Biografia de fotógrafos e processos fotográficos UFRGS – 2016 – Curso de Arquivologia
Biografia de fotógrafos e Processos fotográficos
________________________________ Marilene Flores dos Santos Disciplina: Introdução à Fotografia Professora: Andréa Brächer Turma: BIB02019 - D •Curso
de Graduação em Arquivologia •Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) •Abril de 2016
SUMÁRIO BIOGRAFIAS
Anna Atkins..............................................................................04
Annie Leibovitz ........................................................................08
Alfred Stieglitz .........................................................................13
Ansel Adams ............................................................................17
August Sander .........................................................................21
Diane Arbus .............................................................................25
Eadweard Muybridge ..............................................................29
Henri Cartier-Bresson ..............................................................34
Hércules Florence ...................................................................38
Irving Penn ...............................................................................42
Làsló Moholy-Nagy ..................................................................47
Joseph Nicéphore Niépce ........................................................52
Loius-Jacques Mandé Daguerre ..............................................56
John Herschel ..........................................................................60
Man Ray ...................................................................................64
Nadar Gaspard-Félix Tournachon ............................................68
Sebastião Salgado ...................................................................72
William Henry Fox Talbot .........................................................78
PROCESSOS
Photogenic Drawing/Salt Print/Papel Salgado...........................81
Daguerreótipo.............. ............................................................82
Cianotipia .................................................................................83
Phytotype/Anthotype................................................................85
Colódio (Ambrótipos e Tintypes)............................................86
Papel Albuminado.....................................................................89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................90
Anna Atkins (1799 – 1871)
Cianótipos botânicos
Anna Atkins foi uma fotógrafa e botânica britânica.
Primeira pessoa a publicar um livro ilustrado exclusivamente com imagens fotográficas e é considerada a primeira fotógrafa mulher.
Seu pai, John George Children, foi um químico, geólogo e zoólogo. Em 1825, Anna se casou con John Pelly Atkins.
Em 1839, foi admitida como membro da Sociedade Botânica de Londres, uma das poucas instituições científicas da época que admitia mulheres.
Interessou-se pela fotografia como um meio de gravação de espécies botânicas para um livro de referência científica, British Algae: Cyanotype Impressions. Esta publicação foi um dos primeiros usos de materiais sensíveis à luz para ilustrar um livro.
Ao invés da tipografia tradicional, o texto e ilustrações manuscritas do livro foram criados pelo método do cianótipo, colocando diretamente as espécies sobre o papel sensibilizado e expondo-as à luz do sol.
Atkins imprimiu e publicou Part I of British Algae em 1843 e fazendo isto foi a pioneira na utilização da fotografia como um meio preciso para a ilustração científica.
Foram feitas somente umas doze cópias do livro, uma delas se encontra no National Media Museum em Bradford, Inglaterra.
A partir de 1850 com a colaboração de sua amiga Anne Dixon continuou publicando outras entregas da série British Algae, além de outros livros como: Cyanotypes of British and Foreign Ferns (1853) e Cyanotypes of British and Foreign Flowering Plants and Ferns (1854).
Anna Atkins
Anna Atkins
Anna Atkins
Annie Leibovitz (1949)
Retratos de celebridades; e fotografia documental e de paisagens
Anna-Lou "Annie" Leibovitz é uma fotógrafa norteamericana.
Foi a primeira mulher a expor sua obra na Galeria Nacional de Retratos de Washington D. C., a exposição contou com mais de 200 retratos em preto e branco e em cor e foi seguida pela publicação do libro Photographs: Annie Leibovitz 1970-1990.
Foi a última a retratar o músico John Lennon, horas antes de que este fosse assassinado em 1980.
É considerada a fotógrafa mais bem paga do mundo e já trabalhou para as revistas: Vanity Fair, Rolling Stone , Vogue, entre outras.
Seu interesse por fotografia começou em uma base aérea das Filipinas e foi se aperfeiçoando durante o período que participou de uma escavação arqueológica no templo do rei Salomão.
Na revista Rolling Stone, chegou ao cargo de fotógrafa chefe e realizou 142 capas.
Foi a fotógrafa oficial dos Jogos Olímpicos de Verão , em Atlanta, na Geórgia. Uma compilação de retratos em preto e branco de atletas foi publicada no livro: Olympic Portraits.
A publicação Women (1999) vinha, acompanhada de um ensaio escrito por sua companheira, Susan Sontag. Nos retratos femininos de esta coleção apareciam juízas, mineiras e granjeiras, entre outras.
No ano 2000, foi a encarregada de escolher e retratar cinco mulheres para o Calendário Pirelli.
Ainda que seja conhecida principalmente por seus retratos de celebridades, Leibovitz faz fotografias documentais e de paisagens, para a Condé Nast Publications desde 1993.
Annie Leibovitz
Annie Leibovitz
Annie Leibovitz
Fotografias de Annie Leibovitz
Alfred Stieglitz (1864 – 1946)
Fotografia realista, urbanas e do corpo humano (nus e partes fragmentadas do corpo)
Alfred Stieglitz foi um fotógrafo norte-americano (1864 - 1946). Queria fazer da fotografia uma arte como a pintura e a escultura.
Começou explorando dentro do campo da fotografia capacidades próprias da pintura (composição e texturas) para depois recorrer a a elementos propriamente fotográficos (profundidade de campo, efeito de corte fotográfico...).
Passou do pictorialismo à chamada fotografia direta.
Insistia na questão de que as fotografia parecessem fotografias, de modo que seu realismo.
TITLE ON OBJECT: Portrait Georgia O'Keeffe PORTFOLIO TITLE: "Stieglitz Memorial Portfolio", 1947
Em 1924 casou-se com a pintora Georgia O'Keeffe. Fez centenas de fotografias da esposa ao longo da sua vida.
Na década de 1930, Stieglitz fez uma serie de fotografias, incluídos alguns nus de Dorothy Norman.
As fotografias feitas por ele de ambas mulheres são reconhecidas como um dos primeiros exemplos em que são explorados o potencial dos fragmentos isolados do corpo humano mediante a fotografia.
Alfred Stieglitz - O Terminal, New York - 1892
TITLE ON OBJECT: Venetian Boy PUBLISHED TITLE: Venetian Gamin PORTFOLIO TITLE: "Stieglitz Memorial Portfolio", 1947
Ansel Adams(1902 – 1984)
Fotografia de paisagens e comerciais. Método de mediação dos tons de cinza e sua divisão em zonas.
