo o que faz cosroma que vive de entreter os outros



5

N

o ......

...... -' <!

~

o EMPRESÁRIO RICARDO AMARAL, O HOMEM QUE VIVE DE ENTRETER OS

NA DÉCADA DE 70, QUANDO ABRIU A BOATE HIPPOPOTAMUS, OU CLUBE I ................................................................................................................................................................... "'1

Z

o:

<!

U UJ

<!

co X

<!

V)

°ii'

Como nasceu a ideia de promover bailes no porto?

Foi numa conversa com o prefeito Eduardo Paes, um sambista da pesada. O ca rnaval do Ri o tradicionalmente era alice rçado por três tipos de evento: os desfi les das escolas, os bl ocos nas ruas e os grand es bail es, onde os convidados que vêm de fora têm oportunidade de se encontrar e interagir. Os des files nun ca balança ram e se transforma ram no gra nde acontecimento do ca rnaval cari oca . Os bl ocos voltara m com tudo, especi alm ente nos dois últim os anos. E, agora , chegou a vez dos bail es. Estava faltando glamour à festa? C lamour? As coisas mudaram, os conceitos de el egâ ncia são outros, as ca beças não são as mesmas, o glamour também. Cada momen to tem seu jeito, sua tend ência. Tudo era mais exclusivo, hoje as coisas têm uma Qr

WORTH WATCHING \ ' (J' Ricardo A maral is back il1 business in lhe Rio camival He Illay be rega rded as king of lhe nigh l in Brazi1. His successful nightclubs in Rio, São Paulo anel Recife are proof or this. Ricard o Amaral's IlCllll e is also linkecl to pro j ect~ Lhat have stirrecl Ri o carniva l over th e las!" four c1ecacles: Th e Pal1ther BolI in lh e Colden Room of Copacabana Pal<lce; C ala Ca)' in th e Hotel Nacion al; th e covcted Brahll1a box 0 11 S<lpUC3Í; anel lh e traditiOllal carllivallull ch Fei;oada do Amaral. Thi s 60-year old imprcsa rio proll1ises to reinvigoratc the 1l10st popular festi v<ll in tOWIl in 2011 , orgallizing balls in Armném 4 alle! lh e Ann ex to Pier Mauá in th e docks region, an area 1l 0l\' to be revilicd. He becallle famous ill lhc 1970S when he openecl lh e nightclub Hippopolamus - I-lippo C Illb to bis fri cnels. [n lhis in te r\' ie\\', Amaral 3musillgly recalls bi s bohemia n years, pasl carni\'a ls an el makes


Entre anônimos e famosos

que se embalaram nas festas promovidas por Amaral , presenças ilustres como Joãosinho Trinta , Luma de Oliveira, Roberto Carlos e Ayrton Senna Amongst the anonymous and famous at Amaral's parties were the ilIustrious figures of Joãosinho Trinta, Luma de Oliveira, Roberto Carlos and Ayrton Senna

OUTROS, SE TORNOU CONHECIDO HIPPO PARA OS íNTIMOS ............. ..................... ........ ........ .... ...... ... ... ..... .... .... ......• il clear \\"hy \\"hal"e\'c r hc does is ll S II"ll ~' a Sll cecss: lh e lll<ln I\'ho lil'cs to cnlertaill olhers is h,lppincss in per<,on, What gave you the idea of organizing balls in the dock area?

I lI'as chattin g lI'ilh 1\ layor 1': dl1ilfClo Paes. a slrong sa lllba enI'Illlsias l. Rio \ c lrni\'aJ 11';15 Iraelitionalll' bascc] on three kinels of c\'e nl : Ih c sa lllb,l se hool pawdes, slreel blocks allel lhe grallel b,l ll s, \\'hcre \'is itin ~ gnesls h;IIT a ch;lIl cc lo nlect anel inl eraet, Thc parad cs I1 c\'c r ea ughl 011 1'0 bceOll lC lhe gr;lnd Rio emni\',d c\'cnl. Tltc blocks lim e rclllrneel in fu ll force, espceially in lhe h,ll\\o ~c;JrS, l\ndII Ol\ il's til1le for lh e balb, Was glamour missing from the festivities?

CI<lIllOur 7 Things ha\'e changecl. lhere are oth er coneeph of elegance - icl cas ~md glal11ol.lr are nO\\' sOlll elhing ebe, Eaeh Illom enl has ils o\\"n style , Irelld , 1I allllsecl to be Illorc <Jr


dim ensão ma ior. Escolh emos o porto por ser um local para onde se dirige m todas as atenções, além de os armazéns propiciarem ampli dão pa ra se criar u m gra nd e espetác ul o. M eus parceiros s50 o Alexandre Accioly, o Lui z Ca la inho e Bern a rdo Amaral, meu fi lho. Tem também o Haroldo Costa na produção a rtística, o Mário Mon teiro na cenografi a e o Abel Gomes n a montage m. Ou se ja, só craques!

Seu nome está ligado aos maiores eventos carnavalescos da cidade. Quando começou esta paixão? Cedo, participan do de ba il es infantojuven is em São Pau lo. Com 18 anos, eu já realiza va bai les no antigo Grande Hotel do Guarujá. D epois, no Rio, assisti aos desfil es da Presidente Va rgas, com direito a arqu ibancada m a mbembe e suíte n o Hotel Guanabara.

o N

N

,......; ,......; ..J <{

> <{

Fale sobre o Baile das Panteras. É verdade que foi ali, em 1981, que Xuxa foi de scoberta? O Baile das Panteras surgiu de uma brin cadeira . O colunista lbrahim Sued criou O n eologismo " pantera ", para mul her mu ito bon ita, insinuante, atraente. Em 1981, eu era arrendatário do Golden Room do Copa e promovi um pré-carnavalesco para eleger a pantera do ano. A prim eira fo i a Xuxa, qu e entortou a cabeça do Bras il.

z

<{

<{

cc l:

<{

'"o

o::

!li

TRADICIONALM ENTE ERA ALICERÇADO POR TRÊS TI POS DE EVENTO: OS DESFILES DAS ESCOLAS, OS BLOCOS NAS RUAS E OS GRANDES BAILES, ONDE OS CONVIDADOS QUE VÊM DE FORA TÊM OPORTUNIDADE DE SE ENCONTRAR E INTERAGIR. OS DESFILES NUNCA BALANÇARAM E SE TRANSFORMARAM NO GRANDE ACONTECIMENTO DO CARNAVAL

o:: U w

o CARNAVAL DO RIO

E o Gala Gay? O que representa para o carnaval do Rio? O s ba il es gays se mp re foram uma tradição da ch amada terça-feira go rda. os anos 70, o G ui lherm e Araújo inovou, com o seu Gala Gay, u m luxo! Prom ovi alguns, n o Hotel Nacional e depois no M etropolitan . E m 2 0 11 é a vez do Grande Baile Gay. Bom para soltar a [ranga , e bom de ass istir! Foram inúmeros os seus desfiles na avenida. Renderam histórias inesquecíveis? ão esqu eço o Joãos in ho T ri nta gritando "me p rendam, m eus senhores,

(jf'"

CARIOCA. OS BLOCOS VOLTARAM COM TUDO, ESPECIALMENTE NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS. E, AGORA, CHEGOU A VEZ DOS BAILES

C'\C lll \il·', loelay Ihillg, II ,I\"C a grcalcr dilll CII \iO ll. \\'c chmc Ih c dock arCil h<.:c'l ll se il\ il I'C11l1C' Il"hl'l"c ali alIClllion s ilrl' IOCllsccI .c \ <': llllIOl"C ~o h('(",IIIS(' Ih c w; II<.: IH)l lSCS prOl id e Iargc spn cc\ lo ("1"C;l lc a gra llel ~ h o\\·. 1)" parltlcls ;Ire t\k:\<llHlrc r'\ccinl ). I ,lliz C;!1aill!J o ;111d l1\y SC!1l Berl1arclo Allli1rill. I Lnold() Cos l,1 i ~ lll ere Ino ill lil l' ;Irti sli c plot!ucliol1. lvl;írio rvlolll<.:iro lor M.' I ~ ,lllcI Ahcl (;OIIlC'i il1 pllltillg il alltog<.:lhcr. 111 ol her \\"OI"eb , ,di ac<.:ô! Vour name is linked to the top carnival events in town. When did this enthusiasm begin? 1':,lrl)', IXlrti ci p,llillg ill c-llild rl' lI-jul cl1ik halls in Suo 1\Il!1o. WIIC1I I was IH yCilr~ old , r II',IS ,dr<.:;ld) orgal1izil1g halls ai lh e ultl ;ral1c1c Hotel in Cl larllj:í. Anti il1 Ri o, I \I·llldcl \l'atell lh e paradcs ulong Pr('~i<lt'l1lc Vingas !\\,<.:lHl(', in scconcl-r<llc olr111cb ,111<1 a ollil <.: in rlotei C ll;lIlabara. Tell us about the Panther Ball. Is it true that Xuxa (TV presente r and model) was discovered there in 1981? 'l'he Pallther Bal! began as ,I joke. Co llllllnisl Ibrahilll Succl creatcd lh e l1 eo l ogi ~ m "1',1lltl1<.:r'· for a vny :11lrncli\"c, sensnal anti good-Ioü kiug wonwn. In H)H I, Twas lcsscc o[ ll1 e C()Pôl·~ ColdelJ I~OO lll anel organized i1 prc-c.;;1fllil·a l ballto elect lh e pnuther or the ycar. 'I'hc fir~l \\'a~ XUXél , ,,·ho IUf11 cd cl'e ry hcad iu Brazil. And Gala Gay? What does it represent for the Rio carnival? Cay bnll s w"re alwnys a Shrove TlI CStl ll)' lracliliou . 1n lh e 1)70~, (,l1ilher111c Ar<lI'ljO inllowltcd , \\'ilh his rabldOlls Gala CU!,! I nrganil.cd S0111e in lh e J lotei lac.;iOld [ll1d thçn in lhe i'vlelrnpnlil;l1l . ln ::0 11 il's 1l 0 W li\l1e for Ih ' Cranel Cu)' 13all. Cooc! for ge lling i1llo lhe owi1lg :ll1d \\'01'111 \\"att' liing! Vou had countless parades on the avenue. Any unforgettable stories? (jf'"



me prendam " para os policiais federais que queriam impedir que seu Cristo desfilasse, mesmo encoberto por plásti co preto, no desfile da Beij a-Flor de 1989.

['11 nevcr forget JOiiosinho Trinta ~ho ulin g ·',nrest mc, sirs, arrcs l me" lo th e fedcra l poli ce wllO wantcd lo slop !li, C hrist frol11 pa radiug el·ell when covcred bya black pla ~ ti c tarpaulin , in the 1989 Beij,l-Flor parad e.

É verdade que você seria homenageado num desfil e da Mangueira e na última hora não foi?

Em 1989, ano em que foram homenageados na Mangueira os chamados "reis ela noite" , eu estava citado no samba , que tinha letra do Ivo Meirelles, mas na última hora mandaram tirar. Foi na verdade uma ação de marketing do empresá rio Chico Recarey ... Mas tudo bem - se bem que eles perderam uma rima óbvia, pois Amaral com ca rnaval!

Is it true that Vou were to be celebrated in a Mangueira parade and at the last minute wasn't?

In 1989, th e year wll cn tribule was paid lo the ~o-c,l lJ ccl "k ings of I·hc nighl ·', I vlias mentinn ed in lhe sa lllba \\'ith Jyries by Ivo Meirelles, bllt at lhe Jasllllillul e I·hcy look li) \' nalll e oul. It was in f<ld a lllarkeling slc ight ofhand by inlpresa rio C hi co Recarey ... Bul" Illa['5 O~ - but they h,1 lhe opportunily, sinec Amaral rh ymes wi th c<Hnil'al!

