PORTFÓLIO
Marina Basilêu Rodrigues
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Oi, meu nome é Marina! Esta é uma coletânea de projetos que desenvolvi, individualmente e em conjunto com colegas, ao longo da faculdade.
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Oi, meu nome é Marina! Esta é uma coletânea de projetos que desenvolvi, individualmente e em conjunto com colegas, ao longo da faculdade.
Vila Buarque, República, São Paulo - SP
+55 (11) 95386-4384 • 20/05/2001 • marinabrodri@gmail.com
Colégio Termomecanica, São Bernardo do Campo, SP — Ensino médio
JANEIRO DE 2016 - DEZEMBRO DE 2018
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, SP — Ensino superior
JANEIRO DE 2019 - GRADUAÇÃO PREVISTA PARA DEZEMBRO DE 2023
Atualmente cursando o quinto ano de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
CURSOS E CONQUISTAS
VII Curso de Extensão Arquitetura e Construção: Materiais, produtos e aplicações
Promovido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU Mackenzie em parceria com ABCP, ABCEM, ABAL, ABRAVIDRO e Instituto Brasileiro do PVC em 2020.
Conservação Patrimonial e suas Vertentes
Promovido pela Secretaria de Cultura e Juventude da Prefeitura de São Bernardo do Campo em 2021.
Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie – DAFAM
Primeira secretária da Gestão Manifesto de 2021 do Diretório Acadêmico.
Curso Método {CURA} e Oficina de Renderização
Realizados através da plataforma de cursos {CURA} em 2021.
HABILIDADES
AutoCAD InDesign
Revit Photoshop
SketchUp Enscape
QGis V-Ray
Pacote Office Archicad
IDIOMAS
Inglês Espanhol
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
TAGÜ - Construindo Paisagens, Escritório de arquitetura de exteriores, SP — Estagiária
OUTUBRO DE 2021 - ATUAL
INTERESSES
A área de foco do estudo, localizada em Mogi das Cruzes, cidade da região leste da Região Metropolitana de São Paulo, está inserida na Zona de Ocupação Preferencial, que prevê usos residenciais e não residenciais que sejam compatíveis entre si e adequados ao sistema viário local. Além disso, o terreno em questão situa-se em uma área de centralidade da cidade, a poucos metros da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e do Centro Cívico, que engloba a Prefeitura, a Câmara Municipal, a Secretaria da Fazenda e o Tribunal de Justiça de Mogi das Cruzes; e estão também próximos ao Mogi Shopping, ao Centro Universitário Braz Cubas e à Estação Estudantes da Linha 11 – Coral da CPTM. Desta forma, o fluxo de pessoas na região tem perfil variado, englobando desde os jovens universitários que frequentam as duas instituições de ensino, até os funcionários dos órgãos públicos e os visitantes do shopping. A fim de atender a este público diverso, foi desenvolvido um programa de uso misto para o projeto, com uma variedade de serviços.
Na capa deste segmento, corredores externos e janelas das unidades habitacionais.
A partir da análise da região e dos fluxos vindos de suas distintas partes, a intenção no momento da concepção do projeto foi criar um espaço de acesso fácil a partir de todo o entorno, acompanhando os desníveis da topografia do local e criando também novos desníveis dentro do edifício, a fim de proporcionar a sensação de constante descoberta e expectativa pela próxima vista a ser alcançada. Foram também pensadas áreas mais intimistas no interior da quadra, que sejam convidativas tanto ao percorrer quanto ao permanecer; bem como espaços mais abertos e ajardinados que contrastem ao mesmo tempo que complementem as áreas intimistas, proporcionando áreas de convivência agradáveis a todos os gostos e imbuindo o projeto de faces dinâmicas.
- apartamento 90m²
tipo (do 3º ao 8º pavimento)
sênior/estudantilapartamento 45m²
Área de convivência do residencial no terraço do 3º pavimento.
Mais do que somente residir em uma construção com intenção de ser uma casa, habitar é relacionar-se profundamente com os espaços, criando ligações emocionais, psíquicas, sociais com eles, deixando que o ambiente mude a forma com que o habitante vê o mundo e se relaciona com ele, e que o habitante personalize o ambiente de forma a refletir seus hábitos, crenças e gostos — “habitamos a cidade e a cidade reside em nós” (PALLASMAA, 2017, p. 36).
