NOSSA GRANDE FESTA SERA NA AVENIDA Neste ana de 2003 teremos urn Camaval Especial para os Salgueirenses. A Academicos do Salgueiro comemora seus 50 anos de fundayao. Sao anos de gloria, dedicayao e amor do povo da comunidade do Morro do Salgueiro it sua escola de samba. A cad a desfile desta agremiayao, durante todo este tempo, fizemos historia nas Passarelas do Samba durante as apresentayoes ao lado de nossas coirrnas. Neste camaval, sera na Marques de Sapucai que chegaremos ao "ponto maximo" desta festa. Para isto, nos da presidencia, com a ajuda de nossa diretoria, dos cam~valescos e de toda Nayao Salgueirense, nao estamos medindo esforyos. Queremos, atraves da retrospectiva ?-esta caminhada sambista, conquistar o campeonato. Para isto, contamos <10m voce que torce e acompanha os marcos do GRES Academicos do Salgueiro que.consolidaram 0 slogan Nem Melhor, Nem Pior, Apenas uma Eiscola Diferente.
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Waldemir Garcia, 0 Miro Presidente de Ronra e do Conselho Deliberativo do Salgueiro Waldemir Paes Garcia, 0 Maninho Presidente do Conselho Fiscal Luiz Augusto Duran, 0 Fu Presidente
UM MORRO GANHA VIDA ... E, DE SAMBA NASCEAACADEMIA A diversidade religiosa do morro do Salgueiro se manifestava em seus dois padroeiros: Sao Sebastiiio e Xango, enquanto a vida social ia se forrnando em torno dos gremios recreativos e das famosas tendinhas, ponto de encontro dos moradores. Entre urn gole e outro de cerveja e cachaya, de incontaveis parcerias musicais. Carnavalesco por natureza, 0 morro abrigou diversos blocos e tres escolas de samba: Unidos do Salgueiro, de cores azul e rosa, a Azul e Branco e a alviverde Depois Eu Digo, de onde surgiram figuras como Antenor Gargalhada, 0 portugues Eduardo Teixeira, Paolino Santoro, 0 ltalianinho do Salgueiro, Maria Romana, Nenem do Buzunga, Zeze, Doninha, Casemiro Calya Larga, Pedro Ceciliano,o Peru, Paulino de Oliveira, Mane Macaco. Nas tres escolas iam surgindo talentosos compositores, verdadeiros genios musicais, como Geraldo Babao, Guara, [racy Serra, Noel Rosa de Oliveira, Duduca, Geraldo, Abelardo, Bala, Anescarzinho, Antenor Gargalhada e Djalma Sabia. Homens que construiram uma obra original para as escolas de samba do morro. No desfile de J 953, a melhor escola do morro foi a Unidos do Salgueiro, que ficou em sexto lugar. Logo ap6s 0 resultado, muitos sambistas comeyaram a se colocar contra a divisao de foryas no morro. Foi entao que; no sabado, Geraldo Babao desceu 0 morro cantando a uniao das tres escolas: "Vamos balanyar a roseira, Dar urn susto na Portela, no Imperio, na Mangueira. Se houver opiniao, 0 Salgueiro apresenta uma s6 uniao, Vamos apresentar urn ritrno de bate,ria Pro povo nos classificar em bacharel, Bacharel em harmonia. Na roda de gente bamba, Freqiientadores do samba Vao conhecer 0 Salgueiro â&#x20AC;˘ Como primeiro em melodia. A cidade exclamara em voz alta: ,.. - Chegou, chegou a Academia!". , , Em 5 de maryo de 1953, a Depois Eu Digo e aAzul e Branco seuniram e fundaram 0 Gremio Recreativo Escola de Samba Academicos do Salgueiro, com as cores verrnelho e branco. Era 0 nascimento de uma escola que nao seria nem a melhor, nem a pior, mas apenas uma escola diferente. A DECADA DE 50 E OS PRIMEIROS DESFILES Em 19540 Salgueiro fez seu primeiro desfile, com 0 enredo Vma Romaria it Bahia, e conseguiu a terceira colocayao. Com 0 lema "Nem melhor nem pior, apenas uma escola diferente!", criado por Nelson de Andrade, 0 Salgueiro inovou e apresentou enredos que fugiam aos temas patri6ticos impostos pelo Estado Novo. Navio Negreiro, sobre a viagem de escravos para 0 Brasil, de 1957, e Viagem Hist6rica Pitoresca ao Brasil, sobre a missao do pintor frances Debret no Brasil, de 1959, sao qois exemplos da ousadia salgueirense. o ano de 1959 ficou marcado pela entrada de artistas plasticos na confecc;ao do enredo das escolas de samba, quando 0 pernambucano Dirceu Nery e a suiya Marie Louise criaram urn bela desfile que surpreendeu a todos, em especial a urn dos jurados: Fernando Pamplona, aluno da Escola de Belas-Artes. Convidado a produzir 0 carnaval de 1960, ao lado do casal Nery e do figurinista Arlindo Rodrigues, Pamplona propos 0 enredo Quilombo dos Palmares, em homenagem a Zumbi, seguindo uma tematica de exaltayao ao negro. Urn belo samba, a precisao da bateria e as imagens da Africa e dos Quilombos expostas na avenida encantaram a todos. Apontado como favorito, 0 Salgueiro foi proclamadocampeao, mas dividiu 0 titulo com outras quatro escolas.
