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PARTE INTEGRANTE DE VEJA ANO 49 - NO 6 NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE
10 de fevereiro de 2016
ME DÁ UM DINHEIRO AÍ Carro alegórico da Beija-Flor: materiais importados substituídos por nacionais
As escolas de samba apostam na criatividade para fazer bonito mesmo com o orçamento reduzido pela falta de patrocínio
Índice ANO 25 | Nº 6
Seções
18 Carrnnav a al a
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História
Às vésperas dos Jogos de 2016, um livro resgata a paixão antiga dos cariocas por esportes, a exemplo das regatas na Baía de Guanabara
Capa: foto de Anna Fischer
Retrato da Semana
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Veja Rio Recomenda
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A Opinião do Leitor
12
Vejario.com.br
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#vejario no Instagram
14
Histórias Cariocas
16
Beira-Mar
32
Carioca Nota Dez
33
À Moda das Ruas
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Roteiro da Semana
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Manoel Carlos
Roteiro da Semana
ARQUIVO DA REVISTA CARETA/BIBLIOTECA NACIONAL
FOTOS FELIPE FITTIPALDI
Escol Esc olass de samb ola ol ambaa como como om a Grannde d Rio R appost ostam am em mat em materi e ais innusi usitad tados tad dos e soluuçõe çõ s cria criativ riativ tivas as p a reduuzizir par z o custo usto dos de desfil sfilees em sfil m tem temppos poss de crise see e esca es sseez de pattroc ro ínios os
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Bares
Profissionais como Jessica Sanchez, do Copacabana Palace, desenvolvem os ingredientes que usam em seus drinques
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Beleza
Salões e estúdios da cidade oferecem tratamentos cosméticos que dão maior volume e destaque aos cílios
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Restaurantes
38
Bares
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Carnaval
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Comidinhas
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Crianças
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Exposições
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Shows
47
Teatro
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Dança
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Cinema
Retrato da Semana
LILIANE LODI/DIVULGAÇÃO
Pedro Tinoco | p.tinoco@abril.com.br
Flagrante da baleia feito na última segunda, dia 1º, na Praia de Itacoatiara: o animal costuma se aproximar a até 50 metros da orla
DESFILE NO MAR Espécie presente na costa fluminense, a baleia-debryde, animal que pode chegar a 16 toneladas, faz sucesso em aparições mais próximas da orla, ao alcance das câmeras, nas águas da Barra e de Niterói
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Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
N
o primeiro dia de fevereiro, segunda-feira passada, ela deu pinta em Niterói, nas praias de Itaipu e Itacoatiara. Antes, já havia saracoteado pela entrada da Baía de Guanabara e pela Barra da Tijuca. A baleia-de-bryde pode chegar a 15 metros de comprimento e 16 toneladas de formosura. No mar, ao alcance das câmeras, chama atenção como uma musa da Sapucaí. Ofusca, com seu esplendor, as aparições de pinguins, lobosmarinhos e orcas, mais comuns no inverno. É a única entre os grandes cetáceos a não empreender longas migrações. Prefere águas de zonas tropicais, como as da costa brasileira — variações da espécie povoam regiões com as mesmas condições nos oceanos Índico e Pacífico. Nossas vizinhas, a exemplo daquela avistada em Niterói, têm seus hábitos
estudados por instituições como o Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos (LBEC), ligado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), do Departamento de Oceanografia da Uerj. A pesquisa de campo costuma ser feita nas regiões de Arraial do Cabo e Cabo Frio. Informações sobre a baleia-de-bryde, no entanto, ainda são escassas. Sabe-se que o bicho prefere sardinhas ao krill, ingrediente favorito de parentes próximos, como a baleia-azul. Uma “bryde” adulta pode engolir cerca de 600 quilos em cardumes diários. Comprovou-se, também, que o barulho e a poluição provocados pelo homem são particularmente nocivos à espécie. Quem apreciou a visita, portanto, já conhece pelo menos dois problemas a ser evitados para garantir a sua volta.
Veja Rio Recomenda Editado por Pedro Tinoco | p.tinoco@abril.com.br
Cinema Miguel Barbieri Jr.
i O Regresso AVALIAÇÃO ✪✪✪✪
Alejandro G. Iñárritu ganhou o Oscar de melhor direção e melhor filme no ano passado pelo excepcional Birdman. O realizador mexicano está de volta à corrida com um trabalho igualmente vistoso, recordista de indicações em 2016 — são doze, incluindo melhor ator para Leonardo DiCaprio, talvez a maior barbada da cerimônia, que ocorre no dia 28. A estupenda direção de fotografia de Emmanuel Lubezki, outro fortíssimo candidato ao prêmio, traz planos-sequência de tirar o fôlego e luz natural nas filmagens de locações inóspitas (no Canadá e na Patagônia). Em uma trama simples, mas de pesada carga emocional, DiCaprio
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interpreta um personagem verídico: Hugh Glass, um caçador de peles no Missouri de 1823. Guiando seu grupo por locais gélidos, Glass, acompanhado pelo filho (Forrest Goodluck), é atacado por uma fêmea de urso, sobrevive a duras penas, mas tem o corpo retalhado. Atenção: a sequência do embate com a fera, desde já memorável, ganha uma impressionante dose de realismo e violência. Os colegas não acreditam em sua recuperação, e dois deles (papéis de Tom Hardy e Will Poulter) ficam incumbidos de esperar que ele morra. Segue-se, então, uma história de traição, vingança e, sobretudo, uma desesperadora luta pela vida como raras vezes o cinema mostrou com tanta crueldade. DiCaprio fala pouco, e sua atuação vem do formidável vigor físico. Direção: Alejandro G. Iñárritu (The Revenant, EUA, 2015, 156min). 16 anos. Estreou em 4/2/2016.
MARCOS MESQUITA/DIVULGAÇÃO
KIMBERLEY FRENCH/DIVULGAÇÃO
Leonardo DiCaprio: bem cotado para finalmente conquistar o Oscar de melhor ator
Exposições Jefferson Lessa
i Roberto Rodrigues Amigo de Portinari, com quem dividiu ateliê, e irmão do dramaturgo Nelson Rodrigues, o pintor, escultor e desenhista Roberto Rodrigues (1906-1929) teve seu talento promissor abreviado por uma tragédia: aos 23 anos, trabalhava na redação da Crítica, jornal de seu pai, Mário Rodrigues, quando foi ferido a bala — morreria três dias depois — por Sylvia Thibau, que ele havia retratado na edição daquele fatídico 26 de dezembro. Sob o desenho publicado, a imagem da mulher deixando-se examinar, lânguida, por um médico, a matéria explorava em tom jocoso detalhes de sua separação. Com parte do acervo do artista doado pela família, conforme o desejo de seu filho, o designer Sérgio Rodrigues (1927-2014), foi montada a mostra Roberto, um Certo Rodrigues, no Museu Nacional de Belas Artes. O recorte de trinta desenhos revela um estilo único, capaz de conciliar traços elegantes com imagens mórbidas e sensualidade. Na seleção sobressaem ilustrações feitas para a Crítica, representações de cenas cotidianas e um belo autorretrato. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 3299-0600, ↕ Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. R$ 8,00 (pelo mesmo valor, o ingresso-família contempla até quatro parentes) e grátis aos domingos. Fecha no Carnaval e reabre na quarta (10). Curta: um filme de onze minutos, rodado por alunos de cinema da UFF em 1987, completa o programa oferecendo informações sobre a vida e a obra do artista
CAROLINE AMENDOLA/DIVULGAÇÃO
AVALIAÇÃO ✪✪✪✪
Sensualidade em traços simples e elegantes: marcas da pouco conhecida obra de Roberto Rodrigues
Teatro Jefferson Lessa
i Master Class AVALIAÇÃO ✪✪✪✪✪
Christiane Torloni em cena: contenção, elegância e ternura para interpretar Maria Callas
Em 1971, com a voz em declínio irreversível, a soprano Maria Callas (19231977) aceitou o convite da Juilliard School para administrar uma série de aulas magnas. Os encontros foram registrados em filme e inspiraram o dramaturgo americano Terrence McNally a escrever Master Class. Desde a estreia, em 1995, a peça já chegou a 100 países. No Brasil, ganhou linda interpretação de Marília Pêra, em 1996, o que só aumentou a responsabilidade de Christiane Torloni, estrela do espetáculo em cartaz no Teatro Clara Nunes. Seu triunfo não poderia ser maior. Em cena, a atriz magnetiza a plateia (não há como dizer de outra forma). Sua Callas quase explode de tanta contenção, sem perder
a elegância. Com os alunos, é arrogante e irônica, mas reconhece e incentiva os talentos verdadeiros. Graças à sua atuação, a postura rígida da personagem trai a fragilidade e o sofrimento da diva, recémabandonada pelo marido — o bilionário Aristóteles Onassis a trocou por Jacqueline Kennedy. O brilho da protagonista é acompanhado por produção de primeira, com direção exata de José Possi Neto. Criados por Fabio Namatame, os figurinos são irônicos e divertidos no caso dos alunos e deslumbrantemente elegantes para a diva. O cenário de Renato Theobaldo, feito de tecido, é belo, simples e funcional ao mesmo tempo. Bravo! Teatro Clara Nunes (435 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 3° piso, Gávea, ☎ 4003-2330. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 80,00 (sex.) e R$ 90,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Estac. (R$ 14, até duas horas). Até 6 de março.
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Veja Rio Recomenda
Comidinhas Fabio Codeço
i Steak Me
COMIDA ✪✪✪✪ | AMBIENTE ✪✪✪ | ATENDIMENTO ✪✪✪
A história do Meatpacking District, bairro badalado de Nova York que, no início do século XX, era um pouco nobre aglomerado de 250 frigoríficos, inspira o negócio com matriz em Belo Horizonte. Especializado em espetinhos grelhados na chama aberta, o ponto carioca inaugurado no fim de janeiro tem decoração de estilo industrial, muito comum naquela metrópole, e trilha sonora dedicada ao melhor do groove americano. Nas sugestões bovinas, são usados cortes da nobre raça angus, de origem escocesa. Entre as opções, figuram o suculento e deliciosamente temperado filé dianteiro (o macio miolo da paleta) e a meatball, almôndega de fraldinha (R$ 11,00 cada pedido), outra escolha acertada. Na lista de treze pedidas, encontram-se ainda o saboroso churrasquinho de porco (R$ 8,00) e o filé de peixe (R$ 15,00), além de coração e salsichão (R$ 8,00 cada um). De espeto em punho, o cliente serve-se à vontade de farofa (são três versões, a exemplo da feita com farinha amarela do Pará temperada com especiarias) e molhos. Rua Tubira, 8, loja E, Leblon, ☎ 2529-8153 (40 lugares). 17h/23h (sáb. e dom. a partir das 14h). Cc: todos. Cd: todos. Aberto em 2016. Revitalização: novo passo na conversão da Rua Tubira em descolado polo gastronômico, a casa é vizinha da cervejaria Jeffrey e do endereço de sanduíches da chef Roberta Sudbrack
Espetinhos de filé dianteiro da raça angus: R$ 11,00 a unidade
Bares Carol Zappa
i Birreria Escondido, CA
BEBIDA ✪✪✪✪ | AMBIENTE ✪✪✪ | COMIDA ✪✪✪
FOTOS FELIPE FITTIPALDI
Salão arejado, pizza crocante e dezesseis torneiras de chope: novo espaço em Botafogo
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Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
Em pouco tempo, o Pub Escondido, CA, aberto em 2013 pelos mesmos sócios do concorrido Boteco Colarinho, angariou público fiel com suas 24 torneiras de cervejas especiais. O sucesso bisado levou a turma a apostar as fichas em um terceiro empreendimento. Em Botafogo, o novo espaço é amplo, com móveis de madeira e ferro entre paredes cobertas por cimento queimado. As estrelas são dezesseis torneiras de chope, abastecidas de rótulos artesanais tirados com precisão. Assim como no endereço de Copa, o sistema utilizado por lá, o vom fass, permite que a bebida saia diretamente do barril, armazenado em câmara refrigerada, para o copo, sem contato com gás carbônico nem
Restaurantes Fabio Codeço
i Assemblage
TOMÁS RANGEL/DIVULGAÇÃO
COMIDA ✪✪✪ | AMBIENTE ✪✪✪ | SERVIÇO ✪✪✪
serpentinas. Entre as sugestões diárias, há achados como a americana Stone Go To IPA, recém-chegada (R$ 29,90, 290 mililitros; R$ 58,90, 585 mililitros), além de exemplares de marcas nacionais, como a curitibana Way Beer e a carioca Hocus Pocus. Apostas seguras, o pilsen e o weiss da casa não saem de cartaz. O primeiro é leve e tem personalidade (de R$ 7,90, 300 mililitros, a R$ 24,90, 1 litro), enquanto o de trigo apresenta notas de cravo e banana (R$ 9,90, 300 mililitros; R$ 18,90, 600 mililitros). Outro trunfo local são as pizzas de massa fina e crocante, sob coberturas saborosas como a de shiitake, molho de tomate italiano, mussarela, cebola-roxa e salsinha (R$ 55,90, 30 centímetros; R$ 38,90, 25 centímetros). Vinte receitas são preparadas por Agaciano Brito (ex-Bráz) no forno a lenha que fica logo na entrada. Rua Voluntários da Pátria, 53, Botafogo, ☎ 3489-9989 (94 lugares). 18h/1h (sáb. e dom. até 2h; fecha seg.). Cc: D, M e V. Cd: todos. → Aberto em 2016.
Capitaneada pelo restaurateur André Vasconcellos, que passou por salões importantes como os do Antiquarius, do Gero e do Esplanada Grill, a casa, aberta em novembro, é boa surpresa na Barra. O cardápio faz uma colagem de receitas tradicionais de países como França, Portugal, Espanha e Itália, além do Brasil. Se o exemplo não prima pela originalidade, por outro lado compensa o comensal com o preparo competente dos pratos e os preços atraentes. Abre-alas de sotaque lusitano, o suflê de bacalhau (R$ 28,00) trouxe o peixe desfiado e misturado a creme bem temperado, ressaltado pela noz-moscada usada na medida. Pedida para depois, o arroz de pato lembra o clássico do Antiquarius. Chegou molhado, com
pedaços generosos (e bem macios) da ave, rodelas de paio e azeitona (R$ 43,00), numa porção que satisfaz tranquilamente duas pessoas. De inspiração francesa, o steak au poivre (R$ 45,00), preparado com filémignon, veio no ponto solicitado, sob creme de pimenta-preta e ladeado por risoto de açafrão, um toque italiano que caiu bem no conjunto. O menu versátil inclui a fórmula de grelhado — são treze opções, como a codorna (R$ 42,00) — mais acompanhamento. Um bom tiramisu (R$ 19,00) encerrou o percurso. Com salão confortável, onde se destaca o lustre feito com garrafas de vinho, trata-se de um endereço que merece a atenção dos moradores do bairro. Avenida Ministro Ivan Lins, 270, Barra, ☎ 2264-5024/5015 (80 lugares). 12h/0h (sáb. até 1h; dom. até 18h). Cc: todos. Cd: todos. Estac. Couvert: R$ 15,00 (individual). ⑤ ⑥ (R$ 60,00; grátis de seg. a qua.). → ↔ www.assemblagerestaurante.com. Aberto em 2015. $$
Steak au poivre e risoto de açafrão: R$ 45,00
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Fundada em 1950
VICTOR CIVITA (1907-1990)
ROBERTO CIVITA (1936-2013)
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Circula semanalmente com a revista VEJA, no estado do Rio de Janeiro
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mais despesa de remessa. Solicite seu exemplar na banca mais próxima de você. Distribuída em todo o país pela Dinap S.A. Distribuidora Nacional de Publicações, São Paulo. VEJA RIO não admite publicidade redacional. LICENCIAMENTO DE CONTEÚDO: para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens de VEJA RIO, acesse www.abrilconteudo.com.br
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A Opinião do Leitor vejario.com.br
PARTE INTEGRANTE DE VEJA ANO 49 - NO 5 NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE
3 de fevereiro de 2016
Cervejaria Noi, no Leblon: fechada por falta de alvará
A PATRULHA DA COZINHA
As obras e benfeitorias físicas feitas na cidade não vêm acompanhadas de nenhuma melhoria em termos de política pública. Hospital novo não tem médicos e, às vezes, fica abandonado, sem funcionar. Cabine de vigilância policial não tem policial dentro. Ônibus novo não tem profissionais reciclados nem preparados para atender bem o cidadão. Escola nova costuma não ter merenda nem professores. E agora a ciclovia nova está sem segurança para quem a usa. Ficou só a obra para servir de moeda eleitoral.
dissertação de mestrado, abordei as Helenas de Manoel Carlos. Todas, sem exceção, são fortes, independentes e, sobretudo, são mulheres que amam demais. Ruvin Ber José Singal, São Paulo, SP
Nem percebi que já faz dez anos que leio as interessantes crônicas de Manoel Carlos aqui na Vejinha (“Aos que vão nascer”, 13 de janeiro). Não me lembro desse primeiro texto que ele escreveu em 2006, mas tenho certeza de que também preferi, na época, o poema de Brecht.
Carlos Henrique de Andrade
À frente das operações Ratatouille, Encontrando Nemo e Dona Benta, agentes do Procon vistoriaram os bares na rota dos principais blocos da Zona Sul. Resultado: 100 quilos de alimentos vencidos foram apreendidos
i Capa O Estado do Rio de Janeiro é o único da federação onde o Procon faz autuações nos serviços de alimentação sem a presença da Vigilância Sanitária (“Deu ruim”, 3 de fevereiro). Em nenhum outro estado isso acontece. A RDC n‚ 216/04 da Anvisa é um instrumento concebido para ser utilizado como ferramenta pelos profissionais que trabalham na Vigilância Sanitária e por responsáveis técnicos especializados em controle de qualidade de alimentos. A Vigilância Sanitária atua no nosso país, em todos os estados e municípios, no controle de qualidade de alimentos e ainda na exportação e importação de gêneros e produtos alimentícios. Antes de inutilizar e descartar alimentos, são necessários a avaliação, o conhecimento técnico e a realização de análises laboratoriais. Carlos Mesquita
Acho que o Procon do Rio está certo, tem de interditar mesmo. Mas daqui a pouco vou comer só em casa. Gaspar Henrique Júnior
i Cidade
Essa ponte me incomoda desde o início (“Estética”, 3 de fevereiro). Acho que ela é uma afronta visual, além de ser um exemplo de malversação da coisa pública. Quero ver alguém provar que essa é a melhor solução para a Linha 4 do metrô. Quero ver alguém dizer que se trata do melhor custo-benefício. Essa ponte cruza uns poucos metros de canal e é desnecessária, tanto que já existem duas outras, bem mais simples, suportando aquele tráfego há décadas.
Em relação à matéria “Um museu sem amanhã” (13 de janeiro), tenho a informar que o clima de trabalho entre a Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS), a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e a Fundação Roberto Marinho (FRM) é marcado por entendimento e cooperação em prol da conclusão da nova sede, que tanto enriquecerá o Rio de Janeiro.
Walter Costa
Fernanda Torres, como se diz, lavou a minha alma quando abordou a estética da ponte estaiada sobre o Canal de Marapendi. Ainda que outra solução de engenharia visualmente mais leve implicasse aumento do custo da obra, não seria uma solução mais racional em benefício da paisagem? E qual seria o porcentual desse aumento em relação ao custo total da Linha 4 do metrô? Parece que há uma deliberada intenção do poder público de ignorar a interferência desses equipamentos na privilegiada paisagem do Rio. Percebemos isso em diversas outras iniciativas, como na construção do BTR na Avenida das Américas e na inimaginável localização do prédio da Cidade das Artes. Jorge de Assunção Filho
i Retrato da semana Francamente, alguém tinha dúvida de que não aconteceriam assaltos aí (“A beleza e o caos”, 3 de fevereiro)? Por favor, vivemos no Rio, não no Fantástico Mundo de Bob. André Aram
Abel Pires Rodrigues
i Crônicas
É sempre um prazer chegar ao Rio e ler as crônicas de Manoel Carlos (“Minhas mulheres”, 27 de janeiro). Desta feita, Maneco discorre sobre suas mulheres nas novelas, já que é um autor que tem alma feminina e eleva a mulher. Em minha
Rosa Maria Barboza de Araujo, Presidente do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro
Correção: a atriz Letícia Colin será protagonista do remake do filme Os Saltimbancos Trapalhões e não de uma peça teatral (“Não é bem assim”, Beira-Mar, 3 de fevereiro).
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Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Editado por Fernanda Thedim | fernanda.thedim@abril.com.br
ESTRELAS DO ACERVO
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ACERVO BANCO DE MÉXICO DIEGO RIVERA & FRIDA KAHLO MUSEUMS TRUST
Selecionamos, entre as principais atrações da mostra, dez motivos para visitar a exposição sobre Frida Kahlo, em cartaz na Caixa Cultural. A obra El Abrazo de Amor del Universo, la Tierra (México), Diego, Yo y el Señor Xólotl, representação do universo da artista, está na lista. No abr.ai/ expo-frida.
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Lanches da folia
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Carnaval nos shoppings
RIOTOUR/DIVULGAÇÃO
Istock
Nutricionistas su gerem opções práticas para levar nos blocos de Carnaval. Os pacotinhos de castanhas e frutas secas são uma pedida saudável para repor a energia na hora da farra. Veja outras dicas em abr.ai/lanches-carnaval.
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Um roteiro com bailinhos e atividades que vão invadir os shoppings da cidade para animar os pequenos. Música, recreadores, oficinas de máscaras e concurso de fantasias estão entre as atrações. Confira a lista completa em abr.ai/ bailinhos-carnaval.
#vejario no Instagram
As fantasias mais criativas dos foliões Elas transformam os blocos em uma bem-humorada passarela de cores e brilho — e transmitem a alegria do Carnaval. Confira as mais votadas
FOTOS REPRODUÇÃO
@gabi zampirolli investiu no traje de paquita para ir ao bloco Fogo e Paixão
Chacrinha e suas chacretes no registro de @sergiommalmeida
A artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) é a homenageada no clique de @dianavieiraphoto
O look tarja preta foi a inspiração de @beatricej
Próxima missão i Ó abre alas: minha escola de samba atravessa a avenida Inspire-se na frase acima, tire uma foto, compartilhe-a no Instagram com a marcação #vejario_escoladesamba e fique ligado. Se o seu registro for escolhido, ele participará de uma eleição on-line na quarta (10) pela nossa
página no Facebook. Mobilize os amigos: as quatro imagens mais votadas serão publicadas na próxima edição de VEJA RIO e no site. Saiba mais em www.vejario.com.br/especial/missao-instagram
Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Histórias Cariocas Heloiza Gomes | helogomes.vejario@gmail.com
PASSO A PASSO Quinze unidades estaduais de conservação ambiental ganharão contadores automáticos de visitantes. Os aparelhos vão monitorar o fluxo de pessoas nas trilhas, com o objetivo de melhorar o planejamento da visitação e reduzir o impacto ambiental. A contagem é feita através de placas acústicas enterradas no solo, cuja bateria tem duração de dez anos. E mais: o sistema é tão preciso que identifica quando uma pessoa pisa duas ou mais vezes na placa e contabiliza apenas uma delas — com isso, a margem de erro fica em torno de 5%. O Brasil será o primeiro país da América Latina a usar a tecnologia, que começou a ser testada neste mês no Núcleo Paraíso do Parque Estadual dos Três Picos, em Guarapimirim, mas ainda não há previsão para a instalação definitiva dos contadores. VITOR MARIGO/TYBA
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Um folião de muitas facetas
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Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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FOTOS MUSEU HISTÓRICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO/DIVULGAÇÃO
A exposição Clóvis Bornay — 100 Anos, no Museu da República, marca o centenário de nascimento do museólogo, carnavalesco, ator, cantor, pesquisador, professor e organizador de bailes de fantasias. Na mostra, serão apresentados itens do acervo pessoal do artista (morto em 2005), como fantasias, manuscritos e croquis, muitas vezes feitos no papel timbrado do Museu Histórico Nacional, onde Bornay trabalhou. Uma das relíquias é a sinopse do enredo Lendas e Mistérios da Amazônia, assinado por ele, com o qual a Portela foi campeã em 1970. “É a chance de ver as múltiplas faces de um homem que, com audácia e alegria, divulgou o Carnaval carioca pelo mundo”, avalia Heloisa Queiroz, gerente de museus da Secretaria Municipal de Cultura. A mostra fica aberta até o fim de abril.
