Universidade Católica de Pernambuco Alunas: Alícia Micheline, Blenda Santiago Mariana Oliveira Maciel, Mariana Fonseca Discilplina: Paisagismo II Professora: Lourdinha Nóbrega
INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA CONTEXTO URBANO Na presente área podemos identificar dois tipos vias: arterial e local. Além das ruas pedestrianizadas. As vias arteriais suportam os grandes deslocamentos, geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. A exemplo disso temos a Avenida Dantas Barreto, possuindo um grande fluxo de transporte público e automóveis.
A área delimitada para o diagnóstico possui uma predominância de usos mistos com comércio no pavimento térreo e no sobrados sem uso no pavimento superior, representadas pelas Ruas Largo do Rosário, estreita do Rosário, Praça da Independência e Rua Duque de Caxias. Esses comércios variam entre formais (a maioria restaurantes), informais fixos (quiosques e fiteiros) e informais móveis (ambulantes). Esse tipo de uso predominante gera dinâmica de pessoas e fluxos durante todo o dia, porém no horário noturno a área torna-se sem movimento, sem vida e consequentemente menos segura. Pode-se perceber a presença de uma edificação de uso religioso que é um Marco Histórico e Ponto Turístico: a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. O uso de habitação formal é quase inexistente no perímetromostrando que esse tem grande valor comercial e não residencial. Percebe-se também um grande número de edificações vazias/sem uso.
A via local é aquela caracterizada por intersecções em nível não semaforizadas destina apenas ao acesso local ou a áreas restritas e a exemplo na área, tem-se a Rua do Fogo e a Rua Estreita do Rosário que tem acesso a Avenida Dantas Barreto e a parte pedetrianizada da Rua Estreita do Rosário. Parte da Rua Estreita do Rosário, juntamente com a Rua Largo do Rosário, Praça da Independência e Duque de Caxias são Ruas Pedestrianizadas, ou seja, ruas que não passam automóveis, apenas pedestres. Porém, é percebido que estas ruas possuem em parte uma infraestrutura que necessita de reparos, seus pisos são de Pedra Portuguesa (cujo desenho foi ganhador de um concurso), em muitas áreas dessas ruas a mobilidade é bastante dificultada devido à falta de manutenção e cuidados das pedras portuguesas, formando buracos em alguns casos. É necessário que na intervenção paisagística hajam reparos nesses pisos pois calçadas/ruas esburacadas além de causar diversos obstáculos para os pedestres, aumenta os riscos de lesões graves, principalmente para pessoas com mobilidade reduzida.
A partir da análise da vegetação, nota – se uma escassez de árvores na área de diagnóstico, acarretando em poucas áreas de sombra. Essa massa vegetativa que existe no local apresenta uma predominância de árvores de médio porte, árvores como: Castanholas e Pau – Ferro que proporcionam uma área boa de sombra, porém nem todas estão locadas nas áreas de maior fluxo, onde se é importante a presença de sombras para melhorar a caminhada das pessoas. Para a haver uma boa caminhabilidade é preciso ter calçadas arborizadas. Caminhar com segurança, conforto e sustentabilidade é essencial para tornar o percurso do pedestre mais prazeroso e atrativo. As árvores oferecem uma transição amigável entre carros e pedestres, além de capturar CO2, aumentar a permeabilidade de água no solo e por fim desaceleram o fluxo de águas pluviais para as redes coletoras da cidade. (SPECK, Jeff, 2012)
Para intervenções futuras, deve-se priorizar áreas como essa onde seus usos geram grande fluxo de pessoas, e propor melhor arborização pois quase não há a presença de árvores nessa área; mobiliários (no trecho delimitado para estudo percebe-se uma carência de mobiliários para descanso e permanência); atividades e usos que gerem fluxo de pessoas a noite para que a área ganhe vida e torne-se mais segura; condições de boa caminhabilidade e acessibilidade (tanto nas calçadas quanto nas ruas pedestrianizadas - que são a maior parte do trecho - utilizam a Pedra Portuguesa, porém seu estado de conservação é precário e necessita de manutenção e maiores cuidados.)
