Nº 17 - Ano III - Maio 2011 • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENGENHARIA NAVAL
SOBENA começa os preparativos
para as comemorações dos
O que vem por aí.... Agosto Navalshore - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore 3 a 5 de Agosto, 2011 - 14 às 21 horas Rio de Janeiro / RJ Centro de Convenções SulAmérica E-mail.: navalshore@ubmbrazil.com.br Site.: www.navalshore.com.br ITTC - INTERNATIONAL TOWING TANK CONFERENCE 28 de Agosto à 03 de setembro de 2011 Rio de Janeiro - RJ Site: /www.laboceano.coppe.ufrj.br:8080/ittc2011/index.htm 4º Pre Salt & Deepwater Brazil Forum 2011 Data: 16/08/2011 até 18/08/2011 Local: Rio de Janeiro Telefone: (21) 3463 5648 Email: atendimento@iqpc.com Site: www.pre-saltbrazilforum.com/Event.aspx?id=542504 Setembro XXII COPINAVAL 27 a 30 de setembro de 2011 Buenos Aires - Argentina Site: http://www.copinaval.org/index_br.html Outubro XXXVII Congresso Nacional de Soldagem (Consolda 2011) Data: 03/10/2011 até 06/10/2011 Resumo: Tema: Tecnologias aplicadas à Soldagem de dutos
Local: Imirá Plaza Hotel (Natal – RN) Telefone: (11) 3045-5040 (ABS) Site: www.sitedasoldagem.com.br/Consolda2011 OTC Brasil 2011 Data: 04/10/2011 até 06/10/2011 Local: Rio de Janeiro Telefone: 1 (281) 491-5908 Email: info@OTCBrasil.org Site: www.otcbrasil.org
ENVIE AS SUAS SUGESTÕES OU SOLICITAÇÕES À SOBENA
7º Seminário de Transportes e Desenvolvimento Hidroviário Interior – Sobena Hidroviário 2011 Data: 5 e 6 de outubro de 2011 Local: Porto Alegre e-mail hidroviario2011@sobena.org.br Site: www.sobena.org.br Pré-Sal Brasil 2011 Data: 26/10/2011 Local: Rio de Janeiro Telefone: (11) 3893 13009 Site: www.presaltbrazilcongress.com.br Novembro 8º Seminário sobre Meio Ambiente Marinho Data: 24 e 25 de novembro de 2011 Local: Rio de Janeiro Site: www.sobena.org.br
Espaço do Associado Atenção Associado da SOBENA: Este é um espaço para que você dê sua opinião, crítíca ou sugestão. Escreva para o Fale Conosco no nosso site em www.sobena.org.br
49 Anos SOBENA Sociedade Brasileira de Engenharia Naval
Presidente Eng. Alceu Mariano de Melo Souza Vice-Presidente Prof. Floriano Carlos Martins Pires Junior Diretor Administrativo Eng. Sergio de Miranda Garcia Diretor Financeiro Eng. Luiz Sergio Ponce Diretor Técnico Prof. Luiz Felipe Assis Diretor Regional - São Paulo Prof. Carlos Daher Padovezi Diretores Adjuntos Eng. Luis de Mattos Eng. Marcos A. Tavares dos Santos Eng. Roberto Silva Jornalista Responsável Marcio Ferreira - JP24514RJ Estagiário Rafael Menezes Sociedade Brasileira de Engenharia Naval SOBENA Av. Presidente Vargas, 542 - Gr. 713 CEP: 20071-000 - Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2283-2482 - Fax: (21) 2223-3440 sobena@sobena.org.br - www.sobena.org.br
[ 2 ] BOLETIM SOBENA
49 Anos
Sobena comemora 49 anos de atividade
A
Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA) reuniu algumas das principais autoridades e empresários do setor naval em almoço comemorativo aos 49 anos de atividades da entidade. A sociedade completou 49 anos no dia 15 de março. Como de costume, durante o evento, que aconteceu no Windsor Guanabara, no centro do Rio, houve uma homenagem aos profissionais que prestam serviços relevantes à engenharia naval brasileira e que se destacaram em suas atividades no ano passado. Foram homenageados como destaques da engenharia naval: Nelson Luiz Coelho Alves, engenheiro da Vale e Carlos Eduardo Macedo, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na ocasião foi entregue também a placa referente à homenagem de 2010 ao engenheiro da Petrobras Pedro José Barusco Filho. O Eng. Nelson Luiz Coelho Alves recebeu a homenagem do Eng. Sergio Garcia, Diretor Administrativo da SOBENA. O Eng. Pedro José Barusco Filho recebeu a homenagem do Prof. Luiz Felipe Assis, Diretor Técnico da SOBENA e Carlos Eduardo Macedo recebeu homenagem do Eng. Alceu Mariano de Melo Souza, Presidente da SOBENA. Barusco lembrou, em seu discurso de agradecimento, que “viveu a época de ouro da indústria naval e também a derrocada, com os estaleiros fechados”. - Tomei a decisão de continuar na engenharia naval e hoje estamos aqui. É importante aprender com o passado – disse ele. O homenageado também enalteceu o atual momento da indústria naval nacional. - Temos profissionalismo, competitividade e preço. O importante é estar sempre atento às ameaças e confiar na indústria naval brasileira – resumiu.
O Eng. Pedro José Barusco Filho recebe homenagem do Prof. Luiz Felipe Assis, Diretor Técnico da SOBENA
O Eng. Nelson Luiz Coelho Alves recebe homenagem do Eng. Sergio Garcia, Diretor Administrativo da SOBENA
O Sr. Carlos Eduardo Macedo recebe homenagem do Eng. Alceu Mariano de Melo Souza, Presidente da SOBENA
Carlos Eduardo Macedo, Eng. Alceu Mariano de Melo Souza, (Presidente da SOBENA) ,Eng. Pedro José Barusco Filho e o Eng. Nelson Luiz Coelho Alves após a homenagem.
[ 3 ] BOLETIM SOBENA
Começam os preparativos para os
49 Anos
50 anos da SOBENA
A
Diretoria da SOBENA começou a definir a preparação para as comemorações dos 50 anos da entidade. A entidade decidiu constituir um comitê para os eventos que será composto de três ex-presidentes e dois diretores da SOBENA. A intenção é editar um livro com a história dos 50 anos da SOBENA que deve ser distribuído no 24º Congresso em 2012. As comemorações podem contar também com um coquetel no dia 15/03/2012, que é o dia do aniversário da SOBENA, e que pode ser realizado no Espaço Cultural da Marinha ou na Casa França Brasil, no Centro do Rio de Janeiro. Para dar publicidade às comemorações, a diretoria quer criar um hotsite com noticiais e os eventos dos 50 anos, além de uma votação entre os associados da logomarca comemorativa aos 50 anos e que será usada em todas as publicações da SOBENA em 2012.
