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APRESENTAÇÃO Este catálogo reúne um conjunto de produções artísticas brasileiras e europeias fotografadas nos acervos dos museus de São Paulo. O foco dado aos museus deve-se à compreensão de que ele é uma das instâncias fundamentais do sistema de arte, e de sua atuação ter desdobramentos relevantes no campo da crítica e da história da arte. Realizamos um mapeamento das escolas artísticas que balizaram o desenvolvimento estético da cultura ocidental de modo a compreender as modificações ocorridas na arte através de diferentes cenários históricos. Com a pesquisa em curso, fomos nos capacitando para melhor compreender, do ponto de vista teórico e formal, as diferentes manifestações artísticas, desde a Idade Moderna até os dias atuais, e também as concepções de arte que marcam a diversidade dessas obras. Boa parte das fotos foram feitas no Museu de Arte de São Paulo - MASP e na Pinacoteca do Estado. A exposição do MASP, “Acervo em transformação” apresenta uma seleção de 119 obras provenientes de diversas coleções do museu, abrangendo um amplo corte temporal que vai do século 4 a.C. a 2008. Nela, o museu retoma a sua expografia original em que dispunha as obras em cavaletes de cristal projetados por Lina Bo Bardi. Essa disposição foi projetada para a abertura da atual sede do museu em 1968 e se mantivera até 1996, momento em que os cavaletes foram removidos. As obras selecionadas para este catálogo compreendem diversas escolas artísticas europeias e o modernismo brasileiro. No entanto, ressalta-se 4 |
que algumas obras utilizadas aqui para compor o que conhecemos como Vanguarda Europeia foram selecionadas do acervo de produções brasileiras produzidas por modernista. Essa escolha é justificada pelo fato de que o próprio Modernismo Brasileiro buscou nas Vanguardas Europeias referências conceituais e inspirações. A exposição Arte no Brasil: uma história na Pinacoteca de São Paulo é centrada nas obras que integram o acervo do museu, e organizada em uma ordem cronológica desde o período colonial até meados dos anos 30. São cerca de 500 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias, de autoria de importantes artistas para a história da arte brasileira daquele período, como Debret, Taunay, Facchinetti, Almeida Junior, Eliseu Visconti, Pedro Alexandrino, Candido Portinari, Lasar Segall, entre outros. As obras fotografadas para compor este catálogo trazem uma visão da produção brasileira modernista. A fotografia como registro nas áreas de documentação e curadoria exerce importante função nos museus. Tanto para a divulgação das obras como para documentar o acervo, a fotografia se faz necessária. Esta pesquisa nos proporcionou a compreensão das principais etapas de produção fotográfica e de catalogação dessas fotografias. Esperamos que o acervo registrado aqui contribua para que mais jovens fotógrafos se inspirem para olhares mais livres, menos domesticados. | 5
SUMÁRIO
08 RENASCIMENTO 16 MANEIRISMO 24 BARROCO 34 ROCOCÓ 38 ROMANTISMO 42 IMPRESSIONISMO
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50 PÓS-IMPRESSIONISMO 56 EXPRESSIONISMO 62 CUBISMO 70 MODERNISMO 78 ABSTRACIONISMO 84 POP
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RENASCIMENTO
Renascimento e renascença são os termos usados para identificar um período da História da Europa, aproximadamente entre fins do século XIV e o fim do século XVII. Os estudiosos, contudo, não chegaram a um consenso sobre essa cronologia, havendo variações consideráveis nas datas. Seja como for, o período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana. Apesar de estas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo
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é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências. Chamou-se “Renascimento” em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como entendemos hoje surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt “A Cultura do Renascimento na Itália” (1867), onde ele definia o período como uma época de “descoberta do mundo e do homem”.
