3º ano

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2014_01

manual de design de moda Fashion is not something that exists in dresses only. Fashion is in the sky, in the street, fashion has to do with ideas, the way we live, what’s happening.

Coco Chanel

mĂĄrio matos Ribeiro e graziela sousa, 2014 fa.ulisboa

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‘As a fashion designer, I was aware that I was not an artist, because I was creating something that was made to be sold, marketed, used and ultimately discarded.’

(Tom Ford in Seivewright, 2007, 83)

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Two ways to disappoint a design instructor Do exactly what the instructor says. This tells the instructor, “I don’t want to think.”But an in instructor’s design suggestions aren’t intended as the correct alternatives, but as a few avenues among many that you should explore to improve your project. In fact the instructor might not at all be telling you what to do, but may ne trying to steer you away from what not to do, from a design path that is unlikely to work out. Use an instructor’s suggestions to catalyze your own creative responses. Do do what the instructor says. This tells the instructor, “I don’t want to learn,” that you think you know more than her | him, that you think she | he wants to take over the design of your collection, or that you think creativity suffers from criticism. In truth, your instructor is trying to lend insight into a design process with which she | he is more experienced than you. Trying out alternatives one is initially resistant to is an important component of good process.? (Cabrera & Frederick, 2010, 55)

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colecção

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pesquisa + conceito

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capsule collections

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pre-design e design

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colecção Uma colecção é um conjunto de peças de vestuário, acessórios ou produtos desenhados e produzidos para vender a retalhistas ou directamente aos consumidores. O conjunto de peças pode ser inspirado por uma tendência, tema ou direcção de design que reflicta influências sociais e culturais, e é normalmente desenhada para uma estação ou uma ocasião em especial. Uma colecção é um conjunto de peças (separates) organizadas em outfits ou looks que são apresentados de diferentes formas, dos desfiles às webpages online. As colecções são normalmente construídas a partir de uma combinação de silhuetas, cores e tecidos, cuja ênfase é variável em função da estética particular do designer.

pesquisa Qualquer colecção viável ou com sucesso económico requer uma enorme quantidade de pesquisa, investigação e planificação. Os designers de sucesso, os fabricantes e os retalhistas têm uma noção muito clara das necessidades dos seus consumidores bem como da sua posição num mercado altamente competitivo. Adicionalmente à concepção e realização de uma colecção há uma série de questões que devem sempre ser consideradas sobre a eventualidade de as peças virem a estar penduradas nos roupeiros dos utilizadores. O sucesso depende da oferta de produtos não disponíveis correntemente ou da sua mais-valia. Antes do arranque da colecção importa proceder a uma ‘comp shop’, ou seja fazer uma análise comparativa entre os produtos disponíveis noutras lojas, independemente do seu segmento de mercado. Esta pesquisa trará uma enorme quantidade de informação na fase de planeamento.

‘Research is vital to any design process; it is the initial trawl and collection of ideas prior to design. It should be an experimental process, an investigation to support or find out about a particular subject. Research is an essential tool in the creative process and will provide inspiration, information and creative direction, as well as a narrative to the collection. Research is about a journey that can often take weeks or even months to collate and process. It also a very personal activity, which through the manifestation, provides the viewer with an insight into the thinking, aspirations, interests and creative vision of the designer. From in-depth and broad-ranging research, the designer can begin to interpret a series of garments or a collection. Silhouettes, textures, colours, details, print and embellishment will all have their place in the process of design and will all be found in the research created.’ (Seivewright, 2007, 6) 5


‘Research is formalized curiosity. It is poking and prying with a purpose.’ ( Zora Neal Hurston, in Seivewright, 2007, 14)

Walter Von Beirendonck, AW 14 “Crossed Crocodiles Growl”

‘Research is there, above all, to inspire you as a creative individual. It is a way of stimulating the mind and opening up new directions in design. By gathering different references and exploring many avenues of interest you can begin to explore a variety of creative possibilities before you channel and focus your imagination towards a concept, theme or direction for a collection. [...] Research is an opportunity into your own interests and expand your awareness and knowledge of the world around you. As a result research is very much a personal and individual task, and although a team of people can gather it, one person has generally the creative vision and takes the lead.’ (Seivewright, 2007, 15)

