Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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Hotel Fazenda Santa Gemma: Turismo Rural e Preservação do Patrimônio Histórico

Maria de Paula e Silva Medezani Orientador: Dr. César Muniz Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico


Centro Universitário Estácio UNISEB Trbalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

Caderno de projeto do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Estácio UniSEB de Ribeirão Preto como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Dr. César Muniz

Ribeirão Preto, 2015


DEDICATĂ“RIA Dedico este trabalho aos meus amados pais que construĂ­ram cada degrau para que eu pudesse chegar a este patamar, sendo sempre meu alicerce.


AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus por ter me dado determinação e sabedoria, e, sobretudo, por ter me amparado nos momentos de aflição. Agradeço imensamente ao meu querido orientador, ao meu namorado, à minha família e às minhas amigas, que caminharam ao meu lado me dando todo o apoio necessário. E um agradecimento especial ao meu namorado e sua família, proprietários da Fazenda Santa Gemma, que me proporcionaram a base deste trabalho.



“Da minha aldeia vejo o quanto da terra se pode ver no universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.” Alberto Caeeiro


SUMÁRIO DEDICATÓRIA I AGRADECIMENTOS II EPIGRAFE IV Sumário V 1 Introdução 11 1.1 Contexto da investigação 11 1.2 Objetivos gerais 11 1.3 Objetivos específicos 11 1.4 Procedimentos metodológicos 11 1.4.1 O problema do projeto e justificativa 11 1.4.2 Procedimentos metodológicos 11 1.5 Organização do caderno 13 2 Quadro de referência 14 2.1 A Indústria Turística 5 14 2.2 Turismo e desenvolvimento regional 14 2.3 Potencial turístico da região de Franca e a preservação de patrimônio material e imaterial 14 2.4 A criação do gado Gir como patrimônio imaterial 16 2.5 A sede da Fazenda Santa Gemma como patrimônio material 20 2.6 Projeto e planejamento de hotéis 26 2.7 Primeiras diretrizes projetuais para o empreendimento hoteleiro 30 2.8 Referências Projetuais 32 3 Proposta projetual 47 3.1 As condições do local – A Fazenda Santa Gemma 47 3.2 Primeiras propostas 61 3.3 Documentação técnica da proposta final 70 4 Conclusão 104 4.1 Revisão dos objetivos gerais e específicos 104 4.2 Síntese das contribuições deste trabalho 104 5 Referências Bibliográficas 105



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1. Introdução 1.1.Contexto da investigação FugereUrbem, Aurea Mediocritas, são termos em latim utilizados pelos poetas bucólicos no século XVIII. No século XVIII, a Revolução Industrial, juntamente com a melhoria das condições de higiene, trouxe o crescimento da urbanização, o êxodo rural, a modernização das cidades. E, neste contexto, os poetas bucólicos do Arcadismo valorizavam e exaltavam a vida simples, calma, pacífica, no campo, a beleza da vida campestre, a fuga das cidades, dos centros urbanos compostos por problemas, por burburinho citadino. Já nesta época, em que a população urbana era menor do que a existente hoje, o ser humano necessitava buscar o contato com a natureza, com a vida campesina. Hoje temos a urbanização intensa juntamente com a globalização, que afasta o homem do ambiente campestre ainda mais. Como recuperar este contato com a natureza e alguns dos benefícios que mobilizaram os árcades a defendê-lo? A existência de uma fazenda dotada de patrimônio histórico, a existência de uma região administrativa com potencial turístico (principalmente no quesito turismo rural), a perda da relação homem-campo constituem o contexto em que nosso trabalho se enquadra. 1.2.Objetivos gerais Temos como objetivos gerais criar uma oportunidade de recuperar algo da relação homem-campo, perdida devido à urbanização e à globalização. A preservação e disseminação de um patrimônio imaterial presente na Fazenda Santa Gemma, a cultura e história do gado Gir, bem como a preservação de um patrimônio material existente na Fazenda Santa Gemma, a sede que possivelmente foi construída entre 1860 e 1890. Potencializar o turismo for-

te existente na cidade de Franca e sua região administrativa e promover o desenvolvimento regional a partir deste. 1.3.Objetivos específicos Nosso objetivo específico é criar um hotel fazenda cinco estrelas, conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), que crie oportunidades de negócios, explore o potencial do turismo rural na região, reconstitua parte da vegetação local e preserve o patrimônio histórico e cultural existente no local. 1.4.Procedimentos metodológicos 1.4.1.O problema do projeto e justificativa No Brasil temos 200,4 milhões de habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE, 2013) e apenas 15% deste total pertence à população rural (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE, 2011). Dados que nos afirmam que a maioria absoluta da população é urbana. É notória, portanto, a ausência, cada vez maior, do campo na vida do homem, que é composta pelo cotidiano urbano dotado de poluição sonora, visual, poluição através de gases tóxicos, entre outras. Ressaltando ainda mais a necessidade da existência de um “respiro rural” na vida do indivíduo. Logo, esta necessidade do ser humano abre portas para o turismo rural. O turismo é uma prática de grande destaque no cenário mundial. Seja pela beleza e diversidade dos atrativos e destinos, ou pela rentabilidade que a atividade pode proporcionar em termos de desenvolvimento e economia, o relevante é que cada vez mais o setor se destaca (Silveira, 2003). A indústria do turismo internacional gerou em 2013 U$ 1,4 trilhão em receitas de exportação (World Tourism Organization - UNWTO, 2013). A aquecida busca pelo turismo o faz oscilar entre o 2º e 3º setor de maior

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movimentação econômica em escala mundial (Ministério do Turismo - MTUR). Consequentemente, este acarreta no crescimento e desenvolvimento das regiões em que se destaca. A cidade de Franca, interior de São Paulo, possui considerável potencial turístico (Silva, et al.) podendo, a partir deste, propiciar o desenvolvimento da região, uma vez que a região também é dotada do mesmo potencial. A cidade já possui, consolidado, o turismo de negócios, oriundo da indústria coureiro-calçadista, da cultura do café, e outras economias que vêm despontando, como confecção de lingerie, doces, e indústria de cosméticos. Ou seja, a cidade possui relevante fluxo de pessoas, porém, estes turistas não estendem suas estadias pela ausência de algo que os convide. E esta ausência se dá pelo não aproveitamento de recursos existentes no município, tais como: belas paisagens, clima favorecido, relevo favorecido, edifícios históricos, pontos culturais, festas culturais (ex.: Cavalhadas da Franca), parques, entre outros. Como explorar o potencial turístico desta região que conta hoje com cerca de 710 mil (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional) moradores e movimenta 9.592,68 milhões (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional) de reais em sua economia? Franca também é marcada pela história da cultura do gado Gir e um dos expoentes desta cultura é a Fazenda Santa Gemma, localizada a 7Km da cidade. Esta carrega um patrimônio imaterial relacionado à cultura, pois nela viveu exemplares da raça, Gaiolão e Triunfo, afamados touros neste ramo da pecuária. Gaiolão, vindo da Índia, após ser comprado pelo criador da raça e proprietário da fazenda, Dr. Julio Baptista da Costa Filho, passou a viver na mesma. E Triunfo nascido na Santa Gemma, neto de Gaiolão, foi vendido ainda na barriga 12

e depois, quando já tourinho, foi comprado de volta por meio milhão de cruzeiros. A fazenda além de carregar este patrimônio imaterial, carrega também um patrimônio material. Podemos datar a construção da sede da fazenda entre 1860 e 1890, através de uma análise baseada no livro “Velhas Fazendas: arquitetura e cotidiano nos campos de Araraquara” de Vladimir Benincasa (2003), portanto, a sede é pertencente à primeira fase da arquitetura de café, guardando inúmeras características intactas da mesma. Logo, este patrimônio, imaterial e material, deve ser preservado. E a questão é: de que maneira? 1.4.2.Procedimentos metodológicos 1.4.2.1.Pesquisa teórica Nossa pesquisa teórica foi voltada para os seguintes temas: o turismo em Franca e sua região administrativa; turismo e desenvolvimento regional; turismo rural; a indústria turística; fazendas de café; a primeira fase da arquitetura de café; planejamento e projeto de hotéis; planejamento e projeto de hotel fazenda; classificação de hotéis fazenda; diretrizes para um hotel fazenda cinco estrelas. 1.4.2.2.Pesquisa documental A pesquisa documental feita é sobre o local. Levantamos documentos sobre a Fazenda Santa Gemma e a história e cultura do gado Gir. Levantamos mapas com topografia, vegetação, curso d’água, insolação, construções existentes, cultivo, circulação e acesso, declividade, e por fim, um mapa síntese. Além dos levantamentos da fazenda em geral, fizemos o levantamento da sede da fazenda que consideramos como patrimônio histórico (plantas, fotos); leituras projetuais com temas relacionados ao nosso (tais como hotel fazenda, projeto em local com patrimônio material, projeto em local com patrimônio imaterial, entre outros).

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1.4.2.3.Pesquisa de campo A pesquisa de campo se produziu uma visão serial com fotos de vistas da fazenda inteira, uma visão serial menor apenas das áreas mais potencias para a implantação do hotel (apontadas através do mapa síntese), e a análise da sede (portas, janelas, forro, etc.). 1.5.Organização do caderno O caderno é organizado em 5 itens, são eles: • Introdução • Quadro de referência • Proposta projetual • Conclusão • Referências bibliográficas Na introdução explicamos o objetivo do trabalho, o tema, o caderno, a metodologia utilizada. No quadro de referências abordamos as teorias que embasam este trabalho, que neste caso vai desde a indústria turística até a primeira fase da arquitetura do café. Também, nesta etapa se encontram as leituras projetuais. Na proposta projetual temos a explicação do projeto propriamente dito. As condições do local, as primeiras propostas, a evolução do desenho, a justificativa de cada escolha, o partido arquitetônico, entre outros. O item 4 é uma conclusão de todo o trabalho, e, por fim, o item 5 é onde se encontram todas as referências bibliográficas utilizadas para embasar este trabalho.

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2. Quadro de referência 2.1.A Indústria Turística Uma das práticas de destaque no cenário mundial é o turismo rural. E cada vez mais o setor vem se destacando, tanto pela diversidade dos atrativos e destinos, quanto pela rentabilidade que a atividade proporciona no desenvolvimento econômico (Silveira, 2003). O turismo é considerado uma indústria sem chaminés pelo fato de ser produtivo e dinâmico.A atividade possui abundantes recursos e os usufrui sem esgotá-los (Andrade, 2000). A indústria do turismo internacional gerou em 2013 U$ 1,4 trilhão em receitas de exportação (World Tourism Organization - UNWTO, 2013). A aquecida busca pelo turismo o faz oscilar entre o 2º e 3º setor de maior movimentação econômica em escala mundial (Ministério do Turismo - MTUR). 2.2.Turismo e desenvolvimento regional O turismo, como já dito, é uma atividade de efeito multiplicador podendo influenciar em vários setores da atividade econômica, acarretando consequências no emprego, renda, comércio, indústria e prestação de serviço. Portanto, é uma fonte abundante de benefícios econômicos(Silva, et al.). Com enfoque tanto nacional, quanto internacional, o turismo proporciona à comunidade desenvolvimento econômico com diminuição do desemprego e novas possibilidades no mercado de trabalho, desenvolvimento social com a melhoria da infraestrutura local melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento cultural, pois estimula o interesse da comunidade com sua própria cultura, tradições, costumes, folclore e pelo seu patrimônio edificado (...) (Organização Mundial do Turismo - OMT, 2001).

