Edição Janeiro / Fevereiro 2018

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novo projeto gráfico e muito mais conteúdo

Edição Janeiro/Fevereiro 2018 - Órgão Oficial da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas

Após 30 anos, Brandalise enfrenta nova polêmica reportagem

Médica comenta imposição do Ministro da Saúde entrevista

Nova Presidente da SMCC, Dra Fátima Bastos destaque

Abertas as inscrições para os Prêmios Científicos 2018 Inaugurada a nova cozinha no Clube de Campo Espaço 5° Distrital • Espaço Acadêmico • Enoturismo


sumário Editorial

03 Uma nova Revista para a SMCC A partir desta edição, você, leitor, irá encontrar um novo projeto gráfico, mais conteúdo e informação

Opinião

04 Coluna - Novos debates em Ciências Médicas A polêmica nova diretriz americana de HAS pelo Cardiologista Alessandro Chagas

Edição janeiro | fevereiro/2018

05 Departamento Jurídico / Defesa Profissional A necessidade do Termo de Consentimento Informado

06 Coluna - Medicina Baseada em Evidências Análises históricas do considerado primeiro ensaio clínico controlado

Memórias SMCC

07 Ex-Presidentes da SMCC contam histórias Nesta edição, um relato do período que Campinas foi praticamente dizimada pela febre amarela

SMCC Acontece

08 Eventos movimentam Clube de Campo Clube de Campo é sede para almoço de inauguração do Hospital Unimed e Departamento de Eventos cria atividade inédita

Encontro com a Presidente A nova Presidente Dra Fátima Bastos inicia série de encontros com os Colaboradores da SMCC

Capa

09 SMCC e a Reportagem de Capa O embate político que sofreu a saúde nestes últimos meses colocou a Presidente do Boldrini no meio do debate sobre relação médico paciente

SMCC Entrevista

12 Médica Dra Fátima Bastos Entrevista reúne opiniões e novos projetos da nova Presidente da SMCC Gestão 2017/2020

Clube de Campo

14 Nova fase da reforma concluída Casarão ganhou nova cozinha com equipamentos modernos para atender eventos

5º Distrital

15 Novo Diretor da 5º Distrital é de Campinas O médico ortopedista Dr. Clovis Machado assume distrital da região e já representa APM em eventos e parcerias

Espaço Colaboradores

16 Conheça nossa Equipe A cada edição os colaboradores dos Departamentos internos da SMCC poderão ser conhecidos neste espaço

Espaço Acadêmico

17 Que Residência seguir? Departamento Acadêmico da SMCC prepara II Feira de Especialidades para abril

Agenda SMCC & Classimed

18 Confira os eventos e os classificados disponíveis Enoturismo

19 Espaço dedicado ao Vinho & Turismo Conheça a nova coluna em parceria com ABS Campinas que irá conquistar novos apaixonados para o maravilhoso mundo do vinho

02 | Revista Medicação | janeiro/fevereiro 2018

Fundada em 1º de Dezembro de 1925 Filiada à Associação Paulista de Medicina Órgão de Utilidade Pública: Lei Municipal 04966/1979 Lei Estadual nº 6/1981 Rua Delfino Cintra, 63 • Centro • 13013-055 Campinas, SP • Fone/Fax: (19) 3231-2811 smcc@smcc.com.br | www.smcc.com.br sociedademedicinacirurgiacampinas Diretores Presidente Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos | 1º Vice Presidente Dr. José Roberto Franchi Amade | 2º Vice Presidente Dr. Waldir Favarin Murari | Secretário Geral Dr. Carlos Augusto Reis Oliveira 1º Secretário Dr. Sergio Masini Alarcon | Dir. de Finanças e Patrimônio Dr. Walter Maleronka | Dir. de Finanças e Patrimônio Adj. Dr. Luiz Inácio Quaglia Passos | Dir. Científico Dr. Julio Cesar Narciso Gomes | Dir. Científico Adj. Dr. Jorge Carlos Machado Curi | Dir. Eventos Dra. Carmen Sylvia Ribeiro | Dir. Eventos Adj. Dr. Irineu Francisco Debastiani | Dir. Administrativo Dr. Marco Aurélio Bussacarini | Dir. Administrativo Adj. Dr. Antonio Cesar Antoniazzi | Dir. Comunicação e Marketing Dr. Marcelo Amade Camargo | Dir. Comunicação e Marketing Adj. Dra. Andrea Dias T. Momente Dir. Defesa Profissional Dr. Flavio Leite Aranha Junior Dir. Defesa Profissional Adj. Dr. Ricardo Antônio Araújo Dir. Sede de Campo Dr. Donizete Cesar Honorato Dir. Sede de Campo Adj. Dr. Silvio Luis de Oliveira Delegados APM Dr. Francisco A. Fernandes Neto | Dr. Mauro Duarte Caron Dr. Sandor Dosa Acras | Dra. Silvia Helena R. Mateus Conselho Fiscal Dr. José Jorge Facure | Dr. José Martins Filho | Dr. Antonio Vanderlei Ortenzi | Dr. Arlindo N. de Lemos Junior | Dr. Eugênio Sergio Riani Casanova | Dr. Marco Antonio Beluzzo Comissão Editorial Dr. Marcelo A. Camargo | Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos | Dra. Carmen Sylvia Ribeiro | Dr. Julio Cesar Narciso Gomes | Carolina Rodrigues Branca Braga Editor-Chefe: Dr. Marcelo A. Camargo Jornalista Responsável: Carolina Rodrigues (MTB 44791/SP) Fotos: Branca Braga e Fernanda Borges Assistente de Comunicação: Branca Braga Projeto Gráfico: Skanner Projetos Gráficos Tiragem: 3.000 exemplares Periodicidade: Bimestral A revista não se responsabiliza pelo conteúdo das matérias assinadas, entrevistas e nem pelos anúncios veiculados.


Editorial

Grandes Novidades

P

rezados Colegas,

Por tradição, a Revista SMCC tem o Editorial preenchido pela Presidência, mas nesta edição estamos de cara nova e, por isso, nós do Departamento de Comunicação e Marketing pedimos licença para usar este espaço para anunciar as novidades que preparamos para esta nova fase da revista e da Comunicação da SMCC. A nova presidente, Dra. Fátima Bastos, é a nossa entrevistada em destaque nesta edição. A médica emite opiniões a respeito da comunidade, seus anseios e novos projetos. A SMCC está modernizando sua forma de comunicar com seus associados, com a comunidade médica, além de atingir o público Acadêmico e a população em geral. São muitos novos projetos e uma forma diferente de se relacionar. Mais DINAMISMO e QUALIDADE são as palavras de ordem. A partir desta edição da revista, você, leitor, irá encontrar um novo projeto gráfico, mais conteúdo e muita informação, não só para você como para toda sua família. Entre as novidades, temos uma coluna dedicada especialmente aos Destaques Científicos, chamada “Novos Debates em Ciências Médicas”. O espaço reunirá as mais recentes descobertas e diretrizes médicas que serão explicadas por especialistas. Já na coluna “Medicina Baseada em Evidências” o objetivo é mostrar, passo a passo, como analisar a qualidade de um trabalho científico à luz da medicina baseada em evidências, para saber separar as informações de qualidade daquelas meramente especulativas. Para informações sobre o exercício seguro da profissão, teremos espaços fixos para textos do Departamento Jurídico e de Defesa Profissional, com dicas e orientações. A coluna “Memórias da SMCC” contará com relatos e causos da história da entidade, no contexto do desenvolvimento da cidade de Campinas e será assinada por dois importantes nomes da história da SMCC, Dr. Rui Ferreira Pires e Dr. Roberto Schmidt Neto, ambos ex-presidentes da entidade. A SMCC aposta nos futuros médicos, e por isso, os Acadêmicos também ganharam um espaço próprio na revista. Além disso, traremos entrevistas com personalidade e matérias de destaque de grande interesse dos médicos. E para finalizar, já que ninguém é de ferro, identificamos dois assuntos em pesquisa com associados que são de grande interesse dos médicos: viagens e vinhos. E por que não falar de ambos? Por isso, nasceu a coluna de Enoturismo, em parceria com a ABS Campinas. E ainda teremos prestação de serviços com a inserção da Agenda de Eventos e o Classimed dentro da Revista e muito mais. Também teremos Boletins Informativos sobre temas importantes, nova dinâmica para o canal da SMCC no Facebook e uma nova estratégia de comunicação e marketing para que uma das mais antigas entidades médicas do país tenha um novo fôlego, uma nova fase de inovação e pioneirismo. Comente! Dê sua opinião! Traga suas ideias! A SMCC está de braços e ouvidos abertos!

