CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SÃO PAULO UNIDADE LAPA TITO
MARCOS VINÍCIUS FERREIRA DE ARAÚJO
A evolução das mídias sociais digitais, influência no cotidiano da população desde o fim dos anos 90 e as expectativas dos cenários futuros
São Paulo 2011
MARCOS VINICIUS FERREIRA DE ARAÚJO
A evolução das mídias sociais digitais, influência no cotidiano da população desde o fim dos anos 90 e as expectativas dos cenários futuros
Monografia Centro Unidade
apresentada
Universitário Lapa
Tito,
ao
Senac, como
requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão Web – Tecnologias e Ferramentas Aplicadas
Orientador: Prof. Celso Pagotti
São Paulo 2011
A663e
Araújo, Marcos Vinicius Ferreira de
A evolução das mídias sociais digitais, influência no cotidiano da população desde o fim dos anos 90 e as expectativas dos cenários futuros / Marcos Vinicius Ferreira de. – São Paulo, 2011. 79 f. : il
Orientador: Prof. Celso Pagotti Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário Senac – Unidade Lapa Tito, São Paulo, 2011.
1. Mídias Sociais 2. Internet 3. Usuários I. Pagotti, Celso (Orient.) II. Título.
CDD 005.133
MARCOS VINICIUS FERREIRA DE ARAÚJO
A evolução das mídias sociais digitais, influência no cotidiano da população desde o fim dos anos 90 e as expectativas dos cenários futuros.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Senac, Unidade Lapa Tito, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão Web – Tecnologias e Ferramentas Aplicadas
Orientador: Pagotti Moreira
BANCA EXAMINADORA
1) Examinadores
2) Examinadores
Prof.
Celso
Gostaria de dedicar este trabalho a todas as pessoas que conquistam seus méritos através de trabalho duro e dedicação, encarando os desafios de cabeça erguida e orgulho pessoal, independente da vitória ou da derrota.
AGRADECIMENTOS
Um Trabalho como este não seria realizado sem a contribuição e o apoio de outras pessoas. A elaboração desse Trabalho reuniu alem de muita pesquisa, muito conhecimento que adquirido através de excelentes amigos que tenho em minha carreira profissional e acadêmica. Agradeço também aos sensacionais colegas e amigos que fiz durante o período da pós-graduação no Senac, entre estes incluem-se também muitos professores que contribuíram com o fascínio que possuo atualmente pelo tema do trabalho desenvolvido. Também gostaria de agradecer três pessoas em especial: Meu Professor Celso Pagotti, que alem de orientador teve papel fundamental em me ajudar a explorar meu potencial. Ao Professor Luciano Palma, que lecionou conteúdo intimamente ligado a este trabalho com muita competência e bom humor, rendendo muitas idéias que foram aplicadas. E por último, agradeço a minha melhor amiga Raphaella Quarterone, que compartilhou comigo toda a dificuldade e felicidade de desenvolver esse trabalho, me apoiando quando necessário e me felicitando quando merecido. Prefiro não cometer injustiças e não mencionar o nome de todas as pessoas que me ajudaram, todos que sentirem ter contribuído a este trabalho, o meu muito obrigado.
“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.” Nelson Mandela
RESUMO
O objetivo desse trabalho é responder a duas questões: Qual a influência exercida pelas mídias sociais digitais no cotidiano das pessoas e com base no cenário atual quais serão as perspectivas futuras.
Para compreender a influência exercida pelas mídias sociais no cotidiano das pessoas, primeiramente houve a necessidade de conceituar e compreender o quem são os usuários diretos e indiretos de mídias sociais, assim como seus hábitos, perfis e interesses. Em seguida foi traçado histórico evolucional das mídias sociais, assim como categorizar os tipos existentes através por segmentação. Assim com as partes definidas, partiu-se para o estudo onde fossem estabelecidas as bases para medição da influência que as mídias sociais digitais exercem no cotidiano da pessoa, onde as pesquisas apresentam números que comprovam o aumento do tempo de uso, mudanças na forma em que as pessoas se relacionam e as virtudes e problemas trazidos como conseqüência.
Com base nas informações acima, propõe-se o estudo de quais serão as perspectivas futuras, que é reforçado através da utilização de materiais divulgados por empresas do ramo de tecnologia com perfil inovador, onde suas idéias em diversas oportunidades incluem midias sociais como plataforma de comunicação.
Palavras-chave: Midias Sociais; Internet; Usuários de Mídias Sociais
ABSTRACT
The objective of this work is to answer two questions: What influence exerted by digital social media on the lives of the people and based on the current scenario, which will be the way forward.
To illustrate the influence exerted by social media in daily life, first there was a need to conceptualize and who are the direct and indirect users of social media, as well as their habits, interests and profiles. Then was drawn an evolutionary history of social media, and had categorized the existing types by through segmentation. So with the parts defined, we decided to study where they were laid the foundations to measure the digital social media have exercise in everyday person, where research has show numbers that prove the increase in usage time, changes in the way that people interact with each other and the virtues and problems brought up as a result.
Based on the above, is proposed to study what are the future perspectives, which is reinforced through the use of materials published by companies in the field of technology with innovative profile, where their ideas on several opportunities include social media as a communication platform.
Keywords: Social Media, Internet, Social media users.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 1xEV-DO.............................................. ...........................Evolution-Data Optimized 1xEV-DV................................................. .........................Evolution, Data and Voice 3D................................................ ...................................................Third Dimension ADSL ....................................................................Asymmetric digital subscriber line APPS......................................................................................................Applications BBS.........................................................................................Bulletin Board System BI...............................................................................................Business Inteligence CDMA ........................................................................Code Division Multiple Access CEO........................................................................................Chief executive officer CPE.......................................................................Costumer Premisses Equipment CSS......................................................................................Cascading Style Sheets EDGE ........................................................Enhanced Data rates for GSM Evolution ERB..........................................................................................Estações RadioBase EUA..............................................................................Estados Unidos da America FPS................................................ ..........................................First Person Shooter GPRS .......................................................................General Packet Radio Service GSM..................................................................................Global System for Mobile HSPA..............................................................................High Speed Packet Access HSUPA............................................................... High-Speed Uplink Packet Access HTML .........................................................................HyperText Markup Language IEEE...........................................Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos IM.................................................................................................Instant Messenger IP....................................................................................................Internet Protocol IRC............................................................................................Internet Relay Chat ISDN...................................................................Integrated Service Digital Network J2ME..........................................................................................Java2 Micro Edition KBPS.........................................................................................Kilobit por Segundo LMDS...............................................................Local Multipoint Distribution System ONG.......................................................ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL PASI.....................................................Provedor de Acesso a Serviços de Internet PC.............................................................................................Personal Computer
PDA...................................................................................Personal Digital Assistant PDH......................................................................Plesiochronous Digital Hierarchy POP.....................................................................Ponto de Presença da Operadora RSS..................................................................................Really Simple Syndication SAC...........................................................Serviço de Atendimento ao Consumido SCM..............................................................Serviços de Comunicação Multimídia SCRM...................................................Social Costumer Relationship Management SDH.........................................................................Sinchronous Digital Hierarchy STM-4....................................................................Synchronous Transport Module UIT..........................................................União Internacional de Telecomunicações UMTS ...............................................Universal Mobile Telecommunications System VoIP.............................................................................Voice Over Internet Protocol XML............................................................................Extensible Markup Language
SUMÁRIO INTRODUÇÃO......................................................................................................14
1. O USUÁRIO DIRETO E INDIRETO DAS REDES SOCIAIS............................17 1.1 Gerações e diferenças de comportamento.....................................................17 1.1.1 Baby Boomers...................................................................................18 1.1.2 Geração X.........................................................................................19 1.1.3 Geração Y.........................................................................................19 1.1.4 Geração Z.........................................................................................20 1.2 Quais seus interesses na internet................................................................21 1.3 Perfil e hábito do usuário de mídias sociais....................................................24 1.4 Usuários de Redes Sociais em geral..............................................................26 1.5 Interagindo com as marcas.............................................................................27 1.6 Mitos das Redes Sociais derrubados.............................................................27 1.7 Os não usuários de redes sociais.................................................................28 1.8 Meios de acesso...........................................................................................28 1.9 Os influenciadores........................................................................................31 1.10 Formação dos clusters de preferências e interesses..................................33
2.
MÍDIAS
E
REDES
SOCIAIS:
HISTÓRICO
EVOLUCIONAL
E
TECNOLÓGICO....................................................................................................35 2.1 O conceito de mídias sociais na internet.......................................................35 2.1.1. As quatro categorias de envolvimento.............................................35 2.2 As primeiras mídias sociais surgidas a partir dos anos 90..............................37 2.3 As primeiras influências.................................................................................37 2.3.1. Anos 70/80.....................................................................................37 2.3.2 Anos 90...........................................................................................38 2.4 O surgimento das redes sociais na internet....................................................39 2.5 As mídias sociais como conhecemos hoje......................................................40 2.6 As três grandes evoluções das redes sociais.................................................48
2.6.1. “Este sou eu” – As redes sociais voltadas à criação e compartilhamento de perfis...................................................................................48 2.6.2 “Olhem o que estou fazendo” -
As redes sociais voltadas ao
compartilhamento de status conteúdo (microblog)...............................................49 2.6.3 “Estou aqui” Redes sociais baseadas em geolocalização.................50 2.7 A descoberta das midias sociais pelas empresas...........................................50 2.8 As novas tecnologias surgindo como instrumento de inovação......................51 2.9 Novos padrões web.........................................................................................51 2.10 Novas formas de acesso à internet...............................................................52 2.10.1 Conexão.........................................................................................54 2.10.2 Acesso Elétrico................................................................................57 2.10.3 Aumento da velocidade de conexão................................................69 2.10.4 Dispositivos com GPS, Bluetooth e Wireless..................................69 2.11 As formas de monetização...........................................................................70 2.12 As mídias sociais em outros meios de comunicação....................................70 2.13 De startups à grandes corporações: Cases de sucesso...............................70
3. AS MÍDIAS SOCIAIS NO COTIDIANO DOS USUÁRIOS................................70 3.1 A Porta de Entrada: Acesso.............................................................................71 3.1.1 Mobile................................................................................................72 3.1.2 Aumento do Tempo de uso................................................................72 3.2 Os novos hábitos de uso.................................................................................76 3.2.1 Social News.......................................................................................77 3.2.2 Crowdsourcing...................................................................................78 3.3 O novo comportamento...................................................................................79 3.3.1 Aumento de usuários.........................................................................79 3.3.2 Barreiras: Exclusão digital/ social......................................................81 3.3.3 O novo mercado de trabalho.............................................................83 3.3.4 Reputação online...............................................................................83 3.3.5 WebCelebridades..............................................................................84 3.3.6 Privacidade........................................................................................85
4. EXPECTATIVAS FUTURAS...........................................................................88 4.1 O futuro do Social Commerce.........................................................................88 4.2 O conhecimento como moeda de troca.........................................................91 4.3 O comércio via mobile: M- Commerce............................................................92 4.4 A popularização das redes sociais com foco em mobile................................93 4.5 A união online de todas as culturas, a uni consciência coletiva e a globalização do pensamento......................................................................................................95 4.6 As midias sociais nas empresas e nas escolas..............................................96 4.7 Imersão e telepresença, a socialização virtual..............................................97 4.8 Publicidade via geolocalização......................................................................98
CONCLUSÃO.....................................................................................................100
INTRODUÇÃO
Durante toda a história da humanidade, as pessoas desenvolveram diversas formas de se comunicarem, utilizando-se de gestos, criando padrões que se tornaram idiomas. Porem, quando a escrita foi criada, uma nova barreira foi rompida, as palavras foram imortalizadas e passou-se a não haver necessidade da presença do interlocutor para que uma mensagem fosse enviada ao seu destinatário.
Com a evolução das civilizações, surgiram as primeiras mídias impressas que possuíam o objetivo de realizar um broadcast de determinadas informações, sempre escritos à partir da idéia de uma pessoa ou no máximo de um pequeno grupo restrito. Esse modelo de “um para muitos” seguiu por muitos anos até os dias atuais.
Através do controle da mídia, autoridades, pessoas influentes, escritores e jornalistas possuíam o poder de manipular a informação como quisessem, influenciando a opinião da população do mundo de acordo com seus interesses. O poder de censura poderia ser aplicado havendo necessidade, sendo assim fatos que poderiam ser relevantes para as pessoas não eram divulgados, mantendo assim as pessoas reféns de suas vontades.
Entre o século 19 e 20 as tecnologias como o telefone, o rádio e a TV começaram a surgir, aumentando a experiência das pessoas em receber a informação, que antes era limitada a textos, passou a ser multimídia. A informação porem, ainda era passada no formato “um para muitos”, então quem controlasse os meios de Rádio e TV, possuíam influência na opinião na população em geral.
14
Enfim, no final dos anos 90 deu-se início a popularização da internet, que serviu de plataforma para o surgimento das mídias sociais digitais, não só agregando valor multimídia e hipermídia, mas também quebrando finalmente o modelo “Um para muitos”, fazendo com que todo e qualquer tipo de informação fosse facilmente compartilhado entre as próprias pessoas, elevando o modelo para algo como “muito para muitos”.
A quebra do modelo tradicional mídia em paralelo com as novas tecnologias vem causando de forma incontestável, mudanças no cotidiano das pessoas. As midias sociais digitais facilitaram em muito a forma em que as pessoas se comunicam, trazendo uma experiência de socialização próxima a encontrada em uma conversa ao vivo. Desde o fim de 2010, vemos notícias de países sob regime de ditadura onde a população que sofria com a censura do governo as mídias tradicionais se organizou através das mídias sociais através da internet causando a queda de seus líderes.
Entre 2010 e 2011 o assunto midias sociais na internet se tornou freqüente, alem de noticiado e com a divulgação de todos os veículos de informação, sendo obsessão das agências de publicidade que viram uma oportunidade de outro nas mãos para se explorar.
Mudanças no cotidiano das pessoas, empresas e até no governo dos países, em tudo isso já é perceptível as mudanças que as mídias sociais trazem em nosso dia a dia. Este trabalho tem o objetivo de responder duas questões pertinentes ao cenário atual. A primeira questão é entender até que ponto a sociedade já mudou seus hábitos e rotinas por conta das midias sociais digitais que percebemos estarem inseridas na vida das pessoas. Com o trabalho realizado para se responder a primeira questão, a base estará feita para se fazer o estudo para se esclarecer a segunda questão em que são apresentadas as
15
expectativas futuras, ilustrando as possibilidades viรกveis e as iniciativas atuais com potencial para exercer mudanรงas.
16
1. O USUÁRIO DIRETO E INDIRETO DAS REDES SOCIAIS
1.1 Gerações e diferenças de comportamento
Com a popularização da internet ao fim dos anos 90, muitas pessoas enxergaram acessível a novidade desse novo meio de comunicação, e por tratarse de uma área onde o acesso se faz por meio de tecnologia, o público inicial era em sua maioria formada por jovens adultos que possuíam computadores. Com o passar dos anos, a internet adquiriu cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas,
e com o consequente maior alcance de usuários, a
utilização da web estendeu-se aos públicos de todas as idades. Porém, essas várias gerações possuem muitas diferenças em seu comportamento, tendo em vista que os mais velhos não estavam habituados a utilizar tecnologias tão modernas, enquanto
os mais novos já nasceram rodeados por aparelhos
eletrônicos de última geração, facilitando o aprendizado e a assimilação do conteúdo compartilhado online. O número de usuários de internet no mundo está beirando os 2 bilhões de pessoas, com uma penetração de quase 29% da população, um aumento de 444.8% entre 2000 e 2010. Nesse cenário onde a internet está presente na vida das pessoas de praticamente todo o mundo, as mídias sociais têm tomado um papel essencial, exercendo influência de diversas formas no comportamento cotidiano de cada usuário, bem como inserindo-se em processos empresariais e corporativos, áreas praticamente inalcançáveis por novas tecnologias sociais. Essas adaptações são gradativas e diferentes para cada geração de conectados, ou mesmo para não usuários que são influenciados pela mobilização social causada pela febre dessa
17
nova socialização, que é difundida desde mídias convencionais como televisão, revistas e jornais, até entre conversas entre amigos. Sociólogos, jornalistas, pesquisadores, entre outros, visando separar as diversas gerações de acordo com seus costumes e hábitos criaram termos pra denominar as diversas faixas etárias, apresentadas nos próximos parágrafos.
