Folha comemora 25 anos de fundação e projeta seu futuro
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Notícia que faz história
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o dia 23 de fevereiro do ano de 2039, a Folha de Campo Largo vai comemorar o seu Jubileu de Ouro. Dá para imaginar, hoje, como será o nosso veículo, daqui a 25 anos: com versão totalmente eletrônica, os leitores receberão, via wireless, as edições semanais em seus microequipamentos de mídia, com projeção holográfica em alta definição, com textos, artigos de opinião, fotos, filmes, tudo com apenas um toque, com total interatividade. Mas enquanto o futuro não chega, vivemos o presente olhando para a nossa História e comemorando o nosso sucesso. Neste domingo, 23 de fevereiro de 2014, a Folha de Campo Largo comemora o seu Jubileu de Prata, 25 anos de circulação ininterrupta, levando aos campo-larguenses as mais importantes notícias da cidade, com precisão, isenção e imparcialidade. E como acontece desde a nossa primeira edição, o objetivo é o mesmo: informar bem você, nosso leitor, sobre tudo o que acontece na cidade.
História O exercício de futurologia, sobre o Jubileu de Ouro em 2039, não é uma simples ficção, é possibilidade real. Temos condições de prever o futuro, sim, porque temos História e aprendemos a analisar os acontecimentos de ontem e de hoje e projetar as possibilidades de amanhã. Nesses 25 anos, desde a sua fundação, a Folha de Campo Largo, enquanto crescia e se fortalecia como o mais importante veículo de comunicação do Município, acompanhou cada conquista de Campo Largo e dos campo-larguenses, comemorou as vitórias e também chorou as dificuldades, as crises econômicas que causaram desemprego, o fechamento de indústrias,
os bons momentos e as notícias ruins. O espírito empreendedor do fundador da Folha de Campo Largo, o empresário Germano José de Oliveira, continua vivo no DNA do nosso veículo de comunicação. A Folha de Campo Largo nasceu para ser porta-voz dos anseios do povo campo-larguense e provou isso, nesses 25 anos, em mais de 1.300 edições. Somos o veículo através do qual os campo-larguenses lutaram pela atração de novas indústrias, pela geração de empregos, pelas melhorias nas áreas de Saúde, Educação, Transportes, Segurança e tantas outras, e vamos continuar assim.
Editora Folha de Campo Largo CNPJ: 81109399/0001-45 Circulação toda sexta-feira - Fechamento quartas-feiras e-mail: folhacampolargo@uol.com.br Site: folhadecampolargo.com.br Diretor Fundador: Germano José de Oliveira Diretora de Redação: Danielli Artigas de Oliveira Departamento Jurídico: Kelli Artigas Oliveira Jornalista responsável: Luis Augusto da Silva Cabral Reg. Prof. 4480/18/120 – DRT-PR Departamento Comercial: Josiane da Rosa Fagundes Diagramação: Adriana de Andrade S. Rodrigues Editoração eletrônica. Editora Folha de Campo Largo Redação. Rua Gonçalves Dias, 1127 Telefax: (41) 3392-1331 / 3032-3838 Campo Largo - Paraná Esta edição 3.500 exemplares Gráfica: O Diário do Norte do Paraná
Equipe Folha de Campo Largo, que ainda conta com diversos colaboradores
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Prefeito Affonso Guimarães fala sobre a Folha de Campo Largo O prefeito de Campo Largo, Affonso Portugal Guimarães, também falou sobre o 25º aniversário da Folha de Campo Largo. Ele lembra que a Folha começou na sua primeira administração como prefeito da cidade: “É um jornal que cresceu com Campo Largo, acompanhou o seu desenvolvimento, trazendo sempre informações importantes para o cidadão campo-larguense, ajudando a construir a História da cidade”. Segundo o prefeito, é importante que o veículo de Comunicação seja testemunho do desenvolvimento da região.
