Edição Março/Abril 2018 - Órgão Oficial da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas
reportagem especial
As estatísticas do trânsito O impacto bilionário no Sistema de Saúde Quem são as vítimas fatais? entrevista
Novo presidente da Unimed Campinas, Dr João Lian Jr. destaque
II Feira de Especialidades reúne mais de 100 acadêmicos na SMCC
Conheça os homenageados do Prêmio Paes Leme 2018 Biólogos identificam + de 60 espécies de pássaros no Clube de Campo
sumário EDITORIAL
03 SMCC, Eventos e Parcerias A Presidente da SMCC, Dra Fátima Bastos conta novidades sobre a entidade
OPINIÃO
04 Coluna – Destaque Científico Olhar crítico sobre os efeitos adversos dos IBPs pelo especialista Marcelo A. Camargo
05 Departamento Jurídico / Defesa Profissional O Segredo Médico SMCC contra o aumento do ISSQN
06 Coluna – Medicina Baseada em Evidências Níveis e Qualidade de Evidências Científicas na Literatura
MEMÓRIAS SMCC
07 Passagens Históricas da SMCC Nesta edição: O Clube de Campo de 1979 a 2018
SMCC ACONTECE
08 e 09 Os Principais Eventos Realizados ou Apoiados pela SMCC CAPA 10 Reportagem Especial: O Impacto dos Acidentes de Trânsito para a Saúde A realidade do trânsito no Brasil, as ações do Movimento Maio Amarelo e o programa de prevenção em Campinas que conscientiza jovens quanto às consequências da direção irresponsável
SMCC ENTREVISTA
14 Novo Presidente da Unimed Campinas: Dr João Lian Jr Nesta entrevista exclusiva os desafios da nova gestão da Cooperativa, o novo cenário da Saúde Privada em Campinas e a parceria com a SMCC
CLUBE DE CAMPO
16 Passarinhada ajuda a revelar a fauna do Clube Biólogos identificam mais de 60 espécies residentes na mata do Clube de Campo
5º DISTRITAL
17 Parcerias entre as regionais da APM Projetos da SMCC podem beneficiar associados de outras regionais fortalecendo a região
ESPAÇO COLABORADORES
18 Conheça nossa Equipe Nesta edição os colaboradores do Departamento Jurídico da SMCC
ESPAÇO ACADÊMICO
19 Cobertura da II Feira de Especialidades O evento idealizado pelo DA SMCC que orienta os alunos sobre as especialidades médicas que pretendem seguir foi um sucesso
NOTÍCIAS
20 Conheça os Homenageados do Prêmio Paes Leme 2018] 21 SMCC participa do 11º Congresso Paulista de Educação Médica ENOTURISMO
22 Espaço dedicado ao Vinho & Turismo Vinhos de São Paulo, Minas e Goiás surpreendem com nova técnica
AGENDA SMCC & CLASSIMED
23 Confira eventos e os classificados disponíveis
02 | Revista Medicação | março/abril 2018
Edição março | abril/2018 Fundada em 1º de Dezembro de 1925 Filiada à Associação Paulista de Medicina Órgão de Utilidade Pública: Lei Municipal 04966/1979 Lei Estadual nº 6/1981 Rua Delfino Cintra, 63 • Centro • 13013-055 Campinas, SP • Fone/Fax: (19) 3231-2811 smcc@smcc.com.br | www.smcc.com.br sociedademedicinacirurgiacampinas Diretores Presidente Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos | 1º Vice Presidente Dr. José Roberto Franchi Amade | 2º Vice Presidente Dr. Waldir Favarin Murari | Secretário Geral Dr. Carlos Augusto Reis Oliveira 1º Secretário Dr. Sergio Masini Alarcon | Dir. de Finanças e Patrimônio Dr. Walter Maleronka | Dir. de Finanças e Patrimônio Adj. Dr. Luiz Inácio Quaglia Passos | Dir. Científico Dr. Julio Cesar Narciso Gomes | Dir. Científico Adj. Dr. Jorge Carlos Machado Curi | Dir. Eventos Dra. Carmen Sylvia Ribeiro | Dir. Eventos Adj. Dr. Irineu Francisco Debastiani | Dir. Administrativo Dr. Marco Aurélio Bussacarini | Dir. Administrativo Adj. Dr. Antonio Cesar Antoniazzi | Dir. Comunicação e Marketing Dr. Marcelo Amade Camargo | Dir. Comunicação e Marketing Adj. Dra. Andrea Dias T. Momente Dir. Defesa Profissional Dr. Flavio Leite Aranha Junior Dir. Defesa Profissional Adj. Dr. Ricardo Antônio Araújo Dir. Sede de Campo Dr. Donizete Cesar Honorato Dir. Sede de Campo Adj. Dr. Silvio Luis de Oliveira Delegados APM Dr. Francisco A. Fernandes Neto | Dr. Mauro Duarte Caron Dr. Sandor Dosa Acras | Dra. Silvia Helena R. Mateus Conselho Fiscal Dr. José Jorge Facure | Dr. José Martins Filho | Dr. Antonio Vanderlei Ortenzi | Dr. Arlindo N. de Lemos Junior | Dr. Eugênio Sergio Riani Casanova | Dr. Marco Antonio Beluzzo Comissão Editorial Dr. Marcelo A. Camargo | Dra. Fátima Maria Ap. F. Bastos | Dra. Carmen Sylvia Ribeiro | Dr. Julio Cesar Narciso Gomes | Carolina Rodrigues Stela Maia | Branca Braga Editor-Chefe: Dr. Marcelo A. Camargo Jornalista Responsável: Carolina Rodrigues (MTB 44791/SP) Fotos: Branca Braga Assistente de Comunicação: Branca Braga Projeto Gráfico: Skanner Projetos Gráficos Tiragem: 3.000 exemplares Periodicidade: Bimestral A revista não se responsabiliza pelo conteúdo das matérias assinadas, entrevistas e nem pelos anúncios veiculados.
Editorial
SMCC, Eventos e Parcerias
P
rezados Colegas,
Ao receber a segunda edição da nossa Revista MedicAção neste ano, reafirmamos um de nossos principais objetivos que é levar aos nossos associados maior prestação de serviços e conteúdo através dos canais de comunicação da entidade. Como podem notar, a SMCC está se renovando e adquirindo uma nova dinâmica ano após ano. Este trabalho vem sendo realizado com muito planejamento e profissionalismo. Os artigos dos colaboradores e profissionais da SMCC tratam, nesta Edição, de temas pertinentes a nossa rotina como o Sigilo Médico, uso prolongado dos Inibidores de Bomba de Prótons – medicamento muito prescrito por quase todas as especialidades – e na série de artigos sobre Medicina Baseada em Evidências, um olhar sobre os níveis e qualidade das evidências científicas. Já no campo institucional, buscando melhores condições para todos os médicos em nossa região, participamos nos últimos meses de reuniões junto ao SINDHOSP e outras entidades relevantes de nossa cidade, a fim de protestarmos junto ao poder público contra o alto custo e impostos que incidem sobre prestadores de saúde, entre eles o ISSQN, que sofreu grande reajuste da alíquota para a nossa atividade. Graças a esta ação, uma Comissão de Estudos foi montada incluindo representantes da SMCC. Assim poderemos lutar em prol de nossa categoria. O novo presidente da Cooperativa Unimed Campinas, Dr. João Lian Jr., nos concedeu uma entrevista exclusiva e iniciaremos um planejamento de ações conjuntas para fortalecer o vínculo entre a Cooperativa e a Sociedade. Anunciamos os dois médicos e a instituição homenageados deste ano pelo Prêmio Paes Leme. A escolha, mais uma vez, privilegiou figuras que contribuíram significativamente com a sociedade civil ou a área médica. Para nós, uma honra tê-los por perto para trocar experiências e conhecimento. Uma grande notícia foi o recorde de trabalhos inscritos nos Prêmios Científicos da SMCC este ano. A SMCC é entidade médica pioneira no reconhecimento dos pesquisadores em nossa região e premia anualmente os melhores trabalhos científicos de médicos e acadêmicos com valores em dinheiro e divulgação dos artigos. O maior interesse nos prêmios valida nossos esforços e motiva a continuidade de ações em prol dos acadêmicos e médicos pesquisadores. Os Prêmios Científicos já são uma tradição em nossa cidade, contudo, planejamos para a próxima edição a participação de algumas regionais que fazem parte da 5ª Distrital da APM. Assim, ampliaremos o papel de liderança da SMCC em incentivar, difundir e propagar a Ciência na área médica. Outra boa notícia é a parceria com o grupo Royal Palm Hotels & Resorts, que viabilizou a realização do Baile do Médico da SMCC no mais novo e grandioso espaço de eventos de Campinas: o Royal Palm Hall. Não perca esta festa! A SMCC terá ainda intensa participação na programação das ações do Movimento Maio Amarelo, juntamente com faculdades, instituições e órgãos governamentais. E por falar em Faculdades, um grande plano de ações voltadas para os jovens está iniciando, incluindo, ainda este ano, uma Olímpiada Acadêmica inovadora, com avaliações teóricas e ações em ambientes simulados. Estamos felizes em anunciar que mais novidades estão a caminho. Após as autorizações necessárias para começar a explorar o novo espaço de eventos na Sede de Campo, em breve, a Sede Social, no Centro de Campinas, receberá melhorias que trarão ainda mais conforto e segurança para as atividades e associados. Ainda são muitos os desafios pela frente, mas dia a dia nosso trabalho revela o empenho e esforço pelo bem do associado e, através do reconhecimento, ganhamos fôlego para ir além. Em breve divulgaremos novos projetos! Aguardem! Uma boa leitura! Dra. Fátima Bastos Presidente da SMCC março/abril 2018 | Revista Medicação | 03
Coluna Destaque Científico
