História da Moda e Sociedade

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História da Moda e Sociedade


Sumário


IDADE MODERNA 1.Renascimento 2.Maneirismo 3.Barroco 4.Rococó

IDADE CONTEMPORÂNEA 5.Neoclássico e o Estilo Império 6.Era Vitoriana 7.Belle Epoque 8.Vanguardas do século XX


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O Renascimento


O Florescimento Cultural A Europa oriental emergiu das di�iculdades da Idade Média em um �lorescimento cultural extraordinário, O Renascimento. Esse movimento surgiu no início do século XIV e alcançou o seu auge no �inal do século XV, continuando até o século XVI. O berço do movimento foi a cidade de Florença na Itália, mas outras cidades italianas da região central e setentrional promoveram a cultura da renascença. Antuérpia, Bruxelas e Gent eram as cidades portuárias mais movimentadas e prósperos centros têxteis. Usando lã importada da Inglaterra , os tecelões Flamengos criaram os tecidos mais luxuosos do continente. Eles não se referiam as formas arquitetônicas, mas as realizações intelectuais, como a �iloso�ia e a pintura. Grandes artistas como Leonardo Da Vinci, Andrea Del Verrocchio, Antonio e Piero Pollaiuolo, Michelangelo, Sandro Boticelli e Filippino Lippi, cujas obras dominam os maiores museus dos mundo. No Renascimento �loresceram os comércios, as invenções, as comunicações e as descobertas. Os cartógrafos ampliaram o conhecimento de mundo. O comercio com a Ásia continuou a abastecer a Europa com mercadorias de luxo, como especiarias, seda e perfumes, para atender a demanda cada vez maior. Toda a Europa observava a Itália. A Inglaterra e a França abraçavam os ideais italians de arte, arquitetura e moda. O rei da França, Francisco I, tornou-se o ultimo patrono do pintor Leonardo da Vinci, que foi considerado o gênio mais versátil do Renascimento, seus cadernos e anotações re�letem um enorme conhecimento de uma variedade de temas como biologia, anatomia, mecânica e aeronautica.


A Indumentária À medida que as pessoas �icavam mais conscientes, a Indumentária, adquriram uma importância cada vez maior durante o Renascimento. Confeccionados por alfaiates, os trajes combinavam com as exigências do cliente, eram considerados um investimento e gastava-se muito tempo com sua conservação e conserto. Homens e Mulheres da classe média usavam roupas com mangas removíveis ou duplas. Primeiro havia uma manga justa que era presa ao vestido e então uma manga mais ampla era �ixada ao corpete do vestido ou ao gibão masculino.

Essa prática foi favorecida principalmente pelas mulheres, que, com dois vestidos e dez pares de mangas obtinham um vestuário mais versátil. Os historiádores observam que o hábito de trocar as mangas antecipou os costumes modernos de comprar saias e blusas que pudessem ser misturadas e combinadas. No início do século XV, as mulheres usavam uma versão macia de Houppelande, traje longo e amplo com mangas compridas e gola alta. Em meados do século, as roupas se tornaram mais amplas e a base do vestuário feminino era um conjunto de roupas de baixo em linho branco com mangas longas sobre as quais se usava um vestido de cintura alta em cor contrastante. Embora as roupas femininas fossem pesadas no �inal do Renascimento, a silhueta desejada era bem de�inida. O vestuária enfatizava os ombros largos, um cintura longa e �ia e quadris largos.


A Arte

Abrangendo o renascimento inicial, o nórdico e o alto renascimento, o termo renascimento ou renascença descreve o renascer de um novo interesse pelo aprendizado e proliferação das artes na Europa, assim como seu desenvolvimento. Uma quantidade surpreendente de arte e dos escritos renascentistas sobreviveu e muito mais se perdeu. Novas tecnologias e técnicas, incluindo a descoberta das leis matemáticas da perspectiva linear, a invenção da prensa tipográ�ica, um novo sistema astronômico, a produção do lápis gra�ite, o uso da tinta a óleo e a fundição de bronze com cera perdida acompanharam as novas ideias. Os artistas buscavam capturar a experiência e a emoção humanas, a beleza e o mistério do mundo natural. Pela primeira vez desde a antiguidade clássica a arte se tornou realista. Os temas religiosos eram os mais comuns, enquanto os retratos re�letiam um novo senso de autoestima e histórias mitológicas eram representadas por seus ensinamentos morais.