1.1.1
Baby Boomers
A Geração Baby Boom é a geração nascida imediatamente após o fim da segunda guerra mundial, entre 1946 e 1964, em uma época onde houve um grande aumento das taxas de natalidade. Hoje, essa geração abrange adultos entre 50 e 70 anos de idade que embora em diminuição, ainda exercem grande influência em cargos importantes de grandes corporações, na política e cada vez mais ativos digitalmente como usuários de internet. Os Baby Boomers respondem por 48%2 dos chefes de família nos Estados Unidos, controlando 40% da renda disponível no país e 77% dos investimentos privados3 se tornando público alvo de muitos anunciantes. As áreas de interesse dessa geração na internet incluem a área financeira, atividades relacionadas à saúde, casa e jardim, hobbies, relações sociais, informações de viagens e educação via internet4.
______________________ 1
http://www.internetworldstats.com/stats.htm 27/03/11 19:10 http://www.census.gov/PressRelease/www/releases/archives/facts_for_features_special_editions/006105.html 27/03/11 20:20 3 http://pessoas.hsw.uol.com.br/baby-boomers4.htm 27/03/11 21:03 2
4
http://technorati.com/business/article/baby-boomers-a-force-on-the/ 27/03/11 21:30
18
1.1.2
Geração X
Também conhecidos como Baby Busters, é a geração nascida logo após o fim dos anos que delimitam a geração Baby Boom. O termo é geralmente usado pras pessoas nascidas nos anos 60, 70 até o começo dos anos 80, normalmente não passando de 19825. O homem visto como o mais poderoso do mundo, o presidente dos Estados Unidos, é um representante da geração X, que virá pra substituir os ideológicos “Baby Boomers” com um estilo diferenciado de liderança. Não só na presidência dos Estados Unidos, mas também nas empresas, os representantes da geração X possuem predominância em cargos de liderança, tomando decisões finais com muita responsabilidade. Apesar de ter desvantagens em relação à geração Y, eles possuem a grande vantagem de ter atravessado crises e de contar com um conhecimento muito mais amplo de tecnologia, pois já eram adultos quando a revolução de microinformática chegou, possuindo assim uma visão de mercado de trabalho bastante ampla6.
1.1.3
Geração Y
______________________ 5
Strauss, William & Howe, Neil. Generations: The History of America's Future, 1584 to 2069.
Perennial, 1992 (Reprint). ISBN 0-688-11912-3 p. 324 30/03/11 21:27 6
http://computerworld.uol.com.br/carreira/2009/06/15/geracoes-diferentes-cada-perfil-tem-uma-
funcao-especifica/ 27/03/11 19:45
19
A geração Y, também conhecidos como “millennials”, compreende os nascidos entre ao fim dos anos 70 ou ao começo dos anos 80, não havendo um consenso entre os especialistas, indo até o início dos anos 90. Com amplo destaque nas mídias sociais, a geração Y é motivo de diversos estudos, e foi a maior responsável pela popularização da classificação de gerações, pois com o avanço da internet e as mudanças que as pessoas Y estão causando na sociedade, houve a necessidade de estudá-los separadamente, de acordo com sua faixa etária. Foi a primeira geração a conviver, desde a vida escolar, com a tecnologia da informação. Primeiro foram os videogames, computadores domésticos e depois a internet e a velocidade com que circulam as informações. Essa geração tem característica mais individualista e autônoma,
faz
questão de colocar sua opinião em destaque e não abre mão de gerenciar sua vida pessoal simultaneamente à profissional. Gosta de compartilhar experiências e tem o perfil extremamente inovador comparado às gerações anteriores6. A ansiedade e o imediatismo dessa geração faz com que as empresas tenham que se adaptar ao perfil deles, proporcionando ambientes de trabalho mais descontraídos e estimulantes pra se trabalhar. A falta de experiência em crises ou bolhas no mercado estão como um dos principais pontos negativos.
1.1.4
Geração Z
A geração Z, como definida sociológicamente, se refere à geração de pessoas nascidas desde a segunda metade da década de 90 até os dias de hoje, também é conhecida por serem nativos digitais7. ______________________ 7
http://goliath.ecnext.com/coms2/gi_0199-5289198/The-generation-Z-connection-teaching.html
28/03/11 21:45
20
Os nascidos nessa geração vivem em um mundo tecnológico e virtual . Para eles é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames com gráficos exuberantes, televisores e vídeos em alta definição, bem como quaisquer novidades neste ramo. Sua vida é regada à muita informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo real e muitas vezes esse volume imenso acaba se tornando obsoleto em pouco tempo8. Como pontos negativos, podemos citar a dificuldade de interação social, consequência das atrações em mundos virtuais e da falta de socialização em atividades ao ar livre. O fone de ouvido e o isolamento os fazem serem chamados também de “geração silenciosa”. Ainda não há como avaliar como serão seus objetivos profissionais, pois ainda é uma geração muito jovem e em fase de desenvolvimento. Porém, pode-se afirmar que o egocentrismo e a falta de linearidade em seus pensamentos serão os grandes pontos a serem amadurecidos.
1.2 Quais seus interesses na internet
Mais do que apenas diversão ou trabalho, a internet se tornou uma ferramenta essencial na vida das pessoas. Grande parte das coisas que as pessoas precisariam fazer saindo de casa, agora podem ser feitas online graças ao advento da criação da World Wide Web.
______________________ 8
http://www.tecmundo.com.br/2391-o-que-e-a-geracao-z-.htm
21
No infogrรกfico a seguir temos um panorama geral dos interesses dos usuรกrios de internet assim como a forma em que eles gastam seu tempo online:
22
23
Avaliando os números apresentados no infográfico, podemos concluir que quase metade do tempo online (42%), as pessoas gastam lendo conteúdo, em um terço se comunicando,
fazendo buscas ou compras e no tempo restante ,
interagindo através de redes sociais9. Importante também acrescentar que as redes sociais estão intimamente ligadas à leitura de conteúdo e aos outros serviços, como e-mail, buscas e compras. Uma grande diferença entre a internet no fim dos anos 90 e a web atual, está no fato de que vivemos uma época em que a internet se tornou “web 2.0”. Mais do que um simples versionamento, o funcionamento da mesma mudou drasticamente. Enquanto na web 1.0 alguém produzia o conteúdo e o usuário deveria buscar o que interessa, na web 2.0 todo conteúdo é feito pela pessoa que está navegando, de acordo com seus interesses, e o conteúdo sugerido é segmentado e apresentado de forma personalizada. As pessoas são diferentes umas das outras, tem gostos, hábitos e opiniões, e a Internet já está se adaptando à essa nova realidade desenvolvendo tecnologias que “aprendem” a navegação do usuário, além de
desenvolver
ferramentas pra monitorar o comportamento dos mesmo quando estão online.
1.3 Perfil e hábito do usuário de mídias sociais
Um estudo divulgado pela empresa Anderson Analytics analisou a demografia e psicografia de usuários de redes sociais no Facebook, MySpace, Twitter e LinkedIn com o objetivo de fornecer aos marketers informações sobre
______________________ 9
http://www.visualeconomics.com/how-the-world-spends-its-time-online_2010-06-16/
13:38
17/04/2011
24
interesses de usuários e os hábitos de compra relacionados a sua rede de escolha. O resultado final é uma visão detalhada sobre os perfis e hábitos de usuários das redes sociais na web atualmente. Algumas das conclusões do estudo refletem coisas que já sabíamos. Por exemplo, os usuários do Facebook tendem a ser mais velhos, caucasianos e em melhor situação financeira, já os do MySpace são jovens. Outra informação é nova: usuários do Twitter são mais propensos a ter um emprego de meio expediente, usuários do LinkedIn gostam de exercitar e possuírem mais gadgets. O estudo da Anderson teve uma amostra de mais de 11.000 membros do painel GreenfieldOnline (uma comunidade de pesquisa online) durante um período de 11 meses, para entender o alcance dos serviços de redes sociais entre a população online do EUA. Depois a empresa entrevistou mais 5000 membros, sendo que 1250 participaram de uma pesquisa mais detalhada. A empresa então dividiu os participantes em duas categorias: aqueles que usam as redes sociais, e aqueles que não. Para ser considerado um usuário de redes sociais o participante tinha que ter usado algum dos sites em questão nos últimos 30 dias. Claro, nem todos fazem uso de uma rede social apenas. O estudo descobriu que há sobreposições entre os sites, como mostra o gráfico abaixo: abaixo:
25
1.4
Usuários de Redes Sociais em geral
De 110 milhões de americanos (ou 60% da população online) que usam redes sociais, o usuário comum de redes sociais entra bastante nessas redes. Eles entram nos sites de redes sociais 5 dias da semana, 4 vezes por dia gastando um total de uma hora por dia. 9% desse grupo permanecem nas redes o dia todo e constantemente olham pra ver o que tem de novo.
26
1.5
Interagindo com as marcas
Quando se trata de marcas online, o estudo constatou que:
52% dos usuários tinham adicionado como amigo ou marcado como
fã de pelo menos uma marca,
17% consideram positivo o fato de verem uma marca em uma rede
19% consideram negativo o fato de verem uma marca em uma rede
64% não responderam ou não se importaram com as marcas nas
social,
social,
redes sociais,
20% gostariam de ver mais comunicação da parte das marcas
online,
1.6
35% não gostariam de ver mais comunicação,
45% não responderam ou não se importavam.
Mitos das Redes Sociais derrubados
Algumas informações interessantes se destacaram no estudo incluindo a desmistificação de alguns mitos das redes sociais. Os usuários de redes sociais não estão interessados em adicionar estranhos como amigos ou em criar “falsos” amigos para impulsionar o seu ego. Do grupo, 45% se conectam apenas com
27
família e amigos e outros 18% só interagem com pessoas que conheceram pessoalmente. Em outras palavras, dois terços se interagem somente com pessoas que realmente conhecem. Apenas 10% dos pesquisados responderam que interagem com qualquer pessoa. Também é interessante que apenas 15% dos usuários de redes sociais dizem que entram em redes sociais no trabalho, desmascarando outro mito sobre o uso em excesso de redes sociais no ambiente de trabalho.
1.7 Os não usuários de redes sociais
O estudo revelou as razões do porque de alguns usuários de internet não estarem em nenhuma rede social. Surpreendentemente, não é porque eles odeiam tecnologia, eles gastam tanto tempo na web como os usuários de redes sociais. Em vez disso, eles não usam mídias sociais ou porque não tem tempo, ou porque não acham seguro ou até alguns pensam que é estúpido. No entanto, mesmo contando com aqueles que não passam tanto tempo na web, 22% afirmam que irão começar a utilizar alguma rede social em até 3 meses e 27% disseram que irão começar dentro de um ano10.
1.8 Meios de acesso
As pessoas se conectam a internet pra acessar conteúdo de muitas formas diferentes abaixo estão apresentadas as principais formas: ______________________ 10
http://readwriteweb.com.br/2010/02/13/quem-usa-as-redes-sociais-e-como-sao-1%C2%AA-
parte/ 17/04/2011 16:38
28
Dial-Up: A famosa conexão discada, utilizada principalmente no início da internet. Sua velocidade é considerada baixa pros padrões atuais, alcançando 56kbps com os modems mais modernos. Outra grande desvantagem é a linha telefônica que fica ocupada durante a conexão. 3G (Terceira geração mobile e comunicação wireless) Após a geração dos celulares analógicos (primeira geração) e dos digitais (segunda geração),
a tecnologia 3G proporciona uma transmissão de
dados mais veloz, possibilitando o acesso com velocidade de banda larga à internet em dispositivos mobile. Também surgiram os serviços de geolocalização conectados através dos aparelhos compatíveis com a tecnologia GPS. Wi-fi WI-FI é uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios (WLAN)11. Hotspot: Existe para estabelecer ponto de acesso para conexão à internet. O ponto de acesso transmite o sinal sem fios numa pequena distância – cerca de 100 metros. WiMAX:
Tecnologia que estende o alcance do sinal Wi-Fi a grandes
distâncias, podendo cobrir cidades inteiras com uso de repetidores de sinal.
______________________ 11
http://www.flatworldknowledge.com/pub/emarketing/211306#web-211306 11/04/2011 10:38
29
BroadBand: O termo BroadBand ou banda larga como é conhecido no Brasil, pode apresentar diferentes significados em diferentes contextos. A recomendação I.113 do setor de Padronização da UIT define banda larga como a capacidade de transmissão que é superior àquela da primária do ISDN a 1.5 ou 2 megabits por segundo. O Brasil ainda não tem uma regulamentação que indique qual é a velocidade mínima para uma conexão ser considerada de banda larga. A Colômbia estabeleceu uma velocidade mínima de 512kbps e os Estados Unidos de 200kbps. O significado já sofreu várias modificações conforme o tempo. Inicialmente, banda larga era o nome usado para definir qualquer conexão à Internet acima da velocidade padrão dos modens analógicos (56 kbps). Usando linhas analógicas convencionais, a velocidade máxima de conexão é de 56 Kbps. Para obter velocidade acima desta tem-se obrigatoriamente de optar por uma outra maneira de conexão do computador com o provedor. Atualmente existem inúmeras soluções no mercado. O termo pode ser usado como oposição à Banda estreita ou Banda Base 12.
ADSL (Asymmetric digital subscriber line)
É um formato de DSL, uma tecnologia de comunicação de dados que permite uma transmissão de dados mais rápida através de linhas de telefone do que um modem convencional pode oferecer13.
______________________ 12
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wi-Fi 11/04/2011 11:02
http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_larga 11/04/2011 11:40 13
http://pt.wikipedia.org/wiki/ADSL 11/04/2011 11:55
30
Locais de Acesso
Os principais locais de acesso são - Em casa - No escritório ou local de trabalho - Em bibliotecas e centros educacionais - Em Lanhouses ou cybercafés
1.9 Os Influenciadores
Entre os bilhões de usuários de internet no mundo, alguns se destacam por exercer influência nos demais. No inicio da popularização da internet, quando ainda não havia pessoas com fama adquirida pela internet, os influenciadores eram basicamente pessoas ligadas a empresas de tecnologia, estes testavam e utilizavam as novas ferramentas produzidas por suas respectivas empresas e estimulavam outras pessoas próximas que gostavam de testar e experimentar as novidades pra depois compartilhar suas experiências com as demais pessoas, esses curiosos interessados em novidade são chamados de Early Adopters e são o segundo nível de influenciadores. Com o inicio das redes sociais e fóruns de discussões, os assuntos online deixaram de ser exclusivamente sobre tecnologia, abrangendo todos os temas do cotidiano das conversas das pessoas também fora da internet. Nesse cenário, começam a se destacar os formadores de opinião em assuntos diversos. A importância de se tornar uma pessoa influente na internet ficou bem evidente nas eleições dos Estados Unidos em 2008, onde o então candidato Barack Obama investiu uma quantia considerável em campanha online ganhando destaque principalmente no Twitter, onde além de ganhar popularidade também ajudou a popularizar a ferramenta que hoje em dia é utilizada por quase todas as pessoas que buscam ser influenciadores. 31
Existem diversas formas de se medir a influência de alguém na internet, um exemplo de medição é através do Twitter, que é uma ferramenta que possui uma grande quantidade de usuários pelo mundo e possui uma interface simples que estimula as pessoas a expor seus pensamentos e opiniões. O renomado jornal americano The New York Times encomendou uma pesquisa a empresa Twitayzer pra que informassem quem são as pessoas mais influentes no Twitter, então eles retornaram com algo chamado Influence Index, que conta a quantidade de vezes que o usuário de alguém é mencionado por outros além dos retweets que ocorrem quando a mensagem é escrita é retransmitida14.