E a tradicional Feijoada do Amaral? Por que fazia tanto sucesso?

And what about the traditional Feijoada do Amaral? Why so successful? A feijoada foi criada em 1977, prim eiramente para 300 pessoas, na Hippopotamus. Depois Th e feijoad a Illnch bega n in 1977 \\'ilb 300 pcotomou corpo. Ela in ovou , criando a pie in the Hippopol"alTlus. lt la ter cousol ida tecI. li" innova tccl , crecamiseta-convite, e atrai u grupos inteA ATIVIDADE NOTURNA atin g the ' I ~s hirl in\'itation, and ressantes e bonitos, transformando-se num ponto de referência do carnaval. attrac led inl crcsling alid beall tiflll É INGRATA. FUNCIONA Virou um produto genéri co. Foi copeople, becollling a carnival bencllÀ NOITE, MAS TODA A pi ada por esse Rio e pelo Brasil afora . lTlark . It beca me a gClleric proclu ct. A receita do sucesso? Su cesso não se was copiecl herc in Rio <lml ali It ADMINISTRAÇÃO É FEITA o\"e r Brazi l. The recipe for s u cce~s? constrói de forma matemática, é uma EM PERíODO DIURNO. Success is not based on math ; it's fórmula tão subj etiva qu e mesmo aquele que a realiza não conhece disll ch a subj ective formula that cven ESTE PROFISSIONAL reito a receita. those II'ho achieve it don 't rea l]y TEM QUE TRABALHAR klloW the: recipe.

o N

-'

«

> «

z

'"«

Uma fórmula que se repetiu no Camarote da Brahma, não foi?

Provavelm ente pelo equilíbrio que tinha a lista de convidados que impl ementei. E pela novidade de tratar um ca marote como se fosse uma festa! Simpl es de fa lar, difíc il de fa zer!

SÉRIO, ENQUANTO OS OUTROS SE DIVERTEM

It was a formula replicated in the Brahma box, wasn't it?

ProbabJ y beca use of m)' lI'ellplanncd gll cst li sl. i\nd beca ll se: of lh e Il ovelty of hal'illg a party in n earnil'cd box! I':as)' to say, hard to elo!

U

w

«

<Xl

L

« V)

52

'"!li

Gente importante também era o que não faltava no Clube Hippo. O que levava as pessoas à boate?

There was also no shortage of VIPs in the Hippo Club. What attracted people to the nightclub?

O sucesso se deveu a uma con jugação de coisas que transforma ram o local numa referência de glamour. Era um local obrigatório. Uma casa com alma, com espírito de clube. Tudo funcionava bem, mas o mais importante eram as pessoas.

Its Sllccess was due lo a c01l1bination of thill gS that l11<lcle th e velll lCa glamorous point of refe rcll ce. Tile place was a mu st. A nightclub \Vith a sou!. witll club spirit. It ali wo rked ver)' well , but th e essence lI'as really th e people.

Que dica daria para alguém que quer se tornar um empresário da noite?

A atividade noturna é ingrata. Funciona à noite, mas toda a administração é feita em período diurno. Gira 24 horas por dia. Este profissional tem que trabalhar sério, enquanto os outros se di vertem. Ele pode até se divertir, mas sem se perder. Olha, esse tema dá até para escrever outro livro ...

*

What would Vou say to someone who wanted to be an impresario of the night?

Nightlife is a thallkl ess actil'ity. It fllllchom at llight but ali ac1millistration is clone c1uring thc ela)'. lt's a 2-+-hour elay. 'l'he profess ional has to work hard , while others enj o)'" lh emselves. He is able of COlll"Se to hal'e fun bu l" wilhoul going o'n. YOll know, this su bj ect llas enough stllff lo IVrite alloth er book...

*



Esta ilustração de 8enício, um craque nas cores, foi usada na capa da edição de 1978 da revista RSC This illustration by Benício, a c%r expert, was used on the 1978 cover of RSC



F

OLHEAR ANTIGAS edições da revista Rio Samba e Ca rnava l - que chega em 2011 ao seu número 40 - é fazer uma viagem no tempo: um curi oso e educa tivo passeio, por diferentes épocas, por distintos comportamentos do cari oca, pelas coisas que marcaram cada período. Dá para sentir com o a cidad e mudou de 1972 para cá; e observa-se claramente que o desfil e das escolas cresceu - alguns até acham que de forma exagerada e se modifi cou. As fa ntasias e as alegorias retratadas nos prim eiros anos da revista talvez correspondessem, ho je, ao que se vê na passagem de uma escola do G rupo de Acesso B. A festa fi cou mais ri ca. A Rio Samba e Ca rnaval acompanhou de perto esta evolu ção. Desde o início de sua ca minhada, em 1972, serviu de gui a para ca ri ocas e

RSC, 40TH YEAR }lounded in

the ear/)' 1970s, the magazi ne g re\ll, clwnged, evo /ved, in tIm e with clwnging carniva ! Fli cking lllrough lh e olel edi lions of Hio Sa mha e C arnava l 11lag<1Z ill e - in 2011 nolV in its 40th iss lIc - is 1ikc travcling throllgh tim c: a c uriom and ednca tiollal cxC urSiOll through diffc rent eras, differcnl cari oca bchavior, anel lhings lha I markcd eac h peri od. lt gi\'es an icl ca of h o\\' lh e (' it\' has ehan gecl sin cc 1972; and it e1ea rl y sho\\'s how lh e Séll11 Inl schoo l paracl c has grO\\'I1 - so me C\'CII lh ink ove rgro\\'ll - a Ilcl ehan geel . The cos lullJ es anel Aoats portra yecl in Lh e ca rl\- \'ea rs of th e magazin e \\'oul cl perh aps toda)' co rresponel to whallllig ht be see n in a se hoo1 from th e Access Cro up B. Th e festi \'a 1 h<Js beco me more oplll ent. Rio Sa mba e C amava / 11<Is c l os cl~i aeco lllpani cdlhis c\ olllli on. Righ Lfrolll its sia rL ili 1972 iLhas

• .... ...... .......... ......................... ........... .......... ............ .............•

A RIO SAMBA E CARNAVAL, DESDE 1972,

SERVE DE GUIA PARA CARIOCAS E TURISTAS. NAS PRIMEIRAS EDiÇÕES, FAZIA QUESTÃO DE ENSINAR


turi stas, Nas primeiras edi ções, fa zia qu es tão de ensin ar. Havia inclusive a seção Escola de samba é isso, mostrando como fun cionava uma bateria , qual era a importância das alego ri as, dos enredos, di zend o o que fa zia uma porta-band eira , Estas explica ções não pararam no tempo: contin uam até os dias de hoj e, porque as regras do des fil e mudam , es tão sempre sendo atuali zadas, para que a festa se ja cada vez melhor. C urioso também, quando se repassam os 40 anos da Rio Samba e Carnaval, é observar como eram as peças publi citárias de tempos atrás, Com uma pegada diferente das de agora, muitos anúncios surpreendem pela linguagem direta e pelo uso constante da figura do garoto-propaganda , Assim , em 1972, lá estava, numa P,1gina inteira , o craqu e Pelé ajudando a vende r roupa - o modelo de terno "Pelé Exporta ção", produto da extinta Du cal. No ano seguinte, era o jogador Rivellino qu em fazia propaganda rJr

bcc n ~I guid e for ca ri ocas <l ndlo\lrisls ali kc, T he e1l1pha, i, in lh e ór',l nlllll be r~ 11"<1 in fo rlnaliu:, 'I herc \\,h in fa cllh e sec ti o11 .. \/1 abo lll a '\(/1I/ ha schoo /, shO\\ ing hOl\ lh e dnll ll\ flln ct ion , Ih c illlportan cc of lh e Aoa ls, th elll es. te llin g IIS \\'hal ;l , land ard-bcarer did , '1h cse explanati o11S did not stop \\ ilh lim e: th e> con lin ue IInlillocl al, bccamc th e para de regulali o1lS cI1<l11.>;e. lh el' ,11'C ,11 \\'a\ s bein g upclalcd to furlh cr e11h ~ll l(.'C e,lch H.:ar\ rc.s ti \'al. C uri oush' ell ollgh. \\'!J ell goin g lh ro ugh th c 40 \'ca r, of Rio Samba e Canwl'a l. \\ c ea ll scc ho\\' lh c ads \\c rc \'cars ago, 'J'h c> hal e a c1iffc rcnl ca lchphrase lh an lh ose of lo cl a~ anclm all\ are surpri sing bee,lIl se 01' Ih c elirect lan guage anel conslant use 01' th e ael spokesmall fi gurc, In H)7:!. for in slance, Ih erc \\'as a fu ll page ael of slrike r Pc! é helpi ng to se ll fas hi on \\ e,H - lh e ''Pcl 6 E\ port " suit. a proeluct of th e ne)\\ cx linct Duca !. 'l'h e foll o\\'ing rJr

A década de 70 viu o desfile

nas avenidas P.residente Antô io Carlos e P.resi ente Vargas, e até Flerto do

. -. ;

Rintou a Rassarela definitiva a Rua l':1arÇ1uês de SaFlucaí

:-

..

held in Front of Ca delária, Carlos and Presidente

udflats and the red-lignt

zone. In was only i 1978

o N

avenue was built - l'.!1arquês de SaF'uca' Street. were the years of Salgueiro's and Beija-F.lor's domain, trichamRions in the Fleriod.

...J

< > <

z

'"

< u

UJ

<

co

L

<

VI

°'"


Õ

N

-'

~

-« z

'"-o:

U

LU

ID

L

-o:

V)

°'"

- de um óleo para ca rros, da Atlantic. São image ns qu e dizem muito sobre a evolução, n ão só da publicidade, mas também de n ossos usos e costum es. Por exempl o: alguém lembra da ta nga? E la está lá, usada por belas m oças, nas praias, em fotos nas edi ções dos an os 80 . Depois veio o fi o-dental, e a Hse registrou o m odism o. A revista tam bém acompanh ou fen ôm enos como o da mudan ça de concei tos em vá ri os aspectos das escolas. E m fotos de desfil es dos an os 70, vê-se qu e a comissão de frente era algo m ais trad icional, com posta por fig uras da velha-guard a de cada agre miação, qu e sa ud ava m o pú blico com suas cartolas. No m eio da década seguin te, esse estilo já estaria superado, optando os ca rnavalescos por m a is criati vidade e surpresas na apresentação das comi ssões. Surpresa também, já de duas décadas para d, ve m m ovend o a escolha da musa qu e posa para a capa. É um segredo só revelado di as antes do desfil e. M ui to lá atrás não havia isso - até porqu e as capas da [{se retratava m geralm ente foliões an ônim os. Dos an os 80 em diante é qu e m usas passa ram a ser c ham adas para embeleza r a prim eira p,ígina. O luga r qu e n esta (ir

yea r, it \\'as soccer plarer Rivcllino in ~lll ad - wilh an Atlantic a ulolllobilc lube oil. T her a re images Ihal tellus a lot abollllhe evo lll tion nol o nl)' of aclvertising bllt also of our uscs a nel c ustOIllS . For example: does an)'Ol1e remelllbcr the tanga? It's therc worn by beauliful girls on lhe beaches, in photos in th e 19805 editions. Then ca me the thong mania registered in [{se . The magazin e a Iso acco mpanied phenolllcna li ke the c hange of concept in severa l as pee ts of the sa nlba se hool s. In pilotos of lhe 1970S parades, lhe fronl cOll1 llli ss ion \\'as sO llle\\'hat more lra ditional \V ilh eae h sc hool 's " cteran s \\'av ing Iheir top hats to salute th e p ublie. In the m id-1990s thi s slyle \I·as alreacl)' o utclaleel when the ca rnival artists ehose Illore e rea til"il:\· an el surprise s in introcl ueing the CO lllllli ss iol1s . Anolher surprise, lwenly years ;lgO, has been lh e e hoicc of COl cr girl. 'I'his is a seerc l onl)' rcvca leel da)'s hcfo re lhe parade . Ycars ago there \\·as none of thal - bec<1l1sc in fac! lhe /{se COI·c r, ge ncralh- porlraycd llnknown revclers . Bu! in (ir

.. . . "'.. . ...... . ... ~

da Importância da figura

.

sendo o criadm artístico ...

