Margarida Travanca Arquitetura

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margarida travanca 2016




perfil Nasci a 24 de Novembro de 1987 no Porto. Quando terminei o secundário na Escola Soares dos Reis, decidi seguir uma das minhas paixões: a Arquitetura. Assim, fui admitida na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto em Setembro de 2005 com a média final de 19. Em 2009 participei no programa Erasmus e estudei durante um ano na École Polythecnique Fédérale de Lausanne na Suíça, onde terminei o 5º ano. Lá, escolhi o atelier de projeto do arquiteto Harry Gugger (colaborador H&dM até 2009), que me pôs em contacto com novas e importantes ferramentas, principalmente em termos de comunicação e apresentação do projeto. Em 2011 concluí o mestrado em Arquitetura com média final de 15 valores e, a partir de 2013, pertenço à Ordem dos Arquitetos, com o nº 21443. Desde 2012 exerço a profissão num gabinete de Arquitetura e Engenharia no Porto, onde participo em variados projetos - desde a elaboração de estudos prévios, projetos de licenciamento, projetos de execução e ao acompanhamento e gestão de obra, incluindo também a resolução de processos de legalização. Vejo a arquitetura como uma complexa rede multidisciplinar que conecta áreas muito distintas. Entusiasma-me a investigação e procura de diferentes hipóteses, ideias, soluções, do conceptual ao real. Acredito na total dedicação e paixão pelo trabalho durante todo o processo projetual.

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conteĂşdo currĂ­culo resumido

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projetos selecionados desafios urbanos quinta do bom gosto a cultural masterplan for Bahrain tubli observatory biblioteca municipal de vila nova de gaia quinta amarela

08 14 26 30 34 42

outros desenho cinema fotografia

50 52 54

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currículo resumido experiência profissional

formação

Estágio para acesso à Ordem dos Arquitetos

Mestrado Integrado em Arquitetura

2012 - 2013

Membro AEFAUP

ABPROJECTOS, Arquitectura e Engenharia

2005 - 2011

Porto, Portugal

Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto 15 valores

Arquiteta

Curso Geral de Artes

desde 2013

2001 - 2005

ABPROJECTOS, Arquitectura e Engenharia

Escola Secundária Artística de Soares dos Reis

Porto, Portugal

18.95 valores

https://www.facebook.com/ABPROJECTOS

formação internacional Programa Erasmus

aptidões pessoais

2009 - 2010 École Polythecnique Fédérale de Lausanne

Técnicas

5 (em 6)

Microsoft Office, ArchiCAD, AutoCAD, Adobe

Lausanne, Suíça

Photoshop, Adobe Illustrator, Adobe InDesign. Capacidade de execução de maquetes e de desenho à mão levantada.

Workshop: Bahrain Cultural Masterplan 12 . 2009 University of Bahrain, Kingdom of Bahrain e EPFL Al-Manama, Bahrain

Sociais Capacidade de cooperação e trabalho em eq-

Workshop: Cinemarchitecture

uipa em qualquer ambiente, facilidade e à von-

08 . 2010

tade na adaptação a novos lugares e desafios.

Art School of Tallinn

Experiência em lidar com tarefas e projetos dife-

Tallin, Estónia

rentes e multidisciplinares simultaneamente.

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formação complementar

Linguísticas

2012 Formação Profissional e de apoio ao

Português

Estágio, OASRN

Inglês (fluente)

2012 Curso de Inglês aplicado à Arquitetura e à

Francês (intermédio)

construção “Ark-English”

Espanhol (básico)

2012 Prova de verificação de conhecimentos

Italiano (básico)

em Estatuto e Deontologia, OASRN


seleção de projetos nos quais colaborei 2012 - 2013 Remodelação de Apartamento na Foz do Douro - Estudo Prévio, Proj de Exec, Acomp de Obra 2012 - 2013 Remodelação de Moradia Pátio na Boavista - Estudo Prévio, Proj de Exec, Acomp de Obra 2012 Casa em Ofir - Estudo Prévio, Projeto de Execução, Acompanhamento de Obra 2013 - 2016 Arranjos exteriores de Armazéns em Campanhã - Alteração da ph, Proj de Exec 2013 Conjunto habitacional em Coruche, Alentejo - Estudo Prévio 2013 Casa na Marechal Gomes da Costa - Estudo Prévio e PIP 2013 - 2015 Quinta no Freixo, Marco de Canaveses - Projeto de Licenciamento, Projeto de Execução e Orçamentista e Acompanhamento de Obra 2014 - 2016 Recuperação de uma Habitação na Foz Velha - Projeto de Licenciamento, Projeto de Execução, Acompanhamento de Obra 2014 Cantina em Famalicão - Estudo Prévio 2014 Urbanização em Sandim - Estudo Prévio 2015 Casa em Arouca - Estudo Prévio, Projeto de Licenciamento, Projeto de Execução e Orçamentista 2015 - 2016 Processo de Legalização de Obras existentes na Boavista - Projeto de Licenciamento 2016 Remodelação de Loja nas Antas - Projeto de Execução e Acompanhamento de Obra 2016 Ampliação de moradia em Cedofeita - Projeto de Licenciamento e Projeto de Execução 2016 Restaurante na baixa do Porto - Projeto de Execução e Acompanhamento de Obra