Conexões com a atualidade Ariana Grande no videoclipe de “God is a Woman” recriando os afrescos "A Criação de Adão" de Michelangelo, exceto, é claro, que ela substituiu Adão por uma mulher e se trocou por Deus.

Na perfomance da mesma música no VMA de 2018. O cenário, a coreogra�ia e os trajes foram inspirados diretamente na pintura do século 15 de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, os apóstolos e dançarinos da performance eram todas mulheres. A arte católica sempre fornece uma fonte rica de inspiração para as estrelas do pop.

Ariana Grande seguiu o tema católico do Met Gala 2018, "Corpos Celestiais: Moda e Imaginação Católica", em sua estreia no baile do The Metropolitan Museum of Art, em Nova York, . A cantora apostou em um vestido assinado pela estilista Vera Wang que reproduziu a pintura "Juízo Final", de Michelangelo, presente na Capela Sistina.


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maneirismo


A moda da era elizabetana

As vestimentas desse período seguiam os costumes da rainha Elizabeth I que se tornou conhecida por por apreciar roupas extravagantes. Embora não seja lembrada por sua grande beleza, era considerada uma mulher de grande estilo. A estética elizabetana característica era formal. Ela usava um rufo Tudor, dragonas, peruca adornada com joias, corpete justo e anquinhas. tanto a fronte quanto as sobrancelhas costumavam ser depiladas. Elizabeth gostava muito de moda e quando morreu seu guarda-roupa incluía três mil vestidos e acessórios de cabeça.


Conexões com a atualidade Marc Jacobs Spring 2019


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o Barroco


O Estado sou eu Essas palavras são as mais conhecidas do século XVII, ditas por Luís XIV, o Rei Sol, monarca absolutista que governou a França de 1643 a 1715, acreditando que não havia limites ao seu poder. Sob sua liderança a França alcançou seu apogeu como superpotência europeia, De fato o século XVII pertenceu a França. Uma nova era de re�inamento manifestou-se na Europa. No entanto, o privilégio tinha seu preço, com A Guerra dos Trinta Anos as tensões religiosas dividiram o norte e o sul da Europa, em termos gerais, entre católicos e protestantes. Por causa do dominío espanhol a Itália experimentou uma decadência. Os dias da Florença renascentista estavam muito distantes agora. Roma, porém, já criara o estilo cultural dominante da época, o Barroco. De origem italiana e portuguesa, o termo Barroco signi�ica pérola irregular. Hoje, o termo barroco é usado para descrever a arte e cultura que prosperou por toda a Europa entre 1600 e 1750. Esse movimento artístico incluiu três estilos principais. O barroco extravagante ou lírico descreve o gosto da Itália e coincide com a invenção da ópera e o estilo exagerado das igrejas de Roma. O barroco realista desenvolveu-se a partir das pinturas dos grandes artistas Caravaggio, Velázquez e Rembrandt. O barroco clássico surgiu a partir das formas arredondadas da corte de Luís XV. Luís XIV foi responsável por formular as leis da moda no século XVII.


