Relat贸rio de Gest茫o
2007
Secretaria da Infraestrutura Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - METROFOR
2010
Metr么 de Fortaleza
RELATÓRiO DE GESTÃO 2007 - 2010
Governador do Estado do Ceará Cid Ferreira Gomes
Secretário da Infraestrutura Francisco Adail de Carvalho Fontenele
Secretário Adjunto da Infraestrutura Otacílio Borges Filho
Secretário Executivo Joaquim Firmino Filho
Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - METROFOR I – Órgãos Colegiados de Deliberação Superior Assembleia Geral Membros do Conselho de Administração Francisco Adail de Carvalho Fontenele Otacílio Borges Filho Rômulo dos Santos Fortes Pedro José Freire Castelo
II – Órgão Fiscalizador Membros do Conselho Fiscal José Tupinambá Cavalcante de Almeida Marcus Augusto Vasconcelos Coelho Luís Fernando Simões da Silva
III – Órgão Colegiado de Execução Geral Presidência – Rômulo dos Santos Fortes Diretoria de Gestão Empresarial – Francisca Maria Maia Diretoria de Desenvolvimento e Tecnologia – Francisco Edilson Ponte Aragão Diretoria de Implantação – Diogo Vital de Siqueira Cruz Diretoria de Manutenção e Operação – Plínio Pompeu de Saboya Magalhães Neto
MISSÃO VISÃO
VALORES
Proporcionar um serviço de transporte de passageiros sobre trilhos que contribua para a melhoria da qualidade de vida da população cearense e para o desenvolvimento do Estado do Ceará. Ser, até 2020, uma empresa de transporte de passageiros sobre trilhos, autossustentável, com gestão participativa e compartilhada com alto grau de desenvolvimento humano, em harmonia com o meio ambiente, utilizando tecnologia de ponta, sendo estruturadora na integração com os demais modais de transporte de passageiros e reconhecida como padrão de referência pela excelência dos serviços prestados e participação no desenvolvimento do Estado do Ceará. Satisfação do cliente Valorização das pessoas Ética profissional Gestão compartilhada e integrada Confiabilidade do sistema Competência Respeito ao patrimônio cultural, histórico e ambiental.
Sumário Palavra do Presidente
A palavra do Secretário
Situação anterior
Progresso das obras
Recursos garantidos
Linha Sul
Linha Oeste
Antes e Depois
Realizações 2007/2010 Rumo ao Interior
Responsabilidade Social
Gestão Empresarial
Gestão Financeira
Tecnologia da Informação
Comunicação & Marketing Gestão Operacional Rumo ao Futuro
Ferrovia Transnordestina
Metrô de Fortaleza Relatório de Gestão 2007/2010 Elaboração e Coordenação: Fernando Mota Assessor da Presidência
Ramal Parangaba / Mucuripe
Linha Leste
8
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
9
Palavra do Presidente
Rômulo dos Santos Fortes Diretor-Presidente Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - METROFOR
A
Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - METROFOR foi criada em 1997 para administrar e conduzir a obra de construção da Linha Sul e Linha Oeste do Metrô de Fortaleza, assumir e operar o Sistema de Trens Urbanos, bem como operar o futuro Sistema Metroviário em implantação e suas expansões. A partir de 2002, por conta do processo de estadualização dos transportes ferroviários de passageiros, até então operados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU, o Metrofor assumiu toda a operação dos trens metropolitanos. Em 2003, teve a sua competência ampliada e passou a ser a responsável por todas as questões envolvendo o transporte de
passageiros sobre trilhos e assuntos correlatos no âmbito do Estado do Ceará, atuando no apoio à Secretaria de Infraestrutura do Estado, da qual é empresa vinculada, nas diversas questões ferroviárias, inclusive a nova Transnordestina. A Companhia atende a milhares de pessoas que utilizam os serviços ferroviários, e o que era apenas uma ideia da percepção das necessidades dos cearenses cresceu, tomou forma, se tornou uma realidade presente na vida de todos. A cada dia, em cada pessoa, em cada projeto, a ação do Metrofor foi se concretizando como um desejo único, uma vontade imensa de realizar um sonho. As obras metroviárias atuais visam à modernização do sistema, seguindo a avançada tecnologia
da construção metroferroviária implantada em países desenvolvidos. Leva em conta um custo compatível com a realidade socioeconômica da região; busca a eficiência, o conforto e a segurança no transporte; procura, do modo mais amplo, a satisfação dos usuários e atende, assim, aos três pilares da logística das cidades: sustentabilidade, mobilidade e qualidade de vida.Tecnicismos à parte, crescemos e nos tornamos uma grande família. O passar do tempo viu o trabalho, a responsabilidade e as obrigações aumentarem, mas trouxe, também, a satisfação e o orgulho pessoal de fazer parte de um dos projetos mais importantes do nosso Estado e de estar tocando uma das maiores obras urbanas empreendidas nos últimos 50 anos no Ceará.
10
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
O Metrô de Fortaleza ensejou ao Governo do Ceará acelerar um conjunto de ações direcionadas para a requalificação do transporte ferroviário de passageiros em alguns municípios, interiorizando esta proeminente ideia. Desta forma, nasceu o Metrô do Cariri e o Metrô de Sobral, respectivamente. O primeiro, em operação comercial desde maio, tem importante relevância social por beneficiar contingente populacional de baixa renda, propiciando uma profunda reformulação do sistema urbano, requalificando o transporte intermunicipal no polo denominado CRAJUBAR, atendendo momentaneamente a aproximadamente 1.500 pessoas/dia no Metrô do Cariri, de uma demanda potencial estimada em 96 mil passageiros por semana nessa região. Segurança, rapidez e pontualidade são os vetores de um sistema de transporte urbano sobre trilhos, e a integração que será implantada no Cariri, entre o Metrô e o sistema de ônibus regular da região, pretende ampliar o número de usuários do sistema, de forma a buscar atender toda a demanda potencial estimada. A proposta do Metrô de Sobral, por sua vez, se apresenta como a melhor solução para dotar essa importante cidade do norte do Estado de moderno sistema de transporte integrado, rápido e seguro, capaz de proporcionar conforto e mobilidade urbana, melhorando a qualidade de vida da população, gerando também desenvolvimento e progresso na região. A mobilidade urbana das cidades é um dos grandes desafios do mundo atual, assim como as questões ambientais intrinsecamente ligadas com os meios de transporte.
No Brasil, não será diferente e, preparando-se para o desafio, o Governo do Ceará projeta para Fortaleza uma verdadeira revolução na estrutura de transporte para os próximos quatro anos, sendo a construção do Metrô de Fortaleza uma das prioridades. Na execução da Linha Sul, foi imposta mais celeridade, e agora nos debruçamos sobre ações para implantar o Ramal Parangaba–Mucuripe, na linha que atualmente atende somente aos trens cargueiros, onde até 2014 serão utilizados, para essa nova e nobre atribuição do antigo corredor de carga ferroviária, os modernos Veículos Leves sobre Trilhos - VLTs, que são os predecessores dos sistemas metroviários. O Ramal ganhará duas linhas adicionais de passageiros no leito da via férrea de carga e será dotado de dez estações de superfície e uma em elevado, cuja conclusão e operação ocorrerão antes da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e atenderá uma região com alto índice de adensamento populacional. Outra grande empreitada do Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura e da participação da Companhia é o Projeto da Linha Leste, cujas plantas começaram a ser entregues pelos projetistas, com a ligação totalmente em linha metroviária subterrânea, entre o Centro de Fortaleza e o Bairro Edson Queiroz, seguindo pelo eixo da Avenida Santos Dumont, Sebastião de Abreu e Washington Soares, atendendo também aos Bairros Aldeota, Papicu e adjacências. Uma empresa de tal importância e com tamanho desafio pela frente não pode se eximir das questões relacionadas à comunicação e à responsabilidade social. Nesse sentido, elaboramos um projeto audacioso e abrangente
de comunicação, voltado para a educação e conscientização da população. Esse projeto visa, fundamentalmente, proteger os equipamentos e instalações públicas contra atos de vandalismos, através da sensibilização para preservar os bens públicos de uso comum da coletividade. Queremos essa percepção do público e realçamos que, se trabalhar com ética já era uma das nossas premissas, com a execução desse projeto, criou-se a oportunidade de consolidar boas relações com os nossos usuários e, principalmente, com a sociedade de Fortaleza. Enfim, foram quatro anos de extenuante trabalho e, ao apresentarmos este Relatório de Gestão, nos assoma a certeza de estar contribuindo para a história da Companhia e do Estado do Ceará com uma maior divulgação dos trabalhos de infraestrutura no transporte de passageiros sobre trilhos, na gestão 2007 a 2010, além de demonstrar a importância da empresa na prestação de um serviço pioneiro, de alta qualidade e, por conseguinte, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento do Estado. Nesta oportunidade, gostaria de manifestar meus sinceros e cordiais agradecimentos às autoridades do Governo do Estado do Ceará, em especial ao Governador Cid Gomes, ao Secretário de Infraestrutura, Adail Fontenele, e ao seu Secretário Adjunto, Otacílio Borges, pelo apoio decidido e constante, especialmente pela compreensão recebida durante esse trabalho exaustivo e muitas vezes incompreendido, o que comprova que o Ceará de hoje enfrenta com determinação os grandes desafios que o Metrô de Fortaleza representa.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
11
A palavra do Secretário
Francisco Adail de Carvalho Fontenele Secretário da Infraestrutura
O
Brasil segue a tendência mundial de adensamento populacional em áreas urbanas. A oferta de postos de trabalho, proximidade dos centros de educação, saúde e lazer são atrativos incontestes na definição de residência das famílias. Esse fato acarreta no surgimento e consolidação das grandes metrópoles, com todos os encantos e problemas advindos nessas concentrações populacionais. E no Ceará, a situação não é diferente. Fortaleza já conta com mais de 2.400 mil habitantes, constituindo-se como uma das cinco maiores capitais brasileiras e demandando por serviços públicos de toda natureza. Entre os mesmos, destacamos o transporte público. O METROFOR é a empresa do âmbito estadual responsável pela gestão do modal metroferroviário de transporte público de passageiros.
E ao longo deste relatório são descritas, com fidelidade, suas atividades no período de 2007 a 2010, onde viu se alargar sua área de atuação, além da grande missão de fazer funcionar o Metrô de Fortaleza, Linha Sul. Esta legendária obra está prestes a ser concluída, pelo grande interesse, determinação e prioridade que lhe foram emprestados pelas autoridades estaduais, a partir do nosso Governador Cid Gomes, incansável na busca de soluções para este contrato de mais de uma década, passando pelo apoio da CBTU/Ministério das Cidades, chegando até o mais humilde trabalhador do Estado/Metrofor ou das empresas contratadas. Agora, o Metrofor não pensa mais só na Região Metropolitana de Fortaleza. Já foi concluído e está em operação o Metrô do Cariri e em fase de licitação está o de Sobral. Tudo isso vai mudar para muito melhor
os sistemas de transportes de passageiros destas regiões. Muitas outras ações serão implementadas nos próximos anos, principalmente em Fortaleza onde serão iniciadas importantes obras nesta área de transporte, com o início das obras do VLT Parangaba/ Mucuripe, da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Estas duas linhas, atuando em conjunto com a nova Linha Sul e a remodelada Linha Oeste serão responsáveis pela substancial melhoria na qualidade de vida de nosso povo, com a promoção da mobilidade e aumento da acessibilidade aos equipamentos urbanos. Pela SEINFRA, agradeço e enalteço a dedicação de todos que algo fizeram pelo engrandecimento desta conceituada Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos.
