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DOPPLER COLORIDO TRANSCRANIANO Eduarda Camara de Barros Ribero Acadêmica de Medicina Universidade Gama Filho

Dra.Jacqueline Camara de Barros Carneiro Ribeiro

Especialista em Diagnóstico por Imagem Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia Professora adjunta da Pós graduação em US do Instituto de Pós graduação Carlos Chagas Medica ultrassonografista do DASA


Resumo • São três os requisitos para assegurar a morte encefálica: causa conhecida e irreversível; ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave; exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos psicotrópicos. Ainda, presença de coma sem resposta ao estímulo externo, inexistência de reflexos do tronco encefálico e apneia. • Através de exames complementares deve ser comprovada: 1. 2.

a ausência no sistema nervoso central de perfusão, atividade elétrica ou metabolismo.

• O presente trabalho visa demonstrar casos de morte encefálica em crianças e adultos em que o Doppler Colorido Transcraniano foi utilizado como ferramenta comprobatória.


Diretriz de Doppler Transcraniano da Academia Americana de Neurologia

AAN Guideline Summary for CLINICIANS ASSESSMENT OF TRANSCRANIAL DOPPLER ULTRASONOGRAPHY


RESOLUÇÃO CFM nº 1.480/97 Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca: a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, b) ausência de atividade metabólica cerebral ou, c) ausência de perfusão sangüínea cerebral. Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária, conforme abaixo especificado: a) acima de 2 anos - um dos exames citados no Art. 6º, alíneas "a", "b" e "c"; b) de 1 a 2 anos incompletos: um dos exames citados no Art. 6º , alíneas "a", "b" e "c". Quando optar-se por eletroencefalograma, serão necessários 2 exames com intervalo de 12 horas entre um e outro; c) de 2 meses a 1 ano incompleto - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 24 horas entre um e outro; d) de 7 dias a 2 meses incompletos - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 48 horas entre um e outro.


TERMO DE DECLARAÇÃO DE MORTE ENCEFÁLICA (Res. CFM nº 1.480 de 08/08/97)


Morte cerebral: Padrão característico no Doppler Critério: curva espectral com padrão de fluxo alternante ou ausência de fluxo em todos os vasos intra cranianos ( “colapso vascular”).

Fonte: GUIA PRÁTICO DE ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR - 2ª EDIÇÃO Editora Dilivros


Caso 1

9 anos, ausência de fluxo em artérias cerebrais. Morte encefálica há 2 dias.

Janela transtemporal


Fluxo diast贸lico reverso em car贸tida interna. Realizado na aus锚ncia de fluxo em art茅rias cerebrais.


Caso 2

2 anos, fluxo diastĂłlico reverso na artĂŠria cerebral media. 24 horas de morte encefĂĄlica.

Janela transtemporal


Fluxo diastólico reverso – artéria cerebral media.

Janela transtemporal


Ausência de fluxo diastólico. Artéria basilar

Janela transforaminal


Fluxo diast贸lico reverso em car贸tida interna. Realizado na aus锚ncia de fluxo em art茅rias cerebrais.


Ausência de diastólico em carótida interna. Realizado na ausência de fluxo em artérias cerebrais.


Caso 3

12 anos, ausência de fluxo na artéria oftálmica. 48 horas de morte encefálica clinicamente declarada.

Janelas transorbitária


Ausência de fluxo ao Doppler colorido e ao Power Doppler em todas as artérias cerebrais. 48 horas de morte encefálica clinicamente declarada.

Janelas transtemporal


Fluxo diast贸lico reverso em car贸tida interna. Realizado na aus锚ncia de fluxo em art茅rias cerebrais


Caso 4

14 anos, artéria cerebral média esquerda com diástole reversa. 12 horas de morte encefálica.

Janela transtemporal


Artéria cerebral média esquerda com diástole reversa. 12 horas de morte encefálica.

Janela transtemporal


Caso 5

46 anos, ausĂŞncia de fluxo. 6 dias de morte encefĂĄlica

Janela transtemporal


Art茅ria basilar - fluxo apenas sist贸lico.

Janelas transforaminal


Car贸tida interna


Caso 6

77 anos DTC normal. Morte encefรกlica declarada clinicamente e atestada pelo eletroencefalograma.


DTC normal. Morte encefรกlica clinicamente atestada.


DTC normal. Morte encefรกlica clinicamente atestada.


DTC normal. Morte encefรกlica clinicamente atestada.


Conclusão • Nos cinco primeiros casos apresentados comprovamos a morte encefálica, porém no último caso a mesma foi descartada pelo Doppler Transcraniano. • O presente trabalho também tem por objetivo desmistificar o método considerado tecnicamente difícil. • A solicitação de Doppler Transcraniano tem se tornado frequente nos serviços de medicina intensiva.


Referência Bibliográfica • • • • • • •

http://www.neurology.org/content/37/11/1733.short http://www.aan.com/Guidelines/home/GetGuidelineContent/147 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11790231 http://www.annalsofian.org/article.asp?issn=0972-2327;year=2013;volume=16;issue=2;spage=174;epage=179 http://repub.eur.nl/res/pub/16164/010404_Bakker,%20Stephanus%20Leonardus%20Maria.pdf http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1997/1480_1997.htm Fonte: GUIA PRÁTICO DE ULTRASSONOGRAFIA VASCULAR - 2ª EDIÇÃO, Editora Dilivros


Agradecimentos Aos colegas intensivistas do Hospital Ipanema Plus, do Hospital Prontobaby e aos colegas neurologistas do Hospital Geral de Vit贸ria da Conquista.

Agradecimento especial ao apoio constante da


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