Revista MIX de Fevereiro

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ANO VI . Nยบ 53 . FEV 2011

A R E V I S TA D O S S U P E R M E R C A D O S D O R N

O VALOR DA CASTANHA DE CAJU

CONFETE, SERPENTINA E LUCROS NO CARNAVAL

ร HORA DE EVITAR PERDAS



MORAES NETO

ALEX FERNANDES

EDITORIAL

A nossa revista MIX traz este mês um tema de grande importância ao setor supermercadista: as perdas nos supermercados. A matéria mostra dados sobre esta realidade no Brasil, bem como ações fundamentais que devem ser tomadas pelos empresários do setor para evitar este problema que tanto afeta o varejo. Apresentamos também algumas dicas sobre ginástica laboral, mostramos a realidade dos supermercados do Estado para a comercialização de itens no Carnaval e falamos sobre a importância das rotisserias e de um produto que agrada o paladar de muitos brasileiros e estrangeiros, a castanha de caju. Desejo a todos uma excelente leitura. Um abraço, Geraldo Paiva Júnior, Presidente da Assurn

DIREÇÃO DE CRIAÇÃO Paulo Moreira pmoreira@firenzze.com EDIÇÃO E REPORTAGEM Helouise Melo helouisemelo@firenzze.com REPORTAGEM Maria Clara mariaclara@firenzze.com FOTOGRAFIA Alex Fernandes alexfernandes@foradfoco.com DIREÇÃO DE ARTE E TRATAMENTO DE IMAGENS Verônica Barbosa veronica@ firenzze.com COMERCIAL Ubiratan Bezerra (84) 9988.4310 e Edson Nascimento (84) 9115-1344 PRODUÇÃO/TRÁFEGO Melina Kassimati atendimento@firenzze.com FINANCEIRO Gerisvaldo Filho geris@firenzze.com A revista MIX é uma publicação da ASSURN, editada pela Firenzze Comunicação Estratégica Tiragem 3.000 Impressão Impressão Gráfica Correspondência Av. Romualdo Galvão, 1703 - Ed. Trade Center, Lojas 06/07 CEP 59056-105. Natal-RN. (84) 3344-5240. www.firenzze.com - atendimento@firenzze.com

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AUMENTO DA PRODUTIVIDADE COM A GINÁSTICA LABORAL ROTISSERIAS COM ACONCHEGO E VARIEDADE A FORÇA DO REBOUÇAS

Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte

Presidente da ASSURN Geraldo Paiva dos Santos Júnior Vice-Presidente Eugênio Pacelli de Medeiros Delegado junto à ABRAS José Geraldo de Medeiros Secretário Geral Venício Gama Pacheco Diretor Administrativo Jorge Luiz de Medeiros Diretor Financeiro Marinaldo da Silva Vice-Presidentes Regionais Antônio Ferreira Júnior, Paulo Márcio Medeiros e Maria da Conceição V. Moura

Fotógrafo: Alex Fernandes


QUIXOTE COMUNICAÇÃO

E N T R E V I S TA

MOTIVADO POR GRANDES DESAFIOS A revista MIX conversou com Jair Queiroz, idealizador do Supermercado Queiroz, em Mossoró CONTE-NOS UM POUCO SOBRE A SUA HISTÓRIA COMO EMPRESÁRIO DO SETOR SUPERMERCADISTA. Vem sendo um aprendizado de vinte anos. Sou formado em História pela UERN, mas sempre tive atração pelas atividades empreendedoras na área comercial. A história do Supermercado Queiroz tem uma série de etapas que revelam um trabalho incessante em busca de muitos objetivos. Junto com minha família busquei sempre o desafio, nunca gostei da ideia de que já havia alcançado as metas a que me propus. Iniciei com uma loja pequena no bairro Belo Horizonte, há vinte anos. Foi preciso muito trabalho para conquistar a clientela, estruturar a loja e criar novos horizontes. Veio, então, a loja da Boa Vista, que logo de início conquistou a confiança e se tornou a loja âncora da rede. Fomos sempre nos superando até a abertura do primeiro hipermercado de Mossoró, na Leste Oeste. Essa foi outra iniciativa vitoriosa. Como disse, foram desafios novos a cada etapa e estamos seguindo em frente. COMO ESTÁ SENDO A EXPERIÊNCIA EM FAZER UM MBA EM VAREJO PELA ABRAS? Embora tenha uma experiência de vinte anos como supermer4 • R E V I S TA M I X