Primeira página da primeira edição da Folha de Campo Largo, há 25 anos
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Futuro
lém do jornal impresso, a Folha de Campo Largo vem se destacando, há mais de dez anos, também na Internet. Os assinantes da Folha online podem acessar, toda semana, com exclusividade, o jornal que circula na sexta-feira. Só na semana seguinte a edição é liberada na rede para os demais internautas. Além disso, o site atualiza, em tempo real, todos os grandes acontecimentos da cidade, que serão notícia na edição impressa. É, sempre, uma prévia da notícia que, na edição impressa será dada com mais detalhes, com profundidade. Nosso site www.folhadecampolargo.com.br é o mais acessado do Município, com picos de mais de 200 mil acessos/mês, e uma média mensal de 160 mil. Através do site da Folha, os internautas daqui e de outros municípios procuram empresas e órgãos públicos e até emprego e oportunidades de negócios. Empresários do Brasil e do exterior conhecem o Município, muitas vezes, primeiro através do site da Folha de Campo Largo. No maior site de buscas do mundo, o Google, ao se digitar Campo Largo, na janela de buscas, o site da Folha de Campo Largo aparece, sempre, com destaque. Nos próximos 25 anos, a
tendência de consumo de notícias, em tempo real, será exacerbada. Na velocidade dos gigabytes, a Folha, com certeza, vai acompanhar, como já está acontecendo, essa nova plataforma, que a cada dia apresenta novidades. Este ano estamos sorteando os primeiros tablets aos nossos leitores. No futuro, certamente, cada leitor terá o seu tablet para acompanhar, via Internet, o jornal virtual (em tempo real) e o impresso. O futuro, na realidade, já começou. Nosso segredo, para continuarmos acreditando no futuro, como veículo de comunicação, é o compromisso com o leitor, e a credibilidade que vem daí. A Folha de Campo Largo busca, sempre, ouvir a população, nos seus anseios, nas suas reivindicações, e defende a cidade, em primeiro lugar. Cada cidadão tem o direito, e sabe usar a Folha como o seu veículo de comunicação, como um amplificador da sua voz, na cobrança dos seus direitos. Nesses 25 anos, comemoramos essa sinergia, parabenizando cada cidadão que contribui para transformar a Folha nesse importante veículo de comunicação no Município. E vamos além, vamos continuar trabalhando já com os olhos voltados para o nosso Jubileu de Ouro.
Até lá!
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O sonho do empreendedor Germano José de Oliveira
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Jandira e Germano de Oliveira
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atural de Parelhas, Rio Grande do Norte, fotógrafo de profissão, o empresário Germano José de Oliveira não sonhava em ser empresário do ramo da Comunicação Social. Quando chegou a Campo Largo, em 1981, tinha na cabeça apenas se estabelecer no ramo da fotografia, com uma loja de fotografia e trabalhando com reportagens de casamento, batizado e outras festas sociais. Ele lembra do seu primeiro carro, um Fusca usado, comprado com muito sacrifício, que tinha um buraco no assoalho, por onde entrava muita poeira, nas estradas de chão do Município. “A gente chegava nas festas com as roupas cheias de pó”, explica. Foi uma época difícil, mas muito proveitosa, porque graças a esse trabalho, ele acabou conhecendo pessoas de destaque na sociedade, políticos inclusive. A Folha Germano casou, um ano depois, com Jandira Calazans Artigas, a companheira que ele necessitava para lhe dar o apoio necessário para voos mais altos. Ele é pai de Carlos Henrique (economista e empresário) e o casal teve duas filhas, Kelli (advogada) e Danielli (jornalista). Germano e Jandira sonharam com um novo negócio, um jornal, e com a vitória do prefeito Affonso Portugal Guimarães, em 1989 receberam o apoio necessário, pela necessidade de criação de um jornal. A ideia do jornal cresceu, sendo que ele (Germano) chamou para si a iniciativa e os riscos do empreendimento. No dia 23 de fevereiro de 1989, a primeira edição da Folha de Campo Largo circulou na cidade. Foi uma festa. Tipo “jornalão”, a Folha nasceu com uma interessante linha editorial, que destacava o interesse da sociedade campo-larguense. Logo os leitores descobriram que o jornal era seu, que poderiam, através das suas páginas, reivindicar, criticar, cobrar obras, exigir seus direitos. Nos anos seguintes, a Folha cresceu, passou de quinzenal para semanal, incorporou novas tecnologias, a policromia (cores), adequou-se aos tempos modernos, passou a ser impressa em formato “berliner” (tabloide europeu) e, depois, tabloide americano (atual). Mas, com toda esta evolução, o DNA da Folha não mudou, permanece como na sua primeira edição, como diz o seu “slogan”, “Um jornal com a cara da cidade”.
O futuro A Folha continuou a sua evolução, com a era da Informática. Através do site, o jornal acompanha a tendência do desenvolvimento da Comunicação Social, do mundo atual. Danielli Artigas de Oliveira, a filha de Germano e Jandira, é quem dirige, hoje, este veículo de Comunicação. Germano apostou, no talento da filha, a continuidade do empreendimento. Danielli cresceu em meio a “past-up” (espelho de jornal), fotografias e notícias, cursou Jornalismo e Marketing e, hoje, começa a substituir o pai, na direção do jornal. Mais recentemente, Kelli Artigas Oliveira, a filha advogada, assumiu a parte jurídica e também a função da mãe, Jandira, na parte administrativa da Folha. Ambas dão a continuidade do sonho dos pais e a certeza de que a Folha de Campo Largo, em 2039, vai comemorar o seu Jubileu de Ouro.
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Campo Largo comemora 143 anos de Emancipação Política Q
uando os primeiros homens brancos se estabeleceram em toscas cabanas às margens dos rios da região onde garimpavam Ouro, a partir do ano de 1.600, não sabiam, mas estavam dando os primeiros passos para a fundação de Campo Largo. A “Febre do Ouro” transformou rapidamente a região, com um “boom” de exploração desse metal. Vieram as famílias dos garimpeiros, floresceu a agricultura de subsistência, nasceu o comércio. Os garimpeiros, em sua maioria originários de Santos, São Vicente e Paranaguá, subiram a Serra do Mar, desde Paranaguá, Antonina e Morretes, e atingiram a região de Curitiba e, em seguida, Campo Largo. O Ouro, explorado principalmente nos rios Verde e Açungui, foi a base do desenvolvimento econômico da região, com a fixação de famílias de exploradores, comerciantes e fazendeiros, em meados dos anos 1.600.