Ansel Easton Adams foi um fotógrafo norte-americano mundialmente conhecido por suas fotografias do Parque Nacional Yosemite nos Estados Unidos (entre outras paisagens) onde captou em preto e branco o majestoso da natureza dos Estados Unidos. Suas fotografias refletem um enorme contraste de sombras e luzes, desertos áridos, nuvens gigantescas e árvores monstruosas.
Começou na fotografia utilizando uma câmera Kodak Brownie. Em 1930 conheceu a Paul Strand, cujas imagens influenciaram muito a Adams, fazendo que se afastasse do estilo pictorialista e se voltasse à “fotografia direta”.
Em 1932 fundou a associação fotográfica Grupo f/64 com outros mestres da fotografia.
Em 1933 visitou pela primeira vez Nova York e conheceu a Alfred Stieglitz, que lhe ajudou a montar sua primeira exposição.
Nos anos 50 começou a fazer fotografia comercial, trabalhando para marcas como IBM, AT&T, Nacional Park Service e Kodak, e revistas como Life y Fortune, ademais de ser fotógrafo assessor para Polaroid e Hasselblad. Foi autor de numerosos livros sobre fotografia, tais como, sua trilogia de manuais de instrução técnica (A Câmara, O Negativo e A Cópia).
Seu sistema de zonas, um método de medição e revelação que utilizava para dividir a graduação de luz de uma cena em 11 zonas diferentes, do branco ao preto, é uma demonstração de como a câmara ou o fotômetro mede o cinza médio de 18% de refletância como zona média. O fotógrafo deve aumentar a exposição (ou diminuí-la) dependendo de quantos graus de cinza queira fixar como ponto de medição. O fotômetro de qualquer câmara inclusive digital sempre "quer" ver a zona medida como um cinza médio.
Cathedral Peak e lago no Yosemite National Park, “santuário” de Ansel Adam
North Palisade from Windy Point (1936) Ansel Adams
Church, Taos Pueblo (1942) Ansel Adams
August Sander (1876 – 1964)
Fotografia de paisagens, natureza, arquitetura e fotografias da rua, mas ĂŠ especialmente famoso por seus retratos.
August Sander foi um fotógrafo alemão cujo trabalho inclui fotografia de paisagens, natureza, arquitetura e fotografias da rua, mas é especialmente famoso por seus retratos, como se constata na série Homens do século XX. Esta série trata de oferecer um catálogo da sociedade alemã durante a República de Weimar, se divide em sete seções: Camponeses, comerciantes, mulheres, classes e profissões, artistas, a cidade e o passado: os sem teto, veteranos de guerra, etc.
Aprendeu os primeiros rudimentos da fotografia, ajudando a um fotógrafo que trabalhava para uma empresa minera.
Após 1899 viajou por anos através da Alemanha retratando as pessoas, bem como as paisagens. Em 1909 abriu um estúdio em Colônia, documentando imagens de granjeiros.
. Nos anos 20, juntou-se ao Grupo de artistas progressistas de Colônia e começou um catálogo da sociedade contemporânea alemã, através de uma série de retratos. Em 1929 publica seu primeiro livro Face of our Time que contém uma seleção de 60 retratos da série Retratos do século XX. Foram retratados intelectuais alemães como Walter Benjamin, Thomas Mann e Kurt Tucholsky.
Na segunda guerra mundial perdeu seu filho, as placas do livro Face of Turnes foram destruídas pelos nazistas e seu estúdio foi destruído por uma bomba. Depois da guerra se dedicou a recorrer e guardar testemunho fotográfico da Colônia destruída e já se inclinava à fotografia de paisagens e arquitetura.
No ano 1961 recebeu o premio de cultura da associação alemã de fotografia. O arquivo mais completo de sua obra, cerca de 4,500 fotografias originais e mais de 10.000 negativos, estão de posse as Fundação Cultural da Caixa Econômica de Colônia.
Título: [Untitled] / [tia de August Sander, Biersdorf, Westerwald] -- Artista / Maker: August Sander - Data: cerca de 1930 - Meio: cópia de prata gelatina - dimensões: 15,7 x 11,4 cm (6 3/16 x 4 1/2 pol.) Direitos de autor: © J. Paul Getty
Título: Journeyman pedreiro (Maurergeselle) Artista / Maker: August Sander Cultura: alemão Data: 1929 Meio: cópia de prata gelatina dimensões: 17.3 x 11.3 cm (6 x 4 7/16 13/16 pol.) Direitos de autor: © J. Paul Getty
Diane Arbus (1923 – 1971)
Fotografia de pessoas comuns e de rua transformando-as em “anormais”. Também fotografias de celebridades. Pioneira no flash de recheio.
Diane Arbus foi una fotógrafa norte-americana que apresentava o normal como monstruoso: quando fotografava a dor, a encontrava em pessoas normais. Fazia com que o “normal” parecesse “anormal”. Rompia a composição, situando a personagem no centro.
De 1955 a 1957, Diane Arbus teve aulas com a fotógrafa austríaca Lisette Model, que exerceu sobre ela uma grande influência.
Foi fortemente influenciada por Alice no país das Maravilhas e o filme Freaks (“Monstros“ no Brasil) de Tod Browning.
A década de sessenta foi a mais produtiva. Percorria os perigosos bairros de Nova York para selecionar os personagens que retrataria: entre eles anões, nudistas e prostitutas.
Foi a pioneira do flash de recheio.
Em 1967 realizou a exposição New Documents, em que ficou conhecida pelo grande público.
Continuou trabalhando para revistas importantes retratando a celebridades como Norman Mailer, Mae West e Jorge Luis Borges.
Em 1971, depois de uma longa depressão, Diane Arbus se suicidou.
Um ano depois de sua morte, dez ampliações de suas fotos foram exibidas na Bienal de Veneza.
Pouco tempo depois foi inaugurada uma grande mostra retrospectiva da sua obra, no Museu de Arte Moderna de Nova York. Mais de 250.000 pessoas viram a exposição.
GĂŞmeas idĂŞnticas em Roselle. 1967. (Diane Arbus)
Homem tatuado em uma feira. 1970. (Diane Arbus)
Criança com uma granada de brinquedo na mão , no Central Park, Nova York - 1962
Eadweard Muybridge (1830 – 1904)
Cronofotografia que serviu de base para o posterior invento do cinematógrafo. Para fotografias usava colódio úmido.
Eadweard Muybridge (Pseudônimo de Edward James Muggeridge) foi um fotógrafo e investigador inglês, cujos experimentos sobre a cronofotografia serviram de base para a posterior invenção do cinematógrafo.
Foi o primeiro a registrar o movimento de seres vivos, reproduzi-lo e inclusive projetá-lo.
