TGI II - Habitar a Cidade: Intervenção no Parque da Chaminé em São Carlos

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HABITAR A CIDADE

intervenção no parque da chaminé em são carlos1



HABITAR A CIDADE Intervenção no Parque da Chaminé em São Carlos

Marina Saori Uematsu Trabalho de Graduação Integrado II Instituto de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo São Carlos - SP / 2018 CAP David Moreno Sperling Simone Helena Tanoue Vizioli Luciana Bongiovanni M. Schenk Joubert José Lancha Coordernador de GT Paulo Yassuhide Fujioka


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FOLHA DE APROVAÇÃO Trabalho de Graduação Integrado apresentado ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos - Universidade de São Paulo Banca Examinadora

Luciana Bongiovanni Martins Schenk

Paulo Yassuhide Fujioka

Ana Maria Reis de Goes Monteiro

Aprovado em:

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RESUMO

AGRADECIMENTOS

Este trabalho tem como tema o direito à cidade e sua relação com o direito à moradia, trazendo como proposta a habitação social no centro da cidade. Será questionado o modo de produção de cidades brasileiras e as consequencias deste processo, tendo como recorte a cidade de São Carlos.

Aos professores, Lucia, Paulo e Luciana, pelas orientações durante o processo deste trabalho.

A área de intervenção se localiza às margens do Córrego do Gregório onde se encontra o Parque da Chaminé. A escolha da localização próxima do centro de São Carlos se opõe ao movimento predominante de espraiamento da cidade e da criação de loteamentos em locais afastados. A proposta consiste em um projeto de intervenção urbana com programas de habitação de interesse social e de mercado popular, vinculado à um conjunto de equipamentos e espaços livres implantados para suprir as necessidades cotidianas dos moradores.

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Aos meus amigos que me acompanharam nessa trajetória, compartilhando as alegrias e as angústias, e em especial à Juliana, pela companhia em todas as fases deste trabalho. Aos meus pais, Cleide e Sérgio, e meus irmãos, Guilherme e Naomi, por todo o apoio sem o qual nada seria possível.


SUMÁRIO a questão

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leituras da cidade: são carlos

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análises de inserção urbana

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referências projetuais

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a proposta

43

referências bibliográficas

75

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A QUESTÃO A questão foi dividida em três chaves que se relacionam entre si, partindo do direito à cidade e da importância do termo no estabelecimento de um denominador comum para as diferentes lutas por direitos e serviços urbanos. A partir dessa discussão, dando enfoque na relação do direito à cidade com o direito à moradia, são trazidas questões sobre o desenho urbano e sobre a diversidade de usos e suas consequências na inserção urbana das habitações. Essas questões constituem a segunda chave, que discute a transformação da anticidade em cidade. A última chave trata da relação entre o público e o privado e o potencial do espaço público para o estímulo à interação social. A relação entre o público e o privado e o espaço onde esse encontro é potencializada são os elementos que fazem a transição entre a habitação e a cidade. A partir dos temas são trazidos autores e suas discussões que fundamentaram a questão principal deste trabalho: habitação e inserção urbana.


O direito à cidade O termo tem suas origens no livro do autor Henri Lefebvre, sendo revisitado por diversos autores em outros contextos históricos, sociais e políticos. O artigo de Bianca Tavolari constrói uma trajetória conceitual do termo, ressaltando que a obra de Lefebvre teve influência sobre a inserção do “direito à cidade” e a “vida cotidiana” como arenas para a luta política. Lefebvre analisa as necessidades urbanas e ressalta a importância da identificação e potencialização de lugares onde possíveis conflitos e encontros possam acontecer, no sentido de promover o atendimento dessas necessidades. O autor foi pioneiro na hipótese de que a urbanização não poderia mais ser resultado ou subproduto da industrialização. Apontou para a necessidade de lugares de encontro, “onde a troca não seria tomada pelo valor da troca, pelo comércio e pelo lucro” (LEFEBVRE, 2001, p. 105-106). Se a industrialização deixa de ser o motor das transformações sociais, tanto a alienação quanto a luta de classes não podem ser compreendidas como exclusivas do domínio da fábrica e da produção, abrindo caminho para pensar a reificação na vida cotidiana da cidade, em uma nova miséria urbana marcada pelos trajetos casa-trabalho, por uma vida programada e sem espontaneidade [...] (TAVOLARI, 2016, p. 95)

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No Brasil o termo teve grande repercussão, abrangendo lutas por direito à moradia, à terra e ao transporte.