Hoje em dia um dos ramos do turismo que mais cresce é o turismo rural, que se define 14

por conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade(Ministério do Turismo - MTUR). O turismo rural, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), é um segmento turístico de relevante potencial e pelo menos 3% de todos os turistas do mundo direcionam suas viagens para o turismo rural. Além disto, seu crescimento anual é de aproximadamente 6%, o que evidencia a constante busca por tal(IDESTUR). 2.3.Potencial turístico da região de Franca e a preservação de patrimônio material e imaterial Os principais elementos da oferta turística

Figura 1 - Mapa do Estado de São Paulo mostrando a Região Administrativa de Franca (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional)

são os recursos turísticos, sejam eles naturais ou culturais (Silva, et al.). • Recursos turísticos naturais: são aqueles que recursos provenientes do meio natural, distribuídos no espaço geográfico, compondo a paisagem; relevo, clima, vestígios geológicos, rios, lagoas, praia, fauna, flora, etc. • Recursos turísticos culturais: são entretenimentos culturais, de origem material

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ou imaterial, vinculados a um equipamento ou não; arquitetura, equipamentos de lazer, equipamentos de pesquisa, gastronomia, artesanato, congressos, festas culturais, parques, tradições populares, etc. Logo, a cidade de Franca e sua região administrativa (constituída por 23 municípios como na Figura 2) são compostas por relevantes recursos turísticos.

Conceição na Figura 4, etc.), clima favorecido (temperatura média anual de 20,5ºC, segundo dados do Instituto Nacional de Metereologia), relevo favorecido (altitude próxima a 1.040m; relevo composto por três colinas, motivo pelo qual a cidade é conhecida como a cidade das três colinas), parques (Parque Fernando Costa, Parque Ecológico Sebastião Alves Branquinho, etc.), entre outros.

Franca possui considerável potencial de

Figura 2 - Mapa da Região Administrativa de Franca (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional)

atração de pessoas através do turismo de negócios, pelo fato da economia do município ser voltada às indústrias coureiro-calçadista, à cafeicultura, às confecções de lingeries e indústrias de cosméticos (Silva, et al.). Além disto, Franca possui recursos naturais e culturais que podem ser explorados, tais como festas culturais (Cavalhadas da Franca, Exposição Agropecuária como vemos na Figura 8, Festa de Nossa Senhora da Achiropita, Festbar, etc.), pontos culturais (Praça Central Nossa Senhora da Conceição, Praça Barão da Franca, etc.), edifícios históricos (Catedral Nossa Senhora da Conceição na Figura 3, casarões antigos, etc.), pontos históricos (Museu Histórico Municipal José Chiachiri, Relógio do Sol1 na Praça Central Nossa Senhora da

1 Relógio do Sol de Franca: É uma construção do Frei Germano D’Annecy de 1886. Semelhante a este Relógio do Sol só existe mais um no mundo localizado na ci-

Figura 3 – Catedral Nossa Senhora da Conceição (arquivo pessoal)

Figura 4 - Relógio do Sol localizado na Praça Nossa Senhora da Conceição em Franca - SP (arquivo pessoal)

dade francesa de Annecy. Foi tombado pelo CONDEPHAT e CONDEFHAT municipal (Cidade de Franca , 2008).

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A região administrativa de Franca é composta por esportes náuticos, represas, usinas hidrelétricas, obra de Portinari, centenas de cachoeiras, grutas, matas nativas, turismo religioso, ecológico e educativo e fazendas centenárias de café em plena produção. (Silva, et al.). Os segmentos do turismo que mais se destacam na região são o ecoturismo, o turismo rural, o turismo de aventura, o turismo cultural, o turismo religioso e o turismo de negócios e eventos (Silva, et al.), que podem ser definidos da seguinte forma: • Ecoturismo: segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações (Ministério do Turismo - MTUR p. 9). • Turismo rural: conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade (Ministério do Turismo - MTUR p. 49). • Turismo de Aventura: compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo(Ministério do Turismo - MTUR p. 39). Pode ocorrer em qualquer espaço: natural, construído, rural, urbano, estabelecido como área protegida ou não. • Turismo Cultural: compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promo16

vendo os bens materiais e imateriais da cultura (Ministério do Turismo - MTUR p. 13) • Turismo Religioso: configura-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas (Ministério do Turismo MTUR p. 16) • Turismo de Negócios e Eventos: compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social (Ministério do Turismo - MTUR p. 46). A região administrativa de Franca, portanto,é vista como importante potencial para o turismo tanto nacional quanto internacional(Ferreira, et al.). O turismo proporciona (...) desenvolvimento cultural, pois estimula o interesse da comunidade com sua própria cultura, tradições, costumes, folclore e pelo seu patrimônio edificado (...) (Organização Mundial do Turismo - OMT, 2001).

Logo, podemos usar deste potencial que a região possui, o turismo, para promover a preservação do patrimônio existente na fazenda Santa Gemma, tanto o material quanto o imaterial. 2.4.A criação do gado Gir como patrimônio imaterial Na cidade de Franca, precisamente na Fazenda Santa Gemma, existe um patrimônio imaterial de expressivo valor para a cultura pecuária. Esta fazenda era de um dos maiores criadores de gado da raça Gir2, e continua per2 Gado Gir: O Gir é uma raça zebuína, portanto, originário da Índia. Os primeiros exemplares da raça foram introduzidos no Brasil por volta de 1906. Outras quatro importações ocorridas em 1930, 1955, 1960 e 1962, também foram de extrema importância para a formação do gado Gir no Brasil (ACGZ Zebu Gaúcho). Esta

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Figura 5 - Cheque de pagamento ao touro Triunfo (arquivo pessoal)

venda do bezerro já estava fechada, não havia o que fazer. Quando já tourinho, o dono atual decidiu vendê-lo e o antigo proprietário que, de prontidão, ofereceu meio milhão de cruzeiros (Figura 5), fecharam contrato. Logo, Dr. Julinho volta a ser proprietário do afamado Triun-

tencendo à mesma família. A Santa Gemma foi morada de dois touros Gir famosos no ramo, Gaiolão (Figura 12) e Triunfo (Figura 6 e Figura 7), ambos com vasta descendência (Figura 11). Gaiolão, um dos primeiros touros da raça no Brasil, foi importado da Índia na década de 30 pelo Senhor Ravízio Lemos, e, logo após, foi comprado pelos sócios e cunhados Dr. Julio Baptista da Costa Filho e Nilo Lemos. Foi o campeão na grande Exposição Figura 6 - O touro Triunfo, nascido na fazenda Santa Gemma e de propriedade de Dr. Julio Baptista da Costa Filho (arquivo pessoal) Nacional da Raça Gir, em Uberaba – MG, em 1938. O touro Triunfo foi também um expoente da raça, nasceu na Fazenda Santa Gemma e era filho de Mancinha (ambos, portanto, de propriedade de Dr. Julinho), afamada reprodutora da raça e que por sua vez era filha de Gaiolão. Este foi vendido ainda na barriga de Mancinha e quando nasceu, Dr. Julinho e sua esposa Dona Honorina re- Figura 7 - Foto do touro Triunfo na Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal) conheceram seu valor, porém a raça tem aparência distintiva, normalmente com testa fo. Contente, o mesmo dá uma festa (na próarredondada e abobadada, orelhas pendulares longas e pria Fazenda Santa Gemma) para a recepção chifres que nascem para trás e para cima (Oklahoma State University), como visto na Figura 14. Geralmente este gado do touro contando com 4500 pessoas, regada é machado, com a cor variando do vermelho ao branco.

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Figura 10 - Cartão de visita do proprietário do touro Triunfo e seu antigo sócio Nilo Lemos (arquivo pessoal)

Figura 8 - Foto da 1ª Exposição Agropecuária na cidade de Franca, em que o proprietário do boi Triunfo, Dr. Julio Baptista da Costa Filho, participou (arquivo pessoal)

grande que passaram a usá-los, tanto os touros quanto a raça, como propaganda para a promoção dos negócios, como podemos ver nas Figura 9, Figura 10 e Figura 13.

a chop Antarctica (Figura 15) e noticiada pelo Repórter Esso. Na festa foram vendidas coberturas do Triunfo que totalizaram o dobro do valor gasto com o mesmo (Lemos, 2001).

Figura 11 - Registro de um tourinho, filho de Triunfo, de propriedade do Dr. Julio Baptista da Costa Filho (arquivo pessoal)

Figura 9 - Carta do Dr. Julio Baptista da Costa Filho com a marca d’água do touro Triunfo (arquivo pessoal)

A fama do criador da raça, Dr. Julinho, através dos touros Gaiolão e Triunfo era tão 18

Figura 12–O touro Gaiolão, vindo da Índia e de propriedade de Dr. Julio Baptista da Costa Filho e Nilo Lemos (arquivo pessoal)

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mônio deve ser preservado.

Ao se preservar um bem cultural, seja ele material ou imaterial, todos têm a ganhar. Ganham os cidadãos, pois têm a oportunidade de ter a história mantida e repassada às futuras gerações; e, ganham também os estados e os municípios, que sabendo operacionalizar com cautela os frutos da salvaguarda, podem aumentar as suas divisas através do turismo e da valorização da cultura local (Santos).

O Banner da Figura 13 era utilizado por Dr. Julio Baptista da Costa Filho, vulgo Dr. Julinho, em exposições agropecuárias. A estatueta de bronze, exposta na Figura 14, Figura 13 - Antigo banner da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

A fazenda, portanto, é constituída de patrimônio cultural, ou seja, patrimônio imaterial,

Figura 14 - Estatueta de bronze de um touro Gir (arquivo pessoal)

Figura 15 - foto da cadeira da Guaraná Paulista utilizada na festa de recepção do touro Triunfo (arquivo pessoal)

por ser cenário da história e da cultura do gado Gir, pois a mesma a sedia desde a década de 40 até os dias atuais (conforme Figura 16 e Figura 17), e pelos documentos que possui da mesma: fotos, objetos, registros, documentários, entre outros. E este patri-

Figura 16 - Foto antiga do gado Gir na Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

Figura 17 - Foto atual do gado Gir na Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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representa com fidelidade as características principais da raça Gir. Sabe-se de dois exemplares da mesma, um se encontra na Fazenda Santa Gemma e o outro na sede da Sociedade Rural Brasileira (SRB). 2.5.A sede da Fazenda Santa Gemma como patrimônio material Vladimir Benincasa (2003) nos permite afirmar que a sede da fazenda foi construída entre 1860 e 1890, pois as mesmas possuem características da arquitetura da época (expostas no livro) pertencente à primeira fase da arquitetura de café. As outras construções existentes na fazenda são mais recentes, portanto concluímos que não possuem valor patrimonial. A arquitetura da primeira fase do café é marcada pela ausência de adornos, ausência de varandas, simetria das esquadrias, planta baixa parecida com a planta baixa da casa bandeirista (tripartida e simplificada), esquadrias com folha cega ao invés de veneziana. Nesta seção, temos uma breve análise de cada característica original da época de construção da casa, ou seja, características intactas, que não tiveram alteração. 2.5.1.A sede da Fazenda Santa Gemma

Figura 18 A - Mapa da Fazenda Santa Gemma mostrando as construções existentes (arquivo pessoal)

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Podemos dizer que a sede da fazenda (exibida na Figura 18 como número 2) teve duas fases, uma quando foi construída e a segunda na década de 40 quando sofreu alterações. Como já dito, supomos que a sede foi construída entre 1860 e 1890, portanto carrega as características da primeira fase da arquitetura do café. As alterações feitas na década de 40 são perceptíveis. 2.5.1.1.Planta baixa A disposição atual da sede é a da Figura 20. Uma varanda na frente da casa e uma ao fundo, suíte, capela, sala de TV, sala central, três quartos, cozinha, despensa, banheiro social. Porém, antes das alterações a casa não possuía banheiros e varandas. O que hoje é a despensa antes era aberto. A suíte era uma sala, e onde estão o banheiro e a capela era um cômodo único. A área no fundo da casa, onde tem as fornalhas e o tanque, não era coberta, era fechada apenas com uma mureta (existente até os dias atuais). Na década de 40 que esta área passa a ser coberta. Esta disposição original da casa está exposta na Figura 21. A casa possui uma pia na sala central original de sua época. As fornalhas e o tanque existentes na varanda ao fundo da sede são originais da época da construção da casa. Podemos notar estas Figura 18 B - Mapa da Fazenda Santa caracterísGemma mostrando as construções existicas na Fitentes (arquivo pessoal)