Ano
Enredo
Romaria aBahia Epopeia do Samba Brasil, Fonte dasArtes Navio Negreiro Exalta9aoaos Fuzileiros Navais Viagem Pitoresca e Historica pelo Brasil (Debret) Qui lombo dos Palmares
1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960
Colocayao 3"lugar 4"lugar 4"lugar 4"lugar 4"lugar 2° lugar Campeao
ANOS 60: ANOS DE OURO PARA 0 SALGUEIRO Os anos 60 sao urn marco na historia do Salgueiro. Foi nesse periodo que a escola conquistou tres campeonatos, apresentou enredos e sambas memoraveis e contribuiu definitivamente para a mudan9a dos desfiles das escolas de samba.
o desfile de 1963 e uma sintese dessa dec ada. Neste ano, 0 Salgueiro apresentou uma nova personagem que estava amargem da historia oficial- Xica da Silva, uma escrava que viveu em Minas Gerais" Interpretando Xica, 0 Salgueiro introduziu uma personalidade no carnaval carioca: Isabel Valen9a. A inova9ao do Salgueiro nesse ano ficou tambem por conta de uma ala de 12 pares de nobres que dan9avam polca ao ritmo de samba: 0 Minueto de Xica da Silva. Quando terminou 0 desfile, ficou no ar a impresslio de que algo muito, importante havia acontecido no carnaval carioca. 0 resultado, Fcontestavel, nlio poderia ter sido outro: Salgueiro campeao !!! Uma nova vitoria foi desenhada em 1965, com 0 enredo Historia do Camaval Carioca Eneida, escolhido por Fernando Pamplona para <\desfile que comemorou 0 IV Centenario da Cidade do Rio de Janeiro. Nesse ano, Fernando Pamplooa teve comqajudante umjovem bailarino do Theatro Municipal: Joaosinho Trinta. Com urn desfile Hue fez toda a avenida vibrar, 0 Salgueiro alcan90u uma nova vitoria, a terce ira de sua historia. ~
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Apos alguns maus resultados nos anos seguiotes, em razao de crises politicas e financeiras , que fizeram com que Fernando Pamplona cunhasse uma frase - "Tern que ti[ar da cabe9a 0 que olio pode tirardo bolso" -, 0 Salgueiro escolheu aBahia de Todos os Deuses como enredo para 1969. Mas, o contririo daquilo que todos imaginavam, 0 Salgueiro veio forte na avenida, cantando urn samba ue se tornou inesquecivel (" ... Na ladeira tern, tern capoeira, zum zum zum zum zum zum, capoeira ala urn ...") cantado pOrlodo 0 povo em delirio.
