A BIBLIOTECA APP VAI AUMENTANDO…
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS
Boletim
Informativo e Cultural N.º 73 – 2016 — janeiro a maio
A P P - Fundada em 3 de Abril de 1985 Na base de dados da UNESCO (Organizações/Poesia)
Rua Américo de Jesus Fernandes,16-A - 1800-023 Lisboa associacao.poetas@gmail.com Tlfs 917637525 - 917282837 - 218055374
Rosa Redondo
LANÇAMENTO DO LIVRO “FLORES QUE PLANTEI”
Adriano A.C.Filho Aires Plácido Aline Rocha Ana Matias António José Silva Barnabé de Sousa Carlos C. Luis Daniel Costa Dulce Saldanha Ezequiel Francisco Fernando Correia Francilangela J. Santos Zoio
No dia 14 de Maio teve lugar na Junta de Freguesia de Campolide a apresentação do livro “FLORES QUE PLANTEI” da nossa Associada Rosa Redondo. Rosa Redondo é uma Poetisa de sensibilidade marcante, com toda a simplicidade canta na sua poesia a alma alentejana. A APP esteve bem representada a apoiar este merecido evento.
João C. dos Santos João Deus Rodrigues Mª Eduarda Galhoz Mª Gorete Sampaio Mª Graça Melo Mª José Reis Mabel Cavalcanti Maria Alcina Magro Mário V. Gaspar Paula Laranjo Rosa Redondo Su Sam
Pela vivência poética nas páginas da nossa vida...
FICHA TÉCNICA
Su Sam “Mogarim” ou Mungarim – flor de Goa trazida para Macau Uma flor alva que representa o “Amor vivo e puro que existe dentro de uma pessoa” Ofereço de coração para todos que fazem parte desta grande família
Nº 73 de janeiro a maio 2016 PROPRIEDADE: Associação Portuguesa de Poetas Rua Américo de Jesus Fernandes, 16-A 1800-023 LISBOA Tlfs: 218055374 - 917637525 - 917282837 Email: associacao.poetas@gmail.com Contribuinte nº 501 522 530 Conta bancária da APP na CGD (indique sempre nº e nome de sócio no talão) IBAN PT50 003505750000955533069 ISSN-2182-3553 - Depósito Legal nº 232619/05 Conceção Gráfica e Informática: Direção APP Revisão: Carlos Cardoso Luís Este Boletim não tem fins comerciais A Associação Portuguesa de Poetas, fundada em 3 de Abril de 1985, é uma Associação Cultural sem fins lucrativos. Os autores de artigos assinados são responsáveis pelo seu conteúdo.
EDITORIAL
Queremos em primeiro lugar agradecer a todos os Associados que de alguma forma nos acompanharam em 2015. Um novo ano começa cheio de vigor e esperança, apelamos à participação efectiva dos nossos Associados.
Vamos continuar a colaborar nos vários eventos que vão acontecer em 2016: Tertúlias no Vá-vá, tertúlias na seda da APP, apresentação de livros, curso de bem dizer, curso de mandarim, curso de tai chi, envio de poemas e artigos para o Boletim, sugestões para melhorar e concretizar os nossos objectivos. Completamos 31 anos no próximo dia 3 de Abril e embora sejamos uma Associação relativamente jovem a nossa história já tem algumas páginas das quais nos orgulhamos. A Poesia é um excelente elo de ligação entre as pessoas. É gratificante entrar numa sala e sentir um ambiente receptivo á leitura de poemas. Por veze os ouvintes e amantes da poesia não escrevem poemas, mas gostam e entendem o significado dos mesmos.
Que 2016 seja um bom ano para todos e que o “slogan” – A APP só cresce com vocêseja uma realidade. Traga um amigo e faça-o nosso Associado. OS JOGRAIS DA APP, COMPOSTOS POR: Carlos Cardoso Luís, Maria Melo, Aline Rocha, Joaquim Marques e Júlia Pereira orgulham-se de representar a nossa Associação nos eventos para que são convidados.
De mãos dadas no caminho da Poesia. Pela vivência poética nas páginas da nossa vida. Carlos Cardoso Luís
DIVULGAMOS ALGUNS DOS EVENTOS ONDE PARTICIPARAM A CONVITE DOS DISTINTOS ORGANIZADORES Encontro de Poetas - Em comemoração do dia mundial da poesia—Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras - organizador David Marques. Tertúlia de Poesia, Musica, Pintura e Jogral, na Igreja Baptista em Alvide – Alcabideche - organizador Luís Alexandre Branco. Encontro Poético — No S. F. O. A., Seixal com o tema “COZENDO O PÃO COSTURANDO A VIDA” da autoria de Maria Vitória Afonso Inauguração do Espaço SAC Sénior – (União Junta de Freguesia de Stº. António dos Cavaleiros e Frielas) convite da Sr.ª Presidente da Junta
4º Aniversário TertuliAna—Na sede da ARPIM em Massamá, organizado por Ana Matias. Temas de Abril — na Junta de Freguesia da Pontinha— a convite de Henrique Ribeiro. O nosso lema é a poesia.
NOTÍCIA IMPORTANTE Desde 2 de Janeiro de 2016 a nossa sede está aberta, para tratar de qualquer assunto ou para um salutar convívio, todas as 2ª feiras das 15 às 17.00 horas. Ajude-nos a aumentar a utilização do nosso espaço, honre-nos com a sua presença.
BOLETIM MODERNIZADO
Esperamos que goste do novo formato do nosso Boletim. Agora já pode fazer-se acompanhar das nossas notícias com mais facilidade e mostrá-las aos amigos, quem sabe por esta via traga mais elementos para a família poética APP. As suas notícias são importantes para todos, partilhe-as connosco.
