Relatório Visita Técnica Marliéria/MG

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RELATÓRIO OFICINA DE INCLUSÃO DIGITAL

Marliéria/MG Marco Melo


Atividade: Oficina de Inclusão Digital – Marliéria/MG Assunto: Inclusão Digital e Governo Eletrônico Responsável Técnico: Marco Melo Data: 29 a 31/03/2011 Relato: O projeto Oficinas de Inclusão Digital Municipal sensibilizou e conscientizou a sociedade civil, empresas e gestão municipal quanto à importância da elaboração de estratégias para a promoção da Inclusão Digital, respeitando os conceitos que permeiam esta temática sob a visão da Confederação Nacional de Municípios. São eles:   

Garantias de acessibilidade às novas ferramentas tecnológicas; Elaboração de estratégias de Governo Eletrônico que aproximem cidadão e gestão local; Capacitação e qualificação de pessoas para a utilização de novas tecnologias.

Foi criado um cronograma para a visita ao município de Marliéria/MG sistematizado dentro da realidade local, pois era necessário uma apresentação tanto na sede e outra em Cava Grande, distrito do Município, devido a representatividade significante de ambos locais. PRIMEIRO DIA DE OFICINA – SEDE DO MUNICÍPIO A reunião ocorreu com a presença dos representantes dos diversos setores: civil, privado e público, pelos representantes do GTL – Grupo de Trabalho – e representantes do município vizinho Jaguaraçu/MG, totalizando cerca de aproximadamente mais de 25 pessoas. No início da Oficina foi aplicada uma dinâmica acerca do que é Inclusão Digital, ou seja, solicitei que os participantes colocassem numa folha de papel o que vem à mente quando é falado sobre o tema Inclusão Digital. Após escreverem, recolhi todos os papeis e iniciei a minha explanação sobre o tema proposto. Muitos esperaram uma aula de informática básica, ou até mesmo avançada. Porém foram surpreendidos pelo conceito de Inclusão Digital, que não é dar somente o computador, não é dar somente o acesso, mais sim saber utilizá-lo, através do processo educacional e da qualificação. Ao passo que este conceito foi se desenvolvendo em meio aos casos de sucessos de outros municípios e relatos das vivências do dia-a-dia do trabalho no Departamento de Governança Eletrônica, os participantes começaram a compreender o teor da oficina. O segundo momento da oficina foi abordada a temática das redes sociais e a evolução digital do rádio ao facebook. Foi importante e necessário ouvir as experiências dos participantes quando ao uso das redes sociais e a apresentação da página do twitter da Confederação Nacional de Município. Foi elaborada uma dinâmica para esta


temática com todos os participantes onde eles puderam criar perfis e falar de seus interesses através da conexão com fios de barbantes. Este momento foi bastante significativo, pois muitos que estavam apenas escutando a oficina, por não ter como se retirar de seus postos de trabalho, se ausentaram por uma justa causa e entraram na rede. “Não se faz Inclusão Digital sem pessoas”, finalizei o período da manhã, valorizando toda aquela interligação e os cruzamentos do barbante que seria impossível se não houvesse as pessoas. No período da tarde relatei sobre a história da CNM, sua missão e suas conquistas. Compartilhei também a atuação do Departamento de Governança Eletrônica da CNM, no fomento da Inclusão Digital e do Governo Eletrônico, sobretudo das três estratégias: Portal Municipal (criação de e-mails e sites para os Municípios), Cidade Compras (portal de compras eletrônicas) e o SIAMWEB (programa para modernização da gestão). Depois da apresentação da CNM fizemos outra dinâmica, que denominamos de Feira Tecnológica, para testar a capacidade em solucionar problemas utilizando ferramentas digitais. O grupo foi dividido e cada um foi sorteado para dar soluções aos municípios fictícios da dinâmica. Esse exercício retratou a capacidade de absorção do conhecimento aplicado. Esse foi o desfecho do primeiro dia. SEGUNDO DIA DE OFICINA – DISTRITO DE CAVA GRANDE A segunda reunião foi realizada no distrito de Cava Grande com a presença dos representantes dos diversos setores: civil, privado e público, pelos representantes do GTL – Grupo de Trabalho – e com a presença do Adalberto Vice-Prefeito de Marliéria, o grupo para o segundo dia tinha cerca de aproximadamente 32 pessoas. No que se refere a infraestrutura local, não havia sinal de internet disponível para o modem que levei, nem mesmo conexão local, aplicamos a oficina sem o recurso da internet. Foi aplicada a dinâmica do que é inclusão digital, semelhantemente a primeira turma, acreditavam se tratar de um curso de capacitação sobre informática, porém foram impactados pelo conceito de Inclusão Digital, muitos expressaram suas opiniões acerca da temática, contaram experiências vivenciais com o uso da tecnologia. Ao passo que a Oficina ia desenvolvendo o conceito foi de firmando e quando questionados novamente sobre o que é Inclusão Digital já havia respostas mais concretas. O roteiro foi alterado, pois o segundo momento de apresentação, falei sobre a CNM, e sua atuação na luta pelo fortalecimento municipalista, contei um pouco da história e as conquistas. Após o almoço retomamos com o tema das redes sociais e a aplicação da dinâmica do barbante. Em seguida foi aplicada a dinâmica da Feira Tecnológica, em grupos, os participantes em ao conteúdo aplicado, desenvolveram várias soluções para os problemas apresentados. A finalização do dia foi marcada por uma troca de conhecimentos e experiências sobre o uso da tecnologia.