cadista de empreendimentos concretizados e de desafios superados, achei importante que ela pudesse ser acrescida através dos estudo de grandes economistas, das estratégias modernas de mercado, dos cases bem sucedidos. Por isso decidi fazer o MBA em São Paulo e tem sido muito enriquecedora a experiência das aulas, das pesquisas e dos trabalhos, que têm me ajudado a superar novos desafios e manter o foco na rede de supermercados Queiroz, num mundo globalizado e que exige cada vez mais atualização e dinamismo. O SUPERMERCADO QUEIROZ HOJE É REFERÊNCIA EM MOSSORÓ. A QUE SE DEVE ESTE CRESCIMENTO EM SUA OPINIÃO? Não foi apenas um fator que contribuiu para isso. Foram vários. Chegamos a um estágio em que contratamos as pesquisas e elas mostraram mais da metade da população mossoroense apontando o Queiroz como o seu supermercado favorito e foi para isso que trabalhamos. Nesse ramo supermercadista, vários fatores precisam estar agregados: preço, atendimento, sortimento, interação social, atendimento de expectativas, pesquisas de mercado e nós sempre procuramos estar antenados com isso. Estamos em quase todos os bairros de Mossoró e procuramos oferecer sempre diferenciais nos


nossos serviços e construir parcerias que permitam trabalharmos com preços mais baixos. Tudo isso resultou numa boa aceitação das nossas lojas. O HIPER QUEIROZ POSSUI HOJE UM PROJETO INOVADOR, COM A TV QUEIROZ. FALE SOBRE O PROJETO E OS BENEFÍCIOS QUE ELE TRAZ AOS CLIENTES. A TV Queiroz foi criada a partir do fato de termos dentro das nossas lojas, todos os dias, milhares de clientes fazendo suas compras e a necessidade de nos comunicarmos melhor com eles nesses momentos em que eles estão conosco. Criamos uma programação útil, que vai desde dicas das promoções do dia, para que comprem os produtos mais baratos, até informações importantes e necessárias ao seu dia a dia. Através da TV Queiroz, estamos criando essa interação com os nossos visitantes e levando até eles todas as informações sobre os nossos serviços. Tem sido uma iniciativa de muito sucesso. QUAIS OS PROJETOS FUTUROS PARA O SUPERMERCADO? Desafios não faltam. Projetos também não. Nos últimos anos, abrimos a loja do Supermercado Queiroz em Pau dos Ferros e do Hiper Queiroz no Mossoró West Shopping. Trabalhamos a padronização de imagem em todas as nossas lojas. Fizemos muitos investimentos na qualidade do nosso atendimento, passando por capacitação de funcionários e estratégias de marketing. Estamos agora lançando a campanha promocional dos 20 anos da rede. Será a maior campanha de prêmios já realizada em Mossoró com 100 prêmios - 20 motos, 20 geladeiras, 20 notebooks, 20 TVS LCD 42 polegadas e 20 fogões – que serão sorteados durante toda a promoção. Quanto à ampliação das lojas, estamos fazendo alguns projetos e no tempo certo anunciaremos todas as novidades.

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FOTOS: ALEX FERNANDES

CONSUMIDOR

MONITORAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO PARA EVITAR

PERDAS

As perdas representam um dos mais importantes tópicos para gerenciamento no setor. A 10ª avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro Supermercadista 2010, elaborada pela Abras em parceria com a Nielsen e o GPP/ Provar-FIA, mostrou que as perdas nos supermercados brasileiros alcançaram 2,33% do faturamento em 2009 e a principal causa disto continua sendo a quebra operacional, sendo este o responsável por 51,50% do total das perdas. De acordo com Jonas Alves, 6 • R E V I S TA M I X

gerente de loja do supermercado RedeMais Daterra, a avaria acontece também pelos próprios clientes, em sua maioria jovens, que consomem alguns produtos como biscoitos, refrigerantes e iogurtes e acabam não pagando. “O setor de hortifruti também é muito prejudicado quando algumas pessoas manipulam os alimentos indevidamente, muitas vezes quebrando ou amassando. Observamos isto com frequência no dia de maior movimento do supermercado, a