Morou grande parte da sua vida nos Estados Unidos, e ganhou grande reputação por suas fotografias de paisagens do Oeste Americano, em especial a série sobre o parque Nacional de Yosemite.
Sua contribuição ao cinema foi possível por causa de uma aposta. O milionário americano Leland Stanford (fundador da universidade de mesmo nome) era criador de cavalos, e tinha a teoria de que um cavalo a galope em certo momento ficava com as quatro patas no ar, e para comprovar contratou Muybridge e lhe ofereceu utilizar seu cavalo "Ocidente" para a prova.
O principal problema para realizar a série de fotos foi a velocidade do obturador da câmara. Para solucioná-lo ele desenhou um sistema de cortinas de madeira com elásticos que elevavam a velocidade do obturador a 1/2000 de segundo (nesse tempo o obturador más rápido no superava el ½ de segundo). Mas a imagem do cavalo correndo ficou demasiado borrada.Tentou com12 câmaras, mas também não serviu.
Por último desenhou disparadores eletromagnéticos que se ativavam com o passo do cavalo, e isto tornou possível o registro de 12 imagens, e depois na segunda tentativa 24.
Estas fotos foram projetadas para a imprensa da época causando grande impacto. O mecanismo de projeção foi mediante um aparelho baseado no ”fenakistoscópio” e na lanterna mágica.
Em 1882 Muybridge apareceu ante uma sessão especial da Royal Institution de Londres projetando com ajuda do ”zoopraxiscópio” uma série de fotografias que davam a sensação de movimento contínuo.
Depois disso suas imagens apareceram em várias publicações em que reproduziam suas tomadas e as analisavam.
Em 1887, publicou seu trabalho com o título “Animal Locomotion, an Electro-Photographic Investigation of Censecutive Phases of animal Movements”, obra muito aclamada por artistas e homens de ciência.
Em 1901 foi publicada em Londres uma edição reduzida intitulada “The Human figure in Motion”. As fotografias tinham por objetivo principal servir de esboços aos artistas. Era como um imenso atlas da locomoção humana e animal: 781 placas com mais de 20.000 figuras, em quase todas as fases do movimento.
Seu trabalho é de grande importância para o cinema: considerada a primeira série de fotografias que decompõe movimento rápido.
Eadweard Muybridge
Eadweard Muybridge
Henri Cartier-Bresson (1908 – 2004)
Considerado o pai do foto-jornalismo. Jamais recortava os negativos, se positivavam completos, sem enquadrar nem cortar nada.
“Para mim, a fotografia é situar a cabeça, o coração e os olhos na mesma linha visual. É um estilo de vida.” (Henri Cartier-Bresson)
Henri Cartier-Bresson foi um célebre fotógrafo francês considerado por muitos o pai do foto-jornalismo. Predicou a ideia de roubar o instante decisivo, ou seja, "images a la sauvette“ (imagens às escondidas, roubadas).
Em 1931 se interessou pela fotografia.
Sua primeira exposição foi em 1932 e também sua primeira reportagem para a revista Vu. Em1937 começou a trabalhar para várias revistas y jornais como reporter gráfico.
Em 1940, durante a II Guerra Mundial, foi para a Unidade de cinema e fotografia do exército francês. Foi preso pelos alemães e depois de 35 meses conseguiu fugir para Paris e ali começou a trabalhar para a Resistência em 1943.
Em 1946, nos EUA, assistiu a exposição qu o MOMA (Museu de Arte Moderno de Nova York) havia organizado para ele, pois pensavam que havia morrido na guerra.
Em 1947 junto a Capa, Seymour e Rodger fundaram a Agência Mágnum e durante vinte anos percorreu o mundo todo, sendo conseiderado um dos mais importantes reporteres da sua época.
Ao longo de sua carreira, retratou, entre outros, Pablo Picasso, Henri Matisse, Marie Curie, Édith Piaf, Fidel Castro e Ernesto Guevara.
Fez a cobertura da morte de Gandhi, da Guerra Civil Espanhola, e foi o primeiro repórter a visitar a União Soviética depois da morte de Stalin.
Su obra foi exposta, no Museu de Louvre, em Paríis, em 1955.
Em 1966 deixou a Mágnum e voltou ao desenho e à pintura, mas seguiu com a fotografia.
Sua técnica: Não cortava os negativos, se positivavam pr completo, sem enquadrar nem recortar nada. Um fotógrafo que sabia compor com rigor, observando os gestos, as justaposições de elementos e disparava no breve instante em que tudo o criava um conjunto significativo. Ele definia como o momento decisivo.
Cartier-Bresson é uma figura mítica na fotografia do século XX.
shanghai-1949
Mercado do Bolhão, cidade do Porto, Portugal, fotografia de Henri Cartier Bresson
Shanghai, 1946 , fotografia de Henri Cartier Bresson
Henri Cartier-Bresson, Meninos brincando nas ruĂnas – Guerra Civil Espanhola, 1937
HÊrcules Florence(1804 – 1879)
Precursor no uso do nome de fotografia. E primeira fotocĂłpia do mundo. Um dos primeiros a usar procedimento negativo/positivo e do uso do nitrato de prata.
Antoine Hercule Romuald Florence: franco-brasileño, foi um inventor, desenhista, polígrafo e pioneiro da fotografia.
Precursor no uso do nome procedimento negativo/positivo.
Em 1824 chegou ao Brasil, desde a França. Um ano depois participou de uma expedição pelo interior do Brasil como desenhista e cartógrafo. Percorreu 13.000 kilómetros entre os anos de 1825 e 1829. Sua preocupação em registrar com rigor científico a natureza e os índios das regiões visitadas, dá a esta coleção de imagens um valor inestimável para estudos antropológicos e etnográficos.
Ao voltar da expedição se estabeleceu na atual cidade de Campinas em São Paulo, de onde nunca mais saiu e onde realizaria inúmeras atividades e invenções, entre elas, a zoofonia, a poligrafia, um método de anti-falsificação, tipossílabas (precursor da taquigrafia), pulvografia (impressão por meio de pó), jornalismo (O Paulista, primeiro jornal do interior de São Paulo) e a fotografia.
de
fotografia e
do
Fotografia.- Como comercializava seus escritos e desenhos e tinha uma loja de tecidos, percebeu que os trazidos da Índia se descoloriam com a luz do sol. Tentando uma solução entrou em contato com um boticário que lhe informou das propriedades do nitrato de prata. Dando início as suas investigações sobre fotografia.
Suas primeiras experiências com a câmara escura datam de janeiro de 1833 e se encontram registradas nol manuscrito Libre d'Annotations et de Premier Matériaux.