...visitaram o Museu Imperial em 2015, batendo recorde histórico. O número equivale a um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Para o diretor do espaço, Maurício Vicente Ferreira Jr., o sucesso é resultado do momento atual do país. “A crise econômica intensificou o turismo doméstico’’, diz. Esperando repetir o êxito do ano passado, o museu oferece visitas guiadas de terça a sábado, das 11h30 às 15h30, até 27 de fevereiro. Nelas, durante meia hora, uma monitora do setor de Educação leva, sem custo adicional, o público para conhecer cada cantinho da casa favorita de dom Pedro II. Em tempo: ao longo do ano, o setor atende estudantes e professores de escolas públicas e privadas.
MEMÓRIA
REPRODUÇÃO
Samba e Olimpíada O camarote Rio, Samba & Carnaval, presente na Passarela do Samba desde 1978, neste ano homenageia (como não?) os Jogos Olímpicos. Com decoração do arquiteto João Uchôa, o espaço, de 300 metros quadrados, receberá cerca de 1 500 convidados a cada noite de desfile. Entre os vips esperados estão os atores Ary Fontoura e Lília Cabral, os novelistas Glória Perez e Aguinaldo Silva, e os casais Gloria Pires e Orlando Moraes e Lázaro Ramos e Taís Araújo. O local também será point de rainhas de bateria, que passarão por lá para se arrumar. Mas a musa do camarote é Evelyn Bastos, que virá à frente da bateria da Mangueira.
Na terça (9), a Maison Leffié promove um baile de máscaras à moda antiga, com o tema “Eu sou da lira, não posso negar” (verso de Chiquinha Gonzaga). Ou seja, uma festa ao estilo da época áurea do imóvel da Rua da Carioca. No prédio, de 1905, funcionou o Cine Ideal, inaugurado quatro anos depois. Em 1913, ele foi reformado e ganhou uma cúpula assinada por Gustave Eiffel (engenheiro da Torre Eiffel). Por um dispositivo, ela se abria para refrescar o ambiente. A suntuosidade chamou a atenção de nomes como Ruy Barbosa, que tinha cadeira cativa (foto). Quando ele morreu, a peça foi isolada com uma corrente (hoje está na casa cultural que leva o nome do jurista).
ACERVO CINE IDEAL/DIVULGAÇÃO
BAILE À MODA ANTIGA
Beira-Mar
Daniela Pessoa | daniela.pessoa@abril.com.br
Novos rumos
Malu Rodrigues: musical sobre a internet
Sucesso na orla do Leblon desde a década de 90, o Bar da Praia, no Marina Palace, está sob nova direção há um mês e já tem data para fechar as portas. O empreendimento de petiscos leves e programação light, agora comandado pelo grupo Jaeé, dos sócios Fred Weissmann e Maria Emanuella Severiano Ribeiro, e pelo empresário Rick Amaral, expoente na noite carioca, vai durar apenas até o próximo verão. “O hotel vai fechar para reformas. Eles querem atingir um padrão cinco-estrelas a fim de concorrer com o Fasano”, revela Amaral. Paralelamente, o empresário se volta para a inauguração de um novo quiosque na Praia de São Conrado, que deve abrir no fim de março com foco em comidinhas, cerveja, vinhos e bons drinques. “Eu sempre achei que faltava um point descolado naquela faixa de areia, onde moro há anos”, explica. Aos 46 anos, o dono da antiga boate Baronetti avisa, no entanto, que a vizinhança pode ficar tranquila: não vai ter noitada. “Quero agregar, e não desagradar.”
LÉO AVERSA
Rick Amaral: do bar no Leblon para um quiosque em São Conrado
THAYSE
GOME
S/DIVU
LGAÇÃO
Aos 22 anos e com mais de dez musicais no currículo, Malu Rodrigues vai estrear mais um, Cinco Júlias, em 15 de fevereiro, no Shopping da Gávea. Desta vez, com cachê simbólico. “Como não conseguiram patrocínio, estamos dando uma força. É por amizade”, afirma, referindo-se também às outras protagonistas, entre elas Isabella Santoni e Bruna Hamú, que fizeram sucesso na novelinha adolescente Malhação. A trama, voltada para a geração que não vive sem internet e disputa curtidas, conta a história de cinco meninas que veem seus segredos mais íntimos ser vazados após um ataque de hackers às principais redes sociais do mundo. “Não sou muito ligada à tecnologia, então jamais teria esse problema. Não mando nudes, e nem sei qual é a senha do celular do meu namorado”, confessa Malu, que tampouco usa o Snapchat, a modinha da vez. “Chega uma hora em que, de tanto postar sobre a sua vida, você fica sem assunto quando encontra as pessoas ao vivo. É muito estranho.”
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ANNA FISCHER
NADA DE NUDES
Desafio em dose dupla Ex-The Voice Brasil, a cantora e instrumentista Lucy Alves, que conseguiu chegar à final da disputa há dois anos, está fazendo o caminho inverso ao de muitos integrantes da atração que sumiram do mapa. A paraibana acaba de se mudar para o Rio e se prepara para dois grandes feitos. Nesta segunda (8), Lucy vai puxar o samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense na Sapucaí, cruzando a avenida de sanfona e salto alto. Só o instrumento pesa cerca de 10 quilos. “Acharam que eu daria um charme à festa”, diverte-se ela, que vai ajudar a cantar a história da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. Em seguida, começa a gravar a novela Velho Chico, a próxima das 9, fazendo sua estreia como atriz na televisão. Na trama, viverá um triângulo amoroso com Camila Pitanga e Domingos Montagner. “Vou fazer de tudo para conquistá-lo. Também sou dessas fora da ficção, arretada. Homem comigo é no laço.” Lucy Alves: sanfona em plena Marquês de Sapucaí
O REI ATACA NOVAMENTE ES TE
V AM E AV LL A R/ R EDE GLOBO
Conhecido por suas (muitas) manias, Roberto Carlos parece não se cansar dos tribunais. Depois de tentar evitar que o estilista italiano Roberto Cavalli registrasse a sigla RCC no Brasil, no ano passado, o cantor titular das iniciais RC atacou uma imobiliária na cidade de Conde, na Paraíba. Na ação, a empresa do artista alegou que a Imobiliária e Construtora Roberto Carlos usava indevidamente o nome do músico, que ingressou nesse mesmo segmento de mercado, em 2011, com a incorporadora Emoções. Neste mês, a 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, no entanto, permitiu que a empresa paraibana, cujo dono é um homônimo, mantenha o nome da firma — e sem pagar indenização à celebridade.
Roberto Carlos: encrenca jurídica com uma empresa da Paraíba
“NÃO VOU SÓ PARA DAR PINTA, DE ROUPA CURTA” Taís Araújo: no embalo dos sambas-enredo
Neste ano, a musa do camarote mais badalado da Sapucaí vai reinar absoluta no Carnaval carioca, já que o cercadinho vip da cervejaria concorrente se retirou da avenida. Taís Araújo será a Dona da Roda, uma homenagem aos 100 anos do samba, que serão celebrados no espaço. “Sou Unidos da Tijuca, adoro o Carnaval. Compro os CDs de sambaenredo de todas as escolas e fico escutando em casa à exaustão”, revela a atriz, que vai curtir a folia longe do marido e dos filhos. “Lázaro vai gravar em Salvador e será a babá da vez”, diverte-se Taís. Ela falou à coluna sobre suas expectativas e exigências.
TV GLOBO/DIVULGAÇÃO
Você nunca foi rainha de bateria no Rio, nem musa de camarote. Por que só agora? Porque sempre achei tudo isso muito chato, são postos que exigem muito compromisso. Neste ano, disseram que era para eu ir lá e me divertir. Não vou só para dar pinta, de roupa curta. Exigi, inclusive, poder levar minha família inteira, porque a diversão fica completa com eles. Recentemente, e infelizmente, você foi vítima de ataques racistas na internet. Tem medo de que isso aconteça de novo? Medo? Eu não! Ficar me escondendo só implica atender aos anseios desses preconceituosos. E isso eu nunca farei. E qual é o segredo para ter esse corpo de diva após duas gestações? O de toda mulher: fecho a boca e saio correndo. Mas adoro uma cervejinha. Quando estava de dieta após a segunda gravidez, era do que eu mais sentia falta. Também amo petiscos de bar. Sou a louca da coxinha e do croquete. Vou me esbaldar no bufê do camarote!
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Carnaval
Aperto no sa Com a debandada dos patrocinadores e os cofres vazios, as grandes escolas apostam na criatividade para garantir a festa na SapucaĂ Pedro Moraes
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m clássico, a marchinha Até Quarta-Feira, composta por Humberto Silva e Paulo Sette há quase cinquenta anos, diz, logo na abertura: “Este ano não vai ser igual àquele que passou”. Apesar de se referir a uma desilusão amorosa, a letra da música se encaixa com precisão na rotina vivida por carnavalescos, artesãos e costureiras que trabalham nos barracões das escolas de samba do Grupo Especial. Quem assistir aos desfiles no domingo (7) e na segunda (8) talvez nem perceba, mas os artistas precisaram se desdobrar para garantir que as agremiações se apresentassem com o mesmo fausto e opulência dos anos anteriores. Uma combinação de recursos escassos, dificuldade para captar doações e aumento nos preços de produtos importados para as alegorias e fantasias forçou os profissionais a verdadeiros malabarismos. A boa notícia, constatada pela reportagem de VEJA RIO nos galpões da Cidade do Samba, é que o brilho da festa está garantido. Cada escola encontrou seu caminho: economizar, substituir e até reciclar para que tudo saia o mais próximo possível do planejado. As plumas, outrora tão abundantes, minguaram. A campeã Beija-Flor, por exemplo, desmontou as vestimentas do ano passado, tingiu e reutilizou as penas usadas. A Mangueira trocou o material natural por similares artificiais, de náilon, que custam um sexto dos originais. Boias em forma de bastão, usadas em aulas de natação, não vão deixar ninguém afundar na avenida. Cortadas e pintadas, vão aparecer no sambódromo em profusão. A Grande Rio, por exemplo, escolheu o material para simular o gramado de um campo de futebol em uma de suas alegorias. “Tivemos de repensar tudo, buscar novas soluções, mudar os fornecedores, mas acho que conseguimos até efeitos mais bonitos”, explica Fábio Ricardo, carnavalesco da escola de Duque de Caxias. A crise que aflige praticamente todos os setores da economia bateu forte no Carnaval carioca. Estimativas indicam que as doze escolas de elite da folia tiveram uma queda de pelo menos 40% em suas receitas — em 2015, um desfile de primeira linha custou entre 6 milhões e 10 milhões de reais. Basi-
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FELIPE FITTIPALDI
ENREDO “Mineirinho Genial! Nova Lima — Cidade Natal. Marquês de Sapucaí — O Poeta Imortal!” Desfila no domingo, com 3 700 integrantes
i A agremiação de Nilópolis desfilará com todas as
plumas recicladas. As penas foram retiradas de antigas fantasias, lavadas, tingidas e aplicadas sobre os novos trajes.
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FOTOS ANNA FISCHER
camente, as despesas são cobertas por verbas provenientes do direito de transmissão pago pela Rede Globo, subvenções concedidas pela prefeitura e pelo governo estadual, doações, eventos organizados nas quadras e, mais recentemente, patrocínios. Foi por esse expediente que corporações como as multinacionais Nestlé e Procter & Gamble, a petroleira venezuelana PDVSA e mesmo governos estrangeiros, como a ditadura da Guiné Equatorial, custearam enredos relacionados a seus produtos e estratégias promocionais, em iniciativas cercadas de controvérsias. Neste ano, algumas escolas bem que tentaram atrair novos parceiros. A União da Ilha criou um enredo sobre os Jogos Olímpicos, de olho em potenciais patrocinadores do evento esportivo, e a Unidos da Tijuca apostou no agronegócio, em busca do apoio da cidade mato-grossense de Sorriso, polo produtor de soja. As duas tentativas fracassaram. No que se refere aos cofres públicos, o baque não foi menor. Até o ano passado, cada escola do Grupo Especial recebia 1 milhão de reais da Petrobras e outros 400 000 reais do governo fluminense. Em 2016, a estatal prometeu apenas 200 000 reais por agremiação e o governo do estado não dará nada. Como compensação, a prefeitura dobrou a verba concedida e liberou 2 milhões de reais por escola. “Esta será a primeira vez que vou fechar as contas no vermelho. Cortei eventos, mas pago salários e encargos de trinta funcionários fixos. Com barracão cheio, gastamos em um mês 30 000 reais de luz e 15 000 reais de água”, afirma Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca, campeã de 2010, 2012 e 2014. Com o dinheiro curto, os carnavalescos abriram mão de recursos tecnológicos que se tornaram recorrentes nos últimos anos. Carros enfeitados com grandes painéis de LED serão raridade na Marquês de Sapucaí. A opulenta Beija-Flor, por exemplo, se limitará a reaproveitar algumas peças (pequenas) de desfiles anteriores em uma de suas alegorias. Mecanismos pneumáticos que deveriam movimentar esculturas, como o imenso palhaço da São Clemente, idealizado pela carnavalesca
I M PE R ATRIZ LEOPOLDI N ENSE ENREDO “É o Amor... Que mexe com minha cabeça e me deixa assim... — Do sonho de um caipira nascem os Filhos do Brasil” Desfila na segunda, com 3 200 integrantes
i Uma das soluções foi imprimir estampas diretamente no tecido, o que derrubou o custo de 18 para 8,50 reais o metro.
M AN G U E I R A ENREDO “Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá” Desfila na segunda, com 4 500 integrantes
i A escola apostou nas plumas artificiais, feitas de
náilon, para substituir as penas naturais de faisão, que chegam a custar seis vezes mais.
SÃO CLE M
E NTE
ENREDO “Mais de mil palhaços no salão” Desfila na segunda, com 3 000 integrantes
i Os mecanismos automatizados das alegorias
foram substituídos por sistemas mecânicos. O custo caiu de 140 000 para 10 000 reais.
E ST Á C I O
DE SÁ
ENREDO “Salve Jorge! O Guerreiro na fé”
FELIPE FITTIPALDI
Desfila no domingo, com 3 200 integrantes
i A equipe de carnavalescos, integrada por Tarcísio Zanon, usou 500 buchas vegetais para cobrir os leões do abre-alas.
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Rosa Magalhães, foram substituídos por engenhocas acionadas por correntes e cabos de aço, muito comuns nos desfiles dos bois-bumbá de Parintins, no Amazonas. A mudança, em princípio, não compromete o visual do espetáculo, mas exigiu um empenho maior nos ensaios e pode ser um risco potencial de falhas na avenida. O alívio no bolso, entretanto, foi considerável: o custo caiu de 140 000 para 10 000 reais. Outra medida de contenção foi adotar para as fantasias tecidos tingidos por um processo chamado sublimação. Graças a esse recurso, Cahê Rodrigues, carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense, desenhou as estampas e mandou imprimi-las em malha, simplificando o processo. Com isso, reduziuse o custo do material de 18 para 8,50 reais o metro. Também foram banidos das fantasias artefatos importados como cristais, peças de acetato e diversos tecidos sintéticos provenientes da China, inviabilizados pela alta do dólar. “Minhas vendas caíram 50%, e o que teve saída foram basicamente os produtos nacionais”, explica Jorge Francisco, o Chiquinho do Babado, dono da rede de lojas Babado da Folia, a principal fornecedora das escolas. Para sagrar-se campeã do Carnaval carioca, uma escola precisa enfrentar uma batalha por pontos em dez quesitos, disputados a cada décimo. Qualquer falha, ainda que pequena, pode custar o título. Em cenários de crise econômica, essa competição se torna ainda mais acirrada, uma vez que, em critérios de fantasia, adereços e alegorias, diminui a diferença entre as concorrentes. Com o orçamento apertado, grandes agremiações, habituadas a fazer desfiles caros e luxuosos, são obrigadas a descer de patamar e a aproximar-se de concorrentes menores, que nunca contaram com muito dinheiro. “Enquanto todos fazem as contas, estamos produzindo o nosso trabalho com o orçamento que sempre tivemos”, afirma Roberto Gomes, diretor de Carnaval da São Clemente, a oitava colocada no ano passado. A Estácio de Sá, que volta a se apresentar no pelotão de elite, vê na crise uma oportunidade. Com o enredo sobre São Jorge, adotou um rígido planejamento. Foi a primei-
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POR TELA ENREDO “No voo da Águia, uma viagem sem fim” Desfila na segunda,
com 3 800 integrantes
i Uma das surpresas do desfile do carnavalesco Paulo Barros é uma tecnologia que não custou nada à Portela. O criador aceitou ceder a ideia tendo como pagamento a sua divulgação.
V I L A I SAB E L ENREDO “Memórias de Pai Arraia. Um sonho pernambucano, um legado brasileiro” Desfila na segunda, com 3 800 integrantes
i Com estética do Nordeste, o carnavalesco Alex de Souza substituiu os materiais importados por similares nacionais.
FOTOS ANNA FISCHER
GR ANDE
RIO ENREDO “Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei...”
FELIPE FITTIPALDI
Desfila no domingo, com 3 400 integrantes
i O gramado do carro alegórico que homenageia o time do Santos foi feito com espuma de boia de piscina cortada e pintada.
ra a comprar os insumos, quando os estoques dos revendedores estavam cheios, e apostou em reciclagem e adaptação. Palhas de aço foram transformadas em perucas de anjo, plásticobolha virou escama de dragão, bucha vegetal tornou-se pele de leão, e até o lixo da quadra foi parar nas fantasias. “Usamos 6 quilos de anéis de latinhas, recolhidas nos eventos, para criar os chapéus de uma ala”, conta Tarcísio Zanon, um dos carnavalescos da escola. Mais que um fenômeno esporádico e transitório, a incerteza econômica tem contribuído para uma discussão sobre o modelo em vigor na Marquês de Sapucaí. Assim que o reinado de Momo se encerrar, os dirigentes têm marcada uma reunião na Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a Liesa. Na pauta, estão assuntos que vão de minúcias de regulamento a novas estratégias de captação de recursos. Hoje, por exemplo, a presença de foliões que pagam pelas fantasias é limitada para não prejudicar a avaliação no quesito harmonia, orientada por critérios como o engajamento no desenvolvimento do desfile. O gigantismo das alegorias e das dimensões das alas é outro aspecto questionado. Há ainda quem defenda um novo acordo com a Rede Globo para a transmissão do espetáculo, semelhante ao dos campeonatos esportivos, o que garantiria maior flexibilidade para angariar patrocínio. “É inegável a importância da televisão para o Carnaval. Tanto que nossa preocupação é justamente manter o telespectador interessado. Se for diferente disso, as pessoas vão desligar a TV, e aí tudo vai ficar ainda mais difícil”, diz o carnavalesco Paulo Barros, tricampeão pela Unidos da Tijuca e atualmente na Portela. Outra proposta em discussão é aumentar a participação da sociedade civil. A ideia vem do Mardi Gras, o Carnaval de Nova Orleans, nos Estados Unidos, onde a rede hoteleira e o comércio repassam parte dos ganhos para ajudar a custear a festa. A festa brasileira, que nasceu de forma espontânea, cresceu sob a sombra do jogo do bicho e se estabilizou graças ao apoio governamental e de empresas privadas, precisa agora se reinventar mais uma vez. ■
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História
Paixão olímpica
TOURADA PORTUGUESA O esporte ficou praticamente esquecido na história por ser politicamente incorreto, assim como as brigas de galo. No início do século passado a cidade chegou a ter nove arenas para tourada. A diferença da versão lusa em relação à espanhola é que por aqui não se matava o touro.
A seis meses dos Jogos de 2016, um livro recém-lançado recupera a longa história das práticas esportivas no Rio de Janeiro
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FOTOS REVISTA CARETAS/ACERVO BIBLIOTECA NACIONAL/DIVULGAÇÃO
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o início do século XIX, para matar a saudade de casa, ingleses radicados em terra carioca costumavam promover corridas de cavalo nas areias da Praia de Botafogo. Esse foi o mais antigo registro de competições esportivas realizadas na cidade encontrado por Victor Melo, professor da UFRJ e autor do recém-lançado Rio Esportivo (Casa da Palavra; 208 páginas; 79,90 reais). No livro, fartamente ilustrado, ele revela, por meio de episódios como o dos cavaleiros ingleses, que a cidade-sede dos Jogos de 2016 tem uma antiga, fértil e intensa relação com o mundo do desporto. “O que fica claro é que o esporte é determinante na formação da identidade do carioca ainda hoje, como se nota em sua relação com o corpo e a paisagem”, diz Melo, que também é membro da pós-graduação em história comparada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e da Escola de Educação Física e Desportos. Do hipismo à beira-mar às práticas praianas mais comuns nos dias de hoje, muitos cantos do Rio serviram de cenário para as mais variadas atividades. A leitura de Rio Esportivo deixa claro que a geografia da cidade é um convite à realização de exercícios. Quando o hábito do banho de mar começou a se difundir, por exemplo, aulas de natação passaram a ser oferecidas na Baía de Guanabara. Os praticantes eram levados em uma barca até o meio do mar para dar suas braçadas. “Sem a baía, o esporte por aqui não teria sido o mesmo. O mar foi fundamental, especialmente nas praias do Centro”, conta Victor Melo. Hoje tão badaladas, as bicicletas começaram a circular pelo Rio em 1875 — a chegada dos primeiros modelos causou verdadeiro alvoroço e logo se formaram clubes de ciclismo. O livro resgata costumes extintos por aqui, como as touradas, a chegada dos primeiros jogos com bola, a exemplo do futebol, uma invenção inglesa, e curiosidades hoje esquecidas. Uma história extravagante aconteceu na década de 20 do século passado, no elegante Gávea Golf Club. Na falta de um animal apropriado para praticar a caça à raposa, associa-
ACERVO BIBLIOTECA NACIONAL/DIVULGAÇÃO
Pedro Moraes
PIONEIROS Prática inovadora, o críquete chegou ao país no Império. Em 1865, as primeiras partidas eram disputadas no Campo de Santana. Já os clubes se desenvolveram em São Cristóvão, como mostra esta foto de 1913, mas a modalidade não empolgou os cariocas. PAIXÃO NACIONAL Trazido para o país pelos ingleses, o futebol logo ganhou o coração dos cariocas, especialmente depois dos primeiros campeonatos disputados entre as equipes dos clubes da cidade. Nesta partida, em 1925, no campo de General Severiano, o Botafogo se apresenta em dia de casa cheia.