O resultado pode ser conferido abaixo: 1. Rafinha Bastos Seguidores: 1,690,817 Influência: 90 2. Chad Ochocinco Seguidores: 1,651,070 Influência: 89 3. Conan O’Brien Seguidores: 2,367,928 Influência: 88 4. Stephen Fry Seguidores: 2,188,395 Influência: 87 5. Ryan Seacrest Seguidores: 3,880,840 Influência: 86
______________________ 14
http://6thfloor.blogs.nytimes.com/2011/03/24/a-better-way-to-measure-twitter-influence/
13/04/2011 18:20
32
6. Snoop Dogg Seguidores: 2,536,996 Influência: 85 7. Barack Obama Seguidores: 6,531,868 Influência: 83 8. Rainn Wilson Seguidores: 2,168,826 Influência: 83 9. Kim Kardashian Seguidores: 6,032,559 Influência: 81 10. Huck Luciano Seguidores: 2,663,202 Influência: 77
Além do ranking de pessoas mais influentes, a pesquisa também apontou outros números importantes como: Pessoas com mais seguidores e Populares por interesses como Tecnologia, politica, religião e esportes.
1.10
Formação dos clusters de preferências e interesses
Clusters são os diversos perfis de públicos agrupados em um só. Esse termo tem sido usado frequentemente por planejadores digitais pra direcionar suas estratégias de marketing focando em públicos alvos específicos. Ao final dos anos 90, os usuários de internet começaram a não só ler informações como a contribuir com o conteúdo gerado, os primeiros fóruns e sites pessoais foram criados dando origem alguns anos depois aos blogs.
33
Ao ler, criar e compartilhar conteúdo próprio, os usuários de internet começaram a encontrar outras pessoas com quem tinham maior afinidade e gostos em comum, mantendo contato e criando vínculos de amizade. Os mecanismos de busca que em seus primórdios listavam os resultados de site em ordem alfabética, tiveram papel fundamental ao criar algorítmos que exibiam resultados de busca ordenados por relevância e importância do conteúdo. Empresas na internet, vendo essa segmentação de usuários acontecendo, perceberam uma grande oportunidade de monetização, criando por exemplo, sites de relacionamento onde era possível entrar em contato com outra pessoa que possuísse interesses em comum, através de um cadastro pago geralmente por mensalidades ou outras periodicidade. Esses sites eram muito parecidos com o que vemos em redes sociais populares hoje em dia, como o Facebook e o Orkut por possuírem perfis pessoais com informações pessoais, de trabalho e relacionamento.
34
2. MÍDIAS E REDES SOCIAIS: HISTÓRICO EVOLUCIONAL E TECNOLÓGICO
2.1 O conceito de midias sociais na internet
Mídias sociais digitais se referem à atividades, práticas e comportamento online entre grupos de pessoas que praticam compartilhamento de informações, conhecimentos e opiniões usando meios de conversação na web. Entende-se por meios de comunicação online, aplicativos baseados na web que permitem criar e transmitir facilmente o conteúdo na forma de texto, imagens, vídeos e áudios. É muito provável que você pertença a várias comunidades se já usou o computador para ler um blog, assistir a um vídeo no Youtube, ouvir um podcast ou mesmo um celular para enviar uma mensagem de texto para outros membros de seu grupo ou comunidade, se aventurando assim, no ecossistema da mídia social, este que, por sua vez, possui delimitações em seus níveis de participação e envolvimento, que serão apresentados a seguir.
2.1.1 As
quatro categorias de envolvimento15
Comunicação: Se você enviou um e-mail recentemente, você se comunicou. Se já fez uso de algum serviço como Constant Contract ou
______________________ 15
Fonte: LON SAFKO, David K Brake , A bíblia da mídia social, Ed Blucher, 2010
35
Survey Monkey para convidar um grupo de pessoas (via e-mail) para conhecer seu informativo eletrônico ou participar de uma rápida pesquisa, você aperfeiçoou sua comunicação utilizando um aplicativo de mídia social. Se já usou o Twitter para espalhar uma breve mensagem de texto para um grupo de amigos ou colegas, você lançou mão de um meio social específico para se comunicar. Se você já usou o Jott para converter uma mensagem de voz em um e-mail, bem-vindo ao mundo da mídia social. Colaboração: Um dos primeiros usos da internet foi como uma ferramenta de colaboração. Se você participou de um ListServ, uma sala de bate-papo ou um fórum de discussão, você já experimentou a colaboração em algum grau. Há, no entanto, várias ferramentas de mídia social destinadas a promover a colaboração entre equipes de trabalho, compradores e vendedores, empresas e clientes, mesmo entre autores e leitores. Wikipedia, eBay, e gather.com são exemplos de aplicações e empresas que oferecem um meio de colaboração. Educação: Educar clientes e treinar funcionários são procedimentos cada vez mais praticados em pequenas e grandes corporações, considerados fatores importantes para o sucesso do negócio. Diversas ferramentas de mídia social tornam o processo de ensino mais fácil e dinâmico. Se você já baixou músicas no iTunes,
da Apple, sabia que pode também fazer
download de palestras de nível universitário sobre uma vasta gama de tópicos? Algumas empresas estão usando podcasts e vídeos do YouTube como forma de educar. Há seminários virtuais e aulas sendo realizadas no Second Life. Alguns experientes corretores de imóveis estão usando os blogs para mostrar aos potenciais compradores as escolas, igrejas e restaurantes na comunidade.
36
Entretenimento: publicitários
na
consequentemete,
Tradicionalmente, televisão
são
alguns muito
dos melhores divertidos,
anúncios
atraentes,
e,
bastante eficazes na venda de produtos e serviços,
porém são caros para produzir e transmitir.
Não é assim no novo mundo da mídia social. Com uma rápida busca no YouTube, usando, por exemplo, a frase “blendtec iPhone”, pode-se ver como o CEO de uma empresa que fabrica liquidicadores (sim, o aparelho de cozinha) foi capaz de aumentar drasticamente as vendas disparando uma série de vídeos que mostram o mostram alimentando com diferentes objetos seu potente liquidificador – Objetos que incluem um iPhone da Apple.
2.2 As primeiras mídias sociais surgidas a partir do fim dos anos 90
Atualmente, redes sociais como Facebook, Orkut, Twitter, Linkedin, YouTube e similares, não representam mais algo desconhecido ou grandemente inovador, devido à sua popularização.
Mesmo as poucas pessoas que não
possuem perfil cadastrado, certamente conhecem alguém que faz uso destes sites, ou mesmo obtiveram as primeiras informações sobre redes sociais e web 2.0 através de mídias convencionais, como TV, rádio, revistas e jornais.
2.3 As primeiras influências
Antes de abordar assuntos sobre as mídias sociais modernas, surgidas ao fim dos anos 90, há importância em entender quais foram as iniciativas que serviram como inspiração e porta de entrada para as novas tecnologias sociais. 37
2.3.1 Anos
70/80
BBS (Bulletin Board System): Considerado o predecessor do WWW (World Wide Web), teve sua importância a partir do fim dos anos 70, sendo extintas quando web começou a surgir. O primeiro BBS entrou no ar em 1978 criado por Ward Christen, membro do Chicago Computer Club16. Esse sistema rodava em um servidor que recebia conexões via linha telefônica. Quem acessava podia fazer download e upload de arquivos, trocar mensagens com os outros usuários, participar de fóruns, ler notícias e utilizar os jogos disponíveis. Entretanto, esses sistemas não tinham modelo de negócio sustentáveis e não eram fáceis de usar como são as mídias sociais atuais. Seu formato de interação entre os usuários coloca o BBS nos primórdios dessa história. Usenet: Sistemas Usenet surgiram no final da década de 1970 e permitiam que seus usuários compartilhassem artigos ou posts em grupos de notícias. Ao contrário dos BBSs e fóruns, os Usenets não utilizavam servidores centralizados. Eles deram origem aos primeiros leitores de notícias, precursores dos feeds RSS atuais.
2.3.2 Anos
90
______________________ 16
http://www.thocp.net/software/software_reference/bbs_system.htm 08/05/11
38
Foruns/IM´s: A partir do inicio dos anos 90, algumas das ferramentas de socialização mais utilizadas pelos primeiros usuários de internet foram os fóruns e os IM’s (Instant Messengers), sendo, entre esses, mais conhecidos o Irc e o ICQ respectivamente. Através dessas ferramentas os usuários já iniciavam a criação de grandes comunidades, compartilhavam links, notícias, arquivos e se comunicavam com grande facilidade e rapidez. Online chat: Os primeiros serviços de chat surgidos na web serviam como pontos de encontro de amigos, bem como locais onde era possível conhecer pessoas novas. Sites como o MSN, ou o UOL (no Brasil) possuíam serviços muito populares na época que eram muito utilizados, principalmente por novos usuários, ao contrário dos fóruns e IMs que até então possuíam usuários com alguma experiência online.
A popularização dos chats online gerou (e eventualmente ainda gera) muitas críticas por pessoas que o acusam de estar substituindo palavras do idioma por termos simplificados e abreviados, com o intuito de facilitar a digitação e agilizar o processo de conversação, criando assim uma linguagem hibrida totalmente nova.
Constituindo os alicerces do conceito de mídias sociais, estes e outros sites focados na socialização via web, deram origem à novos hábitos comportamentais, que, por sua vez, abriram portas para a web 2.0 como conhecemos hoje, que engloba a sociedade em sua rede de novos hábitos e novas tendências, como serão abordados adiante.
2.4 O surgimento das redes sociais na internet
39
Chegando ao fim dos anos 90, o conceito da web 2.0, ainda em estágio embrionário, começava a impulsionar novas idéias de comunicação na web entre pessoas com interesses em comum. Os sites de relacionamento, fóruns, messengers e chats eram pontos de encontro entre pessoas que possuíam afinidades, porém, todas eram focadas em objetivos específicos, especialmente a conversação. Com o surgimento da banda larga, aumento do número de usuários e dos recursos multimídia como a webcam e as câmeras digitais, as pessoas passaram a compartilhar mais suas informações pessoais, em perfis mais completos, com suporte a álbum de fotos, listas de interesses pessoais, mensagens públicas e privadas entre si, além da possibilidade de criação de grupos de amigos.
2.5 As mídias sociais como conhecemos hoje
Junto com a chegada do novo milênio, as primeiras ferramentas sociais online como as que conhecemos atualmente foram surgindo. Todas possuíam propostas e utilidades bastante
peculiares,
porém
sempre focadas no
compartilhamento de informação de forma colaborativa, isto é, onde qualquer pessoa tem total liberdade pra contribuir com conteúdo próprio, compartilhar o que for de sua vontade, além de reunir clusters de pessoas de acordo com seus interesses em comum, executando desta forma todos os princípios conhecidos atualmente relacionados às mídias sociais modernas.
Dentre as centenas de ferramentas surgidas, algumas em especial ganharam muito destaque em algum momento, mantendo-se até os dias atuais,
40
outras não conseguiram manter o mesmo sucesso e decaíram ao esquecimento, bem como existem também as que já foram finalizadas ou vendidas.
A seguir, temos uma a descrição das principais mídias sociais surgidas a partir dos anos 2000: Wikipedia: Lançada em 2001, a Wikipedia revolucionou o conceito das enciclopédias, que até então resumiam-se em livros enormes. Não apenas em relação ao formato digital, mas também quanto à elaboração e acessibilidade para os usuários. É gratuita e livre, e qualquer pessoa interessada pode colaborar para torná-la mais extensa. Friendster: Lançado em 2002, este foi um dos primeiros sites a introduzir as possibilidades das redes sociais ao mundo, cuja proposta consistia em conectar amigos e familiares em um site criado unicamente para que os usuários se comuniquem, nutrindo relações e criando novas amizades. Assim, quem são esses usuários? O Friendster está aberto a pessoas com mais de 18 anos. Embora originalmente dominasse o mercado na faixa etária dos 20 anos, agora seu público são pessoas mais velhas, financeiramente independentes e já formadas. Fotolog: surgiu em abril de 2002 gerando um grande movimento mundial de compartilhamento de fotos por meio dos flogs (blogs de fotos) pessoais. Metacafe:
fundado em julho de 2002 foi o primeiro site a permitir o
compartilhamento
social
de
vídeos,
onde
qualquer
pessoa
pode
compartilhar seus vídeos pessoais.
41
Last.fm: Last.fm, lançado em 2002, permite aos usuários criar, administrar e gerenciar rádios pessoais, conhecer novas músicas, interagir e conhecer pessoas com gosto musical similar. LinkedIn: Lançado em 2003, o Linkedin é a rede social construída no foco em contatos profissionais e compartilhamento de informações relativas à carreira, vida acadêmica e apresentação profissional online. Atualmente representa um dos principais sites a ser consultado em processos seletivos online. Hi5: Também em 2003, foi lançado o Hi5, rede social centralizador de muitas das possibilidades já propostas até então: conectar-se com amigos, colegas e familiares, fazer novas amizades, configurar e personalizar o perfil, adicionar e compartilhar álbuns de fotos e posteriormente jogar em aplicativos locais. Myspace: surgiu em agosto de 2003 e em 2006 já era a rede social mais popular dos EUA. Título não mantido com o passar dos anos e surgimento de novos sites relacionados. Com players de música e vídeo integrados, tornou-se o site favorito dos usuários para divulgação de músicos, bandas e celebridades em geral, dando espaço à artistas independentes e seus respectivos fãs. Delicious: Lançado em 2003, conquistou usuários com a inédita proposta de organização, gerenciamento, catalogação e busca de bookmarks online. Agora, links indicados não precisavam ser somente favoritados no browser, mas também salvos, compartilhados e divulgados em um perfil online, contribuindo de forma coletiva para o banco de informações que sustenta o mecanismo de busca do site.
42
Orkut: Lançado em 2005, pouco antes do lançamento do Facebook, a rede ganhou bastante destaque inicial principalmente por ser filiada ao Google, desenvolvida por um engenheiro da empresa. Com foco nos EUA, o Orkut oferecia facilidade e praticidade em conectar-se com amigos, colegas e familiares, bem como meios para tornar o perfil online um verdadeiro espaço de compartilhamento de informações pessoais. Fugindo aos planos, a rede social tornou-se popular na Índia e Brasil, sendo neste, o site que introduziu o conceito de redes sociais ao cotidiano da população.
Facebook: Alguns anos depois, em 4 de fevereiro de 2004, foi lançada a rede social líder de mercado até o os dias de hoje. Quatro estudantes da Universidade de Harvard, Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes criaram uma rede social direcionada inicialmente aos estudantes de sua universidade, onde, devido ao sucesso, após dois meses já estavam presentes em outras instituições de ensino.
Com a grande popularidade do Facebook, Hollywood resolveu produzir um longa metragem chamado “A Rede Social” (Titulo original: The Social Network) dirigido por David Fincher e estrelado por atores como Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Rooney Mara e o mundialmente conhecido ídolo pop Justin Timberlake.
A Rede Social obteve grande sucesso, sendo indicado em oito categorias do Oscar: melhor filme, melhor diretor, roteiro adaptado, fotografia, trilha sonora, mixagem de som e edição. Vencendo em três (Melhor Roteiro Adaptado, com Aaron Sorkin, Melhor Trilha Sonora Original, com Trent Reznor e Atticus Ross, e Melhor Montagem), além de vencer o Globo de Ouro em quatro categorias, incluindo melhor filme.
43
Sinopse do Filme: Em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), analista de sistemas graduado em Harvard, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova idéia. Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, o leva a complicações em sua vida social e profissional17. Flickr: Também lançado em 2004, conquistou milhares de usuários por ser uma das primeiras redes sociais focadas na publicação, compartilhamento e busca de fotos pessoais e profissionais, organizadas em álguns e apresentadas em timeline. Multiply: Lançado em 2004, o Multiply propôs o compartilhamento de informações pessoais, fotos e vídeos entre amigos e familiares. Somando ainda ferramentas características de agenda pessoal como utilitários para música, links, depoimentos, receitas, entre outros, o site hoje conta com ferramentas de criação, publicação e gerenciamento de lojas pessoais online. Tagged: Com foco em conectar amigos e proporcionar novas amizades através do máximo entretenimento interpessoal, o Tagged apresentou, também em 2004, além dos conceitos básicos de redes sociais, ferramentas para diversão como jogos, presentes virtuais, integração de widgets de vídeo, música, chat e etc, todos livremente configuráveis em um perfil online totalmente aberto à personalizações.
______________________ 17
http://www.adorocinema.com/filmes/a-rede-social/
44
Vimeo: Ainda em 2004, usuários de redes sociais foram apresentados ao Vimeo, site de publicação e compartilhamento de vídeos filmados e exibidos
pelos
próprios
usuários.