Com problemas econômicos, pensou na aplicação da câmara escura na reprodução de documentos tais como textos, diplomas, etiquetas, etc.
Seu procedimento supunha a captação de imagens com a câmara escura e a utilização de papel como suporte, adequadamente sensibilizado mediante nitrato de prata.
Empregou também placas de cristal com uma emulsão que ele mesmo criou.
Em 1877 foi escolhido membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. E na parte final de sua vida, se dedicou-se à agricultura.
Seus descobrimentos, no entanto, não foram seguidos por outros investigadores, pois vivia em um lugar remoto, em um país longínquo.
Suas criações foram resgatadas do esquecimento em 1976 pelo fotógrafo brasileiro Boris Kossoy, que comprovou o emprego pioneiro de Florence no uso da palavra “fotografia” uns 4 anos antes de John Herschel.
Sua utilização do esquema negativo/positivo foi 3 anos antes de Daguerre e 6 anos depois de Niépce.
Possível fotografia de Hercules Florence
Primeira fotocópia desenvolvida no mundo (1839, por Hércules Florence, em Campinas, Brasil) Utilizando uma técnica de revelação e fixação com nitrato de prata no papel. Ela retrata uma cópia de um diploma.
Índio Bororó no Brasil, por Hércules Florence, pintor francobrasileiro, durante a expedição Langsdorff na Amazônia (1825 - 1829)
Irving Penn (1917 – 2009)
Retratos e fotografias de moda.
Irving Penn foi um fotógrafo norte-americano famoso por suas fotografias de moda y de retrato.
Estudou desenho na Escola de Artes Industriais do Museu ds Filadélfia.
Seu professor foi o fotógrafo Alexey Brodovitch, que mais tarde seria seu colega na revista Harper’s Bazaar.
Depois viajou ao México, onde se dedicou à pintura durante um ano.
Seus desenhos foram publicados na Harper's Bazaar.
Seu primeiro trabalho na revista Vogue foi como ajudante do artista Alexander Liberman.
Em 1943, começou a trabalhar como designer de capas de revistas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, Penn adquiriu fama por seus elegantes e glamorosos retratos femininos publicados na revista Vogue.
Em suas fotografias, a pessoa geralmente posava ante um simples fundo branco ou cinza, usando a simplicidade de forma mais efetiva que outros fotógrafos da época.
Recebeu o prêmio Hasselblad em 1985, e dois anos mais tarde foi galardoado com o Prêmio de Cultura da Associação Alemã de Fotografia.
Publicou diversos livros, incluindo The astronomers plan a voyage to Earth (1999) e Photographs of Dahomey (2004), ademais de exposições de sua obra.
Boca, Nova Iorque, 1986. Foto: Irving Penn
Irm達o e Irm達, Cuzco, 1948. Foto: Irving Penn
Pablo Picasso, Cannes 1957. Foto: Irving Penn
A M達o de Miles Davis, Nova Iorque, 1986. Foto: Irving Penn
Gisele B端ndchen retratada por Iving Penn
László Moholy-Nagy (1895 – 1946)
Pintor, pesquisador e professor. Teórico de fotografia. Cubismo e arte abstrata. Fotomontagem.
László Moholy-Nagy foi um pintor e fotógrafo húngaro,.
Passou para a história como um dos mais importantes professores e teóricos de arte e de fotografia desde seu trabalho na Escola Bauhaus alemã.
A sua pintura torna-se abstrata, influenciada pelo construtivismo russo, tanto na forma como no espírito. Aproxima-se também dos dadaístas berlinenses. Faz colagens e experimenta técnicas fotográficas como o fotograma.
Em 1922 expõe (relevos em metal, entre outros) nos espaços da Galerie Der Sturm em Berlim. Começa então a trabalhar no projeto de escultura cinética Licht-RaumModulator [Modulador espaço-luz] que produz sombras abstratas.
A sua exposição permite-lhe conhecer Walter Gropius, diretor da Bauhaus em Weimar. Em 1923, Moholy-Nagy torna-se ali professor orientando o curso de iniciação e o atelier do metal, em substituição de Johannes Itten.
Experimentador incansável – fazendo pesquisas sobre fotografia, cinema, cartazes, design, cenografia, tipografia e os novos materiais como o alumínio, o celuloide, plásticos, a pintura à pistola... – até 1928.
As suas pesquisas são acompanhadas da edição de catorze livros notáveis, os Bauhausbücher.
Em 1936 obras suas integram a exposição Cubism and Abstract Art [Cubismo e arte abstrata] no Museum of Modern Art, em Nova Iorque).
Opondo-se à especialização excessiva do ensino, em 1928 deixa a Bauhaus e instala-se em Berlim onde, enquanto artista independente e designer, trabalha sobretudo com têxteis, fotografia e cinema.
O seu Modulador espaço luz é finalmente ali apresentado em 1930.
Fugindo ao nazismo que em 1933 acaba de fechar a Bauhaus, em 1934 muda-se para Amsterdã onde trabalha na divulgação e organização de exposições.
Em 1935, instala-se em Londres onde lhe é dedicada uma retrospetiva, na London Gallery, em 1937.
Nesse mesmo ano torna-se diretor da Design School, em Chicago. Dá-lhe o nome de «New Bauhaus – American School of Design» e concebe-a seguindo a mesma organização que em Dessau, mas com um departamento mais importante dedicado à fotografia.
Com o fechamento da New Bauhaus, em 1939 decide abrir, em Chicago, a sua própria escola, The School of Design (que em 1944 passará a ser The Institute of Design).
Em 1941, em Nova Iorque, uma exposição intitulada Art of Tomorrow [Arte de amanhã] é dedicada aos seus trabalhos no Museum of Non-Objective Art, que virá a ser o Guggenheim Museum.
Apesar da sua morte prematura aos cinquenta e um anos, Moholy-Nagy deixa uma obra importante em todos os domínios.
Segundo ele, a arte não pode ser dissociada da vida quotidiana e da educação. Graças aos seus textos e ensinamentos, a sua influência foi considerável em todos os anos que se seguiram à guerra.
Fotografias de L谩szl贸 Moholy-Nagy
1927
1930
Fotomontagem (1925) e Berlin Radio Tower (1928)
P么ster typophoto para pneus de 1923.
Joseph-Nicéphore Niépce (1765– 1833)
Um dos inventores da fotografia. Primeiras imagens fotográficas da história. Heliografia. Daguerreotipia.
Joseph-Nicéphore Niépce foi um militar francês, químico, litógrafo e cientista, aficionado e inventor.