Ano Enredo 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970
No Tempo do Aleijadinho o Descobrimento do Brasil Xica da Silva Chico-Rei Historia do Carnaval Carioca - Eneida Os Amores Celebres do Brasil Historia da Liberdade do Brasil D.Beja, a Feticieira de Araxa Bahia de Todos os Deuses Pra9a Ooze, Carioca da Oema
Coloca~ao
2° lugar 3° lugar Campeao 2° lugar Campelio 5° lugar 3° lugar 3° lugar Campeao 2° lugar
ANOS 70: UMA NOVA ESTETICA NO CARNAVAL CARIOCA A forya demon strada nos anos anteriores continuou na decada de 70. Em 1971 , 0 Salgueiro segue na tematica negra e leva para a avenida Festa para urn Rei Negro, enredo sobre a visita de principes africanos a Pernambuco. 0 sucesso do desfile come90u com 0 samba de Zuzuca. "... O-IeIe, o-l1i-Ia, pega no ganze, pega no ganza ..." era cantado por toda a cidade. A escola, toda de vermelho e branco, impressionou 0 publico e mais uma vez foi aclamada como cam pea do carnaval!
o
enredo escolhido por Joaosinho Trinta para 1974 foi 0 Rei de Fran9a na Ilha da Assombra9ao, tema que trouxe 0 irnaginario como contribuiyao para 0 carnaval e modificou de uma vez a tonica para os enredos. No barracilo, Joilosinho ia transformando em realidade 0 sonho do menino Luis XIII, que imaginou urn reino de Franya no Maranhao. Na abertura dos envelopes, favoritismo confirmado: Salgueiro campeao!
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, Com As Minas do Rei Salomao, enredo de 1975, 0 Salgueiro levou zebras, camelos e piriirnides, elementos ate entao ineditos no des file, alem de muito brilho, cor e efeitos visuais para a avenida. Urn luxo jamais visto que causou urn grande impacto. 0 Salgueiro conquistava seu primeiro bican eonato. A partir de 1976, com a saida de Joao, uma crise se instalou na escola, mas urn fato marcou esse ano: a inaugura9ao da quadra de ensaios, em 3 de outubro de 1976, na rua Silva Teles, Andarai.
Ano Enredo
Coloca980
1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980
Campeao 5°lugar 3° lugar Campeao Campeao )olugar 4° lugar 6°lugar 6°lugar 6°lugar
Festa para urn rei negro Minha madrinha Mangueira querida Eneida, amor e fantasia OreideFranyanaIlhad'Assombrayilo ' As minas do rei Salomao , Valongo Do cauim ao efo, com moya branca"Pranquinha Do Yorubaiduz, a aurora dosdeuse.s 0 reino da mae natureza contra 0 refdo mal No bailar dos ventos, relampejou,mas nilo choveu
AN OS 80. UMA DIFiclL DECADA PARA 0 SALGUEIRO Os an os 80 nao foram dos melhores para 0 Salgueiro. Passando por crises financeiras, a escola nilo tinha praticamente nada e contou basicamente com a forya e a garra de seus componentes, diretores e torcedores. o enredo de 1980 - No Bailar dos Ventos, Relampejou, mas nilo Choveu - parece ter sido premonitorio para os anos que se seguiram. Ainda assim, durante essa decada, mesmo com muitas dificuldades, foram varios os momentos de brilho em alguns desfiles em que 0 grito de "ja ganhou" ecoou nas arquibancadas.