‘Creative research is the secret or trick which underlines all original design.’ (John Galliano in Seivewright, 2007, 7)

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‘There are two types of research. The first is gathering the tangible and practical materials for your collection - for example fabric, trims, buttons. The other is about the the visual inspiration for the collection, and will often help to set the theme, mood or concept that is essential in developing an identity for your creative work. Research should be broad ranging and in-depth, enabling you to innovate , not imitate in the collection you create from it. Research should be likened to a diary or journal, a snapshot of who you are what you are interested in in the world at a specific time. Trends, social and political issues could be documented and all have impact on the research and creative design process. This information diary, research, is something that could be used in the present, now or in the future [...] Research is there, above all.’ (Seivewright, 2007, 14)

‘Research is what I’m doing when I don’t know what I’m doing.’ (Wernher von Braun, in Seivewright, 2007, 10) ‘Research is about creative investigation, it’s about recording information for use now or in the future. [...] Because of fashion’s constant constant pressure for the new inspiration, designers have to dig even deeper and search even further for new and ways of interpreting this into their collections. Fashion designers are therefore like magpies, obsessive collectors, and always on the hunt for new and exciting things to inspire them. The need to gather and source material for use in the creative process is essential for feeding the imagination. Research is about investigation, learning about something new or from the past. It can be often likened to the beginning of a journey of exploration. It is about reading, visiting or perhaps viewing , but above all, it is about recording information’. (Seivewright, 2007, 14)

Thom Browne, SS 15

Sister by Sibling, SS 15

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o processo de pesquisa Muito embora a originalidade e a criatividade sejam altamente estimulados na maioria dos cursos de design de moda, com vista a formar autores de moda, em termos da indústria mainstream há que contar com as prioridades comerciais e com as restrições económicas que influenciam definitivamente o processo de pesquisa para o design high-street. Qualquer que seja o processo é muito importante procurar entender a forma como é possível criar equilíbrio entre inovação, criatividade e necessidades e aspirações do utilizador. O aspecto mais importante é o entendimento da natureza social e colectiva, uma vez que a moda não existe isoladamente. Ela sofre influências externas e reflecte as constantes mudanças do tecido cultural e social. No caso dos estudantes o processo de pesquisa deve ser uma experiência que envolve discussão de ideias e metodologias com os seus tutores. O seu processo deve passar pela elaboração de mind-maps no seu sketchbook para os ajudar a registar ideias e pensamentos e ir definindo uma ou mais direcções para exploração de ideias. O processo de pesquisa tem que ser sistemático e progressivo. O estabelecimento de uma base conceptual para desenvolver e sustentar ideias é determinante do resultado final.No entanto, este processo pode ter um cariz mais emocional e intuitivo. É igualmente importante que o processo definido por cada estudante esteja organizado segundo uma série de etapas que ajudem a identificar e seleccionar uma direcção, um tema ou conceito que conduza à experimentação das ideias do design. A pesquisa faz normalmente recurso a várias fontes, servindo-se da chamada pesquisa primária e da secundária. Pesquisa primária é aquela que é dirigida pelo designer a partir das fontes originais e que pode incluir desenhos de observação, fotografias antigas, um artista ou uma obra de arte ou arquitectura, uma visita a um museu específico, uma viagem, um texto, uma peça de música, uma banda rock, livros, revistas, um filme ou um realizador determinado e etc.. que possam conter informação visual para o despontar de ideias.

‘During the development of a collection, designers follow a sequenced chain of creative processes that builds upon each preceding link. By developing a collection’s narration in consecutive steps, the process remains fluid, well investigated and thorough. While working through these steps of inspiration, conception, research accumulation, mood-board creation, fabric selection, the croquis process and final editing , designers remain focused and methodical. Following this process also gives designers the chance to garner feedback from colleagues and select magazine editors and retailers before they advance to the next, more committed level in building their collection” (Faerm, 2010, 76) 8


A pesquisa secundária serve-se de informação compilada por outrém (cadernos de tendências, portais de cool-hunting, textos sobre a temática, etc.). A maioria dos designers usa uma combinação de fontes primárias e secundárias.