Vídeos
comerciais,
campanhas
publicitárias, clipes, curta-metragens e demais vídeos de intuito comercial similar não são permitidos, resultando em um site totalmente colaborativo. Digg: Em 2004, o conceito de Social Bookmarking foi otimizado e consolidado com a colaboração do Digg, que apresentou aos usuários ferramentas que permitem a classificação e votação dos links postados pelos próprios membros do site, entre outros utilitários relacionados. Bebo: Construído sobre os conceitos básicos de redes sociais e lançado em 2005, contém os módulos padrões de perfil, comentários e lista de amigos, compondo mais uma rede onde o foco é conversação e contato facilitado com amigos e novas amizades. O site foi comprado pelo grupo AOL, mas não foi muito além do baixo nível de popularidade. YouTube: Fundado em 2005, o YouTube proporciona a publicação e compartilhamento de vídeos pessoais, insititucionais e comerciais. Popularizou o conceito de rede social de vídeos, e através do seu livre e abrangente conteúdo de vídeos postados, que permite publicação de materiais que vão desde trailers, clipes musicais, curta-metragens e derivados, até vídeos caseiros, todos em canais facilmente personalizados e divulgados, o que conquistou inclusive o mercado do entretenimento em geral. Foi comprado pelo Google em 2006. Ning: Observando a febre das redes sociais e na tentativa de abrir espaço a mais idéias de desenvolvedores independentes, os fundadores do Ning o lançaram em 2005, com a proposta de fornecer uma plataforma para construção de redes sociais, onde qualquer usuário poderia construir a 45
sua, com tema e idéias livres, de forma prática e rápida, assim colaborando para um grupo gigantesco de redes sociais menores e segmentadas. Jaiku: Estruturado sobre bases do minimalismo funcional e simplicidade, foi a primeira rede de microblogging lançada, em 2006. Perfis formados por simples timelines com atualizações de 140 caracteres introduziram o conceito de microblog aos usuários de redes sociais. Mesmo após comprado pelo Google, em 2007, o Jaiku não chegou a ser líder de mercado. Plurk: Lançado em 2008, o Plurk agregou ao conceito de microblogging, a possibilidade de respostas e discussões dentro de cada atualização postada, e através da sua arquitetura diferenciada, em cada perfil são mostradas as atualizações em uma linha do tempo horizontal. Além destas características, o Plurk também somou às suas funcionalidades o código de programação do perfil aberto e editável, conquistando assim os usuários que privilegiam perfis personalizados e modeláveis.
Shelfari: Lançado em 2006, o Shelfari foi a primeira rede social focada em compartilhamento de informações pessoais relativas à livros e leitura em geral, onde os usuários podem montar bibliotecas com seus livros favoritos, compartilhar os livros que estão lendo e ainda interagir com demais usuários sobre os mesmos. Dodgeball: Pioneiro em compartilhamento de locais, foi lançado em 2005 e possibilitava que os usuários compartilhassem os locais onde estavam, através de mensagens de texto. Com o surgimento e popularização do GPS mobile, a tecnologia e arquitetura utilizada tornou-se obsoleta, e, mesmo após comprado pelo Google, o site foi finalizado em 2009.
46
Justin.tv: Lançado em 2007, apresentou aos usuários uma rede de canais online, onde os usuários podem tanto assistir quanto transmitir streamings de vídeo em tempo real pela internet. Gowalla: Surgiu ainda em 2007, também baseado em geolocalização para compartilhamento do local do usuário, via internet mobile ou mensagens de texto para publicar sua localização pessoal. Tumblr: Plataforma de blogs lançada em 2007, composta por ferramentas para publicação de posts formados por texto, fotos, vídeos ou podcasts, somadas à funcionalidades nativas de redes sociais como a republicação de conteúdo e favoritismo dos mesmos, sem deixar de lado o espaço para comentários e debates, bem como a fácil personalização, acessível a todos os usuários. Foursquare: Dos mesmos desenvolvedores do Dodgeball, o Foursquare foi lançado em 2009 e disseminou o uso da geolocalização em mídias sociais através do conceito de compartilhamento de localização, tornando-se a rede social mais popular do segmento, através dos aplicativos mobile e de funcionalidades como a livre adição de comentários sobre os locais e sistema de pontuação e consequente premiação a usuários ativos. ChatRoulette: Apesar de não ser composto por módulos que comumente estruturam uma rede social, o ChatRoulette é relacionado à história da mídia social por tratar-se de um site diretamente focado na conversação dos usuários, geralmente desconhecidos uns aos outros, mas que se conhecem e conversam por chat de voz, texto e vídeo através de um “sorteio” feito pelo próprio site, colocando em contato usuários de qualquer
47
lugar do mundo. Tornou-se um fenômeno da internet pouco após seu lançamento, em 2009. Formspring.me: Também lançado em 2009, o site permite criar um perfil online para receber e enviar perguntas de e para seus amigos, tendo assim um livro de perguntas e respostas digital. O serviço é um dos que alcançaram o uso empresarial, servindo como SAC ao auxiliar o relacionamento com o cliente.
2.6 As três grandes evoluções das redes sociais
Assim como todas as (em sua época) novas tecnologias e meios de comunicação, as redes sociais passaram por diversas evoluções de acordo com as necessidades e inovações presentes no crescimento da internet. Porém, essas mudanças ocorreram sempre de forma cumulativa, agregando novidades, mas sempre mantendo sua essência, apenas com o intuito de facilitar o compartilhamento de informações pessoais. A seguir, teremos uma descrição de cada uma dessas grandes evoluções ocorridas até chegarmos às redes sociais como elas são atualmente.
2.6.1
“Este sou eu” – As redes sociais voltadas à criação e compartilhamento de
perfis
As redes sociais mais populares como o Facebook é hoje em dia, o Myspace foi há algum tempo atrás e até mesmo o Orkut em alguns países, foram as precursoras de todo o sucesso que vemos atualmente na internet, todas elas 48
possuíam uma característica em comum: A criação e o compartilhamento de perfis com informações pessoais. A quantidade de informações pessoais facilmente compartilhadas fez dessas redes sociais virtuais um sucesso imediato. Acessando um perfil alheio é possível obter mais informações sobre a pessoa do que em horas de entrevista. Todos os hobbies, gostos, personalidade e hábitos estão acessíveis ao visitante, o que acabou por gerar muitos problemas de privacidade, foco da atenção das críticas dos sites especializados e dos usuários. Assim, consequentemente também são alvo das melhorias implementadas pelos desenvolvedores dessas redes.
A criação e manutenção de um perfil pessoal repleto de informações demanda uma quantia razoável de tempo, logo, as redes sociais dessa primeira geração começou à receber críticas de diversos segmentos da sociedade, principalmente da área acadêmica e profissional, onde os usuários muitas vezes se abdicavam de realizar suas atividades obrigatórias durante o período no local pra acessar seu perfil virtual. Como combate às redes sociais, as organizações começaram incluí-las como proibidas nas políticas de acesso à internet, além de realizar o bloqueio destes sites.
2.6.2
“Olhem o que estou fazendo” - As redes sociais voltadas ao
compartilhamento de status conteúdo (microblog)
Apesar de existir centenas de redes sociais voltadas ao compartilhamento de status, de longe à que se destaca mais é o Twitter, que motivou inclusive outras redes como o Facebook, Orkut, Linkedin a inserir uma área de compartilhamento de notícias e novidades assim como ela.
49
Na contramão das redes sociais da primeira geração que sempre pensavam em programar mais e mais features, o Twitter veio com a simples ideia de se compartilhar status através de mensagens de até 140 caracteres além de abandonar o tradicional sistema de amigos por Followers / Following (seguidores/seguindo) onde o usuário tem a opção de ver as atualizações de quem se segue. Pode-se se afirmar com certeza que o grande boom do Twitter ocorreu nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2008, quando o então candidato Barack Obama se utilizou dessa rede pra promover seus ideais e promessas de campanha. Desde então, personalidades do mundo todo procuram se promover através de seus perfis. Existem também os casos de pessoas anônimas que se tornaram web celebridades por compartilhar conteúdo de grande interesse a uma grande quantidade de seguidores.
2.6.3 “Estou aqui” Redes sociais baseadas em geolocalização
A terceira grande evolução das redes sociais deve-se à implementação da tecnologia de geolocalização que é feita se baseando na localização do usuário através de um dispositivo com compatível com GPS, geralmente smartphones.
2.7 A descoberta das midias sociais pelas empresas
A quantidade de noticias sobre midias sociais e a altíssima porcentagem de usuários de internet utilizando essa nova forma de socialização chamou a atenção das empresas, que viram uma ótima oportunidade de se aproximarem de seus clientes.
50
Em especial nas redes sociais, informações valiosas dos clientes estão fácilmente acessíveis pelas empresas, os perfis traçam com detalhes os hobbies, hábitos, gostos, localização e amigos de seus usuários público alvo, tornando-os objeto de pesquisa e estudo de comportamento pra alterações de seus produtos e campanhas de marketing.
Em comunidades e grupos do Orkut e Facebook, assim como em ferramentas de atualização de status como o Twitter, existe uma grande quantidade de usuários que compartilham opiniões sobre produtos e marcas. Intenções de compras, reclamações sobre defeitos, comentários sobre qualidade, elogios e críticas a marca são os exemplos mais comuns de conteúdos compartilhados e pelos usuários extremamente úteis para as empresas.
2.8 As novas tecnologias surgindo como instrumento de inovação.
Na medida em que as midias sociais foram evoluindo, novas idéias foram surgindo assim como a tecnologia se desenvolveu. Desde linguagens de programação, velocidade de conexão até mesmo o uso de dispositivos com GPS, especialistas em Tecnologia vem usando essas novidades como instrumento de inovação em midias sociais.
2.9 Novos padrões web
Os
padrões
web
(webstandards)
regulamentados
pela
W3C
são
modificados e melhorados todos os dias, possibilitando diversas novidades.
51
Podemos citar como exemplos recentes o HTML5 e o CSS3 que viabilizaram a inserção de efeitos visuais nas páginas e até mesmo vídeos sem a necessidade da instalação de plugins. A padronização do conteúdo deve-se em grande parte a utilização do XML que possibilitou a criação de metadados personalizados, ao contrário dos pré estabelecidos pelo padrão HTML, isso significa que o utilizando é possível fazer com que os sistemas de midias sociais possam compreender a diferença entre a cor laranja e a fruta de mesmo nome, isso graças às informações que a descrevem e vão acopladas a palavra.
2.10 Novas formas de acesso à internet
Por muito tempo o principal acesso a internet era via PC, sendo que no início apenas os ligados por redes de universidade, com o tempo os computadores residenciais passaram a ter acesso e então o boom da web aconteceu. A grande evolução no entanto, se deu à medida em que tecnologias de internet sem fio foram surgindo, fazendo com que novos dispositivos como notebooks, smartphones, celulares e mais recentemente os tablets se tornassem pontos de acesso. Os chamados dispositivos móveis possuem características diferentes dos PCs, como telas e teclados menores, limitação de duração da bateria e principalmente o fato do uso da internet se dar em situações em que o usuário está em movimento, ou em locais onde há excesso de distração. Identificadas as diferenças entre as formas de acesso, os sites começaram a produzir versões mobile, onde a usabilidade começou a ser pensada de acordo com o meio de acesso.
52
As redes sociais pensando em dominar o tempo dos usuários que acessam via dispositivos móveis, tomaram a iniciativa não só de criar versões mobile de seus sites, mas também criar aplicativos que instalados nesses aparelhos, oferecem mais recursos do que páginas web. O acesso à internet é normalmente fornecido por um PASI (Provedor de Acesso a Serviços de Internet) ou por uma operadora com licença SCM (Serviços de Comunicação Multmídia). De acordo com o tipo de serviço solicitado pelo usuário final esse acesso pode ser discado ou de banda larga. Independente do tipo de prestador do serviço, a implementação de um meio de acesso a Internet tem, basicamente, 3 blocos funcionais. A seguir, estão listados os principais meios de acesso : POP: é o ponto de presença da operadora onde se encontram os equipamentos de acesso ao usuário e da rede IP que se interliga à internet; Rede de Acesso: é o elemento de ligação entre o POP e o usuário final, sendo normalmente constituídos por cabos de cobre, cabos de fibra óptica ou pelo próprio "AR" (para ligações via rádio e satélite) e, quando necessário, por equipamentos de regeneração ou recuperação de sinal; CPE (Customer Premisses Equipment): é o equipamento ou o acessório que se interliga com a rede de acesso e com o computador do usuário final, fazendo as devidas conversões de sinais elétricos e de protocolos para implementar a conexão que vai permitir o acesso à Internet.
Dentre esses blocos funcionais, a Rede de Acesso tem sido o elemento chave para a expansão generalizada do acesso à internet. A rede mais comum e que propicia o acesso imediato, é a rede de telefonia fixa já implantada e que chega a grande marioria dos usuários finais. Mesmo assim, sobre essa rede podem ser fornecidos serviços de acesso discado, de menor banda e custo, ou serviços de banda larga, com tecnologias mais complexas e, consequentemente, com um custo maior. 53
Outras redes, com penetração nos centros urbanos, são também utilizadas para fornecer esse tipo de serviço. É o caso das redes de TV a cabo, que atualmente utilizam a mesma infraestrutura para fornecer o serviço de TV, o acesso em banda larga e até o serviços de telefonia VoIP, sendo que esses serviços são oferecidos na forma de pacotes com custo competitivo, quando se compara com o mesmo conjunto de serviços vendido separadamente. Finalmente, as diversas redes sem fio baseadas no uso de rádio ou satélite, como é o caso das operadoras de celular, dos serviços de rádio baseados nas tecnologias Wimax e Wi-Fi, e de serviços de satélite, têm oferecido opções de acesso que concorrem com as outras redes também nas regiões metropolitanas, mas que aparecem como única alternativa para atender os usuários finais em locais aonde as outras redes ainda não chegaram ou não pretendem chegar. Isto posto, podemos dizer que o Meio de Acesso a Internet é composto pela Rede de Acesso e pelo respectivo CPE. Cada operadora, de acordo com a licença que possui e com as características de sua rede, pode fornecer um ou mais Meios de Acesso para os seus usuários finais.
2.10.1
Conexão
O acesso a Internet fornecido pelas operadoras de telecomunicações pode ser feito através de 2 tipos de conexões: individual ou compartilhada. Estes tipos de conexão são descritos a seguir.
Conexão Individual: É o tipo de conexão que se destina única e exclusivamente
ao
computador
de
propriedade
do
usuário
final.
Dependendo do serviço contratado, o usuário final já possui o CPE instalado no seu computador, como é o caso do modem utilizado para 54
acesso discado nos serviços de banda estreita, ou a operadora instala um CPE no endereço físico do Cliente, como é o caso dos serviços de banda larga, que utilizam equipamentos especiais de acordo com a tecnologia da rede de acesso.
Conexão Compartilhada: É o tipo de conexão onde o mesmo meio de acesso é utilizado para atender mais de um computador. A conexão compartilhada
pode
ser
implementada
pela
operadora
de
telecomunicações ou pelo próprio usuário final.
Quando a operadora implementa uma conexão compartilhada, ela instala um CPE cuja funcionalidade permite atender diversos computadores a partir de uma única interligação com a rede de acesso. O CPE pode ser dos seguintes tipos: Switches com saídas Ethernet: Este tipo de equipamento permite compor uma rede local no endereço físico dos usuários finais e interligar os seus diversos computadores através de placas de rede comuns que, com grande freqüência, já se encontram instaladas nos equipamentos.
Cabe à operadora instalar a infraestrutura de cabos de rede para interligar o CPE aos computadores. Exemplo típico desta aplicação são os condomínios comerciais e residênciais onde existe disponibilidade de dutos para a instalação dos cabos de rede.
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Switches com saídas DSL: Este tipo de equipamento também permite compor uma rede local no endereço físico dos usuários finais, e inclusive utiliza a mesma interface de rede existente nos computadores.
Entretanto, para aproveitar a rede de cabos de cobre existente, ou na impossibilidade de instalação de cabos adicionais, cada saída do switch recebe o sinal telefônico original e o transmite junto com o sinal de internet no mesmo par trançado até o local físico do computador. Nesse local um modem especial é utilizado para separar o sinal telefônico e o sinal de internet.