distinções, publicações e outros 2006, 2007, 2008, 2009 Anuária 06, 07, 08 e 09 faup: exposição anual dos melhores trabalhos feitos pelos alunos no ano académico anterior (com trabalhos de Desenho, Teoria da Arquitetura, Construção, História e Projeto) 2008-10 Membro lidera UP: eCork, desenvolver um material construtivo novo 2009 Concurso Revista Dédalo: ideias para a cobertura da Rua das Galerias de Paris 2010 Crítica final Erasmus no atelier Vogt Landschaftarchitekten, em Zurique e no atelier de Peter Zumthor em Haldenstein, Suíça. 2010 Projeto publicado em Bahrain Lessons, publicação epfl. 2010 Projeto exposto na Bienal de Veneza - Pav. Bahrain (Golden Lion Award) 2011 Projetos publicados em faupboarding pass, publicação faup. 2010 Prémio Zon Multimédia 2010: com a curta metragem “mágua” 2012 Distinção do projeto “Desafios Urbanos” pelo Espaço de Arquitetura e seleção para posterior exposição 2015 Projeto em colaboração na ABPROJECTOS publicado no terceiro livro da série Casas Uzina Books “Portuguese Modern Apartments” - Apartamento na Foz do Douro

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premiado pelo Espaço de Arquitetura e selecionado para exposição

desafios urbanos com Diana Sousa, Irina Miranda, Isabel Gomes e Soraia Fernandes Janeiro 2012 @ Porto, Portugal

Este concurso de ideias propunha a reabilitação de um conjunto de 3 imóveis situado no Morro da Sé em pleno centro histórico do Porto. Era pedido que se aliasse inovação a realismo, criatividade às condicionantes regulamentares e ousadia a sustentabilidade. Assim, a proposta procura valorizar e preservar a identidade do quarteirão, mantendo por isso o carácter, a fisionomia e os traços gerais dos três edifícios, inseridos na área classificada como Património Mundial pela Unesco. Após uma breve análise e reflexão sobre os três edifícios, considerou-se que, pelo seu mau estado de conservação, uma reconstrução integral seria necessária. Assim, unificaram-se as três parcelas num único volume, conseguindo-se desta forma um melhor aproveitamento das áreas e interiores mais amplos, iluminados e salubres. É de frisar que a intervenção passa pela conservação da configuração das fachadas Nascente e Poente e pela reconstrução total da fachada Sul, pressuposto fundamental e base para o desenvolvimento de toda a proposta. Desta forma, a degradada empena é substituída por uma nova fachada que vai animar o espaço público adjacente, criando a oportunidade de melhorar o ambiente bairrista da envolvente mais próxima. No novo volume, compacto e colorido de laranja, rasga-se um novo acesso vertical exterior, uma escada metálica de uso coletivo. Na nova fachada são abertos grandes vãos de linguagem claramente contemporânea, contrastantes com as fenestrações das fachadas antigas. O edifício possui habitação de tipologia variada: T0, T1 simplex, T1 duplex e T2 simplex; e, no piso térreo, comércio local e ateliers, acessíveis apenas pela rua. Relativamente aos interiores, cada um dos fogos foi pensado segundo conceitos base como a rentabilização, fluidez e continuidade espaciais. Assim, cada fogo possui uma caixa funcional, (quartos de banho e arrumos) que organiza todo o espaço. Como forma de aproveitar toda a envolvente, com uma forte ligação visual ao Rio Douro e à Sé, pontos de grande carácter e interesse, optou-se por fazer da cobertura uma área exterior para usufruto dos residentes.

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concurso/ reabilitação


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plantas de todos os pisos 10

duplex: plantas e cortes


cortes transversais e longitudinal

alรงados 11


lajeta de betão

membrana delta

suportes reguláveis

betão leve

laje betão

isolamento térmico placa pladur

soalho de madeira tela acústica

regularização pré-aro caixilharia “slim-slide”

guarda de aço

betão pigmentado

betão polido

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quinta do bom gosto faup, Setembro 2011 orientação: Arq. Nuno Brandão Costa @ Seara, Ponte de Lima, Portugal

recuperação/ projeto dissertação de mestrado

Perante a difícil escolha de um tema para a conclusão dos meus estudos, optei por um que colocasse questões importantes à prática da arquitetura e que estivesse relacionado com o futuro profissional. Assim, incluí uma parte prática, um exercício de projeto que não tive a oportunidade de explorar até então e que me permitiu pôr em uso as ferramentas que adquiri ao longo do curso. Imaginou-se o projeto de recuperação e transformação de um conjunto arquitetónico de grande valor histórico e paisagístico e que se encontra num estado degradado e maltratado pela falta de uso - uma bela Quinta Limiana do séc. XIX, a do Bom Gosto, em Seara, Ponte de Lima. Acredito que um projeto sólido pressupõe uma consistência e rigor teóricos e, por isso, a investigação e a análise teórica informaram e determinaram a proposta. Deste modo, numa espécie de percurso cruzado, o objeto de estudo prático desencadeou a pesquisa teórica e a teoria levantou questões ao projeto. O exercício foi acompanhado por uma reflexão teórica, onde se cruzaram teorias e metodologias e se relacionaram caminhos de projeto, de forma a esclarecer modos de projetar, instrumentos e ferramentas. A região do Vale do Lima é rica pela sua diversidade e importância histórica, marcada pelo seu património arquitetónico e paisagístico. Aqui, os edifícios provam, pela sua linguagem, que foram fruto da necessidade de cultivar a terra e da vontade de exibir o orgulho secular de descendência limiana. Atravessado por antigas vias romanas e pelo caminho de Santiago, o concelho de Ponte de Lima é uma referência constante em guias e mapas turísticos e ainda hoje milhares de peregrinos o transpõem rumo a Espanha. Como elemento arquitetónico, a quinta apresenta uma forte unidade de linguagem e coerência construtivacom uma autenticidade própria. Desde o forte muro de granito que a circunda, aos socalcos de vinha, abraçados por muros de estereotomia impecavelmente desenhada, aos pormenores da cantaria das fenestrações e carpintarias interiores, tudo projetado e construído com o mesmo cuidado e requinte.