História Onde os garimpeiros e seus familiares se fixaram, nasceram vilas, que cresceram e se transformaram em cidades. Campo Largo era um desses aglomerados que cresceram rapidamente, se urbanizaram e se transformaram em pontos de referência, em cidades. O Município conquistou sua Emancipação Política no dia 23 de fevereiro de 1871. Neste 23 de fevereiro de 2014, o Município comemora o seu 143º aniversário. O nome da região, localizada entre Curitiba e o Segundo Planalto, nasceu do próprio acidente geográfico, um campo largo. Logo a cidade assumiu a denominação, Campo Largo A Lei Provincial do Paraná N.º 219, de dois de abril de 1870, deu à cidade, então um povoado, a categoria de Vila e sede do Município. A Emancipação Política, entretanto, só aconteceu quase um ano depois, com a instalação, em 23 de fevereiro de 1871, data na qual é festejado o aniversário de Emancipação Política. Os garimpeiros “batizaram” muitos rios, acidentes geográficos e regiões de Curitiba e Campo Largo. Rio Passaúna, Rio Verde, Rio Itaqui, Campo Comprido, Campo Magro, Campo do Timbotuva, Campo Largo, Bateias, Ouro Fino, são nomes que remontam àquela época. São nomes inspirados nas primeiras impressões dos exploradores. Habitavam esta região os índios Tinguis e os Cabeludos. Historicamente, só existem registros oficiais sobre o apareci-
mento de ouro, na região, no ano de 1679. No registro “Informação sobre as Minas de São Paulo” foi expedida ordem, em 13 de agosto de 1679, aos paulistas (em tropa) – Luiz de Góes, Antonio Luiz Lanin (o Tigre), Guilherme Dias e Agostinho Figueiredo, para o “descobrimento de ribeiros de ouro de lavagem no Sertão de Curitiba”.
Tamanduá Em 1679 Antonio Luiz Lanin, o Tigre, descobriu ouro em abundância na localidade de Itambé. Ele construiu a fazenda Tamanduá onde morou com sua família. Tinha grande número de escravos, se dedicou também à agricultura e à pecuária. O desbravador possuía uma “sesmaria” (área de terra doada pelo Rei) e morou na localidade, onde foi construída uma capela. Parte das terras do Tigre foi abandonada e não são conhecidos os limites da sua área. Por não ter deixado herdeiros, ficaram seus bens postos à venda em praça, de acordo com a lei. Em 1819 a Fazenda do Tamanduá foi arrematada em praça pública pelo Brigadeiro Manoel de Oliveira Franco. O Campo da Ilha foi arrematado por João Antonio da Costa e no próprio termo de arrematação ficou expresso que “desde aquele momento dava o dito campo à Nossa Senhora da Piedade, para lhe servir de Patrimônio”. Curiosamente, existe nos dias de hoje, no cemitério do Tamanduá, um rol de nomes indicando pessoas de origem francesa. A primeira casa do povoado foi feita por Joaquim Lopes Cascais, nela sendo abrigada a imagem da Santa, até se construir o Templo. Oficialmente, os fundadores de Campo Largo são João Antonio da Costa e seus dois genros Joaquim Lopes Cascais e o Alferes José Pinto Ribeiro Nunes, que teve a glória de ser o primeiro professor primário da cidade. A princípio, pouso ou lugar de acampamento dos garimpeiros e tropeiros, depois como grande mercado, Curitiba se comunicou com o interior por muitas veredas. Uma das principais, a dos Campos Gerais, passava pelo Campo Largo. Esta vereda, cindida em duas, desde o Bugre (estrada velha e estrada nova) pôs em contato Curitiba com o centro do território paranaense. Campo Largo facilitou o acesso aos Campos Gerais, pois por ele não há grandes rios nem havia grandes atoleiros a atravessar. Há serras a transpor, mas suaves, sem os perigos da serra do Itupava. A maior parte do caminho era campo li-
vre, através de aprazíveis cochilhas, charnecas e savanas.
Tropeiros Muitas pessoas tinham a profissão rendosa, mas trabalhosa, de tropeiro, fazendo transporte de mercadorias. Era como se fosse uma grande empresa de transporte, com logística própria. Os tropeiros viajavam durante o dia, e à noite o pouso se impunha. Bastava, em regra, prender a égua madrinha, para que a tropa toda ficasse a pastar nas proximidades, mesmo em campo aberto. Em alguns dos lugares propícios se estabeleceram, depois, moradores que mantinham para os tropeiros e sua carga, estalagens um tanto confortáveis ou ranchos de abrigo e, para os animais, potreiros cercados.