12
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
introdução
F
ortaleza, com quase 2,5 milhões de habitantes, é a quinta cidade mais populosa do País. Tem comércio muito atuante e diversificado e uma produção industrial em franca expansão, além de despontar como um dos destinos preferidos de turistas brasileiros e estrangeiros. Em 2014, a Capital será uma das subsedes da Copa do Mundo de Futebol. Neste cenário, a cidade precisa urgente de um sistema de transporte coletivo moderno, rápido e eficiente – o Metrô de Fortaleza. Os primeiros passos para a construção do metrô da cidade foram dados ainda em 1987, com a construção do Consórcio do Trem Metropolitano de Fortaleza formado pela antiga RFFSA, CBTU e Governo do Estado do Ceará, com interveniência da União, através do Ministério dos Transportes. Esse consórcio foi extinto em 1997, sendo então criada a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, empresa de economia mista, com participação majoritária do Governo do Estado do Ceará, com o objetivo de construir, administrar e operar o Metrô de Fortaleza. O projeto do metrô foi concebido a partir de um estudo de demanda por transporte de caráter abrangente na Região Metropolitana, com a realização de uma pesquisa domiciliar de origem e destino, observando todos os componentes socioeconômicos, além de fatores de desenvolvimento e crescimento dos municípios envolvidos, projetando cenários para reavaliação. Considerou, também, os aspectos dos impactos na cidade como, por exemplo, atender à preservação da zona central de Fortaleza, daí a opção da travessia subterrânea entre a Estação Benfica até a Estação Central – Xico da Silva.
O Metrô de Fortaleza tem relevância social, beneficia um grande contingente populacional de baixa renda e oferece condições de segurança, rapidez e pontualidade na locomoção das pessoas. Propicia, também, uma profunda reformulação do sistema urbano, em especial na questão da requalificação do Centro de Fortaleza e da implantação de um novo modelo de transporte público de passageiros. Consoante com as preocupações de um novo tempo, o sistema reduzirá a poluição ambiental, o congestionamento das vias urbanas e os acidentes de trânsito; diminuirá o tempo de viagem e de espera dos usuários e, ainda, promoverá uma redução do custo operacional dos ônibus, pela racionalização prevista na concepção de integração dos modais, melhorando qualitativamente a vida da população. A obra tão aguardada pelos cearenses, principalmente pelos moradores da Região Metropolitana de Fortaleza, e hoje tão próxima, teve interregnos decorrentes de restrições orçamentárias, mas nos últimos quatro anos avançou rumo à consolidação do grande sonho, estando em plena fase de implantação, desde quando foi incluída em 2007 no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal. A previsão é de que, até a metade do próximo Exercício, as obras civis da Linha Sul, que interliga o Centro de Fortaleza ao Município de Pacatuba, estejam concluídas e, em 2012, com a integração, que inclui as linhas de ônibus da Região Metropolitana de Fortaleza, sistema tarifário, operação, estudo logístico e ações institucionais, passe a atender a 350 mil passageiros/dia. Todo esse esforço tem o objetivo de colocar à disposição da população a facilidade de locomoção em um transporte
público de qualidade e conforto. Estes são os grandes desafios da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor, que desde 2002, quando foi concluído o processo de estadualização dos transportes ferroviários de passageiros pelo Governo Federal, assumiu também o controle do Sistema de Trens Urbanos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que operava duas linhas: Linha Sul, ligando Fortaleza a Pacatuba, hoje com o tráfego ferroviário de passageiros suspenso, devido à implantação do sistema metroviário; e a Linha Oeste, que faz o percurso Fortaleza – Caucaia, e que continua em operação ferroviária. Outras obras programadas são o Ramal Parangaba – Mucuripe, uma das ações da preparação da cidade para a Copa do Mundo de Futebol de 2014; e a Linha Leste, que ligará o Centro de Fortaleza aos Bairros Edson Queiroz e Água Fria. Existe ainda, a previsão da implantação de um sistema metroviário da Linha Oeste, hoje operada pelo trem diesel. Dentro do objetivo do Governo do Estado do Ceará de dotar municípios de médio porte de sistemas de transportes modernos e eficientes, foram concebidos o Metrô do Cariri, já em operação comercial desde maio deste ano, e o Metrô de Sobral, cuja fabricação dos trens encontrase em andamento e a licitação para as obras civis teve a fase de habilitação iniciada no dia 19 de novembro passado. A conclusão do empreendimento e início da operação assistida estão previstos para 2012. Outra atribuição da empresa é a desapropriação do trecho dentro do Estado do Ceará da Ferrovia Transnordestina, obra do Governo Federal.
SiTuAÇÃO AnTERiOR
14
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Para entender as soluções encontradas pela atual gestão para a situação anterior a 2007
A
gestão atual da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor recebeu as obras do Metrô de Fortaleza com vários problemas de atraso no cronograma oriundos de restrições orçamentárias ocorridas em diversas etapas de sua construção. Pelo convênio que regulamentou a transferência ao Estado do Ceará dos transportes ferroviários de passageiros, conforme o programa de estadualização dos transportes sobre trilhos do Governo Federal, processo iniciado em 1997 e finalizado em 2002, ficou estabelecido um programa que previa investimentos para a modernização
orçamentárias que prejudicaram o andamento das obras, penalizando a viabilidade econômico-financeira do Projeto Metrô de Fortaleza, foi assinado, em 25 de novembro de 2005, um novo Convênio entre a União, o Estado do Ceará, a CBTU e o Metrofor, de nº 011/2005/P, que estabelecia as novas obrigações para as partes e possibilitou a viabilização da retomada e continuidade das obras de descentralização do Sistema de Trens Urbanos de Fortaleza. O Convênio considerava para o 1º Estágio – Linha Sul, em uma primeira etapa, a realização, até dezembro de 2007, da totalidade das obras civis necessárias para
Alto Alegre, Aracapé, Esperança, Mondubim, Manoel Sátiro, Vila Pery, e Couto Fernandes, além do Centro de Manutenção, em Pacatuba. O documento garantia também a compra de somente quatro trens elétricos, dos 10 originalmente contratados. Seria contemplada, então, a continuidade das obras civis de 1,9 km do trecho subterrâneo, entre a Estação Benfica e a Rua Castro e Silva, e das Estações Benfica, São Benedito e José de Alencar, que não contariam, nesta etapa, com a instalação dos sistemas fixos previstos. Não seriam executadas, nesta etapa, as obras do trecho em
e eletrificação das Linhas Sul e Oeste (2º estágio do escopo original do Metrô de Fortaleza). Seriam destinados US$ 326 milhões para o primeiro estágio – Linha Sul, dos quais US$ 268 milhões oriundos de um financiamento obtido junto ao Exibank/JBIC – Japan Bank for Internacional Cooperation e US$ 58 milhões de contrapartida do Estado do Ceará. Mas, no decorrer da implantação do 1º Estágio – Linha Sul, iniciada em 1998, ocorreram diversos contingenciamentos e cortes orçamentários impossibilitando o cumprimento das metas estabelecidas, notadamente quanto aos recursos transferidos e no prazo da implantação, inicialmente previsto para 36 meses. Visando solucionar os problemas decorrentes das restrições
a operação metroviária, que foi reduzida dos 24,1 km originais, para um trecho de apenas 18,1 km, sendo 15,9 km em superfície e 2,2 km em elevado, entre a Estação Carlito Benevides, em Pacatuba, e a Estação Couto Fernandes, já em Fortaleza. Portanto, o trecho subterrâneo teve a sua conclusão desconsiderada, e apenas no trecho remanescente seriam instalados os sistemas de energia, catenária, sinalização e telecomunicações. Ficou definida também a construção de apenas 13 estações, das 18 originalmente contratadas, sendo 12 de superfície e uma em elevado, no caso, a Estação Parangaba. As estações de superfície seriam: Carlito Benevides (antiga Vila das Flores), Jereissati, Maracanaú, Virgílio Távora (antiga Novo Maracanaú), Rachel de Queiroz (antiga Pajuçara),
superfície de 2,0 km, entre a Estação Couto Fernandes e o início do túnel e a do trecho de 0,3 km, entre o início do túnel e proximidades da Rua Francisco Pinto; e o trecho subterrâneo de 0,95 km, da Rua Castro e Silva até o final da linha na Estação Central Xico da Silva. Foi então adotada uma solução alternativa pela qual seria construída uma plataforma na Estação Couto Fernandes para o transbordo dos passageiros do sistema elétrico para o sistema diesel utilizando a antiga linha que liga este bairro ao Centro da cidade. Mesmo com a alteração do projeto nesse trecho, seria possível manter, de forma degradada para uma operação de Metrô, um headway (intervalo dos trens) de 24 minutos para a operação Carlito Benevides (Pacatuba) / Central Xico da Silva (Fortaleza).
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Em resumo: Dos 24,1 km de via do projeto original, depois do novo convênio, seriam concluídos apenas 18,1 km, contando com a instalação de todos os sistemas.
Os sistemas fixos de energia, catenária, sinalização, telecomunicações e ventilação não seriam implantados nos trechos onde não fossem concluídas as obras.
Das 18 estações do projeto original, somente 13 seriam concluídas e três teriam as obras brutas finalizadas – Benfica, São Benedito e José de Alencar, das quais ficariam faltando os acabamentos, e duas estações não seriam iniciadas: Porangabussu e Central Xico da Silva (antiga João Felipe).
O volume de recursos estabelecidos para a realização do escopo considerado no novo convênio totalizava R$ 518,1 milhões para o 1º Estágio do Projeto Metrô de Fortaleza, sendo R$ 364 milhões do Governo Federal e R$ 154,1 milhões sob responsabilidade do Governo do Estado do Ceará.
Dos 10 trens elétricos previstos, apenas quatro seriam entregues. Seriam concluídos o Centro de Manutenção, Centro de Controle Operacional e Prédio Administrativo.
A Linha Oeste deixou de ser considerada como projeto metroviário e passou a ter apenas a remodelação incluída no novo convênio, nos mesmos padrões do sistema diesel, até hoje em operação.
15
RECuRSOS GARAnTiDOS
Nova Etapa Passados 13 meses da assinatura do Convênio 011-2005/P (novembro de 2005 a janeiro de 2007), quando o cronograma das obras estava irreversivelmente afetado pelos atrasos, o Governo do Estado do Ceará, com o objetivo de prosseguir de forma urgente com as obras do Metrô de Fortaleza, se empenhou e conseguiu que o projeto fosse inserido no PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal. O aporte dos recursos acrescidos pelo PAC, sob responsabilidade da União, e dos recursos complementares da União e Estado do Ceará foi assegurado com a elaboração e aprovação pelo Ministério das Cidades do aditivo No 2 ao Convênio 011/2005/P, efetivado em 30 de novembro de 2007. A partir desta data, começa uma nova história da construção do Metrô de Fortaleza. O escopo da Linha Sul voltou a ser o original e as obras foram aceleradas, criando um novo cenário em torno dos canteiros de obras, graças à postura agressiva adotada pela nova Gestão Estadual, incluído o Metrofor e a SEINFRA, além da participação efetiva do próprio governador. Máquinas em movimento e homens trabalhando eram tudo que o povo queria ver naquele momento para acreditar que o Metrô finalmente estava voltando a ser implantado de forma contundente e se tornaria realidade.
18
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
O que foi contemplado pelo PAC
A
inclusão do Metrô de Fortaleza no Programa de Aceleração do Crescimento proporcionou, além da segurança do não
contingenciamento dos recursos programados, um aporte significativo e suficiente para a conclusão da obra. O valor destinado à Linha Sul é da ordem de R$ 572,8 milhões
distribuído ao longo dos anos de 2007 a 2010, registrando um incremento de R$ 313.766,6 mil de investimentos ao Convênio 011-2005/P, conforme tabela abaixo:
PROJETO
2007
2008
2009
2010
2011
TOTAL
LINHA SUL
66.852,4
104.163,5
42.880,6
323.050,6
35.827,7
572.774,8 R$ mil
As alterações do Projeto do Metrô de Fortaleza pelo Termo Aditivo No 2 ao Convênio 011-2005/P começam no dimensionamento da Linha Sul, que voltou a ser contemplada em seu escopo original, isto é, extensão de 24,1km de via permanente que começa na Estação Carlito Benevides, no município de Pacatuba, e termina na Central Xico da Silva, em Fortaleza. Garantiu também a instalação dos sistemas de rede aérea, energia, sinalização, telecomunicações e
ventilação e a construção do novo Centro Administrativo e do Centro de Controle Operacional, cujas obras estão bastante adiantadas, e do Centro de Manutenção localizado em Pacatuba, cuja implantação encontra-se em fase de conclusão. O número de trens, que anteriormente foi cortado para quatro unidades, voltou aos 10 previstos no projeto original. O Estado, por sua vez, garantiu a cobertura financeira para o processo de desapropriação dos imóveis atingidos pela obra.
