experimentações
na
orla
urbana
P I R A C I C A B A . S P . B R A S I L
tgi I_2013 marília reis sé
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO SÃO CARLOS - SP
PROFESSORES CAP (COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO PERMANENTE) SIMONE HELENA TANOUE VIZIOLI PAULO CESAR CASTRAL LUCIA ZANIN SHIMBO JOUBERT JOSE LANCHA FRANCISCO SALES TRAJANO FILHO
PROFESSOR GT (GRUPO DE TRABALHO) GIVALDO LUIZ MEDEIROS
CADERNO DE DE PROCESSOS_DESENVOLVIMENTO DA DISCIPLINA DE TGI I PROJETO EXPERIMENTAÇÕES NA ORLA URBANA_ PIRACICABA_SP_BRASIL
introdução
8
“O RIO nãe é considerado a principal referência da CIDADE, mas é ela em si mesma.”(projeto BEIRA RIO, 2001). O rio Piracicaba entendido como estruturador da paisagem urbana referenciou grande parte do processo de projeto elaborado até agora. O projeto (em processo) neste momento denominado Experimentações na orla urbana do rio Piracicaba buscará explorar as principais particularidades e potencialidades da orla urbana do rio Piracicaba de modo a trabalhar a percepção da paisagem urbana a partir de diversos aspectos.
9
10
introdução ao T.G.I._2012
Entre leituras e reflexões, realizadas na disciplina de Introdução ao T.G.I, em 2012, iniciou-se a busca por conceitos disparadores, capazes de potencializar o início de um processo investigativo de projeto. A grande maioria dos espaços e espacialidades produzidos atualmente, nas cidades contemporâneas, mostram-se descartáveis, substituíveis e até certo ponto homogeneizados, de modo que as dimensões social e pública encontram-se diminuídas. Além disso, por parte dos habitantes dessa cidade, portanto, não são exigidos participação nem posicionamento crítico em relação a grande maioria dos espaços onde se habita. Portanto, de que maneira seria possível descontruir tal situação apresentada? Ou, ao menos, oferecer outras possibidades de habitar e vivenciar a cidade de hoje?
conceitos disparadores
11
S1 + S2 = S3
12
objeto
13
universo projetual
14
A construção de um universo projetual, neste caso, baseou-se: tanto em inquietações anteriores ao meu ingresso no mundo acadêmico quanto em inquietações geradas a partir desse contato diário e direto com o universo da arquitetura na universidade. O interesse em trabalhar com um rio urbano portanto, nasce da mescla de experiências pessoais e também de referências conceituais sobre o assunto de modo que se realize um adensamento de questões.
15
inquietações
O rio, os rios, os córregos, urbanos ou não, sempre foram motivo de estudo, discussão e vivência em meu ambiente familiar. Durante inúmeras viagens pelo Brasil assim como no dia-a-dia, a temática dos rios esteve presente, tanto em relação à sua vitalidade e beleza em casos de conservação quanto às más condições geralmente associadas ao meio urbano. Desse modo, para iniciar uma reflexão trago croquis feitos a partir de fotos tiradas por mim, entre 2011 e 2012, durante viagens realizadas fora do Brasil. Os exemplos trazidos são de rios urbanos com configurações e relações distintas entre os mesmos e as cidades onde estão inseridos. A partir de um olhar para o estrangeiro e aparentemente distante, pretendo voltar a um caso de pesquisa e investigação brasileiro e próximo. Acredito que todo distanciamento, pode ajudar a trazer clareza às reflexões.
17
mem贸rias, rios e cidades
18
20
sevilla_andalucĂa_espaĂąa
21
22
lisboa_portugal
mapocho 42k_santiago_chile
23
reflex천es_rios e cidades brasileiros
24
“(...) as várzeas são ainda vistas como se estivessem submersas.”(BUCCI, 2003)
“Quando não entaladas pelas pistas das avenidas, as margens dos rios serviram de chão para os mais pobres, desatendidos pela política habitacional. Nos casos de remoção, observa-se a regra de construir vias de automóveis o mais rente possível do canal para evitar futuras ocupações. Teria sido possível revegetar as margens desocupadas, implantar parques lineares?
