PROGRAMA AMBIENTAL USINA CUCAÍ - Prova02

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PROGRAMA AMBIENTAL USINA CUCAÚ

Compromisso com o desenvolvimento sustentável





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Programa Ambiental Usina Cucaú

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PALAVRA DO PRESIDENTE DO GRUPO EQM



11 Bambuzal, Avenida Do Carmo Magalhães Monteiro



SUMÁRIO INTRODUÇÃO 15 HISTÓRIA DA USINA CUCAÚ 17 CARACTERIZAÇÃO GERAL 20 PROGRAMAS AMBIENTAIS 26 Conscientização Ambiental 27 Emergência Ambiental 29 Qualidade do Ar 30 Qualidade e Uso da Água 31 Resíduos Sólidos 32 Cogeração de Energia 33 Proteção e Criação de Florestas 34 Tabela de Metas ODS 42 A BIODIVERSIDADE DAS FLORESTAS DA USINA CUCAÚ E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSERVAÇÃO DA FLORESTA ATLÂNTICA NORDESTINA Aves 47 Mamíferos 51 Vegetação 54 Controle Biológico de Pragas 58

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 62 APÊNDICES 64



No cenário social, o conjunto de ações sustentáveis na empresa tem como propósito melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores, visando reduzir as desigualdades sociais e ampliar o acesso aos direitos e serviços básicos, como educação e saúde, por exemplo. O cenário ambiental, que traz inúmeras vantagens à agroindústria, caminha junto com o cenário social. A partir da ideia de sustentabilidade é possível adotar atitudes ambientalmente aceitáveis e socialmente justas que possibilitarão o contínuo desenvolvimento econômico do Grupo EQM, aliando a preservação do meio ambiente aos demais cenários citados.

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Cada vez mais o Grupo EQM adota uma abordagem sustentável de longo prazo, buscando a sustentabilidade nos seus processos por meio de procedimentos que reduzam os impactos ambientais e, ao mesmo tempo, conservam a energia e os recursos. Seguindo legislações e normas, seguimos em busca de um equilíbrio baseado no tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. No cenário econômico atual, existem muitos incentivos concedidos pelos governos federal, estadual e municipal. A redução de impostos, o repasse de verbas para municípios e incentivos em infraestrutura para que empresas invistam em práticas sustentáveis são alguns deles.

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COMPETITIVIDADE, RESPONSABILIDADE E INOVAÇÃO BASEADO EM EFICIÊNCIA ECONÔMICA, EQUILÍBRIO AMBIENTAL, GOVERNANÇA CORPORATIVA E JUSTIÇA SOCIAL


O esforço no sentido de demonstrar a sustentabilidade sucroalcooleira do Grupo EQM está em tratar a sustentabilidade como dimensão estratégica e diferencial. Uma vez que, responsáveis pelos impactos ambientais podem fortemente contribuir para solucionar estes problemas ambientais pela forma como se escolhe as suas ações sustentáveis. Particularmente, a Usina Cucaú tem se destacado pela sua preocupação com a sustentabilidade de suas atividades, com a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa, a partir das recomendações do Protocolo de Quioto com a geração da bioeletrecidade. Outra dimensão valorizada é a fabricação de etanol – biocombustível sustentável. Estamos no caminho para se preparar e se adaptar às transformações econômicas decorrentes das mudanças climáticas no Planeta. A importância econômica do Grupo EQM vem atrelada à imagem do etanol como um combustível sustentável. As melhorias no uso do solo, o gerenciamento hídrico, a cogeração de energia, a adoção de técnicas adequadas no cultivo da cana-de-açúcar e a proteção ambiental estão entre os programas ambientais da Usina Cucaú na fabricação deste combustível sustentável. Protegemos e restauramos florestas. Melhoramos a agricultura, ajudamos comunidades a adquirir conhecimentos e trabalhamos para garantir um futuro com energia limpa.


HISTÓRIA DA USINA CUCAÚ

Manoel Correa de Andrade, na sua obra História das Usinas de Açúcar de Pernambuco, afirma que nas últimas décadas do século XIX, alguns proprietários mais ricos e empreendedores, melhoraram as condições técnicas dos seus engenhos, com a implantação de máquinas para a produção do açúcar cristal. Esses engenhos modernos passaram a ser chamados de engenhos centrais e usinas. Os engenhos centrais não tinham diferença do ponto de vista técnico das usinas, mas sim do ponto de vista econômico: geralmente pertenciam a uma sociedade, não possuíam ter-

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A cana-de-açúcar é plantada na Zona da Mata de Pernambuco, na chamada Zona Canavieira há quase cinco séculos. A área cultivada era estratégica e situada próxima ao oceano Atlântico, onde não há ameaças de secas e os rios são perenes. No início, os engenhos de açúcar eram movidos à tração humana. Depois evoluíram para a tração animal e para os engenhos d`água. Só a partir do século XIX, é que seriam introduzidos em Pernambuco os engenhos movidos à vapor e houve uma revolução no comércio e na indústria do açúcar.

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FOTO ANTIGA



Em 1944, a Companhia Geral de Melhoramentos foi adquirida pelo empresário Armando de Queiroz Monteiro que passou a ser responsável pela Usina. Os filhos Armando, Rômulo e Múcio contribuíram significativamente para a diversificação do Parque Industrial, hoje Usina Cucaú. Os filhos do patriarca, cada um no seu tempo e de sua forma, fizeram o sonho crescer e ampliar. Entre os anos de 1960 e 1990, o primogênito Armando de Queiroz Monteiro Filho liderou a diversificação dos negócios do Grupo. Hoje, Eduardo de Queiroz Monteiro dá continuidade aos sonhos do seu avô (Armando Monteiro), do seu pai (Armando Monteiro Filho) e de seus tios Múcio e Rômulo, quando no ano 2000 adquiriu a condição de controlador acionário da empresa e criou o Grupo EQM.

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“O engenho Cocaupe, depois Cucau era movido à água e possuía uma igreja dedicada a Nossa Senhora da Penha de França. Suas terras ficam localizadas na margem direita do Córrego Lava Mão ou Rio Dois Braços, a três milhas em direção às matas, ao oeste do engenho Camaragibe; sob a jurisdição da Vila Formosa de

Serinhaém. Tinha cerca de uma milha de terra, da qual a maior parte eram matas. As várzeas estavam plantadas com canas e podia produzir 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar, pagando duas arrobas de branco por milhar, depois de dizimado; sua moenda era movida com água de um açude razoável, mas muitas vezes faltava água de modo que o engenho não pode moer. No inverno dificilmente os açúcares podiam ser transportados, porque as estradas ficavam intransitáveis; pagando de recognição 02 arrobas em cada mil. A casa de purgar e a casa das caldeiras eram de taipa.” (Texto do blog Engenhos de Pernambuco).

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ras e não desenvolviam atividades agrícolas. A partir de 1871, houve uma mudança gradual na Indústria Açucareira de Pernambuco, com a decadência dos antigos engenhos banguês, que produziam o açúcar mascavo, e sua substituição pelos engenhos centrais e usinas. Foram poucos os engenhos banguês que conseguiram sobreviver até a segunda metade do século XX. Os engenhos centrais instalados em Pernambuco a partir de 1884 tiveram pequena duração. Muitos deles foram vendidos a usineiros, sobretudo após a Proclamação da República, face ao poder político regional (Andrade, 2001). O processo de extinção dos engenhos banguês e a sua substituição por usinas e engenhos centrais foi lento e gradual, em 1914 já existiam cerca de 56 usinas no Estado. A história da Usina Cucaú remonta ao século XIX, quando uma equipe de franceses chegou ao Brasil, em 1891, para construir estradas de ferro. Nesse período foi criada a Companhia Geral de Melhoramentos que construiu a Usina Cucaú, onde se localizava o Engenho Cocaupe.


CARACTERIZAÇÃO GERAL LOCALIZAÇÃO E ACESSO A Usina Cucaú está localizada na mesorregião da mata pernambucana na porção meridional do Litoral Sul do Estado de Pernambuco, a 16 km da cidade de Rio Formoso e a 98 km de

Localização e vista geral da unidade industrial da Usina Cucaú.

Recife. O acesso é feito pela BR-101 ou PE-060, seguindo pela PE-073 até a Usina Cucaú.

RECIFE USINA CUCAÚ


ÁREA

Segundo informações georreferenciadas do Departamento Agrícola, a Usina Cucaú apresenta 24.569,17ha de engenhos próprios e 6.178,75ha de engenhos arrendados, totalizando 30.747,92ha. Destes, 57,82% é ocupada por cultivo de cana-de-açúcar, totalizando 17.777,07ha. Este total, abrange parte dos mu-

nicípios de Rio Formoso (41,28%), Sirinhaém (9,21%), Gameleira (22,21%), Ribeirão (32,08%), Tamandaré (11,09%) e Água Preta (1,03%). A área restante é ocupada por fragmentos florestais, pecuária, vilas de moradores, estradas e parque industrial. A cana-de-açúcar é o padrão de uso do solo.

Área de plantação da cana-de-açúcar na Usina Cucaú.

Afloramentos de rochas Mesocenozóicas no Engenho Vicente Campelo.

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O Litoral Sul de Pernambuco, onde está localizada a Usina Cucaú, tem como característica de sua paisagem um relevo marcado pela predominância de morros e colinas (CPRH, 2003). Os morros, são formações geológicas muito antigas, geralmente de forma arredondada, possuem morfologia irregular, e a altitude pouco ultrapassa os 100m. As colinas foram modeladas em estruturas mais recentes (CPRH, 2003). Entre os morros e colinas ocorrem planícies fluviais formadas pelas várzeas

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GEOLOGIA E RELEVO


e terraços dos rios que cortam a área. Na planície litorânea, predominam afloramentos de rochas Mesocenozóicas (FIBGE, 1985). Algumas vezes o relevo apresenta-se plano, suavizando os morros, são as denominadas “chãs” ou morros de topo plano. Como a cana-de-açúcar é cultivada em todas as formas de relevo, recobre assim os depósitos sedimentares de origem Pré-Cambriana da localidade.

SOLOS Predominam os solos do tipo Podzólico Vermelho Amarelo Distrófico e Latossolo Amarelo Distrófico, que são profundos, ácidos e bem drenados. O primeiro apresenta material argilo-arenoso, principalmente nos topos de morros; o segundo, é formado principalmente por sedimentos do Grupo Barreiras (FIBGE, 1985). Ambos apresentam baixa fertilidade natural, e são aproveitados para a cultura da cana-de-açúcar e pastagens.

CLIMA

Morros, colinas e planície fluvial na Usina Cucaú.

Joanna Costa

O clima da região é do tipo tropical úmido com chuvas de inverno antecipadas no outono clima As’ (pseudo tropical) da Classificação de Koeppen (CPRH, 2003). As chuvas são provocadas, sobretudo, pelos ciclones da Frente Polar Atlântica que atingem o litoral nordestino com maior vigor no período de outono-inverno, sendo os meses de maio, junho e julho os mais chuvosos e outubro, novembro e dezembro os mais secos. Os totais


Como pode ser observado no gráfico, de uma maneira geral, os meses de abril, maio, junho e julho são os mais chuvosos e outubro, novembro e dezembro são os mais secos. O ano de 2020 foi bastante atípico com volumes de chuva maiores nos meses de março, novembro e dezembro. A temperatura média anual da área é de 24°C, variando entre a mínima de 18°C e a máxima de 32°C, sendo fortemente influenciada pela ação dos ventos dominantes, os alísios de SE e NE (CPRH, 2003).

As propriedades da Usina Cucaú estão inseridas em duas bacias hidrográficas: a do rio Sirinhaém e a do rio Una (APAC, 2013). O Sirinhaém e o Una são rios extensos e de extrema importância econômica e social para o Estado de Pernambuco.

Figura 6 - Rio Sirinhaém

De acordo com CPRH (2003), o rio Sirinhaém nasce na Serra do Alho no município de Camocim de São Félix com o nome Riacho Tanque das Piabas. Toma, inicialmente, a direção sul e, a seguir, a direção geral sudeste, cortando os municípios de Bonito, Barra de Guabiraba, Cortês, Ribeirão, Gameleira, Rio Formoso e Sirinhaém em cujo litoral deságua após compor, com seus vários braços (rios Arrumador, Trapiche, Aquirá, além do próprio Sirinhaém). Apresenta em alguns trechos do médio curso, uma planície fluvial bastante desenvolvida nos Engenhos Cachoeirinha e

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Gráfico da média histórica anual de precipitação no Engenho Eldorado (1961-2020). Dados do Departamento Agrícola da Usina Cucaú.