Salgueiro, Minha Paixiio, Minha Raiz 50 Anos de Gloria Um Morro Ganha Vida Principio do seculo xx no Rio de Janeiro. Das lavouras de cafe a fabrica de chitas, aos poucos um morro no bairro da Tijuca vai se transforrnando em lugar de moradia para migrantes e escravos. Muitos se diziam seus donos e 0 morro era ainda, um morro sem nome, 0 que perdurou ate a chegada de um portugues chamado Domingos Alves Salgueiro. Crunerciante e dono de uma fabrica de conservas na Tijuca, Domingos era tambem proprietario de 30 barracos no local, seu nome entao virou referencia e designayao do morro, que pas sou a ser conhecido como morro do Salgueiro e comeyou a ser procurado por varias familias, vindas de Minas Gerais, interior do Estado do Rio de Janeiro, Sui da Bahia e Nordeste. Sao essas pessoas que comeyam a dar vida ao morro, construindo as primeiras casas, os primeiros barracos e transforrnando a pedra bruta e inanimada em lugar de moradia. De suma importancia para 0 dia-a-dia do morro foram as famosas tendinhas, algumas ganharam fama, como a de seu Neca da Baiana, de Ana Bororo, de Casemiro Calya Larga ou de Anac1eto Portugues entre outras. Pontos de encontro dos moradores locais de discussoes sobre politica, futebol e samba onde, entre urn gole e outro de cachaya surgiram incontaveis parcerias musicais. Novas culturas, habitos e costumes trazidos pelos migrantes de outros estados foram sendo incorporados no cotidiano dos habitantes do morro. E em meio a essas manifestayoes folc1oricas, 0 caxambtl, danya vinda do interior de Minas Gerais e do Estado do Rio de Janeiro, se destacou tomando-se a principal manifestayiio folc1orica absorvida pelos salgueirenses. 0 morro do Salgueiro ia ganhando, pouco a pouco, uma vida social lapreciada nos Gremios Recreativos: Cultivista Domin6 e Sport Club Azul e Branco e tambem no Cabare do Calya Larga com seus bailes danyantes com mllsica ao vivo .
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A diversidade religiosa tambem se manifestou no Sjllgueiro. Na sub.ida do morro, 0 cruzeiro passou a ser um local de agradecimentos, velas acesas para as almas benditas, flores, ex-votos de promessas a pagar, os terreiros de umbanda e candomble e as benzedeiras com suas ga;"'afidas curadoras, banhos de limpeza e rezas localizadas. - Eta Salgueiro!, morro de dois pall'roeiros, Siio Sebastiao e Xango, senhor das pedreiras, estende teu vermelho e branco e pede passagem ...
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...E, de Samba em Samba, Nasce a Academia. ,. Vamos embalant;ara roseira, Dar um SlIstO na Porte/a, no imperio, na Mallgueira. Se hOllveropilliiio, o Sa/glleiro apresenla lima s6 ulliiio, (.. .)Na roda de genie bomba, Frequelltadores do Samba Viio conhecero Salgueiro Como primeiro em melodia. A cidadeexclamaraelll vozalta: - Chegoll, chegouaAcademia/ " E foi assim que, num Sabado, Geraldo Babiio desceu 0 morro cantando a uniiio das tres escolas: a Unidos do Salgueiro, das cores azul e rosa, a Azul e Branco e a Auviverde Depois eu Digo, que tiveram como figuras principais, Antenor Gargalhada, 0 portugues Eduardo Teixeira e 0 italiano Paolino Santoro, 0 " italianinho do Salgueiro". A ala de baianas abrigava personagens como as jovens Maria Romana, Nenem do Buzunga, Zeze e Doninha. Nas tres escolas iam surgindo sambistas talentosos como: Pedro Ceciliano, 0 Peru, Paolino de Oliveira, Mane Macaco, Geraldo Babiio, Guara, tracy Serra, Noel Rosa de Oli veira, Duduca, Geraldo, Abelardo, Bala, Anescarzinho e Djalma Sabia que com suas canyoes inspiradoras fi zeram com que 0 Salgueiro passasse a ser respeitado por todas as demais escolas de samba. Lider no morro e bem articulado politicamente, Joaquim Casemiro, mais conhecido como Calya Larga, organi zava as rodas de samba, passeios, piqueniques em Paqueta e tuda 0 que Fosse possivel para unir a comunidade do morro.
E foi nesse clima de uniao que os componentes e baterias das tres escolas juntaram-se, somando as cores das bandeiras, fundando em 5 de marvo de 1953 0 Gremio Recreativo Escola de Samba Academicos do Salgueiro, com as cores vermelho e branco, combinayao de cores que ja era quebra de tabu, uma vez que naquelaepoca todos achavam que "crioulo com roupa vermelha pareciademonio".
