Revista Tribuna Afro Brasileira nº 426

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Cidada para urna Ernenda

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Aulor: Cosme Apa/'ecido Fe/ix, 52, cidadiio bmsileiro. e-mail: obocosmefelt.@gma itcom .br

Justificativa ; Eurna ironia term os urna constituiyao lao completa com falhas que nos coloca em urna SitU8y80 no minima constrangedora , quando em nosso pais se exige para qualquer cargo empregaticio, governamental ou nao, grau de escolaridade e especializ890es comprovadas em cursos reconhecidos. No entanlo, para as cargos dos mais importantes e decisivQs, como 0 de pariamentar, permite-se 0 acesso a qu alquer cidadao que apenas saiba ler e escrever, sem nenhuma exigencia de urn preparo especifico para tal.Quando muito, exige-se idade minima e documentayao pessoal em dia.

APCEC Que se exija para todo cidadao que queira se candidatar a cargo publico elelivo, de vereador a presidenle, que far,:a um curso de especializar,:ao no qua!, sendo aprovado (a) lera a possibi!idade de adquirir habi!itar,:ao para tal. Que somenle com esla habililar,:ao podera se candidalar, da mesma forma que moloristas 56 podem dirigir se habilitados, garis, medicos, advogados, engen heiros e etc., que passam par crileriosas provas de habUilar,:ao para exercer suas profiss6es, mesmo que formados em conceiluadas instiluir,:6es de en sino. * Os cursos deverao ser moni torados pe!o Supremo Tribuna! Eleiloral em conjunlo com outras instituir,:6es como: Ordem dos Advogados, Minislerio da Educar,:ao e os pr6prios partidos politicos. * A grade curricular deve ser baseada nas funr,:6es de gestao publica necessarias para um legislador, determinada par especialistas em educar,:ao na area administrativa de gestao publica. Comentilrio do autor -Islo f<lni com que pelo menos Icnhamos a gurantia de que os candida lOS e-;lar;10 minimamcnte prepar;ldos de falo para os Cilrgos p!cilClidos. AfinaL govemar uma grande rcsponsabilidade. quc exige mais do que boa vontade. mas sob rctudo 0 conhcrimenlo de sua genic. da rcgiilo de atuw;,lo. dc sua hist6ria. sua economia c. principalmcntc. conhecimenlo lcgis!alivo conslilucional. alem de oulras matc rias que

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Eainda tern mUilO mais. confira!

Editorial Trazcr infornlaGoes POliCO difundidas pcla midia de ma ssa, UIll dos objctivos editoriai s cle sta publ ica· ((aO, mostrar aquila que os out-rag midias Ilao mostram , cvitando assim a rcpetic;ao de informac;ocs que deixam 0 PLlblico conduz ido apenas ao interesse de poucos. Mostrar as rela90es cco nomicas intclllacionai s, cspo rtivas, soc ia is, diplomaticas c rel igiosas cia popu lac;ao a fro bra s ilcira , valoriza r as tradiyocs que rompem as barrciras do prcco nceito , das di stancias que scpam pai ses e conlincntes. Somos lima Tribuna, o pt.'ilpito jomalistico do povo que acrcciila que as difcrcn<;as apenas nos cnriquccem c que todos podemos

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vivc r em Paz em lim cspa90 COlll UI11 .

Boa leitura!

r{Tribuna ~ fro Youii!:! tvlribunaafrobrasileira

*Documentatios

*Festas Rciigiosas Afro

*Dcbatcs *Entrcntenimento

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*Propagandas

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mun ,, I. Mapc~mdo os conHitos onde 0 telTori smo virou ullla anna contm CIV IS israeleno ~ltaqllc as IOITes de Nova lorq llc, em [ 1 de sctcmbro de 5es, reprilllido, por sua vez, com inaudita violcnci a, num 200 I, scguido da guerra no Afcgan istao, eriou rapida mcn- vcrdadeiro tcrrorismo dc estado, por parte dc Ismel, tudo Ie um cl ima, o lldc sc passell a idcntificar lima dctcnninada isso, c simplificada mc nte descrito como um embale entre rci igiao, 0 is]ami sl11o, COIll 0 tcrrori smo. 'judcus" e "mU(;lIlmanos". o antigo "imperio do ma l", cxprcssao com que 0 presiden- a atual guerm de dcsgastc entre india e Paqui slao, pcla te norlc-mnc ri cano Ronal d Reagan cstigmatizava a URSS, posse do Cashemira, .rcgiao de maioria l1lu ~lIl m ana mas foi substil'ufdo por George W. Bush , pela exprcssao "cixo sob admini stm<;no da India, Iluma parte; do Paquistao noudo mal ", colocando, no meslllo saco, v{lrios paises ishim i- tra, e da China, numa Icrcci n!, os oponen tcs sao descrilos cos, lraq uc, Ira, Shia, Ubi a, Tllas lambcll1 lIlll pais comu- como "hindu s" de lim lado e "lllu<;ulmanos" do outro. nisla, Corcia do Norte. Nos sangrelltos con flitos na ex- Iugusl<lvia, e na "li mpeza Na convoca<;ao intcmacional para so [ular contra a tcrro- ctni ca" ali pralicada uns contra os outros, com 0 fito de ri S1110,O prcsi dcnle Bu sh fal o u de li ma "c ruzada" do oci- crim tcrritorios ctnicamenle ilomogcncos, os sbvios cram, dentc cristao <lmcm;ado pelo alivislllO Tlluyu]m<lno. sem rnais, identificados como "ortodoxos"; os croatas, Na ,insia de compreendercm 0 que cSla acon lecendo, Illui - como "catoJicos"; os kosovares e a maioria dos b6sn ios, la s pessoas lem rccorri do a leoria de Samuel Hun-linglon como 路'muyulmanos". de que os conflilos deste scculo XXI se rao con tlilos enlre Os conflitos no Sri Lanka, ollde a minoria Tamil luta por civ iliza<;6cs. A lcoria que roi logo si mplifi cada pam "guer- autonomia na regiao norte do pais, vem sendo quali ficados ra de religioes". como choque ent re "budistas" e 路'hindus". Na Indoncsia, de modo particular, no Timor Leste, as lutas 2. Gucrras de religHio'! Estes acontecimen los ressuscitaram a inquietante pergun- pcla indepcndcnc ia da ex-colonia pOffilgucsa aparcc iam ta aeerca da rela9ao entre violcnci a, guerras e religi6cs. como conrronlo entre "Jl111<;ulmanos" e 路路cat6Iicos". Seliam elas rator de paz ou contribuiriam para agmvar Do mesmo modo, no Sudao, a gucrra que move 0 govc rtensOes e conflitos, com um componelltc explosivo, pois no de Kharlulll contra as popula<;oes do sui do pais, vem falam em nome de Deus e tmbalham com a n0930 de ab- se ndo camcterizada como conFronlo entre "mu<;ulma nos" e "eri stnos". sol uto inclusive etico? Estc cliche, "guerra de rcligioes", passou entao a scr llsado Noulros lugares, como na Nigbia, onde oito prov incias do como chavc de lei him pam l11uitos outros contlitos con- nortc acabam de adolar a "shari a" ou scja, a lei cOnl nica como base da legisla<;ao civ il penal , explodi ram con n!tcmponineos. o cia Irla nda do Norte, por excmplo, em que distritos de lOS ent re a maiori a mU ~lll m ana e as mino ri as cri slas que maioria ca l'o lica desejam separar-se dos outros de maiaria se se lllcm amcH(;adas pelo novo quadro juridico. Estes e proteslHnte e juntar-se a Repllblica da Irlanda, ve m sc ndo out ros embates no Congo, Rwanda, Burundi, ve m sendo descrito como uma guerm entre "protesl'a ntes e catolicos". descri los, ora como confl itos ct ni cos, ora como conflitos o choque "palestino-israelcnse", por conta das tc rms pa- religiosos lestinas ocupadas pclo Estado de Isracl, a partir de 1948 3. Como julgar criticamcntc os conflitos'! e sobretlldo depois da guerra dos scis dias, em j unho de No geral, as e<lllsas destes conrrontos sao complexas, en1967; por conla de 4,5 mil hoes de rerugiados palestinos, volvendo jogos estrategicos na geopolitica, veladas di spli ' com direito a retomare m ao territorio de onde foram ex- las entre ant igas potencins colon iais, di sputa ent re grandes pul sos; pOl' con ta das quase treze nlas col6nias judaicas Im- com pan hias pelo acesso a diama ntes, petroleo, gels, uni ni o pl anwdas il egalmente nas escassas terms palestinas; pOl' ou ou tTos materiais estfal'cgicos, "Ibn de razOes hi storicas, ;ii conta da dincil repaJliyao da {lgua, bem essencial, escasso econoJ1lic~s, politi cas e sociais, raciai s e, cada vez mnis, f e mais caro do que 0 petToleo na regino; por conta do im- cultu rais. E Inegavel que llluitos destes contl ilos vem atra-"" passc sabre Jerusalem, cidade santa pam jlldeus, eristilos e vessados igualmente por uma vel1cnte rcligiosa, acionada~ Illu ~u lm anos; por con ta cnfilll da terri vel violencia miltua, ao sabor dos interesses em jogo. 3


