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A รกrvore do amor
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2018*Nicole Maria Produção Editorial
Márcio Paulo Projeto Gráfico e Diagramação
Mário Fábio Conceito Capa
Mário Fábio Revisão de texto
Márcio Paulo 4
A árvore do amor
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agradecimentos Eu gostaria de agradecer primeiramente a Deus, ao meu pai, pois me ajudou na finalização e diagramação deste projeto, bem como meus professores de português e redação.
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CAPITULO 1
O começo de tudo Dia 21 de junho o melhor dia da minha vida, o dia do aniversário da cidade onde eu vivi minha vida toda (Crato) e meu aniversário, eu estou fazendo 16 anos, dezesseis anos que eu moro nessa cidade linda. Naquele dia eu estava com a presença da minha família, que sempre esteve comigo. Eu era filha única então estava lá meu pai (Caio), minha mãe (Ângela), e eu (Alicia). Estávamos em um restaurante, fiquei impressionada em minha mãe ter me levado lá, pois a gente só ia pra este restaurante quando meu pai trabalhava em um segundo emprego pra ganhar mais, só que lembrei que meu pai não estava trabalhando em um segundo emprego naquele momento, ou seja, eles estavam se esforçando pra me dar o melhor no dia o meu aniversário. Quando saímos do restaurante fomos direto pro carro, pois meu pai estava apressado pra fazer alguma coisa, ele não queria me dizer o que era de jeito nenhum. 8
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Insisti. - Por favor, pai me responde vai, o que o senhor está aprontando, me responde! Ele riu de mim até a gente entrar no carro, e disse: - Para de ser apresada filha você vai saber quando a gente chegar. Depois ele voltou há gargalhar novamente. Então eu parei um pouco para olhar a janela e ver como a cidade que eu morava era tão bonita, era pequena, mas era bonita. Perguntei ao meu pai se a gente já estava chegando e ele começou a falar sobre a historia da cidade, já tinha escutado então fiquei imaginado se eu tivesse um irmão, se meus pais estariam fazendo aquilo por mim mesmo se estivessem outro filho. Então meu pai começou há cantar a nossa musica preferida, eu acompanhei ele e cantei junto, foi incrível!
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CAPITULO 2
O ACIDENTE Fiquei pensando se um dia eu ia esquecer de tudo aquilo, eu não queria esquecer da aquilo. Passamos na frente da igreja aonde íamos todos os domingos de manhã, fiz o sinal da cruz sobre meus ombros e sobre meu colo, e de repente enquanto estávamos todos detraídos com meu pai cantando veio um caminhão em nossa direção, ele estava na frente do carro do meu pai, e ele não parava, meu pai que estava dirigindo, freio e minha mãe que também estava na frente gritou e segurou no cinto de segurança, eu estava tremula e pálida, segurei com uma mão no banco da frente onde minha mãe estava sentada aos gritos, e coloquei a minha outra mão no apoio da porta então comecei a gritar quando vi que o caminhão não estava parando. Bateu... O caminhão bateu e eu estava com os joelhos sangrando e o pescoço doendo, quando levantei a cabeça meu pai parecia não estar acordado, muito menos minha mãe, então foi quando eu me toquei que 10
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eles não estavam bem. - mãee, paai!!! Gritei sem tocar neles, eu pela primeira vez na vida não conseguia tocar nos meus próprios pais, foi uma sensação horrível. Eu queria poder mexer eles e abraçar eles, mas eu não conseguia, por que eu estava com medo de machucar eles. Eles estavam com sangue em volta do corpo quase todo, eu fiquei totalmente sem reação eu estava olhando para os meus pais e eles estavam cheios de sangue, eu so conseguia chorar, era horrível. Finalmente tive reação de sair do carro, ou melhor, tentar. Abri a porta e senti meu braço doer muito, coloquei as pernas pra fora e senti uma dor que nunca tinha sentido antes, chorei cada vez mais, quando levantei a cabeça eu vi muitas pessoas olhando pro carro outras gravando o que eu imaginava ser um estrago, também vi algumas pessoas se reunindo e chamando a ambulância.
