TCC MARINA ROSA | TE.SER - OFICINA COLABORATIVA DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE MODA

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OFICINA COLABORATIVA DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE MODA DISCENTE: MARINA GONÇALVES DA ROSA PROF. ORIENTADORA: GIOVANNA AUGUSTO MERLI



TCC 2 2018/2



UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO E DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II

MARINA GONÇALVES DA ROSA

TE.SER OFICINA COLABORATIVA DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE MODA

MONOGRAFIA APRESENTADA COMO EXIGÊNCIA PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE BACHAREL EM ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU). PROF. ORIENTADORA: GIOVANNA AUGUSTO MERLI

UBERLÂNDIA 2018



RESUMO Este caderno é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia (FAUeD/UFU). A partir das investigações teóricas e do diagnóstico do local de implantação do projeto, resultou-se na proposta arquitetônica da TE.SER: Oficina Colaborativa de Criação e Produção de Moda, um espaço que tem como propósito fomentar a produção local de moda em Uberlândia-MG. O terreno escolhido localiza-se na cidade Uberlândia -MG, na Avenida Monsenhor Eduardo, cujo qual pertence aos bairros Bom Jesus, Brasil, N. S. Aparecida e Roosevelt. Especificamente se trata de um terreno pertencente a uma instituição religiosa sem construções e com uso atual (2018) de estacionamento. Entende-se a Avenida Monsenhor Eduardo um local potencializador de relações interpessoais e urbanas, uma vez que a mesma localiza-se em um ponto estratégico da cidade, pois está localizada próximo ao centro da cidade, ao Terminal Central de transporte e a Praça Sérgio Pacheco, além ser uma avenida com valores históricos e costumes, como por exemplo, a feira livre de Domingo. Os estudos aqui levantados, são frutos de análises bibliográficas no âmbito da moda e no âmbito do urbanismo a fim de entender como locais de produção cultural influem no espaço interior e nas relações pessoais e urbanas. Além do embasamento teórico foram realizadas pesquisas de projetos referenciais e levantamento de dados do entorno do local escolhido. Na última parte deste trabalho, se encontra a síntese dos levantamentos, em forma de projeto arquitetônico. Palavras-Chave: Moda, Arquitetura, Coworking, Criação, Produção, Local.


TE.SER Te.Ser = Tecer + Ser

te-cer: 1. compor, usando fios e elementos diversos. 2. produzir (tecido), manipulando fios pela urdidura e a trama. 3. adquirir certa estrutura, conformação; estruturar-se, organizar-se. ser: 1. ter identidade, característica ou propriedade intrínseca. 2. ter existência real; existir. 3. o sentimento, a consciência de si mesmo.


Como foi que chegamos aqui?_

Fonte: Google Earth (2018)

Continua..._

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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EMBASAMENTO TEÓRICO

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CASOS. O QUE SE TEM FEITO?

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METODOLOGIA

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CASOS. O QUE SE TEM FEITO?

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A ESCOLHA DO LOCAL

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DIAGNÓSTICO DO ENTORNO

PÁG. 47

REFERENCIAIS ARQUITETÔNICOS

PÁG. 56

O PROJETO

PÁG. 61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PÁG. 68



1. Considerações iniciais

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 INTRODUÇÃO Moda nada mais que é um elemento identitário de um grupo e a cada vez mais reconhecida por seu valor não apenas estético e econômico, mas também social. O vestuário, está incorporado na construção cultural de um determinado povo, se configurando como sua expressão cultural, artística e estética individual e coletiva. Uma vez estabelecido o conceito de moda como produto cultural, uma das dificuldades em afirmar que moda é denominador cultural de um determinado grupo, é a mesclagem das barreiras culturais uma vez na condição de mundo globalizado atualmente. Porém mesmo com essa barreira de signos e nomenclaturas é certo que cada local adapta a moda global a sua realidade e costumes. Dessa maneira dando identidade ao global. Nos últimos dez anos aproximadamente, discussões sobre os impactos da indústria

da moda se tornaram recorrentes dentro do próprio núcleo do setor e atualmente tais discussões têm sido levadas para fora dos círculos dos especialistas e chegado ao consumidor final. O que tem sido debatido é a respeito das formas velozes de produção, as condições de trabalhos das fábricas, o consumo exacerbado e os impactos sociais e ambientais que essa indústria produz.

1.1 INTRODUÇÃO 1.2 JUSTIFICATIVA 1.3 OBJETIVOS

Pensando nessas problemáticas e o aspecto global que a moda se configura atualmente, o "produzir e consumir local" aparenta ser uma boa solução econômica, social e ambiental. Porém dos maiores desafios quando são levantadas as questões anteriores é entender o limite entre o global e o local. Se por uma vez a globalização está intrínseca nos costumes das comunidades como o local poderia contribuir para reduzir os impactos negativos da indústria? O que se questiona com esse

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1. Considerações iniciais

trabalho é a reflexão do valor cultural, econômico e social da moda e como a produção e consumo conscientes poderia colocar em equilíbrio essa indústria. O desafio é se fazer pensar que todas as peças de roupas veem de algum lugar e que muitas vezes o preço pago não condiz com as condições que a mesma foi confeccionada. O “produzir local” faz com que esse processo de produção seja transparente cujos valores são evidenciados em seu processo produtivo. O propósito deste trabalho está ancorado nessas problemáticas expostas e nasce do questionamento da autora da razão de não se ter um local na cidade de Uberlândia que represente urbanamente essas mudanças de consciência em relação à produção e consumo de moda. O porquê de não fortalecer a produção local e a economia local utilizando capital humano criativo e cultural que a cidade pode oferecer. Baseiase na inquietação em se ter um espaço que condiz com esses valores estabelecidos pela autora e que proporcione condições de trabalho e de convivência aos seus usuários é imprescindível.

1.2 JUSTIFICATIVA As formas de produção cultural e econômica sempre refletiram no desenho das cidades. Entende a cidade em sua totalidade como reflexo das ações e produções dentro dela. Dado a esses fatos a inserção de um equipamento cultural, entendendo a moda como o elemento cultural no contexto de estudo, poderia estreitar as relações sociais, culturais e econômicas propiciando assim uma nova dinâmica em seu lugar de inserção. A escolha de um terreno considerado como “vazio urbano” em uma importante via da cidade de Uberlândia em um local onde a população clama por espaços de uso público é entendida como potencializadora das relações buscadas pelo o projeto, pois, diante desse processo de apropriação de um espaço subutilizado se propõem a intensificação de

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relações da produção cultural. O objetivo então do projeto é a busca a apropriação dos espaços pelas diversas camadas sociais pois se vê como condicionante essencial para dinâmica de uma cidade: o encontro entre o diverso. Essas relações legitimam o caráter de espaço como formador de identidade de uma cultural local.

1.3 OBJETIVOS O objetivo geral do trabalho é a elaboração de um projeto arquitetônico com o propósito de fortalecer a cultura e produção local de Uberlândia. Proporcionando então, um espaço de criação e produção de moda. Tal local, é resultado da discussão acerca do modos de produção e consumo de moda atual atrelada aos conceitos de moda consciente, nesse contexto entendendo moda como cultura e formadora da identidade coletiva e individual. Os objetivos específicos são: favorecer a relação entre cultura e construção de espaços na cidade e proporcionar um espaço que represente a responsabilidade social e ambiental. Um espaço onde possa se desenvolver os ideais de moda consciente como produção, criação, venda, ensino e exposição de modo a ter todas essas esferas com aspecto compartilhado. O público alvo, é subdivido em 2 escalas: a) A escala local (dos bairros nas adjacências do terreno) ; b) a a escala urbana (proporcionando fácil acesso a demais populações dos bairros da cidade). Dentro dessas escalas busca-se atingir diretamente então designers, micro empreendedores, jovens, costureiras, artesãos e população local. u Figura 01: Esquema - Objetivos Gerais do trabalho


1. Considerações iniciais

Ciclo da moda atual: “fast fashion”

Carência de espaços de desenvolvimento social + produção local + cultura em Uberlândia-MG

Responsabilidade A) social e B) ambiental

Falta de visibilidade do sistema produtivo de moda = falta de identificação e desvalorização do trabalho de produção*

A)contribuir economicamente, eventos, lazer e cultura B) processo de produção e consumo consciente

Compreender Local que a realidade da explore o cidade em potencial relação ao criativo de uma assunto Entender a determinada relação intríseca região da entre cidade

Entender o sistema produtivo no todo e inserir partes desse sistema no projeto

Construção cultural e Costrução de espaços

Estabelecer relação entre cultura e construção de espaços na cidade

PROBLEMÁTICAS

OBJETIVOS

DESAFIOS

Moda como cultura. Expressão de identidade coletiva e Moda individual consciente Projeto de espaços de incentivo a cultura (moda) e produção local

ARQUITETURA E CULTURA ESPAÇO COLABORATIVO DE PRODUÇÃO DE MODA LOCAL Público alvo em potencial: jovens | população local da região | costureiras | designers | empreendedores | microempresários | *Não mudar a cadeia produtiva mas sim, torná-la visível

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2. Embasamento Teórico

EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 MODA COMO PRODUTO CULTURAL Fonte: Autora (2018)

2.1 INTRODUÇÃO 2.2 PANORAMA TÊXTIL E DO VESTUÁRIO NO BRASIL 2.3 CADEIA PRODUTIVA 2.4 HISTÓRIA DA MODA 2.5 FASTFASHION 2.6 SLOWFASHION E MODA CONSCIENTE 2.7 CIDADE, ECONOMIA E CULTURA

TORNA-SE HUMANO E TORNAR-SE INDIVIDUAL SOB DIREÇÃO DE PADRÕES CULTURAIS (AIRES & SOUZA, 2016) Moda: Mais do que peças de roupas escolhidas aleatoriamente no armário e colocadas sem pretensão alguma. Moda, além de ser o conjunto de estratégias para atender os propósitos do mercado capitalista, é um produto cultural que possui valores subjetivos e aspectos culturais que resultam no reconhecimento social de um indivíduo, proporcionando sua expressão e representação individual, e elemento que reflete as forças sociais, econômicas, artísticas e políticas de uma determinada época e de determinados grupos sociais. Dado ao passo que neste trabalho irá se tratar a moda como produto

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cultural e, portanto formadora de identidade cultural, um dos maiores desafios quando se discute cultura e identidade são as infinitas simbologias e subjetividades e sobreposições de conceitos que são apresentados na tentativa de significar o termo, uma vez em que a conjuntura mundial é de uma sociedade globalizada com costumes diluídos onde a identidade é móvel, fluida e que transcorre as barreiras geográficas. Trazendo moda para o contexto brasileiro, o documento “Pesquisa Economia e Cultura da Moda: Perspectivas para o Setor” (Iniciativa Cultural; Ministério da Cultura, 2011) traz as vozes de personalidades da moda do Brasil onde se discute a identidade brasileira nesse aspecto. Segundo os estilistas consagrados do mercado, ao serem questionados se o Brasil possuiria uma cultura e tradição de moda foi colocado que: 1) o país representa na moda


2. Embasamento Teórico

suas heranças brasileiras incorporando em suas criações formas orgânicas, fluidas e cores, traduzindo assim a liberdade para misturar esses materiais; 2) a produção brasileira remete a certos referenciais locais possuindo assim uma herança rica acerca de técnicas, do saber-fazer e matérias-primas encontradas localmente. Em um âmbito geral, a indústria da moda propõe diálogo entre as questões culturais locais, nacionais e globais, e ao passo que é entendida como produto cultural de um processo de interações sociais, fortalece os costumes de uma sociedade e gera empregos e renda em seus diversos segmentos.

2.2 PANORAMA TÊXTIL E DO VESTUÁRIO NO BRASIL O setor têxtil representa grande importância para a economia do Brasil, pois se consegue produzir muito do que se é consumido dentro do território nacional, tornando o país o maior com cadeia produtiva integrada do ocidente. Segundo o documento “O Setor têxtil e de confecção e os desafios da sustentabilidade” elaborado pela Confederação Nacional da Indústria – CNI (Instituição Máxima de Organização do Setor Industrial Brasileiro) em parceria com a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) (CNI – Confederação Nacional da Indústria, 2017) o setor de Indústria Têxtil e de Confecção emprega cerca de 1,5 milhão de pessoas diretamente, índice que pode-se aumentar em até 4 vezes considerando os empregos indiretos. Dados apontam que existem cerca de 30 mil empresas têxteis espalhadas pelo Brasil

(das quais 0,3% são de grande porte e os restantes 99,7%, são de micro a pequeno porte) porcentagens, que coloca o país na quarta colocação na lista de maiores parques industriais do mundo. Esse setor gerou 16,7% de empregos e produziu no ano de 2016 1,8 milhão de toneladas de artigos têxteis e 6 bilhões de peças de vestuário, faturando um total de 39,3 bilhões de dólares. Quanto ao perfil dos trabalhadores desse setor, a maioria são mulheres representando 73%, e segundo o documento “O Setor Têxtil E De Confecção E Os Desafios Da Sustentabilidade” (CNI – Confederação Nacional da Indústria, 2017), por meio da análise do RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) do ano de 2015, os dados de escolaridade dos trabalhadores da indústria têxtil são: -45% possui ensino médio completo; -18% têm o ensino fundamental completo; -12% possui ensino médio incompleto; -11% frequentou da 6ª à 9ª série do fundamental; -5% têm até a 5ª série do fundamental e 4,5% possui superior completo.

p Figura 02: Esquema - Indústria Têxtil no Brasil em 2017 Fonte: Autora (2018) baseado em CNI – Confederação

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2. Embasamento Teórico

Nacional da Indústria ( 2017)

O Brasil é um país que diferentemente dos Estados Unidos, que consome apenas 10% de produtos de vestuário produzidos dentro do seu território, consegue abarcar dentro de seu limite a cadeia produtiva completa da moda pois, além de produzir seu próprio algodão e suas fibras sintéticas, sustenta um grande setor de confecção do vestuário. Mesmo com a abundância do setor de confecção no Brasil é válida a atenção ao seu declínio, mesmo que em porcentagem consideradas pequenas se comparado ao poderio de sua produção. Segundo a Sindivestu (Sindicato das Indústrias do Vestuário de Uberlândia), a indústria de vestuário teve queda significativa no volume de produção, no período de janeiro a outubro de 2013 o setor teve retração de 10,63%, declínio atribuído ao aumento da entrada de importados no país. No panorama geral do setor de vestuário, realizado pela ABRAVEST1 (Associação Brasileira do Vestuário), o setor têxtil e de vestuário brasileiro passa por algumas dificuldades como: o alto custo de produção, a falta de mão de obra qualificada e baixo lucro para empresas. Já o setor de varejo têxtil e de vestuário cresceu consideravelmente, devido a alta quantidade de produtos importados e o fácil acesso aos produtos para todas as classes desde a A até a classe D, representando assim a tendência do Brasil, mesmo com seu potencial de produção têxtil e de confecção dentro do território, em usar de importação para baratear custos de produção e assim, aumentar os lucros. São esses fatos que evidenciam a falta de incentivos públicos e econômicos para a fomentação do mercado têxtil e de vestuário brasileiro e a falta de incentivo a pesquisas e inovações dentro do universo acadêmico em relação ao design de moda, pois, entende-se que tanto a produção quanto a criação caminham lado a lado.

1 2018.

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Dessa maneira, leva-se a concluir que, o Brasil devido a sua diversidade cultural e extenso território, possui potencial criativo gigantesco para indústria da moda, além de se tratar de um dos poucos países que consegue produzir seu próprio produto têxtil e já ter a vantagem de ser um país que consegue gerar muitos empregos no setor.

2.3. CADEIA PRODUTIVA A cadeia produtiva da moda é o fluxo de criação, de produção e distribuição do produto. O setor de confecção é um dos mais tradicionais do mundo, o processo de produção até a confecção é gual em qualquer país, seja desenvolvido ou subdesenvolvido, e também é uma atividade que há anos lidera os índices como sendo uma das mais rentáveis. Segundo Frings (2012) a cadeia produtiva tradicional (cuja qual inicia pelo fabricante têxtil, passa para o fabricante do vestuário, depois para o varejista e por fim o consumidor) que dominou por anos o setor está aos poucos perdendo essas divisões hierárquicas e bem delimitadas. Para a autora existem quatro formas de produção: Cadeia produtiva tradicional: Nesse modelo, cada nível da cadeia produtiva é bem delimitado: existe uma indústria têxtil que desenvolve as fibras e os tecidos e vende para a indústria de confecção, que é responsável por criar e fabricar essas peças. Depois de fabricadas, essas peças são revendidas aos varejistas e por fim chega ao consumidor. Na cadeia produtiva tradicional, cada nível faz seu próprio marketing e gerencia seu

Encontrado em http://abravest.org.br/site/abravest-2/panorama-do-setor. Acesso em 12 de maio de


2. Embasamento Teórico

t Figura 03: Cadeia produtiva têxtil Fonte: CNI – Confederação Nacional da Indústria (2017)

próprio negócio. Para Frings (2012) essa tipologia está perdendo essas delimitações rígidas de produção. Integração Vertical: Trata-se da prática onde as empresas mesclam sua produção de tecidos com a fabricação de roupas ou até mesmo, juntam a fabricação com a venda, tudo isso em uma mesma companhia trabalhando em conjunto. Esse modelo reduz os custos de distribuição entre o fabricante e varejista e possibilita o aumento de lucro. Processo de fabricação completo: Com a globalização e aumento dos importados, muitas empresas criam suas peças de vestuário e repassam para empresas terceirizadas, geralmente da Ásia onde o processo de produção e mão de obra são mais baratos. O design e produção das peças são elaborados por essas empresas que já devolvem prontas para os varejistas comercializarem. Alianças entre fabricantes e varejistas: Nesse modelo de produção, há um relacionamento e trabalho em conjunto entre os fabricantes e varejistas. Aqui eles trabalham juntos de modo a suprir a necessidade de cada parte, desenvolvem os

produtos e planejam o calendário. Tudo isso com intensa comunicação. Assim como a “Integração Vertical”, está sendo bastante aderida pelas empresas do setor.