Marcelo Amade Camargo Diretor de Comunicação e Marketing

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Coluna Destaque Científico

A polêmica nova diretriz americana de Hipertensão Arterial Sistêmica: afinal, implicará em mudança na prática clínica? Dr. Alessandro F. Chagas Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada do nível pressórico maior ou igual a 140 e/ou 90 mm Hg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade, tabagismo, diabetes melitus, sedentarismo, stress e genética predisponente às doenças do aparelho circulatório. A HAS é o principal fator de risco independente para as doenças cardiovasculares, estando associada a pelo menos um dos outros fatores supracitados em 80% dos casos. No Brasil, segundo dados da VIGITEL, atinge 25% da população, 32,5% (36 milhões) dos adultos e mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. Recentemente, em congresso da American Heart Association (AHA), realizado na Califórnia, esta entidade que é referência internacional na Cardiologia, apresentou em sua nova Diretriz de HAS, menores valores considerados para o diagnóstico desta doença, assim como uma nova classificação para a sua gravidade. Esta entidade passou a considerar HAS a partir de valores 130 e/ou 80 mm Hg, das pressões arteriais (PA) sistólica e diastólica, respectivamente, diferente das outras Diretrizes Internacionais e da última Diretriz Brasileira, publicada em 2016, que define HAS a partir de 140 e/ou 90 mm Hg. A classificação Americana também está mais concisa, estratificando a doença em apenas dois níveis. Já a Brasileira contempla o diagnóstico de Pré-Hipertensão e estratifica em 3 estágios de gravidade. A AHA baseou-se em uma revisão sistemática, que analisou retrospectivamente inúmeros trabalhos científicos e, segundo a referida Associação, pacientes com níveis a partir de 130 e/ou 80 mm Hg apresentaram maior número de eventos cardiovasculares com significância estatística. Todavia, em 2002 já fora elegantemente demonstrado, no LANCET, prestigiado periódico internacional, que o risco cardiovascular aumenta a partir de níveis 115 e/ou 75 mm Hg. Portanto, não é algo novo na literatura que os níveis tensionais aumentam progressivamente o risco cardiovascular a partir de níveis aquém dos considerados para definir o diagnóstico. Porém, deve-se ter cautela em diagnosticar esses pacientes com 130 e/ou 80 mm Hg como

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hipertensos, além de medicá-los a partir de então. O tratamento deve-se basear na individualização da situação clínica de cada paciente pelo profissional que o assiste, levando-se em consideração os níveis tensionais, outros fatores de risco cardiovascular e a presença de lesão em órgãos alvo pela HAS, essencialmente no rim, coração e grandes artérias. Recomenda-se também que, ao buscar metas pressóricas muito rigorosas no controle pressórico dos pacientes, considerar a famosa curva em J, a qual evidencia que reduzir a PA diastólica abaixo de 65 mm Hg, principalmente em pacientes com doença arterial coronária e idosos (que comumente apresentam pressão de pulso elevada devido a redução da complacência arterial), pode aumentar o risco cardiovascular, por reduzir a perfusão coronariana, inclusive em diabéticos. Por fim, a despeito da mudança dos valores de PA considerados normais, proposta pela AHA, a conduta clínica não muda. Continua sendo recomendado o tratamento da HAS através da prática da arte da medicina, baseada na utilização do conhecimento médico, experiência e das evidências científicas, individualizando a abordagem para cada paciente. Deve-se lembrar um pensamento do saudoso Americano WILLIS HURST, um dos mais renomados cardiologistas de todos os tempos: Bons médicos são aqueles que conhecem e seguem as Diretrizes, mas os excelentes são os que as seguem com juízo clínico, tendo a sabedoria e genialidade de aplicá-las ou não, de acordo com a situação peculiar de cada indivíduo. Dr. Alessandro Franjotti Chagas Médico Graduado pela Faculdade de Medicina da USP São Paulo Coordenador do Departamento de Cardiologia da SMCC Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Regional Campinas Biênio 2015/2016 Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia 7ª Diretriz Brasileira (SBC), setembro de 2016 Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Normal Menor ou igual a 120 Menor ou igual a 80 Pré-hipertensão 121-139 81-89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160-179 100-109 Hipertensão estágio 3 Maior ou igual a180 Maior ou igual a 110 Diretriz Americana (AHA), novembro de 2017 Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg Normal Menor que 120 e Menor que 80 Elevada 120-129 e Menor que 80 Hipertensão estágio 1 130-139 e/ou 80-89 Hipertensão estágio 2 Maior ou igual a 140 e/ou Maior ou igual a 90


Departamento Jurídico / Defesa Profissional

A necessidade do Termo de Consentimento Informado Márcia Conceição Pardal Côrtes Lucas Selingardi O Termo de Consentimento Informado não é um documento novo na seara médica, contudo trata-se de um ato imprescindível para uma relação segura do médico para com seu paciente e, ainda, extremamente necessário para preservação da conduta profissional adotada. Na verdade, tal documento possui fundamentação em diversas legislações e em especial, no Código de Ética Médica, na Constituição Federal e no Código de Defesa ao Consumidor. Todas as leis descrevem o dever do esclarecimento ao paciente sobre o recurso terapêutico a ser adotado, o prognóstico do tratamento e suas possíveis complicações, de acordo com a literatura médica, bem como a obtenção de seu consentimento prévio à efetivação de qualquer procedimento. Independentemente da especialidade médica e da complexidade do procedimento adotado, é necessário que a informação ao paciente esteja documentalmente comprovada de um modo completo, a fim de que o profissional médico possua prova de seus argumentos em caso de eventuais controvérsias judiciais ou administrativas. Importante mencionar que o não cumprimento do exposto acima poderá ser interpretado como uma falha no dever de informação e assim, poderá o médico sofrer penalidades administrativas perante o Conselho Regional de Medicina, bem como ser obrigado a pagar

uma indenização diante de tal omissão, caso o paciente venha a propor alguma medida judicial. Se não fosse o suficiente, imperioso Márcia ConceiçãoéPardal Côrtessalientar que o dever de informação independe de dano ou de uma Lucas Selingardi conduta médica questionável. Em síntese, o dever de informação é um ato isolado que deve ser respeitado. A observância do dever de informação agrega qualidade e transparência na relação médico-paciente e assegura tanto o profissional quanto o procedimento médico a ser adotado, como possibilita ao paciente, de uma forma livre e consciente, fazer a opção pelo tratamento com todas as nuances (intercorrências, tempo de recuperação, possíveis sequelas, duração e entre outros). Ademais, o termo de consentimento informado não permite a alegação do paciente de que tenha sido iludido ou que desconhecia os riscos inerentes ao ato médico. Não há uma forma correta para a elaboração do citado termo, contudo a orientação é de que seja escrito, com data e assinatura do paciente e ainda, que haja pelo menos uma testemunha no documento firmado. Ademais, para que tal documento tenha a função atingida é necessário também que seja realizado em momento anterior ao procedimento médico adotado, a fim de que não haja a interpretação de coação. Em suma, o médico deve fornecer todas as informações necessárias com a maior antecedência possível, sempre anotando em prontuário médico e formalizando o Termo de Consentimento Informado. Márcia Conceição Pardal Côrtes Lucas Selingardi Advogados SMCC