Há também movimentos que lutam contra a perda de espaços característicos da cidade e espaços de encontro, revelando uma nova miséria urbana relacionada ao lazer e a espontaneidade. Na discussão do direito à cidade, não interessa engessar uma definição do termo, uma vez que a importância deste está na capacidade de abranger as interpretações diversas que são construídas. [...]“Direito à cidade” não é uma categoria nativa, ou seja, não é mobilizado por quem protesta. É muito mais uma tentativa de organizar lutas fragmentadas num denominador comum, de ampliar pautas específicas para um contexto mais abrangente com objetivos políticos não imediatos [...] (TAVOLARI, 2016, p. 102) Na construção da trajetória conceitual do termo, é possível encontrar um ponto em comum, que se trata da afirmação de que o direito à cidade não é restrito às reinvindicações dos movimentos por direitos específicos. O direito à cidade seria o conjunto das demandas existentes nas diversas lutas, apontando para noções de democracia, cidadania e autonomia. Sendo assim, o termo reflete a tentativa de fazer com que as diversas lutas por direitos e serviços urbanos específicos deixem de serem tratadas como casos isolados. No caso da luta por habitação, é importante trazer o direito à cidade para que se possa abranger


questões que estão além da concepção de direito à moradia. A falta de moradia para um cidadão não impede apenas a presença física deste na cidade, mas também implica na limitação de seus laços sociais. As dificuldades para conseguir um emprego ou usufruir dos serviços públicos são muito maiores quando não se tem endereço fixo. A negação do direito à moradia e do acesso à habitação implica diretamente na negação do pertencimento à cidade. Além da falta de habitação, há o problema da localização da habitação em locais afastados de infraestrutura urbana e longe da maior concentração de oferta de emprego. Como consequência, o tempo

de trajeto entre a casa e o trabalho torna-se longo e cansativo. Além disso, também afasta a habitação dos equipamentos urbanos e serviços necessários para a vida dos moradores. O direito à cidade, portanto, aproxima o direito à moradia a outros assuntos para além da habitação - como o direito ao transporte e aos equipamentos e serviços da vida cotidiana. Reflete o entendimento de que as necessidades específicas de cada luta só podem ser efetivamente solucionadas se estiverem relacionadas com os direitos reivindicados em outras lutas.

Luta pelo direito à cidade no Brasil. Fonte: CEERT Disponível em: < https://www. ceert.org.br/noticias/direitos-humanos/20370/direito-a-cidade-e-grupos-oprimidos-de-quem-sao-as-ruas > Acesso 11 em junho de 2018


Transformando em cidade a anticidade O termo “anticidade” é utilizado por Luciana Andrade ao se referir à forma de condomínio fechado, uma vez que se trata de uma configuração de desenho urbano que inibe a relação da habitação com a cidade. Além do desenho urbano, ressalta a importância da moradia ser localizada próxima aos equipamentos necessários para a vida cotidiana, de forma que os moradores possam fazer os percursos a pé. A diversidade de usos no conjunto habitacional e no entorno promove o atendimento das necessidades cotidianas dos moradores. O direito à moradia não pode ser reduzido ao direito à propriedade individual – isto é, à casa própria. Essa questão se apresenta como um grande entrave por não permitir que o sistema funcione para atender as necessidades de moradia. (ANDRADE, 2015, p 190) A má localização compromete a vida cotidiana dos moradores, no entanto é importante observar que a boa localização da moradia não garante a sua inserção urbana. É necessário que o local esteja articulado às necessidades dos moradores e que a moradia esteja integrada por meio da configuração do desenho urbano, que pode promover ou inibir a relação das habitações com a cidade.

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Segundo Andrade (2015), as configurações físico-espaciais da cidade podem ser favoráveis ou desfavoráveis para a organização da vida, não havendo neutralidade no desenho urbano em relação aos interesses de quem o determina.

O que um olhar mais atento pode observar é que, talvez mais do que nunca, os desenhos propostos para a construção e reconstrução das cidades contemporâneas revelam os ideais de cidade em disputa pelos diferentes grupos sociais. (ANDRADE, 2015, p. 173) A partir da comparação de um condomínio horizontal fechado e a configuração da cidade em quadras, é possível observar que os condomínios normalmente apresentam uma malha interna em raiz, fechando-se para o interior. A cidade em quadras proporciona a possibilidade de diálogo do edifício com a rua e uma multiplicidade de percursos e permanências (ANDRADE, 2015). É interessante observar que, se em nossas cidades, várias barreiras como vias expressas e canais não são trabalhadas para mitigar a fragmentação do tecido urbano, o condomínio fechado, entretanto, assume esse papel fragmentador, acentuando secionamentos mesmo quando estes não existem. (ANDRADE, 2015) p 180 A barreira que se cria para fechar as moradias no interior no condomínio geram muros de grande extensão que fragmentam a cidade. Além disso, o não-diálogo com a cidade proporcionado pela configuração de condomínio fechado tem consequências relacionadas às atividades cotidianas como levar as crianças à escola ou fazer compras. Essa configuração aumenta o percurso dos moradores aos equipamentos e serviços de uso cotidiano.