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screver sobre Clara Guerreira, e no minimo prazeroso, pOis se trata de uma diva da musica brasileira. Mulher valente , mineira de Paraopeba, Minas Gerais, leonina nascida em 12 de agosto de 1942, Clara Francisca Gonr;alves Pinheiro , foi uma cantara brasileira , considerada uma das maiores inlerpretes do pais. Pesquisadora da musica popular brasileira, de seus ritmas e de seu foldore, Clara tambem viajou varias vezes para a Africa, representando a Brasil. Conhecedora das danr;as e das tradir;6es afro-brasileiras , ela se converteu a Umbanda . Clara seria uma das cantoras que mais gravariam canr;6es dos compositores da Portela, sua escola do corar;ao. Tambem foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil capias , derrubando um tabu segundo 0 qual mulheres nao vendiam discos . Mais jovem dos sete fiIhos do casal Manuel Ferreira de Araujo e Amelia Gonr;alves Nunes , Clara Nunes nasceu no in terior de Minas Gerais, no distrito de Cedro - a epoca pertencente ao municipio de Paraopeba e depois esse distrito virou cidade e foi emancipado com o nome de Caetan6polis , onde viveu ate os 16 anos. Marceneiro na fabrica de lecidos Cedro & Cachoeira , a pai de Clara era conhecido como Mane Serrador e lambem era violeiro e parlicipanle das festas de Folia de Reis. Mas Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara fica ria tambem 6rfa de mae e acabaria sendo criada por sua irma Dindinha (Maria Gonr;alves) e 0 irmao Jose (conhecido como Ze Chilau). Naquela epoca , Clara participava de aulas de catecismo na ma triz da Cruzada Eucaristica . La tambem cantava ladainhas em latim no coro da igreja. Segundo as suas pr6prias palavras, cresceu ouvindo Carmem Costa, Angela Maria e , principal mente , Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre leve muila influencia, mantendo , no entanlo, esti!o pr6prio. Em 1952, ainda menina , Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando "Recuerdos de Ypacarai Como premio, ganhou um vestido azul. Aos 14 anos, Clara ingressou como lecela na fabrica Cedro & Cachoeira , a mesma para 0 qual seu pai trabalhou. Teve que se mudar para Belo Horizonte , indo morar com a irma Vicentina e 0 irmao Joaquim, por causa do assassinato de um namorado , cometido em 1957 por seu irmao Ze Chilau. Na capital mineira , Clara trabalhou como tecela durante 0 dia e fez o curso normal a noile. Aos finais de semana , participava dos

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ensaios do Coral Renascenr;a, na igreja do bairro onde morava . Naquela epoca , conheceu a vioionista Jadir Ambrosio, conhecido por ter composto 0 hino do Cruzeiro. Admirado com a voz da jovem de 16 anos , Jadir levou Clara a varios programas de radio, como "Degraus da Fama ", no qual ela se apresentou com a nome de Clara Francisca. No inicio da decada de 1960, Clara conheceu tambem Aurino Araujo (inllao de Eduardo Araujo), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino tambem seria seu namorado durante dez anos. Por influencia do produtor musical Cid Carvalho, mudou 0 nome para Clara Nunes , usando 0 sobrenome da mae. Quando sol teira se chamava Clara Francisca Gonryalves de Araujo, depois de casada que adotou 0 sobrenome Pinheiro. Em 1960, ja com 0 nome de Clara Nunes e ainda como tecela, ela venceu a etapa mineira do concurso "A Voz de Ouro ABC¡, com a musica ¡ Serenata do Adeus", composta por Vinicius de Moraes e gravad a anteriormente por Elizeth Cardoso. Na final nacional do concurso realizada em Sao Paulo, Clara Nunes obteve 0 terceiro lugar com a canr;ao "S6 Adeus" (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia). A partir dai, Clara Nunes comer;ou a canlar na Radio Inconfidencia de Bela Horizonle. Durante Ires anos seguidos foi considerada a melhor cantora de Minas Gerais. Eta tambem passou a se apresentar como crooner em dubes e baales na capital minei ra e chegou a Irabalhar com 0 entao baixista Milton Nascimenlo - aquela altura conhecido como Bituca . Naquela epoca, fez sua primeira apresentaryao na televisao , no programa de Hebe Camargo em Belo Horizonte. Em 1963, Clara Nunes ganhou um programa exclusivo na lV !\acolomi, chamado "Clara Nunes Apresenta " e exibjdo por um ana e meio. No programa se apresentavam artistas de reconhecimento nacional , enlre as quais Altemar Dutra e Angela Maria. Viveu em Belo Horizonte ate 1965, qu ando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro , mais especiflcamente para Copacabana. Os primeiros discos Ja no Rio de Janeiro, Clara Nunes se apresentava em varios programas de televisao, como Jose Messias , Chacrinha, Almor;o com as Estrelas e Programa de Jair do Tauma turgo. Antes de aderir ao samba, Clara cantava espedalmente boleros. Aiem de emissoras de radios e televisao, ela tambem percorreu escolas de samba , clubes e casas notumas nos suburbios cariocas.