CADA VEZ PRECISAMOS DE MAIS POESIA
Resumo do artigo de Nicolau Santos - jornalista, da equipa de direção do Expresso publicado na revista da SPA de 21 Março de 2016: “Não sei o que é boa ou má poesia, assim como não sei o que é um bom ou mau quadro” Não conheço o jardim onde nascem os poemas nem o cemitério onde enterramos poetas. Sei que a poesia é a tradução dos sonhos, uns melhores, outros piores, uns excecionais, outros banais. O sonho da evasão, do impossível, do intangível. O sonho de podermos voar. Depois, há muitas pessoas que vão às televisões dizer-nos palavras que têm outros significados. Falam-nos em reestruturação e querem dizer encerramentos de empresas, agências de bancos, serviços. Falam-nos em rescisões por mútuo acordo e querem dizer despedimentos. Falam-nos em racionalização dos serviços públicos e querem dizer que vamos ter menos apoios sociais e um Serviço Nacional de Saúde pior, por falta de meios. Falam-nos em resolução e é mais um banco que vamos ter de pagar. Falam-nos em procurar oportunidades de emprego e é para a emigração que nos estão a enviar. A poesia não tem lugar à mesa. A poesia não traz qualquer mais-valia, nem faz subir os índices na bolsa, nem paga ordenados de luxo. Não há nenhum poeta que tenha ficado rico em termos materiais a escrever poesia. Ao contrário, há muitos poetas que morreram na miséria”, E, no entanto, a crise e o ajustamento e a austeridade e a troika e a subida de impostos e o corte de salários e a vida cada vez mais cara e difícil e o desemprego e a emigração e o péssimo futuro da Nação, nada, mas mesmo nada conseguiu impedir que a poesia renascesse por toda a parte. Há cada vez mais poesia e mais poetas”. Há cada vez mais bares e teatros e cinemas e restaurantes e anfiteatros onde se diz poesia. Há cada vez mais livros de poesia de editoras com nome, sem nome ou de vão de escada…” Temos cada vez mais necessidade de poesia”, para dizer não aos mandantes, dizer não aos executantes dos mandantes, para escapar à padronização que nos querem impor, para fintar o destino a que nos estão a acorrentar e para lhes provar que podem confiscar tudo – menos domar o nosso espírito, a nossa liberdade de criar, a nossa vontade de sonhar” Sim, eles têm tudo e nós só temos as mãos cheias de nada. Mas o que eles têm vale muito pouco, quando as palavras se juntam em torno da poesia. É essa rebeldia que eles temem, a rebeldia das palavras que não controlam, a rebeldia dos poemas que escapam para a rua e vão de casa em casa acordar a consciência de cada um, e dar-lhes esperança, e anseios, e vontade de mudar”. Apetece-me gritar-lhes muito alto, como fez Natália Correia: “…Ó subalimentados do sonho A poesia é para comer!” Viva a Poesia!”. Transcrição compilada por Maria Graça Melo (Ass. 46)
Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade. Carlos Drummond de Andrade
ASSEMBLEIAS IMPORTANTES No dia 28 de Março de 2016 teve lugar na nossa Sede a Assembleia Geral extraordinária com a seguinte ordem de trabalhos. Discussão e aprovação da reformulação dos estatutos Discussão e aprovação de Regulamento Geral Interno Depois de várias intervenções os pontos da ordem de trabalhos foram aprovados. Após ter sido encerrada a Assembleia acima referida deu-se inicio à Assembleia Geral Ordinária com a seguinte ordem de Trabalhos: Discussão do relatório e contas da Direcção relativo ao exercício de 2015 Discussão do parecer do Conselho Fiscal Apreciação e discussão do Orçamento e Plano de Actividades para 2016 Votação de cada um dos documentos Outros assuntos de interesse para a APP Ficou esclarecida a Assembleia que os documentos relativos a ambas as Assembleias se encontram á disposição dos Associados e no caso concreto dos Estatutos e Regulamento Geral Interno poderemos enviar uma cópia a pedido. Foi dado mais um passo em frente na vida da APP.
A direção
Maria Alcina Adriano:
Quero sentir a doçura no sorriso de uma criança A serenidade de uma flor a desabrochar A volúpia do céu a beijar o mar O ardor do raio a penetrar o corpo da noite A alegria do melro a despertar a madrugada O pio da gaivota no voo da conquista O veleiro a bailar nas águas do Rio, Bebendo o amor na boca de um marinheiro As folhas da figueira cantando ao desafio O crescimento súbito, tão natural.
A convite do organizador David Marques, a APP esteve representada com a participação poética e atuação dos jograis nas comemorações do dia mundial da poesia, em
Francilangela Clarindo SARAU Hoje, o dia estava iluminado E já o céu o sol escondendo Grandes momentos vivemos Na Casa do Poeta Lampião de Gás. Naquele recinto também convive Os poetas da APP Que lá em Portugal nasce E em São Paulo vem florescer. Que belo momento O da inclusão Tão bem lembrado Neste convívio celebrado. Fazendo uma descrição Um poeta apresenta ao outro O que o espaço tem Sem esquecer ninguém. E neste conjunto sintonizado Tantos poemas rimados Na paz interior e amor Destes poetas encantados. A tâmara um dia plantada Pela nossa amada Colombina Hoje por nós colhidas E outras semeadas. Tocou-me muito saber A preocupação com o ser Pois se eu topo com um bom ambiente Em bom ambiente estará meu ser, E a inclusão aqui celebrada Faz com que eu reitere meu pensamento Se o ambiente propício a mim está Não me sentirei deslocada. Assim a descrição feita para Cíntia Volto a dizer me tocou Pois se a inclusão assusta Imagina o quanto ao incluído revelou.
Ali, na mesa à frente da gente O Adrianinho a observar e vez por outra um comentário falar O Jasa sempre com classe a ponderar para que nada passe para seu poema declamar E a Odila a cada um chamar Eu gosto tanto de aqui vir Sempre aprendo tanto com cada um Tem um poema sempre à mão Que toca nosso coração. O poema do João Matos Do Guerino me fez lembrar Quando pela primeira vez aqui estive Encantou-me com tantas historias a contar. E música sempre aqui presente De início com a Cynthia Continuada por Adelécio E pela Salete concluída. O Adriano me alertara Sobre uma jovem que não conhecera Mas que com muita garra ingressara Vi a Nika seu poema clareá-la. A Julie linda que hoje conheci Que um belo poema ganhou Vai conosco a poesia celebrar Com seu livro músicos homenagear.