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Medicina Baseada em Evidências

A medicina baseada em evidências – bases históricas Dr. Milton Roberto Marchi Oliveira Estima-se que cerca de um milhão de marinheiros tenham morrido vítimas do escorbuto nos séculos XVII e XVIII. Tripulações inteiras foram dizimadas pela doença causada pela carência de vitamina C, cujo mecanismo fisiopatológico foi esclarecido completamente apenas no início do século XX. Apesar de relatos esparsos a respeito dos efeitos favoráveis ao uso de sucos de frutas cítricas no combate à doença, foi o escocês James Lind, médico-cirurgião da Marinha Real Britânica, que comprovou esta relação. Ele propôs e conduziu o que hoje se considera um dos primeiros – senão o primeiro – ensaios clínicos da história da epidemiologia. Em uma viagem realizada em 1747, Lind identificou 12 doentes acometidos pelo escorbuto em um navio. Mantendo-os sob condições idênticas, todos recebendo a mesma dieta à base de caldo de carne, biscoitos cozidos, açúcar, passas, cevada e arroz, o médico separou-os em grupos de dois, variando entre eles apenas um item da dieta: uma dupla recebeu uma porção de cidra, outra tomou duas colheres de vinagre três vezes ao dia, a terceira água do mar, a quarta ingeriu um elixir de vitríolo, a quinta uma mistura de alho, mostarda, bálsamo do Peru e mirra, e uma última dupla recebeu um limão e duas laranjas ao dia. O resultado foi que os dois marinheiros “tratados” com as frutas cítricas evoluíram para a rápida cura, tendo inclusive auxiliado nos cuidados aos demais doentes. O estudo foi publicado apenas em 1753. A Marinha Britânica ainda levaria décadas para adotar as medidas preventivas sugeridas por Lind. Este estudo é considerado, sob a ótica histórica, o primeiro ensaio clínico controlado, no qual se compararam “semelhantes com semelhantes”, constituindo o paradigma fundador da moderna pesquisa clínica. O estudo de Lind não foi fruto apenas de sua perspicácia e iniciativa pessoal, contudo. O processo que culminou nos resultados de seu trabalho, bem como de outros pesquisadores nos anos e séculos seguintes, foi longo e complexo.

Foi decisivo para a origem de novas áreas do conhecimento humano e modificação em outras tantas. Todo esse processo pode ser resumido em um termo, criado por Alexandre Koyré, em 1939: a Revolução Científica. “Revolução” no sentido de mudança significativa de critérios e paradigmas que explicavam a natureza do mundo até então. Ela se iniciou no século XVI e estendeu-se até o século XVIII. A Ciência, até então vinculada à Teologia, dela se separa e se assume como um conhecimento estruturado e prático. Foi fruto do Renascimento, do surgimento e popularização da imprensa, contou com o impulso da Reforma Protestante, dentre outras modificações socioculturais. De forma sintética, a Revolução Científica representou uma significativa modificação na forma do homem examinar e encarar a natureza. Ela permitiu a disseminação do empirismo, que culminou com o estabelecimento do Método Científico, segundo o qual as hipóteses e teorias devem ser testadas contra observações do mundo natural, e não se apoiarem apenas no raciocínio, na intuição ou mesmo no misticismo. A Medicina se beneficiou de maneira muito significativa desta revolução. Diagnósticos, tratamentos, fisiologia e fisiopatologia, alcançaram, gradualmente, patamares muito elevados, até os níveis atuais. O uso das melhores informações científicas, selecionadas de forma criteriosa sob a ótica da melhor evidência, associado à experiência clínica do profissional e sua adequação aos valores e necessidades do paciente constitui a base da prática da Saúde Baseada em Evidências (SBE), nosso objeto de análise das próximas colunas. Dr. Milton Roberto Marchi de Oliveira Médico anestesiologista, com graduação e especialização em Anestesiologia pela Unicamp. Foi Diretor de Comunicação da SMCC. Colaborador do Centro de Ensino e Treinamento (SBA) em Anestesiologia da Casa de Saúde Campinas Possui interesse por temas relacionados à Saúde Baseada em Evidências

Ouça um podcast complementar ao artigo no site da SMCC www.smcc.com.br/noticias

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Memórias SMCC

O Primeiro Caso de Febre Amarela em Campinas Dr. Rui Ferreira Pires

Dr. Roberto Schmid Neto

O que aqui se escreve sobre Febre Amarela em nossa cidade não se trata de ensinamentos e/ou considerações histopatológicas da enfermidade, mas aborda considerações históricas sobre fatos e consequências dessa hecatombe que assolou Campinas entre 1889 e 1899, dez anos trágicos para nossa cidade. A principal fonte de referência aqui transcrita é encontrada no livro “O Ovo da Serpente” de autoria do ilustre intelectual Dr. Jorge Alves de Lima, membro da Academia Campinense de Letras e Diretor do Centro de Ciências, Letras e Artes. A leitura desse livro se impõe para todos os que desejam conhecer detalhes sobre a epidemia de Febre Amarela e/ou a incrível dimensão dessa avalanche mórbida que castigou Campinas. Sabe-se que a doença já existia no Rio de Janeiro, mas sem o caráter devastador que aqui se instalou. Esta é uma citação importante como se verá a seguir. Nos primeiros dias de fevereiro de 1888, chegou a Campinas a professora Rosa Beck, suíça, vinda da França para aqui lecionar. Hospedou-se na residência de um suíço que alugava quartos aos compatriotas que aqui chegavam como imigrantes. A frente do imóvel era comercial e lá se instalava uma padaria, conhecida com Padaria Suíça, na Rua Campos Sales. A professora Rosa desembarcou no Rio em 21 de fevereiro de 1888, ficando de início, alojada na hospedaria dos imigrantes durante uma semana. Após esse tempo, dirigiu-se a Campinas via Santos. Acredita-se que a mesma contraiu a Febre Amarela na hospedaria, aqui chegando já contaminada. Aos 10 de fevereiro de 1889 veio a falecer da doença. Logo a seguir cinco pessoas que moravam, trabalhavam ou frequentavam a Padaria Suíça contraíram a doença e faleceram pela epidemia que se instalou. A partir daí a febre se alastrou, o pânico tomou conta da cidade, tivemos evasão em massa. A população estimada em 15 mil habitantes praticamente sumiu da cidade aqui permanecendo umas seis mil pessoas. Muito contribuíram as