Inventou junto com seu irmão um motor para barcos e junto com Daguerre, a fotografia.
Niépce se interessou pela litografia, e começou suas experiências com a reprodução óptica de imagens realizando cópias de obras de arte. Em 1813 experimentou o uso de gomas resinosas e seus efeitos ao expô-las diretamente à luz do sol.
Seu primeiro êxito em criar um meio sensível à luz foi a técnica chamada heliografia, que se tratava de imagens positivas diretas obtidas sobre superfícies emulsionadas com betume da Judeia dissolvido em azeite de lavanda.
Em1814 teve a ideia de usar uma câmara escura junto com os sais de prata sensíveis à luz para tentar conseguir imagens fixas. Começou utilizando pedra como suporte, depois começou a usar papel, cristal e depois diversos metais como o estanho, o cobre, etc.
Obteve as primeiras imagens fotográficas da história em 1816, mas nenhuma delas se conservo. Eram fotografias em papel e em negativo, mas não se deu conta de que estes poderiam servir para obter positivos, e assim abandonou essa linha de investigação.
Finalmente, Niépce se converteu no primeiro em conseguir fixar uma imagem. Isso aconteceu em 1826/27 quando conseguiu fixar uma imagem permanente do pátio de sus casa. Para realizar esta fotografia utilizou uma prancha de peltre recoberto de betume da Judeia, expondo a prancha à luz ficando a imagem invisível; as partes do verniz afetadas pela luz ficavam insolúveis ou solúveis dependendo da luz recebida.
Há discussão sobre qual e a primeira fotografia entre: ◦ Ponto de vista desde a janela de Gras, datada no ano 1826, que se conserva na atualidade na Universidade de Texas. ◦ A mesa posta, uma borrada instantânea de uma mesa disposta para ser utilizada em uma refeição, datada pelo autor em 1822, que se conserva no Museo Nicéphore Niépce. ◦ Puxando um Cavalo, uma reprodução de um gravado holandês, datado em1825.
Depois da exposição a placa era banhada em um dissolvente de aceite essencial de lavanda e de aceite de petróleo branco, desagregando as partes de verniz não afetadas pela luz. Se lavava com água, podendo apreciar a imagem composta pela capa de betume para os claros e as sombras pela superfície da placa prateada.
Em 1829 se associou com Louis Daguerre. Nesta sociedade conseguiram o aperfeiçoamento da câmara escura.
Como não resolveu a questão da fixação das imagens e as mesmas perdiam nitidez rapidamente até se tornarem invisíveis, ele não é considerado o único inventor da fotografia, seu nome ficou associado ao de Daguerre, que incorporou ao procedimento a utilização do iodeto de prata e o vapor de mercúrio.
Mesmo com as manobras de Daguerre de ocultar nome de Niépce, em 1841 seu filho, Isidore Niépce, publicou a obra "História do descobrimento da invenção denominada daguerreótipo" ficou esclarecido seu papel na história do descobrimento da fotografia.
Posteriormente, o Estado francês comprou a invenção por uma pensão vitalícia anual para Daguerre e outra para o filho de Niépce, para colocar à diposição dos cidadãos a invenção. Isso fez que o daguerreótipo se estendesse por toda Europa (menos Inglaterra) e Estados Unidos.
Fotografias de Joseph-NicĂŠphore NiĂŠpce
Ponto de vista desde a janela de Gras - 1826
A mesa posta - 1822
Louis Jacques Mandé Daguerre (1787– 1851)
por Jean-Baptiste Sabatier-Blot (1844)
Um dos inventores da fotografia e do daguerreótipo.
Louis Jacques Mandé Daguerre foi um pintor, decorador teatral y físico francês, inventor do primeiro processo prático de fotografia, o daguerreótipo, uma fotografia realizada em una placa de cobre revestida de prata tratada com vapor de iodo.
Passou aos anais da história por descobrir o Diorama , instalação mediante a qual se dava uma sensação de profundidade através de imagens enormes, que podiam mover-se y que se combinavam com um jogo de luzes e sons, para que parecesse que o espectador estivesse em situações como uma batalha, uma tempestade, etc. Aplicou o princípio da câmara escura ao Diorama.
Em 1829 associou-se com Joseph Nicéphore Niépce para investigar juntos. Usavam placas sensíveis de prata, cobre e cristal, fazendo uso de vapores para enegrecer a imagem.
Com a morte de Niépce em 1833, Daguerre continuou investigando e em 1835 fez uma descoberta importante por acidente: colocou uma placa exposta em seu armário químico e encontrou depois de uns dias, na placa havia uma imagem latente.
Aperfeiçoou o daguerreótipo até 1838.
Não se conseguia fazer cópias das provas, tinha que repetir o processo completo, além disso os tempos de exposição eram longos e o vapor de mercúrio faz mal à saúde.
Daguerre aproveita os problemas econômicos do filho de Niépce para modificar repetidamente o contrato a seu favor favor, fazendo com que o procedimento passasse a chamar-se Daguerreótipo, imprimindo para sempre seu nome no procedimento.
Rapidamente, na cidade de Paris em um ano foram feitos 500.000 daguerreótipos e Daguerre, ajudado por seu cunhado, lançou no mercado a câmara chamada Daguerrotype.
Em 1839, a Academia de Ciências de Paris apresentou publicamente a invenção.
Posteriormente, o Estado francês comprou a invenção por uma pensão vitalícia anual para Daguerre e outra para o filho de Niépce, para colocar à diposição dos cidadãos a invenção. Isso fez que o daguerreótipo se estendesse por toda Europa (menos Inglaterra) e Estados Unidos.
Hoje em dia, pouco mais de 25 daguerreótipos de Daguerre sobrevivem.
De Giroux et Cie primeira propaganda para o Manual Daguerreótipo e sua câmera Daguerreótipo e equipamentos ", sob a direção de M. Daguerre", publicado em Paris, em Le Constitutionnel , Septembre 7, 1839, p. 4
Boulevard du Temple, Paris, 3潞 distrito, Daguerre贸tipo. Acredita-se ser a primeira fotografia mostrando uma pessoa que vive. 1838
O atelier de Daguerre. Imagem que o fot贸grafo considerou como seu primeiro daguerre贸tipo.
John Herschel (1792– 1871)
Inventor da Cianotipia e do Phytotype
Em 1800, John Frederick William Herschel astrônomo nascido na Alemanha, descobre a região infravermelha do espectro de luz. Em 1819, descobre o fixador fotográfico, hiposulfato de sódio.