Olha só as voltas que o mundo dá O Adrianinho veio falar Da Associação luso-galaica Assunto que a mim vem encantar. Cada poema aqui declamado Um pouco de vida trouxe E uma reflexão suscitou Pois tanto que nos falou. E aqui eu deixo o registro De uma cearense fortalezense Que amanhã tem aniversário de Fortaleza E eu aqui em São Paulo Aprendendo muito com vocês. Obrigada! 12/04/2016
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS REGULAMENTO PARA A PARTICIPAÇÃO NOS “JOGOS FLORAIS da APP”
A- OBJECTIVOS
A1 - Revelar poesias e trabalhos em prosa, inéditos, aperfeiçoando o gosto pela arte literária e incentivar novos talentos. . B-PARTICIPANTES 1-ADMISSÃO 1.1 - Podem participar nos JOGOS FLORAIS da APP, os Associados da APP no pleno uso dos seus Direitos e Deveres e todos os poetas que se expressem em Língua Portuguesa, 2. Haverá 4 modalidades 2.1- TROVAS 2.2-SONETO 2.3-POESIA LIVRE 2.4-PROSA POÉTICA 3.- ENVIO DOS TRABALHOS 3.1 - Cada participante poderá inscrever--se com um trabalho por cada modalidade. Não podem participar ou fazer parte do JURI, os membros dos Corpos Sociais da Associação, em exercício. 3.2 - Cada trabalho deverá ser dactilografado em papel A-4 branco, só na frente de cada folha, em caracteres “Times New Roman, corpo 12, a 1 espaço por linha . 3.2.1- Prosa poética até 2 páginas A4 Terá um título ou referência e será assinado por um pseudónimo. Será enviado em QUADRIPLICADO, em envelopes brancos, modelo 220 x 110 mm, fechados, com e apenas as seguintes inscrições dactilografadas: JOGOS FLORAIS da APP 2016 Modalidade:________________ PSEUDÓNIMO:_____________ 3.3 -. Os envelopes indicados em 3.2., devem ser incluídos noutro envelope, com o seguinte endereço, dactilografado: SOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS “JOGOS FLORAIS do Ano:2016 “ (ao cuidado do Presidente da Direcção ) Rua Américo Jesus Fernandes,nº. 16-A 1800 – 023 LISBOA Portugal e, no remetente, com o nome e morada do Autor. Dentro deve ter um texto dactilografado com os seguintes requisitos: 3.4-Data do envio 3.5-Nome completo do Autor 3.6-Número de Associado da APP, do Autor 3.7-Modalidades em que concorre 3.8-Títulos ou referências dos trabalhos 3.9-Pseudónimos que utiliza.
./.
Ezequiel Francisco
Aires Plácido
Fui vagabundo e em portos de amor perdido e em ósculos e amplexos esquecido. Tenho preferido naufragar em tormentoso e encapelado mar do que me perder no profundo infinito do teu olhar. Olhar mareado de vagas traiçoeiras como lançadeiras onde o rendilhado da branca espuma são teias que me sufocam. Ai de mim que já se esfuma o que de ti perco. Ai de mim que nas rochas brutas e feias do terno sorriso do teu olhar me fui perder por te amar. Ai de mim que te devia esquecer e me fui lembrar!
AINDA BEM Há dias assim O mundo parece um jardim. Dias em que a gente Vê a luz do dia, linda, à nossa frente… Dias cheios de graça…, Tudo nos envolve e abraça. Há dias assim, Em que a vida nos parece flor Dias em que tudo o que nos rodeia Lembra amor. Há dias assim Em que a vida faz sentido, Dias em que a gente vê o mundo colorido. Ainda bem que há dias assim Dias que nos fazem crer, Que a vida tem um rumo Que vale a pena viver!
Mabel Cavalcanti
Paula Laranjo
A poesia que mora em mim tem-me deixado calada é que as injustiças da vida têm-me deixado cansada.
AMIZADE
A poesia que mora em mim é uma torta prosa eu penso… fico triste ela existe... ou resiste e verseja... teimosa mas a poesia cutuca pra não me deixar maluca teima em ser e vou contando esperanças pintando as indiferenças nesse teimoso viver.
É um sopro de meiguice É uma leveza no olhar, É um carinho doce É um amar….amar!! Sem limites…. Sem rodeios… Sem procuras… Sem anseios… É um estar lá É um sorriso, É um aquecer a alma É o que eu preciso!!
João Coelho dos Santos
Poema de dicado a Nicolau Breyner MORRI Preguiçosa acordou a manhã. Corre a notícia de que morri. Ouvi e li, Sem ver a data do jornal, Mas lá está – morri! Não faz mal… Morrer, tenho a certeza, É o simples e esperado ocaso, No dever e respeito à Natureza. No interior da morte, Não perdi o norte. Despojado de elementos materiais, Afinal bem banais, Vou, bem arranjado, Aprumado e asseado, Com meu fato de enterro, Pronto para a celestial festa. Foi desta! Durante a terrena vida, dia após dia, Aprofundei a pura essência Do encanto da poesia E da surpreendente ciência. Não me contentei com o existir. Fragmentei o tempo, antes de partir. Quase sem aviso, regressei ao Paraíso Donde um dia saí, em missão na Terra. Espalhei a paz, lutei contra a guerra. No fim da longa estrada Senti, enfim, alguma fadiga De jubilosa jornada. Não me faltou mão amiga!
No desfilar de sombras na aragem Uma, lutuosa, me envolve. Esquecido da saudade, Qual animado saltimbanco, Para radioso céu azul e branco Parti sem bagagem Na derradeira viagem. Vou continuar a falar-vos, sem dor, De Deus, de Paz, de Justiça e de Amor. Não me choreis. Recordai-me com alegria! Adeus, amigos, adeus! Até um dia! Do livro NA ESQUINA DA VIDA (João Coelho dos Santos)
./. 4. – CALENDÁRIO 4.1 – Recepção dos trabalhos até ao dia 31 de Agosto de 2016, carimbo dos correios. 4.2 – A data da Sessão de entrega dos prémios será oportunamente informada e terá lugar na nossa Sede. 5.- PRÉMIOS . 5.1- Haverá 3 prémios por modalidade: 1º- PRÉMIO – uma placa gravada alusiva 2º- PRÉMIO – uma medalha com gravação alusiva 3º- PRÈMIO - uma medalha com gravação alusiva 6. – DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 - Será constituído um JURI, escolhido pela APP, composto por 2 associados da APP de reconhecido Mérito e 2 convidados do exterior da APP. Cada membro do JURI, dará apreciação a cada das 4 modalidades. Os contactos com os membros do JURI serão assegurados pelo Presidente da Direcção, que também atribuirá um número de ordem por chegada, aos trabalhos concorrentes em cada modalidade. 6.2 - Das decisões do JURI não haverá recurso, mas os Associados participantes, podem consultar o “dossier” dos “ JOGOS FLORAIS da APP”, logo a seguir à reunião do JURI e assinatura da Acta. 6.3 - O JURI e a Direcção da APP reservam-se o direito de não atribuir prémios e de não considerar os trabalhos que não cumpram o estipulado nas presentes normas ou que, por fraca qualidade poética, não possam ser considerados. 6.4 – Qualquer omissão neste regulamento ou situação imprevista, será resolvida
Maria Gorete Sampaio
Daniel Costa
VAZIO
QUANDO EU FUI CONSERTADOR DE LOIÇA DE BARRO
Tudo se perde no vazio Tu o dizes meu amado Esse espaço sem matéria E com o nada ocupado O nada se opõe ao ser Na imagem da existência E se o nada permanece Tem o ser a sua ausência
Nessa presença do nada Eu não me quero perder Quero ir ao teu encontro Na essência do meu ser Em consciência do nada Me agarro a ti meu amor Para ocupar o vazio Deste meu mundo interior.