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Andrea Mantegna ISOLA DE CARTURO, ITÁLIA 1431 - MÂNTUA, ITÁLIA, 1506
São Jerônimo penitente no deserto, 1448-51 Têmpera sobre madeira Doação Câmara Munial de São Paulo, 1952
Andrea Mantegna frequentou o ateliê do artista Francesco Squarcione (1397-1468) dos 12 aos 17 anos, quando se emancipou e pintou os famosos afrescos sobre a vida de são Tiago na Capela Ovetari, em Pádua, parcialmente destuiídos na Segunda Guerra Mundial. A pintura do MASP, São Jerônimo penitente no deserto retrata o santo no deserto de Cálcis da Celessíria, na Síria, como exemplo do eremita que busca desenvolvimento intelectual e penitência na solidão. A cena apresenta alguns atributos tradicionais do santo, ao mesmo tempo asteca e erudito estudioso: o leão de cuja pata Jerônimo teria retirado um espinho, o chapéu vermelho de cardeal, a vela acesa na caverna diante de um crucifixo e a imersão na oração entre os livros fechados. A autoria da pintura foi por muito tempo questionada, mas algumas características da obra se assemelham às de outros exemplos de mantegna: a coruja, que se repete nos afrescos da Capela Overati, assim como os rochedos e a nuvem prateada, semelhantes aos pintados na Oração no horto, do acervo da National Gallery of Art, em Washington. 10 |
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Giovanni Bellini VENEZA, ITÁLIA, 1430/35-1516
A Virgem com o Menino de pé, abraçando a mãe (Madonna Willys), 1480-90 Óleo sobre madeira Doação Welther Moreira Sales, 1957
Membro de uma família de artistas, Bellini colaborava com o pai, o pintor Jacopo Bellini até começar a receber encomendas próprias. O artista assimilou de seu cunhado, o pintor Andrea Mantegna qualidades como o desenho rigoroso e a expressividade das figuras retratadas. Bellini desenvolveu um estilo pessoal no trato da luz. A partir de 1483, tornou-se pintor oficial da República de Veneza, onde comandava o maior ateliê da época, tendo Ticiano e Giorgione entre seus alunos. Na pintura do MASP, A Virgem com o Menino de pé, abraçando a mãe (Madonna Willys) Belline mostrou uma certa distância entre Maria e Jesus. Embora os corpos estejam próximos, as expressões faciais são melancólicas e Maria parece se esquivar, não há a mesma ternura presente nas outras madonas italianas do período. Nessa obra, Bellini incorporou a espacialidade proposta pela pintura florentina, marcada pela profundidade de espaço, sem perder o simbolismo e certo rigor formal característico da tradição de origem bizantina.
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Sandro Botticelli e ateliê FLORENÇA, ITÁLIA, 1445-1510
Virgem com o Menino e são João Batista criança, 1490-1500 Têmpera sobre madeira Doação dona Sinhá Junqueira, 1947
O nome Botticelli deriva da palavra battiloro, aprendiz de ouvires em italiano, primeira ocupação do artista em Florença. Etudou no ateliê de Filippo Lippi até 1467, quando se associou a Andrea del Verrocchio para atender às encomendas de pintura que recebia.Em 1470, abriu seu próprio ateliê, onde trabalhava com a colaboração de aprendizes, prática comum no período. Logo depois, alcançou a posição de mestre e vinculou-se ao mecenato dos Médici, importante família de banqueiros que patrocinou grande parte da produção artística e arquitetônica da cidade. A historiografia aponta a obra do MASP, Virgem com o Menino e são João Batista criança, como uma pintura feita pelo próprio Botticelli com alguns elementos executados pelos auxiliares de seu ateliê, como a figura de João Batista e a paisagem. A produção do artista foi bastante influenciada pela filosofia neoplatônica. A obra do MASP, no entanto, pertence à última fase da atividade do artista, influenciada pelos ideais religiosos de Girolamo Savonarola.