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Figura 21 - Planta antiga da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal) Figura 20 - Planta baixa atual da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

gura 19. Notamos uma grande semelhança entre a planta da casa bandeirista exposta na Figura 22 e planta original da sede da fazenda. Ambas são tripartidas (área comum, área restrita e área de serviço), com uma sala central comum e os demais cômodos ocorrendo ao redor desta sala. A partir desta semelhança e da época em que a casa foi construída podemos chegar a uma suposição das funções de cada cômodo, como vemos na Figura 23. A tripartição da casa está exposta na Figura

Figura 22 - Planta da casa bandeirista (Benincasa, 2003)

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Figura 14 – Visão serial da sede da Fazenda Santa Gemma


emma como patrimônio material

Figura 15 – Planta atual da sede (déc. 40)

Notamos estas a década de 40 nas figuras envolvem conversões de varandas. Assim como as primeira fase da arquitet planta original da sede Santa Gemma possui semelhança com a pla bandeirista exposta na Ambas são tripartidas ( área restrita e área23 de Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico uma sala central comum Figura 19 - Visão serial da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)


Figura 24 - Planta original da seda da Fazenda Santa Gemma mostrando a tripartição da mesma (arquivo pessoal)

Figura 23 - Planta baixa original da sede da Fazenda Santa Gemma com suposição de ambientes (arquivo pessoal)

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2.5.1.2.Portas As portas da sede da Fazenda Santa Gemma são as originais da época de construção. Todas com duas folhas cegas de madeira e largura variando entre 1,10m e 1,15m. A altura das portas é de 2,50m, com exceção da porta da sala central para a cozinha, que é de 2,10m. Na visão serial da Figura 19, podemos ver algumas das portas da casa. 2.5.1.3.Janelas As janelas, assim como as portas, são originais da época de construção da casa e pos24

suem duas folhas cegas de madeira (característica típica da época). Todas as janelas são do mesmo tamanho, com exceção das janelas da cozinha. Na Figura 19 podemos ver algumas destas janelas. 2.5.1.4.Estrutura A estrutura de fundação da casa é feita de pedra e depois, as paredes, autoportantes, são feitas no tijolo. Podemos notar essa base de pedra a partir de um descascado no porão, na Figura 25. A fundação de pedra e as paredes autoportantes são típicas da primeira fase da arquitetura do café. 2.5.1.5.Piso O piso das salas e dos dormitórios é assoalho, original da época de construção. A área de serviço, originalmente, é feita com piso de

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cimento queimado e de tijolos, porém houve alterações. Na década de 40 alguns pisos foram alterados, como podemos ver na Figura 27. Na Figura 26 e na Figura 27 podemos notar as alterações feitas nos pisos na década de 40. O assoalho que hoje existe na casa é o original da construção (temos certeza disto a partir da estrutura do piso, que é típica da época, notada na Figura 28).

Figura 26 - Planta baixa com marcações do piso original da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal) Figura 25 - Foto do porão da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

2.5.1.6.Forro A sede da Fazenda Santa Gemma tinha forro de madeira em toda a sua parte interna, com exceção da cozinha (que não possuía forro).

Figura 28 - Foto da estrutura do assoalho, tirada do porão da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

Figura 27 - Planta baixa com marcações do piso atual da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Porém, em função da deterioração, em alguns locais o forro foi retirado e refeito. Na Figura 29 podemos ver como está o forro atualmente. A sala central da casa hoje se encontra sem forro, foi preciso retirar o forro original devido à degradação e permaneceu sem o mesmo (Figura 30). O forro original pode ser visto na Figura 31. 2.6.Projeto e planejamento de hotéis 2.6.1.O planejamento Ao escolher um empreendimento hoteleiro, deve-se fazer um estudo de mercado. Em seguida, o estudo de viabilidade econômico-financeira, o estudo de localização, tanto em escala regional quanto em escala urbana, e, por fim, o estudo de viabilidade para terreno

Figura 29 - Planta baixa da sede da Fazenda Santa Gemma com marcações do forro (arquivo pessoal)

Figura 30 - Foto da sala central da sede da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

Figura 31 - Foto da capela da sede da Fazenda Santa Gemma, nesta foto podemos ver o forro original da época da construção da casa (arquivo pessoal)

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específico (Andrade, et al., 2014). Sendo eles, conforme o autor: • Estudo de mercado: compara a demanda por hospedagem com a oferta (rede hoteleira existente) e busca identificar os segmentos de mercado não atendidos, de maneira que a implantação do hotel em estudo venha a significar a ampliação da oferta existente. • Estudo de viabilidade econômico-financeira do empreendimento: cabe ao estudo de viabilidade econômica analisar a rentabilidade (taxa de retorno do investimento) e ao estudo de viabilidade financeira, verificar os fluxos de caixa necessários e disponibilidade de capital para levar o empreendimento adiante. • Estudo de localização em escala regional: deve-se partir de uma tipologia já determinada para o empreendimento hoteleiro, de uma avaliação suficiente da demanda potencial para o empreendimento e de uma estratégia de captação dessa demanda.

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• Estudo de localização em escala urbana: a escolha de um local para empreendimento hoteleiro em determinada cidade dependerá de fatores que variam ou tem pesos diferentes em relação ao tipo específico de hotel que se pretende instalar. • Estudo de viabilidade para terreno específico: para saber se determinado terreno é adequado à implantação de determinado hotel, é preciso verificar se ele se enquadra nos critérios de macrolocalização necessários ao tipo de hotel prefixado, isto é, se a posição relativa do terreno no bairro e na cidade oferece as vantagens de localização requeridas, inclusive no que diz respeito às redes de infraestrutura urbana. 2.6.2.Tipos de Hotel Focalizemos agora nos tipos de hotel. Hoje os tipos de meios de hospedagem: são hotel, resort, hotel fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart-hotel (Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem - SBClass). Sendo eles: • Hotel: estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertado em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes, mediante cobrança diária. • Resort: hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio empreendimento. • Hotel Fazenda: localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo. • Cama e Café: hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços

de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida. • Hotel Histórico: instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida. • Pousada: empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em prédio único com até três pavimentos ou contar com chalés ou bangalôs. • Flat/Apart-hotel: constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e arrumação. As matrizes de classificação de meios de hospedagem do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass)3, indicam as seguintes categorias: • Hotel: 1 a 5 estrelas. • Resort: 4 a 5 estrelas. • Hotel Fazenda: 1 a 5 estrelas. • Cama e Café: 1 a 4 estrelas. • Hotel Histórico: 3 a 5 estrelas. • Pousada: 1 a 5 estrelas. • Flat/Apart-hotel: 3 a 5 estrelas. 2.6.3.O projeto 3 O novo Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass) foi desenvolvido pela parceria entre o Ministério do Turismo, o Inmetro, a Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM) e a sociedade civil. Adotado como estratégia para o país, o SBClass vem para aumentar a competitividade do setor. Foram estabelecidos sete tipos de meios de hospedagem neste sistema, sendo eles: hotel, resort, hotel fazenda, cama & café, pousada, flat/apart-hotel e hotel histórico. Com categorias variadas entre uma a cinco estrelas (Ministério do Turismo - MTUR). Está disponível para consulta no site do Ministério do Turismo.

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O projeto de um hotel inclui a definição de 2.6.3.1.Áreas de hospedagem: áreas e dos requisitos de instalações, a monAs configurações de um andar-tipo de hostagem de diagramas funcionais, gerais e par- pedagem vão variar principalmente em função ciais, e definição do partido básico de arquite- de: tura (Andrade, et al., 2014). O autor divide os • O tipo de corredor; hotéis em sete áreas básicas, são elas: • A forma e a disposição das alas de apar• Área de hospedagem (andar-tipo, apartamentos (em forma de quadrado, círcutamentos e suítes); lo, cruz, estrela, com átrio, etc.); • Áreas públicas e sociais (lobby, salas de • A posição no andar das circulações verestar, sala de TV, sala de leitura, restauticais (escadas e/ou elevadores) de hósrantes, bares, salas de reunião, salão de pedes e de serviços. (Andrade, et al., 2014) eventos, áreas recreativas, etc.); Na Figura 32 notamos o diagrama funcio• Áreas administrativas (recepção, gerên- nal de um andar-tipo de hospedagem proposto cias, reservas, marketing, contabilidade, pelo autor. recursos humanos, etc.); 2.6.3.2.Áreas públicas e sociais • Área de recebimento (espaço para maNo projeto do lobby (Figura 33) é importante nobras e estacionamento de caminhões considerar(Andrade, et al., 2014): e outros tipos de veículos, docas e área • Espaços para circulação de hóspedes de triagem); entre a entrada, a recepção e os eleva• Áreas de serviço (lavanderia, vestiários, dores sociais; manutenção, depósitos, etc.); • Espaço na recepção para que grupos • Áreas de alimentos e bebidas (pré-prede pessoas e suas bagagens possam paro, câmaras frigoríficas, almoxarifado, aguardar os procedimentos de check-in cozinha principal, cozinha de banquetes, ou check-out; etc.); • Áreas de estar para hospedes e visitan• Áreas de equipamentos (central de água tes; gelada, subestação, quadros de medição, grupo motor-gerador, casa de bombas de recalque, caldeiras, etc.); O conteúdo e o dimensionamento de cada área vão variar conforme o tipo de hotel selecionado. Entretanto, o autor faz um “diagrama funcional-tipo” para cada uma delas. Veremos a seguir as essenFigura 32 - Diagrama funcional de um andar-tipo de hospedagem (Andrade, et al., ciais para este projeto. 2014)

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• Tratamento de interiores, com iluminação natural e/ou artificial, com elementos naturais, como vegetação e água. (Andrade, et al., 2014) Os bares e restaurantes (Figura 34) devem ser estrategicamente localizados e dimensionados. Os restaurantes devem ser projetados quanto: • Ao tratamento dos interiores; • Ao arranjo de mesas; • Ao correto dimensionamento dos espaços para mesa e circulação conforme o padrão do hotel e do restaurante; • Ao tipo de mobiliário; • A iluminação; • A acústica. As áreas de eventos (Figura 35) devem ser providas de fácil acesso e saídas de emergência. São compostas, normalmente, por(Andrade, et al., 2014): • Salas e/ou salões; • Foyer;

Figura 34 - Diagrama funcional para bares e restaurantes (Andrade, et al., 2014)

• Instalações de apoio e serviços (constituídas por administração de eventos, chapelaria, sanitários, cabines de projeção e de tradução simultânea, cozinha ou copa de distribuição e depósito de móveis. As áreas recreativas (Figura 36) são particularmente dependentes da localização, do tipo, do padrão e do porte do hotel, portanto acaba não sendo possível tratá-las de modo genérico. 2.6.3.3.Áreas administrativas As áreas administrativas (Figura 37) podem ser divididas conforme seu relacionamento com hóspedes, público, fornecedores, e funcionários. Estas divisões Figura 33 - Diagrama funcional do Lobby (Andrade, et al., 2014) são(Andrade, et al., 2014):

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Figura 35 - Diagrama funcional da área de eventos (Andrade, et al., 2014)

namizando ainda mais o turismo na cidade de Franca – SP e região, de promover o desenvolvimento regional e de preservar o patrimônio material e imaterial existentes na fazenda. O estudo de mercado para um empreendimento hoteleiro proposto por Andrade compara a demanda por hospedagem com a oferta (Andrade, et al., 2014). Portanto, temos

• Gerência • Setores de vendas • Setores de contabilidade • Setor de compras • Setor de protocolo • Ambulatório 2.7.Primeiras diretrizes projetuais para o empreendimento hoteleiro A implantação de um empreendimento hoteleiro na Fazenda Santa Gemma possui o potencial de atrair turistas, di-

Figura 36 - Diagrama funcional das áreas recreativas (Andrade, et al., 2014)

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Figura 37 - Diagrama funcional da área administrativa (Andrade, et al., 2014)2014)

que Franca e região possuem relevante demanda em turismo, como visto nos itens acima. Além disso, entre os segmentos de turismo que mais se destacam na região estão o turismo rural e o turismo cultural. Segmentos estes em que se encaixará o nosso hotel fazenda, pois o mesmo por si só já é turismo rural e por haver toda a preservação do patrimônio acima exposto (material e imaterial) se torna também turismo cultural. A cidade de Franca