O Convênio com o Governo Federal estabeleceu ainda, em uma primeira fase, a realização de obras de melhorias no atual sistema diesel da Linha Oeste - Caucaia/Estação Central Xico da Silva, ficando ainda adiada a obra metroviária prevista no antigo convênio, reservando-se para uma oportunidade futura a ser ajustada entre a União e o Governo do Estado do Ceará, o retorno das negociações para implantação da Linha Oeste como sistema metroviário.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
19
Metrô de Fortaleza após o Programa de Aceleração de Crescimento – PAC Construção do Centro de Manutenção, em Pacatuba, Centro de Controle Operacional e do Centro Administrativo, em Fortaleza. Aquisição de 10 Trens Unidades Elétricas (TUEs). Implantação de 20,140 km de via dupla metroviária entre o Centro de Manutenção (Pacatuba) e a transição superfície/subterrâneo (Fortaleza). Implantação de 16 km de via de carga singela entre o Centro de Manutenção e a Estação Parangaba. Construção das estações em superfície Carlito Benevides, Jereissati, Maracanaú, Virgílio Távora, Rachel de Queiroz, Alto Alegre, Aracapé, Esperança, Mondubim, Manoel Sátiro, Vila Pery, Couto Fernandes e Porangabussu, além da estação elevada da Parangaba. Pontes ferroviárias e metroviárias sobre o rio Timbó, viaduto ferroviário da Avenida do Contorno, viadutos metroviários das Ruas Desembargador Praxedes e Prof. Costa Mendes. Viadutos rodoviários nas Ruas: Antônio Justa, Oriente, Maria Gomes de Sá e Nereu Ramos. Passagem inferior da linha de carga sob a Linha Sul e de veículos da Rua Wenefrido Melo. Dez passarelas para pedestres. Subestações retificadoras, cabines de seccionamento e paralelismo. Elevado da Estação de Parangaba com uma extensão de 2,2 km; Conclusão das estações subterrâneas do Benfica, São Benedito, José de Alencar e Central Xico da Silva. Túnel de 3.960 km entre a transição superfície/túnel até o final da linha (Central Xico da Silva). Execução de todos os testes e ensaios até o funcionamento integrado dos sistemas. Custos adicionais de gerenciamento, armazenagem e revisão de equipamentos já fabricados em decorrência da paralisação e prorrogação do prazo de fornecimento. Na área administrativa: manutenção dos serviços de gerenciamento, supervisão, treinamento de equipes de operação e manutençao para a nova tecnologia e modernização organizacional. Na Linha Oeste, foram realizadas obras de melhorias do atual sistema diesel, com a recuperação e modernização de locomotivas e carros de passageiros, tipo Pidner, ficando adiada então a obra metroviária desta linha, a qual será oportunamente ajustada entre a União e o Governo do Estado do Ceará.
PROGRESSO DAS OBRAS
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
21
O Metrô de Fortaleza e o que foi realizado até dezembro/2010
O
resultado da inclusão das obras do Metrô de Fortaleza no Programa de Aceleração do Crescimento, uma conquista dos cearenses articulada pelo Governo do Estado, pode ser notado pela quantidade de frentes de serviços espalhadas em toda a extensão da Linha Sul. O panorama da cidade agora é outro: máquinas e caminhões em movimento e 3.000 trabalhadores diretos, buscando um só objetivo: a conclusão da Linha Sul do
Metrô de Fortaleza. E quando o trem do Metrô de Fortaleza começar a rodar, acontecerá uma verdadeira mudança na vida das pessoas que diariamente necessitam do transporte coletivo. O ritmo de trabalho de construção do Metrô é intenso. Os operários trabalham em mais de 40 frentes de serviço ao longo dos 24 quilômetros de linha. Oitenta e sete por cento das obras civis estão concluídos. Dois Trens Unidades Elétricas (TUEs), de um total
de 20 comprados da Itália pelo Governo do Estado, estão sendo montados no Centro de Manutenção em Pacatuba. Até o fim deste ano, um dos trens ficará em testes estáticos, quando será verificado o funcionamento de equipamentos tais como: freios, engates, buzinas, acionadores de comando do controle de tração, portas, etc. Nessa fase, alguns sistemas elétricos também serão testados: iluminação e acionadores de comando elétrico. O outro TUE terá os testes iniciados em janeiro próximo.
LinhA SuL
23
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Avanço físico das obras na Linha Sul
A
entrada em operação da Linha Sul do Metrô de Fortaleza se constituirá num marco na história da cidade. É inédita, tem grande alcance social e envolve um conjunto de obras civis complexas, como túneis e viadutos, com a aplicação de uma logística que garante o seu andamento no tempo previsto. A linha passa estrategicamente em bairros populosos e conjuntos habitacionais, onde moram pessoas com mais necessidade de transporte público.
Jan/99 à Dez/02 Descrição das Ações
Jan/03 à Dez/06
Jan/07 à Dez/10
no período Acumulado no período Acumulado no período Acumulado
Obras Civis
53,22%
53,22%
7,27%
60,49%
26,44%
86,93%
Material Rodante
19,83%
19,83%
0,00%
19,83%
-3,83%
16,00%
Sistemas Fixos
20,54%
20,54%
0,00%
20,54%
20,66%
41,20%
Integração Sistemas
51,48%
51,48%
0,00%
51,48%
0,00%
51,48%
Projetos e Administração
61,72%
61,72%
20,39%
82,11%
13,60%
95,71%
Desapropriação
91,66%
91,66%
0,17%
91,83%
3,90%
95,73%
Total
41,45%
41,45%
4,94%
46,39%
17,89%
64,28%
Realizações Retomada das obras em todas as frentes de serviços ao longo do trecho entre as Estações Carlito Benevides (em Pacatuba) e Central Xico da Silva (no Centro de Fortaleza). Início das obras do Prédio Administrativo e do Centro de Controle Operacional. Importação de parte dos equipamentos dos sistemas fixos de energia, telecomunicações e catenária, que se encontram armazenados, aguardando o início da montagem pelo Consórcio Construtor. Rebaixamento da estação antiga de Parangaba. Desocupação e transferência dos permissionários e demolição do antigo prédio do Beco da Poeira. Continuidade dos serviços do túnel diafragma no trecho subterrâneo entre a Estação José de Alencar e Central Xico da Silva.
Início do processo de desapropriação, remoção de interferências, elaboração do projeto executivo e assinatura do contrato de execução das obras de construção do viaduto rodoviário da Av. Padre Cícero. Início da montagem, pela Coelce, das linhas de transmissão em 69 KV até as subestações retificadoras. Acabamentos em todas as estações e da infra e superestrutura da via permanente em todo o trecho. Complemento da estrutura do elevado na área da antiga Estação de Parangaba, serviços de acabamento na Estação de Parangaba e montagem da superestrutura da via permanente. Obras da embocadura do túnel, execução dos acabamentos nas Estações Benfica e São Benedito. Desocupação e obras de reforço estrutural do Lord Hotel.
Início do túnel, com método construtivo em trincheira, entre as Estações José de Alencar e Central Xico da Silva. Contratação e elaboração do Projeto Executivo das Estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. Início da montagem dos sistemas de energia e catenária no trecho de 2 km, para início dos testes do sistema, entre as Estações Maracanaú e Rachel de Queiroz. Contratação da empresa AnsaldoBreda SPA para o fornecimento de 20 Trens de Unidade Elétrica – TUEs, sendo cada unidade composta de três carros. Entrega, em setembro de 2010, dos dois primeiros TUEs, da AnsaldoBreda para montagem em Fortaleza. Início dos testes com os dois primeiros TUEs entre Maracanaú e Rachel de Queiroz.
Linha sul
Retomada das obras civis no Centro de Manutenção.
24
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Linha sul
Avanço físico das edificações
OBRA
JAN-07
DEZ-07
DEZ-08
DEZ-09
OUT-10
Centro de Manutenção
74,80%
74,80%
74,80%
74,82%
86,13%
Estação Carlito Benevides
64,19%
64,19%
64,19%
69,51%
93,99%
Estação Jereissati
71,38%
71,40%
71,40%
71,78%
93,99%
Estação Maracanaú
60,46%
60,46%
60,46%
66,34%
92,98%
Estação Virgílio Távora
87,16%
87,16%
87,16%
87,16%
94,14%
Estação Rachel de Queiroz
71,00%
71,00%
71,00%
71,36%
94,29%
Estação Alto Alegre
73,20%
73,20%
79,46%
80,16%
85,77%
Estação Aracapé
54,62%
56,13%
63,80%
79,00%
93,49%
Estação Esperança
12,67%
21,16%
59,99%
73,15%
92,87%
Estação Mondubim
0,00%
0,00%
0,00%
23,75%
58,91%
Estação Manoel Sátiro
0,00%
11,55%
54,79%
77,88%
87,21%
Estação Vila Pery
0,00%
0,00%
0,29%
8,54%
62,96%
Estação Parangaba
3,26%
20,34%
39,58%
59,84%
93,81%
Estação Couto Fernandes
1,90%
6,85%
6,85%
16,71%
54,99%
Estação Porangabussu
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
50,24%
Estação Benfica
88,41%
89,36%
93,57%
93,90%
96,78%
Estação São Benedito
93,86%
93,86%
93,86%
93,86%
97,05%
Estação José de Alencar
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
29,06%
Estação Central Xico da Silva
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
8,20%
Prédio Administração
6,22%
6,22%
6,22%
6,22%
19,35%
Centro de Controle Operacional – CCO
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
55,10%
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
25
Solução das interferências
LinhA SuL
O
Metrô de Fortaleza já apresenta uma face quase definitiva, com estações, túneis, elevados e viadutos que revelam um percentual alvissareiro: 87% das obras civis concluídos. E a chegada de dois primeiros trens do metrô, de uma série de 20 adquiridos, faz com que esse avanço e a busca da solução para a retomada dos trabalhos relativos a sistemas fixos determinem a conclusão da Linha Sul e o consequente início da operação assistida entre as Estações Carlito Benevides e Parangaba, já em meados do próximo ano, ratificando a proximidade de um sonho de dez anos que, pela primeira vez, tem tudo para se tornar realidade. Esse resultado não surgiu da noite para o dia, o que valoriza o intenso trabalho desses quatro últimos anos. Por trás das obras civis que estão à mostra para os cearenses, foi feito um trabalho criterioso e responsável, desde o início do empreendimento, relativo ao processo de desapropriação das construções afetadas pelas obras, levando em consideração o cuidado com o meio ambiente e com o bem-estar das pessoas envolvidas nesse processo, além da preservação de prédios históricos da cidade. Atendendo ao apelo popular, a antiga Estação da Parangaba, contando com o brilhante trabalho de engenharia, conduzido e gerenciado pela SEINFRA, foi rebaixada em 3,5 metros para a passagem da linha elevada naquele trecho. O trabalho foi feito após intensa negociação com a Prefeitura de Fortaleza. O Lord Hotel, uma referência arquitetônica do Centro da cidade, por apresentar risco de desabamento, quando da execução da obra da Estação José de Alencar, levou o Governo do Estado, através da SEINFRA, a promover uma intervenção técnica
por segurança e respeito à vida. As obras de escoramento da estrutura que estão em andamento e demonstram o profundo envolvimento do Estado na solução definitiva para a conclusão do empreendimento, com a SEINFRA assumindo as atividades extras ao Convênio 011/P, cujo contrato de cogestão com a CBTU exigiria demasiado tempo de negociação e análise documental para que o Metrofor pudesse executar as atividades demandadas póscelebração do documento. Desta forma, para agilizar a solução das interferências, a SEINFRA prontamente atuou como foi dito anteriormente, no rebaixamento da antiga Estação Parangaba, na recuperação do Lord Hotel, na transferência do Beco da Poeira e também na aquisição de Material Rodante. A transferência do Centro de Pequenos Negócios dos
Vendedores Ambulantes, popularmente conhecido como Beco da Poeira, que funcionava no local onde está sendo construída a Estação José de Alencar, era uma interferência que perdurava há muitos anos. Após exaustivas e desgastantes reuniões, que contaram, inclusive, com a presença do Governador, ficou decidido que o Governo do Estado transferiria para a Prefeitura os recursos adicionais no valor de R$ 9,9 milhões necessários para a desapropriação da nova área e construção do novo Centro de Negócios. Desta forma, enfim, foi possível a remoção dos ambulantes do local da futura estação do Metrô, e os permissionários do Beco da Poeira foram transferidos, em abril/2010, para um novo centro comercial localizado na antiga fábrica Tomaz Pompeu. O importante é saber que os incômodos e os transtornos para a realização de uma obra da magnitude de um metrô passam, e os seus benefícios ficam para sempre. Afinal, Fortaleza e a população cearense merecem um meio de transporte de última geração.