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•'v Ainda em 1965, ela passou por um teste como canlora na gravadora Odeon, onde registrou pela primeira vez a sua voz em um LP. 0 disco foi lanr;ado pela Radio Inconfidencia (onde Clara trabalhou quando morava em Belo Horizonte) e contava com a participar;80 de oulros artistas, todos da Odeon. No ana seguinte , Clara foi contratada por esta gravadora , a primeira e a (mica em toda a sua vida. Naquele mesmo ano , foi lam;:ado 0 primeiro LP oficial da cantora , "A Voz Adoravel de Clara Nunes". Por insistencia da gravadora para que ela inlerpretasse musicas romimticas, Clara apresentou nesle album um repertorio de boleros e sambas-canr;Oes , mas 0 LP foi um fracasso comercial. Em 1968, Clara Nunes gravou "Voce Passa e Eu Acho Grar;a", seu segundo disco na carreira e 0 primeiro onde cantaria sambas. A faixa-titulo (de Alaulfo Alves e Carlos Imperial) foi seu primeiro grande sucesso radiof6nico. No ana seguin te, a Odeon lanr;ou "A Beleza Que Canta", LP no qual a cantora interpretou "Casinha Pequena ", uma canr;80 de dominio publico. Ainda em 1969, Clara Nunes ganhou 0 primeiro lugar no "1 Festival da Canr;80 Jovem de Tres Rios" com a musica · Pra Que Obedecer" (de Paulinho da Viola e Luis Sergio Bilheri) e ainda classificou a canr;80 "Encontro" (de Elton Medeiros e Luis Sergio Bilheri) na terceira colocar;ao. Ficou em oitavo lugar no "IV Festival Internacional da Canr;ao Popular" com a musica "Ave Maria do Retirante" (de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo), que foi lanc;:ada naquele mesmo ano em disco homOnimo.

Afir m alj:3 0 no sa m ba Em 1970, Clara Nunes se apresentou em Luanda , capital angolana , em convite de Ivon Curi. No ano seguinle , a cantora gravou seu quarto LP, no qual interpretou"~ Baiana" ( de Fabricio da Silva, Baianinho, t:nio Santos Ribeiro e Miguel Pancracio) , musica que obteve consideravel sucesso no carnaval de 1971 , e "lIuAye", samba-enredoda Portela (de autoria de Norival Reis e Silvestre Davi da Silva). Na capa do album, a cantora mineira fez um permanenle nos cabelos pintados de vermelho e passou a partir dai a se vestir com roupas que remetiam as religiOOs afro-brasileiras. Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com 0 lanr;amenlo do album "Clara Clarice Clara"'. Com arranjos e orquestrar;oes do maestro Lindolfo Gaya e com musicos como 0 violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco , 0 disco teve

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como grandes destaques as canc;:oes "Seca do Nordeste" (um samba-enredo da escola de samba Tupi de Bras de Pina l, "Morena do Mar" (de Dorival Caymmi), "Vendedor de Caranguejo~ (de Gordurinha), "Tributo aos Orixas" (de Mauro Duarte , Noca e Rubem Tavares) e a faixa-titulo "Clara Clarice Clara" (de Caetano Veloso e Capinam). Ainda naquele ano, Clara Nunes se apresentou no "Festival de Musica de Juiz de Fora" e gravou um compacto simples da rnusica "Tristeza , Pe no Chao" (de Armando Fernandes ), que vendeu mais de 100 mil c6pias. A Odeon lanr;ou em 19730 disco "Clara Nunes". Naquele mesmo ano, a cantora estreou com Vinicius de Moraes e Toquinho o show "0 poeta, a moc;:a e 0 violao" no Teatro Castro Alves , em Salvador. Tambem em 1973, Clara foi convidada pela Radiotelevisao Portuguesa para fazer uma temporada em Lisboa. Depois, percarreu alguns outros paises da Europa, como a Suecia , onde gravou um especial ao lado da Orquestra Sinfonica de Estocolmo para a TV local. S ucesso comerci a l Clara Nunes integrou a comissao que represenlou 0 Brasil no "Festival do Midem", em Cannes, em 1974. Por la, a Odeon lanr;ou somente para 0 publico eu ropeu 0 disco "Bras ilia", que foi base para 0 LP"Alvorecer". Este album emplacou grandes sucessos como "Conto de Areia" (de Rom ildo S. Bastos e Toninho NaSCimento), "Men ino Deus" (de Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro) e "Meu Sapato Ja Furou· (de Mauro Duarte e Elton Medeiros). 0 LP bateu recorde de vendagem para cantoras brasileiras , com mais de 300 mil c6pias vendidas, um feito nunca anles re gistrado no Brasil. Ainda em 1974, a cantora atuou (ao lado de Paulo Gracindo), em "Brasileiro Proflssao Esperan<;:a", espelaculo de Paulo PonIes , referente a vida da cantora e composilora Dolores Duran e do compositor e jarnalista Antonio Maria. 0 show ficou em cartaz no Canecao ate 1975 e gerou 0 disco hom6nimo. Tambem em 1975, a Odeon lan<;:aria ainda 0 LP "Claridade". Com grandes sucessos como "0 Mar Serenou" (de Candeia) e "Juizo Final" (de autoria de Nelson Cavaquinho eElcio Soares), este album se tornou 0 maior sucesso da carreira da cantora , batendo 0 recorde de vendagem feminina e alavancan do o sa mba-enredo da Portela na avenida,"Macunaima, Heroi da Nossa Genie" (de autoria de Noriva l Reis e Davi Antonio Correia), com 0 qual a escola classificou-se em 5° lugar no Grupo 1. Ainda naqueIe ano de 1975, Clara casou·se com 0 poeta, compositor e produtor Paulo Cesar Pinheiro e percorreu varios paises da Europa em turne . Clara Nunes gravou 0 LP "Canto das Tres Rar;as" em 1976. Alem da faixa-titulo (de Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro), grande sucesso na carrei ra da cantora, 0 disco conlava ainda com "Lama" (de Mauro Duarte), "Tenha Paciencia" (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Riso e lagrimas " (de Nelson Cavaquinho, Rubens Brandao e Jose Ribeiro ), "Fuzue" (de Romildo e Toninho) e "Relrato


