Arte Final

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Maio 2013 | nº 1 | R$ 12,00

ARTE FINAL

#1

AFINAL, O QUE É DESIGN? Entenda o significado desta palavra e suas funções para o nosso mundo

#Manual Escolhendo um bom papel para impressão

#Entrevista ilustrações de Lucas Alcântara.



#SUMÁRIO

#11

O QUE É DESIGN? Entenda o significado desta palavra e suas funções no Design

#ENTREVISTA

Ilustrações de Lucas Alcântara. PÁG 15

Editorial ..................................................................................04 Uma palavrinha com a equipe da revista Arte final

Noticias ................................................................................... 06 Fique mais informado sobre mundo do Design

Portfólio ................................................................................ 08

Vejas as maravilhosas e criativas criações de artistas do mundo inteiro

Capa ................................................................................................11

Afinal, o que Desing? Tire suas duvidas sobre a pergunta mas falada no mundo do Desing

Entrevista .............................................................................15 Conheça o genial trabalho de Lucas Alcântara

#MANUAL

Escolhendo bom papel para impressão PÁG 20

Manual ........................................................................................18

Saiba como escolher o melhor papel para a impressão do seu projeto

Inspiração ............................................................................. 20

Confira as invenções e obras mais legais e criativas no mundo do design

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#EDITORIAL/EXPEDIENTE

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ARTE FINAL

sta revista, denominada, Arte Final estreia e para iniciar este editorial vamos apresentar seus ideais. A revista tem o objetivo de tratar sobre Design, com um foque maior em gráfico e digital mas não deixando de falar sobre as outras áreas. Ela recebeu esse nome por significar: um trabalho artístico pronto para entrar na fase de produção gráfica, com as devidas indicações de áreas de cor, retículas, fotografias, ampliações, reduções, etc. O que tem relação com Design e com algumas matérias da revista que irá te ajudar a concluir seu projeto. As sessões desta revista são, Noticias, onde será tratado sobre o que acontece no mundo do design; Portfolio, que mostrara as criações de artistas do mundo inteiro; Manual, será o lugar onde você poderá conferir dicas para o acabamento, execução etc de seu projeto e por ultimo Inspiração, uma áreas onde será compostas pelas obras mais criativas do momento no mundo do Design. Tirando essas sessões, temos a matéria de capa, que nesta edição foi optado por começar a revista com a duvida que todos tem sobre essa área, o que é Design. E uma entrevista para concluir a revista com informações de pessoas que já esta na área dando dicas de como sobreviver a ela. Esta revista foi pensada em ser voltada para o publico universitário mas como não é só esse publico que se interessa por design, englobamos os praticantes da áreas também. Em questão de aparência, optou-se por ser algo em uma mistura de clean com colorido e formas geométricas. As cores principais foram Magenta, Cian, Amarelo e Preto, a cores primarias CMYK. Espero que gostem da nossa revista. Boa leitura!

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Diretor: Marina Garcia dos Santos Editor e Diretor Responsável: Marina Garcia dos Santos Diretor Executivo: Marina Garcia dos Santos Diretor Editorial e jornalista responsável: Marina Garcia dos Santos

Redação Editor: Marina Garcia dos Santos Redação: Marina Garcia dos Santos Chefe de arte: Marina Garcia dos Santos Editor de Artes: Marina Garcia dos Santos Revisão de Texto: Marina Garcia dos Santos Colaboraram nesta edição: Marina Garcia dos Santos Publicidade Diretor de publicidade: Marina Garcia dos Santos São Paulo Coordenador: Marina Garcia dos Santos Equipe de Publicidade: Marina Garcia dos Santos Tráfego: Marina Garcia dos Santos Criação Publicítaria: Marina Garcia dos Santos Produção e eventos Marina Garcia dos Santos Propaganda Marina G. Santos

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Internet www.artefinal.com.br Marina Garcia dos Santos (cordenadora) Logística Marina Garcia dos Santos

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A Revista Arte Final é uma publicação da Editora Europa Ltda. (ISSN 1981-8750). A Editora Europa não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros. Os artigos e reportagens localizados da Arte Final são propriedades da Future Publishing, uma empresa do grupo Future Network, Reiino Unidos, 2006