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Corre, vem rápido eu acho que tem gente morta!!! Algumas pessoas disseram isso, dava pra ver que eles não tinham sentimentos algum em falar àquilo para a pessoa que fica do outro lado da linha ou alguém que atende as pessoas quando a ambulância é chamada. Mas eu não ligava se as pessoas estavam falando que alguém morreu, pra mim ninguém no carro dos meus pais estava morto muito menos eu. Vendo todas aquelas pessoas dizer aquilo me levantei e gritei: - Eu estou bem! Podem ficar tranqüilos. Falei aos prantos de choro. Um homem veio em minha direção, pegou nos braços e me levou até a calçada da igreja. - Você estar bem ? Perguntou ele enquanto me segurava pelas costas. - Não muito Respondi olhando para baixo e chorando. - Vai ficar tudo bem minha filha a ambulância já está vindo. Ele me disse com certeza de que em alguns estantes a ambulância estaria ali. 12
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E ele estava certo, a ambulância chegou, a cidade era pequena não tinha muito carro então nada demorava de mais. Um dos homens saiu da ambulância e foi direto para o caminhão então ele gritou - Um estar bem, o bebê também, mais a mulher esta desmaiada ou até morta pelo jeito que esta pálida. Fiquei pensando como ele era doido de gritar uma coisa dessas, a cidade era pequena, ou seja, a noticia ia se espalhar em um estante. Depois um outro homem saiu da ambulância e correu para o carro dos meus pais. Enquanto ele pegava minha mãe, ele gritava: - Vamos, ela não esta tão pálida assim e nem esta tão gelada, tentem a fazer sobreviver, ela tem chances. Então pensei, eu ainda tenho minha mãe ela é forte ela vai sobreviver. Enquanto ele estava pegando meu pai ele gritava: - Infelizmente não tem mais vida pra esse o coloquem na maca e dêem óbito nele, o cubra com o pano que esta em baixo do banco. Tem alguém parente deles aqui. Perguntou ele com uma cara de cansaço e aperreio. O homem que me ajudou levantou a mão por mim, porque eu não conseguia falar nada e nem mexer nada, eu estava 13
totalmente paralisada. Tinha acabado de descobrir que meu pai estava morto e minha mãe estava entre a vida e á morte e o pior eu tinha descoberto tudo isso por um homem babaca que não sabia somente pensar e fala para os familiares, ele tinha que gritar por toda rua de uma cidadezinha pequena. Eu me levantei com a ajuda do homem que me ajudou á sair do carro e me ajudou á fazer muita coisa. Mandaram-me sentar no banco da ambulância onde estavam levando minha mãe. Enquanto a enfermeira enfaixava meus joelhos ela me perguntou se tinha alguém da minha família na cidade, falei que não porque minha família estava espalhada por ai. A enfermeira me falou que minha mãe estava bem, mas não ia acordar naquele momento por causa do remédio. Chegamos ao hospital, entramos no quarto onde minha mãe ia ficar a enfermeira estava lá e ela me perguntou se eu estava com fome, então eu respondi: - Não muita eu quero só uma água mesmo. Respondi com um sorriso de agradecimento. - Ainda bem que ela tinha plano de saúde, se não ela ia direto para o posto publico e eu acho que eles não iam cuidar dela tão bem. Confirmou ela. - Obrigado. Disse com voz de medo. - É meu trabalho. 14
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Ela saiu e então eu fiquei sozinha com minha mãe, eu peguei na mão dela e comecei a chorar e dizer que ela não merecia aquilo e comecei a chorar, chorar muito. - Desculpa mãe, eu não fui a melhor filha do mundo, você não tinha motivos para se orgulhar de mim, você só tinha motivos para chorar, me perdoa, por favor, eu te amo tanto. Falei com a cabeça abaixada sobre a mão dela. E então escutei uma voz fraca e triste. - Ei, ei, eu me orgulho de você sim minha filha, você é uma menina incrível meu amor, eu vou ficar triste se você continuar chorando - Mãe, você é incrível, eu te amo. Falei. E fiquei pensando, ela não sabia que papai tinha falecido, eu não sabia como contar pra ela, então comecei a chorar. - Eu já sei que ele morreu filha não precisa ficar assim, a hora dele chegou. Eu vi uma lágrima escorrer pelo o rosto dela, mais logo ela limpou e sorriu pra mim. Eu passei dois dias no hospital com minha mãe ela estava se recuperando bem, mas às vezes ela desmaiava. Ela precisou fazer uma cirurgia então fiquei esperando na sala de espera. A enfermeira chegou e disse: 15