Exemplos desta aplicação são os condomínios residenciais e comerciais onde não existe a disponibilidade de dutos para instalação dos cabos de rede.
Outros tipos de CPE's e equipamentos adicionais podem ser usados pela operadora, dependendo da tecnologia de sua rede de acesso, e da disponibilidade de infraestrutura e espaço no endereço físico dos usuários finais. Atualmente algumas operadoras já estão começando a oferecer inclusive redes baseadas na tecnologia Wi-Fi, o que torna mais fácil e rápida a implementação deste tipo de conexão.
Quando o usuário final deseja implementar uma conexão compartilhada a partir da conexão individual instalada pela operadora, ele utiliza um equipamento adicional para executar a funcionalidade de gateway entre a conexão individual e a sua rede local. Já existem hoje disponíveis no mercado alguns equipamentos de custo mais acessível que possuem a função de switch com 1 entrada e 4, 8 ou mais saídas que podem ser interligadas aos computadores que farão acesso à internet. Caso o usuário tenha disponibilidade, pode ser usado também um computador como gateway, com 2 ou mais placas de rede instaladas, de tal forma
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que uma se conecta a internet e a(s) outra(s) ao(s) demais computadore(s) da rede. Novamente, com o auxílio de um switch ou um hub podem ser conectados vários computadores através de uma única placa de rede. Esse mesmo computador pode prover também a funcionalidade de firewall, propiciando segurança para toda a rede. Para aplicações de maior porte, como por exemplo as redes corporativas, podem ser instalados equipamentos dedicados com a funcionalidade de firewall, que comportam grande número de usuários e regras de segurança mais detalhadas. Adicionalmemente, como no caso anterior, o usuário pode implementear também uma conexão compartilhada baseada na tecnologia Wi-Fi, o que torna nais fácil e rápida a implementação deste tipo de conexão. Já existem vários roteadores que podem possuem 4 ou mais saídas Ethernet, e que oferecem também conexões Wi-Fi, possibilitando compor redes mistas. Essa solução aplica-se tanto aos usuários residênciais como por usuários corporativos de pequeno e médio porte.
2.10.2
Acesso Elétrico
Os Meios de Acesso Elétrico à internet são aqueles que utilizam as redes de acesso baseadas em cabos de cobre, sejam pares trançados ou cabos coaxiais. Este tipo de acesso à internet é utilizado tanto por usuários residênciais como por usuários corporativos de pequeno e médio porte.
Os meios de acesso elétrico disponíveis atualmente são descritos nos parágrafos a seguir.
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Acesso Discado: O acesso discado à internet é feito através da conexão da rede de telefonia fixa disponível no endereço físico do usuário final. Para tanto o computador de acesso deve ter um modem instalado (interno ou externo) e a operadora não necessita instalar nenhum CPE.
Para ter este tipo de serviço o usuário final deve contratar o acesso a internet de um PASI ou utilizar um serviço gratuito de acesso e, adicionalmente, deve pagar os pulsos da ligação telefônica correspondentes ao tempo que ficar com a conexâo ativa.
A autenticação da conta do usuário final é feita pelo próprio PASI, seja ele pago ou gratuito, e deve ser feita sempre que a conexão for iniciada ou reiniciada.
Este tipo de acesso à internet é considerada de banda estreita, já que a própria linha telefônica permite uma banda máxima teórica de 64 kbit/s, a distância da central e a qualidade física dos cabos de cobre pode limitar ainda mais essa banda e os modems atuais trabalham com taxas de 56 kbit/s.
Além disso, este tipo de acesso não permite o uso simultâneo da linha telefônica para ligações de voz e acesso à internet.
Apesar da menor banda para o acesso à internet, este tipo de conexão tem sido usada tanto por usuário residenciais como por usuários corporativos de menor porte, e muitas vezes com o compartilhamento da conexão por mais de um computador.
Atualmente as operadoras de telefonia fixa têm oferecido também planos denominados "internet ilimitada" que oferecem o acesso discado sem cobrança de pulsos mediante o pagamento de uma assinatura mensal de valor fixo. Nesses 58
planos o usuário não tem limite de tempo para o acesso à internet, e também não é possível o uso simultâneo da linha telefônica para ligações de voz.
Acesso ADSL: O acesso ADSL é feito através do compartilhamento do cabo da linha da rede de telefonia fixa presente no endereço físico do usuário final para voz e acesso à internet. Para prover este serviço, a operadora deve instalar um CPE ADSL do lado do usuário final, e deve ter a sua rede preparada para este tipo de serviço. Além disso, o usuário final pode necessitar de um software adicional instalado no seu computador, que é fornecido pela própria operadora.
Para este tipo de seviço o usuário final deve contratar o acesso à internet de um PASI e o serviço ADSL da operadora local de telefônica fixa. Atualmente as operadoras têm oferecido o CPE sem custo para o usuário final.
A autenticação da conta do usuário final é feita em dois níveis: inicialmente pelo provedor da conexão ADSL, e a seguir pelo pelo próprio PASI, e deve ser feita sempre que a conexão for iniciada ou reiniciada. Eventualmente pode-se salvar esses dados de tal forma que sempre que o computador for ligado o acesso é automaticamente iniciado e o usuário tem a sensação que está sempre conectado à internet.
Este tipo de acesso é considerado de banda larga, já que permite taxas de 128 kbit/s até 12 Mbits/s. Entretanto, é limitado pela distância entre o POP da operadora e o endereço físico do usuário final, devido a qualidade física dos cabos de cobre e mesmo de sua atenuação normal, que pode inviabilizar a conexão do sinal elétrico.
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Devido à maior disponibilidade de banda, este tipo de conexão tem sido usada tanto por usuário residenciais como por usuários corporativos com o compartilhamento por mais de um computador, e até mesmo por redes de computadores de porte elevado. Acesso por Cable Modem: O acesso por Cable Modem é feito através do compartilhamento do cabo da conexão rede de TV a cabo presente no endereço físico do usuário final para TV e acesso à internet. Para prover este serviço, a operadora deve instalar um CPE Cable Modem do lado do usuário final, e deve ter a sua rede preparada para este tipo de serviço. Além disso, o usuário final pode necessitar de um software adicional instalado no seu computador, que é fornecido pela própria operadora, se o sistema operacional do seu computador não tiver essa funcionalidade incorporada.
Este tipo de acesso à internet tem sido oferecido de forma isolada, ou seja, apenas o acesso propriamente dito, ou através de pacotes de serviços que incluem TV por assinatura, acesso de banda larga e telefonia VoIP, sempre com tarifas promocionais que podem incluir franquias de minutos para o serviço VoIP.
Para este tipo de seviço o usuário final deve contratar o acesso Cable Modem da sua operadora local de TV a cabo e eventualmente o acesso à internet de um PASI ou provedor de conteúdo, dependendo do serviço selecionado e da operadora. Atualmente as operadoras têm oferecido o CPE sem custo para o usuário final.
A autenticação da conta do usuário final só será necessária se for contratado algum provedor de conteúdo, e deve ser feita sempre que a conexão for iniciada ou reiniciada. Eventualmente pode-se salvar esses dados de tal forma
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que sempre que o computador for ligado o acesso é automaticamente iniciado, mas o usuário estará sempre conectado a Internet. Este tipo de acesso à internet é considerado de banda larga, já que permite taxas de 200 kbit/s até 12 Mbits/s. Entretanto, é limitado pelas condições técnicas e de rede da operadora e pode não estar disponível em todos os locais. Devido à maior disponibilidade de banda, este tipo de conexão tem sido usada tanto por usuário residenciais como por usuários corporativos com o compartilhamento por mais de um computador, e até mesmo por redes de computadores de porte elevado.
Acesso Óptico: Os Meios de Acesso Óptico à internet são aqueles que utilizam as redes de acesso baseadas em cabos de fibra óptica. Este tipo de acesso é utilizado principalmente por usuários corporativos, já que o custo de implantação das redes de fibra óptica levou as operadoras e escolher locais com clientes de maior poder arquisitivo.
Existem algumas tecnologias novas para o uso mais generalizado das redes de fibra óptica, visando inclusive o mercado de usuários residenciais, que já se encontram em uso comercial. Os meios de acesso óptico disponíveis atualmente são descritos nos parágrafos a seguir.
Acesso Dedicado: O acesso dedicado é feito através da expansão da rede óptica da operadora até o endereço físico do usuário final. Em muitos casos, a operadora já se encontra presente nos condomínios comerciais para oferecer o serviço aos potenciais Clientes instalados nesses locais. O CPE a ser instalado pela operadora pode ser do tipo Modem Óptico ou equipamento de rede de transporte da operadora (PDH, SDH, entre 61
outros). O acesso a internet é normalmente feito diretamente através de portas IP da rede da operadora.
Para este tipo de serviço o usuário final deve contratar o acesso à internet de uma operadora que possua um rede de dados preparada para este fim. Na maioria dos casos o CPE é instalado sem custo pela operadora, e o usuário paga pelo serviço mensal da porta IP contratada.
Este tipo de serviço normalmente não requer nenhuma autenticação por parte dos sistemas do usuário, e encontra-se ativo 24 horas por dia. Entretanto, a segurança da rede é de responsabilidade do usuário final.
Este tipo de acesso à internet pode ser considerado de banda larga. O usuário final normalmente conecta esse CPE à sua rede corporativa, com taxas que podem variar de 64 kbit/s até STM1 (155 Mbit/s) e, em alguns casos, com taxas superiores, dependendo da aplicação do usuário.
Acesso Sem Fio: Os Meios de Acesso Sem Fio à internet, que utilizam Rádios e Satélites, são aqueles que fazem uso das redes baseadas em ondas eletromagnéticas. Este tipo de acesso a Internet pode ser utilizado tanto por usuários residenciais como por usuários corporativos. A sua utilização tem crescido devido a facilidade de implantação dessas redes em locais onde não existe infraestrutura de cabos de cobre ou ópticos, e pela disseminação das novas tecnologias de dados baseadas em redes celulares 3G, utilizam tecnologia UMTS HSPA, e em sistemas Wi-Fi ou Wimax.
62
Acesso Rádio: O acesso rádio é feito através da implantação de rádio enlaces entre o POP da operadora e o endereço físico do usuário final. Esses enlaces podem utilizar a configuração ponto a ponto, onde o sistema atende apenas um endereço físico, ou a configuração ponto multiponto, onde a partir de um mesmo ponto de origem podem ser atendidos diversos usuários finais em endereços físicos distintos ao longo da sua área cobertura.
Atualmente diversas tecnologias de acesso rádio encontram-se em uso, sendo as mais comuns: Rádio Enlaces Digitais: são implantados com o uso de rádios com taxas desde 2 Mbit/s até STM4 (622 Mbit/s), em configuraçôes ponto a ponto e em faixas de freqüência que dependem de obtenção de licença de uso. Podem alcançar grandes distâncias e possuem excelente imunidade a interferências, embora o seu custo possa inviabilizar o uso em serviços de pequeno porte. Rádios Spread Spectrum: são implantados com o uso da tecnologia Spread Spectrum, que permite um melhor uso do espectro de freqüências, e normalmente operam em faixas que não necessitam de licença de uso. Podem operar nas configurações ponto a ponto ou ponto multiponto (mais comum), com taxas de bits que variam de 64 kbit/s a 11 Mbit/s. Alcançam distâncias médias, possuem custo acessível, e são indicados para os centros urbanos, embora possam sofrer problemas de interferência devido ao uso da faixa de freqüências livres. Maiores detalhes dessa tecnologia podem ser obtidos no tutorial Rádio Spread Spectrum. LMDS: são implantados com o uso de rádios digitais em configuraçâo ponto multiponto, em faixas de freqüências que dependem de licença de 63
uso dedicada para esta aplicação. Suas interfaces podem atender aplicações com taxas que variam de frações de E1 (2 Mbit/s) até 100 Mbit/s. Atualmente o seu uso ainda não foi liberado no Brasil, embora já esteja em andamento o processo de regulamentação desse serviço. Acesso Satélite: O acesso satélite é feito através da implantação de antenas parabólicas de pequeno porte no endereço físico do usuário final. Essas antenas são alinhadas com o satélite geoestacionário utilizado pela operadora para prover o acesso a internet na sua área de cobertura. Além da antena, deve ser instalado também um CPE apropriado para o acesso via satélite.
Para este tipo de seviço o usuário final deve contratar o acesso à internet de uma operadora que possua uma rede de dados preparada para este fim. Na maioria dos casos o CPE e a antena são instalado pela operadora, e o usuário paga a taxa de instalação e o serviço mensal do acesso contratado. Este tipo de serviço normalmente não requer nenhuma autenticação por parte dos sistemas do usuário, e encontra-se ativo 24 horas por dia. Entretanto, a segurança da rede é de responsabilidade do usuário final. Este tipo de acesso à internet é considerado de banda larga, já que permite taxas de 200 kbit/s até 600 kbits/s. Entretanto, devido a sua característica assimétrica, permite taxa máxima de upload de 200 kbit/s. Devido à maior disponibilidade de banda, este tipo de conexão tem sido usado tanto por usuários residenciais como por usuários corporativos com o compartilhamento por mais de um computador, principalmente em locais onde os outros tipos de rede não estão disponíveis.
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Acesso Móvel: O acesso móvel é uma modalidade de acesso à internet utilizando os recursos providos pelas redes de dados das operadoras de telefonia celular ou das operadoras que usam as tecnologias Wi-Fi.
As redes das operadoras de telefonia celular já dispõe de facilidades de uso de banda adicional para o acesso de dados, incluindo o acesso à internet. Diversas tecnologias de dados, ligadas às tecnologias de rede de voz existentes, têm sido disponibilizadas para a geração atual de redes e outras tecnologias, com maior banda, têm sido anunciadas para a próxima geração de redes de telefonia celular (4G). Para as redes GSM atuais (2,5 G), as tecnologias GPRS e EDGE permitem o acesso às redes de dados e à internet com taxas médias de até 120 kbtis/s, e a tecnologia UMTS promete ser o grande avanço para as redes 3G, com taxas de até 2 Mbit/s. Para as redes CDMA (2,5 G), a tecnologia 1xRTT permite o acesso as redes de dados e à internet com taxas de até 150 kbit/s, e as tecnologias 1xEVDO e 1xEV-DV prometem ser o grande avanço para as redes 3G, com taxas de 2,4 Mbit/s e 4,8 Mbit/s, respectivamente. Para as redes UMTS (3G), a tecnologia WCDMA / HSDPA permite o acesso as redes de dados e internet com taxas de até 7,2 Mbit/s, mas os novos releases HSUPA e HSPA prometem taxas de até 40 Mbit/s. O acesso à internet se faz através de um CPE instalado no próprio computador, normalmente um notebook com modem, ou sem CPE nos atuais celulares e smartphones, sempre de acordo com a tecnologia da operadora (GSM, CDMA ou 3G). Para este tipo de serviço o usuário final deve contratar o acesso à internet de uma operadora que possua uma rede de dados preparada para este fim. Este tipo de serviço pode eventualmente requerer algum tipo de autenticação da conta do usuário. Entretanto podem-se salvar esses dados de tal
65
forma que sempre que o computador for ligado o acesso é automaticamente iniciado e o usuário tem a sensação que está sempre conectado a Internet.
As
operadoras
públicas
de
serviços
Wi-Fi
utilizam
a
tecnologia
desenvolvida para o uso em rede local sem fio de acordo com o padrão IEEE 802.11. Elas disponibilizam pontos de acesso denominados de Hot-spots a partir do qual todos os assinantes que estiverem presentes em sua área de cobertura terão disponibilizados o acesso sem fio à internet. Esses hotspots normalmente encontram-se em locais públicos de grande acesso, tais como aeroportos e cybercafés, entre outros.
O acesso à internet se faz através de um CPE instalado no próprio computador, normalmente um notebook, ou nos atuais PDA's. Para este tipo de seviço o usuário final deve contratar o acesso a Internet através de um PASI, que inclui no valor da mensalidade o custo do uso da rede da operadora Wi-Fi.
Este tipo de serviço requer a autenticação da conta do usuário. Entretanto pode-se salvar esses dados de tal forma que sempre que o computador for ligado o acesso é automaticamente iniciado e o usuário tem a sensação que está sempre conectado à internet.