MARINA G. SANTOS Diretora de Redaçao marinagssantos@europlanet.com

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Impressão: Log&Print Gráfica e Logiatica S.A Destribuidor Executivo para o Brasil: FC Comercial Distribuidora SA

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#NOTICIAS

ACONTECIMENTOS NO MUNDO DO DESIGN

Pinturas criadas pelo My universe nos hospitais para os pacientes

DESIGN CONTRIBUI COM RECUPERAÇÃO DE PACIENTES

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Quantas crianças nunca sonharam em ser astronautas? Explorar o espaço, descobrir novos planetas e fazer amizade com seres extraterrestres… A realidade pode ser muito mais dura para algumas delas, especialmente quando suasaúde está em risco. Então, criar ambientes coloridos e artísticos que contribuam com a recuperação dos pacientes infantis, estimulando sua imaginação, tem se tornado uma missão para hospitais mundo afora, como o Chelsea Children’s Hospital, na Inglaterra. A par-

tir do conceito My Universe, o estúdio de design Thomas. Matthews desenvolveu um projeto para as sete alas do hospital, criando um ambiente que funcionasse como ferramenta terapêutica para os pacientes. As ilustrações de Gilles Jourdan e Cecilie Barstad, do Giles & Cecilie Studio, e de Malika Favre foram essenciais para tornar cada uma das alas a casa de uma família de ETs, cada uma delas com características, comportamentos e expressões únicas.


Imagem pertencente a exposição no brasil de bauhaus

BAUHAUS EM ITINERÂNCIA

Primeira e mais importante exposição do ano Brasil-Alemanha, a mostraBauhaus. Foto. Filme apresenta a partir do próximo dia 17, no Sesc Pinheiros – e vai até 4 de agosto.

N DESIGN 2012

Pôste de divulgação do concurso N Desing de 2013

O Encontro Nacional de Estudantes de Design acontecerá de 21 a 28 de julho em Salvador. O tema da vez é “Insira seu contexto aqui”, e a ideia é inserir os participantes em diversos contextos de diferentes culturas brasileiras, promovendo troca de conhecimentos.

DESIGN THINKING

Alunos tem aula introdutoria sobre o que é Design Thinking

Com o ideal de capacitar as pessoas em uma aprendizagem prática, utilizando em sala de aula cases reais apresentados por empresas, surge no Brasil a primeira Escola de Design Thinking, que está localizada em São Paulo. A escola, com esse nome simples e objetivo – conta com uma equipe de profissionais experientes.

CORES DA BANDEIRA

Latinha da coca-cola com o design diferente para a Copa

A marca resolveu criar latas de refrigerantes em três das cores da bandeira brasileira. A iniciativa faz parte da estratégia de aproximação da Coca com o público ligado na Copa das Confederações da Fifa, que acontece no País, a partir de junho.

Brasileiro junto dos jurados na premiação da itália de 2013

BRASILEIRO NA ITÁLIA

O Designer Marcelo Lopes, um brasileiro, conquista cinco prêmios na Itália no A’ Design Award Design & Competitions, prêmio internacional realizado anualmente na Itália, que destaca os melhores projetos. Todos os seus projetos foram premiados, num universo de mais de 3000 inscrições

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#PORTIFÓLIO

CRIAÇÕES DE ARTISTAS DO MUNDO INTEIRO

Asakura Kouhei

Asakura Kouhei é um ilustrador que reside em Tókio, capital japonesa. Seu portfólio vem chamando atenção, talvez pelo trabalho pouco usual que Asakura apresenta. As ilustrações são multicoloridas, repletas de detalhes que mesclam ares surrealistas com pop art, referências e paleta cromática vintages.

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01 For Wedding Ilustração composta por inumeros animais

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02 Landscapes Representação de uma paisagem existente no Japão

03 Landscapes Ondas, flores e dancarinas tipica do havai

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Natasha Shaloshvili

Natasha é uma arquiteta por formação, mas ilustradora de moda por opção, possui um estilo é muito dinâmico e expressivo. Moradora de Simferopol, Ucrânia, ela possui uma bagagem grande em trabalhos de publicidade e editoriais, sendo eles apresentados em editorias de moda, sites, anuncios ao ar livre.