Parecerá interessante e bizarro A imaginação de ganhar dinheiro Fui consertador de loiça de barro Necessidade de fazer mealheiro Com necessidades em casa esbarro, Ainda criança, mental archeiro Antes, fabriquei bem, sem erro, Necessárias peças, como cavalheiro, Fabriquei brocas de aço, para aforro Unir cacos por gatos, sem conselheiro A brocar, esburacava como um zorro Colocava peças de arame por inteiro Previamente, achatadas, lá no bairro, As pontas dobrava - como engenheiro Depois, argamassa de socorro, Branca cal, trabalho de joalheiro! Utensílio vedado, sem jorro Eis como ganhei como garimpeiro, Fui consertador de loiça de barro, Sendo concertador tarimbeiro.
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “A ESSÊNCIA DA ALMA” DE PAULA LARANJO, NA SEDE DA APP
Extrato do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, prefaciador da obra teatral de João Coelho dos Santos, PESSOA NA PRIMEIRA PESSOA, aquando do lançamento do livro. (…) estamos aqui para saudar esta personalidade singular e para lhe agradecer esta obra feita de 22 obras, em que foi uma mistura de três coisas: ele foi e é o poeta (estou a dizer enquanto escritor), ele foi e é o dramaturgo, ele foi e é o didático / pedagogo. E há o cruzamento destas três vertentes. Todas as suas obras passam por aí. Está lá sempre o poeta, está lá sempre o pedagogo e, de vez em quando, mas muitas vezes, está o dramaturgo. E, portanto, não lhe é difícil, criativo como é, inventivo como é, e generoso como é, dar-nos duas obras por ano – um ritmo verdadeiramente alucinante. (…) ele é um dramaturgo muito heterodoxo. Ele é todo muito heterodoxo. É um dos seus encantos a heterodoxia. (…) a sua heterodoxia vê-se, por exemplo na arrumação das cenas, porque ele introduz um ritmo muito especial. (…) para as crianças e os jovens portugueses e portuguesas é fundamental este conhecimento de Pessoa. (…) temos aqui um polivalente, um historiador de dimensões múltiplas e riquíssimas e que consegue, neste texto conjugar as três situações. (…) é uma obra notável, à altura de um autor notável. Isto é que é mais raro. Obras boas ou muito boas nem sempre é fácil encontrá-las mas vai-se encontrando, pessoas boas ou muito boas ou excecionais é muito mais difícil de encontrar. E essa é a grande riqueza deste homem.
EVENTOS PROGRAMADOS (sujeitos a alterações pontuais) a)- Terceiras, quartas feiras—Tertúlia poética sala VIP - Estádio Alvaláxia (Sporting) Organização: José Branquinho. -15H ÀS 18H; b) - Segundas quintas feiras de cada mês— Tertúlia Poética da Associação de Deficientes das Forças Armadas ADFA - Coordenação: Sá Flores/Maria Melo - das 15H ÀS 17H; c) - Quartas 4ªs feiras Tertuliana ARPIM - Prta dos Reformados, n 3, Lj Dtª - MASSAMÁ— Ana Matias. 18H d) - Quartas 5ªs feiras Tertúlia na Teatrosfera— Responsabilidade: Ana Matias—16H e) - Terceiras 5ªs feiras de cada mês - Palácio Ciprestes—Av. Tomás Ribeiro, nº 18 - Linda a Velha—Organização: . Mª Emília Venda/Eduarda Galhóz - 15H30 às 18H; f)- Segundos sábados de cada mês Restaurante VáVá (Cruzamento da Av. Roma com Av. E.U.A. Lx) - Organização APP - 15H ÀS 18H; g) - Últimos sábados de cada mês— Portela Tertúlia - Universidade Sénior—(frente ao Centro Comercial da Portela) - Organização: Carlos C. Luís – 17H ÀS 20H. h) -Últimos domingos de cada mês - Sede APP - R. Américo Jesus Fernandes,1 6-A - Lx— (Metro G. do Oriente; autocarros 744/708) - 15h00 ÀS 18h00, Ouça poesia e música no site HORIZONTES DA POESIA, todas as terças feiras, a partir das 21H, da responsabilidade de Joaquim Sustelo. A SEDE da APP está recetiva para os eventos poético, culturais, sociais que os sócios queiram propor. Façam o vosso projeto e venham partilhar em convívio saudável e enriquecedor.
Colabore na divulgação da lusofonia.
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS NORMAS DE PARTICIPAÇÃO NA NOSSA ANTOLOGIA Após o sucesso das anteriores Antologias da APP devido especialmente à cooperação dos nossos Associados, com todo o gosto aqui deixamos as normas de participação para a XX Antologia. Pretendemos que esta Antologia seja, cada vez mais, dos Associados, por isso estamos abertos a sugestões que possam aperfeiçoar esta iniciativa. 1Os participantes terão de ser Associados da APP e devem encontrar-se no pleno uso dos seus direitos. 2Os participantes poderão enviar de 2 a 4 poemas ou prosa da sua autoria e inéditos (com máximo de 30 linhas ). O tema é livre. 3Uma das páginas (A5) será utilizada com curriculum, fotografia a preto e branco e/ ou biografia. - O valor a pagar para a publicação dos trabalhos dos Associados é de sete euros por cada poema. 5No dia do lançamento da “A NOSSA ANTOLOGIA” será entregue ao autor 1 exemplar por cada poema. ( exemplares extra terão o custo de 7 euros cada). - O lançamento da “A NOSSA ANTOLOGIA” será efectuado na sede APP Lisboa, em data a indicar. - Os autores que estejam interessados em publicar os seus trabalhos na Antologia deverão remeter os textos (poemas ou prosa) para a morada da nossa sede: Associação Portuguesa de Poetas Rua Américo de Jesus Fernandes 16-A 1800-023 LISBOA e preferencialmente por e-mail associação.poetas@gmail.com, em word, corpo12, times new roman, até ao dia 30 de Setembro de 2016, ao cuidado do presidente da direcção. 8– O pagamento deverá ser enviado por transferência bancária para a conta da APP, IBAN PT50 003505750000955533069, por cheque em nome da Associação Portuguesa de Poetas ou em numerário. 9- A APP ficará posteriormente responsabilizada pela distribuição da obra, reservando 2 exemplares para a nossa Biblioteca que constarão no respectivo inventário permanente. 10- Os pontos omissos serão analisados e resolvidos pela direcção da APP. A direcção
No dia 12 de janeiro ocorreu o lançamento do Programa "Amazoníadas: arte, ciência e educação", na Galeria Bessa Artes, situada à r ua das J anelas Verdes, 76 r/c. A divulgação do evento ocorreu, para além de nossas redes e círculos sociais, em diferentes médias eletrônicas, estando presente nos sites da Casa da América Latina, da Embaixada do Brasil e da Casa do Brasil em Lisboa, e correspondentes sitios de redes sociais. Convites, contando com informações do evento relativas ao apoio e ao patrocínio, foram distribuídos pelos maillists das referidas instituições.