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possui intenso fluxo de turistas de negócios, porém não há algo que os convide a permanecer na mesma, tornando este turismo, de fato, apenas de negócios. O hotel fazenda, então, será a ampliação de uma oferta existente4. A potencialidade turística da região de Franca é um ponto positivo no estudo da localização

de terreno específico, temos um terreno extremamente viável. Para que haja maior atração de turistas, podendo ter nível inclusive internacional, decidimos projetar um hotel fazenda cinco estrelas, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem. Um hotel fazenda

Figura 38 - Mapa do Google Earth mostrando a localização da Fazenda Santa Gemma em relação à cidade de Franca

em escala regional e urbana. Além de a região possuir demanda para o turismo, a Fazenda Santa Gemma se localiza a 7 Km do centro da cidade de Franca (Figura 38), “carro chefe” da região administrativa, na Rodovia João Traficante sentido Ibiraci - MG. A Fazenda Santa Gemma possui atividade agropecuária (criação de gado gir leiteiro e gado de corte, plantação de milho e plantação de eucalipto), o que se faz necessário para a categoria de hotel escolhida. A mesma também é dotada de patrimônio histórico e cultural, material e imaterial, que precisa ser exposto para a população, de modo que seja preservado. Portanto, em relação ao estudo de viabilidade 4 A oferta existente é o turismo de negócios que já existe intensamente na cidade de Franca, e a ampliação se dá no momento em que o hotel fazenda atrai estes turistas fazendo com que os mesmos permaneçam na cidade e possam usufruir também do lazer.

cinco estrelas deve seguir os requisitos mandatários desta classificação expressos nas Matrizes de Classificação de Meios de Hospedagem. Os requisitos que interferem no programa preliminar deste hotel, portanto, são: • Para áreas comuns: área de estacionamento; jardim; área ou local específico para serviço de portaria; área ou local específico para serviço de recepção;local para guarda de bagagens; banheiros sociais (separados entre feminino e masculino) com ventilação (natural ou forçada); sala de estar com televisão; espaço para leitura; salão para eventos; salão de jogo;piscina;equipamentos esportivos; instalações para recreação de crianças; • Para unidades habitacionais: área útil da unidade habitacional, exceto o ba-

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nheiro, com 15 m²; banheiros com 3,5 m²; armário, closet ou local específico para a guarda de roupas; porta mala ou local apropriado para abrir a mala; poltrona, cadeira de braço ou sofá; mesa com cadeira; mini refrigerador; quatro amenidades no mínimo; • Para alimentos e bebidas: restaurante com número de lugares correspondente a pelo menos 50% da capacidade máxima de hóspedes; Outro fator que temos como diretriz projetual é a adaptação do hotel à topografia e à paisagem, para que haja benefícios no custo, em relação à topografia, e para que o hotel não se sobressaia à paisagem do local e às construções existentes. 2.8.Referências Projetuais 2.8.1.Paço de Pombeiro Manor House

plantação de uva. A construção já existente é datada de 1610, foi mantida e utilizada como a principal área do hotel. No entorno desta foram feitos blocos anexos com os quartos para os hóspedes. Podemos relacionar com o nosso projeto devido à existência de um patrimônio material na Fazenda Santa Gemma e que deve ser preservado (a sede da fazenda). Portanto, a leitura projetual será focada na relação entre o novo e o existente que se tem nesse projeto. 2.8.1.2.Contextualização O Paço de Pombeiro era apenas uma torre, fundada em 1163. Em 1610 o dono, àquela época, Dom João de Mello Peireira de Sampaio demoliu a torre pela metade para com a pedra dela construir uma sala ao lado. Esta, portanto, é a configuração que se mantém. Hoje este imóvel é de interesse municipal e está em vias de classificação pelo Instituto de

Tabela 1 - Projeto de referência - Paço de Pombeiro Manor House / Ezzo (Archidaily, 2009)

2.8.1.1.Motivo da Escolha O Paço de Pombeiro Manor House, exposto na Tabela 1, é uma importante referência para nosso projeto, pois, além de se adequar à topografia, o projeto é um hotel fazenda e ocorre no entorno de uma construção antiga existente. O hotel se localiza em uma fazenda de 10 hectares e a maior parte dela é utilizada para a 32

Gestão do Patrimônio Arquitetônico e Arqueológico – IGESPAR. O local foi transformado em hotel fazenda e as novas construções foram projetadas de forma que sejam diferenciadas das construções já existentes, para que o Paço de Pombeiro não perca sua história. A leitura projetual será focada nesta relação do antigo, existente, com

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o novo. A relação entre o patrimônio histórico e cultural e o anexo construído. 2.8.1.3.Volumetria O anexo novo é projetado na cota mais baixa do terreno, realçando o existente (Figura 39). A parte aparente do novo anexo são essas torrinhas vermelhas que fazem uma releitura da antiga torre do Paço de Pombeiro. O restante da construção nova fica imersa no terreno. Portanto, a volumetria do novo anexo está fortemente condicionada ao existente e é sutil e delicada, de forma que não ofusque o existente. A diferença de nível entre a construção existente e o novo anexo é notória nos cortes da Figura 40. Na Figura 41, notamos a diferença de escala entre o antigo e o novo. 2.8.1.4.Materialidade A intenção dos arquitetos na materialidade é diferenciar o novo do velho e ao mesmo tempo camuflar o novo na paisagem. A materialidade do novo anexo se aproxima da textura e cor do terreno após as escavações pra a construção

(Figura 42 e Figura 43). Já a construção antiga é de pedra (Figura 44). Então, os dois materiais se distinguem bastante tornando perceptível o que já existia e o que é novo. Em toda intervenção que foi feita foi utiliza-

Figura 40 - Cortes do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

do o concreto nesta tonalidade avermelhada, o novo anexo (Figura 46), a piscina (Figura 46), a circulação até a antiga construção (Figura

Figura 39 - Imagem mostrando a volumetria do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

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44), o muro de arrimo (Figura 45). Como fechamento, foi utilizado, no anexo

Figura 46 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 41 - Perspectiva do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 47 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 42 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 48 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 43 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

novo, o vidro fumê. Na construção existente (Figura 42 e Figura 47), em locais que houve a necessidade de fechar (Figura 48), foi utilizado o mesmo material. 2.8.1.5.Partido Arquitetônico O partido arquitetônico dos arquitetos foi

Figura 44 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

Figura 45 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

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Figura 49 - Foto do Paço de Pombeiro Manor House (Archidaily, 2009)

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deixar explícito o que é antigo e o que é novo, como visto na volumetria e materialidade, para que a história do local não fosse perdida. E ao mesmo tempo camuflar o novo, para que ele não se sobressaísse à construção existente (Figura 49). 2.8.2.The Stork Nest Farm

A leitura projetual, portanto, será focada neste aspecto que relaciona o “patrimônio cultural” existente (as cegonhas que se instalaram a 100 anos na fazenda) com a nova instalação. 2.8.2.2.Contextualização The Stork Nest Farm é a revitalização de uma fazenda abandonada. A fazenda é do século XIX e estava abandonada quando o atual

Tabela 2 - Projeto de referência - The Stork Nest Farm / SGL Projektsro (Archidaily, 2009)

2.8.2.1.Motivo da Escolha The Stork Nest Farm, exposto na Tabela 2, é a revitalização de uma fazenda para congresso, apresentação da empresa, realização de eventos corporativos e de lazer. Foi projetado a partir de uma releitura de um ninho de Cegonha, pois quando a fazenda foi comprada, em 2006, ela estava abandonada e os únicos moradores eram cegonhas. Estas cegonhas se instalaram na fazenda em 1926 e por lá ficaram. Devido a este fato, os arquitetos fizeram esta proposta de usar as cegonhas como o partido de sua obra. Portanto, é uma importante referência para o nosso projeto, pois o partido proposto pelos arquitetos é proveniente de algo que já existia na fazenda, que pode ser enxergado como um patrimônio. Em nosso projeto podemos, por exemplo, tomar como partido a criação do gado Gir, que é o patrimônio imaterial existente na Fazenda Santa Gemma.

dono comprou. Desde 1926 cegonhas se instalaram na chaminé da destilaria da fazenda, e até os dias atuais elas migram da África para lá para a procriação. Os arquitetos ficaram deslumbrados com a fidelidade das cegonhas, por estarem a tantas gerações migrando para lá para a procriação, e decidiram que preservariam as cegonhas no local. Hoje a fazenda é um hotel fazenda e seu “edifício” central é uma arena para equitação. Nesta arena os arquitetos tomaram como partido o ninho das cegonhas que vivem lá há quase noventa anos, para que fosse preservada esta história que eles acharam tão bonita. Ainda havia na fazenda edifícios do século XIX também, alguns foram preservados e restaurados, mas outros estavam em condições péssimas e foram demolidos. No lugar destes que foram demolidos foram construídos novos

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edifícios (Figura 50). 2.8.2.3.Volumetria Como vemos na Figura 51, o volume da arena é literalmente em forma de ninho. É circular e a materialidade lembra os gravetos do próprio ninho. Enquanto os outros edifícios têm uma volumetria tradicional, tanto os antigos quanto os novos, linear, racional, a arena carrega uma volumetria “inovadora” diante dos demais (Figura 52). 2.8.2.4.Materialidade A estrutura da arena é feita de madeira laminada colada e coberta com placas de policar-

Figura 52 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

Figura 53 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

Figura 50 - Foto aérea do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

2.8.2.5.Ventilação e iluminação natural As toras de carvalho, além de remeteram ao ninho das cegonhas, preservando esta história que lá ocorreu, servem como brises (Figura 56), impedindo o sol de incidir diretamente na arena. Como vemos no esquema da Figura 56, a

bonato translúcido (Figura 53), proporcionando iluminação natural. O revestimento é feito de toras de carvalho, que dá o aspecto de ninho (Figura 54 e Figura 55). Figura 55 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

Figura 51 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

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(que funciona como uma clarabóia). O revestimento

Figura 54 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

ventilação entra pelas portas de acesso da arena e saem pela cúpula de policarbonato

Figura 58 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

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Figura 59 - Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 56 - Sistema de ventilação e iluminação natural do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

existente no local. Os arquitetos entenderam que seria interessante fazer esta releitura (Figura 57) para que a história das cegonhas na fazenda nunca morresse, ficasse sempre preservada. E a partir desta premissa chegaram na arena de equitação, que é um “ninho gigante” de cegonha (Figura 69).

Figura 57 - Foto do The Stork Nest Farm (Archdaily, 2012)

interno, feito de placas de policarbonato translúcido, permite a iluminação natural do local. 2.8.2.6.Partido Arquitetônico

2.8.3.Remota Hotel na Patagônia 2.8.3.1.Motivo da escolha O Remota Hotel na Patagônia, exposto na Tabela 3, além de ser um hotel (podendo ser referência no programa do edifício), é extremamente adaptado à paisagem e à topografia. Através da materialidade, o concreto e o telha-

Tabela 3 - Projeto de referência - Remota Hotel in Patagonia / German del Sol (Archidaily, 2014)

O partido arquitetônico adotado pelos arquitetos foi justamente o ninho das cegonhas

do verde, o arquiteto consegue fazer com que o hotel se “camufle” na natureza.

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É uma solução adequada para nosso projeto de hotel fazenda, adaptá-lo à topografia e à paisagem. A disposição em retas do Remota Hotel e o telhado verde são elementos que podemos utilizar no projeto do hotel fazenda. 2.8.3.2.O programa O hotel (como vemos na Figura 61) é disposto em um volume principal para as áreas comuns e sociais e para a área destinada a serviços, dois outros volumes para a área de hospedagem e, por último, um volume para a área recreativa, composta por sauna e piscina (Figura 69). Portanto, são dois blocos para áreas privadas, um bloco para área pública e um bloco para área pública e de serviço (Figura 62). No primeiro pavimento do volume principal (conforme Figura 63), na área destinada aos hóspedes, temos: recepção, estar (Figura 66),

Figura 62 - Planta Geral do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

banheiros, bar e restaurante (Figura 70). Já na área destinada aos funcionários temos: serviço, administração, banheiros e refeitório. O estacionamento do hotel (Figura 60) se encontra

Figura 63 - Planta do primeiro pavimento do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 60 - Implantação do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 64 - Planta do segundo pavimento do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 61 - Planta Geral do Remota Hotel na Patgônia (Archdaily, 2014)

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próximo à entrada, onde estão localizados o estar e a recepção.

