Portfolio de Arquitectura - Mariana de Sousa Magalhães

Page 1


CV Mariana de Sousa Magalhães Mestrado em Arquitectura pela Universidade da Beira Interior Nascida em Julho de 1991 na cidade de Viseu, Portugal marianasousamagalhaes@gmail.com (00351) 935197544 www.linkedin.com/in/marianadesousamagalhaes residências secundárias Faro Aveiro Viseu Lisboa

Apresentação

Desde cedo que o meu interesse pelas artes se manifestou e evidenciou face a qualquer outra área através do desenho, da música, a pintura e a fotografia. Paralelamente, o entusiasmo constante na aprendizagem de novos conhecimentos despertou a curiosidade em compreender o mundo que me rodeia, tanto a nível científico como a nível histórico e, por forma a conjugar estas disciplinas, surgiu-me a arquitectura como o percurso mais fascinante. Enquanto estudante procurei aprofundar o meu conhecimento na sustentabilidade da profissão, o que culminou no trabalho final de mestrado entitulado de “Arquitectura e Consciência Ambiental”. Adoro viajar, colecionar LP’s, pintar, mergulhar em livros sobre a arquitetura e o design, as ciências, a história e a filosofia. Encontro uma satisfação insaciável em aprofundar e adquirir novos conhecimentos e, por esse motivo, o meu tempo livre é dedicado a perseguir essa ambição. Apesar de ter residido no Porto e na Covilhã, aquando a minha formação superior, a necessidade de mudança e de novas experiências aprofundou-se com a oportunidade de residir e estudar um ano lectivo na Eslovénia, através do programa ERASMUS, que me transformou enquanto pessoa e arquitecta. Actualmente resido em Viseu onde tive a oportunidade de, enquanto realizava a dissertação de mestrado, integrar a equipa do ATELIER3670, em Vouzela. Esta experiência permitiu-me trabalhar com diferentes fases do projecto, maioritariamente o estudo prévio e o licenciamento, e adquirir novos conhecimentos e noções na gestão de todo o processo. Ambiciono novas experiências profissionais que me desafiem tanto a nível profissional, como pessoal.


䔀䐀唀䌀䄀吀䤀伀一䄀䰀 䈀䄀䌀䬀䜀刀伀唀一䐀

圀伀刀䬀 䔀堀倀䔀刀䤀䔀一䌀䔀

㈀ 㘀ⴀ㈀ 㤀 䔀渀猀椀渀漀 匀攀挀甀渀搀爀椀漀 ⴀ 䔀猀挀漀氀愀 匀攀挀甀渀搀爀椀愀 䄀氀瘀攀猀 䴀愀爀琀椀渀猀⸀               䌀甀爀猀漀 搀攀 䌀椀渀挀椀愀猀 攀 吀攀挀渀漀氀漀最椀愀猀

㈀ ㄀㠀ⴀ㈀ ㈀  䄀琀攀氀椀攀爀 ㌀㘀㜀  ⴀ 䔀渀最攀渀栀愀爀椀愀 攀 䄀爀焀甀椀琀攀挀琀甀爀愀               嘀漀甀稀攀氀愀               䌀漀氀愀戀漀爀愀搀漀爀愀⼀䄀爀焀甀椀琀攀挀琀愀 䄀瀀爀攀渀搀椀稀

