Carta de PrincĂpios
INTRODUÇÃO O escritório modelo de Arquitetura e Urbanismo, como atividade pedagógica e de extensão, tem por objetivo atrelar os conhecimentos teóricos e técnicos adquiridos em sala de aula às atividades relativas à prática do arquiteto através de trabalhos de cunho social. Coloca a interação com a comunidade como ponto necessário na busca da melhoria da qualidade de vida utilizando-se de trabalhos participativos e interdisciplinares que visam entender e posteriormente solucionar os problemas de maneira global e eficiente. É essencial o retorno dessas experiências à Universidade, em todos os seus graus, para que haja a divulgação e possivelmente a avaliação destas pela comunidade acadêmica em geral. Esta carta condensa os princípios e diretrizes do Escritório e serve como base para a seleção e execução de trabalhos bem com a formulação do Regimento. DIRETRIZES 1. Disponibilizar a toda a comunidade os devidos recursos humanos, técnicos e científicos necessários para melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. 2. Atender a parcela da população que não possui acesso ao trabalho do arquiteto e urbanista através de projetos participativos. 3. Proporcionar aos estudantes experiências práticas que ao mesmo tempo estimulam uma produção acadêmica de qualidade e permitem o contato com o funcionamento e administração de um escritório. 4. Utilizar-se da extensão como modo de interação entre os alunos, professores e a comunidade. 5. Buscar a viabilização do escritório sem desconsiderar convênios e parcerias com instituições nacionais e internacionais (como ONGs, empresas e prefeituras) como parceiros para o trabalho, provedores de equipamentos e materiais necessários aos projetos e atividades.
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6. Retornar à comunidade e academia o conhecimento adquirido em suas atividades. 7. Difundir a atividade de Arquitetura e Urbanismo e suas possibilidades de atuação na sociedade. 8. Incentivar o trabalho em equipe nos moldes de uma gestão democrática e horizontal. 9. Estar de acordo com as entidades reguladoras do exercício profissional quanto à responsabilidade técnica dos projetos elaborados. 10. Garantir a continuidade dos trabalhos e a renovação constante do escritório. 11. É prioridade do EMAU trabalhar com apenas um projeto por vez, para que assim possa manter o envolvimento necessário de todas as partes integrantes do grupo, salvo decisão préestabelecida pelo grupo em reunião em antecipação. 12. Ser aberto à livre participação de todos os estudantes de Arquitetura e Urbanismo e de interessados dos demais cursos da Universidade, constituindo-se um espaço de debate interdisciplinar. 13. Ser autônomo em relação a sua gestão, seleção de projetos e orientadores, bem como no processo de seleção de novos membros, processo este ligado ou não à uma demanda de procura. 14. Ser uma atividade pedagógica e de extensão. 15. Garantir que os trabalhos produzidos tenham qualidade condizente com os padrões da Universidade. 16. Possibilitar a participação ampla da comunidade acadêmica em suas atividades. 17. Lembrar que o escritório não concorre com o mercado profissional de arquitetura e urbanismo. Os trabalhos deverão incentivar a participação da comunidade na sua discussão, elaboração, e implementação. 3|Carta de Princípios
QUEM PARTICIPA Não há restrição de participação dentro da comunidade acadêmica, desde que haja participação nas reuniões e que os membros sigam o Regimento. É essencial que todos os integrantes do Escritório tenham o mesmo nível de decisão, visando um debate aberto e igual entre todas as partes, sejam estas discentes ou docentes. ESCOLHA DE PROJETOS Os trabalhos serão voltados às comunidades que não tenham acesso ao mercado profissional de Arquitetura e Urbanismo. Os trabalhos deverão possibilitar a participação da comunidade na sua discussão, elaboração, e implementação. OBSERVAÇÕES Quando um projeto não for selecionado é interessante que o mesmo seja repassado aos órgãos ou à pessoas capacitadas para o seu desenvolvimento, podendo inclusive serem esses dentro ou fora da universidade. É político, porém apartidário. O escritório modelo não tem qualquer fim lucrativo.
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