Sendo assim, vendo a necessidade de melhorar o microclima do local e sombrear área de passagem e permanência, sugere-se a implantação de mais árvores nas calçadas das ruas: R. Estreita do Rosário, Rua do Fogo, Rua Larga do Rosário, Rua Duque de Caxias, na Praça da Independência e na Av. Dantas Barreto.
LEGENDA
LEGENDA
SENTIDO E INTENSIDADE DO FLUXO DE CARROS
Via Arterial Via Local Rua Pedestrianizada
Alto Fluxo
FLUXO DE PESSOAS
LEGENDA
Trajeto
Paradas de ônibus
Comércio informal
Postes
Comércio informal móvel
Comércio formal
Baixo Fluxo
Comércio formal
Comércio informal Comércio informal móvel
TABELA DE ESPECIFICAÇÃO MOBILIÁRIO
CATEGORIA Alegretes (canteiro)
Vera solo LVS20 Vera solo LVS911
Banco fixo
Lixeira Poste para carro Poste de pedestre e jardim
ÁRBUSTOS
A
QUANTIDADE 4
1,81 x 0,5 x 0,45
MMCITÉ
8
1,82 x 0,71 x 0,72
MMCITÉ
6
MMCITÉ
12
MMCITÉ
21
Bistrot 1,81 x 0,5 x 0,45 LBS 185 Prax 0,35 x 0,25 x 0,93 PRX155 Kauli 12 Femarte F610
Grelha em ferro fundido
PISO
FORNECEDOR
2,20 x 3,05 1,90 x 1,90 1,90 x 1,40
Concreto construídos no local. (árvores existentes)
Banco fixo
Banco móvel
DIMENSÃO (metro)
MODELO
ILUNATO
Alloy
5
LEROY MERLIN
Ferro
0,25
Fundição Vesúvio
2 20
TIPO
COR
DIMENSÃO (centímetro)
FABRICANTE
QUANTIDADE
Pedra portuguesa
Branca
0,7
PAVI SETE
104,01 m²
Pedra portuguesa
Vermelha
0,7
PAVI SETE
940,68 m²
Pedra portuguesa
Tradicional Cinza e branco
0,7
PAVI SETE
1159,51 m²
Tátil de alerta
Concreto
Tátil direcional
Concreto
JPA Acessibilidade JPA 0,3 x 0,3 x 0,025 Acessibilidade 0,3 x 0,3 x 0,025
QUANTIDADE (unidades)
275 unid. 850 unid.
ALTURA DA MUDA (metros)
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
Ixora
Ixora coccinea
43
0,3
Jasmim-leite
Trachelospermum jasminoides
3
0,3
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
A’ ÁRVORES
QUANTIDADE (unidades)
ALTURA DA MUDA (metros)
B’ Pau-ferro
B
FORRAÇÃO
N
0
1
5
10 m
Caesalpinia Ferrea
20m
4
Castanhola
Caesalpinia Ferrea
NOME POPULAR
NOME CIENTÍFICO
QUANTIDADE (metro²)
Grama Santo Agostinho
Stenotaphrum secundatum
41,83
1
20m
Universidade Católica de Pernambuco Alunas: Alícia Micheline, Blenda Santiago Mariana Oliveira Maciel, Mariana Fonseca Discilplina: Paisagismo II Professora: Lourdinha Nóbrega
INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA
OS 10 PASSOS PARA A CAMINHABILIDADE Para Jeff Speck (2012), a caminhabilidade contribui na vitalidade urbana, buscando o bem-estar dos usuários, auxiliando para que a mobilidade seja eficaz, a acessibilidade, a segurança, as relações interpessoais, entre outros fatores. Devido a isto, Speck (2012) propôs os 10 passos para a caminhabilidade: POR O AUTOMÓVEL EM SEU LUGAR:
CRIAR BONS ESPAÇOS:
As cidades atuais veem o automóvel como protagonistas do dia-a-dia, elas se moldam em favor deles reformulando paisagens e estilos de vida. Essa busca pela otimização de tempo e mais conforto na locomoção acaba por deixar a população preguiçosa e deixar as cidades sobrecarregadas. O desenho das cidades deve colocar o pedestre em primeiro lugar e estabelecer formas alternativas para pedestres locomoverem-se.