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Figura 69 - Foto da piscina do hotel Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 65 - Planta de dois dormitórios-tipo do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

No segundo pavimento do volume principal (Figura 64), na área destinada aos hóspedes, temos: sala de descanso/leitura (Figura 68), restaurante e estar (Figura 66). E na área destinada a funcionários temos ainda administração. Figura 66 - Foto do estar do ReOs dormitórios mota Hotel na Patagônia (Arch(Figura 67) são daily, 2014) compostos por banheiro e closet (Figura 65). A cada dois dormitórios tem-se um bloco hidráulico com dois banheiros, um para cada dormitóFigura 67 - Foto de um dormitório do rio.

Figura 70 - Foto do restaurante do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

2.8.3.3.Acessos e circulação Na Figura 82 temos demarcadas a via de acesso ao hotel, a entrada principal do hotel (Figura 81), a circulação de acesso aos dormitórios (Figura 82) e a circulação de acesso à área recreativa. Nas Figura 72 e Figura 73 temos a circu-

Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 71 - Implantação do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 68 - Foto da sala de descanso/ leitura do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

lação do volume principal do hotel, tanto dos hóspedes quanto a circulação de serviço, a porta de entrada do hotel e a porta de acesso aos dois blocos de hospedagem. Notemos nas Figura 74, Figura 75, Figura 76, Figura 77 e

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Figura 76 - Corte CC do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 72 - Planta do primeiro pavimento do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 77 - Corte DD do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 73 - Planta do segundo pavimento do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 78 - Corte EE do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 74 - Corte AA do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 75 - Corte BB do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 78 que não há um bloco único de circulação vertical, são várias circulações verticais, tanto de hóspedes quanto de serviço. As circu40

lações verticais se dão apenas através de escadas, não incluem rampas e elevadores. Na Figura 79 temos a circulação da área de hospedagem, o acesso à área de hospedagem e o acesso à área recreativa. Ambos são lineares. A área de hospedagem possivelmente é composta por dois pavimentos, porém não temos desenhos técnicos que mostrem esses pavimentos e nas plantas não é possível identificar

a circulação vertical. Entretanto, na Figura 83 conseguimos visualizar uma escada no bloco de hospedagem. Por fim, na Figura

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80, temos a circulação do dormitório propriamente dito.

Figura 83 - Foto de um dos blocos de área de hospedagem do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 79 - Planta geral da área de hospedagem do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

2.8.3.4.Aberturas As aberturas da área de serviço do volume

Figura 80 - Planta de dois dormitórios-tipo do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 84 - Planta do volume principal do Remota Hotel na Patagônia e fotos das fachadas do mesmo (Archdaily, 2014) (Remota Hotel , 2006)

principal são regulares, já as aberturas das áreas comuns e sociais são irregulares dando forma peculiar à fachada do mesmo, como ve-

Figura 81 - Foto da porta de Figura 82 - Foto do corredor entrada do Remota Hotel na de acesso às áreas de hosPatagônia (Archdaily, 2014) pedagem do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 85 - Elevação oeste do volume principal do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

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mos na Figura 84. Estas são várias pequenas aberturas que formam um plano, e vários planos formam a fachada (Figura 85). As aberturas do volume constituído pela sauna e pela piscina também são irregulares (Figura 86), porém mais regulares do que as aberturas das áreas comuns e sociais do voluFigura 88 - Elevação norte geral e elevação sul geral do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2012)

Figura 86 - Planta da área recreativa do Remota Hotel na Patagônia e fotos da mesma (Archdaily, 2014) (Remota Hotel , 2006)

me principal. As aberturas dos corredores de acesso (Figura 87 e Figura 88) às áreas de hospedagem e ao bloco piscina/sauna são irregulares, seguem a mesma linguagem das aberturas das áreas comuns e sociais do volume principal, porém são menores. Enquanto o plano da fachada do volume principal é composto por várias pequenas aberturas, o plano destes corredores é composto por apenas uma pequena

Figura 89 - Planta geral do Remota Hotel na Patagônia e fotos da circulação das áreas de hospedagem do mesmo (Archdaily, 2014)

Figura 90 - Elevação norte geral do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 87 - Planta geral do Remota Hotel na Patagônia e fotos dos corredores de acesso à área de hospedagem e à área recreativa do mesmo (Archdaily, 2014)

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abertura. As aberturas do corredor de circulação dos dormitórios (Figura 89) são irregulares e acompanham a linguagem das aberturas do volume principal, dando forma peculiar à fachada (Figura 90). As aberturas dos dormitórios (Figura 91) são regulares e com características mais comuns, padronizando mais as aberturas na

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Figura 91 - Planta geral do Remota Hotel na Patagônia e fotos das aberturas dos dormitórios do mesmo (Archdaily, 2014)

Figura 94 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 92 - Elevação oeste geral do Remota Hotel na Patagô- Figura 95 - Foto da piscina do Remota Hotel na Patagônia nia (Archdaily, 2014) (Archdaily, 2014)

fachada (Figura 92). 2.8.3.5.Materialidade O arquiteto utiliza materiais que fazem com que o hotel se misture à paisagem. Utiliza coberturas verdes (Figura 93), concreto (Figura 94) e vidro. A cobertura verde é feita com a mesma grama selvagem que existe no local, portanto o edifício se mescla na paisagem. O concreto

Figura 96 - Foto da sala de descanso/ leitura do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

rem irregulares, remetem às cercas das fazendas da Patagônia, e pelo aspecto do material também se mescla com a

natureza. Os planos de vidro utilizados permitem a Figura 97 - Foto do estar do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 93 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

é utilizado tanto na estrutura quanto como material de acabamento. As fachadas possuem “pérgolas” irregulares de concreto que, por se-

Figura 98 - Foto do restaurante do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

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Figura 99 - Implantação do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

continuidade do externo no interno, como visto nas Figura 95, Figura 96, Figura 97 e Figura 98. 2.8.3.6.Volumetria A volumetria de cada edifício é sutil, de

modo que, por mais que tenham mais de um pavimento, não se destacam na paisagem do local. São produzidos em “retas” (Figura 99). Como visto na Figura 100, duas retas distintas entre si para os dormitórios. O volume principal também está disposto em duas retas, porém elas se tangenciam. Uma delas é destinada ao serviço, a outra destinada aos hóspedes e o local em que se tangenciam foi destinado ao restaurante. Os corredores de acesso às áreas de hospedagem e à área recreativa também são lineares, conforme Figura 101. 2.8.3.7.Partido arquitetônico O arquiteto tem como partido a topografia,

Figura 100 - Croqui do Remota Hotel na Patagônia e planta do volume principal do mesmo (Archdaily, 2014) (Remota Hotel , 2006)

Figura 101 - Fotos do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

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Figura 102 - Fotos do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 103 - Fotos do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

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a paisagem e as fazendas locais. Ele projetou o hotel adaptado à topografia, de modo que as retas dos edifícios, expostas no item volumetria, acompanham as curvas de nível. A inser-

remetendo às cer-

Figura 107 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Figura 104 - Fotos do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

cas das fazendas da Patagônia. Esta mesma materialidade, o concreto, também faz leitura das rochas e montanhas

ção na paisagem foi feita a partir da sutileza da volumetria e da materialidade. E quanto às fazendas locais o arquiteto, na releitura das mesmas, utilizou a materialidade e a linguagem das fachadas. Nas figuras 105, 106, 107 e 108 notamos a linguagem e a materialidade das fachadas

Figura 108 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014) Figura 105 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

locais.

Figura 106 - Foto do Remota Hotel na Patagônia (Archdaily, 2014)

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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Figura 109 - Mapa topográfico da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Figura 110 - Mapa topográfico da Fazenda Santa Gemma com demarcações (arquivo pessoal)

3. Proposta projetual 3.1.As condições do local – A Fazenda Santa Gemma

3.1.1.Topografia A fazenda é composta por vários tipos de relevo. Na Figura 109 temos o mapa topográfico

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Figura 111 - Mapa de declividade da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico


Figura 112 - Mapa da Fazenda Santa Gemma mostrando a insolação (arquivo pessoal)

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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da fazenda, que nos mostra como que acontece o relevo ao longo da mesma. Já na Figura 110 temos uma leitura deste mesmo mapa, na qual podemos notar a presença de fundo de vale, furna, morrote, área mais plana e área intermediária. Temos também, na Figura 110, a marcação da área mais alta e da área mais baixa da fazenda. Em se tratando de topografia, o melhor local para a implantação de um edifício é em uma área mais plana, para que não haja tanto desnível no projeto de tal. Até mesmo por questões de custos a implantação de um edifício em uma área mais plana é mais bem sucedida, pois não há exacerbada movimentação de terra. Podemos ver na Figura 111 as áreas da Fazenda Santa Gemma com menor declividade, que são as áreas pintadas em amarelo e amarelo claro. 3.1.2.Estudo de insolação O sol, como vemos na Figura 112, percorre um caminho da esquerda para a direita. Logo, o sol da manhã tem incidência da esquerda para a direita e o sol da tarde tem incidência da direita para a esquerda. 3.1.3.Vegetação e Hidrografia Como vemos na Figura 113, a fazenda possui vegetação concentrada ao longo do curso d’água. Este curso d’água delineado no mapa é um córrego, que nasce na própria fazenda, e ao longo de seu curso possui três cachoeiras, uma de pequeno porte e as outras duas de médio porte. Estas cachoeiras acontecem mais próximas à área da furna, pois é onde a topografia é mais acidentada. A vegetação existente na Fazenda Santa Gemma é conseqüência da Reserva Legal5 e 5 Reserva Legal: Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a rea50

da Área de Proteção Permanente6 (APP). 3.1.4.Cultivos As atividades agropecuárias da Fazenda Santa Gemma são: plantação de milho, plantação de eucalipto, gado de corte e gado Gir de leite. A área mais acidentada, topograficamente falando, da fazenda é a furna. A furna é destinada à plantação de eucalipto, devido à sua topografia. A área em que se encontra a plantação de milho é mais plana, sendo assim mais propicia para o cultivo. E ao lado da plantação de milho, tem outra plantação de eucalipto que é composta por eucaliptos de 60 anos de idade. As demais áreas da fazenda são resignadas às pastarias, pois a maior atividade da Fazenda Santa Gemma é o gado de corte e o gado de leite. Todas estas características notamos na Figura 103. Em relação ao cultivo, é melhor que o hotel seja implantado em um local que não haja plantação específica, para que a mesma não seja perdida. Ou seja, devemos evitar a área do milho e a do eucalipto. A área de vegetação também não pode ser utilizada, por ser área de APP e Reserva Legal. Portanto, nos restas as áreas de pastagem. Na Figura 115 temos a organização espacial das atividades da fazenda separadamente (todas as atividades em relação ao gado, à serraria), para que possamos entender melhor como a fazenda funciona e como isto influenciará na implantação do hotel. 3.1.5.Acesso e circulação bilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa (Código Florestal , 2012). 6 Área de Proteção Permanente (APP): Área protegida por lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar: os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas (Código Florestal , 2012).