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04 Power Woman Mulher poderosa com roupa florida

05 On the Run Personagem da primeira, com cores quentes

06 Blue Leather Pants - Dando destaque a calça e o sneaker

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Frank William

Ilustrador experiente que nunca fez nenhum curso para aprender a desenhar, colorista da Blue Comics e professor na escola HQ Company. Ele tem apenas 18 anos.

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07 07 Ogro Mundo de um personagem pessoal do artista

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08 Fullmetal Inspirada histodia do mang谩 de Hiromu Arakawa

09 Dem么nio Cena com clima de jogo de video game de aventuda

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AFINAL, O QUE É DESIGN? DUVIDA QUE ASSOMBRA A TODOS OS DESIGNERS, É HORA DESCOBRIR E DESMASCARAR ESSE FANTASMA

MATERIA: MARINA G. SANTOS ILUSTRAÇAO: MARINA G. SANTOS

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ntende-se por design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais do produto, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. O design é o meio de adicionar valor aos produtos industrializados, levando à conquista de novos mercados.As empresas têm usado o design como poderoso instrumento para introduzir diferenciações nos produtos e destacarem-se no mercado, perante aos seus concorrentes. O design surgiu para ser a ferramenta das empresas em busca de um produto melhor.Com o design firmou-se a idéia de que “a forma segue a função”, ou seja, aquilo que é bem projetado do ponto de vista funcional acaba tendo uma forma agradável, atraindo o cliente.


CAPA

Durante sua evolução, o design teve momentos em que representava claramente a cultura de um país ou região: design italiano, americano, alemão, e o japonês. Com a troca de informações em todo o mundo, e o processo de “globalização”, pouco a pouco as diferenças culturais entre produtos de diversos países foram diminuindo, levando à projeção de um produto ser que aceito internacionalmente. Hoje está-se chegando a um equilíbrio: o produto deve ser

mente, através de duas qualidades: funcionalidade e estilo. As pessoas sempre associam design ao bom gosto, a algo bem-feito. Os melhores recursos que temos para descobrir o design são os nossos sentidos, principalmente os da visão e do tato, empregados no uso do produto ou outro serviço. Design é a visualização criativa e sistemática dos processos de interação e das mensagens de diferentes atores sociais; é a visualização criativa e sistemática das diferentes funções de objetos de uso e sua adequação às necessidades dos usuários ou aos efeitos sobre todos os seus receptores. Design é a organização das partes de um todo, de um modo que os componentes produzam o que foi planejado. Só que esse arranjo é sempre improvável, seja

“O DESIGN SE MANIFESTA, PRINCIPALMENTE, ATRAVÉS DE DUAS QUALIDADES: FUNCIONALIDADE E ESTILO.” bem aceito no mundo todo, mas mantendo uma identidade nacional, ou seja, ele deve representar aspectos positivos do país em que foi criado. O design se manifesta, principal-

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o design de algo extraordinário ou não. E isso ocorre porque o número de modos pelos quais as partes podem ser combinadas é excessivo. Cada arranjo não passa de uma quantidade enorme de possibilidades. Ou seja, cada arranjo realizado é tão improvável quanto todos os outros, não são realizados. Design significa ter e desenvolver um plano, um projeto, significa designar. É trabalhar com a intenção, com o cenário futuro, executando a concepção e o planejamento daquilo que virá a existir. Criar, desenvolver, implantar um projeto – o design – significa pesquisar e trabalhar com referências culturais e estéticas, com o conceito da proposta. É lidar com a forma, com o feitio, com a configuração, a elaboração, o


CAPA

desenvolvimento e o acompanhamento do projeto Ao longo do tempo o design tem sido entendido segundo três tipos distintos de prática e conhecimento. No primeiro o design é visto como atividade artiística, em que é valorizado no profissional o seu compromisso com artífice, com a fruição deste uso. No segundo entende-se que o design como um invento, um planejamento em que o designer tem compromisso prioritário com a produtividade do processo de fabricação e com a atualização tecnológica. Finalmente, no terceiro aparece o design como coordenação, onde o designer tem a função de integrar os aportes de diferentes especialistas, desde a especificação de matéria-pri-

ma, passando pela produção à utilização e ao destino final do produto. Neste caso a interdisciplinaridade é a tônica. Estes conceitos tanto se sucederam como coexistiram, criando uma tensão entre as diferentes tendências simultâneas. As duas principais formas mais conhecidas de design são:

DESIGN GRÁFICO

São projetos da marca (logotipo) e do material de papelaria da empresa (papéis timbrados, cartões de visita, etc.), do visual da embalagem, dos cartazes, dos folhetos, das capas de livros e dos discos.