ARTES VISUAIS POESIA HISTÓRIA MÚSICA
MABEL CAVALCANTI
EDILSON MOTTA
Na data do lançamento, comemorávamos os 400 anos da fundação portuguesa da cidade de Belém do Pará. Lembramos que, na oportunidade, pontuaram o Prof. Dr. João Paulo Oliveira e Costa, Dir etor do Centr o de História d'Aquém e d'Além Mar da Universidade Nova de Lisboa, refletindo sobre a dimensão histórica da conquista da Amazónia, no contexto do Império Português; e o diplomata brasileiro Marcelo Novaes, ex-Cônsul Geral adjunto do Brasil em Lisboa, que referiu a diversidade, não só ambiental como cultural, da Amazónia, pondo acento na presença continuada da cultura portuguesa e lusófona na região, cuja maior extensão encontra-se em território brasileiro. O evento contou com as sensíveis apresentações do coro Banco de Sons, do Gr upo Desportivo do Banco de Portugal, assim como do cantor português João Manuel Silva, que representaram com muita clareza o diálogo artístico e sensibilidades que aproximam Brasil, Portugal e o mundo lusófono. Houve também a participação de Mabel Cavalcanti, a interpretar uma das canções que integram o projeto artístico e educacional do Amazoníadas. No final, o lançamento do programa ficou marcado pela atuação do grande intérprete e músico brasileiro Edu Marinho. O evento ainda for a marcado pela mostr a do ar tista visual nascido na Amazónia Genison Oliveira. Estiveram presentes , entre tantas entidades representativas a nossa querida APPAssociação Portuguesa de Poetas, contando com 16 associados, entre eles o sr presidente Carlos Cardoso Luís e a vice Maria Graça Melo. Reiteramos os nossos agradecimentos pelo prestimoso apoio recebido, esperando que outras felizes oportunidades venham a ocorrer no desenvolvimento do programa, durante 2016 e 2017. Atenciosamente, Edilson Motta e Mabel Cavalcanti,- Coordenadores do Programa Amazoníadas
Santos Zoio
Cada UM de Nós hospeda um primata… (ou é um primata que hospeda cada UM de Nós ?) Primata que cumpre regras próprias… (que não são letra morta…) - que gosta de quebrar noz ! Primata -que salta ! -que guincha ! -que berra ! (que é a base da nossa estrutura) -que é o Animal (que emperra…) -que é a Criança (que se atura…)
DIA DE CAMÕES 10 DE JUNHO 2016
Lançamento do livro de poesia
Mantendo o ritual da APP vamos fazer a nossa concentração no Jardim de São Pedro de Alcantara às 15.00 horas, onde será dita Poesia até às 16.30 horas.
O SILENCIO DO AZUL No dia 14 de maio, na Pastelaria Vává, inserido na Tertúlia da A.P.P. , a nossa associada e amiga Aline Mamede Rocha lançou mais um livro de poesia.
Todos os presentes aplaudiram e leram com prazer os poemas da autora. Parabéns, Aline por mais este filho nascido da tua alma poética!
Breve percurso a pé até à estátua de Camões onde chegaremos cerca das 16.40 horas, simbólicamente será colocado um pequeno ramo de flores. O presidente da APP fará um breve discurso de homenagem ao grande poeta Luís de Camões, seguido de poesia dita pelos Associados e simpatizantes presentes. Pelas 17.30 horas para os interessados será indicado o local onde decorrerá o lanche.
A presença de todos é importante para a dignificação e representação da APP.
PUBLICAÇÃO DE POEMAS NO BOLETIM Caros Associados Sempre que queiram publicar um poema de vossa autoria no boletim da APP devem enviá-lo ou por e-mail ou pelo correio com essa indicação. Existe um processo com o registo de poemas publicados e repectivas datas. Não se admirem que por vezes passado algum tempo saiam poemas do mesmo Associado ( os outros não os enviam). Portanto não vêm como certamente desejavam os vossos poemas publicados porque na realidade não os enviam. Vamos lá não custa nada!
4º ANIVERSÁRIO TERTULIANA - ARPIM No dia 22 de Março de 2016 comemorou-se o 4º aniversário da TERTULIANA, no espaço da ARPIM em Massamá. A TERTULIANA é um evento de carácter cultural que se realiza mensalmente para falar e melhor conhecer vultos da literatura poética Portuguesa declamando os seus poemas. Uma comemoração a condizer com a dignidade deste evento. A Associação Portuguesa de Poetas esteve representada pelos seus Presidente e VicePresidente. À Ana Matias aqui deixamos uma vez mais os parabéns por este aniversário da sua TERTULIANA. Um convívio salutar onde houve: Poesia, canto (Grupo das Moçoilas da Universidade Sénior de Massamá), Jograis (da APP), Fado (fadista José Castro) e cante alentejano. Esteve presente o senhor Presidente da União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão que ofereceu uma lembrança alusiva ao 4º aniversário da TERTULIANA. Resumindo foi um fim de tarde para recordar. Para terminar cantou-se os “parabéns a você”, e fez-se a respectiva saúde.