Inibidores de Bomba de Prótons: Heróis ou Vilões? Dr. Marcelo A. Camargo Os Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) estão entre os medicamentos mais prescritos em longo prazo em toda a Medicina. O uso de IBPs em adultos nos EUA dobrou entre 1999 e 2012 e durante o mesmo período, o número de estudos relatando efeitos adversos dos IBPs também duplicou. Embora todos os IBPs sejam geralmente bem tolerados, com um perfil de segurança muito favorável, estudos recentes sobre o uso prolongado de IBPs apontaram potenciais efeitos adversos, sendo que os principais estão apresentados no quadro abaixo. Como resultado, muitos profissionais estão buscando orientação para saber se os pacientes que têm usado IBPs cronicamente devem restringir seu uso. Contudo, a ampla divulgação dada a alguns destes estudos pela imprensa leiga (às vezes até de forma midiática) e o boca-a-boca entre pacientes nos trouxe rapidamente para um cenário muito peculiar: pacientes cada vez mais temerosos e médicos que suspendem o uso de IBPs inadvertidamente sob o pretexto de “proteger” seus pacientes, alguns baseados apenas no que “ouviram dizer” ou leram na mídia não especializada. Curiosamente, o risco de demência e neoplasia gástrica são as justificativas que mais se ouve nos consultórios dos especialistas para interromper o uso de IBP, justamente as situações em que comprovadamente não há nenhuma relação significativa. O fato é que a maioria dos dados é baseada em resultados de estudos observacionais retrospectivos, que têm vieses inerentes a esta modalidade de estudo, risco para variáveis confundidoras e incapacidade de demonstrar uma relação causal definida. Por exemplo, alguns desses estudos sugerem aumento do risco na população idosa. É sabido que o uso de IBPs é particularmente prevalente em idosos (pessoas > 60 anos têm 3,5 vezes mais chance de estar usando IBPs). Porém, essa população reúne diversas outras características inerentes que elevam o risco para outras patologias, como: idade avançada e menopausa (maior risco de osteoporose); maior prevalência de diabetes e hipertensão EFEITO ADVERSO Hipomagnesemia Deficiência de Ferro e Vit B12 Diarreia por Clostridium difficile Doença Renal Crônica Fraturas Ósseas Demência Pneumonia (Comunitária) Neoplasias Gástricas
QUALIDADE DA EVIDÊNCIA Baixa Baixa Baixa Muito Baixa Baixa ou Muito Baixa Muito Baixa Muito Baixa Muito Baixa
(risco para infecções e doenças renais); casos de depressão, acidentes vasculares cerebrais e polifarmácia (podem ser confundidos com demência). Outro exemplo é a sugerida associação do IBP com o risco de neoplasia gástrica, alardeada por diversos meios de comunicação no ano passado. A observação foi feita em uma população usuária crônica de IBP, a qual inclui justamente os pacientes com gastrites crônicas, que possuem risco maior para neoplasia gástrica. Outras publicações já rebateram esses dados. Através dos Critérios de Bradford-Hill (concebidos para fornecer uma estrutura para determinar a probabilidade de causalidade entre uma exposição e um desfecho) é possível levantar fortes dúvidas a respeito da associação dos IBPs com os vários efeitos adversos sugeridos por estes estudos. Conclui-se, então, que a maioria das evidências publicadas é INADEQUADA para estabelecer uma associação DEFINITIVA entre o uso de IBP e o risco de desenvolvimento de efeitos adversos graves. Torna-se impossível provar definitivamente se o IBP ou se os fatores que levaram ao uso de IBP causaram o desfecho. As associações são, em geral, leves a moderadas (Risco Relativo entre 1 e 2), mas não provam CAUSA e EFEITO. Ao final estão algumas excelentes revisões como sugestão de leitura. Apesar das indicações para uso de IBP serem bem definidas, o maior problema, infelizmente, é o seu uso indiscriminado seja através de automedicação ou prescrição imprópria. A baixa qualidade de algumas formulações, orientações de uso incorretas e fácil acesso ao medicamento somam-se ao uso crônico feito sem nenhum critério numa enorme parcela dos casos. Ainda é possível que novos estudos sugiram mais fortemente uma relação causal em algumas situações. Dada a atual incerteza, a melhor estratégia para mitigar os riscos potenciais dos IBPs em longo prazo são prescrevêlos apenas quando houver indicação e tentar reduzí-los para menor dose e pelo menor tempo possível. Ao descontinuar os IBPs, devem-se considerar as estratégias de redução da droga e saber diferenciar eventuais recidivas de sintomas por um efeito rebote da retirada da medicação daquelas recidivas relacionadas à doença de base. Na dúvida, referencie a um especialista. Dr. Marcelo Amade Camargo Graduação, Residência e Especialização pela FCM-UNICAMP Titular Especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Coordenador do Departamento de Endoscopia da SMCC OBSERVAÇÕES Trabalhos sugerem monitorar níveis de Mg* (ainda mais se uso de diuréticos) Trabalhos sugerem monitorar HMG cada 2 anos e níveis de B12 cada 5 anos.* Relação Controversa. Recomenda-se apenas uso criterioso de ATB. Trabalhos sugerem monitorar função renal anualmente.* Não há relação comprovada. Seguir os screenings populacionais. Não há relação comprovada. Não há relação comprovada. Não há relação comprovada.
*A American Gastroenterological Association não recomenda o monitoramento laboratorial de rotina ou o uso de qualquer suplementação mineral em pacientes tratados regularmente com IBP. Mg = Magnésio, HMG = Hemograma, B12 = Vitamina B12, ATB = Antibióticos Leitura Sugerida: 1. Discontinuing Long-Term PPI Therapy: Why, With Whom, and How? Am J Gastroenterol. 2018 Apr;113(4):519-528. Review. 2. Advantages and Disadvantages of Long-term Proton Pump Inhibitor Use. J Neurogastroenterol Motil. 2018 Apr; 24(2): 182–196. 3. The Risks and Benefits of Long-term Use of Proton Pump Inhibitors: Expert Review and Best Practice Advice from the American Gastroenterological Association. Gastroenterology. 2017 Mar;152(4):706-715. Review. 4. Proton Pump Inhibitors: Review of Emerging Concerns. Mayo Clin Proc. 2018 Feb;93(2):240-246. Review. 5. Safety of Long-Term PPI Use (from The Medical Letter on Drugs and Therapeutics - September 26, 2017). JAMA. 2017;318(12):1177–1178.
04 | Revista Medicação | Março/abril 2018
Departamento Jurídico / Defesa Profissional
O Segredo Médico Márcia Conceição Pardal Côrtes Lucas Selingardi
SMCC contra o aumento do ISSQN Dr. Flávio Leite Aranha Júnior
O segredo ou sigilo médico é uma das características mais acentuadas da profissão médica, além de ser objeto de inúmeras discussões. Ademais, sua fundamentação possui origem no Juramento de Hipócrates que discorre “tudo o que possa ver ou ouvir durante o tratamento ou fora dele no que respeita à vida dos homens, que de forme alguma deva ser divulgado, o calarei e conservarei como segredo”. Na verdade, o segredo médico resguarda a vida privada e intimidade do ser humano, além de ter como fundamento constitucional o princípio da dignidade da pessoa humana. Em suma, estamos diante de um tema com ampla proteção jurídica. Os médicos e demais profissionais que tenham acesso às anotações do prontuário possuem a obrigação de manter o sigilo do teor ali exposto (dados pessoais, anamnese, exame clínico, prescrições, terapia adotada, exames, diagnósticos, processos clínicos, doenças) e ainda, em caso de descumprimento, poderá haver o questionamento disciplinar perante o Conselho Regional de Medicina ou o questionamento judicial sobre a questão. Embora haja a previsão do sigilo profissional é importante entender que este não é absoluto, pois o médico poderá fornecer informações ou até mesmo cópia do prontuário médico ao próprio paciente ou disponibilizá-lo com a anuência deste em situações especificas ou ainda, poderá apresentar citado documento para sua defesa ou em caso de requisição judicial. Estas são as informações contidas no artigo 89 do Código de Ética Médica: Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem ou para sua própria defesa. §1º Quando requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz. §2º Quando o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o sigilo profissional. Cabe ao profissional médico atentar-se a todas as informações do prontuário ou ficha médica e a guarda de tais documentos para que estes não sejam facilmente acessados. Aliás, a responsabilidade pela guarda do prontuário poderá ser do médico ou da instituição hospitalar. Importante é que a obrigação do segredo médico subsiste tenha ou não havido uma direta prestação de serviço, a qualquer título, ou seja, gratuito ou oneroso. Além de que subsiste após a morte do paciente. As normas jurídicas ao estabelecer o dever de sigilo e garantir a confidencialidade das informações médicas não tem o intuito apenas de proteger a intimidade ou privacidade do paciente, almejam também a proteção da dignidade da profissão e a confiança da sociedade na medicina e nos profissionais da saúde. Frise-se que o segredo médico é uma condição essencial do relacionamento do médico e seu paciente e corresponde a uma presunção de verdade e confiança. Por isso, a infração ou desrespeito ao segredo além de ser imoral e antiético, e passível de sérios questionamentos.