2.4 HISTÓRIA DA MODA A moda marca momentos históricos e de certa forma é indissociável ao início e desenvolvimento da sociedade ocidental moderna, ela representa em sua plenitude a individualidade de cada agente social e é a válvula de escape para a evasão das imposições sociais (ou sua obediência a esses padrões). O caráter efêmero e baseado tendências passageiras da moda como se conhece atualmente, nem sempre existiu. Em tempos remotos, mais especificamente durante a antiguidade e a Idade Média o vestuário permaneceu inalterado por séculos, devido às limitações da época e pelos motivos da função puramente de proteger o corpo que a roupa possuía. Foi a partir da Renascença com

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MODA PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS SÉC. XIX – XX

Revolução Industrial: Evolução da indústria têxtil

IDADE MÉDIA estilos de roupas inalterados por séculos

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MEADOS SÉC. XIV

SÉC. XIX

►Moda ética, sustentabilidade ambiental social econômica

atualmente/ futuro (?)

“Fast-fashion” Moda consumada Autonomia ao consumidor

SÉC. XVII

Revolução Francesa 1789

Paris e Viena SÉC. XVIII Surgimento ditam a moda da alta Nobreza: roupas por mais de costura feitas por costureiras 100 anos na frança e alfaiates Peble: restos de roupas da nobreza ou feitas a mão passadas de geração em geração Nova York centro da indústria da moda (utilizando mão de obra imigrante) Pela primeira 1900 SÉC. XX 1858/1960 vez, pessoas Sindicalização Moda dos de todas as do trabalho em fábricas 100 anos (embate rendas podiam devido péssimas entre alta costura ter contato com condições de trabalho x confecção produtos (Nova York) industrial) sofisticados. Lançamentos sazonais

SÉC. XX

Expansão do varejo (lojas de marcas caras, redes de lojas e centros varejistas em subúrbios)

1960/1990

1990/ atualmente

►Moda aberta ►Prêt-à-porter (”pronto para vestir)

Inicio Renascença: descobertas novas culturas, costumes, tecidos e trajes

Democratização da moda com a invenção da máquina de costura

1ª Guerra Mundial e o papel da mulher na sociedade. Introdução da mulher no mercado de trabalho e mudança na forma de se vestir dado a tal momento.

Globalização e aumento de importação de tecidos e roupas

1960/1990

1858/1960

►Moda de cem anos ►Lançamentos sazonais

2. Embasamento Teórico

Moda aberta Prêt-à-porter ("pronto a vestir")

“fast-fashion”, lojas de departamento

1990

Paris se mantem influente na moda Internacional

Movimento Hippie (oposição aos modos de vida da sociedade)

ANOS 70

ATUALMENTE/FUTURO PRÓXIMO -

Moda da ética anunciada, que se preocupa com questões de sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Final anos 70 – roupas esportivas e casuais


2. Embasamento Teórico

as descobertas de novas culturas e a interrelação entre esses costumes distintos que a moda então aderiu a forma de status e identificação social através da inserção de novos tecidos, ideias e ideais de modos de vida. Trançando um paralelo, a moda, assim como a arquitetura, reflete visualmente o contexto histórico e social em que uma civilização se encontra. Noções históricas ajudam na tomada de decisões para hoje e para o futuro e é interessante ver como ideias do passado são muitas vezes reinterpretadas para os modos atuais. No esquema ao lado são sintetizados os principais acontecimentos que marcaram as tomadas de decisões e adesão de tendências da indústria da moda. Ao se analisar o esquema o lado é possível relacionar os fatos que revolucionaram a moda com os acontecimentos externos e que refletiram na maneira de se vestir: Paris e Itália ditando a moda ocidental, assim como a Europa exercendo um importante papel político mundial antes da Primeira Grande Guerra; têm-se as mulheres buscando reconhecimento perante a sociedade machista abolindo os desconfortáveis vestidos volumosos e pesados. E se chega ao que se tem hoje, fruto dos últimos 30 anos: Moda rápida, global, dominada por grandes lojas de varejo e produção em massa. Hoje o que se tem em predominância é essa realidade de produção em massa e certa homogeneização de estilo, mas tem sido introduzidas discussões acerca do impacto da indústria e considerando alternativas sustentáveis que diminuam os impactos causados pelo setor da moda. t Figura 04: Esquema - Linha do tempo de alguns acontecimentos na história da moda Fonte: Autora (2018)

2.5 FAST FASHION Assim como exemplificado na Figura 4, a moda como se conhece atualmente passou por uma grande mudança de produção. A partir da década de 90, o processo produtivo de moda aliado ao processo de globalização e ao capitalismo, passou a ter como modelo base o “Fast-Fashion” ou “moda rápida” em sua tradução, que se tornou a base da cadeia econômica varejista do setor. Como pontos característicos dessa prática de venda e consumo, podemos enumerar: a diminuição do tempo de criação das peças assim como de sua produção; aumento da velocidade de venda das mercadorias atrelado ao processo de aumento da velocidade do consumo; crescimento da quantidade de lançamentos de coleções anuais. Ou seja, produzir mais para consumir mais e para ganhar mais. Grandes redes varejistas aderiram a prática do “fast-fashion” e hoje se tem grandes empresas que além de possuírem suas sedes em seus respectivos países, abrem unidades espalhadas pelo o mundo ampliando suas áreas de atuação e influencia na moda no local onde são inseridas. Atualmente se tem grandes nomes de redes “Fast-Fashion”, como por exemplo, as Europeias Zara, Benetton, H&M, Forever 21, GAP. No Brasil, as grandes redes de varejo são as lojas C&A, Renner, Riachuelo, Marisa e Hering, exemplificando que essa produção massificada não se retém a apenas países já desenvolvidos. Para se ter ideia da abrangência dessas marcas, a grande Zara possui 1770 lojas localizadas em 86 países.

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2. Embasamento Teórico

E não é apenas na quantidade de unidades que essas empresas impressionam: Antes do “boom” das redes varejistas “Fast-Fashion” as coleções de moda eram lançadas por estações do ano: outono/inverno e primavera/verão desse modo eram lançadas no máximo quatro coleções por ano. O modelo de “moda rápida” em contraposição, produz em alguns casos mais de 20 coleções por ano nesse rápido ciclo de produção. Esse tipo de modelo produtivo impacta na forma de compra dos consumidores, pois com tantas novidades os clientes acabam comprando muito mais, o que leva a se produzir mais o que em alguns casos causa desequilíbrio ambiental nos países subdesenvolvidos onde normalmente estão localizadas as fábricas têxteis, devido à alta demanda de fabricação. Impactos negativos, como já citados existem, porém o que influencia na popularização desse modelo de produção é que é um modelo altamente lucrativo, gera empregos e proporciona o fácil acesso a roupas para todas as classes a um preço baixo. Baixos preços, porém, que são explicados pelo fato de que são utilizadas mão de obra terceirizada normalmente localizada em países subdesenvolvidos com fracas leis trabalhistas, que para os moldes ocidentais chega até mesmo a ser considerado trabalho escravo. Dentro desse cenário é imprescindível citar os casos de exploração de mão de obra nas confecções por todo o mundo que são incentivados pela produção em massa e o lucro a todo custo utilizando a mão de obra de um país com leis trabalhistas fracas ou inexistentes. Nesse contexto a grande virada do que se tem hoje no sentido de ações que promovam a reversão desse quadro degenerativo do setor e preocupação nas formas de produção

da indústria da moda, veio após sucessões de acontecimentos trágicos em países subdesenvolvidos, como por exemplo, o incêndio na fábrica de roupas com condições precárias, a Tazreen cuja qual possuía grandes clientes, como a Walmart pegou fogo matando mais de 100 trabalhadores. Em 2013, pode-se considerar como o marco para as reflexões a cerca do assunto: Nesse ano houve o desabamento da fábrica de tecidos em Bangladesh, o Rana Plaza. A fábrica era apenas mais uma entre milhares em péssimas condições de trabalho e físicas que a indústria da moda sustenta. Foram contabilizados 1127 mortos no desabamento. No Brasil, o assunto também foi debatido após a descoberta de exploração de trabalho de imigrantes bolivianos em São Paulo que trabalhavam mais de 12 horas para marcas de grifes como a Animale e A. Brand. Em espaços escuros, sem ventilação e apertados a conta é que aproximadamente 100 mil bolivianos estejam trabalhando em cerca 8mil micro confecções espalhadas pela cidade de São Paulo2. Com os desabamentos, as diversas outras tragédias de mesma causa e as condições de trabalho da indústria da moda, o que já vinha sendo discutido acerca de moda consciente e ética se intensificou. Em 2015, originou o documentário “The True Cost” que investiga esse submundo da moda e propõe ao telespectador a busca por uma nova consciência no sentido de pensar: De onde vem sua roupa? Questionamento que serviu de inspiração para elaboração deste trabalho.

2.6 SLOW FASHION E MODA CONSCIENTE

2 Encontrado em: https://revistamarieclaire.globo.com/Moda/noticia/2017/10/o-trabalho-escravo-na-moda.html. Acesso em12 de Maio de 2018.

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2. Embasamento Teórico

Dado a essas informações de pros e contras das redes “Fast-Fashion” começa-se a debater, principalmente impulsionado pelas novas gerações, esse modelo de produção e a forma exacerbada de consumo da sociedade contemporânea. Nascem então propostas visionárias para o futuro do consumo de moda. Propostas com princípios sustentáveis e consumo consciente se fortalecem e são nessas inovações de ideais que nascem novas ABORDAGENS Moda Ecológica ou Ecomoda

Moda Ética Slow Fashion

Moda Sustentável

Tabela 01: Novas Abordagens de consumo e produção de moda. Em destaque o conceito de Slow Fashion, adotado para desenvolvimento do trabalho. Fonte: Autora (2018) baseado em Camargo & Rüthschilling (2016, apud. Salcedo, 2014 e Fletcher e Grose, 2011) q

DEFINIÇÃO Também chamada de Moda bio ou Moda orgânica. Engloba os produtos de moda (vestuário ou acessórios) desenvolvidos por métodos menos prejudiciais ao meio ambiente. Enfatiza, portanto, a redução do impacto ambiental. No âmbito das fibras é comum a utilização de termos como orgânico, biológico e ecológico para se referir à mesma coisa: uma forma de cultivar as fibras baseada nos princípios da cultura orgânica. Além de considerar o meio ambiente, se concentra também na saúde dos consumidores e nas condições de trabalho das pessoas da indústria da moda. Não é o contrário de fast-fashion. Trata-se de um enfoque diferente, no qual estilistas, compradores, distribuidores e consumidores estão mais conscientes do impacto das roupas sobre as pessoas. Enxerga o consumidor e seus hábitos como parte importante da cadeia. Não é necessariamente um conceito baseado no tempo, mas sim, na qualidade. Propicia relações diferentes entre o estilista e o produtor, o fabricante e as peças, a roupa e o consumidor. A “moda lenta” desafia a obsessão da moda rápida com a produção em massa e o estilo globalizado, tornando-se guardiã da diversidade. Fomenta um estado mais elevado de percepção do processo de design e seus impactos sobre fluxos de recursos, trabalhadores, comunidades e ecossistemas, precificando as vestimentas a fim de refletir seu real custo. Inclui todas as alternativas acima. Abrange todas as iniciativas que permitem que a indústria subsista ao longo do tempo, dados os recursos dos quais dispomos e garantindo igualdade e justiça sociais. Ou seja, iniciativas que promovem boas práticas sociais e ambientais, incluindo uma redução na produção e no consumo.

ações para promoção produção e consumo resgatando valores locais, integrando as esquecidas relações de comunidade entre os indivíduos e entre a coletividade vinculados com questões ambientais, culturais, sociais e tecnológicas. Nascem então nomenclaturas e abordagens para designar essas inovações de consumo e produção que se contrapõem ao modelo atual das “Fast-Fashion”: alguns termos mais utilizado são: Moda Ecológica ou Ecomoda, a Moda ética, o Slow Fashion e a Moda Sustentável.

Ao analisar esses conceitos e suas definições no primeiro momento parecem ser ideias utópicas, mas as mesmas têm sido colocadas em prática por organizações e pessoas que buscam por essas mudanças no mundo da moda. Claro que essas mudanças não acontecem repentinamente, cabe não só a mudança de consciência do consumidor em relação à escolha de produtos e serviços que tem como princípios as questões éticas, culturais e ambientais, mas também uma transformação de posicionamento de marca das empresas. O sistema globalizado e engajado na busca

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2. Embasamento Teórico

de lucros a qualquer custo e preços baixos em que a sociedade se encontra impossibilita a abrangência dos métodos apresentados pela tabela acima, mas são práticas que não são impossíveis de serem alcançadas e incorporadas na cultura de consumo e produção.

SLOW FASHION

A abordagem que se pretende neste trabalho explorar e ter o projeto arquitetônico ancorado nesses princípios é o sistema de produção e consumo “Slow Fashion”, que como exemplificado na tabela acima pensa em um consumo transparente onde o preço real é o que incorpora os custos sociais, de matéria prima, mão de obra e acima de tudo é um sistema que preza pela qualidade das peças resultando em uma maior vida

útil. Moda que respeita o processo criativo e seu tempo, que respeita o consumidor e principalmente, que seja transparente em seu processo de produção valorizando a mão de obra e envolvendo a comunidade. O termo Slow Fashion foi criado no ano de 2004 na cidade de Londres pela escritora Angela Murrills3 contrapondo – porém não sendo antônimo – do Fast- Fashion. O conceito surge como alternativa de consumo e produção que leva em consideração aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais da moda e do local. O Slow Fashion propõe um modelo de valorização da diversidade, de produção local, de consciência sobre quem está produzindo e de impacto no meio social e ambiental. Vale

01 Valorização dos recursos locais

03 Qualidade do produto

02

Sistema de produção transparente

04 Diversidade e liberdade na moda

05 06

Incentivo a economia 08 Desenvolvimento criativa social e economia Relação direta local 07 entre as partes da Trabalho cadeia produtiva colaborativo

p Figura 05: Esquema - Slow Fashion e seus propósitos Fonte: Autora (2018) 3 Encontrado em: https://www.ecycle.com.br/component/content/article/73-vestuario/5950-Slow-Fashion.html. Acesso em 15 de Maio de 2018.

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2. Embasamento Teórico

ressaltar, que nem sempre no Slow Fashion são utilizadas matérias primas orgânicas e sustentáveis, o princípio desse modelo é o consumir eticamente e com qualidade. O Slow Fashion propõe a retomada do controle da criatividade, onde o produto final passa por processos criativos e de fabricação com maior cuidado. A ideia nessa nova forma de produção é não restringir a capacidade criativa dos indivíduos componentes desse sistema, é propor de forma sistemática uma integração entre quem cria, quem fabrica e que compra. O “pensar global e agir local” deve estar presente em cada passo dessa cadeia a fim de que se possa confeccionar com qualidade, respeitando os limites ambientais, fomentando a economia e a criatividade e propondo transformações sociais. O que faria uma pessoa talvez pagar mais caro em uma camiseta? O valor criativo e social agregado ao preço compreendido pelo processo de produção transparente, que valoriza o capital humano e respeita os limites do meio ambiente. Discussões a cerca do assunto tem sido incorporadas no âmbito acadêmico também. No documento “Economia e cultura da moda no Brasil” (Iniciativa Cultural; Ministério da Cultura, 2011) que sintetiza pesquisas sobre o ramo de moda no Brasil e se baseia nas conclusões do “I Seminário de Cultura da Moda”, ocorrido em Salvador no ano de 2010 busca analisar o panorama da moda no Brasil e propor sugestões de ações públicas para institucionalizar e fomentar o setor. Em seus estudos realizados pela equipe responsável, foram delineados eixos temáticos para direcionar possíveis e futuras ações públicas para a moda brasileira.

-INSTITUCIONALIZAÇÃO (Regulamentação, apoio técnico e institucional, criação de canais de representação.) -PESQUISA (Informação, produção de conhecimento, pesquisa.) -INTERVENÇÃO URBANA (Políticas e programas de desenvolvimento urbano, pólos de inovação, revitalização de áreas degradadas.) -INCLUSÃO SOCIAL (Geração de benefícios sociais.) As diretrizes descritas acima demonstram um empenho dos pesquisadores e agentes da indústria da moda, em inserir a matéria em um contexto social, urbano, acadêmico e econômico e não apenas vê-la como simples objeto de adorno. Tais diretrizes utilizadas pela pesquisa serão incorporadas durante o processo de elaboração do projeto arquitetônico pois se mostram como importantes nas escolhas projetuais pois são resultados de uma pesquisa extensa por indivíduos inseridos no contexto. Uma vez já alinhados os conceitos teóricos, vale pontuar que pela extensão da temática, neste trabalho será tradada apenas a parte de confecção da cadeia produtiva e seu impacto no meio onde o projeto arquitetônico será desenvolvido. A proposta deste trabalho está ancorada nessas problemáticas expostas e nasce do questionamento da autora da razão de não se ter um local na cidade de Uberlândia que represente urbanamente essas mudanças de consciência em relação à produção e consumo de moda. O porquê de não fortalecer a produção local e a economia local utilizando capital humano criativo e cultural que a cidade pode oferecer.