precárias condições de saneamento básico, praticamente inexistentes na época. Nossas praças e jardins eram depositários de lixos, incluindo dejetos humanos. Água empossada nas ruas de terra mal cuidadas eram verdadeiros criadouros dos mosquitos transmissores. A causa da febre era desconhecida, acreditando alguns que era motivada por “miasma” emanado do solo contaminado. Na época eram precários os recursos para enfrentar o mal. Tínhamos apenas três hospitais na cidade: A Santa Casa, Beneficência Portuguesa e Circolo Italiani Uniti (hoje, Casa de Saúde de Campinas) onde se desdobravam esforços para atender a demanda crescente. Foram, como hoje, de inestimável valia para enfrentar a epidemia, os recursos assistenciais oferecidos pela heroica devoção de nossos médicos e demais integrantes ligados à saúde pública. Vale ressaltar aqui dois casos relevantes que poucos conhecem. Exemplos de doação e desprendimento. Cito duas ruas centrais e muito conhecidas em Campinas: Irmã Serafina e Costa Aguiar. A primeira homenageada foi a freira Maria dos Serafins Favre, enfermeira da Santa Casa. O segundo Dr. Costa Aguiar, médico de primeira linha. Ambos foram guerreiros incansáveis na assistência a doentes. A dedicação foi tamanha, que contraíram a febre e faleceram da enfermidade. Tornaram-se verdadeiros mártires cuja memória deve ser referenciada pela eternidade. Agora a moléstia volta a ser manchete dos jornais em âmbito federal e alvo principal da Saúde Pública, mas as condições são outras e as armas de combate poderosas. Deste surto nos livraremos em breve. Que assim seja! A fundação da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), no dia 1º de dezembro de 1925, foi o mais importante passo no sentido de organizar e reunir a classe médica na cidade que naquele momento histórico se recuperava dos traumas provocados pela febre amarela, no final do século 19, e pela gripe espanhola. Que também deixou um rastro de medo e insegurança por aqui, em 1918-19. De fato, a criação de uma instituição que reunisse a classe médica era um evento mais do que natural naquela oportunidade, considerando que Campinas já acumulava uma trajetória importante em termos de estruturação de um sistema de atendimento à saúde, como um dos reflexos da cidade que cada vez mais se destacava no cenário nacional. Dr. Rui Ferreira Pires (Gestões 1973/1975 e 1975/1977) Roberto Schmid Neto (Gestões 1979/1981 e 1981/1983) janeiro/fevereiro 2018 | Revista Medicação | 07


SMCC acontece Gustavo Tillio

Clube de Campo da SMCC sedia confraternização da Unimed Foi realizado no Clube de Campo da SMCC o almoço de confraternização da Unimed que inaugurou o primeiro Hospital da Cooperativa em Campinas. O evento, em 15 de dezembro, contou com a presença de autoridades civis, militares e eclesiásticas, lideranças do Sistema Unimed, conselheiros de Administração, Técnico e Fiscal, representantes dos Comitês de Especialidades e convidados. O casarão foi usado para receber os convidados que saíram do evento de abertura simbólica do Hospital localizado na Vila Industrial e se deslocaram para o Clube dos Médicos onde foi servido um coquetel seguido de almoço. A nova cozinha foi usada nesta ocasião pela primeira vez após a reinauguração. O Clube de Campo retomou assim as atividades como sede para confraternizações. Hospital Unimed – Localizado na Rua São Carlos, 369, na Vila Industrial, teve investimento de R$ 42 milhões. É a unidade de número 23 da Unimed, mas a primeira em Campinas. O espaço servirá de suporte à internação hospitalar dos pacientes da Assistência Domiciliar (ADUC) e clientes em tratamento de câncer no Centro de Quimioterapia Ambulatorial (CQA). São 68 leitos convencionais, 20 leitos de UTI, dois consultórios, centro cirúrgico, unidade de internação cirúrgica, central de esterilização, serviços de radiologia e de endoscopia digestiva, laboratório de análises clínicas, ambulatórios de curativos e de infusões medicamentosas.

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Colaboradores tem Encontro com a Presidente A presidente da SMCC, Dra. Fátima Bastos, realizou o primeiro de uma série de encontros com os colaboradores da entidade. Com o início da gestão 2017/2020 a presidente dá continuidade ao trabalho de reestruturação do atendimento aos associados e dos serviços iniciada nas gestões do presidente Dr. Clovis Machado. Com o crescimento do número de associados, eventos e parcerias, ficou estabelecido um cronograma de ações que inclui o treinamento e aperfeiçoamento da equipe que trabalha diretamente com o associado. O objetivo é atender com maior eficiência e rapidez. Uma primeira pesquisa de satisfação e qualidade do ambiente de trabalho já foi aplicada entre os funcionários em decorrência deste primeiro encontro. Os resultados serão usados para melhorar a estrutura interna e aproveitar melhor as competências de cada colaborador. Os encontros também servem para confraternizar e melhorar o relacionamento da equipe.

Clubinho de Férias tem ação inédita O Projeto “Clubinho de Férias da SMCC - TUCA e a turminha da empatia” foi promovido no Clube de Campo em janeiro. A atividade inédita ofereceu relaxamento e integração para as famílias. Foram feitos exercícios funcionais e de Yoga modulados por som com instrumentos ao vivo. O teatro lúdico interativo trabalhou conceitos de resgate dos valores de convivência e o respeito à família de maneira natural e divertida. A ação contou com a presença da personagem do Clube de Campo, a mascote TUCA.


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Uma médica, um ministro e a política na saúde

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econhecida pela luta para melhorar o diagnóstico e tratamento das crianças com câncer, recentemente a Médica enfrentou um episódio polêmico com o atual Ministro da Saúde. O que poucos sabem é que há 30 anos, Brandalise viveu algo parecido com o caso recente envolvendo a importação da Asparaginase. Em entrevista a Revista MedicAção, a Dra. Brandalise fala sobre este episódio, sobre o Boldrini e as sociedades médicas. A MÉDICA Dra. Silvia Brandalise, mãe de quatro filhos, possui mais de 50 anos de profissão. Foi graduada em 1967 e cursou residência em Pediatria em 1968-1969, ambos pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), e concluiu doutorado em Pediatria na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-UNICAMP) em 1973. Possui mais de 100 artigos publicados em periódicos especializados em Onco-Hematologia Pediátrica como autora e/ou co-autora, apresentou mais de 200 trabalhos em congressos nacionais e internacionais e é autora de vários capítulos de livros. É revisora de diversos periódicos médicos nacionais e internacionais, presta assessoria técnica e participa de grupos de pesquisa no Brasil, Europa e Estados Unidos além de integrar diversas sociedades médicas de especialidade no Mundo todo. Recebeu 121 prêmios nacionais e internacionais e é descobridora de uma doença que leva seu nome: Síndrome Brandalise, homenagem prestada pelo Dr. Richard Pritchard (Londres). O CENTRO INFANTIL BOLDRINI A frente do Centro Infantil Boldrini, fundado há 40 anos (1978), levou a Instituição a ser considerada referência na América Latina no tratamento de doenças onco-hematológicas, pesquisas científicas e formação acadêmica. Os números e conquistas impressionam. Trabalham nas instalações do hospital (que tem 130 mil m2 de área), 75 médicos, 684 profissionais multidisciplinares e cerca de 500 voluntários. Ao longo de sua história, o Boldrini já atendeu 30 mil pacientes encaminhados com a suspeita ou o diagnóstico de câncer (média de 750 novos casos por ano). Atualmente, cerca de 70 a 80% dos pacientes oncológicos da instituição são curados – índices que equivalem aos dos países desenvolvidos. O Boldrini atende 70% dos pacientes via SUS e 30% por meio de convênios. Os atendimentos do SUS geram 20% da receita; os convênios, 30%; e os 50% restantes são oriundos de doações de pessoas físicas ou jurídicas.