O desenho urbano dos condomínios também implica na fragmentação em relação ao desenho da cidade, gerando uma morfologia urbana desconexa e irregular (Fig. 2). Além do desenho urbano, a diversidade de usos também deve ser promovida juntamente com as habitações para garantir a sua inserção urbana. Nos empreendimentos de habitação social, a necessidade de prever estabelecimentos de comércio e serviço está ligada não só ao consumo das famílias, mas também à geração de renda. Quando não se prevê esses estabelecimentos, limitando o projeto ao uso residencial, frequentemente ocorre o surgimento destes ao longo do tempo. (Fig. 3)

Atividades de comércio no CDHU em São Carlos. Autoria própria Condomínios fechados em São Carlos Fonte: Google Earth

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Relação entre público e privado As escolhas do arquiteto em um projeto terão influência, em maior ou menor grau, no envolvimento dos usuários com os espaços públicos e na criação de um senso de pertencimento. O público e o privado não devem ser entendidos como dimensões opostas, e sim como complementares e dependentes entre si. A qualidade dos espaços que fazem a transição entre o domínio público e o privado será responsável por estabelecer a relação entre eles. O conceito de intervalo é a chave para eliminar a divisão rígida entre áreas com diferentes demarcações territoriais. A questão está, portanto, em criar espaços intermediários que, embora do ponto de vista administrativo possam pertencer ao domínio público quer ao privado, sejam igualmente acessíveis para ambos os lados, isto é, quando é inteiramente aceitável, para ambos os lados, que o “outro” também possa usá-lo. (HERTZBERGER, 1999, p. 40) O projeto pode incluir soluções para potencializar esses espaços de intermediação com ações de pequena escala, como qualificar a soleira da casa, por exemplo. Hertzberger enfatiza a importância da soleira como lugar de boas vindas e despedidas dos moradores e visitantes. Este espaço abrange o público e o privado estabelecendo uma conexão e transição.

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Essa conexão envolve a importância da rua como espaço de convivência. Interessa entender quais são os fatores que contribuem para a interação social na rua. Ao projetar esse espaço, é necessário pensar em

em que medida a atmosfera dentro das casas pode se integrar à atmosfera comunitária da rua. Essa integração permite que seja desmontada a ideia de que o que acontece do lado de fora da casa não tem relação com o que acontece dentro, como se a rua fosse o lugar do desconhecido e do ameaçador. A importância do domínio público também abrange a discussão sobre o direito à cidade, uma vez que a rua é local de manifestações, revoluções e celebrações. Este, portanto, é um apelo para se dar mais ênfase ao tratamento do domínio público, para que este possa funcionar não só para estimular a interação social como também para refleti-la (HERTZBERGER, 1999, p. 64) A importância da vida nos espaços públicos também é ressaltada por Jacobs, que afirma que os fatores que promovem a vida na rua são os mesmos que promovem a segurança nas calçadas, e são dependentes entre si. Os “olhos da rua”, ou seja, a presença de moradores nas proximidades de espaços públicos, promove a segurança dos usuários destes espaços. Essas condições são fundamentais para que os contatos públicos nas ruas possam ocorrer. Esta ideia também é reforçada por Gehl, que faz uma síntese da discussão que se fazia na época, em relação aos problemas urbanos e à necessidade de revitalização das cidades. A dimensão humana, o controle da escala e os espaços de encontro são alguns dos pontos levantados.


Em geral, reforça-se o potencial para uma cidade segura quando mais pessoas se movimentam pela cidade e permanecem nos espaços urbanos. Uma cidade que convida as pessoas a caminhar, por definição, deve ter uma estrutura razoavelmente coesa que permita curtas distâncias a pé, espaços públicos atrativos e uma variedade de funções urbanas. (GEHL, 2013, p. 06) Com a priorização da circulação de automóveis, a dimensão humana foi deixada em segundo plano. Como consequência, as necessidades das pessoas em relação à vida urbana não foram priorizadas. É possível observar que houve melhorias em relação à vida urbana, porém ocorreram principalmente em países mais desenvolvidos economicamente, enquanto

que os países emergentes ainda seguiam as premissas do modernismo. No Brasil, a maioria das cidades vivenciou a priorização de meios de transporte individuais e motorizados desde a década de 60. As áreas de pedestre devem ser reforçadas como meio de desenvolver cidades melhores. O espaço da cidade deve oferecer condições para ser local de encontro, reforçando seu papel social. A cidade deve contribuir para a formação de uma sociedade democrática e aberta. A vida urbana só é possível quando as pessoas convivem e interagem entre si no ambiente da cidade. Essas atividades são potencializadas por meio da qualificação do espaço público como forma de convidar as pessoas a utilizá-lo.

Rua de convivência. Fonte: HERTZBERGER, 1999 15



LEITURAS DA CIDADE: SÃO CARLOS


Expansão Urbana Vazios Urbanos

Fonte: Revisão do Plano Diretor de São Carlos, 2011.