A Moda refletia o movimento da Arte Barroca A emergência da nova classe média acelerou a moda. Mais ricas que nunca, as pessoas começaram a experimentar com os trajes e seus estilos a superação das barreiras sociais. A moda também re�letia o espiríto do movimento artístico do barroco. A indumentária tinha movimento e era �luída e a silhueta básica dos trajes para homens e mulheres se tornou mais natural, sóbria e elegante. O uso excessivo de adornos do Renascimento estava ultrapassado, as mulheres usavam saias mais �luidas. A partir de 1650, aproximadamente, a moda francesa dominou a Europa, substituíndo a in�luência espanhola. Com o estilo espalhando-se pelas cortes da Europa os trajes embora adornados com laços e rendas pediam uma certa uniformidade. O vestuário começou a ser confeccionado mais como um terno ou conjunto moderno, esse estilo foi chamado de em suite à diferença do vestuário que podia ser combinado e misturado no século XVI , tudo deveria ser usado em conjunto. A moda francesa passou a ser exportada para toda a Europa por meio de manequins que eram apresentados aos monarcas de todo o continente, aproximadamente do tamanho de um ser humano e vestidos como uma imitação dos estilos usados na corte francesa.


A Arte e Arquitetura A arte e arquitetura barrocas eram usadas pelos católicos italianos, como Luís XIV faria mais tarde, como uma ferramenta de propaganda da contrarreforma. A ideia era que a arte, por in�luênciar diretamente os sentidos poderia ser utilizada para simbolizar a beleza e a riqueza inerentes ao catolicismo. O pintor Caravaggio representa o estilo barroco a concentrar a atenção do observador para o drama essencial do momento ignorando ou enfraquecendo detalhes irrelevantes da super�ície e retratando a forma humana na mais restrita correspondência possível com a forma natural. A arte barroca conseguiu se casar à técnica avançada e o grande porte da Renascença com a emoção, a intensidade e a dramaticidades do Maneirismo, fazendo do estilo barroco o mais suntuoso e ornamentado na história da arte. O palácio de Versalhes foi construídos entre 1660 e 1680 por Le Vau, J. Hardoin Mansard e Le nôtre (que projetou o jardim) e é um dos maiores exemplos de arquitetura barroca.


conexão com a Atualidade Um pouco de Caos (2014)


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O Rococó


A Extravagância do século XVIII

Como a burguesia assumiu uma nova posição de in�luência, o estilo imperialista do barroco saiu de mda e foi substituído pelo rococó, um estilo suntuoso que infuenciou o design de interiores, a moda e a arquitetura entre 1715 e 1775. Derivado da palavra francesa rocaille, que signi�ica jardim de pedras ou incrustação de concha, o rococó caracterizava pelo uso de ornamentos sinuosos e curvas. Até a Revolução francesa, o mundo se voltava para a França, a ultima metade do século XVIII viu a Era do Iluminismo expandir-se sobre o mundo. Embora Maria Antonieta defendesse Rousseau e a foloso�ia de livr pensamento da épca, não mediu corretamente seu impacto. Luís XVI e Maria Antonieta foram guilhotinados e o ideais leves e graciosos e extravagantes do rococó foram substítuidos pela brusca era da Revolução.


A riqueza dos detalhes Durante grande parte do século XVIII, até a Revolução, uma silhueta distinta se desenvolveu para as mulheres a partir de paniers, armações largas de metal na qual os vestidos se abriam lateralmente desde os quadris (até 150cm). Enquanto isso, a cintura ajustada em um corpete, parecia mais �ina que o natural e o decote pronunciado revelava o vinco do busto. Frequentemente, Madame Pompadour foi vista em um elegante robe á la française, estilo extravagante que re�letia, com seus adornos supér�luos, a moda dominante do rococó.


A Arte

A arte Rococó começou na França como uma reação a grandiosidade barroca da corte de Luís XIV no palácio de Versalhes e �icou associado particularmente à poderosa Madame Pompadour amante do rei Luís XV. Com suas pinturas sensuais e irreverentes, François Boucher foi um dos pintores mais aclamados do Rococó, porém o mais importante foi Watteau, com suas cenas ao ar livre do gênero Fetê Galante.