RECURSOS HÍDRICOS

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pluviométricos variam de 1250 a 1500 mm/ ano (FIBGE, 1985). Uma análise histórica da precipitação (1961-2020) do Engenho Eldorado, propriedade bastante representativa na Usina Cucaú, os anos de 1986, 2000 e 2004 apresentaram totais pluviométricos acima de 3.000mm/ano. Com destaque o ano de 2004 com 3.902mm/ano.


Limão Doce, na qual está localizada a Usina Cucaú. CPRH (2003) também refere que o rio Una nasce na Serra do Salobro, no município agrestino de Capoeiras. Toma a direção nordeste até a cidade de Cachoeirinha, dali seguindo no sentido oeste-leste até Barra do Riachão (município de São Joaquim do Monte) onde, finalmente, toma a direção sudeste que mantém até encontrar a Planície Costeira, cortando a Usina Cucaú no município de Barreiros.

Fugura 7 - Rio Una

VEGETAÇÃO A região fitogeográfica onde está inserida a Usina Cucaú é do tipo Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, segundo a classificação do FIBGE (1995), e ocupam as planícies costeiras revestidas por tabuleiros Pliopleistocênicos do Grupo Barreiras (FIBGE, 1992). A Floresta

Ombrófila Densa conhecida também por Floresta Pluvial Tropical é característica de ambientes tropicais, quentes e com 0 a 4 meses secos. Esta formação florestal está condicionada a ocorrência de temperaturas elevadas, em média 25°C, e altas precipitações, bem distribuídas durante o ano, cujo período seco varia de 0 a 60 dias. A vegetação compõe-se por fanerófitos, lianas lenhosas e epífitas em abundância e apresenta um dossel fechado, uniforme ou emergente (Veloso et al., 1991). Vanini e Rodrigues (2003) definiram este tipo florestal como resultante de diferentes combinações de espécies em cada parte ou unidade da floresta, formando um grande mosaico constituído por manchas de várias idades e diferentes estágios sucessionais, originadas por perturbações externas e processos de sucessão secundária. A grande parte das florestas residuais do litoral sul de Pernambuco encontram-se muito fragmentadas e em diferentes estágios de regeneração. As grandes áreas florestais da Usina Cucaú, que compõem o Complexo do Jaguarão, Bom Sucesso e Duas Bocas, abrangem parte dos municípios de Rio Formoso e Sirinhaém. Apesar de serem classificadas como florestas em regeneração, detém parte da importante biodiversidade da flora e fauna de um dos mais importantes Centros de Endemismo da Floresta Atlântica, o Centro de Endemismo Pernambuco.


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PROGRAMAS AMBIENTAIS O Grupo EQM está atento à necessidade da produção do açúcar e do etanol ambientalmente correto, utilizando práticas sustentáveis com a finalidade de ganhar espaço em mercados cada vez mais exigentes, além de proteger recursos naturais como água e florestas. A proteção ambiental, uma meta implementada pelo Grupo há mais de uma década, é potencializada por uma nova consciência ecológica da alta gestão das suas empresas, engajadas na sustentabilidade das suas ações, cujo objetivo é a adoção e a renovação de práticas de sustentabilidade na cadeia produtiva. A equipe ambiental do Grupo participa de fóruns regionais e nacionais, sempre aprendendo e trazendo conhecimentos para a gestão do meio ambiente e da sustentabilidade. O Grupo EQM, particularmente na Usina


O Programa de Conscientização Ambiental da Usina Cucaú parte do princípio que a educação ambiental é um ponto fundamental para a criação e o desenvolvimento de raciocínio crítico e engajamento em relação ao tema, desenvolvendo campanhas, dias de campo, palestras e debates que atingem tanto o público interno como o externo. A Usina Cucaú possui dois projetos institucionais, o Guardiões da Natureza e o Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor.

Este projeto tem por objetivo despertar e desenvolver uma consciência ambiental nos alunos das escolas locais e comunidades circunvizinhas, além dos colaboradores da Usina. As ações são realizadas no interior da Mata do Jaguarão e no Viveiro de Mudas. A principal meta é que as pessoas tenham interesse por temas ambientais e por seus problemas associados com mudanças de atitudes e hábitos saudáveis com relação ao meio ambiente. Um sistema de trilhas ambientais educativas foi criado no Engenho Jaguarão, onde colaboradores, professores e alunos das escolas podem vivenciar o contato com a natureza e receber informações sobre fauna e flora locais.

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CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

Projeto Guardiões da Natureza

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Cucaú, diante da urgência da questão climática e da crescente demanda da sociedade por uma atuação socioambiental responsável, orgulha-se de agregar suas ações sustentáveis aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definem as prioridades e pretensões de desenvolvimento sustentável global para o ano de 2030, através de uma série de objetivos e metas. É uma ação mundial entre governos, empresas e sociedade civil formando uma agenda global para o desenvolvimento da sociedade no rumo do desenvolvimento sustentável. A Usina Cucaú elegeu os objetivos 4, 6, 7, 9, 12, 13 e 15 entre os 17 ODS definidos pela ONU para integrar os seus programas ambientais. Veja explicação de cada meta no anexo deste capítulo.


O Viveiro de Mudas tornou-se um lugar agradável para receber visitantes. Lá são apresentadas todas as etapas de uma futura floresta, da semente ao plantio: preparo de substrato, tratamento de sementes, repicagem de mudas, transplante, e todo o processo de adaptação da muda até ser levada ao seu plantio definitivo. É um local de discussão e aprendizado. São realizadas dinâmicas educativas, brincadeiras, jogos e leituras interativas para que os visitantes se sintam engajados no tema. O Viveiro de Mudas é um espaço para reflexões sobre meio ambiente e sustentabilidade, é um viveiro educador. Além de sacos plásticos tradicionais utilizados para o plantio, o Viveiro reutiliza as embalagens de café e leite longa vida, copos descartáveis e garrafas pet que antes seriam enviados para o aterro sanitário, exemplificando que um resíduo sólido que emitiria gases para a atmosfera durante sua longa degradação, pode ser reutilizado para outro fim. Este tipo de ação favorece a conscientização e o sentimento de responsabilidade ambiental. Para os nossos programas de educação ambiental, criamos dois mascotes, um animal, o Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) e outro vegetal, a Sucupira-preta (Bowdichia virgilioides). O Tiê-sangue tornou-se embaixador da Usina Cucaú por ser o símbolo da Floresta Atlântica, é endêmico desta área, e reconhecido pela beleza da sua plumagem

vermelha. A Sucupira-preta, considerada quase ameaçada de extinção, conhecida pela sua floração violeta abundante e pela rusticidade da sua madeira, sinaliza a força do Grupo EQM frente as adversidades que o setor sucroalcooleiro enfrenta ao longo dos anos. Uma espécie endêmica e uma quase ameaçada de extinção reúnem esforços da Usina Cucaú em busca da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.

Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor O objetivo deste projeto é levar as questões ambientais da Usina para a realidade local dos seus colaboradores. Inclui os temas: Florestas, Sustentabilidade, Conhecimento e Saúde. Semear Florestas: para os colaboradores do viveiro de mudas e agrícola. Os colaboradores recebem informações sobre a importância da preservação ambiental e do uso sustentável dos recursos naturais, mostrando a legislação ambiental e a importância de cumpri-las. Também são incentivados a arbo-


vendo temas como: controle de verminoses, prevenção de doenças, nutrição, importância da água potável, lixo, reciclagem, quintais e hortas comunitárias, e também a fabricação de sabão ecológico. O objetivo é a conscientização, especialmente, das donas de casa e dos professores, ambos atuando como multiplicadores de ideias, para que suas famílias e comunidade tenham uma melhor qualidade de vida. Desta forma, todos os colaboradores são informados sobre temas ambientais locais, do dia a dia da Usina Cucaú, reforçando a importância do sentimento de cidadania, o compromisso e o trabalho em equipe. O Programa de Conscientização Ambiental também atua fora da unidade industrial. Palestras e debates são realizados em escolas de municípios vizinhos promovendo a multidisciplinaridade com temas variados como: sustentabilidade, água, Floresta Atlântica, mudança do clima e resíduos sólidos entre outros temas.

Um acidente ambiental é um acontecimento inesperado e indesejado que pode causar, direta ou indiretamente, danos ao meio ambiente e à saúde. Esses acontecimentos perturbam o equilíbrio da natureza e, normalmente, estão associados também a prejuízos econômicos. A Usina Cucaú sai na frente destes problemas com planejamento detalhado das atividades e com planos de ação imediatos caso ocorra algum imprevis-

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EMERGÊNCIA AMBIENTAL

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rizar seus ambientes domésticos como engenhos e a Vila Cocaú com espécies produzidas no Viveiro de Mudas. Semear Sustentabilidade: para colaboradores dos escritórios e indústria. São realizadas palestras sobre consumo consciente, atitudes sustentáveis e cidadania, além de tópicos de conservação ambiental, cujo objetivo é levar o funcionário a refletir sobre o seu papel dentro de uma nova realidade instalada na empresa. Conscientizações coletivas de colaboradores sobre sustentabilidade são realizadas por meio de boletins informativos por e-mail e aplicativo de mensagens, induzindo ao uso racional dos materiais nos escritórios, diminuição de documentos impressos, utilização de cartuchos e toners remanufaturados, adoção de canecas individuais para evitar a utilização desnecessária de copos descartáveis entre outras ações. Os colaboradores da indústria e oficinas recebem capacitação intensiva sobre gestão de resíduos sólidos. Semear Conhecimento: para todos os colaboradores. São apresentados temas como meio ambiente em geral, água, florestas, legislação ambiental e resíduos sólidos. As datas importantes do calendário ecológico como a Semana do Meio Ambiente, o Dia da Mata Atlântica e o Dia da Água, entre outros são as escolhidas para a realização destes eventos. Semear Saúde: para os moradores dos engenhos e professores locais. São realizados encontros nas escolas dos engenhos envol-


to.

Entre as várias consequências de um acidente ou emergência ambiental estão: poluição do ar, contaminação do solo e dos recursos hídricos, danos à fauna e flora, destruição de ecossistemas, danos à saúde humana, prejuízos econômicos etc. A Usina Cucaú está atenta a todos os possíveis perigos que possam causar um acidente ambiental e implementou diferentes programas para diferentes tipos de ocorrência. O plano de ação para combate a emergências da Usina Cucaú está previsto em leis e normativas e são rigorosamente revisados sempre que há alguma alteração legal. Os planos de emergência da Usina são práticos, e contemplam ações e procedimentos para cada tipo de cenário emergencial, estabelecendo de forma clara quem são as pessoas envolvidas e qual a atribuição de cada uma delas. A CIPA, o departamento de segurança e o ambiental estão atentos aos perigos de cada procedimento e têm mapeados os principais pontos de perigos. Estes possuem planos específicos de contingências visando tomar as mais rápidas e melhores decisões e ações em caso de acidente ambiental que envolvam locais potencialmente de risco.

QUALIDADE DO AR O pensamento da Usina Cucaú passa pela preservação ambiental em todos os setores, especialmente os que tem ligação direta com a qualidade do processo industrial. No caso

da qualidade do ar, quanto mais a empresa minimiza ou evita a emissão de partículas advindas do processo de produção industrial, mais garante que o ar seja devidamente tratado e limpo antes de ser devolvido ao meio ambiente. De acordo com a Resolução CONAMA nº 03/1990, entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos materiais, à fauna e à flora; prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade e as atividades normais da comunidade. A indústria possui de um sistema de filtros e lavadores de gases e um sistema de monitoria de emissão de gases e material particulado, fundamentais para garantir a qualidade do ar e mitigar efeitos nocivos aos colaboradores e ao meio ambiente. As partículas do processo de lavagem, decantação e separação são misturadas à torta de filtro e incorporadas à lavoura, incluindo a sustentabilidade neste processo. Periodicamente são realizadas medições nas chaminés das caldeiras por uma empresa especializada, e a Usina Cucaú faz as adaptações necessárias à prevenção da poluição ou redução na fonte.