26
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Outro ponto a ser salientado é o trabalho da Assessoria Jurídica, que atende diretamente à Presidência da empresa, dando-lhe apoio e consultoria às questões da área do Direito; participa de reuniões da Diretoria, quando convocada; elabora editais de licitação e contratos de compra e de prestação de serviços e é responsável por pareceres jurídicos e acompanhamento de processos trabalhistas e cíveis que tramitam na Justiça. Dentre os aspectos mais importantes das atividades desenvolvidas pela Assessoria Jurídica no período de 2007 a 2010, destacam-se as desapropriações de imóveis necessárias para o prosseguimento das obras do Metrô de Fortaleza, que já somam mais de 3 mil. Importante salientar que
somente 2% desses processos chegaram à Justiça e, na sua maioria, porque os moradores não tinham o registro do imóvel. As demais desapropriações foram feitas de forma amigável. Esse fato é decorrente dos laudos de indenização ao preço do mercado. Por essa razão, não houve nenhum atraso das obras oriundo da falta de acordo de desapropriação. O setor realiza ainda o acompanhamento de mais de mil contratos administrativos, entre os quais três firmados para a construção do metrô: o 14/98, com o Consórcio Queiroz Galvão, cujo objetivo são as obras civis da Linha Sul; MWH Brasil e Engenharia e Projetos, gerenciadora das obras; e com a Concremat Engenharia e Tecnologia Ltda.
LinhA OESTE
28
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Avanço físico das obras na Linha Oeste
C
ontinua ativo também o trabalho de melhoramentos da Linha Oeste – Fortaleza /Caucaia, onde quatro locomotivas a diesel, das oito existentes, foram recuperadas, sendo três com motores novos, tipo CAT 3512, e uma, que já dispunha da nova versão desde 1998, teve o motor totalmente reparado. As motorizações modernas instaladas nas locomotivas GE U10B do Metrofor estão enquadradas no equivalente a fase 4 do PROCONVE, reduzindo as emissões de poluentes em relação ao CAT D398B, antigo motor utilizado nas locomotivas. Além dos motores, as máquinas receberam novos cabeamentos de baixa e alta tensão (Xicotes elétricos); foram equipadas com novo sistema de climatização da cabine incluindo novo isolamento térmico e acústico; tiveram a cadeia de tração recuperada, incluindo motores de tração, gerador auxiliar, gerador principal e quadro de comando; toda a estrutura foi jateada e recuperada; a pintura foi toda executada em poliuretano resistente aos raios UVA e UVB, no leiaute do Estado;
Realizações Contratação do Consórcio TranaBeta para execução dos serviços de engenharia da construção do viaduto rodoviário na Rua Visconde de Cauípe, em Caucaia. Obras concluídas em maio de 2010.
Linha OESTE
Contratação da empresa Engexata Engenharia Ltda. para execução dos serviços de engenharia das Obras Civis e Sistemas Fixos do trecho entre as estações Central Xico da Silva e Caucaia. Contratação do Consórcio MWH para os serviços técnicos especializados no gerenciamento e supervisão das obras civis e de serviços de sistemas fixos e de material rodante para remodelação da Linha Oeste.
bancos do maquinista e auxiliar, manipuladores, instrumentos de controle e sistema de comunicação via rádio foram recuperados ou substituídos; os truques foram revisados e os rodeiros substituídos por novos. Completando a fase de recuperação do antigo material rodante herdado da CBTU, dos 31 carros tipo Pidner que serão recuperados, 14 foram concluídos, incluindo o mundialmente inédito sistema de climatização do salão de passageiros, desenvolvido por empresa local associada a uma grande indústria multinacional na área de climatização veicular, tanto rodoviária quanto ferroviária. Os carros ganharam ainda novo visual,
isolamento térmico e acústico; foram totalmente revestidos em fibra de vidro reforçado e pintura automotiva também em poliuretano; as janelas são de policarbonato e o piso em PVC/PRFV, materiais mais resistentes; os bancos foram substituídos por assentos individuais, no leiaute metroviário, e a iluminação e portas foram melhoradas para dar maior segurança aos passageiros. Além disso, foram adquiridos seis Veículos Leves sobre Trilho-VLTs, com quatro carros cada, para atender a essa linha e futuramente ao Ramal Parangaba Mucuripe. As obras civis e sistemas fixos do trecho também estão em andamento e alguns já estão concluídos.
Jan/99 à Dez/02 Descrição das Ações
Jan/03 à Dez/06
Jan/07 à Dez/10
no período Acumulado no período Acumulado no período Acumulado
Obras Civis e Sistemas Fixos
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
97,99%
97,99%
Obras Civis -Viaduto Rodoviário Visconde de Cauípe
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
100,00%
100,00%
Sistema Móvel - Material Rodante
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
90,51%
90,51%
Bilhetagem Eletrônica
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Estudos, Projetos e Administração
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
95,21%
95,21%
Desapropriação
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
100,00%
100,00%
Total
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
93,19%
93,19%
Processos de desapropriação, remoção de interferências e a elaboração do projeto executivo para a construção do viaduto rodoviário da Rua Visconde de Cauípe. Contratação do Consórcio Jato Clean com o objetivo de fazer os serviços de engenharia para modernização e reparo geral de quatro locomotivas e serviços de assistência técnica, garantia, fornecimento de peças e ferramentas para estas máquinas. Contratação da empresa Bom Sinal Indústria e Comércio Ltda, para fornecimento de seis VLts, com quatro carros cada um.
Contratação do Consórcio Jato Clean para execução de serviços de engenharia para recuperação e modernização de 13 carros de passageiros, tipo Pidner. Recebimento dos dois primeiros VLts dos seis adquiridos da empresa Bom Sinal. Os testes desses trens foram iniciados em dezembro de 2010. Recuperados 14 dos 31 carros de passageiros, tipo Pidner previstos; Concluídos os serviços de engenharia para modernização e reparo geral de quatro locomotivas.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
29
Investimentos LINHA SUL Fonte de Recursos Estado
Discriminação
União
Tesouro
BNDES
Recursos Adicionais *
Total
Valores Pagos (1997-2002) 351.420.544 43.694.332 395.114.876 Valores Pagos (2003-2006) 140.014.457 22.603.142 162.617.599 Valores Pagos (2007-Ago/2010) 350.645.047 45.413.327 54.905.787 82.087.974 533.052.136 Total Pago Linha Sul 842.080.047 111.710.801 54.905.787 82.087.974 1.090.784.610 * Obs.: Os Recursos Adicionais do Estado, no valor de R$ 293.200.000,00, referem-se: R$ 240.000.000,00 (Aquisição de 20 TUEs) + R$ 18.200.000,00 (Viaduto Rodoviário Pe.Cícero) + R$ 35.000.000,00 ( Estações JK e Padre Cícero).
LINHA OESTE Fonte de Recursos Discriminação
Estado Total Tesouro Recursos Adicionais ** Valores Pagos (1997-2002) Valores Pagos (2003-2006) Valores Pagos (2007-Ago/2010) 63.739.245 1.568.460 10.000.000 18.005.292 93.312.997 Total Pago Linha Oeste 63.739.245 1.568.460 10.000.000 18.005.292 93.312.997 ** Obs.: Os Recursos Adicionais do Estado, no valor de R$ 41.845.306,44, referem-se: R$ 13.665.561,32 (Aquisição VLts) + R$ 6.177.918,05 (Recuperação de 4 Locomotivas) + R$ 12.055.581,37 (Recuperação de Carros Pidner) + R$ 5.860.279,05 (Obras Civis) + R$ 1.100.000,00 (Muro de Arrimo) + R$ 1.278.527,98 (Viaduto Rodoviário Visconde de Cauípe) + R$ 1.207.438,67 (Gerenciamento e Supervisão) + R$ 500.000,00 (Desapropriações). Rendimentos de Aplicações União
União
TOTAL EMPREENDIMENTO Fonte de Recursos
Valores Pagos (1997-2002) Valores Pagos (2003-2006) Valores Pagos (2007-Ago/2010) Total Pago
União 351.420.544 140.014.457 414.384.293 905.819.293
Rendimentos de Aplicações União 1.568.460 1.568.460
Estado Tesouro 43.694.332 22.603.142 55.413.327 121.710.801
BNDES 54.905.787 54.905.787
Recursos Adicionais 100.093.266 100.093.266
Total 395.114.876 162.617.599 626.365.133 1.184.097.607
Linha OESTE
Discriminação
30
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Antes e depois, um andamento preciso
Estação Mondubim
Passagem da Av. Wanefrido Melo
Estação Rachel de Queiroz
ANTES
DEPOIS
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
31
Nada mais adequado para demonstrar a evolução de uma obra do que um comparativo por imagens. Principalmente em uma grande obra. A dimensão de uma grande obra e o seu tempo de execução termina por camuflar sua verdadeira extensão e o dinamismo com que ela é executada. Certamente, por começar a fazer parte do cotidiano, termina por se incorporar à paisagem, o que diminui a percepção do dinamismo com que evolui. Seu conjunto pode significar muito, mas ele não é visto por completo e ao mesmo tempo. Tampouco seus avanços pontuais. Como o crescimento é paulatino, a expressão maior só pode ser medida com flagrantes do antes e do depois. Desta maneira expressamos a grandiosidade do esforço empreendido na obra do Metrô de Fortaleza de 2007 a 2010.
Parangaba
Viaduto Nereu Ramos
Manoel Sátiro
ANTES
DEPOIS
Carro Pidner Locomotiva Benfica
AnTES DEPOiS
RuMO AO inTERiOR
34
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Metrô nas Regiões Sul e Norte do Ceará
A
Região do Cariri é a que mais cresce no interior nordestino. Juazeiro do Norte se destaca pelas romarias ao Padre Cícero, pelo seu polo calçadista, o terceiro maior no ranking nacional, e por concentrar um comércio bastante atuante no sul do Estado. O Crato tem expressiva importância regional, destacando-se na agricultura, na fabricação de produtos de alumínio, calçados, cerâmica e aguardente, e é sede da famosa feira agropecuária – Expocrato, que anualmente atrai
milhares de visitantes à cidade. A região conta também com a Universidade Regional do CaririURCA e várias outras escolas de níveis superior e técnico, tornando os jovens os potenciais usuários de transportes coletivos. Na Região Norte do Ceará, fica o município de Sobral, que registra franca expansão econômica, principalmente com a chegada de grandes indústrias como a sede nacional da Grendene e a unidade do Grupo Votorantim. É a terceira economia do Estado, ficando
atrás apenas de Fortaleza e Maracanaú. Em Sobral está localizada a Universidade do Vale do Acaraú - UVA, com um campus universitário já bem avançado e, ainda, escolas técnicas do Estado. O potencial econômico desses municípios e a necessidade de infraestrutura de mobilidade urbana das cidades de médio porte levaram o Governo do Estado a incluí-los no projeto do Metrô, aliando investimentos públicos à melhoria da qualidade de vida da população.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
35
Metrô do Cariri
A
inauguração do Metrô do Cariri ocorreu em 1º. de dezembro de 2009, quando começou a operação assistida (parcial) e desde maio deste ano os trens estão em pleno funcionamento comercial. Esta linha atende diretamente aos moradores do Crajubar, região formada pelos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, este último por meio do sistema de integração. Tem 13,6 km de extensão, oito estações e o centro administrativo, oficinas de manutenção e controle de tráfego.
É atendido por dois Veículos Leves sobre Trilhos – VLTs movido a diesel, dotado de ar-condicionado e capacidade de transportar até 330 passageiros por composição. Funciona das 6h às 19h20 com 21 viagens em cada sentido. Cerca de 1.500 pessoas o utilizam diariamente. O trecho utilizado é o mesmo do antigo Ramal Ferroviário do Crato utilizado pela RFFSA até o início dos anos 80. O Metrô do Cariri tem grande relevância social por beneficiar a população de baixa renda e oferecer condições de
segurança, rapidez e pontualidade. O investimento total foi de R$ 27 milhões. Projetos complementares já estão sendo providenciados, como o serviço de drenagem paralelo à linha em todo o percurso do trem e a construção de um bueiro celular triplo para evitar danos aos serviços em época de chuva. Outras novidades são a construção de mais uma estação (Estação Escola) para atender aos estudantes das escolas técnicas profissionalizantes; e a aquisição de mais um carro VLT.