Conexões com a atualidade

Vivienne Westwood


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Neoclássico


A volta dos valores grecos romanos A Pós Revolução ocasionou aos burgueses moderados uma luta entre dois lados, os anarquista do povo e a contrarrevolução da nobreza, a qual se organizou no estrangeiro e nas províncias francesas. Jose�ina e Naoleão Bonaparte, se mudaram para o Palais de Luxembourg, seu uniforme militar foi substituído por um traje que ele mesmo desenhou. Após as vitórias em 1804, Bonaparte se tornou o primeiro imperador da França. O império foi estabelecido no mesmo dia da tomada da Bastilha, 14 de julho de 1804. Os trajes escolhidos para a coroação foram muito signi�icativos, pois só demarcavam o simples fato que a França novamente era governada por uma instituição, e a vida do casal imperial não seria tão diferente da e excessiva vida dos reis e rainhas franceses. O período napoleônico chegou ao �im em 1815, após a derrota de Waterloo, o que mudou não apenas a França mas toda a Europa.


O estilo Império As tendências usadas na França sempre lideravam na Europa, mas uma nova era baseada no exemplo da democracia da Grécia antiga re�letiu sob a época do Iluminismo e da pósrevolução. Inspirada nesse ideal, e nas descobertas arqueológicas em Pompéia, a estética passou a ser conhecida como neoclássica. De 1780 a 1820 a moda neoclássica foi mais associada ao estilo “chemisier”, retos de musselina ou algodão branco �ino, surgida e popularizado no círculo de Maria Antonieta em Versalhes, mas foi só depois da revolução que o chemisier passou a dominar a moda feminina e ser conhecido como o vestido império. Mesmo que a extravagância tenha sido deixada de lado um grupo de mulheres a partir do ano de 1795 �icaram conhecidas como Marveilleuses (Maravilhosas) pois vestiam o chemisier em seda branca transparente, decotados e esvoaçantes no estilo dos trajes gregos antigos, mas o seu maior diferencial eram as caudas compridíssimas.


Arte Neoclássica O nascimento do Neoclassicismo foi inspirado nas antigas escavações das cidades romanas de Pompeia e Herculano a partir de 1748, surgiu o interesse pelas artes da Antiguidade. Adotando um estilo mais formal e contido, a vertente neoclássica se desenvolveu na segunda metade do século XVIII. Inspirado na antiga arte greco-romana e exempli�icando o pensamento racional da “Era do Iluminismo”. Tudo começou em Roma, mas logo se disseminou por toda a Europa. Em 1789, a França estava à beira de sua primeira revolução e os neoclássicos desejavam expressar seu patriotismo, acreditavam que a arte deveria ser austera e valorizavam o desenho acima da pintura. Os contornos suaves e as pinceladas imperceptíveis eram o objetivo fundamental, as pinturas e esculturas deveriam exibir serenidade e moderação, concentrando-se em temas heroicos, que expressavam ideias nobres como sacri�ício pessoal e o nacionalismo. Jacques-Louis David, autor da obra e pintor o�icial dos Bonaparte fazia parte da escola neoclássica, com esse quadro ele mostrou toda a pompa e luxo da corte que se estabeleceu em volta do novo casal real de origem plebeia. Com isso, representou não só essas características, buscava os valores gregos e romanos expressos, mas a moda de seu tempo, marcado pelo estilo “império”.


conexão com a Atualidade

Emma (2020)


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Era Vitoriana


O romantismo e o Impressionismo O Romantimo e a Era Vitoriana foram movimentos que surgiram no século XIX. O período foi marcado por críticas à nova organização social, que sofria as primeiras consequências do capitalismo, principalmente pela revolução industrial. Tendo em vista as condições nas quais a maioria das pessoas vivia na época, uma das características mais fortes daquele período era a nostalgia. Numa tentativa de fuga da realidade, as lembranças do passado eram totalmente idealizadas, totalmente românticas. A literatura da época também tinha um foco surreal, ênfase para clássicos como Drácula de Bram Stoker e Frankenstein de Mary Stelley. Na moda feminina, o período foi marcado por espartilhos e também saias com estrutura feita por anágua de crinolina. Já na moda masculina eram comuns �iguras como o Dandi, que eram caracterizados pelo uso de cartola, variedade de padrões, roupas ajustadas, lenços e golas.