a fabric story O esboço de uma ‘história’ (ou paleta) de materiais (têxteis e não têxteis e mesmo aviamentos) é um pilar fundamental para o desenvolvimento do processo criativo e deve ser desenvolvido em simultâneo definidas com a definição das principais direcções. Esta ‘história’ irá alicerçar o processo de construção da própria colecção, uma vez que os materiais terão um papel determinante na tradução do conceito. Esta história deve ter em atenção: 1_ Para outerwear: para AW tecidos pesados bem como tecidos técnicos de peso médio e para SS tecidos com tratamento antirepelente; 2_ Para casacos e peças inferiores: tecidos com um peso médio para peças estruturadas incluindo fatos, casacos, calças, vestidoscasaco e casacos não usados como outerwear. Sempre que possível os tecidos para calça devem ter um peso ligeiramente inferior aos das superiores; 3_ Malhas: fios pesados e fofos para AW, frescos para SS: 4_ Malhas tecidas: felpadas ou duplas para AW, algodão para SS; 5_ Tecidos ‘novos’: devem ser usados para peças especiais mas de uso fácil.

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‘ Undertaking fabric research is hugely important in the context of developing a collection and sourcing fabrics requires care and attention. Fabric stories are developed across all sectors of the fashion industry according to the required lead times of a company. [...] Ongoing developments in textile production and finishing processes continue to extend fabric choices for designers. Developing a fabric story is an essential part of the design research process and should inspire and support the development of a defined collection.’ (Hopkins, 2012, 145) ‘The

Five Rules When Designing with Fabric Rule 1_ The more complicated the design’s construction, the plainer the fabric should be: Design that is intricate in seaming and construction needs a fabric to support and not dominate the design focus. Either the fabric or the construction must be the focus, so they do not compete for attention. Imagine using a ‘nubby’ wool bouclé for an organically seamed sheath dress. The sensitive line articulated through seaming wouldn’t be visible because of the fabric’s texture and density. Similarly, an intricately printed or beaded fabric carries enough design to be used in a simple, strapless evening column rather than a sculptural, elaborately draped silhouette.

1 - 2 - 3 - Minä Perhonen, AW 14 , 4 - Yayoi Kusama, AW 14

Rule 2_ Never force the fabric: Let the natural weight and drape of the fabric dictate the silhouette and type of garment. Design lacks conviction when the appropriate weights aren’t married to the silhouettes successfully, resulting in a collection that lacks confidence and resolution. If the fabric is soft and drapey, avoid the temptation to tailor it. If the design is grand and sculptural, ensure the fabric can support the form rather than relying on complicated understructures. Rule 3_ Design to accentuate the natural characteristics of the fabric: All fabrics have a personality and ‘voice’, and accentuating these through cut and silhouette gives substance to the design. Cut chiffons loose and billowy so they flaunt their weightlessness and transparency. Avoid pleating and draping bulky fabrics that are best shown in clean, tailored looks. Use charmeuse and similar shining, fluid fabrics with draping and ruching, so that light is captured in the soft folds. 10


Rule 4_ Vary fabric weights to create a dynamic collection: Creating a fabric story incorporates various weights ensures that the silhouettes and construction effects in the collection will not be monotonous. The thrust of a collection can be focused on tailored shapes or softer, draped silhouettes, but employing a small element of the opposite helps accentuate your primary direction. A frequent device employed by designers is to cut the same garment for a collection twice, using two different weights that will give different personalities to the silhouette. For example, a trench coat might be cut in a stiff cotton canvas for daywear and in silk charmeuse for eveningwear, with modified proportion and detail. This not only gives the illusion that there are two designs because of the garments reaction to the fabric it is cut in, but it also maintains design cohesion and is cost effective.

6_ Be consistent with the designers identity and image. 7_ Address current trends while also providing an impetus for future ones. 8_ Contain a diverse range of fabric, weights and textures. 1_ Address the intended season while simultaneously allowing for subtile shifts in temperature. (Faerm, 2010, 76)

Rule 5_ Don’t commit to a fabric until you’ve unrolled the bolt: A swatch that is 5 x 10 cm (2 x 4 in.) behaves differently when it is cut as a full garment. By unrolling the fabric bolt and draping a mock proportion to human scale, you gain a sense of drape, weight appropriateness for the silhouette and true scale of pattern | print. You may find that you need an alternate weight once a full meter or two is tested at full scale. A successful fabric story will: 1_ Support your concept and theme. 2_ Provide cohesion to the collection. 3_ Address your customers needs, aesthetics and lifestyle. 4_ Relate subtly to the previous and following deliveries for sales floor transitioning. 5_ Innovate fashion through application and | or manufacturing techniques.