Petrobras abre concurso para
SOBENA Hidroviário 2011 começa a definir painéis
577 vagas O A
partir do dia 12 de julho estarão abertas as inscrições para o concurso da Petrobras. O concurso será destinado a profissionais com nível médio e superior. Ao todo, são ofertadas 577 vagas. Destas 61 são para engenheiros, sendo 4 para Engenheiro Naval. As outras são para Engenheiro de Equipamentos Júnior - Elétrica; Engenheiro de Equipamentos Júnior - Eletrônica; Engenheiro de Geodésica Júnior; Engenheiro de Petróleo Júnior e Engenheiro de Produção Júnior. As inscrições devem ser realizadas até o dia 31 de julho, através do site: www.cesgranrio.org.br. O valor da taxa de inscrição é de R$ 30,00 para o nível médio e R$ 40,00 para o nível superior. As provas serão realizadas no dia 28 de agosto. [ 4 ] BOLETIM SOBENA
7º Seminário SOBENA Hidroviário 2011, que será realizado entre os dias 5 e 6 de outubro no Rio Grande do Sul, está reunindo o comitê organizador para definir os nomes dos painéis que serão apresentados durante o evento. Até o próximo dia 25 de julho, os trabalhos completos, a partir dos resumos aprovados, deverão ser enviados. O SOBENA Hidroviário tem por objetivo estimular o aumento da quantidade de cargas e de passageiros transportados por via hidroviária. Durante os dois dias de Seminário haverá apresentações de trabalhos técnicos e painéis de debates envolvendo os seguintes tópicos: Gestão de bacias e desenvolvimento sustentável integrado; Infraestrutura das vias navegáveis, portos e terminais; Transporte fluvial de cargas e passageiros; Construção de embarcações fluviais; Segurança da navegação e sistemas de informação; Aspectos ecológicos e ambientais relacionados ao desenvolvimento hidroviário; Formação de mão-de-obra. O evento, que está em sua sétima edição, chega agora ao Rio Grande do Sul, região de grande potencial de expansão do seu sistema hidroviário. Mais informações no site www.sobena.org.br
Oceânica fecha parceria com DNV Software
49 Anos
A
Oceânica firmou uma parceria com a DNV Software, empresa do grupo DNV especializada em software para os segmentos marítimo, offshore e indústrias de processo. Além de ter uns dos melhores softwares do mercado, a parceria vem para contribuir na melhoria de eficiência de ambas as empresas. Com o acordo, a Oceânica passa a ter acesso a linha total de softwares da DNV na área em que atua, com um total de 20 softwares e 65 licenças, que vão desde soluções para estruturas metálicas até hidrodinâmica, passando por posicionamento dinâmico e risers. Para Marcos Cueva, diretor da Oceânica, utilizar as soluções da DNV trará diversos benefícios. “Ganharemos mais eficiência, integração, agilidade, além do preparo melhor para atender o mercado oil&gas”, diz. A parceria faz da Oceânica a 2a maior cliente de software da DNV, ficando apenas atrás da Petrobras. João Henrique Volpini, executivo da DNV destaca “A Oceânica é um cliente chave, referência no mercado. Para nós, esse acordo trouxe satisfação muito grande”. Além dos itens mencionados, a parceria inclui a participação em treinamentos realizados pelas duas empresas. A parceria tem acordo inicial de 6 anos.
Marinha e PUC-Rio assinam acordo de cooperação acadêmica, técnica e científica
A
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) celebraram no final do mês de maio, um acordo de cooperação acadêmica, técnica e científica com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha (SecCTM), com interveniência da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM). Estiveram presentes à assinatura do acordo, entre outros, o Vice-Reitor para Assuntos Acadêmicos da Universidade, prof. José Ricardo Bergmann, o Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Elis Treidler Öberg e o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, Vice-Almirante Ilques Barbosa Junior. Esta iniciativa tem por objetivo contribuir para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento do intercâmbio técnico, científico e cultural entre a universidade e centros de pesquisas da Marinha. Além disso, a crescente demanda por capacitação acadêmica para o desenvolvimento de tecnologias de defesa no país atribui maior valor a esse intercâmbio de conhecimentos. Por meio deste acordo, válido por cinco anos, a Marinha e PUC-Rio irão estabelecer programas conjuntos de atividades anuais, incluindo parcerias em bolsas de estudos e matérias técnicas com referência a projetos de interesses comuns.
