Ponnyclick by Oliveira
Tudo começou quando um grande amigo meu iniciou a criação de monstros a partir de três objetos dados aleatóriamente. Se você sugerisse, por exemplo, um rodo, um grampo de roupas e uma tesoura, ele criava um monstro usando dessas referências. Com isso, surgiu a ideia de quadrinizar a partir dos monstros por ele sugeridos. Ponnyclick surgiu da ideia de mesclar três elementos distintos: o belo, o fofo e o grotesco. •
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Repressão by Oliveira
Falar sobre a Ditadura acontecida desastrosamente no Brasil sempre foi um tema profundo em minha arte. Comparo esta Ditadura a uma chaga aberta, semelhante a chaga aberta deixada pela Inquisição no período medieval. Nesses poucos quadros, tento retratar o que foi um período em que o ser humano mais uma vez mostrou o quanto ele está caminhando de volta para uma era pré-histórica, onde o semelhante nada mais é do que um pedaço de carne. O eterno retorno!•
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Reino dos Porcos by Castilho
Essa história tem haver com “paredes”. Vendo uma imagem grafitada em uma das várias paredes por Curitiba, um grafite de um “Rei Porco”, eu fiquei imaginando qual seria o legado e que tarefa caberia exercer um Suíno Real em sua imunda e lamacenta existência. Foi aí que a ideia bateu de frente com outra parede, o The Wall, álbum da banda inglesa Pink Floyd, ópera rock autobiográfica de Roger Waters, que no filme me fez trombar com uma de suas famosas cenas: “We don’t need no education...” •
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Emily e Momba-jam by Castilho
Quem leu as três partes da revista Fantasia - O Senhor do Mundo dos Devaneios, sabe do que eu estou falando aqui. Quando criei o personagem Fantasia, também criei em volta dele um universo. Isso é inevitável. Com ele, vieram personagens muito distintos entre si, mas com uma ligação espiritual muito grande. Aqui, conto a história do elefante onírico Momba-jam e da menina-portal, Emily, num passeio pelas terras além da imaginação de qualquer ser humano, o Mundos dos Devaneios. Você já deve ter estado lá. •
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Itajaí Blues by Oliveira
Quem nunca se imaginou um Jack Kerouac, colocando uma mochila nas costas e elevando-se num mantra “On the Road? Pois é. Sou catarinense com muito orgulho e aqui criei uma fábula dos tempos modernos onde um homem busca sua auto afirmação dentro de um universo lotado de incompreensões. Mas ainda é um golpe duro você fugir da realidade e tentar caminhar pelo mundo como um desconhecido beatnik desamparado. Mas hoje em dia, quem consegue? •
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Maria Quitéria by Oliveira
Quem é brasileiro já sabe que vivemos num país dito sem memória. Caminhando pela Biblioteca Pública, deparei-me com uma única obra, numa edição antiga, onde estava a história desta mulher que ansiava entrar para o exército e lutar pelo Brasil. Maria Quitéria é uma mulher ímpar e deveria ser melhor biografada e quem sabe até cinebiografada. O que mostro nessas duas páginas a seguir é quase uma introdução do que poderia ser uma biografia desta representante brasileira levada para os quadrinhos. Ainda pretendo contar a história completa em muitos outros capítulos. •
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Lá ao longe by Castilho
Tirada do fundo do baú, eu não consigo me localizar em que ano ela foi feita, mas sei que foi há muito tempo. Num tempo em que eu ainda tinha que encher as canetas não descartáveis com nanquim e depois lavá-las para que não entupissem. Aqui, foi o experimentalismo de levar velhas lendas urbanas para épocas diferentes das quais elas foram contadas, retratando-as como nas clássicas revistas em quadrinhos de suspense e terror. •
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Império dos animais by Oliveira
Eu adoro ler obras em quadrinhos onde os hábitos e os costumes humanos são representados por personagens zoomórficos. Representar animais dentro de um corpo e de uma mente humanos, sempre foram desafios para mim. Então, resolvi brincar fazendo esta rápida paródia de uma cena no Brasil Império em que D. Pedro recebe a notícia de sua suposta irrelevância para o Brasil. Posso dizer que trabalhar personagens zoomórficos não é uma tarefa muito fácil. •
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Guerreiro sem paz by Castilho
Fiz um estudo para uma história que se tornou algo muito maior tomando rumos bem diferentes. O que sobrou do estudo inicial ficou para trás. A imortalidade é um assunto que fascina a todos nós, pobres mortos vivos. E se vou falar de imortalidade, uma referência marcante é Highlander: O Guerreiro Imortal do diretor Russell Mulcahy, com Christopher Lambert e Sean Connery. Nada mais justo do que começar a história com um guerreiro do século XVI, em uma homenagem direta de gratidão a esse magnífico roteiro cinematográfico. •
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Macunaíma by Oliveira e Castilho
Preview
Não é fácil adaptar uma obra literária para os quadrinhos. Na situação que estamos hoje, não podemos dar ao luxo de criar uma epopeia monumental de seicentas páginas. Então, o que adaptar e o que deixar de fora dentro das páginas do original. Este será o nosso desafio. O que você verá nas páginas a seguir é uma pequena prévia do nosso próximo trabalho. Isso se tivermos apoio e patrocínio, pois Macunaíma de Mario de Andrade ainda possui direitos que ainda não podemos comprar. Então, alguém de habilita em nos financiar? Num crowdfunding, quem sabe? Vamos pensar.
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Responsáveis: Marcelo Castilho Marcelo de Oliveira
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Idéia Original: Marcelo Castilho e Marcelo de Oliveira Capa: Marcelo de Oliveira