A crise econômica brasileira afetou gravemente o setor da saúde comprometendo sobremaneira a sustentabilidade das clínicas e consultórios médicos. Em Campinas, fomos surpreendidos com o aumento de 150% na alíquota do ISSQN, passando de 2% para 5%, para as empresas prestadoras de serviços de saúde, entre elas os consultórios e clínicas. Esse projeto de lei complementar do ISSQN tramitou no legislativo em tempo recorde, sem consulta pública, sendo aprovada em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores de Campinas no dia 5 de setembro de 2017 e passou a vigorar a partir de janeiro de 2018. A dificuldade econômica no setor da saúde não é assunto novo e o custo assistencial é muito elevado, havendo constante pressão das operadoras para diminuição nos gastos e achatamento dos honorários médicos, congelamento de tabelas, glosas, atrasos de pagamentos e descredenciamentos dos profissionais médicos. Nesse cenário, o impacto financeiro do aumento da alíquota e a impossibilidade do repasse ao consumidor, pois as fontes pagadoras são as operadoras de planos de saúde onde os reajustes estão vinculados aos índices econômicos, contratos e ANS, acabam tornando inviável a continuidade das clínicas e consultórios, obrigando ao fechamento dessas pequenas empresas e demissão dos seus colaboradores, gerando desemprego e desassistência médica. Também é importante esclarecer que nós médicos já pagamos o imposto de pessoa física, configurando portanto uma bitributação. Inicialmente a diretoria executiva da SMCC convocou o vereador Marcos Bernardelli, líder do governo na câmara para discussão e esclarecimentos. Depois, organizamos com o SINDHOSP uma assembléia com várias entidades representativas do setor de saúde para discutir um plano de ação. A primeira reunião aconteceu em 19 de fevereiro de 2018. “Houve ainda reuniões com a participação da da nova Gerente Administrativa da SMCC, Srta. Stela Maia, e da advogada da entidade, Dra. Márcia Conceição Pardal Côrtes. Uma comissão representativa com diretores da SMCC e do SINDHOSP foi recebida pelo vereador Rossini na Câmara que se prontificou a organizar uma reunião com a Secretaria de Finanças de Campinas. No dia 23 de março, com a presença de alguns vereadores da Câmara, foi proposta e aceita em comum acordo, a constituição de uma comissão de trabalho conjunta constituída por representantes da SMCC, SINDHOSP e Secretaria de Finanças para estudar a situação atual da alíquota para os serviços de saúde.
Márcia Conceição Pardal Côrtes | Lucas Selingardi Advogados SMCC
Dr. Flávio Leite Aranha Júnior Diretor de Defesa Profissional da SMCC março/abril 2018 | Revista Medicação | 05
Medicina Baseada em Evidências
Níveis de Evidência Científica na Clínica Dr. Milton Roberto Marchi Oliveira Certas áreas do conhecimento se beneficiaram mais rapidamente das novas metodologias científicas fruto da Revolução Científica (séculos XVI ao XVIII). A física e a astronomia são exemplos evidentes. Mas a Medicina foi beneficiada por pesquisas científicas sólidas apenas mais tarde. O primeiro ensaio clínico aleatorizado e controlado - método investigativo padrão nos experimentos terapêuticos - foi conduzido apenas em 1948, pelo Medical Research Council britânico. Desenhado pelo pesquisador Bradford Hill, expert em estatística, o estudo distribuiu aleatoriamente pacientes com tuberculose pulmonar em 2 grupos: um grupo foi submetido a repouso e outro a repouso associado a tratamento com estreptomicina. Os resultados foram favoráveis de forma inequívoca ao tratamento com o antibiótico. Com o desenvolvimento de novas técnicas e modelos de pesquisa científica clínica, chegamos, aos dias de hoje, a uma ampla variedade de tipos de estudos que não o ensaio clínico. Há que se considerar, contudo, que diferentes métodos investigativos na área clínica são mais ou menos adequados a determinadas situações pesquisadas. Essa “adequação” metodológica implica que determinados tipos de estudo ofereçam graus variados (também conhecidos por NÍVEIS) de EVIDÊNCIA CIENTÍFICA. Dependendo da área clínica que se pretenda pesquisar (Tratamento/Prevenção/Etiologia; Prognóstico; Diagnóstico; Diagnóstico Diferencial/Prevalência de Sintomas) os níveis de evidência entre diferentes modalidades de estudos podem variar. Por exemplo: pesquisas cujo foco seja “Tratamento” têm nos ensaios clínicos aleatorizados maior evidência do que para pesquisas direcionadas para “Prognóstico” - nestas, os estudos de coorte são mais indicados por oferecer maior evidência nos resultados obtidos. Quanto maior o nível de evidência de uma pesquisa clínica, maior é seu valor como fonte de orientação às decisões na prática clínica. O Centro para a Medicina Baseada em Evidências - CMBE - da Universidade de Oxford (Reino Unido) desenvolveu, divulga e atualiza, periodicamente, o seu guia “Níveis de Evidência”. Em sua última grande revisão (2011), ele apresenta 5 (cinco) níveis principais de
relevância científica para a prática clínica, por tipo de estudo, sendo o nível 1 o de maior evidência e o nível 5 o de menor. Existem subgrupos nos níveis 1 (1a, 1b, 1c), 2 (2a, 2a, 2c) e 3 (3a, 3c). O de número 5 inclui publicações como as opiniões de especialistas desprovidas de avaliação crítica ou estudos baseados em disciplinas básicas (estudos fisiológicos ou estudos com animais). Oportunamente, discutiremos em maiores detalhes os vários níveis, as várias áreas clínicas pesquisadas e os melhores estudos para abordá-las. O CMBE sugere que para o dia-a-dia de médicos pode-se simplificar a hierarquia dos níveis de evidência, desde que em situações envolvendo temas relacionados a “Tratamentos”. A sugestão consiste em hierarquizar as publicações científicas na seguinte ordem decrescente quanto ao grau de evidência: 1. Revisões Sistemáticas 2. Ensaios Clínicos Aleatorizados 3. Estudos Coorte 4. Séries de Casos 5. Outros Tipos de Estudos Reforça o CMBE que os níveis de evidência NÃO SE CONSTITUEM EM RECOMENDAÇÕES. Sempre que os efeitos de um tratamento forem suportados pela melhor evidência, devemos considerar pelo menos as seguintes questões, antes de se optar pela terapia estudada: • Há boas razões para se considerar que o nosso paciente é suficientemente semelhante àqueles do estudo em foco? • O tratamento oferece benefícios clínicos relevantes que superam com folga os prejuízos? • Há algum tratamento melhor? • Os valores pessoais e as circunstâncias do paciente são compatíveis com o tratamento? Até a próxima! Dr. Milton Roberto Marchi de Oliveira Médico anestesiologista, com graduação e especialização em Anestesiologia pela Unicamp. Foi Diretor de Comunicação da SMCC. Colaborador do Centro de Ensino e Treinamento (SBA) em Anestesiologia da Casa de Saúde Campinas Possui interesse por temas relacionados à Saúde Baseada em Evidências
Ouça um podcast complementar ao artigo no site da SMCC www.smcc.com.br/noticias
06 | Revista Medicação | março/abril 2018
Memórias SMCC
Clube de Campo, de 1979 a 2018 *
A Sede do Clube de Campo da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) foi conquistada durante o mandato do médico Dr. Edwald Merlin Keppke (01/12/1977 a 30/11/1979), sucessor natural de Rui Ferreira Pires após ser seu primeiro vice-presidente. O terreno foi herdado do bisavô por Paes de Barros que era casado com Tufia Cutait, irmã do médico Daher Elias Cutait que foi diretor do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, professor da USP; considerado o pai da Coloproctologia Latino-Americana. Amigo de Dr. Merlin, então presidente da SMCC, aceitou a proposta de transformar o local em Sede de Campo. O Casarão já existia. Foi construído em homenagem à esposa. Na negociação, os médicos compraram 100 lotes da fazenda e, em troca, a Sociedade ganhou 40 mil metros quadrados de terreno. Merlin foi o primeiro comprador. O próprio se dedicou a telefonar e visitar os amigos para convencer a todos e, assim concretizar o projeto. A inauguração aconteceu em 1º de dezembro de 1979. O Condomínio passou a ser o Bosques de Notre Dame. O Ortopedista e Traumatologista, Roberto Schmidt Neto, foi um dos pioneiros no Clube de Campo. O médico era o primeiro vice presidente da SMCC na época. Deste o dia da inauguração do Clube com a presença do então prefeito em exercício de Campinas, José Roberto Magalhães Teixeira, até os dias de hoje milhares de eventos e confraternizações, memórias e amizades foram feitas no Clube dos Médicos. Importante ressaltar que o primeiro legado deixado para as práticas esportivas e aparelhos instalados foi do Dr Schmidt. Um esportista que sabia a importância de incentivar as várias modalidades como basquete, polo aquático e natação. Vieram desta época a construção do campo de futebol, quadra de tênis e outros equipamentos para esportes. O Clube era a primeira opção entre os médicos para o lazer em família aos finais de semana e feriados. Os anos se passaram e depois de um período de baixa procura o Clube precisava de todo o tipo de reforma. Entre