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A quem do interior se dirigia a Curitiba ou de Curitiba ao interior era aquele um ponto certo e conveniente de pouso. Particularmente na região do Cambuí (vegetal que supria de lenha os moradores) os tropeiros armavam ali suas barracas. Ponto magnífico de pouso de tropas, situação topográfica estratégica para um povoado digno depois de subir a freguesia, vila e cidade. Em 1832 foi criado o Distrito de Paz. Nesses anos começaram os quadriênios dos Juízes de Paz, cujos cargos eram eleitos pelos homens do povo, como diziam as leis daquele tempo. Campo Largo tinha em 1870, elementos para ser, por lei provincial do Paraná N.º 219 de 02 de abril, elevado à categoria de Vila, sede do município, que foi instalado solenemente em 23 de fevereiro de 1871.
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Arquivo Prefeitura Municipal
Pesquisador fala sobre datas comemorativas
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Por mais de um século a data do nascimento de Campo Largo foi considerada o dia da Padroeira, dia 2 de fevereiro. Esta data sempre foi comemorada com festa, e é ainda hoje, se mantendo durante todos estes anos como a data mais importante do município. A partir de 1926, comemorado o ano do centenário da abertura da Capela à comunidade com o casamento de Dona Gertrudes Maria de Jesus com o português José Francisco Soares, a Câmara de Vereadores de Campo Largo, após uma indisposição com o então Reverendo Aluisio Domanski, resolveu estabelecer uma nova data, adotando-se as posturas da Câmara Municipal de Curitiba. No ano de 2013 encontrei a ata original do casamento, que comprova não ser o ano de 1926 o ano de inauguração da Capela, mas, a nova data só pode ser referendada se for oficializada, tanto pela Igreja e principalmente pela Câmara de vereadores, já que é uma mudança na história do município. Entenda o porquê da mudança da data O aniversário do centenário de Campo Largo foi comemorado no
dia 2 de fevereiro de 1926. O então prefeito municipal, Cel. Cézar Torres, foi o organizador do evento acontecido ainda com Igreja em construção. A igreja foi reinaugurada em 1933. Em 1928 a Câmara Municipal fez pedido à administração da Igreja, ainda não reinaugurada, de uma faixa de 1,5 metros por toda a extensão da rua 5 de julho, hoje rua XV, compreendida entre a travessa Almeida Barbosa, no “Batel da cidade”, hoje Rua D. Pedro II, até a praça João Antonio da Costa. A extensão era de apenas duas quadras e seria para que a rua fosse alargada. Era onde hoje há a “praça da Igreja e a Sede Paroquial”. O reverendo enviou uma contraproposta avisando que trocaria a faixa de terreno se a Câmara Municipal aprovasse a isenção de impostos para todos os imóveis da Igreja, o que não foi aprovado pelos vereadores. Então, a faixa de terreno nunca foi cedida e é por isso que a calçada da “Sede” é mais larga que todas as calçadas de Campo Largo. Nos anos 1930, o então prefeito nomeado Atílio de Almeida Barbosa, não conseguiu o mesmo intento quando construiu a nova praça, com o projeto do engenhei-
ro Ildefonso C. Puppi, e por conta da negativa do reverendo, em suas atribuições, estabeleceu a data de 23 de fevereiro, data da emancipação política do município, como sendo a data oficial de criação de Campo Largo. Em Curitiba a população decidiu eleger as primeiras autoridades e instalar a Câmara Municipal em 1693, e da mesma forma que em Campo largo. Os eleitos foram empossados dentro do Consistório da Igreja. A data 29 de março de 1693 ficou como sendo a da fundação da cidade. Para tanto, em Campo Largo não seria mais diferente e estabeleceu-se a data de 23 de fevereiro de 1871, data em que foram empossados os primeiros vereadores de Campo Largo deveria ser a data máxima do Município. Esta data poderia ser outra, já que o documento em que Campo Largo deixava de ser a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Campo Largo, para “Villa” com o nome “Campo Largo”, que foi em 2 de abril de 1870, cerca de um ano antes”. Por Renato Hundsdorfer pesquisador histórico
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Quantos anos de vida tem Campo Largo?