quinta-feira, quando o sistema de câmeras e seguranças percebe pequenos furtos, degustação e manipulação indevida. Outra causa de perda é a colocação de caixas pesadas em cima de produtos”, revela o gerente, que ressalta ainda a política de orientação feita pelo supermercado para os clientes, divulgando a proibição em se consumir produtos dentro da loja. Isto é feito através do sistema de som e panfletos educativos. Os principais fatores de perdas no setor


supermercadista divulgados na avaliação da Abras são: avarias e quebras identificadas ou não, furtos internos e externos, fraudes, falhas no recebimento e registro, degustação indevida e manipulação de produtos perecíveis, principalmente de frutas, verduras e legumes (FLV). A pesquisa revela também que as perdas nos setores de perecíveis representam 54% do total dos danos (28,2% identificáveis e 25,8% não identificáveis). Em 2009, as perdas totais foram de 2,33% e o lucro de 2,30%, ou seja, as perdas superaram os lucros, dados que revelam a urgência do setor em investir numa área de prevenção. Algumas medidas como o recebimento de perecíveis com a supervisão do encarregado do setor para verificação de datas e qualidade dos produtos, lavagem das câmaras frias (no mínimo uma vez por semana) e organização dos lotes sem excessos de peso, além da arrumação das câmaras diariamente, evitando a contaminação cruzada de alimentos, podem evitar as perdas neste setor. Já para impedir que os danos atinjam a área de FLV é importante orientar os repositores quanto a fragilidade e manipulação correta dos produtos. Para Jonas, quando somamos separadamente as perdas causadas por origens de fraudes e aquelas motivadas pela falta de eficiência, constatamos que estas últimas superam as primeiras, ao contrário do que se imagina. “A solução das perdas causadas por ineficiência interna passa pela conscientização das pessoas e monitoramento dos processos operacionais e administrativos”, diz o gerente, que cita ainda os itens mais furtados em supermercados que são as bebidas alcoólicas, chocolates, aparelhos de barbear, carnes, perfumaria e calçados. O treinamento efetivo dos profissionais da área de prevenção de perdas (seguranças) quanto aos tipos de abordagem é uma ação importante para se evitar furtos nos supermercados. Outra medida é treinar os colaboradores desta área sobre as políticas, normas e procedimentos da empresa sobre o tema, além da implantação de um circuito fechado de TV e de uma espécie de caixa de denúncias de fraude ou falta de ética de algum empregado. Para o gerente do RedeMais Daterra, “Não basta investimento em segurança sem treinar adequadamente quem vai utilizar estes equipamentos. Devemos sempre identificar o perfil adequado do segurança que está na área de vendas, pois ele representa a empresa no momento da abordagem e é preciso ter controle emocional, saber conversar e solucionar os problemas sem usar de agressividade perante os clientes.

54%

As frutas, verduras e legumes são itens que se perdem com frequência nos supermercados

É O PERCENTUAL DE PERDAS NOS SETORES DE PERECÍVEIS, SENDO ESTAS 28,2% IDENTIFICÁVEIS E 25,8% NÃO IDENTIFICÁVEIS

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SAÚDE

OS BENEFÍCIOS DE UMA ROTINA SAUDÁVEL 8 • R E V I S TA M I X

FOTOS: ALEX FERNANDES

GINÁSTICA LABORAL: O bem-estar pode ser uma boa moeda de troca para a sua empresa. O investimento em um ambiente de trabalho motivador e saudável reduz o prejuízo com despesas médicas e aumenta a produtividade dos colaboradores. A Ginástica Laboral é uma importante ferramenta nesse novo contexto, onde ganha mais quem trabalha melhor.