-CRIAÇÃO (Apoio a novos talentos, incentivo à inovação e criatividade.) -FORMAÇÃO (Qualificação técnica, profissionalização, aproximação às linguagens artísticas.) -EMPREENDEDORISMO (Apoio à criação, manutenção e ampliação de novos negócios.)

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2. Embasamento Teórico

2.7 CIDADE E ECONOMIA E CULTURA As formas de produção cultural e econômica sempre refletiram no desenho das cidades. Observa-se a tendência do desenho urbano em se voltar para a determinada atividade econômica do momento. A politicas públicas, juntamente com políticas culturais e econômicas coexistem e transforma a cidade como reflexo das ações e produções dentro dela. No contexto da Revolução Industrial até os anos de 1970, a formação e o desenho da cidade segundo Seldin (2015) seguiu baseada no modelo que favorecesse a indústria. Desse modo, na paisagem urbana é nítida a influência da atividade industrial. Quanto ao desenho urbano este modelo representou a fixação dos trabalhadores no espaço, criando assim os bairros operários. A partir dos anos 60, a cultura passa a ser eixo norteador do projeto urbano, porém muito se critica essa produção que foi intensificada nos anos 80 e 90 onde é caracterizada segundo Jacques (2010), por dois tipos de escalas em suas ações de transformação das cidades: Escala Global, que é a escala que uniformiza e padroniza os espaços em um âmbito universal; e a Escala Local que gera uma pseudovalorização de identidade cultural no local, através da pacificação dos conflitos, nesse caso colocando o termo “conflito” como sinônimo de “diversidade”. Dentro desse aspecto das chamadas espetaculização, cidade-cenário, museificação dentre tantos outros termos utilizados para denominar a construção das cidades voltada ao olhar do turista, é possível concluir que todos esses processos

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resultam na padronização e homogeneização dos centros urbanos mundiais. Segundo (ANDRADE & FONSECA, 2008, p. 28, apud FONSECA, 2005) a estruturação das cidades nas últimas décadas volta seu olhar na criação e valorização de espaços prioritariamente para consumo desprezando a sociabilidade e cultura local, representando a materialização de um estilo de vida baseado no distanciamento do contato com outros grupos sociais. Tal fato aumenta as barreiras físicas dentro do território urbano além de acentuar as desigualdades sociais negando assim muitas vezes o acesso de populações para as novas áreas criadas. A partir dos anos 2000 são levantadas as problemáticas expostas pelo o modelo de espetaculização do território, surgem ideias para o fortalecimento de economias alimentadas pelo conhecimento, criação e cultura locais, que criam discursos âncoras para embasamento de políticas públicas voltadas a criação de uma “cidade criativa” (SELDIN, 2015). Nesta conjuntura, que surge a Economia Criativa (ver Dimensão Econômica na página 31). A Economia Criativa, elemento âncora da construção da “cidade criativa” teve início nos anos 90 na Europa. Em termos de implementações de políticas públicas e culturais para apoio a essa indústria, teve seu início por volta dos anos 2000 no Brasil, impulsionada pela crescente busca por bens culturais, lazer e “estilos de vida” proporcionados pelo crescimento dos padrões aquisitivos da população. Além de impactos econômicos, a economia criativa respinga sobre o desenho das cidades a partir do momento que aplicação de políticas públicas de incentivo a criatividade e cultura consequentemente fazem surgir à necessidade de locais de aglomeração e em alguns casos pode tentar resolver problemas de áreas degradadas na cidade. (PAGLIOTO, 2016, p. 25) Dado

ao

contexto

exemplificado


2. Embasamento Teórico

anteriormente acerca da construção da cidade onde os esforços do poder público, agentes privados e setor imobiliário estão concentrados na construção da cidadecenário mais atrativa aos olhos do turista e não do habitante local, acarreta na desvalorização e pacificação das relações entre indivíduos. Tal fato, forma cidades homogêneas, os conflitos trazidos pela diversidade é o que permite espaços abertos, em movimento e em transformação. A Identidade que tanto se busca pelos arquitetos e por esse trabalho de conclusão de curso, nada mais é que a transformação. É essa transformação no sentido de não ser o mesmo constantemente, é a fluidez, movimento e interação que geram os atritos e trocas culturais resultando em espaços ricos dentro de centro urbanos. [...] Valorizar as diferenças não significa então valorizar as culturas diferentes em si, mas sim valorizar a tensão entre elas, as possibilidades de relação e de conflito entre elas. Para mim, o que legitima o caráter público de algo, por exemplo, do espaço público, ou ainda, das políticas públicas – sejam elas culturais ou urbanas, ou ambas – seria exatamente essa tensão entre diferenças, esse espaço de possibilidades, um espaço que não evita o conflito, não é pacificador, padronizado ou homogeneizado. Seriam espaços abertos, espaços em movimento, em transformação permanente. [...] (Jacques, 2010)

assim espaços inutilizados e inexplorados. Quanto a discussão a cerca do fortalecimento de uma cultura local em potencial e sobre seus desafios de construção em um mundo globalizado, os autores, (MANFREDINI & VENZON, 2015) definem na discussão de identidade local o conceito de “localismo cosmopolita” que é o “cruzamento equilibrado entre a dimensão local e global, intimamente ligada a uma melhoria sustentável dos recursos locais” (apud. Ezio Manzini, 2008). Localismo cosmopolita segundo os autores seria, portanto o ato de tentar equilibrar as raízes de um determinado local e ao mesmo tempo no outro lado da balança inserir abertura para os fluxos globais de pessoas, capital e percepções. A contemporaneidade com toda sua nuance e desejo pelo reconhecimento de sua própria identidade busca, não mais a destruição do passado, e sim sua reintegração, sua reformulação no quadro das lógicas modernas de mercado, de consumo e de individualidade (MANFREDINI & VENZON, 2015 apud. LIPOVESTSKY E CHARLES, 2004, p.57). Por conseguinte, a tendência seria o reconhecimento de suas essências e a partir desse contexto criar novas possibilidades e ideias. Além de fortalecer a noção de moda consciente e local na cidade de Uberlândia, a autora entende que espaços de cunho culturais e criativos influem e se insere na discussão a respeito da construção da cidade contemporânea, entendendo assim a importância da produção de espaços que proporcionem a possibilidade de encontros e trocas culturais fortalecendo assim o entorno do objeto arquitetônico.

É através das relações coletivas, do fortalecimento do olhar voltado para o “local” e para geração de trocas que as cidades constroem suas próprias marcas. Então, não é exagero afirmar que a cultura coexiste com a cidade e vice-versa o que se deve ter cautela é na não-diversidade que esses espaços podem geram, os tornando

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CASOS

O QUE SE TEM DISCUTIDO? CASOS DE PROJETOS QUE INCENTIVAM O CONSUMO E PRODUÇÃO CONSCIENTE.

FASHION REVOLUTION

-FASHION REVOLUTION -#FEITONOBRASIL -LABORATÓRIO DE MODA SUSTENTÁVEL -APLICATIVO MODA LIVRE -FASHION FOR GOOD

É um movimento global que acredita em uma “indústria da moda que valoriza as pessoas, o meio ambiente, a criatividade e incentiva um desenvolvimento igualitário”. “Quem fez minhas roupas?” Essa é a pergunta lema do manifesto. Que foi

idealizado a partir da união de empresas de moda sustentável após o desabamento do Rana Plaza em Bangladesh que deixou milhares de mortos, em 2013. O movimento busca puxar um gatilho para a conscientização de consumo e sobre o preço real dos produtos através da valorização dos envolvidos no processo e da transparência da cadeia

p Figura 06: Trabalhadores segurando “Eu fiz suas roupas”, na campanha do Fashion Revolution Fonte: (Plume’s World, s.d.)

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CASOS

produtiva. Em abril de 2018, aconteceu o Fashion Revolution Week, uma semana que marca os 5 anos da tragédia do Rana Plaza e que propõem eventos de 1 semana em diversas cidades do mundo. O evento, que também aconteceu na cidade de Uberlândia, propôs rodas de debate, palestras e oficinas para celebrar essa nova agenda da moda.

#FEITONBRASIL É um movimento que visa mapear as marcas de moda que produzem no Brasil de forma ética e consciente. O movimento além de fazer o trabalho de identificar essas empresas que fomentam a economia local, propõem eventos e debates a cerca do assunto.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O projeto de acordo com o relatório lançado na página eletrônica da ABIT (http://www.abit.org.br/noticias/oitabvtex-e-abit-lancam-laboratorio-de-modasustentavel) visa promover: -Iniciativas multissetoriais inovadoras criando novas realidades nas cadeias de valor; -Estratégias e ações transformadoras para fortalecer, influenciar e incidir nos principais desafios identificados; -Melhores condições de vida e trabalho no setor, com destaque às questões de gênero; -Maior diversificação e inovação industrial e de serviços; -Uso eficiente de recursos naturais e processos produtivos com baixo impacto ambiental; -Políticas públicas favorecendo o desenvolvimento sustentável do setor.

APLICATIVO MODA LIVRE

LABORATÓRIO DE MODA SUSTENTÁVEL - POR UM SETOR DO VESTUÁRIO MAIS SUSTENTÁVEL E JUSTO

É uma agenda criada pela parceria entre a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) e a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), com o apoio do Instituto C&A e a realização do Instituto Reos. Por meio de discussões entre líderes do setor têxtil e do vestuário no Brasil, entre designers, empreendedores, varejistas, indústria, sociedade civil entre outros.

Após o desabamento da fábrica Rana Plaza em Bangladesh e a noticiais de exploração de trabalho em diversas partes do mundo, a organização Repórter Brasil criou um aplicativo para Smartphones a fim de monitorar o processo de produção de várias marcas que atuam no Brasil. O aplicativo lista as empresas de vestuário e as avalia através de cores (verde, amarelo e vermelho) que indicam a ética no processo produtivo dessas companhias. Com o aplicativo é possível saber se alguma empresa já foi flagrada anteriormente com mão de obra escrava, por exemplo.

Foram estabelecidas metas que proporcionaram o desenvolvimento do setor de moda no Brasil atrelados aos

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CASOS

FASHION FOR GOOD

B

Fashion for Good (nascida em Amsterdã) é uma plataforma global de inovação no mundo moda através da colaboração, com apoio da Fundação C&A. O programa possui como ponto de ancoragem disseminar as “5 boas ações” (“The Five Goods) dentro de como se consume, se produz e enxerga a moda: 1) Good Material – matéria-prima segura, saudável e projetada pensando no reuso e reciclagem 2) Good Economy – Economia lucrativa, circular, compartilhada e que beneficie todas a partes 3) Good Energy – energia renovável e limpa 4) Good Water – Água limpa e acessível a todos 5) Good lives – Proporcionar às pessoas qualidade de vida, boas condições de trabalho que são justas, seguras e dignas. A plataforma resumidamente funciona como apoio financeiro para starups e instituições que possuem a mesma ideologia na moda. Hoje a plataforma possui um Hub (local de encontro de interação, encontro, empreendedorismo e trabalho compartilhado) em Amsterdam em um antigo prédio onde a principal atividade são exibições interativas de moda, além de possuir e s p a ç o s coletivos de trabalho.

A 26

C

D

E

p Figura 07: A e B| Fachada da sede Fashion For Good; C|Espaço de trabalho; D| Local durante uma palestra Fonte: (Fashion For Good, 2018)


3. Metodologia

METODOLOGIA

O Slow Fashion então surge como alternativa para a produção massificada e desenfreada buscando assim englobar níveis Ambientais, Sociais, Econômicos e Culturais, como forma de equilíbrio ao sistema. Pensando nesses quatro níveis, neste trabalho será utilizada uma metodologia de análise onde se considera as Dimensões Ambiental, Social, Econômica e Cultural para vincular esses conceitos no modelo de produção e criação de moda que o projeto arquitetônico da autora propõe como base ideológica. Paralelamente, o estudo dessas dimensões entrará em âmbito urbano ao serem utilizadas como ferramenta na análise urbana para auxílio da elaboração das condicionantes projetuais e do projeto arquitetônico em si. Esses quatros conceitos de dimensões (ambiental, cultural, social e econômica) muito utilizados por autores para debater questões sobre sustentabilidade, serão aqui trabalhados como um modelo que possibilita análise dos aspectos que compõe o conjunto

da temática e possibilitam, quando trabalhados em conjunto, o pleno desenvolvimento dessas quatro esferas de um modo equilibrado. Dessa maneira, a moda foi colocada em uma esfera aliada as temáticas de arquitetura e urbanismo, pois desse modo podem relacionar-se trabalhando em conjunto e direcionando os propósitos. Sendo assim, no campo da moda propõe-se que a mesma se desenvolva dentro dessas quatro dimensões: onde se apoie em valores ambientais para estabelecer uma consciência de consumo e produção de qualidade que tenha menos impacto no meio ambiente e ao mesmo tempo proponha sistemas colaborativos de trocas tanto de saberes quanto de matérias, fortalecendo assim, os aspectos sociais. Simultaneamente, buscase através da moda, que essa troca social impacte diretamente na economia, que é fomentada através das interações sociais que possibilitam o desenvolvimento econômico individual e coletivo, alimentando uma possível indústria criativa no local e

3.1 DIMENSÃO AMBIENTAL 3.2 DIMENSÃO SOCIAL 3.3 DIMENSÃO ECONÔMICA 3.4 DIMENSÃO CULTURAL

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3. Metodologia

vinculada a todas as questões citadas, que por fim fortaleça os valores culturais de moda a identificar e promover uma identidade cultural local em potencial. No campo do urbanismo, serão utilizadas essas quatro dimensões a fim de fazer uma avaliação holística do local de intervenção. A síntese desses estudos tanto da moda quanto do urbano estará ancorada na futura proposta arquitetônica:

3.1 DIMENSÃO AMBIENTAL A dimensão ambiental trata dos impactos ambientais que certa atividade produz e pensa em modos de minimizá-la de modo a garantir a qualidade ambiental e a conservação dos recursos naturais. No contexto da moda, busca-se inserir na dimensão ambiental uma mudança de consciência na forma de produção e consumo, no sentido de realizar essas duas ações pensando nos impactos que irão ser causados ao meio ambiente.

inserção ao costume cultural, econômico e na educação ecológica do brasileiro, o que envolveria discussões mais extensas. Na moda, práticas como reciclagem4, upcycling5, downcycling6 e reaproveitamento7 mostramse cada vez mais viáveis. Além do reuso e aproveitamento máximo dos materiais, outros impactos ambientais a serem reduzidos, estão relacionados à localização do objeto. Segundo Contino ( 2016) anteriormente ao advento das lojas “fast-fashion”, a produção era realizada em sua maioria próxima ao local de consumo final, dessa maneira as confecções tinham características regionais e suas atividades eram determinadas pela oferta. O intuito é retomar um local de produção de moda centralizado que seja de fácil acesso, favorecendo assim a mobilidade urbana a quem utiliza do serviço. Quanto a análise urbana, para melhor leitura do entorno, busca-se entender a relação do meio ambiente com o local: localização de praças, estudos de insolação e ventos, densidade construtiva, áreas permeável... Enfim, nesse momento procura-se analisar os pontos ambientais do local de intervenção para potencializar as relações naturais com o futuro projeto.

Vale ressaltar que neste trabalho não irão ser aprofundadas questões em relação aos produtos 100% sustentáveis, pois requer uma discussão a cerca do assunto e sobre sua 4 A reciclagem é o processo no qual um material é utilizado como matéria-prima para outro produto, e este se apresenta com propriedades físicas e químicas diferentes. (Encontrado em: https://biologianet.uol.com.br/ecologia/reaproveitar-x-reciclar.htm. Acesso em 16 de Maio de 2018) 5 A técnica do “upcycling” consiste em, com criatividade, dar um novo e melhor propósito para um material que seria descartado sem degradar a qualidade e composição do material, além de representar uma alternativa com custo mais baixo. (Encontrado em: https://www.ecycle.com.br/77-upcycling-upcycle. Acesso em 16 de Maio de 2018) 6 “Downcycling” é o processo de recuperação de um material para reuso em um produto com menor valor, ou seja, a integridade do material é de certa forma comprometida com o processo de recuperação. (Encontrado em: http://www.funverde.org.br/blog/conceitos-recycling-downcycling-e-upcycling. Acesso em 16 de Maio de 2018) 7 Reaproveitamento significa utilizar novamente um produto, algumas vezes modificando suas propriedades físicas, mas mantendo a mesma composição química. (Encontrado em: https://biologianet.uol.com.br/ecologia/ reaproveitar-x-reciclar.htm. Acesso em 16 de Maio de 2018)

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3. Metodologia

3.2 DIMENSÃO SOCIAL A dimensão social busca garantir o desenvolvimento social aliado a conservação de um ambiente que estimule a criação e proponha desenvolvimento pessoal, coletivo fomentando o capital humano criativo. Na moda, a dimensão social é incorporada ao se propor modelos de processos criativos e produtivos com base na colaboração e compartilhamento. Dentro dessa ideia se encontra o conceito de Economia Colaborativa. Economia colaborativa é a prática comercial que muitos encontraram como saída para aproveitar ao máximo dos recursos humanos, físico e intelectuais. Trata-se de um ecossistema sócio econômico que visa pelo compartilhamento de serviços ou produtos, de modo a gerar consumo consciente e ao mesmo tempo lucro. Na moda, com o intuito de aproximação entre produtor e consumidor surgem espaços colaborativos comerciais onde a concepção parte do principio de manter esse local a partir do compartilhamento dos gastos fixos como aluguel, impostos, contas em troca de um local para exposição e venda de seus produtos. Nesse contexto cada loja escolhe o método de venda e exposição de seus produtos sem que o dono da loja física interfira diretamente. Outro exemplo são os espaços colaborativos de criação e produção de moda, os chamados coworkings que proporcionam experiências de fortalecimento de relações profissionais e interpessoais muito enriquecedoras. Quanto as análises urbanas na Dimensão Social, pretende-se através de uma leitura urbana do entorno entender os pontos

potencializadores das relações sociais no local. É entender neste momento, o uso e ocupação do local, como funciona a mobilidade e como o espaço físico do entorno influi no fortalecimento das ligações sociais.