2010 e 2011 a situação era preocupante. Mofo nas paredes, partes do forro chegaram a cair, além da o telhado com risco de desabamento confirmado por laudo técnico especializado. A interdição causou uma medida definitiva: o encerramento da hospedagem de associados. Não havia também autorização legal para a prática. Uma Comissão de Obras foi montada durante a gestão do Dr. Clovis Machado. Entre 2011 e 2014 foram muitas intervenções desta vez na área externa com a reforma dos quiosques, lanchonete, vestiários, entorno da piscina e até equipamentos do play-ground. Mas, o maior desafio ainda estava por vir: as obras do Casarão. Um prédio centenário que exigiu cuidados. Enfim, a Reinauguração aconteceu em 05 de agosto de 2017 com a presença de quase 500 pessoas. Deu início a uma nova fase das atividades esportivas, recreativas e sociais da SMCC. Agora o Clube é um espaço para eventos com salas multiuso e cozinha profissional para eventos de médio a grande porte. Em dezembro, o primeiro evento piloto da nova estrutura foi um almoço para 120 pessoas em comemoração a Inauguração do Hospital Unimed Campinas. *Trechos do artigo foram extraídos do Livro “SMCC 90 anos na História da Saúde em Campinas: Memórias e Legados” de 2015, autoria de José Pedro Martins, coautor Paulo Cesar Nascimento. Fotos: Gustavo Tillio
março/abril 2018 | Revista Medicação | 07
SMCC acontece
A Inovadora pesquisa para uso da pele de Tilápia
A SMCC recebeu o Médico Dr. Edmar Maciel, cirurgião plástico coordenador da fase clínica da promissora pesquisa sobre o uso da pele de Tilápia para tratamento de queimaduras. A pesquisa inovadora pelo Instituto José Frota (IJF), de Fortaleza (CE), é uma aposta para a maior eficiência, rapidez e menor custo aos tratamentos de queimaduras. O encontro no dia 12/04 promoveu uma rara e interessante troca de experiências entre os médicos e outros profissionais ligados ao tratamento de queimados. O médico Dr. Flavio Nadruz Novaes conduziu o encontro fazendo a moderação dos trabalhos. O profissional é o responsável pelo novo Centro de Queimados em Campinas. Quem auxiliou e deu apoio institucional foi o Departamento de Cirurgia Plástica da SMCC, coordenado pelo Dr. Juliano Pereira.
Sucesso de público em Cuidados Paliativos
Reuniões de Medicina Esportiva O Departamento de Medicina Esportiva da SMCC, coordenado pelo Prof. Dr. Sérgio Piedade segue com a série de encontros temáticos até o final do ano. O evento com caráter multidisciplinar tem sempre três temas ligados a modalidade elencada para o debate e conta com a presença de profissionais, atletas, ex-atletas e médicos especialistas. Os encontros começaram tratando das Corridas, depois Rugby e Basquete. Na lista ainda estão temas como Ginástica, BMX/Ciclismo, Judô/Jiu-Jitsu, esportes aquáticos, Futebol, Tênis, Golfe, além do tema pré-atleta/ex-atleta. A programação completa está no site da SMCC.
O evento +Vida e a SMCC Pelo segundo ano consecutivo, a TV Doutor realizou o +VIDA, na Lagoa do Taquaral, em Campinas, com o apoio da SMCC e Prefeitura. Mais de 1.500 pessoas passaram pelo local no dia 08/4. Foram atendidas mais de 500 pessoas para avaliações clínicas e aferição de índices glicêmicos, de colesterol, pressão arterial e nutrição, de forma gratuita.
doação de sangue Com inscrições encerradas com poucos dias de divulgação, a I Jornada de Cuidados Paliativos foi um sucesso de público e debates, com cerca de 300 inscritos. O evento idealizado pelo Departamento de Clínica Médica da SMCC foi realizado no dia 03/03, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, com participação ativa das Ligas de Tanatologia da UNICAMP, de Clínica Médica da PUCC e da Seção Campinas da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O médico Coordenador do Depto de Clínica Médica e um dos idealizadores da Jornada, Dr. Antônio Antoniazzi, registrou: “Queremos tornar a SMCC um polo de divulgação para as ações em Cuidados Paliativos. Não há hoje uma unidade com excelência, que pense o paciente de forma global. Não é só controlar a dor, trata-se de olhar o todo”. 08 | Revista Medicação | março/abril 2018
A campanha de doação de sangue na sede da SMCC, aconteceu no dia 04/04. Em parceria com o HEMOCENTRO – UNICAMP, a ação contou com pré triagem para aferição da pressão arterial, hemoglobina, peso e temperatura. A Campanha na SMCC ajuda a manter os bancos de sangue. Só o Hemocentro da UNICAMP tem em média a coleta de oito mil bolsas por mês que alimentam os hospitais públicos de Campinas e região.
SMCC acontece
Manifestação contra a corrupção
A Presidente da SMCC, Dra Fátima Bastos, se reuniu com vereadores para discutir redução no ISSQN para médicos. Assunto foi tema da coluna Defesa Profissional (página 05)
Em uma demostração de cidadania, independente do posicionamento político, representantes da SMCC participaram da passeata contra a Corrupção que reuniu no início do mês de abril mais de 6 mil pessoas no centro de Campinas. A presidente da Sociedade de Medicina, Dra Fátima Bastos e o vice-presidente, José Roberto Amade, lideraram o apoio da SMCC aos movimentos por acreditar que os atos de corrupção atrapalham o processo democrático, inviabilizam o desenvolvimento, fragilizam o Estado e limitam as ações da comunidade e para a comunidade.
Novos residentes para a Rede Campinas
Mutirão contra as Doenças Renais
Esta foi a maior ação social já feita pelo Instituto do Rim e Hipertensão de Campinas nos últimos 12 anos. A campanha com o apoio da SMCC, foi realizada pela Clínica Humanitas, Laboratório Vozza e Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Exames foram feitos no Largo do Rosário e Campo Grande. A cantora Sandy vestiu a camisa da campanha. Na sede da Sociedade de Medicina foi promovida a III Jornada Paulista de Prevenção e Tratamento da Doença Renal Crônica, no dia 08/03. O tema dos eventos foi “Valorização, Inclusão e Empoderamento da Mulher e a Saúde dos Rins”. Foram feitos 750 atendimentos com anamnese dirigida para fatores de risco, 400 exames de glicemia, 300 de urina tipo 1 e 170 de creatinina. Orientações de saúde foram repassadas pelos voluntários para quase 5 mil pessoas.
Mídias Digitais e o Médico Quase 100 jovens de vários Estados chegaram em março para integrar a rede de atendimento que compõe o Complexo Hospitalar Ouro Verde e o Hospital Mário Gatti com 250 leitos cada um. As unidades passam por uma reestruturação. A presidente da SMCC, Dra. Fátima Bastos, recepcionou os novos residentes na Prefeitura junto com o Secretário de Saúde, Dr Cármino de Souza, o Presidente do Hospital Mário Gatti e interventor do Complexo Hospitalar Ouro Verde, Dr Marcos Pimenta. Além de diversos médicos responsáveis pelos atendimentos nas unidades.
O tema é atual e tem reservado mais riscos aos médicos do que os próprios profissionais pensam. Com o objetivo de auxiliar na conduta, orientação sobre infração ética e prevenir casos, a SMCC, o CRM e a Comissão da Saúde da OAB Campinas promoveram a palestra “Uso das Mídias Digitais na Área Médica”, no dia 26/04. Participam a Presidente da SMCC, Dra. Fátima Bastos, o Presidente da Comissão de Direito Digital/Eletrônico da OAB-Campinas, Dr. Carlos Alberto Casanova Campos, a Delegada do CRM, Dra. Marisa Broglio e da Comissão de Direito da Saúde da OAB Campinas, Dr. Idalvo Camargo de Matos Filho.