O setor de supermercados ocupa o segundo lugar no grupo de empresas que mais gasta com despesas médicas e indenizações devido aos danos por lesões no trabalho. Os funcionários de caixas (checkouts), por exemplo, passam muito tempo sentados e executam movimentos repetitivos ao passar produtos na esteira de compras. Com isso, eles correm o risco de desenvolver doenças como artrite e artrose devido ao mau posicionamento dos braços e mãos, bem como escoliose pela postura inadequada na cadeira. Já os carregadores, que geralmente transportam produtos de grande peso, estão expostos ao risco de hérnia de disco e problemas na articulação do joelho. Para o professor de educação física e pesquisador em Ergonomia do Traballho, Francisco Augusto de Negreiros Freire, é fundamental conhecer a rotina dos funcionários. “Analiso as ações motoras mais frequentes e, assim, posso diagnosticar quais grupos de músculos eles devem exercitar”. O professor lembra que as sessões devem ser acompanhadas e elaboradas por um profissional. “Os exercícios são organizados em grupos e de acordo com a demanda. Eles podem ser preparatórios, compensatórios e de relaxamento”, explica Augusto. A Ginástica Preparatória é realizada antes da jornada de trabalho. Ela deve ser feita diariamente, preparando os funcionários para a jornada com mais disposição, evitando contraturas e prevenindo distensões musculares. Os exercícios realizados são de alongamento,

aquecimento e mobilidade articular. A Ginástica Compensatória é feita como uma pausa durante no trabalho. São aplicados exercícios de alongamento, descontração e soltura. Ela é indicada para tarefas repetitivas de muita concentração e pressão. A Ginástica de Relaxamento acontece após o expediente. São exercícios de relaxamento, respiração e massagem, provocando uma sensação de bem-estar. As atividades são geralmente feitas em grupo, levam entre 15 a 25 minutos e não devem ocupar o horário de almoço ou intervalo dos funcionários.

A má postura acarreta sérios danos à saúde


C APA

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VENDAS E FESTEJOS NO

FOTOS: ALEX FERNANDES

CARNAVAL As vendas são sempre animadas durante o período momesco. A festa mais famosa do Brasil aquece o comércio e fecha o verão sempre com bons indicativos. O Rio Grande do Norte entra na rota dos festejos e é para o interior que a maioria dos foliões se desloca. Caicó defende o título de melhor Carnaval da região. A cidade, que fica a 256 km da capital, arrasta multidões nos dias de folia, com seu Carnaval singular. Respeitando as tradições das marchinhas e blocos puxados por bandas de frevo, os caicoenses movimentam o comércio local, que é alavancado pela chegada dos turistas. “A maioria dos clientes são daqui. Eles compram frios, pães, carnes e produtos para churrasco”, afirma o gerente da Rede Seridó, Dilvan de Lima Bezerra. O supermercadista garante que as vendas sobem em até 30% e alguns produtos chegam a mais de 50%. O carro-chefe da diversão é o setor de bebidas. O gerente de administração da Bel Comércio e Representações, Lincoln Leonardo Batista, comemora o sucesso de vendas no setor: “Representamos várias marcas no Brasil e

ficamos animados com o espaço que os destilados estão ganhando no mercado. A venda de vodka pode crescer em até 80%”, festeja. Ele lembra que as negociações desse período costumam ser bastante agressivas e que, por isso, é importante que os supermercadistas se programem para que não faltem produtos nas lojas. Gildson Neri, sócio-diretor da Ligzarb Distribuidoras de Alimentos, reforça os cuidados com os pedidos: “Depois das festas de fim de ano, o Carnaval é o período mais complicado. Não se consegue fazer estoque por causa do verão”, ele lembra. Para Antônio Ferreira Júnior, da Rede 10 Supermercados em Mossoró, vale a pena investir no layout da loja e nos arranjos para atrair o cliente. “A decoração faz parte da festa. O supermercado é ornamentado com confete e serpentina, a música ambiente é selecionada de acordo com o tema, e os funcionários podem aderir ao clima mais descontraído”, explica. Indo contra o fluxo carnavalesco, as lojas de Natal devem ficar atentas ao público que recebem nessa época. O natalense segue a tendênR E V I S TA M I X • 1 1


Mossoró

cia de viajar para as praias, e os turistas chegam à cidade com o intuito de descansar. “Voltamos a nossa atenção para produtos de higiene pessoal, que nessa época tendem a sair bastante”, explica André Rodrigues Ribeiro, gerente de marketing do supermercado Favorito da Avenida Roberto Freire, em Natal. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte mostram que a ocupação dos hotéis na capital deve chegar aos 90% no Carnaval, e que é justamente a ausência de grandes agitos que atrai o turista para Natal. “Não chegamos a ter prejuízos, mas o lucro é tímido, nada comparado aos 40% que alcançamos no Carnatal”, explica. É preciso conhecer bem quem vai à festa, ficar atento ao estoque e se fantasiar, para não perder as comemorações.