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A indústria sucroalcoleira é uma importante consumidora de água em todos os seus processos, da lavoura ao processo produtivo. E diferentemente dos ciclos naturais, ocorrem perdas que devem ser repostas, essas perdas são naturais de evaporação e consequência da manutenção da lavagem dos equipamentos, tubulações e pisos. O balanço hídrico em execução na Usina Cucaú permite determinar a quantidade de água necessária aos seus processos produtivos e as medidas caso esta fonte não seja suficiente. Além de distinguir as quantidades de utilização deste recurso considerando o reaproveitamento de outros processos. Tubulações e bombas são dimensionadas para estabelecer um uso correto da água e evitar perdas desnecessárias. A Usina Cucaú atende a padrões internacionais do setor no que se refere ao consumo de água no processo industrial, demostrando a sustentabilidade

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QUALIDADE E USO DA ÁGUA

ambiental do seu negócio. As águas residuais da lavagem da cana-de-açúcar são encaminhadas para um moderno e eficiente sistema de tratamento. A primeira etapa abrange o processo de separação de óleos e graxas através de caixas de decantação. Em seguida, o efluente vai para a lagoa de recepção, para haver uma homogeneização da matéria orgânica, e após a completa decantação o efluente é encaminhado para o tanque de digestão, onde ocorre a estabilização da matéria orgânica. São realizados, sistematicamente, análises físico-químicas da água em estações fixas de coleta pré-determinadas a fim de detectar e reparar possíveis agentes poluidores, tanto a jusante, quanto a montante da unidade industrial. Análises laboratoriais mais complexas da água são realizadas durante todo o período da safra para monitorar a devolução de águas limpas aos mananciais após a passagem pelos tanques de digestão, de forma a atender os padrões previstos na legislação ambiental. A água utilizada na irrigação é captada diretamente dos mananciais, com outorga específica para este fim, como recomendada pela Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecida pela Lei nº 9.433/1997 e legislações estaduais do uso da água. A irrigação com responsabilidade realizada pela Usina Cucaú, a qual objetiva a captação mínima, utiliza fortemente as águas residuais do processo de fabricação, principalmente a vinhaça diluída nestas águas.


Esta fertirrigação permite a inclusão de muitos nutrientes ao solo, diminuindo a utilização de adubos químicos e aumentando a sustentabilidade da gestão ambiental.

RESÍDUOS SÓLIDOS A Usina Cucaú mantém um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos Industriais (PGRSI) atualizado, que serve como norteador para as ações de não geração e de minimização da gestão de resíduos. Este plano, obrigatório pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) através da Lei nº 12.305/2010, contém informações relativas ao manejo de resíduos, contemplando os aspectos referentes à minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição final. A grande maioria dos resíduos gerados no processo de fabricação de açúcar e etanol são aproveitados no processo de cultivo da cana-de-açúcar e no processo de fabricação. Alguns resíduos oferecem um alto potencial poluidor, porém quando tratados e reaproveitados não ocasionam riscos ambientais e podem ser utilizados como fertilizantes ou para a geração de energia. São eles o bagaço de cana, a vinhaça e as cinzas da lavagem dos filtros das caldeiras; são resíduos importantes gerando sustentabilidade. A torta de filtro, outro subproduto da fabricação de açúcar por filtragem, é da ordem


Caixas separadoras de óleo/água foram instaladas na indústria e nas principais oficinas como preconiza a Resolução CONAMA nº 362/2005. Este material oleoso (borra da lavagem) e o óleo velho dos maquinários são revendidos a empresas específicas que reciclam este tipo de material. Com relação ao lixo comum da indústria, refeitório, laboratórios e dos escritórios, são recolhidos pela Prefeitura de Rio Formoso e destinado ao aterro sanitário. Periodicamente, são realizados treinamentos ambientais com os colaboradores do campo, da indústria e oficinas onde são apresentadas informações sobre todos os tipos de resíduos, sua classificação, manuseio, segregação, cuidados, periculosidades, procedimentos de emergência, utilização de EPIs e legislação aplicada.

A Usina Cucaú contribui para a amenizar o aquecimento global com a produção de etanol como combustível sustentável e também com a cogeração de energia através do bagaço, ajudando a diminuir o efeito estufa, utilizando o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto. O bagaço de cana é utilizado para gerar vapor, com grande flexibilidade para ser transformado em outras formas de energia como calor e eletricidade. O bagaço passou de resíduo a uma importante fonte de energia. Este combustível limpo e renovável captura o CO2 no seu balanço energético, sendo

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COGERAÇÃO DE ENERGIA

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de 2,5 a 3,5% da cana moída adicionado do caldo, rico em potássio, além de fungos e micro-organismos solubilizadores de fosfato. É utilizado principalmente como fertilizante orgânico aplicado no sulco ou agregado à área total do plantio. A Usina Cucaú tem uma preocupação com a destinação dos seus resíduos, tendo ciência que o descarte inadequado é um problema que assume grandes proporções. Para resolver esta demanda, uma empresa terceirizada faz a coleta do material e envia para a reciclagem ou para aterros sanitários ou industriais. Estes materiais ficam armazenados em baias próprias, identificadas e separadas por classe de resíduo conforme recomendações das normas NBR-12235/1987 para resíduos classe I e NBR- 11174/1989 para resíduos classe II e III. Os resíduos sólidos mais preocupantes e inerentes à atividade industrial são: entulho de obras, papelão de embalagens, pneus, pilhas, baterias, plásticos em geral, ferro velho, lâmpadas fluorescentes, filtros contaminados com hidrocarbonetos, estopa e outros materiais que tenham entrado em contato com combustíveis, entre outros. Todos são segregados, acondicionados e destinados de forma correta. As embalagens vazias e lavadas de agrotóxicos são guardadas em local separado e apropriado para tal fim e enviados para descarte na Unidade de Recebimento de Embalagens de Agrotóxicos na cidade de Carpina, seguindo recomendações da Lei Estadual nº 12.753/2005.


este gás um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. Com a adoção do projeto de cogeração pela Usina Cucaú visando à autossuficiência energética e também como forma de reduzir a sua exposição ao racionamento, principalmente no período de moagem de cana, período este em que o déficit de eletricidade é maior. A demanda interna é atendida 100% pelo bagaço de cana. Por impasses técnicos, a empresa optou em não vender o excedente da sua produção, pois uma vez realizado o contrato com a concessionária de energia, a empresa fica obrigada a fornecer durante o ano todo, e esta energia não é produzida na entressafra.

PROTEÇÃO E CRIAÇÃO DE FLORESTAS A recuperação de Áreas Degradadas, Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais é o grande desafio da conservação da biodiversidade na Usina Cucaú. Atualmente, a restauração florestal tem se concentrado principalmente no ambiente ciliar, pois é nas microbacias hidrográficas que as matas ciliares desempenham importante papel ambiental ao proteger o sistema hídrico. Além disso, a Usina se preocupa em preservar a biodiversidade contida em suas áreas de florestas. Com o objetivo de perpetuar esta biodiversidade, tão importante quanto se adequar à legislação, são adotadas práti-

cas como: criação e proteção de florestas; a criação de uma base de dados e monitoramento da biodiversidade; vigilância das áreas contra caça e retirada de madeira; criação da RPPN Jaguarão para fins de educação ambiental e pesquisa científica. O Programa Florestal da Usina Cucaú está subdividido em vários subprogramas: Viveiro de Mudas; Área de Preservação Permanente, Reservas Legais e Áreas Degradadas; aceiros, biodiversidade e conservação; e, controle de retirada de madeira e caça. Baseado em informações do IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima), que ressalva a importância de proteger e restaurar florestas como uma opção eficaz para armazenar e remover emissões de gases que aprisionam o calor, os objetivos deste programa são: promover a proteção das matas ciliares, áreas degradadas, mananciais e nascentes; promover o enriquecimento florestal; promover ações de preservação ambiental, principalmente a educação ambiental com escolas locais e colaboradores; e, incentivar o uso sustentável dos recursos florestais (solo, água e cobertura vegetal). A recuperação da Floresta Atlântica tem sido cogitada por especialistas como uma estratégia para auxiliar as pessoas a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança do clima, sendo considerada uma medida de Adaptação baseada em Ecossistemas – AbE. Além disso, a recuperação florestal fortalece os serviços ecossistêmicos oferecidos pela floresta, como o fornecimento de água, a


Viveiros de mudas, Usina Cucaú


regulação térmica, polinização, regulação climática, entre outros. A floresta em pé tem valor. A Usina Cucaú sabe disto.

Viveiro de Mudas Nos processos de recuperação florestal, a produção de mudas é uma das atividades mais importantes, pois trata-se do início dos processos de estabelecimento de florestas. O sucesso do reflorestamento está diretamente relacionado com a produção de mudas de boa qualidade e diversidade. O Viveiro de Produção de Mudas da Usina Cucaú oferece cerca de cem espécies de árvores nativas e possui um potencial de produção de cerca de 100.000 mudas/ano. As sementes são coletadas em florestas próprias por mateiros que conhecem a região, as espécies e a época correta de coleta das sementes. A produção de mudas nativas no Viveiro de Mudas da Usina é direcionada para o plantio próprio, para doações e trocas. Quando as sementes chegam ao Viveiro, o procedimento padrão adotado para o beneficiamento é: secagem das sementes, quebra de dormência quando necessário, plantio em sacos, encanteiramento repicagem e plantio final. Como cada espécie possui requerimentos próprios, o Viveiro foi setorizado (germinação, crescimento e rustificação) e nossos técnicos são capacitados para reconhecer e realizar a melhor forma de manejo, oferendo água, temperatura e iluminação mais adequadas da germinação das sementes até o plantio definitivo.

O conhecimento das espécies cultivadas no Viveiro de Mudas é de fundamental importância no momento do plantio nas áreas de recomposição florestal. São cultivadas espécies incluídas em dois grupos, as de preenchimento e as de diversidade. O grupo de preenchimento ou pioneiras são aquelas espécies de ciclo curto, crescimento rápido e com grande crescimento de copa, que fornecem sombreamento rápido e favorável para o desenvolvimento das espécies do grupo diversidade. Estas últimas, por sua vez, são compostas por espécies de crescimento lento, de pouca copa, mas que irão gradualmente substituir as espécies de preenchimento, fornecendo no futuro a produção de grandes frutos e sementes para a atração da fauna de grandes vertebrados. Cada espécie do Viveiro de Mudas é particularmente estudada e identificada. Também são organizadas, em planilhas, todas as informações disponíveis, obtidas na literatura cientifica e técnica, contendo requerimentos ecológicos, data de produção de frutos na região e método de plantio. Todos os procedimentos internos do Viveiro são monitorados através de planilhas específicas contendo: controle da germinação, períodos de rega, limpeza, repicagem, adubação, controle de pragas, rustificação e o tempo de permanência no viveiro. A seleção de espécies a serem plantadas passa por uma criteriosa avaliação antes de


O novo Código Florestal (Lei nº 12651/2012) institui sobre a necessidade da recomposição da vegetação nativa das áreas de Reserva Legal (RL) e de Áreas de Preservação Permanente (APP). Desta forma, estas áreas são prioritárias no programa florestal da Usina Cucaú. A recuperação florestal na Usina é fundamentada em estabelecer ações de recuperação com alta diversidade de espécies incorporando o componente ambiental na estrutura de decisão das propriedades onde ocorrerão os reflorestamentos. Todas as áreas de APP foram mapeadas desde o início do ano 2000 elas estão sendo recuperadas, muito antes da criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório para todos os imóveis rurais. Esta iniciativa se deu pela preocupação da empresa com a proteção de mananciais e nascentes, com a ligação de ambientes, através de corredores biológicos e com a fixação de taludes nas margens dos rios. A preservação e a recuperação das APP aliadas às práticas de conservação do solo garantem a proteção de um precioso bem, a água. A RL é uma área na qual a cobertura de vegetação nativa deve ser mantida ou restaurada. Atualmente, 4.269,83ha de florestas

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Áreas de Preservação Permanente, Reservas Legais e Áreas Degradadas

próprias estão contabilizadas como RL, correspondendo a 17,38% das terras da Usina. A meta é, nos próximos anos, aumentar a área de RL com a inclusão das Áreas Degradadas recuperadas (ou em recuperação) e outras áreas inservíveis para o plantio de cana-de-açúcar ou pasto e já planejadas para o desenvolvimento de atividades de recuperação ambiental. As APP e RL estão sendo contabilizadas e regularizadas com a adesão da Usina Cucaú ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) do CAR, conforme disposto na Lei nº 12.651/2012. As Áreas Degradadas estão sendo destinadas à criação de florestas através da recuperação florestal, utilizando técnicas como isolamento dos principais fatores impactantes por meio de aceiros ou cercas, eliminação de competidores naturais (capina seletiva), enriquecimento com mudas e sementes, plantio de espécies de interesse econômico, criação de sistemas agroflorestais ou floresta sustentável para ser usada como lenha para as populações locais. Nas áreas de plantio de mudas, seja em áreas de APP ou de RL, as espécies escolhidas compõem um protocolo rígido de atividades que envolvem seus tratos culturais: planejamento da irrigação, coroamento adubação, capinas, estaqueamento e controle de pragas. O monitoramento do plantio de mudas, não menos importante, é realizado constantemente para verificar quais áreas devem sofrer maiores intervenções de replantio e tratos culturais.