DESIGN DE PRODUTO São os projetos de objetos, tais como o aparelho de barba, cadeiras, automóveis e torneiras. Uma boa embalagem tem tanto design gráfico como design de produto. No design gráfico pode-se observar o “visual” da caixa, as instruções nela impressas, etc. No design de produto é selecionado o material da embalagem, a maneira de usar esse material, o formato (modelo) da embalagem, como será montada.

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CAPA

Outras formas de design:

DESIGN AMBIENTAL Procura reduzir o impacto causado pela produção industrial sobre o meio ambiente. Promove a utilização de materiais alternativos, combina diferentes matérias primas e evita o desperdício.

DESIGN CÊNICO

Projeta palcos para teatro, música, balé, cenários para cinema e produções de TV.

DESIGN DE VITRINES

É aplicado nas lojas, melhorando a exposição dos produtos, atraindo consumidores e facilitando as vendas das mesmas.

WEB DESIGN

Projeto de enderêços (sites) e apresentação gráfica na Internet.

DESIGN DE INTERFACE

Projeta as telas dos programas de computador.

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Até mesmo na comida podemos encontrar o design: no projeto de um novo tipo de massa caseira, esta deverá ser bonita, de rápido cozimento e fácil de embalar. Percebe-se, então, que o design pode estar em quase qualquer lugar. Da cabine das naves espaciais aos aparelhos de barba descartáveis. Designer é o profissional que elabora o design de um produto. Em uma indústria, o designer desenvolve o projeto do produto. Em parceria com o designer, o projetista faz o detalhamento de algumas peças do produto e, finalmente, o desenhista técnico prepara os desenhos de fabricação. Quem trabalha com design experimenta algumas formas diferentes de criar, gerenciando uma quantidade de desenhos e anotações. Seleciona as soluções mais promissoras e se concentra nelas, aperfeiçoando-as. Finalmente escolhe a que se desenvolveu melhor e cria alternativas. A idéia escolhida é aprimorada, até que seja viável a produção. Nesse processo, uma grande variedade de idéias têm chance de sucesso. É muito mais fácil inovar se esse é um hábito da empresa. Design significa aproximadamente aquele lugar em que arte e técnica caminham juntas, com pesos equivalente, tornando possível uma nova forma de cultura.

O design costuma trazer soluções inesperadas. Hoje, mais do que nunca, a empresa deve estar preparada para ter sua imagem comparada com a concorrência. Nos mercados nacional e internacional todos estão competindo por um espaço no desejo do consumidor. Disputam preço, qualidade e novidade. No meio de tantas ofertas, o consumidor quer adquirir o produto que melhor atenda as suas necessidades pelo menor preço. Deve-se conquistar o desejo do consumidor no primeiro olhar. Uma vez conquistado, ele facilmente associará o produto à empresa. Além de ser um importante fator na conquista do consumidor, o design é uma alternativa para a redu-

“DEVE-SE CONQUISTAR O DESEJO DO CONSUMIDOR NO PRIMEIRO OLHAR” ção dos custos de produção, fazendo uso de diferentes matérias-primas, associadas ou não, e ajudando na racionalização de gastos. O design auxilia as empresas também na área de preservação ambiental, propondo alternativas capazes de reduzir o impacto da utilização dos recursos naturais não renováveis. O design é fator diferenciador de produtos e outros serviços. Ele destaca aspectos, como identidade, qualidade e satisfação do cliente, que são condicionantes fundamentais para a manutenção e conquista de mercados mundial.


LUCAS DE ALCÂNTARA CONFIRA COMO ELE DESCOBRIU QUE SERIA UM ILUSTRADOR, SUAS INSPIRAÇÕES E O QUE ELE ACHA SOBRE O DESIGN NO BRASIL.