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Figura 113 - Mapa da Fazenda Santa Gemma com a marcação da vegetação existente e do curso d’água existente (arquivo pessoal)

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Figura 114 - Mapa demonstrando o cultivo de cada área da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Vias de circulação Hidrografia Vegetação Serviços de serraria Cuidados com os animais

Plantação de eucalipto

Alimentação de animais com silo Serviços de retiro de leite

Pasto para engorda de gado de corte

Pasto para engorda (corte) e cria (gir)

Pasto para a tropa e engorda de gado de corte Plantação de eucalipto

Plantação de milho (para alimentar o gado)

Maternidade

Curral Serraria

Pasto para recria (gir e girolando)

Pasto para vacas solteiras / estação de montas (gir e girolando)

Mangueiro p/ bezerros

Mangueiro p/ bezerros Retiro de leite

Pasto para manejo leiteiro

0

50 100

250

500

1000m

Figura 115 - Organização espacial das atividades da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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via, a circulação é feita por pequenas vielas ou pelas pastarias mesmo. 3.1.6.Construções existentes Como vemos na Figura 118, a fazenda possui duas colônias, uma sede (analiFigura 116 - Foto aérea mostrando a Faz. Santa Gemma em relação à cidade de Franca (Google Earth)

O acesso à Fazenda Santa Gemma se dá pela Rodovia João Traficante (MG-328), conforme Figura 116. É uma rodovia estadual de pista simples. A fazenda se situa a 7 km da cidade (contando a rodovia e a estrada de terra). A ligação entre a fazenda e a rodovia se dá por uma estrada de terra que podemos ver demarcada tanto na Figura 116 quanto na Figura 117. A circulação dentro da fazenda é objetiva. A mesma via que permite o acesso à Fazenda pela rodovia é a que percorre por toda a fazenda de forma linear. E para locais específicos mais afastados desta 54

Figura 117 - Mapa mostrando a circulação da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Figura 118 - Mapa da Fazenda Santa Gemma mostrando as construções existentes (arquivo pessoal)

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da Santa Gemma

m so

a s

e s a 12 – Mapa da Fazenda Santa Gemma com as construções existentes sado no item 2.5) com um curral anexado, dois colônias é bom, porém precisam de alguns reé Figura um curral separado e uma casa. paros. A casa é uma construção mais recente, é barracões, Os dois currais, tanto o anexado na sede portanto também se encontra em ótimas conem ótimas condi- dições. Um dos barracõesconstruções está em más condim quanto o separado, Para estão aproveitarmos as ções. A sede, como já analisada, está também ções, já o outro está em bom estado e é des5 existentes, como diretriz projetual em ótima condição. Outilizamos estado atual das duas tinado à serraria da Fazenda Santa Gemma. a 56 Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico á implantação do hotel fazenda ao redor das a mesmas, permitindo o bom funcionamento e a Figura 119 - Mapa da Fazenda Santa Gemma com as imagens das construções existenes (arquivo pessoal)


Figura 121 - Mapa síntese da Fazenda Santa Gemma (arquivo pessoal)

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Figura 7 – Foto antiga do gado Gir na Fazenda Santa Gemma

Figura 10 – Foto recente do gado Gir na Fazenda Gemma

construções existentes

as construções iretriz projetual a a ao redor das uncionamento e a 58

Hotel13 Fazenda Santa Gemma: turismo Santa rural e Gemma preservação do patrimônio histórico Figura – Visão serial da Fazenda

enda Santa Gemma como patrimônio material


a Santa

Visão serial A partir da visão serial da fazenda, exposta na figura 13, podemos perceber os pontos potenciais para o hotel. As vistas mais potenciais se encontram nas áreas mais altas. Adotamos, como diretriz, utilizar para a implantação as áreas que proporcionam as melhores vistas da paisagem do local.

Outras considerações Além destes levantamentos, fizemos o levantamento da atividade produtiva da fazenda, insolação, topografia, acesso e circulação, hidrografia, vegetação existente, áreas de Reserva Legal e APP, mapa de declividade. Com todas estas informações montamos um mapa síntese e tiramos diretrizes a partir deste também.

Figura 120 - Mapa da Fazenda Santa Gemma com a visão serial da mesma (arquivo pessoal)

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Na Figura 119 podemos ver as fotos de cada uma das construções acima citadas. 3.1.7.Vistas As vistas mais potenciais da fazenda se encontram nas áreas mais altas. Temos todas as vistas da Fazenda Santa Gemma exibidas na visão serial da Figura 120.

fazenda e as vistas que se tem da mesma são potenciais. A mata de eucalipto por perto também é potencial para esta área, pela sombra e pela beleza. E ainda, está próxima da circulação central e das construções existentes. A área 3 possui as mesmas características da área 2, porém a declividade predominante é

3.1.8.Conclusão Considerando todas as análises feitas (vistas, topografia, declividade, cultivo, vegetação existente, construções existentes, acessibilidade) temos três áreas mais apropriadas para a Figura 122 - Visão serial da área 1 - vista 1 (arquivo pessoal) implantação do hotel: área 1, área 2 e área 3 (expostas na Figura 121). de 1 a 2% e a mesma não está tão próxima à A área 1 possui declividade de 1 a 8% e mata de eucalipto. E, considerando as outras está localizada em uma das partes mais altas duas áreas, esta está em uma distância interda fazenda (o que nos permite potenciais pai- mediária às construções existentes. sagens). Porém, a mesma se encontra mais Para melhor entendimento das vistas que afastada da via central de circulação. Para se tem das três áreas foi feita uma visão serial se ter acesso a ela é preciso atravessar a vegetação existente. Uma fragilidade para esta área é que a mesma se encontra mais afastada das construções existentes. A área 2 também possui declividade de 1 a 8%, está localizada em uma das Figura 123 - Visão serial da área 2 - vistas 1 e 2 (arquivo pessoal) partes mais altas da 60

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Figura 124 - Visão serial da área 3 - vistas 1, 2 e 3 (arquivo pessoal)

para cada uma delas. Podemos ver as marcações das visões seriais no mapa da Figura 121 em verde e os desenhos estão expostos nas Figura 122, Figura 123, Figura 124 e Figura

as construções existentes e as três áreas que foram selecionadas para a implantação do hotel. Na Figura 126 temos os dois eixos definidores do projeto, em azul o curso d’água e em vermelho a circulação, e os bolsões ao seu redor. Entendemos que esta definição (os eixos e os bolsões) é o nosso partido para o projeto do hotel fa-

zenda. A partir do mapa na Figura 126, fizemos três opções de organização espacial. Todas elas acontecendo ao redor dos eixos e com um lago central. Cada uma delas tem particularidades em relação à ocupação, porém todas seguem o conceito de projeto de hotéis do item 2.6.3. A organização espacial 1 (Figura 127) se fragilizou por ter Figura 125 - Visão serial da área 3 - vistas 4 e 5 (arquivo pessoal) a área administrativa 125. entre a área de recepção/lobby e a área de eventos. Portanto, a eliminamos. E entendemos as organizações espaciais 2 e 3 (Figura 3.2.Primeiras propostas A partir do mapa síntese exposto na Figura 128 e Figura 129, respectivamente) como po121, notamos que temos dois eixos definido- tenciais. A partir das organizações espaciais 2 e 3 fires do projeto, a circulação e o curso d’água. Acontecendo em volta destes dois eixos temos zemos os desenhos em escala 1, referente à Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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Figura 126 - Mapa da Fazenda Santa Gemma com demarcação dos principais eixos e áreas (arquivo pessoal)

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primeira, e 2, referente à segunda. Ambos os desenhos têm os eixos definidores com as construções existentes entre eles. O desenho 1, como vemos na Figura 130, tem

3; a área de recepção/lobby próxima ao eixo de circulação; e, por fim, o lago entre todos os itens. As duas opções, para nós, são potenciais. Porém ambas ainda estão com as áreas (hospedagem, administrativa, eventos, recepção/lobby, restaurante, recreativa, construções existentes) dispersadas entre si. Os desenhos 3 (Figura 132) e 4 (Figura 133) são releituras dos desenhos 1 e 2, respectivamente, porém aproximando mais os blocos do hotel fazenda. AproxiFigura 127 - Organização espacial 1 do hotel fazenda (arquivo pessoal)

a seguinte disposição: a área de hospedagem na Área 2; a área de eventos e a hípica na Área 3; a área de recepção/ lobby interligando-as; o restaurante na Área 1; e, por fim, a área recreativa e o lago entre os outros itens e os eixos definidores. Já o desenho 2 (Figura 131), tem a seguinte disposição: a Figura 128 - Organização espacial 2 do hotel fazenda (arquivo pessoal) área de hospedagem e a área recreativa na Área 1; o restaurante e mando inclusive o novo do existente. a área de eventos na Área 2; a hípica na Área A partir dos desenhos 3 e 4, fizemos uma Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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análise e escolhemos o que concluímos ser o de melhor potencial. E o escolhido foi o desenho 4. Achamos o lago do desenho 4 com formato mais potencial, as construções estão mais aproximadas (tanto as propostas quanto as existentes), a circulação principal propos-

ta (em vermelho) está mais bem delineada, formando um anel no entorno de todo o hotel fazenda. Porém, assim como achamos características potencias neste desenho, achamos características ainda negativas. São elas: a circulação para pedestres complexa, o lobby/ recepção e a hípica afastados do núcleo do hotel fazenda, poucos blocos de dormitórios, o restaurante e a área de eventos afastados da área recreativa. A partir desta leitura do desenho 4, criamos o desenho 5 (Figura 134) corrigindo os problemas do anterior. A circulação para pedestres Figura 129 - Organização espacial 3 do hotel fazenda (arquivo pessoal) se tornou também para bicicletas e carrinhos elétricos, ficou mais bem resolvida e acompanha as curvas de nível. Além das construções já propostas anteriormente, propusemos um mirante com descanso e leitura no pico do morrote existente, e também um café próximo à cachoeira existente. Os blocos de dormitórios agora são oito, o que Figura 130 – Desenho 1 do hotel fazenda em escala a partir da organização espacial 2 do proporciona aproxihotel fazenda (arquivo pessoal)

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Figura 131 - Desenho 2 do hotel fazenda em escala a partir da organização espacial 3 do hotel fazenda (arquivo pessoal)

em pé direito duplo, criando a possibilidade de um mezanino, esquema exposto no corte da Figura 138. Em um hotel fazenda cinco estrelas há uma necessidade de acomodar no restaurante pelo menos metade da capacidade de hóspedes do hotel. Portanto, esta idéia com o mezanino, permite (além de uma vista bonita) maior acomodação de mesas.

madamente 90 unidades de habitação. O lobby/recepção ficou próximo tanto do existente quanto do proposto. Os blocos de dormitórios estão dispostos de dois em dois, e o segundo (deste bloco de dois) se encontra no nível da cobertura do primeiro. Este esquema é possível ser compreendido através do Figura 132 - Desenho 3 do hotel fazenda em escala a partir da organização espacial 2 do corte da Figura 135. hotel fazenda (arquivo pessoal) O mirante no pico do morrote ficará em balanço, como vemos no Nas Figura 139, Figura 140 e Figura 141 é corte da Figura 136. O café, assim como o mi- possível notar que a volumetria do hotel fazenrante, também será em balanço, o que pode- da é inserida na paisagem do local. O hotel mos notar no corte da Figura 137. fazenda não se destaca na paisagem e acomO restaurante, próximo ao lago, terá parte panha a topografia, se adéqua à topografia. Os Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

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Figura 133 - Desenho 4 do hotel fazenda em escala a partir da organização do espacial 3 do hotel fazenda (arquivo pessoal)

novos blocos do hotel fazenda terão telhado verde para que melhor se misturem na paisagem. Esta inserção na paisagem desde o início é nossa diretriz para o hotel fazenda. A circulação (os caminhos de pedestres, bicicletas, carrinhos elétricos, automóveis, entre outros)

também é proposta acompanhando a topografia, se adequando à mesma. Após definirmos a implantação do hotel fazenda, fizemos um estudo da circulação das atividades da fazenda versus a circulação para hóspedes, com a finalidade de detectar conflitos e potencialidades. Como vemos na Figura 142, não há conflitos entre as circulações, pois

Figura 134 - Desenho 5 do hotel fazenda em escala a partir da organização espacial 3 do hotel fazenda (arquivo pessoal)

Figura 135 - Corte esquemático de um dos blocos de dormitórios proposto no hotel fazenda (arquivo pessoal)

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Figura 136 - Corte esquemático do mirante proposto no hotel fazenda (arquivo pessoal)