㈀ 㤀ⴀ㈀ ㄀㈀⸀ 䴀攀猀琀爀愀搀漀 䤀渀琀攀最爀愀搀漀 攀洀 䔀渀最攀渀栀愀爀椀愀 䌀椀瘀椀氀 ⴀ 䘀愀挀甀氀搀愀搀攀 搀攀 䔀渀最攀渀栀愀爀椀愀 搀愀 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 搀漀 倀漀爀琀漀               一漀 挀漀渀挀氀甀搀漀 ㈀ ㄀㌀ⴀ㈀ ㈀   䴀攀猀琀爀愀搀漀 䤀渀琀攀最爀愀搀漀 攀洀 䄀爀焀甀椀琀攀挀琀甀爀愀 ⴀ 唀渀椀瘀攀爀猀椀搀愀搀攀 搀愀 䈀攀椀爀愀 䤀渀琀攀爀椀漀爀               ㈀ ㄀㠀⸀ 倀爀洀椀漀 搀攀 䴀爀椀琀漀               䐀椀猀猀攀爀琀愀漀 搀攀 䴀攀猀琀爀愀搀漀 ᰠ䄀爀焀甀椀琀攀挀琀甀爀愀 攀 䌀漀渀猀挀椀渀挀椀愀 䄀洀戀椀攀渀琀愀氀ᴠ ㈀ ㄀㘀ⴀ㈀ ㄀㜀 䔀砀挀栀愀渀最攀 倀爀漀最爀愀洀 䔀刀䄀匀䴀唀匀 椀渀  䘀愀挀甀氀琀礀 漀昀 䌀椀瘀椀氀 䔀渀最椀渀攀攀爀椀渀最Ⰰ 吀爀愀昀昀椀挀 䔀渀最椀渀攀攀爀椀渀最 愀渀搀 䄀爀挀栀椀琀攀挀琀甀爀攀Ⰰ               唀渀椀瘀攀爀猀椀琀礀 漀昀 䴀愀爀椀戀漀爀 椀渀 匀氀漀瘀攀渀椀愀               䐀攀瘀攀氀漀瀀洀攀渀琀 椀渀 匀甀猀琀愀椀渀愀戀氀攀 䈀甀椀氀搀椀渀最 愀渀搀 匀甀猀琀愀椀渀愀戀氀攀 䌀椀琀礀

䌀伀一吀䔀匀吀匀 ⼀⼀ 圀伀刀䬀匀䠀伀倀匀

㈀ ㄀㘀         䔀愀爀琀栀猀栀椀瀀 匀甀洀洀攀爀 䔀砀瀀攀爀椀攀渀挀攀               䘀愀昀攀⸀ 䘀漀爀洀愀搀漀爀㨀 䔀渀最⸀ 䴀爀椀漀 刀漀爀椀稀Ⰰ 攀渀最攀渀栀攀椀爀漀 攀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀渀琀攀 搀愀 䔀愀爀琀栀猀栀椀瀀 䈀椀漀琀攀挀琀甀爀攀 倀漀爀琀甀最愀氀⸀                         䐀甀爀愀漀㨀 㠀 栀漀爀愀猀  ㈀ ㄀㠀         䤀一一䄀吀唀刀㜀 ⴀ 伀瀀攀渀最愀瀀⸀渀攀琀               䤀渀琀攀爀渀愀琀椀漀渀愀氀 䌀漀渀琀攀猀琀 ㈀ ㄀㤀         䘀漀爀洀愀漀 攀洀 䌀漀渀猀琀爀甀漀 匀甀猀琀攀渀琀瘀攀氀 瀀攀氀漀 倀漀爀琀愀氀 搀愀 䌀漀渀猀琀爀甀漀 匀甀猀琀攀渀琀瘀攀氀 ㈀ ㄀㤀               刀漀挀愀 䰀椀猀戀漀愀 䜀愀氀氀攀爀礀⸀ 䘀漀爀洀愀搀漀爀愀㨀 䄀爀焀⸀ 䄀氀椀渀攀 䜀甀攀爀爀攀椀爀漀Ⰰ 愀爀焀甀椀琀攀挀琀愀 攀 挀漀漀爀搀攀渀愀搀漀爀愀 倀䌀匀               䐀甀爀愀漀㨀 㠀 栀漀爀愀猀  ㈀ ㄀㤀         䌀漀渀昀攀爀渀挀椀愀 一漀瘀漀猀 圀漀爀欀瀀氀愀挀攀猀 ⴀ 渀娀䔀䈀漀昀昀椀挀攀⬀               刀漀挀愀 䰀椀猀戀漀愀 䜀愀氀氀攀爀礀⸀ 倀愀猀猀椀瘀䠀愀甀猀 倀漀爀琀甀最愀氀⸀

䰀䄀一䜀唀䄀䜀䔀 匀䬀䤀䰀䰀匀                           倀漀爀琀甀最甀攀猀攀⸀一愀琀椀瘀攀 䰀愀渀最甀愀最攀                           匀瀀愀渀椀猀栀⸀ ⠀猀瀀攀愀欀椀渀最Ⰰ 爀攀愀搀椀渀最Ⰰ 眀爀椀琀琀椀渀最⤀                           䔀渀最氀椀猀栀 ⠀猀瀀攀愀欀椀渀最Ⰰ 爀攀愀搀椀渀最Ⰰ 眀爀椀琀琀椀渀最⤀