Minä Perhonen, AW 14

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A quantidade de tecidos para uma cápsula ‘ The quantity of fabrics needed for a capsule collection of six to eight looks can rely on personal choices, customer needs, the type of collection developed and the season addressed. However, by keeping a simple rubric in mind, you will have a working foundation for adjustment based on these criteria. For a six to eight sportswear capsule collection, for example, you should use the following quantities: _ Two or three jacket | coat weights; [...] _ Two to three suiting weights [...] _ Two to Three shirting | blouse weights [...] _ Two to three knits [...] _ Two to three novelties.’ (Faerm, 2010, 70-71)

Acne Studios, AW 14

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conceito

“Cada vez mais frequentemente os designers provam novas e pessoais bases de pesquisa, uma vez que esta passou a envolver muito mais do que exclusivamente um tema e os pensamentos e ideias se tornaram mais abstratos. Uma única palavra pode determinar uma série de pensamentos; uma peça de música, uma memória fugaz fugaz, uma lembrança ou um objecto encontrado podem potenciar ideias [...] por exemplo, uma narrativa, uma história real ou imaginária podem ser utilizadas como informação no processo de tomada de decisões durante o processo criativo, ao mesmo tempo que uma viagem pode evocar ideias para cor e textura, um objecto achado pode inspirar formas para modelagem ou uma memória de infância sugerir uma paleta de cores. Ao mesmo tempo, o seu ambiente pode influenciar o trabalho tal como um qualquer objecto do quotidiano, ou seja uma caixa de cartão pode servir de trampolim para uma riqueza de ideias e ajudar no processo de decisão em design. O ponto fulcral é que, tal como os pontos de partida para qualquer pesquisa não podem estar escravizados a um conceito inicial. Os conceitos são rampas de partida para as ideias: lembre-se de que qualquer que seja a forma que tenham são meras ferramentas para conduzir as suas ideias mais longe, para transportar a sua mente criativa para novos e excitantes universos.” (Leach, 2012, 142)* *TLA

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conceito

Alice Neel, 1959 DJPayPal

“A theme or concept is the essence of a good collection and is what makes it unique and personal to you. Remember that a good designer will explore aspects of their own personality, interests and viewpoints about the world around them, fusing them into a vibrant , innovative and credible collection .� (Seivewright, 2007, 38) 14


conceito ‘A theme or concept is the essence of a good collection and is what makes it unique and personal to you. Remember that a good designer will explore aspects of their own personality, interests and viewpoints about the world around them, fusing them into a vibrant , innovative and credible collection.’ (Seivewright, 2007, 38) Um tema pode ser dirigido por uma abordagem:

ABSTRACTA Quando se parte de uma palavra ou descrição como por exemplo surrealismo. A palavra é então traduzida numa série de ideias ou, pelo contrário, lidera a pesquisa e a exploração do design.

Craig Dean, SS 15

Thom Browne,AW 14

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CONCEPTUAL Quando se explora uma variedade de fontes visuais sem relacção entre si, que podem juntar-se por terem qualidades semelhantes ou justapostas. Por exemplo, a junção de uma macro-fotografia de um mineral com uma concha, uma imagem ou uma amostra de plissado, um pedaço de rede metálica e imagens de uma instalação artística.

rever fotos

Viktor & Rolf 2001, 2010, 2014/5

NARRATIVA

nar·ra·ti·va

(feminino de narrativo) substantivo feminino 1. Acto de narrar. = NARRAÇÃO 2. História contada por alguém. 3. Obra literária, geralmente em prosa, em que se relata um acontecimento ou um conjunto de acontecimentos, reais ou imaginários, com intervenção de uma ou mais personagens num espaço e num tempo determinados. "narrativa", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/narrativa [consultado em 17-09-2014].