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O custo dos Acidentes para a Saúde Estima-se que ¾ dos leitos são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito O impacto para a saúde é alto! Imaginar que esta quantidade de leitos está ocupada por vítimas de acidentes de trânsito muda o nosso próprio comportamento diante das estatísticas. São pacientes que geralmente necessitam de cirurgias, procedimentos de médio a grande porte, fraturas e que demoram até meses para a alta hospitalar. Os dados são do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Acidentes custaram R$ 4,9 bilhões ao Estado de SP em 2017 O valor se refere ao ano passado, calculado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, responsável pelo Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado (Infosiga). O cáculo segue uma metodologia criada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2006, quando os pesquisadores começaram a levantar depoimentos das vítimas. Foram levantados os custos médios de tempo de internação das vítimas e tipo de veículos envolvidos. O valor dos custos com saúde é o maior do montante. Cirurgião do Trauma, Dr. Thiago Rodrigues A. Calderan é Mestre em Ciências da Cirurgia e Médico Assistente da Disciplina de Cirurgia do Trauma da UNICAMP, membro do Corpo Clínico da CCR AutoBAn. É ainda o Coordenador das ações do Maio Amarelo em Campinas. Segundo ele a experiência com os atendimentos provou que as estatísticas podem ser até maiores. Na rotina dos atendimentos aos traumatizados, as lesões que tem maior porcentagem são os casos de traumatismo de extremidades, como por exemplo fraturas, entorses e luxações, mas também o traumatismo craniano mostra uma grande proporção dos pacientes admitidos com lesões graves”, concluiu Dr Thiago.
MORTES NA RMC (2017) O Infosiga apontou que nos 20 municípios que integram a região foram contabilizadas 397 mortes no ano passado. Campinas (SP), com 155 vítimas fatais, respondeu por 39% dos casos. Em maior número estão os motociclistas e pedestres
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“É muito frequente atendermos pacientes traumatizados com motocicletas, sendo este o mais frequente, porém o trauma acomete quaisquer meios de transporte incluindo os pedestres, sendo frequente atender vítimas de atropelamento e quedas”.
PELO MUNDO Os NÚMEROS da morte no Trânsito
1,25 milhão morrem por ano no mundo de acidentes de trânsito 9° causa de morte e a 1° causa entre jovens de 15 a 29 anos Brasil é o 5° entre os países recordistas de mortes* (*Precedido apenas por Índia, China, EUA e Rússia, e sucedido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito) Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) – ano 2016
P.A.R.T.Y.: sete mil jovens já ficaram frente a frente com um acidentado
Jovens com energia de sobra para as festas; bebidas e drogas à disposição. Diante deles uma vítima de trânsito internada sofrendo as consequências do uso destas substâncias após acidentes de trânsito. A causa e consequência é uma maneira que o programa inspirado em uma iniciativa canadense, o P.A.R.T.Y, entendeu ser mais didático para alertar estudantes de escolas públicas do risco que correm. E assim, reduzir ocorrências. O Programa de Prevenção do Risco de Trauma Relacionado ao Uso de Álcool na Juventude – Edição Brasil (P.A.R.T.Y) é realizado pelas Ligas de Trauma das Universidades há 8 anos com coordenação da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado). Os jovens tem palestras com equipes de resgate e visitam vítimas de acidentes em enfermarias de hospitais como o do Hospital das Clínicas e UTI´s (Unidades de Terapia Intensiva).
Uma cadeirinha para se pensar O transporte de crianças em carros particulares sofreu, como com o uso do cinto de segurança, uma campanha maciça nos últimos anos. Mas, o debate não alcançou os parâmetros ideais de segurança. Não se tem obrigatoriedade no transporte coletivo, por exemplo, para garantir uso de equipamentos eficazes como a cadeirinha. E nos particulares, existem dúvidas sobre as recomendações nacionais diante da realidade pelo mundo. As regras das agências de regulação americanas e européias são bem diferentes. Na Suécia existem argumentos baseados em evidências científicas que defendem que as crianças deveriam permanecer viradas para trás por mais tempo do que o praticado no Brasil. Por aqui, a orientação é a criança permanecer com a cadeirinha virada para trás apenas até um ano de idade, apesar das críticas de especialistas e evidências de que nesta idade, o corpo ainda não está devidamente preparado para suportar as forças de um impacto na posição frontal. Fora do país a recomendação pode chegar até os quatro anos de idade. E como aconteceu com o sistema de airbags - só obrigatórios anos mais tarde no Brasil - o mesmo vai acontecer com o ISOFIX ou ISOFLEX. Sistemas de retenção em que a cadeirinha não é presa somente ao cinto de segurança, tem dois pontos de apoio soldados à estrutura do carro e um terceiro de fixação superior atrás do encosto. Para este ano alguns carros saem de fábrica com o dispositivo, mas a obrigatoriedade é prevista apenas para 2020 nos carros de fabricação nacional. Este atraso pode custar muitas vidas.
Maio Amarelo em Campinas O Movimento quer atingir mais de um milhão de pessoas em Campinas. A campanha nacional 2018 tem como tema “Nós somos o trânsito”. Os eventos simultâneos tem a organização da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Secretaria de Transportes (Setransp), Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) e Disciplina de Cirurgia do Trauma UNICAMP e Prefeitura do Campus da Unicamp, com apoio do Corpo de Bombeiros, SAMU, Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências Paulista (GRAU), Instituto Terzius e Liga do Trauma da Unicamp. Confira: Salvando Vidas – RCP Dicas de como agir numa situação de Parada Cardiorrespiratória com demonstração de técnicas de Ressuscitação Cardio-Pulmonar para leigos. No mesmo local haverá Pit Stop com os agentes da EMDEC com orientações para pedestres e motociclistas Organização: SMCC, Disciplina de Cirurgia do Trauma UNICAMP e EMDEC Data: 16/05 Horário: 8h às 17h Local: Largo Rosário Apoio: Instituto Terzius, SBAIT, CoBRALT e Liga do Trauma PRÉ-CURSO “STOP THE BLEEDING” Curso Internacional de treinamento para leigos sobre como agir na cessação do sangramento em uma situação de trauma. Pela 1ª vez no Brasil! Promoção: Disciplina de Cirurgia do Trauma UNICAMP, SMCC e Instituto Terzius Data: 21/05 Horário: 2 turmas: 18-20h e 20-22h - Vagas Limitadas Local: SMCC Outras informações: https://traumaunicamp.wixsite.com stopthebleeding2018 CURSO DE TRAUMA - PRÉ COLT Curso para profissionais e acadêmicos da área da saúde nas áreas de medicina, enfermagem e fisioterapia Promoção: Liga do Trauma UNICAMP Data: 22 e 24/05 Horário: 19h00-22h30 Local: Anfiteatro 5 da FCM Unicamp Mais informações: https://traumaunicamp.wixsite.com/cursodetrauma2018 PEDÁGIO AMARELO Ação educativa que busca mudar o comportamento no trânsito, com abordagem a motoristas e pedestres com panfletos orientando sobre atitudes mais responsáveis e medidas de prevenção contra acidentes de trânsito Organização: SMCC, Disciplina de Cirurgia do Trauma da UNICAMP e EMDEC Data: 28 e 29/05 Horário: 11h00-15h00 Local: R. Delfino Cintra com Av. Franciso Glicério (próximo a SMCC) SIMULADO DE ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS Evento simulado de ocorrência de trânsito para que profissionais ligados ao atendimento de emergência de diversos órgãos possam vivenciar e treinar numa situação de resgate próxima da realidade. Organização: Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) em parceria com a EMDEC e Disciplina de Cirurgia do Trauma Data: 29/05 Local: no Viaduto Laurão (Avenida Moraes Sales em Campinas) Apoio: SMCC, Liga do Trauma UNICAMP, Corpo de Bombeiros, SAMU e Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências Paulista (GRAU). março/abril 2018 | Revista Medicação | 11
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Entrevista
Entrevista com o novo presidente da Unimed Campinas: Dr. João Lian Jr Formado pela Faculdade de Medicina de Vassouras – RJ (1977) / Anestesiologia (TSA) (1990), coordena o Serviço de Anestesiologia nos hospitais PUC-Campinas, Casa de Saúde e Beneficência Portuguesa, além das Clínicas Unigastro e Vitali dos. A Unimed Campinas está em 13 cidades (Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Paulínia, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo)
O
médico Anestesiologista já está nos bastidores da Cooperativa há muitos anos. É cooperado desde dezembro de 1978. Já integrou o Comitê de Especialistas em Anestesiologia; foi membro do Comitê Educativo; do Conselho de Administração; ocupou a Diretoria da Área Hospitalar e Serviços Credenciados por duas gestões e a Diretoria Médico-Social. Entre 2014/2018 foi Coordenador do Conselho de Administração da Unimed Campinas e de 2015/2018, conselheiro Fiscal da Unimed Centro Paulista (UFECEP). E a partir deste ano, ocupa a cadeira de Presidente da Cooperativa. O desafio é atender aos critérios econômicos e as demandas de aperfeiçoamento médico por parte dos próprios cooperados e dos pacientes. Não tão desafiador, é verdade, do que administrar 60 residentes em uma única aula prática nos corredores e salas cirúrgicas quando está como Professor da Disciplina de Anestesiologia da Faculdade de Ciências Médicas da PUC-Campinas conforme ele mesmo conta, onde é professor titular desde 2002. A frente da maior singular Unimed do Interior do País, Dr João Lian, tem para administrar 760 mil vidas em atendimento. Ao todo 12 mil contratos com empresas; 3.341 médicos coopera-