PEDALADAS Os clubes de ciclistas se espalharam por toda a cidade a partir de 1875. Este registro de 1924 mostra o grupo do Club Internacional de Cyclistas. O hábito de pedalar se tornou muito comum na área central, e o Campo de Santana chegou a ser transformado em local de competição.
KARMANN GHIA DACON/AG. O GLOBO
ANTES DO COOPER O antigo Jardim Zoológico, em Vila Isabel, também atraía esportistas, como revela este corredor flagrado em 1914. Por lá também eram realizadas corridas de velocípede e partidas de futebol.
ALTA VELOCIDADE A cidade sempre recebeu eventos automobilísticos. Com o desmonte do Morro do Castelo, as primeiras corridas animam a vida dos cariocas, em 1925. Neste registro, Wilson Fittipaldi vence uma prova em 1967 no recém-inaugurado circuito de Jacarepaguá.
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HART PRESTON/GETTY IMAGES
ESPORTE DE ELITE Nem mesmo Getúlio Vargas resistiu à ideia de dar suas tacadas no Itanhangá Golfe Clube, em 1941. A luxuosa agremiação foi uma resposta ao exclusivo Gávea Country, criado em 1933 por ingleses que viviam aqui.
FOTOS REVISTA CARETAS/ACERVO BIBLIOTECA NACIONAL/DIVULGAÇÃO
dos escalaram um funcionário do clube para o papel. Mais politicamente incorreto, impossível. Algumas áreas do Rio mantêm a vocação esportiva, não importa a modalidade que abriguem. “O local onde foi construído o Maracanã antes sediava o Derby Club, o mais importante palco de corridas de cavalo no Rio até então”, lembra o autor. A expansão dos bairros da Zona Sul no início do século provocou a alteração dos costumes e, consequentemente, do perfil das atividades. Na década de 60, surgiram o surfe e, posteriormente, o voo livre. De forma geral, o esporte passou por um processo de profissionalização e o comportamento dos praticantes mudou. A realização dos Jogos de 2016 traz a promessa da criação de espaços para a formação de talentos. O Parque Olímpico, na Barra, por exemplo, deixará cinco enormes ginásios, na área onde se encontrava o Autódromo de Jacarepaguá. “A experiência do Pan-Americano, em 2007, mostrou que poucas estruturas foram usadas depois. Temo que as novas instalações não venham a cumprir seu papel, mas, é claro, torço pelo contrário”, conta Melo. Discussões sobre o legado são importantes, e pelo menos um ponto não deixa margem a dúvidas: a partir de 5 de agosto, quando 10 000 atletas espalhados pela cidade iniciarem a disputa do topo do pódio em 42 modalidades, um novo e grandioso capítulo dessa longa história de amor entre o Rio e o esporte começará a ser escrito. ■
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NAS MARGENS DA BAÍA O mergulhador arrisca o salto em uma piscina náutica do Clube de Regatas São Cristóvão (acima). Em 1911, as mulheres já brigavam por espaço nas competições, como na disputa de remo (no alto, à dir.). A foto à direita registra uma regata em 1907, com a participação de atletas do Iate Clube Brasileiro.
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Bares
Saborosa alquimia Bartenders e chefs investem na produção própria de vermutes, bitters e xaropes para a criação de drinques com toques exclusivos Carol Zappa
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ritual exige paciência. Todo dia, durante cerca de um mês, Tai Barbin abre o vidrinho escuro e mexe o perfumado elixir que vai abastecer novidades na carta de bebidas do Bar d’Hôtel. Desde o meio do ano passado, pouco depois de assumir o balcão da casa no Leblon, o bartender prepara seus próprios bitters, como são chamados os concentrados alcoólicos — de ervas aromáticas, raízes, casca de árvores ou de frutas — que conferem notas amargas aos drinques. Barbin segue uma tendência: muitos de seus colegas buscam o caminho artesanal para imprimir personalidade às criações (veja as receitas no quadro da
pág. ao lado). Por aqui, após ter trabalhado por doze anos na Europa e na Oceania, ele esbarrou na falta de produtos disponíveis no mercado brasileiro. “Foi um choque. Se lá fora eu tinha acesso a uns quarenta tipos de bitter, aqui só encontrei Angostura e sua versão de laranja”, diz. Assim ele começou a produção própria. Sua lista, comprida, inclui a mistura de coentro com capim-limão e limão-siciliano e o bitter de charuto, feito com tabaco, sementes de cumaru e de cacau torrado, além de cranberry seca. Uma criação de chocolate e beterraba vai entrar no inédito red velvet, atração da próxima carta, em cartaz a partir de maio. “O leque
Bitter de chocolate e beterraba: ingrediente do red velvet, criação de Tai Barbin para a nova carta do Bar d’Hôtel
Do balcão para a mesa Conheça sugestões de quatro endereços preparadas com ingredientes artesanais i O chef Cristiano
i Criação de Jessica Sanchez para o Mee, o ainda inédito thai season (R$ 52,00) leva bitter artesanal de cháverde, gim, hibisco, marmelada caseira de grapefruit e defumação com especiarias tailandesas
i Envelhecido por dois meses em barril de carvalho por onde já passaram outros coquetéis, o vermute de Alex Mesquita, do Paris Bar, entra no sir alex (R$ 36,00), com uísque japonês, Angostura de laranja e tintura de sal de tangerina
enorme de frutos, madeiras e sementes para explorar compensa a pequena oferta de produtos industrializados”, conta. A matéria-prima nacional também é a aposta de Alex Mesquita, à frente do Paris Bar. Prestes a lançar uma carta de influência amazônica, resultado de muitas viagens àquela região, o mixologista elaborou uma dezena de xaropes artesanais, como o de semente de imbiriba, o de maracujá, cardamomo e chá de imburama e o de priprioca e cumaru. Para ele, a coquetelaria acompanha a evolução da gastronomia. “Essa transformação vem da necessidade de harmonização com pratos mais elaborados, mas também das muitas possibilidades que os ingredientes oferecem”, explica. A volta dos coquetéis amargos inspirou ainda a produção de um vermute, aperitivo usado em clássicos como o negroni. Sua mistura de vinho branco, ervas, frutas desidratadas
i O white roses (R$ 23,90) de William Barão, do Sobe, leva o bitter da casa, uma combinação secreta de cravo, canela, quinze ervas e casca de frutas. O bartender também está trabalhando no próprio gim, que deve ficar pronto em 45 dias
LUIZ BLANCO/DIVULGAÇÃO
FOTOS FELIPE FITTIPALDI
Lanna criou seu próprio vermute para a Prima Bruschetteria. A mistura de vinho branco e 23 ervas, fortificada com grappa ou brandy, é a base do negroni sbagliato (R$ 26,00), com espumante
e sementes infusionadas passa dois louro, ou no negroni sbagliato, versão meses em um barril de carvalho antes do clássico com espumante. Jessica Sanchez, chef de bares do Copacabade chegar ao balcão. Nesse numeroso time de inventores, na Palace, foi menos empírica: passou o chef Cristiano Lanna, da Prima a estudar sobre perfumes e boticários Bruschetteria, chegou ao seu vermute para a criação de bitters e mais de reunindo 23 ervas em uma infusão de trinta xaropes (pipoca é um dos seus vinho branco. Fã do negroni, buscava surpreendentes sabores), além de um toque exclusivo para a conhecida espumas, marmeladas, geleias e infureceita de gim, vermute e Campari. sões alcoólicas. “É a melhor maneira “Na Itália, notei que a variação das de garantir a qualidade dos coquemarcas de vermute resultava em sabo- téis”, assegura. No Sobe, dois orgures diferentes. Decidi investir no lhos do bartender William Barão são meu”, lembra. “Comprei um monte o bitter da casa, no Horto, feito com uísque americano, base de cravo e de ervas pela internet e fui expecanela mais quinze tipos de rimentando”, conta Lanna. erva, casca de frutas e ingreBoa parte delas ele nem Alex Mesquita dientes secretos, e um gim conhecia. “Genciana, cardá a receita caseiro que, preparado em do-santo, pau-tenente”, de uma de suas filtro de barro, deve ficar lista. No ponto certo, o criações em pronto em 45 dias. “Tem resultado dessa aventura é abr.ai/vermutede ter dedicação. É coisa de servido puro, com pedras alex alquimista”, diz Barão. ■ de gelo e uma folhinha de
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Beleza
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Segredos dos seus olhos Tratamentos para embelezar cílios conquistam famosas e anônimas
Fernando Torquatto cuida da atriz Juliana Boller: “Os maxicílios estão em alta”, diz
Quatro atrizes mexeram nas pestanas. Veja como ficaram
DEPOIS ANTES
FOTOS DIVULGAÇÃO
Garotas-propaganda
FELIPE FITTIPALDI
Daniela Pessoa
á no tempo dos papiros, dizem, Cleópatra depilava seus supercílios usando finas faixas de tecido banhadas em cera quente. A rainha do Egito ficaria encantada com as novidades surgidas nessa área desde o finzinho do segundo milênio depois de Cristo: ganharam força na década de 90 estudos sobre o visagismo do olhar, conjunto de técnicas usadas para valorizar a beleza do rosto e corrigir imperfeições. Tratamentos como a dermopigmentação das sobrancelhas e o alongamento dos cílios, originários da Ásia, foram aperfeiçoados, conquistaram fama e chegam ao Rio junto com inovações como a coloração e o lifting das pestanas. “Os maxicílios, bem marcados e definidos, estão em alta”, afirma o maquiador Fernando Torquatto, que, não por acaso, inaugurou na Barra, no final do ano passado, o Blink by Torquatto, estúdio dedicado ao visagismo dos olhos. Giovanna Antonelli, Deborah Secco e Vanessa Giácomo estão entre as famosas adeptas do alongamento das pestanas, que dura em média vinte dias. “É prático. Você não precisa ficar colando cílios postiços nem passando rímel”, opina a atriz Juliana Boller. De espessura, comprimento, curvatura e cores variados, os fios (uns de seda, outros de pelos de animais, como o javali) são aplicados um a um rentes à pálpebra, com cola especial. “É preciso lavá-los com xampu de bebê diluído em água filtrada, escová-los para acertar a direção dos pelos e evitar o uso de demaquilantes à base de óleo e rímeis à prova d’água”, recomenda Carina Arruda, do Lolla Studio. Autoridade no assunto, ela é a única brasileira com certificado conferido pela americana Sophia Navarro, responsável pelas piscadelas glamourosas de Beyoncé e Paris Hilton. Salões de beleza tradicionais da cidade, como Ophicina do Cabelo, Visage Coiffeur e Studio Sonia Nesi, aderiram. O TP Beauty Lounge, em Ipanema, vai além, oferecendo coloração e até permanente. Às mais empolgadas, a dermatologista Claudia Miki faz um alerta: “Os produtos usados podem desencadear reações de hipersensibilidade, até lesionar a córnea”. Portanto, é importante fazer o teste alérgico antes de começar a bancar a Cleópatra. ■
GIOVANNA LANCELLOTTI
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SHERON MENEZZES
VANESSA GIÁCOMO
GIOVANNA ANTONELLI
Carioca Nota Dez Jana Sampaio | jana.sampaio@abril.com.br
Nome: Tuany Nascimento | Profissão: professora de dança | Atitude transformadora: criou um projeto social para ensinar balé a crianças e adolescentes
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FELIPE FITTIPALDI
A pacificação ainda não é uma realidade. Quando há confronto, ficamos no meio do fogo cruzado
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om os primeiros passos de dança aprendidos na Vila Olímpica da Maré, Tuany Nascimento se viu diante de um dilema quando completou 18 anos. Com um futuro promissor na dança, mas sem dinheiro para bancar uma escola profissionalizante, ela havia acabado de participar do maior evento de ginástica do mundo, o Gymnaestrada, na Suíça. Ainda assim, precisou abandonar o balé para começar a trabalhar e ajudar no sustento familiar. Ela estava cursando educação física e decidiu que não deixaria sua paixão de lado. Em 2012, quase dois anos depois da pacificação do Complexo do Alemão, a moradora do Morro do Adeus passou a dar aulas às meninas da comunidade. Sem sede própria e de forma improvisada, o projeto Na Ponta dos Pés já ocupou a sala de recepção da Associação de Moradores e hoje divide espaço com a quadra de esportes. Ao todo, 47 meninas, entre 4 e 15 anos, ensaiam três vezes por semana no local, que fica em uma área de risco da favela. “Na prática, a pacificação ainda não é uma realidade. A quadra se situa próximo à base de observação policial e, quando há confronto, ficamos no meio do fogo cruzado”, diz. Para manter a iniciativa, Tuany conta com a renda arrecadada nas apresentações realizadas na comunidade e com a colaboração de mais uma professora voluntária, dos pais das alunas e dos colegas da faculdade de educação física. Mas, a partir deste mês, um obstáculo terá sido superado. Com o prêmio de um concurso realizado por uma empresa de eletrodomésticos, a nova sede do projeto começará a tomar forma. “Minha mãe doou o espaço e vamos construir a sala com o dinheiro que ganhamos. Atualmente ensaiamos sem barra, sem espelho e sem assoalho apropriado”, conta. A expectativa, com a mudança de lugar, é aumentar para 120, até o fim deste ano, o número de crianças e adolescentes atendidos. “Espero conseguir ampliar o projeto e levá-lo para outras comunidades do Alemão. Sei que não terei 47 bailarinas profissionais, mas terei 47 meninas bem encaminhadas na vida”, conclui. ■
À Moda das Ruas Daniela Arend | daniela.arend@gmail.com ESPECIAL
VE RÃO
Prática e versátil, a saia pareô também pode ser usada como uma opção para o pós-praia Florida: aposte num top liso e em sandálias rasteiras para o dia. R$ 109,99. Hering, Rua Visconde de Pirajá, 401, Ipanema, ☎ 2523-5289.
Lisa: combine com uma regata listrada para um visual navy. R$ 179,00. Salinas, Shopping da Gávea, ☎ 3874-1612.
FELIPE FITTIPALDI (PERSONAGEM), DIVULGAÇÃO (PRODUTOS)
Tie dye: com uma camisa de alfaiataria branca, fica elegante. R$ 119,50. Rosa Chá, Shopping Fashion Mall, ☎ 3322-7870.
i FERNANDA BION, 22 ANOS: a estilista apostou na clássica mistura de preto e branco. Os flatforms prateados deixaram o look mais descolado
Geométrica: para uma produção sofisticada, invista no body preto. R$ 395,00. Gaoli, Rua Visconde de Pirajá, 351, Ipanema, ☎ 3495-0595.
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Roteiro da Semana Editado por Pedro Tinoco | p.tinoco@abril.com.br
REPRODUÇÃO
Na lista das estreias de cinema, a animação Epa! Cadê o Noé? tem no elenco uma fauna bastante animada
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Restaurantes Bares Carnaval Comidinhas Crianças Exposições Shows Teatro Dança Cinema
Os jornalistas de VEJA RIO fazem visitas anônimas a restaurantes, bares e endereços de comidinhas. Todas as despesas são pagas pela revista
Símbolos
✼ carta de vinhos atraente ⑤ vinho em taça
⑥ permite levar seu vinho → acesso para deficientes físicos ④ área para fumantes ➒ área de recreação ou
atividades para crianças
② entrega em domicílio
↕ metrô a menos
de 500 metros ↔ internet sem fio
/B M ER A
NN
David Poole e Dominic Peters, da dupla sul-africana Goldfish, fazem seu Carnaval com música eletrônica em festa no Maracanã
P ET
Atração em mostra na Caixa Cultural, Frida Kahlo inspira menu (R$ 85,00, para duas pessoas) do bar La Calaca, no Leblon, com petiscos como milho na espiga temperado
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GERY LOPEZ/DIVULGAÇÃO
PAGAMOS AS NOSSAS CONTAS
Faixas de preço por pessoa
Refeição com couvert, um prato de custo médio, sobremesa, água mineral e serviço $ até R$ 70,00 $$ de R$ 71,00 a R$ 105,00 $$$ de R$ 106,00 a R$ 175,00 $$$$ acima de R$ 175,00
Cartões de crédito e débito Cc: A American Express | D Diners | M Mastercard | V Visa | Cd: M Maestro | R Rede Shop | V Visa Electron
Serviços de venda de ingressos
IC Ingresso.com, ☎ 4003-2330. Cc: todos. www.ingresso.com | IR Ingresso Rápido, ☎ 4003-1212. Cc: D, M e V. www.ingressorapido. com.br | CI Compre Ingressos, ☎ 3005-4104. Cc: todos. www. compreingressos.com | ICE Ingresso Certo, ☎ 2538-3000 e 2203-0515. Cc: todos. www.ingressocerto.com | TF Tickets for Fun, ☎ 4003-6464. Cc: todos. www.ticketsforfun.com.br
Pontos de venda de ingressos Posto BR Bougainville
Rua Uruguai, 48, Tijuca. A partir das 9h. Aceita apenas dinheiro. | Fnac BarraShopping Avenida das Américas, 4666, loja B 101/114, Barra, ☎ 2109-2000. 10h/20h (dom. 15h/20h). Aceita todos os cartões de crédito e cartões de débito R e V. | Posto BR Piraquê Avenida Borges de Medeiros, s/nº, Lagoa (em frente ao Parque dos Patins). 9h/20h. Cc: todos.
Cotações ➓ Péssimo | ✪ Fraco | ✪✪ Regular | ✪✪✪ Bom | ✪✪✪✪ Muito bom | ✪✪✪✪✪ Excelente
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Restaurantes Fabio Codeço | fabio.codeco@abril.com.br
Consulte
+ 400
es em restaurantOM.BR
Bom, bonito e caro
VEJARIO.C
Aos cuidados da chef Morena Leite, o menu do Í Bistrô tem receitas apetitosas e preços salgados
último dia 4, o Í Bistrô. Principal atração gastronômica do complexo, o ponto aposta na cozinha brasileira da chef Morena Leite para agradar à clientela e atrair moradores da cidade — não hóspedes são recebidos no jantar de quinta a domingo. Para criar o cardápio, a comandante do Capim Santo, prestigiada casa fundada por seus pais em Trancoso, com filial em São Paulo, baseou-se nos cinco biomas brasileiros (mar, montanha, floresta, sertão e cerrado). Ela concebeu receitas criativas e saboro-
sas, oferecidas a preços salgados. Pelo ceviche de lagosta com biri-biri (frutinha azeda que lembra uma carambola, muito comum na Bahia) são pagos R$ 79,00. Opção de prato principal, a moqueca de pirarucu com palmito pupunha e banana-daterra, guarnecida de arroz de castanha-de-caju e farofa de beiju, custa R$ 115,00. A bala de coco recheada de baba de moça (R$ 35,00) é uma das sugestões doces. Avenida Salvador Allende, 6555, Jacarepaguá, ☎ 2153-1800 (30 lugares). 19h30/23h30 (fecha de seg. a qua.). Cc: todos. Cd: todos. Estac. (grátis). Couvert: R$ 29,00. ⑤ → ↔ Aberto em 2016. $$$$
i PROFUSÃO DE SUSHIS Uma seleção de casas que servem fornidos rodízios de comida japonesa Benkei Sushi
Negócio da experiente chef Marina Tasakhi, a rede oferece tradicionais cortes de peixe cru — entre eles, os sashimis de salmão e de atum em crosta de gergelim (R$ 39,00 cada pedido), em porções de quinze fatias. Outro caminho é optar pelo rodízio (R$ 69,90). Disponível todos os dias a partir das 17h, o serviço inclui uma variada seleção de sushis, sashimis e enrolados, além de entradinhas e pratos quentes.
cutiva do serviço é oferecida a R$ 54,00 no almoço de segunda a quinta. Rua J.J. Seabra, 10, Jardim Botânico, ☎ 2530-0780/0675 (100 lugares). 11h30/0h (sáb. e dom. a partir de 12h). Cc: todos. Cd: todos. Estac. c/manobr. (R$ 15,00). ⑤ ⑥ (R$ 50,00) ④ ② ↔ www.japab.com.br. Aberto em 2015. $$
Kotobuki
Moqueca de pirarucu, dica de prato principal: R$ 115,00
FOTOS TOMÁS RANGEL
nvestimento da Accor Hotels no RioIhotel centro, ao lado da Vila Olímpica, o Grand Mercure abriga, desde o
Cd: todos. Estac. (R$ 12,00). ⑤ ⑥ (R$ 40,00). ➒ ② ↔; Praia de Botafogo, 400 (Botafogo Praia Shopping), 7º piso, Botafogo, ☎ 3171-9595, ↕ Botafogo (150 lugares). 11h30/0h. Cc: todos. Cd: todos. Estac. (R$ 12,00 por três horas). ⑤ ⑥ (R$ 40,00) ➒ ② ↔ www.kotobuki.com.br. Aberto em 1984. $$
Manekineko
Avenida das Américas, 4666 (BarraShopping), loja 234-B, ☎ 2431-9361/9117 (44 lugares). 12h/23h. Cc: todos. Cd: todos. Estac. (R$ 10,00 por duas horas). Mais quatro endereços. www.benkei.com.br. Aberto em 2000. $$
Com duas unidades, na Barra e em Botafogo, este tradicional japonês serve um competente rodízio (R$ 79,90 de domingo a quinta; R$ 98,90 sexta, sábado e feriados), das 19h às 22h. O sistema disponibiliza missoshiru e nirá de entrada, uma boa variedade de makimonos, sushis e sashimis (incluindo atum e salmão semigrelhados), três versões de yakissoba (carne, frango e legumes) e sobremesas (banana caramelada e brownie de chocolate).
A rede atrai farta clientela com pedidas originais — entradas como o pirulito de salmão defumado em crosta de gergelim e massagô, recheado de cream cheese temperado (R$ 35,90, oito unidades), são um bom exemplo. Muito procurado, o rodízio tem dois preços: R$ 94,90 no almoço de segunda a sexta; R$ 99,90 no jantar e aos sábados e domingos. O serviço oferece uma fornida seleção de especialidades japonesas, entre entradas, sushis, sashimis, enrolados, pratos quentes e sobremesa.
Japa B
Avenida das Américas, 7777 (Rio Design Barra), 3º piso, Barra, ☎ 3328-8844 (215 lugares). 12h/0h. Cc: todos.
Rua Dias Ferreira, 410, Leblon, ☎ 2540-7461/7424/6981 (84 lugares). 12h/0h (sex. e sáb. até 1h). Cc: todos.