...

...

das principa is

arcas da

Em 1984 foi erguido o Sambódro o na Sapuca í. Desfiles sempre lembrados I [lério e

.:.;

...

1982

:... .

.. samba sc ools and tne consolidation of tne importance of the carnival artist as the art di ecto~ of were two of tfie

.in Sapucaí was built.

.. -....

years gave us unforgettable

..

.....

Mangueira in 1984, :. Beija-F.lor in 1989.

.



• . ... -

~--

...

9uatro g andes (Mangueira, P.ortela, Salgueiro e

. . .. . ..

Impé io) viu-se ameaçado ...

'"

ovas se da do elhor. São da9uela ép-oca bi da Im eratriz (1994 e 1995), o Rrimeiro título de (1996) e a explosão da

schools (Mangueira, Salgueiro and I p-ério) was

. . . ....

th eatened in the 1990s .. ...

....

l:5y

schools. In this decade there was the bi-champion Imperatriz (1994 and 1995), Lage in tvlocidade (1996) and Viradouro's brilliance in 1997.

edi ção co ube a Vivia ne Araújo já foi ocupado por mu itas oub'as sa mbistas, modelos e atri zes bonitas, famosas, com o Pinah da Beij a-Flor (1984), Adri ane Gali steu (1998), Juliana Paes (2005) c Luiza Brunet (2009). Pessoas - l1lulh eres ou homens - sempre marcara m a Rio Samba e Cam,aval. Se a revista, por costum e e obrigação jornal ísti ca, tem que dar grand e espaço para fotos de al egori as, por outro lado reserva luga r especial para as personalidades da fes ta. Nestes 40 anos, muitos perfis foram traçados. Hcí bons exempl os. Com o ca rnavalesco Joãos inho Trinta, em 2004, foi feita um a longa matéri a, reunindose três repórteres de uma só vez para entrevistcí-l o. Em 1993, o el ia a dia ele Castor ele Andrade (l íder da Mocidade Independ ente) Foi desc rito em minúcias e rend eu vá ri as pcígin as - uma equipc ela RSC passou dois meses colada com ele. Além das personal idades, os temas carn ava lescos se mpre interessa ram à revista. Em 1980, UITl arti go faz ia a aprox im ação entre sa mba e futebol. Em 1982, a grand e qu estão era a muda nça iminente dos ques itos. Em 1987,

th c 1980s llluses \\'c rc in vited to cl cco rate th e nrsl page . 'J'his number's cave r portrayin g Vi\'ian e Ar,lújo has alrcaclr been occ upi cd by man)' other lovel)', fa mous samba arti sls, mocl els anel actors. sll ch as, for cxamp lc, Pina h of Bcij a-Flor (1984), Adrianc Ga listc\l (1998), Juli ana Paes (200 5) and Lui ha Brun et (2009) . Both mcn anel \\'o lll en ha\'e aJwavs Ill arkecl Rio Samba e Ca rnaval. T he magaz in e, by custom anel jOllrn alisti c obliga ti on, has to leave a large S]Xl éC for ph otos of Aoats, bllt il kcc ps a spcc iaJ

•........ ............ ...............•

EM40ANOS, A REVISTA RIO

SAMBA E CARNAVAL CRESCEU JUNTO COM O CARNAVAL

E CONSEGUIU ACOMPANHAR AS MUDANÇAS PELAS QUAIS A CIDADE PASSOU


place for the fc,> lil',I]" pcr,onalilic,>, In lhose 4 0 \C'lrs. 111,111\ ' profilc, Il al'C hccn oul lin ed, SOl11e <;ood exal11pie,> are lhe fo 11 011 in g, .\ long arlielc 11<1, IITitten abollt ca rnil',d arti st jo,i osillho Trinta ill : 00+ lI'hell Ihrcc reportcr'> together int en 'iellTd hilll ,ü th e ,a mc lime , 111 199), the d<lih routin c of Castor ele ,\ndr,lde (head of '-]oeidaele Illel ependente ) 11,1'> e1e,cr ibed in dclail OIe r sel'eral pa<;cs - ,111 HSC tea 111 spenl t11'0 111 on ths ;1 t h i, heels , 111 additioll lo the persolla lili es . the e<l rnil',d th cnles 11<lI'e ,dll'a \'s illterested th e Illaga/ille, In 191)0 . one artielc co mpareci S<ll11b,1,mel soecc r. 111 1982, th e major topi c II',IS lh e illll11inent ch,lll<;e in requisites, In 19&-. illla,> e1iseloseellhal e hildren's participalion in th e parad e lias 1l10\ ing fllll stca m 'Ih eacl. 111 200 -. it e,,- pLJinetl hOIl the perclI,>sion direetor', gcs tllrcs are flllldamelltal for th e drullll11crs' good performance, \nd so on, ,\nc1 II'ho lIscd lo IIT ite (m'ote anti IIT ites l th ese tex ts? journalisb , eritiC". poe ls anel co lullln is [<; lI'ho Ic)\e ca rni\'al. It i., a te<llll or ()\e r <l (ir

revela va-se qu e a parti cipação in fa nti l nos des fil e crescia sem parar. Em 20 0 7 , contava-se com o os gestos ci os diretores de bateri a são fund am entais para o bom andamento da batucada, Daí por di ante, E qu em esc revia (esc reve u e esc reve ) esses textos? Jornali stas, críticos, poetas e cronistas qu e adoram (ir



FOLHEAR ANTIGAS EDiÇÕES DA RSC É FAZER UMA VIAGEM NO TEMPO: UM PASSEIO POR DIFERENTES ÉPOCAS, POR DISTINTOS COMPORTAMENTOS DO CARIOCA •. .. ..... .... ....... ......... ............... ... .. ... ........ .... ............ ...... ..........• ca rn aval. É um tim e que já passa da centena de componentes. C itam-se alguns pa ra hom enagea r todos: as linh as dos 40 números da HSC fo ram escritas por bambas como Aldir Blanc, João Máximo, Lena Frias, Ca rl os Eduard o N ovaes, Rica rdo C ravo Albin (nesta edição tem texto dele!), Ne i Lopes, José Ca rl os Rego, Tu tty Vasq ues, Sérgio Ca bral e até o di ve rtido (e inve ntado) Aga menon Mendes Pedreira. Olh ando-se, déca da por década, a históri a da Rio Samba e Carnava l, algumas conclusões podem ser tiradas: a revista foi se adap tando às novas realidades, cresce u junto com o carnaval, não parou no tempo, e conseguiu acompanhar e tradu zir as mudanças pelas quais a cid ade passo u. Q ue tenha mais 40 anos , que entre mil êni o adentro conversa ndo com qu em gosta de ca rn ava l, prestando se rviço aos que admiram e vivem a prin cipa l festa, o maior evento cultural do Brasil.

*

hlllld rcd cO lllpol1cnb. \\ ·c mcnlioll \OII1C ill lribll ll' lo Ih cm ali : lh c lill cs of lhe -10 cdi li om of J{sc IIcrc IITillel1 bl cxpcrl<. .\Idi r 13lal1c. João 1\1,Í\imo, I,CII<I Frias, C,lrlo,> 1': e1l1<1rdo NOI'<.ICS, Ri cardo C r<llo \Ibill (1li s Ic,[ is in this cdition ' ), 0-e i Lopes, Jmé Ca rlm Rego, TIIlt: \'w,qucs, Sérgio Cahml a nel cI'c n thc alllllsing (anel iJ1Icn tcd ) \ !:;<1 n]("nOI1 \ Icndcs Pcd reira. I ,()oking dccade by dCC<ld c at th c h islofl of Rio Samba (! CanJ{fl'al, so me ('onclmions ean be JIlacl e: th e ma gazil,e h<J s bee n <Jdapting to nell' 1'C,Jiiti cs, h<ls grOll'n in llln e II ilh ea rIlil <J l, no! 1<J!:;gc d hehil1(1 alltl has slIc('ccdctl in ,Iccompan\'ing anel transl<J lill g the c h'lI1ges in lhe cit)'. I lere', lo <I no!ht:r -10 :ea rs, 1ll00'in g inlo lhe JllillcllnLlIJ11 eh<llling II'ilh earnil',lI I01us, prOl'ielin g a se l'l'iec to lhme II'ho acll11ire an c1lil'l' lh e main festil'al, the biggest ellllmal el'ent in Bnlzil.

*

o carnaval vi ou o milêniO aos Rés da ImReratm (tr mas a escola foi Rerdendo a força - e a Beija·F.lo ~

década do sécu o 21 foi construída a Cidade do Samba, comRlexo de barracões onde são feitas fantasia s e alegorias.

..

2005.2007 and 2008) is the current strong contender, ImRortant. in the first decade of the 21st century, t e Samba City was built, a com lex of work sheds

the costumes and floats are ll1ade.

o N

-' <{

~

Z

a: <{

U

w <{

co

L

<{

Vl

° a:



Javem PorteleMe • PAULO MÚMIA De cartola, terno prateado e azul e branco no coração, o menino ensaia seus primeiros passos no samba, desfilando na tradicionalíssima Portela . O c lique foi feito na Sapucaí, ano passado, por Paulo Múmia, fotógrafo de 35 anos, nasc ido e m Santa C ru z, torcedo r fanático do América, respeitado museó logo, com pós em Fotografia. Ele trabalha como free/ancer para jornais e revistas. Seu foco? uÉ para onde a len te apontar", d iz.

The boy in top hat and si/ver suit, his heart in b/ue and white, takes his first samba steps, parading in the very PORTELA LAD

traditiona/ Porte/a. The shot was taken on Sapucaí /ast year by 35-year o/d Pau/o Múmia, bom in Santa Cruz, supporter of America soccer team, and a reputab/e museô/ogist and postgradua te photographer. He free/ances for newspapers and magazines. His focus? "Wherever the /ens points", he says.


l{&lpeito e Cdrinho • LEVY RIBEIRO Quem não quer dar um beijo na vel ha madrinh a? Todo mundo. Sapecar uma bitoca no me io do d esfi le, e ntão, é ainda ma is e moc iona nte. E quem estava al i por perto, para reg ist rar este momento para a eternidade? Levy Ribeiro, ca rio ca, 45 anos, torcedor da Unidos da Tijuca - vamos respeitá-lo, pois é ca mpeão. Desde 2004 e le cobre a Marqu ês de Sapucaí, com garra e a leg ri a, se mpre buscando os me lhores â ngulos para ~ ua ~ rotos. RESPECT ANO AFFECTlON

Who doesn't want to g ive the o ld lady a kiss? We a li do. Then

stea ling a kis s in the midst of the parade is eve n more exciting. And who was dose by to record this mo ment for posterity? Rio-bom Levy Ribeiro, 45 years old, fan of Unidos da Tijuca - respect, beca use it's a champion. Since 2004 he ha s been on Marq uês de S apu cai, with e nthusiasm and jo ie de vivre, a/ways looking for the best angles.