3.3 DIMENSÃO ECONÔMICA A dimensão econômica resume-se a uma justa competitividade de maneira que seja desenvolvida uma economia que possua o equilíbrio ético sem deixar de lado a geração de renda e lucro. Encontra-se na moda, um potencial de equilíbrio entre a função lucrativa e a função social, ao se propor o fortalecimento de uma economia local em um mundo global. Além de formas de captação de lucro, na dimensão econômica propõe-se a necessidade da educação econômica no sentido de criar a consciência de que consumir não te trata de quantidade e nem de velocidade de produção, e sim da qualidade do produto que englobe os âmbitos ambientais, econômicos, sociais e culturais. Dentro do desenvolvimento de uma economia justa, que gera lucro e ao mesmo tempo explora e desenvolve a capacidade criativa para esses fins já citados, é inserido o termo de Economia Criativa. A Economia criativa e o ramo econômico que visa o lucro através da criatividade como forma de valores culturais a fim de gerar benefícios econômicos, impactos sociais positivos e diversidade. A indústria criativa utilizada como matéria prima e base teórica a criatividade e intelectualidade mesclados com valores culturais gerando assim uma cadeia produtiva, que pensa na totalidade

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3. Metodologia

da criação, produção e distribuição dos produtos criados nessa indústria. A indústria criativa abrange as seguintes áreas: -Artes e antiguidades; -Arquitetura e urbanismo; -Artesanato; -Gastronomia -Design; -Design de moda; -Publicidade; -Cinema e vídeo; -Software educacional e de lazer; -Música; -Artes performativas; -Difusão por rádio, internet e televisão; -Edição (escrita e publicação); -Videogames. Discussões em torno da implementação da indústria criativa em países periféricos vem sendo incorporadas a mais de 10 anos no país. Em 2005 na cidade de Salvador foi realizada o I Fórum Internacional de Indústrias Criativas, organizado pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), juntamente com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Ministério da Cultura e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Nesse fórum de acordo com Paglioto (2016, p. 36) foi defendida a ideia de que a economia criativa em países subdesenvolvidos e periféricos “concorre” de igual para igual com países dado como desenvolvidos uma vez que a capacidade criativa e cultural existe universalmente. A lista de vantagens que a Economia Criativa proporciona poderia trazer a esses países periféricos como, por exemplo, geração de empregos, renda e inovação, expansão comércio, revitalização de zonas urbanas em degradas ou áreas rurais sem perspectivas, menor dependências a infraestrutura industrial pesada, inserção de jovens e das minorias no setor e valorização do patrimônio e valores culturais locais.

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3.4 DIMENSÃO CULTURAL A dimensão cultural ancora-se na pretensão da afirmação local, regional e nacional mesmo dentro da sociedade global contemporânea incentivando a formação de uma identidade cultural individual e coletiva. Dentro da dimensão cultural propõem-se que seja trabalhado no âmbito da moda, a inserção de novas formas de produção, novas tecnologias, o resgate e trocas de saberes de artesãos, costureiras, designers e população em geral. Quanto a investigação urbana pretendese identificar dentro da cidade, possíveis pontos de conexão tecendo assim uma rede de moda e potencializar as relações sociais através da cultura de moda Uberlandense.


Dimensão

Dimensão

Condicionantes na Moda

Condicionantes na Moda

LEGENDA

LEGENDA

3. Metodologia

Condicionantes no processo de análise urbana para o local de intervenção

Condicionantes no processo de análise urbana para o local de intervenção

Economia criativa e compartilhada; Consumo necessário; Geração de renda local; Integração e equilíbrio entre moda global e local; Preço justo.

ECONÔMICA

An álise de

dados s ócio econômicos

Economia criativa e compartilhada; Consumo necessário; Geração de renda local; Integração e equilíbrio entre moda global e local; Preço justo.

An álise de

SOCIAL

DIMENSÃO

Processo produtivo que envolva a comunidade; Sistemas colaborativos de trocas de produtos e experiências.

SOCIAL

CULT

DIMENSÃO

Processo produtivo que envolva a comunidade; Sistemas colaborativos de trocas de produtos e experiências.

Trocas culturais Resgate cultural Troca de saberes entre passado e o moderno

Produção em pequena escala; Consumo Consciente; Economia Circular; Durabildade e Qualidade.

URAL

Produção em pequena escala; Consumo Consciente; Economia Circular; Durabildade e Qualidade.

exões com outros pontos s con da c i e v i idad pamentos relacio i u q oss e r p ed nado e apea ef d M s am o se i l o á da, rma n a A

AMBIENTAL

ocupação da área, mobi lidad uso e e e do o de gabaritos das edif ális icaçõ urban estud An a es

AMBIENTAL

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Trocas culturais Resgate cultural Troca de saberes entre passado e o moderno

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ECONÔMICA

dados s ócio econômicos

p Figura 08: Esquema Metodológico das dimensões utilizadas para ánalise e embasamento teórico do trabalho Fonte: Autora (2018)

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CASOS

O QUE SE TEM FEITO? CASOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS E LOCAIS QUE INCENTIVAM A PRODUÇÃO LOCAL E TROCAS DE IDEIAS NA MODA.

TEXPRIMA LOJA OFICINA

-TEXPRIMA LOJA OFICINA -LAB FASHION -BANCO DE TECIDO -CASA GERAÇÃO -CENTRO DE TECELAGEM IOS DO CERRADO (UBERLÂNDIA) -MALHA

Da própria loja: “A TexPrima Loja Oficina é um projeto da inovadora tecelagem TexPrima que visa fomentar a economia criativa nacional. Com mais de 20 de anos no mercado brasileiro de tecido, a TexPrima propaga o “Amor à Moda” como seu principal valor.” Localizada em São Paulo, além de ser uma loja de tecidos, possui uma oficina aberta com máquinas de costura, mesas de modelagens e uma vasta biblioteca de modelagem, tudo com uso livre. Além disso o local possui espaços destinados para elaboração de eventos, aulas, oficinas e exposições u culturais.

Figura 09: A|Loja de tecidos; B| Espaço de mesa de para corte e moldes; C| Espaço de costura compartilhada. Fonte: (Google Maps, 2018)

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C

B

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CASOS

LAB FASHION É um coworking autointitulado como “o primeiro coworking de moda sustentável de São Paulo". É um espaço destinado a empreendedores de moda oferecendo uma estrutura física que permite o compartilhamento e fortalecimento de ideias e relacionamentos. O local possui escritórios individuais, ateliê compartilhado, máquinas de costura, mesa de corte e modelagem, ferramentas de trabalho para corte e costura, manequins, um estúdio fotográfico, salas de reunião e funciona como um local e eventos, cursos, workshops, palestras, treinamentos e outros. u Figura 10: Lab Fashion e suas instalações. De cima para baixo: 01| Ateliê Compartilhado; 02|Ateliê Compartilhado; 03| Salão de Eventos; 04| Sala de Reuniões e Atendimento; Fonte: (Coworking Brasil, 2018)

BANCO DE TECIDO O Banco de Tecido propõe nova forma de utilizar resíduos têxteis com uma iniciativa de negócio totalmente colaborativa. A empresa que nasceu em São Paulo hoje conta com mais duas unidades nas cidades de Curitiba e Porto Alegre. A proposta da iniciativa é fazer com que o cliente que também é o fornecedor, leve ao local sobras de tecidos. Nessa maneira, ao fazer a doação, o cliente recebe de volta em forma de crédito uma determinada “quantia” para cada quilo de tecido doado podendo assim escolher dentro do seu saldo disponível qualquer tecido da loja. Outra alternativa, caso não tenha crédito ou não tenha tecido a ser doado, pode-se utilizar valor monetário real para a compra por quilo de tecido. Com isso além de proporcionar maior ciclo de vida para esses tecidos que provavelmente seriam descartados, ainda gera lucro.

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CASOS

atende a 20 jovens que conseguem fazer um networking na área durante período de permanência na escola. Os alunos são inseridos no âmbito profissional e participam de desfiles, eventos e workshops. Em 2017 devido ao contexto local, as atividades da escola foram transferidas para a Spetaculu - Escola de Arte e Tecnologia, localizada na zona portuário do Rio de Janeiro que destinase a jovens das comunidades em situação de vulnerabilidade e oferece cursos de teatro, música, beleza entre outras atividades. p Figura 11: Banco de Tecido Fonte: (SuperZiper, 2015.)

Atualmente a carga horária e conteúdo programático da nova estrutura na Casa Geração Spetaculu são organizados da seguinte maneira:

CASA GERAÇÃO

Segunda à Terça das 14:30 às 17:30 Sábado das 10:00 às 17:00

“Identificar o potencial criativo das grandes periferias e promover a integração social e a inserção profissional através da educação, de uma rede profissional nacional e internacional e do empreendedorismo local.” A Casa Geração é uma organização francobrasileira que se insere no contexto da periferia e explora o potencial criativo dos jovens das comunidades, com o propósito de colocá-los no mercado profissional através de ações culturais e educativas. A escola possui 4 unidades: A Casa Geração Cidade de Deus (Rio de Janeiro) voltada para fotografia e fotojornalismo. E as outras três unidades com enfoque na moda: a Casa Geração Vidigal (funcionamento entre 2013 e 2016 no morro do Vidigal, Rio de Janeiro), a Casa Geração 93 (Paris) e a Casa Geração Spetaculu (Novo local para as atividades que antes aconteciam no morro Vidigal). -Casa Geração Spectaculu :

Vidigal/Casa

Polo 2 – Habilidades técnicas 3h /semana Técnicas de modelagem e técnicas de moldagem Técnicas artesanais e manuais Técnicas de corte e costura e impressão têxtil. Workshop prático aberto à todos 3 horas / semana Polo 3 – Empreendedorismo/ Gestão da Marca 3h

Geração

Fundada em 2013 no morro do Vidigal, a escola de moda atende jovens entre 18 e 25 anos. Com duração de 1 ano, o curso

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Polo 1 – Criação 3h /semana + 6 horas por mês História da arte e da moda Análise de tendências Processo Criativo Cor Moodboard Desenho Conceito Sensibilização têxtil e Eco tecidos Upcycling.

Polo 4 - Cursos técnicos de inglês e francês da moda 2H O processo seletivo é realizado mediante a inscrição feita através de um formulário


CASOS

de solicitação, que pode ser feito por meio de vídeos, textos, fotos, desenhos... Após o primeiro passo são feitas as entrevistas individuais e o segunda a escola, os critérios são: “talento, criatividade, motivação e ambição profissional”.

CENTRO DE TECELAGEM DE UBERLÂNDIA PROJETO: ROBERTO ANDRADE, MARIA ELIZA GUERRA, MÁRCIA C. FREITAS. LOCALIZAÇÃO: UBERLÂNDIA, MG ÁREA DO TERRENO: 6800M² ÁREA CONSTRUÍDA: 1300M² ANO: 1990

O local se assemelha ao projeto aqui proposto pela forma de inserir a população detentora do conhecimento prático de tecelagem de forma a fortalecer a cultura do tecer na cidade e como consequência envolver a comunidade o nesses processos produtivos e gerar renda. Por mais que a atividade não seja a mesma no sentido que o que se trabalha no local é a técnica do tecer, elemento primário na cadeira produtiva da moda e por ser uma pratica manual, artesã e milenar a visita a esse local foi importante a titulo de conhecimento de funcionamento interno e assimilar com uma possível integração com o restante da cidade e com as pessoas próximas de quem trabalha na área.

p Figura 12: Alunos da Casa Geração Vidigal (funcionamento entre 2013 e 2016 no morro do Vidigal, Rio de Janeiro) Fonte: (Casa Geração Vidigal, 2015) Figura 13: Local de exposição dos trabalho com mezaninos em estrutura metálica. Fonte: (Spetaculu, 2018)

Além da atividade de tecelagem, o trabalho de fiação e acabamento (nó e costura) também é realizado no local pelas mãos de aproximadamente 20 trabalhadores, de maioria com 60 anos ou mais e predominantemente mulheres. Quanto ao método de produção, segue-se o modelo livre cujo qual é inexistente uma meta produtiva de peças a serem fabricadas, o trabalho por tanto segue o ritmo do trabalhador pois se trata de um processo 100% artesanal e cuidadoso, além do mais a idade dos trabalhadores pode influir na rapidez de produção. Os trabalhadores, maioria mulheres, residem em regiões distintas da cidade de Uberlândia, existem desde as que moram no bairro ou próximo e as que moram no outro lado da cidade. Quanto ao uso fora do

35


CASOS

horário de trabalho foi constatado que elas e seus respectivos familiares não frequentam o lugar pelo motivo que a única atividade fora o trabalho e venda dos produtos, são as oficinas de tecelagem para iniciantes. Alguns eventos, que não são organizados pela coordenação do centro acontecem na praça, porém por não ter relação alguma com os trabalhadores. É observado desconexão entre a praça e o centro localizado na mesma. Apesar de alguns contrapontos é possível afirmar a tradição e importância do prédio e da atividade de tecelagem para a cidade, e por mais que ocorra algumas adversidades o Centro de Tecelagem Fios do Cerrado tenta sobreviver ao tempo sem perder a tradição da cultura do tecer na cidade de Uberlândia. A seguir segue análise espacial do projeto original (do ano de 1990), para melhor entendimento da espacialidade em conjunto com seu uso.

u Figura 13: Centro de Tecelagem Fios do Cerrado Fonte: Autora (2018)

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CASOS

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13 13

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03

PLANTA ESQUEMÁTICA PROJETO ORIGINAL ADMINISTRATIVO 16 Planta Centro01deRecepção Tecelagem | Andrade Guerra om /showro e Márcia02 C.Secretári Freitas a Arquitetura 04

Fonte: Adaptado pela Autora (2018)ador da Revista Projeto. 03 Coorden 04

18

ADMINISTRATIVO 01 Recepção/showroom 02 Secretária ADMINISTRATIVO 03 Coordenador 01 Recepção/showroom a 02 SecretáriSERVIÇO/ ador MOLHADA 03 CoordenÁREA

PE PR 12 D 13 T 17 R Ja 19 SERVIÇO/ 04 Sanitários ÁREA05 MOLHADA Depósito de material de limpeza PE 06 Primeiros Socorros PR s 04 Sanitário prima 07 Depósito de matéria limpeza de material de 05 Depósito 09 Fi 08 Estoque s Socorros 06 Primeiro 10 Te 14 Limpeza de matéria 07 Depósito 11 La a prima 15 Despens 08 Estoque 16 Cozinha 14 Limpeza 18 Vestiário a 15 Despens d’água 20 Caixa 16 Cozinha 18 Vestiário 20 Caixa d’água

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20 19

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01

SERVIÇO/ ÁREA MOLHADA 04 Sanitários 05 Depósito de material de limpeza 06 Primeiros Socorros 07 Depósito de matéria prima 08 Estoque 14 Limpeza 15 Despensa 16 Cozinha 18 Vestiário 20 Caixa d’água

PERMANÊNCIA PROVISÓRIA 12 Depósito de meadas 13 Tingimento 17 Refeitório 19 Jardim interno PERMANÊNCIA PROLONGADA 09 Fiação 10 Tecelagem 11 Laboratório

ACESSO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

3

Planta de Implantação Centro de Tecelagem | Andrade Guerra Arquitetura e Márcia C. Freitas Fonte: Adaptado pela Autora (2018) da Revista Projeto.

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO 37


CASOS

MALHA PROJETO: TAVARES DUAYER ARQUITETURA LOCALIZAÇÃO: SÃO CRISTÓVÃO, RIO DE JANEIRO ÁREA TOTAL: 2950M² ÁREA CONSTRUÍDA: 2150M² ANO: 2016

para o estudo a fim de tomar consciência dos espaços necessários para o fortalecimento de uma moda local.