TERCEIRO DIA DE OFICINA – CONSTRUÇÃO DO PLANO A Câmara dos vereados foi o palco para o último dia de atividades da Oficina de Inclusão Digital, entre os presentes, estavam todos os participantes dos dois últimos dias. Esse grupo de pessoas que estavam com um único objetivo, Aprender sobre Inclusão Digital, despertou curiosidades dos demais funcionários que foram, sempre que possível dar uma espiadinha. Relembrei os conceitos aprendidos sobre Inclusão Digital e Governo Eletrônico, e iniciamos o processo de construção de um planejamento de Inclusão Digital. Solicitei que formassem grupos. Fiz uma explanação do que iriamos planejar, conforme fizermos na dinâmica da Feita Tecnológica. Grupos foram formados e as targetas para que fossem escritos os objetivos foi distribuídas. Fui em cada grupo e conversei com eles, facilitando o processo de compreensão do planejamento. Os objetivos foram escritos nas targetas e afixados na parede para que todos pudessem visualizar, fizemos junto o processo de mesclar os objetivos em comum sempre respeitando a contemplação das ideias. Após o almoço ordenamos os objetivos nos 3 pilares: TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação), Gestão e Acesso. Após o enfileiramento dos objetivos, eles fizeram a construção da metodologia, os passos a serem tomados, definiram os responsáveis e definiram um prazo. Em todo esse processo de construção do plano, agi como um facilitador, ouvindo as ideias e debates dos participantes e colocando em ordem os pensamentos. Foi uma tarde bastante significativa para mim como colaborador da Confederação Nacional de Municípios, pois ver um plano de Inclusão Digital sendo construído com as ideias do próprio município é bastante satisfatório, é na verdade a contemplação de todo um trabalho consolidado ao longo de dois anos. CONCLUSÃO A capacidade de mobilização de Marliéria/MG foi impressionante, a participação ativa do Técnico Municipal de Marliéria/MG Marcos Luiz e dos participantes do Grupo de Trabalho Local (GTL) também foi essencial para a concretização de todo esse trabalho. Trocamos várias experiências, compartilhamos o conhecimento, e acima de tudo o conteúdo foi compreendido. Houve uma grande receptividade pela temática da Oficina o que facilitou todo o processo de construção do aprendizado. Os objetivos levantados para a construção do plano são: 1. 2. 3. 4.

Criar redes de comunicação mais eficaz no município; Informatizar o serviço público, bem como as unidades de saúde e o sistema de educação; Criar um centro de alfabetização digital; Implantação de novos telecentros (em todas as áreas, urbana e rural); 5. Criar um portal para divulgar o município. O Vice-Prefeito Adalberto falou que pela quantidade de pessoas envolvidas na Oficina o tema era bastante interessante em ser discutido. É preciso investir em melhorias das redes de comunicação, reiterou o Adalberto. É preciso agora dar o andamento das fases


do Projeto construído, para assim concretizar as ações estabelecidas e multiplicar isso para os municípios vizinhos. Brasília-DF, 05 de abril de 2011 Marco Melo Departamento de Governança Eletrônica CNM


PLANO DE INCLUSÃO DIGITAL EIXO 1 – TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – TICS (INFRAESTRUTURA) Objetivo (O que é)

Metodologia (Como Fazer)

Ação (passo a passo)

Responsável

Prazo

CRIAR REDES DE COMUNICAÇÃO MAIS EFICAZ NO MUNICÍPIO

DEFINIR UM DIAGNÓSTICO PARA AS REDES NECESSÁRIAS NO MUNICÍPIO (TELEFONIA MÓVEL/FIXA, INTERNET BANDA LARGA/RÁDIO, TV DIGITAL)

APLICAR UM DIAGNÓSTICO CRIAR UM PROJETO DE REDES DE COMUNICAÇÃO BUSCAR PARCERIAS GOVERNAMENTAIS SENSIBILIZAR AS EMPRESAS DO SETOR PARA O INVESTIMENTO EM REDES DE COMUNICAÇÃO (INTERNET, TELEFONIA, TV DIGITAL) AMPLIAR O SERVIÇO DE SUPORTE E MANUTENÇÃO DAS REDES