.\Jl:'nino Voador·

ALEXANDRE VIDAL

Dono da Agência FotoBR, fotógrafo oficial do C lube de Regatas do Flamengo (e especialista em clicar Ronaldi nho Gaúc ho, poi s traba lha co m o craque há ano s), o nosso Alexandre Vidal, um dos chefes da Rio Samba e Carnaval, empresta seu tal e nto ao ensaio revelando o exato momento da pirueta do garoto mai s gaiato da ala das cri anças. Vidal tem 41 a nos, e cob re carnava l desde 1994. FLYING BOY

Our Alexandre Vidal, owne r of the FotoBR age ncy, of/i-

cial photographer of th e Flam e ngo Socce r Club (and ex pert in shots of Ronaldinho Gaúcho, working with him for years), is one of the top

guys in Rio Samba e Carnaval, lends his talent t o the shoot to catch the exact moment of a pirouette by the sprightliest lad in th e children's section. Vidal is 47 years old and has covered carnival since 7994.

-' <{

> <{ Z Q:

<{

U UJ <{ CD

L

<{ Vl

O a:


À/fctç{ro e À;[c(,jcamdo • ROGÉRIO REIS O metrô pode es ta r cheio de ge nte impecavelmente fantas iada, mas quem parece estar vestid o co m o verdade iro espírito ca rnavalesco é o menin o mag re linho co m más cara de caveira. A foto é de outro brincalhão - ma s profissio na l Ju~ ..nais sérios quando deixa de lado se u quepe de coman d an te sovié ti co: Rog é ri o Re is, 54 anos, ca ri oca, sa lg ue irense, editor de Arte da Agência Tyba, com passagens pelo Jornal do Brasil e pela revista Veja. MEAGER ANO MASKEO

Th e subway may be crowded with the impeccably costumed, but who is

dressed in the true spirit of carnival is the skin ny boy with a skul/ mask. The photo is by another joker - but one of the most serious professionals of the trade when he puts as ide his Sovie t commander capo Rogério Reis, a 54-year old carioca, Salgueiro fan, art e ditor of Tyba Agency, and has worked for J ornal do Brasil and Veja.


QLlddru Neçrru • ALE X FERRO Seria o velho do mar? Parece aque le quadro na parede, não

é? Mas bem que pode ser o ve lho do samba, co m seu cabe linho branco, corpo já encurvado, e aque le cachimbo a lhe conferir uma expressão de sabedoria. O retrato

é de Alex Ferro,

42 anos, 20 de fotografia , 15 de

Sambódromo. Torcedor da União da Ilha, teve passagens pelas revistas Ele & Ela e Manchete e por jornais como O Povo e Gazeta Mercantil. PICTURE PORTRAIT

Is it the old man of the sea?

Looks like that picture on the wall, doesn't he? But he could well be the old man of the samba, with his white hair, bent body, and the pipe giving him a look of wisdom. The portrait is by Alex Ferro, 42 years old, 20 years in photography, 75 on the Sambadrome. Enthusiast of União da Ilha, has worked for maga-

zines Ele & Ela and Manc hete and newspapers O Povo and Gazeta Mercant il.


CdLmd 710 CetOJ • ALEXANDRE LOUREIRO

Carioca do Méier, 34 anos, fotografando há 15, é o próprio

o

Alexandre Lo ure iro quem des-

'"

creve seu trabalho: "O primeiro conse lh o que recebi de um co lega

-'

« ~

Z

a:: « u w

«

m

2:

mais experien te foi: observar. Creio que esta foto mostra meu ap re ndi zado. A fantasia era espetacu lar, então era só questão de esperar uma baiana com expressão tranquila. E esta sen hora

«

demonstra isso, passando, ca lm a e doce, no meio

º

CALM IN CHAOS

V>

a::

daquele caos que é a passarela." Alexandre Loureiro, carioca from

Méier, 34 years old and photographer for 75 years, gives his own description of his work: "The first advice I got from a more experienced colleague was: Observe. I be/ieve that this photo shows how I learned. The cos tume wns spe ctacu la r, so the only thing was to wait for a Bahian lady with a peaceful express ion. And this lady shows precisely that, passing calmly and smoothly through the chaos along

the avenue".


,"l'uor ou Emoçâo1.

EVANDRO TEIXEIRA

Certamente um pouco de cada, no reg istro feito pelo craque Eva ndro Teixei ra , 74 anos, fotógrafo que por décadas tornou-se uma das marcas registradas do antigo Jornal

do Brasil. El e é baiano e mangueiren se de coração. A foto foi escolh ida para o e ncerramento do no sso ensaio porque mistura, na mesm a imagem, juventude (que o lh ar compenet rad o, o do menino) e experiência (lindo o contraste das unhas com a pe le negra da senhora). Samba não tem idade. Mesmo. SWEAT OR THRILLS?

Certainlya little of each, in the shot by expert 74-year old Evandro Teixeira,

photographer who for decades has become one of the registered trademarks of the old Jornal do Brasil. He was born in Bahia and his passion is Mangueira. The photo was chosen to c/os e our shoot because the same shot combines youth (the kid's look of concentration) and experience (the lovely contrast of fingernails

against the woman's black skin). Samba is for ali ages. Indeed it is.



N

Ão É POESIA, Ill as hi stó ri a - com fan tasia,

risos, hígri méls c cmoção. Como a batida dc um tambor, 11 0 ritm o do co ração. O Ri o de Jan eiro comentava a chegada da televisão colorid a e o Impéri o Serrano sc ri a o ca mpeão do carn av,ll - a cscola falava de um a brasilci ríss im,l C arm cm M iranda, portugll csa de nasc imcnto, menina not,ível de coração ve rde e amarelo. Começava mais ou mcnos ass im aqu ele efervcscenl"c ano dc 1972, qu e trazia consigo I"ambém um a ce rta revista so bre o Ri o, o sa mba e o ca rnaval. Ap rendíamos uma palav ra difercntc, comprida, esquisita: ses-quí-cen-le-ná-rio. Alguém lembra o que qu er di ze r? Não se ri a mais fác il falar em 150 anos da Ind epend ência? ão. Na qu eles tempos isso não bastava. Precisava scr sesqu ice ntencí rio . "Potência de amor e f)(I Z / o Bwsil faz coisas que ninguém imagina que faz", dizia a letra do hin o ofi cial. l o dos améÍvam os o nosso país, sim , mas alguns, naqueIcs anos, precisa ram deix,í- Io. Coisas de um tempo que não volta mais e qu e produ ziu , 40 carn ava is depois, pcla primeira vez na história, um a mulher pres id ente. Mas isso não é papo para céÍ . ATva cores com eçou mostrando uma festa meio bras ileir,l, meio italiana, a Festa da Uva, em Caxias cio Sul (RS). No ano seguinte chega ri a às telas um a novela Cir

AND 50 40 YEARS WENT BY 111(: CII\, ('(JlI/lln <lllel lhe 1I'!)/'leI .I i llce' I<r::! , /lI (/1<1\1. Ilghl-h('(/rlec/ 1I11)/'(!c/ rt'i rm /lt'd 11 c 111 lI'hdl1\e /l1I!!,hl

('dl/

(//1<1

!!,ooc/-hlI-

"lhe I{IO :-'<\ ll1h<l

l'

Ca ll1,ll;1I em" 11'\ nol pO<:!1I hul hi,loII II ilh l:lJiI.I'I, LII I<;hlo, 1L';lr, <lllcl 1'I1wliOll. 1,Ikc Ihc dllllll hl'<ilillf.; lo Ihc hC.lIII>('<l1. Rio dL' ),lIlCIIO CO llllllL'llIed lhe .IITil,d oi co lol IL'lcI i, ioll ,llId II IIPl'ri() SerrallO.l\ c<lnlll ,d ch,lIllpioll Ihc ,a lllh.1\c hoo llh enlc lia, lllc ll'l'l Br;lfili,1ll C, IJ'IlICII \ Ilia 11 doi horll ill j>orlllf.;al, Ihc Iklldl,lJl hOlllh,he ll li il ll.1 hc,111 oI' !;rcell ,l lltI !;old . I hd l 11,1' IIlOIL' OI Ic" IhL ,Idrl oI' lkll cffellclcclI l 1(';lr oi J()-;-::, brill~illf.; li ilh il <l IIC\\ 111<1<;<1f illC on '';11111>,1 allll c' II·1I1I;d .. \\ L' Icarncd ;II1CII lIord. IOIl!; <Iml.1 bil odtl: \CI-([ IIIcc n-le-Il,HI . IJ()cs <l Il\OIIC kl1011 li h<ll i llllea1l\~ \\ollldl1'l 11 hc c,l,icr lo ,aI ISO ~e" r, of Inde pell(lcncc:' 0. 111 Ihmc d,II "' Illill lIo ll ld 1101 do. IllI,ld lo hc 'CSCjI II t'l· lIlclI;Jl\ . " /3 1'(/:::;1, lhe ImJl'er o(/ore dlld I)(!(/C(!, d{)es 1 11I1l~s lJllllIl<l~illd­ h/e ill {) Ih(!rdccd.~", " Iid 111l' li rio oI' Illc oftici;!I '1IIIlIelll. \\ l' ;J 11 10\ C Ol!r CO/ 1I111 I . oI' <011r,e, Ili 1I SO IIIl. ;J I IlIa I lillll', 1I,Id lo lc:ll(' il belIilld . 1.ITllh 01,1 1IIIIe [>aS I.lII<I IIC\'l' r lo rCIl!rII , li Ili clI prodllced 40 (',I rllil,d, l'lln.1 \I ()II I,11 I pll'sidc nl fOi IlIe Imllilllc 111 ih hi, lor~ . 8ul IIc're 1101 hl'le lo I,rlk :I bOi 11 Ihal lod;ll . Cir

A CIDADE, O PAís E O MUNDO DE 1972 PARA CÁ, NUMA RÁPIDA, LIGEIRA E BEM-HUMORADA RETROSPECTIVA DAQUILO QUE PODERíAMOS CHAMAR DE "A ERA RIO SAMBA E CARNAVAL"

. ........................................................ 'fl"" VICENTE DATOLLI

................................... ... ........ ..... ...... .


revoluciomíria, colorida: O bem amado, com Paulo Gracindo como o risível e corrupto políti co Odori co Paraguaçu. Dias Gomes certam en te fazia uma alegoria (opa ... olha o carnaval aí de novo, gente!) com um país que conhecemos muito bem. A televisão, porém, não era só novela ali por 1973. São daqu eles tempos programas que até hoje acompanhamos - agora em HD, versão digital e até em três dimensões. Vêm de lá o Globo Repórter, o Fantástico, o Esporte Espetaclllar ... E antes que me acusem de só falar de uma emissora , não custa lembrar que todas as outras que estão por aí vieram depois. Ah, sim .. . A Record já existia. Só que estava em baixa, distante da briga pela audiência, e não vinha para o Rio, que ainda curtia a TV Tupi e a TV Ri o, estas duas àquela altura já perdendo o gás. O país que ia para frente inauguraria, em 1974, a Ponte Ri o-Niterói . Foi a resposta ao metrô que an tes havia chegado a São Paulo. E a ponte qu e ligou as duas ca pitais, Rio de Janeiro e Niterói, viria a ser tam bém a última grande obra ca-ri-o-ca. Pois em 1975 houve a fusão: a G uanabara passou a ser uma sa udade, um confete ou uma serpentina e, perdão pela rima, acabou ainda menina . No quinto ano da Rio Samba e Camaval, houve uma revolução no visual. Venha, Beija-Flor, sonh e