Comandada pelo chef Nao Hara, a casa serve rodízio conhecido pela boa relação custo-benefício. No jantar, come-se à vontade por R$ 64,00 (terça a quinta) e R$ 74,00 (sexta a domingo e feriados). São preparados sashimis frescos, sushis corretos, harumakis, empanados e yakissobas, entre outras pedidas básicas. Além dos itens elencados na cartela, chegam à mesa surpresinhas criadas na hora. Uma versão exe-
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Blog Confesso que Comi A chef baiana Isis Rangel (Siri Mole & Cia) volta a ocupar o Prosa na Cozinha nos fins de semana. Saiba mais em abr.ai/confessoquecomi por Fabio Codeço
Cd: todos. Manobr. (R$ 18,00, seg. a sex. a partir das 20h; sáb. e dom. a partir de 13h). ⑥ (R$ 35,00, nacional; R$ 65,00, importado) ➒ ② ↔ www.manekineko.com.br. Mais cinco endereços. Aberto em 1997. $$$
Mori Ohta Sushi
Na casa, uma especialidade conhecida é o saboroso festival (R$ 82,00 no almoço de segunda a sexta, até 18h; R$ 89,00 nos demais dias e horários). Em forma de degustação, o serviço leva à mesa itens como rolinho primavera, missoshiru, guioza de porco e os usuais sushis e sashimis. Também há espaço para criações mais originais, como ussuzukuri (fatias finas de peixe ou frutos do mar); sushi de atum com foie gras grelhado e croquete de kani com shimeji. O preço inclui uma bola de sorvete para a sobremesa. Avenida das Américas, 4666 (BarraShopping), expansão, loja 245-C, Barra, ☎ 3387-0780 (75 lugares). 12h/23h. Cc: todos. Cd: todos. Estac. (R$ 10,00, por duas horas). ⑤ ⑥ (R$ 45,00) → www.morisushi.com.br. Aberto em 2014. $$
Nik Sushi
Um farto rodízio é oferecido após o almoço de segunda a sábado e no domingo o dia todo. O serviço inclui mais de oitenta opções quentes e frias, como o sushi de atum com geleia de pimenta. Pelo serviço, são cobrados R$ 78,90 de segunda a quinta e R$ 83,90 de sexta a domingo e feriados — caso da terça (9), quando a casa abrirá excepcionalmente às 18h, o mesmo horário da segunda (8). Lançamento para viagem, o picknik reúne 44 peças de sushis e sashimis, duas garrafinhas de saquê e duas musses do dia por R$ 150,00.
atum, peixe branco, kani, camarão, xerelete, polvo e lula. Na ala quente, o comensal pode optar por saborosos espetinhos (robatas) servidos com molho teriyaki, a exemplo do de filé-mignon, e variações em torno do yakissoba. De sábado (6) a terça (9), a casa abrirá a partir das 18h. Avenida do Pepê, 780, Barra, ☎ 2492-1286 (100 lugares). 11h30/0h (dom. e feriados a partir das 15h). Cc: todos. Cd: todos. ⑤ ⑥ (R$ 40,00) ② (☎ 2137-0353) ↔; Avenida Maracanã, 987 (Shopping Tijuca), 3º piso, Tijuca, ☎ 2568-4932 (80 lugares). 11h/23h (dom. até 22h) Cc: todos. Cd: todos. Estac. (R$ 12,00 por duas horas). ⑤ ⑥ (R$ 40,00) ② (2569-2686) → ↔ www.peahisushi.com.br. Aberto em 2007. $$
Sushimar
O rodízio (R$ 76,00 no almoço de terça a sexta; R$ 82,00 no jantar de segunda a quarta ou no almoço de sábado, domingo e feriados) oferece boa variedade de especialidades japonesas. A unidade da Gávea, que completa 25 anos em 2016, lança novidades no menu à la carte, como a salada
que reúne acelga, alface, broto de feijão, hortelã, cenoura, amendoim, macarrão e frango empanado (R$ 39,00). Rua dos Oitis, 6, lojas D e E, Gávea, ☎ 2274-3999 (40 lugares). 11h30/0h (qui. e sex. até 0h30; sáb. 12h30/0h30; dom. 12h30/23h30; seg. a partir das 17h). Cc: A, M e V. Cd: todos. ⑤ ② ↔ www.sushimar.com.br. Mais quatro endereços. Aberto em 1991. $$
Zo Sushi
Descolado japonês na Barra, serve rodízio de segunda a quinta e no domingo. O esquema elenca algumas sugestões do menu à la carte, como shiitake e shimeji refogados na manteiga, além de sushis, sashimis e pratos quentes. Outra opção é decidir por combinados de dezesseis, 24, 37 ou 55 peças, também incluídos no preço (R$ 98,90 no jantar de sexta e sábado; R$ 79,90 nos demais dias e horários). Segunda (8) e terça (9), a casa abrirá excepcionalmente às 12h. Avenida Lucio Costa, 1976, lojas G e H, ☎ 2495-1295 (70 lugares). 18h30/0h (sex. até 1h; sáb. 12h/1h; dom. a partir das 12h). Cc: D, M e V. Cd: todos. ⑥ (R$ 60,00) → ② ↔ www.zosushi.com.br. Aberto em 2015. $$
i Um prato, duas receitas Típico da região italiana do Piemonte, o vitello tonnato, entrada composta de fatias de carne bovina ao molho de atum, ganha preparos distintos nas cozinhas cariocas
SOUSA/DIVULGAÇÃO
Rua Garcia d’Ávila, 83, Ipanema, ☎ 2512-6446/6456 (85 lugares). 12h/0h (sex. até 1h; sáb. 13h/1h; dom. 13h/23h.). Cc: todos. Cd: todos. Manobr. (após as 18h). ⑤ ⑥ (R$ 20,00, nacional; R$ 25,00, importado) ② www.niksushi.com.br. Aberto em 1998. $$
Pe’ahi
A decoração inspirada pelo surfe — Pe’ahi é o nome de uma baía na ilha havaiana de Maui, famosa pelas ondas gigantes — reforça o clima beira-mar da matriz, de frente para a Praia da Barra. Mais de sessenta itens abastecem o rodízio (R$ 89,00, segunda a quinta; R$ 99,00, sexta a domingo), oferecido na Zona Oeste a partir das 15h30 e o dia todo na Tijuca. Do sushi-bar saem sushis, makimonos, sashimis e temakis feitos com salmão,
Laguiole Na versão de Elia Schramm, eleito o chef revelação na edição 2015 do especial COMER & BEBER, publicado por VEJA RIO, a entrada traz fatias de rosbife escoltadas por anchoïade (molho provençal à base de anchova) e pangrattato (farofa italiana de pão e ervas) com avelã (R$ 39,00). Avenida Infante Dom Henrique, 85 (Museu de Arte Moderna), Flamengo, ☎ 2517-3129.
Gero O reduto italiano segue a receita clássica, com lombo bovino marinado em vinho e ervas, coberto por emulsão de atum e anchova, finalizado com alcaparras fritas. A entrada, servida com salada verde, é uma opção do almoço executivo (R$ 98,00, com prato e sobremesa), oferecido na unidade de Ipanema de segunda a sexta. Rua Aníbal de Mendonça, 157, Ipanema, ☎ 2239-8158.
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Bares Carol Zappa
Sabores de Frida Kahlo Estrela de concorrida mostra na Caixa, a artista mexicana inspira menu e drinque
Rua Dias Ferreira, 247, Leblon, ☎ 2274-5590.
La Calaca
i ARRIBA! Conheça outras quatro casas onde é possível ter um gostinho da culinária encontrada na fronteira do México com o Texas, no sul dos Estados Unidos Guacamole
Não estranhe se durante a noite nesta casa, decorada com caveiras e outras referências mexicanas, um trio de mariachis aparecer todo fantasiado com direito até a sombreiro, cantando clássicos como Guantanamera e La Bamba. Esse é o espírito na filial do barrestaurante da rede catarinense. Para petiscar, comece com o nacho guadalupe (R$ 39,90). Trata-se de farta porção de nachos cobertos por mix de queijos, chili, milho, azeitona e pimenta jalapeño acompanhados de sour cream, guacamole e pico de gallo, espécie de vinagrete apimentado. Hit por lá, a margarita clássica custa R$ 20,90. Na ala dos preparos criativos, o gran coronita blue é um mix de tequila, licor de laranja e suco de limão servido em taça de 1 litro, com uma garrafa de Corona virada dentro (R$ 56,90). Rua Jardim Botânico, 129, ☎ 3178-3100 (260 lugares), 18h/1h (sex. e sáb. até 2h). Couvert art.: R$ 12,00. Cc. todos. Cd: todos. Aberto em 2012.
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Para homenagear sua conterrânea, o chef Gerry Lopez elaborou um menu degustação (R$ 85,00, para duas pessoas) com especialidades do México. O circuito inclui receitas como chips de tortilha com guacamole e milho na espiga temperado ao limão, molho aïoli, pimenta chipotle, queijo e páprica, além de burrito de porco, taco de bacalhau crocante, quesadilla de cogumelos e enchilladas de frango. A ala doce é representada por churros com chocolate.
RODRIGO AZEVEDO/DIVULGAÇÃO
Recém-chegada à casa, a bartender Alice Guedes se inspirou nas cores da obra (e das roupas) de Frida Kahlo para criar o carmen (R$ 35,00). Cítrico e frutado, o coquetel de sabor marcante leva gim Tanqueray, chá de frutas vermelhas com gotas de hibisco e rosas, xarope de gengibre e óleo saccharum (espécie de azeite) de tangerina. É servido em taça defumada com tabaco de tangerina e flores gérberas.
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Avenida Ataulfo de Paiva, 1240, Leblon, ☎ 3264-2217.
GERY LOPEZ/DIVULGAÇÃO
Brigite’s
Puebla Café
bola e coentro (R$ 23,00). A casa não abre durante o Carnaval, mas volta a funGlamour não é algo a esperar neste que é cionar na Quarta-Feira de Cinzas. um dos redutos mais longevos da gastronomia tex-mex da cidade. As mesas ficam Rua Voluntários da Pátria, 448 (Cobal do Humaitá), loja espalhadas pelo estacionamento da Cobal 23, Humaitá, ☎ 2286-5623 (70 lugares). 18h/0h (sex. e do Humaitá em clima exsáb. até 2h). Cc: todos. Cd: todos. tremamente informal. Dos Estac. (R$ 5,00 a primeira hora). drinques com inspiração Aberto em 1998. mexicana, faz sucesso o Reduto de amantes adiós mother fucker, que Rota 66 de vinho, a Cavist, traz tequila com tônica e Nesta casa dedicada à bem-sucedido negócio pimenta em forma de shot culinária tex- mex, uma dos irmãos Janine Sad (R$ 9,00). Já o speedy sugestão para dividir vole Alain Costa, hoje gonzález é composto de tou ao cardápio: é o super com quatro unidades, dois copinhos, um de tecombo mex (R$ 69,00), ganhou uma versão quila e outro de suco de com dois tacos, de carne míni. Aberta no Terminal tomate temperado, para e de frango, duas flautas, Menezes Côrtes, no beber junto (R$ 16,50). A nos mesmos sabores, um Centro, a Petit Cavist michelada, clássico local, miniburrito, tortilha chips (Rua São José, 35 loja custa R$ 7,50. Para belise cinco molhos. Já que a 125, ☎ 3179-0422) serve car, aposte nos nachos, pedida é compartilhar, a cerca de 230 rótulos, cobertos por pasta de feimargarita frozen, hit da como o sul-africano jão e queijo gratinado (R$ seção de bebidas, pode Felicité Chardonnay 26,50). Na sexta e no sáser vendida em tamanhos (R$ 78,00), além de bado, a pedida para acompara grupos, de 1 ou 2 liuísques e gins, que panhar a bebida é o sabotros (R$ 70,00 e R$ podem ser levados para roso ceviche feito com 130,00, respectivamente), casa ou consumidos cubos de cação marinados enquanto o mojito frozen por lá mesmo. em limão, azeite, alho, cesai por R$ 20,00. A deco-
TOME NOTA
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s em endereço M.BR O VEJARIO.C
ração evoca a lendária rodovia americana que empresta o nome à rede, com miniaturas de motos Harley-Davidson e pôsteres de carros antigos e estrelas do cinema. Rua Voluntários da Pátria, 448 (Cobal do Humaitá), loja 8-A, Humaitá, ☎ 2286-8487 (90 lugares). 12h/1h (sex. e sáb. 3h). Cc: todos. Cd: todos; Rua Almirante João Cândido Brasil, 35, Tijuca, ☎ 2254-4219 (180 lugares). 11h30/1h (sex. e sáb. até 3h). Cc: todos. Cd: todos. www.restauranterota66.com.br. Mais quatro endereços. Aberto em 2001.
Sí Señor
A loja de Ipanema fechou, mas a da Barra continua a oferecer suas receitas texmex. Uma boa pedida para compartilhar, o playa del carmen (R$ 118,80, para até quatro pessoas) junta dois tacos de frango e dois de carne, duas enchilladas de queijo cremoso, um burrito de frango, uma miniquesadilla tradicional, com frijoles, guacamole, nacho e molho de salsa caliente. À noite, aumenta a procura por drinques como a margarita frozen (R$ 24,80), a piña colada (R$ 22,80) e o mojito (R$ 22,80, ou R$ 66,80 na jarra de 1 litro). Outros caminhos são o chope Brahma, que custa R$ 9,80 (300 mililitros), mas na happy hour (segunda a sexta das 15h às 21h; sábados e domingos até 19h) sai por R$ 5,90. Em long neck, são oferecidas cervejas como Stella Artois (R$ 9,80), Corona (R$ 12,80) e a belga Hoegaarden (R$ 14,80). Avenida das Américas, 5000 (Shopping New York City Center), térreo, Barra, ☎ 3258-3079 (120 lugares). 12h/23h30 (sex. e sáb. até 1h). Cc: todos. Cd: todos. www.sisenor.com.br. Aberto em 2011.
i BOEMIA NA FOLIA Três destinos certos para repor as energias durante a farra carnavalesca Armazém Devassa
No térreo do Hotel Mar Ipanema, na badalada esquina das ruas Visconde de Pirajá e Aníbal de Mendonça, a casa que pertence à marca de cervejas é porto seguro a qualquer hora na maratona momesca — afinal, fica aberta 22 horas por dia. O cardápio, assinado pela chef Andrea Tinoco, traz sugestões apetitosas para matar a fome entre um bloco e outro, como a casquinha de siri com farofa de dendê (R$ 29,90) e o combinado ar-
mazém (R$ 49,90), que reúne calabresa flambada na cachaça, aipim frito, bolinho de bacalhau e carne-seca. Da boa carta de drinques, prove o pirata sarará (R$ 27,90), combinação de rum prata, suco de laranja, licor de tangerina e chope de trigo Devassa. De inspiração oriental, o arigatô chili (R$ 27,90) é feito com tangerina, pimenta-biquinho e saquê. Rua Visconde de Pirajá, 539 (Hotel Mar Ipanema), Ipanema, ☎ 2512-2051 (70 lugares). 6h/4h. Cc: todos. Cd: R e V. → ④ ↔ www.cervejariadevassa.com.br. Aberto em 2007.
Boteco Cabidinho
Em um casarão de esquina, o estabelecimento não fecha as portas um minuto sequer. Boa pedida para encarar a folia, a feijoada de frutos do mar (R$ 62,00, ou R$ 89,00 para duas pessoas) leva lula, polvo, camarão, mexilhão, badejo e salmão no feijão-branco bem temperado, refogado com azeite de dendê e leite de coco. O chope Brahma, carro-chefe, é encontrado nas versões tradicional (R$ 8,90; 300 mililitros) e black (R$ 13,50; 400 mililitros). Desce bem com o pastel de camarão recheado de gorgonzola e nozes (R$ 7,00). Rua Paulo Barreto, 65, Botafogo, ☎ 2539-8737, ↕ Botafogo (80 lugares). 24 horas. Cc: todos. Cd: todos. www.botecocabidinho.com.br. ④ Aberto em 1965.
Calavera Kitchen & Bar
Caçula do polo gastronômico nos arredores da Rua Capitão Salomão, o bar com pegada rock entra no clima de Carnaval. Na segunda (8) e na terça (9), vai abrir mais cedo, a partir das 13h, para quem quiser fazer um esquenta ou esticar a saideira depois dos blocos (e fecha também um pouco antes nesses dias, às 21h). Fantasiados de piratas Calavera, os atendentes vão receber os foliões com sugestões especiais para os dias festivos: o capitão jack sparrow burger é um blend de carne e bacon com queijo da Serra da Canastra e maionese da casa no pão de mandioca (R$ 25,00) e o capitão gancho dog, um cachorro-quente feito com linguiça artesanal e o mesmo queijo (R$ 15,00). Para refrescar, uma dica que tem tudo a ver com a brincadeira: o sacolé capitão calavera, preparado com vodca e frutas variadas (R$ 10,00). Rua Capitão Salomão, 14, loja C, Humaitá, ☎ 3734-5461 (32 lugares). 18h/0h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom.). Cc: todos. Cd: todos. ↔ ④ Aberto em 2015.
Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Carnaval Carol Zappa
A diva do batidão carioca e suas vertentes e o funkeiro unem forças no baile batizado como A Bela e o Fera. Clube Monte Líbano. Avenida Borges de Medeiros, 701, Lagoa, ☎ 2239-2399. Terça (9), 22h. R$ 140,00 (mulheres, pista, 3º lote) a R$ 420,00 (camarote open bar, 3º lote). ICE.
Baile do Trapiche
Na segunda noite do agito à fantasia, a afiada banda que toca no musical Sassaricando embala os foliões com marchinhas e sambas-enredo do passado e do presente. Um concurso vai eleger os melhores figurinos. Trapiche Gamboa. Rua Sacadura Cabral, 155, Centro, ☎ 2516-0868. Terça (9), 22h30. R$ 54,00 (antecipado) e R$ 63,00 (na porta). Bilheteria: a partir das 14h (ter.).
Baile Eu Sou da Lira
No elegante cenário da nova casa da Lapa, o baile de máscaras comandado pela banda Não Posso Negar, o bloco Desliga da Justiça e o DJ Sapucaia promete uma volta a antigos carnavais. O ingresso dá direito a bufê e open bar com espumante, uísque e cerveja. Maison Leffié. Rua da Carioca, 62, Centro, ☎ 99662-4449. Terça (9), 23h. R$ 600,00 (mulheres, 2º lote) e R$ 700,00 (homens, 2º lote). ICE.
Banga de Espuma
Ao lado do DJ Marlboro e do MC Andinho, o Bangalafumenga comanda um baile funk com direito a banho de espuma. Fundição Progresso. Rua dos Arcos, 24, Lapa, ☎ 3212-0800. Terça (9), a partir das 22h. R$ 80,00 (1º lote). ICE. www.fundicaoprogresso.com.br.
Lavradio Jazz Fest
O festival do bar Santo Scenarium ocupa a Rua do Lavradio com shows de jazz gratuitos. Nos moldes do Mardi Gras, a folia de Nova Orleans, nos Estados Unidos, o público se diverte ao som de atrações como a São Jorge Brass Band, que abre os trabalhos na segunda (8). Liderado pelo trompetista inglês Tom Ashe, o grupo passeia por jazz das antigas, ragtime e charleston. Em seguida, a Monte Alegre Hot Jazz Band, formada por integrantes de vários países, mostra seus arranjos para temas como Hello Dolly. Na terça (9) é a vez do jazz cigano do quinteto Roda Romani e do sexteto Orleans Original Jazz, que defende clássicos do dixieland, como When the Saints Go Marchin’ in.
i Unidos
da EDM
Festas de música eletrônica são alternativa para quem procura outros ritmos na folia sujeito não precisa ser ruim da cabeça O ou doente do pé para eleger batidas alternativas no seu Carnaval. Quem não
gosta de samba ou não está no clima de enfrentar os blocos não tem do que reclamar: até terça (9), a Marina da Glória abriga o Rio Music Carnival, evento de música eletrônica que reúne alguns dos principais nomes das cenas nacional e estrangeira. Na segunda (8), o brasiliense Alok, o primeiro no ranking dos melhores DJs brasileiros da revista especializada House Mag, e o belga Kolombo tocam na festa Love Sessions. Eleito duas vezes o melhor do mundo pela prestigiada publicação britânica DJ Mag (em 2013 e 2014), o holandês Hardwell é a atração mais aguardada da última noite, que conta ainda com seu conterrâneo Kill the Buzz e outros DJs. Ainda na segunda (8), a festa Music Motion leva o duo sulafricano Goldfish ao gramado do Maracanã no evento O Carnaval do Rio. A dupla é conhecida por unir instrumentos como saxofone e piano a batidas eletrônicas.
Marina da Glória. Avenida Infante Dom Henrique, s/nº, Aterro do Flamengo. Informações, ☎ 2512-7019. Segunda (8) e terça (9), 22h. R$ 180,00 (mulheres, 2º lote, segunda) a R$ 380,00 (homens, premium, 3º lote, terça). ICE. Maracanã. Rua Professor Eurico Rabelo, s/nº, Maracanã. Informações, ☎ 4003-1212. Segunda (8), 23h, R$ 220,00 (mulheres, 3º lote) e R$ 260,00 (homens, 3º lote). ICE.
Hardwell: o DJ holandês se apresenta na terça (9), na Marina
Leia a programação completa dos blocos na cidade em abr.ai/blocos-2016
ETT Y IMA GES
Anitta e Nego do Borel
reços em
ende OM.BR VEJARIO.C
LAR RY MA RANO/G
i FOLIA ECLÉTICA
+ 300
Rua do Lavradio, 36, Centro (diante do Santo Scenarium). Segunda (8) e terça (9), a partir das 13h. Grátis.
Maratona da Folia no Palaphita
À frente da casa na Gávea, o agitador Mário Maluco oferece uma programação intensa durante nove dias, que vai de funk a rock e sertanejo, até sábado (13). Na terça (9), a festa Arca Is the New Bloco convoca o bloco Brasília Amarela, que homenageia o grupo Mamonas Assassinas. Quarta (10) é dia de funk com Sapão, MC Diretoria e muito hip-hop, trap e black music. Na sexta (12), os DJs Gagau Dieckmann e Gabriel Cesar comandam a edição pós-carnavalesca da festa sertaneja Pense em Mim. Palaphita Gávea. Avenida Bartolomeu Mitre, 1314 (Jockey Club Brasileiro), Gávea, ☎ 3114-0853. Segunda (8), 19h; terça (9), 18h; quarta (10) a sexta (12), 21h; sábado (13), 22h. R$ 60,00 (mulheres, 1º lote, sexta) e R$ 240,00 (homens, 1º lote, sábado). www.bilheteriadigital.com.
Palco Rio Marchinhas
O palco na praça diante dos Arcos da Lapa segue com programação gratuita de shows. Na segunda (8), passam por lá o bloco Céu na Terra, seguido pelo músico Rogê, que vai da bossa nova ao samba, passando por reggae e afoxé. O Bangalafumenga encerra a noite com repertório que homenageia o Carnaval baiano. No dia seguinte, a vez é do cantor Alfredo Del-Penho, além dos blocos Sargento Pimenta e Cordão do Boitatá. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa. Segunda (8) e terça (9), a partir das 18h. Grátis.