A expansão urbana de São Carlos ocorreu de forma descontrolada e sem planejamento efetivo por parte do governo. Essa ação resulta em uma malha urbana desconexa e irregular. Foram construídos loteamentos em áreas cada vez mais afastadas, longe dos equipamentos de educação, saúde, cultura, lazer e etc. Além disso, esse afastamento das moradias gera a necessidade de aumentar o alcance da infraestrutura urbana e do sistema de transporte público.

av. são carlos

A sobreposição dos mapas permite observar que, na medida em que a cidade se expande horizontalmente, vão se constituindo vazios urbanos, muitos destes localizados em áreas providas de infraestrutura urbana e próximos de equipamentos públicos.

área de intervenção até 1940 1940 - 1950 1950 - 1970 1970 - 1980 1980 - 1990 1990 - 2002

N

2002 - 2015 18

0

1000

2000 3000

vazios urbanos


Planta Genérica de Valores

Fonte: Revisão do Plano Diretor de São Carlos, 2011.

O interesse econômico imobiliário se beneficia do fato de que o valor da terra é mais elevado em áreas urbanizadas, tornando essas terras mais rentáveis. Além disso, eleva os interesses nas áreas mais consolidadas, onde se localiza a maior concentração de comércio, serviços e equipamentos de saúde, educação, etc. A configuração da Planta Genérica de Valores ajuda a entender o fenômeno do espraiamento da cidade indicado no mapa anterior. A população de baixa renda não consegue estabelecer suas moradias próximas ao centro da cidade, por conta da valorização da terra nessas regiões. São obrigadas a habitar em locais mais afastados.

av. são carlos área de intervenção

A escolha da área de intervenção próxima às regiões de maior índice do PGV faz parte da proposta de resistir à lógica de que a população de baixa renda deve morar longe das regiões mais valorizadas. Sendo assim, reforça o partido de direito à cidade para essa população.

x < 30 30 < x < 70 70 < x < 120 120 < x < 200

N

200 < x < 300 0

1000

2000 3000

300 < x < 400

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Uso do solo

Fonte: Revisão do Plano Diretor de São Carlos, 2011.

Por conta da valorização das áreas mais consolidadas, ocorre a concentração de comércio e serviços nessas regiões. A maior concentração corresponde à região do eixo de fundação da cidade, nas proximidades da Avenida São Carlos. A concentração de comércio e serviços em alguns locais da cidade, juntamente com o fenômeno do espraiamento dos loteamentos, cria a necessidade de um movimento pendular entre as moradias das regiões afastadas e as áreas de concentração de comércio e serviços.

av. são carlos área de intervenção

Esse movimento pendular afeta a vida cotidiana dos moradores, que precisam se deslocar por longos percursos diariamente para chegar aos seus locais de trabalho ou para realizar tarefas do dia-a-dia.

residencial comercial

N

público 20

0

1000

2000 3000

industrial


Renda média Vazios urbanos Linhas de ônibus

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2010 e Plano Local de Habitação de Interesse Social de São Carlos, Etapa 2, 2010.

A sobreposição dessas informações permitiu identificar os vazios urbanos próximos de concentração de baixa renda e de fácil acesso ao transporte público. Esses critérios foram levantados para que a intervenção pudesse trazer espaços públicos de qualidade para perto da população de baixa renda. Ao mesmo tempo, que pudesse ser acessível por transporte público para os moradores de outras regiões da cidade.

vazios urbanos linhas de ônibus áreas vazias e públicas adequadas para HIS

av. são carlos área de intervenção

Renda do Responsável (salários mínimos)

00 - 02 02 - 05 05 - 10

N

10 - 20 0

1000

2000 3000

> 20

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ANÁLISES DA INSERÇÃO URBANA


Linhas de Ônibus Alteração de Rota

UFSCAR SUL

ESTAÇÃO NORTE

m

2k SANTA CASA

SHOPPING

Para integrar a área de intervenção ao sistema de transporte público de São Carlos, propõe-se a alteração da rota das linhas 03, 24 e 42 no trecho em que passam pela Rua Rui Barbosa. As linhas passariam pela Rua Sorbone, não havendo grandes alterações na rota original.

SESC

0

40

m

AZULVILLE

linhas 03 linha 24 linha 42 N

24

0

alteração de rota 300

600

outras linhas


Equipamentos e Áreas de Influência A partir do levantamento dos equipamentos e suas respectivas áreas de influência, é possível observar a falta de equipamentos de sáude e de educação infantil público. Sendo assim, propõe-se a implantação de uma Unidade Básica de Saúde e uma Creche na área de intervenção.