A abordagem é narrativa quando se estrutura à volta de uma peça escrita, como um conto ou uma fábula.

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narrativa

“A NARRATIVA A narrativa, quer seja visual quer seja escrita ou mesmo uma combinação de ambas é normalmente um eficaz meio de comunicação de ideias. Os estudantes de Central St. Martins e da Kingston University, por exemplo, têm tomado citações e respondido a peças literárias escritas como ponto de partida para estabelecer conexões visuais como pontos de partida para os seus designs. A este propósito Willie Waters, directora do Fashion BA de Central St. Martins diz: ‘A construção de uma história pode ser maravilhosa para a pesquisa: “Aqui estão as roupas dos meus avós na Alemanha! No roupeiro estão roupas de homem e mulher mas eles apaixonam-se e enrolam-se juntos nas roupas”. Walters afirma também: ‘No entanto não acho que seja importante tornar a pesquisa visível no resultado final, mas ela é muito útilpara permitir ao designer falar sobre o seu processo criativo, sobretudo junto da imprensa para transmitir a sua ideia. Muitas vezes o nome de uma colecção pode ser absolutamente inspirador. Um estudante deste ano chamou à sua colecção ‘Granouflage’, uma colecção sobre avós (grannies) e camuflagem e foi imediatamente enetendida comno uma tematica.” (Leach, 2012, 144) 17


A abordagem é narrativa quando se estrutura à volta de uma peça escrita, como um conto ou uma fábula.

John Galliano para Dior

?????? (Cabrera & Frederick, 2010, 40)

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capsule collection “In its broadest definition, a collection may be considered as an assortment of garments accessories or associated products that are linked together in a defined way. They may be linked through a combination of factors such as a season, a prevailing silhouette, a complementary or analogous colour scheme, a fabric story or a specific manufacturing process. The outcome should offer a coherent presentation of ideas translated into designs. ” (Hopkins, 2012, 142) Embora originalmente se referisse ao embrião do que são hoje as pre-collections, hoje o termo cápsula refere-se a uma colecção menor em termos de dimensão do que uma colecção principal, sendo que muitas vezes esta última é constituída por um conjunto de cápsulas com nexo entre si. Uma cápsula integra normalmente produtos de diferentes tipologias tais como saias, calças, outerwear, knitwear e tops.

‘Capsule collections require the ability to design and edit work into a focused, cohesive offer.’ (Hopkins, 2012, 142)

Acne Studios AW 14

Uma cásula integra normalmente séries de peças da mesma tipologia com algumas semelhanças ou complementando-se em termos de cor, textura e forma. As peças que integram uma cápsula devem garantir a composição do maior número de outfits possível.

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Muito embora estejamos a referir-nos a colecções, importa salvaguardar que não é objectivo desta Licenciatura exercitar os alunos no desenvolvimento de colecções de grande complexidade e dimensão (alvo de experimentação no 2º Ciclo), razão pela qual se procura familiarizar os estudantes com a elaboração de Capsule Collections. Uma vez que uma colecção completa é constituída por várias cápsulas com alguns denominadores comuns, que interagem entre si e permitem contar ao utilizador final várias ‘histórias ou contos de uma mesma obra literária’, ou seja multiplicando sugestões e hipóteses de combinação de peças, peças essas que são distribuídas de uma forma cadenciada e quase contínua ao longo do ano. As cápsulas de colecção são uma estratégia de marketing cada vez mais utilizada por marcas e designers para refrescarem visualmente o seu negócio e assim amplificar gradualmente a oferta para potenciar o aumento do volume das vendas. É a mesma lógica que justifica as pre-collections - que antecedem a actual estratégia de cápsulas como referido anteriormente sendo que estas têm objectivos muito claros. Para informação adicional sobre este assunto pf. ver pg. 29 e | ou consultar: http://fashion.telegraph.co.uk/news-features/TMG8207498/What-are-the-pre-fall-and-resortcruise-collections.html http://www.businessoffashion.com/2014/05/louis-vuitton-business-globe-trotting-cruise-collections.htmlhttp://news.instyle.com/2014/06/04/ now-you-know-cruise-collections-have-nothing-to-do-with-vacations/ http://www.vogue.co.uk/news/2011/05/11/what-are-cruise-collections---chanel-selfridge-shoppers