Ressaca de Carnaval
Antes mesmo de seu desfile no domingo (14), o Monobloco se une ao bloco de funk Carrossel de Emoções e ao sertanejo pop de João Gabriel na ressaca da folia. Fundição Progresso. Rua dos Arcos, 24, Lapa, ☎ 3212-0800. Sexta (12), a partir das 22h. R$ 80,00 (pista, 1º lote) a R$ 300,00 (frisa (1º lote). ICE. www.fundicaoprogresso.com.br.
Zona Sul do Samba
Ex-vocalista do Exaltasamba, o pagodeiro Thiaguinho é a atração principal da festa que encerra o projeto O Carnaval do Rio. No repertório, hits dançantes como Caraca, Muleke! e Desencana.
Maracanã. Informações ☎ 4003-1212. Segunda (8), 23h, R$ 220,00 (mulheres, 3º lote) e R$ 260,00 (homens, 3º lote). ICE.
Comidinhas Fabio Codeço | fabio.codeco@abril.com.br
Sete endereços onde se encontram saborosas versões de pão de queijo Café Épico
Charmoso, o ponto no Centro serve cafés especiais, feitos com grãos comprados no sul de Minas Gerais e torrados no local, em três intensidades. A média é encorpada, mas equilibrada, e de espuma cremosa (R$ 4,20). Para beliscar, prove o pão de queijo da roça, vendido por R$ 1,10. A casa não abre na segunda (8) nem na terça (9). Avenida Mem de Sá, 144, Lapa, ☎ 2411-2243 e 3022-6080 (40 lugares). 9h/20h (qui. até 21h; sex. até 0h; fecha sáb. e dom.). Cc: todos. Cd: todos. www.cafeepico.com.br. Aberto em 2015.
Cultivar Brasil
Lojinha e fábrica de produtos orgânicos, o ponto vende uma das melhores receitas de pão de queijo da cidade. A porção do quitute, feito de mussarela e parmesão, custa R$ 7,00 (oito unidades). Complete a visita com o cappuccino (R$ 6,00) de tamanho generoso. Rua Paschoal Carlos Magno, 124, Santa Teresa, ☎ 3173-8952 e 3852-2648 (24 lugares). 7h30/20h (sáb. e dom. a partir das 8h). Cc: todos. Cd: todos. Aberto em 2010.
Da Cozinha Café
O agradável café instalado no jardim do Museu Internacional de Arte Naïf serve pão de queijo em porções de seis unidades (R$ 9,00). O quitute aparece também no café da manhã (R$ 69,90 por quilo), oferecido nos fins de semana e feriados, das 9h às 13h. No domingo (14), o desjejum será embalado por um duo de flauta e violão tocando ritmos brasileiros. Rua Cosme Velho, 561, térreo (Museu Internacional de Arte Naïf), Cosme Velho, ☎ 2225-9389. 10h/18h (sáb. dom. e feriados 9h/17h; fecha seg.). Cc: todos. Cd: todos. ↔ Aberto em 2013.
Deli 43
O par de casas prepara, diariamente, um saboroso pão de queijo (R$ 3,90 a unidade) com queijo da Serra da Canastra. Uma alternativa mais consistente lançada para a temporada de verão reúne sanduíche de linguiça artesanal, croquete e mate da casa por R$ 22,90. Rua João Lira, 97, lojas A e B, Leblon, ☎ 2294-1745 (90 lugares). 9h/23h. Cc: todos. Cd: todos. → ↔; Rua Gonçalves Dias, 43, Centro, ☎ 2222-1163, ↕ Carioca (100 lugares). 9h/19h (fecha sáb. e dom.). Cc: todos. Cd: todos. www.deli43.com.br. ↔ Aberto em 1999.
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+ 200
em endereços M.BR VEJARIO.CO
sanduíches veganos
Confira apetitosas receitas preparadas sem nenhum produto de origem animal Empório Jardim
Uma dica deliciosa da chef Iona Rothstein traz abobrinha e berinjela grelhadas, pimentão agridoce e pasta de grão-de-bico no pão feito de cereais e semente de abóbora (R$ 28,90). Rua Visconde da Graça, 51, Jardim Botânico, ☎ 2535-9862.
Hareburger
A rede especializada em hambúrgueres sem carne oferece uma opção de quinoa e batatadoce, servida com cebola-roxa, molho de semente de mamão, cenoura, tomate, queijo à base de aipim e folhas (R$ 15,90). Avenida Ataulfo de Paiva, 1235, Leblon, ☎ 2221-7476. Mais cinco endereços.
.Org Bistrô
Nova criação da chef Tati Lund, especialista em culinária vegetariana, o cachorro-quente montado no pão sem glúten traz cenoura marinada em especiarias e shoyu no lugar da salsicha, além de maionese de tofu, milho cozido e batata-doce palha (R$ 32,00). Avenida Olegário Maciel, 175, loja G, Barra, ☎ 2493-1791.
Meloá
Dona do negócio, a confeiteira Silvia Garcia prepara delícias como o pão de queijo da Serra da Canastra (R$ 3,50 a unidade). Para arrematar, prove o milk-shake de pingado (café com leite) aromatizado com cumaru (R$ 13,40), semente conhecida como a baunilha brasileira. Rua Santa Clara, 142, loja A, Copacabana, ☎ 3596-6321, ↕ Siqueira Campos (20 lugares). 8h/21h. Cc: todos. Cd: todos. www.meloa.com.br. ↔ Aberto em 2014.
Venda Mineira Café & Outras Delícias
Em casa de mineiro — a dona da empreitada, Elisa Leite Ribeiro, é de Carangola — não falta um bom pão de queijo (R$ 4,50 a unidade; R$ 13,00 a porção de seis menores). O petisco também serve de moldura para sanduíches como o de filé suíno com
TOMÁS RANGEL
i PATRIMÔNIO MINEIRO
Consulte
Cachorro-quente do .Org Bistrô: R$ 32,00
Prana
A partir de 16h, um cardápio para o lanche elenca saborosos sanduíches. Opção em cartaz na quinta (11) e na sexta (12), o hambúrguer de grão-de-bico e espinafre vem com chutney de maçã, queijo de leite de castanhas, tomate ao pesto e alface (R$ 35,00). Dadinho de tapioca acompanha o pedido. Rua Ererê, 11, loja D, Cosme Velho, ☎ 3298-9816.
Savá
Uma sugestão da casa, especializada em comidinhas saudáveis prontas para o consumo, reúne salpicão de legumes crus e maionese de castanha no pão sem glúten (R$ 18,00). Rua Aníbal de Mendonça, 55, loja D, Ipanema, ☎ 2540-6916.
requeijão e chutney do dia (R$ 25,90, três unidades acompanhadas de chips de raízes). A casa fecha de domingo (7) a terça (9). Rua Nelson Mandela, 100, loja 121, Botafogo, ☎ 2226-0749 (35 lugares). 8h/0h (fecha dom.). Cc: todos. Cd: todos. ② www.vendamineira.com.br. Aberto em 2011.
Verdin
Pedida para beliscar, o gostoso pão de queijo é vendido em dupla por R$ 3,50. Para adoçar, pergunte pelo brownie de cacau (R$ 8,00), sem glúten, com massa úmida de farinha de amêndoas, açúcar de coco e chocolate meio amargo. A casa fecha de segunda (8) a quarta (10). Rua Ataulfo de Paiva, 458, Leblon, ☎ 3437-4989 (18 lugares). 10h/20h (sáb. até 19h; fecha dom.). Cc: todos. Cd: todos. Aberto em 2015.
Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Crianças
Carolina Barbosa | carolina.barbosa@abril.com.br
Diversão indoor
a resenha dos filmes em exibição
Confira sete atrações em shoppings cariocas para a criançada aproveitar
i ESPECIAL
Animal Tour
Peanuts, o Filme
Q Confira em Cinema (pág. 51)
Cine CCBB Matinê
A mostra de filmes dedica, nos fins de semana, sessões voltadas ao público infantojuvenil. Nesta semana, o destaque é O Guia dos Mochileiros das Galáxias (2005). Rec. a partir de 10 anos. Centro Cultural Banco do Brasil — Cinema II (52 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2000. → Sábado, 15h. R$ 4,00. Bilheteria: a partir das 9h (sáb.). Até 1º de maio.
Fotógrafo Viajante
Relacionada ao acervo e às exposições do Instituto Moreira Salles, a atividade propõe a observação de um conjunto de fotografias de Marcel Gautherot, em cartaz na mostra A Viagem das Carrancas. A partir daí, cada participante é convidado a criar uma nova imagem que se integre à sequência. Rec. a partir de 6 anos. Instituto Moreira Salles (10 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. Sábado (13), 16h. Grátis. Distribuição de senhas meia hora antes.
Show do Bita
Sucesso entre os miúdos ligados na internet, com videoclipes que atingiram a impressionante marca de 100 milhões de visualizações, e nos canais Discovery Kids e TV Brasil, a turma do Mundo Bita entretém os pequenos em sua versão show interativo. No espetáculo, os personagens Bita, Lila, Tito e Dan cantam e brincam com a garotada. Entre as composições defendidas no palco estão Fazendinha, Viajar pelo Safari e Chuá Tchibum (50min). Livre. Imperator — Centro Cultural João Nogueira (642 lugares). Rua Dias da Cruz, 170, Méier, ☎ 2597-3897. Domingo (14), 14h, 17h e 19h30. R$ 50,00 (balcão e plateia inferior). Bilheteria: a partir das 10h (dom.).
i TEATRO Os Aventureiros no Reino Congelado
Histórias infantis de sucesso se unem no musical para narrar uma nova aventura com
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Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
Com sete lojas espalhadas por shoppings da cidade, a empresa aluga bichinhos motorizados (na foto) para a garotada passear, com velocidade de 2 km/h, dentro dos centros comerciais. Há opções variadas, como hipopótamo, canguru, leão, cavalo, cachorro e urso. Rec. até 10 anos, com supervisão de adulto (carga máxima de 90 quilos). NorteShopping. Avenida Dom Hélder Câmara, 5474 (2º piso), Cachambi. Fecha segunda (8) e terça (9). Quarta (10), 12h às 22h. Quinta a sábado, 10h às 22h. Domingo, 14h às 21h. R$ 20,00 (por oito minutos). Confira outros locais em www.animaltour.com.br.
GUILHERMY LODI/DIVULGAÇÃO
✪✪✪ O Bom Dinossauro ✪✪ Epa! Cadê o Noé? ✪✪ Snoopy & Charlie Brown —
Aventura nos Jardins
Arvorismo (na foto) e tirolesa estão entre as atividades no VillageMall. Dois circuitos disponíveis dividem a turma por altura e peso. No A, com 1,5 metro de altura, os pequenos entre 90 cm e 1,3 metro encontram obstáculos como pontes de madei-
MARCIA GOMES/DIVULGAÇÃO
i CINEMA
as princesas de Arendelle, Elsa e Ana, Olaf (uma versão feminina do boneco de neve), o malvado Heigelado, o valente Finin e o seu cachorro Jakão, do desenho Hora de Aventura. Na peça, Finin e seu melhor amigo ajudam Ana e Olaf a encontrar Elsa, que fugiu após o fim da temporada da turnê de Frozen. Apaixonado por ela, Heigelado apagou sua memória, fingindo ser seu noi-
vo. Eles estão congelando todo o reino. Cabe aos amigos a missão de salvar os habitantes e Elsa. No elenco, Aarhon Pinheiro, Analu Moscolo, Elisa Caldeira, Erick Rizental, Fernando Leão, Juliana Sampaio e Martha Rapozzo (60min). Rec. a partir de 3 anos. Reestreou em 10/1/2016. Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso, Gávea (Shopping da Gávea),
Blog Meu Mundinho Blo É tempo de folia! Do Baile das Poderosinhas à festa para pequenos do Cordão da Bola Preta, uma lista de atrações carnavalescas infantis em abr.ai/meumundinho por Carolina Barbosa
SABRINA SOARES/DIVULGAÇÃO
Arvorismo: dois tipos de circuito para as crianças nos jardins do VillageMall
ra, escadas e travessias em cordas. No B, de 4 metros, a garotada mais crescida e com até 70 quilos é desafiada por escaladas e descida de tirolesa, além de pontes móveis e plataformas. VillageMall. Avenida das Américas, 3900, Barra (jardins, acesso pela portaria F), ☎ 3003-4177. Fecha segunda (8) e terça (9). Quarta a sexta, 14h às 23h; sábado, 11h às 23h; domingo, 13h às 21h. R$ 15,00 (circuito A) e R$ 20,00 (circuito B), cada volta.
Boliche Social Club Piscina de bolinhas com tobogã: atração no Via Parque Shopping Bichos motorizados da Animal Tour: em sete pontos, entre eles o NorteShopping
Com vinte pistas profissionais, todas automatizadas e com placar eletrônico em TV de LED, o local dispõe ainda de restaurante. BarraShopping. Avenida das Américas 4 666, Barra (3º piso), ☎ 2431-9566. Segunda a sexta, 12h/0h; sábado, 10h às 2h; domingo, 11h à 0h. A partir de R$ 110,00 (seg. a sex., para até seis jogadores) e R$ 155,00 (sáb., dom. e feriados) por uma hora. Aluguel do sapato: R$ 4,50.
☎ 2274-9696. → Sábado e domingo, 17h. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 13h (sáb. e dom.). Até 27 de março.
Fantasia — A Magia dos Contos de Fadas
Com texto, direção e coreografias de Dharck Tavares, o espetáculo reúne personagens conhecidos do universo infantil — entre eles, Pinóquio, Cinderela e Branca de Neve (60min). Livre. Estreou em 9/1/2016. Teatro Fashion Mall — Sala 2 (295 lugares). Estrada da Gávea, 899 (Fashion Mall), São Conrado, ☎ 2422-9800. → Sábado e domingo, 17h30. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Até dia 29.
✪✪✪ A Galinha Pintadinha,
em Ovo de Novo
O musical desfia quinze canções — a lista inclui os temas Baratinha e Borbo-
Ecoball
No New York City Center até 31 de março, a atividade ocorre dentro de uma piscina de 15 000 litros. Basta entrar na bola gigante de borracha transparente e divertirse. Rec. a partir de 3 anos (peso máximo de 70 quilos). New York City Center. Avenida das Américas, 5000 (1º piso), Barra, ☎ 30891051. Segunda a quarta, 12h às 22h. Quinta a sábado, 10h às 22h; domingo, 13h às 21h. R$ 20,00 (por cinco minutos).
Estação On Ice
O espaço dispõe de 300 metros quadrados de pista para patinação no gelo, onde os pequenos recebem capacetes, joelheiras, luvas e cotoveleiras. Crianças com menos de 5 anos podem andar em um carrinho especial, conduzido pelos pais ou pelos monitores. Shopping Via Brasil. Rua Itapera, 500 (4º piso), Irajá, ☎ 3445-8850. Segunda (8) e terça (9), 12h às 21h. Quarta (10), 14h às 22h. Quinta a sábado, 14h às 22h; domingo, 12h às 21h. R$ 20,00 (por uma hora).
Piscina com tobogã
Instalada no Via Parque, a gigantesca piscina comporta 500 000 bolinhas coloridas e um tobogã de cerca de 8 metros de altura. Via Parque Shopping. Avenida Ayrton Senna, 3000 (1º piso), Barra, ☎ 2430-5100. Segunda (8) e terça (9), 12h às 21h. Quarta (10), 12h às 22h. Quinta a sábado, 10h às 22h; domingo, 12h às 21h. R$ 15,00 (por meia hora).
Skate Park
Atração no Barra Garden, que abriga ainda pista de patinação no gelo, parque de brinquedos infláveis e boliche, o espaço oferece aula da modalidade informada no título. Há opções que vão de dez minutos a meia hora de duração. Rec. a partir de 3 anos. Barra Garden Shopping. Avenida das Américas, 3255, Barra, ☎ 2136-9191. Fecha segunda (8) e terça (9). Quarta a sábado, 14h às 22h; domingo, 14h às 21h. R$ 30,00 (por meia hora, sem professor) e R$ 50,00 (por meia hora, com instrutor).
letinha. Animam a trama personagens como a Galinha Pintadinha, o Galo Carijó e o Pintinho Amarelinho. Direção de Ernesto Piccolo (55min). Livre. Reestreou em 9/1/2016.
Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060. → Sábado e domingo, 16h. R$ 15,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.). Até domingo (14).
Teatro das Artes (421 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), Gávea, ☎ 2540-6004. → Sábado, 17h; domingo, 15h e 17h. R$ 70,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb.); e das 14h (dom.). Até 20 de março.
Dona de um desvio no dedo médio da mão direita, Ludmila Rosa inspirou-se na própria situação para escrever, ao lado de Alexandra Maia, o texto da peça, dirigida por Pedro Brício. Na história, Dolores (Ludmila), de 8 anos, tem aborrecimentos na escola por causa do probleminha no dedo. Isolada e triste, decide viajar em busca de alguma criança igual a ela (60min). Rec. a partir de 3 anos. Estreou em 16/1/2016.
A Lenda do Vale da Lua
O autor, João das Neves, dirige a montagem. Poesia, canções, adereços e bonecos misturam-se no musical orientado pela trama folclórica do boi-bumbá. Trilha sonora de Chico César (60min). Rec. a partir de 5 anos. Estreou em 12/12/2015. Oi Futuro Flamengo (63 lugares). Rua Dois de
A Menina do Dedo Torto
Oi Futuro Ipanema (92 lugares). Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, ☎ 3131-9333. Sábado e domingo, 16h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.). Até 3 de abril.
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Exposições i MUSEUS E CENTROS CULTURAIS
Mirando o futuro
Casa França-Brasil
A coletiva Abre Alas, da galeria A Gentil Carioca, chega à 12ª edição exibindo obras de vinte artistas
Mil M2, Cildo Meireles e Ivan Grilo. Três trabalhos ocupam o centro cultural: Cruzeiro do Sul, de Meireles, um cubo de 9 milímetros de lado produzido com dois tipos de madeira; Tempos Difíceis, de Grilo, uma placa de bronze com o nome da obra inscrito; e um painel com perguntas variadas criadas pelo coletivo chileno Mil M2. Até o dia 28.
para a divulgação de novos Vciativaitrine artistas, a coletiva Abre Alas, inida galeria A Gentil Carioca, che-
ga à 12ª edição. Lançado no segundo semestre de 2015, o edital de convocação teve cerca de 550 inscritos. A dura tarefa de chegar aos vinte nomes, presentes cada um com um trabalho, coube a três especialistas: a jovem curadora paulistana Paula Borghi e os artistas plásticos Adriana Varejão e André Sheik. “Foi difícil escolher, mas nossos debates nem foram tão acirrados assim”, brinca Sheik, de quem muitos vão se lembrar como baixista da banda Biquíni Cavadão. A concorrida convocação atraiu de nomes sem
Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Fecha de sábado (6) a quarta (10).
Caixa Cultural
Frida Kahlo: Conexão entre Mulheres Surrealistas no México. A artista tem trinta de suas obras exibidas. São vinte óleos sobre tela e dez trabalhos em papel, o maior acervo da pintora já exposto no país. Roupas e objetos também são apresentados. Além disso, cerca de 100 trabalhos de outras artistas ligadas à escola surrealista, nascidas ou radicadas no México, engrossam a exposição. Uma mostra de cinema completa o programa.
Centro Cultural Banco do Brasil
Guilherme Vaz. Pioneiro da arte conceitual e sonora no Brasil, o músico e compositor tem sua obra exibida em Uma Fração do Infinito. Até 4 de abril. Ricardo Villa. Em Como Atravessar Paredes, o paulistano reúne criações em diferentes suportes. Até o dia 15. Zeitgeist — A Arte da Nova Berlim. Palavra alemã, Zeitgeist significa “espírito do tempo”. A expressão dá o tom da mostra, que reúne a novíssima produção artística da capital da Alemanha por 29 artistas daquele país. Até 4 de abril.
Centro Cultural Correios
As Vistas Lumière e os 450 Anos do Rio de Janeiro. Durante anos, os pioneiros irmãos Lumière, os pais do cinema, registraram com uma câmera estática o movimento
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A Gentil Carioca. Rua Gonçalves Lêdo, 11 e 17, Centro, ☎ 2222-1651. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, sob agendamento. Livre. Grátis. Até 19 de março.
das ruas. Vinte desses documentários são apresentados ao lado de imagens capturadas por celulares manipulados por cegos. Até o dia 21. Roberto Moriconi. O escultor italiano apresenta suas obras na individual Tudo Matéria de Arte. Até o dia 21. ✪✪✪✪ Walter Goldfarb. Em Retrospectiva 1995-2015: Ela Não Gostava de Monet, o artista resume vinte anos de carreira em quarenta trabalhos. Até o dia 28.
Caixa Cultural. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ↕ Carioca. → Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 27 de março. Fecha de sábado (6) ao terça (9).
Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Quarta a segunda, 9h às 21h. Grátis.
projeção a artistas consagrados nos principais circuitos de arte do país. “Procuramos escolher criadores com linguagem contemporânea, voz própria e coerência entre a proposta e o portfólio”, conta Sheik. “Houve casos em que preterimos gente com grande inserção em função de outros com tempo de trabalho, mas sem tanta notoriedade”, explica. Entre os escolhidos estão o grupo mineiro Indigestão, que une culinária e audiovisual, e o jovem pintor carioca Victor Mattina.
Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. → Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Fecha de sábado (6) a quarta (10).
Espaço Furnas Cultural
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Noel É 100. Noel Rosa (1910-1937) é homenageado em quarenta trabalhos premiados no concurso nacional de caricaturas realizado pelo Instituto Memória Musical Brasileira. Também estão na mostra sete caricaturas de artistas convidados e seis obras de Nássara. Até 6 de março.
Confira outras mostras do circuito em vejario.com.br
Rua Real Grandeza, 219, Botafogo, ☎ 2528-5166. Terça a sexta, 14h às 18h; sábados, domingos e feriados, 14h às 19h. Grátis. Fecha de sábado (6) a quinta (11).
Instituto Moreira Salles
✪✪✪✪✪ Rio: Primeiras Poses
— Visões da Cidade a Partir da Chegada da Fotografia (1840-
VAN HOLANDA/DIVULGAÇÃO
Jefferson Lessa | jefflessa.vejario@gmail.com
1930). Cerca de 450 imagens, registros do Rio entre meados do século XIX e o início do XX, compõem a imperdível exposição. Ao todo são noventa anos de produção fotográfica, do Império (com destaque para o Segundo Reinado, de dom Pedro II) à República, com quatro décadas documentadas. Entre os trabalhos expostos, fotos de Georges Leuzinger, Marc Ferrez, Augusto Malta e Guilherme Santos. Até o dia 28. ✪✪✪✪ A Viagem das Carrancas. A mostra reúne 42 fotografias de Marcel Gautherot (1910-1996) clicadas em 1946 e quarenta carrancas originais. Entre os destaques, está a figura de proa da lendária barca Minas Gerais, a maior embarcação que já navegou o São Francisco. Até 20 de março. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400 e 3206-2500. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas na quinta e na sexta, às 17h.