Figura 137 - Corte esquemático do café proposto no hotel fazenda (arquivo pessoal)

entendemos como potencialidades as interferências entre a circulação dos hóspedes e a dos cuidados com o gado (uma vez que a criação do gado Gir é nosso patrimônio imaterial deve ser preservada e disseminada entre os hóspedes, portan-

Figura 138 - Corte esquemático do restaurante proposto no hotel fazenda (arquivo pessoal)

to é ideal que ela aconteça junto aos hóspede para que os mesmos a entendam). Já a circulação da serraria poderia ser um conflito, porém não há extração de eucalipto em massa (um ou dois eucaliptos por vez, o trator busca na plantação e leva para a serraria), portanto Figura 140 - Estudo volumétrico do hotel fazenda (arquivo pessoal)

Figura 139 - Estudo volumétrico do hotel fazenda (arquivo pessoal)

não é impactante. As diretrizes para as construções existentes são da seguinte forma: • Sede: na Fazenda Santa Gemma existe uma tradição que é a fabricação de goia-

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Figura 141 - Estudo volumétrico do hotel fazenda (arquivo pessoal)

bada (nada para venda externa, voltada a lucro, somente para degustação interna), que é feita a partir das fornalhas existen-

tro, apesar das más condições, é o barracão em que o Dr. Julio Baptista da Costa Filho mostrava seu gado para compra-

tes na sede da fazenda. Portanto, concluímos que nada mais justo do que essa fabricação continuar. Destinamos então, à sede, a fabricação de goiabada (agora sim para venda externa) e o acervo histórico da cultura do gado Gir (também já visto acima como patrimônio imaterial). No curral anexo à casa continuará as atividades de retirada de leite, para que os hóspedes possam participar desta cultura e compreender como que funciona. • Colônias: as colônias foram construídas em 1941, quando o Dr. Julio Baptista da Costa Filho comprou a fazenda. Sendo assim, as colônias foram destinadas aos funcionários da fazenda, que cuidavam do gado Gir. Portanto, apesar de não ser

dores. Logo, entendemos que o mesmo também faz parte do patrimônio imaterial. Este barracão deve ser restaurado e pode ganhar o uso de ponto de referência (uma espécie de guia para os hóspedes). • Curral: o curral continuará com o mesmo uso. • Casa: esta casa poderá ser a morada do administrador do hotel fazenda.

da mesma época da sede e não ter valor de patrimônio material de interesse arquitetônico, compreendemos que elas fazem parte do patrimônio imaterial da fazenda. Concluímos que serão destinadas aos salões de jogos da área recreativa do nosso hotel fazenda. • Barracões: são dois barracões. Um é destinado à serraria da Fazenda Santa Gemma e continuará com este uso. O ou68

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Figura 142 - Organização espacial das atividades da Fazenda Santa Gemma com a circulação das mesmas e dos hóspedes (arquivo pessoal)

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3.3.Documentação técnica da proposta final 3.3.1.Partido arquitetônico O partido definidor da implantação do Hotel Fazenda Santa Gemma é a relação dos eixos (curso d’água e circulação) e “bolsões” (construções existentes e áreas potenciais), explicado anteriormente e explicitado na Figura 126. Para as novas construções o partido arquitetônico adotado se envolve na adequação à paisagem, sutileza, leveza, transparência. Alguns dos edifícios, inclusive, são semienterrados, para que tenham um peso menor na paisagem. Adotamos este partido arquitetônico por entendermos, através dos levantamentos, que a paisagem, as vistas e as construções existentes são especialmente ricas e devem sobressair aos edifícios.

Lago

Edifício 1 Edifício 1

Badminton

Edifício 1

3.3.2.Implantação geral do Hotel Fazenda Santa Gemma No anexo 6 temos uma implantação geral do Hotel Fazenda Santa Gemma nas escala 1:2500 e uma aproximada na escala 1:1000. A implantação geral conta com: edifício 1 bloco tipo de hospedagem; edifício 2 - lobby e área administrativa; edifício 3 - área recreativa; edifício 4 - restaurante e área de eventos. E os edifícios hachurados em preto são as construções existentes.

Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Salão de jogos infa

Salão para Edifício 1 Edifício 1

Edifício 1 Edifício 1 Pasto para recria (gir e girolando)

0

70

50

100

250

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800

825

850

87

5

Curvas de nível Hidrografia

900

Vegetação existente 925

Curvas de nível

Plantação de eucalipto

Mirante

Hidrografia

Plantação de milho 950

Vegetação existente Circulação de pedestres / bicicleta / carrinho elétrico

975

Circulação de veículos Edifício 4

Circulação de pedestres / bicicleta / carrinho elétrico Circulação de veículos

Pasto para engorda (gado de corte)

Pontos de descanso / leitura

Pontos de descanso / leitura Pasto para engorda (gado de corte) e cria (gir)

975

Pasto para engorda (gado de corte) e tropa

Café

975 Pistas hípicas

Edifício 3

Badminton

Baias

e antil

Lago

Maternidade

Torre caixa d'água Restaurante

m age

1000

Hos

Hos

ped

ped

age

m

Eventos

Parquinho

Badminton

Área recreativa

Badminton

em

em

dag

dag

spe

Ho

o de jogos adultos

Piscina

Salão de jogos infantil

spe

Ho

Lavanderia / Serviço

Piscina

Maternidade

Quadra de areia

dag spe

dag spe Ho

Ho

em

em

Tênis

Quadra de areia

Quadra de areia

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Tênis

/ Lobby adm. Área

Pasto para vacas solteiras, estação de monta (gir e girolando)

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral

Edifício 2

ria

gem Hos

peda

Hos

peda

gem

Serra

ia

Gu

Pasto para recria (gir e girolando)

Mangueiro para bezerros

Curral

Mangueiro para bezerros

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral

Casa do administrador do hotel

Serraria

1000

Pasto para manejo leiteiro

1025

Guia

Mangueiro para bezerros

0

50 100

250

500

1000m

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

500m

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3.3.3.Edifício 1 - Bloco tipo de hospedagem Desenhos técnicos na escala 1:100 no anexo 1.

Edifício 4

Lago

Edifício 1 Edifício 1 Edifício 3

Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Badminton

Badminton

Edifício 1

Salão de jogos infantil

Maternidade

Quadra de areia

Tênis

Edifício 1

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Edifício 1

Edifício

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral

Edifício 1 Edifício 1 Mangueiro para bezerros

Pasto para recria (gir e girolando)

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administr do hotel

0 72

50

100

250

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Vista 1

Vista 2

74

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Vista 3

Vista 5 Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

75


Vista 4

Vista 6 76

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Vista 7 Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

77


Vista 8

Vista 9

78

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O bloco tipo de hospedagem é semienterrado para se adaptar à topografia e não sobressair na paisagem, como já dito no partido. São 8 blocos tipo, com 11 unidades de hospedagem cada, disposto de dois em dois no terreno (é possível notar esta disposição na implantação).

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Edifício 4

Ponto

Lago

3.3.4.Edifício 2 - Lobby e Área Ádministrativa Desenhos técnicos na escala 1:100 no anexo 2.

Edifício 1 1

0

Edifício 3

Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Badminton

Badminton

Edifício 1

Salão de jogos infantil

Maternidade

Quadra de areia

Tênis

Edifício 1

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Edifício 1 Edifício 2

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral Serraria Edifício 1 Edifício 1 Guia

Mangueiro para bezerros

Pasto para recria (gir e girolando)

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

50

80

100

250

500m

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Vista 1

Vista 2

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Vista 3

Vista 4 Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

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Vista 5

Vista 6

84

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico


Vista 7

O edifício do lobby e área administrativa obedece o partido proposto na horizontalidade, transparência e leveza. Água está presente como elemento forte que une o interno e o externo.

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85


Edifício 4

Lago Recreativa

3.3.5.Edifício 3 - Área Desenhos técnicos na escala 1:100 no anexo 3.

cio 1

Edifício 3

Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Badminton

Badminton

Edifício 1

Salão de jogos infantil

Maternidade

Quadra de areia

Tênis

Edifício 1

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Edifício 1 Edifício 2

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral

Serrar Edifício 1 Edifício 1 Mangueiro para bezerros

Pasto para recria (gir e girolando)

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

86

50

100

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

250


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87


Vista 1

Vista 2 88

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Vista 3

Vista 4

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89


Vista 5

Vista 6

90

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico


Vista 7 A área recreativa, assim como os blocos de hospedagem, é semienterrada. É composta por duas piscinas, sendo uma coberta parcialmente, academia, estar, sauna e parquinho. Em seu entorno, podemos ver na implantação, há quadras de tênis, badmington e de areia, e salões de jogos para adulto e crianças. Ao redor desta área acontece também a “maternidade”, que é o pasto que ficam os bezerros mais novos. Foi pensado propositalmente, para que os hóspedes participem desta cultura, e também pelo fato de ser entretenimento para crianças. A piscina coberta parcialmente une o ambiente interno e o externo, tornando-se continuação do edifício.

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91


3.3.6.Edifício 4 - Restaurante e Área de Eventos Desenhos técnicos na escala 1:100 no anexo 4.

Curv

Hidr

Veg

Circ bicic

Circ Edifício 4

Pon

Lago

Edifício 1

io 1 Edifício 3

Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Badminton

Badminton

Edifício 1

Salão de jogos infantil

Maternidade

Quadra de areia

Tênis

Edifício 1

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Edifício 1 Edifício 2

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral Serraria Edifício 1 Edifício 1 Pasto para recria (gir e girolando)

Guia

Mangueiro para bezerros

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

92

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico


Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

93


Vista 1

Vista 2

94

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Vista 3

Vista 4 Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

95


Vista 5

Vista 6

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Vista 7

Vista 8

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97


Vista 9

Vista 10

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Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico


Vista 11

O restaurante e área de eventos nos transmite leveza esutileza tanto pela materialidade, quanto pela disposição no terreno. A parte que abriga o restaurante é semienterrada e a parte que abriga a área de eventos acontece no nível da cobertura do restaurante, o que permite adequação à paisagem e suavidade em relação à mesma. A água, assim como no lobby e na área recreativa, está presente internamente e externamente neste projeto. Ela percorre por todo o edifício ligando um programa a outro.

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

99


3.3.7.Diretrizes para a sede da Fazenda Santa Gemma A planta baixa com o layout das diretrizes para a sede está na escala 1:100 no anexo 5.

Como já dito anteriormente, na fazenda Santa Gemma já existe a tradição de fabricação de goiabada, portanto a sede será destinada a esta fabricação (produção agora em escala maior) e guardará o cervo histórico do gado Gir para que os hóspedes possam conhecê-lo. Chegando assim à preservação tanto do patrimônio histórico imaterial, a cultura do gado Gir, quanto da tradição da goiabada. As diretrizes também proporcionam a preservação da própria casa, que o patrimônio material. A sede se torna assim o ponto forte do hotel, de modo que une toda a história que o local possui. 100

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico


Edifício 1 Lavanderia / Serviço

Badminton

Badminton

Edifício 1

Salão de jogos infantil

Maternidade

Quadra de areia

Tênis

Edifício 1

Quadra de areia

Salão de jogos para adultos

Edifício 1 Edifício 2

Fabricação de goiabada / acervo histórico / curral Serraria Edifício 1 Edifício 1 Guia

Mangueiro para bezerros

to para ia (gir e lando)

Curral

Fabricação de goiabada na Fazenda Santa Gemma no ano de 2014.

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

50

100

250

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

500m

101


102

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Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preserva莽茫o do patrim么nio hist贸rico

103


4. Conclusão 4.1.Revisão dos objetivos gerais e específicos Revisando os objetivos deste trabalho, notamos que os objetivos gerais e específicos iniciais permaneceram intactos ao longo do trabalho. Temos, então, como objetivos gerais oferecer uma alternativa para recuperar algo da relação homem-campo; preservar e disseminar a cultura do gado Gir como patrimônio imaterial presente na Fazenda Santa Gemma, bem como sugerir um uso que leve a preservação da sede; potencializar o turismo forte existente na cidade de Franca e sua região administrativa e promover o desenvolvimento regional a partir deste. E o objetivo específico foi projetar um hotel fazenda cinco estrelas, conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), preservando o patrimônio histórico e cultural existente no local, explorando o potencial do turismo rural na região e proporcionando oportunidades de negócios. 4.2.Síntese das contribuições deste trabalho Acreditamos que com este hotel fazenda nós proporcionamos uma alternativa para os aspectos mais significativos das necessidades expostas anteriormente. Portanto, a partir deste, a comunidade pode desfrutar do descanso no campo enquanto contempla a cultura e história do gado Gir, que tem importante papel na pecuária brasileira, bem como a arquitetura da primeira fase do café.