DIA DOS PAIS—TORRES VEDRAS
João de Deus Rodrigues
Preparei-me, eu e a minha mulher e cerca das 11.00 horas saímos da Portela (no dia anterior tinha concluído que deveria escrever no GPS do carro BoavistaOlheiros, assim o fiz).Torres Vedras fica a cerca de 50 Km de Lisboa, pelo caminho que nos é familiar. A dúvida estava em saber como chegar a Boavista-Olheiros. A senhora que fala no GPS lá nos foi dizendo: daqui a 200 metros saia na segunda saída e continue pela estrada A8 durante 3 Km. Obedientes seguimos as instruções e com espanto comentámos já estamos a andar demais. Parámos e tivemos de refazer o destino no GPS pois tinhamos andado mais 13 Km além do previsto. Finalmente alcançámos o pavilhão, entrámos para uma sala-ginásio, enorme, com palco e espaldar. As mesas para o almoço estavam preparadas, ao fundo estavam as mesas de apoio com os petiscos: Os Jograis da APP ficaram numa mesa : Eu próprio, a Maria Melo, a Aline Rocha, a Júlia Pereira, o Kim Marques e a minha digníssima esposa Iria Luís. Comemos muito bem, fomos conversando e no fim descemos para a cave afim de tomar o nosso cafezinho Combinámos ir com os carros em fila até ao Centro de Educação ambiental de Torres Vedras onde às 15.00 horas teria inicio o encontro de Poetas com o tema Torres Vedras. Falaram a vereadora da Camara, o David Marques e um a um os poetas foram lendo os seus poemas alusivos a Torres Vedras. Nós os Jograis da APP tínhamos informado o organizador que precisávamos de sair às 17.00 horas para cumprir outro compromisso às 19.00 horas em Alvide Alcabideche. As 17.00 horas chegaram e o David esqueceu-se deste pormenor. O intervalo estava próximo e à pressa lá dissemos o conjunto de poemas que intitulámos “POESIA”. Esta tarefa estava cumprida ( julgo que bem). Facilmente, quase sempre pela auto-estrada ( na velocidade máxima permitida) alcançámos a Igreja Baptista em Alvide, cujo pastor é o nosso associado Dr. Luís Alexandre Branco. A sala ainda estava praticamente vazia. Pouco a pouco as pessoas foram chegando. Alguns de nós colocámos os livros de poesia em exposição e venda. Simultaneamente havia uma pequena exposição de pintura da pintora Sara. O nosso anfitrião seguiu um programa bem elaborado, dando-nos as boas vindas, a Sara tocou-nos piano, O Gonçalves (irmão de cor) linguagem sua, disse um poema do pastor, as meninas presentes fizeram um momento especial cantando, os Jograis da APP tiveram a sua actuação (bastante aplaudida) a Celeste Cortez (também nossa Associada) deliciou-nos com alguns poemas com a colaboração do marido que cantou. Um pastor da mesma igreja que veio de Coimbra, de nacionalidade Brasileira, tal como o nosso anfitrião, falou-nos sobre a poesia do Amazonas e leu alguns poemas dedicando um ao seu pai. Curiosamente os brasileiros dizem “Dia dos Pais” aproveitando eu para dar este título à minha crónica. Depois de um fim de tarde maravilhoso foi servido um lanche, houve um salutar convívio, boa disposição e assim terminou mais um Dia dos Pais. Espero que para o ano seja pelo menos igual a este. Termino com uma mensagem para o meu querido pai: Zézão jamais te esqueceremos! Até sempre. Carlos Cardoso Luís
Oito de Março, dia da mulher… Oito de Março, dia da Mulher, O homem, nesse dia, fá-la rainha. Mas é um desplante, Uma ironia, Para quem dá vida, E é companheira e amante, Dedicar um só dia, A quem ama os filhos E o seu semelhante. E mais, ainda. É a Mulher, Quem ampara a infância, E acarinha a velhice. Com o seu Amor, Essa dádiva constante.
Então, Pergunto eu: Porquê, dedicar um só dia, A quem dá o seu coração, E merece, eternamente, O Amor do Mundo, A todo o instante?
Maria José Reis A NOITE DEU-ME UMA ESTRELA A noite deu-me uma estrela Que andava no Céu perdida E eu contente de vê-la Tive lágrima caída. () () Foi hora de encantamento Minh'alma fez flutuar Espelhei meu sentimento Magia me fez sonhar. () () Com notas de uma canção Vou meu coração ornar P'ra nele com emoção A estrela poder deitar.
Fernando Correia FOLHA AO VENTO…” Folha açoitada pelo vento Ruma sem rumo num lamento É alma minha dolente atormentada Minha mente vazia defraudada Meu corpo ao relento em sofrimento É saudade flutuando agonizando É Poesia sem pergaminho sem norte, via ou caminho.
Dulce Saldanha
Uma bênção a acontecer , numa criança a nascer logo começa a chorar, um choro que sabe bem e chora também a mãe, é ter vida, a começar!
Para viajar basta existir. Fernando Pessoa
Adriano Augusto da Costa Filho
“VÁ-VÁ O QUE TORNA ESTE CAFÉ TÃO ESPECIAL?
António José da Silva
SONHO ETERNO DA POESIA !