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publicado em https://issuu.com/margaridatravanca5/docs/_dissertac__a__o_de_mestrado_margar

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Santiago de Compostela

Padrón

Caldas de Rei Ourense

Pontevedra Redondela Tui

Bragança

Ponte de Lima

Vila Nova de Cerveira

Barcelos

Viana do Castelo

Braga

Chaves

Guimarães Póvoa de Varzim Porto

Lamego

Viseu Agueda Guarda

Coimbra

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Castelo Branco

Batalha

SILVEIRO

Tomar Nisa

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Lim

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Santarém

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Quinta do Bom Gosto

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SOBREIRO

BORGONHA

FACHA Casa das Torres ARRIBÃO Cap. de S. Sebastião

PORTELADIA

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Quinta da Albergaria

4

SOALHEIROS

N

Desta extensa Quinta, com cerca de 10 hectares, construída a mando do emigrante brasileiro José Maria Cerqueira, faz parte: a Nascente, um grande Solar revivalista; a Sul, no alinhamento do muro do solar, a antiga habitação do caseiro, em ruínas; a Norte, o portal Neo-Barroco e a Poente, uma vasta área de vinha e jardins. A definição do programa mais adequado foi uma das primeiras preocupações, questão base para a intervenção. Os problemas que se colocaram à partida relacionavam- -se fundamentalmente com a garantia da subsistência da Quinta como uma entidade auto-sustentável, a promoção da cultura e produção local, a manutenção da identidade do lugar, a garantia da consolidação física do Solar e sua adaptação ao novo uso. Assim, às funções pré existentes habitar e produzir, acrescentou-se experimentar e ensinar, de forma a promover a tradição, a cultura e a história locais pelo seu vivenciar direto e genuíno, ainda que temporário. Assim, a Quinta reúne condições para se transformar em turismo de habitação, que englobará o antigo Solar, novas unidades-rurais, área expositiva, restaurante e adega. A paisagem construída com altos muros de granito, marcada pela rigorosa plantação de vinha constitui o elemento fundamental orientador da estratégia geral da intervenção. São os muros heráldicos, brasonados, altivos, graníticos, os muros suporte, limite, contenção, plataforma, que vão definir a estratégia geral do projeto. Os caminhos pré-existentes são os conectores dos diferentes componentes do projeto e mantêm a integridade do conjunto. Numa primeira aproximação ao projecto, definiu-se quais os princípios metodológicos a adotar. A intervenção será feita segundo métodos diferentes e complementares: restauro integral dos elementos imprescindíveis e a valorizar, adição de elementos que melhoram as condições existentes, correspondentes à sua necessária atualização e novo programa, demolição de elementos que prejudicam o espaço e identidade da Quinta, fruto de intervenções posteriores e, ainda, reconstrução livre de uma ruína. Assim, o projeto é uma espécie de justaposição de diferentes episódios autónomos e independentes, que procuram conectar esta teia de idades, de linguagens, de histórias e de memórias. Investigam-se as tradições arquitetónicas locais sem o objetivo à cabeça de as replicar, mas, de diluir as diferenças entre o passado e o presente através de analogias com os sistemas construtivos, dimensões, proporções e materiais.

ALBERGARIA

2 2

3 3

1 1

5 5

4 4

caminho caminho de santiago de santiago

estrada N203 estrada N203

entradas entradas

elementos importantes elementos importantes


HOJE

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ENSINAR

ESPAÇO EXPOSITIVO

SOLAR DEGRADADO

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PRODUZIR

HOJE

PROPOSTA

HABITAR

HABITAR

SOLAR DEGRADADO

SOLAR RECUPERADO alojamento zonas de lazer

habitar

produzir

experim

VINHA FRUTA ANIMAIS

RESTAURA

117 m 2

história sobre Pte de Lima e Quinta do Bom Gosto

ENSINAR

RESTAURANTE

EXPERIMENTAR

200 m 2

alojamento zonas de lazer

gastronomia e enologia locais

ESPAÇO EXPOSITIVO

1865 m 2

SOLAR RECUPERADO

gastrono enolog locais

ADEGA

1500 m 2

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VINHA

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ensinar - espaço expositivo habitar - solar e unidades rurais N

experimentar - restaurante 0 1 2 3 4 5 6 7 8 910 m

produzir - adega

QUINTA DO BOM GOSTO

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CONDOR

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plantas e alçados gerais (solar, unidades rurais e restaurante) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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1 : SOLAR 2 : UNIDADES-RURAIS 3: RESTAURANTE 4 : ADEGA