Importa que o resultado do processo criativo de uma cápsula resulte num conjunto de separates absolutamente único e inovador, mas que garanta simultâneamente a sua utilização | comercialização. Neste sentido a fórmula mais comum para a tradução do conceito numa cápsula esta deve estruturar-se fa forma seguinte:

20% das peças devem reflectir o conceito puro; 60% das peças devem reflectir um compromisso entre o conceito e as necessidades do utilizador, ou seja, devem conter peças menos elaboradas em termos de design mas que de alguma forma tenham uma relacção directa com o conceito;

20% das peças devem ser básicas com mais valia, para as diferenciar das outras disponíveis no mercado com características semelhantes.

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A estruturação de uma cápsula deve ter em linha de conta a amplificação da oferta,na perspectiva de seduzir e fidelizar o utilizador, proporcionando não só a gama de produtos alvejados | desejados como também oferecendo outros, que não sendo expectáveis passam a integrar as suas necessidades | desejos. O epicentro de uma cápsula (e de uma colecção obviamente) é - para além do conceito, da cor, textura, volume e inovação - a forma como o designer determina e utiliza os chamados highlights, ou seja os micro-detalhes , e que, tal como a designação indica serão os pontos de interesse inovadores e repetidos em várias peças para solidificar a identidade.

Harris Tweed Rough Out, AW 14/5

Os micro detalhes deve ter um peso equilibrado no design, evitando o excesso de detalhes ou a exuberância das suas proporções que tornam as peças poucos apelativas por OVERDESIGN.

‘Details aren’t add-ons to a design concept; they’re essential to formulating a design concept. A successful design is conceptually driven, but a concept is rarely, if ever, understood without developing the details. Do blow-up drawings of garment details throughout your design process, even early on. Don’t just explore decorative flourishes, but also highly functional considerations such as pockets, closures and seams. Sometimes details can back-drive the design process. A designer may create a garment with a specific silhouette in mind, but once detailed the silhouette may change dramatically. And occasionally, a great idea for a detail can become the inspiration for an entire collection.’ (Cabrera & Frederick, 2010, 16)

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Acne Studios AW 14

‘Added value Fashion costumers often need to be convinced to buy a new garment that, in effect, they already own. How does a designer sell a basic sweater or skirt to a costumer who really doesn’t need it? Added value (or value added) details can help reach the hesitant buyer, particularly in the middle, lower and casual segments of the fashion market. Value added details are those that are inherently necessary to a garment but are executed in a novel or interesting way that doesn’t add significantly to cost. Common examples include unique buttons, special stitching, interestingly shapped pockets, and contrast or patterned linings.’ (Cabrera & Frederick, 2010, 40)

As cápsulas devem ser estruturadas de forma equilibrada, devendo o número de peças superiores ser mais elevado do que as inferiores ou as peças de outerwear. Lógicamente cada cápsula deve ser organizada em função de um brief proposto pelo tutor ou pelas estruturas de decisão quando se trata de marcas implantadas no mercado (comercial, marketing, etc.)

Considerando que os alunos desenvolverão cápsulas com uma dimensão reduzida sugerem-se as estruturas seguintes:

organizativas

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Ex: Cápsulas com cerca de 15 peças = + - 8 outfits outerwear

casacos

tops

calças | saias

vestidos

outros

1_

-

1-2

6-8

1-3

1-2

1-2

2_

-

1-2

6-8

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1-3

3_

1-2

2-4

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1-3

-

1-2

4_

1-2

2-3

6-8

2-3

1

1-3

Caso se pretendam projectar cápsulas com maior número de peças deverá atentar-se no seu equilíbrio, muito embora as peças superiores ( tops, camisas, malhas, blusas, etc.) devam sempre dominar a equação.