Localizado na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de São Cristovão, local histórico da cidade e conhecido pela presença de algumas empresas e confecções de moda, a Malha, surge em um galpão como forma de criar um local onde pudessem ser feitas trocas e experimentações entre os profissionais criativos da área. Além de servir com residência (sistema de locação) para marcas e empreendedores independentes com um discurso compatível da Malha: moda ética, inovadora, justa e sustentável, o grande galpão abriga ateliê de costura compartilhado, sala de reunião, auditório, laboratório de experimentações, showroom, restaurante vegano e bar, uma grande área com pallets servindo como uma praça de encontro e uma arquibancada com um projetor para exibição de filmes. A proposta arquitetônica de autoria do escritório Tavares Duayer Arquitetura, casa com a proposta da Malha, de compartilhamento de experiências, o projeto consegue proporcionar encontros em seu espaço físico. O ponto forte do projeto são os 42 contêineres posicionados modulados com suas faces frontais voltadas para a grande praça proporcionando contato visual. Abstrações O estudo referencial do projeto da Malha, tem propósito conceitual e espacial com o intuito de tentar entender a criação de espaços arquitetônico que abarcam atividades que vinculam conceitos de moda compartilhada, consciente e sustentável. A Malha, por ser um dos primeiros locais criados com esse intuito exerce importância

38

p Figura 14: Malha | Tavares Duayer Arquitetura 01. Praça | 02. Estúdio de Costura 03. Container | 04. Fashion Lab Fonte: Archidaily (2018).


CASOS

R. BELA

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PLANTA 2º PAVIMENTO

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2 15

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R. GENERAL BRUCE

13

14

PLANTA TÉRREO Planta Malha | Tavares Duayer Arquitetura Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

ADMINISTRATIVO 01. Recepção 11. Escritório PERMANÊNCIA PROVISÓRIA 04. Arquibancada 06. Praça 07. Fashion Lab (Laboratório) 08. Restaurante 13. Sala Multiuso

PERMANÊNCIA PROLONGADA 02. Estúdio de Costura 03. Estúdio Fotográfico 05. Containers (escritórios, sala de reunião e lojas pop-up) 17. Showroom SERVIÇO/ ÁREA MOLHADA 09. Cozinha 10. Bar

12. Copa 14. WC 15. Depósito 16. Entrada de Serviço ACESSO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

CORTE AA

CORTE CC

Cortes Malha | Tavares Duayer Arquitetura Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

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CASOS

O LOCAL

4.1 ESCOLHA DO TERRENO

4.1 ESCOLHA DO LOCAL 4.2 AVENIDA MONSENHOR EDUARDO

Para escolha do terreno de implantação do projeto arquitetônico que este trabalho propõe a realizar, foram utilizados alguns parâmetros para escolha. O primeiro passo foi localizar na cidade, equipamentos de usos similares ao que o projeto propõe (moda e costura). Deste modo foram locados no mapa de estudo: - Centros profissionalizantes particulares ou de propósito sociais destinados a população carente; - Lojas de tecidos, pois em Uberlândia e região não existe uma fábrica têxtil e utilizar os tecidos vendidos na cidade, colabora na diminuição de gastos e transporte de produtos e incentiva o varejo local. - Faculdade de moda Após o apontamento de equipamentos em comum, foi mapeado os terminais de transporte público e escolhendo

40

assim, o terminal central por se entender como ponto universal e de fácil acesso para toda a população da cidade. Escolhido o terminal central como ponto de partida, foi feito um raio de 1,5km a partir do terminal interceptando assim os bairros: Bom Jesus, Saraiva Cazeca, Fundinho, Lídice, Martins, Nossa Senhora Aparecida e Presidente Roosevelt. Após essa etapa e buscando maior flexibilidade do programa a partir do parâmetro legislativo foram determinadas como possíveis escolhas os bairros: Saraiva, Martins, Bom Jesus, Presidente Roosevelt e Nossa Senhora Aparecida. Para o mapeamento de terrenos em potencial foi adotado o critério de terrenos abandonados, vazios ou com uso voltado unicamente para estacionamentos. Por fim, se escolheu um terreno localizado na Av. Monsenhor Eduardo, tanto pela força e potencialidade que a Avenida representa para a cidade de Uberlândia, quanto para o fácil


CASOS

acesso do local a partir do terminal central e dos demais pontos de ônibus. O uso atual da área escolhida é de estacionamento que pertencente a 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular, cujo elaboração de cultos acontecem em apenas 2 dias da semana (na quarta-feira e no domingo).

u Mapa 01: Mapa de Uberlândia com estudos para escolha do terreno para elaboração do projeto arquitetônico. Fonte: Autora (2018) baseado em Google Maps (2018)

Mapa 02: Mapa de Fluxos. Fonte: Autora (2018) baseado em Google Maps (2018)

MAPA 01 / LEGENDA

Centros Profissionalizantes

01. SENAI Uberlândia CFP Fábio de Araújo Motta 02. Ação Moradia 03. Centro de Referência Profissionalizante Lagoinha 04. ADVEM - Associação Desenvolvendo Vida e Missão Outros 05. Fios do Cerrado - Centro de Tecelagem 06. Sindivestu

Cursos Corte e Costura

07. Faculdade da Costura 08. Curso corte e costura - particular 09. Curso de Corte e Costura Waldecy Raimunda - particular

Ensino Superior

10. Faculdade de moda - Unitri 11. Faculdade de Moda - UNA 12. Faculdade de moda - ESAMC

Lojas afins

13. Avenida Fernando Vilela lojas de tecido e concerto de maquinas

Lojas de tecidos

14. La Casa 15. Tecidos Luso Brasileiro 16. Tânia Tecidos 17. Adriana Aviamentos e Tecidos 18. Tecidos Tita 19. Megatex 20. Mea Tecidos e Aviamentos 21. Loja Cem Por Cento 22. Valadares Tecidos 23. M C Com de Tecidos 24. Sansil Indústria Têxtil Ltda 25.Miltão Dos Retalhos 26. Vitorelli Comércio e Importação de Artigos do Vestuário

Terminais 1. Terminal Central 2. Terminal Umuarama 3. Terminal Industrial 4. Terminal Planalto 5. Terminal Rodoviário Santa Luzia 6. Terminal Novo Mundo

Bairro potenciais para intervenção 01. Saraiva 02. Cazeca 03. Fundinho 04. Lídice 05. Martins 06. Bom Jesus 07. Nossa Senhora Aparecida 08. Presidente Roosevelt

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CASOS

1

3 1 7

2

3

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4

5

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CASOS

5

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t Figura 15: 1,2,3,4,5 e 6 | Registro fotogrĂĄfico das vistas internas e externas do terreno Fonte: Autora (2018)

Figura 16: A e B| Terreno escolhido, vista de satĂŠlite. Fonte: Google Maps (2018) q

A

B

43


CASOS

4.2 AVENIDA MONSENHOR EDUARDO A Avenida Monsenhor Eduardo, está localizada ao norte do centro da cidade de Uberlândia, Minas Gerais e faz parte dos bairros Bom Jesus, N.S. Aparecida e Brasil. É uma importante via para a cidade, que conecta o centro com o setor norte. A área era local onde passavam os trilhos da antiga estrada de ferro Mogiana, instalada no final do século XIX. Foi a Mogiana que definiu em um primeiro momento o eixo de crescimento daquela região, porém se configurando como barreira para os moradores que nas adjacências moravam. Nos anos 70 e 80, já com a transferência da estação ferroviária para o bairro Custódio Pereira, as linhas de ferro e os galpões industriais localizados onde hoje se encontra a Avenida Monsenhor Eduardo se tornam empecilhos, e encabeçado por moradores dos bairros que circundam a antiga estrada de ferro, começa um movimento para a retirada desses trilhos sob a justificativa de insegurança, obstáculo para transposição e inúmeros acidentes no local. Nesse momento, mesmo com a mudança da estação para outro bairro, esse trecho compreendido no que é hoje a Av. Monsenhor Eduardo, ainda estava operando devido as indústrias que continuavam funcionando no local, como o Moinho de Trigo e os depósitos de combustível da Esso, Texaco e Atlantic. Em 1984 sob ordem judicial as empresas de combustíveis são retiradas da área e em 1986, recebe o status de avenida. Uma possível justificativa para o que se é hoje é a tentativa de interligação com o setor industrial como forma de conexão com as empresas que

44

existiam na época dos antigos trilhos. Após a retirada dos trilhos outro embate entre poder público e os moradores foi sobre como reurbanizar essa área. Para o poder público o futuro do local era transformar em uma avenida expressa, já os moradores queriam espaços verdes e de lazer justificados pela falta dos mesmos. A associação dos moradores juntamente com funcionários do setor de planejamento urbano da Prefeitura Municipal elaborou três propostas para a avenida em 1986, sob o mandato do então prefeito Zaire Rezende. Todas as propostas apresentavam ciclovia, áreas verdes em abundância e equipamentos de lazer em seu prolongamento, evidenciando desse modo a preocupação e desejo dos moradores em ter ao seu alcance esses tipos de equipamentos e espaços públicos. u Figura 16: 3 propostas de projeto para reurbanização da Av. Monsenhor Eduardo elaborados pela associação de moradores do bairro com a Prefeitura Municipal de Uberlândia Fonte: Amaral, 2004 apud. Centro de Documentação e Pesquisa em História da Universidade Federal de Uberlândia

Em 1988, com obras paralisadas e o projeto escolhido engavetado, a avenida vira barreira de insegurança para a população e sob a existência de grandes matas, lixo e criminalidade um novo projeto do ano de 1992 para a avenida é construída sob apoio dos moradores, dessa vez, com todos equipamentos de lazer e área verde retirados e colocado o corredor de ônibus em substituição. Em 1996 é finalizada essa obra que é a atual configuração da avenida, que se estabelece como barreira para os pedestres e para os moradores do bairro Bom Jesus e para os demais pedestres. A avenida hoje, se caracteriza pelo o uso de residencial, de comércio e serviços em seu entorno e também é conhecida pelas atividades ilícitas relacionada ao comércio de prazeres, jogos de azar e venda de entorpecentes.


CASOS

45


CASOS

p Figura 17: Vistas da Av. Monsenhor Eduardo do ponto de vista do terreno Fonte: Autora (2018)

46


CASOS

DIAGNÓSTICO DO ENTORNO

5.1 DIMENSÃO SOCIAL USO E OCUPAÇÃO

Os estudos de uso e ocupação comprovam características perceptíveis ao longo da Av. Monsenhor Eduardo. Do lado direito, no bairro N.S. Aparecida na margem da avenida são encontradas edificações de usos variados, em minoria as de usos residenciais. São edificações que ocupam grande área da quadra e são destinadas a serviços no geral, igrejas, indústrias, posto de gasolina entre outros. Mais adentro do bairro o uso é caracterizado por maioria residencial, comercial e misto, concluindo assim característica comercial da área (fato explicado pelas grandes avenidas centrais que cortam o bairro: como as Avenidas João Pinheiro, Afonso Pena, Floriano Peixoto e Brasil).

Do lado do Bairro Bom Jesus, é caracterizado por predominância residencial e uso misto. É marcante, tanto culturalmente na cidade de Uberlândia e no Brasil, o uso de residências com cômodos do lado ou na frente do lote e até mesmo em segundos pavimentos, destinados a pequenas atividades de comércio ou serviços.

GABARITO

Quanto ao estudo das alturas das edificações percebem-se gabaritos maiores ao longo da avenida marcadas por edificações de 2 a 4 pavimentos, porém a predominância é de edificações térreas, com pé direito alto, os galpões, que no lado do bairro N.S. Aparecida, marca a paisagem da via (fato explicado pela história de grandes indústrias e galpões que já existiam desde a época da estrada de ferro Mogiana).

5.1 DIMENSÃO SOCIAL 5.2 DIMENSÃO AMBIENTAL 5.3 DIMENSÃO ECONÔMICA 5.4 DIMENSÃO CULTURAL

VIAS O terreno está localizado em entre importantes vias da área, a Rua Itumbiara e a Avenida Monsenhor Eduardo. As demais

47


CASOS

vias são consideradas de fácil acesso, pois do ponto de vista do automóvel, é possível contornar a quadra devido a mão de direção das ruas do entorno que permitem essa mobilidade. Do ponto de vista do pedestre, se encontra em uma ótima localização, pois está próximo ao terminal central (dentro do raio adotado para esse trabalho de 1,5 km) e próximo a diversos pontos de ônibus seja na Av. Monsenhor Eduardo ou nas grandes avenidas do Bairro N.S. Aparecida. Um lado negativo está no acesso da população do lado bairro Bom Jesus, o que é um problema recorrente da população que desde os tempos da estrada de ferro Mogiana fica “isolada” e com dificuldade de transpassar a avenida, situação que se intensificou após a construção do corredor de ônibus.

u Figura 18: Imagens do entorno do terreno escolhido Fonte: Google Maps (2018)

u Mapa 02 / 03 / 04: Mapa de uso e ocupação / gabarito / hierarquias de vias Fonte: Autora (2018)

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CASOS

N

Bairro Bom Jesus

LOCAL DO PROJETO Bairro N. Sra. Aparecida

USO E OCUPAÇÃO esc. 1:5000

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CASOS

N

Bairro Bom Jesus

LOCAL DO PROJETO Bairro N. Sra. Aparecida

GABARITO esc. 1:5000

50


CASOS

N

Bairro Bom Jesus LOCAL DO PROJETO

Bairro N. Sra. Aparecida

HIERARQUIA DE VIAS esc. 1:7500

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CASOS

DO

Fachada (NO) Verão: 12:00 - 18:00 Equinócio: 12:00 - 18:30 Inverno: 10:30 - 17:30

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Latitude 18° Sul

DU

AR

N

22.6

W

21.5

13.8

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E

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7 21

22 6 .12

2 18

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.1

N

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Latitude 18° Sul

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N

8 9.2

7

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22 .1 6 .12

2 18

.1

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Latitude 18° Sul

23.2

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E

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22.6

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S W

Latitude 18° Sul N

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E

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S

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RU 13

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AI

.1

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22

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1

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4.11

15

20

4.11

W

21.5

13.8

11.9

24.7

Se tem então, um desequilíbrio ambiental no local pela concentração de uma área grande arborizada (Praça Sérgio Pacheco) enquanto a extensão da avenida e os bairros que margeiam a mesma, sofrem com a carência de áreas livres e arborização.

Figura 19: Carta Solar cidade Uberlândia no terreno escolhido Fonte: Autora (2018) q

RE

Quanto a áreas livres se tem próximo ao local apenas as praças Sérgio Pacheco e a praça da Igreja Nossa Senhora da Graças. A arborização é densa próxima a Praça Sérgio Pacheco e diminui ao longo que se distancia da Praça, fazendo assim uma avenida desconfortável no ponto de vista de qualidade ambiental. No interior dos bairros, por ser uma região já consolidada e bem densa, a presença de árvores não é satisfatória o que aumenta a temperatura do microclima nessas regiões.

Fachada (SO) Verão: 12:00 - 18:00 Equinócio: 12:00 - 18:30 Inverno: 15:30 - 17:30

HO

De acordo com (Amaral, 2004) a área da Av. Monsenhor Eduardo e adjacências é propicia a alagamentos, enchentes e enxurradas em períodos de chuvas intensas. Ruídos são advindos da própria avenida que passam veículos de pequenos porte a veículos de grande porte, como os ônibus de transporte público e caminhões, e das ruas perpendiculares que recebem fluxo intenso, uma delas é Rua Itumbiara que a ao terreno escolhido para desenvolvimento deste trabalho. Outras fontes de ruídos são da fábrica Moinho de Trigo que recebe muitos caminhões nas ruas locais e da escola Estadual Antônio Luís Bastos nos horários de entrada e saída dos alunos.