1. ESCOLA ESTADUAL ARLINDO BITTENCOURT / ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO / PÚBLICO

m

2. ESCOLA ESTADUAL EUGÊNIO FRANCO / ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO / PÚBLICO

2k

6

1,5

km 1,5

3. EDUCATIVA / COOPERATIVA EDUCACIONAL DE SÃO CARLOS / ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO / PRIVADO

km

4. ESCOLA MUNICIPAL LAURO MONTEIRO CRUZ / EDUCAÇÃO INFANTIL / PÚBLICO

8 9

2

00

3

5. COLÉGIO FUKUHARA / EDUCAÇÃO INFANTIL / PRIVADO

m 1 5

4

3

6. UBS VILA NERY / EQUIPAMENTO DE SAÚDE / PÚBLICO 7

8. BIBLIOTECA MUNICIPAL / EQUIPAMENTO CULTURAL / PÚBLICO

N

0

7. UBS AZULVILLE / EQUIPAMENTO DE SAÚDE / PÚBLICO

300

600

9. ESTAÇÃO CULTURA / EQUIPAMENTO CULTURAL / PÚBLICO

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Pontos de Interesse Uso do Solo 1. FÓRUM CÍVEL 2. CREA 3. ESCOLA ESTADUAL ARLINDO BITTENCOURT 4. COLÉGIO INFANTIL FUKUHARA 5. ESCOLA MUNICIPAL LAURO MONTEIRO DA CRUZ 6. HORTA URBANA 7. SUPERMERCADO SAVEGNAGO

A área é próxima dos principais pontos da Avenida São Carlos: A Catedral, o Mercado Municipal, a Biblioteca Municipal e as praças indicadas. São locais movimentados da cidade, de grande circulação de pessoas durante o dia. Essa proximidade proporciona uma possível conexão com a área de intervenção por meio do trajeto ao longo do Córrego do Gregório, que pode ser qualificado para ser mais confortável ao pedestre e otimizar esse percurso. Além disso, também é possível estabelecer uma conexão com a Estação Ferroviária de São Carlos, que abriga a Estação Cultura. Nos trajetos indicados, o percurso da área de intervenção até o Mercado Municipal é de 900 m, e o percurso até a Estação Ferroviária é de 1,1 km

residencial serviços

Observa-se no mapa de uso do solo uma maior incidência de lotes sem uso ao longo da Avenida, sendo que quando há uso em sua maioria são de comércio e serviços. O uso residencial ocorre em áreas mais afastadas da Avenida, que apresenta fluxo rápido de automóveis, podendo prejudicar a qualidade da habitação em relação à poluição sonora.

comercial institucional outros misto

N

26

0

50

100

200


CATEDRAL

BIBLIOTECA MUNICIPAL MERCADO MUNICIPAL

900m

1

ESTAÇÃO CULTURA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

2

ESCOLA ESTADUAL EUGÊNIO FRANCO

7 LARGO STA. CRUZ

1,1 km

6

SENAC

AV. SÃO CARLOS

3

5

4

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Diretrizes do Plano Diretor

Aproximações

A área se localiza na Zona de Ocupação Induzida, para a qual são estabelecidas as seguintes diretrizes:

Na década de 1930 a atividade industrial da cidade caminha junto ao processo de urbanização. Nessa década, instalou-se na área de intervenção a Indústria Carlos Facchina S/A de colas e adubos. Na década de 1950 o entorno da área ainda não loteado começa a ser loteado e ocupado.

I - promover a ocupação dos vazios urbanos existentes, aproveitando a infraestrutura local e promovendo a função social da cidade e da propriedade; II - promover o maior aproveitamento da terra urbana com o aumento na densidade construtiva e populacional; III - promover a melhoria na mobilidade urbana; IV - qualificar e utilizar a infraestrutura existente; V - consolidar a centralidade dos bairros existentes na região; VI - manter as áreas verdes significativas; VII - garantir a diversidade de usos e a compatibilização dos mesmos com o uso residencial. As diretrizes correspondem às intenções de projeto para esta área, no sentido de promover a habitação como prática do direito à cidade. A região tem baixa densidade, sendo até 25 hab/ha no entorno imediato e de 25.1 a 100 hab/ha nos bairros ao redor.

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A partir do final da década de 1990, com a implementação do anel de circunvalação da área central de São Carlos (Avenida Marginal) e localização de equipamentos institucionais, a região começou a atrair maior atenção do mercado imobiliário. A região envolve questões ambientais significativas de hidrografia e áreas de preservação ambiental, relacionadas ao Parque da Chaminé que foi inaugurado em 2008. O projeto para o parque não foi concluído e atualmente o local não é utilizado pela população. A área também está envolvida em questões relacionadas à mobilidade urbana na escala da cidade, uma vez que se encontra junto à Avenida Comendador Alfredo Maffei, que se conecta com outras avenidas importantes da cidade.


Av. Comendador Alfredo Maffei

Área de Intervenção Fonte: Google Earth

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Vista da área de intervenção para a cidade. Autoria própria 30


O potencial de paisagem da área é outro ponto a ser ressaltado. A topografia permite a visão ampla da cidade e dois elementos compõe a paisagem como marcos visuais: a chaminé e a caixa d’gua. São os únicos elementos preservados da antiga fábrica. As duas torres residenciais construídas recentemente não dialogam com o entorno existente e geram uma sensação de estranhamento. A proposta busca dialogar com as pré-existências e o bairro em que a área se insere, otimizando também a paisagem.