CRIAR UMA COMISSÃO TRIPARTITE

6 MESES

INFORMATIZAR AS UNIDADES DE SAÚDE

CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO CADASTRO ELETRÔNICO (PRONTUÁRIO DIGITAL)

SECRETARIA DE SAUDE

1 ANO

CNM / GESTÃO MUNICIPAL

ATÉ 1 ANO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO / PREFEITURA / CAMARA

1 ANO

CAPACITAÇÃO DOS USUÁRIOS (CURSOS, TREINAMENTOS, OFICINAS, MANUAIS) EQUIPAR AS UNIDADES DE SAÚDE. CAPACITAR OS FUNCIONÁRIOS. BUSCAR OS PROGRAMAS ELETRONICOS MOTIVAR A POPULAÇÃO BUSCAR RECURSOS / PARCERIAS SENSIBILIZAR O ESTADO PARA INFORMATIZAR O MUNICÍPIO PARA SER UMA REFERENCIA NA SAÚDE (MUNICÍPIO PILOTO NO PROJETO CNM/PNUD)

INFORMATIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO

DISPOR UM PROGRAMA PARA MODERNIZAR A GESTÃO

INFORMATIZAR O EQUIPAR A REDE MUNICIPAL DE SISTEMA DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO

BUSCAR ASSESSORIA. EQUIPAR. AVALIAR O PROGRAMA PARA GESTÃO. CAPACITAR OS SERVIDORES CAPTAR RECURSOS ADQUIRIR EQUIPAMENTOS. CAPACITAR FUNCIONÁRIOS. DISPOR DE SUPORTE TÉCNICO/MANUTENÇÃO CRIAR A INFRAESTRUTURA PARA O LOCAL.


PLANO DE INCLUSÃO DIGITAL EIXO 2 – GESTÃO (QUALIFICAÇÃO) Objetivo (O que é)

Metodologia (Como Fazer)

Ação (passo a passo)

Responsável

Prazo

ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

EDUCAR COM O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS (SEM DISTINÇÃO)

DEFINIR O ESPAÇO (COM INFRAESTRUTURA) CAPACITAR OS PROFISSIONAIS DEFINIR A METODOLOGIA DE TRABALHO (CARTILHA)

CRIAR UMA COMISSÃO DE INCLUSÃO DIGITAL E REPRESENTANTE DOS DIVERSOS CONSELHOS

6 MESES


PLANO DE INCLUSÃO DIGITAL EIXO 3 – ACESSO AO CIDADÃO (DEMOCRACIA DIGITAL) Objetivo (O que é)

Metodologia (Como Fazer)

Ação (passo a passo)

CRIAR UM PORTAL PARA DIVULGAR O MUNICÍPIO

BUSCAR ASSESSORIA ESPECIALIZADA

COLETAR MATERIAIS DAS DIVERSAS ÁREAS (ARTE E ARTESANATO, COMISSÃO ID, 6 MESES CULINARIA, TURISMO, MEIO AMBIENTE, PRODUTORES RURAIS, SECRETÁRIOS HISTÓRIA, ESPORTE, EVENTOS). MUNICIPAIS, SETOR DEFINIR O TECNICO RESPONSÁVEL PELO SITE. PRIVADO, E ENTIDADES.

IMPLANTAR NOVOS TELECENTROS (EM TODAS AS AREAS), EXPANDIR OS EXISTENTES.

ELABORAR PROJETO PARA IMPLANTAR NOVOS TELECENTROS

CRIAR ESCOLAS PARA FORMAÇÃO TÉCNICA EM SEDE/CAVA GRANDE

DIAGNOSTICAR CURSOS PARA A CAPACITAÇÃO TÉCNICA

DEFINIR ESTRUTURA AVALIAR O LAYOUT APRESENTAR O SITE PARA OS ENVOLVIDOS DEFINIR OS LOCAIS PARA IMPLANTAÇÃO EQUIPAR COM INFRAESTRUTURA O LOCAL MOBILIZAR A COMUNIDADE BUSCAR PARCERIAS E/OU CONVÊNIOS SUPORTE TÉCNICO CAPACITAR OS PROFISSIONAIS, E FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS APRESENTAR O DIAGNÓSTICO. UTILIZAR ESPAÇOS JÁ EXISTENTES EM ESCOLAS BUSCAR CONVENIOS COM ESCOLAS, FACULDADES (INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM GERAL). PARCERIA COM O PODER PÚBLICO. POSSIBILIDADE DE IMPLANTAR CURSOS COM ENSINO A DISTANCIA

Responsável

Prazo

COMISSÃO ID, E PARCERIAS, CONFEDERACAO NACIONAL DA AGRICULTURAS E SINDICATOS

3 MESES

PREFEITURA

1 ANO


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