Fotos: Divulgação e Master Vídeo

O MINISTRO Ricardo Barros, Engenheiro por formação, já havia meses antes se indisposto com a classe médica em falas sobre o atendimento no SUS e contenção de casos de febre amarela. A declaração de Barros foi feita à rádio CBN em 04/01/2018: “Algum interesse ela (Brandalise) tem em que o produto que ela defende seja comprado pelo ministério. É isso que me parece, porque todo medicamento que aparece ela critica”, afirmou Barros. A POLÊMICA Os recentes episódios envolvendo a importação da Asparaginase sem comprovação de eficácia clínica pelo Ministério da Saúde (MS) ganharam muito destaque na imprensa recentemente, em grande parte pela postura forte do CI Boldrini. Episódios como esse acontecem com frequência ou já aconteceram antes? Episódio semelhante ocorreu há cerca de 30 anos, com um medicamento de um grande laboratório farmacêutico também usado no tratamento da Leucemia Linfóide Aguda (LLA) e vários outros tipos de câncer em crianças. Com o u

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capa registro de menor taxa de remissão após quatro semanas da terapia, observada em cinco crianças (de 97% caiu para 64%), o Centro Boldrini solicitou à CEME (Central de Medicamentos) do Ministério da Saúde para avaliar a eficácia dos medicamentos usados na fase da indução: prednisona, vincristina, daunoblastina e L-asparaginase. Convencidos de que os testes feitos no Brasil não estavam adequados (neste intervalo de tempo, mais quatro crianças com diagnóstico recente de LLA apresentaram importante redução da taxa de remissão da doença), o Boldrini levou na época vários frascos dos quatro medicamentos utilizados para análise nos Estados Unidos: no NIH (National Institutes of Health, Washington) e no Hospital St. Jude (Memphis, TNN). Os resultados das instituições mostraram que somente os frascos da vincristina comercial estavam com significativa redução da biodisponibilidade da droga. Com estas provas, após auditoria pela SBHH (Socie-

dade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia) nos nove casos de LLA, foi feita a denúncia junto à AMB (Associação Médica Brasileira). Na época, O Ministério da Saúde solicitou novos testes, incluindo pela primeira vez no Brasil, o exame da Biodisponibilidade. Confirmou-se no INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade da Saúde) a baixa atividade (20%) do lote comercial de vincristina, sendo que o Laboratório teve a oportunidade de realizar várias contra-provas, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. O Laboratório foi condenado a pagar o equivalente ao custo de dez frascos deste medicamento. O laboratório não pagou. As nove crianças apresentaram recidivas precoces da leucemia, e as nove morreram após cerca de um ano e meio após o diagnóstico. O Laboratório continua impune até hoje. É digno de nota, que somente o Centro Boldrini registrou formalmente a queixa.

“Foi com esta nefasta experiência, que aprendemos que se uma droga não funciona adequadamente na fase inicial do tratamento da LLA, mais células malignas sobrevivem. Estas células remanescentes voltam a proliferar e a doença recai plenamente em prazo curto (< 1 ano), levando ao óbito a maioria dos pacientes” Várias entidades médicas se solidarizaram com a Sra. nos recentes episódios envolvendo o Sr. Ministro da Saúde, entre elas a SMCC que emitiu nota pública de repúdio. Como a senhora se sente com essas manifestações? As entidades médicas AMB, APM e CFM se pronunciaram nos primeiros meses após a nossa denúncia sobre a não existência de estudos clínicos que comprovam a eficácia e segurança com a LeugiNase® (Beijing SL Pharmaceutical) em LLA pediátrica, acrescida da comprovação por espectrometria de massa, de grande quantidade de proteínas contaminantes na LeugiNase®, além da baixa atividade biológica (30%) desta droga. Com estas irrefutáveis evidências, o Centro Boldrini se

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recusou a utilizar a LeugiNase® em nossos pacientes. Milhares de crianças do SUS receberam este produto. Crianças de clínicas/hospitais privados, todavia, receberam outra asparaginase importada. Surpreendentemente, a despeito da proibição pelo Ministério Público Federal, o MS abriu novo pregão para importação da L-asparaginase com o critério de “menor preço”. Surgiu, então em primeiro lugar a L-asparaginase produzida em Qianhong (China). De forma repetitiva, também esta asparaginase não tem publicações de estudos clínicos em LLA de crianças! Diante deste fato, que fere os Princípios da Ética Médica, o Centro Boldrini entrou com uma interpelação judicial junto ao MS.


capa “O pronunciamento do Ministro da Saúde, profundamente desrespeitosa com referência à minha pessoa, suscitou um posicionamento do CREMESP, da Direção da Faculdade de Medicina da UNICAMP, da AMB, CFM, da SOBOPE e da SMCC. Estas manifestações de apoio das Sociedades Médicas são relevantes. Todavia, a entrada das “Fake Drugs” nos países do terceiro mundo é fato atual e preocupante, já identificado e publicado pela Organização Mundial de Saúde em periódico de 2017.”

Os pesquisadores do Boldrini encaminharão artigo científico sobre os resultados dos testes da LeugiNase® realizados, para publicação em revista internacional. Com a aprovação dos revisores da revista e apoio da SIOP (Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica), é possível que o Ministério da Saúde reavalie sua posição sobre o assunto.

“Não temos dúvida, de que nosso país necessita estar alerto e capacitado para avaliar - como o FDA1 e EMA2 - os medicamentos/produtos utilizados por nossos cidadãos.” 1- Food and Drug Administration / 2- European Medicines Agency

BOLDRINI COMO EXEMPLO Qual o lado mais difícil de lidar dentro de um centro oncológico para crianças? E o mais gratificante? A parte mais difícil é dar o diagnóstico de câncer a uma mãe ou pai. Igualmente difícil, é falar sobre câncer com um adolescente. Sem qualquer paralelo, é falar com os familiares e pacientes, sobre cuidados paliativos e morte. O mais gratificante é o momento da alta do tratamento, sem esquecer o abraço e beijo das crianças e familiares, sempre aquecendo nossos corações.

O CI Boldrini além de referência nacional é motivo de muito orgulho para a população de Campinas e em especial para classe médica da nossa região. Tanto a instituição quanto a senhora já receberam diversas homenagens, inclusive o Prêmio Paes Leme da SMCC (em 2014 e 2011 respectivamente). Como é ser vista como exemplo de dedicação e de profissão por seus colegas e por jovens estudantes? Como fui professora de muitos médicos de Campinas e região, recebo os elogios como manifestação de afeto. Quanto aos jovens estudantes da graduação, no presente só convivo com eles durante 5-6 semanas do período de férias, em período integral, no curso PEOp (Programa de Ensino em Oncologia Pediátrica). Estimular os alunos a aprenderem a pensar sobre os diagnósticos e exames, é uma tarefa rica. Propiciar e orientar projetos de iniciação científica, com estes alunos, nas áreas da oncologia e hematologia pediátrica, é algo gratificante. Renovamos com os alunos, a esperança de melhores profissionais médicos e das distintas áreas da saúde. Qual sua visão para o futuro do CI Boldrini? O caminho se faz ao caminhar. Apesar da escassez de recursos para pesquisa no Brasil, consonante com as dificuldades econômicas, sociais e políticas do momento pelo qual passa o país, sempre conseguimos avançar. Não podemos parar! Desejo que o Boldrini continue sendo a instituição que privilegia a criança e o adolescente, proporcionando-lhes acolhimento humanizado, integral, capaz de proporcionar desenvolvimento físico, mental e social, com qualidade de vida. Nossos pequenos doentes merecem atenção e carinho. Dra. Silvia Regina Brandalise http://lattes.cnpq.br/8596174740140376