As duas torres residenciais e a caixa d’água. Autoria própria

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS


Estratégias de Implantação RADBURN / CLARENCE STEIN E HENRY WRIGHT KINGO HOUSES / JORN UTZON PARC DE LA VILLETTE / BERNARD TSCHUMI O diálogo com as curvas de nível do terreno foi uma das premissas do projeto. No projeto da Radburn, é possível perceber a continuidade de ruas do entorno, estabelecendo uma relação com a estrutura viária existente. Nas Kingo Houses, os módulos foram pensados de forma a se adequarem da melhor forma possível às curvas de nível, não havendo necessidade de realizar grandes mudanças no terreno. Radburn. Fonte: Pinterest Disponível em: < htt p s : / / b r. p i n t e re s t . c o m / pin/850898923319126500/?lp=true > Acesso em maio de 2018

Kingo Houses. Fonte: Utzon Photos Disponível em: < http://www. utzonphotos.com/guide-to-utzon/projects/kingohusene-helsingor/ > Acesso em maio de 2018

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Essas ações interessam para a área de intervenção escolhida para que se possa estabelecer uma relação com o entorno e também aproveitar o potencial de paisagem que o declive do terreno proporciona. No projeto das Kingo Houses foi adotada uma mesma direção para os módulos, a partir de uma referência ortogonal. No Parc de la Villette de Tschumi foi utilizada uma estratégia semelhante para a implantação dos Folies, buscando trazer uma referência urbana de malha quadriculada para dentro do parque. A utilização da grelha é uma estratégia recorrente nos casos em que o terreno tem formato irregular, com pouca ortogonalidade. Para tanto, adota-se um eixo de apoio para a grelha de acordo com alguma referência importante do terreno ou do entorno.


Parc de la Villette. Fonte: Domusweb DisponĂ­vel em: < https://www.domusweb.it/ en/reviews/2014/08/19/bernard_tschumi_ at_pompidou.html> Acesso em maio de 2018

Parc de la Villette. Fonte: Archidaily DisponĂ­vel em: < https://www.archdaily.com.br/br/01-160419/ classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi > Acesso em maio de 2018

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Tipologias Habitacionais COOPERATIVA SACHE / MANUEL CORREIA FERNANDES O sistema de acesso do edifício é feito por acesso direto da rua no piso térreo e por corredores nos andares superiores. Essa configuração permite que os locais de acesso à unidade sejam mais presentes no térreo, promovendo o maior contato dos moradores com a rua e a segurança dos espaços públicos associados às moradias.

Corte na área de acesso às unidades

Planta do piso térreo: acesso direto da rua

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Planta do pavimento tipo: acesso por caixa de escada e elevadores e corredores

Outro ponto a ser ressaltado nesse projeto é a diversidade de tipologias habitacionais que foram implantadas, abrangendo diferentes perfis de moradores.


Implantação com indicação do edifício estudado. Diversidade de tipologias no conjunto.

1ª fase – SACHE – 1979 (projecto); 1989 (obra)

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Tipologias Habitacionais CONJ. HABITACIONAL DO REAL PARQUE / ESCRITÓRIO PAULISTANO DE ARQUITETURA CONJ. HABITACIONAL DO JARDIM EDITE / MMBB ARQUITETOS E H+F ARQUITETOS

Real Parque. Fonte: Revista aU Disponível em: < http:// au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/228/ conjunto-habitacional-real-parque-em-sao-paulo-reformula-area-de-279015-1.aspx > Acesso em agosto de 2018

Real Parque: plantas das unidades. Fonte: Revista aU Disponível em: < http:// au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/228/ conjunto-habitacional-real-parque-em-sao-paulo-reformula-area-de-279015-1.aspx > Acesso em agosto de 2018

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Para o desenvolvimento do projeto das tipologias habitacionais, buscou-se referências de plantas de habitação de interesse social e habitação de mercado popular. Além da referência das plantas das unidades, o Conjunto do Real Parque e o Conjunto Jardim Edite também são referências de conjuntos habitacionais que incluem em seu programa equipamentos e serviços para atender às necessidades dos moradores.