Implantação/Remodelação de 13,6 km de via permanente.
Início da operação comercial em 31/05/2010.
Execução da drenagem urbana na Av. Paulo Maia, paralela ao leito ferroviário.
Início da implantação do sistema de drenagem.
Realizações Construção de oito Estações Ferroviárias e de um Centro Administrativo que inclui o Centro de Controle Operacional e as oficinas de manutenção. Fabricação de dois Veículos Leves sobre Trilhos – VLTs.
36
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Metrô de Sobral
E
m Sobral, o Metrô também usará a malha ferroviária que cruza a cidade, reduzindo o custo das obras. O processo licitatório foi iniciado no dia 19 de novembro de 2010 e as obras devem ser concluídas no final de 2011. Os trens VLTs já foram adquiridos e se encontram em processo de fabricação. As linhas do metrô de Sobral acompanham o perímetro urbano do município, numa extensão de
11 km, com 11 estações e a utilização de cinco VLTs. A Linha Sul, com extensão de sete quilômetros, vai ser de utilização mista, pois vai aproveitar a linha de existente, contorna o centro da cidade, ligando o Bairro Cohab II, no extremo leste, ao Bairro Sumaré, no oeste. Serão sete estações. Já a Linha Norte com 4 km, ligará o Polo Industrial da Grendene, onde ficava o antigo Ramal Ferroviário de Camocim, ligando o Bairro da Expectativa
ao Bairro Cohab III, passando pelos Bairros do Junco e Terrenos Novos. Neste caso, a linha será exclusiva aos trens de passageiros. As duas linhas formam dois “us” invertidos, que se tangenciam numa estação de integração. Em 2010, foi elaborado o projeto executivo e de supervisão da obra e a abertura do processo licitatório para contratação das obras civis. Os cinco VLTs já estão adquiridos.
REALiZAÇÕES 2007/2010
Na atual gestão, as obras do Metrô de Fortaleza apresentaram uma das maiores taxas de expansão. Dos 24,1 km, 42,70% foram executados entre 2007 e 2010, culminando com uma taxa média de expansão de 48,70% maior que nas gestões anteriores. Tudo isso para que brevemente o povo cearense seja beneficiado por um sistema de transporte moderno e rápido. Acompanhe as principais conquistas no período de 2007 a 2010.
Início da recuperação e melhoria da Linha Oeste com execução das obras civis e sistemas fixos. Destravamento dos Projetos com a inclusão do Metrofor no PAC.
Continuidade das obras da Linha Sul, conforme Termo Aditivo do Convênio 011/2005-P assinado com o Governo Federal em novembro de 2005.
Continuidade da operação do trem diesel.
Equacionamento das interferências do metrô com a Prefeitura Municipal de Fortaleza, tais como: Beco da Poeira, Lord Hotel e antiga Estação de Parangaba.
Início das negociações para transferência dos permissionários do Beco da Poeira.
Contratação das obras de execução do viaduto rodoviário da Rua Padre Cícero. Aquisição de dois VLTs para o Metrô do Cariri.
Equacionamento do Contrato 014/ Metrofor/98 com aprovação do Termo Aditivo 11 referente às obras civis em consonância com o Acórdão 3070 – TCU/Plenário.
Continuidade da recuperação e melhoria da Linha Oeste com as obras civis e sistemas fixos; recuperação de quatro loco motivas, 31 carros Pidner e aquisição de seis VLTs. Continuidade das obras da Linha Sul de acordo com as premissas do Convênio 011/2005-P.
Licitação para contratação de empresa para elaboração de laudos de avaliação das terras por onde passará a Ferrovia Transnordestina.
2007 2008 Autorizado pelo TCU o Termo Aditivo ao contrato 014/Metrofor/98 que permitiu a continuidade das obras do Metrô de Fortaleza.
Continuidade da implantação do Metrô do Cariri. Início do projeto de implantação do Metrô do Cariri.
Equacionamento financeiro do empreendimento da Linha Sul, retornando ao escopo original assegurado com os recursos do PAC.
Equacionamento dos recursos de contrapartida do Governo do Estado do Ceará através do financiamento com o BNDES.
Início da desocu pação dos imóveis do Lord Hotel.
Início das obras de rebaixamento da antiga estação de Parangaba.
Conclusão do processo de licitação para recuperação do material rodante da Linha Oeste.
Início da definição do projeto de implantação do Metrô de Sobral.
Retomada da obra da Linha Sul em agosto, após paralisação no mês de julho.
Formalização no contrato de aquisição dos VLTs para o Metrô de Sobral.
Conclusão da transferência dos permissionários do Beco da Poeira. Início das obras do trecho subterrâneo entre as estações José de Alencar e Central Xico da Silva.
Conclusão do processo licitatório e início das atividades de campo para laudos de avaliação das terras atingidas pela construção da Ferrovia Transnordestina.
Início da definição do projeto de implantação do ramal Parangaba/ Mucuripe.
Desapropriação na área de implantação do viaduto da Rua Padre Cícero sobre a Avenida José Bastos e início das obras civis.
Início da integração do Metrô do Cariri.
Início dos testes do VLT na Linha Oeste e TUE na Linha Sul.
Início da integração dos diversos modais de transporte da Linha Oeste.
Início da operação dos carros Pidner recuperados para a Linha Oeste.
Solicitação de recursos para a Linha Leste. Início do levan tamento para desapropriação para as obras do ramal Parangaba / Mucuripe.
2009
Paralisação do sistema ferroviário da Linha Sul para a conclusão da Linha Sul metroviária.
Ferrovia Transnordestina: acordo com o Incra para desapropriação de assentamentos existentes ao longo da via.
2010 Inauguração do Metrô do Cariri.
Licitação e contratação para as obras do trecho subterrâneo da Linha Sul entre as estações José de Alencar e Central Xico da Silva (antigas Lagoinha e João Felipe, respectivamente) Recebimento de três VLTs da Linha Oeste.
Formalização do convênio entre Metrofor e CBTU para execução das obras civis e sistemas fixos do Metrô de Sobral.
Aquisição de 20 TUEs –Trem de Unidade Elétrica - com três carros cada com recursos aportados pelo Governo do Estado.
Licitação das obras civis e sistemas fixos do Metrô de Sobral.
Recebimento de dois TUEs com três carros cada fabricado pela empresa Ansaldo Breda com recursos do Governo do Estado.
Recuperação das quatro locomotivas e dos Carros Pidner com inclusão de ar- condicionado e layout metroviário, em toda a frota.
Início de elaboração do projeto da Linha Parangaba / Mucuripe. Início do projeto da Linha Leste.
Elaboração do pro jeto executivo das estações da Linha Sul - Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. Solicitação de recursos para o segundo estágio da Linha Oeste Metroviário.
Estudo de viabilidade técnica e econômica, em conjunto com a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, para a implantação de intermodais de cargas ao longo da Ferrovia Transnordestina, uma das metas do Governo do Estado do Ceará.
GESTテグ EMPRESARiAL
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
41
Aspectos administrativos
A
Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - Metrofor adota uma filosofia de integração e trabalho coletivo para assegurar a boa imagem institucional como empresa cidadã que mantêm programas dirigidos aos públicos interno e externo. Pratica o exercício de cidadania, a começar pelos empregados conscientes de seus direitos e deveres junto à empresa e à sociedade. Em contrapartida, a empresa lhes oferece conforto, assistência médica e psicológica, oportunidades para praticarem atividades físicas, momentos de lazer e descontração, através de festas em datas comemorativas. A síntese dos esforços dos profissionais que trabalham na área de gestão empresarial registra
um avanço no sentido de aprimoramento de pessoal, dimensionamento da escala de horas extras, reformulação e melhoramento do espaço físico e de infraestrutura. No âmbito da ocupação física do prédio, a intervenção visou tornar o ambiente de trabalho mais agradável e confortável para os empregados. Novas salas foram criadas, outras ampliadas e novos aparelhos de ar-condicionado instalados. Construiu-se um novo auditório com o triplo da capacidade do anterior na parte superior do prédio da antiga CBTU. Foram implementadas, ainda, ações para economia de energia elétrica, telefone e água. E, brevemente, os empregados ocuparão o novo edifício, que está sendo construído próximo
à sede atual, onde funcionarão o Centro Administrativo da empresa e o Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô de Fortaleza. Com quase 8 mil metros quadrados, contará com seis pavimentos com fachadas voltadas para a orla marítima, com vista privilegiada e total luminosidade. O projeto arquitetônico foi concebido de forma a favorecer a funcionalidade e segurança interna, formado por três blocos independentes ligados por uma galeria de acesso. O bloco destinado ao CCO, onde ficarão as salas técnicas e de comando, que exige total segurança, terá acesso exclusivo aos funcionários autorizados, sem prejudicar a rotina das áreas administrativas.
42
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Recursos humanos
N
o gerenciamento de Recursos Humanos destacam-se as seguintes ações: parceria com o Serviço Social da Indústria - SESI para implantação dos programas de Saúde Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais; a implantação do Projeto Qualidade de Vida e do Projeto Social Bonstrilhos; a aplicação do sistema informatizado do controle biométrico de frequência; criação do Programa de Treinamento Interno e da Instrução Normativa que regulamenta o Plano de Capacitação e Desenvolvimento dos colaboradores. Com relação à segurança dos empregados, foram realizadas diversas palestras sobre Segurança do Trabalho e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT. Quanto à prevenção da saúde, campanhas de vacinação coletiva contra gripe, hepatite, rubéola, tétano e grupo HIN1 foram promovidas, como também o acompanhamento médico
a colaboradores com diabetes, hipertensão, obesidade, alcoolismo e tabagismo, além da verificação de pressão arterial e teste de glicemia. Palestras educativas sobre temas da área de saúde, como AIDS, DST e Nutrição foram realizadas. Uma das conquistas da companhia foi a redução do número de horas extras realizadas pelos servidores da empresa, conseguindo equacionar o problema ao reduzir em 63% o número de horas extras realizadas durante o ano de 2010. E a tendência é diminuir cada vez mais esse número com providências como a aplicação de escalas adequadas e um gerenciamento efetivo dos indicadores das áreas. Outra dificuldade, devidamente solucionada, diz respeito ao encerramento de contrato de trabalho por motivo de aposentadoria, que vem sendo realizado de forma harmônica, com muito diálogo e participação de uma equipe multidisciplinar.
E, numa visão do futuro, devido às mudanças que ocorrerão após a inauguração da Linha Sul do Metrô de Fortaleza, quando a empresa ganhará uma nova dimensão diante da sociedade cearense, a Diretoria de Gestão Empresarial está revisando o planejamento estratégico, tendo como fio condutor o treinamento constante dos empregados e o trabalho integrado de todas as áreas da empresa. A meritocracia dentro desta nova perspectiva deverá nortear toda a visão funcional dos seus servidores daqui por diante.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Indicadores administrativos
2007
2008
2009
2010
N de empregados
322
317
306
289
Jovens aprendizes
2
2
10
12
Acidentes de Trabalho
10
8
12
10
Inspeções de Segurança do Trabalho
39
48
52
41
Treinamentos (empregados)
192
249
201
295
2.104
12.407
7.537
6.212
Atendimento médico
380
450
430
340
Atendimento psicossocial
250
304
275
385
o
Horas-aula
43
44
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
A empresa mantém uma política de recursos humanos com foco no aperfeiçoamento adotando ações que visam ao desenvolvimento e à qualidade de vida dos empregados. Treinamento e desenvolvimento (janeiro de 2007 a outubro de 2010)
Técnico Operacional
400 empregados Gestão e Desenvolvimento
573 empregados
Fonte: Área de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas
Inspeções de segurança do trabalho (janeiro de 2007 a outubro de 2010)
51
GERAD - Abastecimento, almoxarifado, prédio administrativo e extintores.
51
GEMOF - Locomotivas, oficinas e extintores.