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Entrevista

Entrevista com a presidente da SMCC: Dra. Fátima Bastos A médica Fátima Maria Aparecida Ferreira Bastos fala sobre novos projetos, expectativas e pontos importantes para a nova gestão da SMCC Quais serão as prioridades da nova gestão da SMCC? Para esta nova gestão, o Plano de Governo da nova Diretoria já previa projetos para profissionalizar os Departamentos da SMCC, mais eventos no Clube de Campo e a reforma da Sede Social para a implantação da acessibilidade total do prédio. Além do lançamento de um aplicativo para smartphone aos associados reunindo todos os serviços das outras plataformas de comunicação que temos. Já iniciamos este processo com a ampliação dos serviços no Departamento Científico e a criação do Departamento de Eventos e do Departamento Comercial para melhorar o suporte para os associados e ampliar novas oportunidades. Queremos integrar os Departamentos: Científico, Eventos, Comunicação e toda a estrutura da Sede Social e da Sede de Campo que agora servirá para eventos de médio e grande porte. Dentro dos novos projetos quais os serviços disponíveis? Já na posse dos novos Departamentos e Comitês Científicos (DCC), anunciamos o projeto “Meeting das Especialidades” que garantirá uma oportunidade para cada um dos nossos DCC. A SMCC oferecerá toda a estrutura: as salas, serviços de apoio, um coffee-break e até traslado e hospedagem para um palestrante para realização de um grande evento de atualização científica por ano para cada um dos Departamentos. Os Meetings poderão ser realizados até aos finais de semana, contando inclusive com as novas salas de eventos no Clube de Campo. Pensando em estimular ainda mais a produção científica ampliamos o PAAPER - Programa de Apoio ao Associado Pesquisador. Já oferecíamos apoio para correção do português e tradução para o inglês de artigos científicos destinados à publicação. Agora incluímos um subsídio para custeio parcial das análises estatísticas para os artigos científicos. E reforçamos desde o primeiro momento da nova gestão o que já começou na gestão anterior: os Projetos Especiais dos DCC. Nós da diretoria queremos estimular a realização de ações de impacto na comunidade. São eventos como campa-

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nhas, mutirões, ações assistenciais integradas às faculdades e hospitais da cidade. Eventos que já são sucesso na entidade e oferecem uma importante prestação de serviços, podem e devem ser ampliados. Na área da comunicação quais serviços os DCC contarão? São muitas! Desde um novo projeto gráfico para a nossa revista, Boletins periódicos sobre assuntos importantes e toda uma nova forma de se comunicar com o associado e a comunidade em geral. Os DCC passarão a contar com serviços de comunicação de excelência que incluem desde a criação de artes gráficas até uma assessoria de imprensa. Este apoio profissional resgatará uma relação que já foi muito frutífera com a imprensa e a sociedade civil na região de Campinas. Queremos transformar a SMCC na primeira opção para imprensa regional quando o assunto for Saúde.


“Teremos o projeto ‘Meeting das Especialidades’. Trata-se de uma oportunidade para cada um dos DCC” A SMCC ganhou recentemente um novo Departamento Científico, o de Medicina Esportiva, quais avanços são esperados? Aplaudimos esta iniciativa que teve início no final da gestão anterior. Apesar da Medicina do Esporte ser uma das primeiras especialidades médicas reconhecidas pela Associação Médica Brasileira (AMB) nós temos ainda um pequeno número de médicos com título de especialista em Medicina do Exercício e do Esporte. Uma constatação feita e que carece um olhar mais apurado para esta expansão uma vez que a própria cidade de Campinas e a região abrigam diversos eventos esportivos. Paralelo a este cenário, observamos muitos debates pertinentes à área observando o esporte como um promotor de saúde. Esta busca crescente da população por orientação a prática esportiva, a importância da pré-avaliação física, a realidade das lesões, a longevidade e o uso do esporte para doentes crônicos foram alguns dos temas já levantados pela coordenadoria do novo Departamento. Quanto a Defesa Profissional, quais são os novos projetos para o Departamento? Vamos ampliar os eventos em parceria com CREMESP e OAB. A parceria das entidades com o Departamento Jurídico tem sido um sucesso de público e debate. Os eventos sobre a Judicialização da Saúde Pública, por exemplo, reforçaram o compromisso da SMCC com uma postura ética e coerente diante da realidade vivida pelos colegas médicos. É um trabalho educacional e de reciclagem sobre os dispositivos judiciais muito importante para a atividade e, que precisa de continuidade. Queremos ajudar os médicos a se prevenir e se respaldar para a prática de uma medicina de excelência. E assim, garantir a manutenção da ética nas ações. Como a SMCC se posiciona no debate sobre a regulação dos valores praticados pelas Operadoras de Planos de Saúde? Apoiamos e deliberamos a mesma postura que a Comissão Estadual de Negociação, liderada pela Associação Paulista de Medicina (APM), tem praticado. Já conseguimos a recomposição de parte dos valores de consultas e seguiremos na luta

para que isso também se estenda aos procedimentos, de maneira que os médicos sejam remunerados com dignidade por seu trabalho. A ideia é dialogar ainda mais para avançar. E sobre a abertura de escolas médicas e avaliação dos recém-formados? A SMCC pretende manter a parceria com o CREMESP? A SMCC já apoia a iniciativa do CREMESP em transformar o exame de egressos semelhante ao já realizado pela OAB. É sabido que o programa Mais Médicos fez multiplicar as escolas médicas. Com isso, muitas destas novas escolas médicas não foram criadas a partir da capacidade do Sistema Único de Saúde de absorvê-las, mas da procura por vagas e interesse do mercado de educação, forte financiador de campanhas políticas. Tomamos como entendimento a mesma posição da APM. Estas escolas médicas recém-criadas estão longe de concentrar-se nas áreas de acesso problemático, a maioria tem projetos pedagógicos isolados, sem dispor de corpo docente qualificado ou cenários de ensino-aprendizagem. Como afirmou em seu posicionamento o atual presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, estes profissionais tem formação insuficiente e representam grave risco à saúde da população. Por isso, a defesa da avaliação criteriosa e obrigatória, para que apenas os graduados com comprovada capacidade técnica sejam registrados e possam exercer a Medicina.

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clube de campo

Clube de Campo inaugura cozinha equipada com produtos líderes de mercado

C

om equipamentos de alta qualidade e de marcas que lideram o mercado, a cozinha do Clube de Campo da Sociedade de Medicina foi entregue no início do ano. O primeiro evento piloto da nova estrutura para eventos do Clube foi realizado com sucesso: o almoço de confraternização da Unimed Campinas em janeiro deste ano, na ocasião da inauguração do novo Hospital. Foram recebidos 120 convidados. Graças a assessoria de profissionais experientes na área de eventos e uma rígida negociação por parte da Comissão responsável pela reforma do Clube, nesta tarefa liderada pelo ex-presidente Clovis Acurcio Machado, o ambiente foi entregue por um custo muito menor que o projeto original. “As negociações foram intensas e acompanhamos dia a dia as instalações. O almoço inaugural foi um sucesso!”, comemorou Dr Clovis. Os colaboradores da SMCC também se esforçaram para entregar as instalações a tempo do evento da Unimed. E foi um sucesso, confirmado pela satisfação dos convidados. Um excelente teste para todos da Direção. “Fizemos um grande esforço para instalar uma cozinha com excelência para o Clube. Queremos que ele se torne uma referência para eventos”, comentou a presidente Dra. Fátima Bastos. O especialista responsável pela equipe da Mix Cozinhas que projetou as instalações, Gustavo Terrini, falou da infraestrutura. “O espaço é excelente, sem contar que ainda existe uma sala ao lado da cozinha que pode se transformar em um setor de montagem e acabamentos de pratos. O local foi bem planejado e conta com áreas separadas para lavagem de pratos e panelas bem como pias para higienização de alimentos”.

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Instalações Dependendo da variedade do cardápio, a nova cozinha atende eventos para até 500 pessoas. O que permite aos associados e convidados usufruir plenamente o Casarão para eventos de vários portes. Entre os equipamentos estão freezers e refrigeradores, fogão industrial, chapa industrial, forno industrial a gás de lastro, fritadeira elétrica, mobiliários em aço inox e coifa para exaustão. Tecnologia O forno de lastro, por exemplo, é um equipamento de rápido aquecimento, alta produtividade e ótima qualidade de cocção. Sua construção em aço inoxidável interna e externamente, facilita a higienização e atende as normas de segurança alimentar. Bastante prático, o equipamento pode ser usado tanto para assar carnes, bolos, pães e até pizza diretamente na pedra refratária.