Programa Ambiental Usina Cucaú

saírem do Viveiro de Mudas e serem levadas a campo. Estas devem estar em bom estado de conservação e sem pragas.


Para a Usina Cucaú os programas como a recomposição e a conservação das APP ou de RL, são consideradas muito importantes e significam parte da sua participação na recuperação da Floresta Atlântica.

Aceiros e queima controlada Duas normativas importantes regulamentam a queima controlada: o Decreto n°. 2661/1998, que estabelece normas de precaução relativas ao emprego de fogo em prática agropastoris e florestais, a queima controlada de canaviais deve ser previamente comunicada aos órgãos de fiscalização; e, a Instrução Normativa CPRH nº 008/2014 que se refere à autorização para uso do fogo controlado em propriedades e posses rurais mediante o estabelecimento de normas de precaução relativas ao emprego do fogo em práticas agropastoris e florestais no Estado de Pernambuco. A Usina Cucaú segue rigorosamente estas normativas, solicitando as licenças de queima controlada através do portal do CPRH e mantem um controle interno rígido de queimas de lotes de cada engenho. Juntamente com a Celpe e a Chesf, a Usina tem colaborado com a vigilância de queima em áreas próximas às redes elétricas adotando boas práticas de prevenção. Técnicos destes órgãos visitam as propriedades, realizam vistorias técnicas e fornecem orientações necessárias a este manejo. Os aceiros são faixas ao longo dos fragmentos florestais onde a vegetação foi com-

pletamente eliminada da superfície do solo com a finalidade de prevenir a passagem do fogo para área de vegetação, evitando-se assim queimadas ou incêndios. A Usina Cucaú mantém um grupo de colaboradores devidamente treinados e equipados para tal fim e conserva os aceiros limpos com três a seis metros de largura, realizando ainda uma faixa de contrafogo nas proximidades dos fragmentos florestais dependendo da posição dos ventos.

Biodiversidade e Conservação A Usina Cucaú está preocupada com a conservação da biodiversidade existente em suas propriedades e incentiva a pesquisa científica e ações de conservação. A geração de informações científicas agrega maior valor às suas florestas e colabora, deste modo, com a redução de parte do passivo ambiental da empresa. A empresa participa de fóruns de proteção da Floresta Atlântica tanto a nível regional como nacional (comitês de bacias, conselhos gestores de Unidades Conservação, congressos, reuniões, workshop, etc.). A Floresta Atlântica possui menos de 3% de sua área no Estado de Pernambuco, e as áreas florestais da Usina Cucaú representam uma boa parcela da biodiversidade desta região. Estudos demonstram que remanescentes florestais da Usina, propriedades vizinhas como os da Usina Trapiche, outras propriedades particulares e o REBIO Saltinho poderiam ser conectados através de Corredores Bioló-


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vel de exemplares da fauna e flora endêmicas da região. A alta gestão da empresa é sensível a este cenário e à criação de paisagens sustentáveis. Para isso vem utilizando boas práticas de uso do solo, recuperando florestas e viabilizando a criação de uma Unidade de Conservação particular, a RPPN Jaguarão. A criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com mais de mil hectares de área, será um grande passo na perpetuação da conservação da biodiversidade na Usina Cucaú. Englobará florestas dos engenhos: Pedra de Amolar, Eldorado, Novo e São Félix.

Controle de retirada de madeira e caça A retirada de madeira para lenha ou construção civil e a caça de animais selvagens é ainda uma grande preocupação que afeta a manutenção dos remanescentes florestais da Usina Cucaú.

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gicos (ou de biodiversidade) depois de um amplo estudo, envolvendo valores de lotes de cana-de-açúcar que poderiam ser destinados à viabilização destes corredores, manutenção de matas ciliares e de fragmentos florestais com alto valor biológico. A conectividade desta paisagem altamente fragmentada é um elemento crítico para garantir a dispersão das espécies e a manutenção de populações viáveis da fauna e flora reduzindo drasticamente a probabilidade de extinção de espécies na região. Três propriedades da empresa, Engenhos Paraíso, Primavera e Cachoeirinha, estão inseridas nas áreas de amortecimento na APA de Guadalupe e da REBIO Saltinho. Nestas áreas a Usina Cucaú tem um comprometimento em respeitar as normas impostas por estas Unidades de Conservação com o propósito de minimizar impactos negativos sobre elas, como: utilização de agrotóxicos da Classe IV (pouco ou muito pouco tóxicos); não manter nestas propriedades os depósitos de agrotóxicos e nem realizar lavagens de embalagens ou EPIs contaminados; manter a vegetação nativa; manter aceiros limpos nos fragmentos florestais, e, manter informado o ICMBio sobre a data das queimas controladas. A localização da Usina Cucaú na Zona da Mata Sul de Pernambuco, uma das áreas mais ricas em biodiversidade do estado, as matas de baixada, onde em um passado não muito distante (década de 1970) foi severamente reduzida com incentivos federais do Proálcool, abriga uma quantidade considerá-


A retirada de lenha seca é uma atividade comum para comunidades que residem nas proximidades de remanescentes florestais. É um problema pontual, em microescala, de baixo impacto, mas pode afetar a dinâmica florestal dependendo do tamanho do fragmento. As florestas necessitam da matéria orgânica produzida por ela própria para manter seu ciclo de nutrientes. Infelizmente, a proibição de retirada de lenha esbarra no baixo poder aquisitivo da população que necessita de uma fonte energética para, principalmente, preparar sua alimentação. Para suprir esta necessidade de lenha, está em elaboração um projeto de floresta sustentável com o objetivo de plantar, principalmente espécies nativas ou exóticas de crescimento rápido e de alto teor calorífico. Estas florestas serão plantadas em áreas degradadas ou inservíveis para o plantio da cana-de-açúcar nas proximidades das vilas mais populosas da Usina Cucaú. Também serão oferecidas capacitações para a construção de fogões eco eficientes, que gastam de 40% a 70% menos lenha com relação aos fogões tradicionais, além de não acumular fumaça e fuligem no interior das residências. A caça também é um problema social relacionado às populações de baixa renda. No entanto, há grupos organizados que utilizam as florestas para caçar por distração. A Usina Cucaú abomina esta atividade. Existe um sistema de vigilância e placas alertando a proibição da caça na propriedade indicando que este ato é passível de punição por lei. Complexo do Jaraguão


Programa Ambiental Usina Cucaú

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CCFD

Metas da ODS que a Usina Cucaú deve atingir

Atividade para alcançar a meta

4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável

- Projeto Guardiões da Natureza - Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor

6 6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas, e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente

- Qualidade e Uso da água - Proteção e criação de Florestas

7.1 Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia

- Cogeração de energia - Fabricação de etanol

6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos

7.2 Até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global 7.3 Até 2030, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética

7.a Até 2030, reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o investimento em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa

7.b Até 2030, expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento, particularmente nos países de menor desenvolvimento relativo, nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e nos países em desenvolvimento sem litoral, de acordo com seus respectivos programas de apoio 9.2 Promover a industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, aumentar significativamente a participação da indústria no setor de emprego e no PIB, de acordo com as circunstâncias nacionais, e dobrar sua participação nos países menos desenvolvidos

9.4 Até 2030, modernizar a infraestrutura e reabilitar as indústrias para torná-las sustentáveis, com eficiência aumentada no uso de recursos e maior adoção de tecnologias e processos industriais limpos e ambientalmente corretos; com todos os países atuando de acordo com suas respectivas capacidades 12.2 Até 2030, alcançar sustentável uso eficiente dos recursos naturaisdos recursos naturais 12.2gestão Até 2030, alcançaregestão sustentável e uso eficiente

12.5 Até 2030, reduzir12.5 substancialmente a geração de resíduos meiode daresíduos prevenção, Até 2030, reduzir substancialmente a por geração por meio da prevenção, redução, reciclagem redução, e reuso reciclagem e reuso

12.6 Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandesas e transnacionais, a adotar 12.6 Incentivar as empresas, especialmente empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveispráticas e a integrar informações de sustentabilidade seu ciclo de sustentáveis e a integrar informações em de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios relatórios

- Emergência Ambiental - Cogeração de energia - Qualidade e Uso da água - Proteção e criação de Florestas - Resíduos sólidos

- Emergência Ambiental - Cogeração de energia - Qualidade e Uso da água - Proteção e criação de Florestas - Resíduos sólidos - Projeto Guardiões da Natureza - Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor


Metas da ODS que a Usina Cucaú deve atingir

Atividade para alcançar a meta

12.7 Promover práticas de compras públicas sustentáveis, de acordo com as políticas e prioridades nacionais

12.8 Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação relevante e conscientização sobre o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza 12.c Racionalizar subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis, que encorajam o consumo exagerado, eliminando as distorções de mercado, de acordo com as circunstâncias nacionais, inclusive por meio da reestruturação fiscal e a eliminação gradual desses subsídios prejudiciais, caso existam, para refletir os seus impactos ambientais, tendo plenamente em conta as necessidades específicas e condições dos países em desenvolvimento e minimizando os possíveis impactos adversos sobre o seu desenvolvimento de maneira que proteja os pobres e as comunidades afetadas 13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países 13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas

- Cogeração de energia - Qualidade e Uso da água - Proteção e criação de Florestas - Resíduos sólidos - Projeto Guardiões da Natureza - Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor

15.1 Até 2020, assegurar a conservação, recuperação e uso sustentável de ecossistemas terrestres e de água doce interiores e seus serviços, em especial, florestas, zonas úmidas, montanhas e terras áridas, em conformidade com as obrigações decorrentes dos acordos internacionais.

- Proteção e criação de Florestas - Projeto Guardiões da Natureza - Cucaú Sustentável: semeando um mundo melhor

15.3 Até 2030, combater a desertificação, e restaurar a terra e o solo degradado, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e lutar para alcançar um mundo neutro em termos de degradação do solo.

15.8 Até 2020, implementar medidas para evitar a introdução e reduzir significativamente o impacto de espécies exóticas invasoras em ecossistemas terrestres e aquáticos, e controlar ou erradicar as espécies prioritárias 15.a Mobilizar e aumentar significativamente, a partir de todas as fontes, os recursos financeiros para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e dos ecossistemas

15.b Mobilizar significativamente os recursos de todas as fontes e em todos os níveis, para financiar o manejo florestal sustentável e proporcionar incentivos adequados aos países em desenvolvimento, para promover o manejo florestal sustentável, inclusive para a conservação e o reflorestamento

15.c Reforçar o apoio global para os esforços de combate à caça ilegal e ao tráfico de espécies protegidas, inclusive por meio do aumento da capacidade das comunidades locais para buscar oportunidades de subsistência sustentável

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15.7 Tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies da flora e fauna protegidas, e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem.

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Felipe Aléssio

Pintor Verdadeiro.


desta região que, durante a época Cenozoica, ocorreram trocas bióticas entre as duas grandes regiões de florestas sul-americanas. Em 1990 restavam algo em torno de 6% de áreas florestadas no CEP representada por um arquipélago de pequenos fragmentos florestais imersos em uma matriz de diferentes culturas agrícolas, principalmente cana-de-açúcar. Alguns tipos florestais, como a Floresta Ombrófila Densa (onde está localizada a Usina Cucaú), foi severamente reduzida. Tipos de vegetação assinalada para o Centro de Endemismo Pernambuco (CEP), área de cobertura original, vegetação remanescente e Florestas remanescentes (em km2). Retirado de Uchoa Neto e Tabarelli (2003).