De símbolo de uma certa inteligência urbana e antifascista nos anos de 1960 a ponto de encontro de nomes fundamentais do rock português, duas décadas depois, o mito do café Vá-Vá resistiu ao passar dos tempos. Chega o século XXI. Impõese a Internet, generalizam-se os blogs. As pessoas não se encontravam, havia que reavivar as tertúlias de café. Onde? No lugar de sempre, claro. Inaugurado em 1958, o estabelecimento com assinatura do arquitecto e designer Eduardo Anahory, fica no cruzamento entre as avenidas de Roma e dos EUA, fez a sua fama da presença de gente conhecida e com capacidade de intervenção pública. O Vá-Vá era o ponto de encontro de intelectuais que simbolizavam uma nova geração urbana e cosmopolita. Discutia-se política e arte, aos activistas e artistas juntavam-se estudantes universitários em busca de diálogos abertos e ideias novas. Hoje, estas avenidas estão envelhecidas, as novas gerações acabaram empurradas para fora de Lisboa, multidões suburbanas em redor de um vazio. Se os blogs são a versão moderna das tertúlias, o mercado por excelência da troca livre de ideias, eles são também terrivelmente limitados na promoção do contacto pessoal. Podemos falar com dezenas de pessoas, mas não as vemos, não as olhamos nos olhos. "As pessoas mudaram os hábitos. Já ninguém vai "para" o café, as pessoas agora vão "ao" café." Entram e saem, não ficam por lá. Fernando Eusébio sabe do que fala. Dos quase 58 anos de história do Vá-Vá ele leva já 30. É um dos sócios-gerentes da casa e não hesita quando se procura uma explicação para a redução de clientela e a mudança de hábitos das pessoas. "As casas aqui são caras, os jovens não lhes chegam. Têm de ir viver para os subúrbios, a cidade vai ficando velha. E os que por aqui vivem já não vêm tanto ao café. Ficam em casa, será a televisão (não querendo dizer mal da televisão), mas muitos nem saem de todo: até encomendam jantar para levar a casa..." O que é, então, feito do mítico Vá-Vá, do ponto de encontro incontornável de cabeças pensantes e espíritos livres? "Muitos ainda cá vêm, a tradição mantém-se. Aparece muita gente conhecida, nós chamamos-lhes "a velha guarda", os que moram por aqui fazem cá refeições, outros entram só para um café." E que argumentos têm para se manterem no roteiro de Lisboa? "Tentamos manter os pratos tradicionais da casa, incluindo o célebre bacalhau à Vavá, inventado pelo futebolista brasileiro que deu nome ao café. É assim uma espécie de bacalhau à minhota", explica Fernando Eusébio, enquanto oferece um biscoito a uma criança que passa ao colo do pai. Sorri: "Temos de investir no futuro!" Trecho do texto escrito por Luís Francisco e publicado na Internet.” A Associação Portuguesa de Poetas orgulha-se de manter, há mais de uma dezena de anos uma Tertúlia poética, nesta emblemática sala, todos os segundos sábados de cada mês. Dada a localização e a facilidade de transportes e o simbolismo do Vává, normalmente a sala fica cheia. Queremos deixar aqui uma palavra de agradecimento à Gerência do Vá-vá por nos facultar o seu espaço para podermos exercer um dos nossos objectivos: A divulgação da Poesia. Queremos manter e se possível reforçar a nossa presença no Vá-vá. Não vamos deixar acabar este ritual de Tertúlias tão importante, no nosso caso, para os Associados e Poetas. O nosso Mundo é a Poesia.
A Graça o filme enviou, E o sonho já voltou. Mas, se "Deus" autorizar, A Portugal irei voltar. Ver aquela terra novamente, O povo sempre gentilmente. Mas, já me custa esperar, Espero em breve lá voltar !
Ver novamente os meus amigos, E abraçá-los nos seus abrigos. Novamente os ouvir declamar, São sonhos para eu os amar ! Ver o mestre Cardoso presidente, Com sua flama sempre presente. Ver a dama da poesia a linda Maria Da Graça, com ardor eu a abraçaria ! Novamente ver o agora tesoureiro, O também mestre Afonso alvissareiro. Com sua flama sempre presente, Para todos é amigo permanente ! Essa linda e magistral entidade, Que com certeza é uma realidade. Espelho mundial da lusitana alma, Que a todo poeta eternamente inflama ! Eu aqui no meu cantinho, No núcleo que já é um ninho., Adoro o monumento da poesia, A eterna entidade da maestria !
VALE MAIS QUE TODO O OURO Abre os olhos!... Abre-os lentamente… Não queiras fixar nada, porque tens todo o tempo do mundo para fixar tudo. Chora!... Chora, porque as tuas lágrimas valem mais que todo o ouro. Procura que te levantem… Da tua mãe, colhe um pouco do teu alimento, depois dorme… Enquanto dormires todos mudam de posição, uns sorriem, outros não… Vou tirar o dia inteiro só para te contemplar. Da janela do teu quarto, já ouço o som dos passarinhos, chilreando para ti. Algo nascerá em mim como fénix renascida… Num berço de marfim te embalo, me embalo, me respiro, me vivo… És um anjo pequenino, uma dádiva, uma pérola, um encanto... Nem sabes ainda o que é medo... Acorda agora!... Acorda tarde!... Acorda cedo!... Vive!... As portas do ascensor da vida, estão escancaradas para ti.
Sonho ver novamente seus cultores, Desse grupo valente e seus autores. Amarei eternamente a nossa associação, Porque ela me ficou pra sempre no coração!
Tenho em mim todos os sonhos do mundo.
[Poema dedicado ao neto Miguel pelos seus 8 meses de vida].
Fernando Pessoa
Mário Vitorino Gaspar
Maria Eduarda Galhoz
O Meu Cais de Partida
PÁSCOA FLORIDA
Já viram que o sol dança No céu… E nesse bailado chora Uma luz que brilha… Que não cansa E o tempo aquece e é lume na aurora Quero, ordeno … Preciso Que que no sol-posto Rever sempre o vosso sorriso Na foto que guardo, amo e gosto.
Chega a Páscoa Florida Com passarinhos a cantar As flores São de várias cores Os cantares são diferentes Maviosos Encantadores As cores das flores Dão um cheiro a Primavera O aroma das flores Que vão abrindo Mistura-se Com o canto de cada passarinho Que sai voando Alegre De seu ninho.
As lágrimas se fechadas a chaves Aprisionam aquele vosso olhar Mas o poético cântico das aves Que voam um baile e a cantar? Asas são penas de peso que não pesa E nos cristalinos olhos leio verdade E os prados verdes a esperança e riqueza Da nostálgica palavra poética… Liberdade E com o eco da de versos que são razão E na palavra que escorrega e escrevo Vamos todos sermos irmãos e dar a mão E ainda após tanto desejar… Me atrevo: – Miro todo o mundo e não vejo O que sobra dos vossos ouvidos Mas sois poetas, deveras invejo A alma contida nesses apurados sentidos E para todos quero que somente esta graça Eu! Que amo o amor e sinto-me tão feliz Que querem que vos diga e faça? Nesta praça… Um mero aprendiz! Que vá dizer aquilo que não disse E com esta idade que é de multiplicar E velhos? Mas contesto a velhice… Mas não é o fim… Um refúgio num Lar
QUADRA DE ANTÓNIÓ GEDEAÓ FECHÓ ÓS ÓLHÓS PÓR INSTANTES ABRÓ ÓS ÓLHÓS NÓVAMENTE NESTE ABRIR E FECHAR DE ÓLHÓS JA TÓDÓ Ó MUNDÓ E DIFERENTE.