Atualização de Cadastro Prezados associados, solicitamos manter o seu cadastro atualizado através do e-mail sobena@sobena.org.br. Av. Presidente Vargas, 542. Gr. 713 - Tel: (21) 2283-2482 / (21) 2263-9079 / Fax: (21) 2223-3440 e-mail: sobena@sobena.org.br / Site: www.sobena.org.br
[ 5 ] BOLETIM SOBENA
Parabéns aos aniversariantes 49 Anos
de Junho
ALAN KRUCZAN ALESSANDRO PINHEIRO TORRES ALLAN KARDEC KAISER ALUIZIO SALAZAR PESSOA ANDERSON HIGLER FARIAS DE ASSIS ANDRÉ ALVES ALMEIDA CASTANHO ANDRÉ FRANCA PIRES DE AMORIM ANDREY DA SILVA LEÃO ANGELO BARONCINI ANTONIO SERGIO MONTEIRO DOS SANTOS ARECELLI SUZANE ANDRADE FERREIRA ARNALDO BARRETO ALMEIDA ARNALDO SINÉSIO GUERREIRO DA COSTA ARY BIOLCHINI BENJAMIN MARIOTTI FELDMANN BERNARDO HEUSI GRETHER BRAULYO PIMENTEL SIPOLI MARQUES BRUNO AKIO SANTANA ISHIGURO BRUNO MOURA OLIVEIRA CARLOS GUSTAVO BOISSON BASTOS CAROLINA FERNANDES CASTRO FERREIRA CECÍLIA MENDES DE MIRANDA COELHO DANIELA SCARABELLO RIBEIRO DANILO BOULHOSA VIZEU LIMA DEIVIDE JONATHAN RODRIGUES DIEGO BOZA CAMILO EDGARD MOREIRA ELAINE CRISTINA FERREIRA ALVES ELIZIO MOREIRA DA FONSECA ELOANA MOREIRA COUTINHO FABIANO DE SOUZA NOVAES FELIPE TEIXEIRA SILVA BEZERRA FERNANDA REGINA FABRICIO FERNANDA ROALE BRAGA FERNANDO HENRIQUE DE F. NUNES FERNANDO LEAL FERNANDO LYRA BORGERTH TEIXEIRA FILIPE ARNON BITENCOURTT GABRIELLE RODRIGUES DOS SANTOS GROSSO GEOVANI PEREIRA SIDONIO GILMAR ROCHA LIMA GUILHERME DE MOURA PORTO
HENRIQUE JOSÉ CARIBÉ RIBEIRO HUGO FERREIRA MENDONÇA HUGO PEDRO DE FIGUEIREDO HUMBERTO DE CARVALHO NAKANISHI JOÃO PAULO MACIEL JOÃO VICTOR PEREIRA JOSÉ AYRES F. B. FILHO JOSÉ CARLOS FERREIRA. JOSÉ HENRIQUE ERTHAL SANGLARD KAO YUNG HO KARINE DOS SANTOS KEN ITI DOI LEONARDO DA SILVA LUCAS MALINVERNI DE MELO MARCELLO SALLES MACHADO GRILLO MARCO ANTONIO LADISLAU PETKOVIC MARISTELA MANECHINE MAURÍCIO MAURO ROCHA LATADO MAYARA BARRETO SANTOS MICHELE RACANELE F. DE ALBUQUERQUE PAULO ARMANDO NUNES MONTEIRO PEDRO BREZENSKY VILLELA PEDRO IGOR DIAS LAMEIRA PEDRO JOSE DA SILVA PETER KALEFF PHILIP TOSHIO SHIMADA PHILIPE VIANA LOPES RAFAEL ANTONIO CANTÃO RAFAEL F. DUTRA E MELLO DOS SANTOS RAMON DE SOUSA PINTO RENAN SILVA GONÇALVES RENATO DO REGO ROBERTO FERNANDO CHEDID ROBSON DE OLIVEIRA SOARES SORAYA DE FARIA RODRIGUES VIEIRA THIAGO SILVERIO FORCATO TIAGO FRANKLIN DE MOURA PINTO VICTOR ALVES DE MEDEIROS VIDAL NEGREIROS DE PAIVA VINÍCIUS RIBEIRO GOMES SILVINO VITOR DE SANTIS TAVARES VITOR LEONARDO GAYA DE MIRA YAN MARTINS FERREIRA GUEDES
A SOBENA dá boas vindas aos novos Associados A&P CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA. KEPPEL FELS BRASIL ANDRÉ ROSSI POLA BARBOSA ANGÉLICA SUAZO RODRIGUEZ CARLA GABRIELLE MORAIS RIBEIRO DOUGLAS FONSECA SILVEIRA ERICK MARTINS DOS SANTOS CRUZ ÉRICO ALVES DUARTE FELIPE EL BANNA SALDANHA GABRIEL XAVIER FUNES HEITOR HUGO SANTOS DA SILVA HENRIQUE GOMES BARBOSA DA SILVA JOÃO SANTO DE BORBA FILHO
JOSIANE DA SILVA GOMES KARINA MENESTRINO MARTIN LUCAS NASCIMENTO DA MOTTA LUISA DE CRASTO FERREIRA PAULO DIEGO DUARTE GUIMARÃES PEDRO FELIPE BARBOSA GALVÃO RODRIGO LUIZ BATISTA VIEIRA TATIANA MARQUES DO AMARAL TIAGO FRANKLIN DE MOURA PINTO TUIAPAN SILVA DO NASCIMENTO VIDAL NEGREIROS DE PAIVA VINÍCIUS WIRSCH BITTARELLO
[ 6 ] BOLETIM SOBENA
49 Anos
Ações para defender interesses do setor
D
efender os interesses da indústria da construção naval brasileira. Este é o principal objetivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) conforme seu presidente, Ariovaldo Santana Rocha, para quem os desafios deste ano são o aumento do conteúdo local, a formação de Recursos Humanos e o aumento da produtividade nos estaleiros. - Esses temas estão endereçados através de ações que o Sinaval realiza em conjunto com os estaleiros brasileiros, principalmente através do grupo de trabalho da entidade sobre conteúdo local de navios e plataformas offshore. A presidente da República Dilma Rousseff disse, na cerimônia de entrega da plataforma P-56, no último dia 4, que mantém seus compromissos com