1.Alice by Temperley, 2. Balmain, 3.Victoria Beckham, 4. Givenchy SS 15

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pre-design O processo que antecede o design propriamente dito deve ter linha de conta vários factores. Alfredo Cabrera e Mathew Frederick identificam alguns na sua obra ‘101 Things I Learned in Fashion School’: THE FIVE C’s OF GOOD PRE-DESIGN

‘The fashion design process is complex and iterative, and does not proceed in exactly the same way for all designers. Nonetheless, a progression of consistent pre-design steps is identifiable in the process of successful fashion designers: 1_ Costumer: Understand who you are designing for. 2_ Climate: Know the season of the year for which the collection is intended. 3_ Concept: Explore and create a ‘big idea’ that will inspire the entire collection. 4_ Color: Determine a suitable color palette. 5_ Cloth: Investigate and identify the fabrics for the garments in the collection. The design of individual garments proceeds in earnest only after arriving of the cloth.’

(Cabrera & Frederick, 2010, 6)

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design Terminada a fase de pré-design é importante que os designers tenham a atenção de organizar o desenvolvimento dos seus separates segundo uma lógica que virá a permitir a maior interacção possível entre todas as peças.

‘Design outside in, top to bottom, big to small.

top to bottom

outside in

The many items comprising a collection - suits, skirts, jackets, blouses, sweaters, accessories, and more - have to be carefully coordinated. Yet is is impossible to conceive and design everything at once. How does one prioritize? Design outside in: The design of outer garments such as coats and jackets should be undetaken before the garments they partially conceal, such as vests, blouses, and underpinnings. Design top to bottom: Garments near the face are inherently more important than and should receive design priority over clothing worn lower on the body. Design big to small: Large pieces of clothing such as dresses, suits, coats, should almost always be designed before shirts, blouses, vests and knit tops. These three strategies roughly correlate with the apportionment of the fashion dollar: Customers tend to spend more on items worn outside other items, items closer to face, and on larger items.’ (Cabrera & Frederick, 2010, 6)

Prada, SS 15

Celine AW 13

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OS ELEMENTOS E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DESIGN Durante o processo criativo os designers devem ter em consideração os elementos do design e servir-se das importantes ferramentas designadas como princípios do design. ‘Keeping the theme of the group in mind , a designer must incorporate a pleasing combination of all the elements of good design - color, fabric, line and shape. The ingredients of design, which are essential to every art form, are not a recipe for success and cannot substitute for experience.The designer does not think of these elements consciously, the use of them becomes automatic. Also, since fashion changes continually, there are no hard and fast rules. Sometimes trends defy good design!” (Frings, 1999, 181-2) ‘Criar é misturar elementos conhecidos de uma maneira nova e estimulante para gerar combinações e produtos diferentes.

Os principais elementos da criação de moda são SILHUETA, LINHA, COR E TEXTURA e a forma como esses elementos podem ser usados, os princípios, são repetição, ritmo, graduação, harmonia equilíbrio e proporção. O uso dessas variantes causa uma reacção por vezez explícita, outras subliminar - em quem veste e em quem vê. Entender e controlar essas reacções é essencial. O conhecimento dos princípios do design vai ajudá-lo a fazer as suas opções antes e após a elaboração dos esboços e contribuirá certamente para que seja capaz de avaliar e observar com um pouco mais de clareza o trabalho de marcas e designers, sendo capz de observar mudanças e mesmo tendências.’ (Jenkins, 2005, 99)

COR A côr é o primeiro elemento ao qual o utilizador responde, seleccionando ou rejeitando uma peça de roupa em função do seu apelo cromático. ‘A escolha das cores ou de uma paleta para uma colecção é uma das primeiras decisões a ser tomada, visto que estas irão ditar o mood ou a estação para a qual se estará a trabalhar. Apesar de ser fundamental conhecer a roda das cores e a teoria da cor, é muito provável que os profissionais não escolham as suas paletas a partir de esquemas ou teorias – é importante que estas reflictam sobretudo as fontes de inspiração, por vezes é também necessário que se experimentem diversas combinações de cores até que seja possível definir quais funcionam melhor na totalidade da colecção.’ (Sivewright, 2007, 128)

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A abordagem é narrativa quando se estrutura à volta de uma peça escrita, como um conto ou uma fábula.

John Galliano para Dior

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A abordagem é narrativa quando se estrutura à volta de uma peça escrita, como um conto ou uma fábula.