Decidiu-se sempre pelo não, com o argumento de que as áreas verdes são alvos fáceis para novas invasões. Temos, portanto, uma forte tradição, na administração pública, de desprezo aos rios e de sobrevalorização do sistema viário. Não custa acreditar em mudanças nas condições concretas de produção da cidade e na mentalidade de alguns técnicos, mas se há boa vontade no otimista há também boas razões para o cético.” (BARTALINI , 2009)
“Na história das civilizações, de modo geral, os cursos d’água, rios, córregos, riachos integravam sítios atraentes para assentamentos de curta ou longa permanência, indistintamente, e eram tidos como marcos ou referenciais territoriais. (...) Já hoje, o sentimento geral a respeito do estado dos rios nas áreas urbanizadas parece repetir sempre a mesma cantilena saudosista e nostálgica – como já foram significativos...” (GORSKI, 2010)
25
prancha sĂntese_universo projetual
26
JE
ignifi cá
tempo
vel
rec
om
bin
áve
l
UNIVERSO PROJETUAL TGI I
Marília Reis Sé
tempo
OB
TO
SÍN
ress
TE
SE
_
INT
RO
AO
TG
I_
20 12
tempo
el
ráv
gu
onfi
rec
INT
PAISAGEM _construção de um olhar
ERV
ENÇ
TO
PO
LHA
Sobre a esse tema, Sou Fujimoto - em seu texto “Futuro Primitivo”, 2009 - oferece uma reflexão sobre duas possíveis maneiras de habitar contrapondo os conceitos de ninho e caverna, defendendo que: o primeiro remete a um lugar funcional e cômodo, enquanto que o segundo remete a um lugar sem um uso definido, e justamente devido a isso oferece a potência de admitir diversas configurações e possibilitar descobertas, porém não de maneira cômoda. Em relação ao conceito de caverna, portanto, demanda-se do usuário que sejam feitas escolhas e adotadas posturas para a efetiva consolidação ou plenitude do espaço habitado em questão.
Considerando-se o atual diagnóstico de produção da cidade contemporânea, aponto o rio urbano e seu entorno como espaços de deterioração frente a esse processo. Segundo a arquiteta Maria Cecília Barbieri Gorski em seu livro “Rios e cidade: Ruptura e reconciliação”- 2010:
“Na história das civilizações, de modo geral, os cursos d’água, rios, córregos, riachos integravam sítios atraentes para assentamentos de curta ou longa permanência, indistintamente, e eram tidos como marcos ou referenciais territoriais. (...) Já hoje, o sentimento geral a respeito do estado dos rios nas áreas urbanizadas parece repetir sempre a mesma cantilena saudosista e nostálgica – como já foram significativos...”
Frente a isso, pretendo buscar a recuperação do espaço beira rio como parte integrante do ambiente urbano, considerando-se seu potencial de constituir-se como espaço público de construção coletiva, convivência e exercício de cidadania.
AFIA
UR
BA
UR
NA
BA
N0
INTERVENÇÃO sobreposição de sistemas de naturezas distintas
DIÁLOGO E CONFLITO
Além disso, por parte dos habitantes dessa cidade, portanto, não são exigidos participação nem posicionamento crítico em relação a grande maioria dos espaços onde se habita.
DESCONSTRUÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DADA
A partir de um olhar para o estrangeiro e aparentemente distante, pretendo voltar a um caso de pesquisa e investigação brasileiro e próximo. Acredito que todo distanciamento, pode ajudar a trazer clareza às reflexões.
Retomando reflexões de Introdução ao TGI - 2012
Desse modo, para começar uma reflexão, trago croquis feitos a partir de fotos tiradas por mim, entre 2011 e 2012, durante viagens realizadas fora do Brasil. Os exemplos trazidos são de rios urbanos com configurações e relações distintas entre os mesmos e as cidades onde estão inseridos.