5ª DISTRITAL

5° Distrital sob novo comando de médico de Campinas

O

médico ortopedista, duas vezes presidente da SMCC, Dr. Clovis Acurcio Machado, é o novo Diretor da 5° Distrital. O novo Diretor prevê atividades para integrar os municípios e as regionais que compõe a Distrital. Diversas novidades estão sendo planejadas, como alguns eventos que passarão a ser regionais e expansão dos prêmios científicos promovidos pela SMCC para os associados e faculdades da regional já a partir do ano que vem. Em evento, em Campinas, com a presença do Presidente da FIESP e do SEBRAE-SP, Paulo Skaf, a APM foi representada durante a assinatura de um Termo de Parceria do SEBRAE para a instalação de um posto de atendimento. A Distrital tem como um de seus novos projetos auxiliar médicos que queiram empreender.

As Distritais De acordo com o Estatuto Social da APM existe no Estado de São Paulo 75 regionais, organizadas em 14 distritais. A 5° Distrital correspondente a região de Campinas e possui 11 regionais. Em cada região distrital existe um conselho distrital que é composto pelo diretor distrital. Assim, as distritais têm por objetivo e função realizar estudos sobre os assuntos que envolvem a classe médica da região, buscando enfrentar os desafios que se impõem aos profissionais médicos e a sociedade. São promovidas também ações em prol da comunidade da regional. Um exemplo são os mutirões de saúde e campanhas de conscientização ligadas à saúde. “Como nem sempre é possível a APM estar presente nas regionais, talvez pela logística de distância no Estado de São Paulo e dificuldades do dia a dia, as regionais são agrupadas e distribuídas em distritais para facilitar a comunicação, buscando solucionar problemas existentes”, completou Dr. Clovis Machado, ao explicar a importância do trabalho das regionais.

São José do Rio Pardo São João da Boa Vista

Mogi Guaçu Mogi Mirim Itapira Amparo Bragança Paulista Valinhos

Campinas Indaiatuba

Jundiaí

Dr. Clovis Acurcio Machado e Paulo Skaf em evento em Campinas

“O objetivo da Distrital é fazer o “elo” de Comunicação com a APM no sentido de melhorar o atendimento as demandas das regionais sempre com o objetivo de fortalecer o associativismo médico”, disse Dr. Clovis.

Presidentes de Regionais APM reunidos em encontro na SMCC em Dezembro de 2017

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Espaço Colaboradores Lorem ipsum

A SMCC reconhece a dedicação e o trabalho de seus colaboradores. Por isso, reserva aqui um espaço para o associado conhecer cada um dos profissionais ligados direta ou indiretamente ao atendimento. Nesta edição conheça os funcionários do Departamento Financeiro / Administrativo.

Danielle de Mauro Vanconcellos Departamento Administrativo/Financeiro Formada em Ciências Sociais pela UNICAMP e MBA na UFMT trabalha há três anos na entidade. Mas antes, durante dez anos trabalhou como gerente de banco. Como é muito ativa consegue se dividir entre os filhos, a casa e ainda é voluntária, capacitando mulheres para o mercado de trabalho. financeiro@smcc.com.br

Para entrar em contato com o Departamento Financeiro / Administrativo, você também pode usar os seguintes canais: WhatsApp: 19 99159-6620 Telefone da SMCC: 19 3231-2811

Alexandra Rabelo Sales Departamento Financeiro (Faturamento) Trabalha na SMCC há quatro anos e há um ano foi promovida para o faturamento. Nas horas vagas é bailarina. Uma das características mais marcantes desta profissional é a forma positiva como encara a vida. Está sempre com um sorriso no rosto e acaba cativando a todos. faturamentos@smcc.com.br

Mariana Rodrigues Departamento Administrativo (Cadastramento) Há dois anos na SMCC, entrou como recepcionista e logo foi promovida para o setor de cadastro. Quer trabalhar e se formar em RH. Por ser muito divertida se dá bem nas aulas de teatro que faz na Igreja onde é voluntária em projetos sociais voltados para moradores de rua. secretaria@smcc.om.br

VOCÊ SABIA? Que o índice de inadimplência das mensalidades da SMCC caiu de 18,78%, em Setembro/2014, para somente 3,63%, em Dezembro/2017? Resultado do excelente trabalho da Equipe SMCC no controle e cobrança de faturas. Já o índice de inadimplência do plano de saúde está praticamente zerado.


Espaço Acadêmicos

Que residência é a minha? “Definitivamente não é somente na graduação que o aluno consegue entender qual especialidade seguir. Nem para alguns que já passaram pelos estágios de cada especialidade é possível, na maioria dos casos, ter informações ou alguma vivência suficientes para identificar qual seria a mais adequada a seguir”. A afirmação vem de uma estudante de medicina que está na coordenação do Departamento Acadêmico da SMCC e organiza junto com uma equipe de acadêmicos a II FEIRA DE ESPECIALIDADES SMCC nos dias 13 e 14 de abril. Isabella Aoki sabe bem do que está falando, não apenas por estar neste processo. Ela tem conversado com alguns alunos e sentido as dificuldades. “Com certeza faltam muitas informações de vários assuntos que serão abordados na Feira, como o cotidiano de cada área. É totalmente diferente gostar de cirurgia e estar disposto a encarar a vida de um cirurgião, ou de um residente nessa área”, contou. Diante desta realidade a II FEIRA DE ESPECIALIDADES deste ano foi planejada com a ajuda dos próprios estudantes. Em uma pesquisa entre alunos das três faculdades de Medicina de Campinas: PUCC, UNICAMP e São Leopoldo Mandic foram questionadas quais especialidades gostariam que fossem abordadas. A partir daí, foram selecionadas as especialidades mais votadas que integrarão o evento. Outra novidade é o período da Feira. No dia 13 de abril (sexta-feira) o evento ocorrerá apenas à noite e no dia 14 (Sábado) durante a manhã. As palestras irão abranger questões decisivas na escolha da residência, como: demanda de trabalho, salário médio, qualidade de vida e cotidiano de cada área. Cada especialidade será abordada na visão de um médico especialista, já formado e com experiência na área, e também de um residente, para que os acadêmicos possam compreender não apenas a vida do médico pós-residência, mas todo o processo. “O principal objetivo é ajudar os acadêmicos de medicina na escolha de qual caminho seguir após a faculdade. Escolhemos grandes nomes em cada área para palestrar, será um evento de altíssimo nível!”, comentou entusiasmada Isabella. Os estudantes poderão escolher, durante o segundo dia, quais palestras assistir, pois serão simultâneas. A ideia é tornar o evento o mais dinâmico possível. No final das palestras, os participantes poderão participar de um coffee-break e haverá sorteio de brindes.

Segundo Dr. Julio Cesar Narciso Gomes, Diretor Científico da SMCC, “Esta iniciativa do nosso Departamento Acadêmico ajuda os alunos num momento muito especial de sua formação que é a escolha de suas carreiras médicas. Desta forma, assim como na primeira edição do evento, em 2016, a SMCC presta um serviço para todas as faculdades de Campinas e até de cidades mais distantes.”

Alexandre Czezacki, Suzana Shinomia, Isabele Akemi e Isabella Aoki durante posse do Departamento Acadêmico SMCC Enviar e-mail para cientifico@smcc.com.br com nome completo, e-mail, telefone para contato, numero de RG e CPF, Instituição de ensino e período do curso (semestre que cursa).