QUINTA DO BOM GOSTO

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planta geral do piso térreo e alçado da adega

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N

A entrada na propriedade faz-se através do grande portal neo-barroco, devidamente restaurado, no lado Norte da Quinta, tal como se fez no passado. Atravessado o portal, uma longa avenida flanqueada por muros de granito e coberta por alta ramada, que conduz até ao pátio principal da Quinta, seu núcleo central, para onde se volta o grande Solar. O estacionamento é dissimulado nesta avenida, resolvido e encaixado na diferença de cota entre a parte baixa e a parte alta da cota de entrada no Solar. O pátio principal da Quinta, conformado a Nascente pela grande casa e por um forte muro de contenção, que se prolonga na direcção Sul, onde está esculpida a entrada formal na casa e onde se escavam as novas casas rurais, unidades de habitação independentes da casa principal. O muro é deste modo recomposto e completado até à pequena ruína a Sul, velha habitação do caseiro, que será ocupada pelo novo restaurante, rematando-se assim o comprido volume. Importa referir aqui a relevância da entrada Sul, reconstruída em analogia com o portal principal Norte, uma vez que esta será a primeira entrada vislumbrada pelos peregrinos que fazem o Caminho de Santiago. Da esplanada-jardim do restaurante, parte um caminho em direcção à nova adega, encaixada nos socalcos graníticos da vinha No solar, a intervenção é reduzida ao mínimo, repara o edifício de modo a que se torne novamente habitável conforme as necessidades do novo programa. A adaptação aos novos usos não implicou grande reorganização da compartimentação original. Preserva-se a conexão préexistente entre os três pisos e, assim, a volumetria geral e as fachadas não sofrem alterações. No piso térreo incluiu-se ainda a área expositiva nos antigos estábulos. No primeiro piso, a cozinha/bar e áreas comuns. No segundo piso estão todas as suites, que mantêm a escala dos quartos originais e acrescentam-se os necessários quartos de banho. O objectivo foi fundir o novo com o antigo de uma forma subtil, em continuidade. Neste sentido, no volume das casas rurais e restaurante, procura-se assegurar que na nova arquitetura estão presentes raízes que remetem para uma linguagem tradicional. Esta ala, reconstruída no alinhamento do muro antigo é rasgada apenas pontualmente. As aberturas são correspondentes às entradas nas unidades de habitação e seguem as proporções da fachada do solar. Cada uma destas unidades possui um quarto, wc, pequena cozinha e zona de comer, iluminada por um pátio central. O antigo jardim, que agora se transforma em cobertura de betão ajardinada, ficará sujeito às mesmas transformações que a natureza à sua volta, fazendo com que a intervenção venha a desaparecer. m

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quarto de vestir

quarto de vestir

quarto

quarto

quarto de vestir

arrumos

quarto de vestir

quarto

quarto

quarto

quarto

quarto

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arrumos

quarto de vestir

quarto

arrumos

arrumos

quarto

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41

1

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3

cozinha/bar 19m2

5m

inst. sanitárias 13,6m2

sala audiovisual 46m2

biblioteca 21m2

átrio / recepção 42m2

sala de leitura 51m2

4

forno

arrumos 14m2

0

entrada principal

sala "esconderijo"

quarto gena

quarto tia

quarto de banho

quarto

quarto

bengaleiro 17m2

cozinha

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sala estar

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arrumos

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dre alpen

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lavandaria 25m2

inst. sanitárias 10m2

hab. do empregado 32m2

área administrativa 32m2

arquivo da quinta 28m2

espaço expositivo 117m2

2

área técnica (caldeira, PT, dep. de água, REN) 73m2

41,2

41,5

sala de estar 154m2

N

41,7

41,7

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cereais/ frutos

lixo 17m2

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cereais/frutos

adega

armazenamento

átrio de serviço 32m2

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animais

animais

cavalariça

ço

servi

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sala de jogos 56m2

N

espaço de refeições 41m2

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quarto03 28m2

quarto02 36m2

quarto01 23m2

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1 : SOLAR

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CONDOR

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inst. sanit.