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Quais os projetos para a nova gestão da Unimed Campinas? O impacto da crise? O cooperativismo precisará de uma nova dinâmica? O principal projeto da nova gestão da Unimed Campinas é, sem dúvida, manter os custos assistenciais equilibrados, viabilizar a valorização dos honorários médicos, retomar os índices de crescimento anteriores à crise e seguir com a Cooperativa sustentável. Em um cenário bastante desfavorável que afetou praticamente todos os segmentos da economia e grande parte da população, a área da Saúde Suplementar foi também fortemente impactada, principalmente pela alta do desemprego. Isso gerou perdas de clientes e de recursos, o que acabou trazendo sérios problemas para algumas singulares do Sistema Unimed. Na Unimed Campinas, porém, o impacto foi menor. Tivemos perdas pontuais de clientes inscritos em planos Pessoa Jurídica e Pessoa Física, mas ainda assim a Cooperativa se mantém financeiramente saudável. Estamos confiantes de que a retomada do crescimento deverá ter impacto positivo no emprego já em 2018, invertendo essa tendência de perda de vidas na Saúde Suplementar. Como aumentar a participação do cooperado com os problemas a serem administrados? Por outro lado, existe projeto para valorizar os honorários médicos? Uma reclamação recorrente! Aproximar o cooperado da Cooperativa é um desafio que não cansamos de perseguir. Nessa nova gestão, a meta é retomar, com alguns pequenos ajustes, o programa denominado a “Cooperativa em Suas Mãos”, ocasião em que apresentamos de maneira transparente aos colegas a situação da empresa, o desempenho comercial, os custos assistenciais, os índices de sinistralidade, além de informar sobre obrigações legais, dificuldades apresentadas etc. A exposição, geralmente feita pela Diretoria Executiva com participação dos Conselheiros de Administração, é seguida de questionamentos que ajudam a esclarecer dúvidas de toda ordem. Todos os nossos cooperados são convidados a participar. Alguns indicadores que apresentamos nesse encontro, aliás, po-
“Considero de muita relevância um trabalho conjunto da Unimed Campinas e SMCC no sentido de orientar os médicos quanto ao preenchimento correto dos prontuários, não apenas como uma preocupação com a judicialização, mas também com a qualidade da assistência” dem ser conferidos por meio do aplicativo para celular e tablet exclusivo para os cooperados, lançado durante AGE realizada em setembro do ano passado. A valorização do trabalho dos cooperados é uma questão que considero da maior relevância. Manter uma remuneração digna, que reconhece o empenho dos cooperados em oferecer sempre um serviço de excelência para os cliente é uma prioridade da nova gestão. É necessário lembrar que a cooperativa vem se esforçando ao máximo para garantir essa remuneração justa. Com os ganhos diretos e indiretos, obtidos através de benefícios sociais, bonificação e distribuição de sobras, a consulta da Unimed Campinas em 2017 chegou em média a R$ 108,20. Pretendemos manter sempre essa visão de uma remuneração digna, embora tenhamos o compromisso de buscar de modo permanente a sustentabilidade do negócio, sem comprometer a qualidade, resolutividade e humanização do atendimento. Dessa forma, estaremos muito atentos à política de racionalização de custos e contenção de desperdícios e para os fatores de risco, como a judicialização, as resoluções da ANS e as incertezas da economia. Tudo isso continuará sendo conduzido de forma planejada, organizada e com total transparência e participação dos cooperados. São eles os donos da Cooperativa, são eles que levaram a Unimed à condição de líder do mercado regional, com serviços prestados a mais de 700 mil vidas. Serão sempre ouvidos. Como tratar o alto custo e OPME (cobertura: órteses, próteses e materiais especiais). O senhor acha que cabe discutir outras formas de pagamento na Cooperativa, além do pagamento por procedimentos e atendimentos (fee for service)? Como são itens geralmente de alto custo, as OPMEs podem inviabilizar a sustentabilidade de uma operadora de saúde. A Unimed Campinas tem olhado essa questão com especial atenção, e os resultados que alcançamos nos últimos anos são muito consistentes. Hoje somos uma referência na gestão de compras desses produtos. Enquanto para a maioria das operadoras as OPMEs respondem por 10,5% do total de sinistros, na Unimed Campinas temos conseguido manter esses itens em 4,65% do custo assistencial. Temos feito recorrentes estudos com o objetivo de implementar mudanças na forma
de remunerar o trabalho médico, bem como na qualidade do atendimento. Como avalia o aumento do Capital Estrangeiro nas Operadoras de Saúde em Campinas e Região? É uma realidade, da qual não é possível fugir, sobretudo porque vivemos num mundo totalmente globalizado. O Capital Estrangeiro pode ser importante por trazer condições de melhorar a infraestrutura em saúde de maneira geral, mas precisamos ter atenção ao alcance social dessa prática. Se vier como uma busca predatória por lucros, a tendência é que tenhamos uma saúde privada muito cara, acessível a poucas pessoas e com médicos mal remunerados. Como Cooperativa, estamos bastante atentos a isso. Como vê a Judicialização da Medicina. Qual impacto na Unimed Campinas? A Judicialização na saúde é uma constante preocupação, sobretudo porque o número de ações não para de crescer. Entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017, contabilizamos 1.469 processos judiciais contra a Unimed Campinas, gerando um custo em torno de 27 milhões e comprovando que a questão é um dos grandes desafios para a sustentabilidade da Cooperativa. Em 8 de março de 2018 a Unimed Campinas realizou o Fórum de Judicialização na Saúde, ocasião em que reunimos representantes do CREMESP, Ministério Público Federal, Conselho Nacional de Justiça, Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e lideranças do Sistema Unimed. Foi consenso a necessidade de serem criados núcleos de mediação e Câmaras Técnicas que possibilitem uma maior aproximação com o judiciário local. Como será a nova gestão e a parceria com a SMCC? Realmente, em várias ocasiões a Unimed Campinas e SMCC estiveram juntas em eventos, como Dia da Criança, Dia do Médico, na publicação do livro “90 anos da SMCC”, em Eventos Científicos, Sociedade Solidária, Prêmio Paes Leme entre outros. Acredito podermos intensificar mais eventos conjuntamente, não só científico e em comemorações, mas também em ações sociais e preventivas que favoreçam a população. março/abril 2018 | Revista Medicação | 15
Espaço Clube de Campo
Biólogos identificam mais de 60 espécies residentes na mata do Clube
A
descoberta aconteceu durante uma visita preparatória para o evento “Passarinhada” idealizado e promovido pelo Departamento de Eventos da Sociedade de Medicina. A iniciativa inédita aconteceu no domingo do dia 18/03 e tinha como objetivo colocar as crianças e pais em contato com a natureza em uma atividade de lazer. Uma ação nova até para a cidade de Campinas. Para a surpresa da organização do evento e dos profissionais convidados, os biólogos João Roberto Cortez e Jefferson Otaviano, fizeram a constatação que incluiu até a observação ao incomum Pica Pau Branco e uma família de tucanos. Depois, ao somar os registros perceberam que se tratavam mais de 60 espécies residentes na área do Clube de Campo da SMCC. As fotos registraram o acontecimento no Clube de Campo e incentivaram novas ações que estão sendo planejadas para o segundo semestre. Para os associados que há muitos anos não vão até a sede do Clube em Sousas a área de 40 mil metros quadrados está totalmente revitalizada, assim como o Casarão, quiosques e piscina.
Um mundo novo
Na mídia A Passarinhada foi destaque em reportagens para o portal Estado de São Paulo e do programa Terra da Gente da EPTV Campinas. Grupos de passarinheiros também divulgaram o evento através dos canais na internet. A divulgação ampla contou com os meios de comunicação da SMCC, E-mail marketing e reportagens especiais na revista e site. Pelo facebook os participantes puderam trocar experiências e fotos.
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A experiência da observação de aves conquistou as crianças e os pais que puderam observar pássaros, saguis, insetos e borboletas e até ouvir a charmosa “Mariquita”. Foi preciso dedicação e paciência para aguardar o tempo das aves. A recompensa veio quando muitas crianças puderam conhecer de pertinho o “Sr João de Barro” se exibindo ao lado de sua casinha. Para muitos dos pequenos era apenas história dos avós. Além do passeio na trilha para a observação das aves, teve também piquenique e atividades como pintura e desenhos. Os participantes ganharam certificado de “Guardião da Natureza do Clube de Campo da SMCC”. Para a idealizadora do projeto, a Diretora do Departamento de Eventos da SMCC, Dra Carmen Sylvia Ribeiro, a vivência foi enriquecedora. “O evento faz parte do compromisso da SMCC em investir no lazer saudável e consciente permitindo aos pais e crianças uma interação prazerosa junto à natureza do Clube de Campo”.