- Oi, então precisamos conversar, senta aqui, por favor. Ela disse com cara de preocupada. - Aconteceu alguma coisa, eu conheço essa cara, fala, por favor. - Ela não agüentou, tentamos mais não foi possível. E mais uma vez eu estava paralisada sem me mexer e sem nada em mente para falar, da minha boca saiu um obrigada, mas não era aquilo que eu estava pensando, eu estava pensando o porquê de ela ter ido assim do nada, se era a hora dela ela podia adiar, eu precisava de alguém. - E quem vai vir me pegar vai ser minha Vó eu acho você pode me ajudar a ligar para minha vó eu falei sem pedir. - Você precisa me ajudar. Repeti. - Claro!_ela respondeu. Naquela tarde nos ligamos para minha Vó e para meu tio, por que era as únicas pessoas que eu sabia o número. - Tem mais alguém, ela perguntou. - Pior que tem, mas... Tudo bem eu ligo. Eu sabia o numero de outra pessoa a minha madrinha, lembrei de quando minha mãe dizia que quando ela morresse, eu ia morar com minha madrinha por que ela era rica. Eu achava que era brincadeira, mas acho que ia se tornar verdade por que ela atendeu. 16
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- Tia, é a Alicia sua sobrinha. - Alô, está um pouco ocupada, você quer dinheiro, se for isso me diz logo quanto. Por um momento eu pensei em desligar ou realmente pedir uma quantia boa pra eu viver sozinha, mais o que na verdade o que eu disse foi: - Tia, a minha mãe morreu, a sua irmã morreu, eu estou sozinha e preciso de casa, comida e dinheiro. Ela desligou. Eu não estou acreditando ela desligou na minha cara, talvez ela acha que é trote, eu já esperava isso dela. A enfermeira saiu de perto de mim, aliás, ela precisava trabalhar, eu também ia sair quando lembrei que não tinha nada, definitivamente nada. Uma semana se passou e eu precisava ficar no hospital até alguém se lembrar de mim, o que provavelmente não ia acontecer. Até que minha tia apareceu no hospital na hora do almoço e falou que se eu não fosse morar com ela logo eu ia morrer também e ela não falou baixo, ela gritou e gritou muito. Peguei minhas coisas o mais rápido possível, sem contar que eu tinha acabado de saber que eu estava em uma fase de depressão. Quando cheguei em casa para terminar de pegar minhas coisas, tinha uma carta perguntando se tinha gostado da surpresa, que 17
era ver a arvore de ipê, então era isso que meus pais iam me levar pra ver, era meu sonho ver essa arvore mais meus pais nunca me levaram pra ver e eles iriam me levar se o acidente não tivesse acontecido. junto a carta avia uma flor da arvore de ipê amarela. Comecei há chorar, até que minha tia entrou no quarto e perguntou por que eu estava chorando, falei que era por que eu era meio boba mesmo, ela disse que não se gasta lágrimas com morte, pois acontece pra todo mundo. Pensei o como ela era insensível. Então continuei arrumando as minhas coisas, guardei a flor também não sabia se eu ia poder ver uma flor daquela novamente.
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CAPITULO 3
a mudança Minha madrinha morava em São Paulo, cidade grande, eu não sabia se eu ia me acostumar com aquilo. Cheguei a casa dela e era linda, então eu disse: - Tia Laura, sua casa é linda, falei colocando as malas no sofá. - Não me chame de Laura, você sabe que depois que me tornei dona de varias lojas aqui na cidade todos me chamam de DONA LUA. Ela falou brava e gritando muito. - Desculpa. Desculpa foi há única coisa que saiu da minha boca, porque eu sou educada, mas eu estava pensando outra coisa. Eu quero saber por que a pessoa dá chilique só porque sua própria sobrinha te chama pelo seu próprio nome, o seu nome que está escrito na sua identidade, se não quer que ninguém te chame assim muda o nome da sua identidade pra DONA LUA, era isso que eu estava pensando, mas eu não falei nada só sobe para o meu quarto. O quarto era enorme, era lindo, tinha uma porta de vidro em uma das paredes do quarto, eu esperava que fosse um banheiro, e era, mas tinha uma pessoa de costas, era um menino alto e cabelos loiros dourados ele parecia estar lavando o rosto, mas porque ele estava no meu quarto, então eu disse: 19
- Imagino que você seja sobrinho da dona Lua. Ele virou assustado desligou a pia e disse: - Não, meu pai trabalha com ela e como uma parte do pagamento, eu fico na casa dela. Ele suspirou aliviado. - Prazer, eu sou sobrinha dela, eu disse colocado o cabelo atrás da orelha.