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“Dia 2 de abril, Campo Largo deveria estar comemorando 144 anos de sua fundação. No dia 23 de fevereiro é comemorada a emancipação política da nossa Cidade, ou seja, o dia em que foram diplomados os primeiros vereadores eleitos em Campo Largo, e que comemora, sim, a criação de um “Poder Político”, e que está de aniversário juntamente com a “Folha de Campo Largo”. Uma cidade tem que nascer antes de ser formada uma Câmara Municipal. Para haver uma Câmara Municipal é necessário haver uma Cidade, e não ao contrário, portanto, no dia 2 de abril Campo Largo foi elevada à categoria de “Villa e Município”. Como a elevação à Freguesia tinha sido dada pelo Governo do Império, a Assembleia Provincial já poderia deliberar sobre a criação de Distritos, Vilas e Municípios. Por Lei nº 23 de 23 de março de 1841, foi criado o Distrito de Campo Largo, pertencente a Curitiba. Por Decreto Lei nº 219 de 02 de abril de 1870, pelo então Presidente da Província, Dr. Antonio Luiz Affonso de Carvalho, e Vice-presidente o Cel. Manoel Antonio
Guimarães, dando novas denominações aos povoados, Campo Largo foi elevado de Distrito para Vila e Município. Neste ato, também foi nomeado o primeiro Escrivão Distrital, Apolinário Rodrigues de Andrade e Silva, que acumulava ainda a função de Tabelião. Na mesma data e pelo mesmo documento, a Freguesia de Rio Negro teve sua fundação, e a cidade de Rio Negro comemora no ano de 1870 a sua fundação. Com relação à data do aniversário, normalmente ele é comemorado na data do nascimento e não a data em que se faz o registro. Não há um erro, qualquer um pode ser registrado e ser colocada a data que quiser, mas Campo Largo já fez isto no passado, e foi mudado. No Brasão das Armas (heráldica) de Campo Largo consta a data de sua fundação, dia 02 de abril de 1870, que foi esquecida ou suprimida pelo tempo e pela política. Campo Largo tem sim mais uma data a comemorar. A data de seu nascimento, data real de seu aniversário”. * Por Renato Hundsdorfer, pesquisador e historiador
Arquivo Renato Hundsdorfer - Certidão original de nascimento de Campo Largo, em 2 de abril de 1870
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Projeto de Mobilidade pretende melhorar o tráfego no Centro
Na pista atual da BR-277, uma nova avenida deverá atrair o turista para que ele pare na cidade
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ampo Largo é uma cidade com ruas estreitas que, muitas vezes, não têm continuação. Um Projeto de Mobilidade Urbana está sendo gestado pela administração atual, com o objetivo de solucionar alguns desses problemas. O prefeito Affonso Portugal Guimarães destaca, nesses estudos, a implantação de corredores e a abertura de ruas como a Arlindo Chemin e a transformação da Xavier da Silva em via de mão única, entre o Posto 3L e a Natal Pigatto. Outra artéria que o prefeito destacou como importante, para melhorar a mobilidade urbana, é a abertura da
Engenheiro Tourinho. “Podemos abrir esta artéria e transformar também a Natal Pigatto em via de mão única, sentido BR-Centro”, explicou ele, mostrando algumas das intervenções que pretende implantar. Avenida da Porcelana Affonso disse que já está tratando com a RodoNorte a elaboração de um projeto para transformar os nove quilômetros da pista atual da BR-277, numa nova avenida, a Avenida da Porcelana. “Se a nova avenida for uma via de mão dupla, teremos a solução para toda a região.
Caso contrário, temos que solucionar a questão das marginais”, disse o prefeito, destacando a marginal do Itaqui. “Vamos incentivar as pessoas que viajam de Ponta Grossa para Curitiba, para que entrem em Campo Largo, utilizando esta avenida. O tráfego pesado, de caminhões, passará por fora, mas os turistas são bem-vindos”, disse o prefeito. Affonso destacou que todos esses projetos estarão no novo Plano Diretor. “É certo que são obras que não podem ser realizadas todas de uma vez, temos que ir fazendo aos poucos”, explicou.
O Ato oficial de Instalação da Câmara aconteceu em 23 de fevereiro de 1871, ocasião em que foram juramentados e empossados os vereadores eleitos em 19 de dezembro de 1870. A primeira sessão extraordinária da Câmara aconteceu em 2 de abril de 1871, presidida pelo juiz de paz Alferes Anastácio Luiz Cordeiro, e foi apenas para verificar se havia impedimentos ou recursos quanto à qualificação dos eleitos ou dos votantes. Na ocasião Manoel Ribeiro de Macedo foi empossado como sendo o 1º Presidente da Câmara Municipal, mesmo tendo sido o quarto candidato eleito e o capitão Leocádio Gonçalves Padilha o vice. Fonte: Renato Hundsdorfer
Foto de Manoel Ribeiro de Macedo, primeiro presidente da Câmara Municipal de Campo Largo (foto do arquivo particular de Renato Hundsdorfer)
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Faltou planejamento para Campo Largo se desenvolver N