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MANEIRISMO
O Maneirismo foi um estilo e um movimento artístico que se desenvolveu na Europa aproximadamente entre 1515 e 1600 como uma revisão dos valores clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo renascentista e cristalizados na Alta Renascença. O Maneirismo é mais estudado em suas manifestações na pintura, escultura e arquitetura da Itália, onde se originou, mas teve impacto também sobre as outras artes e influenciou a cultura de praticamente todas as nações europeias, deixando traços
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até nas suas colônias da América e no Oriente. Tem um perfil de difícil definição, mas em linhas gerais caracterizou-se pela deliberada sofisticação intelectualista, pela valorização da originalidade e das interpretações individuais, pelo dinamismo e complexidade de suas formas, e pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior emoção, elegância, poder ou tensão. É marcado pela contradição e o conflito e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições.
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Jan van Dornicke ANTUÉRPIA, BÉLGICA, CIRCA 1470-CIRCA 1527
Tríptico: Cristo carregando a cruz, a crucificação e o sepultamento, sem data Óleo sobre madeira Doação Clea Dalva e Aloysio de Andrade Faria, 2004
Jan van Dornicke era filho de um escultor e atuou na Antuérpia entre 1509 e 1527, sendo um dos mais importantes mestres da cidade na época. Estima-se que existam apenas 20 obras suas conservadas, uma delas doada ao MASP em 2004. O retábulo possivelmente realizado na década de 1520, é composto de três painéis figurando Cristo carregando a cruz, a crucificação e a deposição de Cristo no sepulcro. Há certo decoro nos gestos e nas expressões teatrais das personagens; as figuras em primeiro plano conformam núcleos independentes na cena, de modo que o olhar possa seguir diversas e conflitantes narrativas, em que a dor e a compaixão se mesclam com a violência mais brutal. As cores das roupas das mulheres e dos ornamentos suntuosos dos guerreiros destacam os protagonistas desses contrastes dramáticos. As composições são inspiradas nas xilogravuras de Albrecht Durer e Lucas Cranach, o Antigo. As partes laterais da obra podem ser fechadas ou abertas para ocultar ou revelar as pinturas internas, conforme as exigências do calendário litúgico. 18 |
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Françõis Clouet TOURS, FRANÇA, CIRCA 1510- PARIS FRANÇA, 1572
O banho de Diana, 1559-60 Óleo sobre madeira Compra,1958
François Clouet começou a pintar com o pai e pintor Ramengo Jean Clouet [1480-1541], a quem sucedeu como pintor de corte. Manteve-se nesse cargo durante quatro reinados da dinastia Valois na França, alcançando grande renome pelos retratos e realizando pinturas históricas e mitológicas inspiradas nas criações dos artistas maneiristas italianos. A obra do MASP possui três outras versões, todas na França. O banho de Diana (1559-60) remete ao mito narrado na teogonia, do poeta grego Hesiodo e nas Metamorfoses de Ovídio. No mito, Acteão é caçado pelos seus próprios cães, depois de ser transformado em cervo por Diana, deusa da lua e da natureza, enfurecida ao ser surpreendida nua em seu banho com as ninfas. No entanto, a presença de dois sátiros na cena contraria essa interpretação, sugerindo uma outra da imagem, à luz de eventos da época: acredita-se que ela insinue a morte do rei Henrique I, representada pelo cervo sendo comido no canto direito e sua sucessão por Francisco II, o cavaleiro que chega à esquerda.
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Frans Post HAARLEM, HOLANDA, 1612-1680
Paisagem com jiboia, circa 1660 Óleo sobre a tela Doação Max Lowenstein, 1961
Frans Post nasceu em uma família de artistas e foi pintor, desenhista e gravador. Chegou ao Brasil em 1637, aos 25 anos, integrando a comitiva de Maurício de Nassau durante a ocupação holandesa em Pernambuco [1630-24]. Morou no Recife até 1644, período em que produziu dezoito paisagens, sendo que hoje se conhece a localizalçao de apenas sete delas. Foi, portanto o primeiro pintor europeu a representar a paisagem brasileira com base na observação da realidade. Após sua volta à Holanda, Post continuou realizando pinturas de temas brasileiros a partir de esboços e desenhos feitos no país. O MASP possui cinco obras do artista, entre elas Paisagem com jiboia. Na cena, a serpente foi pintada à direita, como se estivesse à espera de uma presa; a igreja destelhada lembra a destruição dos edifícios religiosos católicos da cidade pelos holandeses. Essa pintura é um dos melhores exemplos do cuidado de Post ao retratar aspectos da vida na colônia, da fauna e da flora do Brasil.