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2 : UNIDADES-RURAIS

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casa rural 45m2

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3 : RESTAURANTE

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restaurante 200m2

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QUINTA DO BOM GOSTO

cozinha 40m2

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N 0 1 2

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apoio 48m2

apoio 48m2

fermentação de vinhos 164m2

estábulo / armazenamento fruta 318m2

recepção da uva 82m2

armazenamento / estágio 246m2

área de barris 164m2

37,8

engarrafamento e rotulagem 115m2

N

QUINTA DO BOM GOSTO dep. para expedição 58m2

sala de provas 92m2

i.s 34m2

arrumos 34m2

administração 140m2

área técnica 70m2

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QUINTA DO BOM GOSTO

QUINTA DO BOM GOSTO 41,30 44,30 42,60

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apoio 37,75m2

balneários 37,75m2

socorros 37,75m2

limpeza 37,75m2

átrio / recepção 95m2

loja 28m2

reuniões 32m2

lab 32m2

lab 32m2

i.s 32m2

ala técnica 142m2

40,3

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4 : ADEGA

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QUINTA DO BOM GOSTO

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QUINTA DO BOM GOSTO

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QUINTA DO BOM GOSTO

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N


No restaurante assume-se a vontade de construir um edifício a partir da matéria existente. A ruína faz parte do novo, constrói-se a sua cobertura e completam-se as paredes com materiais novos, assumindo a contemporaneidade da intervenção. Finalmente, a adega, que se implanta no lado Sul, na cota mais alta da vinha de forma a tirar o máximo partido da sua bela envolvente. Optou-se por enterrar a adega, que se dilui e esconde no terreno, reduzindo assim o impacto visual de um edifício industrial deste calibre. Mergulha-se no solo, num mundo sombrio, de cheiros intensos e logo um vislumbre da paisagem, Serra D’Arga a Norte, enquadrada privilegiadamente. A materialidade granítica das plataformas da vinha contamina o edifício, revestido a granito local mas tratado de forma contemporânea, de modo a distinguir-se subtilmente dos muros antigos. O edifício desenvolve-se ao longo de um muro pré-existente, mas desenha-se numa volumetria distinta: destaca-se e afirma a sua natureza artificial, criando uma relação de tensão/ equilíbrio entre o edifício e o terreno. A solução encontrada passa por vários gestos pontuais que respondem a necessidades específicas e particulares, conectando os vários elementos que compõem a Quinta do Bom Gosto e restabelecendo a rede de relações que existe entre eles, articulando-os através de uma subtil afinidade de linguagem. Traçou-se um percurso de aprendizagem enriquecido pelas muitas dúvidas, surpresas e obstáculos potencialidades que apareceram pelo caminho. Aos primeiros passos, ingenuamente, pensava-se que com um gesto único se resolveria o problema. Depois, que todas as acções interventivas seriam válidas e que o Presente se deveria sobrepor sempre ao Passado. No percorrer percebeu-se que não há metodologias fixas e imutáveis ou um método projetual universal decretado. Existem muitos e todos igualmente válidos. Será importante questionar, arriscar, descobrir o melhor caminho para o projeto, adoptar uma postura que aceite verdades diferentes, que permita o desenvolvimento e maturação de ideias paralelas, suspensas, baralhadas, enriquecidas, cruzadas, enfim, que permita avanços e recuos até se chegar à solução mais justa. Recupera-se o todo, a unidade, através de várias operações pontuais, confirmando que o dever do arquiteto será sempre o de usar todas as ferramentas e instrumentos que tem ao seu dispor para construir a transformação, criar Arquitetura. Depositar a mesma paixão no desenho da primeira parede ou na manutenção de uma antiga.

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publicado em Bahrain Lessons, epfl lapa e em faupboardingpass, aefaup

a cultural master plan for Bahrain

urbanismo/ planeamento urbano

com o lapa studio epfl, Dezembro 2009

O laboratório lapa foi convidado pelo Ministério da Cultura do Reino do Bahrain para desenvolver um plano urbano focado na identidade cultural do país, que viria a terminar na construção do Pavilhão do Bahrain na Bienal de Arquitetura de Veneza e na publicação “Bahrain Lessons”. Este estudo desenvolveu--se em colaboração entre os alunos e professores do Lapa e a Universidade do Bahrain e terminou num workshop intensivo na Ilha, onde as várias propostas foram apresentadas e discutidas. O desenho de um masterplan cultural para o Bahrain parece especialmente relevante hoje, já que projetos megalómanos ameaçam dominar a identidade local do Reino. Para além disso, os recentes problemas sociais postos em relevo pela Primavera Árabe, vieram enfatizar a necessidade de mudança neste país. Ao desenhar um plano deste tipo, procura-se fundamentalmente reafirmar a importância da cultura como um valor importantíssimo para o futuro desta ilha, fator que vai ajudar o país a diferenciarse na região do Golfo - hoje pobre em petróleo, mas que continua rico em cultura! A investigação estabeleceu um plano que preservasse o património nacional e encorajasse a tradição local, concentrando-se na reafirmação da identidade nacional, preservando e promovendo as características que fazem do Bahrain um país único em termos de património urbano, arquitetónico, arqueológico e ambiental. Assim, os principais objectivos deste plano podem ser resumidos em cinco pontos: reafirmar a identidade nacional, usando o potencial histórico do país; reconhecer a sua posição geográfica como estratégica na região; preservar o património natural tirando partido da beleza natural da ilha e das suas 3 baías; concentrar a população nas áreas urbanas, preenchendo os vazios urbanos com instituições culturais, restituindo a centralidade a Al Manama; dar prioridade às questões ambientais - extinto o petróleo, o futuro do país reside na sua capacidade de diversificar as fontes de energia, e, ainda, pondo fim à consecutiva conquista de terras ao mar.