esses 143 anos de fundação, Campo Largo perdeu muitas oportunidades de desenvolvimento. Para o prefeito da cidade, Affonso Portugal Guimarães, “faltou planejamento, as ruas são estreitas, a ocupação urbana ao longo desses 143 anos foi desordenada, causando problemas sérios, que hoje mostram os efeitos, dificultando o gerenciamento”. Affonso destaca um fator negativo, para o Município, a divisão da cidade, com a criação do Município de Balsa Nova: “Perdemos população, eleitorado, território, área plana, rica, agricultável, perdemos receita e força política. Balsa Nova, a cidade filha, é irmã, parceira e defendo o seu progresso, mas a divisão foi prejudicial para Campo Largo”, explicou o prefeito. Correções Muitas das falhas históricas não podem ser reparadas, mas o prefeito Affonso Guimarães vê ações que podem ser aplicadas, hoje, para melhorar o futuro. Ele destaca a revisão pontual do Plano Diretor, que está sendo elaborada pela sua Administração, para que as políticas tenham continuidade,
João Ribeiro de Macedo, primeiro prefeito de Campo Largo, que também foi presidente da Câmara Municipal de Campo Largo, mas não há registros (foto do arquivo particular de Renato Hundsdorfer)
em todos os próximos governos, quem quer que seja o administrador. O destaque é a desafetação das bacias, em especial a do Itaqui, para a criação de uma área industrial no Município. Affonso disse que já recebeu da Sanepar a Carta de Desafetação da Bacia do Itaqui, porque a partir de 2014 a empresa vai captar água da barragem do Rio Verde, para o abastecimento da cidade, liberando a região do Itaqui para a instalação de novas indústrias. A solução dos entraves ambientais é uma das prioridades do Município, que quer crescer e depende dessas áreas que, até hoje, ficaram presas às proibições impostas pela legislação ambiental. A desafetação da bacia do Itaqui está em curso. Affonso disse que já está trabalhando para ocupar a área do Aquífero Karst, para implantar na região um grande Distrito Industrial. “Já estamos conversando com os proprietários, com a Fazenda Campolat (que tem uma área de cinco milhões de metros quadrados), e a maioria dos vizinhos. São mais de 100 milhões de metros quadrados que podem ser utilizados para a implantação de indústrias não poluentes, porto seco, silos e armazéns”, explicou o prefeito.
A partir de 2015 a Sanepar vai captar água da represa do Rio Verde, desafetando a Bacia do Itaqui Obra da Estação Elevatória, que vai suprir Campo Largo com água nos próximos 25 anos
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Indústria da Louça ainda é muito importante para a cidade “
José Canisso, presidente do Sindilouça
A indústria da Louça já foi a maior geradora de empregos, e por mais de 50 anos a maior arrecadadora de impostos em Campo Largo. A louça chegou a representar mais de 90% do total de impostos gerados no Município”. O depoimento é do presidente do Sindilouça, José Canisso. Ele calcula que hoje o setor deve ser responsável por cerca de 40% da geração de impostos no Município, percentual que deve continuar caindo, devido à diversificação da indústria local. Canisso lembra que, historicamente, a louça sempre foi uma das vocações industriais do Município, desenvolvida num terceiro ciclo econômico, depois dos ciclos do Ouro e da Erva Mate, aí pelo ano de 1920, e que se consolidou em meados do século XX. “Foi nos anos de 1950, quando chegaram as grandes empresas do setor, a Porcelanas Schmidt, a Germer, a Incepa, que a indústria da Louça se tornou mais forte no Município. Chegou a ser responsável por mais de 90% da geração de empregos e de impostos”, explicou. Futuro O presidente do Sindilouça lembrou que o setor de Louça perdeu espaço para os produtos importados da China, no mercado nacional, nos últimos anos, mas recentemente o Governo corrigiu o problema, com a adoção de medida antidumping.
“Nós estamos reconquistando o mercado interno. No mercado externo não havia problema, pela qualidade dos nossos produtos. A única dificuldade é a variação do dólar, a apreciação do Real, mas isso é um problema de mercado”, disse ele. Cerca de 36 indústrias do setor, no Município, das quais quatro produtoras de porcelana, geram hoje cerca de seis mil empregos diretos. O momento é de crescimento, de aumento da demanda, uma vez que o produto de origem asiática, que estava chegando no mercado a preços aviltados, já enfrentam as dificuldades das medidas antidumping e o produto brasileiro, de melhor qualidade, tornou-se mais competitivo. Canisso acredita que a indústria da Louça terá vida longa, uma vez que as máquinas modernas, hoje instaladas nas nossas fábricas, “casaram” com a competência na produção, com uma mão-de-obra altamente especializada, que resultam em produtos de excelente qualidade e beleza. A indústria da Louça, segundo ele, só vai perder em volume de geração de impostos, não porque vai diminuir, mas porque novos setores industriais estão crescendo, como pó metal-mecânico, as montadoras e indústrias de embalagens, como a Sig-Combibloc, responsáveis, cada vez mais, pelo maior volume de impostos gerados no município.