Uma casa é a celebração, reverência, elevação dos rituais que acontecem dentro dela, das atividades sociais, ideias e crenças distintas. O lar — não a casa, seu mero invólucro — é o “ponto ômega”, de onde o mundo pode ser visto corretamente como um todo; é a expressão de personalidade do morador e de seus padrões de vida únicos.
A fenomenologia da arquitetura e suas experiências mais profundas se fundamentam em verbos, não em substantivos: baseiam-se em atos como o de chegar em casa, entrar e olhar pela janela, mais do que nos elementos físicos como a fachada, a porta e janela em si. A colaboração do tato, da visão, do olfato e da audição é o que torna possível a decifração do espaço, da profundidade e da ambiência.
A arquitetura humaniza o mundo na medida em que lhe confere uma escala e um horizonte humanos, proporcionando e emoldurando ações, percepções e pensamentos, e articulando as relações entre as pessoas e com as instituições humanas. Ela conecta-se profundamente com os sentimentos humanos, tanto possuindo o poder de influenciá-los e alterálos, quanto podendo ter sua percepção alterada por eles. As imagens arquitetônicas evocam experiências, sentimentos e associações, não significados específicos; e existem mesmo que não haja arquitetura, porque estão ligadas ao ato de habitar, de ocupar o espaço e criar relações com ele.
Em 2019, a prefeitura de São Bernardo do Campo – São Paulo iniciou uma obra de duplicaação da Estrada Samuel Aizemberg, próxima à divisa com o município de DIadema, e para tal foi necessária a demolição de casas nos dois lados da via em quase toda a sua extensão. Após a retirada dos moradores, demolição das casas, retirada do entulho e construção de fato das novas faixas da via, restaram apenas os revestimentos das paredes que existiam ali antes: azulejos, pintura, marcas de uma escada que um dia existiu. Restaram apenas as lembranças de um lugar que um dia foi uma casa, um lar.
A fim de celebrar a lembrança do lar e demonstrar como determinados elementos são capazes de evocar sentimentos específicos, foi proposta uma instalação que toma como base a parede e os revestimentos que restaram da demolição. É possível distinguir perfeitamente as divisões entre três cômodos, onde foram construídos espaços conceituais que representam os ambientes da sala de estar, do sótão e do porão, trabalhando com luzes e materiais diversificados.
Separados por cortinas que mantém as diferentes luzes restritas aos seus respectivos cômodos e conferem sentimento de expectativa e descoberta na navegação da instalação, cada um dos cômodos está localizado em um nível diferente do anterior, com a construção de uma estrutura de madeira no meio do caminho, acessível tanto por escadas quanto por elevadores para pessoas com deficiência.
As paredes construídas acompanham o desenho da calçada, e todo o exterior da instalação é coberto por lençóis, como móveis antes de uma mudança ou durante uma reforma, com forte inspiração das instalações de embalagem de objetos e apropriação escultural do espaço de Christo Vladimirov Javacheff e Jeanne-Claude Denat de Guillebon. A cobertura bloqueia completamente a luz externa, à exceção dos elementos vazados pré-existentes no muro da casa ao lado, a fim de manter o ambiente controlado para atingir as sensações propostas.
O primeiro ambiente evoca a sala de estar, utilizando de materiais que passam sentimento de aconchego e familiaridade, como o painel ripado de madeira que cobre a parede construída, o piso de carpete e a cortina de cor creme, a luminária de formato orgânico feito sob medida e os spots com lâmpadas amareladas, que complementam as tintas amarelada e avermelhada originais da parede já existente. A imagem remonta uma experiência arcaica, que traz memórias antigas e felizes e carrega grande valor emocional, incorporando símbolos dos “ingredientes do lar”, elementos essenciais e sempre presentes, tais como a porta de entrada, a cobertura e a lareira.