Fachada (SE) Verão: O5:30 - 12:00 Equinócio: 06:00 - 12:00 Inverno: O6:30 - 10:00

SEN

AMBIENTAL

Fachada (NE) Verão: O5:30 - 12:00 Equinócio: 06:00 - 12:00 Inverno: O6:30 - 15:30

AV. MO N

5.2 DIMENSÃO AMBIENTAL

INSOLAÇÃO

S

E

23.2

9 8

9.2

7

TU

21

MB

22 6 .12

.1

IAR

A

u Mapa 05: Mapa de condicionantes ambientais Fonte: Autora (2018)


CASOS

N

Oeste

S

CA

O AB

GO

T

ÁREA SUJEITA A ENCHENTES (várzea do córrego Tabocas)

VENTOS DOMINANTES A (NE)

E

RR

Leste

ÁREA SUJEITA A ALAGAMENTOS E ENXURRADAS

Bairro Bom Jesus

LOCAL DO PROJETO Bairro N. Sra. Aparecida

CONDICIONANTES AMBIENTAIS esc. 1:5000

53


habitantes (2015)

MÍNIMOS (trabalhadores formais)

CASOS

pessoas (2015)

S DADOS SOCIOECONÔMICOS ECONOMIA DO População Por Bairros (2010) | MUNICÍPIO Prefeitura Municipal de Uberlândia População em Uberlândia (2015): 676.613 habitantes a5):(2015): 676.613 habitantes 676.613 habitantes Salário Médio Mensal de trabalhadores formais: 2,7 salários mínimos trabalhadores formais: 2,7 246.411 salários mínimos Pessoal Ocupado (2015): pessoas alhadores formais: 2,7 salários mínimos 246.411 pessoas População Ocupada: 37,2% 1 pessoas 93.267 hab. -56% da economia do município é de varejo % 21% do setor varejista: tecidos, vestuário e calçados 104.196 hab. nicípio é de varejo pio é de varejo 68,8% do PIB municipal: comércio e serviços ecidos, vestuário e calçados 24% eIndústrias os, vestuário calçados Segundo os População Por Bairros do ano de 2010, realizado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia: comércio e serviçosdados de 56% VAREJO rcio e serviços

5.3 DIMENSÃO ECONÔMICA -21%:

Zona Norte: 93.267 habitantes (32.428 Homens; 45.785 Mulheres) Setor Central: 84.903 habitantes tecidos, (34.785 Homens; 38.884 Mulheres) NORTE LESTE opulação Por Bairros doanos ano dederealizado 2010, realizado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia: N.S.Graças: 20 a 24 (933 9.301) ção Por Bairros do ano de 2010, pela Prefeitura Municipal de Uberlândia: vestuário Jesus: 2045.785 a 24 anos (424 de 4.466) ntes (32.428Bom Homens; Mulheres)

(32.428 Homens; Mulheres) calçados COS Segue45.785 nos esquemas abaixo ae caracterização itantes (34.785 Homens; 38.884 Mulheres) es 38.884 Mulheres) da cidade de dia(34.785 (2015): Homens; 676.613 habitantes do setor socioeconômico 24%salários INDÚSTRIASmínimos 933 de 9.301) Uberlândia. de 9.301) de trabalhadores formais: 2,7 424 de 4.466) e): 246.411 4.466) pessoas UBERLÂNDIA | MG 7,2% Figura XX: Esquemas setor socioeconomica da município cidade é de varejo de Uberlândia. tecidos, Fonte: vestuário calçados Autora e (2018) baseado em IBGE (2015); l: comércio e serviços PMU (2010)

ela PrefeituraMunicipal MunicipaldedeUberlândia: Uberlândia: a Prefeitura 676.613 UBERLÂNDIA UBERLÂNDIA | MG | MG

MÉDIO(2015) SALÁRIOSALÁRIO MÉDIO habitantes

População Por Bairros do ano de 2010, realizado pela DO PROJETO tantes (32.428 Homens; 45.785 LOCAL Mulheres) abitantes (34.785 Homens; 38.884 Mulheres) ECONOMIA DO MUNICÍPIO s (933 de 9.301) s (424 de 4.466)

676.613 676.613

habitantes (2015)(2015) habitantes PESSOAL OCUPADO PESSOAL ECONOMIA DO OCUPADO ECONOMIA DO | MG UBERLÂNDIA MUNICÍPIO MUNICÍPIO

SUL

SALÁRIO MÉDIO

PESSOAL OCUPADO

POPULAÇÃO OCUP

125.842 hab. 140.539 hab.

2,7 SALÁRIOS

37,2%

246.411

OCUPADO POPULAÇÃO PESSOALPESSOAL OCUPADO POPULAÇÃO OCUPADAOCUPADA MÍNIMOS pessoas (2015) Prefeitura Municipal de Uberlândia: (trabalhadores formais)

5.3 DIMENSÃO 246.411 246.411 37,2%37,2% MÍNIMOS pessoas (2015) CULTURAL (trabalhadores formais) População Por Bairros (2010) | Prefeitura Municipal de Uberlândia

CENTRAL 2,7SETOR SALÁRIOS 2,7 SALÁRIOS -Bairro N.S. Aparecida

MÍNIMOS -Bairro Bom Jesus (trabalhadores formais) Maioria

pessoas (2015)

93.267 hab.

104.196 hab.

20 à 56% 24 VAREJO

u

POPULAÇÃO OCUPADA POPULAÇÃO OCUPADA População Por Bairros |Mapa anos (2010) População Por(2010) Bairros (2010)06: | PESSOAL SALÁRIO MÉDIO tecidos, -21%: NORTEponto LESTE OCUPADO POPULAÇÃO Mapa de interesses culturaisOCUPADA Prefeitura Municipal de Uberlândia Prefeitura Municipal de Uberlândia vestuário

Fonte: Autora (2018)

e calçados

Na analise daOESTE dimensão SULcultural a fim de 93.267 hab. estabelecer com equipamentos 93.267conexão hab. no entorno do terreno escolhido, 2,7 SALÁRIOS 104.196104.196 hab. hab. 37,2% e 246.411 consequentemente uma rede de125.842 ancoragem MÍNIMOS hab. pessoas (2015) com esses pontos. (trabalhadores formais) 140.539 hab. 24% INDÚSTRIAS

S

676.613 37,2% 37,2% 246.411 246.411 habitantes (2015) pessoas (2015) pessoas (2015)

56%56% VAREJO VAREJO tecidos, -21%: ECONOMIA DO -21%: tecidos, rairros Bairros (2010) | (2010) |

mais) is)

vestuário MUNICÍPIO

vestuário nicipal Uberlândia pal de de Uberlândia e calçados

E

OESTE

e calçados

24% INDÚSTRIAS 24% INDÚSTRIAS

93.267 hab. 93.267 hab.

104.196 hab. 104.196 hab.

56% VAREJO -21%: tecidos, LESTE LESTE

vestuário e calçados

LOCAL DO PROJETO LOCAL DO PROJETO 24% INDÚSTRIAS SUL SUL 54

SETOR CENTRAL CENTRAL -BairroSETOR N.S. Aparecida N.S. Aparecida -Bairro-Bairro Bom Jesus

É importante ressaltar que as NORTE LESTE População Por Bairros (2010) | desses pontos de interesse não serão incorporados ao programa de necessidades SETOR CENTRAL do projeto arquitetônico, porém OESTE SUL -BairroOESTE N.S. Aparecida 93.267 hab. SUL foram selecionados como forma -Bairro Bom Jesus hab. de possível104.196 conexão dos usuários Maioria 20 à 24 desses pontos na edificação a ser anos (2010) projetada. Os pontos de interesses 125.842 hab. 125.842 serão: Escolas, hab. Feira Livre de NORTE LESTE 140.539 hab. Domingo, Feira da Lua, Lojas de 140.539 hab. tecidos e Av. Fernando Vilela.

NORTE LESTE LOCALPrefeitura DO PROJETO atividades Municipal de Uberlândia

OESTE

SUL

125.842 hab.


CASOS

11

02

13 10 12

LOCAL DO PROJETO

Bairro Bom Jesus

07

Av. Monsenhor Eduardo

03

Bairro N. Sra. Aparecida

PONTOS DE INTERESSE

04

Av. Fernando Vilela (tecidos, máquinas de costura...)

14

09 15

05

01

01. PRAÇA SÉRIO PACHECO 02. SESI SENAI 03. FEIRA LIVRE DE DOMINGO 04. FEIRA DA LUA 05. AVENIDA FERNANDO VILELA 06. SINDIVESTU (SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE UBERLÂNDIA) 07. ESCOLA BATISTA MINEIRO 08. ESCOLA ESTADUAL DR. DUARTE 09. ESCOLA ESTADUAL 13 DE MAIO 10. ESCOLA ESTADUAL ALICE PAES 11. SESI ROOSEVELT 12. ESCOLA ESTADUAL ANTÔNIO LUIS BASTOS

08 16

TERMINAL CENTRAL

06

13. MILTÃO DOS RETALHOS 14. MEGATEX 15. M C COM DE TECIDOS 16. FACULDADE DE MODA ESAMC 17. TECIDOS TITA 18. VALADARES TECIDOS 19. LOJA CEM POR CENTO

18 19 17

0km

300m 55


CASOS

REFERENCIAIS ARQUITETÔNICOS REFERENCIAIS ARQUITETÔNICOS PARA O PROJETO ARQUITETÔNICO

TEATRO OFICINA PROJETO: LINA BO BARDI E EDSON ELITO LOCALIZAÇÃO: BIXIGA, SÃO PAULO-SP ÁREA TOTAL: 450M² ÁREA CONSTRUÍDA: 699,29M² DATA DO PROJETO: 1984/1990 CONCLUSÃO DA OBRA: 1994 A irreverente obra do Teatro Oficina, cujo projeto é de autoria dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito, dá palco para as atividades do também expressivo grupo teatral Oficina sob comando do dramaturgo José “Zé” Celso Martinez Correa. O grupo teatral em suas peças representa na linguagem cenográfica um manifesto político e artístico forte que inspirou e ainda inspira o cenário dramatúrgico brasileiro. Nas décadas de 80 e 90, é realizado o projeto de reforma Bo Bardi e Elito. O projeto datado do ano de 1984 (concluído em 1989 e obra finalizada em 1994), teve seus conceitos arquitetônicos, segundo Pinto (2013) pautados nos textos “As Bacantes” de Eurípedes

56

e dos princípios de teatro Nõ (teatro tradicional japonês) que direcionaram os esboços iniciais para a criação de passarelas de piso de tábuas e a ausência de poltronas utilizando em substituição mobiliários leves que permitissem ao telespectador ângulo de visão desejado conforme a cena. A arquitetura segue o preceito do expressivo grupo Oficina que desde sempre, busca pela negação do teatro e da cenografia tradicional. O objeto arquitetônico assume seu papel de agente para a potencialização das atividades atribuídas pelo elemento ocupante do espaço. Desse modo cada elemento compõe o espaço cenográfico de cada peça encenada. O conceito âncora do projeto é o olhar do edifício como Rua. Esse conceito de rua, a utilização dos espaços residuais que compõem o edifício e a grande esquadria em vidro em uma das fachadas, proporciona um espaço cenográfico unificado que permite que cada elemento faça parte do cenário.


CASOS

O edifício possui forma longitudinal e estreita e tem como elementos marcantes a grande passarela e os andaimes em estrutura metálica tubular. A passarela em madeira que liga a entrada até o fundo do prédio, possui 50m de comprimento e 1,50 de largura serve como palco central e os andaimes laterais de 4 níveis sobreposto de aço abrigam a capacidade de uma plateia de 450 pessoas.

a impessoalidade das metrópoles e dos impactos da sociedade capitalista (Pinto, 2013). Conceito e inquietação semelhante ao da autora deste trabalho final de graduação, porém com olhar voltado para a moda.

As antigas paredes datadas da década de 60 tem sua estrutura aparente e são estabilizadas por peças de concreto, essa paredes estruturam a cobertura que possui elementos metálicos e que com formato de abóboda faz uma ventilação do tipo “chaminé”. Dentro do edifício além do espaço performático existem as salas de preparação dos atores, camarins e sanitários, depósito de figurinos e sala de controles. O conforto térmico é proporcionado pelo sistema de cobertura que possui uma parte retrátil que permite a circulação de ar com efeito “chaminé”, um sistema no nível da cobertura com exaustores eólicos, sistema de absorção de ruídos no nível térreo e incorporação de canteiros com vegetação. Os elementos naturais foram trazidos para dentro do projeto como forma de criar relação direta da rua, trazendo o exterior para o interior ao passo que o interior se relaciona com o exterior através da grande esquadria em vidro. Mesclagem entre o antigo e o atual, o concreto e o tijolo, o metal e o vidro dão ao edifício expressão arquitetônica. E seu interior em contraposição com sua fachada mantem o elemento de mistério e surpresa. Abstrações Outra peça que foi utilizada como referência conceitual para o projeto, foi a peça “Na Selva das Cidades”, que teve projeto cenográfico elaborado Lina Bo Bardi ainda quando o teatro oficina (o prédio) era de arena. A peça teve sua influência no projeto no ato de incorporar as discussões de cidade moderna, a angústia diante a mecanização,

t Figura 20: Teatro Oficina (de cima para baixo) 01|Interior do teatro; 02|Fachada de vidro lateral; 03|Fachada frontal Fonte: Archdaily (2018)

57


CASOS

04

01 08

eixo visual

05

04

Rua Jaceguai

07

03

04 05

Planta nível 0.00 à -3.00

0

1

5

10m

0

1

5

10m

0

1

5

10m

06

02

02

09

06

eixo visual 10

10

Planta nível +2.30 à +4.80

11

11 12

eixo visual

Planta nível +7.30

p Planta Teatro Oficina | Lina Bo Bardi e Edson Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

PALCO 01. Passarela de pranchas de madeira ou terra 02. Palco/ Camarim PÚBLICO 03. Foyer 04. Arquibancada 05. Sanitário de público 06. Galerias

14

Elito

ELEMENTOS NATURAIS 07. Espelho d’água 08. Jardim de Inverno TÉCNICO 09. Controles de som/luz/ vídeo 10. Sanitário/Vestiário de Elenco 11. Camarim 12. Passarela Técnica 13

13. Cobertura Deslizante 14. Ventilação Eólica ACESSO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

13 14

CORTE LONGITUDINAL p Cortes Teatro Oficina | Lina Bo Bardi e Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

58

Edson Elito

CORTE TRANSVERSAL


CASOS

FÁBRICA E ESCRITÓRIO DESINO ECO PROJETO: HO KHUE ARCHITECTS LOCALIZAÇÃO: VIETNÃ ÁREA TOTAL: 621M² DATA DO PROJETO: 2015 O projeto dessa confecção tem como principio proporcionar um ambiente de qualidade ambiental para os funcionários, diminuindo a carga enclausuradora que esse tipo de trabalho possui. O edifício é uma renovação de uma antiga fábrica onde foi utilizado a planta livre a fim de reformular a dinâmica de trabalho do local. Pois um ambiente sem divisórios possibilita maior troca de ideais e estreitamento entre funcionários e até mesmo os clientes. Em seu exterior e até mesmo sua própria fachada repletos de vegetação, proporcionam refrigeração e insolação naturais. Abstrações O projeto de natureza fabril insere elementos naturais favorecendo o a qualidade ambiental necessária para um tipo de trabalho tão manual e fordista como é a costura. Por meio de um projeto permeável consegue conectar visualmente as partes criativas e produtivas. Outro ponto de influência para escolha do projeto é o uso de materiais brutos na composição estética da edificação.

u Figura 21: Fábrica Desino Eco (de cima para baixo) 01|Fachada Fronta; 02|Área de escritórios; 03|Área de Criação; 04|Trepadeiras na fachada principal Fonte: Archdaily (2018)

59


CASOS

PÚBLICO 01. Recepção 02. Lounge 03. Showroom

11

02 04 10

01

03

05

CRIAÇÃO 04. Sala de criatividade 05. Sala de design 06. Escritório PRODUÇÃO 07. Confecção

07

p Planta Térreo Fábrica Desino Eco| Ho Khue Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

Architects

ADM. 08. Direção 09. Copa 10. Sala de reunião BANHEIROS 11. WC

11 09

10

10

08

06

ACESSO CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO HORIZONTAL

p Planta Térreo Fábrica Desino Eco| Ho Khue Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

Architects

Cortes longitudinal e transversal Fábrica Desino Eco| Ho Khue Architects

p

Fonte: Adaptado pela Autora (2018) do Archidaily.

Croqui Fábrica Desino Eco| Ho Khue Architects

t

Fonte: Archidaily. (2018)

60


6. O Projeto

O PROJETO

6.1 LEGISLAÇÃO O terreno escolhido se encontra no bairro Nossa Senhora Aparecida na Zona Mista. Uma das condicionantes de escolha do terreno foi a possibilidade maior de número de usos dentro da área, possibilitando assim maior flexibilidade no programa de necessidades do projeto. O local encontra-se dentro de cinco condicionantes de zoneamento urbano proposto pela Lei Complementar nº 525 de 14 de abril de 2011 que dispõe sobre o Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo do município de Uberlândia, no “Anexo I Mapa Zoneamento”: 1) Zona Mista 2) Setor de Vias Arteriais SVA (Av. Monsenhor Eduardo) 3) Área de Diretrizes Especiais 4) ADE – I – Perímetro De Requalificação Urbanística (que estabelece a Av. Monsenhor Eduardo, dentro da área de requalificação urbana)

5) Setor de Vias Coletoras SVC (Rua Itumbiara) Quanto aos tipos de uso da edificação para definição do critério a ser utilizado como parâmetro legislativo, teve-se que seriam: -Comércio Comércio varejista local - c1 -Equipamentos sociais e comunitários – e Equipamentos de âmbito local (e1) -Indústria Indústria de médio porte – i2 – implantada em lotes com área não superior a 2.000,00 m².

6.1 LEGISLAÇÃO 6.2 PARTIDO 6.3 DIRETRIZES 6.4 SETORIZAÇÃO E FLUXOGRAMA 6.5 COLAGEM

Desse modo, irá se usar como critérios legislativos para elaboração do projeto, os parâmetros do Setor de Vias Arteriais (SVA), pela a mesma possibilitar maior variedade de usos na edificação e maior aproveitamento do terreno. -Taxa de Ocupação = Permitido 70% nos 2 primeiros pavimentos acima do nível do logradouro,

61


6. O Projeto

para os usos comercial e ou serviços e as áreas comuns de qualquer uso. Permitido 80% no subsolo sem ocupar a projeção do afastamento frontal | TERRENO DO PROJETO = 2134m² -Coeficiente de Aproveitamento = 4,00 / PROJETO = 8375,24m² -Afastamento Frontal Mínimo = 3m -Afastamento Lateral e Fundo Mínimo = 1,50m -Testada Mínima = 10m -Área Mínima do Lote = 250m² -Quanto a área de estacionamento, irá utilizar os parâmetros de Equipamentos sociais e comunitários que determina 1 vaga a cada 100m² Mapa 07: Mapa esquemático de zoneamento Fonte: Autora (2018) q

LOCAL DO PROJETO

6.2 PARTIDO A partir dos estudos e levantamentos realizados, toma-se como partido arquitetônico a criação de um espaço que potencialize as relações pessoais, criativas e produtivas in loco e na escala urbana de Uberlândia. Com o intuito de fortalecer a produção local de moda na cidade, o ponto de partida é a criação um espaço que reúna sob mesmo teto designers, costureiras, artesãos e que possibilite a inserção da população do entorno ao se criar espaços de comércio e serviços. Deste modo no local irá se criar, produzir e consumir gerando assim renda e fortalecimento das relações pessoais. Busca-se então por uma edificação que permita permeabilidade entre seu térreo e as vias Av. Monsenhor Eduardo e a Rua Itumbiara; permeabilidade visual entre seu interior e seu exterior; e uma permeabilidade interna que una visualmente os processos criativos e produtivos, e as demais funções da edificação. TE.SER é uma Oficina de Moda compartilhada onde se poderá alugar pelo espaço e produzir pela marca TE.SER , utilizar o espaço como um grande Fab Lab ou como um ponto de compras.