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Presidente da Acicla acredita em decisão urgente para o futuro “
Temos que agir no presente para mudarmos, para melhor, o futuro da cidade”. Com esse pensamento, o presidente da Acicla – Associação Comercial e Industrial de Campo Largo, Wilson Perussolo, destaca pontos importantes, que necessitam de uma decisão política urgente, como a desoneração da Bacia do Itaqui com a consequente criação da Cidade Industrial e a intervenção “cirúrgica” na estrutura da malha viária da cidade. Olhando para os últimos 25 anos, Wilson Perussolo diz que Campo Largo poderia ter progredido mais, se estivesse preparada para receber as grandes empresas. “Não solucionamos, ainda, o principal entrave para o desenvolvimento do Município, que é a desoneração das bacias. Também não investimos na infraestrutura, para permitir que o desenvolvimento aconteça sem proble-
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Wilson Perussolo, presidente da Acicla
mas”, explicou ele. Norte-Sul Wilson faz um convite para que olhemos a cidade de cima para baixo, para enxergarmos problemas como, por exemplo, a necessidade da abertura da Avenida das Torres, desde a SIG Combibloc até a Caterpillar. “Esse é apenas um item, importante, na nossa malha viária, que precisamos enfrentar. Campo Largo precisa de um sistema binário, um corredor Norte-Sul e outro Leste Oeste, além de marginais na BR-277, nos dois sentidos. A cidade precisa construir isso”, explicou ele, lembrando o seminário Campo Largo 2030, que levantou vários itens importantes para o desenvolvimento do Município. O presidente da Acicla lembrou, ainda, que Campo Largo necessita de um representante legítimo, na Assem-
bleia Legislativa e outro na Câmara Federal. “Muita coisa que Campo Largo ainda não conquistou é devido à falta de um deputado nosso, na Assembleia e outro na Câmara Federal. Faz 30 anos que não temos um representante político à altura da cidade. Nosso Município não tem força política e nós vivemos à mercê, quando muito, de migalhas de deputados que vêm aqui somar uns poucos votos para se eleger, e depois não aparecem mais”, explicou. Para Wilson, Campo Largo, nos próximos 25 anos, se transformará numa das mais importantes cidades do Estado, com grandes indústrias e expressivos volumes de arrecadação de impostos. “Temos espaço físico para crescer, temos talento, mão de obra de ótima qualificação e empresários dispostos a investir mais, no Município”, acrescentou ele.
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Lendas de Campo Largo Arquivo Prefeitura
Arquivo Prefeitura
Lenda do Ouro na Granja
Lenda da Igrejinha da Lagoa
“Eu lembro muito vagamente de quando eu tinha um certo medo de passar pela ponte, pois era móvel (suspensa)”, conta a escritora Alice Gödke sobre uma antiga capela que existia na Lagoa, bairro Ouro Verde. “Minha irmã confirmou sua existência. Dizem que numa sexta-feira Santa um padre entrou num clube da cidade, onde se dançava um animado baile. Com a Bíblia na mão exortou os presentes a respeitarem o referido dia santo. Não tendo sido ouvido, retirou-se do lugar indignado. No entanto, havia esquecido sua Bíblia. Quando voltou para apanhá-la encontrou a lagoa, cujas águas haviam tragado o salão de baile com todos que estavam dentro”, detalha Alice, com relatos da senhora Edácia do Nascimento Saldanha.
Segundo Alice Gödke, uma moradora da Granja/ Parque Cambuí, Marli Padilha, relatou que certas noites do ano pode-se ouvir o lamento da senzala daquilo que parece ter sido um engenho movido à roda d’água. “Em meio à mata encontramos uma coluna vertical e bem conservada, muros, paredes e o canal por onde era trazida a água do rio Cambuí. Neste local, afirmam ainda que se pode ouvir um choro em noites de lua cheia, como lamentos de um negro acorrentado em meio à mata, e diz-se que quem libertá-lo levará consigo o tesouro do antigo proprietário da fazenda”. Alice ainda completa que guardavam muito ouro na Granja e faziam os escravos jurarem que iam cuidar deste ouro, então os matavam para que ficassem assombrando e ninguém chegasse perto.
Com 56 anos de atividades de serviços contábeis para as empresas campolarguenses, aproveitamos a oportunidade para agradecer aos nossos queridos clientes por esta trajetória de desenvolvimento de Campo Largo, e parabenizamos o Município pelos 143 anos de emancipação política, desejando que continue sempre em crescimento, desenvolvimento e também dedicando atenção especial a cidadania e ao bem estar do cidadão campolarguense.
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Campo Largo, 21 de fevereiro de 2014
Notícia que faz história
A cultura deixada pelos italianos E
xistem cerca de 400 famílias de origem italiana em Campo Largo. Ignez Zanin é uma das descendentes, que conta um pouco da história e dos costumes de sua família. Ela é filha do italiano Pietro, de Montecchio Precalcino, região de Vêneto na Itália, e que veio a Campo Largo aos 06 anos de idade. Ignez lembra que as imigrantes chegavam em Paranaguá, onde já tinha uma organização que determinava onde as famílias iam ficar. Pietro, no Brasil chamado de Pedro, veio com seus pais para Campo Largo, que compraram um sítio onde hoje é a região da Vila de Lourdes. Neste sítio plantavam feijão, milho, cebola, arroz e trigo, ainda criavam vacas, porcos e galinhas. “Tínhamos tudo que precisávamos, a comida era farta. Só precisávamos comprar café, açúcar, azeite e sal”, conta Ignez. Foi nestas terras que Pedro criou os 13 filhos e depois, em 1968, comprou um terreno na Vila Elizabeth. Segundo Ignez, existia muita partilha entre os vizinhos nessa época. “Nós sempre dividimos os alimentos. Acho que nesta época existia mais amor. Sinto muita saudade desse tempo”, detalha, dizendo que leva consigo o sentimento de união, trabalho, educação, de pais muito amorosos, mas também severos.