Herschel, a quem a História sempre atribuiu o mérito de ter criado palavras relativas ao novo invento. Inscreveu seu nome já em 1839, quando conseguiu a primeira fotografia em vidro – um suporte que imediatamente foi incorporado pelos daguerreotipistas. Foi um homem que soube usar as palavras, pois cunhou em seus diários os termos fotografia e fotográfico.
No ano seguinte, pronunciando-se na Royal Photographic Society, criou os termos Matriz: negativo e positivo. Em 1860, idealizou outras palavras que fariam carreira: disparo e instantâneo. Também foi um visionário: previu arquivos públicos em que a documentação seria microfilmada e lida em ampliadores (fato que só ocorreu no século seguinte). Tem o mérito da primeira cópia azul, o cianotipo.
A cianotipia foi um dos primeiros processos de impressão fotográfica em papel. Além disso, fez pesquisas relevantes na fotografia (phytotype) e, segundo autores abalizados, deve-se a ele também a descoberta do Hipossulfito como agente fixador. Herschel realizou melhorias e variações na chrysotipia (,precursor do processo modelo moderno.)
Experimentou com a reprodução da cor, tomando nota de que os raios de diferentes partes do espectro e a cor no papel fotográfico.
Sem saber que o termo fotografia já havia sido acunhado por Hercules Florence em 1834, Herschel também o definiu em 1839. Também acunhou os termos negativo e positivo à fotografia.
Sir John Herschel, Senhora com uma harpa de 1842 Cianotipo (Museu de Hist贸ria da Ci锚ncia da Universidade de Oxford)
Sir John Herschel. "Ainda na Minha adolescĂŞncia", 1838.
Man Ray (1890 – 1976)
Retratista. Dadaísmo e Surrealismo.Técnica de solarização de negativos e raiografia ou fotograma (exposição de objetos em papel sensível à luz)
Man Ray, Emmanuel Radnitzky, foi um artista norteamericano impulsor dos movimentos dadaísta e surrealista nos Estados Unidos.
Sua primeira exposição individual teve lugar na Daniel Gallery de Nova York em 1915. Fundou, junto a Marcel Duchamp e Francis Picabia, o Dadá nova-iorquino.
Em 1918 trabalhou com aerógrafos sobre papel fotográfico. Em 1920, com K. Dreier e Duchamp, fundou a Société Anonyme, uma companhia desde onde geriam todo tipo de atividades de vanguarda (exposições, publicações, instalações, filmes, conferências, etc.).
Suas primeiras obras experimentais são as Raiografías em 1921, imagens fotográficas tiradas sem câmara (imagens abstratas obtidas com objetos expostos sobre um papel sensível à luz e logo revelado).
O beijo – 1922 - © Man Ray Trust
Fez também retratos, de converteu-se em fotógrafo retratista de personalidades da cultura. Inspirado por sua modelo e amante Alice Prin, conhecida como Kiki de Montparnasse, faz Le Violon d'Ingres (1924).
Como pioneiro do Dadaísmo e Surrealismo sua aproximação se caracteriza pelo irracional e o incongruente, provocando erotismo e escândalo.
Rrose Sélavy (Marcel Duchamp). 1921. fotografia de Man Ray. Direção de Arte Marcel Duchamp. cópia de prata. 5-7 / 8 "x 3" -7/8 ". Philadelphia Museum of Art. -
Título: Le Violon d'Ingres (Ingres violino) Data: 1924 Meio: Cópia de prata gelatina © Man Ray Trust
NADAR Gaspard-Félix Tournachon (1820 – 1910)
Primeira fotografia aérea e primeira com luz artificial. Retratista. Fotografia para ele era mais que simples técnica.
Gaspard-Félix Tournachon, mais conhecido como Nadar foi um fotógrafo, jornalista, ilustrador e caricaturista francês, considerado como o grande fotógrafo do século XIX.
Comprou uma câmara fotográfica que utilizou para fazer retratos que serviriam de base para as caricaturas de sua obra Panthéon Nadar, de 1853, onde apareceram grandes personagens da política e da cultura da época.
Nunca considerou o retrato fotográfico como uma atividade para ganhar dinheiro, pois suas ideias estéticas de retratos não combinavam com os critérios mais comerciais.
Não gostava de colorear os retratos, nem de fazer retoques e tampouco utilizava adereços.
Somente se utilizava da luz (modo de iluminar a modelo) e do gesto (olhar e atitude dos modelos) como elementos principais da fotografia.
Fotografou grandes personalidades em seu estúdio: Julio Verne, Vitor Hugo, Delacroix, Edouard Manet, Sarah Bernhardt, entre outros.
Nadar demonstrou, melhor que qualquer outro fotógrafo de sua época, que a fotografia é algo muito mais que o simples produto de uma técnica.
Foi Nadar que fez as primeiras fotografias aéreas da história no año 1856. Foram realizadas com uma câmara fotográfica desde um globo aerostático. Esta inovação teve um grande interesse militar.
Também foi o primeiro fotógrafo a realizar fotografias com luz artificial conseguindo captar imagens das catacumbas de Paris.
Deixou um legado de mais de 450.000 placas de cristal em poder de sua filha.
Sarah Bernhardt – 1866 – por Nadar
Jean-Marie Le Bris e a sua máquina voadora "Albatros II", fotografado por Nadar em 1868.
Título: Balão Netuno Data: 1870 Local: Paris Fotógrafo: Nadar
SebastiĂŁo Salgado (1944)
Fotografa o mundo, as pessoas e suas misĂŠrias. Fotografias em preto e branco.
Sebastião Salgado nasceu em Aimorés, Minas Gerais, Brasil. Vive em Paris. Economista de formação, começa sua carreira de fotógrafo em Paris em 1973.
Trabalhou com as agências Sygma, Gamma e Magnum Photos até 1994 quando, junto com Lélia Wanick Salgado fundam a agência de imprensa fotográfica, Amazonas images, exclusivamente dedicada ao seu trabalho.
Viajou por mais de 100 países para projetos fotográficos que, além de inúmeras publicações na imprensa, foram apresentados em forma de livros, tais como : Outras Américas (1986), Sahel, l’Homme en détresse (1986),Trabalhadores (1993), Terra (1997), Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo (2000) e Africa (2007).
Exposições itinerantes destes trabalhos foram e continuam a serem apresentadas internacionalmente.
Sebastião Salgado recebeu inúmeros prêmios, é Embaixador de Boa-Vontade para UNICEF e é membro honorário da Academy of Arts and Science dos Estados Unidos.
Em 2004, Sebastião começou um novo projeto,Gênesis, série de fotografias de paisagens, da fauna, da flora e de comunidades humanas vivendo exclusivamente dentro de suas tradições e culturas ancestrais. Este trabalho é concebido como uma pesquisa sobre a natureza ainda em seu estado original.