A indústria da Moda O desnvolvimento da tecnologia conduziu a indústria da modaa novos domínios da produção de massa. Em 1846 a máquina de costura foi inventada e patenteada por Isaac Singer. A maquina Singer foi a primeira a ser amplamente comercializada. Embora a máquina de costura fosse chamada de democratizadora da moda, pouco fez pela liberação das mulheres que tinham baixa remuneração. A abertura das primeiras lojas de departamentos em Paris causou grande euforia, pois reunia acessórios e roupas prontas para homens, mulheres e crianças.


Charles Frederick worth A contribuição de Worth para a história da moda é lendária. Ele é considerado o criador da alta-costura, isto é, roupas �inas feitas sob medida. Ele foi o primeiro estilista a produzir uma coleção completa de roupas sazonais, em vez de peças isoladas, ao acaso. Além disso, criou diversos desenhos que deram forma a moda feminina da época. Nos anos 1860, Worth introduziu o vestido túnica, um vestido na altura dos joelhos, que era usado com uma longa saia. Alguns especialista atribuem Worth a criação da crinolina mais curta para proporcionar maior conforto. Worth deu continuação ao trabalho de Rose Bertin elevando a pro�issão de estilista.


Conexões com a atualidade Gangues de Nova York (2002)


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Belle Époque


A virada do século Início na virada do séc XIX para o XX , até a 1ª Guerra Mundial em 1914. A Belle Epoque foi um período de grande desenvolvimento na Europa, e também, de paci�icação entre os países europeus. Surgem novas descobertas e tecnologias principalmente na Alemanha, no Império Austro-Húngaro, na França, na Itália e no Reino Unido. E, no cenário cultural aparecem os cabarés, o cancan(dança das vedetes francesas), e o cinema. Já à arte, tomava novas formas, com o Impressionismo e o Art Nouveau. Nessa época, o aparecimento de novas tecnologias, como o telefone, o telégrafo sem �io, a bicicleta, o automóvel, o avião, tornavam uma nova percepção da realidade. Paris veio a ser o novo centro cultural mundial, pelos seus cafés-concertos, balés, operetas, livrarias, teatros, boulevards e a alta costura inspirando e in�luenciando várias regiões do Planeta. Ir a Paris ao menos uma vez por ano era quase uma obrigação entre as elites, pois garantia o vínculo com a atualidade do mundo Na arte, houve algumas mudanças, os teatros, as exposições de telas, e os cinemas entraram no quotidiano dos burgueses, em que apenas eles podessem ter acesso.


Padrões irreais de beleza O vestuário na Belle Epoque foi marcado principalmente pelo volume na parte de trás da saia, e, pelo espartilho exageradamente apertado, dando a idéia de que a silhueta tivesse o formato de “S”.

A "Grande Dama" da Era Clássica Eduardiana continuaria nesta era até o advento da Primeira Guerra Mundial Apesar da continuidade das tendências eduardianas de renda e "frou-frou", novas linhas de moda limpas estavam surgindo. Nomeado pelos franceses e traduzido vagamente “The Beautiful Epoch”; “La Belle Epoch” foi uma era de roupas bonitas. Foi projetado e comercializado especi�icamente para poucos: os extremamente ricos ou aqueles que tiveram o privilégio de nascer ricos.


Art Noveau O Art Nouveau ou Arte Nova é um estilo típico da Belle Epoque, surgiu no �inal do século XIX, o qual valoriza a natureza, enfatizando as curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes das plantas e dos animais. É uma arte essencialmente decorativa sendo as principais obras desse estilo fachadas de edi�ícios, objetos de decoração (móveis, portões, vasos), jóias, vitrais e azulejos. Um dos pintores mais conhecido do Art Nouveau é Alfons Mucha.