5ª DISTRITAL
SMCC amplia parceria com regionais da APM
Evento na sede da Regional APM em Indaiatuba com presença do Cremesp
O
s projetos de integração entre as regionais da APM e a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas incluem já para o ano de 2018 algumas ações e atividades. Com o objetivo de integrar as cidades que compõe a 5° Distrital e promover uma relação mais próxima com a SMCC em Campinas, o diretor Dr. Clovis Acurcio Machado prepara algumas medidas: PAAPER A SMCC estuda uma parceria com as demais regionais para que seus associados possam acessar o Programa de Apoio ao Associado Pesquisador (PAAPER). O Programa tem como benefício o subsídio para correção ortográfica e gramatical na língua Portuguesa visando publicação em periódicos nacionais ou ainda a tradução para o Inglês objetivando a publicação em periódicos internacionais. Este ano, o programa inclui ainda o subsídio a Análise Estatística de estudos científicos. Para acessar o PAAPER da SMCC, o associado precisa preencher formulário específico e seu material ser inédito e destinado exclusivamente a publicação científica. PRÊMIOS Os médicos de algumas faculdades da região, fora de Campinas, poderão participar da edição de 2019 dos Prêmios Científicos e Acadêmico da SMCC. Os trabalhos de médicos e estudantes de Medicina serão avaliados por bancas de profissionais capacitados e concorrerão a valores em dinheiro assim como já acontece com os médicos de Campinas. Na edição de 2018, estão sendo entregues até R$ 6 mil em prêmios para os melhores artigos científicos e até R$ 2 mil para os acadêmicos. EVENTOS A SMCC também começa as negociações para incluir os acadêmicos das regionais de Jundiaí e Bragança Paulista na Feira de Especialidades SMCC. O evento já na sua 2ª edição na SMCC promove a troca de experiências e informações entre alunos e profissionais das especialidades médicas. Um trabalho de orientação e ajuda prática aos estudantes de Medicina para que possam conhecer mais profundamente as áreas que querem seguir. Médicos experientes e até residentes contam histórias vividas em plantão e consultórios e citam a rotina de suas especialidades.
Parte das instalações da APM na cidade de Mogi Mirim
Sede da Regional da APM em Indaiatuba
Jundiaí será uma das cidades que participarão da Feira de Especialidades e Prêmios da SMCC
CURSOS A SMCC está em fase de planejamento de uma série de cursos específicos para formação médica e complemento dos assuntos oferecidos nas Universidades de Medicina. A programação inclui aulas práticas e terá oferta de vagas para todas os associados das regionais da APM. O esforço conjunto é para auxiliar estudantes que desejem complementar sua a formação. AS REGIONAIS As regionais que fazem parte da 5° Distrital da APM são as cidades de Jundiaí, Valinhos, Indaiatuba, Bragança Paulista, Amparo, Itapira, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, São João da Boa Vista e São José do Rio Pardo.
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Espaço Colaboradores A SMCC reconhece a dedicação e o trabalho de seus colaboradores. Por isso, reserva aqui um espaço para o associado conhecer cada um dos profissionais ligados direta ou indiretamente ao atendimento. Nesta edição conheça os funcionários do Departamento Jurídico
Dra. Márcia Pardal Côrtes A primeira faculdade da Dra. Márcia foi como Assistente Social depois se formou em Direito pela PUC Campinas. Atualmente se dedica exclusivamente ao direito médico. Trabalha há 7 anos na SMCC. É responsável pelo Departamento Jurídico da entidade. O Dr. Lucas, o outro advogado da entidade foi seu aluno. Adora a companhia das filhas, gosta de viajar e ir ao cinema. “Gosto também de dar aulas, assim podemos nos manter atualizada e nos obrigamos a estudar o tempo todo”
Dr. Lucas Selingardi Trabalha há 4 anos na SMCC. Especialista em Direito da Medicina pela Universidade de Coimbra, trabalha hoje exclusivamente com Direito Médico. A Sociedade de Medicina foi seu primeiro emprego depois da formatura. Perfeccionista, se define como um profissional muito sensato. Gosta de esportes principalmente da corrida, esporte que pratica com frequência. Nas horas vaga toca violino.
Cursos de Idiomas Estão abertas as inscrições! Faça Inglês • Espanhol • Italiano • Francês Valores das matrículas: Associado ���������������� R$ 310,00 Matrículas Dependente �������������� R$ 310,00 abertas de 14/05/2018 Não associado �������� R$ 940,00 a 13/07/2018
As aulas acontecem de 02/07 a 14/12/2018
Desconto a partir do 2º curso
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Priscila Giraldi Estagiária recém contratada do Departamento Jurídico, Priscila cursa Direito na PUC Campinas. Antes de fazer Faculdade pensou em ser administradora e psicóloga. Conheceu a área do Direito Médico recentemente. A decisão por estagiar na SMCC surgiu da curiosidade sobre o tema. Ela considera desafiante a área.
VOCÊ SABIA? Todo associado pode realizar uma consulta com a Assessoria Jurídica da Entidade. Basta agendar: juridico@smcc.com.br )3231.2811
departamento acadêmico
II Feira de Especialidades tem mais de 100 inscritos
C
om palestras simultâneas de diferentes Especialidades Médicas, a presença de residentes e médicos experientes, deixaram as salas da SMCC lotadas de futuros médicos procurando conhecer as experiências de quem já vivencia a vida profissional. Uma maratona de dois dias (13 e 14/04), com 19 palestrantes e 105 participantes.
lugar “Quando a gente se coloca no as r nde ente l fáci mais é o outr do alunos dificuldades e o sofrimento. Os do, oan rfeiç ape se ar tinu con m deve dar estu e s vivenciar as área permanentemente” O médico Dr. Jamiro da Silva a de ser Wanderley - (UNICAMP) gost aço palh ico, méd o apresentado com em stra pale sua a u Foco ico. mág e ano, ressaltar o tratamento mais hum . atia emp e o afet com
“Falta prática para ter autonomia nas decisões na vida real. Simulações, workshop e um dia junto com o profissional para somente observar é muito interessante” Estudante de Medicina Maria Vitória Lima
“Psiquiatras precisam de muita tranquilidade para lidar com tanta diversidade de pessoas, histórias e condutas. Cada indivíduo é singular, portanto, cada tratamento também é. Às vezes até uma criança pode te assustar” Camila Truzzi – Residente (UNICAMP)
“Mesmo depois de tan tos anos de profissão, nunca estam os totalmente preparados para atende r todos os tipos de pacientes. As pessoas têm características dife rentes que mudam a sua conduta. Os médicos têm muitas responsab ilidades! A sua caneta, em psiqui atria especialmente, pode diz er se o paciente vai para a cad eia ou para o hospital. Psiquiatria, Dr. Amilto n dos Santos Junior – (UNICA MP)
“Os médicos tem que gostar de pessoas, não de tecnologia! Não importa como você atinge o coração humano; se com as mãos ou com palavras. Cirurgia é corpo a corpo! A faculdade é apenas um ponto de partida” Da Cirurgia Geral, a fala do cirurgião e poeta Dr. Manoel M. Castro - (PUCCAMP)
“Tem muita ansiedade para a vida prática. Isso causa insegurança. O estágio é complicado porque tem muita gente para ver o mesmo paciente, fica todo mundo em cima. Falta tempo para ver coisas práticas com calma, sem ter que atuar” Estudante de Medicina Natan Grynfogiel
ependendo ento. Atender, ind volvida no atendim o mental e en ar o ep ixã pr pa ito ita m mu pesada, exige mu ito “Esse trabalho te mu é al. Isso se ria nu rá , a carga ho ter habilidade ma do que for. Mas urgião tem que cir r se ra pa e to qu físico. É um mi alquer técnica” aprende como qu te (UNICAMP) hmid – Residen Bruno Pagnin Sc
Abertura do evento contou com a palestra do Dr. Jamiro da Silva Wanderley - (UNICAMP). Depois os profissionais que participaram contando histórias pessoais, da carreira e da formação estão os profissionais: Clínica Médica Dr. Samuel de Souza Medina - (UNICAMP) Stéphany Oliveira Bastos – Residente (PUCCAMP) Cirurgia Geral Dr. Manoel M. Castro - (PUCCAMP) Bruno Pagnin Schmid – Residente (UNICAMP) Cardiologia Dr. Aloísio Marchi da Rocha - (PUCCAMP) Thamyris Mahmed Ahmed Dahas Daher - Residente (UNICAMP) Cirurgia do Trauma Dr. Gustavo Pereira Fraga – (UNICAMP) Juliana Matsuguma – Residente Cirurgia do Trauma (UNICAMP) Ginecologia e Obstetrícia Dra. Helaine Milanez - (UNICAMP) Isabela Dias Fahl – Residente (UNICAMP) Pediatria Dra. Angelica Bicudo – (UNICAMP) Franscisco Barucco Abramides – Residente (UNICAMP) Psiquiatria Dr. Amilton dos Santos Junior – (UNICAMP) Camila Truzzi – Residente (UNICAMP) Neurologia Dra. Paula Christina Azevedo - (UNICAMP) Felipe Franco da Graça – Residente (UNICAMP) Medicina Intensiva Dr. Antônio Luís Eiras Falcão - (UNICAMP) Arthur Mattos Arca – Residente (UNICAMP)
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Homenageados Paes Leme
Prêmio Paes Leme 2018
M
aior reconhecimento da SMCC a médicos, personalidades e entidades que contribuem com a sociedade civil e com a área médica. Homenagem criada há 18 anos carrega o nome do primeiro presidente da SMCC, o médico Francisco Betim Paes Leme (Gestão 1925/1926).