HABITAR CONTEMPORÂNEO
MEMÓRRIAS,, RIOS E CIDAADES
RIO
Em relação às cidades contemporâneas, Rem Koolhaas comenta que as dinâmicas econômicas globais apontam para a geração de cidades genéricas, de modo que “a grande originalidade desta cidade gerada é simplesmente abandonar o que não funciona (...).”. Nesse sentido, pode-se apreender que a grande maioria dos espaços e espacialidades produzidos atualmente mostram-se descartáveis, substituíveis e até certo ponto homogeneizados, de modo que as dimensões social e pública encontram-se diminuídas.
S
GR
MA
O rio, os rios, os córregos, urbanos ou não, sempre foram motivo de estudo, discussão e vivência em meu ambiente familiar, antes mesmo que eu tivesse algum tipo de memória. Durante inúmeras viagens pelo Brasil assim como no dia-a-dia, a temática dos rios esteve presente, tanto em relação à sua vitalidade e beleza em casos de conservação quanto às más condições geralmente associadas ao meio urbano.
ÕE
CIDADE
27
espaรงo da questรฃo
28
Considerando-se o atual diagnóstico de produção da cidade contemporânea, junto às inquietações anteriormente apresentadas, aponto o rio urbano e seu entorno como espaços de deterioração frente a esse processo. Frente a isso, pretendo buscar a recuperação do espaço beira rio como parte integrante do ambiente urbano, considerandose seu potencial de constituir-se como espaço público de construção coletiva, convivência e exercício de cidadania. Diante disso, aponta-se como intenção central de que intervenções realizadas essencialmente nas margens de um rio estejam inseridas num processo abrangente a respeito da cidade. Pretende-se enfatizar a construção coletiva do espaço público beira-rio, enquanto lugar de socialização, convivência e exercício de cidadania.
29
escalas e cidades
escalas de cidades
30
escalas de intervençþes
A partir das questões levantadas através de desenhos e leitura de textos, a escala de cidade eleita foi a de médio porte, sem atingir as problemáticas de uma metrópole nem limitando-se a questões urbanas muitas vezes embrionárias de uma cidade pequena. Outro aspecto fundamental a ser considerado na escolha da cidade foi a presença de um rio, que de preferência atravessasse sua área central de modo a estabelecer fortes relações positivas e/ou negativas com a cidade em questão. Assim, optou-se por aproximar-se da cidade de Piracicaba e tomá-la como objeto de análise e reflexão no processo investigativo de projeto. Inicialmente, assume-se como objetivo o olhar e a preocupação com a proposição de intervenções aplicadas a diversas escalas: regional, urbana e setorial espaciais (regional, urbana e setorial) e temporais (curto, médio e longo prazos) como modo de reconhecer aspectos de diversas ordens presentes na problemática a ser enfrentada.
31
32
rio urbano
O olhar para a complexidade da conformação da cidade de Piracicaba, considerando os diversos elementos e sistemas de naturezas distintas que se relacionam (rio urbano, topografia e malha urbana) foi fundamental para a proposição de intervenções que se integrassem a essa totalidade.
intervenções topografia
malha urbana
“As cidades, estas sim, são sempre construções em andamento. Dito de outra maneira, numa perspectiva moderna, as obras, mesmo prontas, continuam a ser, mais do que nunca, projetos. Projetos para outras possibilidades de configuração.” (BUCCI, 2003)
33
ações projetuais
34
As ações projetuais propostas, portanto, são apontadas e desenvolvidas a partir de questões agora mais específicas e relacionadas ao lugar, porém em continuidade com as questões iniciais. A morfologia da cidade, presença de elementos naturais e construídos importantes para a cidade hoje e no passado, resgatando aqui aspectos da memória coletiva a respeito da cidade e do rio serão aspectos considerados para a elaboração de propostas a partir daqui. Nessa etapa, a principal referência adotada foi o projeto BEIRA RIO, elaborado em 2001, por uma grande e diversicada equipe a qual realizou análises e propostas para o rio e para a cidade de Piracicaba a partir de óticas e aspectos diversos. A complexidade do projeto, realizado em duas etapas - diagnóstico “A cara de piracicaba” e P.A.E. (Plano de ação estruturador) - forneceu material rico para aproximação e envolvimento com o rio e com a cidade. A partir do P.A.E. especialmente e também da análise posterior de alguns projetos de artes e arquitetura realizou-se a proposta de algumas ações projetuais.