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Falado (de Eduardo Gudin e Paulo Cesar Pinheiro). Em 1977, a Odeon langou 0 disco "As Foryas da Natureza", um album mais dedicado ao partido alto. 0 LP teve como principais destaques a faixa-tilulo (de Joao Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro), ' Coragao Leviano" (de Paulinho da Viola) e "Coisa da Anliga" (de Wilson Moreira e Nei Lopes). 0 disco ainda contou com a participa9ao de Clemen\ina de Jesus na faixa "PCJ-Partido da Clementina de Jesus" (de Candeia) e lanl,(ou ~A Flor da Pele", primeira composi9c30 de Clara (feila em parceria com Mauricio Tapaj6s e Paulo Cesar Pinheiro). Em 1978, foram lanc;ados as albuns "Guerreira ", no qual Clara inlerpretou variDs rilmes brasileiros al8m do samba - sua marca registrada -, e "Esperan9a ", com destaque para a faixa ttFei_ ra de Mangaio" (de Sivucae Glorinha Gadelha). Ainda naquele ano, participou do LP "Vida boemia", de Joao Nogueira , no qual interpretou "Bela Cigana " (de Joao Nogueira e Ivar Lancellotti) , e esteve - ao lade de Chico Buarque, Maria Belhania e oulros artistas - no show do Riocentro , que marcaria a hisl6ria palitica brasileira devido a explosao de uma bomba. Em 1979, Clara participau do LP "Clementina", de Clementina de Jesus. Naquele mesmo ano, a cantara mine ira se submelia a uma histereclomia (remo9ao do ulero), apos sofrer Ires abortos espontaneos , par causa dos miomas que possuia no utero. Tambem carregava problemas desse tipo desde a infancia. Ela tentou de todos os metodos e nao obtinha resposlas. Por nutrir obsessao pela maternidade , a impossibilidade de ser mae a fez sofrer muito, causando a Clara Nunes fortes abalos emocionais, superados pela entrega absoluta carreira artfstica, a fazendo compor musicas belissimas e de intensa carga emocional. Ult imos an os de v ida Em 1980, Clara Nunes gravou 0 album "Brasil Mesti90", que fez sucesso nas emissoras de radio de todo 0 pars com "Morena de Angola" (composta por Chico Buarque), "Brasil Mesti90 , Santuario da Fe" (de Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro), "Peixe com Coco· (de Alberto Lonato, Josias e Maceio do Cavaco), "Ultima Morada" (de Noca da Portela e Natal) e "Viola de Penedo" (de Luiz Bandeira). Ainda naquele ano, a cantora participou dos LPs · Cabelo de Milho·' (de Sivuca) e "Fala Meu Povo" (de Roberto Ribeiro) , e viajou para Angola representando 0 Brasil ao lado de Elba Ramalho, Djavan, Dorival Caymmi e Chico Buarque, entre outros. Gravou em 1981 0 LP "Clara", com grande sucesso para a musica "Portela na Avenida " (de Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro), com a participa9ao especial da Velha Guarda da Portela nesta faixa, e estreou 0 show '; Clara Mesti9a" (dirigido par Bibi Ferreira). Ainda naquele ano , a Odeon lan90u uma coleUmea intitulada "Sucesso de Ouro". Em 1982, a Odeon lan9aria "Na9ao", 0 ultimo album de estDdio da cantora. 0 LP teve como destaques a faixa-titulo (de Joao Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emilio), ~ Menino Velho" (de Romildo e Toninho), "Ijexa" (deEdil Pacheco), "Serrinha" (de Mauro

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e Paulo Cesar Pinheiro) - uma homenagem dos compositares a escola de samba Imperio Serrano e ao Morro da Serrinha, reduto do jongo, situadas em Madureira , suburbia carioca. Ainda naquele ana, Clara se apresentou na Alemanha ao lado de Sivuca e Elba Ramalho e participou do LP "Kasshoku ", lan9ado no Japao pela gravadora Toshiba/EMI , gravando um especial para a emissora de TV NHK. Morte polemica Em 5 de maryo de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reayao alergica a um componente do anestesico. Clara sofreu uma parada cardiaca e permaneceu durante 28 dias inlernada na UTI da Clinica Sao Vicente, no Rio de Janeiro. Neste interim , a cantora fai vitima de uma serie de especulayOes que circulavam nos meios de camunicayaosabre sua internayao , entre elas inseminayao artificial , abarto, tentativa de suicidio ou espancamento par seu marido Paulo Cesar Pinheiro. Na madrugada do sabado de Aleluia de 2 de abril de 1983, a poucos meses de seu 41° aniversario, Clara foi declarada morta em razao de um choque anafitatico. A sindicancia aberta pete Canselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na epoca foi arquivada , 0 que geraria par muitos anos suspeitas sabre as causas da morle da cantara. 0 corpo da cantara foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. sepultamenta no Cemiteria Sao Joao Batista foi acompanhado par uma mullidao de fas e amigos. Em sua homenagem , a rua em Oswaldo Cruz onde fica a sede da Portela , sua escola de cora9ao, recebeu seu nome (antiga Rua Arruda Camara).