Instituto SER
Médicos amigos do Dr. Rubens Marcondes Pereira como Dr. John Cook Lane, Dr. Neder Otero, o conhecido Dr. Rochinha e Dr. Naccarato estão na foto recente tirada pela família
O Instituto SER há quase 30 anos ajuda pacientes e familares após o diagnóstico do transtorno do aspectro autista. A Clínica-Escola atende 90 crianças, jovens e adultos. Na grade das atividades socioeducativas a equipe entende como “transdisciplinar” as ações feitas para desenvolver aspectos cognitivos, afetivos, social e psicomotor dos pacientes. Além de ter robótica, teatro, música, dança e natação. A entidade é conhecida pelo amparo e carinho no atendimento, ajudando quem precisa viver em família com o transtorno.
Dr. Rubens Marcondes Pereira
Dr. Roberto Silveira Pinto de Moura
Nascido no Distrito de Sousas em Campinas, em 1929, é filho de farmacêutino. Formado pela USP, fez residência e trabalhou por vários anos no Búfalo General Hospital-Canadá. Retornou ao Brasil em 1961 para iniciar uma carreira brilhante. Participou ativamente da fundação do setor de radiologia da Clínica Lane, do Centro Médico, da Unicamp, montou o Centro Radiológico de Campinas, aprimorou os serviços da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital Santo Antônio e por mais de 20 anos do Hospital Vera Cruz. Foi o pioneiro também, trazendo o segundo aparelho de ressonância magnética ao Brasil. Exigente como médico, é uma pessoa despreendida, afável e alegre dizem familiares e amigos. Passaram por ele cerca de 300 residentes na Unicamp. Empreendedor, com um grupo de amigos médicos fundou o primeiro condomínio fechado de Campinas, hoje Chácara Gramado e Alto da Nova Campinas, no bairro Gramado. Viúvo de Maria Estela está cercado pelos filhos e netos. Gosta de filmes e livros da Segunda Guerra, foi escultor de peças em bronze e ama ouvir Bossa Nova e Jazz.
Nasceu em Campinas, em 23 de junho de 1925. Tem 4 filhos, 7 netos e 3 bisnetos. Formou-se pela Escola Paulista de Medicina, em 1950. Foi professor das Faculdades de Psicologia e de Medicina da PUC-Campinas e Unicamp, nas quais dedicou-se ao ensino da Psicanálise. Pioneiro, foi um dos fundadores do Departamento de Psicologia Médica da Unicamp. Aliás, chamado pessoalmente para aceitar o cargo pelo Senhor Zeferino Vaz. A conversa teria acontecido na Maternidade de Campinas, onde funcionava a reitoria da então recém fundada Universidade. Esta não é a única passagem peculiar dele. Chegou uma vez a ser excluído da Escola Superior de Enfermagem “Madre Teodora”, ligada a então Universidade Católica por que falava de Freud em suas aulas. Pinto de Moura ficou conhecido por ser o único psiquiatra seguidor de Freud em Campinas naqueles tempos, deixando de lado a então psiquiátrica clássica. Queria ser advogado, mas estudou medicina. Enveredou pelo jornalismo e tem muitas crônicas escritas. Uma vez designado para cobrir a Câmara, tornou-se amigo pessoal do então vereador Jânio Quadros, opositor ferrenho do governador Adhemar de Barros.
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SMCC no Congresso Paulista
SMCC no 11º Congresso Paulista de Ensino Médico
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Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas participou e lançou nova campanha publicitária durante o evento realizado na Unicamp entre os dias 19 e 21/04. A presidente da SMCC, Dra. Fátima Bastos discursou na abertura do Evento, colocando a entidade à disposição dos jovens como sede para cursos complementares à formação nas Universidades. A SMCC representa as distritais da APM na região de Campinas, oferece apoio jurídico e ético aos estudantes; promove eventos e aulas práticas como orientação para a construção da carreira médica. O Diretor de Comunicação e Marketing, Dr. Marcelo Amade Camargo, que também é professor na Faculdade São Leopoldo Mandic em Campinas, participou como debatedor no Simpósio sobre “Ética no Esporte”. Ele reforçou o papel das Sociedades e Associações Médicas neste assunto, uma vez que essas entidades são “neutras” e independentes. “Por isso, temos condições de promover ações e campanhas de incentivo a maior integração dos estudantes e menor violência nas atividades esportivas”.
O Jovem Médico Com nova campanha publicitária mais moderna nas ruas, a SMCC estreou durante os dias do Congresso o novo material de divulgação. A campanha visa orientar os jovens quanto aos serviços disponibilizados pela entidade de forma gratuita ou ainda, cursos com descontos praticados bem abaixo do mercado como é o caso das aulas de idiomas. De maneira descontraída profissionais da entidade ficaram em um stand que distribuiu o “remédio” para quem precisa construir uma carreira médica ética e de sucesso.
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enoturismo
Vinhos de São Paulo, Minas e Goiás surpreendem com nova técnica
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Hedonism é uma das melhores lojas de vinhos de Londres e impressiona os visitantes. Minha parede favorita da loja é coberta com garrafas de Château d’Yquem, o vinho doce mais famoso do mundo, produzido em Bordeaux. À medida em que nossos olhos percorrem as garrafas que vão se tornando de um dourado cada vez mais escuro, décadas vão se passando nas safras das preciosas (e caras) joias engarrafadas. Nesta loja, em março de 2018, encontrei um único vinho brasileiro à venda. O mais surpreendente foi verificar que ele não vinha de nenhuma das regiões produtoras tradicionais do nosso país. O Vista do Chá Syrah da Guaspari lá exposto representa a nova fronteira vitivinícola lançada em novembro de 2011, com o engarrafamento da safra 2010 do Primeira Estrada, vinho pioneiro cujas uvas (Syrah) cultivadas em Três Corações, MG. A vinícola Guaspari por sua vez é localizada em Espírito Santo do Pinhal, SP, a apenas 100km de Campinas. O vinho à venda em Londres, não por acaso, foi o único brasileiro a ganhar medalha de ouro no Decanter World Wine Awards 2017. Como seria possível produzir vinhos de qualidade na latitude 22oC, se sabemos que com menos de 30oC a videira encontra um clima muito adverso para produzir vinhos finos? Um técnico da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de MG), Murillo de Albuquerque Regina, com PhD em viticultura pela Universidade de Bordeaux, identificou que o inverno nessas regiões se assemelha muito ao verão de excelentes regiões produtoras do mundo, de clima moderado. Dias ensolarados, noites frias e baixa pluviometria são alguns dos parâmetros favoráveis. Idealizou um novo manejo do vinhedo, que consiste em “Dupla poda, colheita de inverno”, com potencial principalmente em MG, SP e GO. A primeira poda se dá logo após a colheita, para direcionar a formação anual da planta, mas sem deixá-la produzir. No início do ano, é feita uma segunda poda, de produção, de modo que a colheita se dá na metade do ano. A Guaspari é o empreendimento maior e de mais sucesso atualmente. Era uma antiga fazenda de café de 800ha, que foi adquirida pelo empresário Paulo Brito Guaspari, proprietário de mineradoras, para descanso nos fins de semana. Convencido por Murillo, resolveu investir no plantio de 50ha. Os vinhedos são de diversas castas, com predomínio, nas tintas, de Syrah,
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Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon; nas brancas, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Viognier. Os vinhedos estão situados entre 800m e 1.400m acima do nível do mar. Visitas podem ser marcadas pelo site da vinícola: loja.vinicolaguaspari.com.br/enotour/. Vale conhecer também produtores como: Casa Geraldo – Andradas, MG; Casa Verrone – Itobi, SP; Luiz Porto – Cordislândia, MG; Maria Maria – Três Pontas, MG; Pirineus Vinhos e Vinhedos – Cocalzinho de Goiás, Go. Há também empreendimentos iniciados na região metropolitana de Campinas, uns já produzindo e outros com vinhedo em formação.
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