26


3 BAYS

27


Bahrain como o conhecemos… O Passado: antes da conquista de terras ao mar e da expansão urbana Desenvolvimento urbano e linha de costa - conquista de terras ao mar: 1903-2009

2007 1939 1939 19391956

1939 1939

1956 1939

1956 1956

0

industrial areas

6 km

1990 2007 2007 1990

2007 2007 2007

19902007

urban development urban development urban development urban development 0

0 6 km

2007 19902007 2007

agriculture agriculture / greenery / greenery agriculture agriculture / greenery/ greenery

urban development 60 km

1956

19901990 19561990 19901990 1956

1903

agriculture / greenery

6 km

1939 1939 1956 19561990 1956

0

6 km 6 km

agriculture / greenery industrial industrial areas areas industrial industrial areas areas

agriculture / greenery 2009

2007

agriculture / greenery agriculture / greenery urban development urban development industrial areas agriculture / greenery industrial areas

urban development

urban development

urban development

industrial areas

industrial areas

industrial areas

agriculture / greenery urban development industrial areas

6 km

Stop Land Reclamation

New Public Transportation Network

Protect Natural&Archeological Heritage

Densificar a Capital Al Manama

Comboio rápido, Tram e Barcos Táxi

Estimativa da subida do nível do mar

28


1.

2.

3.

4.

5.

outras capitais e suas baĂ­as:

new york

hong kong

istanbul education facilities financial centre industry greenery/agriculture housing densification

fast train light train taxi boat

al manama

financial bay

lagoon bay

leisure bay

pre-final critique

last table review

final critique after party!!

29


publicado em Bahrain Lessons, epfl lapa e em faupboardingpass, aefaup e selecionado para a exposição best of na epfl

tubli observatory

rotas migratórias dos pássaros

tubli observatory EDUCATION

ora tori es

watching tower

RESEARCH

URBAN NATURE

OBSERVATORY CAFETERIA ADMINISTRATION LABORATORIES

AUDITORIUM

LIBRARY EXHIBITION SPACE

PARKING PARKING PARKING

ENTRANCE WATER TREATMENT PLANT

30

PRESERVATION

auditorium

ary libr

Com base nas diretrizes estabelecidas pelo plano urbano desenhado no semestre anterior, desenvolveu-se uma série de projetos, de forma a testar a viabilidade dos objetivos e medidas pré-definidas. Não havia um terreno e um programa definidos a priori. Cada grupo devia decidir onde implantar o seu projeto, definir o programa mais adequado e justificá-lo com factos reais. O Observatório Tubli tem como objetivo alertar para a importância da estabilidade ambiental para o desenvolvimento económico e social do país. Acima de tudo, o projeto pretende aumentar a densidade de espaços verdes e revitalizar uma área ameaçada pela poluição, realçando a beleza natural da ilha e potenciando os seus tesouros naturais. Três das rotas migratórias de aves passam pela Tubli Bay (380 milhões de pássaros por ano) - esta baía, apesar de ameaçada pela poluição industrial e pela reclamação de terras, é o único lugar no país onde existe interação entre mangroves, algas e corais tornando-se, por isso, a área mais importante para as aves aquáticas. Assim, o observatório implanta-se em terra original, na zona Norte da baía, entre a auto estrada e a natureza, com uma vista privilegiada sobre a baía. Coloca-se na fronteira entre a urbanidade e a natureza, um portal simbólico entre as duas realidades. O edifício desenvolve-se no sentido vertical para permitir uma visão ampliada sobre a nova reserva natural de um lado, e sobre a Estação de Tratamento de Águas Tubli do outro. Ao observatório acrescentam-se outros programas - biblioteca, auditório, laboratórios, cafetaria e ainda estacionamento, dada a proximidade com a auto estrada e uma vez que o automóvel é o principal meio de transporte. A torre é um esqueleto transparente, uma série de lajes de betão branco, colocadas a diferentes alturas de acordo com o programa. No último piso o teto é revestido a aluminio espelhado, para que devolva a imagem do exterior de forma surpreendente. Quatro núcleos de acessos verticais e infraestruturas estabilizam o edifício para que os espaços possam ser ocupados livremente.

lab

com José Pedro Azevedo orientação: Arq. Harry Gugger epfl, Junho 2010 @ Tubli, Bahrain

torre observatório de aves / sede da sociedade de observadores de aves

HIGHWAY

TUBLI OBSERVATORY

NATURAL RESERVE


31


implantação

alçado sul

a

rés-do-chão

32

a’

administração (9)

cafetaria (10)

auditório (7)

laboratórios (8)

estacionamento (2, 3, 4)

biblioteca (6)


alçado norte

corte aa’