os incentivos para desenvolvimento da indústria naval e o aumento do conteúdo local através do fortalecimento da indústria de navipeças”. Em entrevista, Rocha fala sobre o trabalho desenvolvido nos estaleiros do país para qualificar profissionais, sobre conteúdo local, e o desempenho de Dilma nos cinco primeiros meses do ano e de mandato. Como o Sinaval vê a carência de mão-de-obra especializada? Ariovaldo Santana Rocha - Todos os estaleiros brasileiros possuem sistemas próprios de formação e educação continuada de Recursos Humanos. Em conjunto com o Senai e os cursos do Prominp a formação de pessoal para os estaleiros vem sendo realizada adequadamente. O desafio prossegue com a implantação de novos estaleiros. Nas diversas regiões em que os estaleiros estão implantados ou em implantação existem iniciativas conjuntas com prefeituras e governos estaduais para formação de pessoal. É um programa com características nacionais que esperamos ver ampliado e fortalecido com recursos destinados para a formação de capacitação técnica de pessoal. Como o Sinaval avalia os cinco primeiros meses da presidente Dilma? Rocha - Todos os brasileiros avaliaram positivamente os primeiros meses da Presidente Dilma. O Sinaval, que defende a manutenção da política de apoio à indústria naval, já recebeu do atual governo a confirmação de que essa política de desenvolvimento industrial permanece, expressa nos recursos existentes no Fundo da Marinha Mercante (FMM), nas decisões de continuar a direcionar compras de navios e plataformas para os estaleiros locais. O que a presidente Dilma poderia ter feito para o
setor e não o fez neste período? Rocha - A presidente Dilma tem feito todo o necessário para apoiar a indústria brasileira de construção naval. O que o Sinaval está fazendo para aumentar o índice de conteúdo nacional na construção de embarcações? Rocha - O Sinaval prossegue com seu trabalhão de articulação entre os estaleiros para produzir as planilhas sobre as compras de equipamentos e navipeças para apresentar o detalhamento técnico para as associações de classe que representam as empresas da rede de suprimentos de serviços, materiais, equipamentos e sistemas. Como o Sinaval avalia o desembolso do FMM? Rocha - A entidade considera que as aprovações de prioridades para financiamentos ocorridas na reunião do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante (CDFMM), no final de maio de 2011, corresponderam plenamente às expectativas. No entanto, as informações sobre os volumes de prioridades concedidas devem ser fornecidas pelo FMM. Como o Sinaval avalia o desempenho do parque industrial naval do Rio em relação ao resto do país? Rocha - O Sinaval defende a descentralização regional da construção naval brasileira, conforme diretrizes do governo federal. O Rio de Janeiro por sua tradição e número de estaleiros terá sempre uma posição
[ 7 ] BOLETIM SOBENA
49 Anos
O Brasil está realizando o maior programa de exploração de produção de petróleo offshore no mundo. Esta realidade ocorre em função das descobertas de petróleo realizadas na nossa plataforma continental. (Ariovaldo Rocha)
de liderança no cenário nacional. No Rio estão alguns dos principais centros de tecnologia para os setores naval e offshore. No Estado do Rio é realizada a construção naval mais diversificada e de alto valor agregado. Uma situação que deve continuar considerando os novos estaleiros em expansão e em implantação no Estado. Na visão da entidade, o Rio tem local disponível para abrigar um estaleiro de grande porte? Rocha - Sim. De fato essa implantação está ocorrendo no Norte Fluminense, em Porto Açu e em Quissamã. Faça uma análise do atual momento do setor no país? Rocha - A indústria da construção naval brasileira tem seus pólos distribuídos em estados de diversas regiões do país (Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os núcleos tecnológicos estão instalados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dois novos núcleos estão