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Intolerancia e racis

At1'S'Cc.rltos afro·brasileiros

Os cuilDS afro-brasileiros (oram perseguidos e criminalizados durante fango periodo da hist6ria brasi/eira. pais de malaria absoluta de cat6licos, a pratica reIIgl05a negra e a Umbanda reformada, mesmo ampliando suas linhas e aproximando-se do folclore. fcram duramenle perseguidas pelas delegacias de costumes ate a de-cada de 60 do seculo XX . Ainda sob outras denomina¢es , a Umbanda estava incluida no rol dos inimigos do catolicismo ja nos anos 40 do seculo XX. Devido ao surg imenlo e pro' ifera~o da Umbanda , a Igreja Ca161ica Romana chegou a criar em 1952 urn Secretariado Especial da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, com oobjetivo de enfrentar 0 crescimento do numero de fieis da Umbanda e demais ' cultos mediunicos". Tal subdivisao foi denominada de Secretariado Nacional de Defesa da Fe. Para os catelicos, 0 homem brasileiro (comumente chamado de "homem de cor") praticante de umbanda encontrava-se em uma situay80 marcada pela miseria material e moral. Exemplo desse posicionamento esta na entrevista dada em 1957 pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, a Radio Gaucha sobre as atividades da Umbanda no Rio Grande do Sui e transcrita na revista da arquidiocese de Porto Alegre: "A Umbanda e a revivesc€mcia das crendices absurdas que os infelizes escravos trouxeram das selvas de sua martirizada pi!tria africana. Favorecer a Umbanda e involuir, e aumentar a ignorancia , e agravar doenyas". A Igreja Catelica, sempre com voz em espayos laicos da imprensa, usou esse lugar privilegiado buscando tomar publica uma representayao da Umbanda como a negayao pura e simples da verdade aceita socialmente. Em um cenario nacional em que 0 desenvolvimentismo era posto como 0 objetivo visado, 0 catolicismo buscou uma vincula980 da Umba nda com 0 atraso, a marginalidade, e a incul tura . Boaventura Kloppenburg , considerado 0 mais conhecido e influente intelectual catolico do periodo, com argumentos pseudo-cientificos assim descrevia os cullos afro-brasileiros, chegando ate mesmo a dizer que eles eram "inconslitucionais ": "Pergunlamos, anos atras, a um grupo de medicos psiquiatras e especialistas em doenyas nervosas se e aconselhavel, sob o ponto de vista psiquico e medico, "desenvolver a mediunidade" ou · provocar fen6menos espiritas". E lodos , com absoluta unanimidade, re sponderam negativamente, dedarando que semelhantes pnilticas sao "nocivas", "prejudiciais", "perigosissimas", etc. ( ... ) Sao damores das autoridades competentes a gritar que as praticas espiritas e umbandistas contrariam a ordem publica, e que , por isso , sao contra a Constitui y80 que veda expressamente 0 exercicio da "religiao" que "contraria a ordem pUblica". Mesmo nao sendo mais vitimas dessa perseguiyao pelas autoridades constituidas, a partir do final do seculo XX comeyaram a sofTer com ataques sistematicos movidos por igrejas neopen-

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lerancia em cultos e programas religiosos (como os da Igreja Universal do Reino de Deus e do pastor R. R. Soares) podendo chegar ale mesmo as agressoes fisicas contra praticanles dos cultos afro-brasileiros. Em abril de 2010, um caso singular de intolerancia ao CandomblEi! ocorreu no Rio de Janeiro. Jose Ricardo Mitidieri , sargento do Exercito brasileiro, que e tambem pastor protestante da Comunidade Crista do Ministerio da Salva9ao, apontou uma arrna de fogo , pis lola 9mm, na cabe9a de um de seus soldados, Dhiego Cardoso Femandes dos Santos, adepto do Candomble . objetivo de tal ato seria "testar" a fe de Dhiego, que dizia ler 0 ·corpo fe chado". Nao e para voce brincar com coisa seria. Voce tern que aceitar Jesus! disse Jose Ricardo Mitidieri ao aponlar uma arma para a cabeya de seu subordinado. sargento, depois do ocorrido , disse que u nao teve 0 objetivo de constranger 0 soldado· e que "nunca teve qualquer preconceilo com as demais religioes". Mitidieri foi condenado pelo Superior Tribunal Militar em decisao unanime ocorrida em 3 de novembro de 2011 a dois anos de prisao. No inicio de 2012 , cristaos proteslantes manifestaram-se conIra a construyao de uma estatua de lemanja na Praia do Ilarare , em Sao Vicente, no litoral de Sao Paulo. 0 projeto mostra que ela leria pouco mais de dois metros de altura e urn metro de largura , com peso de 230kg e que ela nao leria custo ao municipio , sendo financiada lolalmente pela iniciativa privada. Izaias l opes , representante da Associayao de Paslores de Sao Vicente no local, disse que 0 protesto respeita a liberdade religio sa dizendo: "0 cullo deve ser exercido em locais apropriados. A praia nao e 0 local. Alem de haver um impacto ambienlal devido as oferendas que serao deixadas na areia". 0 presidente do Conselho Municipal de Prom~ao da Igualdade Racial , Valter Guerreiro, porem , discorda e afirma que a ayao e uma manifestayao de intolerancia religiosa. -Estou muito machucado e conslrangido com mais esse ate de violencia ao longo dos tempos. disse 0 Comendador da OEAB , Ordem das Entidades Afro Brasileiras, Gladston Bispo, direlor-presidente da Federayao Nacional da Religiao Orixa, sobre 0 caso.

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Guarulhos capacita servidores da Saude para melhor atendimento populac;;ao negra

Comercio Brasil-Africa tern forte queda eregistra opior mes dejaneiro dosultirnosanos •

EdilOria Comex do Brasil AJdca, balall(xi comercia/, Brasil. Comercio COlli a Africa, deficit, e.,\por/(/(;;oes Aji'ica, Mdic, sllper(lI:it 0 Comlllellt2010212015 10:51 Da Reda~oIBras Ula - 0 intercambio comercial do Brasil com os paises da Africa teve 0 pior mes de janeiro dos ultimos anos, com uma queda expressiva nas exportal,iles bras ileiras (-20,19% para US$ 644 miIhoes) e uma retrat;:ao ainda ma is relevante das vendas africanas, que despencaram 53,57% para US$ 529 milhoes. Assim, com redu(,:ao nas duas pontas, 0 Brasil aicancou, pela primeira vez em mu itos anos, superavit de US$ 115 milh6es com 0 continente africa no. Os dados sao do Ministerio do Oesenvolvimento. Industria e Comercio Exterior (MOl C). A forte redu(,:ao no fluxo de comercio Bras il-Africa foi puxado principalmenle pela queda de 74,91 % na5 importac6es de petroleo da Nigeria, que somaram apenas US$ 189 milh6es no mes de janeiro, depois de terem atingido US$ 988 mil h6es em dezembro. Essa relra(,:ao deveu-5e a diminuit;:ao do volume importado mas tamMm a queda nos precos internacionais do petroleo. Apesar de destacarem que ai nda e cedo para prognosticos, analistas do MOle acred itam que em 20 15 diflcilmenle se repetira 0 deficit de USS 8,540 bilh6es acumulado pelo Brasil nas trocas comerciais com a Nigeria. Em Janeiro, quase todos os principais produtos exportados pelo Brasil para a Africa registraram quedas importa ntes, se comparados com igual mes do ana passado. Os a(,:ucares de cana, por exemplo, cairam 7,98% e geraram receita no valor de US$ 125 milh6es. Maior ai nda foi a retrat;:ao nas exportat;:6es de minerios de ferro aglomerado para processo de peletiza(,:ao , que sofreram uma redu(,:ao de 72,78% para US$ 39 mil hoes. Tambem cairam as vendas de oulros acucares de cana, beterraba e sacarose quimica: 1,76% para US$ 81 milhoes. Entre os destaques pos i tiv~s , merecem ser citados os aumentos nas exportal,iles de carnes desossadas de bovin~s, que subiram 24,27% e somaram US$ 75 milhOes; de cames de galosfgalinhas em pedaCOs, com uma consideravel alta de 466,17% para US$ 16 milhoes; e de automoveis , com uma alta de 106,14% e receita no montan te de USS 8 milhoes. Esse panorama marcado por forte contrayao nas exportat;:oes verificou-se tambem pelo lade africa no. As vendas de petroleo passaram de US$ 662 milh6es em janeiro do ana passado para cerca de US$ 190 milh6es no primeiro mes deste ano, uma queda de 71.32%. Tambern foram reduzidas as vendas ao Brasil de naftas para pelroquimica (4,73% para USS 185 mil h6es), gas natural, liquefeito (41,38% para USS 53 milh6es) e de didrogeno-ortofosfalo de am6nio (-64,36% para USS 11 mllh6es)_ Da paula exportadora africana para 0 Brasil merecern ser destacados o forte aumento nas vendas de fosfatos de calcio, nalurais, nao moidos. que tiveram urn forte acrescimo de 490 ,50% e geraram receita no valor de US$13 milh6es, e as exportal,iles de au lomoveis no lolal de USS 9 mith6es.