Jardim Edite. Fonte: Galeria de Arquitetura Disponível em: < https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/hf-arquitetos_mmbb-arquitetos_/jardim-edite/889 > Acesso em agosto de 2018

Jardim Edite: Planta tipo da lâmina. Fonte: Archdaily Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/01-134091/ conjunto-habitacional-do-jardim-edite-slash-mmbb-arquitetos-plus-h-plus-f-arquitetos?ad_medium=gallery > Acesso em agosto de 2018

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Tipologias Habitacionais RESIDENCIAL CORRUÍRAS / BOLDARINI ARQUITETURA E URBANISMO ENTRE DEUX RIVES / PHILIPPON - KALT ARCHITECTS

Entre Deux Rives Fonte: Archdaily Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/759163/ entre-deux-rives-philippon-kalt-architects?ad_medium=gallery > Acesso em agosto de 2018

Entre Deux Rives: planta da unidade. Fonte: Archidaily Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/759163/ entre-deux-rives-philippon-kalt-architects/543367cac07a8024cc0000d7 > Acesso em agosto de 2018

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Os projetos a seguir foram levantados como referência para a composição das fachadas das tipologias habitacionais, observando a relação entre a planta das unidades e a solução da fachada. Buscou-se referências de fachadas que contribuem para a identidade e unidade do projeto e, ao mesmo tempo, possuem uma diversidade de planos e elementos que geram situações diversas.


Fotografia da fachada. Residencial Corruíras. Fonte: Archdaily Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/755090/residencial-corruiras-boldarini-arquitetura-e-urbanismo?ad_medium=gallery > Acesso em agosto de 2018

Residencial Corruíras: Planta Apartamento 2.. Fonte: Archdaily Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/755090/residencial-corruiras-boldarini-arquitetura-e-urbanismo?ad_medium=gallery > Acesso em agosto de 2018

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Área de Intervenção Fonte: Google Earth


A PROPOSTA


Diretrizes Projetuais A partir da leitura da cidade, da inserção urbana da área, da interpretação das diretrizes do Plano Diretor para a Zona de Ocupação Induzida e das referências projetuais analisadas, foram definidas as seguintes diretrizes para o projeto: 1. Estabelecer a conexão entre os dois lados do Córrego do Gregório e a Avenida marginal, de forma que esses elementos deixem de ser barreiras de difícil transposição. A partir dessa conexão, promover a relação entre a área de intervenção, o Parque e o Córrego e o bairro do entorno; 2. Promover o adensamento da região, ultrapassando a densidade de 25.1 a 100 hab/ha dos bairros ao redor, permitindo o maior aproveitamento da infraestrutura existente e da proximidade da área com o centro de São Carlos; 3. Promover o uso do Parque da Chaminé como área de lazer e contemplação na escala da cidade, explorando seu potencial para atrair a população para a maior utilização dos espaços públicos; 4. Garantir a diversidade de usos por meio da implantação de Creche e UBS e de estabelecimentos comerciais e de serviços, promovendo o atendimento das necessidades cotidianas dos moradores; 5. Explorar o potencial de paisagem do lugar, implantando edifícios sem grandes verticalizações e localizando os edifícios de maior altura na região mais afastada do Parque.

44

Dados da Proposta: Área: 6,5 ha Densidade proposta: 217,54 hab/ha Número de unidades habitacionais: 404 Unidades destinadas a HIS: 308 (76 %) Unidades destinadas a HMP: 96 (24 %) Número de habitantes: 1414


Perspectiva geral 45


Implantação

Quadra 1: CA= 0,47 / TO=23%

Os princípios adotados para definir a implantação foram divididos em camadas relacionadas à estrutura viária e mobilidade, edifícios e espaços livres, que serão ressaltadas separadamente a seguir.

Quadra 2: CA= 0,36 / TO=18%

GERAL

Quadra 3: CA= 0,26 / TO=13% Quadra 4: CA= 0,25 / TO=15%

1

Quadra 5: CA= 0,89 / TO=40% 2

Quadra 6: CA= 1,27 / TO=42%

3

Quadra 7: CA= 0,55 / TO=29%

4

5

7

N

6 0

46

25

50

100


Implantação

ESTRUTURA VIÁRIA MOBILIDADE A estrutura viária foi definida a partir da combinação entre a continuidade das ruas existentes no entorno com a configuração das curvas de nível. O ponto de ônibus foi localizado na Rua Sorbone, ao lado da via de pedeste que leva à caixa d’água, estabelecendo o ponto de chegada principal da área de intervenção.

PONTO DE ÔNIBUS

Vagas de estacionamento Total: 147 vagas (destinadas a 50% de HMP e 30% de HIS)

ruas existentes ruas propostas ciclofaixa existente vias de pedestre vias de pedestre N

0

25

50

100

47


Implantação GRELHA 1

Devido à configuração não ortogonal do terreno, foi utilizada uma grelha de 1,5m por 1,5m, em duas direções. A primeira direção foi estabelecida a partir do eixo de ligação entre a Chaminé e a Caixa d’água, dois marcos pré-existentes na paisagem, um de cada lado da Avenida. Essa direção permite que as unidades habitacionais sejam implantadas na direção do Parque, explorando o potencial da paisagem do lugar.

N

0

48

25

50

100


Implantação GRELHA 2

A segunda direção foi estabelecida a partir das quadras do entorno, seguindo a configuração ortonogal das ruas. Essa direção permite uma relação com a malha existente, criando uma transição da configuração do entorno para a configuração do projeto.