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Inovando sempre, 0 Salgueiro mudou 0 carnaval carioca apresentando enredo que fugiam aos temas patri6ticos impostos pelo Estado Novo. Navio Negreiro, sobre a viagem de escravos para 0 Brasil, de 1957 e Viagem Pitoresca e Historia pelo Brasil, sobre a missao do pintor frances Oebret no Brasil, de 1959, sao exemplos da ousadia salgueirense. 0 ano de 1959 ficou marcado tambem pela entrada de artistas phisticos convidados por Nelson de Andrade para que criassem e desenvolvessem enredos para a escola, foi quando 0 pernambucano Dirceu Nery e a suiva Marie Louves criaram um bela desfile que surpreendeu a todos, em especial a um dosjurados, Fernando Pamplona, alimo da Escola de Belas Artes.
o Salgueiro Canta a Liberdade Convidado para produzir 0 carnaval de 1960, ao lado de Arlindo Rodrigues, Pamplona propos 0 enredo Qui/ombo dos Palmares em homenagem a Zumbi dos Palmares, lider negro e figura it margem da hist6ria do Pais. Seguindo uma tematica de exaltayao ao negro, com um belo samba, a precisiio da bateria e as imagens da Africa e dos Quilombos expostas na avenida; o Salgueiro encantou a lodos. Apontado como favorito, conquistou 0 seu 10 titulo e nao restava mais duvidts de que uma nova estetica havia sido criada nos desfiles de escolas de samba do Rio de Janeiro.
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Anos Dourados para 0 Salgueiro
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Os anos 60 sao um marco na hist6ria do Salgueiro. Foi nesse periodo que a escola conquistou tres campeonatos, apresentou emedos e sambas memoniveis contribuindo definitivamente para a mudanya das escolas de samba.
o ddsfile de 1963 sintetiza essa decada, quando 0 Salgueiro apresentou um novo personagem amargem da hist6ria oficial - Xica da Silva, uma escrava que viveu em Minas Gerais. lnterpretando Xica, introduziu uma personalidade no carnaval carioca:Isabel Valenya.
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Salgueiro
Uma nova vit6ria foi conquistada em 1965, com 0 enredo Historia do Carnaval Carioca - Eneida, escolhido por Fernando Pamplona para 0 desfile em comemorayao do IV Centenario da Cidade do Rio de Janeiro.
"Tern que tirar da cabega 0 que nao se pode tirar do bolso ... " Ap6s alguns maus resultados, em razao de crises politicas e financeiras e ao contrario daquilo que todos imaginavam,o Salgueiro escolheu Bahia de Todos os Deuses como enredo para 1969. Cantando um samba inesquecivel , mais uma vez a escola voltou a ser consagrada como a melhor escola de samba do Rio de Janeiro. (.. .Na ladeira tern, tern capoeira, zum zum zum zum zum zum,
capoeira mata urn .. .)
Com arnesma forya dos an os anteriores, a decada de 70 continuou a serprospera para 0 Salgueiro. Seguindo a tematica negra, a escola leva I'afaaavenida Festa para urn Rei Negro, em 1971. Nascido de um trabalho de mestrado de Maria Augusta Rodrigues, 0 enredo baseava-se numa visita de principes africanos a Mauricio de Nassau em Pernambuco. A equipe responsavel pelo visual era mais uma vez comandada pel a dupla Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues que contaram com a ajuda de Rosa Magalhiles, 10aosinho Trinta, Maria Augusta e 0 jovem presidente de ala Max Lopes. .
o Salgueiro continuava fiel a sua filosofia e fazia de seu desfile um espetaculo aberto e livre de preconceitos.
o Salgueiro Desfila 0 Sonho e 0 Luxo 10aosinho Trinta assume a frente da escola como carnavalesco, 0 enredo escolhido para 1974 foi 0 Rei de Fran~a na lIha da Assornbra9ao, um tema que trouxe 0 imaginario para a avenida e contribuiu para modificar a tonica dos enredos das escolas de samba.