As pessoas, geralmente, preferem lugares abertos, de vistas distantes e vida ao ar livre, mas também gostam da sensação de acolhimento, de proteção para que se sintam confortáveis como pedestres, por isso deve-se evitar lugares com amplitude desmedida pois podem afastar as pessoas. Assim também como percursos muito longo, preferem-se andar por ruas mais curtas. Outro fator é o clima, que pode interferir na caminhabilidade, mas segundo Jeff Speck (2012), há evidências que mostram que esse fator não tem metade do impacto do desenho das ruas. Se for feito um bom projeto as pessoas vão querer andar em qualquer tipo de clima.
MESCLAR OS USOS: Segundo Jeff Speck (2012), as cidades tendem a ser organizadas por leis de zoneamento, sendo assim, diferentes usos de solo tornam a ser mais distantes do que determinariam questões de saúde, segurança e senso comum. Portanto, para que cidades tornem-se mais completas é necessário que haja um equilibrio adequado entre as atividades cotidianas diversas de seus centros. Uma cidade com completude, diversificação proporciona dos usos, incentiva ao pedestre a caminhabilidade.
PLANTAR ÁRVORES: Lugares que possuem arborização são mais “ricos” e “seguros” do que lugares que não possuem. As árvores trazem vários benefícios para a sociedade , “Além de oferecerem sombra, reduzem a temperatura ambiente no calor , absorvem água da chuva e emissões de escapamentos de veículos, fornecem proteção UV e limitam os efeitos do vento. Também podem reduzir a velocidade dos carros e melhorar a sensação de fechamento, “protegendo” as ruas com suas copas.” ( Jeff Speck, 2012, pág.198). Ruas com árvores são bem valorizadas, tanto no quesito caminhabilidade, pois um trajeto sem árvore é percebido como mais longo do que um trajeto com árvores, estes sendo de mesma ditância. Como também economicamente, agregando mais valor a essas páreas com cobertura vegetal.
ADEQUAR O ESTACIONAMENTO: A influência e dependência do automóvel vem aumentando os estacionamentos em todas as áreas da cidade. Porém, não pode-se negar totalmente esse meio de transporte e sim adequa-lo ao planejamento urbano, priorizando primeiramente o pedestre, com alternativas que motivem as pessoas a usarem meios de transporte mais sustentáveis, uma dessas alternativas é a cobrança pela vaga, a correlação entre custo e benefício faz com que outras alternativas sejam escolhidas para chegar ao mesmo lugar de forma mais econômica.
CRIAR FACES DE RUAS AGRADÁVEIS E SINGULARES:
Com o aumento de veículos particulares relacionados ao estilo de vida de pessoas que dependem do automovel nas cidades, torna-se notável o crescente uso de terrenos utlizados como estacionamnetos, que promovem a subutilização do potencial construtivo destes locais, que encontram-se interferindo diretamente na paisagem e na ocupação do solo urbano. De acordo com Jeff Speck (2012), apesar de o uso dos estacionamentos serem essenciais atualmente, se faz necessário cobrar um preço por eles.
As ruas devem ser espaços interessantes que estimulem os pedetres durante todo o percurso e os deixem seguros e confortáveis, isto com soluções na escala humana e não na escala do carro. O uso de vitrines em ruas comerciais é uma das soluções que chamam a atenção de quem passa. Já as ruas que possuem faces monótomas não estimulam a caminhada, pois ninguém caminha gosta de caminhar na mesmice. Então deve-se fugir dessa mesmice, encontrando novas soluções que agreguem no meio urbano, tratando as fachadas de modo que fiquem mais interessantes e atrativas, que se abram para a rua e mostrem variedades, sejam convidativas, que conectem a calçada com o interior da loja.