biblioteca

33


biblioteca municipal de gaia

edifício público/ biblioteca municipal

faup, Julho 2009 orientação: Arq. Carlos Prata @ Vila Nova de Gaia, Portugal

6 km

industrial areas urban development agriculture / greenery

1939

1956

1990

2007

34

0

Um equipamento público situado num território em profunda transformação deve funcionar como catalisador do planeamento urbano e ser capaz de gerar novas espacialidades na cidade em construção. Nesta zona de Vila Nova de Gaia, carente de interesse e de lógica - de um lado, um solar barroco e um belo jardim romântico e sinuoso, do outro, uma torre de escritórios e uma enorme rotunda - a biblioteca surge como um edifício voltado para si próprio, que cria a sua própria envolvente, uma massa que se molda e recorta de acordo com o terreno e com questões programáticas e funcionais. Uma das características mais marcantes deste sítio é a “massa verde” que o envolve e que, por isso, contamina o projeto: o prolongamento do jardim adjacente convida ao percurso de descida até à entrada na biblioteca. Um muro branco nasce e guia o transeunte até à entrada no edifício. A biblioteca surge como um volume branco, compacto, com poucas aberturas, daí a opção pelo acabamento exterior em reboco, que permite a criação de uma superfície lisa, contínua e homogénea. Assim os vãos aparecem pontualmente, negros, contrastantes com o branco das paredes. A iluminação é assegurada pelas clarabóias e pelos pátios interiores que animam os diversos espaços. Cada um deles tem uma função e material específicos, de acordo com o espaço adjacente. O projeto desenvolve-se em dois níveis que correspondem a duas aproximações distintas ao edifício – uma pública e uma privada, articulando assim as cotas das duas ruas que delimitam o terreno. A biblioteca desenvolve-se então em dois pisos, um das áreas públicas e outro das áreas administrativas e técnicas, ligados por um núcleo de acessos verticais que garante dois percursos estanques. O piso público está dividido em duas grandes áreas: a do ruído (auditório, cafetaria, livraria…) e a do silêncio (bibliotecas de adultos e de crianças), ligadas pelo grande átrio através de um sistema de rampas suaves. A entrada à cota baixa surge da desmaterialização do muro granítico que faz toda a frente de rua, criando um espaço coberto que permite que se faça toda a manutenção que um edifício público deste género necessita.


35


0

6 km

piso público

1939 n1352275847_30048254_2784.jpg

87.20 86,50

85,00

82.87

87.10

87.20 86.50

86.50

87.20 85,00

86.50 83,50

85,00 81.80

83,50

82.87 81.50 81.80

87.20 86.50

77.00

77.00

3.00m

36

81.50

81,50 átrio

81,50 área educativa

87.20 86.50

87.20 86.50

85,00

83,50

86.50

3.00m

87.10


n1352275847_30048254_2784.jpg

87.20 86,50

85,00

82.87

87.10 86.50

82.87 81.50

77.00

77.00

exterior - jardim 87.10 86.50 n1352275847_30048254_2784.jpg

87.20 86,50

85,00 82.87 81.50

82.87

77.00

87.10 86.50

87.20 87.20

86,50

86.50

85,00

82.87

83,50

81.50 81.80

81.80

77.00

77.00

87.20 86.50

77.00

77.00

77.00

3.00m

81.50

81,50 átrio

87.10

87.20

86.50

37

81,50 área educativa

86.50

85,00

83,50


87.20 87.20

86.50 86.50 85,00 85,00

87.20

83,50

86.50

83,50 85,00

81.80 81.80

0

83,50

6 km

piso privado

81.80

87.20 86.50

87.20

1939

86.50

3.00m

87.20 86.50

3.00m

81.50

81,50 átrio

81.50

81,50 átrio

81,50 área educativa

81.50

81,50 átrio

81,50 área educativa

81,50 área educativa

3.00m

87.20

86.50

86.50

85,00

86.50 83,50 3.00m

81.80

86.50

3.00m

82,40 secção adultos

82,40 secção adultos

81.50

81,50 cafetaria

81,50 copa

81,50 prep. catering

81.50

81,50 cafetaria

81,50 copa

81,50 prep. catering

81.50

81,50 cafetaria

81,50 copa

81,50 prep. catering

3.00m

82,40 secção adultos

87.20 86.50

77,00 gab de trabalho

77.00

77,00 sala de reuniões

3.00m

77,00 gab de trabalho

77.00 81.50

77,00 sala de reuniões

81,50 átrio

81,50 área educativa

77,00 gab de trabalho

77.00

77,00 sala de reuniões

87.20 87.20 85.00

87.20 2.95m

86.50

87.20

4.05m

86.50

2.40m

85.00

2.95m 2.40m

3.65m 3.00m

4.05m

83.00

82,40 secção de adultos

3.65m

82,40 secção adultos

85.00 83.00

81,50 cafetaria

81.50

81,50 copa

81,50 prep. catering

81.50

4.05m

3.65m 80.20 sala polivalente

2.40m

4.00m

81.50

3.30m

3.30m 4.00m

83.00 77,00 gab de trabalho

77.00

3.00m

82,40 secção de adultos

80.20 sala polivalente

77,00 sala de reuniões

81.80

2.95m

82,40 secção de adultos

3.30m

3.30m 3.00m

81.50 4.00m

80.20 sala polivalente

77.00 manutenção

77.00 gab de trabalho

77.00

77.00 manutenção

77.00 gab de trabalho

77.00

77.00 manutenção

77.00 gab de trabalho

77.00

87.20

3.30m

3.30m 3.00m

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82,40 secção de adultos

81.50 4.00m

80.20 sala polivalente

3.30m

3.30m 3.00m

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77.00 manutenção

77.00 gab de trabalho

77.00

87.20 86.50

85,00

83,50 82,40 secção adultos


interior - รกtrio, cafetaria e livraria

39


40


41


selecionado para anuária 09, faup., projeto

quinta amarela

urbanismo/ habitação plurifamiliar

faup, Julho 2008 orientação: Arq. Maria José Casanova e Arq. Luís Soares Carneiro @ Porto, Portugal