14
GESOP - Estações e extintores
Fonte: Segurança do Trabalho
64
GESIV - Passagens de nível, subestações, extintores, manobra e pátios.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
45
Atendimentos Psicossociais (janeiro de 2007 a outubro de 2010)
12
Visitas domiciliares
110
Licenças sociais
927
Atendimentos a empregados
72
Atendimentos a familiares de empregados
203
Atendimentos a usuários
Fonte: serviço psicológico
Atendimento do serviço médico (janeiro de 2007 a outubro de 2010)
28
1196
Atestados de saúde ocupacional de retorno ao trabalho emitidos
40
Comunicações de acidentes de trabalho
21
Atestados de saúde ocupacionais demissionais
1600
Atendimentos ambulatoriais
Licenças para tratamento de saúde homologadas
729
Atestados de saúde ocupacional Fonte: Serviço médico
GESTテグ FinAnCEiRA
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
47
Aspectos financeiros A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – METROFOR é uma empresa de economia mista otimizada e racionalizada observando a filosofia de trabalho do Governo Estadual. Conta atualmente com 326 empregados, sendo 289 custeados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, conforme processo de estadualização dos transportes ferroviários, e 37 pelo Governo do Estado do Ceará. Seu Capital Social é de R$ 732.163.970,75. No período de 2007 a 2009, a companhia contou com o montante
de R$ 825.760.948,75, sendo R$ 803.889.900,43 para investimentos e R$ 21.871.048,32 para custeio. Os recursos foram provenientes do Governo do Estado do Ceará, Governo Federal, CBTU, e de recursos próprios gerados, principalmente, pela venda de bilhetes. Até setembro deste ano, o total de recursos aportados chega a R$ 305.427.545,99: R$ 285.348.638,42 para investimentos e R$ 20.078.907,57 para custeio. Esse montante recebido para investimentos nas obras do
Metrô de Fortaleza é resultado do esforço do Governo do Estado em incluir o projeto no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, que significou um incremento à Linha Sul de R$ 313,77 milhões de investimentos, considerando-se o valor assegurado pelo Convênio 011-2005/P. Em setembro de 2007, o Governo do Estado do Ceará, juntamente com o Ministério das Cidades, definiram as responsabilidades para o aporte dos recursos faltantes para a finalização das obras do 1o.Estágio – Linha Sul, como segue:
orIGeM dos recUrsos
UnIÃo
esTado
ToTaL
Complementares
79.268.904
53.594.305
132.863.209
ToTaL
79.268.904
53.594.305
132.863.209
orIGeM dos recUrsos
UnIÃo
esTado
ToTaL
Convênio Original
344.979.598
154.139.712
499.119.310
PAC
313.756.000
-
313.756.000
Complementares
79.268.904
53.594.305
132.863.209
ToTaL
738.004.502
207.734.017
945.738.519
em r$ (reais)
em r$ (reais)
O aditivo nº 2 ao Convênio 011-2005/P considera também os investimentos no valor de R$ 80 milhões para obras de Recuperação e Melhorias da Linha Oeste.
48
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
BaLanÇo PaTrIMonIaL eM 31 de deZeMBro de 2007 em r$ (reais)
aTIVo
PassIVo
31.12.2007
31.12.2006
50.525.697,72
46.051.511,25
1.878.176,16
784.271,21
Aplicações Financeiras
46.214.431,91
43.463.837,60
Impostos a Recuperar
1.122.891,52
428.844,16
Adiantamentos
99.268,89
64.325,77
Contas a Receber
76.289,75
92.649,19
1.092.600,38
1.185.443,28
1.567,10
4.220,35
40.472,01
27.919,69
cIrcULanTe Bancos Conta Movimento
Almoxarifado Despesas Antecipadas Devedores Diversos reaLIZÁVeL a LonGo PraZo
335.592,48
146.358,75
Clientes
139.979,39
120.194,65
Depósitos Judiciais
195.613,09
26.164,10
672.569.780,94
582.055.988,88
1.000,00
1.000,00
Imobilizado
559.674.730,18
483.934.310,57
Diferido
112.894.050,76
98.120.678,31
PerManenTe Investimento
ToTaL GeraL do aTIVo
723.431.071,14
628.253.858,88
31.12.2007
31.12.2006
cIrcULanTe
3.096.595,17
5.867.596,02
Fornecedores
682.465,74
381.838,92
1.126.983,49
1.136.867,62
204.747,94
138.465,90
Credores por Caução
40.472,01
86.245,00
Valores a Pagar
23.912,27
30.252,81
548.555,11
505.725,17
7.913,03
2.323,10
Obrigações Trabalhistas Obrigações Tributárias
Provisões Diversas Obrigações com Convênios
-
37.843,32
461.545,58
3.548.034,18
5.086.668,99
535.514,33
50.684,92
45.838,92
489.675,41
489.675,41
4.546.308,66
-
715.247.806,98
621.850.748,53
Capital Social
336.929.022,75
336.929.022,75
Reservas de Capital
395.234.949,87
296.427.536,22
( - ) Prejuízos Acumulados
(16.916.165,64)
(11.505.810,44)
723.431.071,14
628.253.858,88
Títulos a Pagar Subvenção de Pessoal eXIGÍVeL a LonGo PraZo Fornecedores Créditos de Terceiros - CBTU/Cisão Provisões Diversas PaTrIMÔnIo LÍQUIdo
ToTaL GeraL do PassIVo
49
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
BaLanÇo PaTrIMonIaL eM 31 de deZeMBro de 2008 em r$ (reais)
aTIVo cIrcULanTe DISPONÍVEL Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras
PassIVo
31.12.2008
31.12.2007
48.376.584,39
50.525.697,72
44.756.882,94
48.092.608,07
2.373.152,74 42.383.730,20
31.12.2008
31.12.2007
5.782.266,95
3.096.595,17
Fornecedores Nacionais
1.420.304,64
682.465,74
1.878.176,16
Obrigações Trabalhistas
1.164.951,10
1.126.983,49
46.214.431,91
Obrigações Tributárias
311.676,21
204.747,94
Credores por Caução
51.465,88
40.472,01
30.879,73
23.912,27
591.315,64
548.555,11
7.362,34
7.913,03
2.204.311,41
461.545,58
78.616.184.27
5.086.668,99
52.366,92
50.684,92
489.675,41
489.675,41
5.406.191,20
4.546.308,66
cIrcULanTe
crÉdITos
3.619.701,45
2.433.089,65
Valores a Pagar
Impostos a Recuperar
1.880.133,51
1.122.891,52
Provisões Diversas
126.212,76
99.268,89
Obrigações com Convênios
48.999,15
76.289,75
Subvenção de Pessoal
1.509.376,03
1.092.600,38
3.514,12
1.567,10
51.465,88
40.472,01
Adiantamentos Contas a Receber Almoxarifado Despesas Antecipadas Devedores Diversos
PassIVo nÃo cIrcULanTe Fornecedores Nacionais Créditos de Terceiros
783.828.595,65
672.905.373,42
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
182.406,98
335.592,48
Clientes
139.979,39
139.979,39
42.427,59
195.613,09
1.000,00
1.000,00
742.082.170,67
559.674.730,18
aTIVo nÃo cIrcULanTe
Depósitos Judiciais INVESTIMENTOS IMOBILIZADO INTANGÍVEL DIFERIDO
ToTaL GeraL do aTIVo
27.508,22
-
41.535.509,78
112.894.050,76
832.205.180,04
723.431.071,14
Provisões Diversas Subvenções para Investimentos
PaTrIMÔnIo LÍQUIdo Capital Social Reservas de Capital ( - ) Prejuízos Acumulados
ToTaL GeraL do PassIVo
72.667.950,74
-
747.806.728,82
715.247.806,98
732.163.970,75
336.929.022,75
46.625.186,37
395.234.949,87
(30.982.428,30)
(16.916.165,64)
832.205.180,04
723.431.071,14
50
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
BaLanÇo PaTrIMonIaL eM 31 de deZeMBro de 2009 em r$ (reais) aTIVo cIrcULanTe DISPONÍVEL Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras
PassIVo 31.12.2009
31.12.2008
6.648.667,13
5.782.266,95
Fornecedores Nacionais
1.351.232,07
1.420.304,64
2.373.152,74
Obrigações Trabalhistas
1.445.110,33
1.164.951,10
42.383.730,20
Obrigações Tributárias
31.12.2009
31.12.2008
77.391.288,78
48.376.584,39
73.433.738,65
44.756.882,94
354.244,98 73.079.493,67
cIrcULanTe
Credores por Caução 3.619.701,45
Valores a Pagar
2.104.444,46
1.880.133,51
Provisões Diversas
197.941,96
126.212.76
28.990,18
48.999,15
1.593.148,56
1.509.376,03
4.601,13
3.514,12
28.423,84
51.465,88
903.608.889,54
783.828.595,65
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
190.790,34
182.406,98
Clientes
139.979,39
139.979,39
50.810,95
42.427,59
crÉdITos Impostos a Recuperar Adiantamentos Contas a Receber Almoxarifado Despesas Antecipadas Devedores Diversos
3.957.550,13
Obrigações com Convênios Subvenção de Pessoal
PassIVo nÃo cIrcULanTe Fornecedores Nacionais Créditos de Terceiros
aTIVo nÃo cIrcULanTe
Depósitos Judiciais INVESTIMENTOS IMOBILIZADO INTANGÍVEL DIFERIDO
ToTaL GeraL do aTIVo
1.000,00
1.000,00
861.854.081,20
742.082.170,67
27.508,22
27.508,22
41.535.509,78
41.535.509,78
981.000.178,32
832.205.180,04
Provisões Diversas Subvenções para Investimentos
PaTrIMÔnIo LÍQUIdo Capital Social Reservas de Capital ( - ) Prejuízos Acumulados
ToTaL GeraL do PassIVo
349.680,57
311.676,21
1.709.676,49
51.465,88
28.748,19
30.879,73
1.202.778,87
591.315,64
8.046,96
7.362,34
553.393,65
2.204.311,41
192.695.531,18
78.616.184,27
54.552.92
52.366,92
489.675,41
489.675,41
5.784.620,77
5.406.191,20
186.366.682,08
72.667.950,74
781.655.980,01
747.806.728,82
732.163.970,75
732.163.970,75
93.503.522,05
46.625.186,37
(44.011.512,79)
(30.982.428,30)
981.000.178,32
832.205.180,04
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
51
receITa oPeracIonaL (r$) 2007 caTeGorIa Venda de Bilhetes Alugueis Financeira
Total da receita
2008
VaLor
%
2009
VaLor
%
VaLor
%
6.985.098,68
99,55
6.804.986,11
99,47
5.045.136,38
98,07
39.532,85
0,44
35.055,08
0,53
33.722,38
0,66
6.053,46
0,01
0
0
65.543,94
1,27
7.030.684,99
100
6.840.041,19
100
5.144.402,7
100
desPesa oPeracIonaL (r$) 2007 despesa
2008
2009
orçamento
Financeiro
orçamento
Financeiro
orçamento
Financeiro
2.410.254,75
2.176.574,58
2.224.079,63
2.300.120,76
3.324.079,63
3.324.079,63
Outras Despesas de Pessoal
294.927,26
218.488,46
425.114,01
308.281,82
925.114,01
925.114,01
Material
254.471,22
163.784,38
122.165,97
114.426,18
192.165,97
192.165,97
Água / Luz / Telefone
100.206,83
429.475,46
395.727,06
789.450,13
415.727.06
415.727.06
1.215.380,69
878.222,82
669.034,40
525.356,64
918.562,14
918.562,14
Impostos e Contibuições
59.313,15
34.614,60
24.744,99
13.242,30
24.744,99
24.744,99
Reaparelhamento Administrativo
40.000,00
6.459,08
84.000,00
31.977,72
84.000,00
84.000,00
Despesas Jurídicas
35.681,08
904,16
30.600,00
22.265,27
80.600,00
80.600,00
Aluguel Sede
27.508,77
123.583,47
29.286,20
29.286,20
79.286,20
79.286,20
2.640.976,56
2.640.976,56
3.283.575,13
3.283.575,13
6.645.728,82
6.775.383,58
9.327.855,13
9.327.855,13
Pessoal
Serviços diversos
Despesas Operação Trem Diesel
ToTaL GeraL
4.437.743,75
4.032.107,01
repasse do Governo do estado (r$)
Custeio Incremento Receita
2007
2008
2009
3.969.000,00
5.292.000,00
6.044.280,00
2.185.230,22
3.283.575,13
RESPOnSABiLiDADE SOCiAL
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
53
Projetos sociais
A
interação empresa / empregado / sociedade tem gerado bons frutos como, por exemplo, melhoria da qualidade de vida, integração social, redução de gastos com saúde e assistência social e aumento da autoestima. Também possibilitou a criação de ações desenvolvidas junto à sociedade que vêm obtendo bastante sucesso. Uma delas é o Projeto Bonstrilhos, que é dirigido às comunidades Moura Brasil e lindeiras em toda a extensão da Linha Oeste. O objetivo é promover
o desenvolvimento pessoal e social de aproximadamente 400 crianças e adolescentes, que dispõem de aulas de balé clássico e moderno e de jiu-jitsu. Esse programa é extensivo às famílias, com a realização de palestras educativas e comemorações especiais, como a festa do Dia das Mães. Outro exemplo é a Indústria do Conhecimento. Consiste de uma biblioteca e ilha digital instaladas na Estação João Felipe. O espaço, que funciona em um vagão, é resultado de um convênio com o SESI.Recebe cerca de 60 pessoas diariamente entre empregados e
usuários dos trens. Essas ações demonstram que o Metrofor, em sintonia ao que as empresas modernas estão realizando, adota uma política de responsabilidade social que hoje é referência no Estado. São investimentos que mostram a sensibilidade da empresa com questões ambientais e sociais criando uma empatia com a sociedade, que de forma espontânea passa a ser um agente social de preservação do metrô, reduzindo as despesas de manutenção e limpeza dos trens.