倀䔀刀匀伀一䄀䰀 匀䬀䤀䰀䰀匀                           䌀爀椀琀椀挀愀氀 吀栀椀渀欀椀渀最                           倀甀戀氀椀挀 匀瀀攀愀欀椀渀最                           倀爀漀戀氀攀洀 匀漀氀瘀椀渀最

匀伀䘀吀圀䄀刀䔀 匀䬀䤀䤀䰀匀                           䄀甀琀漀挀愀搀                           刀攀瘀椀琀                           䄀爀挀栀椀挀愀搀                           匀欀攀琀挀栀唀瀀                           䄀搀漀戀攀 倀栀漀琀漀猀栀漀瀀                           䄀搀漀戀攀 䤀氀氀甀猀琀爀愀琀漀爀                           䄀搀漀戀攀 䤀渀䐀攀猀椀最渀                           䰀甀洀椀漀渀


la biennale di venezia. veneza, 2016


01

courtyard houses habitação unifamiliar projecto académico

02

mARTket bridge

03

convento de são domingos edifício religioso projecto académico

04 05 06

reGREENeration

edifício público projecto académico

desenho urbano projecto académico

makeOver remodelação de interiores projecto académico bloom

centro de interpretação da natureza | innatur 7 concurso internacional | opengap


bairro da bouça, de à lvaro Siza Veira. porto, 2013


edifĂ­cio residencial| covilhĂŁ, portugal 2015


planta de implantação - módulo tipo

As courtyard houses surgem como resposta a um programa de habitação plurifamiliar num vazio envolto por uma malha urbana complexa. O terreno de implantação consistia em espaço verde inculto distribuído em diferentes socalcos delineados pelos característicos muros de granito da região. Assim, por forma a manter a identidade do local os muros surgiram como ponto de partida para o projecto que almejou a sua preservação e, paralelamente, a sua integração visual na obra, através da concepção de edifícios de escala contida que se difundissem na paisagem e onde cada célula assumisse um carácter independente com acesso autónomo. Deste modo, projectou-se um módulo-tipo de uma habitação de tipologia T3 que se estende, em banda, ao longo dos socalcos.

alçado sul

planta do piso térreo

01

planta do andar

Por forma a seguir a linguagem estética do local, os edifícios surgem delimitados por muros de granito que envolvem os dois pátios privativos, pátios estes que funcionam como elemento de separação entre a galeria exterior e o invólucro da habitação. Na sua materialização, os edifícios combinam o uso do betão e da madeira,tanto no interior como no exterior. As habitações são compostas por dois pisos onde existe uma clara separação entre espaço privado e espaço social. No piso térreo distribuem-se a sala de estar e a cozinha, enquanto que no piso superior surgem os dois quartos, com instalação sanitária comum, e uma suíte com instalação sanitária privativa.Todos os compartimentos habitáveis assumem como pano de fundo o espaço verde dos pátios bem como a inigualável paisagem do vale da cidade que o local oferece.

corte AA’



ponte de Santiago Calatrava. veneza, 2016


edifício público | maribor, eslovénia 2016


planta de localização

planta de implantação-diagrama esquemático

estudo axonométrico - handsketch

fotomontagem - visualização 3D

É nas margens do Rio Drava, em Maribor, que emerge o presente projecto. Com o propósito de transformar/

O programa desenvolve-se a duas cotas diferentes e, com o objectivo de ser um espaço público aberto e

regenerar uma das pontes da cidade, paralelamente um dos pontos de maior importância na sua respectiva

disponível para a cidade, o projecto ambicionou criar um espaço amplo, multifuncional, que enriquecesse a

malha urbana, surge a mARTKet bridge, um espaço público que vem oferecer aos seus utilizadores um local de comércio e, paralelamente, de divulgação e celebração artística. A ideia passou pela concepção de um edifício que cumprisse a sua função de elemento de conexão entre as duas margens e que, simultaneamente, oferecesse um espaço dinâmico e público para os cidadãos. Assim, a mARTket bridge aspira manifestar a cultura de Maribor e as suas tradicionais festividades ao ar livre, oferecendo um espaço coberto e amplo que responde a esses programas tanto no verão, como no inverno. À semelhança do que ocorria inicialmente, o piso superior destina-se à circulação de veículos e, deste modo, o projecto desenvolveu-se no piso inferior tendo como obrigatoriedade a preservação da estrutura original.