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Ja no enredo As Minas do Rei Salornao, de 1975, Joaosinho Trinta viaja mais ainda, ele e Maria Augusta I cogitavarn sobre a preswnivel estada de embarca90es fenicias no norte brasileiro. Fundamentado no livro, "A Pre-histaria no Brasil" que relata a possibilidade de ex,pediyoes fenicias em busca de madeira brasiJeira terem aportado na regiao do Amazonas, patrocinadas pel/) Rei Salomao, 0 enredo seguiu seu curso e quando foi divulgado, muitos 0 acusaram de infligir 0 regulamt nto que nao permitia enredos com temas estrangeiros, mas a escola seguiu em frente com sua ideologia que sempre se vQltou para historias a margem de nossa historia. E naabertura dos envelopes 0 Salgueiro; onquista 0 seu primeiro bicampeonato. A cada ano que passava, 0 Salgueiro mostrava ~e estava vivo e que a decada de 90 prometia boas surpresas paraos salgueirenses .. . Essa expectativa foi confirmada em 1993, com Peguei urn Ita no Norte, sobre a viagem do navio Ita de Belem ate 0 Rio de Janeiro.
o Salgueiro entrou na avenida "possuido" e fez urn desfile magico em que 0 resultado nao poderia ser outro a nilo ser a conquista do titulo. Mais uma vez, 0 Salgueiro contagia, sacudindo essacidade!
Eo Barco Nao Vai Parar... Quantas viagens nesses 50 anos, quantos carnavais, cinquenta anos de historia e de festas em vermelho e branco.
o Salgueiro homenageia a todos aqueles, born ens e mulheres, verdadeiros guerreiros que ergueram 0 Gremio Recreativo Escola de Samba Academicos do Salgueiro. Foram muitos os que deram 0 sangue para construir essa histaria. E foram eles que abririam caminho para urna nova gerac;ao de crianc;as ejovens, os Aprendizes do Salgueiro que irao prosseguir com essa viagem tao apaixonante, segurando firme 0 timao, rumo a urn futuro brilhante que nao sera, nem melhor, nem pior, apenas diferente. A justificativa e a sinopse do enredo "Salgueiro, Minha Paixao, Minha Rai z, 50 Anos de Gloria" foram compilados de textos gentilmente cedidos pel a Diretoria Cultural do Gremio Recreativo Escola de Sumba Academicos do Salgueiro. Tornamos deles, nossas palavras, nosso muito obrigado . Renato Lage e Marcia Lavia
COMISSAO DE FRENTE A fantasia da Comissao de Frente (Academia de Samba) reproduz, nas cores da escola, a elegancia dos sambistas do morro do Salgueiro, trajados com fraque, cartola e bengala tradicionais. Resgata 0 garbo e 0 orgulho com que os "academicos" saiam as ruas, espalhando poesia atraves dos seus sambas.
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inicio de tudo. Do morro, dos sambas dos blocos e das escolas. 0 surgimento da verrnelho e branco e seus bambas. Estanl presente na alegoria uma fotografia de Domingos Alves Salgueiro, urn comerciante portugues, dono de uma fabrica de conservas na Tijuca e proprietitrio de barracos no morro, que acabou berdando 0 seu nome. Entre os barracos, folhas de cafe recordam a vasta plantao;:ao ali existente, que fez germinar, tempos depois, a semente viva do samba entre os seus moradores, constituindo a "Academia do Samba". Sob as benc;:aos da nos sa madrinha, a Estao;:ao Prime ira de Mangueira, 0 Salgueiro apresentou seu primeiro camaval, com 0 enredo "Uma Romaria it Bahia", cuja reproduo;:ao da bandeira desfila com 0 terceiro casal de mestre-sal a e portabandeira. Salgueirenses ilustres estao presentes na alegoria, cada urn evocando a propria contribuio;:ao para 0 engrandecimento da escola.
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Parceiros do Samba Ala da Escola
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Mo/eques de Oebret Ala da Escola
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importfmcia da luta dos quilombos pel a liberdade. A luta das na<;:oes africanas que jamais se submeteram it escravidiio, a forma<;:iio do quilombo e 0 reinado de Zumbi em Palmares, que tornou toda uma na<;:iio de excluidos liberta. A frente da alegoria, estiio presentes os atabaques utilizados como abre-alas em 1960. Uma grande cabe<;:a de negro representa a forya de Zumbi. A decora<;:iio rustica, executada em palha e bambus e elementos africanos, procura reproduzir 0 ambiente . do quilombo, bern como a estetica proposta por Fernando Pamplona, autor do enredo do primeiro campeonato do Salgueiro.