Color TV began sholl'ing a Bnlzilian-ltaliall c"enl- lhe

Grape Festival- in Caxias do Su l (RS) . '1'he follolVing year, a revolulionary soap in color reacheel lhe screens: O Bem Amado [The Beloveel] wilh Paulo Gracindo as lhe laughable corrupl politician Odorico Paraguaçu. Dias Gomcs ccrtainly made an allegory of a country \\'e kno\\' onl)' Loo \\'cll. Television, hOIVever, was not on l)' lhe soap aro unel in 1973· Programs we kno\\' and \\'alclled Ihen are sLill aro llnu - now in I1D, digital version anel cvell 3-D. IL ",as Lhe slart of Globo ReporteI', Fantástico, Esporte l2:sfJelacular ... and before ['m accused of jusL naming onc TV slaLion , we should remember Ihat ali the resl ca me Ia ler. [n fac l. .. Reeord already ex isled. But il ""as an underelog, f,l[ from lhe auelienee polls and not in Rio, whieh was still enjo)'ing T\ Tupi an el TV Rio, bolh at that time in decline. In 1974 the progressive country was to inaugurale the Rio-Niterói Bridge. This was Rio's ans\\'cr Lo the ne\\ lIlelro arrival in São Paulo. Anel the bridge linked the two capiLalsRio de Janeiro and N iterói - anel woulel also be lhe lasl granel work of Rio city. Because in 1975 lhe Illerger of C uanabar'l alld Rio de Janeiro sta tes; G uanabara nO\\' oll l}' cOllfelli . streamers or fondmemolY past eame lo an ea rly enel . 1n the fiflh year or Rio Samba e Car11al'Cll, there \\'as a "isual revolution. Come hither, Beija-Flor, drcami ng of a king who is a lion- anel a ncl\' grcat sam ba scl1 001 arrived 0 11 our earn il'al sccne. Later Imperatriz Leopoldinellse anel Mocidaele Independente ele Paelre Miguel caIllC to Shly. Anel man)' other newcomers, bee<lLlse carni",l l has room fo r cl'eryone and everything. I.ike lhe hearts of lhe Rio people. While the divoree eélmpaign shook up


com rci que dá leão - e um a nova grand e escola ga nhava luga r no cemírio do nosso ca rn ava l. Como ma is tard e chega ri am - também para ficar - a lmperatriz Leopoldin ense e a Mocidadc Ind epend ente de Padre M iguel. E viriam outras, muitas mais, porqu c o ca rnaval tem luga r para tudo e para todos. Co mo os co rações dos ca riocas. Se a ca mpanh a pelo divó rcio balançou a ca beça dos casais no fin zinh o de 1977, ainda choráva mos as mortes de Maysa e C harlcs C haplin . E de Lacerda, qu e tanto mexeu nesta C idad e Maravi lhosa. Ad miradores e opositores ele se mpre os teve. Jama is a indiferença, esta qu e é a pior das maldad es que se pode fazer a um se r hum ano . Depois dc mais de um a década com o mesmo papa, só em 1978 tive mos três: Paulo VI, João Paulo I e João Paulo 11. O primeiro João Paulo não ficou nem dois meses em Rom a. O segundo veio nos visitar em 1980 e virou até tema de música e ídolo de torcida de futebol. Coisas que só o bras ileiro pod e expl ica r. Ou entend er. Vivíamos a expectati va da volta dos qu e haviam partido. E no chamado mês do desgosto (qu e ma ldade!), em agosto, de 1979, a ani sti a recuperava os irmãos que es tavam di stantes. Voltariam aos pou cos, lenta e gradualm ente. Com festa, sorrisos e lágrim as, erguendo ba nd eiras de luta e de li berdade. Recebidos com o ca rinho e a emoção devid os. 1\I1as, se rece bemos com sorrisos o papa em 1980, tivemos de chorar John Lennon , Vini cius de Mora es e o maio r contador de histórias da nossa reali dad e ca ri oca , o pernambucan o Nelson Rodrigues. Menos mal qu e ele partiu sabendo qu e seu grand e amor, qu e tem o nom e do r:ir

(,ollpk~

in lat<:

Il)-- ,

IIC

al~o

'>hcd tear,> for lhc deaths of

r-- [<1:'5a and C h arlc~ Chaplin. \nd of L,lccrda, \I·ho sl irred

up this \\onderful Cil:. \dnllJ'l'fs and opponenls he ahays hatl bulnc\ cr imlilTen:ll cc, Olll' of the \\orst \\Tongs againsl <1 11l1111a1l beilli;. .\fter 1110re tl1<111 a deeadc \\ ith lhc ,><Ime Pope. IH' had lhree In 1<),<) ,dOlll': l\ lld \1 , John P<1 11 I I dnd JOhll Paul 11. 'I'he fir . . l Jollll P<I 11 I ,>1 ~I\ctl lc" Ik111 1\10 111011ths in ROllle. lhe sccoml ('<III1C to \ i. . ilm ill 1<)1->0. bec<ll11c a musical thclllc anti a so('cer elll Itlol StulT lha! onil Brazilians can e"plain . Or undersl<1nd . \\'e \\(:re lhrilled b\· lhe relurn of lhmc \I ho had left. \ nd in \ugust, lhe w -callctl l110nlh or di'>gust (hO\\ spilefu l!) in 1l)7<), <11111lesll rclurl1ed our OIlCC far-offbrothers . Some a11(I lh cn olhers rctur11ctl . . 10\1" and gradua l"'- \\'ith parties, slllilc, alld tear,> , 1)<\1111CI,> r~ li s l'd of strugglc anti frccdom . \Ve!col11ed \I'ith deserleel elllolion <1 lld alTcction . Eul li hile \\·c \\elcolllcd lhe Popc in 1980 \\'ilh smi les, \\'e had to \lecp for J01111 LCIIIIOIl , Vi niei lIS dc :doracs and thc greatesl storl'leller or Ol11' Rio life , Pernambuco-bom Nelson Rodrigues. -'lt leasl he pa,secl ()]I kno\\ ing thal his great passioll, bearing the l1 ;l111C th is slale's i11hab il anls, Flumincme, \Ias once agailllhe be,l soccer te<lnl in the state. Sluff of ardcnt hearh . SOIIlC \lalllcd lo rcslorc lllc jo: of a e0l1l11[\ agaill l1nitcd, but olhers did C\el') thing lo prc\cnl il. ,\ bOll1b ill Riocentro, on lhc C\·c of '\la~' 1. 1981 , ( /lIl erl/aliollal \Vorkers ' Da)' ) almosl pul ,111 cnel to il all. Eul times \\'cre clifferc11 I anel our solc eb,lrc \\'as to 1i\·c. j\nel in earll- 1982. \\'hen \\'e \\'ere still consiclerillg thc oulcolllc of elections lhat Illade gaucho r:ir

ar

•. .. ......................................................................................................................................................•

A PONTE RIO-NITERÓI, INAUGURADA EM 1974 E QUE LIGOU AS DUAS CAPITAIS, RIO DE JANEIRO E NITERÓi, VIRIA A SER A ÚLTIMA GRANDE OBRA CARIOCA.

EM 1975 HOUVE A FUSÃO, E A GUANABARA PASSOU A SER UMA SAUDADE •........... ...... ............. ....... .. ...... .... ............................... .......... .... .. ........ ......... .............. ................. .... .... .•

o -o

..e l) O .Q u

~

'<11 Ol ~

"o

-c

·2

-i:o

!Q

~

..Q

<li

V)


hab itante deste torrão, o Flumin ense, era de novo o melh or li me do estado. Coisas de co rações apaixonados. Se havia qu em qui sesse rec uperar a alegria de um país outra vez unid o, havia quem procurasse a tudo atrapalh ar. Uma bomba no Rioce ntro, às vésperas da festa do I" dc Maio de 1981 (Dia do Trabalhado r), quase põe tudo a perder. Bom qu e os tempos eram outros e só queríamos vivcr. E, logo no início de 1982, quando aind a pensávamos como seriam as eleições que levariam o ga úcho Leonel Bri zola ao governo do Rio, surge na Lapa o Circo Voador, ele tantas hi stórias, id as e vindas. O Ri o de Jan eiro era lima fes ta só, movido a álcool - não de bebida, mas no motor dos ca rros, que hoje andam numa de flex. Pou co tempo depoi s, como num el avala nche, de repente f0111 os às ruas pedir Diretas Já! Só na Ca ncleLíria, espalh ados na Pres id ente Vargas, foram (fomos ) mais de um mi lhão. Era a força do povo nas ruas . Eleição para pre-

Leo nel Brizola gO\"(: rTlor of Rio, lhe Circo Voador [FI: ing C irc\lSl se l llp lelll in Lapa, li ilh \0 1ll,\I1\ lales, cO lllings and goings. Rio de Janeiro lIas au alcohol-f\leled fes lilal- nol belerages b\ll car engincs, loe!.l: ne\i-fllel. SO(JIl II'C II"crc ill lhe slreels, li].;c <I n ;11 '<1 Lmehc, dC lI l<lllCling l{iJ;hls NOll'!" mil lio\l ofm in C llldchíria alone, , lrclching along Presidenle Vargas 'I\ellue. T he peoplc in force 100].; lo lhe slreels. Elcclion for presi dcnl bll l il too].; a liltlc IOllger. 111 lhe repudi,lled electoral co ll egc, l~I1l(Ted() Nel'es 11'0 11 blll clitlll'l gcl there . L. ike a mart)'r, hc did 1I0! l,,].;c officc aud SOOll died, le<1l ing ill his place José Sa rne\ frolll i\ larallhiio, aml is , Ii ll "roulld toda:. \ ml Rio, after sllch (.'\cn I5, fi nall~ dirccll:' I"()led for ils gOl'emor, Sa lurnillo Braga . Wilh alllhis c1isrllplioll, I\"e h<l\'C lo rCllle111bel Ihal ill Ic,s Ik\ll fo ur lI1ol11hs, I3rizo l<l, I);m:\' Ribeiro anti Ose,1I" "\il'lne\er bllilllhe clrealll oflhl' sa111ba arti,l\ hOl1le . T he It)~-f parade \\"as in lhe S,lIl I baclro111e, a Ill'ologisnl lo iclcnlif\ lhe pcn11<lne nl p'1rade <lIe nlll' . Cl11011Ologicalh, ils 11rsl el1<l11lpiOll \\,lS Unidos do Ca bu~'ll beC<1l1Sl', , illce il \\a, ill ,1sllwllcr gro llp, il pa r;l< led beforc I\ I;ll1!:jllcira, the sllpl'r-clwll1pion Iltal :car. ,\ l1d il1spired b\ Ilte Ihrcl' I 11 ll'>].;c:Ieer\ of lhe Sall1 badrol1lC, <1llother ll' 11 ~a lllha sc hnnl pre.\iclcl1ls, C1l'a led 0 11 Jllh ~, It)~-f llte Il1dl'pl'ntlel1l l ,e<1glle. \\ 110 \lere Illt,\~ ' Ilte hcath ofS;t1g11eiro, Beija-Flor, Ca prichosos dl' I'ibres, 1111pcralril I ,eopn ldilleme, II1lp6io Serral1o, \ lallglll'ir;l, \ lol'idade IlltlcpClltkll1c, Portei;!, lltliiio ti" Ilkl anti \ ila babe I. Hul lhe 1t)hos \le rc nol ju,1 joic-de-viITc. Sa rl1l'\ 's fiscal Cruzado 1'{0/1 1110bili/('(1 Ilte cO lllllr: , \\:1\;1 '1Iece" ",h 1;11" ,1\ ]Jd;;t' I ;" ,ll ltI SlHIl1 Idl m il l IIIC llllcll. 111 It)f)Cl, ,> It(ltll: dlkl (,;Hl1i\'a l, l-:diFít'iu \nclorillha in dOl\l1 lrl\\l1 Rio \\C l11 IIp ill Aa111cs, ;ll1d 1t)S- "111 Olll' of carni\"a l\ \llI l1111g , 1<1 r,>, \rlilldo I\od rigul's, di'.IIJPl'<I r. Ollr 1t;lppi I1l'SS 1\";1, dool11ccI. \ \ h ilc