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BARROCO Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contrarreforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora a interpretando diferentemente. Enquanto no Renascimento o tratamento das temáticas enfatizava qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior
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dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são bem evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de abordagens que foram englobadas sob a denominação genérica de “arte barroca”, com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele, o que tem gerado muita polêmica e pouco consenso na conceituação e caracterização do estilo. Para diversos pesquisadores o Barroco constitui não apenas um estilo artístico, mas todo um período histórico e um movimento sociocultural, onde se formularam novos modos de entender o mundo, o homem e Deus.
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Diego Velázquez SERVILHA, ESPANHA, 1599-MADRI, ESPANHA, 1660
Retrato do conde-duque de Olivares, 1624 Óleo sobre tela Doação extensa, 1448
Veláquez foi aluno em servilha do pintor e teórico Francisco Pacheco, que se tornaria seu sogro e mentor. Suas primeiras obras foram cenas de vida popular e religiosas inspiradas no vigoroso realismode Caravaggio. O apoio de Dan Gaspar de Guzmán, conde-duque de Olivares, poderoso primeiro-ministro do MASP, proporcionou a Velázquez a nomeação a pintor a nomeação o pintor de corte, com apenas 25 anos de idade. No quadro, Olivares exibe numerosos simbolos de poder: a grande chave, as , as duas esporas na cintura, a longa corrente de ouro, que eram o distitivo das cargas de Sumiller de Corps e de Caballerizo Mayor, recebidas pelo menistro desde 1622, que lhe davam acesso irrestrito aos aposentados do rei; a cruz vermeçda da Ordem de Alcântara no peito é símbolo de pertencimento á mais alta nobreza casrelhana; o bigode opulento e a barba bem-feita são sinais de cuidado pessoal e afirmaçaõ de masculinidade Velázquez representa no seu patrono a fugira ideal do “Valido del Rey”, o braço direito do monarca, verdadeiro dono do reino. 26 |
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Frei Agostinho de Jesus RIO DE JANEIRO, BRASIL, 1600-1661
Nossa Senhora dos Prazeres, primeira metade do século 17 Barro cozido e policromado Coleção Orandi Momesso
Frei Agostinho de Jesus foi um dos primeiros escultores a trabalhar no Brasil. Possivelmente foi tudo de um discípulo do frei Agostinho da Piedade, trabalhando em estilo semelhante na produção de estatuária sacra em terracota. A atuação de Frei Agostinho de Jesus no mosteiro paulista marca o início da escultura brasileira, verdadeiro prelúdio da arte nacional, na medida em que distante das influências externas do barroco português em voga no litoral, ele cria uma arte com características próprias, símbolo da integração entre povos.
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Rembrandt van Rijn e ateliê LEIDEN, HOLANDA, 1606-AMSTERDÃ, HOLANDA, 1669
Retrato de jovem com corrente de ouro (Autorretrato), circa 1635 Óleo sobre madeira Doação extensa, 1449
Depois de manter um ateliê em leiden por cinco anos, Rembrandt mudou-se para Amsterdãonde aonde fez fama e foturna pintando especialmente retratospara coleções particulares. O sucesso que alcançou como pintor foi tão grande que, em torno de 1633, comandava um dos maiores ateliês da Europa, em um palácio de quatro andares no centro de Amsterdã. Na década de 1640, uma série da infortúnias pessoais e profissionais levaram Rembrandt a uma decadência gradual. Ele então abandonou o acabamento e correção de seu primeiro estilo para se dedicar a um estudo profundo da luz, que resultou em uma sublime intensidade emotiva das pinturas e das gravuras. O Retrato de jovem com corrente de ouro é tradicionalmente apontado com um autorretrato, embora a crítica comtemporãnea tenda a contestar essa hipótese. A presença de uma assinatura visível apenas à luz infravermelha e de um pentimento à altura do peito podem reforçar a ideia de uma intervenção direta do pintor na obra.