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Guerreiros Africanos Ala Estudantes
Rei do Maracatu AIa.DeUrio Tropical
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Na980 Livre Ala Narcisa
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caprichos da mulata nao tinham Iimites. Como nao conhecia 0 mar, Xica pediu ao companheiro que construisse, no bairro na Palha, uma chacara junto a um lago. Sobre os espelhos d 'agua flutuava um grande barco com direito a mastro e velas, onde ocorriam festas oferecidas it sociedade local , sempre animadas com orquestras e passeios pela propriedade. A alegoria reproduz 0 ciima luxuriante de uma das festas de Xica, com candelabras, cascatas de frutas e convidados ilustres, como 0 Marques de Pomba l, contemporaneo do contratador e nobre de grande ¡ prestigio junto it Coraa Portuguesa. S
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Corte Ala Inflasal
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Nobres de Diamantina Ala Publicitarios e Afins
Nobre Africano Ala da Sai de Baixo
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alegoria brinca com a ideia camavalesca de juntar dois elementos tradicionais do camaval: 0 bon de e urn draglio, que representa uma dos mais conhecidos Prestitos (Grandes Sociedades), os Tenentes do Diabo. "... Obondeemotivodesaudade Conduzia passageiros mascarados Que danqavam e sambavam de verdade ... " (trecho retirado do samba de Geraldo Babiio para 0 enredo de 1965).
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Festa de Mama Ala Babado Salgueirense
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Arlequim A la da Bateria
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presenta a forva dos orixas na cultura afro-baiana. Em 1969,0 Salgueiro brindou 0 publico com uma das mais bonitas alegorias de todos os tempos. Uma obra-prima feita por Arlindo odrigues: a figura de Iemanja, uma escultura poetica que seduziu aavenida. o carro dedicada it Bahia, alem da referencia aos orixas, traz grandes vasos que representam a lavagem do Bonfim. Rendas e omamentos complementam a alegoria e traduzem, em cores suaves, a leveza e alegria do desfile em que a vermelho e branco conquistou seu quarto titulo.
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Baianinhas Ala Escola
Baianas Senhor do Bonfim Ala Escola
Mercador de Flores
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Mercador de Passaros Ala Divina Luz
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Filhos de Ghandi Ala Nobre
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uem poderia imaginar uma Festa para Urn Rei Negro? 0 Salgueiro podia. E foi com esse enredo, de autoria da camavalesca Maria Augusta Rodrigues, que a escola chegaria ao seu quinto titulo. A alegoria representa 0 carro real, que durante a visita do Rei Negro e de principes africanos a Mauricio de Nassau, trouxe varios presentes vindos da Costa do Marfim, nurn momenta de grande confratemiza9ao.
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Damas da Corte Ala da Escola
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Principe Africano Ala dos Independentes
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s dois enredos desenvolvidos por Joaosinho Trinta em 1974 e 1975, respectivamente, onde 0 camavalesco colocou 0 imaginario a servi.yo do camaval. No primeiro, ele materializa alegoricamente 0 sonho do menino Luis XIII, Rei de Fran.ya, que imagina seu reino no Maranhao, fundindo seus costumes com as lendas e encantarias do local. No segundo, ele retrata uma possivel estada de embarca.yoes fenicias no norte brasileiro, trazendo elementos ate entao ineditos para os desfiles, como zebras, bigas e esfinges.
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Desvendando a Floresta Ala Cern Compromisso
Assombrados AlaZuk
Feiticeiros Nativos A la Renascer
Indfgenas Ala Paixao Salgueirense
Fenfcios Ala Furacao
"Peguei um Ita no norte Pra vim pro Rio morar Adeus meu pai, minha mile A deus Belem do Para ... "
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canryao de Dorival Caymmi, Peguei um Ita no Norte, foi a inspiraryiio para 0 Salgueiro vi sitar os varios "Brasis" no camaval campeao de 1993. Rebatizado de Explode Coraryao (trecho do refrao do samba de enredo daquele ano), Peguei urn Ita no Norte e uma visiio camavalesca dos navios Ita, embarcaryoes de carreira que durante decadas Iigaram Norte e Sudeste do pais, transportando sonhos e esperanryas ate 0 litoral do Rio de Janeiro, objeto de todo 0 fascinio dos migrantes. o arrojo dos viajantes aventureiros superava a distancia e as dificuldades para conhecer e conquistar outras terras. Velhos e crianryas, homens e mulberes que, atraidos e guiados pelo sonho de urn novo
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Bumba Meu Boi Ala Verdes Mares
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Comandante do Ita Ala da Escola
VELHA GUARDA A Velha Guarda,uma das alas mais tradicionais da escola, vern inserida na sua propria origem. Uma homenagem aqueles que sao autores e personagens, testemunhas vivas da historia da Academia do Samba.