Como uma boa descendente de italiana, Ignez diz que não consegue ficar mais de três dias sem comer polenta, a qual faz com água fervendo, duas colheres de manteiga e fubá até dar o ponto. E quanto ao vinho, não pode ficar um dia sequer sem tomar um pouco, do tinto puro seco. “Aprendi a tomar vinho com meu pai”, conta. Até o ano passado ela mesma produzia seu próprio vinho, com ajuda de um sobrinho. Mas neste ano comprou de um senhor que mora na região do Rio Verde e produz um ótimo vinho, sem agrotóxico. Além da tradição de gostar muito de massa em geral, que antigamente eles mesmo produziam, Ignez lembra de alguns ensinamentos deixados pelo seu pai. “Não aceitavam mulher com vestido sem manga ou muito curto. Então sempre segui isso, e até hoje em dia não me sinto bem de blusa sem manga”, conta. Ela até brinca que seu pai falava muito palavrão e ela pegou um pouco deste costume dele. “Ele falava gesticulando bastante e sempre que não gostava de algo falava ‘sacramenta’ e falava muito palavrão”, diz. Ainda hoje leva consigo o conselho do pai, de não gastar mais do que tem e sair sempre com a cabeça erguida, de não dever nada para ninguém. “Tanto que até hoje não gosto de comprar nada parcelado. Só compro o que tenho o dinheiro para pagar na hora”, detalha.
Ignez Zanin, descendente de italiano
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Not铆cia que faz hist贸ria
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Campo Largo planeja mudanças que orientarão seu crescimento
Daily Reinke e Leticia Gadens, pensando o futuro da mobilidade urbana de Campo Largo
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convivência de diversos modais de transporte, desde a bicicleta a um possível VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), passando por ônibus e automóveis, nada é descartado no planejamento de mobilidade urbana que se faz, hoje, em Campo Largo, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Daily Reinke, o secretário, e a arquiteta e urbanista Leticia Gadens, trabalham para concluir o Plano de Desenvolvimento Urbano de Campo Largo, antes do final do ano. “As cidades que não tiverem o seu Plano de Desenvolvimento Urbano, não receberão recursos do Governo Federal, para a área, a partir de 2015”, explica Reinke, que adianta: “nós estamos trabalhando com um horizonte de 20 anos, mas já há intervenções urbanas que precisam ser feitas a curto prazo. O prefeito Affonso Guimarães nos pediu urgência nesse trabalho e nós deveremos intervir na área central para melhorar o fluxo de veículos”, explicou. A cidade Reinke adiantou que os projetos para melhorar a mo-
bilidade urbana do centro da cidade, com intervenções no Anel Central, incluem mudança na Avenida Natal Pigatto, que deverá se transformar em mão única e a Vereador Arlindo Chemin, que deverá ser aberta até à Natal Pigato, dentre outras. “O número de veículos cresceu muito, na cidade, nos últimos dez anos, e as ruas não foram dimensionadas para isso. Esta intervenção é importante e urgente”, explicou. Também foi destacado pelo secretário a solução para o gargalo da Ema Taner de Andrade, e a destinação para os cerca de nove quilômetros da pista velha da BR-277, que ainda esse ano deverá ser transferida para a administração do Município. “Estamos trabalhando no planejamento do que fazer, de como será essa transferência, como ficará a questão das faixas de domínio, as marginais, há uma série de detalhes que precisam ser definidos, junto ao DNIT e DER, por exemplo”, disse. Leticia Gadens destacou a importância do incentivo a outros meios de transporte, como a bicicleta: “A cidade precisa se preparar para que o cidadão possa usar a bicicleta como meio de transporte. Todas as cidades, em
todo o mundo, estão fazendo isso. A bicicleta é um modal de transporte que pode se integrar com os demais, com o ônibus, por exemplo”, explicou ela, adiantando que a construção de ciclovias é uma necessidade. VLT Sobre o futuro da ligação com Curitiba, também existem várias possibilidades. Para Reinke e sua equipe, Campo Largo não terá ligação com Curitiba, por metrô, tão cedo. Talvez se amplie o tipo de modais, como um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Ele acredita que muita coisa precisa ser definida, como a construção de um novo desvio rodoviário, ligando a BR-277, na altura da Colônia Dom Pedro, com a BR-116, um novo anel acima do Contorno Norte. Vê, também, a possibilidade de construção do contorno ferroviário, que passaria na região do Itaqui, e poderia ser utilizado também para o transporte de passageiros, no futuro. “Não sabemos como a Região Metropolitana vai solucionar esses problemas. São medidas que levam em consideração não apenas a cidade, mas a Região Metropolitana como um todo”, explicou.
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