35
rio como estruturador da paisagem urbana
PIRACICABA
22º42’30”S 47º38’01”W
O QUE O RIO REPRESE PROJETO BEIRA RIO PIRACICABA, 2001 Objetivo: tornar-se catalisador de um movimento de solidificação dos mecanismos institucionais para a gestão ambiental e urbana de Piracicaba.
1- Levantamento de material 2- Cruzamento de dados 3- Propostas
“O RIO não é considerado a principal referência da CIDADE, mas é ela em si mesma.”
(Projeto BEIRA RIO, 2001)
38
ENTA PARA A CIDADE? DIAGNÓSTICO “A CARA DE PIRACICABA”
Arlindo Stefani_ Antropólogo urbano
CULTURA (ONU, 1972)
RIO + HOMEM = sistema bio-cultural/ constituição da cidade SINERGIA
RIO + CIDADE = sistema vivo/ conjunto de relações
ESTADO DE ARTE
RIO + MARGENS = cuidado mútuo com o rio e cidade
PARTICIPAÇÃO POPULAR
processo público = processo legítimo
39
DIAGNÓSTICO “A CARA DE PIRACICABA”
Arlindo Stefani_ Antropólogo urbano
INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA DA CIDADE E DO RIO
TEMPOS RESPRESENTATIVOS RELAÇÕES SOCIAIS E ESPACIAIS ÍNDIOS TABA (margem direita) BRANCO CAIPIRA Povoado Nsa. dos Prazeres (margem direita) NEGROS ESCRAVOS Rua do Porto / núcleo de pesca (margem esquerda) IMIGRANTES EUROPEUS Altos da Colina ATUAIS HABITANTES
?
MOMENTOS “CHAVE” DA HISTÓRIA MAPAS SINESTÉSICOS DA MANCHA URBANA (SONS, ODORES, ETC) OBJETIVO: detectar qual a percepção que o cidadão atual tem do ambiente onde vive.
40
PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR (PAE)
Maria Assunção de Ribeira Franco_arquiteta
relações RIO-CIDADE DIRETRIZES URBANÍSTICAS PAINEL ANTROPOLÓGICO desenvolvimento de potencialidades mitigação de problemas
diretrizes a curto prazo diretrizes a longo prazo intervenções urbanísticas nas margens pensamento a respeito da cidade
ANTROPOLOGIA
ECOLOGIA
DESENHO AMBIENTAL
DIRETRIZES DE AÇÃO
PLANEJAMENTO URBANO
41
CORREDOR ECO-SOCIAL
PROTEÇÃO DE ÁREAS VERDEA EXISTENTES
42
PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR (PAE)
CROQUIS
TERCEIRO LEITO : RIO + MARGENS + CONJUNTO EDIFICADO = CONJUNTO ÚNICO
43
REFERÊNCIAS = “MONUMENTOS”
ABERTURA DE FAIXAS DE INFLUÊNCIA
44
PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR (PAE)
PROTEÇÃO DE “MONUMENTOS”: HISTÓRICOS, GEOLÓGICOS E ARQUITETÔNICOS
45
CROQUIS
46
PRESERVAÇÃO DE VISUAIS_PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR (PAE)
CROQUIS
47
48
49
prancha síntese_ações projetuais
50
leitura croquis de viagem 2011-2012
leitura croquis de viagem 2011-2012
leitura croquis de viagem 2011-2012
ESCALAS DE CIDADE A INTERVIR
A partir das questões levantadas através de desenhos e leitura de textos, a escala de cidade eleita foi a de médio porte, sem atingir as problemáticas de uma metrópole nem limitando-se a questões muitas vezes embrionárias de uma cidade pequena. Outro aspecto fundamental foi a presença de um rio que atravessasse sua área central.
abrindo platôs: mirantes, praças, ...