A nossa alma também floresce É a esperança Que em cada um de nós cresce A esperança num mundo melhor Que nos dê razão para celebrar a vida Que nos dê força para ultrapassar As dificuldades que se apresentam E que por vezes Nos tentam a entristecer
Não A Páscoa é doce Tem amêndoas e folares Alegremos os olhares Recomecemos a viver Apesar das condições Embriaguemos os corações Com as cores das flores Com os pássaros de mil cores Que nos causam emoções Aprendamos a escolher Dentro do que a vida nos der Tudo o que for melhor Para ajudar a esquecer Algumas desilusões Que por vezes aparecem Vamos em frente olhar E com a esperança sonhar.
A APP ESTEVE REPRESENTADA OFICIALMENTE EM: Lançamento ou apresentação dos livros dos seguintes Associados: ALINE ROCHA ROSA REDONDO ALCINA MAGRO BARNABÉ SOUSA JOÃO COELHO DOS SANTOS PAULA LARANJO Eventos culturais:
TORRES VEDRAS—ENCONTRO DE POETAS— DIA MUNDIAL DA POESIA; FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA—PROMOVIDO PELA HELVETIA EDIÇÕES—HOTEL HOLIDAY IN LISBOA; INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO SAC SENIOR (onde quinzenalmente passou a haver a rúbrica “A CONVERSA COM POESIA”; PALÁCIO VIVALVA—HOMENAGEM A ALICE VIEIRA; Além de várias Tertúlias e eventos culturais...
Virgínia Branco ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS
Já foste terra lavrada semente que germinou! Já foste donzela amada por alguém que te deixou. Linda Seara onde o Poeta semeia, colhe e reza. A escrita, a palavra, o poema. Lapidação de diamantes. Os gritos, as saudades, alegrias, tempestades. Alquimia... sublimação, onde a dor se acalma! É na Poesia que serena a alma!
Há aves em debandada... Que matam em ti a saudade E são nuvem que passou! Poemas são rosas floridas pela APP colhidas em todos os Continentes! Somos o carinho... de quem surge no caminho. O Boletim vai divulgando metas e o perfume da internet fazem de ti APP, Um lindo jardim, só de POETAS! 2016/04/03 – 31º Aniversário da APP
Entrevista a Carlos Cardoso Luís por Barnabé de Sousa Carlos Cardoso Luís , nasceu em Lisboa no dia 28 de Março de 1946. Começou a escrever Poesia com 13 anos, sem interregno, com fases de maior ou menor produção. Publicou um livro de poesia a que deu o título de “ GOTA D’ÁGUA”. Foi galardoado com vários prémios e menções honrosas em poesia e prosa. Participou em muitas Antologias, que seria cansativo enunciá-las neste espaço. Escreveu onze letras de fado cantadas pelo fadista Rolando Silva e gravadas no CD “MARINHEIRO DO FADO”. Actualmente é Presidente da Associação Portuguesa de Poetas (lugar que ocupa com todo o orgulho). Pincelada a traços gerais de uma vida plena de experiências positivas. 1 – Barnabé Sousa: O que é que o motivou e por que é que escreve Poesia?
Carlos Cardoso Luís: - Julgo que a Poesia não depende da motivação, ela nasce connosco. Comecei a escrever aos 13 anos e nunca mais parei. Escrevo Poesia porque ela está no meu sangue. É através das palavras que retrato e transmito os meus sentimentos (naturalmente). 2 – Barnabé Sousa: Tem livr os publicados, faz edição de autor ou pr efer e colabor ar em antologias? Carlos Cardoso Luís: - Tenho um único livro publicado “Gota d’Água” editado pela Minerva. Tenho material, se quiser, para publicar mais alguns livros, mas não é para mim uma das prioridades, quando me apetecer assim o farei. Colaborei nalgumas dezenas de antologias porque também gosto de participar colectivamente embora não tenha preferência pelas Antologias. 3 – Barnabé Sousa: O que é que os leitor es dizem sobr e a sua escr ita? Carlos Cardoso Luís: -Dizem que gostam, que é uma poesia simples sem ser simplista e que tenho muita facilidade em escrever sobre a minha Lisboa e eu digo: ...e não só… 4 – Barnabé Sousa: Na sua opinião qual é a impor tância que os meios de comunicação social dão ao mundo literário, inclusive à Poesia. O que falta para uma maior divulgação da Poesia? Carlos Cardoso Luís: - Esta é uma pergunta muito complexa que nos levaria a uma análise mais demorada, contudo, acho que a importância da comunicação social é fundamental e no caso concreto da Poesia será a parente pobre da literatura. O mundo gira à volta da parte comercial e como a poesia vende pouco a divulgação está directamente ligada a este factor. Ultimamente têm aparecido mais livros de poesia embora a divulgação continue algo deficiente. Faltam os leitores e compradores para incrementar a divulgação.
5 – Barnabé Sousa: Conte-me quais são as suas funções na APP? Carlos Cardoso Luís: - Actualmente sou Presidente da Direcção e exerço as funções que lhe são inerentes ou seja comandar os destinos desta grande Associação que para mim é a minha filha mais nova. Uma família que muito me honra. 6 – Barnabé Sousa: Que pr ojetos tem par a o futur o? Carlos Cardoso Luís: - Viver poeticamente o dia a dia e conseguir que a APP mantenha, consolide e expanda a sua participação e ajuda neste belo mundo da Poesia. 7 - Barnabé Sousa: Vár ias questões ficar am por colocar. Par a mim, foi um enor me prazer conversar consigo. Agradeço pelo fato de se ter disponibilizado para participar nesta entrevista. Contudo, deixe uma mensagem para os leitores (quer sejam associados da APP, ou meros sonhadores).
Carlos Cardoso Luís: - Obrigado pela entrevista a mensagem é simples e importante para nós: A APP só cresce com você! Faça-se Sócio (a), venha colaborar connosco, venha conviver, participe e contribua para o desenvolvimente daquilo que nos une a Poesia e a APP. 9 – Barnabé Sousa: Antes de ter minar , deixe-nos um poema da sua autoria. Obrigado! VIDA (Escr ito aos 15 anos de idade) Repara naquela árvore Que foi posta no jardim. Tem as folhas tão verdinhas Parecendo sorrir para mim. Repara naquela outra Pobre, seca, folhas caídas... Sem vida e porque razão? Talvez porque a vida é ingrata Árdua espinhosa sem sorte. Ambas foram plantadas. A uma sorri-lhe a vida À outra segue-a morte Uma brilha como o sol Outra seca e carcumida Cada qual com seu destino Neste jogo que é a Vida. Carlos Cardoso Luís
A direção da APP encetou conversações com o representante da comunidade lusófona Augusto Lopes no sentido de ser representada em Geneve.