Este trabalho foi desenvolvido em três fases, cada uma delas com objetivos diversos e específicos. Na primeira fase, mais abrangente, projetou-se à escala da cidade - o quarteirão; na segunda, aprofundou-se um dos blocos de habitação - o edifício; e finalmente, na terceira, desenhouse as habitações ao pormenor - a habitação. A área de intervenção localiza-se numa zona de carácter habitacional, próxima da rotunda da Boavista: de um lado edifícios de habitação coletiva, do outro habitações unifamiliares. O primeiro grande gesto a adotar perante a grande dimensão do loteamento foi a abertura de uma nova rua, rasgada no interior do quarteirão. Esta via vem facilitar o acesso aos novos edifícios e criar novas frentes

1939

e, pelo seu carácter de rua de interior de quarteirão, possui uma escala diferente das muito movimentadas que circundam o terreno. Era pedido que, nesta fase, se planeassem zonas de habitação, de comércio e de escritórios. Assim, optou-se por abrir um pequeno largo com comércio no rés-do-chão e soltou-se um edifício exceção, de escritórios. Na segunda fase do trabalho optou-se por desenvolver o edifício que colocava mais questões logo à partida: relação com empena, gaveto, topo livre, rés-do-chão de uso misto e apartamentos em duplex no último piso. A continuidade da fachada e a relação com a linguagem do edifício pré-existente é assegurada através das proporções das novas aberturas e das varandas e, uma vez contornado o gaveto, o novo edifício muda subtilmente, criando uma relação diferente com o espaço público adjacente de exceção, mais lento, pedonal. As fachadas tardoz possuem uma linguagem distinta pelo seu carácter mais intimista do interior do quarteirão, ajardinado e de uso coletivo. As habitações são de tipologia de acesso vertical múltiplo, ou seja, cada núcleo de acessos distribui para dois apartamentos T2 e T3. Cada fogo desenhado até à escala 1 : 2 com grande atenção e cuidado em relação às questões de conforto, materialidades e qualidade espacial.

42

Plano Geral

0

6 km


43


99.00

102.05 102.37 101.40

101.40

102,00

101.40

102,00

102,60

104,69

101,40 101,40 104,69 99.00

104,69

103.09

104,69

103.24

99.50

101.00 102,00 99.50

98,80

98,00

104,69

104,69 98,00

102,00

1939 103.24

104,69

0

Piso Rés-do-Chão

Alçado Nascente - Rua Oliveira Monteiro

Alçado Norte - Espaço Público Pedonal 44

6 km


1939

0

6 km

Piso Tipo

Alรงado Sul - Logradouro

Corte Transversal Tipo

Alรงado Poente - Topo Livre 45


módulo duplex

módulo tipo lobby

módulo piso térreo

46

espaço comercial

módulo duplex


1

2

3

4

5

6

7 8

9

10

11 12

13

14

16

17

18

15

19

1. capacete de pedra 2. godo

20

23

3. poliestireno estrudido

24

21

4. tela pvc

22

5. argamassa hidrófuga (reg) 6. betão leve 7. cantoneira de aço 8. placagem de calcário ataíja 9. rufo de zinco 10. grampo tipo "halfen" 11. portada de correr "geze" 12. caixilharia de aço schuco 13. painel de aglomerado de

26 27

25

madeira pintado 14. soleira de calcário ataíja 15. pré-aro de aço 16. soalho 17. tela de corte acústico 18. barrote de madeira 19. reboco 20. micro cubo 21. caixa de areia

28

22. caixa de brita 23. tela de impermeabilização 24. ardósia 25. laje de betão 26. pintura betuminosa

29

27. tela drenante 28. microbetão

30 31 32

29. geotêxtil 30. dreno 31. sapata de betão 32. betão de limpeza

47


selecionado para a anuária 06, faup, Desenho e anuária 09, faup, História da Arquitetura Portuguesa

desenho

desenho livre/ caderno de viagens

faup, 2005 e 2009 Desenho e História da Arquitetura Portuguesa orientação: Pintor Armando Ferraz e Arq. Alexandre Alves Costa

48


49


armilla selecionada para a anuária 06, faup, TGOE

cinema 2005 a 2011 Teoria Geral da Organização do Espaço; Cinemarchitecture Workshop Tallinn; Prémio Zon Multimédia

armilla faup, Julho 2005, TGOE; with Carlos Ribeiro, Filipe Magalhães, Juliana Rocha, Maria Camps, Patrícia Silva e Sara Brysch @

Porto, Portugal

Uma curta metragem a partir de uma das Cidades Invisíveis de Italo Calvino. Foi escolhida a Armilla. E se um dia não existisse espaço privado? http://vimeo.com/11836841

cinemarchitecture Art School of Tallinn, Julho 2010; Chloe Fawcett, Chris Schmit, Finbarr O’Dempsey, Joana Coutinho, Karina Niinepuu, Tiago Ascenção. @

Tallinn, Estónia

ex 1: Still Camera 1 min ex 2: City Sinfonietta ex 3: Narrative Exchange ex 4: Free

50


mágua Outubro 2010; Prémio Zon Multimédia Carlos Trancoso, Diana Sousa, Tiago Ascenção, Jorge Alves, @

Porto, Portugal

http://vimeo.com/32670851

51


fotografia 2006 a ? @ Tunísia; Suíça; Egipto; Espanha; França; Ilha da Madeira;

Finlândia; Qatar; Bahrain; Itália; Estónia; Alemanha…

52


53




Margarida TravancaŠ margarida.r.travanca@gmail.com


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