Ainda não é um associado acadêmico da SMCC? Ser um associado acadêmico é simples e rápido. Preencha a ficha de associação disponível no site www.smcc.com.br e ganhe isenção nas 3 primeiras mensalidades para envio de seu trabalho. Além disso, terá acesso a cursos da entidade, além de desfrutar de benefícios como Clube de Campo, festas e (promoção por tempo limitado)

II Feira de Especialidades 1° Dia Dia 13/03 - das 19h as 23h Palestras em duas grandes vertentes da medicina: Clínica médica e cirurgia geral. 2° Dia Dia 14/03 - das 8h30 as 12h Palestras das especialidades: Cardiologia, Cirurgia do Trauma, Ginecologia e Obstetricia, Psiquiatria, Pediatria, Medicina Intensiva e Neurologia. Associado SMCC...................................... Gratuito Não Associados da SMCC...................... R$ 30,00

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classimed aluga-se Alugo salas por período parcial ou integral para área da saúde, salas amplas e decoradas, no Cambuí. Recepção com secretária, estacionamento, segurança eletrônica. Ligue para 19 99162.1630 Alugamos salas mobiliadas ou para mobiliar integrais/ por período para profissionais da saúde. clínica legalizada ac + PABX + sala +recepção + espera + brinquedoteca +copa Rua Camargo Paes - Jd. Guanabara. Falar com Mário 19 99796.0708 / 99794.2444 Aluga-se sala montada em clínica com toda infra-estrutura, secretária e estacionamento em prédio novo. Clínica nova. Período da tarde. Ligue para 19 3273.1041 Alugo conjunto de salas na Rua Barata Ribeiro, 53 - 1º andar conjunto 11. Obs: Aluguel só para áreas da Saúde Informações com Wilson pelo telefone 19 99187.6950

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agenda* *programação sujeita a alteração sem aviso prévio

Passarinhada Mirim SMCC “Em busca da Tuca” Oficina de Reconhecimento de Aves nativas orientada por especialistas Data: 18/03 das 08h30 às 12h30 Local: Clube de Campo SMCC Inscrições: eventos@smcc.com.br Tel. (19) 3231-2811 WhatsApp: (19) 98959-9982 Evento gratuito, inclusive para convidados Vagas limitadas CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE SMCC/HEMOCENTRO Data: 04/04 das 8h30 às 12h00 Local: Sede da SMCC Obrigatório apresentar documento oficial com foto II Feira de Especialidades Data: 13 e 14/04 Local: Sede da SMCC Inscrições: cientifico@smcc.com.br


enoturismo

Vinho & Turismo: uma harmonização perfeita!

É

com muita satisfação que inauguramos esse espaço de cultura e informação, ajudando vocês a conhecer um pouco mais sobre o maravilhoso mundo do vinho. E nada melhor que falar desse assunto aliado às atrações turísticas das regiões produtoras. Ao longo das próximas edições, iremos explorar as principais regiões produtoras do mundo: desde os países mais tradicionais do Velho Mundo como França, Itália, Espanha, Portugal até os recentes destaques do Novo Mundo como Argentina, Chile, Estados Unidos, Austrália e até o nosso Brasil! Cada um deles

com sua identidade e atrações turísticas ímpares. Traremos informações sobre diferentes tipos de vinho: tintos, brancos, rosés, espumantes, de sobremesa, fortificados... e sobre as uvas viníferas: desde as mais famosas até as menos conhecidas. Mas não estaremos sozinhos. Junto conosco temos a honra de contar com a parceria da ABS-Campinas (Associação Brasileira de Sommeliers) uma das mais respeitadas entidades desta área no país, através de seu presidente, Bruno Vianna, e do médico e ex-presidente da ABS, Dr Miguel Hatsumura, associado da SMCC.

Bruno Vianna, DipWSET Presidente da ABS-Campinas Professor, Jornalista de Vinhos Jurado, Consultor e Palestrante em Vinhos

Miguel Hatsumura Médico Cardiologia e Cir. Cardiovascular Associado SMCC

É engenheiro eletrônico e mestre pela Poli, com MBA pela FGV, onde foi também professor. Foi aluno de Medicina na USP, mas no segundo ano decidiu abandonar o curso para seguir Engenharia. Curiosamente, casou-se com uma colega da Poli, que largou a Engenharia para se tornar Médica G.O. Fundador da ABS-Campinas em 2002, já exerceu a presidência da entidade por 12 anos, sendo professor no Curso de Sommelier Profissional e nos diversos cursos para amadores. Conquistou em Londres o Diploma do WSET (Wine & Spirits Education Trust) em 2017, qualificação preparatória para o Master of Wine e atingida por apenas 9 mil pessoas no mundo, tendo sido o décimo brasileiro a obter esta certificação. Atua como jurado em concursos e avaliações de vinhos e consultor internacional. Jornalista de vinhos, escreveu colunas em jornais e revistas por vários anos e apresentou programa semanal de vinhos na TV.

Formado em Medicina pela UNICAMP em 1969, se especializou em Cirurgia Cardiovascular e Cardiologia pela mesma faculdade, onde também lecionou. Desde 1971 elegeu o vinho como bebida preferencial. O interesse pelo vinho levou à busca de conhecimentos através da leitura de livros e revistas. Realizou o Curso Básico de Vinhos em Campinas sob orientação de João Valduga em 1997. Presente na Assembleia de fundação da ABS-Campinas, em 2002, foi presidente da entidade na gestão 2010/2012 e vice-presidente de 20014/2017, tendo exercido outros cargos de diretoria ao longo dos últimos anos. Realizou dezena de cursos especializados em vinhos e outras bebidas, dá aulas em cursos e confrarias e participou de inúmeros eventos, vários deles direcionados ao público médico. Atua como jurado em concursos e avaliações de vinhos e consultor.

ABS-CAMPINAS A ABS-Campinas (Associação Brasileira de Sommeliers) é uma entidade sem fins lucrativos, mantida com trabalho voluntário de seus diretores, com o objetivo de divulgar a cultura do vinho em Campinas e região. A ABS é a única entidade brasileira filiada à Association de la Sommellerie Internacionale (ASI) e é reconhecida no Brasil como a melhor fonte de conhecimento – isenta de interesses comerciais – sobre vinhos de todo o mundo.

A ABS promove cursos de formação, como o de Sommelier Profissional, reconhecido internacionalmente, e oferece também vários cursos para apreciadores de vinhos, incluindo básico e avançados, além de experiências diferenciadas em degustações, confrarias, palestras e jantares harmonizados. Além disso, são organizadas viagens enogastronômicas às principais regiões produtoras do mundo, com visitas técnicas às principais vinícolas. Através de seus parceiros, oferece aos associados descontos em lojas de vinhos e isenção de taxa de rolha nos Restaurantes Amigos da ABS.

Próximos Cursos ABS-Campinas: Sommelier Profissional – 09/03 a 02/09/18 (um fim-de- semana intensivo por mês) Curso Básico de Vinhos – 10/05 a 14/06/18 (às quintas-feiras, uma noite por semana) janeiro/fevereiro 2018 | Revista Medicação | 19


Prêmios Científicos SMCC 2018 Reconhecimento aos pesquisadores de Campinas e Região

P R Ê M I O M É R TO

CIENTÍF Co S M C C 2 01 8

Para médicos associados à SMCC ou ligados às Faculdades de Medicina de Campinas até R$ 6.000,00 em prêmios para os melhores trabalhos

P R Ê M I O M É R TO

AcadÊm co S M C C 2 01 8

Para acadêmicos de medicina associados à SMCC até R$ 2.000,00 em prêmios para os melhores trabalhos Torne-se um associado acadêmico SMCC e inscreva seu trabalho para ganhar isenção nas 3 primeiras mensalidades! (promoção por tempo limitado)

Trabalhos realizados entre 2010 e 2018 Realização Apoio: Faculdade de Medicina PUC Campinas

Inscrições (até 18/03/2018) e Regulamento: www.smcc.com.br/premios Informações: cientifico@smcc.com.br | )3231.2811


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