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A Floresta Atlântica é uma das maiores prioridades mundiais para a conservação da diversidade biológica, é uma área considerada insubstituível. Apresenta cerca de 8.500 espécies endêmicas (espécies restritas a uma determinada localidade geográfica) entre plantas vasculares, mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Parte desse endemismo está localizado a um bloco bem delimitado de florestas que ocorrem ao norte do Rio São Francisco - o Centro de Endemismo Pernambuco – CEP. Além da importância biológica associada à presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, biogeograficamente, o CEP é a chave para a compreensão da evolução das biotas Amazônica e Atlântica, pois foi através

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A BIODIVERSIDADE DAS FLORESTAS DA USINA CUCAÚ E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSERVAÇÃO DA FLORESTA ATLÂNTICA NORDESTINA


Tipos de vegetação

Área original

Vegetação remanescente

% do total

Áreas de Formações Pioneiras

2.922,88

614,74

21,03

Áreas de Tensão Ecológica

19.715,18

665,89

3,37

16.045,06

803,72

5,00

Floresta Ombrófila Densa

6.141,02

280,35

4,56

Floresta Ombrófila Aberta

11.576,74

832,92

7,19

56.400,88

3.197,62

5,66

Floresta Estacional Semidecidual

Total A fragmentação dos hábitats tem sido apontada como a maior causa da perda da biodiversidade e é uma das maiores preocupações dos conservacionistas atuais, ela causa, entre outros fatores, a diminuição do tamanho das populações, interrupção de processos migratórios, redução do fluxo gênico e de barreiras para a dispersão, deixando as populações susceptíveis a catástrofes naturais e à ação de predadores. A destruição dos hábitats e a fragmentação levaram esta região a apresentar a maior concentração de aves ameaçadas no Brasil. Dos 158 táxons listados na Instrução Normativa MMA nº 003/2003, 34 são endemismos do CEP. Estudos recentes em fragmentos florestais no CEP evidenciaram que até mesmo os menores, são igualmente importantes na manutenção da avifauna ameaçada quanto os de maior tamanho, e deve refletir a flexibilidade ambiental exibida por estes táxons (Roda, 2002; Roda et al., 2011). Fato também

observado para outros grupos biológicos como árvores, mamíferos, répteis e anfíbios. Um exemplo clássico desta destruição de hábitat é o Mutum-de-alagoas (Pauxi mitu). Espécie de grande porte que se alimenta basicamente de frutos e sementes. Foi extinto na natureza principalmente pela destruição do seu hábitat, as várzeas e as encostas dos tabuleiros costeiros de Alagoas. Atualmente está sendo reintroduzido na Usina Utinga, pertencente ao Grupo EQM. Praticamente toda a floresta remanescente do CEP está dentro de propriedades particulares, mais especificamente em áreas de grandes usinas produtoras de açúcar e etanol. Muito pouco, apenas 0,3% das florestas são protegidas por Unidades de Conservação. De modo geral, e a exemplo do estado de Pernambuco, as unidades de conservação do Centro Pernambuco são pequenas, com formatos irregulares, e estão inseridas em uma


No ano de 2004, a pedido do Dr. Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM, foi realizado um estudo da avifauna como subsídio para a criação de RPPN’s na Usina Cucaú. Foram gerados dois relatórios descritivos de biodiversidade e posteriormente as informações da avifauna fizeram parte da base de dados para projetos de conservação de espécies ameaçadas de extinção no CEP. Outro grupo biológico como os mamíferos são citados

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AVES

com base em vestígios (pegadas e fezes), observação em campo e por citação dos mateiros. As árvores e outros grupos vegetais são citadas baseada em sementes encaminhadas ao viveiro, identificação própria e citação dos mateiros. Muitos dos estudos ornitológicos no Estado de Pernambuco, tanto os mais antigos como alguns recentes, se concentraram na região ao longo da costa, nos fragmentos considerados mais acessíveis e próximos a Recife. No entanto, existem várias lacunas de conhecimento nestas áreas que são consideradas como de extrema importância biológica. Uma delas é a área da Usina Cucaú, próxima a outras áreas importantes para a conservação regional como REBIO Saltinho e Usina Trapiche. Estas localidades estão incluídas na área de distribuição do recém descrito caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum). Foram inventariadas as florestas do Complexo Jaguarão (matas do Cararraza, Jaguarão e Forma), Complexo Bom Sucesso (matas do Curuzu e Zefa dos Cachorros), Mata de Duas Bocas e Bombarda. Estas áreas estão incluídas no polígono 127 - “extrema importância biológica” na Avaliação e Ações Prioritárias para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos (MMA, 2000). As florestas do Complexo Jaguarão são muito próximas, separadas apenas por seringais e campos de cultivo de cana-de-açúcar abandonados, e foi considerado neste trabalho como um bloco único. Parte desta

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matriz dominada por usos de terra agressivos às florestas. Como consequência, tendem a sofrer mudanças significativas em sua estrutura e composição, devido ao efeito de borda, tornando-as ecologicamente inviáveis a longo prazo. Apesar da intensa fragmentação e destruição dos hábitats, a região apresenta uma grande riqueza de espécies de diferentes grupos biológicos, de geralistas a especialistas, que tornam a Floresta Atlântica Nordestina única em muitos aspectos (Tabarelli e Roda, 2005). São apresentados aqui uma visão preliminar da fauna e da flora da Usina Cucaú, que no conjunto demostram a grande importância das suas florestas na conservação de uma área única e rica, e como a sua biodiversidade persistem frente à fragmentação dos hábitats. Não foram coletadas informações de espécies fora dos ambientes de floresta, assim, a riqueza de espécies de aves da Usina Cucaú tende a crescer com mais inventários.


Tiê-Sangue

área abandonada está sendo replantada e outra parte está sendo enriquecida por espécies nativas, favorecendo assim, uma circulação maior de espécies florestais entre os fragmentos. Cerca de 1.000ha deste bloco florestal será transformado em RPPN, a qual garantirá a conservação de espécies bastante importantes regionalmente. No Complexo Bom Sucesso os fragmentos são separados apenas por uma matriz de cana-de-açúcar e localiza-se a cerca de 3 km da cidade de Gameleira. Foram visitados os fragmentos de Curuzu e Zefa dos Cachorros. A Mata de Duas Bocas localiza-se a pouco mais de 2 km (em linha reta) da Reserva Biológica de Saltinho. Parte da floresta pertence a Usina Cucaú, e outra parte é de propriedade da Usina Santo André. Em bom estado de conservação, apresenta muitas árvores (e.g. mamajuda) que chegam a 20 m de altura. A Mata de Bombarda, localizada no Município de Barreiros, apresenta-se em estágio médio de recuperação, pois sofreu severos cortes seletivos no passado para o plantio de cacau (Theobroma cacao). Foram registradas 163 espécies de aves pertencentes a 32 famílias (Apêndice 1). As famílias que apresentaram maior número de espécies foram: Emberizidae (33), Tyrannidae (29) e Thamnophilidae (10). Juntas, representam 44,2% do total da avifauna registrada para as florestas da Usina Cucaú. As famílias Emberizidae (e.g. papa-capim, caboclinho) e Tyrannidae (e.g. bem-te-vi, lavadeira) também foram as mais numerosas quando se


sentes quase sempre, em fragmentos bem conservados, como: sururina, jacu, tucano-de-bico-preto, araçari-miúdo-de-bico-riscado e anambé-de-asa-branca; e alguns insetívoros de sobosque como: choca-lisa e o papa-taoca. Todos presentes na área de estudo. As espécies de aves insetívoras e frugívoras foram bastante comuns na Usina Cucaú, totalizando 42,9% e 30,1%, respectivamente. Este é o padrão apresentado para aves do CEP conforme dados analisados por Roda (2003). As aves frugívoras são importantes dispersoras de sementes, junto com outros vertebrados pela dispersão das espécies de árvores, contribuindo com a regeneração das florestas. Os outros grupos tróficos foram pouco representativos.

Penelope superciliaris alagoensis – Jacu, Jacupemba. Espécie bastante perseguida pelos caçadores devido ao seu tamanho e porte. Subespécie endêmica do CEP. Foi ouvida diversas vezes nas florestas do Complexo Jaguarão, algumas vezes em capoeirões muito próximos do bloco florestal. Pegadas desta espécie foram registradas em estradas no meio do canavial, próximo às florestas. Brotogeris tirica – Periquito-rico. Espécie pouco registrada nas florestas CEP, podendo ser abundante em algumas localidades (e.g., Usina Serra Grande, em Alagoas). Foram observados grupos pequenos (com até seis indivíduos) no Complexo Jaguarão. Touit surdus – Apuim-de-cauda-amarela.

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Registros relevantes para a área:

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analisou cada fragmento separadamente. Embora a área de estudo seja de certa forma heterogênea quanto aos aspectos físicos e vegetacionais, a avifauna encontra-se frequentemente relacionada aos hábitats onde vivem. A maior parte das aves (72,4%), está associada a ambientes florestais, classificadas como dependentes ou semi-dependentes de florestas, as não dependentes de florestas totalizam 27,6% das espécies registradas. O bloco de florestas que forma o Complexo Jaguarão mostrou-se mais interessante em termos de conservação que as demais florestas inventariadas. Ali foram detectadas 152 espécies, que representa 93.2% do total de espécies de aves registradas para a área da Usina. Além disso, apresenta um maior número de táxons endêmicos e ameaçados de extinção. No Complexo Jaguarão, 66 espécies foram consideradas abundantes. Destacam-se entre estas, dez táxons florestais, muitos deles ameaçados de extinção, comumente pouco abundantes em outros inventários na região e que representam a plasticidade ambiental apresentada por estas espécies a ambientes em regeneração, são elas: chororó-didi, maria-cavaleira-pequena, saíra-militar, periquito-rico, saíra-galega, pica-pau-anão-de-pintas-amarelas, patinho, cuspidor-de-máscara-preta, choca-da-mata e pintor-verdadeiro. Esta plasticidade também pode ser estendida aos grandes dispersores florestais, pre-


Foi considerado ameaçado de extinção por muito tempo, hoje é considerado vulnerável. As populações desta espécie são pequenas na região, provavelmente pela acentuada perda de hábitats. Casais foram observados se alimentando de pequenos frutos na borda do Complexo Jaguarão. Pionus menstruus – Maitaca, Curica-roxa. Espécie pouco registrada para Pernambuco, e sua distribuição parece ser restrita às florestas de baixada do Sul do Estado, sendo mais comum em Alagoas. Além de ser sensível à fragmentação e à perda de hábitat, esta espécie é bastante procurada para captura e comercialização. Foram observados indivíduos sobrevoando o Complexo Jaguarão. Phaethornis ochraceiventris camargoi – Besourão-de-bico-grande. Beija-flor endêmico e ameaçado no CEP, tem sido pouco registrado nesta região. Apenas um indivíduo foi observado em borda bastante alterada no Complexo Jaguarão, forrageando em inflorescências de paquevira (Heliconia sp). Nas florestas de baixada ao sul de Pernambuco só foi encontrado na REBIO Saltinho. Thalurania watertonii – Beija-flor-de-costas-violetas. Beija-flor endêmico e ameaçado da floresta Atlântica, comum em florestas conservadas e úmidas. Indivíduos foram observados no interior das florestas e em seringais abandonados. Momotus momota marcgraviana – Udu-de-coroa-azul, Juruva. Táxon ameaçado e endêmico do CEP, é bastante sensível à fragmentação e pouco registrado para o sul de

Pernambuco. Um canto em dueto foi ouvido na Mata de Duas Bocas. Ramphastos vitellinus – Tucano-de-bico-preto. Pequeno tucano que apresenta uma extraordinária capacidade de voo que o permite procurar alimento em fragmentos distantes, sobrevoando longas distâncias sobre os canaviais. Bastante sensível à perda de hábitats, principalmente pela diminuição de sítios de nidificação (ocos de grandes árvores). Foi observado vocalizando no dossel de grandes árvores remanescentes no Complexo Jaguarão. Pteroglossus inscriptus (Araçari-de-bico-riscado) e Pteroglossus aracari (Araçari-de-bico-branco) – Assim como o tucano-de-bico-preto, estes araçaris apresentam uma grande capacidade de voo, podendo se deslocar facilmente entre os fragmentos sobre a matriz de cana-de-açúcar. A presença destes frugívoros dispersores de sementes em áreas florestais desestruturadas indica que a área apresenta, ainda, vários recursos alimentares importantes para a manutenção da floresta. O araçari-de-bico-riscado são mais abundantes, foram visualizados no Complexo Jaguarão e Duas Bocas alimentando-se de frutos da embaúba. Thamnophilus aethiops distans – Choca-lisa. Táxon endêmico e ameaçado do CEP, habita o sobosque das florestas, geralmente as mais conservadas. Muitos indivíduos, a maioria casais ou grupos familiares. Casais foram observados em Duas Bocas e Jaguarão. Cercomacra laeta sabinoi – Cororó-didi.


MAMÍFEROS O grupo dos mamíferos é aqui citado sem utilizar nenhum método científico, no entanto podem auxiliar no futuro, outros inventários na área. Por meio de avistamento ou por encontro de vestígios como rastros, fezes e

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florestas. Foi observado um macho no alto de uma árvore emergente e uma fêmea voando sobre uma grota no Complexo Jaguarão. Turdus flavipes – Sabiá-una. Espécie registrada anteriormente apenas para uma localidade em Pernambuco (Engenho Sacramento, em Água Preta). Realiza migrações sazonais, como a população do sudeste do país. Apenas um indivíduo foi observado no alto de uma árvore no Complexo Jaguarão. Tangara fastuosa – Pintor-verdadeiro, Sete-cores. Espécie ameaçada e endêmica do CEP. Realizam voos longos e contínuos entre fragmentos florestais. Vários indivíduos foram observados em todos os fragmentos estudados, sempre agregados a bandos mistos com outros traupídeos. Em Duas Bocas dois indivíduos se alimentavam de frutinhos de Bromélias. Um casal foi observado em grandes bromélias na casa-grande Chalé, da Usina Cucaú. Pela sua beleza exuberante, é frequentemente capturado para venda. Ramphocelus bresilius bresilius – Tiê-sangue. Táxon endêmico da Floresta Atlântica. Ave mascote da Usina Cucaú. Ocorre em bordas de florestas, formando grupos em áreas alagadas com algum tipo de vegetação arbustiva.