N

0

25

50

100

49


Implantação

USO DO SOLO O uso misto com habitação foi localizado de modo a criar núcleos de comércio e serviço nas unidades de vizinhança. Foi estabelecido um eixo de comércio, serviço e uso institucional, prevendo Creche e UBS, na rua que faz continuação à Rua Santa Cruz.

UBS CRE CH

residencial

E

misto com habitação institucional N

0

50

25

50

100


Implantação

TIPOLOGIAS HABITACIONAIS As tipologias habitacionais são localizadas de modo a criar diversidade na área de intervenção, contra a monotonia e à homogeneidade. São propostas 4 tipologias habitacionais com unidades de HIS e HMP.

tipologia 1 tipologia 2 tipologia 3 tipologia 4 N

0

25

50

100

51


Implantação

ESPAÇOS LIVRES A hierarquia dos espaços livres envolve duas escalas: 1. A escala da cidade, incluindo o Parque da Chaminé e os espaços que estabelecem a relação entre o Parque e a área das habitações 2. A escala local pública, incluindo espaços de lazer e estar e espaços relacionados ao comércio e às instituições As vias de pedestre fazem a conexão dos espaços livres, de modo a criar um sistema.

espaços livres N

0

52

25

50

100


Perspectiva: espaรงos livres 53


Cortes Gerais Para estabelecer a ligação entre os dois lados do Córrego do Gregório, é proposta uma passarela de acesso ao parque. A elevação do caminho do pedestre permite a contemplação da paisagem da cidade, tornando mais interessante a experiência de chegada dos usuários do parque. A Avenida Comendador Alfredo Maffei é caracterizada por fluxo rápido de carros. A passarela facilita a circulação do pedestre e estabelece a conexão principal entre a área de intervenção, o Parque e o Córrego.

CORTE AA

CORTE BB 54

0

10

20

40

A

B

A

B


55


Perspectivas VISÃO SERIAL

1

5 4 2

3

1 6

56

2


3

57


Perspectivas VISÃO SERIAL

1

5 4 2

3

4 6

58

5


6

59


Recorte

PLANTA DE PISO

Ver prancha com desenho completo na escala 1:500 60


Recorte

USO DO SOLO TIPOLOGIAS

tipologia 1 tipologia 2 tipologia 3 (uso misto) tipologia 4 institucional N

0

10

20

40

61


Recorte

CRECHE / UBS UBS consultórios recepção e sala de espera administração e serviços

CRECHE creche pré-escola administração e serviços pátio coberto solários

Ver prancha com desenho completo na escala 1:500 62

As plantas da Creche e UBS foram feitas com referência nas plantas de projeto padrão das respectivas instituições.


Recorte

ESPAÇOS LIVRES ARBORIZAÇÃO

N

0

10

20

40

63


Tipologias Habitacionais TIPOLOGIA 1 E 2

Planta pav. superior HIS As fachadas são compostas por venezianas móveis e com diferentes planos que configuram as sombras, criando uma composição diversificada.

64

Planta pav. térreo HIS

Elevações

0

2

4

6


Planta pav. superior HIS

Planta pav. térreo HIS

Elevações

0

2

4

6

65


Tipologias Habitacionais TIPOLOGIA 3

Planta pav. superior HMP

66

Planta pav. térreo (comércio/serviço)

0

2

4

6


Elevações

0

2

4

6

67


Tipologias Habitacionais TIPOLOGIA 4

Planta pav. 3 HIS

Cobertura (+11,20)

Planta pav. 2 HIS

Pav. 3 (+8,40)

Pav. 2 (+5,60)

Planta pav. 1 HMP Pav. 1 (+2,80)

Térreo (0,0) 68

Corte Transversal

0

2

4

6

Planta pav. térreo HMP

0

5

10

15


Plantas das unidades

0

2

4

6

69


Elevações

70

0

2

4

6


Perspectiva Fachada com venezianas mรณveis

71


72


73



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBUD, Benedito. Criando Paisagens. São Paulo: Senac, 2006 ANDRADE, Luciana da Silva. É possível transformar em cidade a anticidade? Crítica ao urbanismo de empreendimentos do PMCMV (2015) In: AMORE C.; SHIMBO L.; RUFINO. M. (org.) Minha casa... e a cidade? Avaliação do Programa Minha Casa Minha Vida em seis estados brasileiros. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015 GEHL, Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2015 HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999 JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000 LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. In: ________. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. p. 105-118. MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos urbanos. Porto Alegre: Masquatro Editora, 2005 Plano Diretor de São Carlos, disponível em < http://www.saocarlos.sp.gov. br/index.php/habitacao-morar/166049-plano-diretor-estrategico.html> acesso em 20/03/2018 às 11:00 TAVOLARI, Bianca. Direito à cidade: uma trajetória conceitual. Novos estudos, São Paulo, v. 104, n. 1, p. 92-109, 2016



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