Especial atenção deve ser dedicada à segurança dos dados no computador do usuário final, uma vez que a rede sem fio pode ficar mais suscetível ao assédio ilícito. Recomenda-se que seja instalado um firewall pessoal no computador do usuário final a fim de garantir a sua segurança.
Acesso Misto: O acesso misto, ou seja, fixo e móvel, é uma nova modalidade de acesso à internet utilizando os recursos providos pelas novas redes de acesso que usam a tecnologia Wimax. 66
As operadoras públicas de serviços Wimax encontram-se em processo de implantação em todo o mundo. Como a padronização da tecnologia é relativamente recente, mesmo as faixas de freqüências necessárias para a sua implantação ainda se encontram em processo de licitação em muitos países, inclusive no Brasil.
Essas operdoras devem utilizar a tecnologia desenvolvida para o uso em redes de acesso sem fio para prover tanto o acesso fixo como o acesso móvel de acordo com o padrão IEEE 802.16. Elas disponibilizam pontos de acesso similares às Estações Rádiobase (ERB) das redes de telefonia celular, a partir do qual todos os assinantes que estiverem presentes em sua área de cobertura terão disponibilizados o acesso sem fio a Internet, estejam eles em locais fixos ou em movimento.
O acesso à internet se faz através de um CPE instalado no computador (interno ou externo), e que no caso de notebook's ou PDA's poderá já estar incorporado internamente no próprio equipamento. Para este tipo de seviço o usuário final deve contratar um acesso à internet através de um PASI, que eventualmente utilize a tecnologia Wimax como uma de suas formas de acesso até o usuário.
Este tipo de serviço requer a autenticação da conta do usuário. Entretanto pode-se salvar esses dados de tal forma que sempre que o computador for ligado o acesso é automaticamente iniciado e o usuário tem a sensação que está sempre conectado à internet.
Especial atenção deve ser dedicada a segurança dos dados no computador do usuário final, uma vez que a rede sem fio pode ficar mais
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suscetível ao assédio ilícito. Recomenda-se que seja instalado um firewall pessoal no computador do usuário final a fim de garantir a sua segurança.
Os meios de acesso à internet multiplicam-se, e procuram atender a todos os públicos, de acordo com o poder aquisitivo de cada um. A internet de banda larga é o sonho do usuário residencial, com sede de ouvir música, ver vídeos de todos os tipos no computador, enfim, acessar os conteúdos mais sofisticados que estão a disposição de todos, em qualquer lugar do mundo, e até fazer chamadas VoIP para economizar nos serviços de telefonia.
Para as empresas de pequeno e médio porte, esse mesmo acesso de banda larga do usuário residencial, com algumas melhorias, é denominado acesso empresarial e hoje é o melhor produto, propiciando um acesso mais confiável e de custo razoável.
Para as empresas de grande porte, que compreendem o famoso segmento corporativo, as operadoras têm dedicado a maior atenção e oferecem pacotes de serviços variados que também incluem o acesso de qualidade à internet.
Entretanto, quando falamos de Brasil e de inclusão digital, verificamos que muito ainda tem que ser feito para, de fato, disseminar o acesso e o uso do computador e da internet. Neste sentido, devem ser criados outros tipos de serviços que possam facilitar o atendimento desta necessidade tão preemente. Meios existem, as tecnologias estão disponíveis e têm sido disponibilizadas no Brasil praticamente ao mesmo tempo em que nos países de primeiro mundo. Resta apenas a conscientização da sociedade e do governo para realmente fazer acontecer.
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2.10.3 Aumento
da velocidade de conexão
Todo o conteúdo de hipermídia e multimídia que vemos na internet atual, não seria possível há alguns anos graças à falta de velocidade de conexão. No inicio da internet, apenas pequenos textos eram trocados entre os internautas em velocidades que mal alcançavam os 200 bytes por segundo, era uma época em que o conteúdo multimídia era praticamente inexistente. Já no inicio dos anos 90, com o surgimento do WWW (World Wide Web), os textos já possuíam cores e efeitos, alem das imagens simples inseridas entre o conteúdo, oferecendo aos usuários uma experiência muito próxima a da leitura de revistas. Porém, para as mídias sociais existirem, era necessário existir alem de uma grande quantidade de usuários, a possibilidade de se compartilhar rapidamente conteúdos de hipermídia e multimídia, tais como vídeos, imagens, animações, noticias, jogos e programas. O grande marco definitivo pro surgimento das midias sociais deve-se ao surgimento da banda larga. À medida em que a tecnologia vai evoluindo, a velocidade de conexão também aumenta, consequentemente as mídias sociais implementam ferramentas que exploram mais o compartilhamento de fotos, vídeos e até mesmo a geolocalização dos seus usuários
2.10.4
Dispositivos com GPS, Bluetooth e Wireless
Além da internet, aplicativos e dispositivos de acesso. Existem
outras
tecnologias que recentemente foram agregadas nas mídias sociais, viabilizando mais uma gama de possibilidades.
69
2.11 As formas de monetização
Após a primeira bolha da internet em meados dos anos 2000, houve um tempo em que as boas idéias em mídias eram perdidas por não existirem formas de monetização confiáveis, o que foi mudando à partir do surgimento de sistemas de publicidade como por exemplo o AdWords.
2.12 As mídias sociais em outros meios de comunicação
Existe um ditado recente que diz: “Quem está no online quer aparecer no offline, e quem está offline sonha em aparecer no online”, essa frase faz cada vez mais sentido a partir do momento em que as midias sociais sofrem um processo de cross-media, onde redes sociais agregam usuários via TV e esta tenta se manter presente nos assuntos discutidos em nas sociais.
2.13 De Startups à grandes corporações: Cases de sucesso
Como já citado em capítulos anteriores, as midias sociais já são uma realidade em nosso cotidiano, tornando-se um negócio rentável e cada vez mais atrativo tanto às pessoas já inseridas no mercado da internet, quanto àqueles que acompanham estupefatos os números crescentes dessa nova grande influência da economia. Exemplos de milionários (e até bilionários) lucrando com negócios online tem se tornado frequente, então além de novas profissões, estão surgindo também novas empresas em ramos inexistentes há alguns anos.
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3. AS MÍDIAS SOCIAIS NO COTIDIANO DOS USUÁRIOS
As midias sociais digitais com suas multiutilidades vem ocupando parcelas cada vez maiores do tempo das pessoas, deixando de ser apenas um instrumento de comunicação, lazer e entretenimento para se tornar um serviço essencial no cotidiano da sociedade. As mudanças sociais causadas pelas mídias sociais tem impactos profundos no comportamento de seus usuários, trazendo benefícios assim como malefícios influenciando os hábitos, costumes, pensamentos, culturas de diversos povos ao redor do mundo. Reconhecidamente, temos uma revolução na forma em que as pessoas se comunicam e tanto a população quanto os serviços devem se adaptar a essa nova realidade sob o risco de enfrentarem dificuldades futuras.
Nesse capitulo,
abordaremos questões sobre as mudanças no
comportamento das pessoas, contemplando os principais problemas e benefícios trazidos, como as principais midias sociais digitais tem maior influência no dia a dia dos usuários, assim como números comprovando a expansão da inserção desse novo meio de comunicação na sociedade. As mídias sociais passaram, em pouco tempo, de um pequeno momento de entretenimento na internet, para a representação de parte do cotidiano das pessoas, tornando-se hobby, motivo de estudo, trabalho e objetivo profissional de muitos dos usuários. A inserção das redes sociais na vida dos mesmos se deu de forma sutil e por vários fatores, captando-os através de produtos e serviços estruturados sobre os moldes das mídias sociais, e é claro, provindos do aumento das possibilidades de acesso.
3.1 A Porta de Entrada: Acesso
71
Na medida em que a tecnologia evoluiu, novas formas de acesso a internet foram surgindo, fazendo com que as pessoas dedicassem mais tempo à “vida online”, abdicando de outras atividades realizadas normalmente. À seguir serão abordados os principais pontos que causam o maior impacto no cotidiano da sociedade, alem das conseqüências geradas por essas mudanças nos hábitos e comportamentos.
3.1.1
Mobile
O acesso via dispositivos móveis causou mudanças drásticas no cotidiano das pessoas, antes as produtoras de conteúdo digital (entre elas as de midias sociais) possuíam estratégias que se baseavam no objetivo de manter o usuário entretido o maior tempo possível em frente ao monitor, desenvolvendo recursos visuais em tecnologias como o flash, aproveitando-se do rápido aumento da velocidade de conexão através da banda larga, aumentando seu tempo vivendo a vida online, sendo que ao sair dali ele automaticamente estava desconectado, ou melhor dizendo voltando a sua vida offline. A tecnologia 3G aliada aos novos aparelhos causaram um boom de acessos via aparelhos smartphones e mais recentemente tablets. Estes dispositivos possuem características próprias bem diferentes dos computadores tradicionais, tais como o tamanho da tela que, alem de menor é touchscreen, o teclado que também é touch, em alguns casos físicos se o usuário conectar-lo externamente como um acessório, a ausência do mouse entre outros. Todas essas diferenças proporcionam uma experiência do usuário completamente diferente da que habitualmente vemos, as produtoras de conteúdo digital estão se adaptando, produzindo sites e aplicativos com a navegabilidade ajustada a esses dispositivos.
72
Existem outros fatores importantes que devem ser considerados ao se desenvolver aplicações para dispositivos móveis: Local: Com um smartphone pode-se acessar redes sociais como o twitter enquanto se estiver andando, porem em vários momentos o usuário terá que guardar o aparelho no bolso, o que acaba fazendo com que as mensagens recebidas não sejam respondidas. Pensando em resolver esse problema, o Twitter utiliza em seu aplicativo um sistema de alerta de novas mensagens que é configurável e funciona com sons ou vibração, assim como os próprios sistemas operacionais desenvolvidos pra mobile já possuem essa funcionalidade de forma nativa. Indisponibilidade de sinal: A internet mobile atual, depende principalmente da cobertura 2G/3G/4G e de conexões wireless, que eventualmente não estão disponíveis. Os aplicativos mobile geralmente possuem métodos de se
guardar
a
solicitação
feita
pelo
usuário
para
ser
realizada
automaticamente após o retorno do sinal de internet, algumas informações são gravadas pra acesso offline e atualizadas após conseguir acesso.
3.1.2 Aumento
do Tempo de uso
A qualidade dos aplicativos mobile cada vez maior, fazendo com que eles se tornem tão eficiente quanto os sites, principalmente se tratando de midias sociais, sendo que em alguns casos como o do Formspring, os smartphones levam até vantagens por possuírem GPS integrados. Outra vantagem dos aplicativos, é que eles são instaláveis, baixando e enviando da internet apenas as informações dinâmicas, excedendo as limitações das páginas web que precisam ter o código baixado e interpretado por browsers. 73
Em Junho de 2011, nos Estados Unidos pela primeira vez o tempo gasto em aplicativos mobile ultrapassou o tempo despendido na internet através de páginas web, como podemos conferir no gráfico abaixo gerado pelo Flurry Analytics:
Como podemos ver no gráfico acima, há uma comparação entre os minutos gastos por dia em aplicativos nativos mobile versus via web. Para os aplicativos mobile, Flurry rastreou os sistemas IOS, Android, BlackBerry, Windows Phone e apps em J2ME(Java). Nos acessos via web, foram consideradas a web aberta, o Facebook e as versões mobile.
Na pesquisa foi detectado que a maioria dos usuários agora gastam 9% ais tempo usando aplicativos mobile do que o acesso via internet (via browser). O que não era o caso de 12 meses atrás. No último ano, a maioria dos usuários
74
despendiam no máximo 43 minutos por dia através de aplicações mobile, contra 64 minutos de uso via internet. Houve um crescimento de 91% desde o último ano, e agora os usuários gastam 81 minutos em aplicações mobile por dia. Esse crescimento deve-se principalmente pela quantidade de sessões por usuário do que pelo aumento da quantidade de tempo gasto por dia. O tempo gasto via internet cresceu em uma proporção muito menor, 16% desde último ano, com usuários gastando agora 74 minutos via internet por dia.
O gráfico acima mostra claramente que Games e Redes Sociais são as categorias que capturam a maior parte significante do tempo dos usuários. Os usuários gastam perto da metade de seus tempos em jogos, e um terço em redes sociais. Combinadas, essas duas categorias controlam praticamente 80% do tempo total de uso de aplicativos. Além disso, se irmos mais a fundo nos dados, vamos
perceber
que
essas
duas
categorias
são
utilizadas
mais
frequentementente e por mais tempo de sessão quando comparadas com outras
75
categorias. Aplicativos de Games e Redes Sociais fornecem uma experiência de maior engajamento em mobile hoje em dia.
3.2 Os novos hábitos de uso
3.2.1
Social News
Os sites de noticias sociais são baseados em histórias criadas e compartilhadas por seus usuários que são ranqueadas de acordo com sua popularidade. Se inspirando nas noticias que eram compartilhadas em redes sociais, os sites de noticias sociais se especializaram em oferecer um conteúdo que dê destaque a histórias com maior popularidade no momento, substituindo em parte a função que é exercida pelo webjornalismo.
Qualidade e Credibilidade: Ao contrário de profissionais do web jornalismo que possuem o know-how necessário pra escrever notícias de qualidade e credibilidade, os usuários de noticias sociais não tem a preocupação em compartilhar noticias seguindo as regras básicas de redação web ou mesmo verificar a procedência e confiabilidade do fato ou do conteúdo que está compartilhando. Independente da qualidade do que foi escrito, o usuário preocupa-se somente em adquirir uma boa avaliação perante os outros além ou garantir que sua notícia seja lida por seu público alvo desejado.
76
Sites de Social News mais populares: SlashDot: Pioneiro em bookmarks e compartilhamento de conteúdo, surgiu em 1997 fornecendo aos usuários a possibilidade de compartilhamento de links de notícias, a princípio inclusas na temática nerd, e que podiam ser votadas
positiva
e
negativamente,
aumentando
ou
reduzindo
a
credibilidade e indicação das mesmas. Apresentou ao mundo da internet o conceito de social news e de colaboração online. Digg: Lançado em 2004, o Digg atualmente ainda representa um dos sites mais importantes da internet em se tratando de social news. Soma os conceitos de social bookmarking -
pelos usuários favoritarem e
compartilharem seus links de notícias favoritas – blog – pela separação das categorias às quais as mesmas se devem – e feeds RSS – pela possibilidade de assinar as notificações de notícias compartilhadas. Reddit: Lançado em 2005 e seguindo os mesmos preceitos de social news lançados até este ano, o Reddit surgiu como concorrente direto do Digg.
3.2.2
Crowdsourcing
Quantas vezes nós, usuários comuns de internet já não procuramos por referências sobre determinado assunto utilizando a Wikipédia? Todo o conteúdo dela é gerado através de seus usuários que também o monitoram corrigindo qualquer equivoco ou informação inválida. Talvez a Wikipédia seja o maior e mais conhecido exemplo de crowdsourcing existente nos dias de hoje.
77
O Crowdsourcing é um modelo de solução de problemas que utiliza o conhecimento coletivo
de um grupo de pessoas voluntárias visando criar
conteúdo, soluções ou desenvolver tecnologias e sistemas.
Vantagens: Como uma ferramenta de inovação, o crowdsourcing utiliza o tempo ocioso de seus voluntários para colaborar com a causa. Desde que bem organizado reduz muito o período de pesquisa e desenvolvimento dos projetos, possui um custo baixíssimo e por ser fruto do trabalho conjunto de várias pessoas, geralmente obtém melhores resultados do que especialistas individuais.
Apego e engajamento dos voluntários: O modelo crowdsourcing por depender da colaboração de vários indivíduos, precisa do engajamento de todos os voluntários com o fim de alcançar um norte em comum. Projetos de código open source como o Linux ou o Firefox possuem comunidades voltadas a discussão e postagem de melhorias para as suas plataformas, todos valorizam a contribuição alheia e se sentem parte do projeto motivando-os a divulgar seu próprio trabalho e consequentemente o de outros membros da mesma comunidade.