O Roteiro da Folia no Rio Grande do Norte

Macau

Touros

Natal

Caicó

TOUROS Localizado a 89 km de Natal, o

CAICÓ

carnaval de Touros é um dos mais

A região do Seridó se rende a

importantes do litoral norte.

Caicó e leva alegria ao interior do RN. Cotado como um dos maiores

PARNAMIRIM

Carnavais do Nordeste, a cidade

As folias de Parnamirim se

traz a rivalidade de blocos como

concentram na praia de Pirangi. O

atração principal.

Bloco das Virgens e os trios elétricos atraem milhares de foliões.

MOSSORÓ A Estação das Artes de Eliseu

MACAU

Ventania recebe os foliões para o

A cidade disputa o posto de melhor

Carnaval “Venha com a Gente”.

Carnaval do Estado e sempre

O local promove bailes e o

oferece uma programação extensa

clima carnavalesco invade as ruas

para os visitantes.

mossoroenses.


MERCADO

FOTOS: ALEX FERNANDES

ROTISSERIAS: CONVENIÊNCIA À MODA DA CASA A rotina agitada da vida moderna fez com que os hábitos alimentares das pessoas mudassem à medida em que o tempo foi ficando cada vez mais escasso. A comodidade da comida congelada e a variedade dos restaurantes self-service foram substituídas pela conveniência das rotisserias, que agradam os consumidores que preferem levar comida pronta para casa. O segredo do sucesso está na escolha de um ambiente aconchegante, disposição agradável dos produtos na vitrine, e claro, um cardápio atrativo e variado. Para Helen Lara Martins, gerente de desenvolvimento de padaria e rotisseria do Extra, o supermercado busca atender a família brasileira, com um sortimento de comida

caseira e receitas tradicionais que facilitem a vida da dona de casa. “Em momentos sazonais, como Páscoa, Dia das Mães e Natal, nós oferecemos um cardápio alternativo, com receitas especiais para cada ocasião”, explica. Segundo o Sebrae, a estrutura básica de uma rotisseria deve contar com uma área mínima de 120m², distribuídos entre a cozinha e o balcão. A primeira deve ser projetada para que os odores e o barulho de seu interior não fiquem expostos aos clientes e também para que ofereça espaço suficiente para a circulação dos funcionários. Além disso, deve-se reservar uma área para a administração e estocagem dos produtos. O quadro de funcionários deve ter, inicialmente, cerca de seis profissionais, sendo

eles um consultor gastronômico, um cozinheiro, dois auxiliares de cozinha e dois atendentes. O trabalho de caixa pode ser feito por um dos atendentes, ou até mesmo pelo próprio dono do negócio. O Sebrae estima um investimento em torno de R$ 130 mil em equipamentos, mobília, instalações e capital de giro, além das despesas com a manutenção do ponto. Quem for montar uma rotisseria deve ter em mente, além das especificações técnicas, as peculiaridades locais, respeitando sempre os hábitos alimentares da região onde se está abrindo o negócio. Em terras brasileiras, vale sempre a lembrança de incluir no mix de produtos, artigos como carnes, frango, arroz e feijão. R E V I S TA M I X • 1 3


D E S TAQ U E

O CLIENTE EM PRIMEIRO LUGAR WELISON ALEXANDRE

O Rebouças Supermercado nasceu há dezenove anos a partir do sonho do Sr. Júnior Rebouças, que apostou no potencial econômico de Mossoró e região. Por isso, o nome faz referência direta ao idealizador desse projeto, que logrou êxito pela visão empreendedora, garra, simplicidade e coragem. E foi para realizar esse desejo que o empresário apostou no investimento do negócio. Em 1992, a história do supermercado iniciou no bairro Santo Antônio, um dos mais populosos da cidade, em uma área de 50 m². A loja começou com apenas dois funcionários que, com muito esforço e determinação, contribuíram para o crescimento da empresa. O sucesso da primeira loja proporcionou a inauguração da segunda loja, na Rua 1 4 • R E V I S TA M I X