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01 New hairstyle Párodia com personagens do filme StarWars

02 Eco Coelhos vivendo do oxigênio de uma planta

03 Carry on Construções sustentadas por apenas balões

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Em que momento da sua vida você parou, pensou e disse: “Eu quero ser ilustrador”? Acho que nunca houve um momento específico quando eu me decidi de ser ilustrador As coisas foram acontecendo com naturalidade e gradualmente, e quando percebi, já era necessário me manter como ilustrador. Como o desenho e arte, na minha vida, começaram em épocas das quais eu nem me recordo, acho que isso foi mais que natural pra mim. arte na minha vida é mais antiga que minha mais antiga recordação de infância, então foi gradual e inevitável, na minha opiniáo, eu me transformar em ilustrador.

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Você tem referências? Eu comecei observando meu irmão mais velho. Ele desenha desde os dois anos. Aos dois anos ele já desenhava bem, acreditem. Durante minha infância toda, ele foi minha maior, e em alguns momentos, a única referência. Somente a partir da minha adolescência eu comecei a ter outros referenciais. Aí foram acumulando os estilos e as artes que me influenciaram e que, de alguma forma, me influenciam até hoje. Giger, Boris Valejo, Dave Mckean, acho que foram os primeiros. Mais recentemente, Bobby Chiu, Iain Macarthur, e mais um milhão de artistas. Acho que, como em tudo na vida,

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todas e quaisquer pessoas tem algo pra se admirar e se ter como exemplo para si.

Como você faz para de começar um novo projeto? Rabiscar aleatoriamente, no ócio, não tem preço. E ao mesmo tempo é baratíssimo! Pegue um papel qualquer que esteja do lado, um lápis ou uma bic… e rabisque. O rabisco aleatório, pra mim, é o começo de metade das minhas artes. É com rabiscos soltos e livres que se constrói uma boa composição, um bom movimento, um bom fluxo de objetos nos meus desenhos. A partir desses rascunhos é que você fortalece a idéia que antes era


“É COM RABISCOS SOLTOS E LIVRES QUE SE CONSTRÓI UMA BOA COMPOSIÇÃO, UM BOM MOVIMENTO, UM BOM FLUXO DE OBJETOS NOS DESENHOS” muito abstrata ou muito inconsciente. A partir desses rascunhos aleatórios, tendo um conceito previamente ou não, que eu começo minhas artes. Depois, eu procuro sempre traçar no papel, e finalizar, caso seja necessário, digitalmente. Pelo menos em algum estágio do desenvolvimento artístico, por ser intuitivo, tem que haver o toque de aleatoriedade, de

acaso. Só depois tem o lugar para a parte técnica.

Todos os profissionais de criação enfrentam bloqueio criativo. Como você lida com ele? Eu procuro não tentar criar, de forma alguma, nesses períodos. É como o mocinho do filme de faroeste fala pra quem cai na areia movedi-

ça: “tente não se debater muito”. Eu procuro acumular referências visitar sites dos meus favoritos.

Qual sua formação academica e que cursos você tem no seu curriculo? Eu comecei a fazer publicidade e propaganda e trabalhei em agências por muitos anos. Na publicidade, eu tive sempre que fixar meu traço e estilo em todos os diferentes trabalhos dedicados a diversos tipos de clientes. Hoje em dia eu ainda tenho minhas artes variadas decorrentes desses casos,

Como você vê a área de design e ilustração no Brasil? Eu a vejo crescente e evoluindo. Aos poucos a qualidade está subindo e o número de designers, pra estabelecer uma concorrência em todos os níveis, está aumentando. Eu acho que isto está acontecendo numa escala mundial, em diferentes níveis pra cada lugar, mas no Brasil, eu vejo isso de forma positiva.

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04 El surreal capilar Párodia criada da artista Frida

05 Foca Discos que todos juntos compoem uma foca

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#MANUAL

DICAS PARA SEUS PROJETOS

ESCOLHENDO UM BOM PAPEL PARA IMPRESSÃO

IAL

PEC ES

Que designer nunca teve dúvida na hora de escolher o papel mais adequado?

É função do designer deixar especificado ou, ao menos, fazer uma boa sugestão de qual papel o cliente deve escolher na hora da impressão.. Mas o que determina o papel ideal? Confira nesta materia.

ITENS PRINCIPAIS:

1

GRAMATURA

Nada mais é que o peso do papel. Na maioria dos países (isso inclui o Brasil) a medição da gramatura é feita pelo sistema métrico g/ m² (gramas por metro quadrado). A medição é feita da seguinte forma: uma papel de um metro quadrado de área é pesado e o valor desse peso é sua gramatura. Ex.: Se uma folha de papel de 1m² pesa 90g, sua gramatura é de 90g/m².