104

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5. Referências Bibliográficas ACGZ Zebu Gaúcho. ACGZ Zebu Gaúcho. Site da ACGZ Zebu Gaúcho. [Online] [Citado em: 6 de Março de 2015.] http://www.acgz.com.br. Andrade, José Vincente de. 2000. Turismo: fundamentos e dimensões . São Paulo : Ática , 2000. 8ª edição. Andrade, Nelson, Britto, Paulo Lucio de e Jorge, Wilson Edson. 2014. Hotel: Planejamento e Projeto. São Paulo : Senac São Paulo, 2014. 10ª edição. Archdaily. 2014. Maxx Royal Kemer Hotel / Baraka Architects . Archdaily. [Online] 19 de Novembro de 2014. [Citado em: 14 de Abril de 2015.] http://www.archdaily.com/566775/maxx-royal-kemer-hotel-baraka-architects/. —. 2014. Remota Hotel in Patagonia / German del Sol . Archdaily. [Online] 12 de Dezembro de 2014. [Citado em: 14 de Abril de 2015.] http://www. archdaily.com/575013/remota-hotel-in-patagonia-german-del-sol/. —. 2012. The Stork Nest Farm / SGL Projekt . Site Archdaily. [Online] 25 de Janeiro de 2012. [Citado em: 14 de Abril de 2015.] http://www.archdaily.com/202058/the-stork-nest-farm-sgl-projekt/. Archidaily. 2009. Paço de Pombeiro Manor House / Ezzo. Site Archdaily. [Online] 4 de Setembro de 2009. [Citado em: 14 de Abril de 2015.] http://www.archdaily.com/33804/paco-de-pombeiro-rural-hotel-ezzo/. Benincasa, Vladimir. 2003. Velhas Fazendas: arquitetura e cotidiano nos campos de Araraquara 1830-1930. São Carlos : EdUFSCar, 2003. 8585173-95-5. Cidade de Franca . 2008. Cidade de Franca - informações de utilidade pública da cidade de Franca . Blog da Cidade de Franca . [Online] 2008. [Citado em: 13 de Abril de 2015.] http://cidade-franca.blogspot.com.br/2008/07/relgio-do-sol-de-franca.html. Código Florestal . 2012. Diário Oficinal da União. Site do Governo . [Online] 05 de Maio de

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Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico

105


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106

Hotel Fazenda Santa Gemma: turismo rural e preservação do patrimônio histórico




800

825

Arquitetura e Urbanismo 850 Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 1/2

875

900

925 Mirante

Hidrografia

950

975 Pasto para engorda (gado de corte)

Pontos de descanso / leitura

Pasto para engorda (gado de corte) e cria (gir)

975

Pasto para engorda (gado de corte) e tropa

975

Pistas

Baias

Torre de Lago

Badminton

Badminton

1000

Lavanderia jogos infantil Maternidade

Quadra de areia

Quadra de areia

para adultos

Serraria

Mangueiro para bezerros

Pasto para recria (gir e girolando)

Guia

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

1000

1025 Esc.: 1/2500


Hidrografia

Pontos de descanso / leitura Lago

4

1

1

1 Lavanderia /

3

Badminton

Badminton

infantil

Maternidade

1

Quadra de areia

adultos

Quadra de areia

1

1

2

Serraria

1

1 Mangueiro para bezerros

Pasto para recria (gir e girolando)

Guia

Curral

Mangueiro para bezerros

Casa do administrador do hotel

Esc.: 1/1000

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 2/2


Apartamento Simples

Apartamento Conjugado

Apartamento Conjugado

3.70

3.70

2.50

7.50

2.50

1.50

4.00

2.50 2.00

3.70 7.45

BHO

-0,15

BHO

1.55

BHO 5.68 0

Apartamento Simples

0

3.53

7.50

Apartamento Simples

3.65

7.50

2.50

0

Apartamento Simples

BHO

3.05

BHO

2.50

0

1.55

5.70 -0,15

3.70

3.70

BHO

0

3.05

0

0

0

Apartamento Conjugado

5.70

3.65

0

3,30

-0,15

3.65

2.50

-0,15

3.05

3.80

3.70 2.50

-0,15

3.80

7.50

Apartamento Simples

0

BHO

7.50

7.50

3.70

3.05

3.65

0

3.65

0

Apartamento Simples

-0,15

BHO

6.45

2.50

3.05

2.50

3.65

2.50

7.50

7.50

2.50

BHO

2.50

7.50

3.70

3.70

BHO

BHO

3.70

-0,15

3.80

BHO

2.50 1.50

-0,15

3.80

Apartamento Conjugado

5.70

7.50

3.05

3.70

1.50

-0,15

2.50

-0,15

3.05

2.50

2.50

-0,15

1.50

-0,15

2.50 3,15

1.50

B

2.50

1.50

2.50 3,15

8.70

5.70

5.70

5.70

Varanda

Estar 0

5.70 4.65

5.70

2.85

Varanda

Varanda

4.65

Varanda

Varanda

A

5.70

1.85

13.05

2.65

2.85

13.05

Varanda

4.68

5.70

Varanda

1.85

A

Varanda

1.85

Varanda

1.85

4.50

3.70 2.00

2.00

3.00

3.70

-0,15

5.53 3.70

7.55

11.20

Planta Baixa do Bloco tipo de hospedagem - Hotel Fazenda Santa Gemma

7.55

-0,15

-0,15

-0,15

B

0

B

Esc. 1/ 100

3,15

3,15

3,15

4,15

4,15

11.55

11.55

13.05

11.70

4,15

1.65

4,15

1.65

4,15

1.70

4,15

11.70

9.35

5.83

13.20

3,15

10.35

10.35

3,15

9.35

3,15

3.00

11.70

A

2.65

1.65

1.70

11.85 4.53

A

5.85 1.01

11.55

13.05

-0,15

Planta de Cobertura do Bloco tipo de hospedagem - Hotel Fazenda Santa Gemma Esc. 1/ 100

-0,15

-0,15

3,30

B

-0,15

8.70

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 1/2

Plantas


Pergolado

Pergolado

Esc. 1/ 100

Laje Verde

Laje Verde

0

-0,15

0

0

3,15

-0,15

3,15

0

2.80

3,15

2.10

2.10 0

3,15

2.80

3,15

2.80

3,15

2.80

3,15

2.80

3,15

Laje Verde Pergolado

2.10

Pergolado

0

0

0

Corte BB do Bloco tipo de hospedagem - Hotel Fazenda Santa Gemma Esc. 1/ 100

Pergolado 4,15

Laje Verde 3,15

Jardim -0,15

0

2.80

2.10

2.10

1.60

0.50

0.70

3,15

-0,15

Corte AA do Bloco tipo de hospedagem - Hotel Fazenda Santa Gemma Esc. 1/ 100

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 2/2

Cortes


A

A

-0,15

-,015

2,98

3

0

3,8

2

BHO def.

BHO fem.

12,22

BHO masc.

2,95

4,1

2,9

3,15

5,43

2

6,1

5,95

4,65

3,8 0

4,68

11,88

B

3,45

3,45

4,83

B

B

2,68

6,83

3,65

3,9

2,78

Estar 3,15

3

Copa

8,9

0

0

Controle de Ponto/ Uniformes 4

-0,15

7,43

-,015

6,2

Loja 0

5,6 1,85

2

3,2

10,7

Vendas/ Reservas/ Marketing

4,6

2,15

Caixa

1

0

3,95

2,5

5,8 3,15 4,65 3,65

5,3 6,8

0

6,7

Lobby

Contabilidade e Rec. Humanos

6,9

Guarda malas

Guarda malas

16,32

1,35 1,35

0,85

4,15

-0,15

-,015

A

A

3,65

Esc.: 1/100

-,015

3,65

Esc.: 1/100

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 1/2

Plantas


4,65

3,65

3,65

3,65

3,15

0

Esc.: 1/100

0

0

0

-0,15

0

0

0

-0,15

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Esc.: 1/100

Prancha 2/2

Cortes Esc.: 1/100


A

A 3

3.1

4 6.2

BHO fem.

5,05

7.8

BHO masc.

2.1

Sauna

BHO def. 3.9

2

2

3.8

3.8

15

15

Parquinho

6

-0,05

6.1

0

11.2

Varanda

13.1

-0,05

Academia

2

16.5

3,65

6

41

3

10

5.5

3

Piscina coberta 15

-1,4

8.1

Piscina descoberta

-1,4

-0,05

0

4

4

4

-0,5

27.8

-0,05

3

5

-0,80 -1,10

0.6

8.7

13.4

-0,20

0

B

B

B

10.5

0.6

-0,95

B

A

A

-0,50

3

-0,05

-0,20

-0,05

-0,05

Piscina descoberta 10

-1,4

18

-0,05

0

3,65

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

0

-0,05

1.4

0

3

3

3

3

3.7

0.5

0.3 0.5

0.3

3,65

0.5

0.5

0.3

1.4

0.3

5,05

-1,40

Arquitetura e Urbanismo Esc.: 1/100

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

3

0.5

0.3

3,65

Esc.: 1/100

Prancha 1/1 1.4

-0,20

0.45 0.45 0.5

-0,05 0.2

0

-1,40

Plantas Cortes


B A

A

B

Sobe i = 7,73%

7,47

B

Esc.: 1/100

materiais de eventos

Cozinha de apoio

3,65

BHO fem.

A

A

BHO masc. BHO def.

3,82

Jardim

Vidro

B

Sobe i = 7,73% 3,65

3,65

Esc.: 1/100

2,4

1,5

8,9

Controle/ Triagem/

4,28

2

Lixo

1,18

bebidas, lixo, entre outros)

4,1

Vidro

1,95

Jardim

B

1,5

3

2

fria

1,95

preparo

1,95

3

3,65

1,35

1,5 2,95

3,15

Cozinha principal

3,8

Bar BHO fem.

0

BHO masc.

4,1

2

2

2

BHO def.

Deck de madeira

1,5

0 -0,17

Lavagem e 2,9

0

5,7

Buffet

Cozinha terminal 4,1

Caixa

Buffet

A

A

-0,34 -0,17 -0,68 -0,34 -0,51 -0,51

-0,68

-0,51

B

Sobe i = 7,73%

Planta Baixa do Restaurante - Hotel Fazenda Santa Gemma

0

Esc.: 1/100

Arquitetura e Urbanismo

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 1/2

Plantas


7,47

3,65

3,65

0

-0,17 -0,34

0

3,65

3,82

0

-0,68

Esc.: 1/100

3,65

7,47

3,82

0 -0,51

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Esc.: 1/100

Arquitetura e Urbanismo Esc.: 1/100

Orientanda: Maria de Paula e Silva Medezani

Prancha 2/2 Cortes


Mesa de apoio

5,03

10,05

Fornalha

goiabada

Mesa de apoio

0,7

Fornalha

2,8

goiabada

3,64 Bancada de apoio

BHO

5,73

DML / Almoxarifado

goiabada

Mesa de apoio

3,11

3,75

5,91

2,75

BHO

1,72

2,75

2,35

Capela

1,88

2,03

1,67

5,23

Sala

1,5

Estoque de goiabada

7,57

3,33

3,85

3,52

5,66

3,82

2,37

3,91

3,85

goiabada

2,15

3,85

Arquitetura e Urbanismo

Anexo 5 - Diretrizes para a sede da Fazenda Santa Gemma

Planta baixa com layout da sede da Orientanda: Maria de Paula e Silva Fazenda Santa Gemma Medezani Esc. 1/100

Prancha 1/1


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