CIDADE EM CONSTRUÇÃO
não construindo barreiras
ESCALAS DE INTERVENÇÕES
leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
leitura croquis de viagem 2011-2012
leitura croquis de viagem 2011-2012
PRESERVAÇÃO DE VISUAIS
po m te
"As construções em andamento, as obras inacabadas, têm essa graça: permitem que se veja com clareza possibilidades de configurações, possibilidades que a conclusão dos trabalhos tendem a esconder cada vez mais fundo. Talvez as melhores obras sejam aquelas que saibam conservar uma beleza que aparece antes de estarem prontas, melhor ainda, seriam obras que não ficassem prontas nunca. As cidades, estas sim, são sempre construções em andamento. Dito de outra maneira, numa perspectiva moderna, as obras, mesmo prontas, continuam a ser, mais do que nunca, projetos. Projetos para outras possibilidades de configuração." (BUCCI, 2003)
SAZONALIDADE variedade de cenários e situações beira rio Ações realizadas em conjunto,considerando-se as escalas espaciais (regional, urbana e setorial) e temporais (curto, médio e longo prazos).
“O RIO nãe é considerado a principal referência da CIDADE, mas é ela em si mesma.” (Projeto BEIRA RIO, 2001)
INTERVENÇÕES PONTUAIS E CONCENTRADAS
GRA TOPO
FIA
0
RBAN
RIO U
BINÔMIO RIO-CIDADE SISTEMA ÚNICO
NA
RBA HA U
MAL
RIO como elemento estruturador da paisagem urbana
PROPOSTA
leitura “Pedra e arvoredo” A. BUCCI, 2003
“(...) as várzeas são ainda vistas como se estivessem submersas.” ( BUCCI, 2003) Ao referir-se aos espaços alagáveis Ângelo Bucci , ) coloca as ideia de que, embora os rios e suas várzeas sejam parte integrante do espaço urbano, em muitos casos o mesmo não se constitui como espaço público, de convivência entre habitantes, visitantes, turistas... Em geral e ao contrário, constituem-se como espaço de degradação e de ocupação irregular. Enquanto a “cidade formal” geralmente se localiza nos “patamares secos” e altos a “cidade informal” desenvolve-se junto ao leito dos rios. Diante disso, aponta-se como intenção central de que intervenções realizadas essencialmente nas margens de um rio estejam inseridas num processo abrangente a respeito da cidade. Pretende-se enfatizar a construção coletiva do espaço público beira-rio, enquanto lugar de socialização, convivência e exercício de cidadania. Marília Reis Sé
leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
ABERTURA DE FAIXAS DE INFLUÊNCIA
DEFINIÇÃO DE CORREDOR ECO SOCIAL leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
PROTEÇÃO DE ÁREAS VERDES
EXISTENTES NA ÁREA IURBANA
PROTEÇÃO de monumentos históricos, geológicos e arquitetônicos
AÇÕES PROJETUAIS TGI I
leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
leitura “Projeto BEIRA RIO” Piracicaba-2001
"(...) Como um rio, que nasce de outros, saber seguir junto com outros sendo e noutros se prolongando, e construir o encontro com águas grandes do oceano sem fim." Thiago de Mello
leitura “Pedra e arvoredo” A. BUCCI, 2003
51
52
aproximações e leituras
“O RIO nãe é considerado a principal referência da CIDADE, mas é ela em si mesma.”(projeto BEIRA RIO, 2001) O rio Piracicaba entendido como estruturador da paisagem urbana foi, nesta etapa, a principal referência para elaboração de mapas de leitura os quais cumprissem com a função de “decifrar” ainda que parcialmente as principais particularidades e potencialidades da orla urbana. As seguintes leituras realizadas buscam, portanto, apontar relações entre distâncias e travessias, situações de interesse consideradas sob vários aspectos (históricos, arquitetônicos, geológicos), percursos e visuais existentes na paisagem urbana.