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2

SENTIDO DA FIBRA

Quando o papel é inserido na máquina de fabricação a direção que ele foi colocado determina a direção da fibra. Em livros, principalmente quando o papel é impresso na direção correta da fibra, a abertura de páginas, o manuseio e a qualidade da impressão ficam ótimas. Gráficas que prezam pela qualidade sempre inserem o papel no sentido da fibra e o fazem entrar de forma mais suave na máquina, reduzindo, sua manutenção.

3

ESPESSURA

Espessura não é gramatura. Ela é a distancia de uma face da outra do papel. Em impressão de livros, quando se quer deixar o livro mais grosso, é comum aumentar a gramatura para que ele aumente a espessura, nem sempre isso é necessário, papéis como o antique wove variam sua espessura se forem fabricados com mais ar no enchimento. É comum encontrar papéis de mesma gramatura mas com espessuras diferentes. Vale a pena ter um micrômetro para medir.


Ilustração: Marina Garcia dos Santos

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TONALIDADE

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BILHO

Por padrão, todo papel tem variações de cores, algumas pequenas, quase imperceptíveis, que variam entre os lotes de papel, já outras são bem aparentes. Hoje, no mercado de papéis, existem diversas tonalidades pré-determinadas pelo fabricante que vão desde o branco até tons azulados, por conta disso, uma dica que dou é pedir grandes amostras do papel, pois, ocorrem que muitos são “metamétricos”, ou seja, mudam de cor de acordo com as condições de iluminação.

6

OPACIDADE

É o atributo do papel que o torna reluzente ou lustroso. Conforme a superfície do papel se aproxima do nivelamento óptico, por meio de calandragem (máquina de alisamento, parece uma máquina daquelas de abrir massa) ou outro tratamento superficial, os raios de luz incidentes são refletidos como raios paralelos, como acontece num espelho.

O grau de transparência do papel é fundamental para boa qualidade do material. Para projetos que possuem textos, ilustrações e fotos, recomenda-se o uso de um papel que não tenha uma transparência tão alta, pois atrapalha a leitura e o material não fica tão bonito assim.

Veja mais dicas sobre papel no nosso site

DICAS PARA SEU PROJETO

1

Ir na gráfica e ver o início da impressão, vai te garantir uma boa qualidade no material.

2

Ter amostra de papeis em casa pode ajudar na hora da escolha do seu novo projeto.

3

Peça amostras de papel nas gráficas. Empresas grandes possuem essas amostras aos montes.

4

Confira a prova. Ela é a última chance de pegar erros que não podem aparecer no resultado final;

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#INSPIRAÇÃO

OBRAS CRIATIVAS NO DESIGN

BUBBLE CALENDAR

APARAS DE LÁPIS

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Cada dia pode ser um estouro para você. Assim funciona o calendário feito com plástico bolha. A dificuldade é só estourar uma bolha por dia. O calendário é totalmente funcional, com dias da semana e todos os principais feriados e fins de semana marcado em negrito para facilitar a consulta. O ruim é que só tem os feriados americanos.

Marta é uma ilustradora especializada no universo infantil e criou algumas composições bem divertidas com os restos de seus lápis, incorporando-os aos desenhos. Segundo Marta, são apenas alguns experimentos ainda em progresso e que terão mais informações em breve, ela promete investir nesse projeto.

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01 01 - 02 Bublble Calendar Demonstração do calendário bolha

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03 - 05 Apara de lápis Desenhos feitos pela artista

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06 - 08 Livro tipográfico Demonstração do livro

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COMIDA PANTONE

Editorial criado pela designer francesa Emilie de Griottes, para a Fricote, uma conhecida revista de culinária teve o intuito de mostrar que podemos encontrar inspiração de cores em diversos lugares. A artista criou tortinhas de sobremesa que recriam amostras da escala de cores Pantone.

09 - 11 Cor Obras da artista com a cor dos alimentos

BOOK TIPOGRÁFICO

07

O projeto “The Movable Book of Letterforms” é um livro interativo de caráter educativo que apresenta uma básica introdução sobre as letras, origens e características. O resultado é um livro pop-up de 22 páginas, todas cortadas e montadas à mão e que infelizmente não está à venda.

09

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