02 alçado frontal

paisagem e, simultaneamente, que permitisse a valorização da paisagem exterior através dos seus generosos vãos envidraçados. No coração do edifício surge a cafetaria/restaurante, um espaço de encontro orientado para o alçado poente do edifício e com vista sobre o rio e a cidade. O acesso desenvolve-se tanto no exterior, através das galerias que fazem a comunicação com as duas margens, como pelo interior, através do espaço central, de cota mais alta, onde se situa o indoor market. Em ambos os extremos norte e sul foram projectadas duas salas amplas e, por conseguinte, de carácter polivalente, que se destinam maioritariamente à exibição de espectáculos e à exposição artistíca.


corte transversal


votivkirche church. viena, 2017


edifĂ­cio religioso| covilhĂŁ, portugal 2018


s+/-s0.00 +/-=0.00 330= 330

GSEducationalVersion GSEducationalVersion

planta de implantação

diagrama esquemático funcional

s+/- 1.385

s+6.40

s+/- 0.00 = 330

s+/- 1.385

s+6.40

GSEducationalVersion GSEducationalVersion

caracterizada pelos vastos espaços naturais que a rodeiam e pelos seus típicos socalcos que habitam

encontro de Deus esquecendo a confusão da vida citadina, o convento encontra-se centrado num jardim

03 s+6.40

a cidade em harmonia com os seus, também típicos, muros graníticos. Assim, o sítio foi o ponto de

pormenor construtivo da cela

Com o intuito de criar um lugar onde se possa ouvir o silêncio, onde se possa rezar e ir de facto ao

s+s 6.00+ 6.00

s+/- 0.00 = 330

A Covilhã, sendo uma cidade situada junto à Serra da Estrela, é senhora de uma peculiar topografia

planta de cobertura

onde as árvores são predominantes e actuam como cortina e barreira para o mundo exterior.

s+6.40

partida para o desenvolvimento conceptual do projecto. No centro do lote existia uma ruína contígua GSEducationalVersion GSEducationalVersion

a dois muros graníticos que em tempos marcaram a fronteira entre uma ribeira e as suas margens. A igreja ergueu-se no espaço das ruínas pré-existentes e os muros foram preservados sempre que pos-

através de uma galeria porticada circundante, permitiu a criação de um plano horizontal contínuo em direcção à depressão da encosta.

s+6.00

s+3.015

s+6.00

s+3.015

s+1.608

elemento neutro central e que separa o convento, a poente, da Igreja, a nascente.

s+1.608

s+s 1.608 + 1.608

Pela cota mais baixa do percurso, entre ambos os muros, surge o volume da portaria que actua como

s- 0.9

s- 2.00

cariz privado.

s- 0.9

s- 2.00

sível, acabando por actuar como fronteira, física e conceptual, entre os espaços de cariz público e de

Para adoptar uma estratégia de coerência com o local optou-se por um projecto sóbrio e racional que,

A horizontalidade do projecto foi um dos pontos imprescindíveis para a distribuição do programa, criando-se um edifício maioritariamente de um só piso, à excepção do volume das celas, que permite ler além da construção e em todas as direcções a continuidade do espaço verde.

s+/- 0.00 = 330 s+/- 0.00 = 330

s- 2.00 s- 2.00

s+6.40

s+ 6.00

4

s+6.40

4

4 s- 6.77

0 0

0

1

1

2

2

3 3

3

0808

2

3

0909

2

ESCALA ESCALA 1:100 1:100

ESCALA ESCALA 1:100 1:100

1

1

CONVENTO CONVENTODEDESÃO SÃODOMINGOS DOMINGOS ALÇADO ALÇADO SULSUL

Madeira Madeira Ebony Ebony

s- 2.00

s- 2.77

s- 6.77

0

Betão Betão cofragem cofragem de madeira de madeira

s- 2.00

Muro Muro de Granito de Granito

s+ 1.608

s- 2.77

Terreno Terreno Natural Natural

s+ 1.608

s- 2.77 s- 2.77

s+6.00

s- 6.77 s- 6.77

s+3.015

CONVENTO CONVENTODEDESÃO SÃODOMINGOS DOMINGOS ALÇADO ALÇADO NASCENTE NASCENTE

LEGENDA: LEGENDA:

s+ 6.00

4

LEGENDA: LEGENDA:

s+6.00

Madeira Madeira Ebony Ebony

s+3.015

4

4 4

4

alçado frontal


s+0.00 (C.S. 330)

s+0.00 (C.S. 330)

s+ 6.00

GSEducationalVersion

GSEducationalVersion

s+6.10

s+3.00

s+ 6.00

s+6.10

s+3.00

s+6.10

s+3.00

s+ 1.608

4

4

1

1

05 CORTE

2

1

3

06

2

3

ESCALA 1:100

CORTE

07

3

ESCALA 1:100

CORTE

2

ESCALA 1:100

CONVENTO DE SÃO DOMINGOS

0

Portas de madeira peroba gris Betão cofragem de madeira Muro de Granito Terreno Natural

0

CONVENTO DE SÃO DOMINGOS

0

CONVENTO DE SÃO DOMINGOS

LEGENDA:

4

LEGENDA: Madeira Ebony Betão cofragem de madeira

4

4

4

corte da biblioteca

planta de piso pormenores construtivos da cozinha


“olhando e ilhando� - passeio por uma ilha. porto, 2015.


estratĂŠgia urbana| porto, portugal 2018


área de intervenção

museu

jardins românticos - existente

praça pública

comércio

habitação - existente

04

O projecto consistia na criação de uma estratégia para um vazio urbano contíguo à Rua D. Pedro V, na cidade do Porto, que previsse a inserção de um espaço destinado a um edifício de cariz museológico. O local a intervir consistia num vale de terreno culto e inculto com alguns edifícios ocupados e outros devolutos, sendo um ponto de forte identidade devido à sua urbanização casuística e espontânea. No extremo norte do lote existia uma fonte natural e um ribeiro que se preservaram e enalteceram. Uma vez que o objectivo era criar um espaço público, estipulou-se inicialmente que o objectivo da proposta seria a criação de um espaço aberto alternativo destinado maioritariamente ao lazer, ao turismo e à cultura e, paralelamente, que servisse de ‘pulmão verde’ a esta zona da cidade através da criação de um vasto jardim. A implantação, tanto do museu como dos restantes equipamentos propostos, deveria acompanhar o movimento do terreno e fazer uso dos vários socalcos que o caracterizavam.


O museu surge em duas cotas diferentes, por forma a unificar o espaço e o ponto mais alto e mais baixo do vale. O ponto mais baixo usufrui dos jardins envolventes, enquanto que o corpo situado à cota mais alta é priveligiado através da paisagem do rio Douro.

O facto do local ter um declive acentuado foi visto como uma oportunidade para criar diferentes atracções consoante a cota das plataformas. Uma vez que o local se encontra a escassos metros do rio Douro, as plataformas mais altas do parque consistem em espaços verdes com o propósito de miradouro.

O bairro comercial surge como uma tentativa de manter a identidade do local através da preservação da sua forma e das sua linguagem arquitectónica. Para a sua execução houve a construção de novos volumes que vieram preencher os vazios que se encontravam neste núcleo urbano e que comunicam com a rua D. Pedro V.

O projecto dedica-se a ser uma zona de ócio e lazer, bem como de contemplação com os seus vastos jardins. Assim, ao longo dos vários percursos multisensoriais foram previstos vários equipamentos destinados a zonas de esplanada - cafetarias e praças públicas.

A sustentabilidade e a minimização do impacte ambiental do projecto eram dois dos objectivos primordiais. Deste modo, por forma a evitar a criação de vias de trânsito, previu-se a introdução de um edifício de estacionamento, contíguo à Rua D. Pedro V, que comunica diretamente com o museu e com o bairro comercial.

Com o objectivo de colmatar um vazio urbano que surge da demolição de um edíficio devoluto surge uma zona de restauração que tem como conceito a ilha. Os edificios, que assumem uma arquitectura típica do Porto, envolvem uma praça pública destinada a zona de esplanada exterior com pequenos jardins e pontos de água.