em implantação em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. Os três principais pólos da construção naval brasileira, considerando a tonelagem construída e o emprego direto gerado, estão no Rio de Janeiro, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul. São 6,2 milhões de TPB (Toneladas de Porte Bruto) de obras em andamento, em 269 empreendimentos, nos 37 estaleiros associados, sendo 19 plataformas de produção de petróleo. Novos contratos anunciados ou em processo de assinatura irão somar mais 39 navios do programa EBN (Empresa Brasileira de Navegação); 21 sondas de perfuração; mais 30 navios de apoio marítimo, cuja licitação é esperada em 2011; cerca de 40 novos rebocadores e balsas de transporte fluvial. No total, as obras somam mais de 300 empreendimentos. O Brasil aparece novamente nas estatísticas internacionais da construção naval. Uma participação modesta em relação aos 7 mil navios em construção no mundo, com entregas anuais de superiores a 100 milhões de TPB. O Brasil se destaca na construção de petroleiros, na construção de plataformas de petróleo e de navios de apoio marítimo. A frota mundial de navios é estimada em 1,3 bilhão de TPB e a carga transportada através dos oceanos atingiu 8 bilhões de toneladas, em 2010, em expansão para 10 bilhões de toneladas, em 2020. A construção naval brasileira emprega diretamente mais de 56 mil pessoas (somados aos 28 mil empregos da indústria náutica de lazer, o total chega a 84 mil empregos diretos). Se forem considerados os empregos indiretos na rede de fornecedores, o total vai a mais de
283 mil empregos. Existem 13 novos estaleiros em implantação que aumentarão o total de estaleiros de médio e grande porte para 50. Do lado da demanda da Petrobras, os desafios são relevantes e existe um planejamento para os próximos dez anos. A Petrobras vai produzir 4,5 milhões de barris de petróleo por dia, em 2020. Cada sistema offshore produz entre 100 e 180 mil barris por dia e serão necessários cerca de 40 sistemas, cuja implantação custa cerca de US$ 3 bilhões, cada um. A demanda de navios e plataformas para atender à demanda da Petrobras é estimada em: 200 navios de apoio marítimo (cinco por sistema de produção), 40 plataformas de produção e 30 navios petroleiros (Suezmax) para transporte entre plataformas e terminais na costa. Ao plano de compras da Petrobras devemos somar a continuidade da modernização da frota da Transpetro, a construção de navios para a marinha mercante e a demanda criada pela expansão da atividade de transporte fluvial. Na visão do Sinaval, o setor já tem condições de crescer e sobreviver sem a Petrobras? Rocha - O Brasil está realizando o maior programa de exploração de produção de petróleo offshore no mundo. Esta realidade ocorre em função das descobertas de petróleo realizadas na nossa plataforma continental. Portanto, o segmento offshore é naturalmente um dos mais relevantes mercados para a construção naval. Sem o setor offshore as encomendas de navios mercantes e de transporte fluvial continuam existindo, mas, a indústria naval teria dimensões bem menores. A realidade da demanda é que define as dimensões da indústria da construção naval que o país necessita. Qual o montante em dinheiro da carteira do setor para os próximos cinco anos? Rocha - Os estaleiros brasileiros possuem neste momento uma carteira de encomendas estimada em 6,2 milhões de toneladas em cerca de 300 empreendimentos (em construção, com contratos assinados e anunciados). Quanto ao valor da carteira de encomendas cada estaleiro prefere informar individualmente. Considerando a construção de navios de diversos tipos, os desembolsos realizados com recursos do FMM são no valor superior a R$ 2 bilhões, em 2010, representando cerca de 80% dos investimentos realizados. Qual a importância do Sinaval para o setor? Rocha - O Sinaval tem sua importância atribuída por seus associados. Sua missão é a defesa do interesse das empresas brasileiras da construção naval.