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Giuseppe Mazzuoli VALTERRA, ITLÁLIA, 1644 - ROMA, ITÁLIA, 1725
Diana Adormecida, 1690 - 1700 Mármore Doação Cia. Siderúrgica Belga-Mineura S,A. Banco do Estado, Antonio Sanches de Larragoiti Jr, Miguel Mauricio e Clemente de faria, 1950
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ROCOCÓ
O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa “concha”, associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como, por exemplo, a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético que floresceu na Europa entre o início e o fim do século XVIII, migrando para a América e sobrevivendo em algumas regiões até meados do século XIX. O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 1720 e perdurou até aproximadamente 1770 como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV. Caracterizou-se
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acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a simetria tinham um papel fundamental na composição da obra. Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, com importantes centros de cultivo na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, com alguma representação também em outros locais, como a Península Ibérica, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo às Américas.
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Atribuído a Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) VILA RICA DE OURO PRETO, MINAS GERAIS, BRASIL, 1730-1814
São Francisco de Paula, 1760-80 Madeira policromada e metal Doação Pirelli S.A, 1999
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ROMANTISMO
O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e dese-
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jos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo. O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.
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Eugène Delacroix CHARENTON SAINT-MAURICE, FRANÇA, 1798-PARIS, FRANÇA, 1863
O outono - Baco e Ariadne, 1856-63 Óleo sobre tela Compra, 1958
Estudioso das clássicas, Delacroix escreveu sobre sua obra e de outros artistas ao longo da vida, o que contribuiu para que se tornasse um modelo intelectual da pintura e romândismo. Viajou para conhecer pessoalmente o pintor john Constable (1776-1837), na Inglaterra, e a obra de Francisco Goya y Lucientes (1746-1828) na Espanha. Essas referências foram fundamentais para que Delacroix se desprendesse do rigor tradicional da pintura francesa, buscando sugerir sensações mais que ser fiel à representação.
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IMPRESSIONISMO
Impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura francesa do século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Belle Époque ou Bela Época em português. O nome do movimento é derivado da obra “Impressão: nascer do sol” (1872), de Claude Monet. Começou com um grupo de jovens pintores que rompeu com as regras da pintura vigentes até então. Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais
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de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.
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Pierre-Auguste Renoir LIMAGES, FRANÇA, 1841- COGNES-SUR-MER, FRANÇA, 1919
Rosa e azul- As meninas Cohen d’Anvers, 1881 Óleo sobre tela Doação do povo de São Paulo, 1952
As doze pinturas de Renoir na coleção do MASP cobrem quase toda a carreira do artista, da juventude à velhice, Rosa e azul- As meninas Cohen d’Anvers, retrata as meninas da família Cohen d’Anvers. Durante a exposição da obra na Fondation Pierre Gianadda, na Suíça. em 1987, revelou-se o destino cruel de Elisabeth, a garota de azul. Enquanto visitava a mostra, um sobrinho seu a reconheceu e escreveu ao MASP contando que, em 1944, ela havia morrido em um trem a caminho do campo de concentração de Auschwitz, aos 69 anos. A pintura destacou-se, no conjunto, pelo detalhamento expecional dos vestidos, pelos relevos em branco que formam os babados e pelo cetim reluzente.
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Claude Monet PARIS, FRANÇA, 1840- GIVERNY, FRANÇA, 1926
A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny, 1920-24 Óleo sobre tela Doação Louis la Saigne, 1948
As duas obras do MASP foram pintadas em Giverny, para onde Monet se mudou em 1883. A ponte janponesa sobre a lagoa das ningeias em Giverny é uma pintura dos últimos anos de vida do pintor. Nas obras desta fase, a forma dos objetos representados se desfaz, já que a definição da imagem perde lugar para os efeitos das manchas na superfície da tela. Vista de perto, a massa de tinta é mais fina e mais espaçada que o habitual. Na época, certa critíca atribuiu tal efeito das obras à doença que afligia a vista do velho artista, sem considerar o significado de sua escolha gradativa por afastarse da verossimilhança da figuração.