O local de intervenção encontra-se perto de algumas Universidade e, simultaneamente,de uma residência de estudantes. Por esse motivo, propôs-se a inserção de um edifício de estudo que se localiza numa das plataformas superiores, junto ao museu.

O projecto foi pensado por forma a intervir o mínimo possível na topografia do local e respeitar ao máximo a sua identidade. A reflorestação do vale e a criação de jardins e praças multisensoriais, com a inserção de plantas autóctones e a criação de vários percursos de contemplação vem, simultaneamente, criar um novo ‘pulmão verde’ nesta área da cidade do Porto.

Assim, a proposta passou pela criação de um parque, o Parque de Vilar, que regenerou tanto o espaço verde como as construções existentes sendo que, paralelamente, as novas construções, à excepção do museu e dos edifícios existentes, seguiriam a ideia do Quinto Alçado do Porto, através de uma abordagem sustentável onde os volumes surgem enterrados nos socalcos do terreno, a cotas distintas, ou como se fossem uma continuação ou acréscimos efetuados na topografia natural. Deste modo, surge a ideia de manter o bairro localizado na vertente sul do lote mas revitalizá-lo, ‘reciclá-lo’ e regenerá-lo num espaço comercial atrativo com uma vasta diversidade de cenários e serviços, mantendo assim a linguagem arquitectónica da Rua D.Pedro V e resolvendo a tensão existente entre o tecido urbano adjacente e o espaço natural do vale. O elemento água, com tanta história neste precioso vale, destaca-se visualmente,enaltecendo a história do local e, simultaneamente, criando duas margens que separam os dois conceitos do projeto: o jardim como bairro, o bairro como jardim.


mercado de portalegre. portalegre, 2015


remodelação de interiores| maribor, eslovénia 2017


05 Visualização 3D - vista geral

planta de alterações

0,300

3,767

1,798

0,300

0,500

1,000

1,244

1,262 0,150 0,500

3,564

4,899

0,600 1,819

0,600

2,464

0,500

0,220

0,150

3,834

1,801

1,050

1,327

1,798

1,485

4,067 2,851

0,600

1,569

1,195

0,500

0,599

1,319

0,917

planta do piso

No espaço social a escadaria de acesso funciona como ilha de circulação. Ao seu redor integrou-se a cozinha, a sala de estar e a sala de jantar, servindo este elemento para reservar alguma privacidade à zona de estar. Já a uma cota superior surge a zona do escritório/biblioteca onde a parede de arrumação actua como uma cortina que esconde o acesso à zona privativa. A proposta reservou todo o alçado nascente para a suíte onde, seguindo a lógica do espaço social, os compartimentos são distribúidos ao redor de uma ilha de circulação que assume a função de closet e que faz a separação entre o quarto e a instalação sanitária. planta do piso

0,500 1,800

0,900

2,802

1,305 0,300

4,303

2,800

1,791

0,459

0,917

2,102

1,234

1,511

0,577 3,920 1,414

0,538 1,200

0,375 0,905

GSEducationalVersion

Visualização 3D - o quarto

2,764

0,950

4,303

GSEducationalVersion

1,000

O projecto consistia na remodelação do andar de um edifício residencial de dois pisos situado em Maribor, na Eslovénia. Toda a fachada do edifício deveria manter-se intocada, à excepção de dois vãos que estavam sinalizados e que se poderiam abrir. A proposta consistiu numa habitação de tipologia T1 que seguisse uma lógica open-space onde, simultaneamente, houvesse uma clara separação entre a zona privativa e a zona social. Uma vez que o pé direito do andar era considerável, criaram-se desníveis no andar por forma a aumentar a legibilidade da separação dos espaços. O conceito do projecto seria a criação de duas ilhas centrais, tanto no espaço privado como no espaço social, em torno das quais se desenvolveriam todos os compartimentos habitáveis.

1,715

axonometria


corte longitudinal

corte transversal

corte transversal

visualização 3D - a sala de estar

visualização 3D - o escritório


the underground market of split. croรกcia, 2017


centro de interpretação da natureza | concurso de ideias INNATUR7, opengap 2018




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.