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49 Anos
Especialista defende participação dos estaleiros portugueses no mercado brasileiro
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urante a realização das Jornadas LusoBrasileiras de Engenharia Naval , em maio, que contou com a participação do vicepresidente da SOBENA, Prof. Floriano Pires, o exprofessor do Instituto Superior Técnico (IST) e atual secretário geral da AINavais, Ventura de Sousa, defendeu entrada dos estaleiros portugueses no setor da construção naval brasileira. Para ele, as excelentes relações entre Brasil e Portugal poderiam potenciar estas trocas comerciais. Segundo o professor, elas já são realizadas em outras esferas e podem ser um ponto de partida, alavancado pela relevância política de Brasil e Portugal pertencer à CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa". Ventura de Sousa falou na 1ª Conferência Internacional de Engenharia e Tecnologia Marítima Martech 2011, em Lisboa, integrado nas Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Naval, no âmbito da
Martech 2011, que contou com a presença de representantes de universidades brasileiras e do Estaleiro Atlântico Sul. O secretário geral da AINavais apelou à ajuda dos colegas brasileiros e ao empenhamento político, para que se torne realidade "um acordo de cooperação tecnológico que possibilite a participação dos estaleiros portugueses no mercado brasileiro, numa altura de baixa da procura de construção na Europa e contribua decisivamente para a redução do déficit da balança comercial Portugal – Brasil".A programação do evento incluiu apresentações do SINAVAL, COPPE/UFRJ, SOBENA, Instituto Superior Técnico de Lisboa e Associação das Indústrias Navais de Portugal e mesa redonda para estabelecer uma agenda de cooperação Brasil-Portugal na área naval. O vice-presidente da SOBENA, professor Floriano Pires, palestrou sobre a Rede de Inovação para a Competitividade da Indústria Naval e Offshore RICINO).
Lançado o livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX” No último dia 24 de maio foi lançado o livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX”, de autoria do engenheiro Eduardo Câmara. O público presente lotou o saguão do Museu Naval, no centro do Rio de Janeiro, e fez fila para receber o autógrafo do autor. Entre os participante, estiveram presentes o Vice-Almirante (Ref-EN) José Carlos Coelho de Sousa, conhecido por presidir a Comissão de Construção de Navios da Marinha quando foram construídas as fragatas classe Niterói, e o Vice-Almirante (RM1-EN) Armando de Senna Bittencourt, Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. O livro, que surpreende pela abrangência e pelo detalhamento com que trata cada classe de navio (até mesmo as que não “vingaram”) construída para a Marinha do Brasil ao longo do século XX, é um cuidadoso e muito bem elaborado compêndio para quem se interessa pelo assunto. A distribuição do livro “A Construção Naval Militar Brasileira no Século XX”, vendido a R$ 35,00 está a cargo da SOBENA – Sociedade Brasileira de Engenharia Naval. Dentro da tão limitada cultura naval/maritíma no Brasil, que deixa a desejar a nivel de boas publicações, o livro se torna uma obra obrigatória para todo “Shiplover”.
[ 9 ] BOLETIM SOBENA