Já, a fotogra�ia, teve grande impacto na arte, dando origem ao Impressionismo. Devido à perfeição da realidade relatada no retrato, os pintores Impressionistas tiveram maior liberdade no campo da arte. As pinturas começaram a ser menos realistas trazendo com elas as marcas das pinceladas. Sendo que, geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza, de acordo com a luz e o movimento. Claude Monet foi um dos maiores artistas da pintura impressionista da época.


conexão com a Atualidade L’ Wren Scott Fall 2013


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Vanguardas do século XX


Neoimpressionismo e Expressionismo O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a �igura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930. Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe.

Dadaísmo e Futurismo O Dadaísmo surge em meio à guerra, em 1916, do encontro de um grupo de refugiados com o intuito de fazer algo signi�icativo que chocasse a burguesia da época. Este movimento é o re�lexo da perspectiva diante das consequências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade. Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do �inal do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência.


Fauvismo e Surrealismo O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi signi�icativamente in�luenciado pelas teses psicanalíticas de Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano. O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade “maravilhosa” , exaltação da liberdade de criação, entre outros.

Abstracionismo e Cubismo O cubismo é um tipo de arte considerada mental, ou seja, desliga-se completamente da interpretação ou semelhança com a natureza, a obra tem valor em si mesma, como maneira de expressão das ideias. Nunca atravessou o limite da abstração, as formas foram respeitadas sempre. As naturezas mortas urbanas e os retratos são temas recorrentes neste movimento artístico. Abstracionismo, ou arte abstrata, é um estilo artístico moderno das artes visuais que prioriza as formas abstratas em detrimento das �iguras que representam algo da nossa própria realidade. Dessa forma, podemos dizer que esse tipo de arte é uma obra “não representacional”, ao contrário da arte �igurativa, expressa por meio de �iguras que retratam a natureza.


Rompimento de padrões e a busca por liberdade na Moda As Vanguardas Artísticas do início do século XX repudiam a arte Impressionista, do período da Belle Epoque, pois a associam à hipocrisia da alta sociedade de não-compromisso social. Os primeiros grupos vanguardistas defendem uma fuga da realidade dominada pela ideologia burguesa, pois se vive em um período de prosperidade econômica que impede o surgimento de um movimento social contrário à ordem vigente. Porém, é importante que consideremos que antes de serem decadentistas, os movimentos vanguardistas são revolucionários, pois desejam a mudança da sociedade no sentido de algo melhor. Se tinha algo priorizado durante a moda dos anos 20 era vestir roupas mais leves, menos apertadas e que deixassem o uso mais confortável. Isso se dá por alguns aspectos. Os homens foram à guerra e aos poucos as mulheres foram fazendo mais atividades fora de casa. Ou simplesmente, pela festividade do momento, era desejo estar mais confortável para correr, andar, dançar e fazer o que quisesse. Tirar o espartilho e usar roupas mais soltas não diz somente ao conforto. O mesmo vale pela busca à liberdade. Antes, existiam muitos artefatos e regras para que o corpo da mulher �icasse marcado, cinturado e extremamente coberto. Agora, havia mais desprendimento para usar uma roupa um tanto mais “sexy” e confortável, ainda que sem as marcações. As roupas, algumas vezes, pareciam até as masculinas, mesmo que em vestidos, eram mais retas.


Conexões com a atualidade Meia Noite em Paris (2010)


COSGRAVE, Bronwyn. História Da Indumentária e da Moda: DA ANTIGUIDADE AOS DIAS ATUAIS, Barcelona: Gustavo Gili, 2012. HODGE, Susie. Breve História Da Arte: UM GUIA DE BOLSO PARA OS PRINCIPAIS GÊNEROS, OBRAS, Barcelo: Gustavo Gili 2018 KÖHLER, Carl. História do vestuário, São Paulo: WMF Martins Fontes,1992. https://silhouettescostumes.com/the-eras-we-build/1899-1914-la-belle-epoque/



Marina Pinheiro Prof Gisele Becker Moda Unisinos


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