Marinho Dantas, no bairro Belo Horizonte, em fevereiro de 1995, seguindo os mesmos padrões de atendimento diferenciado, entrega em domicílio, melhor preço e diversidade de produtos. Todas essas vitórias e conquistas pareciam não ser suficientes para um homem destemido e inovador, que nunca parou de sonhar e realizar. Com isso, Júnior Rebouças apostou mais uma vez na força do varejo em Mossoró com a inauguração da loja na Avenida Alberto Maranhão, em 2000. Em janeiro de 2003, a expansão continuou com a inauguração da quarta loja em Assu, com serviços que se estendem para todo o Vale e cidades vizinhas. Em recente pesquisa mercadológica entre os seus clientes, fornecedores e associa-

ções varejistas, o Rebouças Supermercados foi considerada a empresa mais lembrada pelo consumidor na hora de fazer as suas compras, e em 2009, a empresa alcançou o seu melhor momento com a promoção de uma grande reforma na loja da Alberto Maranhão. Surge, então, um supermercado moderno, amplo e arrojado, com grande diversidade de produtos e maior estacionamento. O próximo desafio da empresa é a inauguração da quinta loja em dezembro de 2011, na Avenida Presidente Dutra, com uma área de venda de 3.000.00 m² e 350 vagas de estacionamento. A visão de futuro faz o Rebouças Supermercados crescer cada vez mais no mercado. Além do aumento da estrutura física, com quatro lojas, 600 funcionários,


JÚNIOR AMORIM WELISON ALEXANDRE

O empresário Júnior Rebouças, proprierário do Rebouças Supermercados.

WELISON ALEXANDRE

e dedicação. Trabalho solidificado no indissociável tripé que sustenta toda a nossa história: clientes; equipe e fornecedores. Os muitos anos de trabalho resultaram na conquista do respeito e credibilidade da população de Mossoró e de toda a região do Oeste potiguar a este grande supermercado.”

em uma área total de 6.800 m² e 60 checkouts, a empresa inovou com a modernização da estrutura de serviços, processos de sua gestão qualificada, recursos humanos e materiais, além do investimento em treinamentos dos funcionários, garantindo a qualidade no atendimento. Diante disto, o Rebouças Supermercados concretiza suas principais metas que são: eficiência na garantia dos produtos, melhor preço, comodidade, crescimento de vendas aliado ao desenvolvimento sustentável, solidificação do Programa de Capacitação de seus funcionários, responsabilidade social e geração de emprego e renda. De acordo com o idealizador da empresa, Júnior Rebouças, “Esse sucesso é a consolidação de um projeto feito com amor

O Rebouças Supermercados conquistou o respeito e credibilidade dos mossoroenses

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FRUTO

DA TERRA POR MARIA CLARA LIMA

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FOTOS: ALEX FERNANDES

PRODUTO


João da castanha, um dos proprietários da empresa Produtos Lucena

Os segredos da castanha O aroma doce, as cores quentes e o visual exótico incorporam o verão brasileiro e transformam o caju na fruta símbolo da tropicalidade do nordeste. A popularidade da polpa não esconde a valorosa pérola da fruta, a castanha, que virou a sensação da culinária e também da economia na Região. O Rio Grande do Norte exportou cerca de 6 mil toneladas de castanha de caju em 2010. O produto ocupa a primeira posição no ranking de exportações do Estado, gerando uma receita anual em torno de 30 milhões de dólares ao setor. A produção da castanha in natura e o beneficiamento da amêndoa se destacam como as atividades mais importantes para a agroindústria norte-rio-grandense, perdendo apenas para o Ceará, e ocupando o segundo lugar no Brasil. A atividade também proporciona o desenvolvimento de indústrias potiguares de pequeno e médio portes, assim como a agricultura familiar, empregando mais de 200 mil pessoas em todo o Nordeste. Produtos Lucena é um exemplo desse tipo de empreendimento que surgiu nas últimas décadas no interior do RN. A empresa de vendas e beneficiamento de castanha de caju atua há 30 anos, e abastece o mercado interno com produtos derivados da fruta. “É um artigo regional que conquistou todo o país, tem adeptos cativos e ainda funciona como um atrativo turístico, já que muitos procuram a amêndoa para levar de presente”, afirma João Marcos de Figueiredo Lucena, o João da Castanha, um dos proprietários do grupo. A empresa trabalha em conjunto com 60 famílias em Serra do Mel,