3.2.3
Targeted Adversiting
O Targeted Advertising (direcionamento de publicidade) é utilizado em toda a internet, porém em especial nas mídias sociais. É baseado na segmentação dos usuários através de seu comportamento e de seu contexto, que após serem estudados pelas empresas de publicidades são alvos de publicidades direcionadas. Nas mídias sociais os usuários fornecem informações valiosas sobre si, tais como as páginas as quais ele visita e o local de acesso, alem das informações pessoais através de seus perfis pessoais, atualizações de status e postagens de
78
assuntos em microblogs. Com essas informações em mãos, pode-se agrupar pessoas com interesses semelhantes e colocar os usuários em um segmento de mercado, fazendo com que a publicidade exibida seja mais interessante para ele, aumentando consequentemente o valor do site e dos anunciantes. Uma preocupação constante e muito discutida sobre esse tipo de publicidade é o fato de que pode existir falta de privacidade alem do armazenamento indevido de informações pessoais dos usuários. As midias sociais e os publicitários por outro lado procuram garantir aos usuários que as informações privadas não serão acessadas em prévia autorização, alem de informar que
as ferramentas que realizam a coleta dessas informações não
identificam individualmente quem é a pessoa ou o que ela olhou, mas simplesmente agregam informações relevantes para se criar esse segmento de mercado que será o alvo de suas publicidades.
3.3 O novo comportamento
3.3.1 Aumento
de usuários
As mídias sociais conquistaram usuários de todas as idades, localidades, classes sociais e preferências, representando uma verdadeira revolução digital no mundo das comunicações, por terem mudado a forma como o indivíduo lida com a internet e interage com outros usuários, tanto na web, como também fora dela. Isto se dá porque a web 2.0 atualmente não se limita aos gadgets, exercendo grande influência sobre as mais diversas áreas da organização social, que vão da simples conversação até novos hábitos de consumo. Como já abordado em capítulos anteriores, IM’s e fóruns de discussão apresentaram nos anos 1990, parte da introdução sobre o que viria a ser a tão
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anunciada era digital. Entretanto, as previsões rapidamente tornaram-se fatos consumados e ultrapassados, diante do acelerado aumento de sites englobados pelos conceitos de mídia social, bem como de seus usuários, por sua vez devido aos avanços da tecnologia e difusão dos hábitos digitais. Inúmeras pesquisas e enquetes realizadas a nível universal, apontam que, por parte dos usuários, as redes sociais ganharam popularidade devido à oportunidade de resgatar e manter contato facilitado com amigos, colegas e familiares, bem como a oportunidade de fazer novas amizades, conhecendo novas pessoas e formando novos círculos de networking de forma confortável e ágil. Em blogs, fóruns e grupos de discussão, usuários de internet se viram livres e possibilitados a expor gostos, opiniões, compartilhar conhecimentos e preferências com demais usuários, em espaços públicos e ao mesmo tempo particulares, onde a liberdade de expressão e personalização de cada página pessoal derrubou barreiras de geolocalização e antigos conceitos burocráticos sobre aprendizados, ensinamentos e compartilhamento de informações de cada um. Nesta fase, cada usuário é dono do seu espaço e tem total liberdade para expor-se
como
despreocupando-se
especialista com
os
de
suas
limites
próprias sociais
idéias
e
convencionais,
interesses, liberdade
eventualmente moderada, censurada e até vetada em alguns países onde os limites sociais chegam a níveis governamentais. Por parte das corporações, sejam estas grandes multinacionais ou mesmo pequenos negócios individuais, as mídias sociais representam a oportunidade de aproximar-se dos seus consumidores, estruturando assim uma relação sólida com seus clientes, captando novos compradores, e destacando-se aos usuários de mídias sociais como empresa inserida na web 2.0. Com o crescente número de perfis empresariais e corporativos nos mais diversos sites de redes sociais, campanhas equivocadas, relacionamento inadequado e atendimento anti-ético deram início à denúncias, reclamações e protestos nos próprios sites contra essas empresas. Cases fracassaram devido à falta de planejamento e profissionalismo em lidar com consumidores online, muito mais
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exigentes na internet do que em lojas físicas, e consequentemente com muito mais poder, voz e opinião para expressar-se sobre marcas e corporações.
3.3.2
Barreiras: Exclusão digital/ social
A exclusão digital é atualmente a grande barreira para o uso de midias sociais por mais pessoas pelo mundo.
O conceito refere-se as pessoas da
sociedade que ficaram fora da sociedade da informação e do crescimento das redes digitais. O conceito é muito discutido em reuniões entre governos, ONGs e outras organizações, onde são elaboradas políticas de inclusão digital visando aumentar os pontos de acessos ao público de baixa renda alem de promover a capacitação de usuários na utilização das ferramentas de hardware e software usadas para se resolver o problema da exclusão digital, que está ligada diretamente a exclusão social. A imagem a seguir ilustra a distribuição de usuários de internet pelo mundo onde o tamanho dos países está de acordo com a porcentagem de internautas que ele possui em relação aos outros:
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Observando a ilustração, podemos perceber que mesmo países que possuem grandes populações, não possuem grande quantidade de usuários de internet quando são subdesenvolvidos. Países do BRIC (Brasil, Russia, India e China) mesmo sendo considerados em desenvolvimento já figuram com três países entre os cinco primeiros, pois a renda per capta de seus habitantes já são o suficiente para terem uma quantidade considerável de pessoas acessando a internet. As estratégias em mídias sociais baseando-se em informações como a citada acima, procuram facilitar o acesso a população mais carente oferecendo serviços alternativos como através de sms, parcerias com companhias telefônicas para que o site seja acessado sem cobrança no pacote de dados, disponibilizando versões mais simples com o mínimo de conteúdo multimídia consequentemente deixando a página acessível para quem não possuir banda larga e finalmente traduzindo o conteúdo para vários idiomas.
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3.3.3
O novo mercado de trabalho
Se a web 2.0 abre espaço para conversação, diversão, entretenimento, exposição de opiniões e conhecimento, voz ativa para movimentos protestantes ou reclamações, a mesma também abre portas para a autonomia na criação de negócios online, empreendimentos potenciais e projetos pessoais que deram largada a esse novo mercado comercial que é a internet, rendendo frutos à idealizadores, usuários e atualmente, uma das peças mais importantes da economia mundial. A população atualmente necessita ter e manter o espaço digital e virtual incluso e ativo na web 2.0, seja através de websites, hotsites, blogs ou perfis em redes sociais, áreas que deram início às promissoras carreiras em tecnologia e comunicação digital, requerendo especialistas, administradores e vendedores desses espaços virtuais.
3.3.4
Reputação online
Em um ambiente como a internet onde as pessoas muitas vezes não se conhecem pessoalmente e existe a possibilidade de se fechar negócios, saber gerenciar sua reputação é fundamental. A reputação online não se baseia somente nas ações que a pessoa toma ou no cuidado com o que se compartilha, mas também no que os outros estão falando sobre você. A reputação de uma pessoa pode ser arruinada caso informações confidenciais sobre a mesma sejam divulgadas e gerem um feedback negativo, no caso de um profissional isso pode acarretar tambem prejuízos financeiros.
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A preocupação com a reputação online foi essencialmente potencializada nos últimos anos à medida em que a utilização de mídias sociais foi aumentando. No caso das empresas a preocupação foi ainda maior, pois um caso negativo sobre uma marca famosa consegue um fácil engajamento das pessoas arruinando a reputação da empresa e gerando prejuízos graves. Para evitar que o problema se agrave, não só as empresas mas também as pessoas físicas tem à disposição uma série de ferramentas de monitoração, onde é possivel se gerar relatórios importantes sobre sua reputação, no caso específico das empresas alguns relatórios tambem podem produzir listas de menções da marca com análise de sentimento do cliente, para que sejam identificados os problemas em tempo real e a correção do problema seja feita antes que seja feito o buzz negativo.
3.3.5
WebCelebridades
O espaço conquistado pelos mais que usuários, membros da web, independentes de liderança e permissões, bem como autônomos em seu comportamento, possibilita que, assim como no espaço de convivência físico, pessoas se destaquem por algo, seja por sua postura ou mesmo posses, nos mais diversos ramos das mídias sociais. Esses personagens criados e mantidos na internet, atraem seguidores e fãs, bem como exercem influência sobre os mesmos, tornando-se o que denominamos de webcelebridades, que acabam por representar grupos de pessoas.
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3.3.6
Privacidade
O assunto privacidade tem se tornado cada vez mais corrente nos últimos anos em que as midias sociais ganharam popularidade. A sensação de segurança de estar em casa digitando e olhando para o monitor faz com que as pessoas se esqueçam de se preocupar com o conteúdo que estão compartilhando, tornandoas vítimas de pessoas que agem de má fé. Ainda não existem leis específicas para a internet, portanto para que haja uma punição do contraventor em casos de acesso não autorizado de informações pessoais, é necessário que o juiz interprete o caso de acordo com as leis comuns no mundo real, porem as particularidades do mundo real fazem com que uma punição seja difícil de ser executada. Problemas de privacidade estão presentes no cotidiano e afetam muitas pessoas todos os dias em diversas situações e locais. Porém, as informações expostas nas midias sociais têm geralmente três tipos de origem, sendo elas informações de usuários, dados de empresas ou conteúdo particular de governos. Abaixo teremos uma maior descrição de cada um dos tipos de privacidade em maior destaque nos dias atuais: Privacidade de usuários: Segundo o site comScore a população total da internet já superou 1 bilhão de usuários, impulsionado principalmente pela China, sendo a Ásia o continente com maior número de internautas, representando 41,3% de todo o montante. Somente o Facebook, a maior rede social do mundo possúi 500 milhões de usuários, se firmando como a mais importante comunidade virtual.
Observando esses números impressionantes, percebe-se que existe uma gama de informações pessoais de cada usuário quase imensurável, que podem ser acessíveis fácilmente se o dono do perfil não tomar cuidado com o conteúdo que compartilhar ou mesmo se não configurar devidamente as opções de privacidade
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de seu perfil.
Segundo um estudo realizado por advogados britânicos o
Facebook, é citado em quase todas as causas de separação nos últimos meses do ano de 2010 estimando-se em 28 milhões de divórcios à conta atribuídos somente a essa rede social. Cada vez mais os noticiários divulgam casos de seqüestros e chantagens onde a vítima divulgou dados pessoais ou até mesmo teve esses dados roubados através de programas específicos utilizados por Crackers, porém, a maioria dos problemas são mesmo de menor importância como, por exemplo, casais que monitoram as informações de seus respectivos conjugues. Privacidade nas empresas: O problema de privacidade nas empresas ocorre geralmente quando um funcionário divulga informações sigilosas em alguma rede social, isto gera diversas conseqüências em vários níveis que vão desde feedbacks negativos sobre a instituição até mesmo a falência da corporação em casos como a perda de um patrocinador importante.
Há alguns anos e mesmo nos dias atuais, muitas empresas bloqueiam as midias sociais na internet, porém com o advento dos dispositivos mobile com acesso à internet essa atitude se tornou ineficaz. Empresas com maior compreensão do problema, investem em treinamento dos funcionários, orientando os mesmos sobre o que deve ser compartilhado ou não em midias sociais alem de manter atualizadas as políticas de uso de internet internamente. Privacidade no governo: Informações sigilosas dos governos de vários países tem sido ventiladas em sites como o Wikileaks, isso tem movimentado o cenário em várias partes do mundo. Países com regime fechado, ditaduras ou comunismos como o chinês adotam políticas severas de restrição ao uso da internet, pois tem ciência que a liberdade de expressão mesmo que em um ambiente online pode causar uma mobilização na população que consequentemente pode vir a ameaçar o 86
poder.
A internet também proporcionou uma maior transparência na prestação de contas dos governos, em muitos países a administração deve apresentar relatórios financeiros online à população. O processo que antes era burocrático e passível de adulteração por conta da corrupção, agora é acessível facilmente por qualquer cidadão.
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4. EXPECTATIVAS FUTURAS
4.1 O futuro do Social Commerce
Considerado por muitos a evolução natural do e-commerce, o termo social commerce tem ganhado popularidade com a ascenção das midias sociais. Assim como o e-commerce tem sua base no comércio tradicional,
o
mesmo acontece com o social commerce, que é basicamente o comércio online com suporte a interações sociais e contribuições de outros usuários na compra e venda de produtos e serviços. Resumindo: o social commerce é o uso das redes sociais no contexto de transações de e-commerce.
Em muitas oportunidades em que precisamos comprar um produto ou contratar um serviço em alguma loja física, não possuímos referências ou maiores informações sobre, então buscamos encontrar conhecidos que já adquiriram o que buscamos e recebemos um feedback positivo ou negativo. Pensando em um contexto envolvendo oportunidades de compras em redes sociais com milhões de participantes, fica fácil enxergar inúmeras possibilidades de envolver todos estes usuários na compra de um único indivíduo, que fará o mesmo com o próximo, alertando ou recomendando a compra de determinado item. Ou seja, a propaganda boca-a-boca evoluiu e ainda está presente hoje em dia nos tempos de midias sociais.
A seguir, veremos algumas iniciativas de social commerce em redes sociais que possuem potencial pra crescer e ganhar espaço no mercado:
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F-commerce: Ou comércio via Facebook, trata-se de um novo termo criado no inicio de 2011 e que já é explorado por companhias como Victoria's Secret e Delta Airlines. Aproveita-se dos milhões de usuários espalhados pelo mundo inteiro e que coincidentemente possuem mulheres em maior quantidade, estas que são maioria também do público consumidor. Botões Share de compartilhamento do conteúdo: Atualmente todas as grandes redes sociais possuem botões de compartilhamento e/ou avaliação de conteúdo. Todas as páginas de produtos/serviços que possuem essa opção, podem ser ter grande relevância e divulgação caso os usuários julguem importante o que está sendo apresentado. Com o buzz gerado através das mídias sociais, o item que está sendo possui muito mais chance de ser vendido. Programas de recomendação: (ex: Amazon – quando você compra algo, o site
recomenda
produtos
relacionados
que
outros
consumidores
compraram) Sistema
de
reviews/
avaliações
/
recomendações
feitas
pelos
consumidores (ex: Submarino, Americanas, Amazon, Saraiva e muitas outras) Sistema participativo dentro do site de e-commerce que envolva o consumidor a colaborar (open innovation). SMM Social Media Marketing para gerar tráfego via mídias sociais: Essas ações envolvem atuação nas redes sociais que o seu público-alvo frequenta (ex: Dell no Twitter).
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SEM Search Engine Marketing: Ações que visam gerar tráfego para o site de e-commerce via buscadores (Google, Yahoo, Bing, etc.), atraindo consumidores para compra; sistema participativo, fora de um site de ecommerce, que envolva o consumidor a colaborar – open innovation (ex: Fiat Mio, MyStarbucksIdea, etc.)
Como as empresas estão vendo o Social Commerce e suas perspectivas
Muitas empresas já compreenderam o poder do e-commerce e estão migrando ou disponibilizando seus serviços e/ou produtos via internet, porém, não são todas que já têm idéia da importância do investimento em social commerce pro sucesso de suas empresas. Não só oferecer seus produtos online, agora as empresas têm a oportunidade de conhecer melhor seus clientes, avaliando a imagem de suas marcas através de ferramentas de avaliação de sentimento. Muito comum se ver atualmente e vem se tornando uma tendência às campanhas de marketing voltadas ao engajamento dos seus clientes em divulgar a marca através de promoções e incentivos a causas como o meio ambiente, a ajuda a pessoas necessitadas ou até mesmo em virais geralmente de humor em vídeos. Nesses casos, a promoção da marca não se faz de forma direta, muito menos com o intuito direto de vender o produto, mas sim com a idéia de divulgar a marca ou o produto gerando feedbacks positivos de seus clientes e melhorando a imagem da mesma.
De acordo com Mike Fauscette, analista da pesquisa IDC em Framingham, Massachusetts, as estimativas futuras estão no seguinte caminho:
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Estima-se que, em 3 a 5 anos, 10% a 15% dos gastos dos consumidores nos países desenvolvidos deverão passar por sites de redes sociais como o Facebook
Por conta disso, o Facebook contratou David Fisch com o intuito de transformar a rede social em um ambiente de recomendação de e-commerce.