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Táxon ameaçado e endêmico do Centro Pernambuco. Frequentam diversos tipos de ambientes e foi a mais abundante entre as aves florestais do Complexo Jaguarão. Na Mata de Zefa dos Cachorros, um casal foi observado em moitas de capim em uma clareira parcialmente encharcada. Pyriglena pernambucensis (Papa-taoca) e Conopophaga melanops nigrifrons (Cuspidor-de-mascara-preta) – Táxons ameaçados e endêmicos do Centro Pernambuco. Foram observados juntos em pequeno número (sempre aos pares) seguindo formigas de correição nas florestas de Duas bocas e Jaguarão. Dendrocincla fuliginosa taunayi – Arapaçú-liso. Táxon ameaçado e endêmico do CEP, presente geralmente em florestas mais preservadas onde pode ser abundante. Apenas um indivíduo foi ouvido no Complexo Jaguarão. Synallaxis infuscata – Tatac. Táxon ameaçado e endêmico do CEP, frequenta ambientes de borda com cipós e emaranhados. Foram observados dois casais na borda do Complexo Jaguarão. Apresenta uma estreita dependência com ambientes florestados, embora habite apenas as bordas. Xipholena atropurpurea – Anambé-de-asa-branca. Espécie ameaçada e endêmica da Floresta Atlântica em geral. Apesar de ter sido registrada em várias localidades no CEP, é ainda pouco assinalado nos inventários, provavelmente porque vocaliza pouco e frequenta os galhos mais altos no dossel das


Fotos de Felipe Aléssio, Sônia Roda e XXXXXXXXXX


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A cutia, preá e paca, assim como os quatis, apresentam uma grande importância na cadeia trófica devido a serem bons dispersores de sementes, ao mesmo tempo são sensíveis à pressão antrópica e empobrecimento florestal. São também, espécies preferidas pelos caçadores da região. Recentemente Mendes Pontes et al. (2013) descreveram uma nova espécie de porco-espinho, Coendou speratus, para fragmentos de florestas da Usina Trapiche, cujos fragmento de florestas são muito próximos da Usina Cucaú. Muito provavelmente esta espécie tenha ocorrência na área de estudo. Esta espécie de roedor é arborícola, assim como C. prehensilis, que ocorre na Usina Cucaú. De acordo com mateiros da região, era uma espécie bastante comum nas florestas de Cucaú, mas devido à alteração e redução do seu ambiente natural, as populações podem estar atualmente em declínio. Sem considerar que também são caçados na região. É uma presa fácil porque se locomove lentamente e raramente frequenta o chão da floresta. O Tamanduá-í é uma espécie solitária, muito pequena (pesa em torno de 300g), arborícola e noturno. Costuma ficar enroscado nos cipós durante o dia, em bordas de florestas ou em capoeiras no interior da floresta. Durante a noite não se locomove muito. A população nordestina desta espécie é disjunta da população amazônica provavelmente, desde o Período Pleistoceno, quando as florestas Atlântica e Amazônica retraíram, sendo substituídas pela Caatinga.

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tocas, pôde-se elaborar uma pequena lista de mamíferos. Os mateiros foram essenciais na confirmação. Para tanto, consideramos apenas as informações obtidas no Complexo Jaguarão e Duas Bocas no interior e borda das florestas. Foram listadas 20 espécies de mamíferos (Apêndice 2). O uso de armadilhas (gaiolas eu redes), sensos em transectos pré-estabelecidos e câmaras trap aumentariam consideravelmente o número de espécies de mamíferos na área, a exemplo dos pequenos roedores e morcegos, que são impossíveis de se identificar apenas com a visualização. Algumas espécies mais generalistas como a raposa, guaxinim, tapiri, preá, tatus e capivara são bastante generalistas, frequentando também as áreas abertas ou cultivadas com cana-de-açúcar. São espécies com grande capacidade de dispersão entre os fragmentos de floresta. Os esquilos, preás e pacas são as principais dispersoras de sementes da palmeira catolé (Attalea oleifera), uma palmeira endêmica da Floresta Atlântica e bastante comum no Complexo Jaguarão e Duas Bocas. Os quatis são relativamente comuns e bastante abundantes, foram visualizados grupos familiares com quatro até oito indivíduos. O quati é uma espécie predadora, de porte médio bastante importante na cadeia trófica, predam pequenos animais e ovos de aves. Esta espécie é favorecida pela ausência de predadores de topo devido à fragmentação das florestas.


Alguns mateiros relataram a presença de gatos-do-mato e jaguatiricas, no entanto houve uma grande confusão ao relatarem as características para identificação e não foi incluída na listagem de mamíferos. Predadores de topo, como grandes e médios carnívoros, são fundamentais para a manutenção do equilíbrio das florestas, porém é possível que as áreas florestadas da região sejam insuficientes para a manutenção de populações viáveis. A ausência deste grupo pode favorecer que espécies de herbívoros ou predadores de menor porte, como os quatis, tenham um aumento nas suas populações, fato observado em outras áreas da região, como em Fernandes (2003) e Silva Júnior (2007). As capivaras, de uma maneira geral, frequentam áreas alagadas e canaviais. Foi relatada pelos mateiros para as florestas do Complexo Jaguarão, mas não visualizada. Como folívoros arborícolas (alimentam-se de folhas do extrato herbáceo), as capivaras podem encontrar tanto alimento na floresta quanto fora dela (e.g. cana-de-açúcar). É um animal de porte grande e fortemente predado pela caça de subsistência.

VEGETAÇÃO O conjunto florístico dos fragmentos florestais da Usina Cucaú é bastante rico e diversificado. Há uma semelhança florística e fisionômica entre os fragmentos florestais que apresentaram diferentes graus de conservação. Estas semelhanças podem ser atribuídas à proximidade entre eles e ao grau de utilização

pretérita destas florestas, que possivelmente formavam um bloco único. Na Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, tipo vegetacional onde está inserida a Usina Cucaú, não existe um período seco. No entanto, existe um período de umidade escassa com temperaturas médias que variam entre 22 e 25°C, o que favorece para um bom desenvolvimento da vegetação. Caracteriza-se por um tipo de vegetação formada principalmente por árvores de médio a grande porte, associadas a muitas epífitas e lianas. A fragmentação florestal, processo recorrente na Floresta Atlântica a nível nacional, traz inúmeros danos aos sistemas naturais, principalmente a perda da biodiversidade, prejudicando o equilíbrio e a estabilidade dos ecossistemas. Estudos em florestas tropicais indicaram que os efeitos da fragmentação dos hábitats resultam na extinção local de muitas espécies. Em consequência da fragmentação, a porção de Terras Baixas desta floresta é a área com maior probabilidade de perda de espécies em escala regional e global, onde quase metade dos fragmentos florestais são menores que 10ha (Ranta et al., 1998). Na Usina Cucaú não foram realizados inventários florísticos, as espécies aqui citadas e incluídas no Apêndice 3, foram listadas por informações dos mateiros, pela identificação das sementes encaminhadas ao Viveiro de Mudas, por identificação pessoal e alguns relatórios de recomposição florestal com pequena lista de espécies, portanto é bastante


preliminar. Um estudo da comunidade de pteridófitas (samambaias e avencas) realizado por pesquisadores da UFPE no Complexo Jaguarão, gerou publicações importantes sobre o hábito destas plantas nesta floresta. Informações sobre bromélias e orquídeas foram obtidas nas observações de campo em fragmentos florestais e rochedos.

sucupira, oiticica-da-mata, praíba, louro, conduru e pau-amarelo. Nos fragmentos em estágio inicial de regeneração natural, dominaram espontaneamente espécies como embaúba e sambacuim, que são responsáveis pelo sombreamento necessário para o desenvolvimento de plântulas e para o crescimento das árvores mais jovens. Entre as árvores pioneiras nestes fragmentos, são encontrados o murici, brasa-apagada, cupiúba, favinha e caboatã-de-leite. O estrato herbáceo composto majoritariamente por espécies como

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Nome da Árvore em destaque.

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Com relação às árvores e arbustos, foram identificadas 105 espécies pertencentes a 36 famílias. Destacam-se as famílias Fabaceae com 22 espécies, sendo a subfamília Mimosaideae com nove espécies e a subfamília Caesalpinoideae com treze. As Fabaceae constituem uma das famílias botânicas de grande importância econômica e medicinal, destacando-se algumas espécies desta família no tratamento de doenças, devido as suas propriedades curativas e terapêuticas. Muitas delas são usadas tanto na farmacologia quanto na medicina popular. Entre as Fabaceae encontram-se tanto árvores e arbustos como plantas herbáceas perenes ou anuais. Essa família é normalmente reconhecida pela presença de frutos do tipo vagem. As espécies arbóreas mais comuns na maioria dos fragmentos são: pau-pombo, caboatã-de-leite, murici, lacre, embiriba, banana-de-papagaio e sete-cascos. Destacam-se, ainda, espécies de alto valor madeireiro, muitas delas muito altas e bem desenvolvida, como: maçaranduba, mamajuda, sapucaia,

Crédito da foto.

Árvores


a paquevira (Heliconia sp), tiririca (Scleria sp), além de numerosas gramíneas. As árvores, assim como muitos grupos biológicos também são afetadas pelo efeito da fragmentação florestal e suas consequentes alterações nos processos bióticos e abióticos, levando a um empobrecimento na riqueza das espécies. A importância em manter fragmentos com espécies nativas está na necessidade de preservar o equilíbrio do ecossistema, proteção dos recursos hídricos e a fauna que ali residem. De uma maneira geral, os fragmentos da Usina Cucaú apresentam espécies de árvores com frutos pequenos, que geralmente são associados às árvores dominantes nas bordas das florestas. Estes frutos estão associados à dispersão por animais também pequenos como aves. Frutos maiores, que também existem, mas em baixa densidade, são dispersados geralmente por mamíferos de pequeno porte como preá, paca e cutia que podem estar vulneráveis à pressão de caça local.

Orquídeas e Bromélias As famílias Orchidaceae e Bromeliaceae são pouco observadas na área, denotando o caráter secundário da vegetação. A maioria das espécies foi registrada em afloramentos rochosos no Engenho Vicente Campelo e no Complexo Jaguarão. As espécies terrícolas Oeceoclades maculata e Catasetum macrocarpum são bastante comuns na Usina Cucaú. A primeira habita o interior das florestas, em áreas úmidas, ocupando por vezes extensas áreas na Mata do

Cattleya Labiata

Jaguarão, a segunda é encontrada em áreas úmidas de clareiras bem iluminadas. As espécies Dichaea panamensis, Dimerandra emarginata, Gomesa barbata, Epidendrum sp, Rodriguezia bahiensis, Encyclia oncidioides, Scaphyglottis sp, Vanilla sp, Cattleya granulosa e Cattleya Labiata são orquídeas epífitas de sombra e são as mais observadas no Complexo Jaguarão onde habitam preferencialmente em troncos no sub-bosque úmido. D. emarginata, R. bahiensis e G. barbata também foram observadas nas bordas da floresta. As duas espécies de Cattleya, a C. labiata, conhecida como a rainha-do-nordeste e pouco encontrada nas florestas litorâneas, e a C. granulosa, conhecida como orquídea-caneluda é bastante comum nas florestas litorâneas, são espécies muito procuradas para o comércio ilegal de orquídeas por ter um alto valor ornamental. C. granulosa é endêmica do CEP e está incluída na categoria Vulnerável da lista de espécies ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN). Nos afloramentos rochosos são abundantes: Habenaria sp., Epidendrum sp., Acianthera ochreata, Brassavola tuberculata, Sobralia liliastrum e Cyrtopodium flavum.