John Galliano para Dior

Francesca Raberschegg, SS 15

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pre-collections capsule collection Pre-Collections Explained ‘If

you’re anything like me, every May you question the point of pre-Fall collections and then every December, you ask the same questions with regards to the ‘Resort’ or ‘Cruise’ lines. And then if that’s not enough, every February you wonder why Spring collections are being released half way through winter, and then we have September to welcome the Fall collections. If none of this fucks with your mind then I formally invite you to continue with your day, freak. So, it goes without saying that it’s about time that somebody explained the cause for Cruise and the purpose of pre-Fall. Unfortunately for you all, I am that somebody. Twice a year, the most important names in the industry and Rita Ora come together for Fashion Month. The month consists of the 4 major fashion cities – New York, London, Milan and Paris. Each city holds dozens of shows for the most celebrated designers and fashion houses, alongside numerous after-parties and obligatory after after-parties. Designers usually save their more extravagant pieces for these shows as they are the ones receiving the most coverage. 9.7/10 times, Spring/Summer and Autumn/Winter shows consist of a runway, 30+ looks and a streaker. Then there are the pre-collections, otherwise known as pre-Fall and Cruise. These collections are more “down to earth” and offer longevity rather than statement. The shows are presentations (unless you’re Karl Lagerfeld) rather than actual shows, and they target commercialism rather than the ever-growing need for media attention. Generally, pre-collection pieces are cheaper than their Fall and Spring counterparts. Cruise lines hit the stores in December, aimed at women who are seeking to escape the cold of the northern hemisphere and lounge on a beach in skimpy summer pieces, hence the name ‘Cruise’. Pre-Fall bridges the space between the end of summer when everyone is pretty much tired of the Spring collections but they can’t buy the main Fall pieces because they’re not yet available. Nevertheless, these collections aren’t just a technique to keep up with mass consumerism as they also give fashion fanatics an idea of what the ‘main’ shows will posit.‘ (from www.style.com acessado a 10 de Setembro de 2014 ) Cruise collection

‘A cruise collection or resort collection, sometimes also referred to as holiday or travel collection (collection croisière, in French), is an inter-season or pre-season line of ready-to-wear clothing produced by a fashion house or fashion brand in addition to the recurrent twice-yearly seasonal collections - spring/summer and autumn (or fall)/winter - heralded at the fashion shows in New York, London, Paris and Milan. Originally meant for wealthy customers or "more seasoned jet-setters"[1] going on cruises (e.g. North Americans) or vacationing in the warm Mediterranean area (e.g. Europeans) during the winter months, cruise collections offer light spring or summer clothing when the weather at the points of sale actually calls for winter apparel.[2] These days, they are targeted at customers who have "finished buying their fall wardrobes and are looking ahead to vacations".[3] These "warmweather designs [...] arrive in the shops in the US in November",[4] after the autumn/winter collections and before the spring/summer collections, or generally between November/December and February in the Northern hemisphere. High fashion houses like Chanel, Dior, Gucci, Marc Jacobs, and Ralph Lauren offer cruise/resort collections. Although usually intended for women, lately "menswear is coming aboard with Dolce & Gabbana, Giorgio Armani, Prada, Zegna, Etro, Gucci and Burberry often sneaking a few resort looks into the fall fashion shows" or producing signature cruise collections.[2] Yves Saint-Laurent presented its first men's cruise collection in 2006 which has since then been offered every year.[5]’ From Wikipedia, the free encyclopedia, accessed on the 10th September, 2014.

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Bibliografia: Cabrera, Alfredo & Frederick, (2010), 101 Things I Learned in Fashion School, New York: Grand Central Publishing Dieffenbacher, Fiona (2013), Fashion Thinking: Creative Approaches to the Design Process, London: AVA Publishing Faerm, Steven (2010) Fashion Design Course - Principles, Practice and Techniques: The Ultimate Guide for aspiring Fashion Designers, London: Thames & Hudson Frings, Gini (1999), Fashion: From Concept to Consumer, Upper Saddle River: Prentice-Hall Hopkins,John (2012), Fashion Design: The Complete Guide, London: Laurence King Leach, Robert (2012), The Fashion Resource Book, London: Thames & Hudson Renfrew, Elinor & Colin (2009), Developing a Collection, Lausanne: AVA Publishing Seivewright, Simon (2007), Research and Design, Lausanne: AVA Publishing

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