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Maria Suely Oliveira
As três faces A fêmea, degusta o naufrágio da lágrima A mulher, desfia o afeto. emprenha o olhar e o tempo de amar. A pessoa, derrete a tristeza a saborear o devir ruidoso de devoluto coração. Para você que não posso nomear. “Gostaria de eleger palavras que sejam para começar nuas, simplesmente, palavras do coração.” ( Derrida) Não é preciso nomear, só sentir o olhar, desejar sem imaginar. Ser apenas fêmea. Há séculos...Minutos...Instantes...Há olhos que fitam e não vêem a mulher. Há olhares que não observam sua nudez d´alma. Envolta em máscaras que a protege da cabeça aos pés, seu corpo se prepara contra mordidas e arranhões que possam ferir o instante da reflexão. Tenho 55 anos. Os poros sentem os lábios e a ponta da língua que roçam o corpo, arrepio de prazer como qualquer mortal. No entanto, o sentimento da nudez do afeto torna impudico esse desencontro entre ser fêmea e ser mulher. É ficção o olhar que