Museu de Arte do Rio
Fernando Lindote. A obra do artista gaúcho serve de fio condutor da mostra Trair Macunaíma e Avacalhar o Papagaio. Cerca de 180 trabalhos abordam a ideia de distorções, deformações e transformações presente na trajetória de Lindote. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, apoiado por Clarissa Diniz e Leno Veras, a exposição traz desenhos, ilustrações, pinturas e esculturas do
Museu do Meio Ambiente
Mata Atlântica — Ciência e Arte. A mostra reúne 200 obras de ícones da ilustração científica e natural, como Jean-Baptiste Debret e Margaret Mee, além de trabalhos contemporâneos. Entre os destaques, obras da ilustradora botânica Maria Werneck de Castro (1909-1993) e de Maria Sibylla Marian (1647-1717). Até 13 de março. Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, ☎ 2294-6619. → Segunda, 12h às 17h; terça a domingo, 10h às 18h. Grátis. Fechado até quarta (10).
Museu Nacional de Belas Artes
Corrente, de Victor Mattina: um dos trabalhos escolhidos entre 550 inscrições
acervo, aliados a trabalhos de Lindote. A seleção inclui obras criadas exclusivamente para a exposição no MAR. Até 24 de abril. ✪✪✪ Rio Setecentista, Quando o Rio Virou Capital. O acervo inclui itens como gravuras de Debret, fotografias de Augusto Malta e até uma obra de Adriana Varejão, além de objetos e documentos. Até 8 de maio. Praça Mauá, s/nº, Zona Portuária, ☎ 3031-2741. → Terça a domingo, 12h às 20h. R$ 10,00. Grátis às terças e no último domingo do mês. Meia-entrada para estudantes de escolas particulares e universitários. De quarta a domingo, grátis para alunos e professores da rede pública, crianças de até 5 anos e pessoas com mais de 60 anos. Fecha de sábado (6) a quarta (10).
Museu de Arte Moderna
O Design e a Madeira. A mostra reúne trabalhos de designers como Antonio Bernardo, Guto Índio da Costa e Zanini de Zanine, entre outros, em homenagem aos pioneiros do design nacional, que utilizavam a madeira como matéria-prima de suas obras em busca da brasilidade. Até 13 de março. A Importância de Ser... Instalações, pinturas, objetos, gravuras, vídeos e fotografias estão entre os trabalhos de quarenta artistas belgas. Até o dia 28. Laercio Redondo. A antologia do artista, que passa boa parte de seu tempo na Suécia, reúne 23 trabalhos produzidos a partir de 1998. Até o dia 28. ✪✪✪ Opinião 65 — 50 Anos. Meio
século depois de sua estreia, a histórica mostra Opinião 65 é revisitada nesta coletiva. O acervo reúne obras de dezessete artistas que fizeram parte da exposição que apontou novas perspectivas para a arte produzida no país na década de 60. Até 22 de maio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 3883-5600. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 12h às 19h. R$ 14,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e, na quarta, a partir das 15h, para todos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 14,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Fecha de sábado (6) a quarta (10).
Museu Histórico Nacional
✪✪✪✪ Cartazes de Viagem, 1910-1970 — Coleção Berardo. A mostra reúne quarenta pôsteres que exaltam o Rio como destino turístico. Produzidos por companhias aéreas e marítimas estrangeiras, eles foram encontrados em leilões e galerias de arte de cidades como Paris, Londres e Nova York. Até 20 de março. ✪✪✪✪ Diálogo no Escuro. Leia em Veja Rio Recomenda (pág. 6) Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 8,00 (ter. a sáb.). Grátis aos domingos. Fecha de sexta (5) a quarta (10).
Roberto Rodrigues. Leia em Veja Rio Recomenda (pág. 6). San Sebastiano: uma Homenagem da Itália ao Rio de Janeiro. Em homenagem ao Rio, a mostra reúne apenas duas telas de mestres da pintura italiana que representam São Sebastião: San Sebastiano, de Guido Reni, e San Sebastiano Curato da Irene, de Guercino. Até 13 de março. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 3299-0600, ↕ Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. R$ 8,00 (pelo mesmo valor, o ingresso-família contempla até quatro parentes) e grátis aos domingos. Fecha de sábado (6) a quarta (10).
Paço Imperial
Amalia Giacomini. Sete obras, entre as quais duas instalações, compõem a individual. Até o dia 28. Bruno Miguel. Essas Pessoas na Sala de Jantar e Cristaleira são os nomes das duas instalações exibidas pelo carioca. Até o dia 28. Célia Euvaldo. A paulistana expõe cinco colagens e cinco pinturas, produzidas entre 2013 e 2015. Até o dia 28. Cristina Salgado. A artista apresenta uma instalação composta da série Poemas Visuais Interiores (2015), com cerca de vinte desenhos em guache e impressão sobre papel de algodão. Até o dia 28. David Cury. O artista exibe a instalação A Vida É a Soma Errada das Verdades. Até o dia 28. José Bechara. Em Jaguares, Bechara reúne obras tridimensionais, fruto de uma pesquisa que vem desenvolvendo nos últimos dois anos sobre os limites da pintura. Até o dia 28. Renata Tassinari. Celebrando trinta anos de carreira, a paulistana exibe dezesseis trabalhos, entre pinturas de grandes dimensões e desenhos em óleo sobre papel japonês. Até o dia 28. Praça Quinze de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. → Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Fecha de sábado (6) a terça (9).
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Shows Carol Zappa
Arranco de Varsóvia
Em sua segunda formação, o grupo dedicado a gêneros brasileiros e elaborados arranjos vocais tem como líder e fundador o cantor, compositor e pianista Paulo Malaguti. No festejo de vinte anos de carreira, Malaguti, as cantoras Andréa Dutra, Elisa Queirós e Cacala Carvalho e o violonista e arranjador Muri Costa, outro integrante original, mostram o disco Na Panela pra Dançar, com músicas de Lenine, Egberto Gismonti e Sérgio Santos, além de composições inéditas. Livre. Imperator — Centro Cultural João Nogueira (642 lugares). Rua Dias da Cruz, 170, Méier, ☎ 2596-1090 e 2597-3897. Sábado (13), 19h. R$ 30,00. Bilheteria: 13h/20h (ter. a sex.); a partir das 10h (sáb.). IC. www.imperator.art.br.
Black Dog Brazil
No misto de loja, bar e espaço cultural, a banda formada em 1995 explora a história do heavy metal através de clássicos
dos grupos Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabath no espetáculo The Metal Roots. 18 anos. Kult Kolector. Rua Olegário Maciel, 130, Barra, ☎ 3624-0032. Sábado (13), 22h30. R$ 20,00 (até 22h30, lista amiga) e R$ 30,00.
Grupo Semente
De volta à casa que o batizou, o conjunto criado nos anos 90 para acompanhar a então estreante cantora Teresa Cristina faz temporada às quartas. Bruno Barreto (voz e percussão), João Callado (cavaquinho), Bernardo Dantas (violão), Marcos Esguleba (percussão) e Mestre Trambique (percussão) passeiam por sua trajetória dedicada a clássicos do samba, de Martinho da Vila a Candeia, além de composições próprias inéditas. 18 anos. Bar Semente (150 lugares). Rua Evaristo da Veiga, 149, Lapa, ☎ 2507-5188 e 99781-2451. Quarta (10), 21h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 19h (qua.).
Hanna
Figura onipresente em cartazes enigmáticos nos muros da cidade, a cantora de Maceió, que fez carreira em clubes de jazz na Europa, lança novo CD, O Amor É Bossa Nova. O repertório, dedicado à obra de João Gilberto, traz uma seleção de standards imortalizados pelo músico, como Desafinado, Bahia com H e Dindi. 16 anos. Casa da Gávea (120 lugares). Praça Santos Dumont, 116, Gávea, ☎ 2239-3511. Quinta (11), 21h. R$ 30,00. Bilheteria: 10h/20h (seg. a qua.); a partir das 10h (qui.).
Leny Andrade e João Carlos Coutinho
A diva do jazz brasileiro, com mais de cinquenta anos de carreira, divide o palco com o pianista no espetáculo Um Show de Bossa Nova. No programa, grandes nomes do gênero, como Tom Jobim, Johnny Alf, Ronaldo Bôscoli e Vinicius de Moraes. Livre. Imperator — Centro Cultural João Nogueira (642 lugares). Rua Dias da Cruz, 170, Méier, ☎ 2596-1090 e 2597-3897. Sexta (12), 19h. R$ 50,00. Bilheteria: 13h/20h (ter. a qui.); a partir das 13h (sex.). IC. www.imperator.art.br.
i Para
animar a festa Na ressaca do Carnaval, Jorge Ben Jor enfileira seus sucessos no Circo Voador, em noites que começam com batalha de DJs
Mas quem se importa? A coletânea de hits sem prazo de validade, como Mas que Nada, Zazueira, Fio Maravilha e País Tropical, é suficiente para sacudir o público por mais de duas horas, tempo que costumam durar suas apresentações. Acompanhado pela Banda do Zé Pretinho, o cantor, compositor e guitarrista esbanja simpatia e fôlego em duas noites na lona da Lapa, como já é costume no pós-Carnaval. Antes, o dinamarquês Ras Schack esquenta a plateia com o projeto Vinyl Warriors. Na versão brasileira do seu embate de DJs, ele desafia Marcelinho da Lua na sexta (12) e Marcello MBgroove no sábado (13). Nos pickups, só música brasileira e em vinil. 18 anos. Circo Voador (2 000 lugares). Arcos da Lapa, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. → Sexta (12) e sábado (13), a partir das 22h. R$ 120,00. Desconto de 50% com 1 quilo de alimento não perecível. Bilheteria: 12h/19h (ter. a qui.); a partir das 12h (sex.); a partir das 14h (sáb.). IC. www.circovoador.com.br.
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O músico com a Banda do Zé Pretinho: hits longevos
FELIPE DINIZ/DIVULGAÇÃO
de um estilo particular, cheio de balanço, que DBenono mistura samba, rock, funk e outros ritmos, Jorge Jor não lança um disco de inéditas desde 2007.
Teatro
Jefferson Lessa | jefflessa.vejario@gmail.com
i ESTREIAS
Simone Centurione e Marcos Breda: atuações na chave do bom humor
Alice Mandou um Beijo
Após a morte da filha caçula, a Alice do título, as relações em uma família se deterioram, diante da fragilidade das relações estabelecidas ao longo de muitos anos. O drama é baseado nas memórias de infância do autor, Rodrigo Portella, indicado ao Prêmio Shell de 2013 nas categorias melhor diretor (por Uma História Oficial) e melhor autor (por Antes da Chuva). A interpretação fica a cargo da Cia. Cortejo, trupe criada e dirigida por Portella em Três Rios (75min). 16 anos. Estreia prometida para sábado (13). Espaço Sesc Mezanino (70 lugares). Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. → Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: todos. Cd: todos. IC. Até 13 de março.
Baleia
Sesc Tijuca — Teatro II (50 lugares). Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, ☎ 3238-2139. Sexta a domingo, 19h. R$ 8,00. Bilheteria: terça a sexta, 7h às 21h; sábados, domingos e feriados, 9h às 18h. Até o dia 28.
Caesar — Como Construir um Império
Baseada no clássico Julio Cesar, de Shakespeare, a tragédia tem adaptação e direção de Roberto Alvim. Em cena, Caco Ciocler e Carmo Dalla Vecchia dão vida aos quatro personagens centrais: César, Brutus, Cássio e Marco Antônio (60min). 16 anos. Estreia prometida para sexta (12). Espaço Sesc — Arena (99 lugares). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2548-1088. → Sexta, 20h30; sábado, 18h e 20h30h; domingo, 17h e 19h. R$ 20,00. Bilheteria: terça a domingo, 15h às 21h. Até 6 de março.
Lucrécia
O roteirista Leandro Baumgratz inspirou-se em filmes da cineasta argentina Lucrecia Martel (diretora de O Pântano, obra de 2001) para criar esta tragicomédia. A ação se passa na Villa Lucrécia, casa de fazenda
GUGA MELGAR/DIVULGAÇÃO
A montagem, fruto de uma pesquisa realizada no curso de Direção Teatral da UFRJ, propõe uma investigação da cidade sob a perspectiva da comunicação e da violência. Dirigido por Livia Ataíde, o drama aborda as relações sociais nos grandes espaços urbanos. A ação em cena fica aos cuidados do Coletivo Errante, formado por André Locatelli, Davi Palmeira, Luiza Rangel e Marcela Cantaluppi (60min). 12 anos. Estreia prometida para sexta (12).
Elas têm a força Musical Como Eliminar Seu Chefe tem tudo para agradar a toda a família AVALIAÇÃO ✪✪✪
em 1980, o filme foi um treLtrintaançado mendo sucesso de bilheteria. Quase anos depois, em 2009, a história
das três secretárias que se rebelam contra um chefe arrogante, sexista e mentiroso virou musical da Broadway, mas não repetiu o êxito. A trama levada ao palco foi considerada envelhecida, diante das transformações no universo do trabalho americano, e o público não comprou a ideia. Resultado: a peça ficou só quatro meses em cartaz. Curiosamente, a versão assinada por Flavio Marinho é uma delícia. As adaptações das composições escritas pela cantora americana Dolly Parton são convincentes e o elenco
dá conta do recado com bom humor (especialmente as atrizes-cantoras Sabrina Korgut, Gottsha e Simone Centurione). Com cenários exuberantes, Como Eliminar Seu Chefe é uma montagem comportada, no estilo “para agradar à família toda”. É importante lembrar que a temática feminista não caducou no país. Infelizmente, a peça serve como um belo puxão de orelha nos chefes arrogantes que ainda dão expediente por aqui. Teatro Carlos Gomes (630 lugares). Praça Tiradentes, 19, Centro, ☎ 2224-3602. → Quinta e sexta, 19h30; sábado, 20h; domingo, 18h. R$ 80,00 (qui., sex. e dom.) e R$ 90,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). IC. CI. Até 28 de fevereiro.
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Teatro
construída em 1890 no subúrbio carioca do Engenho Novo por uma família portuguesa. Atualmente espremida entre outras moradias e decadente, a mansão abriga a quarta geração do clã. Em cena estão os atores Eliane Costa, Oscar Saraiva, Guilherme Prates, Nina Reis, Paula Loffler, Rogério Garcia, Jojo Rodrigues e Luana Salazar. Direção de Alexandre Mello (70min). 12 anos. Estreia prometida para sexta (12). Sesc Tijuca — Teatro I (259 lugares). Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, ☎ 3238-2139. Sexta a domingo, 20h. R$ 20,00. Até o dia 28.
i EM CARTAZ Assim como Nós
Reunião de vinte esquetes de humor, com situações colhidas no cotidiano. O foco da comédia são as neuroses do dia a dia. No elenco, Sandra Pêra, Bia Guedes e Cláudio Torres Gonzaga interpretam textos de Adriana Falcão, Bruno Motta, Cláudio T. Gonzaga, Cristina Fagundes, Julia Spadaccini, Tatá Werneck e Paulinho Serra. Dire-
As 5 peças mais bem avaliadas
A Serpente
Última peça escrita por Nelson Rodrigues (1912-1980), o drama em um ato conta a história de Ligia, que, depois de um ano casada, continua virgem. Para ajudá-la, sua irmã, Guida, lhe oferece o próprio marido por uma noite. A partir daí, a relação das duas desmorona. O ódio entre as irmãs atinge o limite, num ambiente de ciúmes e remorsos. A peça inaugura a Sala II (Nathalinha) do recém-aberto Theatro Nathalia Timberg. Direção de Nadia Bambirra, com atuação de Bruno Daltro, Indira Nascimento, Laís Pinho, Maytê Piragibe e Tom Moreis (70min). 16 anos. Estreia prometida para sexta (12).
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Master Class Pág. 6 ✪✪✪✪
Hamlet — Processo de Revelação Nesta página ✪✪✪✪
Meu Passado Me Condena Pág. 49
Teatro Nathalia Timberg — Sala Nathalinha (60 lugares). Avenida das Américas, 2000, Barra, ☎ 3388-5864. Bilheteria: terça a domingo, 13h às 21h. Sexta e sábado, 23h50; domingo, 21h30. Até 3 de abril.
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i ÚLTIMA SEMANA
Simplesmente Eu, Clarice Lispector Pág. 50
Sassaricando — E o Rio Inventou a Marchinha Pág. 50 ✪✪✪✪
✪✪✪✪ Ou Tudo ou Nada — O Musical
Montagem do musical da Broadway que, em 2000, transpôs para o palco o bem-sucedido filme inglês de três anos antes, o espetáculo conta a história de um grupo de desempregados (vividos por Mouhamed Harfouch, Cláudio Mendes, Carlos Arruza, André Dias, Sérgio Menezes e Victor Maia) que resolve fazer um show de strip-tease para ganhar dinheiro. As versões de Artur Xexéo para as letras originais e a direção musical de Miguel Briamonte valorizam a direção de Tadeu Aguiar (140min, com intervalo). 10 anos. Estreou em 10/10/2015.
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Teatro Leblon – Sala Fernanda Montenegro (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Sexta e sábado, 23h. R$ 60,00. Bilheteria: terça a domingo, 15h às 21h. Até o dia 27.
Cinco Mulheres por um Fio
Solange Couto encarna as mulheres do título neste monólogo cômico. Em comum, as personagens buscam resolver seus problemas emocionais fazendo terapia com a mesma psicóloga, que atende por telefone. A atriz, que rodou o país com a peça por oito anos, precisou interromper a temporada carioca no ano passado por causa de um enfarte (55min). 14 anos. Reestreou em 15/1/2016. Teatro dos Grandes Atores (396 lugares). Avenida das Américas, 3555, Barra, ☎ 3325-1645. → Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 80,00. Bilheteria: terça a domingo, 15h às 20h. Até o dia 28.
Depois do Amor
Trata-se do último trabalho de direção teatral de Marília Pêra (1943-2015). A história põe frente a frente duas personagens reais: Marilyn Monroe (vivida por Danielle Winits) e Margot Taylor (papel de Maria Eduarda Carvalho), velha conhecida da atriz e assistente do figurinista daquele que viria a ser seu último filme. Fernando Duarte assina o texto da comédia romântica (75min). 12 anos. Estreou em 7/1/2016. Teatro Vannucci (450 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 3º piso, Gávea, ☎ 2274-7246. → Quinta a sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 80,00. Bilheteria: a partir das 14h30 (qui. a dom.). Estac. (R$ 14,00, até duas horas). Até 6 de março.
Estudo para Missa para Clarice
O diretor e ator Eduardo Woitzik reuniu e editou textos da escritora Clarice Lispector (1920-1977) que têm em comum o sagrado como tema. O resultado é este drama, um questionamento sobre a condição humana. Em cena, um arauto (o próprio Woitzik) e duas beatas (Cristina Rudolph e Natally do Ó) compõem um ritual ao som da música de Henryk Górecki (19332010), compositor polonês (80min). 14 anos. Estreou em 4/1/2016.
FABIAN/DIVULGAÇÃO
Theatro Net Rio — Sala Tereza Rachel (614 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2147-8060, ↕ Siqueira Campos. → Terça a quinta, 20h30. R$ 50,00 a R$ 100,00. Bilheteria: a partir das 10h (ter. a qui.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IR. Estac. (no shopping, Rua Figueiredo Magalhães, 598; R$ 30,00, preço único). Até quinta (11).
ção de Cláudio Torres Gonzaga (60min). 12 anos. Estreou em 15/1/2016.
Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro III (45 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Quinta a domingo, 19h30. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 9h (qui. a dom.). Até o dia 21.
Beth Goulart em Simplesmente Eu, Clarice Lispector: no Teatro Sesi
✪✪✪✪ Hamlet — Processo de Revelação
O clássico de William Shakespeare serve de inspiração para este monólogo. Em cena,
Emanuel Aragão, também autor da dramaturgia, busca reconstruir a narrativa em um instigante diálogo com a plateia. Direção de Adriano Guimarães e Fernando Guimarães (120min). 14 anos. Estreou em 8/1/2016. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro II (158 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Quinta a domingo, 19h30. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 9h (qui. a dom.). Até o dia 28.
O Impecável
Luiz Fernando Guimarães estrela o monólogo cômico, o primeiro texto para um espetáculo não musical escrito pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. O ator, que trabalhou com Möeller e Botelho em Como Vencer na Vida sem Fazer Força e na série de TV Acredita na Peruca, vive oito personagens de alguma forma relacionados a um salão de beleza na Zona Sul carioca. Direção de Marcus Alvisi (80min). 14 anos. Reestreou em 5/1/2016.
(70min). 16 anos. Reestreia prometida para quinta (11). Teatro Eva Herz (180 lugares). Rua Senador Dantas, 45, Centro, ☎ 3916-2600. → Quarta a domingo, 19h. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 17h (qua. a dom.). Até 2 de abril.
Oleanna
O americano David Mamet assina o instigante drama, aqui em montagem da Cia Teatro Epigenia, sobre o conflito entre uma aluna (Luciana Fávero) e seu professor (Fernando Vieira, substituindo Marcos Breda nesta temporada). Depois de um encontro entre os dois, no qual a aluna reclama por não entender a matéria, a situação evolui perigosamente para uma acusação de assédio sexual. Direção de Gustavo Paso. Na mesma sala, no sábado, às 21h, e no domingo, às 19h, a companhia monta, até o dia 21, Race, outro texto de Mamet, que aborda a questão racial por trás de um caso de estupro (75min). 14 anos. Reestreou em 7/1/2016.
Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2239-1095. → Terça a quinta, 21h. R$ 80,00. Bilheteria: a partir das 13h (ter. a qui.). Estac. (R$ 14,00, até duas horas). Até o dia 25. Não haverá apresentação na terça (9).
Teatro Poeirinha (160 lugares). Rua São João Batista, 104, Botafogo, ☎ 2537-8053. → Quinta e sexta, 21h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. e sex.). IC. Até o dia 19.
✪✪✪✪✪ Master Class
Jingles e vinhetas pontuam este musical. Na história, um publicitário (Marcelo Várzea) e uma dona de casa (Amanda Acosta) estão em crise depois de duas décadas juntos. Enquanto ele só pensa na agência de propaganda, ela, apaixonada por musicais clássicos, procura uma forma de reconquistar a atenção do marido. Texto e direção de Rodrigo Nogueira. Direção musical de Tony Lucchesi (100min). Livre. Estreou em 8/1/2016.
Leia em Veja Rio Recomenda (pág. 6) ✪✪✪✪ Meu Passado Me Condena
Sucesso na TV posteriormente transposto para o cinema, a série estrelada por Fábio Porchat e Miá Mello ganha os palcos nesta comédia. A divertida história se passa na noite de núpcias do casal vivido pelos atores. Direção de Inez Viana (70min). 14 anos. Estreou em 8/1/2016. Teatro das Artes (470 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2540-6004. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 100,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 14,00, até duas horas). Até 27 de março.