PROTEGER O PEDESTRE:
ELEGER SUAS PRIORIDADES:
A caminhada segura questiona as condições de segurança do pedestre nas ruas atualmente. Cidades com quadras menores incentivam a caminhabilidade, diferente das grandes que são consideradas por Jeff Speck como lugares sem vida na rua. Ele analisa o fato de os automóveis que trafegam depressa vem a ser a grande ameaça aos pedestres.
Quando pretende- se investir em um determinado local numa cidade, deve-se analisar em qual local sofreria maior impacto com o menor investimento, pois não haveria muitos resultados se investisse um local onde o impacto seria nulo. É importante buscar lugares que o fluxo de pessoas é intenso e que contenha a presença de faces de ruas agradáveis, preferencialmente nos centros e em ruas que tem potencial.
DEIXAR O SISTEMA DE TRANSPORTE FLUIR:
RA PORTUGUESA
SOLO PREPARADO PARA JARDIM O COMPACTADO
Ó DE PEDRA ARREMATE
PEDRA PORTUGUESA PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO SOLO COMPACTADO
PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO
SOLO PREPARADO PARA JARDIM
PÓ DE PEDRA PÓ DE PEDRA CANALETA DE CONCRETO CANALETA DE CONCRETO ARREMATE
ARREMATE
PÓ DE PEDRA
PEDRA PORTUGUESA
PEDRA PORTUGUESA
SOLO COMPACTADO
SOLO COMPACTADO PÓ DE PEDRA
PÓ DE PEDRA
CANALETA DE CONCRETO ARREMATE
URAL
ACOLHER AS BICICLETAS:
A bicicleta é uma forma de transporte eficiente e sustentável, podendo ser uma alternativa para diminuição do uso de automóvel. A via pública deve assegurar ao ciclista infraestrutura necessária para seu uso e segurança individual.
PEDRA PORTUGUESA
PEDRA PORTUGUESA
SOLO COMPACTADO
SOLO COMPACTADO
PÓ DE PEDRA
PÓ DE PEDRA CANALETA DE CONCRETO
PEDRA PORTUGUESA SOLO PREPARADO PARA JARDIM SOLO COMPACTADO
PÓ DE PEDRA ARREMATE
SOLO NATURAL
SOLO COMPACTADO
SOLO PREPARADO PARA JARDIM
PÓ DE PEDRA PÓ DE PEDRA CANALETA DE CONCRETO CANALETA DE CONCRETO ARREMATE
ARREMATE
PÓ DE PEDRA
PEDRA PORTUGUESA
PEDRA PORTUGUESA
PEDRA PORTUGUESA
PEDRA PORTUGUESA
SOLO COMPACTADO
SOLO COMPACTADO
PÓ DE PEDRA
SOLO SOLO CO
PÓ DE P
CANALETA DE CONCRETO
SOLO COMPACTADO
SOLO COMPACTADO
PEDRA PO
PÓ DE PEDRA
AR
PÓ DE PEDRA
PÓ DE PEDRA CANALETA DE CONCRETO ARREMATE
SOLO NATURAL
SOLO NATURAL
PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO PÓ DE PEDRA
CANALETA DE CONCRETO
SOLO NATURAL
PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO PÓ DE PEDRA
PEDRA PORTUGUESA
SOLO NATURAL
CORTE AA’
PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO PÓ DE PEDRA
PEDRA PORTUGUESA PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO SOLO COMPACTADO
CANALETA DE CONCRETO
SOLO NATURAL
PEDRA PORTUGUESA SOLO COMPACTADO PÓ DE PEDRA
CORTE BB’