Juntos, Sebastião e Lélia trabalham desde os anos 90 na recuperação do meio-ambiente de uma pequena parte da Mata Atlântica. Eles devolveram à natureza uma parcela de terra que possuíam e em 1998 esta terra foi transformada numa Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN.
Neste mesmo ano, criaram o Instituto Terra que tem como missão a restauração da floresta, pesquisa e monitoramento, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Entre 1994 e 1999 Salgado fez um trabalho de investigação fotográfica centrado nos movimentos das populações pelo mundo. Retratou a visão contemporânea de milhões de seres humanos em movimento, fugindo de guerras, revoluções, da opressão política, ou da pobreza, etc.
As obras desta investigação foram publicadas em 2000, com os nomes Migrations e Portraits.
Durante o início do ano 2000, jornalistas do New York Times e a escritora Susan Sontag criticaram as fotografias de Salgado. Ele acusado de utilizar de maneira cínica e comercial a miséria humana, de expor de maneira bela as situações dramáticas correndo o risco de fazê-las perderem sua autenticidade.
Ecuador . 1982 – por Sebastião Salgado
Campo de Kalema, a oeste de Tigray. Etiópia . 1985 – por Sebastião Salgado
Região do Lago Faguibine. Mali . 1985 - por Sebastião Salgado
Plantação de café. Região de Congresso, Minas Gerais, Brasil . 2002por Sebastião Salgado
Campo de Shamak para afeganes deslocados. Pul-iKumri, norte do Afeganistão . 1996 – por Sebastião Salgado
Uma mulher mal alimentada, desidratada, no hospital em Gourma Rharous. Mali . 1985 - por Sebastião Salgado
Guatemala, 1978 – por Sebastião Salgado
William Henry Fox Talbot (1800 – 1877)
Inventor da Calotipia e da Fotogenia (papel salgado)
William
Henry Fox Talbot foi um fotógrafo, inventor, arqueólogo, botânico, filósofo, filólogo, matemático e político britânico, considerado como um dos pioneiros da fotografia.
De
forma paralela aos trabalhos de Niepce e Daguerre, obteve os primeiros resultados de suas investigações fotográficas em1834, ao obter una série de imagens de flores, folhas, tecidos, etc.., por contato dos objetos com a superfície sensibilizada, sem usar por tanto una câmara escura. Talbot conseguiu de esta maneira imagens em negativo que era capaz de fixar para impedir que a luz as fizesse desaparecer. A estas imagens foi dado o nome de desenhos fotogênicos.
Depois
dessas conquistas começou a trabalhar com a câmara escura. O primeiro negativo fotográfico estrito, não por contato, conseguiu em 1835. Era um negativo bem pequeno e para isso necessitou de uma exposição de meia hora. Mas não avançou muito, pois conseguia apenas imagens muito pequenas e imperfeitas sobre papel e em negativo.
Ao
ouvir falar da invenção de Niépce e Daguerre se sentiu estimulado para continuar suas investigações, buscando o reconhecimento público para sua linha de investigação, mas suas imagens imperfeitas no podiam ser comparadas às realizadas por Daguerre.
Durante
os anos 1840 e 1841 obteve melhorias importantes em suas investigações, e inventou o Calótipo, com o qual se podia realizar cópias inumeráveis de um mesmo negativo. Mesmo que as imagens obtidas fossem menos nítidas que o Daguerreótipo, resultava ser um procedimento mais econômico, mais fácil de utilizar e requeria de apenas 30 segundos de exposição.
A
Talbot se deve também a publicação em 1844 do primeiro livro da historia ilustrado com fotos, intitulado O lápis da natureza. As fotos foram coladas no livro.
Em
1851 inventou um procedimento de fotografia instantânea.
"O Footman," a fotografia de um rosto humano, no papel, por William Henry Fox Talbot. 1840
William Henry Fox Talbot Vista dos Boulevards de Paris 1843
PHOTOGENIC DRAWING SALTPRINT/PAPEL SALGADO Talbot
inventou
em
1839
os
photogenic
drawings ‘desenhos fotogênicos’, termo para o qual usou o radical grego ‘fós’, que significa ‘luz’, querendo significar “desenho feito pela luz”. Este processo consistia numa imagem feita à luz do sol, por contacto (uma flor sobre uma folha de papel, ou outro pequeno objeto), e surgia em negativo, mas com todos os detalhes do objeto aí representados. (Mais tarde as "provas de contato" foram feitas de modo semelhante.) A imagem era feita sem máquina fotográfica, resultando simplesmente da exposição à luz de um papel de desenho sujeito a um banho de sal comum e, posteriormente, de nitrato de prata. Obtinha-se uma imagem em negativo, os objetos apareciam com os tons escuros e claros invertidos.
William Henry Fox Talbot, Photogenic drawing of flower specimens, c.1839
DAGUERREÓTIPO O daguerreótipo foi o primeiro processo fotográfico a ser anunciado e comercializado ao grande público. Foi criado em 1839, tendo sido substituído por processos mais práticos e baratos apenas no início da década de 1860. Consiste em uma imagem fixada em uma placa de superfície espelhada, de prata, geralmente sobre outro metal mais barato, como cobre. A imagem é ao mesmo tempo positiva e negativa, dependendo do ângulo em que é observada. Tratam-se de imagens únicas, fixadas diretamente sobre a placa final, sem o uso de negativo. Daguerreótipos
são
extremamente
frágeis,
a
superfície é facilmente riscada e estão sujeitos à oxidação, por isso precisam ser encapsulados e conservados com cuidado.
CIANOTIPIA Cianotipia, ou Cianótipo, é um processo de impressão fotográfica em tons azuis, que produz uma imagem em ciano, descoberto em 1842 pelo cientista inglês e astrônomo Sir John Herschel. Usado principalmente como processo de baixo custo para copiar desenhos e diagramas durante os séculos XIX e XX, também é usado para reproduzir fotografias. Anna Atkins usou a Cianotipia na fotografia botânica. O processo era utilizado por engenheiros até o século 20 como um processo simples e de baixo custo para produzir cópias de projetos, conhecidos como blueprints. O processo utiliza dois produtos químicos: Citrato de amônio e ferro (III) e ferricianeto de potássio. A base usada geralmente é o papel, sendo o para aquarela o preferido pelos artistas, dando à imagem final uma aparência fosca, mas é possível usar outras bases, como o algodão e a lã, ou papel de gelatina (proporcionando um efeito lustroso). O efeito final depende da exposição à luz ultravioleta, que provoca mudanças na cor do composto final (Azul da prússia), tornando a cor mais ou menos fria e acinzentada. O tempo ideal seria de 10-20 min. num dia nublado.