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CAPITULO 4
a grande paixão - Você deve ser a Alicia, a famosa Alicia. - Eu famosa, imagina, e você qual é seu nome? - Luiz, prazer. - Prazer. Saímos juntos do banheiro, percebi que ele tinha os olhos verdes, bom ele era bem bonito. - Você é bem bonita. Ele disse sorrindo, parecia ser amor á primeira vista. - Só porque eu sou ruiva. - Não, você tem o corpo bonito, também é ruiva, e seus olhos são castanhos encantadores. Se ele estava falando aquilo pra mim ou ele estava cego ou ele queria alguma coisa de mim. Eu ri e falei que precisava me trocar. Então ele disse: - Bom, desculpa eu parecer ser tão atirado mais você é legal e... - Fala logo, interrompi. 21
- Vamos se ver hoje na praça, por favor, eu te imploro é junho e as flores vão começar a brotar é lindo. Fiz uma cara de quem tem muita coisa pra fazer mais no final eu disse: - Tá bom então vamos, as sete horas você me encontra na porta de casa. - Certo. Deram seis horas e eu nem tinha começado há me arrumar, no banheiro do quarto tinha maquiagem então eu organizei tudo e fiz uma maquiagem bem bonita, já tinha tomado um banho, hidratado o cabelo e feito a maquiagem então só faltava a roupa, procurei uma roupa mais não tinha nada legal eu olhei no relógio para ver quanto tempo eu tinha. 18h45min. Eu tinha exatos quinze minutos, corri pra ver se tinha algo no guarda-roupa e por pura sorte tinha, vesti uma calça preta com uma blusa escrita PUNK, a coloquei dentro da calça com um casaco amarrado na cintura e uma bolsa preta com dourada, resumindo eu tava simples mais eu tava arrumada. Desci as escadas da sala e minha madrinha apareceu bem na hora e perguntei pra onde eu ia, falei que ia encontrar um amigo e ela disse: - Já esta fazendo amizades, não ta muito apressada não. 22
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- Não dona Lua, é o Luiz ele é legal. - Há tá, aquele menino, então quer dizer que você já conhece o filho do meu amigo. - Pois é já conheço sim, então tchau! Naquele momento corri pra porta e me assustei com o Luiz. Fomos conversando sobre o que o pai dele trabalhava e sobre como minha madrinha era chata. Ele falava como anjo e respirava como anjo, eu me impressionei quando ele falou a mesma coisa sobre mim, a única diferença é que ele falava e eu só pensava mesmo. Aquela noite foi inesquecível, ele foi super legal comigo, chegando às dez horas a gente cansou então ele disse que tinha uma árvore linda que ele queria me mostrar. Fomos andando ate chegar a uma árvore amarela, e ele disse: - Árvore de ipê amarela, linda não é? - Sim, muito. Lembrei da minha mãe e do meu pai então comecei a chorar. - Se acalma ela é linda, mas não precisa chorar. Ele me deu a mão e ficamos em baixo da árvore, enquanto ele tentava me acalmar. Ele me perguntou o que aconteceu e porque eu chorei tanto, contei tudo pra ele. 23
Quando terminei disse: - Vai ficar tudo bem, ou melhor, esta tudo bem, eu te entendo, perdi minha vó esses dias. - Não é a mesma coisa Luiz, meus pais cuidavam de mim. - Minha vó também, ou você acha que meus pais cuidavam de mim, meu pai diz que eu atrapalho e minha mãe passa o dia no SPA, a única pessoa que cuidava de mim era minha vó. - Desculpa. - Você não tem culpa, você não sabia. Eu me acalmei a gente conversou e ele me fez rir muito. - Vamos, sua tia deve estar preocupada. - Minha tia não se preocupa comigo, vamos ficar mais um pouco, ta tão bom ficar aqui. - Você que manda. A gente ficou lá por um bom tempo, ate que ele parou de falar e olhou nos meus olhos e sorriu eu sorri pra ele também e a gente se beijou, foi bom, foi muito bom, mas já era dez e meia.