Entre as bromélias registradas na Usina Cucaú destacam-se: Aecmea fulgens, A. lactífera, A. chrysocoma, A. fulgens, Billbergia moreli, Canistrum pickelli, Cryptanthus sp., Hoenbergia ramageana, Neoregelia pernambucana, Orthophytum sp., Guzmania lingulata, Tillandsia tenuifolia, T. gardeneri e Vriesea sp. Um levantamento mais adequado pode duplicar o número de espécies. A espécie Hoenbergia ramageana é particularmente comum nos jardins da Usina Cucaú e em árvores isoladas nos engenhos. Um total de 42 espécies de bromélias são endêmicas do CEP (Siqueira Filho e Tabarelli, 2006). Estes autores assinalam que as bromélias são espécies associadas a uma estreita distribuição, uma alta especificidade de hábitat em diferentes escalas espaciais e formas de vida especializadas (ou seja, epífitas obrigatórias e espécies terrestres), além de apresentarem um número pequeno de populações. A perda de hábitat e o comércio ilegal das espécies podem levar muitas espécies à extinção.

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Com relação a Pteridófitas, que incluem as samambaias e avencas, um inventário realizado por pesquisadores da UFPE documentou a ocorrência de 25 espécies, distribuídas em 17 gêneros e 12 famílias (Apêndice 4). Estes resultados encontram-se em Silva (2007) e Silva et al. (2011). Destas 25 espécies catalogadas, seis foram consideradas raras: Alsophila sternbergii, Diplazium plantaginifolium, Olfersia cervi-

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Samambaias


na, Thelypteris biolleyi, Thelypteris jamesonii e Hemidictyum marginatum. Sendo que A. sternbergii, D. plantaginifolium, O. cervina classificadas como Vulneráveis e T. biolleyi, T. jamesonii e H. marginatum consideradas Criticamente Ameaçada de acordo com a classificação de ameaça de Santiago (2006). Os autores do inventário destacam a presença de duas espécies, a Thelypteris jamesonii, que além de rara e classificada como criticamente ameaçada de extinção, é uma espécie recém-documentada para o Estado de Pernambuco; e, a Hemidictyum marginatum que teve sua última coleta em Pernambuco há aproximadamente 30 anos e estava praticamente extinta no Estado. Quanto às características ecológicas, a maioria das espécies exibiu a forma de vida hemicriptófita (planta em que morre anualmente a parte aérea, ficando as gemas de renovo quase rentes ao solo), hábito herbáceo e habitat terrícolas, que são comuns entre esse grupo vegetal. Entre as samambaias registradas, seis são muito exigentes com sombreamento e umidade, e estão sempre associadas a ambientes bem preservados, sendo encontradas em grande abundância no interior do Complexo Jaguarão. Os pesquisadores relatam também, que existe uma diferença das espécies do interior da floresta e as de borda - também comum com a maioria dos grupos animais e vegetais. De uma maneira geral, a borda das florestas funciona como um ambiente seletivo de espécies capazes de colonizá-la, onde indiví-

duos mais adaptados têm maiores chances de sobrevivência e conseguem se reproduzir, isso devido à borda apresentar alterações de temperatura e umidade relativa do ar, além da estrutura da vegetação. Para as samambaias, os efeitos das bordas têm influência negativa sobre a riqueza, diversidade e abundância de espécies, a borda da floresta mostra perda de espécies quando comparada aos ambientes interiores. O interior do fragmento proporcionou melhores condições para o desenvolvimento do bloco de samambaias. Muitos estudiosos apontam o Brasil como um dos países de maior biodiversidade do Planeta, e 13% são espécies que só ocorrem aqui. A Floresta Atlântica foi classificada como uma das 25 prioridades mundiais para a conservação, e foi classificada como um dos hotspots mundiais, ou seja, uma área prioritária para conservação, de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. Estima-se que até 8% das espécies do planeta habitem essa área. Além da riqueza de espécies de diversos grupos - 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 280 de anfíbios, 200 de répteis, e cerca de 2000 espécies de plantas vasculares - essa região apresenta um alto grau de endemismo para vários grupos taxonômicos, tais como plantas, aves e primatas. Apesar de pouco tempo de inventário e em poucos fragmentos de florestas na Usina Cucaú, este revelou-se bastante representativo em relação à biodiversidade. Foram registradas 163 espécies de aves, 105 de árvores e arbustos, 25 de samambaias, 20 de mamíferos,


A convivência com pragas que acometem a cultura da cana-de-açúcar faz parte de um desafio fitossanitário enfrentado diariamente por profissionais da Usina Cucaú que se mantem atentos aos primeiros sintomas que indicam a presença de alguma praga, tendo como objetivo a tomada de decisão mais rápida para garantir o controle e, consequentemente, a manutenção da produtividade agrícola. A broca comum (Diatraea saccharalis) tem como métodos de controle o cultural, realizando o manejo integrado de pragas, utilização de variedades mais tolerantes e eliminação de plantas hospedeiras nas proximidades; e o biológico, utilizando inimigos naturais da pra-

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CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS

ga, neste caso a vespa Cotesia flavipes. A broca gigante (Telchin licus), que causa perdas de produtividades bem acentuadas, pode ter o controle manual, eliminando as socarias, realizando catação das lagartas após o corte ou capturando as mariposas; e o controle biológico que é feito através do fungo Beauveria bassiana que parasita a praga. O controle biológico da cigarrinha da folha (Mahanarva posticata) e a cigarrinha da raiz (M. fimbriolata) é feito com o fungo Metarhirzium anisopliae. A Usina Cucaú vem adota o controle biológico de pragas no cultivo da cana-de-açúcar há décadas. O interesse pelo controle de pragas tem crescido consideravelmente no setor sucroalcooleiro, muito em função do novo direcionamento internacional da produção agrícola que favorece a conservação e o uso sustentável dos recursos biológicos, requisitos básicos da Convenção da Biodiversidade. A política agrícola da Usina Cucaú tem favorecido o controle biológico, pois apresentam quase sempre a mesma eficiência em curto prazo e maior no médio e longo prazo, se comparada a inseticidas químicos. O controle biológico auxilia ainda na sustentabilidade do cultivo, agredindo menos o meio ambiente, além de auxiliar na captação de nutrientes e no combate de fungos oportunistas.

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dezessete de orquídeas e catorze de bromélias que representam parte de uma rica biodiversidade presente na Floresta Atlântica nordestina. Novos inventários hão de registrar uma biodiversidade ainda maior. Uma das formas que a iniciativa privada encontrou para a conservação dos ecossistemas, é a criação de um tipo específico de Unidade de Conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e, a Usina Cucaú com a intensão de criar uma RPPN com cerca de 700ha, estará se comprometendo com a conservação e a preservação de uma das maiores riquezas mundiais, a biodiversidade da floresta mais ameaçada do Planeta, a Floresta Atlântica Nordestina.



Muitos estudiosos apontam o Brasil como um dos países de maior biodiversidade do Planeta, e

13% são espécies exclusivas ao país. A Floresta Atlântica foi classificada como uma das 25 prioridades mundiais para a conservação e foi classificada como um dos hotspots mundiais, ou seja, uma área prioritária para conservação, de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. Estima-se que até 8% das espécies do planeta habitem essa área. Além da riqueza de espécies de diversos grupos - 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 280 de anfíbios, 200 de répteis, e cerca de 2000 espécies de plantas vasculares - essa região apresenta um alto grau de endemismo para vários grupos taxonômicos, tais como plantas, aves e primatas.

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Uma das formas que a iniciativa privada encontrou para a conservação dos ecossistemas, é a criação de um tipo específico de Unidade de Conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a Usina Cucaú com a intensão de criar uma RPPN com cerca de 700ha, estará com o compromisso de conservar e a preservar uma das maiores riquezas mundiais, a Floresta Atlântica Nordestina.

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Apesar de ser um inventário recente e em poucos fragmentos de florestas na Usina Cucaú, este revelou-se bastante representativo em relação à biodiversidade. Foram registradas 163 espécies de aves, 105 de árvores e arbustos, 25 de samambaias, 20 de mamíferos, 17 de orquídeas e 14 de bromélias que representam parte de uma rica biodiversidade presente na Floresta Atlântica nordestina, a biodiversidade de floresta mais ameaçada do Planeta. Novos inventários hão de registrar uma biodiversidade ainda maior.


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RODA, S. A. 2002. Aves endêmicas e ameaçadas de extinção no estado de Pernambuco. In: Diagnóstico da biodiversidade de Pernambuco. p.537-556. In: TABARELLI, M. & SILVA, J. M. C. (Orgs.). Diagnóstico da biodiversidade de Pernambuco. Recife, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Editora Massangana.


Apêndice 1

LISTA DAS ESPÉCIES DE AVES REGISTRADAS NA USINA CUCAÚ: Ameaça: EP - Em perigo, VU - Vulnerável; Endemismo: CEP - Centro de Endemismo Pernambuco, FA - Floresta Atlântica. FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR TINAMIDAE Crypturellus soui Sururina Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó Crypturellus tataupa Inhambu-chintã CATHARTIDAE Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha ACCIPITRIDAE Elanus leucurus Gavião-peneira Buteo albonotatus Gavião-de-rabo-barrado Buteo brachyurus Gavião-de-cauda-curta Rupornis magnirostris Gavião-carijó FALCONIDAE Herpetotheres cachinnans Acauã Micrastur ruficollis Gavião-caburé Milvago chimachima Carrapateiro Caracara plancus Caracará CRACIDAE Ortalis guttata aracuam FA Aracuã-pintado Penelope superciliaris alagoensis CEP Jacupemba RALLIDAE Porzana albicollis Sanã-carijó Laterallus exillis Pinto-d’ água JACANIDAE Jacana jacana Jaçanã CHARADRIIDAE Vanellus chilensis Quero-quero COLUMBIDAE Columba cayannensis Pomba-galega Columbina passerina Rolinha-cinzenta Columbina minuta Rolinha-de-asa-canela Columbina talpacoti Rolinha-caldo-de-feijão Leptotila verreauxi Gemedeira Leptotila rufaxilla Gemedeira Geotrygon montana Pariri


65 Programa Ambiental Usina Cucaú

PSITTACIDAE Diopsittaca nobilis Maracanã-nobre Aratinga solstitialis Jandaia Forpus xanthopterygius Tuim Brotogeris tirica FA Periquito-rico Touit surdus FA Apuim-de-cauda-amar Pionus menstruus Maitaca, Curica-roxa CUCULIDAE Piaya cayana Alma-de-gato Crotophaga ani Anu-preto Tapera naevia Anu-branco CAPRIMULGIDAE Nyctidromus albicollis Curiango Hydropsalis torquata Bacurau-tesoura TROCHILIDAE Glaucis hirsutus Balança-rabo-de-bico-curvo Phaethornis ochraceiventris camargoi EP, CEP Besourão-de-bico-grosso Phaethornis ruber Besourinho-da-mata Eupetomena macroura Tesourão Chlorestes notata Beija-flor-de-garganta-azul Thalurania watertonii VU, FA Beija-flor-da-costa-violeta Amazilia fimbriata Beija-flor-de-garganta-verde MOMOTIDAE Momotus momota marcgraviana EP, CEP Udu-de-coroa-azul GALBULIDAE Galbula ruficauda Bico-de-agulha-de-rabo-vermelho BUCCONIDAE Nystalus maculatus Rapazinho-dos-velhos RAMPHASTIDAE Pteroglossus aracari Araçari-de-bico-branco Pteroglossus inscriptus Araçari-miudinho-de-bico-riscado Ramphastos vitellinus Tucano-de-bico-preto PICIDAE Picumnus exilis pernambucensis VU, CEP Pica-pau-anão-de-pintas-amarela Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado Piculus flavigula Pica-pau-bufador Veniliornis passerinus Pica-pauzinho-anão Veniliornis affinis Pica-pauzinho-avermelhado THAMNOPHILIDAE Taraba major Choró-boi Thamnophilus palliatus Choca-listrada T. caerulescens pernambucensis VU, CEP Choca-da-mata Thamnophilus aethiops distans EP, CEP Xorró Dysithamnus mentalis Choca-lisa Myrmotherula axillaris Choquinha-de-flanco-branco