COMuniCAÇÃO E MARKETinG
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
55
Relacionamento com o público
A
Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor tem setores exclusivos para o relacionamento com a sociedade e os veículos de comunicação, cujo objetivo principal é preservar e garantir a boa imagem da empresa. Este é o papel da Área de Comunicação, que assessora e é diretamente ligada à Diretoria Executiva, principalmente ao DiretorPresidente. Trabalha com três segmentos: Relações Públicas, Assessoria de Imprensa e Publicidade e Marketing, de forma interativa com o objetivo de divulgar, proteger e enaltecer o Metrô de Fortaleza, e, por conseguinte, disseminar a imagem positiva do Governo do Estado do Ceará. O setor de Relações Públicas coordena várias ações institucionais, como, por exemplo, os projetos “Metrô e Cidadania” e “Visite o Metrô”, que visam, fundamentalmente, levar à população os conceitos de cidadania, preservação, respeito ao espaço público, segurança e uso correto do sistema, além de proporcionar uma maior visibilidade ao empreendimento, eliminando o ceticismo reinante na grande maioria das pessoas em relação à conclusão do Metrô de Fortaleza. Com relação ao Projeto Metrô e Cidadania, trata-se de um trabalho sistemático e constante com as comunidades, escolas, associações de classe, através de palestras, reuniões com as lideranças comunitárias, visitas porta a porta, oficinas lúdicas e educativas, buscando exaustivamente educar e conscientizar a população contra atos de vandalismos nos equipamentos e instalações do metrô. Para se ter uma ideia da importância e do alcance desse projeto, de janeiro a dezembro de 2010, conseguimos alcançar aproximadamente 10.000 pessoas. Outro ponto a ser destacado são as parcerias com as Secretarias Regionais da Prefeitura de Fortaleza, cujo objetivo, através delas, é
agregar esforços, dentro do mesmo enfoque educacional, relativamente ao acúmulo de lixo espalhado pela cidade e nas proximidades da linha férrea, trazendo sérios riscos de acidentes e também comprometendo a saúde das pessoas, com no caso específico da dengue. No Programa Visite o Metrô, grupos da comunidade universitária, representantes de órgãos públicos, de associações de classe e de entidades representativas participam de visita, pela manhã, aos trechos mais significativos e emblemáticos do empreendimento. As visitas podem ser agendadas através do telefone 3101-7115. A Assessoria de Imprensa reforça esse trabalho de imagem favorável da empresa com a redação e envio de notícias para sites do Governo do Estado e veículos de comunicação, atendendo aos jornalistas, acompanhando-os em entrevistas com diretores e assessores, dando-lhes todo o suporte para que realizem suas pautas. Faz também o monitoramento diário das notícias publicadas na mídia sobre o Metrô de Fortaleza e toma as providências necessárias,
de acordo com o conteúdo da matéria, buscando sempre preservar a imagem do Metrô de Fortaleza e do Governo do Estado. Para facilitar o acesso da população às informações, o Metrô disponibiliza um canal direto de comunicação, ou seja, um sistema de Teleatendimento em conexão com a Ouvidoria da empresa. O telefone 08002755558 está à disposição da sociedade para receber reclamações, sugestões e dar informações sobre o empreendimento. Quanto à Publicidade e Marketing, o trabalho é realizado de acordo com a orientação e aprovação da Coordenadoria de Publicidade e Marketing, da Casa Civil, do Governo do Estado do Ceará.
TECnOLOGiA DA inFORMAÇÃO
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Sistema moderno e ágil
O
objetivo do setor de informática do Metrofor é desenvolver um programa de modernização e capacitação alinhando as necessidades corporativas da companhia às melhores práticas e recursos tecnológicos. Durante o período de 2007 a 2010, dentre outras realizações, foram adquiridos seis servidores System X 3650, IBM System Storage, que oferecem alta capacidade e tecnologia de armazenamento de dados, além de seis servidores lâminas e seis nobreaks Power Sinus 2 senoidal para evitar a paralisação do sistema. Também foram realizados serviços de upgrade na conexão com a internet de 512 Kbps para 2048 Kbps; upgrade de memória RAM em 25 estações de trabalho; atualização de vários microcomputadores de sistema e monitor em lcd; implantação da sala dos servidores com suporte para climatização; nova sala da Getec com sistema de “ilhas” para uma melhor sincronização dos trabalhos; implantação de três switchs de alta performance e realizadas adequações no cabeamento de rede entre a sede da empresa e a MWH Brasil, responsável pela gerência do projeto do Metrô de Fortaleza. Outra novidade é o serviço de impressão departamental dotado de impressoras modernas com digitalização via web, copiadoras e fax, que facilitam o controle total de impressões. Está também em implantação um laboratório e a Rede Gigafor (fibra ótica), que dará maior velocidade ao sistema de informática da empresa. A equipe de informática atualmente trabalha na migração para software livre. Tudo isso está sendo feito para que a empresa tenha um sistema de informática moderno e ágil com capacidade de atender a demanda gerada pela nova etapa da história do Metrô de Fortaleza.
57
GESTテグ OPERACiOnAL
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
59
Sistema operacional Atualmente, o Centro de Controle Operacional de Fortaleza, ponto convergente das informações sobre tudo o que acontece nas linhas de transportes de passageiros, opera a Linha Oeste, que liga Fortaleza a Caucaia, utilizando as composições a diesel. A operação desses materiais rodantes envolve um trabalho intenso de controle e monitoramento que permite a identificação imediata de qualquer defeito na via, nas estações
Fortaleza – Linha Sul(*)
Extensão
24,1 km
Número de estações
21
Trens Unidades Elétricas (TUEs)
10
Intervalo das viagens
6 e 12min
Municípios atendidos Passageiros transportados por dia
3 350 mil
e nos equipamentos, dando uma visão geral do serviço. Tudo isso é feito com dedicação, não só para facilitar a vida dos usuários dos trens, proporcionando-lhes conforto, rapidez e segurança, mas também para garantir a pontualidade do serviço. E, no próximo ano, com a entrada em operação do sistema metroviário da Linha Sul, a empresa ganhará um Centro de Controle
Fortaleza – Linha Oeste Extensão 19,3 km Número de estações 10 Locomotivas 8 Carros Pidner 31 Veículos Leves sobre Trilhos (*) 6 Municípios atendidos 2 Intervalo das viagens 30 e 45min Passageiros transportados por dia 15.000
Operacional de última geração, que funcionará como um cérebro central, a partir do qual terá todas as informações sobre o funcionamento do metrô. O novo CCO contará com computadores avançados, painéis, monitores e rádiocomunicação para supervisionar e informar de forma instantânea tudo o que está acontecendo no sistema operacional do Metrô de Fortaleza.
Metrô do Cariri Extensão Número de estações Veículos Leves sobre Trilho (VLTs) Municípios atendidos Intervalo das viagens Passageiros transportados por dia
13,6 km 8 2 2 40 min 1.500
*Ativação em 2011
60
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
Controle de qualidade
N
o período de janeiro de 2007 a setembro de 2010 o sistema de trens diesel de Fortaleza transportou 22.959.696 passageiros: 10.957.659 utilizaram a Linha Sul, desativada em janeiro deste ano para a conclusão das obras do sistema metroviário; 11.882.947 viajaram na
Linha Oeste. O Metrô do Cariri, nos cinco meses de operação, transportou 118.626 pessoas. A regularidade e a pontualidade dos trens, além do preço do bilhete, de apenas um real, são responsáveis por essa grande procura por parte da população que mora nas imediações das estações de embarque e desembarque.
O controle da qualidade dos serviços é monitorado diariamente através de relatório que avaliam a regularidade e a pontualidade dos trens e os níveis de segurança da via, das estações e dos equipamentos. A partir desses indicadores, providências preventivas e corretivas são aplicadas.
Indicadores OPERACIONAIS 2007
2008
2009
2010 *
INDICADOR
Oeste
Sul
Oeste
Sul
Oeste
Sul
Oeste
Cariri
Km Comercial Percorrida (Tkm)
293.543
318.528
295.813
325.141
257.458
239.106
216.720
49.801
Utilização Comercial da Via (Média)
11.020
12.389
13.379
14.282
14.638
9.851
14.644
2.164
Viagens Realizadas (Total)
14.648
12.715
14.618
13.248
12.776
12.518
10.836
4.433
Pontualidade dos Trens (Média)
97,8%
96,4%
96,0%
98,1%
94,9%
97,6%
92,3%
98,47%
Cancelamento de Trens (Total)
59
49
80
32
59
170
60
351
Regularidade dos Trens (Média)
99,6%
99,6
99,5%
99,8%
99,5%
99,1%
98,8%
93,84% * Até setembro/2010
62
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
indicadores operacionais
O
s indicadores de desempenho da manutenção e operação mantiveram-se dentro de excelentes níveis, mesmo em um cenário de mudanças e incorporação de novos equipamentos. Nesses quatro anos, o setor venceu o grande desafio de conciliar suas atividades de rotina (manutenções preventivas e corretivas de todo o sistema, como roço, capina, limpeza de valas, alinhamento e nivelamento de linha, sistema elétrico, sinalização) com as relacionadas na construção da Linha Sul, ao adotar diversas estratégias logísticas para atender satisfatoriamente a demanda provocada pela aceleração das obras. Um exemplo foram as providências necessárias para atender à operação do Metrô do
Cariri e à recepção do novo Trem TUE no Porto do Pecém, garantindo a segurança na área, para depois levá-lo até o Centro de Manutenção, em Pacatuba, visando aos primeiros testes. Outro trabalho desenvolvido pela equipe de manutenção e que merece destaque é o da recuperação das locomotivas e dos carros da Linha Oeste, que se constituiu num verdadeiro mutirão. É um trabalho inédito na história do transporte ferroviário cearense que exige experiência e conhecimento de diversos profissionais da manutenção. Todo esse processo tem um objetivo: a qualidade do serviço para o conforto e segurança dos passageiros. Quanto ao quesito segurança do sistema, considerando os dados da
Linha Oeste, registra-se uma melhora significativa nos resultados este ano, explicada pela série de ações que a empresa adotou ao longo do período. Uma delas, é o treinamento dirigido aos vigilantes de empresas contratadas e aos policiais ferroviários. O efetivo da gerência de segurança operacional é formado por 111 pessoas no Núcleo de Estações e 22 no Núcleo de Segurança. Já o Setor de Controle e Tráfego conta com 59 empregados (14 no controle e 45 no tráfego). Outra providência foi a colocação de uma passagem de pedestre na Rua João Moreira em frente à Estação João Felipe para facilitar a travessia dos passageiros dos trens, proporcionando mais segurança.