O segundo ambiente evoca o sótão, um lugar simbólico onde são guardadas as memórias felizes, os móveis aos quais se tem apego emocional, as fotografias de família, os baús de brinquedos antigos. A natureza onírica do ambiente é representada através do uso de luzes brancas e materiais claros, a cortina de cor branca-azulada, as faixas onduladas de seda branca que se iluminam como nuvens, o piso iluminado e a espuma acústica branca que cobre a parede construída, complementando os azulejos originais da parede já existente. Atravessar este ambiente é uma experiência tranquilizante, reconfortante, ou até mesmo catártica.
O terceiro e último ambiente evoca o porão, o último esconderijo das memórias desagradáveis, um local escuro e pouco visitado, que costuma ser representado como assombrado na cultura popular. Para representar sua natureza sombria e inóspita, o espaço foi deixado no máximo breu possível, com um único pendente de luz além de qualquer pequena iluminação natural fornecida pelos elementos vazados originais da parede já existente, e foram empregados materiais frios na parede construída, metade coberta por um painel de pedras e metade por uma chapa metálica, além da cortina acinzentada e do piso de concreto da própria calçada.
Os atos de caminhar e permanecer requerem, nos exercícios propostos para a construção do recinto e do percurso, espaços agradáveis, que instiguem o pedestre a continuar andando pelos caminhos em busca do que vem a seguir, a escolher um lugar para aportar e observar a paisagem, conversar, trabalhar, se divertir.
Os ambientes criados, tomando como inspiração a síntese de espaços milhões de vezes mais amplos, trazem estes elementos, gerando, através das formas e da materialidade, sensações sempre novas e fascinantes, especialmente com a mudança na incidência dos raios solares sobre as estruturas construídas ao longo do dia, proporcionando sombras e novos formatos que tornam os espaços mais dinâmicos.
Implantação
Detalhamento construtivo
Inspirado nos contornos naturais dos continentes e em limites políticos de países como Rússia e China, o recinto proposto busca criar caminhos repletos de contrastes — refletindo os diversos povos que habitam o planeta — com sombras e espaços de luz plena, percursos estreitos e pontos de convergência amplos, espelhos d’água e espaços ajardinados. Valendo-se de noções de visão serial como progressão, desníveis, perspectiva velada e ondulação, criam-se caminhos surpreendentes e pontos de convivência agradáveis.
Ao longo do processo de concepção do conceito do projeto, as formas naturais dos continentes tornaram-se mais abstratas, livres e, em certos pontos, exageradas, a fim de criar um sentimento de fluidez.
Materialidade
Piso permeável de concreto intertravado em cor cinza.
Piso permeável de concreto intertravado em cor palha.
Amarrações em estilo corrente, com fileiras de três e quatro tijolos, dependendo da altura dos muros, que variam de pouco mais de 1 metro a 7 metros.
Pastilha de vidro em diferentes tons de azul no revestimento dos espelhos d’água.
Elevação Sul
Grama esmeralda nas áreas ajardinadas.
Decolando em direção ao espaço, que tem sido grande interesse dos seres humanos por milhares de anos, o Percurso Sideral procura trazer uma experiência de conexão dos usuários com o universo e consigo mesmos. As estruturas de madeira em proporções monumentais criam espaços amplos para a caminhada, com eventuais pontos de sombra que variam ao longo do dia, criando uma atmosfera mística. O percurso é rodeado por um espelho d’água que reflete o céu acima durante o dia e se transforma, de fato, nele durante a noite, com luzes de LED que se acendem, projetando sombras e tornando os contornos da estrutura de madeira mais misteriosos e dramáticos.
Os diferentes pisos escolhidos para cada um dos planetas tornam o percurso dinâmico e interessante, enquanto as diferentes alturas das estruturas de madeira dão dimensão ao projeto. Os bancos e a arquibancada de tijolo cerâmico têm aspecto natural e rústico, proporcionando contraste na medida certa com o sentimento místico das estruturas de madeira.