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Claude Monet PARIS, FRANÇA, 1840- GIVERNY, FRANÇA, 1926
Passeio de barco no rio Epte, 1890 Óleo sobre a tela Doação Louis la Saigne, 1948
As irmãs de Suzanne e Blanche Hoschede pousou para esta série de imagens. Uma das características mais singulares da canoa no Epte no contexto Monet é a proximidade da água, que assume na parte inferior da composição uma realidade quase tátil, como se o pintor pela primeira vez não queria representar os reflexos luminosos de sua superfície, mas a sua profundidade.
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PÓS-IMPRESSIONISMO
O pós-impressionismo foi a expressão artística utilizada para definir a pintura e, posteriormente, a escultura no final do impressionismo, por volta de 1885, marcando também o início do cubismo, já no início do século XX. O pós-impressionismo designa-se por um grupo de artistas e de movimentos diversos onde se seguiram as suas tendências para encontrar novos caminhos para a pintura. Estes acentuaram a pintura nos seus valores específicos – a cor e bidimensionalidade. A maioria de seus artistas iniciou-se como impressionista, partindo daí para diversas tendências distintas. Chamavam-se genericamente pós-impressionistas os artistas que não mais representavam
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fielmente os preceitos originais do impressionismo, ainda que não tenham se afastado muito dele ou estejam agrupados formalmente em novos grupos. Sentindo-se limitados e insatisfeitos pelo estilo impressionista, alguns jovens artistas queriam ir mais além, ultrapassar a Revolução de Monet. Aí se encontra a gênese do novo movimento, que não buscava destruir os valores do grande mestre, e sim aprimorá-los. Insurge-se contra o impressionismo devido à sua superficialidade ilusionista da análise à realidade. Movimentos impressionistas como o Pontilhismo ou o Divisionismo nunca são chamados pós-impressionistas, mas sim de neoimpressionistas.
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Paul Cézanne AIX-EN-PROVENCE, FRANÇA, 1839-1906
Paul Alexis lê um manuscrito a Zola, 1869-70 Óleo sobre tela Doação Congresso Nacional, 1952
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Vicente van Gogh GROOT ZUNDERT, HOLANDA, 1853 AUVERS-SUR-OISE, FRANÇA, 1890
O escolar (O filho do carteiro), 1888 Óleo sobre tela Doação, 1952
Van Gogh adquiriu interesse pela pintura trabalhando para o marchand Goupi, na Holanda e em Londres. Posteriormente se dedicou à carreira religiosa entre os mineiros pobres da Bélgica, até ser demitido por aopiar as lutas dos trabalhadores. Lá começou a pintar e fez sua primeira obra notável. As cartas de Van Gogh endereçadas ao irmão Theo van Gogh, são documentos fundamentais para a compreensão da obra. O modelo de “O escolar” é, como comprova o estudo das cartas do artista, Camille, e o filho do carteiro Joseph Roulin. Vários membros da família Roulin posaram para Van Gogh em Arles. O mesmo fundo amerelo e vermelho foi utilizado em outras obras dessa fase, incluindo seus autorretratos. As cores vibrantes e saturadas deixam as marcas das pinceladas mais evidentes.