, .J o poeta Vinicius de Moraes, que morreu em 1980; e , na outra página , o jornalista

Fernando Gabeira, que voltava ao país, com a anistia, no fim da década de 70 Poet Vinicius de Moraes, who died in 1980; and on the other page, journalist Fernando Gabeira, who carne back to Brazil with the amnesty in the late 1970s

Arquivo / Agência O Globo


sid cnte, porém , só mais tarde um pouquinh o. o colégio eleitoral, Tanc redo Neves ga nhou , mas não levou. Como um mártir, não ass umiu a presid ência c acabo u morrendo, deixa nd o em seu lugar o mara nh ense José Sarn ey, qu c até hoje est,í aí. E o Rio, depois de tantas histó rias, fin alm ente voltou a escolhe r o se u comandante, de forma dircta. Elegcu Saturnino Braga. Com esta co nfusão políti ca , tod os te m os qu e lembrar qu e, cm m enos de quatro m eses, Bri 7.ola, Darcy Ribeiro e O sca r N icm eyc r rea li za ram o sonho da casa própria do sa mbi sta. O desfil c de 1984 foi no Sa mbódromo, neologismo criado para identifi ca r a dcfiniti va Passare la cios Des fil cs. Cro nologica m cnte, a prim cira ca mpeã foi a Unidos do Ca bu ç u, porqu e, po r ser dc um grupo menor, e ntrou na ave nida antes da Man gucir,l, super-ca mpeã daqu ele ano. E, na motivação dos três mosque tciros do Sambódromo, outros dcz, estes pres id entes de escolas de sa mba, c riam , em 24 dc ju lh o de 1984, a Liga Ind epend ente. Quem foram eles? Vamos lá: os líd eres de Sa lguciro, Bcija-Flor, Capri chosos de Pil ares, Impcratri z, Impéri o Serrano, Mangueira , Mocidade Indepe ndentc de Padrc Miguel, Portela, União da Ilha e Unidos de Vi la Isa bcl. Mas nem só de alegria vivemos na década de 80. O Plano Cru zado, dos fisca is do Sarney, mobili zou o país, foi um sucesso "até a página li' e logo nos deixo u a vc r navios. O Ed ifício Andorinha, no Centro do Ri o, in cendiou pouco depois do carna val, qu e perde u tam bém um de se us magos, Arlin do Rodrigues, em 1987, Parecia que não podíamos sorrir. Se em 1988 a Vila Isa bel ar rcbato u a Sa puca í com Kizomba , a irreverência de Chac rinh a passou a ser apenas sa udade. E ml virada do ano ainda ti ve mos qu e rir

lt)"" \

111 ila I,ahclconl]lll'rctl ~<lp"caí II illt Ki;:oll1!Ja, C It.lcrillI1 ,1\ IITCICrellCl' 11,1\ 110\1 (lllh fO lld ll1CI1101I . \lld '\lll )l'~n', I' IL hroll~ lllll ' lltL' f)att'dll \/lJlIlhe (1r<1I11,1, II ltell lltL' OIUl rC)\IdceI hO.ll ' llllk 1II lltL' I{io 11 ,IILr\ , k,11 illg dO/L'II ' oi I icti1l1' lhe IL'dr I')"') he~~lIl ill l llO\lnlill~ hltl li illt llt e 1)[0111 i,e oI' '()lIIL' 101. \\c COllltl llClII I() le ror prc,idL'l11. \\mkcr I.ld'! Illkd lo defe<lllellWlld(l Co lIClI lk \lcllo . IItL I ()\lllg Itl llllcr () IIItL cmll lpl. Ilti, II ~I' <lI lh llle 111\1 01'.1 , criL" oI' dcll',lh l!t.ll 1I00 dd Ica r, !.t lcr , 1t~IJlL' lhL 1110\1 pop lll<ll' ple', idL'lll cI CI ill Ilte , 1()1I of Ikl/il. \11 1IIlcrh Ld)ld()ll' Iltclll(' for ;1111 '~llllh:1 , clj()()1, pcrh<lp'" Ih Imc ( 'ollm look ()fficL' ()ll \ b re It I::;, ll)<)' " hOl\L'1Cf, IIIL' IIlJlld ot lhidc 1I'i!, \lllpri,cel , m r.llltel , bC(':llllC lc" cl il II illt Iltc rcka,c Clr '\cI'Clll \ lalldc!.l , perlt ,lp' llle glcatl" , 1 polilil'al k.ldcI ill Illc rCl'elll hi,lm~ of lllc 2úlh CC Illlll1 . \Lllldl'LI, 11110 IctI IIIL' rCCOIe'l1 Ili lltlllll rCICII!,;C OI' rL'lo l1 oi ;1 COllll ll1 IhallClr IC<lr\ 011 Lllll lI a, dll Idcd , ill 2 la 1I JrI 11 cd lhe 1I 00Id hl cllll'linL;.1 ,oce'l l , I.ldiunl lo grec!C\L'I\O l1l' ill lhe fll,1 \\orld Socccr C up lo bc hcld 0 11 llte \flic<lll cOIl1 illelll. I he:;l \ C,lr, of \IllCriC,I" Di,c()\L'r\ li ,I' .1 ~O()eI rea,Oll for Ihc cOll1111Cllllo ee lcbralc,lllll 13r:l/il 11,1' 111l(kr!.; oil1~ lillles dOllht. \\ 'ltich 11,1, r,li,cd Il\ )3,llho\:l l,illl.l Sohrillho li ilh lhe rcqlle,l for l'rl',idl'llI Icm,llldo Collor\ il1llJelldlll/ellt (1101 illlpcdilllellt, blll pITcI,e" il"pe<lchlllClll ,Illd Im lhe 1'(\1 ofhi, lirc l: II; I ~ I'clt lighl II hl'1l he ,a lei 1!t.11 Br<l/rll<l1lS dOII '1 kllOlI 11<11\ I() \() Ic~ l'l'IlldJl" lo plOle' 11t<l1 clcl'llhillg hcrc eIH" ill c:l mil·,rI \ 'icl'pre\ide'11I ILlllwr I ranc() 100].; OI l'1 1>111 011 hl' I i' llln lhe p,lIdde , he 11.1\ \ I1 ' !J)PCc! I>c,idc d p'111I1-1c" IllOlkl! Comi I3r<l/il. d011'1 tle'pail , dOl1'lltidl' all.1 l , bllllill' alld k llill. rir

or


superar o drama do Batea u Mouche, barco que, superlotado, afundou no mar ca rioca, deixa ndo dezenas de vítim as. Se chegou com tristeza, 1989 prometi a alguma alegria. Voltaríamos a eleger um presidente. O operári o Lul a não venceu o jovem caçador de maraj ,ls Fernando C oll or de Mell o. Era apenas a primeira de um a série de derrotas que forj ariam, anos mais tarde, o mais popular presidente da hi stória do Brasil. Um tremendo enredo para qualquer escola de samba, não é mesmo? No di a 15 de março de 1990, o mundo lá fora levava um susto, ou melh or, to rnava-se um pouco menos mau, com a libertação de Nelson Mand ela, talvez o maior líder políti co do sécul o 20 . Ma nd ela, que coma ndou a rec uperação, sem reva nches ou revoltas, de um país que por tantos anos fi co u di vidido e qu e, em 2010, emocionaria o mundo ao entrar num campo de futebol para sa udar a tod os na primeira Copa rea lizada no contin ente africa no. Os 500 anos do Descobrim ento da América eram motivo de festa para o continente, mas o Bras il vivia momentos de incerteza. A entrega, por Barbosa Lima Sobri nho, do pedido de im/Jeachment (não adianta querer falar de impedim ento, fi co u im peachment e assim ser<Í por toda a vida) do presidente Fe rnando Coll or leva ntou a dú vida: será qu e Pelé estava ce rto quand o disse que o brasileiro não sabia votar? T~ll vez . Para prova r que tudo por aqu i aca ba em ca rna val, o vice Itamar Franco ass umiu o posto - mas veio ver o desfil e, e fi zeram fotos suas ao lado de uma mode lo sem roupas íntimas! Bras il bom quc não se abate, não se esconde, vive a vida do jeito que ela deixa leva r. Como hoje est,í moda a questão dos transexuais, dos Õ

banh eiros triplos nas quadras das escolas de samba (homens, mulh eres e CLTB, sigla vá lida até o di a em que este texto foi escrito), não custa lembrar que foi em 1993 que BilJ C linton, pres idente america no quc gostava de fum ar charutos com estagiárias, anul ou a lei qu e proibia a cntrada de homossexuais nas Forças Armadas do maior país do pl aneta. Sem disc riminação, como é o nosso ca rnaval. O-ba! Com um novo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Ca rdoso, começáva mos a pl antar as sementes da estabili zação econômi ca do país. Nosso dinh eiro mudava de nome como as escolas de sa mba mudam de rainh a de bateri a. C ruzeiro, C ruzado, C ruzeiro ovo, URV (este era dose, vamos combin ar), só para cita r algu ns. A ordem não importava. Difícil era entend er a quantidade de zeros qu c sumia com o qu e por encanto e expli ca r como o feij ão de ontem custava a metade do feij ão de hoje. E este FH C seria eleito, no meio dos ,mos 90, presid ente do Bras il. Derrotou Lul a, entre outros. Como o fari a de novo quatro anos mais tarde. Só qu e, se feste j,íva mos a matu ridade eleitoral, choráva mos a perda el e Ayrton Se nn a, na curva Ta mburell o, de Ím ola, num l ° el e Maio para ser csqu ecido. Para co loca r ordem na casa, por lá, C li nton fo i ree leito. E Ma ndela termin ou com o apartheid. O Ri o dc Janeiro tentava se r, pela prim cira vez, sede de uma Olimpíada. Ganh ou a vez anos mais I'ard e - e ago ra se pre para para 2016, sem esquece r qu e antes di sso, em 20 14, verá outra vez uma fi nal de Copa do M und o no scu Maracanã , que um dia foi o maior estádi o de futebol do mun do e qu e va i cncolh endo, obra após obra. Mas fica r,í UIll brinco, di zem. Pa rênteses, pausa pa ra um a das lembranças mais tristes el esta retrospecti va : o atentado terrorista a Nova Yo rk, <:ir

•...................... ...................................................................................................................................•

N

COMO NUMA AVALANCHE, DE REPENTE FOMOS ÀS RUAS PEDIR "DIRETAS JÁ!" -'

..:

> ..:

z

o: ..:

U

w

..:

SÓ NA CANDELÁRIA t ESPALHADOS NA PRESIDENTE VARGAS t FORAM MAIS DE UM MILHÃO. ERA A FORÇA DO POVO NAS RUAS •...................... ...... ................. .................................... .... ... .................................................................•

co

L

..:

'"

º o:

'l()da) lhe Irilllsgender 1<1,111011 i, 11 I 10gUé. IriplL \\,I, h roOlllS III lhe )dlllba ,c l1Ool qUdrllls (111ClI IIOlllLll.!IH I (;[ 11l). ,Illd In~ ,11C1lddll 'l fOlgc l Ihal ill 1l)9 ~ 13111 C111t!oll /\1 lllT IGlIl Presidclll, \l IlO ell jO) etl ' lllOkJl lg t' lgar, II IIh Irainees. GJllCclcd Ill c \;11\ Ikll ballll cd hU IIIUSC\lwl s hUIll Ihc \nned hnccs ill thc grealc,1 l ()llll lr~ UJI carlh \'0 dis u il1llll,lti oll.likc our l arnilal. () h,, 1 V\ Ilh a ne\\ I, 1ll,111lC IlIllmlll . ICllldlldu I ILl JlILju<.: C,ncl lJ\o III begiJlI lo SO\I Ihl . . culs oi Ill l l OIJlI II I ,elO' Jlolllic slahili/al ioll Our IllOII C\ cll .l llgcd Ih II<II IIC likc .,;Ill1h;l sc lJ()o], chclllt;l' Ihl pll\ IIssioll qlllTIJ. Cru.::"ilCi, C rll_aclo. ('rtl _t'I/U \(J1U ( {({~t' lm /{('a l ,llld ( /( 1 (I). to IlILll liol 1 I IL I I hL In du chdll 'l Ill<llkr 1111 ,1'1 h.lI d cllOugll lo ulld elslallcl Ihl' qllalltill oi /e lOS 111.11 dl,ap-

pealed a nd to expl ail1 11011 \ es te rela ~ 's bcam lo,1 half lh e pl iec 01 bea llS 1 0 el ,l ~ '\lld in lh e IIJld-H.)l)OS thi s I, 11 (. lI as elecll'd I'residcI11 of Bra/ il. IIc dcfca lcd Lula alld olh er.... .\ . . he lIa, lo do ,lgaill IOUI year, laler. J.<: \ccpl thal, II hilc ce lcbl ai iIlg declarai llIaturit), II c Ilcpl for lhe loss of 1\ ) lloll \elllla 01 1th c I~Jlllbllrell() co mer ill 111101a, 011 i\l ay 1St. lIl'ILI lo be forgoll clI . ( IJllIoll \1<1', re elcclL:d olt'r Ih cre to pul lhe hou\e 1I1 <>Idcr \Ild \ hllld ela Ilul ali eml lo a!)(/rlh eicl. Ri o tIe JallcilO 111 ack d fir, t allclllpl lo hosl lh e OI ) 11Ipic Ca ll1es. 1I \\011 )Cal, latel dlHlllOl1 i, gellill g Icach for ::lo16, bul 1101 lo lorgcl thal bdOrl Ihi .... 111 ::lOI-+- II c' lI 'cc ,JllOth el \\ OI ld SOClcr Cu p lillallll its Maraca llã . . ladiulll - OIlCC lh e II(lIld's \;ll gcsl socee r slaJiullI .lll d 11 011 , Inil d,i ng <:ir


ESSE CARNAVAL VOCÊ VAI ASSISTIR DE CAMAROTE E EM ALTA DEFINIÇAO.

f "

A High End, especialista em projetos de Home Theater e automação, em parceria com a Net, estará na Sapucaí onde os convidados do Rio Samba e Carnaval poderão curtir todos os detalhes da maior festa do mundo com muito mais conforto, tecnologia e alta definição.

I

N o

T

MUNDO É DOS NETS

fi

~

carnavãI

Disponível rede Wi-Fi em megavelocidade.

Bloco A

Grupo 201

Tel. : (21) 3325-9500

II

CasaShopping

Barra da Tijuca

Rio de Janeiro

RJ

www.highend.arq.br

~casa

l!!IPrelt11.ilWrn


Ivo Gonzolez / Agência O Globo

LULA CHEGARIA À PRESIDÊNCIA, AFINAL, EM 2003. E GOSTOU TANTO QUE FICOU POR LÁ ATÉ 2010, SEM VER, PORÉM, A NOSSA SELEÇÃO BRASILEIRA

SER CAMPEÃ DO MUNDO, COMO ACONTECERA EM 1994 E 2002 •... ............................................................................................................. ....... ......... .........................•

Õ

N

-'

<[

> <{

z

'" <{

U

LU <[

<Xl

L <{ <I)

º o:

em 11 setembro de 2001. Pronto, es téí registrado. Vamos em fren te. Lui z Inácio Lula da Silva chega ri n à pres id êncin, afin al, em 2003. E gostou tanto qu e fi cou por lá até 2010, scm ver, porém, a nossa se leção bras il eira ser ca mpeã do mundo, como acontecera em 1994 e 2002. Coisas da vida. Co mo também fazem parte da vid a as recentes descobertas genéticas e a tentativa do hom em de dec ifrar o DNA. Coisa qu e um carnaval esco levou para a Sapu ca í num jeito novo de fazer ca rn aval. Revolucionou, como revo lucionári a tam bém foi a construção da C idade do Sa mba, em 2005. E, se o novo espaço do ca rnava l logo se in corporo u à realidade das esco las, a novidade do artista dcmorou a se r compreendida. O título de Paul o Barros em 2010, esperado há ta nto tempo, está aí mesmo para não me deixar mentir. I:: este é sempre o grand e barato neste Ri o de Janeiru de tantos ca ntos e enca ntos. Por mais qu c dcmore, por mais qu e se du vide ou espere, se mpre haveréí um fin al fe li z. C om o esta com emoração dc 40 ani nhas da Rio Sa mba. Da mulata anônima (na capa) de ontem às modelos el c hoje (também na ca pa) sempre houve c haverá espaço pa ra todos. Porque ass im é o ca rn aval.

*

\I orl, ,Iflcr lI'orl s. Bul Ihel ,a~ il II ill bc ;1 jell'c l. .\11 ,,~iele: lJ<lu,e ror onc: of lhe sadel C:'i l Illemorie, of thi , rclro, peclil"C: lh e lerrori sl ;lll acK 011 \leI" York 011 Scplelllher ll . 200 1. No\\' 011 IH: ljO. l.ul a lI'a, finalh- presidcnl in ~oo ). Il e cn jol"l'd il \0 I1lu eh Ikil hc Sl;l) cel un li 12010, bul \I ilh oul sceing our Brat.ilian sqlwllh c \\'orlel c halll pi on as in 1994 ,lllel 20m . .\l1 d ,molher "'Ix~cl of life i, lhe reeel ll ge ncli c discol'eries ;llld human clld cal'ors lo decil)her lh c D' .\. SOlllcthing lhal OllC carnil'al arti sl lool illllOl',llil"Ch lo Saplle;lí for C<lrni "a !. I k \I'a, ljlOlI llclbrca lillg, a, " 'as Ill e blli lcl i'lg of lh c Sam!Ja Cilr ill ~oo ) , '\11(1 , ,1II1lOlIgl, lh c Il C\l camil'; lI ' 1)<1ec \I',IS illllll l'd ial cl; added lo Ifl e SC I1001,' 1"l',lIilY. il l'<lIl 'l bc said of lh c mlisl's ne\l concep!. Th e long-;I\\a iled Ch;llllpionship of l'<llIl o Harros in 2010 coniin m " 'hal l ,,,ido Alllllhi s i, ,1I \1,1\'s lh e bi g de.lI in lhi .. Rio de Jane iro of llla1l\ a sOllg and clt: li gh!. 11 0\1 eler long il lakcs, ill dOllIJI or 11Ope. lh erc \I ill <lha\\ be a Iwpp\ cn clim;. I.ike lh is 40.lem COllllll clllor;llion of Hio Sam!Ja . I' rolll lll e ,IIl O1l\. lllOU' Illlllalla cO\cr girl of ycs lerl c;lr lo loel;l\'s abo cOlcr-girl Illodel, lhcre has ;Illcl \I ill ,Ii\l ,I\S bc ro0 11l ror elellOllC. lkC< III \C lh ,ll\'" h,,1 carnil'al is ;11 1abolll.

*


®

Somos Pentacampeões no quesito seguradora oficial do Carnaval do Rio de Janeiro. Pelo 5° ano consecutivo, a MAPFRE Seguros é a seguradora oficial do Carnaval do Rio de Janeiro. E tudo graças à proteção especial do Seguro MAPFRE Multirisco Eventos. São mais de 30 tipos de coberturas oferecidas por este seguro, que vão desde situações climáticas adversas até cancelamento do evento. A MAPFRE Seguros é assim: faz diferente para estar sempre presente.



JORNALISTA E SOCiÓLOGO, BRUNO FILlPPO É UM DOS MAIORES CONHECEDORES DA HISTÓRIA (E DAS HISTÓRIAS) DO CARNAVAL CARIOCA. NESTA CRÔNICA,

ELE CONTA CO M O A IMPRENSA FOI FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DA FESTA .e .. .. .. .. .... .. . .. ..... .. ·· . ·· · ···· ···· ·· ··· ··· · ·· ·· · ..... . ... . .. .. .. .. .. .... .. ... ... . .. . .. ....... . .......... .. .. ...... . ... .. .. ..... .. .. .. . .. .. . ... . .. . .. .. . ..... ..... .

P

ARA CONTAR A HISTÓRIA do carn ava l do

Rio de Janeiro cm gera l, c das escolas de sa mba em cspecíFi co, dcve-se folh ear págin as e mais páginas dc jornai s c de revistas quc, acostumados aos alaridos di ,írios das redações, semprc transformaram cm manchetes o so m que vinha das ruas. Quand o ,1 imprensa cra um sin ôn imo apcnas dc jornal, sem a qualifi cação "escrita, falada e televisa da", a difercnciá-Ia do riíeli o e da tclevisão quc ainda não cx isti am, sen ·ia-Ih e o ca rn ava l para aprox im,í-Ia elas massas, isso num país cuj a leitura de jornais era, e de certa maneira continua sc ndo, um pri vil égio el c poucos. À época elas grand cs sociedadcs e dos bail cs de máscaras, entTc a segunda metade do sécul o 19 c o início do sécul o 20, os jorn,lis se comportava m ora como combatentes de uma gucrra ideológica que prcgava o pad rão ca rn ava lesco curopcu contra o ca rnava l a um só tcmpo popul ar e di onisí;lco das ru as, tido co mo bárbaro, in civilizado, indigno de um país que sc qucria na ponta da csca la cvolutiva da humanidadc (o ca rn ava l do cntrudo, dos corel ões, dos bl ocos c el c qualqucr coisa que lembrasse quc no Brasil havia povo, e que este também gos tava dc brin ca r o ca rna va l); ora serviam csses jorn ais à di vulg<lção do desfi le luxnoso e apolíneo das granel es sociedades, publi ca nelo em suas p,ígin as os chamados "pu fes'· , nada mais qu e resulllos do qu e clas iri am ,Ipresentar durante o el esFil e. Não raro, os pufes cram esc ritos por grand es nomes ela lit·eratura naciona l, com o José de Ale nca r. Qllando os ranchos alca nça ram enorme visibi lidade, no início elo séc ul o 20, a situação era olltra: os jorna.is da va m apoio, com elltu sias mo, abrind o-lh es as port·as da redação, di as antes do ca rnava l, para a ex ib ição de se us estandartes. A Figlll"a do crollista de C<ll"na\'a l, prescntc na imprensa desde mca dos do sécul o 19, foi fun da mcntal para esta mudança de atitud e da imprcnsa ante um folguedo elc ori gelll popular, mas de ca ráte r di scipli naelo. Do ranchos ~I S escolas dc sa mba, o protago ni smo da imprensa no ca rn ava l do Ri o elc Janciro só fez crcsccr: foi Ch1 que1{1 cri ou O prinl ciro concurso dc csco las, em 19V. O jor- nal O M undo Esportivo (de propr icdad e el c Mári o I,' ilho, qu c .. se consagrou como 11m elos monstros ela crô ni ca esporti va bra~....._il.... eira), para sll prir ,I ausê ncia dc noti ci,íri o dc csportc IICSt,l época do ano, cri ou entJo ullla compcti ção cntre as esco las, vencida pcla j\"langueira. Coube, \·c ja só, ao 1\ TlIndo 1';sIJorlil'O ""'estabelece r o regulam ento c orga ni za r o cvcnto. A 1ll,ln chete do jornal no domingo ele ca rnava l foi esc ri ta pelo irmâo de M,í ri o Filh o, o jovem jo rn alista Nc lson Rodr ig ues, t:ír