Detalhamento das conexões
Estrutura curva em MLC
Parafuso auto perfurante
Base de concreto
Elevação Norte
Chumbador PBA com parafuso Chapa de aço para fixação
Viga curva em MLC
Pregos
Parafuso auto atarraxante
Materialidade
Piso drenante platina
Piso drenante marfim
Piso drenante branco
Parafuso auto perfurante
Pregos
Estrutura curva em MLC
Mão francesa em MLC Ligador angular de fixação
Piso drenante canela
Piso drenante crema
Piso drenante macadâmia
Piso drenante grafite
Piso drenante portocale
Tijolo maciço liso terracota
Pastilha de porcelana azul amaranhão
Pastilha de vidro, pedra e cristal cáspio
Vista da ampla área de convivência sob a estrutura de madeira de Júpiter, com bancos e uma arquibancada em tijolo.
Vista do percurso ao entardecer a partir da área de Saturno.
Vista noturna do percurso com a lua emoldurada no centro da circunferência formada pelas pontas das estruturas de madeira de Saturno.
A quadra cubo foi concebida em uma área de 100 x 100m, a partir de um desejo urbanístico de melhor utilizar o interior, conhecido como “miolo”, das quadras nas cidades atuais. Com aberturas e caminhos que permitem boa comunicação entre o interior e a rua, a configuração da quadra cubo torna a cidade mais caminhável, integrada e agradável aos pedestres e moradores, com espaços agradáveis e arborizados para a caminhada e convivência. Tanto as unidades habitacionais como as comerciais são módulos de 6 x 6 x 6m que misturam estruturas metálicas e revestimentos de alvenaria.
Na capa deste segmento, vista a partir do térreo da quadra.
Canteiros e áreas ajardinadas que conferem mais sombra e cor à quadra, e sensação de tranquilidade aos pedestres e moradores. O desenho conta com bancos, reentrâncias e áreas de convivência.
Passarelas permitem a circulação horizontal entre os pavimentos, conectandose às torres de circulação vertical, que contam com escadas e elevadores.
A quadra é composta por 158 unidades habitacionais e 10 unidades comerciais, dispostas em conjuntos de três pavimentos. As unidades comerciais se localizam no térreo.
As calçadas e caminhos internos da quadra são revestidos de blocos de concreto permeável intertravados. Em cantos opostos da quadra, encontram-se um total de 48 vagas de estacionamento, próximas às unidades comerciais.
Dimensões da estrutura (perfis I)
Pilares: 6m x 25cm x 25cm
Vigas principais: 5,50m x 25cm x 20cm
Vigas secundárias:
• Térreo e cobertura: 1,80m x 25cm x 20cm
• Mezanino: 2,75m x 25cm x 20cm
Passarela: 2m x 20cm - 10cm x 15cm
1. Paredes
1.1. Acabamento interno (tinta, azulejo, papel de parede, pastilha de vidro)
1.2. Chapa Gesso Acartonado
1.3. Feltro de Lã de Vidro
1.4. Chapa Compensado OSB
1.5. Membrana
1.6. Placa Cimentícia Hidrofugada
1.7. Base Coat Cimentício
1.8 Acabamento externo (tinta)
1.9. Caixilho de alumínio e janelas
1.10. Brises verticais laminares de madeira
2. Passarela
2.1. Laje Alveolar Pré-Moldada
2.2. Contrapiso em Argamassa
2.3. Piso Cimentício Atérmico
3. Cobertura
3.1. Acabamento interno (tinta)
3.2. Chapa Gesso Acartonado
3.3. Feltro de Lã de Vidro
3.4. Chapa Compensado OSB
3.5. Contrapiso em Argamassa
3.6. Manta Asfáltica Impermeabilizante
3.7 Acabamento externo (tinta)
4. Lajes
4.1. Revestimento (porcelanato e piso laminado)
4.2. Contrapiso em Argamassa
4.3. Chapa Compensado OSB
4.4. Feltro de Lã de Vidro
4.5. Chapa Gesso Acartonado
4.6 Acabamento (tinta)
O mundo que vejo é colorido, repleto de vida. As partes da cidade que visito com minha mãe e ela exclama, “que lugar horroroso!”, essas são as que eu mais gosto, porque uma cidade que tem marcas do tempo, do clima e da ação humana é uma cidade situada no mundo, uma cidade viva. Sou amante das práticas de caminhar, de fazer safaris urbanos, de conhecer todo canto que possua uma história, e capturar cada um desses momentos em fotografias que expressem a forma como eu os vejo.