Academicos do Salgueiro - Carnaval 2003 Enredo: Salgueiro, Minha Paixao, Minha Raiz - 50 anos de Gloria Autores do Samba-Enredo: Leonel, Luizinho Professor, Serginho 20, Sidney Sa, Claudinho e Quinho Carnavalesco: Renato Lage e Marcia Lavia Interprete: Quinho Orgulho e viajar em sua historia, No ar, 0 aroma de cafe. "Tecer" 50 anos, quanta gloria. Desta raiz, nasceu samba "no pe". "Morro" de amores e saudade ... "Embriaga" de felicidade, "Conserva" 0 valor e a tradigao De unir fe e bandeira numa so "religiao" .
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Salgueiro, vermelho, , Balanga 0 coragao da gente Guerreiro, e de bam bas um celeiro Apenas uma escola diferente.
Porto pro navio negreiro, Viajou com Debret pelo Brasil. " , Quilombo, exaltou 0 orgulho negro. Xica da Silva ja te seduziu . . Historia em carnaval, belngaos da Bahia I Rei Negro e Rei de Franga Coroaram academia, Da magia fascinante a brilhante sedugao Das minas do Rei Salomao. Explode coragao, e tanta emogao Que embarca na alegria, eu yOU E a consagragao da minha paixao Renovando a cada dia, amor.
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DIRETORIA DO SALGUEIRO 2002 - 2003 Presidente do Conselho Deliberativo Presidente do Conselho Fiscal Presidente Executivo Vice-Presidente Executivo Vice-Presidente Musical e Presidente da Ala dos Compos ito res Vice-Presidente de Bateria Vice-Presidente Cultural Vice-Presidente de Harmonia Vice-Presidente de Patrimonio Vice-Presidente Juridico Vic~-Presidente de Esportes Vice-Presidente Financeiro Diretor Geral de Carnaval Diretor Responsavel pela Comissao de Frente Diretor Social Responsavel pelos Destaques Presidente da Ala das Baianas Presidente da Ve lha Guarda Presidente dos Aprendizes do Salgueiro Diretores Culturais '
Diretores da Ala dos Compositores
Diretor do Departamento Juridico Diretora do Departamento de Esportes Diretoria do Departamento Feminino
Assessora de Imprensa Divulgadora e Rela<;;6es Publicas Secreta rio Geral Secreta ria da Presidencia Adm inistrador do Barracao 1° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira 2° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Waldemir Garcia - Miro Waldemir Paes Garcia - Maninho Luiz Augusto Laje Duran - Fu Antonio Rogerio Maia Haydee Blandina de Almeida Lourival de Souza Serra - Mestre Louro Eduardo Simao Pinto Clodoaldo Fabriciano da Silva Luiz Antonio Azevedo - Toninho Marcius Ferreira Rogerio Gromberg Marcus Vinicius Pereira Sergio Costa Zeca Taveira Glaycon Muniz Gilberto Pitanga Maria de Fatima Oliveira da Silva Ide mar da Silva Moura Margareth Valen<;;a Andre Costa Cavalcanti de Albuquerque Gustavo Melo Paulo Cesar Barros lime Ferreira 'Jorge Oliveira Jorge MaTCOS Lygia Albeirice Pedro Loureiro Rogerio Esteves Patricia Valen<;;a Maria da GI6ria Neves Maria da Penha Fernandes Iracema Pinto Janaina Pereira Alessandra Marques Doralice Souza de Medeiros Eunice Tomasia de Jesus Wanderleia Antonia Fernandes Regina Celia . Veda Maranhao Paulo Cesar Ribeiro - Paulao Jorgeane Barbosa - Jo Carlos Roberto de Castro Marcella Alves e Ronaldinho Dionisio e Ruth
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