✪✪✪ Nordestinos
Histórias de migrantes que deixaram sua cidade em busca de vida nova no Rio ou em São Paulo abastecem a dramaturgia criada por Walter Daguerre para esta adorável comédia. Em cena, a trajetória de quatro personagens, pinçados entre os relatos colhidos, mistura-se a trechos de outras narrativas recebidas e à biografia dos próprios atores — os pernambucanos Alexandre Lino e Erlene Melo, o cearense Paulo Roque e a paraibana Rose Germano. Direção de Tuca Andrada
O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece
Theatro Net Rio — Sala Tereza Rachel (614 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2147-8060, ↕ Siqueira Campos. → Sexta, 21h; sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 50,00 a R$ 130,00. Bilheteria: a partir das 10h (sex. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IR. Estac. (no shopping, Rua Figueiredo Magalhães, 598; R$ 30,00, preço único). Até 6 de março.
Raia 30 — O Musical
Com texto de Miguel Falabella e direção de José Possi Neto, o musical mergulha na trajetória de Claudia Raia, ela própria a estrela do espetáculo, completando trinta anos de carreira. Direção musical e vocal de Marconi Araújo (90min). Livre. Reestreou em 7/1/2016. Teatro Oi Casa Grande (926 lugares). Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, ☎ 2511-0800. → Quinta e sexta, 21h; sábado, 18h30 e 21h30; domingo, 18h.
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Teatro
R$ 50,00 a R$ 180,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: todos. Cd: todos. IC. Estac. no Shopping Leblon (R$ 12,00, até duas horas). Até domingo (14).
✪✪✪ Relações Aparentes
@ Confira outros espetáculos do circuito em vejario.com.br
Encenada na cidade em 2014, a divertida comédia do britânico Alan Ayckbourn volta com mudanças no elenco: daquela temporada, apenas Tato Gabus Mendes permanece, ganhando a companhia de Vera Fischer, Michel Blois e Anna Sophia Folch. Na história, Greg (Blois) e Ginny (Anna Sophia) são um jovem casal que vive junto, mas ele desconfia que não é o único homem na vida dela. Ary Coslov assina a direção com Edson Fieschi (85min). 10 anos. Reestreou em 7/1/2016. Teatro do Leblon — Sala Fernanda Montenegro (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. → Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 70,00 a R$ 90,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 20,00, preço único). Até 27 de março.
✪✪✪✪ Sassaricando — E o Rio Inventou a Marchinha
Compilação de quase 100 canções de nomes como Noel Rosa, Lamartine Babo, Haroldo Lobo e Braguinha, o musical de Rosa Maria Araujo e Sérgio Cabral faz uma deliciosa crônica dos costumes na história do Rio. O espetáculo conquistou o prêmio APTR, nas categorias melhor produção, iluminação e direção, e o Prêmio Shell especial pelo roteiro. Eduardo Dussek, Mariana Baltar, Beatriz Faria, Juliana Diniz, Pedro Paulo Malta e Pedro Miranda estão no elenco deste fenômeno longevo, em cartaz desde 2007. Direção de Claudio Botelho e direção musical de Luís Filipe de Lima (120min, com intervalo). Livre. Reestreou em 8/1/2016. Teatro Dulcina (420 lugares). Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, ☎ 2240-4879. → Quinta, 12h30; sexta e sábado, 19h; domingo, 18h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 12h (qui.); a partir das 14h (sex. a dom.). Até o dia 28.
✪✪✪✪ Simplesmente Eu, Clarice Lispector
Sozinha em cena, Beth Goulart vive a própria Clarice Lispector (1920-1977) neste delicado e poético monólogo. O texto intercala falas da escritora com as de quatro personagens de obras suas. Direção de Beth Goulart, com supervisão de Amir
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Had dad (60min). 12 anos. Reestreou em 7/1/2016. Teatro Sesi (350 lugares). Rua Graça Aranha, 1, Centro ☎ 2563-4163/4168. → Quinta a sábado, 19h30. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 12h (qui. a sáb.). Até 12 de março.
33 Variações
Nathalia Timberg protagoniza o musical de tintas eruditas que inaugura o teatro batizado com o seu nome. Ela interpreta uma musicóloga que investiga as chamadas Variações Diabelli, um conjunto de variações para piano de Beethoven (1770-1827) sobre uma valsa do austríaco Anton Diabelli (1781-1858). Completam o elenco Wolf Maya (também diretor, em cena no papel do compositor alemão), Tadeu Aguiar, Lu Grimaldi, Flávia Pucci, Gil Coelho e Gustavo Engracia (120min). 14 anos. Teatro Nathalia Timberg (400 lugares). Avenida das Américas, 2000 (Freeway), Barra, ☎ 3388-5864. → Sexta e sábado, 21h30; domingo, 19h. R$ 60,00 (balcão) e R$ 100,00 (plateia). Bilheteria: a partir de 13h (sex. a dom.). Até 17 de abril.
Dança Jefferson Lessa
Sempre Seu,
A coreógrafa Marcia Milhazes convidou um grupo de artistas plásticos a desenvolver obras pensadas exclusivamente para o imóvel — Beatriz Milhazes está entre os nomes escolhidos. Na quinta, no sábado e no domingo um conjunto de música barroca formado por Eduardo Antonello (cravo), Pedro Novaes (viola de gamba, vielle medieval e sopros) e Roger Lagr (violino barroco) acompanha ao vivo as apresentações da Companhia de Dança Marcia Milhazes. A ocupação do centro cultural inclui, ainda, performances feitas duas vezes por semana. Essas últimas, porém, voltam à programação apenas depois do Carnaval, em horários que serão informados no site da instituição. Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ↕ Largo do Machado. → Espetáculo (60min, livre): quinta, 19h; sexta, 17h; sábado e domingo, 19h. Exposição: terça a domingo, 11h às 20h. Grátis (para o espetáculo, distribuição de senhas meia hora antes). O museu fechará durante o Carnaval e reabre na quarta (10). Até 21 de fevereiro.
Cinema
Miguel Barbieri Jr. | miguelbarbieri@abril.com.br
i PRÉ-ESTREIAS Deadpool
O herói (ou anti-herói, dependendo da situação) da Marvel ganha um longa próprio, após surgir em X-Men Origens — Wolverine, em 2009. Num misto de humor, drama, romance e ação, Wade Wilson (Ryan Reynolds) começa a namorar Vanessa (Morena Baccarin) e, pouco tempo depois, descobre estar com um câncer em estágio terminal. Aceita, então, participar de uma experiência secreta que o transforma num ser desfigurado, mas com poderes excepcionais. Direção: Tim Miller (Deadpool, EUA/Canadá, 2016, 108min).
Géza Röhrig: no papel do judeu à procura de um rabino
A Ovelha Negra
Numa fazenda da Islândia, dois irmãos não se falam há quarenta anos, mas vão precisar se unir para salvar suas ovelhas. O drama foi vencedor da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes 2015. Direção: Grímur Hákonarson (Hrúta, Islândia/Dinamarca/Noruega/Polônia, 2015, 93min).
O Quarto de Jack
Extraído do livro Quarto, de Emma Donoghue, lançado no Brasil pela Verus Editora, o drama conquistou quatro indicações ao Oscar: melhor filme, atriz (Brie Larson), direção e roteiro adaptado. A trama traz a história de Jack (Jacob Tremblay), um esperto garoto de 5 anos. Ele nunca saiu de um cômodo com sala, cozinha e banheiro. Motivo: sua mãe foi sequestrada por um homem, que a mantém com o filho em cativeiro. Direção: Lenny Abrahamson (Room, Irlanda/Canadá, 2015, 118min).
i ESTREIAS
Estreia
O horror, o horror No drama Filho de Saul, uma incursão por um campo de concentração como jamais foi mostrada no cinema AVALIAÇÃO ✪✪✪✪✪
E
mbora esteja concorrendo, pela Hungria, ao Oscar de melhor filme estrangeiro (e deve ganhar o prêmio), Filho de Saul mereceria competir em mais quatro categorias: as de melhor filme (geral), direção, fotografia e ator (Géza Röhrig). Laureado com o Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes, o longametragem faz uma incursão singular e inédita por um campo de concentração na II Guerra. Não, não se trata de um documentário, embora o diretor, László Nemes, queira jogar o espectador em um registro realista do Holocausto. O prisioneiro Saul (papel de Géza Röhrig) tem uma função, no mínimo ingrata, em Auschwitz. A fim de escapar da morte imediata, ele “traba-
lha” para os nazistas levando judeus para a câmera de gás. Ao retirar os corpos, encontra um menino a quem julga ser seu filho. O objetivo dele, daí em diante, vira uma obstinação: Saul quer encontrar um rabino para recitar o Kadish e enterrar o garoto. Nemes, de 38 anos, obtém um trabalho estupendo em sua estreia no longa: usa uma câmera praticamente colada nas costas do protagonista, formato de tela quadrado (para dar sensação claustrofóbica), arrepiantes planos-sequência e sons da agonia e do desespero — tudo para deixar a plateia sem fôlego, incomodada e perplexa. Direção: László Nemes (Saul Fia, Hungria, 2015, 107min). 14 anos. Estreou em 4/2/2016.
manha/Bélgica/Irlanda/EUA, 2015, 97min). Livre. Estreou em 4/2/2015.
Ross Katz (The Choice, EUA, 2016, 111min). 12 anos. Estreou em 4/2/016.
✪✪ Epa! Cadê o Noé?
Com a iminente chegada do dilúvio, Noé sumiu, mas deixou o leão encarregado de liberar (ou não) a entrada dos bichos na arca. Entram pares de elefantes, girafas, gorilas... mas Dave e seu filho, simpáticos nestrians (algo como um tamanduá colorido em escala menor), são proibidos de subir a bordo. O jeito é se disfarçar de grymp (espécie de raposa antipática e antissocial) para seguir viagem. Mas será que o plano vai dar certo? Fartamente colorida, a animação tem bons momentos de humor, mas segue a linha “tudo se copia” ao emular o enredo de Procurando Nemo. Direção: Toby Genkel (Ooops! Noah is Gone..., Ale-
A Escolha
Nicholas Sparks, autor de Noites de Tormenta e Um Homem de Sorte, entre outros livros, tem mais um romance adaptado para o cinema. Desta vez, a história gira em torno de Gabby Holland (Teresa Palmer) e Travis Parker (Benjamin Walker). Eles são vizinhos numa cidade litorânea da Carolina do Norte e se apaixonam. Durante uma década, o casal terá o amor testado em diversas circunstâncias. Direção:
✪✪✪✪ O Regresso
Leia em Veja Rio Recomenda (pág. 6).
i REESTREIA ✪✪✪ O Menino e o Mundo
Com a indicação ao Oscar 2016, a bela animação paulistana volta às telas. Aparentemente simples, o desenho
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Cinema
i EM CARTAZ
Helen Mirren e Bryan Cranston: em Trumbo — Lista Negra
REPRODUÇÃO
traz traços deslumbrantes e uma explosão de cores para enfocar a trajetória de um menino em busca do pai. Direção: Alê Abreu (Brasil, 2013, 80min). Livre. Reestreou em 21/1/2016.
Os filmes mais bem avaliados*
✪✪✪ Anomalisa
✪✪✪ Awake — A Vida de Yogananda
Documentário. Paramahansa Yogananda (1893-1952) saiu de sua Índia natal, no início da década de 20, com a missão de levar os ensinamentos da ioga e da meditação para o Ocidente. Embora a recepção em Nova York tenha sido fria, o guru encontrou apoio financeiro num milionário americano e, na Califórnia, abriu um centro de estudos. Sua trajetória é repassada no documentário, que conta com muitos depoimentos (do músico George Harrison ao escritor Deepak Chopra) e raras imagens de arquivo. Embora muito eficiente em sua proposta educativa, o filme ganha um ritmo frenético na narrativa, o que, convenhamos, não combinava com a filosofia de vida de Yogananda. Direção: Paola di Florio e Lisa Leeman (Awake — The Life of Yogananda, EUA, 2014, 87min). Livre. Estreou em 19/11/2015.
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Filho de Saul Pág. 51 ✪✪✪✪
O Regresso Pág. 6 ✪✪✪✪
Star Wars – O Despertar da Força Pág. 56 ✪✪✪✪
Eu Sou Ingrid Bergman Pág. 54 ✪✪✪
Labirinto de Mentiras Pág. 54 * que estrearam nos últimos três meses
A estranheza faz parte das histórias do roteirista Charlie Kaufman, conhecido por trabalhos como Quero Ser John Malkovich (1999) e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004). Depois de aventurar-se na direção no irregular Sinédoque, Nova York (2008), Kaufman volta ao posto de cineasta nesta não menos excêntrica animação, inspirada em peça teatral de sua autoria e indicada ao Oscar. Em formidável resultado, a técnica de stop motion (com bonecos) sustenta uma trama sobre emoções em um mundo triste, frio e sombrio. Dublado por David Thewlis, Michael Stone, uma celebridade da literatura de autoajuda, chega a Cincinnati para dar uma palestra sobre vendas. Na véspera, Stone, casado, pai de um garoto e em crise existencial, reencontra uma ex-namorada e se encanta com a insossa Lisa (Jennifer Jason Leigh), atendente de um call center. Com exceção de Stone e Lisa, todos os outros personagens têm a mesma voz (do ator Tom Noonan) e são muito parecidos. Eis uma das pistas para enveredar pelo mundo singular e melancólico de Kaufman, que, ousado, usa até nudez e cenas de sexo em um desenho só para adultos. Direção: Charlie Kaufman e Duke Johnson (EUA, 2015, 90min). 14 anos. Estreou em 28/1/2016.
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Os Oito Odiados Pág. 55 ✪✪✪
Anomalisa Nesta página ✪✪✪
Joy — O Nome do Sucesso Pág. 54 ✪✪✪
Trumbo — Lista Negra Pág. 56 ✪✪✪
Steve Jobs Pág. 56
✪✪✪ Body
Cerca de 90% da população polonesa é católica — um dos maiores índices do planeta. Não se estranha, portanto, que o espiritismo seja visto por lá, sem trocadilhos, como algo de outro mundo. Pois foi justamente nessa seara tão distante de seu povo que a cineasta Malgorzata Szumowska, vencedora do prêmio de direção no Festival de Berlim, foi mexer. Em sua trama, a terapeuta Anna (Maja Ostaszewska) trabalha com anoréxicos, incluindo a desiludida Olga (Justyna Suwala). A moça tem sérios desentendimentos com o pai (Janusz Gajos), sobretudo após a morte da mãe. Anna, então, revela algo surpreendente: ela tem o dom de ver espíritos. Embora tenha alguns momentos de humor, o drama se vale de um tema original em seu país e tratado com respeito.
Consulte as salas e o horário dos filmes em vejario.abril.com.br/cinema
Direção: Malgorzata Szumowska (Cialo, Polônia, 2015, 90min). 14 anos. Estreou em 28/1/2016. ✪✪✪ O Bom Dinossauro
Programa para toda a família, mas para agradar, sobretudo, à criançada. A animação parte da premissa curiosa de que os dinossauros não foram extintos. Numa fazenda de milho, um casal de apatossauros tem três filhos. Os mais velhos destacam-se pela força e pela astúcia, enquanto o desajeitado Arlo se esforça para ser, ao menos, querido pelos pais. Um incidente no rio, porém, vai levar o pequeno grande dinossauro para outras paragens. Buscando comida para sobreviver, o animal encontra um menino selvagem, de hábitos grosseiros e atitudes corajosas (o garoto lembra um dos personagens de Os Croods). Da improvável união entre um bicho falante e um humano rústico nasce uma amizade cujo desenlace pode levar os mais sensíveis às lágrimas. Direção: Peter Sohn (The Good Dinosaur, EUA, 2015, 93min). Livre. Estreou em 7/1/2015. ✪✪ Caçadores de Emoção — Além do Limite
É raro, muito raro, uma refilmagem resultar melhor do que o original. Isso ocorre mais uma vez com este remake da memorável fita de ação estrelada por Patrick Swayze e Keanu Reeves em 1991. Basicamente, o enredo continua o mesmo. Utah (Luke Bracey), um agente do FBI em treinamento, infiltra-se numa gangue para saber se seus integrantes são, realmente, ladrões. Antes, o bando praticava surfe na Califórnia e roubava bancos; agora, o grupo, liderado por Bodhi (papel do venezuelano Edgar Ramirez), curte desafios mortais pelo mundo para driblar a morte no mar, na terra e no ar. O roteiro quer complicar a simplicidade do passado e, para isso, “incrementa” a aventura com adendos dispensáveis: Bodhi e seus colegas mantêm uma postura espiritual e tiram dos ricos para dar aos pobres. No quesito adrenalina, porém, o novo longa se defende bem. Há sequências de tirar o fôlego com o realismo dos programas de esportes radicais, sobretudo se forem vistas em 3D. Direção: Ericson Core (Point Break, EUA/ Alemanha/China, 2015, 114min). 14 anos. Estreou em 28/1/2016. ✪✪ Carol
The Price of Salt (ou Carol) foi escrito por Patricia Highsmith em 1953 sob o pseudônimo de Claire Morgan. Lésbica ainda não assumida, a escritora tratou de um
canções como Sinhá e Paratodos, além de convidados em belas versões, a exemplo da portuguesa Carminho (que defende sozinha Sabiá e divide Sobre Todas as Coisas com Milton Nascimento). Censura, casamento, velhice, criação artística, além da incrível notícia do irmão alemão que inspirou seu último livro, nada fica de fora. Direção: Miguel Faria Jr. (Brasil, 2015, 110min). 10 anos. Estreou em 26/11/2015. ✪✪ Creed — Nascido para Lutar
O incansável Sylvester Stallone arranjou um jeito de reviver (ou recriar) a franquia que teve início com Rocky, um Lutador, em 1976, e gerou mais cinco filmes. A ideia foi escalar Michael B. Jordan, de 28 anos, para o papel de Adonis Johnson, que vem a ser o filho bastardo de Apollo Creed, o principal adversário de Rocky Balboa na cinessérie. Adonis, então, vai procurar Bal-
boa, dono de um restaurante em Filadélfia e afastado há anos dos ringues. Como o pai do protagonista morreu, resta ao bom e velho Rocky servir de treinador ao rapaz. Os vários clichês não são os maiores problemas. Indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, Stallone, o.k., segura as pontas num papel sem truculência, mas faltam fibra, carisma e garra a Michael B. Jordan, mais bem explorado pelo mesmo diretor, Ryan Coogler, no drama Fruitvale Station (2013). Até chegar à luta final, o roteiro da aventura dramática é preenchido, em arrastada narrativa, com um romance insosso, uma doença para causar comoção, treinos árduos e conflitos tolos. Direção: Ryan Coogler (Creed, EUA, 2015, 133min). 12 anos. Estreou em 14/1/2016.
Os Dez Mandamentos
Épico. A novela durou oito meses na Rede Record e virou um longa-metragem de duas
O neto e o avô: competição em Daytona Beach
BOB MAHONEY/DIVULGAÇÃO
romance entre mulheres numa época de tabus. O filme, nos dias de hoje, cheira a naftalina, principalmente se comparado a outros trabalhos do gênero, como Azul É a Cor Mais Quente. A intenção do diretor Todd Haynes (de Longe do Paraíso), contudo, era justamente situar a paixão de Carol Aird (Cate Blanchett) por Therese Belivet (Rooney Mara) em um mundo controlado pelos homens e no qual uma relação homossexual era considerada um escândalo. Seu longametragem resplandece na recriação dos anos 50, com figurinos, objetos e cenários de encher os olhos. Mas faltam à história, sobretudo, conflitos densos e uma entrega maior de suas protagonistas. Cate, na pele de uma ricaça madura, mãe de uma menina e esposa aprisionada em um casamento de aparências, encanta-se por uma jovem balconista de uma loja de departamentos. A moça, que tem um namoradinho, corresponde à atração platônica. Em um roteiro sem muita imaginação, Cate e Rooney não têm química e, nas raras cenas de sexo, estão desconfortáveis. Nas fitas de Todd Haynes, porém, tudo é lindo, com a cor da echarpe combinando com o esmalte das unhas e o casaco de peles de fazer gritar as fashionistas. Carol conquistou seis indicações ao Oscar: melhor atriz (Cate Blanchett), atriz coadjuvante (Rooney Mara), fotografia, roteiro adaptado, trilha sonora e, óbvio, figurino. Direção: Todd Haynes (Carol, EUA/Inglaterra, 2015, 118min). 14 anos. Estreou em 14/1/2016.
Cinco Graças
O drama, indicado pela França para concorrer ao Oscar 2016, passa-se numa aldeia da Turquia. Lá, cinco irmãs adolescentes e órfãs são obrigadas a seguir as severas regras de um tio conservador. Direção: Deniz Gamze Ergüven (Mustang, Turquia/França/Alemanha, 2015, 97min). 14 anos. Estreou em 21/1/2016. ✪✪✪ Chico — Artista Brasileiro
Dez anos depois de lançar o campeão de bilheteria Vinicius, Miguel Faria Jr. volta a retratar em documentário uma estrela de primeira grandeza da MPB. Amigo do diretor, Chico Buarque abre-se diante das câmeras de forma inédita: fala sem parar e não evita assuntos. Com estrutura similar à do trabalho anterior, o filme costura entrevistas do compositor, depoimentos de gente próxima, como a irmã Miúcha, o ator Hugo Carvana (1937-2014) e o músico Wilson das Neves, preciosas imagens de arquivo e números musicais exclusivos. Um deleite para os fãs, o repertório traz o homenageado à frente de
Estreia
i Que papelão! Robert De Niro, quem diria, apela para a baixaria na comédia Tirando o Atraso Dono de uma das filmografias mais importantes dos anos 70 e 80 (vide os clássicos Taxi Driver, O Poderoso Chefão II e Touro Indomável), Robert De Niro já fez besteiras como Profissão de Risco e Temporada de Caça. Mas talvez seu mais desastroso trabalho esteja na comédia Tirando o Atraso, que, embora tenha dois ou três momentos de humor perspicaz, confunde o tom politicamente incorreto com vergonhosas baixarias. Em uma trama machista, preconceituosa e de apelos sexuais, De Niro entra na história como o “vovô safado” do título original. Após o enterro da esposa, o “velhinho” pede ao neto, Jason (Zac Efron), para levá-lo
de carro à sua casa na Flórida. Advogado careta, o rapaz vai casar dali a alguns dias e não tem afinidade com o parente. Um desvio no caminho os deixa nas praias de Daytona Beach, palco de mulheres insinuantes, bebedeiras homéricas e competições alucinantes. Enquanto o personagem de Efron exibe o corpo sarado e deixa de lado a timidez fumando crack, De Niro se presta a atuar em cenas patéticas na tentativa de conquistar uma universitária assanhada. Isso não é papel — é papelão. ✪ Tirando o Atraso, de Dan Mazer (Dirty Grandpa, EUA, 2016, 102min). 16 anos. Estreou em 4/2/2016.
Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Cinema
horas. A primeira boa notícia é que a edição fez milagre num compacto convincente, ágil e todo centrado no personagem Moisés, interpretado na fase adulta por Guilherme Winter. Ou seja: sumiram as subtramas e atores do porte de Larissa Maciel e Zécarlos Machado, que têm poucas aparições. Guardadas as devidas proporções, o enredo segue o caminho do épico bíblico Êxodo – Deuses e Reis, de Ridley Scott, ao descrever a trajetória do protagonista, desde seu nascimento até ouvir de Deus os dez mandamentos. Começa com Moisés escapando da morte ainda bebê e sendo criado no palácio ao lado do filho do faraó, Ramsés (Sérgio Marone). Tempos depois, o rapaz descobre ser hebreu e vai encontrar sua família. Ouve, após alguns anos, um pedido de Deus para que liberte seu povo, escravizado pelos egípcios. Outra vantagem está no resultado técnico: o filme não tem “cara” de telenovela e alguns efeitos visuais cumprem bem o papel, sobretudo nas sequências das dez pragas. Há, sim, um final estendido, além de várias passagens inéditas, como o personagem Josué (Sidney Sampaio), narrador da história na versão para o cinema. Os problemas mais graves, contudo, já estavam na TV: desencontro de atuações, direção de arte, figurinos e cenários de gosto duvidoso. Direção: Alexandre Avancini (Brasil, 2015, 122min). 12 anos. Estreou em 28/1/2016. ✪✪✪✪ Eu Sou Ingrid Bergman
A atriz sueca tinha o hábito de fazer registros domésticos (inclusive de sua lua de mel, na década de 30), e seus quatro filhos deram aval e entrevistas ao realizador Stig Björkman. Mesmo sendo uma biografia autorizada e narrada (por Alicia Vikander) com textos de cartas e diários deixados por Ingrid Bergman (1915-1982), o documentário é riquíssimo em detalhes, incluindo passagens polêmicas como suas traições conjugais. Para quem conhece o trabalho de Ingrid, três vezes premiada com o Oscar e estrela de Casablanca, o longa-metragem tem um sabor extra. Direção: Stig Björkman (Jag är Ingrid, Suécia, 2015, 114min). 10 anos. Estreou em 24/12/2015. ✪✪ A Grande Aposta
Extraída do livro A Jogada do Século, escrito por Michael Lewis e lançado no Brasil pela Editora Best Business, a trama da comédia está focada em alguns anos antes do colapso financeiro que assolou Wall Street, em 2007. Investidores enxergaram uma possível quebra no mercado imobiliário e, então, resolveram lucrar com isso.
Christian Bale (indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante) interpreta Michael Burry, um esperto gestor de fundos. O elenco estelar (e ótimo) inclui Steve Carell, Brad Pitt e Ryan Gosling. Trata-se de uma maneira bem-humorada de mostrar os bastidores das finanças. O problema, porém, está nos excessos. São muitos personagens, diálogos velozes em “economês” (compreendidos por quem é do ramo) e situações por vezes confusas para os leigos. No Oscar, ainda disputa os troféus de melhor filme, direção, roteiro adaptado e montagem. Direção: Adam McKay (The Big Short, EUA, 2015, 130min). 14 anos. Estreou em 14/1/2016. ✪✪✪ Joy — O Nome do Sucesso
Joy Mangano (Jennifer Lawrence) não tem a vida que pediu a Deus. Arrimo de família, está cansada de sustentar os parentes. Enquanto a mãe (Virginia Madsen) vive no quarto e vê a mesma telenovela há anos, seu pai (Robert De Niro) voltou para casa, após se separar da segunda mulher. A jovem toma conta dos filhos e ainda precisa conviver sob o mesmo teto com o imprestável, porém carinhoso, ex-marido (Edgar Ramirez). Aluna exemplar no colégio, Joy sempre teve tino para inventar artigos úteis e, durante um passeio no barco da nova namorada (Isabella Rossellini) de seu pai, consegue ter uma ideia brilhante. É pena que só a protagonista esteja na corrida do Oscar. Há ritmo, humor, reviravoltas e uma incursão afetiva na trajetória da inventora do Miracle Mop (um esfregão de franjas amarelas) nesta comédia escrita e dirigida por David O. Russell. Dominando a cena e liderando um ótimo elenco, Jennifer trabalha pela terceira vez consecutiva com o cineasta (depois de O Lado Bom da Vida e Trapaça), um cronista afiado dos costumes americanos. Direção: David O. Russell (Joy, EUA, 2015, 124min) 10 anos. Estreou em 21/1/2016. ✪✪✪ Labirinto de Mentiras
Em 1958, Johann Radmann (Alexander Fehling), um obstinado promotor de Frankfurt, empenha-se numa corajosa missão. Incentivado por um jornalista (papel de Thomas Gnielka), o rapaz decide conhecer o caso de Simon Kirsch (Johannes Krisch), pintor e sobrevivente de Auschwitz, que reconheceu um carrasco nazista como professor de uma escola. Radmann e outros jovens não tinham ideia dos fatos em Auschwitz, na Polônia, e acreditavam tratar-se de propaganda política dos aliados. Munido de paciência, o protagonista vai atrás dos culpados pelo extermínio dos judeus na II Guerra, buscando provas em arquivos para incriminá-los. Entre eles está
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O lado B de Hollywood Em Tangerine, a trajetória de transexuais que se prostituem em Los Angeles Sin-Dee (Kitana Kiki Rodriguez), transexual e prostituta, retorna às ruas de Los Angeles após quase um mês na prisão. O caldo entorna quando sua amiga Alexandra (Mya Taylor) revela que Chester (James Ransone), cafetão e namorado de Sin-Dee, está de caso com uma loura. Na comédia Tangerine, o diretor Sean Baker capta, com a câmera de um smartphone, dores e amores de personagens marginalizados. Trata-se de um feito técnico, sobretudo pela qualidade da fotografia nas cenas noturnas. Expondo o lado B de Hollywood em uma véspera de Natal, o cineasta põe o glamour de escanteio para focar, com um toque de melancolia, a vida de amigas solidárias (e não menos carentes) em busca de mudanças ou de apenas um lugar ao sol. Direção: Sean Baker (Tangerine, EUA, 2015, 88min). 18 anos. Estreou em 4/2/2016.
Josef Mengele, responsável por experiências humanas macabras no campo de concentração. Numa Alemanha tomada pela indiferença, Radmann ainda encontra a hostilidade dos mais velhos e a prepotência dos criminosos. São raríssimas as produções que abordam um tema espinhoso para os alemães, e não à toa este instigante drama leva a direção de um italiano. Repleto de revelações eletrizantes, o longa-metragem é o representante da Alemanha no Oscar 2016 de melhor filme estrangeiro — e merece estar entre os cinco finalistas. Direção: Giulio Ricciarelli (Im Labyrinth des Schweigens, Alemanha, 2014, 124min). 18 anos. Estreou em 17/12/2015. ✪✪✪ O Novíssimo Testamento
Vale o aviso: o diretor, embora esteja no terreno do humor, pega pesado com a imagem de Deus na comédia. O todo-poderoso (interpretado por Benoît Poelvoorde) mora na Bélgica, fuma, enche a cara, passa o tempo de roupão e brincando (no mau sentido) com o destino das pessoas em seu computador. A mulher dele (Yolande Moreau) pouco abre a boca, o filho JC (ou Jesus Cristo) virou uma estátua e a filha de 10 anos, Ea (Pili Groyne), sempre espezinhada pelo pai, não se conforma com suas maldades. A garota, então, foge de casa para arranjar seis apóstolos e, assim,
Estreia
como o padrasto humilhado, e Wahlberg, na pele do pai cheio de banca, têm boa química para não deixar a peteca cair. Direção: Sean Anders (Daddy’s Home, EUA, 2015, 96min). 12 anos. Estreou em 28/1/2016.
Alexandra e Sin-Dee: fofoca e traição
REPRODUÇÃO
➓ A 5ª Onda
reescrever a Bíblia. Um ponto de partida bastante original se encaminha para situações ainda mais polêmicas. Entre as pessoas reunidas por Ea estão um matador de aluguel, um tarado e uma esposa (Catherine Deneuve) que trai o marido na companhia de... um gorila (!). Com seu humor nonsense, o diretor, provocador e declarado ateu, faz rir com elegância e, tomara Deus, sem ofender a fé da plateia. Direção: Jaco van Dormael (Le Tout Nouveau Testament, Bélgica/França/Luxemburgo, 2015, 113min). 14 anos. Estreou em 21/1/2016. ✪✪✪ Os Oito Odiados
Ambientado nas montanhas geladas do Wyoming após a Guerra Civil (18611865), o faroeste tem, conforme revela o título, apenas personagens detestáveis. A começar por John Ruth (Kurt Russell), um ríspido caçador de recompensas que está levando Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), uma notória criminosa, para ser enforcada em Red Rock. Uma tempestade de neve, porém, vai unir a dupla a um xerife (papel de Walton Goggins) e a um ex-major negro (Samuel L. Jackson), agora atuando no mesmo “ramo” de John Ruth. O tempo ruim faz com que os quatro mais o cocheiro da diligência se abriguem numa estalagem.
Lá, encontram novos tipos, entre eles um comandante sulista preconceituoso (Bruce Dern). Nos diálogos ácidos de Tarantino, humor rima com intolerância racial, e seu faroeste ganha uma leitura contemporânea. E compensam os 167 minutos? Há uma “barriguinha” de cerca de meia hora na apresentação dos odiados, mas trata-se de algo menor se comparado à engenhosidade de um roteiro com reviravoltas e surpresas. O filme pegou três indicações ao Oscar: melhor trilha sonora, atriz coadjuvante (Jennifer Jason Leigh) e fotografia. Direção: Quentin Tarantino (The Hateful Eight, EUA, 2015, 167min). 18 anos. Estreou em 7/1/2016. ✪✪✪ Pai em Dose Dupla
Brad (Will Ferrell) casou-se com Sara (Linda Cardellini) e herdou dois enteados. Acontece que as crianças, Megan (Scarlett Estevez) e Dylan (Owen Vaccaro), não o têm como uma figura paterna, apesar de seus esforços. Algo, porém, vai tumultuar ainda mais a relação. De surpresa, Dusty (Mark Wahlberg) reaparece para 1) reaproximar-se dos filhos, 2) reconquistar a ex-mulher e 3) fazer de Brad um babaca. A produção dosa bem o humor com o sentimentalismo em uma comédia de tom politicamente incorreto. Parceiros em Os Outros Caras (2010), Ferrell,
Misture ingredientes de filme-catástrofe com a pegada juvenil de Jogos Vorazes. Se pareceu promissor, desista! Eis a primeira bomba do ano e, desde já, um dos piores filmes de 2016. Além de um elenco ruim e de cenas com efeitos visuais medíocres, a aventura dramática tem um roteiro canhestro e, nas entrelinhas, revela-se estúpida e nociva. A trama começa com uma nave espacial pairando sobre os Estados Unidos — a invasão é a primeira onda. Em seguida, partes da Terra são destruídas por terremotos e tsunamis. Um vírus mata a maioria da pessoas. Aí, chega o Exército americano com a tarefa de levar crianças e adolescentes para ser treinados para matar os alienígenas. Protagonista da história, Chloë Grace Moretz interpreta a jovem heroína que, após perder os pais, quer reencontrar seu irmãozinho. Haja paciência para tantos clichês. Direção: J. Blakeson (The 5th Wave, EUA, 2016, 112min). 12 anos. Estreou em 21/1/2016. ✪✪ Snoopy & Charlie Brown — Peanuts, o Filme
Ao criar, em 1950, as tirinhas da série Peanuts, Charles M. Schulz (1922-2000) conseguiu encantar gerações no decorrer das décadas. Craig e Bryan Schulz, o filho e o neto do cartunista, estão, não à toa, por trás da produção e do roteiro desta animação em 3D do mesmo estúdio de A Era do Gelo. Como era de esperar, a técnica da animação tem acabamento perfeito e o uso das cores é muito bem aplicado ao universo de Schulz. Por outro lado, a trama se mostra muito ingênua e infantil, capaz de agradar apenas às crianças menorzinhas (até os 6 anos). Charlie Brown, Snoopy, Linus e Woodstock são fofinhos, mas, convenhamos, mereciam uma história menos bê-á-bá. Nela, Charlie, o tímido e fracassado aluno da escola, se apaixona por uma nova coleguinha. Sua missão, então, consiste em conquistá-la das formas mais diversas. Direção: Steve Martino (The Peanuts Movie, EUA, 2015, 88min). Livre. Estreou em 14/1/2016. ✪✪✪ Spotlight —
Segredos Revelados
Em 2001, Marty Baron (Liev Schreiber) chega ao The Boston Globe para dar mais dinamismo ao jornal. Seu foco está, sobretudo, na equipe de um editor e três repórteres que faz apuradas (e demo-
Veja Rio 10 de fevereiro, 2016
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Cinema
radas) matérias investigativas. Baron tem algo na mira: os crimes de pedofilia cometidos por padres católicos ao longo de décadas e, até então, varridos para debaixo do tapete. Walter Robinson (Michael Keaton) sai a campo, assim como seus experientes jornalistas (papéis de Rachel McAdams, Brian d’Arcy James e Mark Ruffalo). Os esforços da reportagem, publicada em 2002, são mostrados detalhadamente no roteiro do drama, um eficiente filme-denúncia narrado de forma convencional e conduzido sem arroubos cinematográficos. Além de trazer à tona fatos e números chocantes, o longametragem tem o mérito de revelar os bastidores do (bom) jornalismo. No Oscar 2016, está no páreo nas categorias melhor filme, direção, ator coadjuvante (Ruffalo), atriz coadjuvante (Rachel), roteiro original e montagem. Direção: Tom McCarthy (Spotlight, EUA, 2015, 128min). 12 anos. Estreou em 7/1/2016. ✪✪✪✪ Star Wars —
O Despertar da Força
O novo longa-metragem dá sequência a O Retorno de Jedi, de 1983, e começa com uma frase bombástica: Luke Skywalker (Mark Hamill), o último cavaleiro Jedi, está desaparecido. Quem vai atrás de uma pista dele no planeta Jakku é Poe (Oscar Isaac). O piloto, porém, esconde a informação no droide BB-8 após ser capturado pelos stormtroopers, soldados do exército da Primeira Ordem (o Império rebatizado) e integrantes do lado negro da Força. Lidera o batalhão o misterioso Kylo Ren (Adam Driver). Para encurtar a história, não dar spoilers nem estragar as (muitas) surpresas, a catadora de lixo espacial Rey (Daisy Ridley) e Fynn (John Boyega), um stormtrooper desertor, vão se unir para encontrar Luke, tido por eles como um mito. E é assim, nessa mistura de lenda e fantasia revisitada, modernidade e nostalgia, que o sétimo episódio de Star Wars se desenrola sob os olhares atentos dos fãs. Embora tenha sido esnobado nas categorias principais, Star Wars concorre ao Oscar de melhores efeitos visuais, montagem, edição de som, mixagem de som e trilha sonora. Direção: J.J. Abrams (Star Wars: The Force Awakens, EUA, 2015, 135min). 12 anos. Estreou em 17/12/2015. ✪✪✪ Steve Jobs
Um dos fundadores da Apple, Steve Jobs (1955-2011) já foi tema de uma cinebiografia de pouco valor estrelada por Ashton Kutcher, em 2013. O ro-
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teiro do novo filme, assinado por Aaron Sorkin (de A Rede Social), não tem a pretensão de abranger a vida inteira de Jobs. Por meio de três episódios profissionais, o longa consegue transmitir sua personalidade irrefreável. Os ambientes são os bastidores das apresentações do primeiro Macintosh (1984), do caríssimo computador NeXT (1988) e do iMac (1998). Jobs, em uma atuação cheia de som e fúria de Michael Fassbender (indicado ao Oscar de melhor ator), é visto como um cara arrogante, egocêntrico, exigente e visionário. Da desconfiança em relação à paternidade de sua filha ao conflituoso relacionamento com Steve Wozniak (Seth Rogen), seu parceiro na Apple desde os primórdios, a história passa a limpo a trajetória de cartorze anos de Jobs enfocando seus fracassos e dissabores, sempre acompanhados de perto pela executiva de marketing interpretada por Kate Winslet, no páreo para melhor atriz. Na profusão de palavras criadas por Sorkin, o diretor Danny Boyle (Quem Quer Ser um Milionário?) conduz o drama como se uma bomba-relógio estivesse prestes a explodir. Direção: Danny Boyle (Steve Jobs, EUA/Inglaterra, 2015, 122min). 12 anos. Estreou em 14/1/2016. ✪✪✪ Suíte Francesa
Baseado no livro de Irène Némirovsky (1903-1942), judia ucraniana radicada em Paris desde a juventude, Suíte Francesa traz à tona um romance à moda antiga (em todos os sentidos) cujo destaque fica para o trio de protagonistas. A história, ambientada durante a II Guerra, mostra como os franceses do interior reagiram à chegada dos nazistas, após a Alemanha invadir a capital. Entre os oficiais que surgem num vilarejo está o tenente Bruno von Falk (Matthias Schoenaerts). Ele se instala na residência de Madame Angellier (Kristin Scott Thomas), uma senhora desgostosa por seu filho ter partido para os combates e que trata sua nora, Lucile (Michelle Williams), com descaso e severidade. Como o “hóspede” gosta de música clássica e toca piano, a jovem nota sua sensibilidade. A aproximação entre eles vai gerar um desconforto geral. Falado em inglês (o que provoca estranhamento), o filme se sustenta em requintada produção de época e, mesmo usando um tema desgastado no cinema, consegue surpreender com certa originalidade. Direção: Saul Dibb (Suite Française, França/ Canadá/Bélgica/Inglaterra, 2014, 107min). 14 anos. Estreou em 28/1/2016.
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✪✪✪ Trumbo — Lista Negra
Talvez você conheça Dalton Trumbo como diretor do impactante (até hoje) Johnny Vai à Guerra (1971). Esse foi seu único trabalho na direção, e a história contada no drama biográfico abrange um período anterior na carreira desse roteirista, premiado duas vezes com o Oscar. Começa em 1947, quando Estados Unidos e União Soviética travavam a Guerra Fria e os socialistas eram tratados como traidores da pátria pela maioria dos americanos. Trumbo (1905-1976), filiado ao Partido Comunista, e outros nove artistas foram obrigados a prestar depoimento numa comissão parlamentar de inquérito e, em seguida, levados à prisão. Hollywood fechou as portas para Trumbo um ano depois, quando tentou voltar à ativa. Inspirado no livro de Bruce Cook, lançado no Brasil pela Editora Intrínseca, o filme reluz em recriação de época competente e traz celebridades e suas posições no tempo da “caça às bruxas”. Entre os famosos estão os atores Kirk Douglas e John Wayne e o diretor Otto Preminger, além da colunista de fofocas Hedda Hopper (Helen Mirren). Já desapegado de Walter White, seu personagem no seriado Breaking Bad, o protagonista Bryan Cranston recebeu merecida indicação ao Oscar. Direção: Jay Roach (Trumbo, EUA, 2015, 124min). 14 anos. Estreou em 28/1/2016. ✪✪✪ Vai Que dá Certo 2
Sucesso de bilheteria em 2013, com quase 3 milhões de espectadores, Vai que Dá Certo tinha uma combinação de filme de golpe com comédia, estrelada por um time de atores em perfeita sintonia. Gregório Duvivier, um dos personagens mais divertidos, faz falta em Vai que Dá Certo 2, mas seus colegas conseguem driblar a ausência devido à azeitada mistura de ação e humor da nova trama. Trata-se, é claro, de mais um enredo envolvendo um golpe. A história traz de volta Rodrigo (Danton Mello), agora casado com Jaqueline (Natália Lage) e tendo de aguentar o “chatonildo” primo Danilo (Lúcio Mauro Filho). Uma morte, uma traição conjugal e um vídeo comprometedor vão colocar Tonico (Felipe Abib) e Amaral (Fábio Porchat), amigos de Rodrigo, diante de uma negociação de 1 milhão de reais. Chantagem, sequestro, um velhinho gagá (papel de Lúcio Mauro), um vilão impiedoso (Vladimir Brichta) e uma periguete dissimulada (Veronica Debom) integram uma história conduzida de forma ágil e com piadas sem contraindicações. Direção: Maurício Farias e Calvito Leal (Brasil, 2015, 98min). 14 anos. Estreou em 7/1/2016.
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LEO MARTINS
Crônica
Carnaval E
stávamos no Severino. Como um bando de velhos moleques, jogávamos conversa fora. — Todo mundo sabe que a nossa memória musical está ligada a lembranças que ficaram para sempre. — Por experiência, posso garantir: a razão é sempre uma mulher que perdemos! Para o bem ou para o mal! — Ou que ganhamos — bradou o Oscar, um novo companheiro do Severino. — Conheci a Elvira num Carnaval e estamos casados até hoje. — É sempre saudade que sentimos de nós mesmos. De quando éramos mais felizes! — Achamos que o que passou era melhor! — Melhor era a juventude! O vigor, a disposição para a vida! A disposição para o Carnaval. — Falam que o Natal é triste. Triste é o Carnaval, com suas marchinhas que só fazem lembrar. — Vamos testar a memória. Que marchinha marcou a sua vida de alguma maneira? E o Antonio, beirando os 80, agora assíduo nas nossas reuniões, cantarolou o primeiro verso: Daqui não saio, daqui ninguém me tira.
Manoel Carlos
almaviva@uninet.com.br
— Ah, dessa quem é que não lembra? — Até quem não era nascido! E todos nós, sem exceção: Daqui não saio, daqui ninguém me tira. Onde é que eu vou morar? O senhor tenha paciência de esperar! Inda mais com quatro filhos Onde é que vou parar? — Em que ano foi? — Ah, não, nada de datas e idades. Que aí a saudade aumenta e começamos a chorar. — Diga o século então! — provocou Gabriel, o mais novo do grupo. — Engraçadinho! Século XX! E aí rimos muito. Como era de esperar, houve um brusco e emocionado silêncio. Na hora me veio à cabeça um verso de Fernando Pessoa: “E ri como quem tem chorado muito”. Já notaram essa transformação? Quando rimos muito, acabamos sempre com lágrimas nos olhos. Aproveitamos o momento para pedir a garrafa de vinho e as costumeiras lascas de grana padano. — Só uma garrafa não vai dar — palpitou alguém. — Pedimos outra depois. E mais outra e mais outra... — Ei — interrompi eu. — Viemos conversar ou beber? — As duas coisas. — Esse negócio de marchinhas de Carnaval, essas lembranças de velhos Carnavais, tudo isso são
provocações pra judiar da gente! Só aí demos conta da presença do nosso querido amigo Raul, mergulhado no silêncio de quem pensa... e, mais do que isso, de quem sofre com o que lembra. — E aí, Raul — aticei eu —, lembrando com saudade de algum Carnaval especial? — Estava pensando se ela também, como eu, sofre quando escuta Dama das Camélias. — Ela quem? — O nome não interessa. Ela. — E cantarolou baixinho, mas para todos ouvirem, os belíssimos versos, melancólicos como o próprio Carnaval: A sorrir você me apareceu E as flores que você me deu Guardei no cofre da recordação. Porém depois você partiu Pra muito longe e não voltou E a saudade que ficou Não quis abandonar meu coração. A minha vida se resume, Ó Dama das Camélias, Em duas flores sem perfume, Ó Dama das Camélias! Percebemos então, em meio ao silêncio que se formou, que não era só ele que tinha duas lágrimas nos olhos, ensaiando rolar pelo rosto. Não, não era só ele. *** O espaço é curto para tantas lembranças. Que elas venham, mesmo as melancólicas. E bom Carnaval para todos.