62


6. O Projeto

6.3 TE.SER | OFICINA COLABORATIVA DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE MODA Figura 22: Esquema de funcionamento da TE.SER Fonte: Autora (2018) q

COMO FUNCIONA O ESPAÇO

1. AMBIENTAL

-Técnicas construtivas que utilize o máximo da materialidade -Uso de vegetação + Iluminação -Ventilação natural -Reuso de recursos hídricos

2. SOCIAL

-Espaços colaborativos e compartilhados, que proporcionem desenvolvimento criativo e trocas de ideias. Permeabilidade visual e de acesso.

3. ECONÔMICA DESIGNERS

CRIAM PRODUZEM VENDEM FAZEM CURSOS ENSINAM COSTUREIRAS/ USAM O ESPAÇO POPULAÇÃO ARTESÃOS

-Geração de renda e fluxo de capital ao se propor os tipos de atividades descritas no programa de necessidade e locais de comércios das peças produzidas.

4. CULTURAL

-Eventos potencializando trocas culturais em espaços abertos, transparências, permeabilidades -Relação com o exterior da Av. Monsenhor Eduardo e Rua. Itumbiara

63


M

NHO

1. Ambiental

R ED

IT U

NSE

UAR

DO

R.

AV. M O

BI AR

A

6. O Projeto

AR

A

2. Social

NHO

IT

R ED

UAR

DO

R.

NSE

UM

BI

AV. M O

AR A

2. Econômica

BI

AV. M O

R ED

UAR

64

BI

NSE

NHO

R ED

UAR

IT UM

AV. M O

DO

R.

2. Cultural

AR

A

DO

R. I

NHO

TU

M

NSE


6. O Projeto

6.4 SETORIZAÇÃO E FLUXOGRAMA A partir dos estudos feitos e do programa de necessidades definido. Foi feita a setorização dos usos e atividades. Para setorização do projetos foram estabelecidos os seguintes setores:

SETOR ADMINISTRATIVO Administração do local. Financiada por uma organização/gestão privada com apoio público.

SETOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

Fluxo de renda e lucro das peças produzidos no local. Ponto âncora de transeuntes.

SETOR CRIATIVO Setor de criação, uso destinado para residentes e público em geral.

SETOR PRODUTIVO Setor de produção, uso destinado para residentes e público em geral.

SETOR DE ENSINO Setor destinado a cursos, oficinas e workshops de moda para o público em geral.

SETOR COLETIVO E EVENTOS

Trocas culturais e ponto de lazer. Ponto âncora de transeuntes.

SETOR DE SERVIÇOS/APOIO TÉCNICO

Setor de apóio técnico e de serviços exclusivos para a edificação. t Figura 23: Croqui de setorização. Linhas vermelha: ligação forte entre setores / Linhas Verdes: Ligação mediana entre setores Fonte: Autora (2018)

65


6. O Projeto

PRODUÇÃO 1. Aberto para o público que eventualmente quer produzir (esquema tipo FabLab) 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

2 5 9

8

6 1

1 69

8

ENSINO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público em geral. EXPOSIÇÃO 7. Desfiles abertos para o público.

1

COMÉRCIO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residentes da Oficina Te.Ser ENSINO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público em geral. EXPOSIÇÃO 7. Desfiles abertos para o público.

3

4 5 7

PRODUÇÃO ADMINISTRATIVO 1. Aberto para o público que8.eventualmente quer proAdministrativo acesso restrito duzir (esquema tipo FabLab) SERVIÇOS 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. 9. Acesso restrito

4 5 7

COMÉRCIO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residentes da Oficina Te.Ser ENSINO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público em geral.

SERVIÇOS 9. Acesso restrito

CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. PRODUÇÃO COMÉRCIO 1. Aberto para o público que eventualmente quer pro5. Local de venda das peças produzidas pelos residenduzir (esquema tipo FabLab) tes da Oficina das Te.Ser 2. Exclusivo marcas residentes da Oficina Te.Ser.

2

2

ADMINISTRATIVO 8. Administrativo acesso restrito

SERVIÇOS 9. Acesso restrito

CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

PRODUÇÃO 1. Aberto para o público que eventualmente quer produzir (esquema tipo FabLab) 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

EXPOSIÇÃO 7. Desfiles abertos para o público.

ADMINISTRATIVO 8. Administrativo acesso restrito

PRODUÇÃO 1. Aberto para o público que eventualmente quer produzir (esquema tipo FabLab) 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

66

COMÉRCIO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residentes da Oficina Te.Ser

3/4 7

6 3

CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

CRIAÇÃO ENSINO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público (esquema tipo FabLab) em geral. 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. COMÉRCIO

EXPOSIÇÃO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residen7. Desfiles abertos para o público. tes da Oficina Te.Ser ENSINO ADMINISTRATIVO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público 8. Administrativo acesso restrito em geral. EXPOSIÇÃO SERVIÇOS 7. Desfiles abertos para o público. 9. Acesso restrito ADMINISTRATIVO 8. Administrativo acesso restrito SERVIÇOS 9. Acesso restrito

PRODUÇÃO 1. Aberto para o público que eventualmente quer produzir (esquema tipo FabLab) 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser.

6 3 8 9 1 2 5 7 4 COMÉRCIO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residentes da Oficina Te.Ser

ENSINO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público em geral. EXPOSIÇÃO 7. Desfiles abertos para o público. ADMINISTRATIVO 8. Administrativo acesso restrito SERVIÇOS 9. Acesso restrito


6. O Projeto

t Figura 25: Esquemas iniciais de Fluxograma dos ambientes Fonte: Autora (2018)

-VENDAS Local destinado a se vender tudo que é produzido no edifício. -ENSINO Espaços para cursos, workshops e oficinas.

Partindo da premissa que o intuito projetual era que houvessem sobreposições de usos e ocupações dentro do edifício foram realizados estudos diagramáticos fazendo arranjos das zonas pré-definidas na etapa de concepção do projeto, não necessariamente espacialmente, mas levando em consideração de sua localização geográfica dentro do terreno.

-EXPOSIÇÃO Área destinada aos desfiles.

PRODUÇÃO 1. Aberto para o público que eventualmente quer produzir (esquema tipo FabLab) 2. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. CRIAÇÃO 3. Aberto para o público que eventualmente quer criar (esquema tipo FabLab) 4. Exclusivo das marcas residentes da Oficina Te.Ser. COMÉRCIO 5. Local de venda das peças produzidas pelos residentes da Oficina Te.Ser ENSINO 6. Cursos, oficinas, workshops e palestras para o público em geral. EXPOSIÇÃO 7. Desfiles abertos para o público. ADMINISTRATIVO 8. Administrativo acesso restrito SERVIÇOS 9. Acesso restrito

3/4 8 2 9

1

678 9

9

5

DIAGRAMA FINAL Chegando ao diagrama final, observouse um tendências em se misturar algumas funções de zonas diferente. De modo que se resultaram em espaços compartilhados. -ESPAÇOS DE PRODUÇÃO Destinado a quem quer por ventura costurar, ou tem uma marca e quer utilizar o TE.SER como ponto de ancoragem de seu negócio. -ESPAÇOS DE CRIAÇÃO Espaços que se destinam a quem tem uma marca e é residente no te.ser ou quer apenas utilizar o espaço como cooworking.

67


6. O Projeto

6.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉDIMENSIONAMENTO

Obs: Lista da primeira entrega deste trabalho, realizada no primeiro semestre de 2018. A partir dos estudos feitos, foi realizado o programa de necessidades. Foi considerado para cálculo de pré-dimensionamento o os tipos de atividades e a quantidade de usuários aproximada. Para setorização do projetos foram estabelecidos os seguintes setores: SETOR ADMINISTRATIVO | 201m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 20 Recepção Secretaria Coordenação Direção Copa Sala de Instrutores W.C Fem. W.C Masc.

50m² 20m² 20m² 25m² 20m² 30m² 18m² 18m²

SETOR COMÉRCIO | 265m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 18 Lojas física 130m² Concerto de máquinas de costura 30m² Troca de tecidos 45m² Bar 30m² Cafeteria/ Lanchonete 30m²

68

SETOR CRIATIVO| 550m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 37 Ateliê Coletivo (escritório coletivo e área reduzida para modelagem, corte e costura) 250m² Escritórios Individual 1 20m² Escritórios Individual 2 20m² Escritórios Individual 3 20m² FabLab / Informática 75m² Estúdio Fotográfico 45m² W.C. Fem. 15m² W.C.Mas. 15m² Salas de reuniões 90m²

SETOR PRODUTIVO | 500m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 52 Confecção (Modelagem, preparação do tecido, corte automático, corte manual, acervo de moldes, costura, acabamento, dobrar e empacotar) 400m² Tingimento 40m² Depósito 30m² Depósito matéria pronta 30m²

SETOR DE ENSINO | 90m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 60 Sala Multiuso 60m² W.C. Fem. 15m² W.C. Masc. 15m² *OBS.: Cursos, oficinas e workshops


6. O Projeto

acontecem nas diversas instalações do prédio. Cursos - duração de 6 a 12 meses Corte/Costura Consultoria de Imagem Desenho Empreendedorismo Workshops - duração de 2 dias Cor MoodBoard Conceito em moda Sensibilização têxtil/ Ecotecidos Upcycling Empreendedorismo História da arte Moda e Tecnologia Conserto de Máquinas Oficinas - duração de 1 a 2 semanas Processo Criativo Técnicas de Modelagem Técnicas manuais Moda e Tecnologia Técnicas de Corte e Costura Desenho básico Impressão têxtil SETOR COLETIVO E DE EVENTOS | 390m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 195 Biblioteca de moldes 80m² Desfiles 250m² Feiras/Praça Aberta - Estacionamento 1vaga para cada 100m² Biclicletário Sanitário Fem. 30m² Sanitário Masc. 30m² SETOR DE SERVIÇO E APOIO TÉCNICO | 160m² | POPULAÇÃO FIXA APROXIMADA= 8 Carga e Descarga Depósito geral 100 DML 6 Sanitário Funcionários Fem. 20 Sanitário Funcionários Masc. 20 Sala de apoio técnico Reservatório Superior Reservatório Inferior -

69


6. O Projeto

6.6 PROJETO ARQUITETÔNICO Bons Materiais Economia Recurso Hídrico Social Após os estudos teóricos tem-se a proposta síntese que o projeto procura contemplar. Assim como na moda consciente, os parâmetros de "Bons Materiais, Economia,, Recursos hídricos e o Âmbito social" são levados em consideração.

A FORMA

70


6. O Projeto

MATERIALIDADE. TEXTURA S E CORES. Para o estudo da materialidade foi utilizado como recurso de estudo, o principio de mistura de estampas na moda: Textura menores com texturas menores, listas com floral, texturas tom sobre tom... Enfim, é Desde o primeiro momento, em forma de um a infinidade de possibilidades que foram implantação busco-se a conexão entre as duas testada a fim de se conseguir chegar ao Ruas que faceiam o terreno. Rua Itumbiara e resultado desejado. Av. Monsenhor Eduardo.

MATERIALIDADE ESTRUTURA Buscando a rapidez e um canteiro de obras mais enxuto, com menor movimentação de materiais e construção mais limpa, adotou-se a estrutura metálica como sistema estrutura, tanto por sua rapidez de construção e corte de resíduos de materiais durante a obra, quanto para possibilidade de atingir grandes Figura 25: Mistura de texturas na moda. Fonte: Chic - Gloria Kalil (2018). Disponível vãos com uma estrutura mais esbelta. LAJE: Steel Deck VIGAS: Perfil I 15x35 e Perfil I 15x50 PILARES: Perfil H 25x24cm

em: http://chic.uol.com.br/como-usar/noticia/ gloria-kalil-ensina-como-usar-o-mix-de-estampasaposta-das-colecoes-de-resort-2015-e-hit-entre-ascelebridades

71


6. O Projeto

u Figura 25: Esquemas estudos de fachada com mix de estampas. Fonte: Autora (2018)

72


6. O Projeto

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6. O Projeto

Ao passo que se utilizou da estrutura metálica como conceito de projeto limpo e que consegue vencer grandes vão eliminando pilares, foi inserido o CONCRETO e MADEIRA como material de acabamento para que dessa maneira fosse possível a união das diversas texturas que esses acabamentos possibilitam.

p Figura 25: Estudos de materialidade. Fonte: Autora (2018)

74


6. O Projeto

t Figura 25: Estudos de materialidade e as cores do tingimento natural de tecido. Fonte: Autora (2018)

Dentro do programa de necessidades do projeto foi inserida uma sala para tingimento natural de tecidos, uma pratica cada vez mais comum, pois alÊm de trazer originalidade para a peça, se consegue poluir bem menos do que o tingimento artificial. Pensando nisso, dentro dessa cartela de cores, os estudos de mix de estampas e os estudos de materialidade chegaram se ao tons ao lado para composição dos acabamentos. externos e internos.

u Perspectivas Fonte: Autora (2018)

75


6. O Projeto

FACHADA PRINCIPAL AV. MONSENHOR EDUARDO Pensando na composição de cores, texturas. Tem se as seguintes materialidade na fachada principal: -CONCRETO PIGMENTADO AVERMELHADO -CONCRETO PIGMENTADO BEGE -MADEIRA -METAL -PINTURA SIMBOLOGIA BOTÂNICA NA FACHADA CENTRAL

u Fachada Av. Monsenhor Eduardo Fonte: Autora (2018)

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6. O Projeto

FACHADA MONSENHOR EDUARDO

REFERÊNCIAS 1. BRISE STRIPWEAVE HUNTER DOUGLA. METALICO. 2. PRAÇA DAS ARTES, BRASIL ARQUITETURA, 2012. SÃO PAULO. 3.l LE QUARTIER CONCORDIA, KPMB ARCHITECTS. CANADÁ.

77


6. O Projeto

FACHADA ITUMBIARA

FACHADA POSTERIOR

FACHADA LATERAL

78


6. O Projeto

MATERIALIDADE PISO Pensando na sensação de aconchego e tradição que uma edificação voltada para atividades manuais e criativas, utiliza-se o granilite e suas variações para fazer a composição do piso. Marcando a passarela de desfiles, e colocando como elemento central do projeto, utiliza-se pintura de poliuretano, material muito utilizado em quadras de esportes por possuir propriedades anti-derrapantes e ao mesmo tempo ter acabamento brilhoso.

1

LEGENDA 1. DECK DE MADEIRA 2. PISO POLIURETANO AMARELO 3. PORCELANATO (áreas molhadas) 4. FULGET 5. GRANILITE 1 6. GRANILITE 2

2

5

3

6

4

1 3

3

6 6 6 2 5

Rua Itumbiara

1

3 5

4

4

rdo enhor Edua Av. Mons

PLANTA PAVIMENTO TÉRREO

0

5 M

E

T

10 R

O S

79


Projeção Cobertura

6. O Projeto

D.M.L

2,64 m²-4,02 J10

Tubulação Pluvial

S

circular metálica 12 W.C MASC.

12,04-4,02 m²

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Proj. Elev. D

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

SALA PROJEÇÃO SALA DE REUNIÃO

COORDENAÇÃO

P29 J35

Tubulação Pluvial

6

Guarda-Corpo h=110cm TERRAÇO/ Acesso à ESTENDAL +4,59 Caixa d' água 54,19 m²

151,63+4,60 m²

P29 J32

SETOR CRIATIVO (Oficina Te.Ser) 187,65 m² +4,60

18

17161514131211

19 20 21 22 23 24 25

D

Tubulação Pluvial

Projeção Mezanino

J31

TINGIMENTO NATURAL

24,78+4,60 m²

25,58+4,60 m²

12,24+4,60 m²

Projeção Mezanino

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Laje Impermeabilizada i=2% Divisória Móvel

Guarda-Corpo h=110cm

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

ÁTRIO CENTRAL

J30 VARANDA +4,60

Tubulação Pluvial

38,33 m²

P ro

Jardim J02

W.C FEM.

m² 10 12,21+4,58 9 8 7 6 5 4 3 2 1

J13

J12

ALMOXARIFADO +2,50 14,18 m² W.C MASC. 12,35 +4,58 m²

Proj. Elev.

Proj. Elev.

FAB LAB +4,60 95,71 m²

6 SETOR PRODUTIVO (Oficina Te.Ser) 235,92 +4,60 m²

Tubulação Pluvial Tubulação Pluvial

J02

Rua Itumbiara

12,04-4,02 m²

Jardim

Guarda-Corpo h=110cm Acesso à DIRETORIA Caixa d'água Divisória 13,93+4,60 m²

Guarda-Corpo h=110cm

W.C FEM.