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. Ademir de Os66si ,,, RUII I ris Lconor nil 12

Mandaqui

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Sao Paul o * Capital.

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Docl/(:as como diaberes e hipcl"fcnsiio. mai.') incidenles 1I0S neglVs, devem gal/hal' mais atcl1(:(/O POI Redao;;1lo RBiI r:<>bli:ado 05IQ212016 14 00 i\ROUlVo,rilG~NCI'" BR"'S~

ara 0 lnstituto Ama, a colcta da infomla~aO da cor do pacicnte co primeiro pusso pant <lval1(;os. A prcJeitura de Guamlhos, n1l Gr<lnde S:10 Paulo , cshi promovendo capacita(,:ao para 2.500 scnridorcs Pllblicos da rede de saude para atendimenlo a popular,;;iio negra. A a~ao integra 11 polltica n:lcional de sallde e abrange os servieos do Sistema Unico de Sau(le (SU S). Em entrcvista ,I reporter Sandra Paulino, du R~\dio Brasil Atual, a presidenta do Inslituto Ama, Maria Lllcia Silva, explica pOT que C neeess.'lria essa conscicnti/_a~iio. "Quando pensamos em sallde publica. devemos pcnsar quais as diferenyas de acesso dos diferentes grupos da sociedade brasilcira. Existe r<lcismo no Brasil , e a politica nacional de sallde integral da popular,;;:10 negra rcconhece que a existcncia do racismo produz desigualdade no acesso asaude. H{\ doenps que tcm maior reincidcm:ia na populacao negra, portanto. c nccess,irio que 0 estado, ao se apropriar desses indicadores, tambC111 desenvolva es!ra!cgias para 0 enfrenlamento." De acordo com Maria Lllcia, os numeros reflelelll uma realidade poueo conhccida. ··Em nivel nac ional, mulheres negras morrem Ires vezes mais do que Illulheres brancas, no pcriodo de paTIo. Isso aconlce!: pOT uilla displiccncia no atcndime!lw, Portanto, 0 scrvi~o de sallde tCI11 de cstar alcma a essa infomlaCiio para que as mulhcre$ negras n:10 l11orral11 de causas inevitaveis. Isso e0 que thamamos de racismo instituciona l,ja que os nllmeros cstiio divulgados, e a Estada nao implementa uma a~iia mais eficaz.'· A politica naciollal de saudc para a populacao negra reforca a import;mcia da coleta de dados para se claborar a estraicgia de alendimcnlo. Uma das atividades mais simples ca dec laracao !eita pelo paeientc ao thegar a Uma unidadc de sailde_ Na fieha, ele define sua ctnia. Com esse tipo de infonnacao, novas politicas pllblicas podem ser organi7_adas. "A coleta da infonnaciio da cor da pessoa cimportante, pais as pessoas pTecisam definir 0 que sao, se n:10, 0 funcion;lri o olha para a cam cia pessoa c cle mesmo define" , expliea a presidenta da entidade. A sensibili7_ar,;;:10 c necessaria para qllebrar prcconccitos, e apesar dos indicadores, nem todos os servidores coneordam . A assislente social da prcfeilura de Guarulhos, Maria dc Jesus de Assis Ribeiro, tel11 acampanhado os debates com os scrvidores. "Por lim lado, os servi dores que estao fa zendo 0 clirso e percebem a neccssidade de coloc<lr essc debate na saude, e por outro lado, pessoas que ain(b nao percebem cssa import:'mcia." Maria Lilcia !liz que dar atencao nao significa privilegiar. "Ha um eonceito enraizado 1111 sau(1c que lodos sao utcndidos de forma iguaJ. Mas eles mio eslao atendendo mn dos principios da equidade, que diz que as pessoas devem seT atcndidas de acor(\o com a sua ncccssidade. E os s(''fvidores dev(.'J11 rever suas crellcas, porque Cisso que dcve inlerfcrir no atell dimenlo .'·

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A U mbanda no J apao e a busca pela ressignifica<;ao da vida dos nipo-brasileiros Para Vshi Arakaki. o/ellOll1ellO do Irtlils//aciollali=o{'iio dos refigiues /;rasi/eir(lS 110 .1(11'(/0 esla

{igado (II/III cOIl/ex/o his/or/co e social pe-

culiar ('Ill rehl<;iio (lOS pmcesso$ lIIigrmo/"ios illfCrtl(lciollois. A bl/sea por 11 01'0.1' religiues reprcsclI/a {/ proCllra par apOio cmociOlw/ pora lidar ca m sifllo{,oes acivcrsas I'or: Marcia .Iu II l:es Jomai"ta 8 ra6oola. pm"',""", da Unioin"" IM ~ ,,,,,, RC>5ar>e Junll"" (@ Ma!'C"","II'"

ratados no Brasil como japoneses, e no Japao como brasileiros, as imigrantes nipo-brasileiros ' experienciam lima re negocia~ao de identidade etnocultural e passam a buscar elementos que reforcem sua n0980 de pertencimento ao Brasil. A rejei980 elnica sofrida pelos imigranles faz com que eles se isolem denlro da comun idade Iransnacionar. A explica~ao e da antrop61oga Ushi Arakaki, na entrevista que concedeu por e-mail a IHU On-line _"0 processo de renegociat;:ao de idenlidade vlvida pelos nipo-brasileiros gera uma demanda par simbolos religiosos que possam salisfaze-Ia" , complela. E nesse contexto que deve ser compreendida a transnacionalizaryao da Umbanda no Japao. Os primeiros terreiros de Umbanda no Japao surgiram no final dos anos 1990, criados par "imigrantes nipo-brasilelros que fizeram a caminho inverso de seus ancestrais ", observa Arakaki. "Oesde entao a Umbanda vern sendo pralicada no pais, mas quase que exclusivamente par brasileiros. Os poucos japoneses que frequentam as terreiros vao acompanhados par amigos brasileiros e raramen te tornam-se praticantes au freque ntadores assiduos _Eles buscam solu1{oes magicas para seus problemas".