SCRM (Social CRM): O gerenciamento de relacionamento com o cliente que conhecemos atualmente também evoluiu junto com o comercio eletrônico e com as possibilidades geradas desde o surgimento do social commerce, também houve a criação de um novo termo: O Social CRM.
Pra se realizar este gerenciamento de forma efetiva, as empresas têm investido em ferramentas de monitoração de mídias sociais, que proporcionam um diagnóstico rápido e preciso sobre o que as pessoas estão falando sobre a marca. Por se tratar de um instrumento de caráter social, a humanização de desse relacionamento deve estar evidente, com pessoas capacitadas e preparadas pra manter o contato com o cliente. Pra isso deve-se contar com um BI (bussiness inteligence) apurado pra que todos os processos da empresa estejam bem compreendido e possam potencializar a efetividade do SCRM.
4.2 O conhecimento como moeda de troca
O engajamento das pessoas no apoio à causas em midias sociais têm em muitas oportunidades se transformado em trabalho sem remuneração, sendo que no caso o benefício adquirido por estes voluntários se dá por satisfação pessoal, porém, por se tratar de um contexto online e colaborativo, essa contribuição na
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maioria das vezes é feita por agregação de conhecimento em prol de um objetivo ou problema à se resolver.
Vemos atualmente em fóruns e sites como o Yahoo Perguntas, pessoas realizando perguntas e respondendo as de outros usuários enriquecendo seu conhecimento, ganhando status na rede ou simplesmente estrelas e níveis que representam seu level de participação nesses sites.
Baseando-se nas experiências bem sucedidas de crowdsourcing e nos sites cada vez mais eficientes na gestão de conhecimento coletivo, podemos prever que em pouco tempo o conhecimento não será somente produto de venda ou compra, mas também será a moeda de troca. Já existem sites em que se pode ensinar um idioma a um estrangeiro em troca de aprender outro e a tendência é que esse tipo de modelo seja adotado em diversas áreas da sociedade.
Dado esse cenário onde o conhecimento já tenha reconhecidamente o valor de uma moeda, a preocupação com os direitos autorais será ainda mais importante do que atualmente, novas leis devem ser criadas e evoluídas visando a proteção de quem expõe sua propriedade intelecutal.
4.3 O comércio via mobile: M- Commerce
De carona no crescimento do e-commerce, o m-commerce segue o mesmo caminho, com o crescimento da oferta de aparelhos smartphones e a mudança na cultura dos usuários como já dito em diversas ocasiões nesse trabalho. Existem fatores como a segurança no pagamento que fazem com que a popularização dessa forma de comércio eletrônico seja ainda não tenha sido maior, muitos usuários ainda tem receio de realizarem compras em um ambiente
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que ainda é incomum para a maioria. Em países como os EUA, as empresas de cartão de crédito inseriram uma tecnologia onde os dados do cliente são inseridos em um chip, e o pagamento pode ser feito pelo reconhecimento do mesmo. Segundo estudos da Juniper Research em 05/07/2011, em 2011 as transações de bens físicos e virtuais chegarão a US$ 240 Bilhões, sendo que o comercio móvel vai chegar a US$ 640 bilhões em 2015. A tecnologia de transferências chamada NFC (Near Field Comunication) deve estar presente até o fim de 2012 em 20 países, resultando em transações de US$ 50 milhões em média no mundo todo. O Near Field Comunication, ou simplesmente NFC, permite que transações sejam simplificadas, estabelecendo troca de dados e conexões com apenas um toque. Um dispositivo com NFC pode fazer pagamentos de cartão de crédito, alem de possuir um ID único que possibilita que ele funcione também como uma chave eletrônica. Alem de pagamentos, os aparelhos com NCF podem compartilhar programas e conteúdos multimídia. Em 2004 foi criado o Forum NFC que possui como membros diversas empresas conhecidas do ramo de tecnologia. No m-commerce o NCF orefece expande as oportunidades, aumenta a velocidade de transação alem de reduzir a burocracia das formas de pagamento tradicionais. Os pagamentos são feitos como cartões de crédito, tocando um terminam de pagamento ou uma maquina de venda onde o PIN (Personal identification number) é solicitado para que a operação seja concretizada.
4.4 A popularização das redes sociais com foco em mobile
Já é fato que as redes sociais dominam grande parte do tempo em que o usuário está online em seus dispositivos móveis, existem inclusive diversos aplicativos exclusivos para esse tipo de meio de acesso, sendo em alguns casos
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exclusividade para os mesmos por serem os únicos já popularizados atualmente dotados de tecnologias como GPS, entre outras.
Andando em lugares públicos como o metrô, já se nota um grande aumento na quantidade de pessoas escrevendo em seus celulares e smartphones. A evolução e a popularização dos aparelhos, a cobertura de tecnologias como o 3G tem os tornado mais do que apenas dispositivos de voz, sendo utilizados também para dados, logo, alcançando fatias cada vez maiores da população.
Existem diversos vídeos de empresas como a Microsoft, Apple e a IBM em que se exibem as expectativas sobre a tecnologia daqui alguns anos, em todos eles um dos itens que mais chamam a atenção é a socialização das pessoas através de dispositivos móveis que são como uma evolução dos atuais smartphones. Dentre os tipos de tecnogias adotadas nesses vídeos podemos destacar algumas em especial: Reconhecimento facial: Nos exemplos vistos nos vídeos futuristas dessas empresas de tecnologias, vemos que o reconhecimento facial está presente em muitas delas, onde ao focalizar o rosto de alguém pode se ver o perfil do mesmo em uma rede social, possibilitando que as pessoas possam conhecer mais umas as outras sem a necessidade de ficar se apresentando, também vemos exemplos dessa tecnologia usada como cartão de visitas. Tradução instantânea: Em eventos como as olimpíadas onde se reúne pessoas do mundo todo falando idiomas diferentes, programas como o de tradução instantânea se tornarão essenciais. Alem de compreender o que a outra pessoa está falando, ambos poderão se adicionar em sua rede social preferida.
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Acessibilidade: O que antes era uma exclusividade para pessoas que possuíam algum tipo de deficiência física, agora também fará parte do cotidiano das pessoas sem qualquer tipo de limitação. Por estar em movimento e realizando atividades simultâneas, as pessoas terão que utilizar seus dispositivos móveis em situações adversas onde haverá limitações de usabilidade. Como exemplo, podemos citar os comandos por voz que já estão presentes nos celulares atuais, porém ainda limitados a executar funcionalidades simples, mas que em um futuro não muito distante já serão o suficiente para se navegar e se comunicar através de aplicativos de redes sociais.
4.5 A união online de todas as culturas, a uni consciência coletiva e a globalização do pensamento
As redes sociais proporcionam fácil acesso a pessoas do mundo todo, onde pode-se conhecer melhor o cotidiano, hábitos, costumes entre outras inúmeras coisas da cultura de povos diferentes ao próprio.
Termos como o
“internetês” ou o “miguxês” se referem a linguagem comum utilizada na internet por pessoas do mundo todo independente do língua do local, muitas palavras tiveram abreviações ou possuem significados que apesar de geralmente ter origem do idioma inglês, está presente em várias culturas diferentes ao redor do mundo. Principalmente no mundo ocidental, o inglês tem se tornado uma língua universal, pois se não é a língua nativa da população é geralmente a segunda língua, aprendida em escolas ou de forma empírica em jogos, redes sociais entre outros. A língua inglesa tem se tornado por conta da expansão da internet e da educação mundial um dos fatores determinantes para a eliminação que o idioma impõe entre as pessoas. 95
As mídias sociais têm exercido papel determinante no compartilhamento de informações entre pessoas de culturas totalmente diferentes. Quando se estudava um país ou uma religião de um país distante, o assunto ficava restrito as matérias exibidas pela TV ou através de matérias de livros e revistas, atualmente com um pouco de conhecimento em inglês, pode-se conversar diretamente com alguém do outro lado do mundo e aprender mais sobre os assuntos relativos ao cotidiano alheio. Podemos então esperar para o futuro, onde a geração Z ou até mesmo a próxima estarão predominando as mídias sociais, uma linguagem comum compreensível por qualquer usuário, conhecimentos coletivos sem divisão geográfica em que a única separação de conteúdo se dará se houver diferença de interesses comuns entre as partes.
4.6 As midias sociais nas empresas e nas escolas
Há algum tempo e até mesmo nos dias atuais, vemos uma resistência das instituições de ensino e das empresas em relação ao uso midias sociais por seus alunos ou funcionários. Porém é importante mostrar que esse quadro vem mudando e que ótimas idéias tem sido adotadas por essas instituições onde houve as mídias sociais tem exercido a função de uma ferramenta muito útil para a produtividade. No caso das empresas, a comunicação interna é considerada um dos problemas a serem vencidos, integrar os funcionários é um desafio constante nos setores de Recursos Humanos de qualquer corporação. Com o agregamento de uma ferramenta de midias sociais, um leque de possibilidades se abre, pois a troca rápida de mensagens e a categorização da informação permitem que a comunicação entre os funcionários flua de forma mais rápida, alem do mais toda a
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conversação fica registrada para posterior análise e ação corretiva por iniciativa do setor responsável pela gestão da informação na corporação Nas escolas, a aplicação de midias sociais no ensino potencializa em muito o compartilhamento de informações entre os alunos, também permite que o professor mantenha um contato mais próximo com os mesmos e consiga diagnosticar com antecedência possíveis dificuldades encontradas. Nos últimos anos houve um aumento expressivo na demanda de empregos em regime de home office e nos cursos de ensino à distância e as ferramentas online utilizadas possuem funcionalidades e ferramentas de socialização cada vez mais inspiradas em redes sociais onde a interação entre as pessoas é estimulada, obtendo resultados finais até mais eficientes do que empregos/cursos presenciais.
4.7 Imersão e telepresença, a socialização virtual
A quantidade de conteúdo multimídia tem aumentado consideravelmente nas mídias sociais, para se expressar as palavras escritas já não são suficientes para o público atual, logo mensagens de vídeo e voz alem da criação de avatares que os represente. Em um local onde existe um ambiente habitado por várias pessoas que podem se ver, ouvir e até se locomover, temos um início de um mundo paralelo totalmente virtual. Existem comunidades formadas por pessoas que nunca se viram pessoalmente mas possuem vínculos muito fortes, muitas vezes superando o familiar. Devido ao aumento do tempo online e a sensação de imersão em um novo ambiente ficando cada vez mais realista, os usuários sentem teletransportados para um mundo novo totalmente virtual, alem das redes sociais esse fenômeno ocorre muito em jogos FPS (First-Person Shooter) em que a visão do personagem
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do game é em primeira pessoa e com gráficos cada vez mais próximos da realidade proporcionam ao jogador uma experiência muito mais imersiva. Recentemente o game Second Life teve grande sucesso ao criar um mundo 3D onde os jogadores possuíam avatares criados por eles próprios para que os representasse, alem disso o jogo oferece diversos itens que simulam o mundo real, como a possibilidade de escolher suas roupas, construir suas casas, trabalhar, comprar e vender objetos com dinheiro fictício alem de se relacionar com outros jogadores. Essa experiência proporcionada pelo Second Life é um exemplo perfeito do que podemos esperar nas mídias sociais no futuro, com a evolução das tecnologias e dos usuários. Pode-se imaginar então que com o avanço da tecnologia e o hábito das pessoas se comunicarem virtualmente, teremos nas redes sociais verdadeiros mundos com suas próprias sociedades de pessoas ligadas por interesses em comuns e assim como visto de forma simples em Second Life, essas pessoas viverão experiências próximas a da vida real a qual viverá em paralelo com seu corpo biológico.
4.8 Publicidade via geolocalização
Alcançar o público alvo sempre foi o grande objetivo dos profissionais da área de publicidade, nas mídias sociais esse trabalho foi facilitado graças às ferramentas que possibilitam identificar os clusters de usuários aos quais a empresa pretende atingir com sua campanha. Com o advento do GPS e das midias sociais e jogos baseados nessa tecnologia, as agências de publicidade viram a oportunidade não só de escolher seu público alvo por interesses, mas também de fazê-lo por localização em tempo real. Isso significa que a propaganda que antes já tinha o poder de atingir pessoa
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certa na melhor hora também poderá encontrá-lo no local correto proporcionando uma maior agregação de valor à mídia. Diversas redes sociais baseadas em geolocalização como o Foursquare, oferecem oportunidades de para qualquer empresa anunciar promoções para os usuários que estão por perto do estabelecimento. Em países como os Estados Unidos os usuários que comprovarem ter freqüentado o local onde a loja física existe ganham alem de fama, vários prêmios em promoções realizadas. Em um futuro não muito distante, praticamente todos os aparelhos possuirão tecnologia GPS então com a autorização do cliente, ao chegar em um local específico o lojista poderá enviar para o dispositivo móvel dele todos os produtos que julgar interessante de acordo com seus interesses. Serviços de utilidade como previsão do tempo, informações de trânsito entre outros alem de programas geralmente pagos, serão oferecidos de forma gratuita com propaganda incluída gerada via geolocalização.
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CONCLUSÃO Conforme apresentado nos capítulos anteriores, o objetivo desse trabalho é responder a duas questões: Qual a influência exercida pelas mídias sociais digitais no cotidiano das pessoas e com base no cenário atual quais serão as perspectivas futuras.
Para responder a primeira questão onde deveria medir a influência exercida pelas mídias sociais digitais no cotidiano das pessoas, foi necessário estudar duas frentes distintas: Quem são os usuários diretos e indiretos de mídias sociais, estudo esse que foi realizado no capítulo 1. Posteriormente o foco de meu estudo foi em traçar um histórico evolucional das mídias sociais digitais com atenção especial as redes sociais, esse estudo encontra-se no capítulo 2.
Por se tratar de um estudo sobre assuntos atuais, a grande maioria das bibliografias disponíveis estão apresentadas através de conteúdos de artigos através da internet, portanto foi realizado o trabalho de se checar as fontes apresentadas para que se pudesse atingir a confiabilidade e a credibilidade desejada para esta pesquisa. Outro ponto importante à se destacar é o fato de que todo assunto relativo à tecnologias como a internet é possuem uma rápida mudança de cenário, fazendo com que o conteúdo se torne rapidamente desatualizado.
Visando responder a primeira frente, sobre os usuários de mídias sociais digitais, informações demográficas, comportamentais além das características foram levantadas. A seguir, para a segunda frente, foi pesquisado o histórico evolucional das principais mídias sociais digitais desde o início dos anos 90, sendo realizada sua conceituação e definidas as segmentações e características.
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Finalmente após a produção do conteúdo dos capítulos 1 e 2, onde havia consolidado o usuário direto e indireto de midias sociais digitais e os seu histórico evolucional, pude cruzar as informações e me aprofundar na pesquisa focando o entendimento da inserção desse tipo de mídia no cotidiano das pessoas, apresentando as iniciativas que produzem grande impacto no dia a dia da sociedade alem de realizar estudos e obter informações mais específicas que serviram como base para ilustrar a influência exercida através de números.
Dada essa situação, para trabalhos futuros pode-se ampliar as fontes de dados, expandindo as pesquisas para análises de maior complexidade através de órgãos específicos e novas ferramentas de monitoramento das atividades dos usuários quando estão online utilizando mídias sociais.
Em resposta à segunda questão, no capitulo 4, tratando-se de expectativas futuras baseadas no cenário atual, houve um aproveitamento de todo o conteúdo levantado nos primeiros 3 capitulos que já servem como base, sendo possível só com as informações obtidas realizar deduções de um cenário futuro. Porém, para enriquecer o conteúdo e alinhar com a expectativas do mercado, diversos vídeos e artigos feitos por empresas com perfil inovador em tecnologia como a Apple, Microsoft, IBM e o Google foram assistidos e lidos visando fortalecer a base do conteúdo apresentado.
Apesar dos capítulos desse trabalho serem complementares, eles são independentes, portanto a leitura individual pode ser realizada sem nenhum comprometimento de compreensão ou conteúdo.
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REFERÊNCIAS
Safko, Lon; Brake, David K. A Bíblia da mídia social: táticas, ferramentas e estratégias para construir e transformar negócios - 1o Edição, 2010. Blucher
Deitel, Paul J; Deitel, Harvey M. Ajax Rich Internet Application e desenvolvimento Web para programadores, 2008
Tapscott, Don. A hora da Geração Digital, 2010 Agir