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EXPRESSIONISMO
Com uma visão trágica do ser humano, o Expressionismo, como o próprio nome suscita, busca ser uma expressão dos sentimentos e das emoções do autor da obra. Assim, os artistas exageram e distorcem os temas em seu processo de catarse. Revelando o lado pessimista da vida, esta escola utilizou a arte enquanto forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado, fruto da sociedade moderna, industrializada. Iniciado no fim do século XIX por artistas plásticos da Alemanha, alcança seu auge entre 1910 e 1920 e expande-se para a literatura, a músi-
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ca, o teatro e o cinema. Em função da I Guerra Mundial e das limitações impostas pela língua alemã, tem maior expressão entre os povos germânico, eslavo e nórdico. Na França, porém, manifesta-se no fauvismo. Após o fim da guerra, influencia a arte em outras partes do mundo. No Brasil, destacou-se Cândido Portinari (1903-1962), que representou em suas obras as mazelas do povo nordestino. Além dele, Anita Malfatti (18891964) foi responsável pelas obras de retratos nus, cenas cotidianas e paisagens.
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Candido Portinari BRODOWSKI, SP, 1903 - RIO DE JANEIRO, RJ, 1962
Busto do poeta Felippe Daudt d´Oliveira, 1933 Óleo sobre tela Aquisição, 1963-64
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Candido Portinari BRODOWSKI, SP, 1903 - RIO DE JANEIRO, RJ, 1962
Familía, 1935 Óleo sobre tela Acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky Obra em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
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CUBISMO
Este movimento artístico tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo. O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d’Avignon,
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pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Nesta obra, este grande artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso, quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como, por exemplo, o ex-fauvista francês – Georges Braque – há uma forte influência das esculturas africanas e também pelas últimas pinturas do pós-impressionista francês Paul Cézanne, que retratava a natureza através de formas bem próximas as geométricas.
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Emiliano Di Calvacanti RIO DE JANEIRO, RJ, 1897 - RIO DE JANEIRO, RJ, 1976
Cinco moças de Guaratinguetá, 1930 Óleo sobre tela Doação Congresso Nacional, 1952
Na juventude, Di Cavalcanti frequentou ateliês e tornou-se ilustrador e editor de arte em periódicos. Em 1917, residiu em São Paulo, onde frequentou o curso de Direito no Largo São Francisco e o ateliê de Georg Elpons. Conviveu com artistas e intelectuais paulistas como Oswald de Andrade e Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, entre outros. Idealizou e participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo. Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo). Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).
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Tarsila do Amaral CAPIVARI, SP, 1886 - SÃO PAULO, SP, 1973
Antropofagia, 1929 Óleo sobre tela Acervo da Fundação José e Paulina Nemirovsky Obra em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
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Tarsila do Amaral CAPIVARI, SP, 1886 - SÃO PAULO, SP, 1973
São Paulo, 1924 Óleo sobre tela Compra do Governo do Estado de São Pailo, 1929
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MODERNISMO
Chama-se genericamente modernismo (ou movimento modernista) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam. Encaixam-se nesta classificação, dentre outros campos culturais, a literatura, a arquitetura, design, pintura, escultura, teatro e a música moderna. O movimento modernista baseou-se na ideia de as formas “tradicionais” das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova
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cultura. Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as “marcas antigas” e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao “progresso”. Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo. A palavra “moderno” também é utilizada em contraponto ao que é ultrapassado. Neste sentido, ela é sinónimo de contemporâneo, embora, do ponto de vista histórico-cultural, moderno e contemporâneo abranjam contextos bastante diversos.
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Victor Brecheret FARNESE, ITÁLIA, 1894- SÃO PAULO, BRASIL, 1995
Autorretrato, 1940 Terracota Doação do artista, 1953
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Auguste Rodin PARIS, FRANÇA, 1840- MEUDON, FRANÇA, 1917
A eterna primavera, após 1897 Bronze Doação Francisco Pignatari e Nelita Alves de Lima Pignatari, 1954
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Emiliano Di Calvacanti RIO DE JANEIRO, RJ, 1897 - RIO DE JANEIRO, RJ, 1976
Casa vermelha, década de 1940 Óleo sobre tela Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1970
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ABSTRACIONISMO
A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata. Abstracionismo Sensível ou Informal, predominam os sentimentos e emoções. As cores e as formas são criadas livremente. Na Alemanha surge o movimento denominado “Der blaue Reiter” (O Cavaleiro Azul) cujos fundadores
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são os Kandinsky, Franz Marc entre outros. Uma arte abstrata, que coloca na cor e forma a sua expressividade maior. Estes artistas se aprofundam em pesquisas cromáticas, conseguindo variações espaciais e formais na pintura, através das tonalidades e matizes obtidos. Eles querem um expressionismo abstrato, sensível e emotivo. Com a forma, a cor e alinha, o artista é livre para expressar seus sentimentos interiores, sem relacioná-los a lembrança do mundo exterior. Estes elementos da composição devem ter uma unidade e harmonia, tal qual uma obra musical.