A castanha de caju traz grandes benefícios para a saúde das pessoas. Por isso, os nutricionistas incentivam o uso da castanha como parte do cardápio diário. Além de saboroso, o fruto é rico em magnésio, sais minerais, carboidratos, vitamina B (B1, B2 e B5), entre outros componentes. A ingestão da castanha aumenta o HDL (colesterol bom) e produz ácido nítrico, ajudando a reduzir a pressão sanguinea, e diminuindo o risco de ataques cardíacos. Além disso, uma dieta rica em castanhas tem efeito antioxidante e ajuda o organismo a assimilar melhor o cálcio. R E V I S TA M I X • 1 7


onde se concentra a maior produção da castanha in natura do Estado. O município possui cerca de 30 mil hectares destinados à cajucultura, com mais de 2,5 milhões de pés de cajueiro. Estimativas feitas pela Conab – Compania Nacional de Abastecimento para 2011, sugere que a castanha in natura seja comercializada esse ano a R$ 1,50/Kg. Dados do setor de processamento indicam que o preço final da amêndoa se situe em torno de R$ 40. A cada 5kg do produto é gerado 1kg de amêndoa, totalizando um lucro bruto de mais de 400%. “Ainda fabricamos castanhas doces com valor agregado”, diz João da Castanha. O estímulo ao uso e à exploração da castanha de caju apresenta-se como uma importante solução para o progresso na qualidade de vida do sertanejo e na mesa de todos os brasileiros.


SÍNTESE JURÍDICA CEDIDA

O PAPEL DO PREPOSTO NA JUSTIÇA DO TRABALHO RO D R I G O M E N E Z E S DA C O S TA C Â M A R A *

A proposição de reclamação trabalhista contra empresa gera a obrigatoriedade de esta comparecer em audiência na Justiça do Trabalho, sob pena de ser considerada revel no processo, onde o magistrado terá como verdadeiras as afirmações do obreiro reclamante. Na audiência a parte patronal pode ser representada pelo sócio-proprietário ou pelo preposto por ele indicado através de “carta de preposição” devidamente acompanhada do contrato social da empresa que comprove que o signatário tem poderes para outorgar a representação. O preposto tem papel fundamental no deslinde da causa, posto que será a própria personificação da empresa no processo, ou seja, suas palavras irão obrigar o proponente (empresa) e serão usadas para a análise do caso. Outrossim, por esta característica de representação, é importante que o preposto se apresente de forma condizente com a sua função – vestimentas ou acessórios

podem impressionar negativamente, lembrando sempre que o Fórum é um ambiente bastante formal. Por ser um ambiente formal, é necessário que o tratamento com as demais pessoas no decorrer da audiência também o seja, excluindo da comunicação gírias e tratamentos informais. Noutro ponto, ressaltamos que o preposto deverá ser empregado da empresa – exceto no caso de micro e pequeno empresário e de empregador doméstico (Súmula 377 TST), e deverá ter conhecimento dos fatos discutidos no processo, sob pena de confissão. Nesta toada, temos que o mesmo deve estar portando sua CTPS no intuito de comprovar a condição de empregado, quando necessário, e o desconhecimento da matéria fática irá comprometer a defesa da firma reclamada. Não precisamos discorrer que a pontualidade é imprescindível, posto que o atraso de poucos minutos pode implicar em prejuízo de grande monta.

Assim, orientamos que aqueles que não conhecem a Justiça do Trabalho, procurem ver aonde a mesma se localiza e em qual vara ocorrerá a audiência com pelo menos um dia de antecedência para evitar aborrecimentos desnecessários. No transcorrer da audiência o preposto somente poderá falar quando lhe for concedida a palavra pelo magistrado, não podendo neste momento ter qualquer comunicação com o advogado que o acompanha e não pode levar “cola” do que vai falar, o que vale também para o trabalhador/reclamante. Por fim, concluímos que um preposto despreparado para o encargo implicará em comprometimento da defesa da empresa e, por conseqüência, prejuízos que dificilmente poderão ser revertidos no futuro.

* Advogado Trabalhista rodrigo@almeidaduarte.com.br

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