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de janeiro deste ana uma data de grandes candombles em todo 0 Brasil, entre eles, 0 candomble do Akola Bessen, onde 0 agba comendador Zenildo de Bessen e sua iya kekere egbonmi Neusa de Yemoja deram inicio ao ana festivo de louvor aos ancestrais com a realizagao de duas obriga,oes de 14 anos. Uma ao ja filho da casa, Stive de Osun , que ja havia tomado 7 anos ao entrar no ase e Nino de Ologunede de Praia Grande-SP, recem chegado no aS8 e acolhido no seio da familia Akolo Bessen, tambem tomando as seus. Foi uma noite inesquecivel, pais alem de dais egbomis estarem tomando seus 14 anos, suas divindades representam entre tantos atributos, a familia, Ologun e fi lho de Osun. o babalbrisa Francis Ney de Osabsi e familia, a iya kekere Iraci de Oya, ekedji Fran de Osagiyan, axogum Deley e Gustavo de Aira, vieram do centro oeste para prestigiar 0 irmao Stive e 0 novo filho da casa. Irmaos de varias cidades compartilharam da noite magica de louvor aos orisa e a consagragao dos ebomis. Famflias reunidas, criangas alegres interagiam com os adultos no louvor as divindades. Ogans, verdadeiros mestres e maestros da arte sacra afro brasileira revezavam os tambores sagrados e entoavam mantras da tradi,ao do Candomble de ketu. Rituais de oferenda (presentel e comunhao do alimento (ypete) foram a consagra9iio divina a festividade , que foi coroada com a manifesta,ao dos .orisa em seus respectlvos filhos e filhas presentes. Encerrada a festividade liturgica, todos se confraternizaram em um laudo jantar.

Rancho do Luizinho

RIJa Siluldo \ins n' 78 - J."lim 9 do )"Iho - Sio ~ht"'", 5;' P.aIo - SP. EsmdaF.",vb Biri~ 1917 - .-Igmd.C._. -Aloap,,", -SP


-Me ju ba (eu saudo a lodos) meus egbonrni e meus ma is no· YOS, e uma honra fala r urn pouco de minha pequena historia de dedica9aO aos meus ancestrais. -Sou orno 6risa, no sangue , na alma, em~ toda minha genetica. Amo minha ancestralidade, me orgulho de minha hist6ria de vida : Desde minha infancia me dedico aos ori xas. Convivi dentro da r09a de meu tio carnal babalorixa Leo d 'Ogun , fil ho de _m;c grande saudosa ebomi Cidalia de Yroko, filha do Gantois, que com sua sabedoria, sempre nos mostrou a amor e 0 compromisso com as orixas, onde aprendi a amar e venerar cada vez ma is os nossos deuses. Apos alguns problemas familiares, meu lio techou a r09a e segui 0 meu caminho. Com 14 anos por problemas de saude minha mae

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- Sou conhecido como Baba Nyno Iy j i per j Ogyia de Itaparica-BA, Axe Opo Afonja , com quem lo~ei minhas . I gaifoes de 1, 3 e 7, assim que lomei 14, meu pal partlu para 0 em seguida conheci Pai Zen ildo e meu orisa OIogunede confioll e permitiu que eu tava5se a cabe<;:a e tomasse novamente meus 14 anos, adentrando assim para 0 Ase Akol6Bessen. - Estabeleci meu pri meiro /Ie Ase na cidade de Sao Vicente, denaminado /Ie Ase Locy Lora fundado em 05 , 02 , 201~ . L~gu,?ede. qu is mudar e hoje ele abita em Mongagua com a denommayao Ase A~fyn Ologunede Orno OyaYgbale. Esteu fel iz per ter tornado esle ca~lnho e sido acolhido nesta minha nova familia sagrada, 0 quallevarel com orgulho 0 nome Ako/6 Bessen. Nino L og un : Eacebook Saba NynoTyLocy

dona Ana , me levou a ro~ onde ela tambem fazia parte, ro9a esta tundada desde de 1973,0 lie Axe Obatunde e Caboclo Urubata situ ado em Santo Andre - SP, conduzido pela yalorixa Sebastiana de Oba Juntamente com 0 ebomi Cartos de Oxum de Reci fe, filho de nossa saudosa gaiaku Luiza do jeje marrim (cachoeira). minha yalorixa sempre amiga e uma grande iya{mae). Fui iniciado para ori xa Osun em uma barco de dais, eu dofona e minha irma Marcia de O!liun dofonitinha . Fui criado pela ebomi Valeri a de Ussa e pelo seu irmao babalori xa Ogum Tumbi, Hercules de Ogum , pessoas maraYilhosas , cujo axe ate hoje frequen lo com meus ir· maos e amigos.

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Com passar do tempo fui me aprofundando, ate conhecer 0 cul to de Ifa na casa do sacerdote Fabio de Yemonja (filho de Dida de Oxum e hoje culluador e sacerdote do cullo yoruba no templo Oduduwa do baba King, onde aprendi muito com Fabio de Yemoja , um grande amigo e sacerdo te, mas O;;.un tinha um proposito em minha vida. Com 0 passar do tempo con heci meus babiJ/{Jw6 Awotunde de Oxum stri te e Awo Ifawoa le de Ibadan, onde me iniciaram ao cuno de If a compartilhando muitos misterios do mundo dos ancestra is iorubas. Por determina<;ao de Ifa retomei algumas coisas que eu tinha deixa pela melade como lesse arisa. E assim come<;a minha historia den lro do Ase Ako/6 Bessen. dirigido peio meu sumo sacerdole agba Zenildo de Bessen e a egbonmi Neusa de iyemoja. onde arriei minhas obriga¢es de 7 e 14anos , como ma ndam as Iradi90es brasileiras do Candomble. HOJe leva nlo a bandeira do meu axe com muito orgulho. meu baba e minha iya, sou 2m2 A ko16 Bessen l Afl.e onde eu retomei mi nhas origens Itl no meu passado glorioso, me orgulho dessa minha pequena trajetoria e 0 mel hor de ludo isso e que respeito as minhas origens e ate hoje convivo num aJo (uniao) perfeito com meus sa· cerdotes que conlribulram para minha Yida espiritual.


Ainda temos OS mel hores pre~os de ra,oes para dles e gatos, Confira! Ango la s Ricardo de Oba/lli/yi!