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Maurício Nogueira Lima RECIFE, PE, 1930 - CAMPINAS, SP, 1999
Composição nº 2, 1952 Grafite e Óleo sobre aglomerado Transferência da Divisão de Defesa do Patrimônio Cultural e Paisagístico, 1979
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Lothar Charoux VIENA, ÁUSTRIA, 1912 - SÃO PAULO, SP, 1987
Quadrados, 1974 Guache sobre cartão colado sobre aglomerado Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1974
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POP ART A Pop Art, abreviatura de Popular Art, foi um movimento artístico que se desenvolveu na década de 1950, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Foi na verdade uma reação artística ao movimento do expressionismo abstrato das décadas de 1940 e 1950. Os artistas deste movimento buscaram inspiração na cultura de massas para criar suas obras de arte, aproximando-se e, ao mesmo tempo, criticando de forma irônica a vida cotidiana materialista e consumista. Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objetos serviram de base para a criação artística deste período. Os artistas trabalhavam com cores vivas e modificavam o formato destes objetos. A técnica de repetir várias vezes um mesmo objeto, com cores
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diferentes e a colagem foram muito utilizadas. Andy Warhol foi o maior representante da Pop Art. Além de pintor foi também cineasta. Peter Blake foi o criador da capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Wayne Thiebaud foi um pintor norte-americano que se destacou na criação de obras com teor humorístico e nostálgico. Roy Lichtenstein foi um pintor norte-americano que trabalhou muito com HQs (histórias em quadrinhos), criticando a cultura de massas. Jasper Johns foi um pintor norte-americano cuja obra principal foi Flag (Bandeira) de 1954 A pop art exerceu uma grande influência no mundo artístico e cultural das épocas posteriores. Influenciou também o grafismo e os desenhos relacionados à moda.
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Marcello Nitsche SÃO PAULO, SP, 1942
Buum!, 1966 Óleo, látex e chapa galvanizada sobre aglomerado e madeira Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1980
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Maurício Nogueira Lima RECIFE, PE, 1930 - CAMPINAS, SP, 1999
Aahh!, 1967 Acrílica sobre aglomerado Coleção Roger Wright em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
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Claudio Tozzi SÃO PAULO, SP, 1944
Veja o nu, 1968 Látex sopre compensado, tecido, lâmpada, tinta sobre metal e cilindro de metal Coleção Roger Wright em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo
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FICHA TÉCNICA Pesquisa, concepção, curadoria e realização Acervo Paulistano ORGANIZAÇÃO Juliana Pereira Khatleen Ferreira Marianne Dias Thayná Rodrigues PESQUISA Juliana Pereira Khatleen Ferreira COORDENAÇÃO EDITORIAL Josenilma Dantas CURADORIA Josenilma Dantas FORMATAÇÃO Khatleen Ferreira Thayná Rodrigues DESIGN GRÁFICO Marianne Dias 92 |
FOTOGRAFIA Taís Ribeiro pp. 11, 13, 15, 19, 21, 23, 27, 29, 31, 33, 37, 41, 45, 47, 49, 53, 55, 59, 65, 73 e 75. Ricardo Ribeiro pp. 61, 67, 69, 77, 81, 83, 85, 89 e 91. TRATAMENTO DE IMAGENS Marianne Dias MUSEUS Pinacoteca de São Paulo Museu de Arte de São Paulo Pavilhão OCA AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos que cederam seu direito de imagem para a contituição desse projeto acadêmico.
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