Herpsilochmus rufimarginatus Chorozinho-de-asa-vermelha Formicivora grisea Papa-formigas-pardo Cercomacra laeta sabinoi VU, CEP Chororó-didi Pyriglena leuconota pernambucensis VU, CEP Papa-taoca CONOPOPHAGIDAE Conopophaga melanops nigrifrons VU, CEP Cuspidor-de-máscara-preta FURNARIIDAE Furnarius leucopus Casaca-de-couro-amarelo Furnarius figulus Casaca-de-couro-da-lama Synallaxis infuscata EP, CEP Tatac Synallaxis frontalis Petrim Poecilurus scutatus Estrelinha-preta Certhiaxis cinnamomeus Curutié Phacellodomus rufifrons João-de-pau Xenops minutus alagoanus VU, CEP Bico-virado-miúdo DENDROCOLAPTIDAE Dendrocincla fuliginosa taunayi EP, CEP Arapaçú-pardo Sittasomus griseicapillus Arapaçú-verde Xiphorhynchus picus Arapaçú-de-bico-branco Xiphorhynchus fuscus atlanticus VU, FA Arapaçú-rajado TYRANNIDAE Zimmerius gracilipes Poiadeiro-de-pata-fina Camptostoma obsoletum Risadinha Phaeomyias murina Bagageiro Myiopagis gaimardii Maria-pechim Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela Elaenia cristata Guaracava-de-topete-uniforme Mionectes oleagineus Abre-asas Leptopogon amaurocephalus Cabeçudo Capsiempis flaveola Marianinha-amarela Hemitriccus zosterops naumburgae CEP Maria-de-olho-branco Todirostrum cinereum Reloginho Poecilotriccus fumifrons Ferreirinho-de-testa-parda Tolmomyias flaviventris Bico-chato-de-orelha-preta Tolmomyias poliocephalus Bico-chato-de-cabeça-cinza Platyrinchus mystaceus niveigularis VU, CEP Patinho Myiophobus fasciatus Filipe Fluvicola albiventer Lavadeira-de-cara-branca Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada


67 Programa Ambiental Usina Cucaú

Arundinicola leucocephala Viuvinha Attila spadiceus Capitão-de-saíra-amarelo Myiarchus ferox Maria-cavaleira Myiarchus tyrannulus Maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado Myiarchus tuberculifer Maria-cavaleira-pequena Pitangus sulphuratus Bem-te-vi Megarynchus pitangua Bem-te-vi-de-bico-chato Myiozetetes similis Bentivizinho-de-penacho Legatus leucophaius Bem-te-vi-pirata Tyrannus melancholicus Suiriri Pachyramphus polychopterus Caneleiro-preto PIPRIDAE Pipra rubrocapilla Cabeça-encarnada Chiroxiphia pareola Tangará-falso Manacus manacus Rendeira Neopelma pallescens Fruxu-do-cerradão Schiffornis turdina intetrmedia CEP Flautim-marrom COTINGIDAE Xipholena atropurpurea EP, FA Anambé-de-asa-branca HIRUNDINIDAE Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio Progne tapera Andorinha-do-campo Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serrador TROGLODYTIDAE Donacobius atricapilla Japacanim Thryothorus genibarbis Garrinchão-pai-avô Troglodytes musculus Corruíra MUSCICAPIDAE Ramphocaenus melanurus Bico-assovelado Polioptila plumbea Balança-rabo-de-chapéu-preto Platycichla flavipes Sabiá-una Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira Turdus leucomelas Sabiá-barranco Turdus amaurochalinus Sabiá-poca MIMIDAE Mimus saturninus Sabiá-do-campo MOTACILIDAE Anthus lutescens Caminheiro-zumbidor VIREONIDAE Cyclarhis gujanensis Pitiguari Vireo olivaceus Juruviara EMBERIZIDAE Parula pitiayumi Mariquita Basileuterus flaveolus Canário-do-mato


Basileuterus culicivorus Pula-pula Coereba flaveola Sebito Thlypopsis sordida Saíra-canário Hemithraupis guira Saíra-de-papo-preto Hemithraupis flavicollis melanoxantha CEP Saíra-galega Ramphocelus bresilius bresilius FA Tiê-sangue Nemosia pileata Saíra-de-chapéu-preto Tachyphonus cristatus Tiê-galo Tachyphonus rufus Pipira-preta Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro Euphonia chlorotica Vivi Euphonia violacea Gaturamo-verdadeiro Euphonia pectoralis FA Ferro-velho Tangara fastuosa VU, CEP Pintor-verdadeiro Tangara cyanocephala corallina VU, FA Saíra-militar Tangara cayana Saíra-amarelo Dacnis cayana Saí-azul Chlorophanes spiza Saí-verde Cyanerpes cyaneus Saíra-beija-flor Sicalis luteola Tipió Volatinia jacarina Tiziu Sporophila nigricollis Baiano Sporophila albogularis Golinho Sporophila leucoptera Chorão Oryzoborus angolensis Curió Arremon taciturnus Tico-tico-do-mato-de-bico-preto Saltator maximus Tempera-viola Cacicus haemorrhous Guaxe Icterus cayanensis Encontro Sturnella militaris Polícia-inglesa Molothrus bonariensis Gaudério


Apêndice 2

LISTA DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS REGISTRADOS NA USINA CUCAÚ. MATAS DE JAGUARÃO E DUAS BOCAS: FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR

Programa Ambiental Usina Cucaú

Tamanduá-í DASYPODIDAE Dasypus novencimctus Tatu-galinha Euphractus sexcinctus Tatu-peba BRADYPODIDAE Bradypus variegatus Bicho-preguiça DIDELPHINAE Caluromys philander Rato-cachorro Didelphis albiventris Timbu-de-orelha-branca Didelphis marsupialis Timbu-de-orelha-preta Marmosa sp Catito LEPORIDAE Sylvilagus brasiliensis Coelho-do-mato, Tapiri CALLITRICHIDAE Callithrix jacchus Sagui CANIDAE Cerdocyon thous Raposa MUSTELIDAE Galictis vittata Furão PROSCIONIDAE Nasua nasua Quati Procyon cancrivorus Guaxinim CAVIIDAE Cavia aperea Preá Dasyprocta prymnolopha Cutia Agouti paca Paca Coendou prehensilis Porco-espinho Hidrochaeris hidrochaeris Capivara Sciurus alphonsei Esquilo

69

MYRMECOPHAGIDAE Cyclopes didactylus


Apêndice 3

LISTA DAS ESPÉCIES DE ÁRVORES REGISTRADAS NA USINA CUCAÚ: FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR ANACARDIACEAE Anacardium occidentale Caju Spondias mombin Cajá Schinus terebinthifolia Aroeira Tapirira guianensis Cupiúba-rosa, Pau-pombo Thyrsodium salzmannianum Caboatã-de-leite ANNONACEAE Annona salzmannii Araticum bravo Annona marcgravii Aticum-cagão Guatteria caudiflora Mium Xylopia frutescens Embira-vermelha APOCYNACEAE Allamanda blanchetii Quatro-patacas Aspidosperma discolor Cabo-de-machado, Pau-faio Aspidosperma limae Gararoba Macoubea guianensis Pitiá-de-rama-branca Himatanthus sp Banana-de-papagaio ARALIACEAE Schefflera morototoni Sambacuim ARECACEAE Acrocomia intumescens Macaúba Bactris ferruginea Coco-de-fuso Bactris humilis Maraial Elaeis oleifera Dendê BIGNONIACEAE Tabebuia elliptica Pau-d’arco-roxo BOMBACACEAE Eriotheca gracilipes Munguba-preta Pachira aquática Castanheira Cordia nodosa Grão-de-galo BORAGINACEAE Cordia sellowiana Gargaúba BURSERACEAE Protium aracouchini Amescla-seca Protium heptaphyllum Amescla-de-cheiro CECROPIACEAE Cecropia pachystachya Embaúba


Programa Ambiental Usina Cucaú

Chrysobalanus icaco Guagirú Couepia impressa Oiti-verdadeiro Couepia rufa Oiti-coró Licania ckunthiana Cafezinho Licania rígida Oiticica-do-sertão Licania sp. Cega-machado CLUSIACEAE Clusia nemorosa Orelha-de-burro Clusia paralicota Pororoca Garcinia brasiliensis Bacupari Symphonia globulifera Bulandi COMBRETACEAE Buchenavia tetraphylla Imbiridiba, Mirindiba DILLENIACEAE Curatella americana Caju-bravo ELAEOCARPACEAE Sloanea obtusifolia Mamajuda-branca ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum mucronatem Cafezinho Erythroxylum squamatum Cumixá, Caneleiro EUPHORBIACEAE Mabea piriri Canudo-de-cachimbo Chaetocarpus mursinites Vinhático Croton sp Marmeleiro Mabea occidentallis Canudo Pera glabrata Sete-cascos Phyllanthus nobilis Piririca FABACEAE MIMOSAIDEAE Abarema cochliacarpos Barbatenon Inga bahiensis Ingá-porco Inga cayennensis Ingá-peludo Inga ingoides Ingá-de-rio Parkia pendula Visgueiro Nacrosamaenea pedicellaris Jaguarana Plathymenia foliolosa Pau-amarelo Stryphnodendron pulcherrimum Favinha, Camundongo Andira anthelmia Angelim FABEACEAE CAESALPINOIDEAE Apuleia leiocarpa Jitaí Bowdichia virgilioides Sucupira-preta Caesalpinia ferrea Pau-ferro

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CHRYSOBALANACEAE


Caesalpinia echinata Pau-brasil Cassia ferruginea Coração-de-negro Sclerolobium densiflorum Ingá-de-porco Dialium guianensi Pau-ferro Copaifera langsdorffii Pau-d’óleo Samanea tubulosa Bordão-de-velho Enterolobium contortisiliquum Tamboril Diplotropis purpurea Sucupira Dipteryx odorata Cumaru Swartzia paraensis Jacarandá Hymenaea courbaril Jatobá HYPERICACEAE Vismia guaianensis Lacre LAURACEAE Ocotea sp. Louro LECYTHIDACEAE Eschweilera ovata Embiriba Lecythis pisonis Sapucaia MALPIGHIACEAE Byrsonima sericea Murici-da-mata Byrsonima stipulacea Murici-boi MALVACEAE Apeiba albiflora Pau-de-jangada MELASTOMATACEAE Henriettea succosa Carrasco-preto Miconia minutiflora Brasa-apagada Miconia presina Sabiazeira Miconia hipoleuca Carrasco-branco MELIACEAE Cedrella odorata Cedro Trichilia lepidota Leiteira-branco MIRYSTICACEAE Virola gardneri Urucuba MONIMIACEAE Siparuna guianensis Erva-de-santa-maria MORACEAE Brosimum discolor Quiri Brosimum rubescens Conduru Clarisia racemosa Oiticica-da-mata Sorocea hilarii Piaca, Camaçari-de-leite MYRTACEAE Myrcia fallax Murta Myrcia sylvatica Murta-de-folha-pequena Psidium guianense Araçá-da-mata NYCTAGINACEAE Guapira opposita Pau-piranha RUBIACEAE Alseis floribunda Araçá-do-mato


Programa Ambiental Usina Cucaú

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Psychotria barbiflora Erva-de-rato RUTACEAE Hortia arborea Laranjinha Zanthoxylum petiolare Mama-de-cachorro SAPINDACEAE Cupania racemosa Cabatã-de-rego Talisia acutifolia Pitomba-da-mata Chrysophyllum splendens Asa-de-morcego SAPOTACEAE Pradosia lactescens Leiteiro Manilkara salzmannii Maçaranduba Pouteria grandiflora Bucho-de-veado SIMAROUBACEAE Simarouba amara Praíba, Tamanqueira VERBENACEAE Citharexylum myrianthum Salgueiro


Apêndice 4

LISTA DAS ESPÉCIES DE PTERIDÓFITAS REGISTRADAS NA USINA CUCAÚ: FAMÍLIA ESPÉCIE BLECHNACEAE Salpichlaena volubilis CYATHEACEAE Alsophila sternbergii Cyathea praecincta DENNSTAEDTIACEAE Pteridium esculentum DRYOPTERIDACEAE Cyclodium heterodon Cyclodium meniscioides Olfersia cervina Polybotrya cilindrica HYMENOPHYLLACEAE Trichomanes pinnatum LYGODIACEAE Lygodium volubile MARATTIACEAE Danaea nodosa PTERIDACEAE Adiantum dolosum Adiantum obliquum Adiantum petiolatum SACCOLOMATACEAE Saccoloma elegans TECTARIACEAE Tectaria incisa Triplophylum funestum THELYPTERIDACEAE Goniopteris biolleyi Christella hispidula Goniopteris jamesonii Meniscium macrophyllum Thelypteris sp. WOODSIACEAE Diplazium cristatum Diplazium plantaginifolium Hemidictyum marginatum


Programa Ambiental Usina Cucaú

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www.fsc.org FSC C000000

LIvro diagramado com a família tipográfica Thesis Sans (1994 - Lucas de Groot). Formato 200mm x 200mm, encadernação costurada, capa em papel cartão 250gm2 e miolo em papel off-set alta alvura 90gm2.


de Tal, Fulano, 2021 Relatório Ambiental da Usina Cucaú 2021. 65 p. ISBN 00-00000-00-0 1. Assunto geral. 2. Assunto específico. 1. Título. CDD: 0000.00 CDU: 000.000.0(00)-0


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