53
55
56
57
58
59
parque do mirante
engenho central
palacete particular
praรงadaboyes
ponte do mirante
engenho central
engenho central
antiga boyes
pรง dos pescadores casa do povoador museu da รกgua
museu da รกgua
parque do porto
pรง dos pescadores
casa do povoador
museu da รกgua
carnaval_rua do porto
rua do porto
fรกbrica boyes vista_salto engenho
vista_rua do porto
lavadeiras_orla
remo_engenho
casa do povoador museu da รกgua
centro
66
2 1 rio
67
ZOOM 1
68
69
ZOOM 2
70
71
intervençþes
72
Que tipo de visibilidade o rio Piracicaba e as estruturas a ele associadas têm para moradores, viajantes e turistas? A partir das leituras realizadas foram selecionados 5 áreas de interesse onde propõem-se as intervenções. As áreas escolhidas configuram-se como espaços privilegiados devido a um ou mais aspectos particulares, porém vinculados a questão apresentada. Desse modo, buscou-se a coordenação entre as intervenções propostas, considerando cada uma delas como um dispositivo ou sistema de dispositivos de percepção da paisagem urbana, com foco na presença do rio.
73
75
1
intervenção mirante---museu da água
78
travessias potenciais
configura-se como um conjunto de duas intervenções, localizadas uma cada margem do rio, porém alinhadas entre si. O parque do mirante, de um lado e o museu da água do outro, encontram-se contidos às margens e apresentam estruturas existentes a partir das quais podem-se estabelecer outras relações, além das existentes.
79
82
corte _parque do mirante-salto-museu da รกgua
83
84
proposta _jardim de รกgua-museu da รกgua
85
museudaรกgua---parquedomirante
parquedomirante---museudaรกgua
2
intervenção engenho central
90
superfícies estendidas
configura-se como uma intervenção única, a qual conecta-se às duas travessias (passarelas) localizadas nas extremidades da área do engenho central. O elemento contínuo estende-se a partir do piso das passarelas e percorre o conjunto do engenho central, ora convertendo-se em elemento funcional (plano de piso, mobiliário) ora em elemento escultural de modo a questionar a condição contida do conjunto edificado, limitado pelas passarelas e por não estabelecer uma relação efetiva com as margens do rio.
91
planta_intervenção
planta_relações
planta_existente
93
perpectivas
94
perpectivas
3
intervenção rua do porto
98
experiências modulares
configuram-se como módulos componíveis de mobilário e estares ao longo da extensão da rua do porto, onde a condição de calmaria do rio e as atividades ali desenvolvidas promovem a permanência da população e turistas. o contato com a água e a relação entre grupos distintos pode ser potencializada pela disposiçãoe combinação dos módulos.
99
planta_intervenção
perspectivas
4
intervenção antiga pedreira do bongue
102
percurso suspenso
confirgura-se como um percurso elevado engastado nos paredões de pedra da antiga pedreira do bongue com um momento de descolamento em que adquire outra condição, de instabilidade, desde essa extensão pode-se avistar grande parte da cidade e da orla do rio piracicaba. o percurso acontece a cerca de 30 metros da cota do rio, e possui dois acessos, um pela cota 0.0 - a partir da estrada do bongue - e outro a partir da cota +30.0 - a partir da única via de acesso pública existente no topo da encosta, onde localizam-se alguns condomínios fechados e grandes lotes particulares.
103
planta_intervenção
105
106
vista _pared천es da antiga pedreira do bongue
107
108
perspectivas
109
4a
intervenção terreno gramado av. pres. kennedy
110
periscópio
dispositivo ótico a partir do qual se apreende individualmente boa parte da cidade e da orla urbana do rio piracicaba (mesma abertura visual da intervenção4) e também os paredões da antiga pedreira do bongue (onde propõemse a intervenção 4). como rebatimento da intervenção 4, localizouse um ponto, terreno gramado localizado no bairro nova piracicaba - na cota mais alta da região côncava do rio - onde a percepção visual da paisagem urbana mediante a proposição de tal dispositivo é muito ampla.
111
planta_intervenção
113
114
perspectivas
115
perspectivas
116
117
118
119
120