J02 Tubulação Pluvial

Guarda-Corpo h=110cm

J02 Tubulação Pluvial

Guarda-Corpo h=110cm COPA/ ÁREA COMUM 68,21 m²+4,60

jeç ão

Co be

rt u

DEP. PEÇA PRONTA

ra

8,75 m²

Tubulação Pluvial

J29 VARANDA 32,04+4,60 m²

Tubulação Pluvial

BRISE MADEIRA FREIJÓ

rdo nhor Edua Av. Monse

0

5 M

PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR

80

E

T

10 R

O S


-2,95

-2,95

53,23 m²

DEPÓSITO

-2,75

-2,95

861,14 m²

SUBSOLO

-2,75

-2,95

-2,75

0 M

E

T

5 R

O S

PLANTA SUBSOLO 10

6. O Projeto

81


-

-

-

---

-

---

S

J19

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

+0,60

40,34 m²

SALA DE TEORIAS

J19

J27

5,52 m² +0,59

Lixeira

(Gramado)

Jardim

S

Fachada Posterior

Tubulação Pluvial

+0,31

+0,59

6,1 m² +0,60

Guarda-Corpo h=110m

12,64+0,60 m²

24,57 m² +0,60

COZINHA

Projeção Cobertura

+0,60

Co b

Projeção Beiral

+0,00

5,4 m² +0,00

4,35 m² -0,02

uardo

PÚBLICO

(Gramado)

Jardim

PASSEIO

Tubulação Pluvial

P27

+0,00

23,88 m²

OFICINA DE MÁQUINAS DE COSTURA

4,4 m² -0,02

4,4 m² -0,02

BANHO BANHO FUNCIONÁRIO 4 FUNCIONÁRIO 3 4,35 m² -0,02

CIRCULAÇÃO

S

Proj. Elev.

12,21 m² -0,02

W.C FEM.

J02

94,75 m²

4,56 m² +0,00

-0,02

7,54 m²

P20

PROVADORES

PROVADORES

+0,00

-0,01

Projeção Brise Pavimento Superior

P28

+0,00

23,77 m²

J02

J20

Banco/ Canteiro h=45cm

Proj. Elev.

RECEPÇÃO

COPA 1

TROCA DE TECIDOS

12,35 m² -0,02

W.C MASC.

J02

BANHO BANHO DEPÓSITO 2 FUNCIONÁRIO 2 FUNCIONÁRIO 1 DEPÓSITO 2 4,6 m² +0,00

7,6 m² +0,00

SECRETÁRIA

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

nhor Ed Av. Monse

J04

J05

J04

P23

P24

P24

9 8 7 6 5 4 3 2 1

10

-

03 -

1-

Fachada Av. Monsenhor Eduardo Eduardo Copiar 1

ACESSO PEDESTRE

-0,01

+0,00

PÁTIO INTERNO

Projeção Átrio Central

Projeção Átrio Central

Rampa i=8,33% Corrimão h=110m

19 20 21 22 23 24 25

17 161514 13 12 11

---

Jardim

(Gramado)

S

Corrimão h=110m

18

7,14 m² +0,58

BANHO

J09

---

ACESSO PEDESTRE

+0,10

60,00

DESFILES

Projeção Trilho Painel

+0,60

27,73 m²

BACKSTAGE

J02

(Gramado) Jardim

-

(Gramado)

Jardim

Trepadeira

+0,60

Projeção Pavimento Superior Projeção Trilho Painel

ertu ra

BICICLETÁRIO

Pro je ção

PÁTIO INTERNO

Tubulação Pluvial

J26

Tubulação Pluvial

Projeção Trilho Painel

LANCHONETE/ BAR

DESPENSA

ACESSO VEÍCULOS

Tubulação Pluvial

J25

5,1 m² +0,60

HALL

3 m² +0,58

W.C

4,18 m² +0,59

P25 CASA DE GÁS

DECK BAR

Fachada Lateral

---

ATELIÊ ABERTO (PÚBLICO) 81,46 m² +0,60

Circulação +0,60

18,22 m² +0,60

SALA DE INSTRUTORES

Jardim Vertical

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

12

P26

VARANDA +0,59

Proj. Elev.

12,04 m² +0,58

Tubulação Pluvial

W.C MASC.

J02

Projeção Beiral

Jardim

(Forração)

Projeção Brise Pavimento Superior

Tubulação Pluvial

VARANDA +0,59

J28

2,64 m²

D.M.L

12,04 m² +0,58

Jardim

(Gramado)

J10

J02

W.C FEM.

Tubulação Pluvial

Jardim Vertical

+0,59

Tubulação Pluvial

Projeção Brise Pavimento Superior

-

J21

VITRINE

J24

J23

P21

+0,00

VITRINE

P21

P22

J22

2 1

Rampa i=20%

Lixeira

Tubulação Pluvial

D

0

-0,01

1

-0,01

Jardim

(Gramado)

Jardim

(Forração)

+0,60

D

2

3 M

E

4

-0,01

-0,01

-0,01

+0,60

Parede com Medidores +0,60 25x250 (PxA)

T

5

Fachada R. Itumbiara R

O S

---

-

-

-

---

-

ACESSO VEÍCULOS

PLANTA PAVIMENTO TÉRREO

87,89 m² +0,00

LOJA TE.SER

Tubulação Pluvial

+0,00

34,15 m²

DEPÓSITO GERAL

Tubulação Pluvial

J02

Projeção Beiral

Projeção Brise Pavimento Superior

-

Projeção Rampa

Projeção Pavimento Superior

-

Rampa i=20%

ACESSO PEDESTRES ACESSO PEDESTRES

---

Corrimão h=110m

Rampa i=5,46%

PASSEIO PÚBLICO

82 Rua Itumbiara

+0,60

10

6. O Projeto

PLANTA PAVIMENTO TÉRREO


-

-

-

-

---

S

Tubulação Pluvial

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

J31

J10

J02

Tubulação Pluvial

2,64 m²-4,02

D.M.L

12,04 m² -4,02

W.C FEM.

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Projeção Mezanino

Proj. Elev.

12,04 m² -4,02

W.C MASC.

J02

D

Divisória circular metálica

Acesso à Caixa d'água

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

12

Jardim +3,50

Guarda-Corpo h=110cm

Co be rtu ra

Guarda-Corpo h=110cm

03 -

1-

Fachada Av. Monsenhor Eduardo Eduardo Copiar 1

+4,60

68,21 m²

COPA/ ÁREA COMUM

ÁTRIO CENTRAL

Guarda-Corpo h=110cm

19 20 21 22 23 24 25

18

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

9 8 7 6 5 4 3 2 1

10

nh Av. Monse

12,21 m² +4,58

W.C FEM.

J02

o or Eduard

+4,60

235,92 m²

Jardim +3,50

J29

12,35 m² +4,58

32,04 m² +4,60

VARANDA

Proj. Elev.

W.C MASC.

J02

SETOR PRODUTIVO (Oficina Te.Ser)

Proj. Elev.

BRISE MADEIRA FREIJÓ

Tubulação Pluvial

D

17 161514 13 12 11

Acesso à Caixa d' água

-

jeç ão

P29

151,63 m² +4,60

TINGIMENTO NATURAL

+4,59

54,19 m²

TERRAÇO/ ESTENDAL

Guarda-Corpo h=110cm

---

---

P ro

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

24,78 m² +4,60

SALA DE REUNIÃO

Laje Impermeabilizada i=2%

Fachada Lateral

-

---

J32

Projeção Cobertura Divisória Móvel

Guarda-Corpo h=110cm

-

38,33 m² +4,60

+4,60

187,65 m²

P29

25,58 m² +4,60

SALA PROJEÇÃO

SETOR CRIATIVO (Oficina Te.Ser)

Tubulação Pluvial

VARANDA

J30

Tubulação Pluvial

J35

12,24 m² +4,60

---

COORDENAÇÃO

13,93 m² +4,60

DIRETORIA

Projeção Mezanino

---

Fachada Posterior

-

Guarda-Corpo h=110cm

-

14,18 m² +2,50

ALMOXARIFADO

J13

J12

8,75 m²

Tubulação Pluvial

DEP. PEÇA PRONTA

+4,60

95,71 m²

FAB LAB

0

1

2

E

4

Rua Itumbiara M

Fachada R. Itumbiara 3

-

T

5

-

-

---

R

-

O S

---

10

6. O Projeto

PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR

83


-

---

-

---

-

-

Tubulação Pluvial

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

J34

Tubulação Pluvial

+7,95

5,02 m²

33,59 m² +7,95

+7,95

4,97 m²

ÁREA COMUM

4,97 m² +7,95

Proj. Elev.

Acesso à Caixa'água

ESCRITÓRIO 1ESCRITÓRIO 2ESCRITÓRIO 3

Guarda-Corpo h=110cm

D

+7,95

+4,60

Reservatório Superior 2.000L

Reservatório Reuso Água Pluvial 5.000L

Reservatório Superior 2.000L

Tubulação Pluvial

11,09 m² +7,95

J33

ESCRTÓRIO 5

+7,95

9,79 m²

ESCRITÓRIO 4

CALHA

Guarda-Corpo h=110CM

Tubulação Pluvial

Telha Metálica i=5%

Co be rtu ra

03 -

1-

Fachada Av. Monsenhor Eduardo Eduardo Copiar 1

nh Av. Monse

Telha Metálica i=5%

o or Eduard

-

jeç ão

J18

J18

J18

J18

J18

---

P ro

Tubulação Pluvial

Tubulação Pluvial

Laje Impermeabilizada i=2%

-

Fachada Lateral

---

Projeção Cobertura

-

Guarda-Corpo h=110cm

---

CALHA CALHA

---

Reservatório Superior 2.000L

Reservatório Reuso Água Pluvial 5.000L

Reservatório Superior 2.000L

CALHA CALHA

-

0

1

2

---

Fachada R. Itumbiara

84 3

Rua Itumbiara

-

M

-

-

T

5

---

R

O S

PLANTA MEZANINO PAV. SUPERIOR E

4

-

10

6. O Projeto

CALHA

Telha Metálica i=5%

Fachada Posterior


-

-

-

---

-

---

Fachada Posterior

CALHA

Telha Metálica i=5%

CALHA

Reservatório Superior 2.000L

Reservatório Reuso Água Pluvial 5.000L

Reservatório Superior 2.000L

CALHA

Telha Metálica i=5%

Telha Metálica i=5%

CALHA

-

o or Eduard

---

nh Av. Monse

---

03 -

1-

Fachada Av. Monsenhor Eduardo Eduardo Copiar 1

---

-

CALHA

Telha Metálica i=5%

Telha Metálica Trapezoidal i=15%

-

Fachada Lateral

CALHA CALHA

---

Telha Metálica i=5%

Telha Metálica i=5%

Reservatório Superior 2.000L

Reservatório Reuso Água Pluvial 5.000L

Reservatório Superior 2.000L

Telha Metálica i=5% CALHA CALHA

-

0

1

2

3 M

E

4 T

R

Fachada R. Itumbiara 5

Rua Itumbiara O S

-

-

-

---

---

10

6. O Projeto

PLANTA COBERTURA

85

CALHA

Telha Metálica i=5%


6. O Projeto

TE.SER

6.6 COLAGEM

Te.Ser = Tecer + Ser

Colagem: 1. ARTES PLÁSTICAS técnica ou processo de composição que consiste na utilização de recortes ou fragmentos de material impresso, papéis pintados etc., superpostos ou colocados lado a lado no suporte pictórico

86

A fim de sintetizar as ideias da autora a respeito do projeto arquitetônico do Trabalho de Conclusão de Curso, foi realizada uma colagem captando alguns dos elementos a serem inseridos no projeto. A feira livre de domingo, as conexões entre pessoas, as roupas, pessoas costurando, passarela, a rua e texturas...


6. O Projeto

87


6. O Projeto

REFERÊNCIAS ABRAVEST. (s.d.). ABRAVEST - Associação Brasileira do Vestuário. Acesso em 12 de Maio de 2018, disponível em ABRAVEST: http://abravest.org.br/site/abravest-2/ panorama-do-setor/ AIRES, A., & SOUZA, J. (2016). A Moda como forma cultural: Entre O Residual, O Emergente E O Dominante. 12º Colóquio de moda - 9ª Edição Internacional 3º Congresso de Iniciação Científica em Design e Moda 2016. AMARAL, Felismar Alves do. REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL URBANA: AV.MONSENHOR EDUARDO – UBERLÂNDIA MG. 2004. 135 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faurb - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2004. ANDRADE, L. M., & FONSECA, M. D. (2008). A TRANSFORMAÇÃO NO USO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS EM UBERLÂNDIA. ARCHDAILY. Fábrica e Escritório DESINO Eco / Ho Khue Architects. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/888334/fabrica-e-escritorio-desino-ecoho-khue-architects>. Acesso em: 31 maio 2018. ARCHDAILY. Clássicos da Arquitetura: Teatro Oficina / Lina Bo Bardi e Edson Elito. Disponível em: <https://www. archdaily.com.br/br/878324/classicos-daarquitetura-teatro-oficina-lina-bo-bardi-eedson-elito>. Acesso em: 31 maio 2018. ARCHDAILY. MALHA / Tavares Duayer Arquitetura. Disponível em: <https:// www.archdaily.com.br/br/877156/malhatavares-duayer-arquitetura>. Acesso em: 31 maio 2018.

88

BOLAÑO, C., LOPES, R. S., & SANTOS, V. A. (2016). Uma economia política da cultura e da criatividade. Em C. Leitão, & A. F. Machado, Por um Brasil criativo : significados, desafios e perspectivas da economia criativa brasileira. Belo Horizonte: Código Editora. Camargo, C. W., & Rüthschilling, E. A. (2016). Procedimentos metodológicos para projeto de moda sustentável. Moda Palavra E-Periódico, pp. 301-312. Casa Geração Vidigal. (2015). Acesso em 12 de Maio de 2018, disponível em https:// www.casageracao.com.br/ CNI – Confederação Nacional da Indústria. (2017). O SETOR TÊXTIL E DE CONFECÇÃO E OS DESAFIOS DA SUSTENTABILIDADE BRASÍLIA. Brasília. CONTINO, J. M. (2016). O FAST FASHION E AS TRANSFORMAÇÕES DA INDÚSTRIA DA MODA NO CAPITALISMO TARDIO. 12º Colóquio de Moda – 9ª Edição Internacional 3º Congresso de Iniciação Científica em Design e Moda. Coworking Brasil. (2018). Acesso em 12 de Maio de 2018, disponível em https:// coworkingbrasil.org/spaces/lab-fashion/ Fashion For Good. (2018). Ow our world,. Acesso em 12 de Maio de 2018, disponível em https://www.ow-ourworld. nl/portfolio_page/go-to-fair-fashionevents-for-entrepreneurial-fashion-loversnovember-and-december/: https://www. ow-ourworld.nl/portfolio_page/go-to-fairfashion-events-for-entrepreneurial-fashionlovers-november-and-december/ Frings, G. S. (2012). Moda. Do conceito ao consumidor. Bookman.


6. O Projeto

Google Maps. (2018). Fonte: https://www. google.com.br/maps

São Paulo, Departamento de Belas Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

Iniciativa Cultural – Instituto das Indústrias Criativas e pelo Conselho Nacional, CNPC; Secretaria Executiva e a Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. (2011). Pesquisa Economia e Cultura da Moda: Perspectivas para o Setor. São Paulo.

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SILVA JUNIOR, Renato Jales. CIDADE E CULTURA: MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE VIVERES URBANOS NO BAIRRO BOM JESUS UBERLÂNDIA-MG 1960-2000. 2006. 09 f. TCC (Graduação) - Curso de História, Instituto de História, Universidade Federal de UberlÂndia, Uberlândia, 2006. SELDIN, C. (2015). DA CAPITAL DE CULTURA À CIDADE CRIATIVA: RESISTÊNCIAS A PARADIGMAS URBANOS SOB A INSPIRAÇÃO DE BERLIM. Spetaculu. (2018). Acesso em 12 de Maio de 2018, disponível em http://www.spectaculu. org.br SuperZiper. (2015). Disponível em http:// www.superziper.com/2015/10/visita-aum-banco-de-tecidos.html. Acesso em 07 de Setembro de 2018.

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PAGLIOTO, B. F. (2016). Por um Brasil criativo : significados, desafios e perspectivas da economia criativa brasileira. Em C. Leitão, & A. F. Machado, Por um Brasil criativo : significados, desafios e perspectivas da economia criativa brasileira (p. 25). Belo Horizonte: Código Editora.

PMU - Prefeitura Municipal de Uberlândia. População por bairros. Disponível em http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/ cms_b_arquivos/1460.pdf. Acesso em 08 de Set. de 2018.

PINTO, Roberto Mello da Costa. Extrapolação dos limites: Arquitetura e espaço cênico revolucionárioS. 2013. 213 f. Tese (Doutorado) - Curso de Escola de Comunicações e Artes da Universidade de

Unidade de Fiação e Tecelagem. Projeto, Uberlândia, v. 157. ISSN 0101-1766. Disponível em: <http://www.andradeguerra. arq.br/wp-content/uploads/2016/05/ revista_projeto157.pdf>. Acesso em: 09 set. 2018.

89


6. O Projeto

90


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