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CAPITULO 5
depressão
- Tá, agora você precisa ir. - Eu sei. Fomos andando e ele me deixou em casa. Mais ou menos duas semanas se passaram e a gente saia pra algum lugar todos os dias, ele me apresentou os amigos dele o que foi bom pra recuperação da minha depressão, ele estava fazendo eu me sentir cada vez melhor. Era 17h24min de domingo eu resolvi ligar pra ele. - Alô! Eu disse. - Alô! Ele respondeu. - Então, a gente vai sair hoje? - Não. - Nossa tá tudo bem, esse “não” foi tão direto, sem explicação. - Desculpa. - Tudo bem, então vamos se ver. - Não vai dar. 25
- Sem querer ser muito possessiva ou controladora, porque, você vai ta ocupado. - Não, eu não quero mais te ver ou falar com você, tchau. - Tchau. Eu não tinha entendido nada naquela conversa só sei que ele não quer mais me vê. Como assim ele não quer mais falar comigo, eu entrei em estado de choque de novo eu não conseguia falar ou me mexer. Entre as 17h25min e 20h32min eu chorei muito. 20h35min fui jantar com minha madrinha só que mais uma vez ela tinha “coisas mais importantes pra fazer” nunca entendi essa frase, na verdade eu não estava entendendo metade da minha vida naquele momento. Também não estava entendendo a mesa de jantar, a empregada tava brincando de atirar o pacotinho de açúcar com a colher dentro do copo e não era só ela, o motorista também, mais eu só conseguia pensar no por que do Luiz ter dito tudo aquilo pra mim. Entre dez horas até meia noite e meia fiquei me cortando pra tentar aliviar a minha dor, já que não tinha ninguém pra conversar, as únicas pessoas que eu tinha se foi eu tinha minha mãe, eu tinha meu pai, eu tinha o Luiz, mas eles se foram, eles te dizem 26
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que nunca vão, e dizem que vão ficar com você para o que você precisar, na hora que você não precisa deles eles se metem na sua vida como ninguém jamais se meteu e na hora que você realmente precisa deles eles fogem pois não querem ter á responsabilidade de te abraçar eles não querem ter á responsabilidade de amar você mais do que ninguém, eles não querem toda essa responsabilidade, é grande de mais pra eles, eu não culpo meus pais por não estarem aqui comigo, eles com certeza estão me olhando e dizendo “pára filha se acalma, vai dar certo” mas não é a mesma coisa de estar aqui, quem pode estar aqui não quer, por que não quer me amar de verdade, ou me amar o suficiente pra me ajudar há parar de me mutilar. Nesse exato momento cada corte é uma lágrima e cada lágrima é uma vontade que cresce em mim uma vontade de se matar, por que ele não me ama de verdade por que ninguém me ama de verdade. Quando você morre as pessoas perguntam, “nossa o que ela tinha, ela era tão nova, ela era tão legal, tão simpática”, elas te perguntam “por que ela não veio falar comigo eu tinha escutado”, então eu pergunto para essas pessoas, você morreria por mim.
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CAPITULO 6
quando tudo fica bem Outra pergunta bem mais importante, VOCÊ VIVERIA POR MIM. Com essa vida que eu tenho. Depois de dramatizar bastante e escrever tudo no papel pra aliviar mais ainda, eu fui tomar um banho pra dormir. Passaram-se algumas semanas, e todos os dias eu ficava sozinha e isolada. Quando estava escutando musica no quarto eu escutei um barulho na janela, deixei pra lá poderia ser o vento, de repente o Luiz estava na minha frente. - Era você que tava na janela? Eu disse escondendo os pulsos e meio irritada. - Sim, me perdoa. - Por que eu te perdoaria você me abandonou você fez eu chora você fez eu me cortar. Mostrei os pulsos. - Por favor, me perdoa. 28
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- Me explica o que aconteceu primeiro. - Claro, meu pai viu que todos os dias de noite ou de tarde eu estava saindo, eu saia porque achei que ele não ia ligar, ele nunca prestava atenção no que eu fazia, eu falei pra ele que era com os meus amigos que eu saia e com você e como você é sobrinha da dona Lua ele queria que eu pedisse sua mão em casamento, mas a gente só tem dezesseis anos eu não queria isso pra gente agora, você me entende, me perdoa. - Eu te perdi, mas você não vai me abandonar não é? - Nunca, jamais, eu te amo. Nós estávamos nos entendendo, ele realmente me amava. Comecei há estudar depois de uma semana na escola onde ele estudava, era uma das melhores escolas da cidade, comecei há gostar da cidade todos os dias nós dois fazíamos um piquenique embaixo da arvore de ipê e fiquei bem melhor da depressão, quem diria que era tudo por causa de um grande amor.
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biografia
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Eu, Nicole Maria Lima de Oliveira, nascida em Fortaleza, Ceará, Brasileira, filha de pedagogo e dona de casa – Márcio e Germana, irmã de duas crianças, Guilherme e Nicolas. Estudante atuante no Colégio São Lucas no ano de 2018, gosto muito de ler livros, escutar músicas no tempo livre, e vivenciar a vida como é pra ser. Um dos meus sonhos é se formar em Medicina e viajar pelo mundo em busca de novas descobertas.
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