IndIcadores oPeracIonaIs dIMensÃo
IndIcador seGUranÇa do cLIenTe
PÚBLIco-aLVo
seGUranÇa do sIsTeMa seGUranÇa da VIa PerManenTe
2007
2008
2009
2010
Objeto Lançado
17
22
37
14
Queda de Usuário
13
10
17
9
Atropelamento
28
28
17
11
Colisão Ferroviária
0
1
1
0
Colisão Rodoviária
20
27
18
18
Descarrilhamento
5
2
4
1
Transposição de AMV
7
3
7
4
Principais realizações Segurança Organização dos arquivos da Unidade de Segurança por tipo de ocorrências. Formatação do quadro informativo do efetivo da Unidade de Segurança para agilidade na elaboração das escalas de serviço dentro de cada necessidade. Plano de Posicionamento dos Vigilantes – Redução em 50% nos assaltos com roubo da arma do vigilante de serviço. Índice mantido até a presente data. Reciclagem para vigilantes e policiais ferroviários. Reuniões periódicas com toda a equipe de Estação e Segurança, realizadas de 2007 a 2009 com o objetivo de reiterar o cumprimento dos Procedimentos Operacionais, Regras Gerais de Operação, Instruções Normativas e Serviços, bem como receber das equipes suas solicitações e sugestões para o melhor desempenho de suas atividades.
Implantação do Sistema SLECOT, que consiste em garantir maior segurança para licenciamento dos trens, com a fiscalização direta através do computador pelo CCO – Centro de Controle Operacional. Resultado: Acompanhamento nos licenciamentos, descongestionando os rádios de comunicação, proporcionando maior segurança. Apoio na implantação e operação do Metrô do Cariri, com a presença constante das equipes de segurança durante toda a operação branca, orientando as empresas terceirizadas no trato com os usuários, dirimindo dúvidas, verificando as estações e o trecho da linha, policiando os trens. Segurança no Porto do Pecém para acompanhar o desembarque e guarda dos trens TUE – chegados da Itália para a Linha Sul do metrô, sua transferência para o Centro de Manutenção em Pacatuba para montagem e transporte para Fortaleza, onde ficarão em exposição na Estação João Felipe.
Manutenção
Via permanente e sistemas fixos Alinhamento e nivelamento em vários trechos da Via Permanente. Manutenções preventivas e corretivas na via permanente (roço, capina, limpeza de valas, alinhamento e nivelamento), sistema elétrico, sinalização, telecomunicação e obras nos prédios e ao longo da Linha Oeste. Recapeamento asfáltico das passagens de nível e instalação de sete novas automáticas com cancelas Dataprom. Troca de aproximadamente 500 dormentes no trecho em obras da Linha Sul.
Supervisão de obras da via permanente e prediais (estações) da Linha Oeste. Manutenção na área de sistemas nas cancelas e nos circuitos de comando. Recuperações prediais e elétricas nos prédios da CBTU, RFFSA, sede da empresa e nas estações. Implantação de nove passagens de nível no Metrô do Cariri. Desmonte do pátio de manobras da Estação João Felipe para permitir que a obra do Metrô de Fortaleza pudesse avançar.
Material rodante e oficinas Isolamento do local onde funcionava o Beco da Poeira com trilhos e grades retirados da antiga Linha Sul. Construção de 173m de via com uma vala no porto do Pecém para montagem do TUE e limpeza geral da via permanente, roço, capina e retirada de dunas no trecho do Pecém até a Vila das Flores para permitir que o TUE fosse transportado até o Centro de Manutenção.
Recuperação geral de locomotivas e dos carros Pidner. Instalação de arcondicionados em quatro locomotivas e oito carros Pidner. Desmontagem da passarela da Rua Padre Mororó para liberação da obra de construção da Estação Central Xico da Silva. Recuperação dos mecanismos e motores elétricos das cancelas dos portões das estações da Linha Oeste.
RuMO AO FuTuRO
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
67
2011 – O ano da inauguração do Metrô
O
s bons resultados no avanço das obras do Metrô de Fortaleza, confirmados nos últimos quatro anos, indicam que a empresa está no caminho certo. Essa situação favorável de atividade intensa nas frentes de serviço incentiva a todos que fazem o Metrofor a prosseguir trabalhando para, de forma segura e transparente, prestar um serviço de transporte ferroviário e, futuramente, metroviário de qualidade para os cearenses. Com esta visão, a companhia já tem um plano arrojado para o próximo ano, cujo ápice é a conclusão das obras da Linha Sul do Metrô de Fortaleza e sua abertura para a população, curiosa e ansiosa em conhecer e usufruir um serviço moderno e confortável. No plano de metas da Empresa estão: conclusão de todas as estações do trecho em superfície, elevado e as subterrâneas Benfica e São Benedito; do Centro de Manutenção; do Centro de Controle Operacional e Centro Administrativo; passarelas, viadutos metroviários das Ruas Desembargador Praxedes, Costa Mendes e viaduto rodoviário da Rua Padre Cícero, incluindo a superestrutura da via. Serão concluídas também as obras civis e montagens de sistemas fixos do trecho subterrâneo entre José de Alencar e Central Xico da Silva e as estações subterrâneas de José de Alencar e Central Xico da Silva. Em 2011, espera-se reiniciar a
fabricação, montagem e entrega de parte dos sistemas fixos; continuar a fabricação e o recebimento de mais quatro TUEs; iniciar a urbanização na área de influência do elevado de Parangaba; concluir o processo licitatório e início das obras civis das Estações Juscelino Kubitschek e Padre Cícero. Ainda em 2011, a Linha Oeste receberá o restante dos VLTs, completando os seis adquiridos. Acontecerá também a conclusão do trabalho de recuperação e modernização dos 31 carros de passageiros tipo Pidner. Outro objetivo da companhia para o próximo ano, é iniciar as obras civis do Metrô de Sobral e receber três VLTs adquiridos para a cidade, dando continuidade à fabricação dos demais já contratados. No Metrô do Cariri, o projeto prossegue com a execução das obras complementares de melhorias necessárias para a segurança operacional, conclusão do Centro Administrativo e de Manutenção, a implantação de sistemas de automação e controle para cancelas em passagens de nível, a construção da Estação Escola e a compra de mais um Veículo Leve sobre Trilho - VLT. Já na Linha Leste, o trabalho será dirigido na captação de recursos a fim de garantir a implantação do projeto e, posteriormente, iniciar o processo licitatório para as obras civis. No Ramal Parangaba Mucuripe, serão concluídos os projetos executivos; os cadastros
sociais e avaliação dos imóveis ao longo do trecho e a consequente desapropriação da faixa de domínio; a conclusão do processo de licitação e início das obras civis..
Novos empregos A entrada em operação da Linha Sul vai significar mais emprego e renda para a população. O Governo do Estado deve realizar concurso público para o preenchimento de 700 vagas nas áreas administrativa e operacional do metrô, que somadas ao pessoal necessário para manutenção do sistema, chega a 1.200 novos empregados. Além disso, o metrô vai gerar cerca de 4 mil empregos indiretos. O treinamento de pessoal da companhia já foi iniciado. Dois técnicos receberam informações sobre a tecnologia do TUE – Trem Unidade Elétrica na Itália e vão repassá-las para outros colaboradores que trabalham na manutenção. Outro grupo vai participar de treinamentos no Metrô do Recife, que possui um dimensional de via, estações e desenho operacional semelhante ao do Metrô de Fortaleza.
FERROViA TRAnSnORDESTinA
integração do Ceará com a Maior Região Brasileira Produtora de Soja A Ferrovia Transnordestina, obra do Governo Federal com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, que tem 1.728 km de extensão, terá capacidade para movimentar até 27 milhões de toneladas de carga por ano e beneficiará, além do Ceará, os Estados do Piauí e Pernambuco.
Situação
Um convênio assinado entre a União e o Estado do Ceará, onde a ferrovia terá 526,5 km de extensão, estabelece que a elaboração dos laudos de avaliação, processo de desapropriação e imissão de posse nas terras cearenses onde a ferrovia será implantada, entre os municípios de Missão Velha, na Região Sul do Estado, ao Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, é de responsabilidade do Metrofor. Esse trabalho está sendo desenvolvido em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado, sob supervisão da SEINFRA.
Pendência em 73 km que estão aguardando reformulação do traçado da via, devido à interferência do projeto original com as áreas de preservação ambiental, monitoradas pelo Ibama e com os monólitos na Região de Quixadá, cujo questionamento foi explicitado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Dos 1.300 laudos elaborados para desapropriação, 1.171 estão concluídos, que correspondem a 85% do total. Expedidas imissões de posse para 192,63 km ou 36,58% do total.
Negociados os oito assentamentos administrados pelo Incra.
RAMAL PARAnGABA / MuCuRiPE
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
71
Obra para a Copa do Mundo de 2014
O
ramal Parangaba/Mucuripe é uma das obras que integram o Projeto de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo de 2014, com uma extensão de 13 km, atravessando 22 bairros da capital, entre eles Papicu, São João do Tauape e Aeroporto Velho e vai beneficiar 90 mil passageiros por dia. Serão seis VLTs, com quatro carros cada um, com capacidade para 1.000 pessoas. A previsão é que os trabalhos comecem em 2011 e que sejam concluídos em 24 meses. Serão construídas 8 estações
de superfície e uma em elevado o intervalo de um trem para outro será de 15 minutos. Esta linha fará integração com a Linha Sul, na Estação da Parangaba, e com o terminal de ônibus daquele bairro. A obra eliminará seis passagens de nível localizadas na Rua Germano Franck e nas avenidas Borges de Melo, Padre Antônio Tomás, Santos Dumont, Alberto Sá e Av. Aguanambi. Esta última será substituída por elevado ferroviário. O cadastro social e a avaliação dos imóveis ao longo do trecho estão sendo realizados e, no início
do ano vindouro, está previsto o processo de licitação para as obras de implantação. Ainda este ano, iniciaram-se negociações com a Secretária de Portos da Presidência da República e Companhia Docas do Ceará, para a inclusão de mais 1,5 km e duas estações, fazendo a ligação da futura Estação Mucuripe com o futuro Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe, passando pelo Serviluz. Com isso, o sistema de VLTs iria até a Praia Mansa, local onde será instalado o Terminal Portuário de Passageiros.
S
Mucur
Aldeota Aldeota Antônio Sales Rodoviária odoviária Mont Montese V União Vila Parangaba rangaba rangaba (Integração)
Papicu Papicu
Pontes V Pontes Vieir ieira ieira Vieira
São João do Tauape T
Praia Mansa Serviluz
Mucuripe
cu
74
RELATÓRIO DE GESTÃO 2007/2010
A
A solução mais adequada para uma região em crescimento acelerado Pátio de Manutenção Linha Leste, com como o Fórum Clóvis Beviláqua e Santos Dumont, um corredor 10,7 km de extensão, o Centro de Eventos, que está em comercial Linhae financeiro, LesteSebastião de toda em subterrâneo, construção pelo Governo do Estado Abreu e Washington Soares,
LinhA LESTE
começa na Estação Central Xico da Silva e termina no Bairro Edson Queiroz com estações de embarque e desembarque em locais estratégicos para atender à grande demanda de uma das áreas que mais cresce em Fortaleza. Ali estão localizados órgãos importantes
do Ceará. É uma obra fundamental para a mobilidade urbana, para transportar cerca de 350 mil pessoas diariamente. Contará com 12 estações e 18 trens. A complexidade da obra está no desafio de atravessar grandes avenidas de Fortaleza:
uma das mais movimentadas da cidade. Por esse motivo a metodologia construtiva empregará Maquina Tuneladora denominada de “Shield”, vulgarmente conhecida no Brasil como Tatuzão.
Central - Xico da Silva Sé Colégio Militar Nunes Valente Luíza Leonardo Mota Távora Papicu H.G.F H.G.F. Cidade 2000
Bárbara de Alencar CEC Edson Queiroz
Maquete eletr么nica da Linha Leste
Metr么 de Fortaleza
Secretaria da Infraestrutura Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - METROFOR
Rua 24 de Maio, 60 - Centro - CEP: 60020-001 - Fortaleza - CE - Telefone: (85) 3101-7100 - www.metrofor.ce.gov.br