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xu e um orixa africano, tambem co· nhecido como: E,S.u, Eshu, Bara, Ibarabo, LegM, Elegbara, Eleggua, Ake san, Igelu, Yangi, Onan , Lallu, TIriri, Ijelu. Algumas cidades onde se cullua 0 Exu sao: Ondo, i!esa, IJebu, Abeokula , Ekiti e Lagos. Exu e 0 orixa da comunica~o, da paci. encia, da ordem e da disciplina. Eo guar· diao das aldeias, cidades, casas e do axe, das coisas que sao feltas e do com portamento humano. A palavra E~u , em ioruM , significa 'esfera', e. na verdade, Exu e 0 ori xa do movimento. Ele e quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bern e de garanlir que sua fun9.30 de mensageiro entre 0 Orun (0 mundo esp irilual) e 0 Aiye (0 mundo material) seja plena mente realizada. Na Africa na epoca da colonizat;,3o europeia, 0 Exu foi sincretizado erroneamente com 0 diabo cristao pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhao e a forma como e representado no cullo africano. Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, e comumenle confundido com a figura de Satanas, 0 que e urn equivoco, de acordo com a constru~o teol6gica ioruM. posto que nao esta em oposiyao a Deus, muito menos e considerado uma personifica<;:ao do mal. Mesmo porque, nessa religiao, nao existem diabos ou entidades encarregadas (mica e exclusivamente de coisas ruins, como ocorre no cristianismo, segundo 0 qual tudo 0 que acontece de errado e culpa de urn unico ser que foi expulso por Deus. Na milologia yoruba , porem , assim como no Candomble, cada uma das entidades (Orixas) tern sua por<;:ao positiva e negativa assim como 0 proprlo ser humano. De cara ter irascivel, Exu se satisfaz em provocar disputas e trazer calamidades para as pessoas que estao em falla com ele. No en tanto, como tudo no universo possui de urn modo geral dois lados. positiv~ e negativo, Exu tambem funciona de forma positiva quando e bern Iratado. Dai ser Exu considerado 0 mais humano dos orixas, pois 0 seu carater lembra 0 do ser humano, que e, de urn modo geral, mutante em suas a<;:oes e aliludes. Conta-se na Nigeria que Exu leria sido urn dos companheiros de Odudua quando da sua chegada a Ife e chamava-se Esu Obasin. Mais tarde, lomou-se urn dos assislentes de Orunmila e ainda rei de Ketu , sob 0 nome de Esu Alakelu. A palavra eJegbara sign ifica 'aqueJe que e possuidor do poder" (agbara) e esta ligada a figura de Exu. Urn dos cargos de Exu na Nigeria , mais precisamente em Oy6, e denominado Esu Aker6 OU Akesan , que significa ' chefe de uma missao", pois este cargo tern como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei. Exu praticarnente na~ possui ew6s (ou quizilas) e aceita quase tudo 0 que the ofere cern. Os yorubas culluam Exu em urn pedao;:o de pedra porosa chamada Yangi. ou fazem urn monticulo grolescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca fe ita de buzios. Ou ainda represenlam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de buzios tendo ern suas maos pequeninas cabat;as onde ele, Exu, carrega diversos p6s de elementais da lerra usados de forma bem precisa em seus trabalhos. Exu lem a capacidade de ser 0 mais sutil e astuto de todos os orixas. E quando as pessoas estao em falla com ele , simples mente provoca mal entendidos e discuss6es entre elas e prepara-Ihes inumeras armadiIhas. Diz um oriki que : "Exu e capaz de carregar 0 61eo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este 61eo se derrarne'. E assim e Exu, 0 orixa que faz 0 erro virar acerto e 0 acerlo virar erro. Esu Alakelu possui essa denomina<;:ao quando Exu, por meio .sde uma artimanha , conseguiu ser 0 rei da regiao, tornando-se urn dos '!! reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa na<;:ao no Bras il 0 re,s verenciam tambem com este nome. Todos os assentamentos de Exu "; possuem elementos ligados as suas atividades. Atividades mulliplas ~que 0 fazem estar em lodos os lugares: a terra , p6, a poeira vinda l- dos lugares onde ele atuara. Ali eslao depositados como elemento de 121"or<;:a diante dos pedidos. (font.. , I"te""'t)

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Ile Omin Nild i),(l/dri!yl Elisobew d'611111

01 ... Dada. 35 ...... de bOdromo paulistano , desde sua funda9ao, alias desde a Av. Tiradentes. Esle ana a divindade homenageada foi Esu ou Exu como queiram, 0 importante e qu e 0

rna das maiores expressoes de resistencia cultural afro brasileira e sem

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duvidas 0 Afax€! paulistano Omo Dada , a embai-

N,"clc(J d c Urn ba nd :1

-

diversos se9mentos religiosos e culturais

senhor i foi homenage ado e 0 publico teve a intera y80 ainda que simb61ica com este orixa maravilhosa. Apos uma chuva torrencial , como pm

para maslrar suas tradi90es

e

em forma de carnaval , com rllmos e cadelncias que lembram os terreiros, as tribos

fai , a parou para

ancestrais em dias de festa. t: a festa mais linda do planeta , 5em sombra de duvidas, e em Sao Paulo 0 Orno Dada mantern firme seu lugar no Sam-

em um desfile magistral. Mas para ver melhor, assista

xada paulista do Candomble e da Umbanda, pois nele reunem-se

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Pai Ademir abre 0ana religiosocom homenagem ao Marinheiro eSeu ZedosCocos

mAsed'Og 16 ,

sumo sacerdote

Biib/dorisa Fra/lcisco de Y~lI1ai(i ~(11 )

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pies afo brasileiros mais comprometidos com 0 resgate espiritual e a tradic,:ao . Sem demagogias , Pai Ademir ha quase tres dekadas segue a missao que Ihe fo i incu mbida pelos gu ia s e orixas. Ao lade de sua esposa e companheira nas tarefas religiosas, eles comandam a familia de fe e biol6gica, po is seus filhos sao atuantes em todos os trabalhos da casa . Como e trad icional , mais uma vez, 0 ana li turgico publico foi aberto com muita vibrac,:ao dos guias, ao comando de Seu Ze dos Cocos, que chegou depois de uma breve passagem do Marinheiro Ze do Leme .

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SO" Miguel Poul islo

Celulor

15


HADOAXE 3 de Setembro 2016

A Caminhada dos GUERREIROS DO AXE! Na Luta por Justi~a e Igualdade Social

elD quinto anD consecutivo, 0 babal6risa Gambi d'S~mg6 leva a imagem de Jesus Cristo, que e Oxala nas tradit;oes afro , as ruas, em um cortejo sagrado, abenyoando 0 bairro e a Gidade no dia do aniversario de Sao Paulo. Mais do que um ata dvico religioso , esta procissao tambem urn 5imbolo contra a discriminatyao religiosa , pois mostra que Jesus de lodas , ainda Cristo com names diferentes.

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CONCENTRAcAO VIADUTO DO CHA

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