A
revelação
é
feita
com
uma
solução
de ferro amarelo puro, que é lavada com água. A cor azul escurece com o tempo, por isso é possível acelerar o processo com outros compostos, como o peróxido de hidrogênio, bem como aumentar o contraste com dicromato de potássio (6 gotas de 1% para cada 2 mL de sensitizante). O tom pode ser alterado ainda mais, com o uso de diversos compostos e substâncias. Cianótipos não reagem bem a meios básicos. Possuem a característica de se regenerarem: mesmo quando desbotados devido à exposição à luz. podem recuperar a cor original permanecendo por algum tempo no escuro. Se impressos em tecido, podem ser lavados à mão, com sabão livre de fosfatos, para não amarelarem.
"The Honourable Mrs. Leicester Stanhope, "Cianotipia, Herschel. “
PHYTOTYPE OU ANTHOTYPE De acordo com Brächer (2015): “O Phytotype ou Anthotype é um processo fotográfico pouco conhecido. Na base desse tipo de emulsão, empregam-se pétalas de flores, legumes, folhas ou frutas silvestres – também denominados “sucos vegetais” diluídos em água ou álcool. É considerado por alguns autores contemporâneos um processo “realmente seguro” , no entanto, ao longo da pesquisa verificou-se que esta é uma visão equivocada dos descritores contemporâneos do processo. (BRACHER, 2015, p.2)
Em sua busca por imagens mais coloridas, Herschel logo despediu-se de imagens marrons fornecidas pela prata, e em 1839 começou a trabalhar com sucos das flores de seu próprio jardim, tais como a papoula vermelha. As pétalas eram esmagadas em álcool, extraindo corantes (antocianinas) em soluções para ser usado no papel.
COLÓDIO (AMBRÓTIPOS E TINTYPES) O colódio é uma substância de origem vegetal, à base de celulose, que resulta da dissolução de algodão pólvora em éter e álcool. É um liquido viscoso, com cheiro forte e facilmente aderente, mesmo em situações úmidas. Sua descoberta, por Louis Menard, data de 1847 e teve aplicação imediata no isolamento de ferimentos de guerra. Desde a sua descoberta que o colódio foi considerado uma possibilidade para a produção de negativos em vidro, mas porque seca rapidamente, não permite produzir imagens fotográficas: uma vez seco o colódio perde a sensibilidade à luz e deixa de ser permeável aos banhos de processamento. Em 1849 surge a ideia de usar o colódio enquanto úmido e realizar todo o processo num espaço de tempo curto. Enquanto o colódio se mantém úmido é uma substância porosa, permeável aos líquidos, que funciona bem como meio ligante da fotografia. Esta descoberta, realizada por Frederick Scott Archer (1813-1857), revelou-se da maior importância para a fotografia.
Permitiu que toda a produção passasse do velho daguerreótipo para um suporte transparente (vidro), que permite imprimir muitas cópias em papel fotográfico a partir do mesmo original. Outra vantagem foi a maior sensibilidade à luz das placas de colódio úmido, permitiam produzir retratos com exposição mais curta (cinco, três ou mesmo apenas um segundo). Principal destino para as fotografias eram os retratos – era o negócio dos retratos de estúdio que movimentava mais clientes e trazia maiores rendimentos aos fotógrafos. O processo fotográfico em vidro de colódio vingou e ultrapassou os outros processos em uso. A partir da década de 1850, os fotógrafos existentes e que usavam o daguerriótipo ou o negativo em papel, rapidamente converteram os seus estúdios ao processo do colódio úmido, passando a produzir retratos em papel de albumina impressos a partir de negativos em vidro de colódio e dos quais podiam tirar muitas cópias.O tempo de exposição passou a ser mais curto e tornou-se mais fácil fazer retratos. O surgimento do processo do colódio trouxe para a fotografia mais adeptos. Assistiu-se a um desenvolvimento da fotografia sem precedentes.
A produção dos negativos de colódio úmido levantou novos problemas práticos, quando se tratava de fotografar fora do estúdio. Uma vez que este processo era obrigatoriamente executado em poucos minutos, antes do colódio secar, obrigava os fotógrafos em viagem a transportar consigo todo o material necessário para produção das fotografias: câmara fotográfica, tripé, objetiva, vidros em grande quantidade, as soluções de colódio, nitrato de prata, revelador e fixador para processar, uma câmara escura, contentores com água, toda uma parafernália de câmara escura. Para a produção de provas de grande formato muitos destes fotógrafos viajantes transportavam câmaras de grande formato e em madeira, para a produção de negativos até 40x50 cm ou 50x60 cm. Mesmo com estas dificuldades práticas, o processo do colódio úmido foi o mais usado em todas as aplicações, durante cerca de trinta anos, desde 1850 até 1880 e marca profundamente a fotografia deste período inicial. A observação simples de um negativo, visto sobre uma superfície preta, mostra-nos uma imagem positiva. Quando este suporte é um vidro, chama-se um ambrótipo.
PAPEL ALBUMINADO A impressão em papel albuminado foi inventada em 1850 por Louis Désiré Blanquart-Evrard, e foi o primeiro método
comercialmente
impressões
fotográficas
viável a
partir
de
se de
obter
negativos.
Usava albumina (extraída de clara de ovo) para fixar os sais de prata ao papel. Foi a forma mais popular de impressão fotográfica até o início do século XX, tendo sido usada nas fotografias “carte-de-visite”. O papel (geralmente de algodão) era coberto com albumina. Depois era sensitizado com nitrato de prata, e seco sem ser exposto à luz. A imagem era impressa por meio de contato direto, na época, uma negativo em placa de vidro. Hoje, isso pode ser feito usando filme de grande formato. O papel era sensível à luz ultravioleta, que é preferível ao uso de luz solar direta (o resultado é mais previsível). O papel devia ser exposto até a imagem atingir tons um pouco mais claros do que o resultado final desejado. Por fim, um banho de tiosulfato de sódio fixava a imagem.
Opcionalmente,
a
imagem
podia
ser tonalizada (sépia ou outras cores) usando diversos compostos.
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BRÄCHER, Andréa, Experimentações com Phytotypes: resultados finais. Trabalho apresentado no GT de História da Mídia Audiovisual e Visual, integrante do 10º Encontro Nacional de História da Mídia, 2015 - UFRGS
** As traduções do espanhol para o português foram realizadas por Marilene Flores dos Santos
B I O G R A F I A S