(RE)TURNING TH E PAGES JOllmalisl (md sociologisl

Brt/11 0

Pilippo is lodo\' one of lhe tolJ experts on lhe histor\' al/d anecdoles ofRio ca mival. In lhis chrollicle, he tells ho1l' lhe IJress 1I'as lh e key lo lhe success or lh e sho1\' To tel\ th e Q\·cra ll history of Rio de Janeiro c,uni\·'11 anel ~ peciFicall)' of the samba schools, we mmt sift throu gh pages and page of newspapcrs andmagaz ines . The preS5, accustomed to th e dail" hue and cry oFthe news desks, has alwal's maele th e sounel anel rumor from the streets their heaellines . \\fh en th e press \\"as 5)"nOn) ma us only \\'ith nell"spapers, without th c ·'written, spoken anel tc levised" titl e, to distingui h it from the r,ldio alld as ye t non-cxistent telel'isioll, it lI seel ca nli\·al to bring it lose r to the masses, in a cOllntry wbere re,lel ing newspapers was, "md to a ce rtain c'\l cnt sti ll is, a pril'ilege of thc fe\\". At th e tim e of the granel soc ieties ,lllellllilskeel ball s bct\\"een th e sccond half of th e 19th aliei e arl~ 20th ce nturi es, newspapers sometimcs be haved as Fighters in an idcological \\'ar, preac hing th e traditional Europe,m carnival agaimt th e one and th e sa mc folk and Di onys ian , tree t ea rnival, co nsidered b,lrbarian, un civilizeel , un",orlh y of a cOllntry thal stri vecl to be in th e forefront of human evolllti on (th e carnival of cntrlld o, co rdões, blocos anel anything that might givc the id ca that th ere were COllln1011 peop le in Bra zil and th at th ey too enj oyecl ca rni\'al); anel 501lletilllCs th e newspapers \\·oldd publicize the Apollonian ,md IlIxury parade of th e grand societi cs, thcir pages publi shin g snippets (pufes) on ",hat they ",ou lei prese nt eluring th c p,naele. Tt \\"as quite cOllllllon for these nippets to be \\" ritten by top name\ in Bra 7. ili an litera turc, for eX<llllpl e José de Alencar. In th c early 20th centur)' when th e ran chos beca11le extremei)' popular, th e sitllati on cll<l ngcd: th e newsp,lpcrs gn\"(' th eir enthllsias ti c \lIpport, opellin g IIp the ne\\·s clesk doors chl)"s beforc c<l rni val to di spl ay th eir bann ers. The comtant Figurc ofthe c<l flli va l colulllni st ~ in ce lhe 19th ee ntm}' \\'us fllnelament ,ll for this ch<lnge in the attitude of lhe p res~ tn\\·ards th e lo\\e r cla" but di~clplineel re\·clr\'. FrOIll ranchos to s<lllIb,1 \c 11001s th c protagonisnl of th e prcss in ca mi\·al continued to gro\\": it creatcd the Fi r~t sa mba 5c hool cOlllpctition in 19)2. 'I he nc\\spapcr O I\lundo ESIJortil'O (o\\"nccl b~' rvl,lrio i"ilho, 1~1111 0 11 S <lS onc of th e top Bra7 ilian s port~ co llllllni st,l. in ordcr to fill the hlck of ~ p o rh ne",s at th,lt tim e of th e \'ea r. created a contes t bct\\'een thc sa mba se hools, \\·on b) \Iangueira . It's had to be lic\"(' that th e ro le of \ Tunda Esportil'O \\"as to set th c rcgldatiom ,lllel organi7e the e\·cnl. T he nc\vspaper"s heacllill e on C mni\·'11 SlInda)· \\"as \\ ritten b\ ~ lario Filho·s broth er. the \"()lln~ jounl<l list Ne lson Roelri guc" later to bccollle ,In extraordl nary \\Titer. play\\'right and Bra7ilian sports co lumni st. He \\"rote in Illetaphoric,d languagc on the co nt ro\'e rs~ ' about t:ír

Õ N


I

o N

...J

~ « z «

'"

u

LU

«

aJ ~

«

'" '"º !l>

\\" hclhcr lh e samba hael ori gil1alcd rrom Lh e hill s l \l1ll ~ or posteri orm ente um extrao rdin ári o esc ritor, dramaturgo c crolhc cily: "'!'h c \·ibranl sO lll of the hill slul ns \V iII el csccnd lo ni sta esporti vo bras ileiro. Dizia ele, em lin guagem metafórica, th c cil y slrcc Ls." antes da polêmi ca sobre se o sa mba havia nascido nu morro ou T hc ncxt fclV )'ean" c\·cn aner lh e p,Jr,ldcs \\"crc Illael e ofna cidade: "A alma sonora dos morros descerá para as cidades." fi cial hy lhe loca l govc rllm cnl of lh c lh cII Federal Di slri c l, Pelos anos seguintes, mesmo depois da ofi cialização dos lhc press slill playcd its rolc in orga ni zing and supporl lng desfil es pela prefeitura do então Distrito Federal, os jornais lhe schools in ils pages, actuall y crcaling awa rd s, such :IS, continuaram em seu pape l de orga ni za r e apoiar as escoh1 s em for cxa mplc, '·Sa mba C ilizC II " anel HQ uccn of lhe Samba". suas p,íginas, criando inclusive premiações, como o "C idadão Th e imporlance of Ih c press aI lhall ime of lh e cmerSa mba " e a "Rainha do Sa mba". gc nce and stabil izati on of lh e samba sc hools, IVh cn th e A importância da im prensa naq uelc momento de surgirallchos and grand soe icli cs bega n th eir sIo\\" dcc lin e, is mento e firma ção das escolas, quando os ranc hos e as gra nd es mll ch morc than lh e pi oneerin g spiri l or crcating and orsociedades entravam em lento dec líni o, é bem maior do que ga nizing paradcs: in ils pagcs rca d by th e Bra zilia n elitc, o pion eirismo de criar e organ iza r os desfi les: em suas páginas, sa mba artisls and olh cr ce lebri li cs of Lhe samba sc hool lidas pela eli te brasil eira, passaram a pon tificar sa mbistas e ouuni\'crsc noll' pontifi ca Led. T hc)' conseqncnll)' pla)'ed a tros perso nagens do uni verso das escolas de samba. Com isso, exerceram um papel dc mediação entre dois un ive rsos sociais mediating role bclll"ce ll llVO socia l univcrscs Lhal lh e city - lhe n divid ed - \Vo ul d cventuall)' bring closer. Th c ri se que a cidade - j,í partida àquela época - viria a aproximar. A of Lh e samba sc hools and sa mba as a Illusical gem e acasce nsão das escolas dc sa mba, e do samba co mo gê nero musicompani ed lh c de\·clopm ent of nc\\· ca l, acompan hou o desenvol vim en to de novos mass media in Braz il, II'hi eh bcgan meios de comuni cação de massa no Bras il , que • "",,,,,,.,,,,,, .. ,,,,,,.,,,, ... ,.,, .• to di ssemina le Ih em - rad io, spokcn passaram a difundi-los - o rá di o, o cin ema faNESSES 40 NÚMEROS, mo\·ics, lhc phonographi c indush"l' lado, a indústria fo nográfica e, posteriorm ente, anel event\lall)' lelcl'ision. This \\"as a televisão. Foi esta indúsb·ia cultural que, proA RIO SAMBA E movendo a difusão da música de ca rnava l, de a cultural indu s tr~ ' lh at, by pro lll OtCARNAVAL RETRATOU in g lh e diffu sion of carn iva l lllusic, ca ntores popul mes e da estéti ca do ca rn ava l, BEM A TRANSiÇÃO popul ar singc rs and ea rn ival acslhclpropiciou a construção id eológica segundo ics, helped build th c id cology lh at a qual o Bras il , mesmo com suas dimensões DO CARNAVAL AINDA contin entais e com sua dive rsidad e cultural, é Brazil, even lVilh its con ti nental size AMADOR DAS ESCOLAS and cul h nal dil'ersily, is apprccialcd entendid o como o país do sa mba c do ca rnaAO PROFISSIONALISMO as lhe coun lry of sa mba and carnival. val. Mas estes novos meios de comun icação, se mass ifi ca ram o ca rnaval e sua música, não DA ERA SAMBÓDROMO Bu Lth esc new cOlll lllun ica Li on media, e\'cn if th e)" mass pro duccd ca rnisubsti tuíram o pape l de jornais e de revistas na 1l1ediação cultural. • .................................. . . . .• vaI and its 1ll1lS ic, did not repl ace thc Quando a nio Samba e Carnava l publi cou seu primeiro ncwspapers andmagaz ines as cultural Illcdiators. Wh en Rio Samba e Carnaval publ ishcd its first nUlllnúmero, em 1972, a televisão (que justamente naquele ano ber in 1972, te lel'isio n (whi ch I·hat sa lll e )'ea l" madc ils first faria sua primeira trans mi ssão em cores no Brasil ) começava broadcasl in color in Braz il ) bega n in fac l Lo transform th c de fato o processo de transforma ção dos desfi les das escolas de sa mba em um espet,ícul o. Ao passo que as escolas cresciam sa mba sc ll ool pa rades inlo a sho\\'. Th e marchinhas , C<1fe os desfil es org,lll izav,l m-se paulatinam ente, declin avam Ili val samba and strecl dcc li ned as th e sa mba sc hoo ls grew bigge r and the parades graduall )' becallle lllore organi zccl. as marchi nhas, o samba de carnaval e o ca rnaval de ru a. O Th e s,l lllba-th eme was now the SOllrce of carn iva l music sa mba-e nredo passou a se r o fi lão da música ca rnava lesca, e as escolas de sa mba, o que de mais fe éri co o Brasil era capaz de and the sa mba sc hoo ls wcre the Illost magical that Brazil could produ ce in 3uel iovisl1<11 evcnls. The relati onship beproduzir em matéria de evento audiovisual. Mudava, então, a lween th e press anel ca rni va l changed: mcdiation W<l S no relação en tre a imprensa e o carnaval: j,í não era necess,íria a longe r rcql1 ireel but disseminali on more th an el'er. mediação, mas, ma is do que nun ca, a divulgação. tn lhese +0 nUlllbers, Rio Samba e Ca mavalm agazin c Nestes seus 40 nú meros, a revista Hio Samba e Carnava l has clearl y porlrayeel this change . fts co \l ection is an excurtem retratado bem esta mudan ça. Sua coleção é um passe io sion [rom the transilion of lh e earl y amatcm carn iva l of th e pela transição do ca rnava l ainda amador das escolas qu e desfilavam na Ave ni da Pres idente Vargas ao profiss ionalismo ela schools that paraeled down Pres idcnte Vargas AVelll1 e to thc professionalism of thc Samllac\rome cra ; frolll lh e suera Sambódrom o; da supremacia das escolas de sa mba ao lTiunfa l retorn o do ca rnaval de ru a e das marchi nhas. Em prema cy of thc samba sc hools to the triulllphal return of strccl cmniva l and the ma rchin lw s. fts pages highlighl Rio suas p,íginas, é o Rio de Janeiro, cidade cosmopoli ta e condc Janciro, this coslllopolilan anel contradi clory cit)'. No\\', traditória , que se sobrcssa i. Agora, 20lJ, quando tanto se di z 2011, wh CIl so mu ch is sa id about lh e city's restored se lfque a cidade es tá recupera nd o sua autoes tima, podemos confid cnce, wc C<ln scr tlr al Rio Sam ba e Carnaval alw<l l's constatar que a Hio Samba e Carnava l n\ln ca fez outra coisa el id so mu ch lo boost its self-esteelll . senão mantê-I;] clevada.

*

*




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.